Segundo a revista, "Radio", no Maranhão, antes de 1923, existia no estado,
uma "Escola Rádio", que era dirigida por Laudelino Gomes e pelo padre
José Mário Gomes. Os dois ministravam aulas de ensino profissional de
radiotelegrafia. Um ano depois, surge a Rádio Sociedade Maranhense,
organizada por Joaquim Moreira Alves dos Santos e por Francisco Aguiar.
Só mais tarde, é que J. “Travassos fundou o Rádio Club do Maranhão, com
magníficos programas musicais de Paulino Paulo de Almeida e José Passos,
coadjuvados pelos saudosos e brilhantes artistas Antonio de Lima Pires,
Luis de Sevilha e Pinto da Costa”.
Sobre o rádio no estado do Paraná a revista "Rádio" revela, no artigo "A
evolução do Rádio no Paraná", assinado por Flávio Luiz, da Rádio Club
Paranaense, uma trajetória iniciada em 1909. "Lívio Moreira realizou em
sua residência as primeiras experiências locais de transmissão de sinais sem
o auxílio de fio. A aparelhagem, executada por êle mesmo, consistia em
uma pequena bobina de Ruhmkorff, um coesor de Branly, um par de
garrafas de Leyde, um explosor e um solenoide para alta freqüência. Livio
Moreira visitou a Alemanha, estudando os progressos da Radiotelegrafia."
A Guerra de 1914, e conseqüente crise, interrompem as pesquisas de Lívio
Moreira. O mesmo só retoma os estudos sobre rádio em 1919. No dia 6 de
dezembro de 1922, tem início a radiotelefonia no Paraná. A primeira
audição foi em Curitiba, das "emissões radiotelefônicas da estação montada
pela Westinghouse, no Corcovado, no Rio de Janeiro. (PIRES, 1951: 31).
Da região do Nordeste, para o Sul do país, o começo do rádio no Paraná foi revelado
pela revista Radio com a apresentação da inauguração da Rádio Club Paranaense, no dia 27
de julho de 1923, pela iniciativa dos sócios, Lívio Moreira, Francisco Cid Fonseca, João
Alfredo Silva Plácido e Silva, Flávio Luz, Olavo Boric e Ludovico Joubert.
A mesma edição da revista Rádio, descrita pelo Almanaque do Rádio de 1951,
documenta a história da radiodifusão no Rio Grande do Sul, resumida com o texto:
A radiocultura no Rio Grande do Sul", assinado por Augusto de Carvalho,
secretário da Rádio Sociedade Riograndense. A frente dos pioneiros do
rádio gaúcho encontrava-se o coronel Juan Ganzo Fernandes, diretor-
presidente da Companhia Telefônica Riograndense. (...) No dia 7 de
setembro de 1924, os aparelhos de todo o Rio Grande do Sul vibraram com
o sinal surpreendente: - "R.S.R. - Rádio Sociedade Riograndense - Estação
Diamela - Porto Alegre
.
PIRES, 1951: 31).
Das emissoras paulistanas, histórias curiosas foram impressas no Almanaque do
Rádio de 1951, com fatos sobre as rádios América, Bandeirantes, Cruzeiro do Sul, Cultura,
Difusora São Paulo, Excelsior, Gazeta, Panamericana, Record, São Paulo e Tupi. Os relatos
apresentavam além de referências às origens das estações, um levantamento realizado em
1951.