CAPÍTULO 2. ANÁLISE DA BOMBA CENTRÍFUGA 18
Para que o fluido chegue até o separadore na superfície, é necessário que a pressão
de fluxo no fundo do poço seja suficiente para vencer a coluna de produção, as perdas
por fricção, as perdas na linha de produção e a pressão nos equipamentos de separação.
O fluido que escoa através de um poço de petróleo é uma mistura complexa de água e
hidrocarbonetos. Assim, considera-se o escoamento de óleo, água e gás.
Os padrões de escoamento dependem da inclinação e rugosidade da tubulação, além
das propriedades dos fluidos e de suas velocidades superficiais. As pressões e as tempe-
raturas mudam e ocorre transferência de massa continuamente entre o gás e as fases do
líquido. Com isso, todas as tentativas para descrever transferência de massa, assumem
que existe equilíbrio entre as fases. Existem alguns modelos que descrevem a transferên-
cia de massa em hidrocarbonetos. Estes modelos são o black oil, modelo composicional
e modelo mecanicista.
O modelo black oil trata, simplificadamente, a mistura complexa de hidrocarbonetos,
que é o petróleo bruto, como se fosse uma mistura entre as fases de líquido e gás, nas
mesmas condições. Para cálculo deste modelo, se faz necessário o conhecimento de al-
gumas propriedades nas quais está submetido o fluido, tais como: grau API, densidade
relativa do gás livre, RGO e BSW nas condições apropriadas de pressão e temperatura.
As principais propriedades são apresentadas conforme Brill & Mukherjee (1999).
De acordo com Estevam (2007), um modelo apropriado que considera previsão tanto
no comportamento termodinâmico como nas propriedades físicas das fases que são for-
madas pela mistura, sob condições variadas de pressão e temperatura, é o modelo com-
posicional. Neste modelo, computa-se a interação das forças moleculares dos compo-
nentes presentes nas misturas para prever o comportamento termodinâmico das fases.
Neste trabalho, o método utilizado para prever o gradiente de pressão segue a definição
das correlações empíricas e modelo mecanicista. Estas correlações podem ser classifi-
cadas em 3 categorias:
• categoria a: não considera os padrões de escoamento e escorregamento entre as
fases. A densidade da mistura é calculada baseando-se no RGO e o gás e o líquido
assumem a mesma velocidade. Para exemplo de correlações para esta categoria são:
Poettmann e Carpenter, Baxendell e Thomaz, Fancher e Brown.
• categoria b: leva em conta o escorregamento entre as fases e não considera os
padrões de escoamento. O gás e o líquido assumem diferentes velocidades. Para
exemplo de correlações para esta categoria são: Hagedorn and Brown, Gray, Asheim.
• categoria c: considera o escorregamento entre as fases e os padrões de escoamento.
Para exemplo de correlações para esta categoria são: Duns e Ros, Orkiszewski,
Aziz, Chierici, Beggs e Brill, Mukerjee e Brill.