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Além de depender de condições climáticas favoráveis no campo e
pesquisadores bem treinados e experientes, também é uma metodologia
tendenciosa para espécies diurnas, uma vez que a visualização de espécies
noturnas, de hábitos crípticos e baixas densidades como a maioria carnívoros é
muito rara (Pardini et al., 2003; Silveira et al.,2003).
Desde o início da década de 1980, as armadilhas-fotográficas têm se
mostrado uma ferramenta eficiente e dinâmica no estudo da mastofauna
terrestre, principalmente no caso de estudos de grandes predadores e outras
espécies de hábitos crípticos (Karanth & Nichols 1998; Wolff, 2001; Silveira et
al. 2003; Trolle 2003a, 2003b; Silveira, 2004; Silver et al., 2004; Gonzáles-
Esteban et al., 2004; Maffei et al., 2004; Silver, 2005; Soisalo & Cavalcanti,
2006; Spalton et al., 2006, Tobler et al.,2008). Por possibilitar estudos sobre
distribuição, riqueza, padrões de atividades, abundância relativa e densidade
de espécies (Griffths e van-Schaik, 1993; Canale et al., 2004; Carbone et al.,
2001), essa metodologia é eficientemente aplicada em estudos populacionais
com carnívoros (Trolle & Kéry, 2003; Wallace et al., 2003; Maffei et al., 2004;
Silveira, 2004; Silver et al., 2004; Soisalo & Cavalcanti, 2006; Trolle et al.,
2007a; Maffei & Noss, 2007) e levantamentos populacionais de mamíferos de
médio e grande porte (Maffei et al., 2002; Trolle, 2003a, 2003b; Trolle et al.,
2007b; Srbek-Araújo & Chiarello, 2005).
Apesar de envolver altos custos devido o valor de mercado dos
equipamentos, essa metodologia tem se mostrado a mais eficiente para
estudos da mastofauna de médio e grande porte. Além de ser um método de
coleta não-invasivo, causando assim pouca interferência no ambiente, permite