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RESUMO
GRISI, Fernanda Almeida. Relações hídricas, bioquímicas e anatômicas de
mudas de café (Coffea arabica L.) Catuaí e Siriema submetidas a déficit
hídrico. 2006. 59 p. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal) –
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
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Objetivou-se verificar a existência de características de resistência à seca
em mudas do material genético Siriema em relação à cv. Catuaí, comparando
tratamentos irrigados e não irrigados. O experimento foi conduzido em
março/abril-2005, em viveiro com sombrite e plástico na área experimental do
DBI/UFLA,MG. Foram utilizadas mudas de cafeeiros com seis meses de idade,
seis a oito pares de folhas, provenientes do viveiro da Fundação Procafé, em
Varginha, MG. Antes da indução dos tratamentos, as mudas foram irrigadas
diariamente; depois, os tratamentos foram estabelecidos da seguinte forma: um
grupo continuava sendo irrigado, outro grupo foi submetido à suspensão de rega
e um terceiro grupo era reirrigado a cada dois dias. As mudas reirrigadas foram
avaliadas 24 horas e 48 horas após a irrigação, para avaliação a capacidade de
recuperação. O período experimental foi 20 dias e a unidade experimental foi
composta por uma planta, quatro repetições, dispostas em DIC. Não houve
diferença entre os cafés para o potencial hídrico. Para condutância estomática, o
‘Siriema’ demonstrou possuir uma melhor estratégia de resposta ao estresse
hídrico, impedindo que perdesse água mais rapidamente que a cv. Catuaí.
Observou-se similaridade de comportamento da transpiração com a condutância
estomática. Ao décimo quarto dia, o ‘Siriema’ manteve a atividade estomática
funcional, diferentemente da cv. Catuaí. Para os carboidratos, de forma geral,
houve decréscimo nas concentrações com o aumento do déficit. Para a epiderme
adaxial e abaxial, índice estomático e razão PP/LF não houve diferenças
significativas em nenhuma situação estudada. Para o parênquima esponjoso no
tratamento irrigado, o ‘Siriema’ apresentou maior espessura em relação à cv.
Catuaí. Para o parênquima paliçádico, não houve diferença entre os cafés. O
limbo foliar do ‘Siriema’ foi mais espesso que a cv. Catuaí, independentemente
do tratamento. Para o diâmetro polar e equatorial houve diferenças entre os
tratamentos irrigados e não irrigados de cada café e, entre estes, os diâmetros
polar e equatorial foram maiores no tratamento não irrigado para o ‘Siriema’.
Para a relação DP/DE e densidade estomática, o ‘Siriema’ não irrigado
apresentou-se maior em relação à cv. Catuaí não irrigada. Na condição deste
experimento, os parâmetros avaliados permitiram discriminar satisfatoriamente
os dois cafés estudados em termos de tolerância diferencial à seca, a favor do
material ‘Siriema’.
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Comitê Orientador: Prof. Dr. José Donizeti Alves - UFLA (Orientador).