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encaminhadas para tratamento, 54% foram para fisioterapia e 46% para cirurgia.
As pacientes que não tiveram encaminhamento para tratamento durante este
período saíram da primeira consulta com a solicitação dos exames
complementares e orientação para retorno após a realização dos mesmos. Do
grupo de pacientes que foram encaminhadas para tratamento, o tempo mediano
entre a paciente realizar a primeira consulta e o tratamento foi de 7 meses.
Utilizando os dados das pacientes que foram encaminhadas para tratamento no
total da amostra, estimamos o custo médico direto do tratamento da incontinência
urinária. Assim, as pacientes encaminhadas para cirurgia custariam, em média, R$
40, 32 para o diagnóstico da incontinência urinária e R$ 364,88 por cirurgia
realizada, totalizando uma estimativa de custo total de R$405,20 por paciente
atendida pelo sistema público de saúde no Brasil ( R$ 40,32 de custo na fase
diagnóstica + R$ 364,88 de custo para o tratamento cirúrgico).
Em relação às pacientes encaminhadas para fisioterapia, a estimativa de custos
depende diretamente do número de sessões prescritas e de posterior
encaminhamento, ou não, da paciente para cirurgia. Para termos uma estimativa
dos custos médicos diretos das pacientes encaminhadas para fisioterapia,
utilizamos o protocolo de fisioterapia do serviço de ginecologia da UNIFESP, onde
a paciente passa por pelo menos 20 sessões de fisioterapia. Assim, as pacientes
encaminhadas para fisioterapia custariam, em média, R$ 40,32 para o diagnóstico
da incontinência urinária e R$ 89,00 por 20 sessões de fisioterapia (R$ 4,45 por
sessão), totalizando uma estimativa de custo total de R$ 129,32.
Desta forma, se projetarmos os custos associados ao diagnóstico e tratamento
cirúrgico da incontinência urinária na população de pacientes novas atendida no
período do estudo pelo serviço de Uroginecologia da UNIFESP (n=645). A tabela
9 apresenta as estimativas utilizadas e cálculos realizados.