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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR)
NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM
ADMINISTRAÇÃO (PPGMAD)
Maria Madalena Alves dos Santos
ALISE DA INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PARA
SIMPLIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ABERTURA DE EMPRESAS:
estudo realizado nas capitais da região norte do Brasil
PORTO VELHO
2009
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Maria Madalena Alves dos Santos
Alise da Integração de Servos Públicos para Simplificação do
Processo de Abertura de Empresas: estudo realizado nas capitais
da região norte do Brasil
Dissertação apresentada ao Programa de s-
Graduação Mestrado em Administração da
Universidade Federal de Rondônia como
requisito para obtenção do título de Mestre em
Administração.
Orientador: Prof. Dr. João Vicente André.
Porto Velho
2009
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FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Ozelina Saldanha
Biblioteca Central / UNIR
Santos, Maria Madalena Alves dos
S2373a
Análise da integração de serviços públicos para simplificação do processo de
abertura de empresas: estudo realizado nas capitais da região note do Brasil / Maria
Madalena Alves dos Santos. Porto Velho, Rondônia, 2009.
110f.: il.
Dissertação (Mestrado em Administração) Universidade Federal de Rondônia /
UNIR.
Orientador: Prof. Dr. João Vicente André.
1. Serviços Públicos 2. Integração 3. Simplificação I. André, João Vicente II. Título.
CDU: 351.87(811.1)
MARIA MADALENA ALVES DOS SANTOS
ALISE DA INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PARA
SIMPLIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ABERTURA DE EMPRESAS:
estudo realizado nas capitais da região norte do Brasil
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do Título de Mestre
em Administração, e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-
Graduação: Mestrado em Administração (PPGMAD) da Fundação Universidade
Federal de Rondônia (UNIR), em 10 de setembro de 2009.
______________________________________
Prof. José Moreira da Silva Neto, Dr.
Coordenador do Programa (PPGMAD/UNIR)
Comissão Examinadora:
_____________________________________
Prof. João Vicente André, Dr.
Orientador(PPGMAD/UNIR)
_____________________________________
Prof. Manuel Antônio Valdes Borrero, Dr.
Membro (PGDRA/UNIR)
_____________________________________
Prof. Sidinei Aparecido Pereira, Dr.
Membro (PPGMAD/UNIR)
À minha filha Marina, com Amor sem
limites, aos meus pais, Laura e Sipriano, pelo
exemplo de honestidade e coragem, e à minha
irmã Cleide (in memorian) pelo exemplo de
amor e dedicação incondicional à docência.
AGRADECIMENTO
Agradeço à Fundação Universidade Federal de Rondônia pela oportunidade
de ingressar no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Administração e assim
me iniciar como pesquisadora em Ciências Sociais;
Ao Prof. Dr. João Vicente André, pela sua orientação firme e tranquilidade
com que acompanhou o cronograma de execução dos trabalhos, o que foi decisivo
para transformar insegurança em necessidade de aprofundar as leituras;
Ao Prof. Dr. Osmar Siena, pela dedicão como Professor de Metodologia no
semestre da disciplina e durante todo o Curso nas várias consultas que lhe fiz;
A todos os professores do PPGMAD/UNIR, em especial ao Prof. Dr. José
Moreira Silva Neto, pela contribuição valiosa à consolidação do ensino stricto sensu
em Rondônia;
Aos profissionais que atuam no processo de integração que responderam o
questionário da fase dois da pesquisa; e aos representantes dos setores de
cadastros e registros de empresas nos órgãos federal, estadual e municipal
localizados nas capitais da região norte, que responderam aos questionários da fase
três da pesquisa;
À minha filha Marina, que apesar da pouca idade (08 anos), demonstrou muita
maturidade ao aceitar as minhas ausências;
Às irmãs, irmãos, sobrinhos e amigos que me acompanharam nesta
caminhada e souberam compreender a minha pouca disponibilidade para os
momentos de confraternizão, mas que também foram imprescindíveis ao resultado
aqui apresentado;
À amiga Clésia pela disponibilidade e paciência em compartilhar os
conhecimentos e acolher-me em sua casa em nossos muitos momentos e
madrugadas de estudo;
Aos amigos Adão Geraldo Colombo, Édina Colleto, Iduméia Luciane, Jeoval
Batista, João Bosco, Maray Del Carmen, Milcelene Bezerra, Miriam Saldaña,
Robson Silva e Teodoro Lazuta, pelas diversas contribuições voluntárias;
Aos colegas de turma do mestrado, que farão parte de um período
inesquecível e especial na minha vida.
[...] as duas instituições criadas para
proteger o patrimônio público precisavam
mudar: a democracia devia ser
aprimorada para se tornar mais
participativa ou mais direta, e a
administração pública burocrática devia
ser substituída por uma administração
pública gerencial.
Bresser Pereira
SANTOS, Maria Madalena Alves. Análise da Integração de Serviços Públicos
para Simplificação do Processo de Abertura de Empresas: estudo realizado
nas capitais da região norte do Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração).
Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Administração (PPGMAD) da Fundação
Universidade Federal de Rondônia (UNIR). 110 p. Porto Velho, 2009.
RESUMO
A nova forma de organização do setor público brasileiro apresenta um modelo em
construção que aponta para duas vertentes: uma gerencial, e a outra que objetiva a
profissionalização e otimização dos serviços. Em meio à necessidade de expandir os
negócios internacionais, a burocracia é apontada por investidores nacionais e
estrangeiros como um dos grandes entraves para se fazer negócios no Brasil. Neste
contexto, mensurar e comparar o grau de integração vertical e horizontal dos órgãos
públicos federais, estaduais e municipais no oferecimento dos serviços públicos
obrigatórios para o registro e a legalização de empresas nas capitais da região norte
do Brasil, a partir dos novos marcos regulatórios da simplificação, foi o objetivo deste
trabalho. A metodologia utilizada é orientada por: a) conhecimento baseado na teoria
contemporânea, delimitado pelos paradigmas da administração pública brasileira de
1900 aos dias atuais, as reformas administrativas de 1936, 1967 e 1995, serviços
públicos, e os marcos regulatórios da simplificação de serviços públicos da década
atual que visam desburocratizar o procedimento de abertura e fechamento de
empresas para melhorar o ambiente de negócios; b) identificação das variáveis da
pesquisa que são os serviços obrigatórios para registro e a legalização de empresas
e negócios, obtida pela análise da legislação específica de cada órgão dispostas em
uma matriz desenvolvida a partir de um eixo do Diamante da Competitividade de
Michel Porter, denominado “Condições de Fatores”, com a utilização de dois grupos
(categorias): Recursos de Conhecimento e Infra-estrutura; c) identificação do grau
de integração no oferecimento de serviços públicos obrigatórios para o registro e a
legalização de empresas das sete capitais da região norte do Brasil, obtido por meio
da pesquisa aos órgãos das três esferas de poder responsáveis por registros e
cadastros mobiliários fiscais. Quanto à abordagem do problema trata-se de uma
pesquisa quali-quantitativa na qual os resultados foram analisados com a utilização
de estatística descritiva e comparados por meio de uma escala tipo Likert. Os
resultados apresentam: a) uma matriz de pesos como modelagem à pontuação das
variáveis integradas; b) o grau de integração vertical geral, e horizontal por esfera de
poder das Unidades da Federação pesquisadas; c) a análise comparativa do
resultado. O estudo permitiu concluir quais das unidades pesquisadas apresentam
os melhores e piores resultados, tanto na integração vertical quanto na integração
horizontal federal, estadual e municipal.
Palavras-chave: Serviços Públicos, Integração Vertical e Horizontal, Simplificação.
SANTOS, Maria Madalena Alves. Analysis of Integration of Public Services for
Simplification the Process of Opening Companies: study realized in the
capitals of northem Brazil. Dissertation (Masters in Business Administration).
Program of Graduate Studies - Master in Management (PPGMAD) of the Federal
University of Rondônia (UNIR). 110 p. Porto Velho, 2009.
ABSTRACT
A new form of organization of the Brazilian public sector presents a model under
construction points to two aspects: one management and one that aims to
professionalization and optimization services. Among the necessity to expand the
international business, the bureaucracy is highlighted by domestic and foreign
investors as one of the major obstacles to doing business in Brazil. In this context,
identify and analyze the degree of vertical and horizontal integration of the public
federal, state and municipal public services in offering the compulsory registration
and legalization of companies in the capital of northern Brazil, from the new
regulatory framework of simplification, was the objective of this work. The
methodology is guided by: a) knowledge based on contemporary theory, bounded by
the paradigms of the Brazilian government since 1900, the administrative reforms of
1936, 1967 and 1995, public services, regulatory frameworks and the simplification of
public services the current decade aiming not bureaucratic procedures for opening
and closing enterprises to improve the business environment, b) identification of
variables of search services that are required for registration and legalization of
companies and businesses, by examining the law of individual body arranged in a
matrix developed from an axis of Michel Porter Diamond of Competitiveness named
"Terms of factors" with the use of two groups (categories): Knowledge Resources
and Infrastructure; c) identification the degree of integration in the delivery of public
services required for the registration and legalization of the seven companies of the
northern capital of Brazil, obtained through research with bodies of the three spheres
of power responsible for records and entries are securities tax. As for dealing with it
is a qualitative and quantitative research in which results were analyzed with the use
of descriptive statistics and compared using a Likert scale. The results show: a) a
matrix of weights modeling the variables included in the scores b) the overall degree
of vertical integration and horizontal for power sphere of the units surveyed, c)
comparative analysis of the result. The study found that among seven units
surveyed, the ones which give the best result and the worst overall results of vertical
and horizontal integration in federal, estate and municipal levels.
Keywords: Public utilities, Vertical and Horizontal Integration, Simplification.
LISTA DE SIGLAS
ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
CGC Cadastro Geral de Contribuintes
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional
DNRC Departamento Nacional de Registro Comercial
ENAT Encontro Nacional de Administradores Tributários
EPP Empresas de Pequeno Porte
FÁCIL Centrais de Atendimento Empresarial
FENACON Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das
Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas
GIH Grau de Integração Horizontal
GIV Grau de Integração Vertical
ICE-F Índice de Competitividade Estadual Fatores
MBC Movimento Brasil Competitivo
ME Micro Empresas
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
PREF Peso Relativo na Esfera Federal
PREE Peso Relativo na Esfera Estadual
PREM Peso Relativo na Esfera Municipal
REDESIM Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalizão de
Empresas e Negócios
RC Recurso de Conhecimento
RFB Receita Federal do Brasil
___
RC
FEM
= Média dos Recursos de Conhecimento das Esferas Federal, Estadual e
Municipal
___
RIE
FEM
= Média dos Recursos de Infra-Estrutura das Esferas Federal, Estadual e
Municipal
RIE Recurso de Infra-Estrutura
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SIARCO Sistema Integrado de Automação do Registro do Comércio
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Processo de registro e legalização de empresa no Brasil........................39
Figura 2 – Rede de subsistemas para construção de um trabalho sobre integração
de serviços públicos...................................................................................51
Figura 3 – Estrutura da matriz de pesos da integração de serviços públicos............57
Figura 4 – Matriz de pesos das variáveis para a integração vertical..........................68
Figura 5 – Matriz de pesos das variáveis para a integração horizontal dos
serviços federais........................................................................................69
Figura 6 – Matriz de pesos das variáveis para a integração horizontal dos
serviços estaduais.....................................................................................70
Figura 7 – Matriz de pesos das variáveis para a integração horizontal dos
serviços municipais...................................................................................71
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Integração vertical: recursos de conhecimento.......................................74
Gráfico 2 – Integração vertical: infra-estrutura...........................................................74
Gráfico 3 – Integração vertical geral por variável.......................................................75
Gráfico 4 – Integração vertical por grupos (categorias).............................................76
Gráfico 5 – Integração vertical geral..........................................................................77
Gráfico 6 – Peso relativo dos desvios........................................................................80
Gráfico 7 – Integração horizontal federal...................................................................81
Gráfico 8 – Integração horizontal estadual: recurso de conhecimento......................83
Gráfico 9 – Integração horizontal estadual: infra-estrutura........................................84
Gráfico 10 – Integração horizontal estadual geral......................................................85
Gráfico 11 – Integração horizontal estadual por grupo (categorias)..........................86
Gráfico 12 – Integração horizontal estadual geral......................................................87
Gráfico 13 – Integração horizontal municipal: recursos de conhecimento.................88
Gráfico 14 – Integração horizontal municipal: infra-estrutura.....................................89
Gráfico 15 – Integração horizontal municipal geral....................................................90
Gráfico 16 – Integração horizontal municipal por grupo (categorias).........................91
Gráfico 17 – Integração horizontal municipal geral....................................................92
Gráfico 18 – Integração vertical e horizontal geral individual por esfera de poder....95
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Paradigmas da administração pública brasileira.....................................23
Quadro 2 Quatro diferentes modos de ver o consumidor.......................................35
Quadro 3 Grupos definidos da pesquisa.................................................................56
Quadro 4 Definição constitutiva das variáveis.........................................................58
Quadro 5 Classificação das variáveis após a tabulação das respostas fase 2
da pesquisa.............................................................................................61
Quadro 6 Variáveis que compõem a integrão vertical.........................................62
Quadro 7 Variáveis que compõem a integrão horizontal federal........................63
Quadro 8 Variáveis que compõem a integrão horizontal estadual......................63
Quadro 9 Variáveis que compõem a integrão horizontal municipal....................64
Quadro 10 – Variáveis na ordem de importância dada pelos especialistas...............66
Quadro 11 – Peso individual e relativo das variáveis.................................................67
Quadro 12 – Prazo para registrar uma empresa e quantitativo de
empresas registradas nos exercícios de 2005 a 2008..........................77
Quadro 13 – Conceitos X pesos para o grau de integração......................................93
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resultado da integração vertical: pontuação por variável........................73
Tabela 2 – Resultado da integração vertical: pontuação por grupo...........................76
Tabela 3 – Resultado das questões abertas utilizando o desvio padrão...................78
Tabela 4 – Resultado da integração horizontal federal: pontuão por variável.......81
Tabela 5 – Resultado da integração horizontal estadual: pontuação por variável.....82
Tabela 6 – Resultado da integração horizontal estadual: pontuação por grupo........86
Tabela 7 – Resultado da integração horizontal municipal: pontuação por variável...87
Tabela 8 – Resultado da integração horizontal municipal: pontuação por grupo......91
Tabela 9 – Resultado da integração vertical e horizontal geral.................................93
Tabela 10 – Comparação do grau de integração entre as capitais............................94
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................13
1.1 Tema e Problema de Pesquisa....................................................................13
1.2 Objetivos da Pesquisa..................................................................................17
1.3 Justificativa...................................................................................................18
1.4 Inserção na Linha de Pesquisa do PPGMAD .............................................18
1.5 Definição de Termos.....................................................................................19
1.6 Organização do Trabalho.............................................................................20
2 REFERENCIAL TEÓRICO EMPÍRICO...................................................................21
2.1 Administração Pública no Brasil: Paradigmas e Reformas......................21
2.2 Serviços Públicos ........................................................................................34
2.2.1 Gestão Gerencial - GESPÚBLICA..........................................................36
2.2.2 Serviços Públicos para Abertura de Empresas ......................................39
2.3 Integração para Simplificar a Oferecimento de Serviços Públicos..........41
2.3.1 Marcos Regulatórios da Simplificação: Lei Geral e REDESIM ..............45
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..............................................................52
3.1 Locus da Pesquisa .......................................................................................52
3.2 Tipos e Desenho da Pesquisa .....................................................................52
3.3 Operacionalização da Pesquisa..................................................................53
3.4 Definição de Variáveis..................................................................................55
3.4.1 Definição Constitutiva e Operacional das Variáveis...............................57
3.5 Coleta de Dados............................................................................................59
3.6 Tratamento dos Dados e Ferramentas para Análise dos Resultados......61
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................................66
4.1 Resultado da Fase Dois: construção das matrizes de pesos...................66
4.2 Resultado da Fase Três: definição do grau de integração .......................72
4.2.1 Resultado da Integração Vertical...........................................................72
4.2.2 Resultado das Questões Abertas ..........................................................77
4.2.3 Resultado da Integração Horizontal.......................................................80
4.2.4 Resultado da Integração Vertical e Horizontal.......................................92
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...............................................................96
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 99
BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................102
APÊNDICES ..........................................................................................................104
APÊNDICE A – Instrumento de Coleta de Dados da Fase 2 da Pesquisa .......104
APÊNDICE B – Instrumento de Coleta de Dados:definir integração vertical..105
APÊNDICE C – Instrumento de Coleta de Dados: definir integração
horizontal dos serviços federais...............................................108
APÊNDICE D – Instrumento de Coleta de Dados: definir integração
horizontal dos serviços estaduais............................................109
APÊNDICE E – Instrumento de Coleta de Dados: definir integração
horizontal dos serviços municipais..........................................110
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema e Problema de Pesquisa
Para o desenvolvimento do tema proposto, o estudo teve como marco inicial
as transformações ocorridas no contexto mundial a partir do despontar da sociedade
industrial, que a literatura indica como o conjunto de profundas mudanças sociais,
ecomicas, políticas e culturais, principalmente a partir da década de 1980.
Mudanças essas, que associadas à competitividade, ao desenvolvimento
tecnológico, e a globalização provocaram o processo de reestruturação do sistema
capitalista então vigente.
As consequências foram inevitáveis nas características dos Estados, pois as
mudanças impostas demandam o envolvimento de todo o aparato de governo e as
instituições que os compõem precisaram ser mais ágeis em sua operacionalidade,
especialmente na proposição de alternativas compatíveis com as práticas mundiais
contemporâneas que as tornem capazes de aumentar a eficiência e eficácia dos
serviços públicos e ainda, reduzir os custos (KETLL, 2006).
Aliado a esse cenário es a constatação histórica que apresenta o Brasil
como um Estado autoritário, paternalista com modelo de gestão centralizador
representado pela matriz Estadocêntrica que vigorou ao final da década de 1970 e
deu lugar a partir da década de 1980, à matriz sociocêntrica cujas características
o a globalização, as organizões social e democrática, os avanços da tecnologia
da informação, e o modelo de gestão descentralizado (KEINERT, 2000). Nos
processos democrático e de organização social surgem a participão ativa da
sociedade e a busca pela melhoria no oferecimento de serviços públicos, que é o
tema central desta pesquisa.
No contexto histórico, tendo por base de referência Keinert (2000), o período
da administração pública divide-se em quatro paradigmas dominantes que vão de
1900 aos dias atuais.
O primeiro paradigma compreende o período de 1900-29 e retrata a
Administração Pública como Ciência Jurídica no contexto no Estado regulador-
liberal. O segundo compreende o período de 1930-79 e nele predominou o estudo
da Administração Pública como Ciência Administrativa. No terceiro de 1980-89
14
vivenciou-se o paradigma de Aministração Pública como Ciência Política marcado
por intensa mobilizão político-social. E a partir de 1989, o quarto paradigma
apresenta um novo conceito de desenvolvimento em matéria de pesquisa em
Administração Pública. O conceito de cidadania consolida-se principalmente a partir
da mobilizão social (KEINERT, 2000).
As características apresentadas nestes paradigmas não podem ser
consideradas únicas ou excludentes. Elas apresentam-se nos modelos de
administração observáveis na evolução do aparelho estatal brasileiro identificados
na literatura pesquisada como: o patrimonialista, o burocrático weberiano e o
gerencial. Compartilham de forma até “harmoniosa”, sendo possível apenas
identificar momentos em que a prevalência de um modelo é mais acentuada que
outro. Pois [...] esses três modelos convivem e sempre conviveram
simultaneamente no âmbito da administração pública brasileira.” (TORRES, 2007, p.
140).
É possível identificar o acompanhamento da evolução mundial na
administração pública brasileira no contexto da pesquisa que versa sobre a melhoria
no oferecimento de serviços públicos, especificamente a partir de 1933 com a
criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) que buscou a
profissionalização do servidor público e com as reformas administrativas: de 1936
conhecida como reforma burocrática fundamentada na burocracia weberiana; 1967
considerada como um ensaio à descentralizão e desburocrátização; e 1995
definida como reforma gerencial (BRESSER PEREIRA; SPINK, 2006).
O gerenciamento das ações públicas que surgiu na segunda metade do
século XX, foi motivado pela busca de meios capazes de enfrentar a crise fiscal do
Estado, como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente à administração
dos serviços públicos. Na administração pública brasileira, o processo de
desburocratização teve como marco inicial o Decreto Lei 200 de 1967 e
continuidade com a criação do Ministério da Desburocratização em 1979, cujo
objetivo foi diminuir o impacto da estrutura burocrática na economia e na vida social
dos brasileiros. (BRESSER PEREIRA; SPINK, 2006).
Na década de 1980, após a eclosão do endividamento internacional, o tema
“ajuste estrutural” prendeu a atenção de políticos e formuladores de políticas
públicas em todo o mundo. [...] foi o ajuste estrutural ou, em termos mais analíticos,
o ajuste fiscal e as reformas orientadas para o mercado.” (BRESSER PEREIRA;
15
SPINK, 2006, p. 21). No início dessa década, as reformas que vinham ocorrendo de
forma silenciosa na administração blica mundial, foram implementadas de forma
bem sucedida nos países que serviram de modelo à terceira reforma administrativa
brasileira de 1995.
As bases da terceira reforma que envolve: aspectos políticos, econômicos e
administrativos, foram delineadas pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho do
Estado (PLANO DIRETOR, 1995). O aspecto administrativo ganhou reforço com o
princípio da eficiência que foi inserido expressamente no caput do art. 37 da
Constituição através da Emenda Constitucional nº19, de 04.06.1998, e “[...] significa
fazer o que precisa ser feito com o máximo de qualidade ao menor custo possível
(GESPÚBLICA, 2008). Em sentido lato, Visa combater a malversação dos recursos
públicos, a falta de diretriz e de planejamento, os ônus provocados por erros
repetidos.” (SANTOS, 2003, p. 190).
Como resposta a solucionar a crise do Estado e um modo de enfrentar a crise
fiscal, a administração gerencial [...] proposta no Brasil tem suas raízes nas
experiências do Reino Único, Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos.”
(MARTINS; PIERANTI, 2006, p. 295). Foi planejada como estratégia para reduzir
custo e tornar mais eficientes os vários serviços prestados pelo Estado.
Nesse novo formato torna-se necessário a implantação de ferramentas de
controle para avaliarem os resultados. E no Brasil, a idéia dos sistemas de controle
avaliar operacionalmente as entidades a eles jurisdicionadas somente teve impulso
na década de 1990, por força dos conceitos de administração gerencial implantados
na Reforma do Estado que ocasionou uma ampla revisão nas estruturas e
processos. Este processo iniciou a busca pela construção de organizações públicas
orientadas para gestão por resultados voltada ao cidadão sendo este o marco atual
do programa a partir de 2005 (GESPÚBLICA, 2007).
A eficiência na prestação de serviços públicos no Brasil pode ser medida por
ferramentas de acompanhamento e controle como o GESPÚBLICA. Busca-se
simplificar, ou seja, fazer o que precisa ser feito com qualidade e redução de custos.
E na busca pela simplificação dos procedimentos cadastrais no âmbito das três
esferas de governo, o país iniciou com a implantação pelo Departamento Nacional
de Registro Comercial (DNRC) em 1996, em Brasília, do Projeto Central de
Atendimento Empresarial – Sistema Fácil e com a assinatura da Instrução Normativa
16
200, da Receita Federal do Brasil que instituiu em 1998 o Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ), que substituiu o Cadastro Geral de Contribuintes (CGC).
A continuidade e melhoria do processo de simplificação no oferecimento de
serviços públicos ganharam reforço em 2003 com a Emenda Consitucional nº 42 que
acrescentou ao artigo 37 da Constituição Federal/88, o inciso XXI que garante
recursos prioritários às administrações tributárias das três esferas de poder para que
possam atuar de forma integrada na realização de suas tarefas “[...] inclusive com o
compartilhamento de cadastro e informões fiscais, na forma de lei ou convênio.”
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).
As leis de iniciativa do Governo Federal brasileiro, aliadas ao oferecimento de
bases tecnológicas como o cadastro sincronizado administrado pela Receita Federal
do Brasil que consiste em integrar mediante convênio, os procedimentos cadastrais
de pessoas jurídicas e demais entidades nas esferas das administrações tributárias,
(RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2008) e o cadastro compartilhado proposto pela
Redesim que consiste em integrar os órgãos responsáveis pelo cadastro mobiliário
fiscal, para o compartilhamento e atualização das informões, mantendo-se a
individualidade dos cadastros (REDESIM, 2007), que pode ser considerado como
avanço significativo do processo de simplificão.
O processo de melhoria no oferecimento de serviços públicos que visem
facilitar os procedimentos necessários ao registro e a legalização de empresas no
Brasil é complexo, principalmente, nos órgãos estaduais e municipais, pela
multiplicidade de legislação e tecnologias utilizadas no desenvolvimento de sistemas
tributários que são específicas de cada ente. Este agravante não ocorre no âmbito
federal que utiliza sistema de desenvolvimento tecnológico e legislação únicos.
Existem fatores críticos no processo de integração que foram apontados no
relatório de conclusão do II Workshop de simplificação da abertura de empresas e
negócios, em relação: às consultas pvias, falta de disponibilidade da consulta on
line gratuita pelos três entes; no registro e inscrição fiscal, falta normatização geral
dos procedimentos, implantação e adesão aos cadastros únicos propostos, e
investimentos em Tecnologia da Informão; e em relação às autorizões e
licenças, falta normatização e padronização da legislação, classificação de riscos de
acordo com a atividade e/ou localizão, e disponibilidade dos serviços na internet
(II WORKSHOP DE SIMPLIFICAÇÃO, 2008).
17
Na cada atual, os marcos regulatórios de simplificação para a abertura de
empresas no país, em âmbito federal, com abrangência nas três esferas de governo
o: Lei Geral de Micro Empresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) Lei
Complementar (LC) nº. 123/2006 e a Lei 11.598/2007 que criou a Rede Nacional
para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios
(REDESIM). A efetiva aplicação dos dispositivos destes marcos regulatórios
depende de normatizão que estão sendo feitas por Comitês Gestores com a
participação dos três entes envolvidos, aliados aos fóruns de discussão e seminários
nacionais, regionais e locais com fins de sociabilizar o conhecimento, e assim buscar
“[...] formas de tornar mais simples e ágil o procedimento de regularização das
empresas.” (II WORKSHOP DE SIMPLIFICAÇÃO, 2008, p.3).
Do contexto apresentado, utilizando como referência os marcos regulatórios
da simplificação, a questão a ser respondida é: qual o grau de integração dos
serviços públicos obrigatórios para a abertura de empresas?
O estudo foi delimitado para os responsáveis pelo registro e a legalização de
empresas nos órgãos responsáveis pelo oferecimento desses serviços nas capitais
da região norte do Brasil.
1.2 Objetivos da Pesquisa
Em termos gerais, este estudo objetivou identificar e analisar o grau de
integração entre as três esferas de governo (integração vertical) e dentro da própria
esfera (integração horizontal) para simplificar o processo de registro e legalizão de
empresas.
Com o propósito de atingir o objetivo geral foram definidos os seguintes
objetivos específicos:
- Mensurar o grau de integração vertical (entre as três esferas de governo) e
horizontal (dentro da própria esfera), para o processo de abertura de empresas.
- Comparar o grau de integração vertical e horizontal entre as capitais da região
norte do Brasil.
18
1.3 Justificativa
A região norte, a mais extensa das regiões brasileiras, com 3,8 milhões de
km2 de área recebeno período de 2007 a 2010, investimentos significativos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), num conjunto de medidas que i
proporcionar a melhoria nos serviços públicos através da racionalização dos gastos
com o desenvolvimento do setor de infra-estrutura de transportes e geração de
energia nos estados do Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e
Tocantins, estimulando o investimento blico e privado (DNIT, 2007). Esses
investimentos estão sendo realizados em ferrovias, hidrovias e portos, o que,
consequentemente, demandará um maior volume de serviços públicos e privados.
Dados da pesquisa indicam que no exercício de 2007, as capitais da região
norte abriram em média 1.576 empresas com o tempo de registro na Junta
Comercial que varia de 01 (um) até 15 (quinze) dias. O tempo de abertura, que
significa o registro e cadastro da empresa é dividido em: atividades consideradas de
baixo risco que varia de 02 (dois) a 30 (trinta) dias, e atividades consideradas de alto
risco que varia de 15 (quinze) a 90 (noventa).
Nesse contexto, do ponto de vista conceitual, espera-se que o estudo melhore
a compreensão acerca da importância da simplificação no oferecimento dos serviços
públicos através da racionalização de procedimentos e redução de custos, tendo
como parâmetro os critérios estabelecidos na legislação vigente.
Do ponto de vista prático, os resultados podem contribuir para demonstrar a
adesão dos órgãos públicos nos respectivos estados, para a agilidade do
atendimento ao empresário no processo de registro e legalização de empresas,
sobretudo na conjuntura atual de exigência de maior competitividade dos mercados,
seja no contexto nacional ou internacional.
1.4 Inserção na Linha de Pesquisa do PPGMAD
O presente trabalho insere-se na linha de pesquisa Controladoria de
Organizações do Mestrado em Administração da Universidade Federal de Rondônia,
pois objetivou a construção de um modelo para mensurar o grau de integração de
serviços públicos, com o propósito de elevar a compreensão e discussão sobre a
19
integração de serviços públicos, como modelagem para a simplificação e agilidade
do processo de regularização das empresas.
1.5 Definição de Termos
Neste trabalho são utilizados termos com os significados a seguir:
Serviço Público: é a atividade material atribuída por lei ao Estado para que
este a exea diretamente ou por delegação, cujo objetivo é a satisfação
concreta das necessidades coletivas (DI PIETRO, 2002).
Simplificação de Serviços Públicos: tem por finalidade propor ações e normas aos
integrantes da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios (REDESIM), cuja finalidade é propor ações e normas aos
seus integrantes, buscando, em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos de
modo a evitar a duplicidade de exigências e majoração de custo para o usuário (Lei
11.598/2007).
Integração de Servos Públicos: é a união entre os órgãos das esferas federal,
estadual e municipal, que ao elaborar normas de sua competência, se
comprometem a articulá-las com as dos demais membros, buscando integrar e
compatibilizar procedimentos, que visem a evitar a duplicidade de exigências, e na
perspectiva do usuário, garanta a linearidade do processo (LEI 11.598, 2007, art.
3º.).
Integração Horizontal de Servos Públicos: união dos órgãos representativos de
uma mesma esfera de governo, para o oferecimento dos serviços obrigatórios para o
registro e a legalização de empresas.
Integração Vertical de Servos Públicos: união dos órgãos representativos das
três esferas de governo, para o oferecimento dos serviços obrigatórios para o
registro e a legalização de empresas e negócios.
20
Empresa: corresponde à estrutura organizada, destinada ao exercício de [...]
atividade econômica para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (art. 966, 2002).
Eficiência: significa fazer o que precisa ser feito com o máximo de qualidade ao
menor custo posvel (GESPÚBLICA, 2008).
1.6 Organização do Trabalho
A partir do que foi apresentado no capítulo 1, o presente trabalho es
organizado da seguinte forma: no capítulo 2, desenvolve-se o referencial teórico-
empírico. O primeiro tópico desse capítulo retrata no contexto histórico, a
administração blica no Brasil a partir de quatro paradigmas dominantes e das
reformas administrativas de 1936, 1967 e 1995. Na sequência se desenvolve os
conceitos de serviços públicos, os fundamentos do GESPÚBLICA como ferramenta
disponível às organizações adesas para medir a eficiência dos serviços blicos, e
apresentam-se os serviços necessários ao registro e legalização de empresas. Por
fim, são descritos os procedimentos para a simplificação e integração do processo
de registro e legalização de empresas à luz dos marcos regulatórios vigentes.
O catulo 3 apresenta a metodologia de pesquisa que foi utilizada para o
alcance dos objetivos do trabalho, o modelo de pesquisa, e as variáveis. Define,
ainda, a população da pesquisa e a técnica adotada para analisar os dados.
No capítulo 4 são apresentados os dados da pesquisa em figuras, gráficos,
quadros e tabelas. Tambémo discutidos e comparados os resultados obtidos
entre as Unidades da Federação pesquisadas.
O capítulo 5 apresenta as principais conclusões e recomendações.
21
2 REFERENCIAL TEÓRICO EMPÍRICO
2.1 Administração Pública no Brasil: Paradigmas e Reformas
É frequente utilizar-se as expressões “administração pública” e “gestão pública”
de forma equivalente, mas de acordo com Santos (2003, p 127) “[...] estrita e
objetivamente falando, a administração pública pode ser definida como a atividade
concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução concreta dos
interesses coletivos.”. A administração foca em questões amplas como: equidade,
representação, justiça, eficiência do governo e controle da discricionariedade
administrativa. Gerenciamento, ou gestão pública é um aspecto da administração
pública.
Para Martins; Pieranti (2007, p. 114) “[...] o significado do substantivo
administração e do adjetivo pública é bastante claro: gerenciar os propósitos de um
governo e os negócios de Estado, procurando atender o todo, o coletivo, a
sociedade sem discriminação.” Assim, a gestão pública deve estar orientada para o
público, o coletivo e para o beneficio da comunidade, pensamento que se alinha ao
objeto do estudo.
Conforme Bresser Pereira; Spink (2006, p. 173-174), a administração blica
mundial, encontra-se hoje numa fase em que os “historiadores” chamam de contexto
“revolucionário”, pelo surgimento de conceitos novos para substituir os antigos
“administração por objetivos”, downsizing”, “serviços públicos voltados para o
consumidor”, empowerment”, “pagamento por desempenho”, qualidade total”.
Essas diversas propostas de descentralização compõem um conjunto de medidas
que objetivam “[...] modificar, no nível mais abrangente possível, os parâmetros da
organizão burocrática.”.
Existem três grandes modelos de administração observáveis na evolução do
aparelho estatal brasileiro, segundo Torres (2007, p. 140): o patrimonialista, o
burocrático weberiano e o gerencial. Para o autor, “[...] esses três modelos convivem
e sempre conviveram simultaneamente no âmbito da administração blica
brasileira.”. A literatura pesquisada coaduna-se com o pensamento do autor pois
aponta prevalência de um modelo em detrimento do outro em períodos distintos,
22
identificados por características peculiares a cada um, de acordo com o cenário
existente, o que reafirma o entrelaçamento destes modelos.
O estudo da Administração Pública no Brasil, acompanhou a história, e desde
os primeiros anos do século XX aos dias atuais, a evolução do conhecimento é
demonstrada por quatro paradigmas dominantes que serão apresentados e
definidos neste trabalho conforme, Keinert (2000).
Paradigma pode ser definido como “[...] um conjunto de regras, normas,
crenças, valores e teorias que direcionam a ciência produzida por uma determinada
comunidade científica em um período de tempo específico [...]” (KEINERT, 2000,
P.47). Enquanto não questionado é aceito como regra universal naquela
comunidade e fornece soluções modelares para as tradições coerentes e
específicas da “pesquisa cientifica”. Quando os modelos existentes começam a ser
questionados e aparecem novas formas de solucionar os problemas, pode-se dizer
que o modelo traçado pelo paradigma existente está sendo questionado e
consequentemente será substituído.
Uma pesquisa feita nas publicações da Revista de Administração Pública
(RAP) no período de 1967-92 e a Revista do Serviço blico (RSP) no período
1937-89, investigou os paradigmas norteadores dos estudos de Administração
Pública no Brasil em função da noção de público e constatou que:
- num primeiro momento público” refere-se a estatal, sendo que as
ões eram pensadas do Estado para a sociedade;
- ocorre um período de crise e o binômio anterior é questionado;
- num momento posterior, o conceito de “público” extrapola os limites
do estatal tornando-se mais amplo que este último, envolvendo uma
multiplicidade de atores, formas jurídicas e gerenciais (KEINERT,
2000, p. 107).
Para melhor compreensão, os paradigmas, cujas características estão
demonstradas no quado 1, foram inseridos por ordem cronológica, no contexto
hisrico das reformas administrativas brasileiras que ocorreram em: 1936 (intitulada
reforma burocrática); 1967 (considerada como “um ensaio de descentralizão e
desburocratização”); e, 1995 (definida como “reforma gerencial”).
23
Períodos Contexto Institucional Paradigmas Fases
Características do Campo
AP
1900-29 Estado regulador-liberal
Administração Pública
como Ciência Jurídica
Legalismo
1. Estado Administrativo 1930-45 Racionalização
2. Administração para o
Desenvolvimento 1946-64 Desenvolvimento
3. Estado
Intervencionista 1965-79
Racionalidade e
competência técnicas
Democratização
Conflito de interesses
Recursos escassos
1990-...
Redefinição do papel do
Estado
como Administração
Pública
competencia técnica
Períodos Paradigmáticos
1930-79
Administração Pública
como Ciência
Administrativa
1980-89 Mobilização Social Administração Pública
como Ciência Política
Quadro 1 – Paradigmas da administração pública brasileira
Fonte: Keinert (1994, p. 43).
O primeiro paradigma compreende o período de 1900-29 e retrata a
Administração Pública como Ciência Jurídica no contexto do Estado regulador-
liberal, com características voltadas ao legalismo para formulação e cumprimento
das leis e regulamentos. Neste período, a república havia recém sido proclamada,
sendo resultante de uma insatisfação geral com a forma de governo então vigente:
um regime monarquico implantado após a independência de Portugal. Esse regime
durou quase setenta anos e suas características eram patrimonialistas, origirias
da administração patriarcal portuguesa.
O segundo paradigma compreende o período de 1930-79 e predominou a
influência dos princípios da Administração, pois estudou a Administração pública
como ciência Administrativa. Este paradigma dividiu-se em três fases distintas,
segundo Keinert, (2000):
- a primeira fase que compreende o período de 1930-1945, traduz-se no Estado
Administrativo iniciado com a Revolução de 1930 e início à estruturação e
expansão estatal;
- a segunda fase que compreende o período de 1946-1964, traduz-se na
administração para o desenvolvimento com a ideologia desenvolvimentista
implementada pelos projetos de cooperação internacional; e
- a terceira fase que compreende o período de 1965-1979, considerada a época em
que o Estado começou a gerir grandes organizações.
24
Na primeira fase do segundo paradigma, que compreendeu o período de
1930-1945, é identificada pela racionalizão. Em termos econômicos, nesse
período, a revolução industrial e o surgimento vigoroso do capitalismo são
considerados os responsáveis pela definição das regras de uma nova era. A criação
do Departamento de Administração de Serviço blico (DASP) em 1933,
transformou-se [...] num símbolo da busca de um Estado moderno e de uma
burocracia blica profissionalizada.” PAES DE PAULA (2007, p. 106). É o como
da qualificação profissional dos servidores públicos como forma de proporcionar
melhoria no atendimento ao cidadão.
Neste período é importante destacar a primeira reforma administrativa
brasileira de 1936, baseando-se em Bresser Pereira; Spink (2006, p. 241), tem-se
que “A administração pública clássica baseada nos princípios de administração do
Exercito prussiano, foi implantada nos primeiros países europeus no final do século
passado, nos Estados Unidos no como deste século e no Brasil em 1936 [...]”.
Esta reforma, segundo os autores, foi fundamentada na burocracia descrita por Max
Weber, cujas bases estão no princípio do mérito profissional.”.
A burocracia, inicialmente estudada por Max Weber aponta três tipos de
dominação social como formas legítimas de autoridade: carismática, tradicional e
racional-legal. Neste contexto, as formas burocráticas de organização rotinizam os
processos de administração, assim como as máquinas no processo de produção, e
como consequência, minam o potencial de formas mais democráticas de
organizão. Sobre o assunto, Torres (2007, p. 17) entende que: Os trabalhos de
Weber marcam o como da teorização mais elaborada e contextualizada do
fenômeno burocrático, tendo como modelo inicial as características organizacionais
introduzidas pelo exército prussiano em meados do século XIX.”.
É preciso estar alerta para não confundir a burocracia com o tipo ideal,
deslocando-a como categoria histórica e forma de poder. Mais que isso, deve-se
evitar a utilizão do tipo ideal como referência para identificar a burocracia, pois
“[...] quando construiu o tipo ideal burocrático que é marcado pelo formalismo, a
impessoalidade, a hierarquia e a administração profissional Weber se preocupou
em apontar seus limites [...]” (PAES DE PAULA 2007, p. 94). Isto porque a
burocracia idealizada por Weber não é uma estrutura, é principalmente, um tipo
de dominação legítima.
25
O crescimento exponencial da sociedade e o surgimento de situações novas
fizeram com que a forma inicial da burocracia fosse redesenhada. Assim entende
Cardoso (2000), pois conforme o autor, a própria idéia de burocracia, na forma
contemporânea, corresponde à idéia de que existem regras. O avanço se a partir
da transformação da burocracia patrimonialista, ou seja, de burocratas que
confundiam o público e o privado, para uma burocracia de base racional legal, como
dizia Weber, com códigos, e com universalização das regras.
Mintzberg (2003) e Morgan (2002) criticam o modelo burocrático porque
segundo os autores, as regras, regulamentos, carreiras formais, hierarquias rígidas e
centralizadas não respondem às necessidades de um ambiente competitivo, com
aumento da velocidade das transações, complexidade e escopo como mudanças
que provocam outras mudanças inevitáveis em um processo de multicausalidade em
vel global.
A definição e características do modelo burocrático trazida ao texto na visão
de vários autores, deu-se em função de ter sido este o tema da primeira reforma
administrativa brasileira que ocorreu em 1936.
A segunda fase do segundo paradigma, que compreende o período de 1946-
1964, foi marcada pela ideologia desenvolvimentista implementada pelos projetos de
cooperação internacional, caracterizado pelo aumento na produção de textos de
caráter teórico-conceitual e uma presença marcante de traduções. Neste período,
“[...] ocorreram várias tentativas de se retomar a reforma com o mesmo ímpeto
inicial, fortalecendo o sistema de mérito, a profissionalizão dos burocratas e a
organizão do Estado.” (PAES DE PAULA, 2007, p. 106).
A terceira fase do segundo paradigma compreende o período de 1965-1979, e
em termos científicos foi marcada pela racionalidade e competências técnicas. Em
termos de administração com o Estado gerindo grandes organizações, ocorreu um
crescimento da máquina governamental cujo foco era a capacidade de intervenção,
a centralização e o controle.
Foi neste período que teve início, o processo de desburocratização da
administração pública brasileira. E pode ser considerado como marco inicial, o
Decreto Lei 200 de 1967 que, conforme a literatura, reafirmou a importância do
planejamento e reforçou o conceito de que o campo de conhecimento era baseado
na gestão empresarial. Este período foi “[...] concebido como amplo espírito
26
descentralizador, mesmo subordinado a uma nova constituição (1967) e a um
formato institucional e político centralizador.” (KEINERT, 2000, p. 161).
Foi durante a vigência do regime militar instituído no país no período de 31 de
março de 1964 até 1985 que ocorreu a reforma administrativa de 1967 com uma
característica marcante de descentralização de atividades para dar maior agilidade
aos meios administrativos no atendimento às demandas da sociedade por meio de
uma legislação mais atualizada em relação ao planejamento governamental.
Essa reforma instituída pelo Decreto-Lei nº. 200/67 definiu suas diretrizes
administrativas e renovou a estrutura básica da administração pública federal,
estabeleceu a administração direta, constituída pelos órgãos integrantes da
presidência da Republica e dos ministérios, e a administração indireta, composta por
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Para
Martins; Pieranti (2006, p.292), Algumas transformações induzidas por esse
decreto-lei foram decisivas para a nova modelagem que o governo federal
assumiu.”.
No período que vai da publicação do Decreto-Lei nº. 200/67 até o ano da
promulgação da Constituição Federal/88, a energia e os esforços do regime militar
foram absorvidos pelo processo de aprofundamento da descentralização e controle
social da administração pública brasileira, sendo estes os pilares na nova
Constituição (TORRES, 2007).
Ainda no período militar, o país teve um avanço em termos de modernização
tamm para a administração direta, que foi a criação do Ministério da
Desburocratização em 1979, cujo objetivo foi diminuir o impacto da estrutura
burocrática na economia e na vida social dos brasileiros. Durante a existência deste,
foram criados os juizados de pequenas causas e o estatuto da microempresa.
Segundo Bresser Pereira; Spink (2006, p. 161) “A importância da criação do
ministério é grande, na medida em que as idéias de Hélio Beltrão, “[...] foram
inovadoras no sentido de ressaltar que o contribuinte não é um súdito do Estado,
mas um cliente como direito a uma boa prestação de serviços públicos.”.
A busca pela diferenciação entre a “gestão empresarial” e “gestão pública”
esteve presente nos domínios acadêmicos e governamentais, em alguns países,
durante boa parte do século XX. Somente da cada de 1970, “[...] a tentativa de
adaptar e transferir os documentos gerenciais desenvolvidos no setor privado para o
27
setor público começou a se tornar preponderante, principalmente no Reino Unido e
nos Estados Unidos.” (PAES DE PAULA, 2007, p. 22).
O antigo modelo sinais de ruptura e entra em xeque com a grande crise
ecomica mundial, a partir da crise do petróleo em 1973, chegando o fim da “era
próspera” iniciada as a II Guerra Mundial. Á época, “O tipo de Estado que
comava a se desfalecer em meio à crise dos anos 70 tinha três dimensões
ecomica, social e administrativa todas interligadas.” (BRESSER PEREIRA;
SPINK, 2006, p. 175). Estas dimensões serão delineadas a seguir conforme o
entendimento destes autores.
A dimensão econômica era a keynesiana, e a característica era a ativa
intervenção estatal na economia, buscava-se garantir o pleno emprego e atuar em
setores estratégicos com vistas ao desenvolvimento nacional.
A dimensão social do modelo, era representada pelo Welfare State. Os pses
desenvolvidos adotaram este modelo em maior ou menor grau. Sendo o Estado do
Bem-Estar, tinha como objetivo primordial a produção de políticas blicas na área
social (educação, saúde, previdência social, habitação, etc.), com fins de promover a
garantia do atendimento às necessidades básicas da população.
A dimensão administrativa era relativa ao funcionamento interno do Estado, o
chamado modelo burocrático weberiano, que tinha o papel de manter a
impessoalidade, a neutralidade e a racionalidade do aparato governamental.
Exemplo de inicio do processo de mudança na forma de conduzir a
administração pública mundial no icio da crise, pode ser identificado na
“revolução silenciosa na política econômica”, termo usado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento, que aconteceu no Chile ainda nos anos 70,
identificada pelo conjunto de mudanças que este país promoveu (BRESSER
PEREIRA; SPINK, 2006).
A matriz Estadocêntrica vigente até o final da década de 70 cujas
características marcantes eram o Estado autoritário, paternalista com modelo de
gestão centralizador, lugar a partir da década de 80, à matriz sociocêntrica cujas
características são o processo de globalização, os avanços na tecnologia da
informação, processo de organização social e democratizão, e modelo de gestão
descentralizado.
28
A Matriz Sociocêntrica surge em um contexto marcado por rápidas
mudanças desencadeadas pelo processo de globalização e pelos
avanços na tecnologia da informação ocorridos a partir dos anos 80.
Ainda pelo intenso processo de organização social e democratização
concomitante, estas mudanças estimularam a internacionalização de
rias forças que fugiram ao controle dos Estados Nacionais como,
por exemplo, o fluxo de capitais financeiros. (KEINERT, 2000, p. 82).
O terceiro paradigma compreende o período de 1980-89 e retrata a
Aministração Pública como Ciência Política. Este período foi marcado por intensa
mobilização político-social no processo de transição militar para o governo civil,
movimento das “diretas já” e promulgação da Constituição/88, processo de
reorganização institucional e falência do modelo desenvolvimentista exportador,
culminando com as crises econômica e social.
Foi neste período, que surgiu “[...] uma economia global, s-industrial,
baseada no conhecimento, abalou velhas realidades em todo o mundo, criando
oportunidades maravilhosas e problemas espantosos. (OSBORNE; GAEBLER,
1998, p. xiii). A terceira reforma administrativa brasileira, a exemplo de outros países
foi motivada pelos problemas desencadeados a partir destes acontecimentos.
Se o início do processo de mudanças na administração pública ocorreu de
forma silenciosa no Chile nos anos 70, de forma explícita foram os conservadores
ingleses e os republicanos norte-americanos logo no início da cada de 80, que
tomaram a iniciativa de tentar implantar as primeiras reformas no antigo modelo
administrativo (BRESSER PEREIRA; SPINK, 2006).
A literatura apontou que existe consenso de que no plano econômico a
década de 1980 é considerada como a “década perdida”, não apenas para o Brasil
tamm para outros países da América Latina, no entanto, ela representou um
reingresso na democracia, pois Nesse período, estabeleceram-se os pressupostos
para uma ampla e profunda revisão do Estado, que ganharia pujança da elaboração
da Constituição de 1988.” (MARTINS; PIERANTI, 2006, p. 294).
Foi na década de 80, as a eclosão do endividamento internacional, que o
tema “ajuste estrutural” prendeu a atenção de políticos e formuladores de políticas
públicas em todo o mundo. “[...] foi o ajuste estrutural ou, em termos mais analíticos,
o ajuste fiscal e as reformas orientadas para o mercado.” (BRESSER PEREIRA;
SPINK, 2006, p. 21).
29
Programas abrangentes de liberalização e privatização, como parte de sua
terapia de estabilização, revendo assim uma trajetória política de mais de 50 anos,
foram iniciados no México, após 1982. “O mesmo pode ser dito do acelerado
programa de abertura econômica da Argentina, durante os anos 90, que foi seguido
pelas reformas econômicas do Peru.” (BRESSER PEREIRA; SPINK, 2006, p. 124).
Tanto nas organizações públicas quanto nas organizações privadas têm-se
diversos exemplos das transformações e reorganizações que as instituições foram e
continuam sendo obrigadas a enfrentar para continuar sobrevivendo. Estes
“rearranjos” receberam ao longo dos anos denominações diferentes.
O termo reengenharia não é único na literatura administrativa contemporânea.
Como exemplo, nos Estados Unidos na década de 1980, quando os governos locais
sofreram perdas substancias em seus rendimentos, em consequência de uma
revolta dos contribuintes, iniciada na Califórnia em 1979, e buscaram então inventar
soluções empreendedoras para resolver os problemas, entre as quais, como os
municípios poderiam oferecer serviços públicos indispensáveis com receitas
reduzidas (OSBORNE; GAEBLER, 1998).
Os relatos do sucesso destas iniciativas começaram a circular entre os
administradores públicos cujo movimento” de dimensão nacional passou a ser
chamado de reinventando o governo”. Osborne; Gaebler (1998) acreditam que os
governos da era industrial não estão à altura dos desafios de uma sociedade
baseada no conhecimento e na informação, que se transforma rapidamente.
A partir de 1989 surge o quarto paradigma da administração pública como
administração pública, marcado por um novo conceito de desenvolvimento com a
consolidação da cidadania a partir da mobilizão social que abre a visão para a
noção de direitos, e têm como consequência o fortalecimento da cultura
democrática. Para controlar a gestão pública, surge a proposta de participação da
sociedade civil, (KEINERT, 2000). Esta proposta está alinhada ao estudo cujo foco é
demonstrar a simplificação no oferecimento de serviços públicos à sociedade como
meio de reduzir tempo e custo.
Na década que se iniciou em 1990 comou a ser delineado um novo
consenso do que sirgnifica “público”. O paradigma estabelecido a partir dos anos 30
que considerava “público e estatal” equivalente, lugar a noção de que “público” é
mais amplo que estatal. “Neste sentido, entende-se que “público” não é mais
30
definido apenas por uma localização institucional mas passa a ser entendido como
um valor. (KEINERT, 2000, p. 187).
O movimento gerencialista” e a cultura do management foram transportados
nos anos 1990 do setor privado para o setor público, engendrando o movimento
“reinventando o governo”. A proposta é que a gestão pública passe a absorver idéias
do setor privado. O fato é uma realidade na história estadunidense e ganhou um
novo status com o trabalho dos consultores David Osborne e Ted Gaebler (PAES
DE PAULA, 2007).
Foram quatro fatores cio-econômicos, que em linhas gerais, contribuíram
para detonar a crise do Estado montado no pós-guerra, Bresser Pereira; Spink
(2006):
- o primeiro foi a já referida crise econômica mundial, iniciada em meados da década
de 70 e agravada ao longo dos anos 80;
- o segundo fator a enfraquecer os alicerces do antigo modelo de Estado foi à crise
fiscal, pois após décadas de crescimento os governos não tinham mais como
financiar suas dívidas;
- o terceiro fator detonador da crise do Estado contemporâneo, foi o que, na
linguagem da época, chamou-se de situação “ingovernabilidade”;
- o quarto e último fator foi a globalização e todas as inovações tecnológicas que
transformaram a lógica do setor produtivo e afetaram profundamente o Estado.
Promover a reforma do Estado envolve aspectos políticos, econômicos e
administrativos. Os aspectos políticos são os que se relacionam com a promoção da
governabilidade; os econômicos e administrativos visam aumentar a governança. As
reformas que têm por objetivo aumentar a capacidade de governar, foram iniciadas,
primeiramente, ainda nos anos 80 e serviram para estabilizar a economia: o ajuste
fiscal, a privatização, conforme Bresser Pereira; Spink (2006).
A terceira reforma administrativa do estado brasileiro foi elaborada e
implementada pelo Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE) em
1995 e dividiu as ações estatais em quatro setores, situados dentro de três
possibilidades de propriedade cada um (PLANO DIRETOR, 1995), a saber:
- núcleo estratégico, que envolve o legislativo, judiciário, presidência e cúpula dos
ministérios. Tem como forma de propriedade a estatal e como forma de
administração a burocrática e a gerencial;
31
- atividades exclusivas de Estado, que envolve a polícia, regulamentação,
fiscalizão, fomento e seguridade social básica. Tem como forma de propriedade a
estatal e como forma de administração a gerencial;
- serviços competitivos ou não-exclusivos, que abrange as universidades, hospitais,
centros de pesquisa, e museus. Tem como forma de propriedade a pública não
estatal, e como forma de administração, a gerencial;
- produção de bens e serviços para o mercado que abrange as empresas estatais.
Tem como forma privada de propriedade e como forma de administração a
gerencial.
A busca de instrumentos que inovem a gestão na administração pública, que
leva a formatação de planos emergenciais deve considerar que não é suficiente
estabelecer um plano de reforma que contemple mudanças na legislação e
normativas. Faz-se necessário instituir um modelo que represente adequadamente o
paradigma desejado e que considere os valores sociais e ambientais,
organizacionais e individuais, vislumbrando a efetividade na realização das
mudanças organizacionais.
No aspecto gerencial, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado
(PLANO DIRETOR, 1995, p. 8) previu que a reforma “[...] passa a ser orientada
predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços
públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.”. Seu
direcionamento para o aspecto da governança na gestão blica contempla à
transição do modelo de administração burocrática para um modelo de administração
gerencial, como meio de trazer as mais recentes conquistas da administração de
empresas para a administração pública e observando as limitações que o termo
gerencial adquire quando se trata de aplicá-lo ao setor público.
As bases da terceira reforma, delineadas pelo Plano Diretor de Reforma do
Aparelho do Estado, foram reforçadas com o princípio da eficiência que foi
introduzido expressamente no caput do art. 37 da Constituição através da Emenda
Constitucional nº19, de 04.06.1998.
A reforma como foi proposta no Brasil tem suas raízes nas experiências do
Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos. Como principais premissas
estavam: a eficiência, a agilidade, a qualidade e a flexibilidade. (MARTINS;
PIERANTI, 2006).
32
Ao expor a forma de execução da terceira reforma administrativa brasileira,
Bresser Pereira; Spink (2006) identificam três dimensões:
- institucional-legal para modificar as leis e regulamentos, e criar ou modificar as
instituições;
- cultura – para mudar valores burocticos para gerenciais; e
- co-gestão que trata de [...] por em prática as novas idéias gerenciais e oferecer
um serviço público efetivamente mais barato, mais bem controlado e de melhor
qualidade.” (BRESSER PEREIRA; SPINK, 2006, p. 265-266).
A utilização do contrato de gestão, como instrumento de controle das
atividades por núcleo estratégico caracteriza a administração gerencial, uma vez que
este deveprover os recursos necessários com os quais as organizações poderão
contar, além de definir indicadores de desempenhos a serem alcançados. A reforma
gerencial da administração pública, ao introduzir modificações substanciais nas
formas de controle dos serviços públicos, propiciou maior transparência às decisões
administrativas e contribuiu para o aumento das responsabilidades dos
administradores públicos.
Para Bresser Pereira; Spink (2006), o surgimento da administração pública
gerencial é uma resposta à crise do Estado e um modo de enfrentar a crise fiscal,
como estratégia para reduzir custo e tornar mais eficientes os vários serviços
prestados pelo Estado.
A reforma administrativa, igualmente importante, é para tornar o serviço
público “[...] mais coerente com o capitalismo contemporâneo, que permita aos
governos corrigir falhas de mercado sem incorrer em falhas maiores.” (BRESSER
PEREIRA; SPINK 2006, p. 23).
A terceira reforma administrativa brasileira “[...] foi um desdobramento do
ajuste estrutural da economia, que teve início com a adesão do governo Collor às
recomendações do Consenso de Washington para a crise latino-americana. (PAES
DE PAULA, 2007, p. 125).
Conforme Keinert (2000) esta reforma representa um modelo ainda em
construção, no qual os limites ainda não estão claramente definidos, mas é possível
perceber duas vertentes de onde emerge esta nova forma de organização do setor
público:
- uma vertente gerencial identificada com modernas técnicas de gestão,
descentralização, centrada no aumento da eficiência e da produtividade;
33
- e, outra, focada na participação do cidadão e no controle social voltada para a
realização de experiências inovadoras e na busca da eficácia e equidade.
Com este modelo, as regras deixaram de ser regras específicas para um
grupo de poderosos e tornaram-se regras universais, de acesso a toda a sociedade.
A questão é: “[...] como é que vamos manter o Estado de direito, as regras, portanto
todo o aparato institucional, e ao mesmo tempo fazer que esse aparato funcione de
forma o apenas mais rápida, mas também mais ao alcance do cidadão, ou seja,
mais transparente.” (CARDOSO, 2000, p. 2). Esse formato, que exige contínua
transformão, criou alguns especialistas na burocracia e com eles uma espécie de
crescimento exponencial dessas regras.
Pela mudança na forma de concepção do Estado, a sociedade moderna sofre
alterações que se caracterizam por reformas diversas: no Estado, na Constituição e
na Administração Pública atual. Fenômenos como privatização, liberalização e
globalização questionam os serviços públicos e as próprias funções do Estado (DI
PIETRO, 2002).
Descrever o processo de reformas desde os anos 30 até hoje, é necessário
retomar eventos que foram construídos ao longo de, no mínimo, três dimensões, que
foram definidas a seguir, segundo Bresser Pereira; Spink (2006):
- a primeira e mais direta, é a história pública da reforma administrativa de cada ps;
- a segunda dimensão induz os contextos político, social e econômico das reformas,
que, dependendo do período, podem ser regionais, nacionais ou internacionais;
- e a terceira diz respeito às estratégias de reforma da administração pública que
circulam, como a melhor prática corrente ou como predileta forma de intervenção.
A Administração Pública brasileira vive um momento de reforma, o que é
irreversível para qualquer governo da atualidade. A idéia de transformá-la significa
mudá-la de burocrática, rígida e ineficiente, voltada para si própria e para o controle
interno, para uma administração gerencial, flexível e eficiente voltada para o
atendimento ao cidadão (DI PIETRO, 2002).
A informação surge como ferramenta indispensável na ão gerencial, por
permitir o controle do planejamento estabelecido com a respectiva medição e
avaliação dos resultados alcançados, propiciando o pido ajuste às melhorias das
ões da organização.
É importante destacar que as informões não devem ser tratadas de forma
isolada, mas sim de forma sistêmica e integrada, compondo os diversos sistemas de
34
informações da organização, incluídos os sistemas de informões gerenciais e
os contábeis. No contexto das informões integradas está a proposta de
simplificação de serviços públicos para abertura e legalização de empresas.
2.2 Serviços Públicos
Serviço público é a atividade material atribuída por lei ao Estado para que
este a exerça diretamente ou por delegação, cujo objetivo é a satisfação concreta
das necessidades coletivas (DI PIETRO, 2002).
Tradicionalmente, no direito brasileiro, fala-se em três tipos de atividades
administrativas a cargo do Estado, consideradas como serviços públicos.
Serviços administrativos que podem ser considerados atividades -
meio, necessárias para que o Estado desenvolva suas atividades-
fim;
Serviços industriais e comerciais que podem ser prestados pelo
Estado sob dois títulos: como serviços públicos que lhes são
atribuídos por lei e que ele pode desempenhar diretamente ou por
meio de concessão ou permissão; como atividade econômica própria
da iniciativa privada e que o Estado ou assume em caráter de
monopólio, ou exerce em caráter de competição privada, quando
necessário aos imperativos da segurança nacional ou o relevante
interesse coletivo definido em lei;
Serviços sociais do Estado – que atendem as necessidades coletivas
em áreas em que a atuação do Estado é essencial, mas que
convivem com a iniciativa privada, tal como ocorre com os serviços
de ordem social. (DI PIETRO, 2002, p. 43-44).
Foram identificadas por Osborne; Gaebler (1998), 36 alternativas para a
prestação de serviços à comunidade pelo governo, e as distribuíram em três
categorias: tradicionais, inovadoras e de vanguarda. No presente trabalho,
identificou-se alternativas traçadas pelos governos atuais em duas das três
categorias apresentadas pelos autores:
- tradicionais regulamentação ou desregulamentação: com a criação das leis que
representam os marcos regulatórios da simplificação de serviços públicos para
abertura de empresas e negócios;
- inovadoras parcerias públicas/públicas: é a união de órgãos da mesma esfera ou
de esfera diferente de poder que resolvem uniformizar os procedimentos e
35
compartilhar informações com fins de agilidade e simplificação ao oferecimento de
serviços;
Para que a administração pública melhore os mecanismos de prestação de
serviços no sentido de ter uma orientação de mercado” é necessário [...] ver o
beneficiário dos serviços blicos como freguês ou consumidor.” (BRESSER
PEREIRA; SPINK, 2006, p. 96).
Os usuários de serviços públicos, por sua vez, devem participar de forma
ativa do processo de fiscalizão do oferecimento destes serviços, podendo
inclusive recorrer, analogicamente, ao que prevê o art. 22 do digo de Defesa do
Consumidor – Lei n. 8.078/90: “Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
concessionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a
fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
contínuos.”.
Apresentam-se no quadro 2, os quatro diferentes modos de ver o “consumidor
ou cliente” de serviços públicos. Esta é a constatação de Bresser Pereira; Spink
(2006, p. 98) “A cada um deles corresponde um modo de entender o que seja
“administração” e o que seja “política”.”.
Beneficiários de serviços públicos Reatividade
Parceiros na oferta de serviços
Eficácia
Cidadãos-contribuintes Eficiência
Formuladores de políticas
Responsabilização
Consumidor Perspectiva
Quadro 2 – Quatro diferentes modos de ver o consumidor
Fonte: Bresser Pereira; Spink (2006, p. 98).
Quando os consumidores são vistos como “beneficiários de servos públicos”
a meta dessa abordagem é a reatividade e todas as ações são pensadas para
atender melhor as necessidades dos cidadãos.
Se os consumidores são considerados “parceiros na oferta de serviçosos
consumidores-alvos serão outros órgãos ou outros servidores públicos e busca-se
desenvolver melhor o trabalho com a criação de regras, formulários, fluxogramas. A
meta desta abordagem é a eficácia e se busca servir melhor os cidadãos.
36
Sob a ótica de que os consumidores são “cidadãos-contribuintes”, busca-se a
eficiência, é a demanda por governos “menores e por redução de custos
operacionais.
Ao se considerar os consumidores como “formuladores de políticas”, busca-se
a responsabilização. Aqui es presente a idéia do accountability que é dar
transparência do que estar sendo feito para que o desempenho possa ser
supervisionado.
2.2.1 Gestão Gerencial – GESPÚBLICA
Abre-se um espaço neste trabalho para explanar sobre os fundamentos do
Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, dada a
importância dessa ferramenta na construção de indicadores de mensuração e
controle no oferecimento de serviços à sociedade e a consequente melhoria
apresentada pelas organizações adesas.
Pelo interesse social, político, econômico e cultural que a
administração pública contempla, faz-se necessário criar uma
estrutura diferenciada para garantir melhores e mais transparentes
mecanismos de controles e interferência dos cidadãos sobre os
processos de tomadas de decisões. (TORRES, 2007, p. 23).
O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA)
é um programa que se originou da evolução dos programas:
- Comissão de Simplificão Burocrática (1956),
- Programa Nacional de Desburocratização (1979),
- Sub-Programa da Qualidade e Produtividade na Administração Pública (1990).
Este subprograma teve o propósito de implantar programas de qualidade e
produtividade nos órgãos e entidades públicos. Este processo deu início à busca
para construir organizações públicas orientadas para o cidadão. A proposta pela
simplificação no oferecimento de serviços públicos está alinhada aos fundamentos
deste programa, no que diz respeito à melhoria do atendimento ao cidadão usuário.
- QPAP-Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública (1996),
- PQSP-Programa de Qualidade no Serviço Público (2000), e
- PQGF-Programa de Qualidade do Governo Federal.
37
GESPÚBLICA é um modelo de excelência em gestão pública e conforme a
definição do próprio programa corresponde a um sistema de gestão de referência
para as organizações do setor público, baseado em sete fatores-chave: liderança,
estratégias e planos, cidadãos e sociedade, informação e conhecimento, pessoas,
processos, e resultados.
A Missão do GESPÚBLICA é, “Promover a excelência em gestão pública,
visando contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços blicos prestados ao
cidadão e para o aumento da competitividade do País.” (GESPÚBLICA, 2007, p. 19).
Utiliza a estratégia de adesão dos órgãos públicos, em todas as esferas de governo,
com vista a efetuar uma avaliação para concorrer ao PQSF-Prêmio de Qualidade do
Serviço Público. Fundamenta-se nos princípios constitucionais da administração
pública e a gestão baseada em processos e informões com o principal objetivo de
alcançar qualidade de excelência no atendimento ao cidadão.
Os quatro marcos seguintes caracterizaram a evolução deste Programa:
- 1990 a 1995 a avaliação das organizações públicas candidatas à premiação
compreendeu a gestão de pessoas;
- 1996 a 1999 o sistema de gestão;
- 2000 a 2004 a gestão do atendimento ao cidadão;
- a partir de 2005 compreende a gestão por resultados orientada ao cidadão.
Este programa possui duas vertentes: a primeira busca eliminar o excesso de
normas (leis, decretos, portarias, atos normativos complexos e outros) que
interferem de maneira exagerada nas relações de direitos e obrigações entre o
Estado e cidadão; e a segunda é voltada à simplificação de processos,
procedimentos, rotinas ou atividades, que objetiva eliminar o excesso de burocracia
e, consequentemente, o desperdício de recursos, tempo e energia, que não
agregam valor aos serviços prestados, e que prejudicam os resultados finais das
ões públicas (GESPÚBLICA, 2007).
O princípio da eficiência está inserido no contexto deste programa que o
define como sendo o “[...] controle a posteriori dos resultados; voltada para o
atendimento ao cidao; prestar serviços de melhor qualidade [...]” GESPÚBLICA
(2008, p. 10).
As organizações públicas adesas a este programa são avaliadas a partir dos
cririos estabelecidos como fatores-chave, com fins de certificar se estão cumprindo
seus fundamentos. Entre os princípios fundamentais está o da eficiência que em
38
sentido lato, “[...] equivale a um reclamo contra a burocracia estatal.” (SANTOS,
2003, p. 190). De forma que para ser eficiente, segundo o autor, é necessário:
- que no desempenho de suas atividades, mesmo sob o manto da igualdade,
imparcialidade e objetividade, o administrador público produza bons resultados;
- o aparelho estatal esteja apto para prestar serviços à sociedade, o que implica
respeitar o cidadão contribuinte e gerar benefícios a todos.
De acordo com Santos (2003, p. 183), “Anteriormente ao advento da Emenda
Constitucional nº. 19/98, o principio da eficiência achava-se implicitamente incluído
entre os princípios do administrador público, significando que este deveria atuar com
presteza, perfeição e rendimento funcional.”. A inclusão deste princípio no texto
Constitucional somente tornou expresso o que já era cobrado do administrador
público: que fosse eficiente no desempenho de suas atribuições.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública é composto por sete partes que
juntas compõem um sistema de gestão para as organizões do setor público
brasileiro: liderança, estratégias e planos, cidadãos e sociedade, informão e
conhecimento, pessoas, processos e, resultados. Esse Modelo está alinhado com o
“estado da arte” da gestão de classe mundial e adequado à natureza pública de
nossos órgãos e entidades (GESPÚBLICA, 2007).
Conforme as diretrizes do programa não bastam apenas desenvolver
tecnologias de gestão alinhadas com o estado da arte e referenciadas nos
parâmetros do espaço público. É preciso torná-las instrumentos da rotina gerencial
no cotidiano das organizões.
Uma das atuações do Programa Nacional da Gestão Pública e
Desburocratização é atuar como instrumento indutor da cidadania, que promova o
controle social e seja orientada para o cidadão e para a produção de resultados que
possa agregar valor à sociedade.
O estilo da gestão de excelência é participativo, o que pressupõe a
necessidade de horizontalidade no processo de formulação e implementação de
políticas públicas. Neste novo contexto os órgãos e entidades precisam estar
integrados para poder garantir a cobertura e a coerência necessárias para as
políticas públicas. O processo de simplificação dos serviços públicos necessários à
legalização de empresas está alinhado a este modelo de acompanhamento da
gestão pública.
39
2.2.2 Serviços Públicos para Abertura de Empresas
O presente trabalho aborda os serviços públicos que são prestados pelos
órgãos responsáveis nas três esferas de governo pelo registro e legalização de
empresas no Brasil. Os referidos serviços essenciais e obrigatórios classificam-se
em grupos de orientações, informações, registros, inscrições, licenças e
autorizões.
A proposta de integrar estes serviços foi apresentada no II Workshop de
“Simplificação para Abertura de Empresas e Negócios” pelo coordenador especial
de Gestão de Cadastros da Receita Federal do Brasil. O oferecimento destes
serviços aos usuários, obedece a uma sequência que será apresentada conforme a
figura 1.
CNPJ
JUNTA
COMERCIAL
ORIENTAÇÃO REGISTRO DO
ATO
CONSTITUTIVO
CADASTROS
TRIBUTÁRIOS
ALVARÁ DE
FUNCIONAMENTO
PREFEITURA
IBGE
CONSULTAS
PRÉVIAS
JUNTAS
ÓRGÃOS
FAZENDÁRIOS
ÓRGÃOS
REGULADORES
CARTÓRIO
CIVIL
INSCRIÇÃO
MUNICIPAL
PROCESSO DE REGISTRO E LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS
INSCRIÇÃO
ESTADUAL
PROVISÓRIA
AMBIENTAL
C. BOMBEIROS
SAÚDE
CNPJ
JUNTA
COMERCIAL
ORIENTAÇÃO REGISTRO DO
ATO
CONSTITUTIVO
CADASTROS
TRIBUTÁRIOS
ALVARÁ DE
FUNCIONAMENTO
PREFEITURA
IBGE
CONSULTAS
PRÉVIAS
JUNTAS
ÓRGÃOS
FAZENDÁRIOS
ÓRGÃOS
REGULADORES
CARTÓRIO
CIVIL
INSCRIÇÃO
MUNICIPAL
PROCESSO DE REGISTRO E LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS
INSCRIÇÃO
ESTADUAL
PROVISÓRIA
AMBIENTAL
C. BOMBEIROS
SAÚDE
Figura 1 – Processo de registro e legalização de empresa no Brasil
Fonte: Apresentação da RFB no II Workshop para Simplificação de Serviços Públicos– Brasília, 2008
A figura acima representa a proposta de integração dos órgãos responsáveis
pelo oferecimento dos serviços relativos ao registro e legalização de empresas. O
núcleo de orientão apresenta-se como passo inicial no oferecimento dos serviços,
isto se justifica porque neste núcleo são prestadas informões que visam: reduzir
os custos, os prazos e, eliminar o refazimento de tarefas. Nessa proposta os órgãos
40
fazendários responsáveis pelos cadastros tributários integram-se mutuamente e com
a Junta Comercial.
Para que uma empresa possa funcionar legalmente no Brasil, é necessário
que ela seja registrada e inscrita em diversos órgãos: federais (Caixa Econômica
Federal, Instituto Nacional de Seguro Social, Receita Federal do Brasil); estaduais
(Juntas Comerciais, Secretarias Estaduais de Fazendas); municipais (Secretarias
Municipais de Fazenda), além das autorizações e licenças específicas para cada
atividade econômica. Nesse contexto, ocorrem diversas situações que são
responsáveis por altos custos, prazos dilatados e desgastes a que os clientes são
submetidos. Essas situações se verificam em relação a cada órgão e em relação à
rotina global.
Além desses, outros órgãos de diversas categorias também exigem registros
como, por exemplo, Conselho Federal de Contabilidade (CFC), porém, não fazem
parte do escopo do presente estudo.
Em relação a cada órgão, destaca-se inicialmente ser insuficiente a
informação que o cliente recebe para elaborar e preparar a sua documentação e
compor o processo adequadamente, o que causa retornos para concluir seu registro
ou inscrição (SISTEMA FÁCIL, 2009).
Sequencialmente destaca-se o conhecimento, pelo cliente, de certas
restrições ou que deve determinadas condições, somente depois que o processo é
elaborado e protocolizado no órgão. Destaca-se o caso da situação fiscal irregular
do titular, sócios ou mesmo de empresas em que esses participem; o de
enquadramento na condição de microempresa ou empresa de pequeno porte; bem
como o caso de coincidência ou erro de composão no nome empresarial, todos
responsáveis por altos índices de retornos.
As pesquisas e análises realizadas em relação a esses aspectos, efetuadas
depois da protocolização do processo, emperram a legalizão da empresa,
gerando retornos e um tempo longo para deferimento do processo.
Alie-se a estes fatos, a rotina global em decorrência da autonomia de cada
vel de poder, para estabelecer as regras de registro e legalização, que seguem a
ótica particular de cada órgão. Nas relações sucessivas e individualizadas com
esses órgãos, o cliente por vezes precisa recomar o processo desde o primeiro
órgão da linha, para alterar questões que foram modificadas em um órgão
subsequente.
41
Pelo excesso de normas e regras a serem cumpridas, fenômenos como
privatização, liberalização e globalizão questionam os serviços públicos e as
próprias funções do Estado. O avanço da tecnologia, a competição, a mudança no
comportamento do consumidor, a participação governamental e a dinâmica força de
trabalho vêm exigindo das organizões mudanças contínuas, conforme Di Pietro
(2002).
Ora são institutos velhos que renascem com nova força e sob novo
impulso, como a concessão de serviço público, ora institutos velhos
que aparecem com nova roupagem. Parece que o que muda é
principalmente a ideologia, é a forma de conceber o Estado e a
Administrão Pública (DI PIETRO, 2002, P. 15-16).
Tem-se que os governantes em todos os níveis de governo se defrontam com
pelo menos duas realidades: “Uma é a crise financeira [...] faltam verbas [...] A outra
é a busca de institutos novos que permitam aos Estados lograr maior eficiência na
prestação de serviços que lhes estão afetos.” (DI PIETRO, 2002, p. 39-40).
Em um mundo globalizado, as empresas dependem de um consumidor que
tem, cada vez mais, opções para o consumo; as amarras da burocracia são mínimas
e a sobrevivência das organizações depende de uma gestão moderna e eficaz, o
que induz à necessidade de rápidas transformações. Essa dinâmica própria das
empresas e os obstáculos existentes nas administrações públicas levam a crer que
o serviço público é lento e as empresas são ágeis na implantação da gestão pela
qualidade total (DI PIETRO, 2002).
Propor políticas públicas que apresentem facilitação no oferecimento destes
serviços parece ser o grande desafio dos órgãos responsáveis pelos cadastros
fazendários e de registros em todo país. A redução de prazo e custo para uma
empresa estar legalizada e pronta para iniciar suas atividades é um dos pilares da lei
que criou a rede de simplificação de serviços públicos integrantes deste processo.
2.3 Integração para Simplificar o Oferecimento de Serviçosblicos
No processo de simplificão pela integração de serviços públicos, deve-se
destacar a importância do accountability (termo aqui utilizado como o dever de
prestar contas do que faz, porque o faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir para
42
corrigir às possíveis falhas) e do governo eletrônico como instrumentos de
transparência e simplificação para o cidadão usuário.
A proposta de construção de governo eletrônico na fase atual está focada no
desenvolvimento de sistemas relacionados ao provimento de serviços. No entanto,
ainda que de forma inicial, percebe-se a possibilidade de extensão do âmbito do
Estado para uma maior “permeabilidade à cidadania”, o que pode ser decorrente da
disseminação do custo da informão (MARTINS; PIERANTI, 2006).
A idéia principal de integrar os serviços públicos significa colocar à disposão
do usuário a maior quantidade dos serviços blicos a partir de um único ponto de
entrada. Em se tratando da pesquisa, o objetivo é integrar vertical e horizontalmente
todos os órgãos responsáveis por registro e legalização de empresas e negócios no
país.
Esta integração, ao passo que acelera o processo, reduz os custos com
pias e apresentações de documentos repetitivos em vários órgãos cujo fim é estar
legalizado e comar a funcionar para contribuir com a geração de emprego e renda
do município.
Permite tamm a transparência dos atos praticados nas três esferas de
poder e fortalece o princípio da publicidade. Aliado a este princípio, está o dever de
prestar contas, pois conforme Slomski (2006, p. 367), “[…] é na administração
pública [...] onde mais deve estar presente a filosofia do accountability, pois quando
a sociedade elege seus representantes, espera que os mesmo ajam em seu nome,
de forma correta, e que prestem contas de seus atos.”.
Por esse enfoque teórico, o governo eletrônico, na concepção de
transparência pública, pressupõe, portanto, a redefinição da relação entre governo e
cidadão, com apresentação de informões relativas às ações governamentais de
acordo com o interesse do usuário.
Compartilhando deste conceito, Borges; Nascimento; Silva (2005), sustentam
que a vinculação entre governo eletrônico e democracia fica mais clara quando se
observam os objetivos que normalmente aparecem associados aos programas de
governo eletrônico como: melhoria na prestação de serviços públicos; transparência
nas ações do Estado e maior controle social; maior participação popular.
Segundo Torres (2007), a tecnologia da informão e comunicação exerce
papel fundamental no processo de transparência e aumento da responsabilização
política e do accountability governamental. A utilização bem articulada dessas
43
ferramentas implicam aperfeiçoamento e economicidade na implementação de
políticas públicas.
A sistemática da proposta pela simplificação no processo de registro e
legalização de empresas no País caminha na direção do desafio proposto pela
Tecnologia de Informação para o gerenciamento público e o governo. Como a
Tecnologia da Informação pode melhorar a velocidade técnica e a eficiência na
prestação de serviços públicos, enfatiza-se a necessidade de oferecer estes
serviços on line pela internet, cujo objetivo é colocar na prática o princípio de
“governo em um só lugar”.
O Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC) e as Juntas
Comerciais vêm procurando reduzir a burocracia, facilitar e dar agilidade ao registro
de empresas, alcançado prazos inferiores ao limite legal de 3 (três) dias para firmas
individuais e sociedades limitadas e de 10 (dez) dias para sociedades anônimas.
Atualmente, a maioria das Juntas Comerciais dos estados arquiva os documentos
das empresas em 24 horas (SISTEMA FÁCIL, 2009).
A eficiência alcançada pelas Juntas Comerciais, entretanto, não soluciona a
necessidade do empresário colocar a sua empresa em funcionamento em curto
prazo, porque a Junta Comercial dá à empresa apenas a personalidade jurídica,
mas para que ela possa funcionar é necessário que esteja inscrita no (CNPJ), que
lhe condições de comprar mercadorias, inscrita no cadastro fiscal do estado ou
do município, que lhe dá direito a emitir notas fiscais, pode comprar e vender
mercadorias e serviços, e estar regular quanto a sua localização e funcionamento.
Pensando nessas questões, o DNRC criou o projeto Centrais de Atendimento
Empresarial – FÁCIL como uma alternativa que superasse as dificuldades existentes
e oferecesse solução para o empresário constituir sua empresa e começar a operar
em curto prazo e com custos reduzidos.
A Central Fácil foi implantada inicialmente em 1996 na Junta Comercial do
Distrito Federal, e tem por função a prestação de serviços de: registro e legalização
de empresas (comerciais e civis); e de apoio à criação, registro e legalizão,
manutenção e desenvolvimento de empresas (SISTEMA FÁCIL, 2009). Esse projeto
foi escolhido pelo MARE e pela ENAP como um dos vencedores do Concurso
Nacional de Experiências Inovadoras de Gestão na Administração Pública Federal,
PRÊMIO HÉLIO BELTRÃO, no ano de 1998.
44
As atividades, desenvolvidas segundo a nova filosofia de atendimento, foram
organizadas em dois ambientes de prestação de serviços independentes e
complementares dispostas em dois cleos: Núcleo de Orientação e Informação e
Núcleo Operacional.
O Núcleo de Orientação e Informação oferece os serviços de:
a) informões e orientações completas sobre o registro e a legalização da empresa;
b) a pesquisa de nome empresarial;
c) as pesquisas fiscais sobre o titular, sócios e empresas de que participem;
d) orientação sobre enquadramento na condição de Microempresa (ME) ou Empresa
de Pequeno Porte (EPP).
Esse conjunto de serviços permite que o futuro empresário, as as
orientações e informões prévias recebidas e as consultas efetuadas aos órgãos
envolvidos, esteja apto a tomar a decisão de ingressar ou não com processo,
visando à constituição da empresa e, inclusive, fazê-lo sem a utilizão de serviços
de terceiros.
No Núcleo Operacional é aonde o protocolo do pedido de registro e
legalização é efetuado, em processo único, que contém os documentos que
atendem aos diversos órgãos. Isso simplifica e reduz tanto a documentação quanto
o trabalho do usuário.
A clientela da Central é constituída pelos próprios empresários (potenciais ou
empresários) e seus prepostos (profissionais que atuam na prestação de serviços
de registro e legalização de empresas).
A possibilidade de obtenção do registro e da legalização da empresa em
prazo curto não se limita aos processos formados pelo próprio empresário. A nova
rotina referente ao processo global beneficia também os que se utilizam dos serviços
de intermediários como a classe contabilista, uma vez que as pesquisas prévias e as
orientações que viabilizam o atendimento com rapidez foram, também, colocadas à
disposição dos profissionais que atuam na área, permitindo que façam certo da
primeira vez (SISTEMA FÁCIL, 2009).
Além da implantação da Central Fácil, na década de 1990, com a assinatura
da Instrução Normativa nº. 200 da Receita Federal do Brasil que instituiu em 1998 o
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), que substituiu o Cadastro Geral de
Contribuintes (CGC), o país demonstra a busca pela simplificação dos
procedimentos cadastrais no âmbito das três esferas de governo.
45
No entanto, o marco inicial da integração de serviços públicos para registro e
legalização de empresas foi a Emenda Constitucional nº. 42 que introduziu em
dezembro de 2003 o inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal de 1998,
determinando que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios atuem de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e informações fiscais.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão
de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e
de informações fiscais, na forma da lei ou convênio (CONSTITUIÇÃO
FEDERAL/88).
A discussão pela simplificação dos procedimentos ganhou força com a
publicação, pelo Banco Mundial, do relatório Doing business/2004” que apresentou
o levantamento do prazo para registro e legalização de empresas e negócios em
107 (cento e sete) países. À época, a pesquisa apresentada no relatório, informou
que no Brasil uma empresa demorava até 152 (cento e cinquenta e dois) dias para
estar legalizada e autorizada a funcionar.
A partir desse marco, o Governo Federal e o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), promoveram diversos eventos para discutir
com os órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos no processo de
legalização de empresas, alternativas para reduzir o prazo divulgado.
Os novos marcos regulatórios da simplificação de serviços públicos no Brasil,
que serão delineados a seguir, refletem os esforços dos entes envolvidos, no sentido
de facilitar a regularidade das empresas.
2.3.1 Os Marcos Regulatórios da Simplificação: Lei Geral e REDESIM
Em atendimento a determinação Constitucional para que os órgãos
responsáveis por cadastros tributários atuem de forma integrada, foi realizado em
julho de 2004, o I Encontro Nacional de Administradores Tributários (ENAT), que
reuniu os titulares das administrações tributárias nas três esferas de Governo, e teve
46
como objetivo a busca de soluções que possibilitassem integrar e compartilhar
informações fiscais e cadastrais.
A Receita Federal do Brasil (RFB) iniciou o processo de simplificão ao
implantar em julho de 2004 o Cadastro Sincronizado Nacional, que é a integração
mediante convênio, dos procedimentos cadastrais de pessoas jurídicas e demais
entidades nas esferas das administrações tributárias, além de outros órgãos e
entidades responsáveis pelo registro e legalização no processo de abertura de
empresa.
No II encontro em 2005, foi assinado o Protocolo de Cooperação ENAT nº.
01/2005, no qual os signatários se comprometeram esforçarem-se mutuamente para
integrar o sistema de cadastro sincronizado, as Juntas Comerciais, os Cartórios de
Pessoas Jurídicas, os órgãos da Administração Tributária, e demais entidades que
participem do processo de formalização e legalização de entidade e regulação de
atividades econômicas (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2008).
Na década atual, a Lei Geral de Micro Empresas (ME) e Empresas de
Pequeno Porte (EPP) LC nº. 123/2006 e a Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios no país (REDESIM) Lei
11.598/2007 são os marcos regulatórios de simplificação para a abertura de
empresas e negócios no país.
A Lei Complementar nº. 123/2006, instituiu o Estatuto Nacional da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Este estatuto abrange, além da parte
tributária (que é o Simples Nacional), o tratamento diferenciado que a microempresa
e a empresa de pequeno porte terão em relação:
- compras públicas (acesso aos mercados – art. 42 ao 49),
- simplificação das relões de trabalho (art. 50 ao 54),
- fiscalização orientadora (trabalhista, metrológica, sanitária, ambiental e de
segurança – art. 55),
- associativismo (art. 56),
- estímulo ao crédito e capitalização (art. 57 ao 63), e à inovação (art. 64 ao 67).
O tributo criado por este estatuto recebeu a denominação de “Simples
Nacional” e substituiu, a partir de 01.07.2007, o “Simples Federal” que contemplava
apenas os tributos federais (Lei nº. 9.317/1996).
O capítulo destinado ao Simples Nacional, estabelece normas gerais relativas
ao tratamento tributário diferenciado e favorecido a ser dispensado às
47
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação de tributos
e contribuições, inclusive obrigações acessórias. A simplificação e tratamento
diferenciado instituídos por este regime não contempla as médias e grandes
empresas. Determinadas atividades ou formas societárias também foram impedidas
de aderir a este regime (LEI COMPLEMENTAR Nº. 123/2006).
Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade
empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº.
10.406/2002, o Código Civil, devidamente registrado no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que
sejam obedecidos a cada ano-calendário, os valores da receita bruta pré-
estabelecidos.
Foram consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e
empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo Simples Federal (Lei
9.317/1996), salvo as que estavam impedidas de optar por alguma vedação imposta
pelo novo regime.
São condições indispensáveis à opção pelo Simples Nacional: não possuir
débitos para com os fiscos federal, estadual ou municipal; não possuir pendências
cadastrais para com os fiscos federal, estadual ou municipal; ter auferido receita
bruta no ano anterior até o limite definido na lei como teto.
O recolhimento dos tributos neste regime é efetuado através do Documento
de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Com uma única guia, a empresa estará
recolhendo 8 (oito) tributos de competência das três esferas de governo.
Foi concedido, para ingresso no regime diferenciado e favorecido do Simples
Nacional, parcelamento, em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas,
dos débitos relativos aos tributos e contribuições previstos neste regime, de
responsabilidade da microempresa ou empresa de pequeno porte e de seu titular ou
sócio, relativos a fatos geradores ocorridos até 31 de janeiro de 2006 (LEI
COMPLEMENTAR Nº. 123/2006).
Por ser uma Lei recente, de abrangências das três esferas de governo, e com
fins de assegurar a sua aplicabilidade, foi criado um ComiGestor que é composto
por representantes dos três entes envolvidos, para dirimir as dúvidas e dar
tratamento equânime as situações, através de atos normativos e alterações na
legislação.
48
Em dezembro de 2008 a Lei Complementar nº. 128/2008 trouxe mudanças
significativas à LC 123/2006, dentre elas destaca-se:
- a obrigatoriedade de obediência à alíquota que o prestador estiver enquadrado,
para os casos de retenção na fonte do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISSQN);
- surgiu o Micro Empreendedor Individual (MEI), com vigência a partir de 01/07/2009.
Abre-se um espaço para explanar melhor o MEI, que segundo a ele poderão
ser enquadrados sob esta titulação as pessoas físicas que possuam no máximo um
empregado e tenham faturamento anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
As discussões empreendidas pela Federação Nacional das Empresas de
Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e
Pesquisas (FENACON), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), SEBRAE,
DNRC, RFB, em defesa da criação do MEI apontam no sentido de que seu objetivo
é tirar da informalidade os profissionais autônomos que pelo porte do negócio não
conseguem constituir uma empresa e trabalhar de forma regular. Sob este regime os
órgãos responsáveis pelo registro e cadastros mobiliários deverão fazê-los sem
custas e poderão recolher um valor fixo estimado/mês e estar regularizado com
todos os tributos.
Complementar à lei que instituiu a nova forma de tributação de ME, EPP, e
MEI, foi aprovada a Lei nº. 11.598/2007, que criou a REDESIM, em vigência desde
dezembro de 2007, estabelece os procedimentos mínimos necessários para abrir e
fechar uma empresa no País. Foi pensada para facilitar o registro e legalização de
empresas e negócios e sua abrangência é maior, pois não restringe o porte da
empresa para que seja beneficiada com a simplificação proposta.
Propõe o cadastro compartilhado de dados fiscais entre as três esferas de
governos, mantendo-se a autonomia das mesmas. Para que se efetive a adesão,
faz-se necessário ajuste na legislação interna e convênio entre as esferas, de forma
que o empreendedor possa ser atendido com um único processo e que as regras de
cada órgão sejam respeitadas.
O cadastro sincronizado implantado em 2004 coordenado pela Receita
Federal, e o cadastro compartilhado instituído pela lei que criou a REDESIM em
dezembro de 2007, coordenado pelo Departamento Nacional de Registro Comercial
(DNRC) através das Juntas Comerciais, são projetos federais e tem o mesmo
49
objetivo que é o de desburocratizar o processo de regularização de empresas no
país.
Com fins de reduzir os gastos desnecessários ao empresário, a Lei determina
que as pesquisas prévias à constituição ou alteração de empresas sejam suficientes
para informar ao usuário pelos órgãos e entidades competentes:
- a confirmação de endereço,
- a possibilidade de exercer as atividades no local escolhido, e
- o uso do nome empresarial pretendido.
De acordo com o Diretor do DNRC, órgão ligado ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que repassa e fiscaliza o
cumprimento dos atos federativos das Juntas Comerciais brasileiras, “A criação da
REDESIM pretende resolver a questão da burocracia para abertura, alteração e
baixa de empresa, simplificando e racionalizando o processo e objetivando a
redução de custos e prazos”. (ANTÔNIO, 2008, p.1).
A Junta Comercial é o órgão integrador que fará o atendimento ao empresário
para registro e legalização de empresas, através das Centrais de Atendimento
Empresarial (FÁCIL) que serão as unidades de atendimento presencial da
REDESIM, e deverão ser instaladas preferencialmente nas capitais. É encarregada
de receber e arquivar a documentação, devendo disponibilizar os dados mediante
convênio, por meio eletrônico para os demais órgãos que deverão atuar na
legalização do empreendimento com base nas informações recebidas (LEI Nº.
11.598/2007).
A Junta Comercial do Estado de Rondônia destaca os benefícios desta Lei,
ao publicar que para o cidadão uma expressiva redução no esforço e custo para
o registro e legalização de empresas, alteração e baixa, e para a administração
pública há uma racionalização e aprimoramento de tarefas (JUCER, 2008).
Para analisar o estágio da integração, trocar experiências, divulgar resultados
relevantes e delinear melhorias necessárias ao aprimoramento das ações, em
agosto de 2008 foi realizado pelo SEBRAE, Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI) e FENACON em Brasília, o II Workshop de “Simplificão para
Abertura de Empresas e Negócios”.
No evento, representantes dos estados de São Paulo, Santa Catarina,
Maranhão, e Rondônia, apresentaram como está o processo de integração, seja
50
utilizando o cadastro compartilhado proposto pela REDESIM, ou o cadastro
sincronização gerenciado pela Receita Federal do Brasil.
Ainda neste Seminário foram formados seis grupos de trabalho para discutir
sobre o processo de registro conforme a Lei da REDESIM, com o foco apenas na
abertura e funcionamento de empresas. Os relatos de experiências diárias dos
participantes serviram para consolidar ao final, as impressões e sugestões de
melhoria que minimize os principais fatores críticos relacionados a:
- pesquisas e consultas prévias;
- registro e inscrição fiscal (três esferas); e
- alvará (licenças e autorizações).
A proposta dos marcos regulatórios para a simplificação de serviços públicos
através da integração entre os órgãos responsáveis pelo registro e cadastro de
empresas nas três esferas de governo é um modelo novo que es sendo
desenhado e ajustado com a participação dos envolvidos no processo. Essa
participação tem acontecido através de normatização da legislação por Comitês
Gestores com a participação de técnicos dos ts entes envolvidos, fóruns de
discussão e seminários nacionais, regionais e locais organizados e coordenados
pelos órgãos DNRC, FENACOM, RFB, SEBRAE, e coordenadores do Simples
Nacional e REDESIM nas Secretarias Estaduais e Municipais de Fazenda.
Para sintetizar o eixo teórico que compõe este capítulo, baseando-se em
Santomé (1998), inicialmente desenvolveu-se uma rede de idéias sobre o assunto,
agrupadas por relação de proximidade temática formando uma rede de subsistemas,
apresentada na figura 2.
51
Figura 2 – Rede de subsistemas para construção de um trabalho sobre a
integração de serviços públicos
Fonte: adaptada de Santomé (1998, p. 235).
A figura 2 foi construída para resumir a discussão do eixo teórico, a partir da
junção de palavras relacionadas sobre o tema central da pesquisa que é a
integração de serviços públicos como modelagem à simplificão do oferecimento
dos serviços obrigatórios para o registro e legalização de empresas nas capitais da
região norte.
SIMPLIFICAÇÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS
Emenda Constitucional Nº 42
Lei Complementar 123/2006
Lei 11.598/2007 - REDESIM
Convênio entre Órgãos
Cadastros Compartilhados e
Sincronizados
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESPÚBLICA
Consultas Prévias
Cadastros Atualizados
Registros, Inscrições, Licenças e
Autorizações Integrados
INTEGRAÇÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS
Paradigmas
Reformas Administrativas
Desburocratização
Infra-Estrutura
Parcerias
Transparência
Eficiência
Redução de Custo para os
Órgãos
MARCOS
REGULATÓRIOS
SERVIÇOS
PÚBLICOS
SIMPLIFICAÇÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS
Emenda Constitucional Nº 42
Lei Complementar 123/2006
Lei 11.598/2007 - REDESIM
Convênio entre Órgãos
Cadastros Compartilhados e
Sincronizados
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESPÚBLICA
Consultas Prévias
Cadastros Atualizados
Registros, Inscrições, Licenças e
Autorizações Integrados
INTEGRAÇÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS
Paradigmas
Reformas Administrativas
Desburocratização
Infra-Estrutura
Parcerias
Transparência
Eficiência
Redução de Custo para os
Órgãos
MARCOS
REGULATÓRIOS
SERVIÇOS
PÚBLICOS
52
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo tem o objetivo de definir o tipo, o lucus, as variáveis da
pesquisa. E ainda, descrever os meios de investigação utilizados.
3.1 Locus da Pesquisa
O estudo foi delimitado para:
- os responsáveis pelo registro de Empresas nas Juntas Comercias das capitais, por
serem os órgãos responsáveis pelo registro de empresas e definidas na Lei
11.598/2007 (REDESIM) como o órgão integrador na operacionalidade de serviços
públicos; e
- os responsáveis pelos setores de cadastro de contribuintes da Receita Federal do
Brasil, das Secretarias Estaduais e Municipais de Fazenda.
Os órgãos responsáveis pelo registro e a legalização de empresas e negócios
integrantes das três esferas de governo localizados nas capitais da região norte,
compreendem o universo da pesquisa, num total de 28 (vinte e oito) unidades
pesquisadas. A região é formada pelos estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins.
3.2 Tipos e Desenho da Pesquisa
Existem várias classificações de pesquisa em ciência sociais. Neste trabalho
utilizou-se a classificação dada por Gil (2007 a,b), Siena (2007) e Marconi e Lakatos
(2000), os quais definem a pesquisa: quanto à natureza, a abordagem do problema,
os objetivos e os procedimentos técnicos.
Em relação à sua natureza, é uma pesquisa aplicada, pois tem como objetivo
gerar conhecimentos adicionais, a partir da integração de teorias existentes
(SIENA, 2007).
Quanto à forma de abordagem do problema, é quali-quantitativa.
A pesquisa é qualitativa porque compreendeu a análise de dados que não são
numéricos como: legislação, tipos de serviços, e as unidades de pesquisa, e
53
segundo Richardson (2007), este tipo de pesquisa pode ser caracterizada como a
tentativa de compreender detalhes dos significados e características das situações
apresentadas pelos entrevistados.
É quantitativa porque se utilizou a quantificação para coletar e tratar os dados
por meio de técnicas estatísticas. Ao final o resultado foi comparado entre as
unidades pesquisadas.
Quanto aos objetivos, é uma pesquisa descritiva, pois se objetivou a
obtenção de dados representativos de determinado fenômeno (integração vertical e
horizontal de serviçosblicos).
Conforme Gil (2007, p. 42), “Também o pesquisas descritivas aquelas que
visam descobrir a existência de associações entre variáveis, [...]. Algumas [...] vão
além da simples identificação da existência de variáveis, e pretendem determinar a
natureza dessa relação.
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa classifica-se como
documental e de levantamento. Documental pois foi analisada a legislação vigente
acerca do assunto. E segundo Vergara (2007), este tipo de pesquisa é realizado em
documentos conservados no interior de órgão públicos e privados de qualquer
natureza.
De levantamento, pois este tipo de pesquisa envolve a integração direta de
pessoas, grupos, e de modo geral propicia uma visão estática do fenômeno
estudado (GIL, 2007; SIENA, 2007).
Sob o aspecto temporal a perspectiva da pesquisa é transversal, isto é, as
variáveis foram analisadas em um momento específico do tempo. Buscou-se tirar
uma radiografia do processo de integração dos serviços públicos proposta pela
REDESIM até o mês de março/2009.
3.3 Operacionalização da Pesquisa
O presente estudo se desenvolveu em três etapas sequenciais e
dependentes:
1) proposição de variáveis;
2) ponderação (peso relativo) das varveis; e
3) aplicação da pesquisa e comparação dos resultados.
54
Na fase inicial, por meio de pesquisa documental foi feito o levantamento dos
principais conceitos sob a abordagem de teóricos que escrevem sobre
administração blica e oferecimento de serviços públicos para definir o arcabouço
teórico do trabalho. Pesquisou-se a legislação vigente sobre o registro e legalização
de empresas no Brasil, que permitiu definir as varveis da pesquisa.
Na segunda fase da pesquisa foi elaborado um questionário e respondido por
especialistas no assunto. A opção por consultar os 7 (sete) profissionais que atuam
no processo de integração justifica-se pelo conhecimento e experiência dos mesmos
que foram painelistas do II Workshop de Simplificação para Abertura de Empresas e
Negócios que aconteceu em Brasília agosto/2008, sendo eles: Coordenador do
Sistema Integrado de Administração Municipal da Confederação Nacional dos
Municípios que apresentou a melhoria dos municípios do ambiente de negócios;
Representante da Secretaria de Finanças do Estado de Rondônia que a apresentou
o cadastro compartilhado com a expedição do Alvará Provisório no ato de registro
comercial, estadual e inscrição no CNPJ; Diretor cnico do SEBRAE de Alagoas
que apresentou o tema centrais fáceis e a experiência da Central Fácil de Alagoas;
Representante da Secretaria de Fazenda do Maranhão que apresentou a
experiência do estado com o cadastro sincronizado; Assessoria da Coordenação
Geral de Política Tributária da Receita Federal do Brasil, que apresentou a
importância do órgãos públicos e privados utilizarem o digo Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) Fiscal; Coordenador Especial de Gestão de
Cadastro da Receita Federal do Brasil que apresentou as particularidades do
processo de registro e legalização, sob a ótica da Receita; e Representante do
Movimento Brasil Competitivo que apresentou o Índice de Competitividade Estadual
(ICE-F). Dos sete, cinco responderam à pesquisa.
A eles foi solicitado que classificassem as variáveis apresentadas por ordem
decrescente de importância para a integração e simplificação dos serviços públicos
de abertura de empresas. As respostas foram tabuladas e serviram para definir o
peso das variáveis. Este peso serviu para construir as matrizes da integração e
pontuar os questionários da pesquisa na fase três.
Na terceira fase da pesquisa, foram aplicados os questionários para 28 (vinte
e oito) representantes dos órgãos responsáveis pelo registro e legalização de
empresas nas três esferas de governo nas capitais da região norte. Pela
especificidade dos serviços, existe uma representação de cada órgão por município.
55
Assim sendo, fizeram parte da população 07 municípios, vezes 04 (quatro) órgãos
por município, perfazendo um total de 28 (vinte e oito) unidades pesquisadas.
Por fim, os dados coletados na terceira fase, uma vez tratados foram comparados
entre as capitais.
3.4 Definição de Variáveis
Os serviços públicos considerados como variáveis da pesquisa são aqueles
que compreendem o registro e a legalização de empresas.
Foram consideradas apenas as variáveis comuns aos municipios pesquisados
nas esferas estadual e municipal. Pela autonomia individual, ao legislar sobre
matéria tributária cada ente deve obedecer às normas gerais de Direito Tributário e
observar às peculiaridades locais. Em âmbito nacional, estados e municípios exigem
determinadas licenças que não são comuns aos demais.
Para identificar e definir as variáveis foi adotada a abordagem do Diamante da
Competitividade de Michel Porter (PORTER, 1993), que sintetiza em quatro eixos
seguintes a explicação para se medir a produtividade de uma nação ou (região):
- condições de fatores que significa a posição ocupada nos fatores de produção,
como trabalho especializado ou infra-estrutura;
- condições de demanda é a natureza da demanda interna para os produtos ou
serviços;
- indústrias correlatas e de apoio – é a presença ou a ausência de indústrias
abastecedoras e correlatas;
- estratégia, estrutura e rivalidade das empresas a condição que no país,
governam a maneira pela qual as empresas são criadas, organizadas e dirigidas,
aliado a natureza da rivalidade interna.
Para definir o Índice de Competitividade das Unidades da Federação
Fatores (ICE-F), em 2006 o Movimento Brasil Competitivo (MBC), utilizou apenas o
eixo “Condições de Fatores”. Porter (1993) dividiu este eixo em cinco categorias
denominadas de grupos: recursos humanos, recursos físicos, recursos de
conhecimento, recursos de capital e, infra-estrutura.
Por considerar a metodologia adequada à pesquisa que objetivou identificar e
analisar o grau de integração de serviços públicos entre capitais, neste trabalho foi
56
utilizado tamm o eixo Condições de Fatoresdo diamante da competitividade,
sendo este eixo composto por cinco grupos (categorias) e para identificar as
variáveis da pesquisa e mensurar o grau de integração, foram utilizados dois dos
cinco grupos (categorias) propostos conforme o quadro 3:
Recursos Humanos -
Recursos de Conhecimento Recursos de Conhecimento
Infra-Estrutura Infra-Estrutura
Recursos de Capital -
Recursos Físicos -
Porter Grau de Integração
Grupos (Categorias)
Quadro 3: Grupos definidos da pesquisa
Fonte: Michael E. Porter, 1993, p.91-92.
Após identificadas, as variáveis foram dispostas nos grupos que definiu o grau
de integração dos serviços públicos para abertura de empresas. A definição desse
grupo de acordo com Porter (1993) é:
- recursos de conhecimento (referem-se ao estoque que o país tem de
conhecimentos científicos, técnicos e de mercado, relativos a bens e serviços); e
- infra-estrutura (refere-se à quantidade e a qualidade da infra-estrutura disponível,
inclusive o sistema de comunicações).
Na figura 3 as variáveis da pesquisa foram dispostas obedecendo à
classificação das mesmas aos grupos (categorias).
57
Figura 3 – Estrutura da matriz de pesos da integração de serviços públicos
Fonte: adaptada do Relatório Executivo Índice de Competitividade Estadual - Fatores (ICE-F), 2006,
p.08.
A categoria Recursos de Conhecimento foi segmentada nos subgrupos
orientação e informão com as variáveis relativas a consultas e informões
obrigatórias conforme os marcos regulatórios vigentes.
A categoria Infra-Estrutura foi segmentada em quatro subgrupos: registro,
inscrição, licenças e autorizações, compostos pelos serviços obrigatórios (variáveis)
definidas a partir dos serviços obrigatórios em cada órgão responsável pelo registro
e legalizão de empresas.
3.4.1 Definição Constitutiva e Operacional das Variáveis
A definição das variáveis teve como objetivo torná-las claras para não deixar
vidas ou margens de erro no momento da interpretação. Foram definidas de forma
constitutiva e operacional. A definição constitutiva compreende os conceitos
encontrados em dicionários ou outras fontes que esclarece de forma precisa,
definições gerais. O quadro 4, dispõe as variáveis da pesquisa e suas respectivas
definições constitutiva.
Recurso de
Conhecimento
Infra
Estrutura
Registro
- Registro Civil
- Registro Comercial
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- Estadual
- INSS
- Municipal
Orientação
- Manuais
Variáveis
Sub-
grupos
Grupos
Informação
Licenças
- Específicas
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente Estadual
- Meio Ambiente Municipal
- Saúde Estadual
- Saúde Municipal
Autorizações
- Alvará Provisório
Municipal
- Corpo de Bombeiros
Matriz da Integração
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
Recurso de
Conhecimento
Infra
Estrutura
Registro
- Registro Civil
- Registro Comercial
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- Estadual
- INSS
- Municipal
Orientação
- Manuais
Variáveis
Sub-
grupos
Grupos
Informação
Licenças
- Específicas
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente Estadual
- Meio Ambiente Municipal
- Saúde Estadual
- Saúde Municipal
Autorizações
- Alvará Provisório
Municipal
- Corpo de Bombeiros
Matriz da Integração
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
58
01 Alvará Provisório Municipal
É uma autorização condicionada ao funcionamento e a instalação de atividade
econômica de baixo risco, para posterior regularização definitiva.
02
Autorização do Corpo de Bombeiros
É uma autorização indispensável á legalização de empresas e negócios por garantir
que o imóvel possue aprovação do sistema de segurança contra incendio e
evacuação de pessoas e de seus bens.
03 Cadastro na Caixa Econômica Federal
É um serviço bancário com vículação ao Ministério do Trabalho uma vez que
disponibiliza a consulta, recolhimento e resgate do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviços devido ao trabalhador contratado sob o Regisme Celetista.
04 Cadastro no INSS
Cadastro Específico no INSS - CEI é obrigatório para todas as pessoas sicas ou
jurídicas que sejam responsáveis pelo recolhimento das contribuições devidas à
Seguridade Social.
05 Confirmação de Endereço
Faz parte das consultas prévias instituidas no projeto Central de Atendimento
Empresarial Fácil e Lei que cria a Redesim e garantem ao empresário que o
endereço definido no seu contrato de constituição da sociedade está de acordo
com o constante no Cadastro Imobiliário Municipal.
06
Exercício no Local pretendido
Faz parte das consultas prévias instituidas no projeto Central de Atendimento
Empresarial Fácil e Lei que cria a Redesim e garantem ao empresário a
possibilidade exercer sua atividade no local pretendido, evitando custo caso seja
indeferido seu processo após a formalização de contratos e aluguéis de imóveis.
07
Inscrição Estadual
É o registro do contribuinte no cadastro do ICMS mantido pela Receita Estadual.
Com a inscrição, o contribuinte do ICMS passa a ter o registro formal do seu
negócio, junto à Receita Estadual do Estado onde está estabelecido.
08
Inscrição no CNPJ
O CNPJ é o cadastro administrado pela Receita Federal do Brasil que registra as
informações cadastrais das pessoas jurídicas e de algumas entidades o
caracterizadas como tais.
09
Inscrição Municipal
É o cadastro de pessoas físicas (profissionais autonômos) e jurídicas que exercem
atividades no município, sujeitas ao pagamento do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISSQN ou das Taxas Mobiliárias.
10
Licenças Específicas
Servem para regular determinadas atividades comerciais que dependem de
Licença específica de órgãos federais como por ex. Empresa de vigilância que
precisa de uma Licença do Ministério do Exército.
11
Licença de Funcionamento
Visam garantir a observancia da lei de uso e parcelamento do solo e o efetivo
exercício da atividade.
12
Licença de Meio Ambiente Estadual
Para assegurar que a atividade prevista na legislação como de risco, seja exercida
com garantia à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental
propícia a vida no âmbito estadual.
13
Licença de Meio Ambiente Municipal
Para assegurar que a atividade prevista na legislação como de risco, seja exercida
com garantia à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental
propícia a vida no municipio.
14
Licença de Saúde Estadual
Para garantir que a atividade comercial a ser exercida sujeita a tributação estadual
garanta a proteção à saúde dos habitantes.
15
Licença de Saúde Municipal
Para assegurar que a atividade comercial a ser exercida sujeita a tributação
municipal garanta a proteção à saúde dos habitantes.
16
Manuais
Servem para divulgar informações e orientações completas sobre a legislção,
normas e procedimentos necessários para o processo de registro e legalização de
empresas.
17
Registro Civil
É o registro dos atos constitutivos das sociedades simples em geral, bem como
suas posteriores alterações.
18
Registro Comercial
Definido conforme a Lei 8.934/1994 e serve para: dar garantia, publicidade,
autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis;
cadastrar e manter atualizados os cadastros de empresas nacionais e estrangeiras
em funcionamento no pais; proceder a matricula e o cancelamento dos agentes
auxiliares do comércio.
19
Uso do Nome Empresarial
Faz parte das consultas prévias instituidas no projeto Central de Atendimento
Empresarial Fácil e Lei que cria a REDESIM e garantem ao empresário a certeza
de poder utilizar a razão social pretendida antes de formalizar o contrato de
constituição da sociedade.
VARIÁVEL DEFINIÇÃO CONSTITUTIVA
Quadro 4 – Definição constitutiva das variáveis.
Fonte: Elaborado pela autora.
59
As definições apontadas quadro 4 foram extraídas da legislação vigente que
dispõe sobre o registro e a legalização de empresas. Essas variáveis foram
agrupadas por órgão responsável, no subitem 3.6.
A definição operacional significa traduzir em conteúdo prático o que foi
teoricamente definido, ou torná-los passíveis de observação e mensuração.
Na fase 2 da pesquisa as variáveis foram classificadas como ordinais pois
além de classificá-las por categorias denominadas recursos de conhecimento e de
intra-estrutura, após a tabulação das respostas, expressaram uma ordem
hierárquica considerando a maior frequência relativa (média ponderada). Exemplo:
para cada uma das dezenove variáveis de estudo foi encontrado o peso relativo a
partir da hierarquia dada por cada um dos especialistas que responderam o
questionário fazendo a classificação das mesmas.
Na fase 3 da pesquisa as variáveis foram classificadas de dois tipos
diferentes: nominais e ordinais (SIENA, 2007). Nominais porque todas elas
receberam respostas “SIMou NÃO” para as perguntas sobre a integração nas três
esferas de poder (federal, estadual e municipal). Ordinais porque apenas as
variáveis que receberem respostas SIM foram pontuadas; e foram comparados os
dados apresentados nas questões abertas e os resultados da integração entre as
capitais.
A simplificação foi medida pela integração vertical proposta pela (REDESIM) e
horizontal dos órgãos responsáveis pelo oferecimento nas três esferas de governo, a
partir de um conjunto de variáveis que compreendem os serviços oferecidos para
regularizar uma empresa no país.
3.5 Coleta de dados
A coleta de dados foi efetuada em duas fases:
- a primeira para ponderação (peso relativo) das variáveis (serviços) que compõem a
integração vertical e horizontal, e
- a segunda, para a aplicação dos questionários aos representantes dos órgãos
responsáveis pelo registro e a legalização de empresas nas capitais da região norte.
Em relação aos instrumentos de coleta, foram adotados questionários com
questões mistas, que segundo Vergara (2007), caracteriza-se por uma série de
60
questões apresentadas por escrito ao respondente, no qual este faz escolhas ou
pondera diante de alternativas apresentadas.
Na primeira fase foi elaborado um questionário contendo os 19 (dezenove)
serviços passíveis de integração, dispostos em ordem nurica conforme (Apêndice
A), no qual foi solicitado que de acordo com conhecimento profissional,
classificassem os serviços em ordem decrescente do mais importante para o menos
importante no processo de integração. Esse questionário foi respondido por
especialistas no assunto.
Na segunda fase da coleta de dados foram elaborados quatro
questionários, (Apêndices B, C, D, E).
O questionário 1: Apêndice B, composto por 10 (dez) perguntas foi
encaminhado aos representantes da REDESIM nas Juntas Comerciais das capitais
da região norte do Brasil. As respostas serviram para:
a) medir o grau de integração vertical (perguntas 1 e 2);
b) conhecer o prazo para registrar uma empresa (pergunta 3);
c) conhecer o quantitativo de empresas registradas com domicilio na capital no
período de 2005 a 2008 (pergunta 4);
c) auxiliar na interpretação e descrição dos resultados (perguntas de 5 a 10).
O questionário 2: Apêndice C, composto de 02 (duas) perguntas foi
encaminhado às Delegacias da Receita Federal do Brasil nas capitais da região
norte. A tabulação das respostas permitiu definir o grau de integração horizontal
dos órgãos federais no oferecimento de serviços obrigatórios à legalizão de
empresas.
O questionário 3: Apêndice D, composto de 02 (duas) perguntas, foi
encaminhado às Secretarias Estaduais de Finanças nas capitais da região norte. A
tabulação das respostas definiu o grau de integração horizontal dos órgãos
estaduais no oferecimento de serviços obrigatórios à legalização de empresas.
O questionário 4: Apêndice E, composto de 02 (duas) perguntas, foi
encaminhado às Secretarias Municipais de Fazenda nas capitais da região norte. A
tabulação das respostas definiu o grau de integração horizontal dos órgãos
municipais no oferecimento de serviços obrigatórios a legalização de empresas.
61
3.6 Tratamento dos Dados e Ferramentas para Análise dos Resultados
Definidas as varveis na primeira fase da pesquisa, inicia-se a segunda que
vem a ser a construção da Matriz de Pesos dos Serviços passíveis de integração. O
peso utilizado para cada um dos dezenove serviços (variáveis do estudo) foi
encontrado a partir da hierarquia dada por cada um dos especialistas.
Para se chegar à hierarquia dos serviços foi considerado o valor atribuído
inversamente proporcional à posição hierárquica. Utilizou-se a Técnica Nominal de
Grupo (TNG) que consiste em escolhas ordenadas (KING; SCHLICKSUPP, 1999).
Desta forma, as variáveis foram dispostas em ordem alfabética e foi solicitado que o
respondente classificasse por ordem decrescente de importância colocando o nº. 1
para o mais importante e o nº. 19 para o menos importante.
Para apurar o resultado considerou-se a pontuação máxima para o serviço
considerado mais importante e em ordem decrescente pontuou-se 1 para o serviço
considerado menos importante, conforme quadro 5.
1 5º 7º 10º 11º 12º 13º 1 1 16º 1 1 19º
2 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
Pontuação inversamente proporcional à posição hierárquica dada pelos
especialistas: Linha 2
Posição dos serviços atribuída pelos pesquisados: Linha 1
Linhas
Quadro 5 Classificação das variáveis após a tabulação das respostas fase 2
da pesquisa
Fonte: Elaborado pela autora a partir da metodologia sugerida por King; Schlicksupp (1999)
Para encontrar o Peso Individual (PI) dos dezenove serviços, e o Peso
Relativo (PR) de cada serviço, foram utilizadas as seguintes fórmulas:
PI
n1...n19
= ∑ pontos atribuídos pelos especialistas para cada serviço
PR
n1...n19
= PI sendo que ∑ PR = 1
∑ PI
Onde:
n1...n19
= aos serviços de um a dezenove que representam as variáveis
da pesquisa.
Encontrados os pesos relativos por serviços, estes foram dispostos na Matriz
por Categorias: Recursos de Conhecimento e Recursos de Infra-Estrutura.
62
Os pesos definidos nesta matriz foram utilizados para pontuar e definir a
Integração Vertical dos serviços públicos e a partir dela foram construídas as
matrizes de pesos por categoria e por esfera (federal, estadual e municipal)
considerando apenas os serviços específicos de cada uma.
O quadro 6 indica todas as variáveis (serviços) que compõem a integração
vertical com a sinalização em “X” do subgrupo a que pertence.
Orientação Informação Registro Inscrição Licenças Autorizações
1 -
Alvará Provisório Municipal
X
2 -
Autorização do Corpo de Bombeiros
X
3 -
Cadastro na Caixa Economica Federal
X
4 -
Cadastro no INSS
X
5 -
Confirmação de Endereço
X
6 -
Exercício no Local pretendido
X
7 -
Inscrição Estadual
X
8 -
Inscrição no CNPJ
X
9 -
Inscrição Municipal
X
10 -
Licenças Específicas
X
11 -
Licença de Localização e Funcionamento
X
12 -
Licença de Meio Ambiente Estdual
X
13 -
Licença de Meio Ambiente Municipal
X
14 -
Licença de Saúde Estadual
X
15 -
Licença de Saúde Municipal
X
16 -
Manuais
X
17 -
Registro Civil
X
18 -
Registro Comercial
X
19 -
Uso do Nome Empresarial
X
1
Total do Peso por Sub-grupo
Total do Peso por Grupo
Somatório dos Pesos
Variáveis (Serviços)
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Peso Relativo das Variáveis
Quadro 6 – Variáveis que compõem a integração vertical
Fonte: Elaborado pela autora
No quadro 7 dispõe as variáveis (serviços) que são oferecidos na esfera
federal.
63
Orientação Informação Registro Inscrição Licenças Autorizações
1 -
Cadastro na Caixa Economica Federal
X
2 -
Cadastro no INSS
X
3 -
Inscrição no CNPJ
X
4 -
Licenças Espeficas
X
5 -
Manuais
X X
Somatório dos Pesos 1
Total do Peso por Sub-grupo
Total do Peso por Grupo
Variáveis (Serviços)
Peso Relativo das Variáveis
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Quadro 7 – Variáveis que compõem a integração horizontal federal
Fonte: Elaborado pela autora
Para definir o Peso Relativo na Esfera Federal (PREF), dos serviços
constantes do Quadro 7 foi utilizada a seguinte fórmula:
PREF
n1...n5
= PREF sendo que PREF = 1
∑PREF
Onde:
n1...n5
= aos serviços de um a cinco da esfera federal.
No quadro 8 estão relacionadas as variáveis (serviços) que são oferecidos na
esfera estadual.
Orientação Informação Registro Inscrição Licenças Autorizações
1 -
Autorização do Corpo de Bombeiros
X
2 -
Confirmação de Endereço
X
3 -
Exercício no Local pretendido
X
4 -
Inscrição Estadual
X
5 -
Licença de Meio Ambiente Estdual
X
6 -
Licença de Saúde Estadual
X
7 -
Manuais
X
8 -
Registro Civil
X
9 -
Registro Comercial
X
10 -
Uso do Nome Empresarial
X
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Somario dos Pesos 1
Total do Peso por Sub-grupo
Total do Peso por Grupo
Variáveis (Serviços)
Peso Relativo das Variáveis
Quadro 8 – Variáveis que compõem a integração horizontal estadual
Fonte: Elaborado pela autora
64
Para definir o Peso Relativo na Esfera Estadual (PREE), conforme o Quadro 8
foi utilizada a seguinte fórmula:
PREE
n1...n10
= PREE sendo que PREE = 1
∑ PREE
Onde:
n1...n10
= aos serviços de um a dez da esfera estadual.
Especificamente para a esfera estadual quando forem obtidas as respostas
dos dois órgãos representativos dessa esfera, o peso relativo individual de cada
serviço será a média dos pesos relativos dados por cada um dos órgãos.
O quadro 9 apresenta as variáveis (serviços) que são oferecidos na esfera
municipal.
Orientação Informação Registro Inscrição Licenças Autorizações
1 -
Alvará Provisório Municipal
X
2 -
Confirmação de Endereço
X
3 -
Exercio no Local pretendido
X
4 -
Inscrição Municipal
X
5 -
Licença de Localização e Funcionamento
X
6 -
Licença de Meio Ambiente Municipal
X
7 -
Licença de Saúde Municipal
X
8 -
Manuais
X
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Somatório dos Pesos 1
Total do Peso por Sub-grupo
Total do Peso por Grupo
Variáveis (Serviços)
Peso Relativo das Variáveis
Quadro 9 – Variáveis que compõem a integração horizontal municipal
Fonte: Elaborado pela autora
Para definir o Peso Relativo na Esfera Municipal (PREM), conforme o Quadro
9 foi utilizada a seguinte fórmula:
PREM
n1...n8
= PREM sendo que ∑ PREM = 1
PREM
Onde:
n1...n8
= aos serviços de um a oito da esfera municipal.
Na terceira fase da pesquisa, as matrizes de pesos construídas na fase 2
foram utilizadas para definir o grau de integração vertical e horizontal dos serviços
públicos, sendo que somente foram pontuadas as variáveis que receberem resposta
SIM para as perguntas relativas a integração.
Para definir o Grau de Integração Vertical (GIV) e Horizontal Federal (GIHF),
Estadual (GIHE) e Municipal (GIHM), foram utilizadas as seguintes fórmulas:
65
GIV= ∑ RC
n1...n4
+IE
n1... n15,
onde: RC= Recurso de Conhecimento e IE= Infra-Estrutura.
GIHF= ∑ RC
n1
+IE
n1... n4,
GIHE= ∑ RC
n1...n4
+IE
n1... n6,
GIHM= ∑ RC
n1...n3
+IE
n1... n5,
onde: RC= Recurso de Conhecimento e IE= Infra-Estrutura e n= quantitativo
de variáveis dispostas nos grupos por esfera.
Após a definição do grau de integração vertical e horizontal, foi feita a
comparação entre os resultados das capitais pesquisadas.
66
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Conforme definido no capítulo três - Procedimentos Metodológicos, na
primeira fase da pesquisa foram definidas as variáveis utilizadas nas fases dois e
três. Nesse capítulo apresentam-se na sequência os resultados obtidos.
4.1 Resultado da Fase Dois: construção das matrizes de pesos
Nesta fase foram construídas as matrizes de peso da integração vertical e
horizontal.
Apresenta-se no quadro 10 a ordem de importância das variáveis dada pelos
especialistas.
*Ordem de
Importância
Peso
*Ordem de
Importância
Peso
*Ordem de
Importância
Peso
*Ordem de
Importância
Peso
*Ordem de
Importância
Peso
01 Alvará Provisório Municipal 17 3 5 15 6 14 3 17 10 10
59
02 Autorização do Corpo de Bombeiros 12 8 11 9 7 13 9 11 16 4
45
03 Cadastro na Caixa Econômica Federal 19 1 18 2 19 1 19 1 17 3
08
04 Cadastro no INSS 18 2 19 1 18 2 18 2 18 2
09
05 Confirmação de Endereço 13 7 4 16 9 11 4 16 2 18
68
06 Exercício no Local pretendido 14 6 3 17 10 10 12 8 3 17
58
07 Inscrição Estadual 5 15 9 11 4 16 7 13 7 13
68
08 Inscrição no CNPJ 4 16 8 12 3 17 5 15 8 12
72
09 Inscrição Municipal 6 14 7 13 5 15 6 14 9 11
67
10 Licenças Específicas 15 5 12 8 11 9 8 12 11 9
43
11 Licença de Localização e Funcionamento 11 9 13 7 15 5 15 5 12 8
34
12 Licença de Meio Ambiente Estadual 10 10 15 5 14 6 11 9 13 7
37
13 Licença de Meio Ambiente Municipal 8 12 14 6 13 7 14 6 14 6
37
14 Licença de Saúde Estadual 9 11 16 4 12 8 10 10 15 5
38
15 Licença de Saúde Municipal 7 13 17 3 16 4 13 7 19 1
28
16 Manuais 16 4 1 19 1 19 16 4 1 19
65
17 Registro Civil 2 18 10 10 17 3 17 3 6 14
48
18 Registro Comercial 1 19 6 14 2 18 1 19 5 15
85
19 Uso do Nome Empresarial 3 17 2 18 8 12 2 18 4 16
81
* Ordem de importância atribuída pelo Especialista
SEQ VARIÁVEIS
ESPECIALISTA 5 SOMA
DOS
PESOS
ESPECIALISTA 1 ESPECIALISTA 2 ESPECIALISTA 3 ESPECIALISTA 4
Quadro 10 – Variáveis na ordem de importância dada pelos especialistas.
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Em relação a todos os dados, cinco dos sete especialistas consultados
devolveram o questionário respondido, identificando, na opinião individual, a
hierarquia dos serviços em ordem de importância para a integração. Para tabular as
respostas, a pontuação dada como peso foi atribuída de forma inversamente
proporcional à ordem de importância, conforme Técnica Nominal de Grupo sugerida
por King; Schlicksupp (1999). Das dezenove variáveis, as consideradas como mais
67
importante individualmente pelos especialistas receberam pontuação dezenove e
assim sucessivamente até as que foram consideradas menos importante que
receberam pontuação um.
A tabulação das respostas individuais permitiu classificar as variáveis por
ordem de importância a partir da soma dos pesos, conforme apresentado no quadro
11.
18 Registro Comercial 01
85
0,089 8,95
19 Uso do Nome Empresarial 02
81
0,085 8,53
08 Inscrição no CNPJ 03
72
0,076 7,58
05 Confirmação de Endereço 04
68
0,072 7,16
07 Inscrição Estadual 05
68
0,072 7,16
09 Inscrição Municipal 06
67
0,071 7,05
16 Manuais 07
65
0,068 6,84
01 Alvará Provisório Municipal 08
59
0,062 6,21
06 Exercício no Local Pretendido 09
58
0,061 6,11
17 Registro Civil 10
48
0,051 5,05
02 Autorização do Corpo de Bombeiros 11
45
0,047 4,74
11 Licença de Localização e Funcionamento 12
43
0,045 4,53
15 Licença de Saúde Municipal 13
38
0,040 4,00
13 Licença de Meio Ambiente Municipal 14
37
0,039 3,89
14 Licença de Saúde Estadual 15
37
0,039 3,89
12 Licença de Meio Ambiente Estadual 16
34
0,036 3,58
10 Licenças Específicas 17
28
0,029 2,95
04 Cadastro no INSS 18
9
0,009 0,95
03 Cadastro na Caixa Econômica Federal 19
8
0,008 0,84
Peso
Relativo
(PR)
Peso %SEQ SERVIÇOS PÚBLICOS (INTEGRAÇÃO VERTICAL)
ORDEM DE
IMPORTÂNCIA
Soma dos
Pesos
(
∑ PI)
Quadro 11 – Peso individual e relativo das variáveis.
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Para encontrar o Peso Individual (PI) dos dezenove serviços, e o Peso
Relativo (PR) de cada serviço, foram utilizadas as seguintes fórmulas:
PI
n1...n19
= pontos atribuídos pelos especialistas para cada serviço
PR
n1...n19
= PI sendo que ∑ PR = 1
∑ PI
Onde:
n1...n19
= serviços de um a dezenove (variáveis da pesquisa)
Nos resultados apresentados, a partir da visão dos especialistas consultados,
o registro comercial é apontado como o serviço de maior importância para a
integração e o de menor importância é o cadastro na Caixa Econômica Federal.
68
O peso relativo que é o peso individual de cada variável, demonstrado no
quadro 11 foi utilizado para definir a Matriz de Integração Vertical dos serviços
públicos obrigatórios para o registro e legalização de empresas, conforme
apresentado na figura 4.
Figura 4 – Matriz de pesos das variáveis para integração vertical
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A figura 4 representa a matriz de peso relativo das dezenove variáveis que
comem a pesquisa. Foi construída após a tabulação das respostas do
questionário enviado aos especialistas. De acordo com os pesos relativos
encontrados na matriz vertical, o grupo Recursos de Conhecimento (composto de 4
variáveis), totalizou peso 0,29 e o grupo Infra-estrutura (com 15 serviços), 0,71.
Os pesos definidos nessa matriz foram utilizados para pontuar o questionário
1 da fase três da pesquisa (Apêndice B), enviado aos representantes do registro
comercial das Juntas Comerciais das sete capitais da região norte. A integração
vertical abrange todas as variáveis da pesquisa e a soma dos pesos é igual a 1
(um).
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,29
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,71
Registro
- Registro Comercial
- Registro Civil
0,089
0,051
Pesos
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- Estadual
- INSS
- Municipal
0,008
0,076
0,072
0,009
0,071
Orientação
- Manuais
0,068
Variáveis
Sub-
grupos
Grupos
Informação
0,072
0,061
0,085
Licenças
- Específicas
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente Estadual
- Meio Ambiente Municipal
- Saúde Estadual
- Saúde Municipal
0,029
0,045
0,036
0,039
0,039
0,040
Autorizações
- Alvará Provisório
Municipal
- Corpo de Bombeiros
0,062
0,047
Integração Vertical
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,29
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,71
Registro
- Registro Comercial
- Registro Civil
0,089
0,051
Pesos
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- Estadual
- INSS
- Municipal
0,008
0,076
0,072
0,009
0,071
Orientação
- Manuais
0,068
Variáveis
Sub-
grupos
Grupos
Informação
0,072
0,061
0,085
Licenças
- Específicas
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente Estadual
- Meio Ambiente Municipal
- Saúde Estadual
- Saúde Municipal
0,029
0,045
0,036
0,039
0,039
0,040
Autorizações
- Alvará Provisório
Municipal
- Corpo de Bombeiros
0,062
0,047
Integração Vertical
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
69
A partir dos pesos definidos nesta matriz, foram elaboradas as Matrizes da
Integração Horizontal por esfera de poder (Federal, Estadual e Municipal), conforme
figuras de 5 a 7. A pontuação das variáveis nas matrizes horizontais apresenta-se
maior que na matriz vertical, porque o somatório dos serviços de cada esfera
representa novamente 1 (um).
Figura 5 Matriz de pesos das variáveis para integração horizontal dos
serviços federais
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A figura 5 corresponde a matriz de pesos da Integração Horizontal Federal.
Para sua construção foi utilizado o somatório de peso individual por variável definido
no quadro 11. Para definir o Peso Relativo na Esfera Federal (PREF), foram
considerados apenas os serviços oferecidos nesta esfera, os quais apresentam nova
pontuação a partir do peso relativo individual dividido pelo somatório de pesos dos
cinco serviços, obtidos com a aplicação da seguinte fórmula:
PREF
n1...n5
= PREF sendo que ∑ PREF = 1
∑PREF
Onde:
n1...n5
= aos serviços de um a cinco da esfera federal.
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,36
Orientação Manuais
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,64
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- INSS
Licenças
- Específicas
Integração
Horizontal Federal
1
0,357
0,044
0,396
0,049
0,154
PesosVariáveisSub-
grupos
Grupos
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,36
Orientação Manuais
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,64
Inscrição
- Caixa Econômica Federal
- CNPJ
- INSS
Licenças
- Específicas
Integração
Horizontal Federal
1
0,357
0,044
0,396
0,049
0,154
PesosVariáveisSub-
grupos
Grupos
70
Figura 6 Matriz de pesos das variáveis para integração horizontal dos
serviços estaduais
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A figura 6 corresponde a matriz de pesos da Integração Horizontal Estadual.
Para sua construção foi utilizado o somatório de peso individual por variável definido
no quadro 11. Para definir o Peso Relativo na Esfera Estadual (PREE), foram
considerados apenas os serviços oferecidos nesta esfera, os quais apresentam nova
pontuação a partir do peso relativo individual dividido pelo somatório de pesos dos
dez serviços obtido com a aplicação da seguinte fórmula:
PREE
n1...n10
= PREE sendo que PREE = 1
∑ PREE
Onde:
n1...n10
= aos serviços de um a dez da esfera estadual.
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,46
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,54
Registro
- Registro Civil
- Registro Comercial
0,081
0,144
Pesos
Inscrição
- Estadual
0,115
Orientação
Manuais
0,110
VariáveisSub-
grupos
Grupos
Informação
0,115
0,098
0,138
Licenças
- Meio Ambiente
- Saúde
0,058
0,063
Autorização
- Corpo de Bombeiros
0,076
Integração Horizontal
Estadual
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,46
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,54
Registro
- Registro Civil
- Registro Comercial
0,081
0,144
Pesos
Inscrição
- Estadual
0,115
Orientação
Manuais
0,110
VariáveisSub-
grupos
Grupos
Informação
0,115
0,098
0,138
Licenças
- Meio Ambiente
- Saúde
0,058
0,063
Autorização
- Corpo de Bombeiros
0,076
Integração Horizontal
Estadual
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
- Uso do Nome
Empresarial
71
Figura 7 Matriz de pesos das variáveis para integração horizontal dos
serviços municipais
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A figura 7 corresponde a matriz de pesos da Integração Horizontal Municipal.
Para sua construção foi utilizado o somatório de peso individual por variável definido
no quadro 11. Para definir o Peso Relativo na Esfera Municipal (PREM), foram
considerados apenas os serviços oferecidos nesta esfera, os quais apresentam nova
pontuação a partir do peso relativo individual dividido pelo somatório de pesos dos
oito serviços, conforme a fórmula:
PREM
n1...n8
= PREM sendo que ∑ PREM = 1
∑ PREM
Onde:
n1...n8
= aos serviços de um a oito da esfera municipal.
Os pesos das variáveis apresentados nestas matrizes foram utilizados para
pontuar somente os serviços que estão integrados e assim, definir o grau de
integração.
A opção por consultar especialistas no assunto sobre a ordem hierárquica dos
serviços relativos à abertura de uma empresa, aí incluindo o registro e a legalizão
de acordo com a atividade a ser exercida, prende-se ao fato de que nem todos os
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,44
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,56
Pesos
Inscrição
- Municipal
0,154
Orientação - Manuais
0,149
VariáveisSub-
grupos
Grupos
Informação
0,156
0,133
Licenças
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente
- Saúde
0,099
0,085
0,087
Autorização
- Alvará Provisório
Municipal
0,136
Integração
Horizontal Municipal
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
Recurso de
Conhecimento
Peso Total= 0,44
Infra-Estrutura
Peso Total= 0,56
Pesos
Inscrição
- Municipal
0,154
Orientação - Manuais
0,149
VariáveisSub-
grupos
Grupos
Informação
0,156
0,133
Licenças
- Localização e
Funcionamento
- Meio Ambiente
- Saúde
0,099
0,085
0,087
Autorização
- Alvará Provisório
Municipal
0,136
Integração
Horizontal Municipal
1
- Confirmação de
Endereço
- Exercício no Local
Pretendido
72
serviços apresentados são obrigatórios para todas as empresas, tendo sido este o
motivo de pontuá-las igualmente.
Os especialistas consultados são representantes de órgãos responsáveis por
estes serviços que estão inseridos no processo de simplificação e que foram
convidados a palestrar no II workshop de simplificação para abertura de empresas
que aconteceu em Brasília em 2008.
A proposta é apresentar um modelo de construção de pesos de variáveis para
se definir o grau de competitividade entre municípios no processo de simplificação
de serviços necessários a abertura de empresas no país, proposto pela legislação
vigente na década atual.
4.2 Resultado da Fase Três: definão do grau de integração
A partir das matrizes de pesos construídas na fase dois, nesta fase foram
pontuadas as variáveis da pesquisa por unidade de análise.
Para definir o grau de integração dos serviços públicos obrigatórios para o
registro e a legalização de empresas nas capitais da região norte, foram enviados
por email, quatro questionários (Apêndices B a E) para os representantes dos vinte e
oito órgãos, que compõem o universo da pesquisa.
Na sequência são apresentados os resultados da Integração Vertical,
Horizontal e, Geral por unidade da federação pesquisada.
4.2.1 Resultado da Integração Vertical
A integração vertical significa os serviços oferecidos ao usuário diretamente
nas Juntas Comerciais ou nas Centrais de Atendimento Empresarial Fácil das
capitais que compõem a pesquisa, por ser este o órgão integrador definido na
REDESIM.
A tabela 1 apresenta as variáveis da pesquisa e a respectiva pontuação das
mesmas por capital pesquisada.
73
Tabela 1 - Resultado da integração vertical: pontuação por variável
AC
- - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,09
0,09
AM
0,07 - - 0,09 - - - - - 0,08 - - - - - - - - 0,09
0,32
AP
- - - 0,09 - 0,05 - - 0,07 0,08 - - - - - - - - 0,09
0,37
PA - 0,07 0,06 0,09 - - - - - 0,08 - - - - - - - - 0,09 0,38
RO 0,07 0,07 - 0,09 0,06 0,05 - - 0,07 0,08 - - - - - - - - 0,09 0,57
RR
0,07 0,07 0,06 0,09 0,06 0,05 - - 0,07 0,08 0,07 - - - - - 0,04 - 0,09
0,75
TO
0,07 - - 0,09 - - - - - 0,08 - - - - - - - - 0,09
0,32
GRAU DE INTEGRAÇÃO
Confirmação de Endereço
Cadastro no INSS
Inscrição Estadual
Autorização do Corpo de
Bombeiros
UF
Recursos de
Conhecimento
Uso do nome Empresarial
Infra-estrutura
L. de Meio Ambiente
Estadual
Registro Comercial
L.Saúde Municipal
Registro Civil
Licença de Localização e
Funcionamento
L.Saúde Estadual
Manuais
L. de Meio Ambiente
Municipal
Exercício no Local
Pretendido
Alvará Provisório
Municipal
Cad. Na Caixa Economica
Federal
Inscrição Municipal
Licenças Específicas
Inscrição no CNPJ
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Para construir a tabela 1 foram tabuladas as respostas obtidas nas queses
um e dois do questionário 1 da fase três da pesquisa enviado aos representantes do
registro comercial nas Juntas Comerciais das capitais. As variáveis que estão
pontuadas representam os serviços que são oferecidos diretamente ao usrio na
própria Junta ou na Central de Atendimento Empresarial – Fácil. Nessa tabela foram
inseridas todas as variáveis que representam os serviços oferecidos nas três esferas
de poder.
O gráfico 1 apresenta as variáveis que compõem o grupo recurso de
conhecimento, dispostas nos subgrupos orientação e informão. Nestes subgrupos
eso os serviços relativos as consultas prévias, proposta pela REDESIM, que
devem ser oferecidas gratuitamente ao usuário como forma de reduzir o tempo e
custo para regularizar uma empresa.
74
Integração Vertical: Recursos de
Conhecimento
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
AC AM AP PA RO RR TO
Uso do Nome
Empresarial
Exercício no Local
Pretendido
Confirmação de
Endereço
Manuais
Gráfico 1 – Integração vertical: recursos de conhecimento
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
No gráfico 1 as variáveis foram pontuadas conforme tabela 1. O resultado
apresenta dois extremos: das sete unidades da federação pesquisada, uma unidade
representada pela capital do estado de Roraima oferece todos os serviços que
compreende esse grupo e recebeu a pontuação máxima, e uma unidade
representada pela capital do estado do Acre não oferece nenhum desses serviços e
não pontuou.
O gráfico 2 apresenta as variáveis que compõem o grupo infra-estrutura,
dispostas nos subgrupos: registro, inscrição, licenças e autorização.
Integração Vertical: Infra-Estrutura
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
AC AM AP PA RO RR TO
Registro Comercial
Registro Civil
Lic. de Saúde Municipal
Lic. de Saúde Estadual
Lic. de Meio Ambiente Municipal
Lic. de Meio Ambiente Estadual
Licenças de Localização e
Funcionamento
Licenças Específicas
Inscriçao Municipal
Inscriçao no CNPJ
Inscriçao Estadual
Cadastro no INSS
Cad. Na Caixa Economica Federal
Autoriz. do Corpo de Bombeiros
Alvará Provisório Municipal
Gráfico 2 – Integração vertical: infra-estrutura
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
75
O gráfico 2 representa o resultado da pesquisa sobre a integração de quinze,
variáveis que comem os serviços obrigatórios para abrir uma empresa. O
resultado aponta novamente a capital do estado de Roraima como sendo a que
oferece mais serviços em um único local num total de sete serviços, e o estado do
Acre oferece somente o serviço específico do órgão que é o registro comercial.
O gráfico 3 representa o resultado geral da integração vertical individual por
variável. Eso dispostas as dezenove variáveis que compõem a pesquisa e foram
pontuadas conforme a tabela 1.
Integração Vertical Geral por Variável
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
AC AM AP PA RO RR TO
Registro Comercial
Registro Civil
Lic. de Saúde Municipal
Lic. de Saúde Estadual
Lic. de Meio Ambiente Municipal
Lic. de Meio Ambiente Estadual
Licenças de Localização e
Funcionamento
Licenças Específicas
Inscriçao Municipal
Inscriçao no CNPJ
Inscriçao Estadual
Cadastro no INSS
Cad. Na Caixa Economica Federal
Autoriz. do Corpo de Bombeiros
Alvará Provisório Municipal
Uso do Nome Empresarial
Exercício no Local Pretendido
Confirmão de Endereço
Manuais
Gráfico 3 – Integração vertical geral por variável
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico indica que a capital do estado de Roraima possui o maior número
de serviços integrados num total de onze e apresenta o maior grau de integração,
totalizando 0,75. A capital do estado de Rondônia, que aparece na segunda
colocação apresenta oito serviços integrados e totalizou 0,57. A capital do estado do
Acre oferece somente o serviço específico do órgão e totalizou 0,09.
A tabela 2 indica o resultado da integração vertical por grupo, e a colocão
geral por unidade pesquisada.
76
Tabela 2 – Resultado da integração vertical: pontuação por grupo
RR 0,75 0,29 0,46
RO 0,57 0,23 0,34
PA 0,38 0,22 0,16
AP 0,37 0,09 0,28
AM 0,32 0,15 0,17
TO 0,32 0,15 0,17
AC 0,09 0,00 0,09
Índice Colocação Índice Colocação
UF
Integração
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Índice Colocação
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A tabela 2 foi construída a partir da pontuação das variáveis nos grupos:
recursos de conhecimento e infra-estrutura. O resultado classifica as unidades
pesquisadas por grupo e o grau de integração vertical geral com a respectiva
colocação.
O gráfico 4 mostra a integração geral por grupo.
Integração Vertical por Grupos
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
AC
AM
AP
PATO
RO
RR
Conhecimento
Infra - Estrutura
Gráfico 4 – Integração vertical por grupos (categorias)
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
No gráfico 4, foi utilizada a pontuação geral por grupo e reflete a integração
vertical individual por grupo.
O gráfico 5 é o resultado da integração vertical.
77
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
AC AM AP PA TO RO RR
Integração Vertical Geral
Série1
Gráfico 5 – Integração vertical geral
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 5 foi elaborado a partir do resultado da integração mostrado na
tabela 2 e apresenta as capitais dos estados do Amazonas e Tocantins com o
mesmo grau e as capitais dos estados do Pará e Amapá com o resultado muito
próximo.
4.2.2 Resultado das Questões Abertas
No item anterior foram analisados os resultados das questões um e dois do
questionário 1 (Apêndice B). Neste item o quadro 12 apresenta os resultados das
questões de números três e quatro do questionário encaminhado aos representantes
do registro comercial de empresas na Juntas Comerciais das capitais pesquisadas
que tiveram respostas abertas.
2005 2006 2007 2008
AC
2
1623 1921 2317 1185
AM
7
AP
2
PA
2
2246 2342 2571 205 **
RO
2
1026 1128 1270 1701
RR
10
743 496 736 850
TO
1
932 951 984 1079
*
Prazo em dias
para Registrar
uma Empresa
UF
Quantitativo de Empresas Registradas
nos Exercícios
** Quantitativo até o mês de março
*
* Dados não informados
Quadro 12 Prazo para registrar uma empresa e quantitativo de empresas
registradas nos exercícios de 2005 a 2008
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
78
Conforme demonstrado neste quadro, as capitais dos estados do Amazonas e
Amanão forneceram os dados relativos ao quantitativo de empresas registradas
no período de 2005 a 2008 e a capital do estado do Pará forneceu os dados de 2008
somente até o mês de março, fato que motivou à comparação do quantitativo de
empresas registradas no exercício de 2007 por conter os dados completos.
Na comparação dos dados desse quadro foi utilizado o desvio médio com a
aplicão da rmula seguinte, que possibilitou a construção da Tabela 3:
DM=
X
i
-X
n
Onde: X = prazo médio para registrar uma empresa e o quantitativo médio
de empresas registrados no exercício de 2007, calculado conforme os prazos
e quantitativos das capitais apresentados no quadro 12;
X
i=
ao resultado em números informados pelas capitais,
n= 1 pois foi levantado o desvio médio por assunto e por capital para a
comparação com a média das capitais.
Tabela 3 – Resultados das questões abertas utilizando o desvio padrão
AC 2 -1,71 -0,85 2317 741 0,32
AM 7 3,29 0,47 * * *
AP 2 -1,71 -0,85 * * *
PA
2 -1,71 -0,85 2571 995 0,39
RO 2 -1,71 -0,85 1270 -306 -0,24
RR 10 6,29 0,63 736 -840 -1,14
TO 1 -2,71 -2,71 984 -592 -0,60
Prazo em dias Praticado para Efetuar o Registro
Quantitativo de Empresas Registradas
em 2007
* Dados não informados
Empresas
Registradas
em 2007
Desvio
Médio
Peso
Relativo do
Desvio
Desvio
Médio
Peso
Relativo do
Desvio
UF
Dias para
Registrar
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Considerando os meros apresentados pelas capitais pesquisadas, a média
(X ) obtida entre eles foi de: 3,71 dias para registrar uma empresa, e 1.576
empresas abertas em 2007.
79
Em relação ao tempo de registro de uma empresa, o resultado do desvio
médio apresentado na tabela 3 indica que em média o tempo de registro de uma
empresa se desvia em “X” dias em torno dos 3,71 dias de tempo médio de registro
de uma empresa nas capitais pesquisadas. Assim sendo, a capital do estado do
Tocantins apresenta o melhor resultado indicando que em média o tempo de registro
de uma empresa se desvia em -2,71 dias em torno dos 3,71 dias de tempo médio de
registro e a capital do estado de Roraima apresenta o pior resultado indicando que
em média o tempo de registro de uma empresa se desvia em 6,29 dias em torno dos
3,71 dias de tempo médio de registro de uma empresa.
Em relação ao quantitativo de empresas registradas em 2007, o resultado do
desvio médio apresentado na tabela 3 indica que em média o quantitativo de
empresas registradas no exercício de 2007 se desvia em “X” empresas em torno das
1576 empresas registradas em dia nas capitais pesquisadas. A capital do estado
de Roraima por apresentar o menor quantitativo de empresas registradas no
exercício apresenta o maior desvio médio indicando que se desvia em -840
empresas em torno das 1.576 empresas registradas em média nas capitais.
Em relação à abertura de empresas com atividade de baixo risco cujo prazo
médio de abertura é 19 dias, a capital do estado de Rondônia apresenta o melhor
resultado, pois se desvia em média -17 dias em torno dos 19 dias de desvio médio
entre as capitais.
Em relação à abertura de empresas com atividade de alto risco cujo prazo
médio de abertura é 70 dias, a capital do estado de Roraima apresenta o melhor
resultado, pois se desvia em média -60 dias em torno dos 70 dias de desvio médio
entre as capitais.
O gráfico 6 é foi construído a partir da tabela 3.
80
-3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00
AC
AM
AP
PA
RO
RR
TO
UF's Pesquisadas
Pesos Relativos do Desvio
Prazo para registrar uma empresa Empresas registradas em 2007
Gráfico 6 – Pesos relativos dos desvios
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 6 foi elaborado para demonstrar o peso relativos dos desvios
apresentados entre as capitais, conforme a tabela 3.
4.2.3 Resultado da Integração Horizontal
Este item apresenta o resultado da integração horizontal dos serviços federais
necessários à legalização de empresas. A integração Horizontal significa os serviços
oferecidos ao usuário em cada esfera de poder no órgão responsável pelo cadastro
de contribuintes de cada capital pesquisada.
A tabela 4 foi construída a partir da tabulação das respostas no questionário 2
composto por questões fechadas (Apêndice C) da fase três da pesquisa, que foi
encaminhado aos representantes do cadastro de contribuintes nas Delegacias da
Receita Federal do Brasil.
81
Tabela 4 – Resultado da integração horizontal federal: pontuação por variável
Recursos de
Conhecimento
AC
0,36 - 0,05 0,40 -
0,81
AM
0,36 - 0,05 0,40 -
0,81
AP
0,36 - 0,05 0,40 -
0,81
PA
0,36 - 0,05 0,40 -
0,81
RO 0,36 - 0,05 0,40 - 0,81
RR 0,36 - 0,05 0,40 - 0,81
TO
0,36 - 0,05 0,40 -
0,81
Grau de
Integração
Inscrição no
CNPJ
Licenças
Específicas
Cadastro na
C.E.F.
Cadastro no
INSS
UF
Infra-Estrutura
Manuais
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O resultado apresentado nesta tabela é igual para todas as unidades
pesquisadas. O grau de integração horizontal dos serviços federais é de 0,80. Dos
cinco serviços da esfera federal apenas o cadastro na Caixa Econômica Federal não
es integrado. Essa variável foi considerada porque representa uma
obrigatoriedade do empresário para fins de recolhimento do Fundo de Garantia
(FGTS) por Tempo de Serviços de seus empregados e o FGTS é um tributo federal
obrigatório para todas as organizações que contratam sob o regime celetista.
O gráfico 7 representa o resultado geral da integração horizontal federal por
unidade da federação pesquisada.
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
AC AM AP PA TO RO RR
Integração Horizontal Federal
Série1
Gráfico 7 – Integração horizontal federal
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
82
Na esfera federal a possibilidade de ter os serviços disponíveis em um único
órgão pode ser explicada em parte por possuir uma única legislação aplivel a
todas as unidades da federação e por possuir um órgão responsável para
desenvolver sistema de tecnologia apropriado. Reflete a melhoria proposta na
reforma do aparelho do Estado proposta em 1995.
A tabela 5 foi construída a partir da tabulação das respostas do questiorio 3
composto por questões fechadas (Apêndice D) da fase três da pesquisa, que foi
encaminhado aos representantes do cadastro de contribuintes nas Secretarias
Estaduais de Fazenda das unidades pesquisadas, num total de sete unidades.
Tabela 5 – Resultado da integração horizontal estadual: pontuação por variável
AC - - - - - 0,06 - - - 0,07 0,13
AM 0,06 - - 0,07 0,04 0,06 0,03 0,03 0,04 0,14 0,47
AP - - - 0,07 0,08 0,12 0,03 0,03 0,04 0,14 0,51
PA - 0,06 0,05 0,07 0,04 0,06 0,03 0,03 - 0,07 0,40
RO
0,11 0,12 0,05 0,14 0,08 0,12 - - - 0,14
0,75
RR
0,06 0,06 0,05 0,14 0,08 0,12 - - - 0,14
0,64
TO
0,11 0,06 0,05 0,14 - 0,06 - - - 0,07
0,49
GRAU DE INTEGRAÇÃO
L.
de
Meio
Ambiente
Estadual
L.Saúde Estadual
Autorização do
Corpo de
Bombeiros
Inscrição Estadual
UF
Recursos de Conhecimento Infra-Estrutura
Registro Civil
Registro
Comercial
Manuais
Confirmação de
Endereço
Exercício no Local
Pretendido
Uso do nome
Empresarial
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Na esfera estadual considerando que os serviços obrigatórios envolvem dois
órgãos e as respostas foram dadas por ambos, o peso relativo individual de cada
serviço foi a média dos pesos relativos dados por cada um dos órgãos. As variáveis
que estão pontuadas representam os serviços relativos a essa esfera que são
oferecidos diretamente no setor de cadastro ou na unidade do órgão na Central
Fácil. Assim sendo, se um serviço estiver integrado em apenas um órgão, essa
variável foi pontuada pela média.
83
O gráfico 8 apresenta as variáveis que compõem o grupo recurso de
conhecimento, dispostas nos subgrupos orientação e informão. Nestes subgrupos
eso os serviços relativos as consultas prévias, proposta pela REDESIM.
Integração Horizontal Estadual: Recursos
de Conhecimento
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
AC AM AP PA RO RR TO
Uso do Nome
Empresarial
Exercício no Local
Pretendido
Confirmação de
Endereço
Manuais
Gráfico 8 – Integração horizontal estadual: recursos de conhecimento
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
No resultado apresentado nesse gráfico: das sete unidades da federação
pesquisada, três unidades representadas pelas capitais dos estados de Rondônia,
Roraima e Tocantins oferecem todos os serviços que compreende esse grupo. No
entanto, foi considerado o peso médio da variável no que resultou em pontuação
maior para a capital do estado de Rondônia. Neste grupo, a capital do estado do
Amapá recebeu pontuação mínima oferecendo somente um serviço, dos quatro
obrigatórios.
O gráfico 9 apresenta as variáveis (serviços) que compõem o grupo infra-
estrutura da integração horizontal estadual. As variáveis foram dispostas nos
subgrupos: registro, inscrição, licenças e autorização.
84
Integração Horizontal Estadual: Infra-Estrutura
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
AC AM AP PA RO RR TO
Registro Comercial
Registro Civil
Lic. de Sde Estadual
Lic. de Meio Ambiente
Estadual
Inscriçao Estadual
Autoriz. do Corpo de
Bombeiros
Gráfico 9 – Integração horizontal estadual: infra-estrutura
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 9 demonstra o resultado da pesquisa sobre a integração de seis
variáveis que compõem os serviços obrigatórios na esfera estadual para abrir uma
empresa. O resultado aponta as capitais dos estados do Amapá e Amazonas como
as unidades que oferecem mais serviços em um único local. No entanto, foi
considerado o peso médio da variável no que resultou em pontuação maior para a
capital do estado do Amapá, e os estados do Acre e Tocantins em última colocação
com dois serviços integrados.
O gráfico 10 indica o resultado geral da integração horizontal na esfera
estadual individual por variável. Estão dispostas as dez variáveis que comem a
pesquisa nesta esfera e foram pontuadas conforme a tabela 4.
85
Integração Horizontal Estadual Geral
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
AC AM AP PA RO RR TO
Registro Comercial
Registro Civil
Lic. de Saúde Estadual
Lic. de Meio Ambiente
Estadual
Inscriçao Estadual
Autoriz. do Corpo de
Bombeiros
Uso do Nome
Empresarial
Exercício no Local
Pretendido
Confirmação de
Endero
Manuais
Gráfico 10 – Integração horizontal estadual geral
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 10 indica que a capital do estado de Rondônia apresenta o maior
grau de integração, totalizando 0,75 mesmo apresentando apenas sete serviços
integrados, seguida pela capital do estado de Roraima com sete serviços integrados
e pontuação total 0,64. A capital do estado do Amazonas apesar de possuir oito
serviços integrados totalizou a pontuão 0,47 e ficou em 5ª colocação. Os pesos
foram considerados pela média dos serviços oferecidos nos dois órgãos
representativos dessa esfera. A capital do estado do Acre aparece na última
colocação com dois serviços integrados e totalizou 0,13.
A tabela 6 indica o resultado da integração horizontal estadual por grupo, e a
colocação geral por unidade pesquisada.
86
Tabela 6 – Resultado da integração horizontal estadual: pontuação por grupo
RO
0,75 0,41
0,34
RR
0,64 0,30
0,34
AP
0,51
0,07 6º
0,44
TO
0,49 0,36
0,13
AM
0,47 0,13
0,34
PA
0,40
0,17 4º
0,23
AC
0,13 0,00 0,13
Índice
Colocação
UF
Integração
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Índice
Colocação
Índice
Colocação
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A tabela 6 foi construída a partir da pontuação das variáveis nos subgrupos:
recursos de conhecimento e infra-estrutura. O resultado classifica as unidades
pesquisadas por subgrupo e a colocação geral.
O gráfico 11 mostra a integração estadual geral por grupo.
Integração Horizontal Estadual por Grupo
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
AC AM AP PA TO RO RR
Conhecimento
Infra - Estrutura
Gráfico 11 – Integração horizontal estadual por grupo (categorias)
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Na construção do gráfico 11, foi utilizada a pontuação geral por grupo e reflete
a integração horizontal estadual individual por grupo (categoria).
O gráfico 12 é o resultado da integração horizontal geral.
87
Integração Estadual Geral
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
AC
AM
AP
PATO
RO
RR
Série1
Gráfico 12 – Integração horizontal estadual geral
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 12 indica o resultado da integração horizontal estadual geral
mostrado na tabela 6.
A tabela 7 foi construída a partir da tabulação das respostas do questiorio 4
composto por questões fechadas (Apêndice E) da fase três da pesquisa, que foi
encaminhado aos representantes do cadastro de contribuintes nas Secretarias
Municipais de Fazenda das unidades pesquisadas, num total de sete unidades.
Tabela 7 – Resultado da integração horizontal municipal: pontuação por
variável
AC - - 0,13 - 0,15 0,10 - - 0,39
AM 0,15 0,16 - - 0,15 0,10 - - 0,56
AP
- - - - 0,15 0,10 - -
0,25
PA
- 0,16 0,13 - 0,15 0,10 0,09 0,09
0,71
RO
0,15 0,16 - 0,14 0,15 0,10 - -
0,69
RR
0,15 0,16 0,13 - 0,15 0,10 - 0,09
0,78
TO
0,15 - - 0,14 0,15 0,10 - -
0,54
Manuais
Confirmação de Endereço
Exercício no Local
Pretendido
Alvará Provisório
Municipal
L.Saúde Municipal
GRAU DE INTEGRAÇÃO
L. de Meio Ambiente
Municipal
Inscrição Municipal
LicençadeLocalizaçãoe
Funcionamento
UF
Recursos de
Conhecimento
Infra-estrutura
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
88
Para construir a tabela 7 foram tabuladas as respostas obtidas nas questões
um e dois do questionário 4 da fase três da pesquisa enviado aos representantes do
cadastro mobiliário fiscal nas capitais pesquisadas (Apêndice E). As variáveis que
eso pontuadas representam os serviços que são oferecidos diretamente ao
usuário no setor de cadastro do próprio órgão ou na Central Fácil.
O gráfico 13 apresenta as variáveis que compõem o grupo recurso de
conhecimento, dispostas nos subgrupos orientação e informão. Nestes subgrupos
eso os serviços relativos as consultas prévias, proposta pela REDESIM, que
devem ser oferecidas gratuitamente ao usuário que pretende abrir uma empresa no
Brasil.
Integração Horizontal Municipal: Recursos de
Conhecimento
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
AC AM AP PA RO RR TO
Exercício no Local
Pretendido
Confirmação de
Endereço
Manuais
Gráfico 13 – Integração horizontal municipal: recursos de conhecimento
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Este gráfico indica que: a) das sete unidades da federação pesquisada,
nenhuma unidade oferece todos os serviços que compreendem esse grupo; b) a
capital do estado do Amapá não oferece nenhum dos serviços; c) as capitais dos
estados do Acre e Tocantins oferecem apenas um dos três serviços obrigatórios; e
d) as capitais dos estados do Amazonas e Pará oferecem dois dos três serviços que
comem o grupo.
O gráfico 14 apresenta as variáveis (serviços) que compreendem o grupo
infra-estrutura da integração horizontal municipal. As variáveis foram dispostas nos
subgrupos: registro, inscrição, licenças e autorização.
89
Integrão Horizontal Municipal: Infra-Estrutura
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
AC AM AP PA RO RR TO
Lic. de Saúde
Municipal
Lic. de Meio Ambiente
Municipal
Licenças de
Localização e
Funcionamento
Inscriçao Municipal
Alvará Provisório
Municipal
Gráfico 14 – Integração horizontal municipal: infra-estrutura
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 14 demonstra o resultado da pesquisa sobre a integração de cinco
variáveis que compõem os serviços obrigatórios na esfera municipal para abrir uma
empresa. O resultado indica que: a) a capital do estado do Pará apresenta quatro
serviços integrados e totalizou a pontuação 0,42; b) as capitais dos estados de
Rondônia, e Tocantins apresentam três serviços integrados e por serem os mesmos
serviços pontuaram 0,39; c) a capital do estado de Roraima também oferece três
serviços integrados e pela diferença de pesos das variáveis, totalizou a pontuação
0,34; e d) as capitais dos estados ao Acre, Amazonas e Ama possuem dois
serviços integrados e por serem os mesmos totalizaram a pontuação 0,25.
O gráfico 15 indica o resultado geral da integração horizontal na esfera
municipal individual por variável. Estão dispostas as oito variáveis que compõem a
pesquisa e foram pontuadas conforme a tabela 6
90
Integração Horizontal Municipal Geral
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
AC AM AP PA RO RR TO
Lic. de Saúde Municipal
Lic. de Meio Ambiente
Municipal
Licenças de Localizão
e Funcionamento
Inscriçao Municipal
Alvará Provisório
Municipal
Exercício no Local
Pretendido
Confirmão de
Endereço
Manuais
Gráfico 15 – Integração horizontal municipal geral
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
O gráfico 15 demonstra que: a) a capital do estado de Roraima apresenta o
maior grau de integração horizontal municipal, totalizando 0,78 com seis serviços
integrados; b) a capital do estado do Pará tamm possui seis serviços integrados
mas pela diferença de pontuação das variáveis totalizou 0,71; c) a capital do estado
de Rondônia com cinco serviços integrados totalizou a pontuão 0,69; d) as
capitais dos estados do Amazonas e Tocantins com quatro serviços integrados
totalizaram 0,56 e 0,54 respectivamente; e) a capital do estado do Acre totalizou
0,39 com três serviços integrados; e f) a capital do estado do Amapá com dois
serviços integrados totalizou 0,25.
A tabela 8 indica o resultado da integração horizontal municipal por grupo, e a
colocação geral por unidade pesquisada.
91
Tabela 8 – Resultado da integração horizontal municipal: pontuação por grupo
RR 0,78 0,44 0,34
PA 0,71 0,29 3º 0,43
RO 0,69 0,31 2º 0,39
AM 0,56 0,31 2º 0,25
TO 0,54 0,15 0,39
AC 0,39 0,13 0,25
AP 0,25 0,00 0,25
Índice Colocação Índice Colocação
UF
Integração
Recursos de
Conhecimento
Infra-Estrutura
Índice Colocação
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
A tabela 8 foi construída a partir da pontuação das variáveis nos subgrupos:
recursos de conhecimento e infra-estrutura. O resultado classifica as unidades
pesquisadas por subgrupo e a colocação geral. Com os dados dessa tabela foram
construídos os gráficos 16 e 17.
O gráfico 16 apresenta o resultado da integração municipal geral por grupo.
Integração Horizontal Municipal por Grupo
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
AC AM AP PA TO RO RR
Conhecimento
Infra - Estrutura
Gráfico 16 – Integração horizontal municipal por grupo (categorias)
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Na construção do gráfico 16, foi utilizada a pontuação geral por grupo e reflete
a integração horizontal municipal individual por grupo (categoria).
92
O gráfico 17 é o resultado da integração horizontal municipal geral.
Integrão Horizontal Municipal Geral
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
AC
AM
AP
PATO
RO
RR
Grau de Integração
Horizontal Municipal
Gráfico 17 – Integração horizontal municipal geral
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Para construção do gráfico 17, que representa o resultado da integração
horizontal municipal geral, foi considerado o total de pontuação obtido com a soma
dos grupos recursos de conhecimento e infra-estrutura.
4.2.4 Resultado da Integração Vertical e Horizontal
O grau de integração vertical e horizontal de serviços públicos apresentado
nesse capítulo, nas tabelas de 1 e 02 e 04 a 8 e gráficos de 1 a 5 e 07 a 17, foi
mensurado a partir da tabulação dos questionários da pesquisa. Para comparar o
resultado geral foram construídas as tabela 9 e 10.
93
Tabela 9 – Resultado da integração vertical e horizontal geral
Integração
Vertical
Integração
Horizontal
Federal
Integração
Horizontal
Estadual
Integração
Horizontal
Municipal
AC
0,09 0,81 0,13 0,39
AM 0,32 0,81 0,47 0,56
AP 0,37 0,81 0,51 0,25
PA 0,38 0,81 0,40 0,71
RO 0,57 0,81 0,75 0,69
RR 0,75 0,81 0,64 0,78
TO 0,32 0,81 0,49 0,54
UF
Índice Índice Índice Índice
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Essa tabela apresenta o grau de integração vertical geral e horizontal nas
esferas federal, estadual e municipal.
O quadro 13 apresenta uma escala tipo likert com atribuição de conceitos.
que serão utilizados para comparar o resultado da integração de serviços públicos
para abertura de empresas.
Muito Baixo (MB) 0,00-0,20
Baixo (B) 0,21-0,40
Intermediário (I) 0,41-0,60
Alto (A) 0,61-0,80
Muito Alto (MA) 0,81-1,00
Escala Tipo Likert
Conceitos Atribuição de Pesos
Quadro 13 – Conceitos X pesos para o grau de integração
Fonte: Elaborado pela autora – adaptado de Richardson (2007, p272)
Os conceitos definidos no quadro 13 foram utilizados para comparar o
resultado da integração de serviços públicos para abertura de empresas nas capitais
da região norte, apresentado na tabela 10.
94
Tabela 10 – Comparação do grau de integração entre as capitais
AC 0,09 MB 0,81 MA 0,13 MB 0,39 B
AM 0,32 B 0,81 MA 0,47 I 0,56 I
AP 0,37 B 0,81 MA 0,51 I 0,25 B
PA 0,38 B 0,81 MA 0,40 B 0,71 A
RO 0,57 I 0,81 MA 0,75 A 0,69 A
RR 0,75 A 0,81 MA 0,64 A 0,78 A
TO 0,32 B 0,81 MA 0,49 I 0,54 I
UF
Conceitos Conceitos Conceitos ConceitosÍndice Índice
Integração Horizontal
Federal
Integração Horizontal
Estadual
Integração Horizontal
Municipal
Índice Índice
Integração Vertical
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Para comparar o resultado geral da integração entre as capitais foi utilizada
uma escala tipo Likert com atribuição de conceitos que variam de muito alto a muito
baixo em decorrência do grau apresentado.
Na comparação desse resultado serão utilizadas as informações
complementares obtidas por meio das questões de 05 a 10, do questionário 1 da
fase três da pesquisa encaminhado aos representantes do registro comercial nas
capitais da região norte.
O resultado da integração horizontal federal é igual para todas as unidades
pesquisadas que pontuaram 0,81 e receberam o conceito Muito Alto (MA).
Da comparação dos demais resultados foi possível constatar:
- a capital do estado de Roraima possui Central de Atendimento Empresarial Fácil
e apresentou o maior grau de integração vertical, e horizontal Estadual e Municipal
com conceito Alto (A);
- a capital do estado de Rondônia possui Central de Atendimento Empresarial – Fácil
e aparece na segunda colocação geral com os conceitos Intermediário (I) na
integração vertical e, Alto (A) na integração horizontal Estadual e Municipal;
- a capital do estado do Amazonas possui Núcleos de Apoio ao Empreendedor e as
Micro e Pequenas Empresas, e a capital do estado do Tocantins não possui Central
de Atendimento Empresarial Fácil, aparecem na terceira colocação geral com os
conceitos Baixo (B) na integração vertical e, Intermediário (I) na integração
horizontal Estadual e Municipal;
95
- a capital do estado do Panão possui Central de Atendimento Empresarial – Fácil
e ficou na quarta colocação geral com os conceitos Baixo (B) na integração vertical,
Intermediário (B) na integração horizontal Estadual, e Alto (A) na integração
horizontal Municipal;
- a capital do estado do Amapá possui Central de Atendimento Empresarial – Fácil e
aparece na quinta colocação geral com os conceitos Baixo (B) na integração vertical,
Intermediário (I) na integração horizontal Estadual, e Baixo (B) na integração
horizontal Municipal;
- a capital do estado do Acre não possui Central de Atendimento Empresarial – Fácil
aparece na sexta colocação geral com os conceitos Muito Baixo (MB) na integração
vertical e na integração horizontal Estadual, e Baixo (B) na integração horizontal
Municipal;
O gráfico 18 apresenta o grau de integração vertical geral e horizontal federal,
estadual e municipal para oferecer serviços públicos obrigatórios para o registro e a
legalização de empresas nas capitais da região norte.
Resultado da Integração Horizontal e Vertical
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
AC
AM
AP
PATO
RO
RR
Horiz. Federal Horiz. Estadual Horiz. Municipal Vertical
Gráfico 18 – Integração vertical horizontal e individual por esfera de poder
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
Para construção desse gráfico foram utilizados os dados da tabela 9.
O estudo permitiu concluir quais das unidades pesquisadas apresentam os
melhores e piores resultados, tanto na integração vertical quanto na integração
horizontal federal, estadual e municipal.
96
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A pesquisa realizada neste trabalho teve como objetivo identificar e analisar o
grau de integração entre os órgãos integrantes das três esferas de governos
(integração vertical) e dentro da própria esfera (integração horizontal) para o
oferecimento de serviços blicos como forma de simplificar o processo de abertura
de empresas, a partir de premissas estabelecidas no marcos regulatórios vigentes.
Na fase um da pesquisa foram definidas as variáveis, a partir da legislação
vigente. O resultado da fase dois da pesquisa apresentou uma modelagem de
pontuação das variáveis da pesquisa (serviços) em formato de matrizes de pesos
que foram utilizadas na fase três para definir o grau de integração vertical e
horizontal. Das 19 variáveis, as que apresentaram as dez maiores pontuações
foram: registro comercial, uso do nome empresarial, inscrição no CNPJ, confirmação
de endereço, inscrição estadual, inscrição municipal, manuais, alvará provisório
municipal e exercício no local pretendido.
Esse resultado reúne os serviços obrigatórios para a maioria das empresas, e
reflete o posicionamento dos especialistas consultados que sinalizam a preocupação
em aprimorar políticas públicas que efetivamente melhorem o oferecimento de
serviços públicos específicos para o assunto tratado nesse trabalho.
A fase três da pesquisa definiu os graus de integração vertical e horizontal por
unidade da federação pesquisada. Esse resultado indica que das sete unidades
pesquisadas, em relação a integração vertical, comparada a uma escala tipo likert,
apenas as capitais dos estados de Ronnia e Roraima apresentaram grau de
integração intermediário e Alto, respectivamente. Quatro das unidades pesquisadas
representadas pelas capitais dos estados do Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins
apresentaram grau de integração Baixo e a capital do estado do Acre apresentou
grau de integração Muito Baixo. O resultado revela a necessidade de empenho entre
todas as esferas de governo envolvidas no processo juntamente com as Entidades
de representação dos setores específicos da economia da FENACON, CFC, OAB e
outras, pois seus associados são os grandes facilitadores na abertura de empresas
no Brasil. O momento é propício à consolidação de políticas públicas que dêem
cumprimento ao principio da eficiência e estejam alinhadas à administração
gerencial instituída a partir de 1995. Tanto que o Governo Federal instituiu o ano de
97
2009 como o “Ano Nacional da Gestão Pública” voltada para resultados e com o
foco no cidadão.
Em relação à integração horizontal federal todas as capitais apresentaram
conceito Muito Alto; na horizontal estadual Rondônia e Roraima apresentaram alto
grau de integração; na horizontal municipal, configuram-se com alto grau de
integração as capitais do Estado do Pa, Roraima e Rondônia.
O estudo permitiu concluir que das sete Unidades pesquisadas, a que
apresentou o melhor resultado geral foi a capital do estado de Roraima, com um alto
grau de integração vertical e a capital do estado do Acre apresentou o pior resultado.
O estudo apontou ainda, que das sete capitais pesquisadas somente duas
representadas pelos estados de Rondônia e Roraima instituíram o Alvará Provisório
Municipal para as atividades de baixo risco (determinado na REDESIM) como forma
de agilizar o processo. Esse resultado indica a necessidade de revisão e adequação
da legislação, normas e procedimentos com fins de atender aos marcos regulatórios
da simplificação de serviços públicos para a abertura de empresas, principalmente
nas esferas estadual e municipal.
Baseando-se nas conclusões extraídas, recomenda-se para os gestores
públicos integrantes do processo de registro e legalização de empresas a revisão do
processo de licença para localização e funcionamento na esfera municipal com a
simplificação do processo para as atividades consideradas de baixo risco, e o
desenvolvimento de indicadores de desempenho institucional com a utilização de
ferramenta de mensuração para permitir uma avaliação que tenha por base os
fundamentos da administração gerencial e a eficiência no oferecimento de serviços
públicos.
Como forma de universalizar os conhecimentos e na perspectiva do usuário,
garantir a linearidade do processo, um dos aspectos mais importantes a ser
considerado no processo de integração é o investimento em Tecnologia da
Informação (TI), por permitir a integração de sistemas e a disponibilização das
informações e consultas prévias que garantam ao usuário validar: a atividade no
endereço pretendido, o nome ou razão social, o porte do empreendimento, e o uso
do solo, antes de iniciar qualquer procedimento de abertura de empresas.
Em relação à contribuição à geração de novos conhecimentos científicos,
considerando que a metodologia utilizada pode não ter sido suficiente para
contemplar toda complexidade que envolve o processo, recomenda-se o
98
aprimoramento da pesquisa com vistas à construção de um modelo de medição das
variáveis, que possa se representativo de todas as unidades da federação
pesquisada, e a construção de um índice de competitividade entre as capitais.
99
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104
APÊNDICES
APÊNDICE A
Instrumento Coleta de Dados da Fase 2 da Pesquisa
Para Definir o Peso Relativo das Variáveis
De acordo com o seu conhecimento profissional, avalie a importância para o
processo de integração dos servos relativos ao registro e legalização de
Empresas e Negócios. Para isto, classifique, em forma decrescente de
importância para a integração, os 19 serviços listados abaixo:
1= Mais Importante até 19= Menos Importante
01 Alvará Provisório Municipal
02 Autorização do Corpo de Bombeiros
03 Cadastro na Caixa Econômica Federal
04 Cadastro no INSS
05 Confirmação de Endereço
06 Exercício no Local pretendido
07 Inscrição Estadual
08 Inscrição no CNPJ
09 Inscrição Municipal
10 Licenças Específicas
11 Licença de Localização Funcionamento
12 Licença de Meio Ambiente Estadual
13 Licença de Meio Ambiente Municipal
14 Licença de Saúde Estadual
15 Licença de Saúde Municipal
16 Manuais
17 Registro Civil
18 Registro Comercial
19 Uso do Nome Empresarial
ORDEM DE
IMPORTÂNCIA
SERVIÇOS PÚBLICOS
105
APÊNDICE B
Instrumento de Coleta de Dados para Definir a Integração Vertical
Terceira Fase da Pesquisa Questionário 1
Sim Não
1.1 Alvará Provisório Municipal
1.2 Autorização do Corpo de Bombeiros
1.3 Cadastro no INSS
1.4 Cadastro na Caixa Economica Federal
1.5 Inscrição no CNPJ
1.6 Inscrição Municipal
1.7 Inscrição Estadual
1.8 Licenças Específicas*
1.9 Licença de Localização e Funcionamento
1.10 Licença de Meio Ambiente Estadual
1.11 Licença de Meio Ambiente Municipal
1.12 Licença de Saúde Estadual
1.13 Licença de Saúde Municipal
1.14 Registro Civil
1.15 Registro Comercial
* Para atividades que precisam de licença especial
Resposta
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a resposta a
cada um dos Serviços listados abaixo
01
O ATENDIMENTO DESTES SERVIÇOS É NA JUNTA
COMERCIAL?
Sim Não
2.1 Confirmação de Endereço
2.2 Exercício no Local Pretendido
2.3 Manuais para Consulta
2.4 Uso do Nome Empresarial
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a
resposta a cada um dos itens listados abaixo.
02
DISPONIBILIZA CONSULTAS PRÉVIAS COM O
OFERECIMENTO DESTES SERVIÇOS?
Resposta
106
3.1 Até 24 horas
3.2 Até 02 dias
3.3 Até 07 dias
3.4 Até 30 dias
3.5 Até 45 dias
3.6 Até 180 dias
Marque um” X” na opção que representar a realidade de seu
municipio.
03
PRAZO XIMO PRATICADO PARA O REGISTRO E
LEGALIZAÇÃO DE UMA EMPRESA NESSA JUNTA
Resposta
COLUNA 2
No Exercício de 2008
No Exercício de 2007
No Exercício de 2005
No Exercício de 2006
COLUNA 1
04
QUAL O Nº DE EMPRESAS REGISTRADAS NESSA JUNTA COM
DOMICILIO NA CAPITAL?
O Quantitativo por Exercício deve ser respondido na Coluna 2:
107
Sim Não
Sim Não
Sim Não
Sim Não
Sim Não
Sim Não
* Para atividades que precisam de licença especial
Licença de Saúde Municipal
Registro Civil
Registro Comercial
05
ATENDIMENTO É FEITO POR MEIO DE ENTREGA DE
FOTOCÓPIAS DOS DOCUMENTOS NA JUNTA
COMERCIAL?
Licença de Localização e Funcionamento
Licença de Meio Ambiente Estadual
Licença de Meio Ambiente Municipal
Licença de Saúde Estadual
Inscrição no CNPJ
Inscrição Municipal
Inscrição Estadual
Licenças Específicas*
Alvará Provisório Municipal
Autorização do Corpo de Bombeiros
Cadastro no INSS
Cadastro na Caixa Economica Federal
09
O ATENDIMENTO É FEITO POR MEIO DE ARQUIVO
ELETRÔNICO FORNECIDO DIRETAMENTE POR ESSA
JUNTA COMERCIAL?
Resposta
10
ATENDIMENTO É FEITO POR MEIO DO ACESSO AO
SISTEMA DA JUNTA COMERCIAL (SIARCO)?
Resposta
07
POSSUI CENTRAL CIL COM ATENDIMENTO A ESTES
SERVIÇOS?
Resposta
08
A JUNTA COMERCIAL RECPCIONA DIARIAMENTE O
ARQUIVO ELETRONICO, OU O ATENDIMENTO É CASO A
CASO?
Resposta
06
É FORMALIZADO PROCESSO ÚNICO DE CADASTRO
NESSA JUNTA COMERCIAL PARA O ATENDIMENTO
DESTES SERVIÇOS?
Resposta
Resposta
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a resposta a cada
um dos itens listados abaixo.
108
APÊNDICE C
Instrumento de Coleta de Dados: definir a integração horizontal de servos
federais
Terceira da Fase da Pesquisa – Questionário 2
Marque um” X” :
na opção SIM ou na opção NÃO , conforme resposta a cada um dos itens
SERVIÇOS
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
A resposta SIM, significa o oferecimento destes serviços em um mesmo local
Licenças Específicas
Cadastro na Caixa
Economica Federal
Inscrição no CNPJ
Cadastro no INSS
Cadastro no INSS
Cadastro na Caixa
Economica Federal
Exemplo: Na Linha 1, Coluna 2 pergunta se a Insrição no CNPJ e o Cadastro no INSS estão
Integrados
Licenças
Específicas
Sim Não
2.1 Manuais para Consulta
02
DISPONIBILIZA CONSULTAS PRÉVIAS COM O
OFERECIMENTO DESTES SERVIÇOS?
Resposta
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a
resposta a cada um dos itens listados abaixo.
109
APÊNDICE D
Instrumento de Coleta de Dados: definir a integração horizontal de servos
estaduais
Terceira da Fase da Pesquisa – Questionário 3
SERVIÇOS
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO
A resposra SIM significa o oferecimento destes serviços em um único local
Licença de Meio Ambiente
Estadual
Licença de Saúde Estadual
Inscrição Estadual
Autorização do Corpo de
Bombeiros
Registro Comercial
Registro Civil
Registro Civil
Licença de Meio
de Ambiente
Inscrição Estadual
Autorização do
Corpo de
Bombeiros
Licença de Saúde
Sim Não
2.1 Confirmação de Endereço
2.2 Exercício no Local Pretendido
2.3 Manuais para Consulta
2.4 Uso do Nome Empresarial
02
DISPONIBILIZA CONSULTAS PRÉVIAS COM O
OFERECIMENTO DESTES SERVIÇOS?
Resposta
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a
resposta a cada um dos itens listados abaixo.
110
APÊNDICE E
Instrumento de Coleta de Dados: definir a integração horizontal de servos
municipais
Terceira da Fase da Pesquisa – Questionário 4
na opção SIM ou na opção O , conforme resposta a cada um dos itens
Exemplo: Na Linha 1, Coluna 2 pergunta se a Inscrição Mobiliária e a Licença de Localização e Funcionamento estão Integrados
SERVIÇOS
SIM NÃO SIM O SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO SIM NÃO
SIM NÃO
A resposra SIM significa o oferecimento destes serviços em um único local
Marque um” X” :
Licença de
Localização e
Funcionamento
Licença de Saúde
Licença de Meio
Ambiente
Alvará Provisório
Municipal
Inscrição Municipal
Licença de Localização e
Funcionamento
Licença de Saúde Municipal
Licença de Meio Ambiente Municipal
Alvará Provisório Municipal
Sim Não
2.1 Confirmação de Endereço
2.2 Manuais para Consulta
2.3 Exercício no Local Pretendido
02
DISPONIBILIZA CONSULTAS PRÉVIAS COM O
OFERECIMENTO DESTES SERVIÇOS?
Resposta
Marque um” X” : na opção SIM ou na opção NÃO, conforme a
resposta a cada um dos itens listados abaixo.
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