de consumo de sódio, com base em uma dieta de 2000 kcal/dia, concluindo que o
brasileiro chega a consumir 4,5 g de sódio por dia (SARNO et al., 2009).
Estima-se que, entre 25 e 55 anos de idade, uma diminuição de apenas 1,3 g
na quantidade de sódio consumida diariamente se traduziria em redução de 5 mm
Hg na pressão arterial sistólica ou de 20% na prevalência de hipertensão arterial.
Além disso, haveria também substanciais reduções na mortalidade por acidentes
vasculares cerebrais (14%) e por doença coronariana (9%), representando 150.000
vidas salvas anualmente em todo o mundo (DICKINSON, 2007). O consumo
excessivo de sal também está associado ao câncer gástrico podendo contribuir,
ainda, para o desenvolvimento de osteoporose (FRASSETTO, 2008).
Os minerais presentes nos alimentos, como o sódio, o potássio e o magnésio,
são nutrientes, que não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem
ser obtidos através da alimentação, pois são co-fatores do metabolismo. São
fundamentais como constituintes estruturais dos tecidos, como reguladores
orgânicos que controlam os impulsos nervosos, atividade muscular e o balanço
ácido-base do organismo; como componentes ou ativadores/reguladores de muitas
enzimas (GOMES, 2009). Além disso, muitos minerais estão envolvidos no processo
de crescimento e desenvolvimento corporal. Como componentes dos alimentos, os
minerais participam no sabor, ativam ou inibem as enzimas e outras reações que
influenciam na textura dos alimentos. Os minerais são divididos em macrominerais
(necessários em quantidades de 100 mg ou mais por dia) que são: cálcio, fósforo,
sódio, potássio, cloro, magnésio, enxofre e microminerais (necessários em pequenas
quantidades - miligramas ou microgramas por dia) que são: ferro, cobre, cobalto,
zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo. Há ainda outros minerais
que são tóxicos como chumbo, cádmio, mercúrio, arsênio, bário, estrôncio, alumínio,
lítio, berílio e rubídio. Cada mineral é requerido em quantidades específicas, numa
faixa que varia de microgramas a gramas por dia (MELO et al., 2005).
2.3.2 Redução de sódio em produtos curados
Tendo em vista o potencial risco de alta ingestão de cloreto de sódio na dieta,
faz-se necessário reduzir a sua quantidade nos alimentos. Isto pode ser facilmente