relação. [Homossexualidade]... acho que é uma escolha, talvez querer
experimentar coisas novas e gostar do que experimentou. Talvez uma
curiosidade, também, acredito que seja mais uma curiosidade ou uma
vontade. Porque as pessoas que eu conheço que são homossexuais,
elas dizem que deu uma vontade de experimentar uma coisa nova e
partiu para aquilo e gostou, e eu respeito essa decisão. Eu não tento
ignorar as pessoas. Eu sou amiga, convivo, contanto que não mexam
comigo. Me respeitando, eu respeito, também... Acho que vai da decisão
da pessoa. Acho que as duas formas são saudáveis. Respeitando a
opinião, o que cada um pensa, o que acha de tudo, acho que é saudável
os dois. Porque tem respeitar as pessoas, se elas gostam do fazem eu
não posso julgá-las, porque eu não sou ninguém para julgar. Então, eu
respeito, acho que seria legal que todo mundo respeitasse e visse com
outros olhos. Porque a maioria das pessoas acha um absurdo, eu não
acho assim... Eu respeito, mas contando que não mexam comigo...
Prostituição... eu acho que é uma escolha ou não... sei lá. As pessoas
escolhem a prostituição por não ter outra saída. Algumas sim, por não
ter outra saída, ou o que procurar, aí acha o caminho mais fácil... e
escolhe aquele caminho e talvez depois se arrependam. Ou, senão, por
gostar de ficar com um ou com outro, de ter prazer em ganhar dinheiro
daquela forma.
[Promiscuidade],,, eu não concordo, de jeito nenhum. Eu não concordo
com isso não, para mim sexo tem que ser com amor.
Sexo com amor na prostituição, acho que não existe. Talvez exista
naqueles que procuram sempre as mesmas mulheres. Para mim, o
homem que procura uma prostituta está traindo a esposa, querendo ou
não ele está traindo. Porque tudo a gente resolve com diálogo, talvez se
ele conversasse com esposa dele e visse o que está errado, o que está
diferente, ele conseguiria ficar de boa com ela... Sem precisar procurar
outra mulher na rua.
A prostituição... acho que é uma coisa errada. Eu considero uma coisa
errada, mas, eu não posso condenar quem faz, mas, eu acho que eles
estão errados, sim... Eu não acho certo, principalmente, aquelas
menininhas novinhas, que vão para fora do país ou moças, mesmo, [...]
aí chega lá, se prostituindo, eu acho errado demais, eu não concordo.
[...] Partindo para a violência, acabou. As pessoas precisam ter a
consciência que a partir do momento que uma pessoa agride a outra,
não vai existir uma relação, mesmo que a gente goste, a gente não pode
aceitar. Penso que não poderia existir esse tipo de coisa não,
principalmente, quando é criança, porque elas são inocentes, até certo
ponto elas são inocentes [...] fazer alguma coisa contra uma criança é
um absurdo. [...]
A gente poderia estar trabalhando com essas pessoas ou com uma
comunidade, numa escola. Estar trabalhando nas escolas esse tipo de
assunto, fazendo reuniões mensais [...]. Porque, talvez, tenha crianças
que são abusadas em casa, e, talvez, eles achem isso normal [...]
Talvez... palestras ajudariam... [O agressor]... precisa de tratamento [...]
agora que tipo de tratamento? Porque em principio, conscientizar de que
ele está errado, mas depois um tratamento, talvez com um psicólogo...
Ao findar essa análise, a respeito dos discursos escritos e falados das
PA, percebe-se uma tendência ao discurso “politicamente correto”. Contudo,
assim como para Moscovici (1978, p. 62), “a noção de representação ainda nos
escapa”. Qual seria, então, a RS da sexualidade dos professores da EI e dos
anos iniciais do EF?