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RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de comparar o desempenho
produtivo, rendimentos corporais, composição bromatológica do filé e avaliação
econômica do tambaqui, da pirapitinga e do híbrido tambatinga durante a fase
de engorda, mantidos em viveiros fertilizados, no período de janeiro a outubro
de 2008, com duração de 270 dias. Foram utilizados 300 alevinos de tambaqui
(Colossoma macropomum), 300 alevinos de pirapitinga (Piaractus
brachypomum) e 300 alevinos do híbrido tambatinga (C. macropomum fêmea x
P. brachypomum macho), totalizando 900 alevinos distribuídos aleatoriamente
em 12 viveiros fertilizados. O peso médio inicial do tambaqui, da pirapitinga e
do híbrido tambatinga, foram de 6,16±0,34 g; 9,23±0,24 g; e 8,93±0,33 g,
respectivamente. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC),
com três tratamentos (T1: tambaqui, T2: pirapitinga e T3: híbrido tambatinga) e
quatro repetições, totalizando 12 unidades experimentais. Os dados de
desempenho produtivo foram submetidos à análise de co-variância, enquanto
os rendimentos corporais, índices biométricos e composição bromatológica do
filé foram submetidos à análise de variância, e todas as médias foram
comparadas pelo teste t (5%). As médias da taxa de sobrevivência, peso
médio, biomassa final, produtividade, ganho de peso médio, ganho de peso em
biomassa, ganho de peso diário, taxa de eficiência protéica, peso do peixe
inteiro, peso do peixe eviscerado, peso do filé, proteína bruta do filé e cinzas do
filé não apresentaram diferença significativa. O tambaqui e a pirapitinga
apresentaram maior (p<0,05) consumo de ração em relação ao híbrido. A
conversão alimentar aparente do tambatinga foi estatisticamente menor que da
pirapitinga, porém ambas as médias foram semelhantes (p>0,05) ao tambaqui.
A taxa de crescimento específica do tambaqui foi maior (p<0,05) que da
pirapitinga e do híbrido. O tambatinga apresentou maior (p<0,05) rendimento
de peixe eviscerado em relação à pirapitinga, no entanto, o tambaqui foi
semelhante a ambos. O percentual de cabeça foi estatisticamente maior no
tambaqui e no tambatinga em relação à pirapitinga. O rendimento de filé foi
melhor na pirapitinga seguido do híbrido e do tambaqui (p<0,05). O índice
hepato-somático foi superior no tambaqui e na pirapitinga em relação ao
tambatinga (p<0,05). O índice de gordura víscero-somática foi maior (p<0,05)
na pirapitinga em relação ao tambaqui e ao híbrido. O teor de umidade no filé
foi significativamente maior no tambatinga em relação ao tambaqui e à
pirapitinga. O extrato etéreo do filé do tambaqui foi maior (p<0,05) que a média
do híbrido tambatinga e, ambos foram semelhantes à pirapitinga. O custo de
produção foi maior na pirapitinga seguida do tambaqui e do híbrido, no entanto,
a receita líquida parcial foi superior no tambaqui seguido da pirapitinga e do
tambatinga. Diante das condições propostas, pode-se concluir que o tambaqui
foi a espécie que apresentou melhor desempenho produtivo, elevado
rendimento de peixe eviscerado e maior lucratividade. A pirapitinga apresentou
o maior rendimento de filé, sugerindo maior agregação de valor com o
processamento.
Palavras-chave: cachama blanca, composição bromatológica, custo de
produção, gamitana, hibridização