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diversas denominações, como aipim e macaxeira, este último mais comum na
Amazônia.
Uma variedade local de mesmo nome não raro assume características
morfológicas próprias como cor do caule e do pecíolo ou a forma das folhas que
muitas vezes não são considerados pelos agricultores. Desta forma, em cada
roçado na Amazônia, pode ser encontrada uma diversidade considerável de
variedades da mandioca. No entanto é possível definir com exatidão as
características específicas ou comuns de uma variedade ou, ainda, o número exato
de variedades utilizadas num mesmo local.
As variedades de mandioca mais prevalentes entre os agricultores na região
de Cruzeiro do Sul, por ordem decrescente de importância, são: Caboquinha,
Branquinha, Amarela, Chico Anjo, Mansa e Brava, Curumim e Mulatinha. A
variedade caboquinha é do tipo brava, sendo a mais usada pelos agricultores na
fabricação da farinha (SIVIERO et al., 2007).
Dentre as diversas variedades (roças) de mandioca na região da Reserva
Extrativista do Alto Juruá, estão: Mulatinha-a*, Milagrosa-a, Bambu, Mata-gato,
Cumaru, Olho verde, Roça-preta, Surubim-a, Amarelinha, Campa, Ararão-a, Santa
Rosa, Fortaleza, Juriti, Amarelão e Curuméia. As variedades assinaladas com a
letra (a) foram classificadas pelos agricultores como bravas (amargas). O estudo
incluiu também variedades usadas em aldeias indígenas da região (PANTOJA
FRANCO et al., 2002).
Segundo Seixas (2008), as principais variedades de mandioca cultivadas no
Juruá por ordem decrescente de uso são: Caboquinha, Rasgadinha-Amarela, Maria-
faz-ruma, Curumim-roxa, Santa-maria, Chico-anjo, Rasgadinha-Branca, Roxa,
Amarelona, Curimem-doida, Canela-de-nambu, Ligeirinha, Branquinha-do-talo-
verde, Branquinha-do-talo-vermelho, Curumim-branca, Fortaleza, Arara e Mulatinha.
Nas microrregiões do Baixo e Alto Acre, predominam as variedade Paxiúba,
Araçá, Chica-de-coca, Amarela, Manteguinha, Pão, Panati e Caipora (RITZINGER,
1991).
Em 1998, a Embrapa Acre, após vários testes, recomendou duas variedades
de mandioca para farinha, denominadas Panati e Araçá, indicadas para o cultivo na
microrregião do Alto Purus (MOURA e CUNHA, 1998).
A variedade Araçá, recomendada para farinha, foi prontamente substituída
por agricultores localizados no Rio Yaco, à jusante do município de Sena Madureira,