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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA E
COMPUTAÇÃO
Análise de Handover inter e intra célula em um
Sistema de Telefonia Celular através de Método de
Medição Simplificado
DIEGO FERNANDES SALES
Orientador: Dr. Sandro Gonçalves da Silva
Co-Orientador: Dr. Alfredo Gomes Neto
Natal, RN
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA E
COMPUTAÇÃO
Análise de Handover inter e intra célula em um
Sistema de Telefonia Celular através de Método de
Medição Simplificado
DIEGO FERNANDES SALES
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Elétrica e Computação da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (área de
concentração: Engenharia Elétrica), para
obtenção do título de Mestre em Ciências.
Orientador: Dr. Sandro Gonçalves da Silva
Co-Orientador: Dr. Alfredo Gomes Neto
Natal, RN
2009
i
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Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Sales, Diego Fernandes.
Análise de Handover inter e intra-célula em um sistema de telefonia celular através de método
de medição simplificado / Diego Fernandes Sales. Natal, RN, 2009.
136 f. : il.
Orientador: Sandro Gonçalves da Silva.
Co-orientador: Alfredo Gomes Neto.
Dissertão (mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação.
1. Telefonia móvel Dissertação. 2. Sistema GSM Dissertação. 3. Handover Análise
Dissertão. I. Silva, Sandro Gonçalves da. II. Gomes Neto, Alfredo. III. Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. IV. Título.
RN/UF/BCZM CDU 621.395(043.2)
Análise de Handover inter e intra célula em um
Sistema de Telefonia Celular através de Método de
Medição Simplificado
Dissertação de Mestrado aprovada em 12 de agosto de 2009 pela banca examinadora
composta pelos seguintes membros:
_______________________________________________
Dr. Sandro Gonçalves da Silva
DEE/UFRN
______________________________________________________
Dr. Alfredo Gomes Neto
IFPB
_______________________________________________________
Dr. Joabson de Nogueira Carvalho
IFPB
_______________________________________________________
Dr. José de Ribamar Silva Oliveira
IFRN
_______________________________________________________
Dr. Luis Felipe de Queiroz Silveira
IFRN
ii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar sou grato a Deus, Jesus e aos Anjos pela força e iluminação,
principalmente nas horas mais difíceis. Creio que sem a ajuda divina, não teria
conseguido chegar ao fim deste trabalho.
Ao meu orientador Sandro pela confiança e pela grande ajuda na hora em que mais
precisei.
Ao meu orientador Alfredo pela confiança. Seu incentivo e vibração para com o
trabalho foram de fundamental importância.
Ao meu amigo João Paulo pela ajuda em alguns tópicos de programação.
Ao analista de suporte, Marcos, da Zênite, empresa de Tecnologia da Informação pela
valiosa ajuda no manuseio do modem Plugdata.
Aos meus familiares em geral.
Ao meu avô, Antônio, pela ajuda e paciência na adaptação do modem para que
pudesse ser utilizado em veículos.
Ao meu grandioso e iluminado pai por me ajudar em tudo na minha vida, sempre de
bom grado e satisfação. Seu auxílio foi essencial na condução do veículo para análise
de cobertura de RF. Obrigado, meu pai!
À minha grandiosa e querida mãe pelo seu incentivo, dicas e iias para com o
trabalho. Sua experiência como professora foi de grande ajuda. Obrigado por sempre
acreditar em mim!
À minha queridíssima irmã pela torcida e incentivo constantes.
Agradeço a minha amada noiva, pessoa linda e iluminada, que em todos os
momentos, sejam eles de tristeza ou alegria, esteve comigo. Obrigado por sua
torcida, confiança, muita paciência e muita compreensão. Sua presença foi
fundamental.
RESUMO
Esta dissertação apresenta a aplicação de um aparelho portátil, PlugData MG100G,
equipado com um módulo celular, para análise de cobertura de radiofreqüência em
uma rede GSM na cidade de João Pessoa - PB em quatro regiões distintas. O
equipamento, originalmente, foi criado para uso em ambientes fixos, e para isso,
tornou-se necessária sua adaptação para que fosse utilizado em condições de
mobilidade. A análise de RF é feita através do Mobile Measurement Reports (MMRs)
que são usados com propósitos de avaliar o handover na rede. Por intermédio do
Measurement Reports é possível identificar a célula que serve o móvel e uma lista de
células vizinhas mais próximas monitoradas pelo próprio móvel. Neste trabalho são
analisados apenas os dados referentes à célula servidora e às duas células vizinhas
mais próximas. Verificam-se tanto handovers inter células (entre células) como
handovers intra células (no interior das células). Através dos resultados obtidos
pode-se fazer uma análise em relação ao planejamento de freqüências criado para as
regiões onde as medidas foram realizadas e à qualidade de serviço oferecida pela
rede.
Palavras-chave: GSM, PlugData MG100G, handover, Mobile Measurement Reports.
ABSTRACT
This dissertation has the purpose to present a portable device named PlugData
MG100G, equipped with a cellular module, to analyze the radiofrequency coverage in
a GSM network situated in João Pessoa city, state of Paraíba, at four distinct regions.
The equipment, originally, was developed to be used in fixed environments, so it was
adapted so that it could be used in conditions of mobility. From the Mobile
Measurement Reports (MMRs) RF coverage and the handover process are analyzed.
The MMRs enable the identification of the serving cell and the list of the closest
neighboring cells monitored by the mobile. This work analyses only data referent to the
serving cell and the two closest neighboring cells. Inter-cell and intra-cell handovers
are identified. The frequency planning and quality of service offered by the network
related to the regions are discussed as well.
Keywords: GSM, PlugData MG100G, handover, Mobile Measurement Reports.
SUMÁRIO
RESUMO .........................................................................................................................
ABSTRACT .....................................................................................................................
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................
LISTA DE TABELAS .....................................................................................................
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ..................................................................
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
1.1 Motivação e Objetivos ............................................................................................. 1
1.2 Estrutura da Dissertação ......................................................................................... 2
2 Aspectos Gerais de Propagação de RadioFrequência ............................................... 4
2.1 Introdução ............................................................................................................... 4
2.2 Faixas de Frequências ............................................................................................ 5
2.3 Tipos de Propagação .............................................................................................. 6
2.3.1 Ondas Ionosféricas .............................................................................................. 6
2.3.2 Ondas troposféricas ............................................................................................. 7
2.4 Principais Mecanismos de Propagação................................................................... 7
2.5 Linha de Visada e Onda Refletida ........................................................................... 8
2.5.1 Ondas terrestres ................................................................................................... 8
2.6 Outros Tipos de Propagação ................................................................................... 9
2.6.1 Propagação em rastros de meteoro ..................................................................... 9
2.6.2 Propagação nas regiões de aurora ...................................................................... 9
2.6.3 Propagação por espalhamento transequatorial .................................................... 9
3 MODELOS DE PROPAGAÇÃO ............................................................................. 10
3.1 Introdução ............................................................................................................. 10
3.1.1 Modelo de propagação no espaço livre .............................................................. 11
3.1.2 Intensidade de Campo Elétrico na Recepção .................................................... 12
3.2 Modelos de Propagação Outdoor .......................................................................... 13
3.2.1 Modelo de Okumura ........................................................................................... 13
3.2.2 Modelo de Hata .................................................................................................. 15
3.3 Modelo COST 231 ................................................................................................. 16
3.4 Modelo de Walfish-Ikegami ................................................................................... 17
4 SISTEMAS DE TELEFONIA CELULAR ................................................................. 22
iii
4.1 Introdução ............................................................................................................. 22
4.2 Reuso de Frequências .......................................................................................... 24
4.3 Uma breve descrição da arquitetura GSM ........................................................... 25
4.3.1 Estação móvel .................................................................................................... 26
4.3.2 Módulo de Identidade do Assinante ................................................................... 26
4.3.3 Estação Base Transceptora .............................................................................. 26
4.3.4 Controlador de Estação Base ............................................................................. 26
4.3.5 Transcodificador e Unidade de Adaptação ......................................................... 26
4.3.6 Centro de Comutação de Serviços Móveis ........................................................ 27
4.3.7 Registrador de Usuários Locais ......................................................................... 27
4.3.8 Registrador de Usuários Visitantes ................................................................... 27
4.3.9 Registrador de Identidade de Equipamento ...................................................... 27
5 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO ......................................................................... 28
5.1 PlugData MG100G ............................................................................................... 28
5.2 Utilização do PlugData MG100G para Medições .................................................. 31
5.3 Medição de Nível de Potência de Sinais ............................................................. 34
6 DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES DE PROPAGAÇÃO E ANÁLISE DOS
RESULTADOS ........................................................................................................... 40
6.1 ERBs Jaguaribe, Pedro II e João Machado .......................................................... 40
6.1.1 ERBs Torre ........................................................................................................ 70
6.2 ERB Centro D.Pedro I e Visconde de Pelotas ................................................... 89
6.3 ERB BR-101 ........................................................................................................ 103
7 CONCLUSÕES .................................................................................................... 110
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 112
ANEXOS .................................................................................................................. 115
Iv
LISTA DE FIGURAS
2.1 Transmissão sem fio .............................................................................................. 4
3.1 Difração em edifícios ............................................................................................ 17
4.1 Sistema de Telefonia Celular ................................................................................ 23
4.2 Reuso de Frequências .......................................................................................... 25
5.1 Acesso ao SIM card ............................................................................................ 28
5.2 PlugData MG100G ............................................................................................... 29
5.3 Conector da Interface ........................................................................................... 29
5.4 Adaptação para veículos .................................................................................. 31
5.5 Posicionamento do Plugdata na parte superior do veículo ................................... 32
5.6 Tela inicia do Hyperterminal ................................................................................. 33
5.7 Modo de Engenharia ............................................................................................ 38
6.1 ERB Rua Alberto de Brito ..................................................................................... 40
6.2 Primeiros cem metros da cobertura da ERB ........................................................ 41
6.3 Trajeto original em direção à ERB vizinha (João Machado) ................................. 42
6.4 Trajeto dois em direção à ERB João Machado .................................................... 43
6.5 Configuração da ERB Alberto de Brito .................................................................. 44
6.6 Primeiro Trajeto .................................................................................................... 46
6.7 Obstrução do sinal................................................................................................. 47
6.8 Local onde ocorre handover intra-célula ............................................................... 48
6.9 Trecho da Av. Primeiro de Maio ........................................................................... 49
6.10 Configuração ERB Alberto de Brito novo trajeto ................................................. 50
6.11 Novo Trajeto ........................................................................................................ 51
6.12 Av. Primeiro de Maio (Novo Trajeto) ................................................................... 52
6.13 Regiões de análise de cobertura ......................................................................... 53
6.14 ERB e seus setores ............................................................................................. 54
6.15 Variação do nível de sinal ................................................................................... 55
6.16 Variação do nível de sinal no novo trajeto ........................................................... 55
6.17 Trajeto coberto pela ERB João Machado. A ERB localiza-se próxima à Praça
Castro Pinto ................................................................................................................. 56
6.18 Localização da ERB vizinha à ERB João Machado ( Pedro II). A ERB Pedro
II localiza-se próxima à Av. dos Tabajaras.......................................................... 57
6.19 ERB João Machado............................................................................................. 58
6.20 Configuração ERB João Machado ...................................................................... 59
6.21 Trecho da Av. João Machado .............................................................................. 60
v
6.22 Localização próxima à borda da célula ............................................................... 61
6.23 Trajeto servido pela ERB João Machado ............................................................ 62
6.24 Edificação próxima ao móvel. Nesta área, além do prédio, a presença de
algumas árvores junto ao receptor móvel.................................................................... 63
6.25 Trajeto onde o móvel é servido pela ERB Pedro II .............................................. 64
6.26 Localização da ERB Pedro II .............................................................................. 65
6.27 ERB Pedro II ao fundo, vista a partir da Av. Floriano Peixoto, que faz parte do
trajeto de medições da região ..................................................................................... 66
6.28 Cobertura ERB Pedro II ....................................................................................... 67
6.29 Av. Pedro II .......................................................................................................... 68
6.30 Trecho da Avenida Pedro II próximo à vegetação. .............................................. 68
6.31 Configuração total de ERBs distintas .................................................................. 69
6.32 ERB Joaquim Gomes .......................................................................................... 70
6.33 Trajeto ERB Joaquim Gomes .............................................................................. 71
6.34 ERB Carneiro da Cunha ...................................................................................... 72
6.35 Trajeto ERB Carneiro da Cunha .......................................................................... 73
6.36 ERB Tambauzinho .............................................................................................. 75
6.37 Localização da ERB vizinha Tambauzinho, que está situada na Rua Manoel
Paulino Júnior .............................................................................................................. 76
6.38 Configuração da ERB Joaquim Gomes .............................................................. 77
6.39 Local do handover .............................................................................................. 78
6.40 Av. Júlia Freire. Primeiro handover ocorrido na avenida .................................... 79
6.41 Cenário com algumas edificações. Novos handovers ........................................ 80
6.42 Novo trecho onde ocorre handover .................................................................... 81
6.43 A sexta ocorrência de handover. A presença de grandes edificações e folhagens
justifica a mudança de canal ....................................................................................... 82
6.44 Análise do trajeto coberto pela ERB Joaquim Gomes ........................................ 83
6.45 Configuração da ERB Carneiro da Cunha .......................................................... 84
6.46 Primeira ocorrência de handover........................................................................ 85
6.47 Análise do trajeto coberto pela ERB Carneiro da Cunha.................................... 86
6.48 Cobertura ERB Joaquim Gomes para Av. Júlia Freire ....................................... 88
6.49 Cobertura ERB Carneiro da Cunha para Av. Júlia Freire ................................... 88
6.50 ERB D. Pedro I ................................................................................................... 90
6.51 ERB Visconde de Pelotas .................................................................................. 91
6.52 Trajeto ERB D. Pedro I. ...................................................................................... 92
6.53 Trajeto ERB Visconde de Pelotas ...................................................................... 92
6.54 Análise da configuração da cobertura ERB D. Pedro I. ...................................... 93
vi
6.55 Primeiro handover na Av. D. Pedro I. Além da presença das árvores, logo à
direita, duas edificações de dois patamares. Uma delas é um Shopping
Center ................................................................................................................. 94
6.56 Região de prédios ............................................................................................. 95
6.57 Av. General Osório ............................................................................................ 96
6.58 Análise do trajeto coberto pela ERB D. Pedro I .................................................. 97
6.59 Trajeto coberto pelo canal 512. Percebe-se ao fundo a torre referente à ERB
Visconde de Pelotas ........................................................................................... 98
6.60 Análise da configuração de cobertura ERB Visconde de Pelotas ...................... 99
6.61 Análise do trajeto coberto pela ERB Visconde de Pelotas ............................... 100
6.62 Cobertura Centro Pedro I .................................................................................. 102
6.63 Cobertura Visconde de Pelotas ......................................................................... 102
6.64 ERB BR - 101 .................................................................................................... 103
6.65 Análise de cobertura ERB BR 101 ................................................................. 104
6.66 Ocorrência de handover .................................................................................... 105
6.67 Local onde o móvel apresenta melhor qualidade do sinal ................................. 106
6.68 Local de início de novos handovers .................................................................. 107
6.69 O móvel ao se aproximar do topo da estrada sofre mais um handover ........... 108
vii
LISTA DE TABELAS
2.1 Faixas de Frequências e respectivas denominações .............................................. 5
5.1 Qualidade recebida ............................................................................................... 36
viii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
RF Radiofrequência
GTD Teoria Geométrica da Difração
UTD Teoria Uniforme da Difração
P
r
Potência Recebida
P
t
Potência Transmitida
G
t
Ganho da Antena de Transmissão
G
r
Ganho da Antena de Recepção
Comprimento de onda
Impedância
ohm
E Campo Elétrico
LOS Line of Sight (Linha de Visada)
NLOS Not Line of Sight (Sem linha de Visada)
PSTN Public Switch Telephone Network (Rede Pública de Telefonia Comutada)
GSM Global System For Mobile Communications (Sistema Global de
Comunicações Móveis)
ERB Estação Rádio Base
SIM Subscriber Identity Module (Módulo de Identidade do Assinante)
BTS Base Transceiver Station (Estação Transceptora)
BSC Base Station Controller (Controladora de Estação Rádio Base)
TRAU Transcoding Rate and Adaptation Unit (Transcodificador e Unidade de
Adaptação)
MSC Mobile Services Switching Center (Centro de Comutação)
HLR Home Location Register (Registrador de Usuários Locais)
VLR Visitor Location Register (Registrador de Usuários Visitantes)
EIR Equipment Identity Register (Registrador de Identidade de Equipamento)
GPRS General Packet Radio Service
ix
EDGE Enhanced Data Rates for Global Evolution
MMRs Mobile Measurement Reports ( Relatório de Medições)
AT Attention
BER Bit Error Rate (Taxa de Erro de Bit)
PCS Personal Communication System (Sistema de Comunicação Pessoal)
DCS Digital Communication System (Sistema de Comunicação Digital)
BSIC Base Station Identity Code (Código de Identidade de Estação Base)
BCCH Broadcast Control Channel (Canal de Controle de Difusão)
C.C.I.R Comissão Consultiva Internacional de Radiocomunicação
x
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 Motivação e Objetivos
O primeiro sistema celular foi criado na Escandinávia a partir de 1981. Daí
ganhou força de mercado com seu lançamento na cidade de Chicago em 1983
utilizando o padrão AMPS. Essa primeira geração utilizava tecnologia analógica. No
Brasil, o sistema foi implantado em novembro de 1990 no Rio de Janeiro [1]. Outros
sistemas foram propostos como o Acesso Múltiplo por Divisão de Frequência
FDMA, que opera nos sistemas de primeira geração, Acesso Múltiplo por Divisão de
Tempo TDMA e Acesso Múltiplo por Divisão de Código CDMA, em operação nos
sistemas de segunda e terceira gerações respectivamente. Em 1991, foi criado na
Europa o sistema GSM, detentor de tecnologia digital, que inclui como técnica de
acesso o TDMA. Este sistema de segunda geração tamm é adotado em países
asiáticos e tamm no Brasil e possui maior capacidade de tráfego em relação ao
AMPS. Como previsto em [2,3], os sistemas de telefonia celular, atualmente, lidam
com uma mistura complexa de células com diferentes tamanhos e áreas de cobertura
de difícil predição, onde pequenas e grandes células provêm cobertura para uma
mesma região, numa estrutura denominada de HCS (Estrutura de lulas
Hierárquicas).
É necessário eno, um bom planejamento de freqüências ao se implantar um
sistema para que haja uma boa qualidade do sinal recebido pelos usuários e que este
sistema ofereça capacidade para abrigar o maior número de usuários possíveis numa
célula. Um bom planejamento de freqüências do ponto de vista do usuário é
2
caracterizado por uma baixa incidência de quedas nas ligações, boa qualidade
de voz durante uma conversação e alta vazão de dados em conexões baseadas em
pacotes. Tamm é necessário um planejamento do nível de potência dos
transmissores, os quais determinam a cobertura de uma célula, como tamm, um
planejamento adequado da lista de células vizinhas candidatas ao handover.
Antigamente, esse planejamento da lista de células vizinhas era feito manualmente
por um projetista baseado em predições de cobertura utilizando modelos estatísticos
de propagação com mapas digitalizados da região de interesse. Mas estas predições
podem conter imprecisões, principalmente em micro e pico células, devido a
imperfeições dos modelos de propagação e dos dados do mapa [2]. Isto resulta na
crião de uma lista de células vizinhas com falhas, fazendo com que haja
dificuldades de conversação num ambiente que muda rapidamente em uma rede
celular em evolução. Atualmente, são utilizados algoritmos dinâmicos com lista de
células vizinhas, os quais superam os problemas descritos acima.
O sistema GSM utiliza o chamado MAHO (Mobile Assisted Handover) ou
Handover Assistido pelo Móvel. O MAHO consiste na medição de intensidade do sinal
de lulas vizinhas pela estação móvel no canal de controle de difusão (BCCH) [3].
Se o nível do sinal de uma determinada célula vizinha for maior que do que a célula
que serve o móvel, então, a rede inicia o processo de handover. Estas medições são
relatadas periodicamente à rede e são chamadas de MMRs (Mobile Measurement
Reports) que são usados com propósitos de estabelecimento de handover pela rede
celular. Os algoritmos de seleção de célula diferem bastante entre as operadoras,
mas geralmente são baseados na comparação de sinais delulas vizinhas e a célula
que serve o móvel [2].
Esta dissertação tem o objetivo de analisar a cobertura de um sistema
celular GSM operando na freqüência de 900/1800 MHz na grande João Pessoa - PB
em quatro regiões distintas caracterizadas por ambientes suburbano, urbano e aberto.
A análise será feita por meio de MMRs utilizando o modem PlugData MG100G.
Existem vários equipamentos utilizados para medições de cobertura de RF pelas
3
empresas, que são bastante onerosos. Através do PlugData MG100, é possível fazer
a análise de cobertura de sistemas celulares, mas com a vantagem de utilizar um
equipamento de baixo custo. Podem-se identificar dois tipos de handover na rede: o
inter célula e o intra célula. Este trabalho concentra-se na análise do handover
intra lula nas respectivas regiões descritas acima.
Esta dissertação apresenta uma contribuição relativa ao manuseio de um
equipamento de baixíssimo custo com propósitos de análise de cobertura de RF.
1.2 Estrutura da Dissertação
Esta dissertação está dividida da seguinte maneira: no Capítulo 2 o descritos
os principais aspectos da propagação de ondas de radiofreqüência, alguns dos
principais tipos de propagação de ondas e os principais mecanismos utilizados pela
onda eletromagnética para se propagar.
No capítulo 3 são apresentados alguns dos modelos de propagação mais
conhecidos para análise da predição de intensidade de sinal recebida no receptor.
No capítulo 4 o definidos os conceitos de um sistema de telefonia celular e
reuso de freqüências. É feita também uma breve descrição da arquitetura do sistema
GSM.
No capítulo 5 é descrito o processo de medição utilizando o modem Plugdata
MG100 e a descrição de cada elemento do Mobile Measurement Reports.
No capítulo 6 são descritos os ambientes de medições com os trajetos
percorridos pelo móvel, os resultados obtidos nestes ambientes, como tamm, a
análise das localidades onde ocorreram os handovers
E, enfim, no capítulo 7, são apresentadas as conclusões.
4
Capítulo 2 - Aspectos Gerais de Propagação de
Rádio Frequência
2.1 Introdução
Radiofreqüência ou RF diz respeito a qualquer onda eletromagnética com
freqüências variando entre 1MHz a 300GHz. Para alguns autores, essa freqüência
varia de 1MHz a 1GHz, sendo que de 1 até 30GHz, as ondas eletromagnéticas o
chamadas de microondas e de 30 a 300GHz, são chamadas de ondas milimétricas
[4,5].
Em um sistema de comunicação, a onda eletromagnética desloca-se da
origem, onde se localiza o transmissor, até o destino, onde se encontra o receptor. A
transferência de energia eletromagnética entre dois pontos denomina-se propagação,
que pode ser na forma de uma onda guiada ou sem a presença de um meio material,
até mesmo no vácuo, com a ajuda de antenas [4]. A propagação em ambientes
abertos está sujeita aos efeitos da atmosfera e suas várias camadas, assim como os
efeitos do solo, da vegetação, do espaço exterior entre outros fatores. Na propagação
em meios confinados, a onda eletromagnética é conduzida através de cabos de pares
metálicos, cabos coaxiais e através de fibras ópticas. A figura 2.1 ilustra um sistema
de transmissão sem fio:
Figura 2.1 - Transmissão sem fio.
5
2.2 Faixas de Frequências
O espectro eletromagnético é dividido em várias regiões de acordo com as
aplicações a que se destina. Durante a Segunda Guerra Mundial, cartas eram usadas
para designar várias faixas de freqüências, particularmente as freqüências
designadas para radar [5]. A partir de 1956, a Comissão Consultiva Internacional de
Radiocomunicação (C.C.I.R) dividiu o espectro de acordo com a tabela 2.1. O critério
adotado pela Comissão estabelece que a faixa N limita-se aos valores
(2.1)
A tabela 2.1 exibe as faixas de freqüências
Tabela 2.1- Faixas de Frequências e respectivas denominações.
Banda
Designação
Oficial
Limites de
Frequência
Observações
Frequências
Extremamente Baixas
ELF
30-300Hz
Frequências de Voz
VF
300-3000Hz
Frequências de Voz
Frequências muito
baixas
VLF
3-30KHz
Ondas muito
Longas
Frequências Baixas
LF
30-300KHz
Ondas longas
Frequências Médias
MF
300-3000KHz
Ondas médias
Frequências Altas
HF
3-30MHz
Ondas curtas
Frequências muito
altas
VHF
30-300MHz
Ondas muito curtas
Frequências ultra
altas
UHF
300-3000MHz
Microondas
Frequências
superaltas
SHF
3-30GHz
Microondas
Frequências
extremamente altas
EHF
30-300GHz
Microondas
6
2.3 Tipos de Propagação
A propagação de ondas eletromagnéticas pode ocorrer através das ondas
terrestres, ondas ionosféricas ou ondas celestes e através das ondas troposféricas. A
seguir cada uma delas será descrita.
2.3.1 Ondas Ionosféricas
A ionosfera consiste na região da atmosfera composta de íons positivos e
elétrons livres. Localiza-se entre 50 e 2000 km acima da superfície terrestre. Suas
propriedades variam com a densidade de elétrons livres, os quais dependem da
altitude, latitude, estação e das atividades solares [4,5].
O processo de radiocomunicação através da ionosfera é a base para quase
todas as comunicações utilizando freqüências altas além do horizonte [4]. Nas últimas
décadas, a comunicação em freqüências altas utilizando a ionosfera é realizada pelos
difusores de ondas curtas e rádio amador. A propagação da onda nessa região, às
vezes, pode criar interferência sistemas de comunicação terrestres operando em
freqüências altas e até mesmo freqüências muito altas, quando sinais de uma área
geográfica são espalhados ou refratados pela ionosfera para outra região.
A ionosfera é dividida em rias camadas de plasma ionizado envolta pelo
campo magnético terrestre. São divididas pelas bandas D, E, F1 e F2. Normalmente
as faixas D e E somem ou se reduzem à noite e as bandas F se combinam. A
camada D absorve e atenua freqüências que variam de 300 KHz à 4MHz. Abaixo de
300KHz, a onda eletromagnética será refratada ou encurvada, ao passo que acima de
4MHz, a onda não será afetada.Tanto a camada D como a E, somem após o pôr do
sol. A camada F é a principal responsável pela maioria da propagação de onda
celeste (reflexão e refração) ao escurecer [5].
7
2.3.2 Ondas Troposféricas
A troposfera é a camada mais baixa da atmosfera situando-se a uma altitude
de 10 km. É nela onde se concentram as nuvens. Nessas altitudes variações
acentuadas do índice de refrão, dando origem a mudanças de direção na onda de
RF e, dependendo de diversos fatores associados ao processo, podem fazer a onda
retornar à superfície da terra.
2.4 Principais mecanismos de Propagação
Reflexão, difrão e espalhamento são considerados os principais meios
usados na análise de um sistema de comunicação móvel. Os modelos de propagação
que se utilizam desses mecanismos serão apresentados posteriormente.
Reflexão diz respeito à onda eletromagnética que atinge uma superfície ou um
objeto de proporções maiores quando comparado ao comprimento de onda de uma
onda que se propaga [6]. Ocorre na superfície da terra e em prédios e paredes.
Difração ocorre quando uma obstrução de irregularidades acentuadas
(extremidades, objetos pontiagudos) entre o transmissor e receptor. Esse processo
resulta em ondas secundárias, presentes mesmo atrás do obstáculo, produzindo
ondas ao redor do mesmo, mesmo quando não há linha de visada entre transmissor e
receptor. Em altas freqüências, a difrão, depende da geometria do objeto , assim
como da amplitude, fase e polarização da onda incidente no ponto de difração.
Espalhamento ocorre quando a onda atinge objetos com dimensões menores
comparado com o comprimento de onda. As ondas espalhadas são produzidas por
superfícies rugosas, pequenos objetos ou por irregularidades no canal de
comunicação. A vegetação e postes de iluminação tamm contribuem para o
espalhamento.
8
2.5 Linha de visada e Onda Refletida
Diz-se que há linha de visada quando não existe nenhum tipo de obstrução
entre uma antena transmissora e uma antena receptora [5]. A onda refletida é fruto da
não visibilidade encontrada pela onda. Os mecanismos de propagação em ambientes
sem linha de visada variam de acordo com a freqüência de operação. Nas
freqüências de VHF e UHF, as ondas atingem o receptor através de caminhos
indiretos, devido às reflexões que ocorrem pelo caminho. a contribuição da onda
direta e de outra onda que reflete em vários obstáculos até atingir o receptor, sendo
denominadas de ondas espaciais. Os sistemas de telefonia celular e comunicações
militares são exemplos de serviços que se utilizam de ondas espaciais.
2.5.1 Ondas Terrestres
As ondas terrestres correspondem àquelas que acompanham a superfície da
terra e sofrem influência direta das características eletromagnéticas, do formato e do
relevo do solo. [4]. Dividem-se em ondas espaciais, descritas anteriormente, e em
ondas de superfície.
As ondas de superfície representam a parcela do campo irradiado que se
propaga ao longo do contorno da Terra. Em freqüências superiores a alguns
Megahertz, os sinais são rapidamente atenuados. Ela é eficaz em comunicações
abaixo de 3MHz utilizando se polarização vertical. Alguns sistemas usam essa
mesma polarização em baixas freqüências, combinadas com ondas ionosféricas, para
se conseguir elevadas distâncias [4].
9
2.6 Outros Tipos de Propagação
2.6.1 Propagação em Rastros de Meteoro
Quando um meteoro percorre a atmosfera terrestre, causa uma forte ionização
nos gases que a compõem, formando uma região com grande quantidade de elétrons
livres, na parte inferior da ionosfera [4]. Essa região reflete as ondas eletromagnéticas
para a Terra, principalmente na faixa de 50 MHz a 80 MHz.
2.6.2 Propagação nas Regiões de Aurora
Nos pólos terrestres, a atmosfera é mais rarefeita do que no resto do planeta.
Nessas regiões, as irradiações vindas do Sol produzem ionização e queima de gases,
dando origem à chamada aurora boreal [4].
As comunicações em altas freqüências sofrem altas atenuações e fortes
flutuações causadas pela aurora. A propagação é possível na faixa de VHF e início da
UHF através de reflexões. Experiências demonstram que a propagação é mais
favorável ao entardecer e no início da noite.
2.6.3 Propagação por Espalhamento Transequatorial
Ocorre na faixa em torno de 50 MHz a 100 MHz, nos períodos de média e alta
atividade solar. É devido a algumas fortes anomalias na concentração de cargas livres
da ionosfera, na região acima do equador magnético [4]. É possível se construir
enlaces sem reflexões múltiplas no solo a uma distância por volta de 8000 km. A
propagação aqui é mais favorável à noite, na direção norte-sul.
10
CAPÍTULO 3 - MODELOS DE PROPAGAÇÃO
3.1 Introdução
A propagação de ondas eletromagnéticas em áreas suburbanas e densamente
urbanas é de grande importância quando se trata de telefonia móvel. Modelos de
propagação têm como objetivo a predição da intensidade média de sinal recebida em
uma dada distância do transmissor. São responsáveis também por medir a
variabilidade da intensidade do sinal em uma determinada localidade [6].
Esses modelos de predição podem ser divididos em dois grupos: modelos
empíricos e modelos determinísticos. Os modelos empíricos são baseados na
experiência prática, isto é, os mesmos resultados são observados diversas vezes
para certo fenômeno, onde este é controlado. A partir desses resultados, um modelo
matemático é criado para se adaptar a esses resultados [6]. É de grande importância
a modelagem correta da perda pelo caminho de propagação, por essa razão os
modelos incluem vários parâmetros pertinentes ao ambiente particular, ou seja, áreas
urbanas, suburbanas e rurais.
Esses modelos, em sua essência, não foram criados especificamente para
aplicações móveis, mas sim em uma perspectiva geral. Dessa forma, não modelos
completos. Cada um necessita de parâmetros adicionais para ser totalmente aplicável
a um sistema móvel.
Os modelos determinísticos se utilizam de algumas formulações da teoria
eletromagnética, como a Teoria Geométrica da Difração (GTD - Geometrical Theory
of Diffraction) e a Teoria Uniforme da Difração (UTD - Uniform Diffraction Theory),
para realização de cálculos de cobertura de uma região [7]. O uso da teoria
eletromagnética garante aos modelos teóricos grande vantagem em termos de
confiabilidade dos valores preditos, mas é exigida uma grande capacidade dos
sistemas, ou seja, hardware e software.
11
3.1.1 Modelo de Propagação no Espaço Livre
Este modelo é usado para fazer a predição do sinal recebido quando não
houver obstruções entre o transmissor e o receptor, ou que o canal esteja em linha de
visada. A comunicação via satélite é um exemplo de propagação no espaço livre a
qual é sujeita às intempéries da atmosfera terrestre. Neste modelo, como a maioria
dos outros, prevê que a potência recebida decresce com o quadrado da distância.
Essa potência é dada por:
(3.1)
Onde P
t
é a potência transmitida. P
r
(d) é a potência recebida a qual é função da
separação entre transmissor e receptor G
t
e G
r
são os ganhos das antenas de
transmissão e recepção respectivamente, d é a separação entre transmissor e
receptor medida em metros e é o comprimento de onda também em metros. O
ganho da antena está relacionado com a abertura efetiva, A
e
, e é dado por:
(3.2)
e a abertura efetiva está relacionada com a abertura física da antena,assim como
está relacionado com a freqüência da portadora por :
(3.3)
A perda de percurso ou path loss representa a atenuação do sinal como uma
quantidade positiva expressa em decibéis e é definida como a diferença em dB entre
a potência efetivamente irradiada e a potência recebida. A perda de percurso é dada
por:
12
(3.4)
3.1.2 Intensidade de Campo Elétrico na Recepção
No espaço livre, a densidade de potência expressa em W/m
2
é dada por:
(3.5)
Onde R
fs
é a impedância intrínseca do espaço livre dada por = 120πΩ =
377Ω. Assim a densidade de potência fica:
(3.6)
Onde E, representa a magnitude do campo elétrico no campo distante que está
relacionado com a maior dimensão de abertura da antena de transmissão e o
comprimento de onda da onda portadora. O campo distante é determinado por:
. (3.7)
Onde D está relacionado com a maior dimensão física da antena.
13
3.2 Modelos de Propagação Outdoor
A transmissão de ondas de rádio geralmente ocorre através de terrenos
irregulares. Um número de modelos de propagação está disponível para tratar da
perda de percurso ou path loss nesses tipos de ambiente. Como foi dito
anteriormente, esses modelos fazem a predição da intensidade do sinal em um
determinado ponto de recepção ou local particular denominado de setor ou célula. Os
métodos usados nesses modelos variam muito em abordagem, complexidade e
exatidão. A maioria destes modelos baseia-se em interpretações sistemáticas de
dados obtidos na área de serviço [6]. A seguir serão descritos alguns dos principais
modelos.
3.2.1 Modelo de Okumura
Criado em 1968, foi durante um bom tempo um dos mais utilizados modelos
para predição de sinais em ambientes urbanos. Ele pode ser usado em freqüências
que variam de 150 MHz a 1920 MHz, mas pode ser extrapolado para freqüências de
até 3000 MHz e distâncias de 1 km a 100 km [5, 6, 7, 8].
O modelo é completamente empírico, baseado em dados obtidos através de
medições. A área de predição é dividida em três categorias: área aberta, suburbana e
área urbana. A área aberta representa locais com espaços abertos, área com árvores
pequenas ou nenhuma edificação no caminho de propagação. A área suburbana é
representada por uma cidade ou uma estrada com árvores e casas com alguns
obstáculos próximos ao aparelho móvel, mas sem muito congestionamento. A área
urbana representa uma grande cidade com grandes prédios e casas [5]. Okumura
desenvolveu um conjunto de curvas às quais representam o valor médio da
atenuação no espaço livre em uma área urbana. Os valores dessas curvas foram
obtidos através de uma série de medições usando antenas verticais e omnidirecionais
tanto para a ERB como para a estação móvel [6,7] gerando gráficos em função da
faixa de freqüência predefinida. O modelo tamm é dividido de acordo com o tipo de
terreno. Terrenos quase planos são usados como referência e curvas de correção são
14
utilizadas para outros tipos de terreno. A expressão que designa a perda de
propagação nesse modelo é a seguinte:
L
50
(dB)
= L
f
+ A
mu
(f,d) G(h
tx
) G(h
rx
) - G
área
(3.8)
Onde:
L
50
- são as perdas médias no espaço livre, em que o mero 50 diz respeito
ao valor médio da atenuação do enlace para 50% do tempo.
L
f
- atenuação no espaço livre
A
mu
(f,d) atenuação média relativa à freqüência e distância a partir das
curvas
G(h
tx
) é o fator de ganho da altura da antena da estação base
G(h
rx
) é o fator de ganho da altura da antena de recepção
G
área
é o fator de correção associada ao tipo de terreno
As expressões para os termos G(h
tx
) e G(h
rx
) são dadas por:
G(h
tx
) = 20log(h
tx
/200), para 30 m < h
tx
> 1000 m (3.9)
G(h
rx
) = 10log(h
rx
/3), para h
rx
= 3m (3.10)
G(h
rx
) = 20log(h
rx
/3), para 3m< h
rx
<10m (3.11)
15
3.2.2 Modelo de Hata
Este modelo é uma formulação empírica que incorpora as informações gráficas
do modelo de Okumura. Às vezes é chamado de modelo de Okumura-Hata [5, 6, 7, 8,
9,10]. Ele foi criado para ser usado nas freqüências de 150 MHz a 1500 MHz. A perda
de propagação é expressa por:
L(dB) = 69,55 + 26,16log(f
c)
13,82log(h
t
) α(h
r
)
+ (44,9 6,55log(h
t
)log(d) (3.12)
Onde f
c
é a freqüência em MHz de 150 MHz a 1500 MHz, ht é a altura efetiva
da antena de transmissão ( em metros) variando de 30 m a 200 m, hr é altura efetiva
da antena de recepção ( em metros) variando de 1m a 10 m e d é a distância entre o
transmissor e receptor em km. O parâmetro α é o fator de correção para altura da
antena da estação móvel à qual é fuão do tamanho da área de cobertura. Para
pequenas cidades e médias cidades é dado por:
α(h
r)
= (1,1log(f
c
) 0,7)h
r
(1,56log(f
c
) 0,8) dB (3.13)
Para cidades grandes:
α(h
r)
= 8,29(log1,54(h
r
))
2
1,1 dB para f
c
≤ 200MHz (3.14)
e
α(h
r)
= 3,2(log11,75(h
r
))
2
4,97 dB para f
c
≤ 400MHz (3.15)
Para áreas suburbanas:
16
L(dB) = L(urbana) 2[log(f
c
/28)]
2
5,4 (3.16)
E para áreas abertas ou rurais:
L(dB) = L(urbana) 4,78(log(f
c
))
2
+ 18,33log(f
c
) 40,9 (3.17)
3.3 - Modelo COST 231
Este modelo propõe uma extensão do modelo de Hata até 2000 MHz. Foi
criado pelo Comitê Europeu para Desenvolvimento Científico e Técnico (EURO
COST) [5, 6, 7, 8, 10].
A perda de propagação é definida como:
L
50
(dB) = 46,3 + 33,9log(f
c
) 13,82log(h
t
) - α(h
r)
+ (44,9 6,55log(h
t
)log(d) +
Cm (3.18)
Sendo:
f
c
1500 MHz a 2000MHz
h
t
30 a 200 metros
h
r
1 a 10 metros
d 1 a 20 km
Cm fator de correção correspondente a 0 dB para cidades médias e áreas
suburbanas e 3 dB para áreas metropolitanas
α(h
r)
-
mesma definição do modelo de Hata
17
Para áreas suburbanas:
L(dB) = L(urbana) 2[log(f
c
/28)]
2
5,4 (3.19)
E para áreas abertas ou rurais:
L(dB) = L(urbana) 4,78(log(f
c
))
2
+ 18,33log(f
c
) 40,9 (3.20)
Tanto o modelo de Hata como o de Cost fazem parte da maioria das
ferramentas utilizadas para planejamento da área de cobertura de telefonia móvel.
3.4 Modelo de Walfish-Ikegami
Este modelo considera o efeito da altura das edificações, distância entre as
edificações entre outros parâmetros. É utilizado em áreas urbanas e é dividido em
partes com linha de visada (LOS) e sem linha de visada (NLOS). A perda de
propagação é influenciada aqui pelo caminho que o sinal percorre sobre vários
edifícios [6, 7, 8, 10, 11]. A rua onde o móvel está situado tamm influencia na
perda. A figura 3.1 exibe a geometria do modelo:
Figura 3.1- Difração em edifícios.
18
A perda de propagação em dB para condições de visada direta é dada por:
L = 42,6 + 20log(f) + 26log(d) (3.21)
Já quando o canal for sem linha de visada, a perda é dada por:
L= L
fs
+ L
rts
+ L
msd
(3.22)
onde:
L
fs
é a perda no espaço livre dada por:
L
fs
= 32,4 + 20log(d x f) (3.23)
em que:
f freqüência em MHz
d distância em quilômetros
L
rts
perda devido à difração do sinal que passa desde o topo dos prédios até
a rua.
19
L
msd
estimativa do efeito da difração por múltiplos obstáculos que o sinal
sofre entre a antena transmissora e o edifício mais próximo do receptor, devido a
edifícios intermediários.
A difração L
rts
é dada por:
L
rts
= -16,9 10log(w) + 10log(f) + 20log(Δh
r
) + L
ori
(3.24)
Se L
rts
≤ 0 dB, o valor de 0 dB será considerado.
A perda dada por L
ori
(Loss Orientation) é um fator de correção empírico, que
considera a orientação da rua com relação ao transmissor, sendo:
L
ori
= -10 + 0, 354φ para ( 0 ≤ φ < 35)
L
ori
= 2,5 + 0, 075(φ – 35) para (35 ≤ φ < 55)
L
ori
= 4 0, 114(φ – 55) para (55 ≤ φ ≤ 90)
Onde:
Φ corresponde ao ângulo entre o caminho do raio direto e o eixo da rua
A estimativa de difração por múltiplos obstáculos é expressa pela seguinte
equação:
L
msd
= L
bsh
+ K
a
+ K
d
log(d) + K
f
log(f) 9log(b)
Onde:
L
bsh
= -18log(1+ Δh
b
) e se Δh
b
< 0, L
bsh
= 0
20
K
a
= 54 (Δh
b
≥0)
K
a
= 54 - 0,8Δh
b
(Δh
b
<0 e d≥0,5)
K
a
= 54 - 1,6Δh
b
*d (Δh
b
<0 e d<0,5)
K
d
= 18 (Δh
b
≥0)
K
d
= 18 - 15 Δh
b
/Δh
r
(Δh
b
<0)
K
f
= - 4 + 0,7f/925 - 1 para cidades pequenas, médias e áreas suburbanas
K
f
= - 4 + 1,5f/925 - 1 para grandes centros urbanos
Temos ainda que:
f freqüência da portadora em MHz: 800≤f≤3000 MHz
h
b
altura da antena da estação base(em metros) acima do solo, variando de
4 a 50m
h
m
altura da antena da estação móvel(em metros) acima do solo, variando de
1 a 3m
h
r
altura média dos edifícios (em metros, h
r
>h
m
)
w largura da rua onde se situa a estação móvel (em metros)
b distância entre os centros das construções onde se localiza o móvel (em
metros)
d distância entre a estação base e o móvel (em quilômetros), variando de
0,02 a 5 km
Φ ângulo do caminho do sinal com relação ao eixo da rua (em graus)
21
Δh
b
= h
b
h
r
Δh
r
= h
r
- h
m
22
Capítulo 4 Sistemas de Telefonia Celular
4.1 Introdução
Os sistemas de telefonia celular são aqueles que fornecem comunicações
sem fio de alta qualidade dentro de uma área geográfica chamada de célula. Um
sistema celular básico é composto por estações móveis, estações rádio base e
centros de comutação móveis (MSC). Os centros de comutação são responsáveis
por conectar todos os móveis à rede blica de telefonia comutada (PSTN) num
sistema celular além de coordenar todas as atividades das estações base. [6]. A
estação móvel é composta por um transceiver, uma antena e um circuito de
controle e pode ser posta num veículo ou ser usado como uma unidade portátil. A
estação base é o elo entre os usuários móveis numa célula e conecta
simultaneamente todas as chamadas das estações através de linhas telefônicas
ou links de microondas para a MSC. A figura 4.1 a seguir exibe o sistema:
23
Figura 4.1: Sistema de telefonia Celular
24
4.2 Reuso de Frequências
Os sistemas celulares baseiam-se na alocação inteligente e reuso de canais
por toda a área de cobertura [6]. Para cada estação base é designado um grupo de
canais na sua região de cobertura. Da mesma forma, grupos de canais o alocados
em células adjacentes os quais são completamente diferentes em relação às células
vizinhas.
Os primeiros sistemas móveis constituíam-se de um transmissor de potência
muito alta com uma antena montada em uma torre para cobrir uma determinada
região [6]. Apesar da boa cobertura do sinal, era impossível fazer o reuso das
freqüências, já que qualquer tentativa de fazê-lo resultava em interferência. Daí surgiu
o conceito celular baseado na substituição de um único e potente transmissor em
muitos transmissores de pequena potência.
Limitando-se a área de cobertura dentro dos limites de uma célula, o mesmo
grupo de canais pode ser usado para cobrir diferentes células que estão separadas
uma das outras numa distância suficiente para manter os níveis de interferência em
limites toleráveis. Assim, reuso de freqüências diz respeito à alocação de grupo de
canais em todas as estações base do sistema celular dentro sistema.
A figura 4.2 ilustra o conceito de reuso de freqüências, onde células de mesma
letra utilizam o mesmo grupo de canais:
25
Figura 4.2 - Reuso de Frequências.
4.3 Uma breve descrição da arquitetura GSM
O sistema GSM (Sistema Global de Comunicações Móveis) foi criado em 1991
com o objetivo de criar um padrão único em toda a Europa utilizando tecnologia
digital. A tarefa era criar um padrão de comunicações móveis na faixa de 900 MHz.
Mais tarde foram incluídas as bandas de 1800 e 1900 MHz, como tamm a de 850
MHz. A seguir será feita uma breve descrição de sua arquitetura.
26
4.3.1 Estação móvel
A rede GSM possui vários modelos e de várias classes, podendo operar nas
várias bandas do sistema.
4.3.2 Módulo de Identidade do Assinante
A rede GSM distingue entre a identidade do assinante e a do equipamento
móvel [12]. O módulo de Identidade do Assinante (SIM) é um banco de dados no lado
do usuário. Fisicamente constitui-se de um chip no qual o usuário insere-o no telefone
GSM antes de ele poder ser usado. O SIM se comunica diretamente com o VLR e
indiretamente com o HLR que serão descritos a seguir.
4.3.3 Estação Base Transceptora
Sua função é estabelecer a conexão entre a rede e as estações móveis via
interface aérea.
4.3.4 Controlador de Estação Base
As BTSs de uma região são conectadas à controladora de estação base (BSC)
por meio de uma interface chamada Abis. Ela é responsável pelas funções centrais e
controle do subsistema chamado de subsistema de estação base (BSS). O BSS é
formado pelo BSC e o conjunto de BTSs.
4.3.5 Transcodificador e Unidade de Adaptação
Conhecido como TRAU, este componente faz parte da BSS e é responsável
pela compressão de dados
27
4.3.6 Centro de Comutação de Serviços Móveis
A MSC como é chamada é responsável pela conexão de BSCs. Tamm
executa o roteamento das chamadas e designação de canais de freqüência para os
usuários.
4.3.7 Registrador de Usuários Locais
Mais conhecido como HLR, ele é responsável pelo armazenamento de dados
de centenas de milhares de usuários
4.3.8 Registrador de Usuários Visitantes
O registro de usuários visitantes também é um banco de dados, mas só
armazena dados de usuários que estão fora de suas áreas de registro. É conhecido
como VLR.
4.3.9 Registrador de Identidade de Equipamento
Como a identidade do usuário GSM é separada de seu equipamento móvel,
fica fácil reusá-lo quando este é roubado, bastando apenas usar qualquer SIM válido
[12]. Para prevenir o mau uso do equipamento, cada terminal GSM contém um
identificador único: a identidade de equipamento móvel internacional (IMEI). Assim foi
criada o Registro de Identidade de Equipamento, que é uma base de dados que tem a
finalidade de registrar todos os terminais móveis roubados de forma que possam ser
usados para barrar chamadas fraudulentas e até mesmo, teoricamente, localizar o
ladrão.
Tanto a estação móvel que se comunica com rede, como os elementos da rede
descritos, comunicam-se uns com outros através de interfaces e protocolos de
sinalização bem definidos.
28
Capítulo 5 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO
5.1 PlugData MG100G
O equipamento utilizado para coleta de dados ou medição do sinal transmitido
pelas ERBs é o PlugData MG100G. Ele consiste de um modem criado com o objetivo
de proporcionar a transferência de dados de forma prática e segura utilizando
tecnologia celular GPRS/EDGE [13].
Sua utilização permite que o usuário conecte um terminal qualquer à Internet,
como tamm para telemetria e qualquer aplicação envolvendo comunicações móveis
de forma segura e profissional.
Possui um módulo celular embutido, onde o SIM card deverá ser inserido caso
seja usado em comunicações via GSM/GPRS/EDGE.
A figura 5.1 exibe o compartimento onde o SIM card deve ser instalado:
Figura 5.1 - Acesso ao SIM card.
29
Para que haja um correto funcionamento do PlugData, é necessário desabilitar
o PIN ( Número de Identificação Pessoal ) do SIM card. A figura 5.3 ilustra o modem e
a figura 5.4 exibe o conector da interface:
Figura 5.2 - PlugData MG100G.
Figura 5.3 - Conector da Interface.
30
Para que o equipamento possa ser utilizado, primeiramente ele deve ser
configurado no Sistema Operacional Windows através do Painel de Controle. A partir
daí, o usuário poderá usá-lo em qualquer das aplicações a que ele se destina.
A seguir, as principais características técnicas do PlugData MG100G são
descritas:
Tipo de Interface: Serial Rs232
Conector da Interface: DB9
Dimensões: 110x55x25 mm
Peso: 140 g
Banda GSM: 850/900/1800/1900 MHz (Quadriband)
Conector da Antena: SMA/Macho
Impedância da Antena: 50 0hms
Tensão de Alimentação: 100 a 240 VAC (entrada) 12 VDC (saída)
Entrada de Corrente: Repouso 20 mA. 150 mA 900MHz @ PCL5.
130 mA a 1800MHz @ PCL0
Temperatura de Funcionamento: Operando de -20 C a + 55 C
Potência de Saída: Classe 4 (2W), para 850/900MHz
Classe1 (1W), para 1800/1900MHz
31
5.2 Utilização do PlugData MG100G para Medições
O modem PlugData foi criado para utilização em ambientes fixos. Mas nada
impede que o mesmo seja utilizado com mobilidade, como se fosse um terminal
móvel. Para isso, foi necessário fazer uma adaptação do equipamento para que
pudesse ser usado nas ruas e medir o nível de potência recebido pelas estações
rádio base da rede de telefonia celular [13].
que sua alimentação é de 12 V, pode-se tranquilamente conectá-lo na saída
de mesma voltagem usada nos acendedores de cigarro instalados nos veículos
automotivos. As medições foram feitas em um veículo comum usando seu odômetro
para medição das distâncias percorridas e a figura 5.5 exibe a adaptação feita para o
uso do modem nas ruas:
Figura 5.4 - Adaptação para veículos.
32
Primeiramente algumas medições foram realizadas com o modem no interior
do veículo. Os resultados se mostraram não muito satisfatórios, pois o aparelho
situava-se muito próximo do condutor do veículo e do passageiro trazendo maiores
reflexões do sinal, contribuindo para uma maior atenuação. A carroceria do veículo
tamm foi considerada como fator contribuinte para a atenuação do sinal. A figura
5.6 exibe o posicionamento do equipamento para uma melhor qualidade do sinal
recebido. Para medição do nível de potência do sinal através deste acessório, deve-
se utilizar a ferramenta computacional denominada Hyperterminal. Esta ferramenta
computacional serve para conectar um terminal de compuatdor qualquer a outros
sistemas remotos. Tais sistemas podem ser servidores, sites Telnet, serviços online
entre outros. Para isso, basta apenas um modem e uma conexão de rede Ethernet
[14].
Figura 5.5 Posicionamento do Plugdata na parte superior do veículo.
Através do Hyperterminal é possível verificar se o modem está conectado de
forma correta. Por meio de alguns comandos (comandos AT, que serão explicados
mais a frente) isto é verificado. Pode-se tamm transferir arquivos de seu
33
computador para um utensílio portátil através da porta serial. A figura 5.7 mostra a
tela inicial do aplicativo:
Figura 5.6 - Tela inicia do Hyperterminal.
Primeiramente deve-se abrir uma nova conexão e dar um nome a ela. Após
esta fase, escolhe-se a região/país onde está localizado o PC e depois escolhe- se o
tipo de modem que irá ser usado na conexão.
O primeiro passo para o início das medições é a verificação do correto
funcionamento do modem (PlugData). Para isso é necessário digitar o prefixo AT na
34
área de trabalho do Hyperterminal. Se estiver funcionando bem, o usuário receberá
um OK como resposta ou ERROR caso contrário.
Na verdade, o prefixo AT não diz respeito a apenas uma linha de comando,
mas sim, a uma linguagem de comandos usada para modems [15,16]. Estes
comandos podem ser divididos em quatro categorias: Comandos de teste, Comandos
de leitura, Comandos de escrita e Comandos de execução. E cada um dos quatro se
subdivide em uma variedade enorme de outros comandos. Através de alguns desses
comandos pode-se requisitar a identificação do modelo usado, o status de atividade
do equipamento móvel, o nível de intensidade do sinal, a taxa de erro de bits, a classe
a estação móvel GPRS, perfil de qualidade de serviço entre muitas outras funções.
5.3 Medição de Nível de Potência de Sinais
Por intermédio do comando AT+CSQ, é possível verificar a
qualidade do sinal recebido. Ao executar este comando, o Hyperterminal retornará a
indicação da intensidade do sinal recebido e a taxa de erro de bit do canal do
equipamento móvel.
Para intensidade do sinal recebido, os valores retornados vão de
0 a 99. 0 significa que o sinal está a -113dbm ou menos. 1 está a -111dbm. De 2 a
30 pode se estender de -109 a -53 dbm. O valor 31 equivale a -51dbm e o número 99
é não reconhecido ou não detectável [15].
Como já foi descrito anteriormente, outra maneira de se verificar o
nível do sinal, é através do MMRs, onde as informações são mais precisas. De acordo
com as especificações dos padrões GSM [17], MMRs (Mobile measurement reports)
são uma grande fonte de informações para medição de sinais.Essas informões são
enviadas à BTS a cada 480 ms e contêm o nível de sinal da célula servidora e os seis
canais BCCH mais fortes de células vizinhas [18, 19, 20, 21]. O alcance do MMRs
está limitado para os valores que o de -47 dbm a -110dbm. Os parâmetros são
descritos a seguir:
35
Para a taxa de erro de bit os valores variam de 0 a 7, sendo estes
valores dados em níveis percentuais. Pode ser exibido o valor de 99, o qual não é
reconhecido ou não detectável. O valor 0 significa que a qualidade do sinal está
excelente.
O comando de teste AT+CENG ativa ou desativa o modo de engenharia
(MMRs). O modo de engenharia diz respeito ao módulo projetado para que o
engenheiro de campo visualize e faça testes com as informações recebidas da rede
em um equipamento móvel. Isto pode ocorrer tanto no modo ativo, ou seja, numa
chamada ativa, como tamm, no modo standby. Em cada modo, o engenheiro é
capaz de visualizar as informações que a rede traz para a célula onde este
equipamento móvel está registrado ou informações de células vizinhas [15]. A forma
como os parâmetros são apresentados é exibida da seguinte forma:
<célula>,”<número do canal de frequência de dio>,<nível
recebido>,<qualidade recebida>,<código do país do móvel>,<código da rede
móvel>,<código de identidade da rede móvel>,<código de identidade da estação
base>,<identidade da célula>,< acesso mínimo de nível recebido >,< máximo de
potência transmitida>”
O mero zero equivale a célula servidora. Os números de um a seis
equivalem às células vizinhas. Elas são descritas abaixo:
<CR><LF>+CENG: <cell>,”< mero do canal de frequência de rádio >,<
nível recebido >,< código de identidade da estação base >”
O parâmetro nível recebido diz respeito ao nível de potência recebido pelo sinal
em dbm. Só que nesse caso, para determi-la, não é necessário usar nenhum
comando AT. Basta utilizar a fórmula:
Nível de Recepção = P
nível de recepção(dBm)
+ 110 (5.1)
36
O parâmetro qualidade recebida diz respeito à taxa de erro de bit num período
de 0,5 segundos [22,23]. É uma medida que mede a relação sinal ruído de um
determinado sinal. Logo abaixo, a tabela 5.1 especifica este parâmetro:
Tabela 5.1- Qualidade recebida.
Qualidade de recepção
BER
0
Menor que 0,2%
1
0,2% a 0,4%
2
0,4 % a 0,8 %
3
0,8% a 1,6%
4
1,6% a 3,2%
5
3,2% a 6,4%
6
6,4% a 12.8%
7
Maior que 12,8%
De acordo com [22,23], um canal com um valor de qualidade de recepção
acima de 4, possui uma degradação na qualidade de voz bastante audível. Isto é
confirmado através de medidas de campo.
O parâmetro acesso mínimo de nível recebido indica o limite mínimo
intensidade de sinal recebido no receptor (varia geralmente de -100 dbm a -110 dbm).
Está relacionado com o menor valor de sinal que a operadora quer que a rede seja
servida quando está sendo acessada inicialmente por uma estação móvel.
37
Outro parâmetro importante que pode ser determinado é a frequência
em que trabalha a ERB. Por meio do comando AT + CBAND? é possível sua
determinação. Os seguintes valores são retornados:
PGSM_MODE : 900 MHz
DCS_MODE : 1800 MHz
PCS MODE : 1900 MHz
EGSM_DCS_MODE : 900/1800 MHz
GSM850_MODE : 850 MHz
GSM850_PCS_MODE : 850/1900 MHz
PGSM_PCS_MODE : 900/1900 MHz
A figura 5.7 exibe dados referentes a uma das medidas feitas, exemplificando
os parâmetros do modo de engenharia:
38
Figura 5.7 - Modo de Engenharia.
O estudo do handover pode ser observado através do modo de engenharia do
MMRs. O handover é o processo no qual uma estação móvel passa do controle de
uma BTS para outra. O handover tamm pode ocorrer entre canais numa mesma
célula os quais estão alocados na mesma banda de freqüência Também pode ser
empregado para satisfazer exigências de gerência das redes, por exemplo,
diminuição de congestionamentos.
Todo o processo é realizado pela estação móvel, BSS e MSC. Performance no
downlink do subsistema de rádio e intensidades de sinais recebidos de células
vizinhas é feito pela estação móvel. A BSS monitora a performance no uplink para a
estação móvel que está sendo servida e tamm acessa a intensidade de sinal de
interferência em seus canais de tráfego no modo idle ( modo de não chamada em
curso) [17]. Resultados de medições de BTSs e outras informações residentes na
MSC são feitas na própria MSC.
39
As estratégias de handover são fixadas pelo operador da rede de acordo com
as necessidades da rede, por exemplo, controle de tráfego entre lulas. A seguir são
descritos os dois tipos de handover:
Handover inter-células: como foi dito anteriormente, ocorre da célula
servidora para outra vizinha mais próxima quando o nível de recepção e/ou a
qualidade de recepção são baixas na célula servidora e um melhor nível de recepção
na célula vizinha, ou quando uma célula vizinha permite a comunicação com um nível
de potência menor do transmissor. Essa situação descreve o móvel na borda da
célula. Também pode ocorrer entre células de diferentes freqüências em uma estação
móvel dual.
Handover intra-células: ocorre de um canal/timeslot na célula servidora para
outro canal/timeslot na mesma célula quando uma baixa qualidade do sinal, mas
com um nível de intensidade de sinal alta. Isso mostra uma degradação causada por
interferências. Este tipo de handover deve fornecer um canal com nível de
interferência mais baixo.
No próximo capítulo serão apresentadas as regiões onde foram feitas as
medições e a análise da ocorrência dos processos de handover tanto inter
como intra célula.
40
CAPÍTULO 6 - DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES
DE PROPAGAÇÃO E ANÁLISE DOS
RESULTADOS
6.1 ERBs Jaguaribe, João Machado e Pedro II
As medições tiveram início a partir da ERB localizada na Rua Alberto de Brito
S/N de nome PBJGB4503 e mero 665746571 da operadora de telefonia celular OI
na freqüência de 900 MHz/1800 MHz. A latitude e longitude são respectivamente
07S080400 e 34W523400. A região é considerada do tipo suburbano composta na
maior parte de casas. A figura 6.1 abaixo exibe a localidade onde se encontra a ERB
e a figura 6.2 exibe parte do ambiente de medição:
Figura 6.1- ERB Rua Alberto de Brito.
41
Figura 6.2 - Primeiros cem metros da cobertura da ERB.
Além desta ERB foram consideradas como trajeto das medições duas ERBs
vizinhas mais próximas desta para análise do comportamento de sinal. A primeira
localiza-se na Av. João Machado, 584, de nome PBCTO4529 / 3GPBCTO4729,
latitude e longitude respectivamente de 07S073506 e 34W524609 e a outra se
localiza na Av. D. Pedro II, 623 de latitude e longitude respectivamente de 07S072201
e 34W524105, de nome PBCTO4551 / 3GPBCTO4751.
O primeiro trajeto inicia-se a partir da ERB Jaguaribe indo em direção à
cobertura da ERB vizinha mais próxima (ERB João Machado) com início na Av.
Marechal Floriano Peixoto. Em seguida, segue-se em direção à cobertura da próxima
ERB mais próxima (ERB Pedro II). É feita então uma análise do comportamento do
42
sinal da área coberta pela ERB servidora (Jaguaribe) e onde ocorre o handover intra-
células. A partir deste momento, segue-se rumo a um novo trajeto em direção à
mesma ERB vizinha (João Machado) para análise de qualidade de serviço para o
móvel. As figuras 6.3 e 6.4 a seguir exibem os trajetos percorridos em direção à ERB
João Machado:
Figura 6.3 - Trajeto original em direção à ERB vizinha (João Machado).
43
Figura 6.4 - Trajeto dois em direção à ERB João Machado.
Como descrito anteriormente, o MMRs exibe a célula que serve o móvel e as
seis células vizinhas mais fortes. Isto é feito através do canal de tráfego BCCH da
rede GSM. Aqui serão consideradas para análise a célula servidora e as duas células
vizinhas mais próximas do móvel. As células vizinhas são identificadas pelo BSIC. A
figura 6.5 exibe a exibe a configuração da ERB Alberto de Brito:
44
Figura 6.5 Configuração ERB Alberto de Brito
A partir do gráfico acima percebe-se, a partir da legenda, que estão sendo
exibidos os sinais referentes à ERB que serve o móvel, designada pelo símbolo ERB0
e as duas lulas vizinhas mais próximas, designadas pelo símbolo ERB1 e ERB2. A
seguir é feita a análise do handover intra-célula na região. O símbolo é utilizado
para indicar que uma mudança de canal feita pela ERB que serve o móvel. Os
sinais que chegam ao receptor móvel das ERBs vizinhas sofrem sucessivas
mudanças de canal durante o trajeto. Praticamente o mesmo grupo de canais é
utilizado pelas duas ERBs que são também vizinhas entre si (João Machado e D.
Pedro II). À medida que o móvel percorre o trajeto ocorre o handover intra lula
entre as duas células vizinhas. Por exemplo, os canais 517 e 524 são alternados
entre as duas ERBs: na distância 500 metros da ERB que serve o móvel, o canal da
ERB João Machado é o canal 524 e de sua vizinha Pedro II é o canal 517. Nos
45
últimos 300 metros da cobertura da célula, as duas ERBs trocam estes canais entre
si.
O processo de handover tem início a 300 metros da ERB. uma queda de
aproximadamente 14db de poncia em relação ao primeiro valor medido onde o
canal alocado à ERB servidora é o mesmo que servia a lula vizinha da João
Machado. Salienta-se que este canal da célula vizinha possuía qualidade inferior. O
canal que pertencia então a ERB Alberto de Brito passa a ser o canal da ERB João
Machado. Nos próximos cem metros novamente outra mudança de canal, desta
vez com uma melhora significativa na qualidade do sinal.
Outra alise vale a pena ser destacada: à medida que a potência do sinal
recebido decresce no canal de frequência que serve o móvel (515), percebe-se um
aumento de potência no canal adjacente da ERB vizinha recebida no móvel( a partir
de 600 metros). Esse é o momento em que ocorrerá o handover inter - célula. A partir
daí, a estação móvel passa a ser controlada pela ERB João Machado no canal 517.
Daí em diante o canal 515 passa a ser alocado à ERB vizinha da Av. D. Pedro II.
Esta troca de canais de frequência entre uma célula servidora e uma célula vizinha é
denominada estratégia de “empréstimo” [24]. Esta estratégia advém da operação de
atribuição de frequências dinâmicas realizadas pelo sistema.
Na figura 6.6 é destacada a segunda forma de análise de cobertura do sinal:
46
Figura 6.6 Primeiro trajeto.
A legenda destaca os símbolos referentes ao mapa :
ERB
Canal 527
Canal 515
Canal 524
Percebe-se o primeiro handover intra-célula ( 527 para 524) a trezentos metros
da ERB. Nesse local, o móvel está logo a frente de uma edificação de altura superior
as outras da região, sendo considerado portanto um fator de inteferência para o
sinal. Possivelmente, neste trecho, há uma modificação de setor. A figura 6.7
identificada a edificação:
47
Figura 6.7 Obstrução do sinal.
48
Figura 6.8 Local onde ocorre Handover intra-célula.
A figura 6.8 acima exibe a localidade onde nova troca de canal pela ERB. A
partir deste trecho (Av. Primeiro de Maio), o móvel é servido pelo mesmo canal de
freqüência até chegar à borda da célula.
49
A figura 6.9 a seguir exibe a Avenida Primeiro de Maio:
Figura 6.9 Trecho da Av. Primeiro de Maio.
A seguir, na figura 6.10, é exibido o gráfico da mesma ERB (Alberto de Brito)
servindo o móvel no novo trajeto em direção à ERB vizinha João Machado:
50
Figura 6.10 - Configuração ERB Alberto de Brito novo trajeto.
O símbolo também indica a ocorrência de handover intra-célula. Este
caminho tem início a partir do local onde houve mudança de canal no primeiro trajeto
(300 metros da ERB). A partir de 700 metros da ERB ou 400 metros a partir do início
do segundo trajeto, há uma troca de canal entre a servidora e a vizinha, apesar da
potência que chega ao móvel originada da ERB vizinha ser menor do que a da ERB
servidora. A mesma situação ocorre nos próximos handovers. Esta ocorrência indica
a probabilidade de um cenário não otimizado para esta célula segundo [25].
Novamente, de acordo com [25], nem sempre a célula em que a unidade móvel está
localizada é a melhor servidora com relação à qualidade. Isso se pela dificuldade
de controle sobre as áreas de cobertura de uma determinada célula em conjunção
com suas vizinhas sob efeito de carga. Isto pode ser observado em alguns trechos do
gráfico acima. Lembrando que o handover intra célula ocorre quando a qualidade do
sinal que serve o móvel é baixa devido a interferências.
Abaixo, a figura 6.11 exibe o mapa com as respectivas medidas:
51
Figura 6.11 Novo Trajeto.
A legenda destaca os símbolos referentes ao mapa:
ERB
Canal 515
Canal 524
Canal 513
52
A figura 6.12 exibe o trajeto da Av. Primeiro de Maio:
Figura 6.12 Av. Primeiro de Maio (Novo Trajeto).
53
Colocando lado a lado as duas regiões na figura 6.13:
Figura 6.13 Regiões de análise de cobertura.
Da figura 6.13 é possível identificar que a região de medição está sendo
coberta por quatro setores diferentes. Os setores são compostos de antenas
direcionais, cada uma irradiando numa região distinta. A setorização tem o intuito de
aumentar a capacidade de um sistema e de diminuição da interferência co-canal. A
figura 6.14 exibe a ERB e seus setores:
54
Figura 6.14 ERB e seus setores.
Conclui-se, a partir da análise do gráfico da figura 10, que o móvel ao percorrer
o segundo trajeto possui uma pior qualidade de sinal em relação ao primeiro percurso.
Na maior parte do segundo trajeto a potência recebida no móvel varia entre - 67 dbm
e - 75 dbm no canal de freqüência 524. O canal de freqüência 515 alocado ao móvel
no primeiro trajeto sofre menos interferência do meio, com níveis de potência variando
entre - 49 dbm a - 60 dbm. Até mesmo o sinal que chega das ERBs vizinhas sofre
uma maior atenuação neste segundo percurso. As figuras 6.15 e 6.16 abaixo exibem
o nível de sinal recebido no móvel originado da ERB0:
55
Figura 6.15 Variação do nível de sinal.
Figura 6.16 Variação do nível de sinal no novo trajeto.
56
A partir das figuras 6.15 e 6.16 é possível identificar que o nível do sinal
decresce de forma análoga nos dois trechos nos primeiros 300 metros. A partir da
distância 400 metros no novo trajeto, o nível de sinal é inferior em relação ao primeiro
percurso. Daí em diante o sinal continua a oscilar, mas sempre com qualidade inferior
ao primeiro trajeto. Quando o móvel se aproxima da borda da célula, a potência do
sinal é praticamente a mesma nos dois percursos, pois o móvel é servido pelo mesmo
setor. Vale lembrar que o móvel aproxima-se da borda da célula próximo dos 1500
metros no segundo percurso.
A seguir será analisado o comportamento do sinal na célula localizada na Av.
João Machado. A figura 6.17 abaixo exibe o trajeto do móvel servido pela ERB João
Machado:
Figura 6.17 - Trajeto coberto pela ERB João Machado. A ERB localiza-se próxima à Praça
Castro Pinto.
57
A figura 6.18 exibe a ERB vizinha (Av. Pedro II ) à ERB João Machado :
Figura 6.18 Localização da ERB vizinha à ERB João Machado ( Pedro II). A ERB Pedro II
localiza-se próxima à Av. dos Tabajaras.
A figura 6.19 exibe a ERB da João Machado:
58
Figura 6.19 ERB João Machado.
A figura 6.19 apresenta o gráfico com os níveis de potência das ERBs da
região:
59
Figura 6.20 Configuração ERB João Machado.
O mbolo indica a única ocorrência de handover na região de cobertura
desta lula. O sinal que chega ao receptor móvel apresenta bons níveis asofrer
uma queda brusca na distância 400 metros. Daí então mudança de canal, em que
a ERB João Machado serve o móvel com o canal 528 que pertencia à ERB Pedro II e
esta permanece no canal 517 pertencente anteriormente à ERB João Machado. Nesta
troca, a potência no canal de freqüência da ERB Pedro II é maior, continuando neste
estado, até o momento do handover.
A seguir são apresentadas trechos da Av. João Machado:
60
Figura 6.21 Trecho da Av. João Machado.
61
Figura 6.22 - Localização próxima à borda da célula.
Em seguida segue o mapa da região e sua respectiva legenda:
62
Figura 6.23 Trajeto servido pela ERB João Machado.
ERB
Canal 517
Canal 528
No momento em que houve mudança de canal, o móvel localizava-se à frente
de uma edificação. Como no caso da análise anterior, este prédio possui altura média
maior que as outras edificações da região, e o móvel posicionava-se à frente desta no
momento do handover. Além do mais, a rua é coberta por várias árvores que
contribuem para atenuação do sinal. A seguir é exibida a figura da edificação:
63
Figura 6.24 Edificação próxima ao móvel. Nesta área, além do prédio, há a presença de
algumas árvores junto ao receptor móvel.
Daí em diante o móvel é servido pela ERB Pedro II. A seguir o mapa do trajeto
de medição é exibido junto com sua legenda na figura 6.25:
64
Figura 6.25 - Trajeto onde o móvel é servido pela ERB Pedro II.
Em seguida é exibida a localização da ERB Pedro II:
65
Figura 6.26 - Localização da ERB Pedro II.
A figura 6.27 ilustra a ERB da Pedro II:
66
Figura 6.27 ERB Pedro II ao fundo, vista a partir da Av. Floriano Peixoto, que faz parte do
trajeto de medições da região.
A seguir é feita análise do comportamento do sinal. A figura 6.28 ilustra o mapa
da região e sua legenda:
67
Figura 6.28 Cobertura ERB Pedro II.
Canal 522
Canal 528
Canal 536
O primeiro tipo de análise (análise gráfica e seus níveis de potência) não foi
realizado para esse caso devido ao fato de não ter sido realizada uma busca por
outras ERBs vizinhas próximas a esta, bastando a segunda análise para se notar
onde há ocorrência de handover intra-célula.
Percebe-se uma grande oscilação do sinal no trecho próximo à Mata do
Buraquinho (trecho de 600 a 900 metros). Sabe-se que a vegetação é responsável
pelo espalhamento e absorção do sinal, podendo incorpora-se juntamente os efeitos
de sinais de trânsito, postes e fios elétricos [6, 26] sendo, portanto, os causadores
68
dessas oscilações neste trajeto. As figuras 6.29 e 6.30 apresentam trechos da
Avenida:
Figura 6.29 Av. Pedro II.
Figura 6.30 Trecho da Avenida Pedro II próximo à vegetação.
69
A figura a seguir mostra todo o trajeto percorrido pelo móvel e os níveis de
potência respectivamente das ERBs Alberto de Brito, João Machado e D. Pedro II:
Figura 6.31 Configuração total de ERBs distintas.
Com relação à legenda, as ERB0, ERB1 e ERB2 representam respectivamente
as ERBs servidoras Alberto de Brito, João Machado e Pedro II. O símbolo
representa a ocorrência de handover.
No momento em que o móvel localiza-se na borda da célula a 800 metros da
ERB Alberto de Brito, ele está sendo servido pelo canal 515. A partir de 900 metros
da ERB Alberto de Brito ocorre o handover inter-lula para ERB João Machado.
Neste momento, o móvel passa a ser servido pelo canal 517, de maior potência. O
mesmo ocorre na borda da ERB João Machado: o canal da célula vizinha (522) está
com o nível de potência mais elevado do que desta ERB servidora (528). Ao ocorrer o
handover para célula Pedro II, seu canal passa a ser o canal 522 e o canal 528 passa
a ser utilizado por outra ERB vizinha mais distante de menor potência.
70
6.2 ERBs Torre
As medições tiveram início a partir da ERB localizada na Rua Joaquim Gomes
sem número no bairro da Torre de nome PBTRR4523 /3GPBTRR4723 e latitude e
longitude respectivamente de 07S071508 e 34W520004. Abaixo é exibida a ERB:
Figura 6.32 - ERB Joaquim Gomes.
A figura 6.33 ilustra a trajetória percorrida pelo móvel:
71
Figura 6.33 - Trajeto ERB Joaquim Gomes.
Outra medição foi realizada a partir de outra ERB próxima à ERB
Joaquim Gomes. Localiza-se na Av. Carneiro da Cunha de número 821/827 de nome
PBTRR4531 / 3GPBTRR4731 e latitude e longitude respectivamente de 07S073408 e
34W514102. A figura 6.34 a seguir exibe a ERB:
72
Figura 6.34 - ERB Carneiro da Cunha.
A figura 6.35 exibe o trajeto percorrido pelo móvel:
73
Figura 6.35 Trajeto ERB Carneiro da Cunha.
Aqui ocorre um fato diferente: quando o móvel começa a ser servido, por
exemplo, pela ERB da Rua Joaquim Gomes e se encaminha à vizinha mais próxima
(Carneiro da Cunha), não se constata o handover. O móvel continua a ser servido
pela primeira ERB mesmo se encontrando em frente à ERB Carneiro da Cunha. O
mesmo ocorre no sentido inverso: constatou-se que quando o móvel começa a ser
servido pela ERB Carneiro da Cunha, mesmo passando a frente da ERB Joaquim
Gomes, ele continua sendo servido pela ERB Carneiro da Cunha. Para constatar este
fato, foram colocados em anexo os resultados obtidos dos dois trajetos. O que ocorre
de fato neste cenário é que o móvel está localizado numa região de sobreposição de
células. A sobreposição tem o intuito de fornecer melhor qualidade nas
comunicações, seamless handovers (tentativa de fornecer um dado QoS tamm
durante o processo de migração de um servidor para outro) e gerência de capacidade
na rede [27]. Mas, se houver uma grande superposição de uma célula sobre outra
adjacente, o nível de interferência aumenta entre estas células e a capacidade do
sistema diminui [28]. De acordo com [24], esta sobreposição de regiões é feita para se
74
obter uma redução adicional de atualizações de localização que ocorre quando uma
estação móvel entra numa nova área. Estações base difundem
regularmente a identificação da sua localização no canal de difusão BCCH. O terminal
móvel recebe esta informação e quando detecta uma alteração de localização reporta
a sua nova localização para a estação base.
Para que o móvel deixe de ser servido por uma ERB e começar a servido pela
outra, é preciso desconectar o PlugData ao se encontrar próximo a ERB que se
deseja ser servido. Isso não é possível de ocorrer apenas desligando o modo de
engenharia. Lembrando que se observa a mudança de ERB a partir do BSIC. Este
procedimento deverá ser realizado sempre que a estação móvel se encontrar numa
região de sobreposição de células.
Assim, percorreram-se dois trajetos diferentes em direção à ERB vizinha
localizada no bairro de Tambauzinho na Rua Manoel Paulino Junior - s/n de nome
PBEXP4519 / 3GPBEXP4719 e latitude e longitude respectivamente de 07S071304 e
34W504407. Para ambos os casos (ERB Joaquim e ERB Carneiro da Cunha), o
móvel percorre um trecho em comum: a Av. Júlia Freire, paralela a uma das principais
avenidas da cidade, a Epitácio Pessoa. Neste percurso grande presença de altas
edificações, as quais contribuem para os múltiplos percursos do sinal irradiado,
fazendo com que o sinal chegue ao receptor em instantes diferentes. As figuras 6.36
e 6.37 exibem respectivamente a ERB Tambauzinho e sua localização:
75
Figura 6.36 - ERB Tambauzinho.
76
Figura 6.37 Localização da ERB vizinha Tambauzinho, que está situada na Rua Manoel
Paulino Júnior.
A partir da figura seguinte será feita a primeira análise da cobertura do sinal da
ERB Joaquim Gomes:
77
Figura 6.38 Configuração da ERB Joaquim Gomes.
O primeiro handover intra - lula ocorre a 500 metros da ERB. O canal de
freqüência (534) da ERB Tambauzinho (ERB1) tem potência mais elevada,
exatamente de -55,3 dbm. O canal da célula servidora (520) tem potência de -
62,3 dbm. Quando ocorre o handover, a ERB que serve o móvel toma “emprestado” o
canal da vizinha, e a esta, outro canal é designado. O símbolo representa o
handover. A ilustração 6.39 apresenta a localidade onde ele ocorre:
78
Figura 6.39 Local do handover.
Daí em diante percebe-se uma boa qualidade do sinal mesmo quando ocorre o
próximo handover. O canal de freqüência da ERB vizinha passa a ser o da servidora,
que diferentemente do caso anterior, o canal da célula vizinha possui nível de
potência menor do que o da servidora, ou seja, este canal sofre mais interferência do
meio. A seguir, a figura 6.40 exibe o local dessa mudança:
79
Figura 6.40 Av. Júlia Freire. Primeiro handover ocorrido na avenida.
Mais dois handovers consecutivos ocorrem mais a frente (a 1500 metros e
1600 metros da ERB). A partir deste trecho a região é constituída tanto por casas
como prédios, os quais contribuem de forma significativa para reflexões e difrões do
sinal dedio. A figura 6.41 ilustra a região:
80
Figura
6.41 Cenário com algumas edificações. Novos handovers.
No local acima exibido, o canal alocado através do handover pertencia a uma
célula vizinha mais distante, de qualidade de sinal inferior (canal sofre maior
interferência do meio). Esta célula vizinha está entre as células vizinhas mais fortes
sendo identificada através do MMRs (CENG: 3 ou ERB3 vizinha), mas não é possível
determinar sua localização, pois a partir do momento em que a estação móvel está
conectada à ERB servidora, pode-se apenas dirigir-se à célula vizinha mais próxima
desta (CENG: 1 ou ERB1 vizinha). O MMRs não indica a localização de nenhuma
célula, apenas exibe o nível de potência do sinal destas células vizinhas. Nem mesmo
a ERB2 vizinha da figura 6.38 de ser identificada. O nível do sinal desta célula foi
exibido apenas para se analisar seu comportamento. Percebe-se a partir da figura
6.38 que o nível de potência desta lula é bem abaixo em relação à célula servidora,
como era de se esperar, pois esta se encontra mais distante do móvel. Identificam-se
trechos em o sinal desta célula possui nível de potência bem próximo ao da célula
Tambauzinho e em alguns trechos, a potência é exatamente a mesma para as duas
células.
81
No restante do percurso mais duas mudanças de canal ocorrem. O primeiro handover
intra célula ocorre a 2000 metros da ERB onde o canal alocado à ERB servidora
(canal 515) possuía qualidade um pouco inferior ao canal que servia o móvel (canal
520). No último handover da região as duas ERBs trocam canais entre si, onde canal
da célula servidora utiliza o canal da vizinha, a qual sofria menor interferência do
meio. A presença de grandes edificações e folhagens justifica a ocorrência de
handover nestes locais. A seguir são exibidos os dois locais:
Figura 6.42 Novo trecho onde ocorre handover.
82
Figura 6.43 A sexta ocorrência de handover. A presença de grandes edificações e
folhagens justifica a mudança de canal.
Ao se aproximar do final da cobertura da ERB, percebe-se que a potência da
ERB1 vizinha (Tambauzinho) aumenta significativamente. A estação móvel prepara-
se então para sofrer o processo de handover inter célula. É possível verificar,
tamm, por intermédio do gráfico da figura 6.38 que o nível do sinal da ERB2 vizinha
aumenta na mesma proporção da ERB Tambauzinho. Na borda da célula Joaquim
Gomes um aumento de 22db de potência desta célula vizinha em relação ao
trecho de pior qualidade de sinal recebido desta mesma célula no móvel a 400 metros
de disncia da borda (2300 metros da ERB servidora). Pode-se notar como o nível do
sinal desta ERB vai aumentando ao se aproximar do fim da cobertura da célula
Joaquim Gomes. Isto quer dizer que o móvel, neste local, se aproxima da região
desta célula vizinha (ERB2 vizinha).
83
Abaixo a segunda análise é destacada com sua respectiva legenda:
Figura 6.44 Análise do trajeto coberto pela ERB Joaquim Gomes.
ERB
Canal 525
Canal 512
Canal 520
Canal 536
Canal 534
Pela figura, nota-se a ocorrência de seis handovers na região.
84
A seguir será exibida a figura 6.45 da análise da ERB Carneiro da Cunha:
Figura 6.45 - Configuração da ERB Carneiro da Cunha.
Ao todo o seis, o número de handovers intra célula na região de interesse.
A partir do gráfico acima percebe-se que os primeiros 800 metros dessa região
apresentam excelente qualidade de sinal. O primeiro handover ocorre a 200 metros
da ERB, onde é possível notar a piora do nível de potência do sinal. Neste handover é
fornecido um canal de freqüência de qualidade inferior. Ocorre um decréscimo de
aproximadamente 14 dB do sinal. Aqui, a ERB servidora toma “emprestado” o canal
de freqüência da ERB2 vizinha (canal de freqüência 512). No handover seguinte, a
300 metros da ERB, o canal “emprestado” passa a ser o da ERB vizinha mais
próxima, a ERB1. Apesar do canal fornecido pelo handover possuir qualidade inferior,
há uma melhora bastante significativa de 14 dB do nível do sinal. No handover
seguinte a 500 metros da ERB, aloca-se um canal, tamm, de qualidade inferior
85
(canal proveniente da ERB2 vizinha) ocorrendo uma pequena queda de qualidade,
mas o sinal recebido apresenta uma dos melhores níveis de todo o trajeto (- 52 dbm).
Uma possível razão para ocorrência do handover, apesar do nível dos sinais ser bom
é o controle de tráfego entre lulas [17]. A figura 6.46 exibe o local de ocorrência do
primeiro handover a 200 metros da ERB:
Figura 6.46 Primeira ocorrência de handover.
A seguir o sinal decresce, mas com excelente qualidade e novamente melhora
seu nível, apresentando o trecho de melhor qualidade de serviço de todo o trajeto de
medição (- 47 dbm). Daí em diante, o móvel percorre o trecho da Av. Júlia Freire,
onde se encontram as edificações.
86
A qualidade de sinal da ERB2 vizinha melhora bastante quando o móvel se
aproxima da borda da célula de forma semelhante à alise anterior da ERB Joaquim
Gomes. Isto pode ser observado no gráfico da figura 6.44. Aos 2000 metros o nível do
sinal desta célula era de - 81 dbm. Quando o móvel atingiu a borda da célula, a
potência subiu para - 63 dbm, uma melhora de 18 dB. Conclui-se, então, que o móvel
encontra-se próximo à localização desta ERB, como tamm, da ERB Tambauzinho,
que se torna responsável por servir as estações móveis nos próximos 100 metros,
onde começa sua região de cobertura. A figura 6.47 exibe o segundo tipo de análise:
Figura 6.47 - Análise do trajeto coberto pela ERB Carneiro da Cunha.
87
Logo abaixo segue a legenda:
ERB
Canal 516
Canal 512
Canal 525
Canal 515
Canal 520
A 800 metros da ERB, os canais de frequência alocados à estação
móvel o os mesmos utilizados pela ERB Joaquim Gomes, exceto um. Este
trecho é equivalente ao trecho percorrido quando o móvel estava sendo servido
pela ERB Joaquim Gomes. Os handovers tamm ocorrem praticamente na
mesma região em relação à ERB Joaquim Gomes.
O único canal utilizado que difere da ERB Joaquim Gomes no trecho da
Av. Julia Freire (trecho em que são utilizados os mesmos canais pelas duas ERBs) é
o de mero 515. Os gráficos a seguir servem de comparação em relão à
qualidade do sinal quando o móvel é servido respectivamente pela ERB Joaquim
Gomes e Carneiro da Cunha:
88
Figura 6.48 Cobertura ERB Joaquim Gomes para Av. Júlia Freire.
Figura 6.49 - Cobertura ERB Carneiro da Cunha para Av. Júlia Freire.
89
Onde os símbolos , , , , e representam respectivamente os canais 512,
536, 525, 515 e 520.
Pode-se verificar que o canal de freqüência 515 da ERB Carneiro da Cunha
apresenta qualidade de sinal superior ao canal 512 da ERB Joaquim Gomes para o
mesmo trecho do trajeto. Mas os trechos cobertos pelo canal 520 da ERB Joaquim
Gomes possuem qualidade superior em relação ao mesmo trecho em que o móvel é
servido no canal de freqüência 520 da ERB Carneiro da Cunha, de acordo com os
gráficos das figuras 6.48 e 6.49.
6.3 ERBs Centro D.Pedro I e Visconde de Pelotas
O início das medições foi realizado a partir da ERB localizada na Av. D. Pedro
I, número 527 de nome PBCTO4524 localizada no Centro da cidade de João Pessoa,
de latitude e longitude respectivamente de 07S070100 e 34W523802. O ambiente
aqui é constituído de muitos prédios e o terreno varia entre plano e ondulado.
Considera-se esse ambiente como sendo urbano. A seguir a respectiva ERB é
exibida:
90
Figura 6.50 - ERB D. Pedro I.
Outras medições foram realizadas a partir da ERB localizada na Av. Visconde
de Pelotas - 259 de nome PBCTO4544 / 3GPBCTO4744 e latitude e longitude
respectivamente de 07S070800 e 34W525801. O ambiente é considerado também
urbano e constituído de grandes e médias edificações. A figura 6.51 exibe a ERB:
91
Figura 6.51 - ERB Visconde de Pelotas.
Nesse cenário ocorre o mesmo fato do trajeto anterior (ERBs Torre):
novamente uma sobreposição de lulas nessa região. O móvel é continuamente
servido pela ERB em que ele primeiro se cadastra. Estas medições limitaram-se
apenas a analisar o comportamento do sinal e não se buscou localizar nenhuma ERB
vizinha. As figuras a seguir descrevem os trajetos percorridos pelo móvel:
92
Figura 6.52 - Trajeto ERB D. Pedro I.
Figura 6.53 - Trajeto ERB Visconde de Pelotas.
A seguir a análise da cobertura da ERB Pedro I é apresentada. A figura 6.54
exibe o gráfico:
93
Figura 6.54 - Análise da configuração da cobertura ERB D. Pedro I.
O símbolo representa o handover intra-célula. Nota-se do gráfico acima que
o sinal decresce até a ocorrência do primeiro handover a 300 metros da ERB. O canal
de freqüência fornecido pelo handover à ERB servidora estava alocado a ERB vizinha
mais distante (ERB6 vizinha vista a partir do MMRs) de nível de potência de 81
dbm. A presença de algumas edificações e folhagens contribui para o processo de
handover A figura 6.55 exibe a localidade onde a troca de canal é realizada:
94
Figura 6.55 Primeiro handover na Av. D. Pedro I. Além da presença das árvores, logo à
direita, há duas edificações de dois patamares. Uma delas é um Shopping Center.
Nos próximos 100 metros o segundo handover é realizado. Ele ocorre logo
após a esquina da avenida. Quando ocorre o handover, o móvel está posicionado ao
lado da edificação em que a seta indicativa na figura acima especifica. O fenômeno
da difração causado por esse local possivelmente contribui para que haja handover, e
neste caso, o móvel começa a ser servido por outro canal de freqüência com
qualidade de sinal melhor.
Nos próximos 500 metros, a qualidade do sinal que chega ao receptor móvel é
a pior de todo o trajeto. Isto se justifica pelo fato do móvel atravessar uma região
repleta de prédios, característica de uma área urbanizada. A figura a seguir
apresenta parte deste trajeto:
95
Figura 6.56 Região de prédios.
Na região acima, o móvel passa por dois handovers. O primeiro, a 600 metros,
em que o móvel está posicionado na esquina da edificação, estando obstruído por
esta. A potência recebida neste ponto é a mais baixa de toda a trajetória de medição.
O segundo handover ocorre a 700 metros da ERB, com uma pequena melhora de
qualidade de sinal. A 1000 metros da ERB, mais um handover ocorre desta vez com
uma melhora significativa de 15 dB do sinal em relação ao trecho anterior. Isto se
deve ao fato do móvel estar localizado numa região mais livre de obstruções. O móvel
encontrava-se exatamente na mesma avenida em que se encontra a ERB, sendo
servido por outro setor desta célula. No handover seguinte, o nível do sinal aumenta
aproximadamente de 16 dB (1200 metros da ERB servidora) em relação ao trecho
anterior, onde tamm se percebe a ocorrência de handover intra lula. A figura a
seguir exibe o móvel a 1200 metros da ERB, local em que se verifica um dos
melhores níveis de potência:
96
Figura 6.57 Av. General Osório.
Vale a pena observar que vários trechos da medição apresentam uma
qualidade de sinal bem melhor proveniente da ERB1 vizinha.
A ilustrão seguinte exibe a segunda análise da cobertura e sua legenda:
97
Figura 6.58 - Análise do trajeto coberto pela ERB D. Pedro I.
Legenda:
ERB
Canal 533
Canal 524
Canal 526
Canal 514
Canal 515
Canal 517
Canal 527
Canal 512
98
O trecho de 1300 metros servidos pelo canal 517 está entre um dos melhores
em termos de qualidade de sinal. Em seguida ocorre um handover intra célula para
o canal 512 ao qual pertencia à ERB vizinha e 100 metros à frente, o canal é trocado
para 527, de melhor qualidade que o anterior. Nos próximos 200 metros (1800 e 1900
metros da ERB) o móvel se encontra numa região que apresenta as melhores
condições de propagação de todo a trajetória de cobertura verificada (-48 dbm e -47
dbm respectivamente) estando o móvel sintonizado no canal de freqüência 527. Ao
final do trajeto, o móvel é servido pelo canal 512, com qualidade de sinal semelhante
ao canal 527. No trecho em que o móvel é servido pelo canal 512, o móvel
encontrava-se próximo à ERB Visconde de Pelotas, em que não se verificou o
handover. Confirma-se então a sobreposição da lula Pedro I em relação à célula
Visconde de Pelotas. Abaixo, é exibido o trajeto servido pelo canal 512:
Figura 6.59 Trajeto coberto pelo canal 512. Percebe-se ao fundo a torre referente à ERB
Visconde de Pelotas.
99
A seguir é feita a análise da ERB Visconde de Pelotas ilustrada pela figura
6.60:
Figura 6.60 Análise da configuração de cobertura ERB Visconde de Pelotas.
Logo a 200 metros da ERB ocorre o primeiro handover representado pelo
mbolo . Essa região é a mesma repleta por grandes prédios (figura 6.56) coberta
pela ERB Joaquim Gomes. Observando a figura acima e o gráfico da figura 6.54
percebe-se que o nível de potência nesta área é quase o mesmo (a 300 metros da
ERB, o móvel tamm se encontra na região da figura 6.56). Esta célula também se
encontra numa região de sobreposição. No próximo handover, o móvel localiza-se
numa região menos obstruída, sendo coberto por outro setor da célula. Dos 500
metros aos 1000 metros de cobertura do sinal, o móvel é servido com excelentes
níveis de potência. A partir de 800 metros da estação rádio base em diante, todos os
100
handovers ocorrem tomando-se os canais de freqüência da célula vizinha (ERB1) os
quais apresentam melhor qualidade do sinal. De 900 metros a 1200 metros o móvel
atravessa mais uma área coberta por prédios. Constata-se uma queda de
aproximadamente 13,5 dB de potência no trecho de 1100 metros a 1200 metros. Daí
em diante, o nível do sinal oscila bastante, entre -67,6 dbm e -86 dbm até atingir a
borda da lula. Apesar do intuito de não se buscar nenhuma ERB vizinha, relatou-se
o início de cobertura de outra célula. O móvel passa a ser servido pela ERB Joaquim
Gomes, no bairro da Torre. É possível verificar no gráfico acima que o nível de
potência da ERB1(vizinha) é maior que o da ERB0 (servidora) quando o móvel está
na borda da célula. O móvel, então, após este trecho, sofre mais um handover inter
célula.
Abaixo, o gráfico do mapa do trajeto percorrido é apresentado junto com sua
legenda:
Figura 6.61 - Análise do trajeto coberto pela ERB Visconde de Pelotas.
101
A legenda é exibida a seguir:
ERB
Canal 512
Canal 526
Canal 514
Canal 530
Canal 528
Canal 518
Nota-se pelo gráfico acima, o canal 526, utilizado no mesmo trajeto da ERB
Joaquim Gomes. As atenuações do sinal nesse trecho são quase da mesma
magnitude em relação àquelas sofridas quando o móvel estava sendo servido pela
ERB Pedro I.
As duas regiões de cobertura são exibidas juntas nas figuras 6.62 e 6.63
respectivamente:
102
Figura 6.62- Cobertura Centro Pedro I.
Figura 6.63 Cobertura Visconde de Pelotas.
103
6.3 ERB BR-101
A ERB de nome PBSRI5106 está situada no município de Santa Rita PB, na
BR-101 sem mero de latitude e longitude respectivamente de 06S592400 e
35W04130. A região está localizada na Zona Rural do município. As medidas foram
realizadas na BR - 230. Esta ERB possui um setor que cobre um longo trecho da BR-
230. A figura abaixo a exibe:
Figura 6.64 ERB BR - 101.
Aqui será analisado o comportamento do sinal desta ERB por um percurso de
5,5 km, como também, da ERB mais próxima candidata ao handover. Nesta medição,
não se buscou identificar o início de cobertura da ERB vizinha, limitando-se apenas à
análise do sinal da ERB servidora e de sua vizinha mais próxima.
104
Abaixo, o gráfico da cobertura celular é exibido:
Figura 6.65 Análise de cobertura ERB BR 101.
Como o ambiente é aberto o móvel experimenta melhores condições de
propagação do que em ambientes urbanos. Isto em parte é verdade, pois se diz que o
móvel está em linha de visada com o transmissor e praticamente não obstruções
que contribuam de forma significativa para a atenuação do sinal. O fato é que não
existe realmente um canal completamente desobstruído. No caso de uma zona aberta
ou rural a vegetação em volta, veículos, sinais de trânsito, além da topografia do
local que pode contribuir para oscilações do sinal, como tamm, pela interrupção
total da chamada num telefone celular.
Pelo gráfico acima é possível verificar que o nível de potência permanece
constante no trecho que vai de 300 a 600 metros da ERB, apresentando os melhores
níveis de potência de região analisada. O móvel se mantém sintonizado num mesmo
105
canal por um longo tempo (canal 518). Nota-se que a partir de 900 metros da ERB o
móvel sofre contínuas atenuações, em que estas começam a ocorrer a partir do
momento em que o terreno começa a ficar inclinado. Pode-se verificar, por exemplo,
um decréscimo de potência de aproximadamente 31 dB entre 900 e 1600 metros a
a ocorrência do primeiro handover a 1700 metros da ERB. A figura abaixo apresenta
o trecho onde se verifica a ocorrência deste handover:
Figura 6.66 Ocorrência de handover.
Então, o móvel sofre mais três handovers seguidos, com melhora na qualidade
do sinal. A figura a seguir exibe o local próximo ao final do trecho inclinado com
melhor qualidade do sinal recebido:
106
Figura 6.67 Local onde o móvel apresenta melhor qualidade do sinal.
Depois de percorrido mais algumas centenas de metros, com muitas oscilações
do sinal, há um declive, e consequentemente, novos handovers ocorrem, garantindo a
melhora da receptividade do sinal. A figura 6.68 apresenta esse trecho:
107
Figura 6.68 Local de início de novos handovers.
No local próximo à parte plana da figura acima e no início de mais um aclive, o
sinal recebido no móvel apresenta níveis de potência comparados com àqueles do
início do trajeto, principalmente a partir de 4 km da ERB. Em seguida, mais uma vez,
a potência começa a decrescer até a ocorrência do último handover da análise em
questão. A figura seguinte exibe o local:
108
Figura 6.69 O móvel ao se aproximar do topo da estrada sofre mais um handover.
Em seguida, o móvel encontra-se novamente em terreno plano, e neste,
observa-se excelente qualidade de sinal.
Uma observação que vale a pena ser feita diz respeito ao longo percurso em
que a qualidade do sinal recebida da ERB vizinha é superior àquela recebida ERB
servidora. Tem início no momento em que acontece o primeiro handover do trajeto de
medição e continua por pouco mais de 1 km. Vale lembrar que as células vizinhas são
as candidatas ao handover. Mesmo assim, não ocorrência de handover e a
conexão com a célula servidora é mantida.
Fazendo uma última análise com relação aos resultados obtidos,
primeiramente na região de Jaguaribe, em que apesar do primeiro trajeto escolhido
em direção à célula vizinha servir melhor o móvel na região, não significa dizer que o
usuário utilizando uma estação móvel neste local experimentar dificuldades na
conversação. Vale salientar que o raio da célula não corresponde necessariamente
àqueles relacionados com os dados analisados. Poderia ser escolhido, tamm, outro
109
caminho alternativo em direção à ERB vizinha para análise de handover e qualidade
do sinal recebido no móvel.
Com relação às células João Machado e Pedro II, há a utilização de um mesmo
canal de freqüência (canal 528) por ambas. Em uma análise futura pode-se verificar
se a distância de reuso de freqüências é suficiente para que não haja interferência no
móvel, pois as duas células estão muito próximas uma da outra ou se falha no
planejamento de freqüências na área.
Descobriu-se através da análise na região do Centro o quão extensa é a célula
Joaquim Gomes. O handover aloca um canal de freqüência (525) à estação móvel
que antes estava alocado à ERB3 vizinha de qualidade inferior (1600 metros da ERB).
Mas na troca de canal, a qualidade do sinal melhora em 7,3 dB. Existem alguns
trechos em que o nível de sinal da ERB vizinha Tambauzinho é mais alto. Pode-se
estudar futuramente o porquê do uso dos mesmos canais de freqüência pelas duas
ERBs (Joaquim Gomes e Carneiro da Cunha) na Av. Júlia Freire.
No Centro, constatou-se um grande número de handovers que fornecem
canais à ERB servidora pertencentes a células mais distantes que sofriam mais
interferência do meio.
Na rodovia, através dos resultados obtidos, verifica-se a influência da
topografia sobre o comportamento do sinal. Como na região do Centro, oito
handovers alocam canais à ERB servidora que possuíam qualidade inferior. Canais
que pertenciam à ERBs mais distantes.
110
CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES
Neste trabalho foi efetuado um estudo experimental do comportamento de
mudança de canal, handover, inter e intra-célula. O estudo revelou a importância da
observação dos processos realizados dentro do sistema de comunicação móvel.
O estudo teve com base a utilização de um equipamento de baixo custo, o
modem Plugdata MG100, que forneceu dados de potência e a utilização dos canais
da ERB atual bem como das ERBs vizinhas.
As medições efetuadas em todas as regiões de análise revelaram uma grande
quantidade de ocorrências de handover intra célula, mesmo quando os canais de
freqüência alocados à célula servidora possuíam níveis de potência inferiores. Este
fato foi observado com maior intensidade na região da Torre e Centro e BR - 230. Na
região da Torre, esta alocação de canais de menor relação sinal/ruído ocorre mais
vezes quando a estação móvel está sendo servida pela ERB Carneiro da Cunha. No
Centro, esta ocorrência é bem mais freqüente quando a estação móvel é servida pela
ERB Pedro I comparada à ERB Visconde de Pelotas. Podem-se atribuir dois fatores
relacionados a esta ocorrência: estratégias relacionadas aos requisitos de
gerenciamento da rede ou uma não otimização desta rede. O equilíbrio de carga entre
as células seria uma solução para o problema (handover inter- lula ou intra - célula),
segundo [24].
A região do Centro da cidade apresentou uma maior incidência de handovers,
com relação aos ambientes urbano e suburbano, principalmente na região com alta
densidade de edificações. As condições de propagação do sinal muito variáveis nessa
região são as causas prováveis da freqüência em que ocorrem estes handovers. A
adoção de algoritmos robustos que minimizem estes handovers sem
comprometimento da qualidade de serviço é uma boa solução [24].
A superposição de células nas regiões do Centro e da Torre merece atenção e
pode-se fazer um estudo mais detalhado nessas áreas com relação às implicações de
planejamento do tráfego telefônico do sistema celular analisado.
111
A rodovia BR-230 apresenta a maior quantidade de handovers junto com a
região do Centro, mas a extensão de cobertura da célula é bem maior do que àquela
da região urbanizada. Nesta região é onde se constata o maior trecho de todas as
regiões de medição em que a potência de células vizinhas é superior em relação à
potência da ERB servidora (trecho que vai de 1,7 km a 2,8 km). Observa-se esta
ocorrência, tamm, em boa parte da região coberta pelas ERBs Centro, em que a
relação sinal ruído da ERB Torre, especificamente a da Joaquim Gomes, é maior do
que a própria relação sinal ruído destas ERBs. Segundo [25], quanto mais extensas
as áreas de cobertura, mais difícil a otimização do melhor servidor e sua respectiva
lista de vizinhos.
A partir dos resultados obtidos comprova-se a eficiência do modem Plugdata
quanto este se refere ao comportamento e análise de potência de sinais em relação
aos equipamentos de custo elevado, como por exemplo, um analisador de espectro.
Existem equipamentos no mercado, semelhantes ao Plugdata MG100, que já m
com um GPS acoplado, facilitando o processo de medição no que diz respeito às
distâncias percorridas. Apesar de ser um pouco mais caro do que o Plugdata, ainda é
bem mais barato do que os equipamentos usados em telecomunicações para
medições
A leitura manual dos dados apresentou-se como uma dificuldade. Para isso,
como proposta de trabalhos futuros pode-se fazer a automação do processo de
medição, com o desenvolvimento de uma interface para leitura, armazenamento e
análise dos dados.
Ainda, como proposta de trabalhos futuros pode-se considerar a construção de
matrizes de interferência a partir do MMRs. Estas matrizes o úteis para se verificar
a interferência co canal e interferência de canal adjacente.
O modem Plugdata MG100 ainda poderá também ser útil como ferramenta com
fins didáticos.
112
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Interoperabilidade com Redes GSM/GPRS/EDGE, Dissertação de Mestrado,
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Denmark, pp. 719, 2005.
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LTE, fourth edition, John Wiley & Sons, 2007.
115
ANEXO A: Relatório de Medições do Bairro da Torre.
Este relatório exibe as medições efetuadas na Torre referentes ás
células Joaquim Gomes e Carneiro da Cunha na Av. Júlia Freire que constatam a
sobreposição da célula Joaquim Gomes sobre a célula Carneiro da Cunha e vice
versa.
Descrição de cada parâmetro do modo de engenharia de acordo
com a ordem em que são apresentados: <célula>,”<número do canal de frequência
de rádio>,<nível recebido>,<qualidade recebida>,<código do país do
móvel>,<código da rede móvel>,<código de identidade da rede móvel>,<código
de identidade da estação base>,<identidade da célula>,< acesso mínimo de
nível recebido >,< máximo de potência transmitida>”
ERB Joaquim Gomes:
1200 metros
CENG: 0,"0512,46,0,724,31,58,b0b3,08,00"
+CENG: 1,"0527,52,58"
+CENG: 2,"0534,40,59"
+CENG: 3,"0516,34,58"
+CENG: 4,"0525,29,59"
+CENG: 5,"0536,28,??"
+CENG: 6,"0523,22,62"
+CENG: 0,"0512,45,0,724,31,58,b0b3,08,00"
+CENG: 1,"0527,51,58"
+CENG: 2,"0534,39,59"
+CENG: 3,"0516,34,58"
+CENG: 4,"0525,29,59"
+CENG: 5,"0536,28,??"
+CENG: 6,"0523,22,62"
+CENG: 0,"0527,45,0,724,31,58,b0b3,08,00"
+CENG: 1,"0512,48,59"
116
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126
ERB Carneiro da Cunha
600 metros
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