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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
Análise das Preferências Financeiras Indicadas por
Potenciais Empreendedores (Alunos de Graduação): um
Estudo Experimental sob a Ótica da Teoria do Prospecto.
Fortaleza – Ceará
2007
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2
FLÁVIO LEMENHE
Análise das Preferências Financeiras Indicadas por
Potenciais Empreendedores (Alunos de Graduação): um
Estudo Experimental sob a Ótica da Teoria do Prospecto.
Dissertação apresentada ao curso de
Mestrado Acadêmico em Administração do
Centro de Estudos Aplicados, da
Universidade Estadual do Ceará, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Administração. Área de
Concentração: Pequenos e Médios Negócios
Orientador: Prof. Dr. Samuel Façanha
Câmara.
Fortaleza – Ceará
2007
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3
FICHA CATALOGRÁFICA
L551a Lemenhe, Flávio
Análise das preferências financeiras indicadas por
potenciais empreendedores (alunos de graduação): um
estudo experimental sob a ótica da teoria do prospecto /
Flávio Lemenhe - Fortaleza, 2007.
181p. ; il.
Orientador: Prof. Dr. Samuel Façanha Câmara
Dissertação (Mestrado Acadêmico em Administração de
Empresas) - Universidade Estadual do Ceará, Centro de
Estudos Sociais Aplicados.
1. Teoria do prospecto. 2. Teoria da utilidade esperada.
3. Teoria da decisão. I. Universidade Estadual do Ceará,
Centro de Estudos Sociais Aplicados.
CDD: 658
4
Universidade Estadual do Ceará
Curso de Mestrado Acadêmico em Administração
Análise das Preferências Financeiras Indicadas por Potenciais Empreendedores (Alunos de
Graduação): um Estudo Experimental sob a Ótica da Teoria do Prospecto.
Autor: Flávio Lemenhe
Defesa em: 03 / 09 / 2007 Conceito obtido:________________
Nota Obtida:____________( )
Banca Examinadora
____________________________________
Prof. Samuel Façanha Câmara
Doutor em Economia
Orientador e Presidente da Banca Examinadora
__________________________________ ______________________________
Prof. Heber José de Moura Prof. Maxweel Veras Rodrigues
Doutor em Administração Doutor em Engenharia de Produção
5
Dedico este trabalho aos(às) meus(minhas) amigos(as).
6
AGRADECIMENTOS
Aos meus familiares José Antônio Oliveira Perbelini Lemenhe (Pai), Maria Auxiliadora de
Abreu Lima Lemenhe (Mãe), Marina Lemenhe (irmã), Álvaro Lemenhe (irmão), Fabiana de
Moraes Diógenes (cunhada) e à pequena Luanda (sobrinha) que acabou de chegar; pelo apoio
incondicional.
À minha esposa Crhistiana de Andrade Garcia Lemenhe; pelo apoio incondicional.
Ao meu amigo Emílio Capelo Júnior, seguramente, a pessoas que mais contribuiu para minha
formação acadêmica e profissional nos últimos anos.
Aos(às) meus(minhas) amigos(as) do CMAAd da Turma 2005 e das demais turmas, aqui
homenageados, em ordem alfabética, pelos representantes dos alunos: Francisco Roberto F.
Guimarães Júnior (Roberto), Leonino Gomes Rocha (Léo) e, Rodrigo Santos de Melo
(Rodrigo); por terem contribuído, em muito, para a minha formação durante esta jornada.
Ao orientador, professor Samuel Façanha Câmara; pelo apoio e compreensão, sem os quais,
dificilmente, teria conseguido elaborar e apresentar esta Dissertação.
Aos professores membros da Banca Examinadora, em ordem alfabética: Heber José de Moura
e, Maxweel Veras Rodrigues; pelas contribuições dadas.
Ao professor Luiz Alcione Albandes Moreira (in memorian), de quem fui aluno na disciplina
Teoria das Organizações; pelos ensinamentos.
7
RESUMO
A Teoria da Utilidade Esperada tem sido utilizada para estabelecer como as pessoas devem
tomar decisões. Esta teoria considera, dentre outros pontos, que o tomador de decisão é
consistente em suas escolhas e, que objetiva maximizar a utilidade esperada (e não maximizar
o valor esperado). Alguns pesquisadores, mesmo comentando que há inconsistências na
Teoria da Utilidade utilizaram-na (e, ainda a utilizam), enquanto outros (a exemplo de Allais
(1953) e de Kahneman e Tversky (2000b)) passaram a criticá-la. Kahneman e Tversky
(2000b) propuseram a Teoria do Prospecto. Para o desenvolvimento desta teoria, foram
realizados experimentos com alunos e professores de cursos de graduação isrealenses,
americanos e suecos, nos quais foram testadas as preferências dos respondentes em situações
hipotéticas. Como resultados, a maioria dos respondentes violou o estabelecido pela Teoria da
Utilidade Esperada. Na pesquisa aqui realizada foram feitos experimentos com os alunos de
graduação brasileiros dos cursos de Administração, Atuária, Contabilidade, Economia,
Computação, Engenharia Civil, Engenharia de Produção Mecânica, Engenharia Mecânica e
Estatística. Objetivou-se, além de testar a consistência dos respondentes, classificá-los em
relação ao risco, diferentemente das pesquisas realizadas por Kahneman e Tversky (2000b) e
por Kimura, Basso e Krauter (2006), onde os respondentes foram analisados como ‘maiorias
de preferências’. Percebeu-se que, há preferências explicadas pela Teoria da Utilidade
Esperada, há preferências explicadas pela Teoria do Prospecto e, há preferências que não são
explicadas nem pela Teoria da Utilidade Esperada nem pela Teoria do Prospecto. A intenção
de entender o comportamento do tomador de decisões financeiras demanda, então, pesquisas
outras que permitam classificar (e agrupar) os tomadores de decisão conforme suas
preferências.
Palavras-chave: Teoria do Prospecto, Teoria da Utilidade Esperada, Teoria da Decisão.
8
ABSTRACT
The Expected Utility Theory has been used to establish how people should take decisions.
This theory consider that the decision maker is consistent in his preferences and intend to
maximize the expected utility (and not maximize the expected value). Although accepting that
inconsistencies exist in the Utility Theory some researchers used this theory (and still use it)
while others (e.g. Allais (1953) and Kahneman and Tversky (2000b)) started to criticize it.
Kahneman and Tversky (2000b) proposed the Prospect Theory. In order to develop this
theory, experiments were carried out with undergraduate students and professors from Israel,
USA and Sweden, where the respondents preferences were tested in hypothetical situations. It
was found that the majority of the respondents violated the principals established by the
Expected Utility Theory. In the research reported here in experiments were carried out with
Brazilians students from Business, Actuarial Science, Accounting, Economics, Computer
Science, Civil Engineering, Engineering Management, Mechanical Engineering and Statistics
undergraduate programs. Different from previous research conducted by Kahneman and
Tversky (2000b) and Kimura, Basso and Krauter (2006), where the respondents were
analyzed as ‘majority of preferences’ the objective of this study was not only to test the
consistencies of the respondents but also to classify the respondents according to the risk. It
was found that there are preferences explained by the Expected Utility Theory and
preferences explained by the Prospect Theory. In addition, it was found that there are
preferences that are neither explained by the Expected Utility Theory nor by the Prospect
Theory. In order to understand the behavior of the financial decision makers, further research
is needed where the decision makers can be classified (and grouped) according to their
preferences.
Key-words: Prospect Theory, Expected Utility Theory, Decision Theory.
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CSA - Ciências Sociais Aplicadas
CT - Ciências e Tecnologias
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------- 24
1.1 Problemas da pesquisa ----------------------------------------------------------- 28
1.2 Hipóteses da pesquisa ------------------------------------------------------------ 28
1.3 Objetivos da pesquisa ------------------------------------------------------------ 29
1.4 Estrutura da pesquisa ------------------------------------------------------------- 29
2 REFERENCIAL TEÓRICO ------------------------------------------------- 30
2.1 Racionalidade --------------------------------------------------------------------- 30
2.2 Teoria da utilidade esperada ---------------------------------------------------- 33
2.2.1 Valor esperado e medida de risco ---------------------------------------------- 33
2.2.2 Utilidade e função utilidade ----------------------------------------------------- 34
2.2.3 Preferências por risco ------------------------------------------------------------ 36
2.3
Kahneman e Tversky e a crítica à teoria da utilidade esperada ------------
37
2.4 Teoria do prospecto -------------------------------------------------------------- 39
2.4.1 Etapas da teoria do prospecto -------------------------------------------------- 40
2.4.1.1 Etapa de peparação ou edição (editing phase) -------------------------------- 40
2.4.1.2 Etapa de avaliação (evaluation phase) ----------------------------------------- 41
2.4.2 Prospectos regulares -------------------------------------------------------------- 42
2.4.3 Prospectos estritamente positivos ou estritamente negativos --------------- 43
2.4.4 Função valor (value function) --------------------------------------------------- 43
2.4.5 Função peso (weighting function) ---------------------------------------------- 44
2.4.6 Efeito certeza (certainty effect) ------------------------------------------------- 45
2.4.6.1 Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio positivo 45
2.4.6.2 Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio negativo 50
2.4.7 Efeito reflexo (reflection effect) ------------------------------------------------ 52
2.4.7.1 Efeito reflexo com probabilidades elevadas ---------------------------------- 56
2.4.7.2 Efeito reflexo com probabilidades diminutas --------------------------------- 58
2.4.8 Efeito isolamento (isolation effect) --------------------------------------------- 61
2.4.8.1 Efeito isolamento – anulação de componentes comuns --------------------- 62
2.4.8.2 Efeito isolamento – pseudo-certeza -------------------------------------------- 64
2.4.9 Estados de riqueza e alterações na riqueza ------------------------------------ 65
11
3 METODOLOGIA --------------------------------------------------------------- 68
3.1 Classificação da pesquisa -------------------------------------------------------- 68
3.1.1 Classificação quanto aos objetivos --------------------------------------------- 68
3.1.2 Classificação quanto aos procedimentos -------------------------------------- 69
3.1.3 Classificação quanto à abordagem do problema ----------------------------- 69
3.1.4 Estratégia de pesquisa ------------------------------------------------------------ 70
3.2 Procedimentos metodológicos -------------------------------------------------- 71
3.2.1 Da pesquisa realizada por questionário impresso ---------------------------- 71
3.2.2 Da pesquisa realizada por correio eletrônico --------------------------------- 72
3.2.3 Algumas considerações acerca dos questionários impressos aplicados --- 72
3.2.4 Limitações da pesquisa ---------------------------------------------------------- 75
3.2.5 Perfil da amostra ------------------------------------------------------------------ 76
3.2.5.1 Tamanho da amostra ------------------------------------------------------------- 77
3.2.5.2 Sexo -------------------------------------------------------------------------------- 77
3.2.5.3 Idade -------------------------------------------------------------------------------- 78
3.2.5.4 Desempenho de atividade relacionada ao financiamento, investimento
ou, à gestão do capital de giro --------------------------------------------------
78
3.2.5.5 Momento de preenchimento do questionário --------------------------------- 79
3.2.6 Da análise dos dados ------------------------------------------------------------- 79
3.2.6.1 Informações sobre as preferências indicadas em cada Situação hipotética 80
3.2.6.2 Informações sobre as combinações das preferências indicadas em pares
de Situações -----------------------------------------------------------------------
80
3.2.6.3 Informações sobre as combinações das preferências indicadas em todas
as seis Situações ------------------------------------------------------------------
81
4. RESULTADOS ------------------------------------------------------------------ 83
4.1 Análise das situações hipotéticas ----------------------------------------------- 83
4.1.1 Situação hipotética 1 ------------------------------------------------------------- 83
4.1.1.1 Opção A – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 85
4.1.1.2 Opção B – respondente avesso ao risco --------------------------------------- 85
4.1.2 Situação hipotética 2 ------------------------------------------------------------- 85
4.1.2.1 Opção C – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 87
4.1.2.2 Opção D – respondente avesso ao risco --------------------------------------- 87
4.1.3 Situação hipotética 3 ------------------------------------------------------------- 87
4.1.3.1 Opção E – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 89
4.1.3.2 Opção F – respondente avesso ao risco ---------------------------------------- 89
12
4.1.4 Situação 4 -------------------------------------------------------------------------- 89
4.1.4.1 Opção A – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 91
4.1.4.2 Opção B – respondente avesso ao risco --------------------------------------- 91
4.1.5 Situação hipotética 5 ------------------------------------------------------------- 91
4.1.5.1 Opção A – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 93
4.1.5.2 Opção B – respondente avesso ao risco --------------------------------------- 93
4.1.6 Situação 6 -------------------------------------------------------------------------- 93
4.1.6.1 Opção C – respondente propenso ao risco ------------------------------------ 95
4.1.6.2 Opção D – respondente avesso ao risco --------------------------------------- 95
4.2 Análise das situações hipotéticas combinadas duas a duas ----------------- 98
4.2.1 O Efeito certeza e a violação do axioma da substituição (Situações
hipotéticas 1-2) --------------------------------------------------------------------
98
4.2.1.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total ---------- 99
4.2.1.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) -------
100
4.2.1.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT) --------------
101
4.2.1.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco ------------------------- 102
4.2.1.4.1 Combinação AC – consistentes em relação ao risco (propensos ao risco) 104
4.2.1.4.2 Combinação AD – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao
risco – avessos ao risco) ---------------------------------------------------------
105
4.2.1.4.3 Combinação BC – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco) ---------------------------------------------------------------
106
4.2.1.4.4 Combinação BD – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco) --- 106
4.2.2 O Efeito Isolamento (Situações hipotéticas 2-3) ----------------------------- 107
4.2.2.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total --------- 107
4.2.2.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) -------
108
4.2.2.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT) --------------
109
4.2.2.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco ------------------------- 111
4.2.2.4.1 Combinação CE – consistentes em relação ao risco (propensos ao risco) 113
4.2.2.4.2 Combinação CF – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao
risco – avessos ao risco) ---------------------------------------------------------
113
4.2.2.4.3 Combinação DE – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco) ---------------------------------------------------------------
114
4.2.2.4.4 Combinação DF – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco) --- 114
4.2.3 Efeito Reflexo (Situações hipotéticas 1-4) ------------------------------------ 115
4.2.3.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total ---------- 115
13
4.2.3.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) -------
116
4.2.3.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT) --------------
118
4.2.3.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco ------------------------- 119
4.2.3.4.1 Combinação AA – consistentes em relação ao risco (propensos ao risco) 122
4.2.3.4.2 Combinação AB – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao
risco – avessos ao risco) ---------------------------------------------------------
123
4.2.3.4.3 Combinação BA – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco) ---------------------------------------------------------------
123
4.2.3.4.4 Combinação BB – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco) --- 124
4.2.4 Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas) e o efeito
reflexo (Situações hipotéticas 5-6) ---------------------------------------------
125
4.2.4.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total ---------- 126
4.2.4.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) -------
127
4.2.4.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT) --------------
128
4.2.4.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco ------------------------- 129
4.2.4.4.1 Combinação AC – consistentes em relação ao risco (propensos ao risco) 132
4.2.4.4.2 Combinação AD – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao
risco – avessos ao risco) ---------------------------------------------------------
132
4.2.4.4.3 Combinação BC – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco) ---------------------------------------------------------------
133
4.2.4.4.4 Combinação BD – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco) --- 134
4.3 Análise das combinações completas ------------------------------------------- 134
4.3.1 Análise das combinações consistentes ----------------------------------------- 139
4.3.2 Análise das combinações inconsistentes -------------------------------------- 140
4.4 O efeito reflexo e as combinações duas a duas das situações hipotéticas
1-4 e 5-6 ---------------------------------------------------------------------------
141
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------- 143
6 BIBLIOGRAFIA ---------------------------------------------------------------- 146
7 APÊNDICE ----------------------------------------------------------------------- 148
7.1 Modelo do questionário ---------------------------------------------------------- 148
7.2
Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio positivo
150
7.2.1 Os Problemas 1 e 2 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
20-21) ------------------------------------------------------------------------------
150
7.2.1.1 O Problema 1 ---------------------------------------------------------------------- 154
7.2.1.2 O Problema 2 ---------------------------------------------------------------------- 154
14
7.2.1.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes ---------------- 154
7.2.1.4 Obtenção do Problema 2 a partir do Problema 1 ----------------------------- 154
7.2.2 Os Problemas 3 e 4 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21) ----------------------------------------------------------------------------------
156
7.2.2.1 O Problema 3 ---------------------------------------------------------------------- 156
7.2.2.2 O Problema 4 ---------------------------------------------------------------------- 156
7.2.2.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes ---------------- 157
7.2.2.4 Obtenção do Problema 4 a partir do Problema 3 ----------------------------- 157
7.2.3 Os Problemas 5 e 6 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21) ----------------------------------------------------------------------------------
158
7.2.3.1 O Problema 5 ---------------------------------------------------------------------- 160
7.2.3.2 O Problema 6 ---------------------------------------------------------------------- 160
7.2.3.3 Inconsistência (e consistência) na preferência da maioria dos
respondentes -----------------------------------------------------------------------
160
7.2.4 Os Problemas 7 e 8 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-22) ------------------------------------------------------------------------------
161
7.2.4.1 O Problema 7 ---------------------------------------------------------------------- 164
7.2.4.2 O Problema 8 ---------------------------------------------------------------------- 164
7.2.4.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes ---------------- 165
7.3
Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio negativo
165
7.3.1 Os Problemas 3’ e 4’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
22) ----------------------------------------------------------------------------------
165
7.3.1.1 O Problema 3’ --------------------------------------------------------------------- 166
7.3.1.2 O Problema 4’ --------------------------------------------------------------------- 166
7.3.1.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes ---------------- 166
7.3.1.4 Obtenção do Problema 4’ a partir do Problema 3’ --------------------------- 167
7.3.2 Os Problemas 7’ e 8’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
22) ----------------------------------------------------------------------------------
167
7.3.2.1 O Problema 7’ --------------------------------------------------------------------- 169
7.3.2.2 O Problema 8’ --------------------------------------------------------------------- 169
7.3.2.3 Inconsistência (e consistência) na preferência da maioria dos
respondentes -----------------------------------------------------------------------
170
7.3.2.4 Obtenção do Problema 8’ a partir do Problema 7’ --------------------------- 171
15
7.4 Efeito reflexo ---------------------------------------------------------------------- 171
7.4.1 Os Problemas 3 e 3’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-23) ------------------------------------------------------------------------------
171
7.4.1.1 O Problema 3 ---------------------------------------------------------------------- 172
7.4.1.2 O Problema 3’ --------------------------------------------------------------------- 172
7.4.1.3 Observações acerca da preferência da maioria dos respondentes ---------- 172
7.4.2 Os Problemas 4 e 4’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-23) ------------------------------------------------------------------------------
173
7.4.2.1 O Problema 4 ---------------------------------------------------------------------- 173
7.4.2.2 O Problema 4’ --------------------------------------------------------------------- 173
7.4.2.3 Observações acerca da preferência da maioria dos respondentes --------- 174
7.4.3 Os Problemas 7 e 7’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-23) ------------------------------------------------------------------------------
174
7.4.4 Os Problemas 8 e 8’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-23) ------------------------------------------------------------------------------
176
7.5 Estados de riqueza e alterações na riqueza ------------------------------------ 177
7.5.1 Os Problemas 11 e 12 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p.
21-23) ------------------------------------------------------------------------------
177
7.5.1.1 Obtenção do Problema 12 a partir do Problema 11 -------------------------- 178
7.6 Concavidade e convexidade ----------------------------------------------------- 178
7.6.1 Os Problemas 13 e 13’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b,
p. 32-34) ---------------------------------------------------------------------------
178
7.6.1.1 O Problema 13 -------------------------------------------------------------------- 179
7.6.1.2 O Problema 13’ ------------------------------------------------------------------- 180
16
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 O modelo decisório da economia clássica e a racionalidade absoluta 30
FIGURA 2 O modelo da racionalidade limitada 31
17
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1
Situação hipotética 1: percentuais de preferência por área de estudo
e total
84
GRÁFICO 2
Situação hipotética 1: percentuais de preferência por curso de
graduação
84
GRÁFICO 3
Situação hipotética 2: percentuais de preferência por área de estudo
e total
86
GRÁFICO 4
Situação hipotética 2: percentuais de preferência por curso de
graduação
86
GRÁFICO 5
Situação hipotética 3: percentuais de preferência por área de estudo
e total
88
GRÁFICO 6
Situação hipotética 3: percentuais de preferência por curso de
graduação
88
GRÁFICO 7
Situação hipotética 4: percentuais de preferência por área de estudo
e total
90
GRÁFICO 8
Situação hipotética 4: percentuais de preferência por curso de
graduação
90
GRÁFICO 9
Situação hipotética 5: percentuais de preferência por área de estudo
e total
92
GRÁFICO 10
Situação hipotética 5: percentuais de preferência por curso de
graduação
92
GRÁFICO 11
Situação hipotética 6: percentuais de preferência por área de estudo
e total
94
GRÁFICO 12
Situação hipotética 6: percentuais de preferência por curso de
graduação
94
GRÁFICO 13
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
99
GRÁFICO 14
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
101
GRÁFICO 15
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
102
GRÁFICO 16
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por área de estudo e total
103
18
GRÁFICO 17
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (áreas
CSA e CT)
104
GRÁFICO 18
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
108
GRÁFICO 19
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
109
GRÁFICO 20
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
110
GRÁFICO 21
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por área de estudo e total
111
GRÁFICO 22
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (áreas
CSA e CT)
112
GRÁFICO 23
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
116
GRÁFICO 24
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
117
GRÁFICO 25
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
118
GRÁFICO 26
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por área de estudo e total
120
GRÁFICO 27
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (áreas
CSA e CT)
121
GRÁFICO 28
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
127
GRÁFICO 29
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
128
GRÁFICO 30
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
129
GRÁFICO 31
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por área de estudo e total
130
GRÁFICO 32
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (áreas
CSA e CT)
131
19
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): critérios utilizados para tomada de decisão e opções a
serem escolhidas
47
QUADRO 2
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): critérios utilizados para tomada de decisão e opções a
serem escolhidas
50
QUADRO 3
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: critérios utilizados
para tomada de decisão e opções a serem escolhidas
56
QUADRO 4
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: critérios utilizados
para tomada de decisão e opções a serem escolhidas
59
QUADRO 5
Efeito isolamento (anulação de componentes comuns): critérios
utilizados para tomada de decisão e opções a serem escolhidas
62
QUADRO 6 Classificação da preferência do respondente em relação ao risco 82
QUADRO 7 Situação hipotética 1 83
QUADRO 8 Situação hipotética 2 85
QUADRO 9 Situação hipotética 3 87
QUADRO 10 Situação hipotética 4 89
QUADRO 11 Situação hipotética 5 91
QUADRO 12 Situação hipotética 6 93
QUADRO 13
Classificação e codificação das preferências em relação ao risco,
combinadas duas a duas
137
20
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): Problemas e percentuais de preferência
46
TABELA 2
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): valores relacionados a cada opção
46
TABELA 3
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): Problemas e percentuais de preferência
50
TABELA 4
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): valores relacionados a cada opção
50
TABELA 5
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: Problemas e percentuais
de preferência
56
TABELA 6
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: valores relacionados a
cada opção
56
TABELA 7
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: Problemas e
percentuais de preferência
58
TABELA 8
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: valores relacionados a
cada opção
58
TABELA 9 Preferências entre Prospectos Positivos e Negativos 60
TABELA 10
Efeito isolamento (anulação de componentes comuns): Problemas e
percentuais de preferências
62
TABELA 11
Efeito isolamento (anulação de componentes comuns): valores
relacionados a cada opção
62
TABELA 12
Efeito isolamento (pseudo-certeza): Problemas e percentuais de
preferências
64
TABELA 13
Efeito isolamento (pseudo-certeza): valores relacionados a cada
opção
64
TABELA 14
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas):
Problemas e percentuais de preferências
65
TABELA 15
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas): valores
relacionados às “opções-completas”
66
TABELA 16
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas): valores
relacionados a cada opção
66
21
TABELA 17
Quantidade de questionários recebidos pelo pesquisador, por curso
de graduação, Instituição de Ensino Superior e total
76
TABELA 18 Tamanho da amostra por área de estudo e por curso de graduação 77
TABELA 19 Sexo dos respondentes por área de estudo e total 78
TABELA 20 Faixa etária dos respondentes por área de estudo e total 78
TABELA 21 Desempenho de atividade financeira por área de estudo e total 79
TABELA 22 Momento de preenchimento do questionário área de estudo e total 79
TABELA 23
Situações 1-6: percentuais de preferência por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA)
96
TABELA 24
Situações 1-6: percentuais de preferência por curso de graduação
pertencente à área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT)
97
TABELA 25
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
99
TABELA 26
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
100
TABELA 27
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
102
TABELA 28
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área
CSA)
104
TABELA 29
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área CT)
104
TABELA 30
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
108
TABELA 31
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
109
TABELA 32
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
110
TABELA 33
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área
CSA)
112
TABELA 34
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área CT)
112
22
TABELA 35
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
116
TABELA 36
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
117
TABELA 37
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
118
TABELA 38
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área
CSA)
121
TABELA 39
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área CT)
121
TABELA 40 Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e/ou perdas) 125
TABELA 41
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por área de
estudo e total
127
TABELA 42
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CSA)
128
TABELA 43
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de
graduação (área CT)
129
TABELA 44
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área
CSA)
131
TABELA 45
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e
inconsistência em relação ao risco por curso de graduação (área CT)
131
TABELA 46
Seqüências de combinações possíveis para as seis situações e seus
respectivos resultados por área de estudo e total
136
TABELA 47
Classificação das consistências e inconsistências em relação ao risco,
combinadas duas a duas
138
TABELA 48
Classificação das consistências e inconsistências em relação ao risco,
combinadas duas a duas
139
TABELA 49
O efeito reflexo e as combinações duas a duas das situações
hipotéticas 1-4 e 5-6, por área de estudo e total
141
TABELA 50
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): Problemas e percentuais de preferência
151
TABELA 51
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): valores relacionados a cada opção
153
23
TABELA 52
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): Problemas e percentuais de preferência
156
TABELA 53
Efeito certeza e violação do axioma da substituição com resultados
não-monetários (domínio positivo): Problemas e percentuais de
preferência
158
TABELA 54
Efeito certeza e violação do axioma da substituição com resultados
não-monetários (domínio positivo): Problemas e percentuais de
preferência
159
TABELA 55
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): Problemas e percentuais de preferência
161
TABELA 56
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
positivo): valores relacionados a cada opção
162
TABELA 57
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): Problemas e percentuais de preferência
165
TABELA 58
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): Problemas e percentuais de preferência
167
TABELA 59
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio
negativo): valores relacionados a cada opção
168
TABELA 60 Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência 171
TABELA 61 Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência 173
TABELA 62 Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência 174
TABELA 63 Efeito reflexo: valores relacionados a cada opção 175
TABELA 64 Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência 176
TABELA 65 Efeito reflexo: valores relacionados a cada opção 176
TABELA 66
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas):
Problemas e percentuais de preferências
177
TABELA 67 Concavidade e convexidade 178
24
1. INTRODUÇÃO
Nas palavras de Kahneman e Tversky (2000a, p. 1), “tomar decisão é como falar – as
pessoas fazem o todo tempo, conscientemente ou inconscientemente”. Ir ao cinema, fazer uma
atividade física, comprar um carro, submeter-se a cirurgia plástica, demitir empregados,
ampliar o parque industrial e vender as ações de determinada empresa, são exemplos de
decisões.
As decisões, entretanto, podem ser mais complexas. A decisão de comprar um carro,
por exemplo, pode ser vista como: compro um carro novo ou usado, pago à vista, financio ou
contrato leasing? A decisão de ampliar o parque industrial pode ser analisada como: faço a
ampliação com recursos próprios ou utilizo recursos próprios e de terceiros (financiamento),
amplio o parque industrial na localidade, terceirizo a produção ou, construo uma nova fábrica
em outra localidade?. No caso das ações, pode-se ter: vendo as ações da empresa, compro
mais ações desta mesma empresa, compro ações de outras empresas ou, invisto na caderneta
de poupança? O próprio até de não tomar nenhuma destas decisões é uma decisão.
Kahneman e Tversky (2000a, p. 1) afirmam que “as análises de tomada de decisão,
comumente, diferenciam escolhas arriscadas e menos arriscadas ou, desprovidas de risco”. A
análise destas escolhas, pode ser feita utilizando-se, por exemplo, de conceitos matemáticos,
estatísticos, econômicos, contábeis, atuariais e psicológicos. Com a consideração de conceitos
psicológicos, passa-se a dar importância, também, à pessoa que decide.
Conforme Motta e Vasconcelos (2002, p. 104), há dois modelos de decisão, a saber: o
modelo decisório racional; e o modelo da racionalidade limitada.
O modelo de decisório racional, “baseia-se em uma concepção absoluta de
racionalidade, no sentido de que pressupõe por parte do tomador de decisões um
conhecimento absoluto de todas as opções disponíveis de ação” (MOTTA;
VASCONCELOS, 2002, p. 104).
25
Já o modelo da racionalidade limitada propõe
o conceito de que a racionalidade é sempre relativa ao sujeito que decide, não
existindo uma única racionalidade tida como superior. O conceito da racionalidade
limitada vai influenciar a Teoria da Decisão e terá importantes conseqüências para o
estudo das organizações (MOTTA; VASCONCELOS, 2002, p. 103).
Siqueira (1996, p. 12), ao comentar sobre o ato de uma pessoa indicar preferência
sobre em relação a um dado produto, afirma que “não se considera característica a
característica, mas o conjunto de características simultâneas que o produto contém. É uma
decisão muitas vezes não consciente e difícil de ser manifestada com exatidão pelo decisor”.
Do exposto por Siqueira (1996), tem-se a idéia da existência de decisões (tomadas por
pessoas) que não são de todo conscientes e, que são difíceis de serem manifestadas com
exatidão. Isso está em desacordo com o que apregoa o modelo de decisão racional, no qual o
decisor, tanto tem acesso a todas as informações, quanto tem capacidade para processá-las.
A hipótese de que a pessoa que decide
é capaz de analisar todas as informações disponíveis e considerar todas as hipóteses
para a solução do problema. (...) contradiz os resultados de diversos estudos
realizados por psicólogos e psicanalistas de todo o mundo, que concluem que a
racionalidade não é o centro ou a diretriz do pensamento humano (HALFELD;
TORRES, 2001, p. 65).
Outros pontos que indicam falha no estabelecido pelo modelo de decisão racional são
apontados por Siqueira (1996, p. 12): (i) “a mente humana tem um limite de sete variáveis,
em média, que podem ser processadas conjuntamente” (MILLER, 1956, citado por
SHEPARD, 1964, p. 263); e (ii) escolhas que envolvem muitas variáveis são complexas e,
pode haver fadiga no processo de análise.
No que se refere à racionalidade da pessoa que decide, o estabelecido pelos
pesquisadores das Finanças Comportamentais corrobora com o estabelecido pelo modelo da
racionalidade limitada:
O homem das Finanças Comportamentais não é totalmente racional; é um homem
simplesmente normal. Essa normalidade implica um homem que age,
freqüentemente, de maneira irracional, que tem suas decisões influenciadas por
emoções e por erros cognitivos, fazendo com que ele entenda um mesmo problema
de formas diferentes, dependendo da maneira como é analisado (HALFELD;
TORRES, 2001, p. 65).
26
Halfeld e Torres (2001, p. 65-66) afirmam que “o campo de estudos das Finanças
Comportamentais é justamente a identificação de como as emoções e os erros cognitivos
podem influenciar o processo de decisão de investidores e como esses padrões de
comportamento podem determinar mudanças no mercado” e, citam os seguintes aspectos
comportamentais: (i) aversão à perda e medo do arrependimento; (ii) auto-confiança
excessiva; (iii) exageros quanto ao otimismo e ao pessimismo; (iv) sobre-reação às novidades
do mercado. Estes aspectos comportamentais reforçam a racionalidade limitada à qual o
tomador de decisão está sujeito.
A interferência dos aspectos psicológicos na tomada de decisão também ocorre no
ambiente empresarial. Shefrin (2007, p. 3) afirma que “o estudo das Finanças Corporativas
Comportamentais é de suma importância, devido ao fato de os erros cometidos por indução
psicológica serem muito dispendiosos para a empresa”.
Para Shefrin (2007, p. 2) “as armadilhas comportamentais não ocorrem
exclusivamente com os gestores de empresas, sendo predominante na população em geral”.
Isso pode ser ampliado para toda e qualquer pessoa que exerça atividade profissional. Um
aluno do curso de Engenharia Civil, por exemplo, irá tomar decisões sobre formar preço de
venda, alugar ou comprar equipamentos, contratar ‘peões’ fixos ou avulsos, etc. Um aluno do
curso de Odontologia irá tomar decisões sobre montar um consultório com um colega ou
sozinho, alugar ou comprar a sala, etc.
Conforme Shefrin (2007, p. 2-3), a interferência dos aspectos psicológicos na tomada
de decisão ocorre no ambiente empresarial e na população em geral, é de se esperar que os
gestores de pequenas e médias empresas estejam sujeitos à estes aspectos de forma muito
intensa, haja vista, serem pessoas que ‘aprendem’ empiricamente, criando formas próprias
para embasar a tomada de decisão que podem ‘funcionar’ em alguns casos, mas ‘falhar’ em
muitos outros.
Shefrin (2007, p. 3), ao dar um tratamento comportamental às Finanças Corporativas
apresenta três categorias de aspectos psicológicos, a saber: (i) tendências ou vieses (biases);
(ii) heurísticas (heuristics); e (iii) efeitos estruturação (framing effects).
27
“Definido como uma predisposição ao erro, o viés pode ser assim classificado: (a)
otimismo excessivo (excessive optimism); (b) excesso de confiança (overconfidence); (c) viés
da confirmação (confirmation bias); e (d) ilusão de controle (ilusion control)” (SHEFRIN,
2007, p. 3).
Com relação ao segundo fenômeno psicológico (heurística), tem-se os aspetos
psicológicos: (i) representatividade (representativeness); (ii) disponibilidade (availability);
(iii) ancoragem e ajustamento (anchoring e adjustment); e (iv) sentimentos emocionais
(affect) (SHEFRIN, 2007, p. 8).
No caso de efeito estruturação Shefrin (2007, p. 10) cita: (i) aversão à perda; e (ii)
aversão à perda certa.
Tem-se, então, com relação às Finanças Corporativas Comportamentais, um total de
10 aspectos comportamentais que afetam o tomador de decisão. Isso, também, reforça que o
decisor não possui racionalidade absoluta.
Isso reforça o estabelecido pelo modelo da racionalidade limitada: “não é possível para
um tomador de decisões ter acesso a todas as possibilidades de ação, medindo todas as
opções, tendo em vista a impossibilidade física de ter acesso a todas as informações e
processá-las e o alto custo envolvido nesse processo” (MOTTA, VASCONCELOS, 2002, p.
105-106).
A não observação do princípio da invariância sinaliza que o tomador de decisão não
possui uma racionalidade absoluta. Este princípio
requer que a ordem de preferência entre prospectos [opções a serem escolhidas] não
deve estar sujeita à maneira como eles [os prospectos] são descritos. Duas versões
de um mesmo Problema de escolha, que são reconhecidamente equivalentes,
deveriam resultar na mesma preferência, independente de terem sido apresentados
conjuntamente ou separadamente (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000a, p. 4).
Kahneman e Tversky (2000a, p. 5) afirmam que, na tomada de decisão,
a falha na invariância é tanto predominante quanto robusta. É tão comum entre os
respondentes sofisticados [intelectuais] quanto entre os [respondentes] simples
[ingênuos] e, não é eliminada até quando as pessoas respondem ambas as questões
[que testam a falha na invariância] num intervalo de poucos minutos [entre elas].
28
“A teoria da utilidade esperada tem dominado a análise da tomada de decisão em
condição de risco, sendo aceita como um modelo padrão da escolha racional e amplamente
adotada como um modelo que descreve o comportamento econômico” (KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 17).
1.1 Problemas da pesquisa
Conforme Kahneman e Tversky (2000b, p. 17) “presume-se que todas as pessoas tidas
como razoáveis seguem os axiomas da teoria da utilizada esperada e que a maioria das
pessoas, na verdade, segue a referida teoria na maior parte do tempo”. Diante do exposto
surgem os questionamentos: (i) as pessoas, ao tomarem decisões em situações que envolvem
risco, seguem o que estabelece a teoria da utilidade esperada; e (ii) caso as escolhas estejam
em desacordo com a teoria da utilidade esperada, é possível identificar padrões?
Pesquisas realizadas por Kahneman e Tversky (2000b) e por Kimura, Basso e Krauter
(2006) indicam que as pessoas não seguem o que apregoa a teoria da utilidade esperada.
Entretanto, estas pesquisas dão enfoque demasiado às escolhas feitas pela maioria das
pessoas. Escolhas estas chamadas de preferência modal ou escolha modal. As combinações
das escolhas podem indicar padrões que permitam a classificação das pessoas com base em
suas respostas.
1.2 Hipóteses da pesquisa
Esta pesquisa tem como hipóteses: (i) as pessoas não seguem a teoria da utilidade
esperada ao fazerem suas escolhas; e (ii) há padrões de resposta que permitem a classificação.
A tentativa de se identificar padrões deve-se ao fato de “as decisões tomadas de
acordo com a formulação de um problema, em alguns casos, seguem um padrão identificável
que pode e deve ser contemplado por um modelo econômico e financeiro” (HALFELD;
TORRES, 2001, p. 65).
29
1.3 Objetivos da pesquisa
O objetivo geral e os objetivos específicos da pesquisa são apresentados a seguir:
Objetivo geral:
Analisar as preferências financeiras dos estudantes de graduação em situações
hipotéticas que envolvem risco, bem como as consistências e inconsistências, destas
preferências.
Objetivos específicos:
Realizar experimentos para coletar as preferências dos estudantes de graduação em
situações hipotéticas que envolvem risco.
Identificar e analisar as preferências dos estudantes em cada situação hipotética.
Identificar e analisar as preferências dos estudantes de graduação em situações
hipotéticas combinadas duas a duas.
Identificar e analisar as consistências e inconsistências, em relação ao risco, das
preferências indicadas pelos estudantes de graduação nas situações hipotéticas
combinadas duas a duas.
Identificar, classificar e analisar as combinações totais de preferências, dos estudantes
de graduação, das situações hipotéticas que compõem o questionário (instrumento de
coleta das preferências).
1.4 Estrutura da pesquisa
Este trabalho está assim estruturado. Além da introdução, constam: o referencial
teórico, onde comenta-se sobre racionalidade, teoria da utilidade esperada, crítica a teoria da
utilidade esperada e teoria do prospecto; a metodologia, onde comenta-se sobre a
classificação da pesquisa e os procedimentos metodológicos; análise dos resultados, onde
comenta-se sobre cada situação hipotética constante do questionário, as combinações
resultantes de pares de situações hipotéticas, as combinações completas dos questionários,
classificando as preferências dos respondentes em relação ao risco; as considerações finais
acerca da pesquisa; a bibliografia utilizada; além do apêndice.
30
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Racionalidade
Ao comentarem sobre o processo decisório nas organizações, Motta e Vasconcelos
(2002, p.103-109) apresentam dois modelos, a saber: (i) modelo decisório racional da
economia clássica; e (ii) modelo da racionalidade limitada.
O modelo decisório racional da economia clássica pressupõe que o tomador de
decisões tem o conhecimento absoluto de todos os dados e, além disso, é capaz de processar
todos esses dados, transformando-os em informações, tomando a decisão ‘ótima’ (MOTTA;
VASCONCELOS, 2002, p. 104). Neste modelo, então, o decisor é dotado de uma
racionalidade absoluta (ilimitada).
Este modelo é composto pelas etapas (i) identificação e definição de problemas; (ii)
Elaboração de soluções possíveis; (iii); Comparação exaustiva das soluções possíveis; (iv)
Implementação da solução ‘ótima’ (MOTTA;VASCONCELOS, 2002, p. 105). A FIG 1
mostra o modelo decisório racional da economia clássica.
FIGURA 1 – O modelo decisório da economia clássica e a racionalidade absoluta
Fonte: Motta e Vasconcelos (2002, p. 105).
No modelo da racionalidade limitada, entretanto, “o ser humano é concebido (...) de
modo mais modesto e realista: não é considerado o ser onisciente e racional do modelo
econômico clássico” (MOTTA, VASCONCELOS, 2002, p. 106).
31
O modelo da racionalidade limitada propõe “o conceito de que a racionalidade é
sempre relativa ao sujeito que decide, não existindo uma única racionalidade tida como
superior”. A pessoa toma decisões satisfatórias e aceitáveis e não ótimas. Os tomadores de
decisão, diante da “escassez de recursos, (...) contentam-se em obter um número limitado de
informações, um nível satisfatório, que lhes permita identificar os problemas e algumas
soluções alternativas” (MOTTA; VASCONCELOS, 2002, p. 103 e 106).
No modelo da racionalidade limita tem-se que o tomador de decisão não tem acesso a
todos os dados nem é capaz de processar todas as informações que podem ser geradas, tanto
por uma limitação na capacidade humana quanto por limitação de recursos financeiros
(MOTTA; VASCONCELOS, 2002, p. 105-106).
A FIGURA 2 apresenta, além da consideração acima, algumas outras considerações
sobre o modelo da racionalidade limitada.
FIGURA 2 – O modelo da racionalidade limitada
Fonte: Motta e Vasconcelos (2002, p. 107).
32
Há, entre os defensores do modelo decisório racional e os defensores do modelo da
racionalidade limitada, controvérsia quanto ao comportamento humano: para os defensores
do primeiro modelo “o comportamento humano é previsível e as decisões também podem ser
quase sempre previstas”, enquanto que para os defensores do segundo modelo existe a
“crença na necessidade de adotar uma visão mais realista do comportamento humano, muitas
vezes incerto e imprevisto, influenciado por conflitos e interesses pessoais específicos dos
indivíduos” (MOTTA; VASCONCELOS, 2002, p. 106). Do exposto tem-se que o gestor
(tomador de decisão), sob a ótica do modelo da racionalidade limitada, não agem com
racionalidade absoluta, podendo ser influenciado por julgamentos ou experiências que
interferem na decisão.
Segundo Milanez (2003, p. 19) “uma vez que a capacidade de processamento de
informações por seres humanos é limitada, há necessidade de criar atalhos para o processo de
tomada de decisões, os quais formulam soluções com custos relativamente baratos”.
Os gestores estão sujeitos a tomarem decisões, influenciados por uma ‘regra de bolso
disponível’ (availability heuristic). “Assim, as pessoas, além de utilizar regras de bolso para
tomar decisões, recorrem geralmente àquelas que estão mais disponíveis do que outras, o que
por si só já provoca um certo viés em um processo de escolha” (KAHNEMAN; TVERSKY,
1973, citado por MILANEZ, 2003, p. 20). Isso sinaliza que a tomada de decisão não está
envolta em uma racionalidade absoluta.
Gigerenzer e Todd (1999, p. 7) afirmam que “a racionalidade ocorre de diversas
maneiras” e, segmentam as visões de racionalidade (visions of rationality) em dois grupos:
(i) demônios (demons); e (ii) racionalidade limitada (bounded rationality). O primeiro grupo
é subdividido em (a) racionalidade ilimitada (unbounded rationality); e (b) otimização
forçada (otimization under constraints). Enquanto que o segundo grupo é subdividido em (c)
satisfação (satisficing) (d) heurísticas constantes e simples (fast and frugal heuristics). Isso
traz à tona mais formas de racionalidade que explicam (ou podem vir a explicar) o
comportamento do decisor em situações que envolvem risco.
33
2.2 Teoria da utilidade esperada
2.2.1 Valor esperado e medida de risco
O valor esperado corresponde a uma média dos resultados observados, ponderados por
suas respectivas probabilidades de ocorrência. “O valor esperado mede a tendência central,
isto é, o desfecho [o resultado] que, na média, deveríamos esperar que viesse a ocorrer”
(PINDYCK; RUBINFELD, 1994, p. 180).
A quantificação do risco é necessária, tanto para comparar os níveis de risco entre
diferentes opções a serem escolhidas, quanto para examinar as preferências dos tomadores de
decisão em relação ao risco envolvido em cada escolha. (PINDYCK; RUBINFELD, 1994, p.
178-179).
A probabilidade ou chance de que um evento ocorra, por exemplo, obter um ganho de
R$ 4.000 com 80% de chance, pode ser determinada de forma objetiva ou subjetiva. No
primeiro caso, “fundamenta-se na freqüência com a qual determinados eventos tendem a
ocorrer”. Já no segundo caso, fundamenta-se na percepção (julgamento e/ou experiência
prévia) de que determinado evento ocorrerá. Esta percepção não está associada à freqüência
(ou ao cálculo propriamente dito da freqüência) com que determinado evento ocorreu
(PINDYCK; RUBINFELD, 1994, p. 179-180).
A quantificação do risco pode ser feita pelo cálculo da variância e/ou do desvio
padrão. Ambas as medidas determinam a variabilidade dos resultados. O desvio padrão é a
raiz quadrada da variância. (PINDYCK; RUBINFELD, 1994, p. 182).
Tanto o cálculo do valor esperado quanto a quantificação do risco são duas medidas
importantes que auxiliam o tomador de decisão “a descrever e comparar escolhas [que
envolvem] risco. O valor esperado fornece o resultado a ser obtido, em média, e, a variância
ou o desvio padrão fornecem a variabilidade para possíveis resultados” (PINDYCK;
RUBINFELD, 1994, p. 180).
34
2.2.2 Utilidade e função utilidade
“Utilidade é o nível de satisfação que uma pessoa tem ao consumir um bem ou ao
exercer uma atividade. A utilidade possui um importante componente psicológico, pois as
pessoas obtêm-na adquirindo coisas que lhes dêem prazer e evitando as que lhes causem dor”
(PINDYCK; RUBINFELD, 1994, p. 106).
Para Varian (2000, p. 56) “a utilidade constitui apenas uma forma de descrever as
preferências” do tomador de decisão. Por exemplo, no caso de uma dada opção A: 80% de
chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 20% de chance não obter ganho, podem-se atribuir
as utilidades: e
()
xu =+ 000.4
()
zu
=
0 , onde
e são números quaisquer, com z z
x
> . No
caso de uma dada opção B: 100% de chance de obter um ganho de R$ 3.000, pode-se atribuir
a utilidade , onde é um número qualquer. A probabilidade de obter ganho
tem papel fundamental na determinação da preferência entre as opções A e B.
()
yu =+ 000.3
y
Para Sá (1999, p. 33)
a utilidade mede a magnitude do desejo que alguém atribui a alguma coisa. Utilidade
é, portanto, um índice de ganho ou perda psíquica. É assim um atributo individual de
cada pessoa. Frente a uma decisão entre alternativas diferentes, a pessoa normal
seleciona aquela com a utilidade mais alta para ela.
O conceito de utilidade na análise econômica é assim apresentado por Pindyck e
Rubinfeld (1994, p. 106)
a utilidade é mais freqüentemente utilizada com a finalidade de sumarizar a
ordenação das preferências de cestas de mercado [composição de bens]. Se a
aquisição de três livros torna uma pessoa mais feliz do que a aquisição de uma
camisa, então dizemos que os três livros dão à pessoa maior utilidade do que a
camisa.
Conforme Pindyck e Rubinfeld (1994, p. 106-107), a função de utilidade é obtida
“dando-se um número a cada cesta de mercado, de tal forma que se a cesta de mercado A for
preferida a B, o número de A será mais alto que o de B. (...). As funções de utilidade (...)
ordenam as escolhas do consumidor em termos de níveis de satisfação”.
Pode-se, para cada decisor, determinar uma função utilidade, na qual associa-se aos
resultados a serem obtidos, “valores de uma quantidade abstrata chamada utilidade, de modo
35
a, convenientemente, representar o comportamento real do decisor perante as situações de
risco” (BEKMAN; COSTA NETO, 1980, p. 54).
Varian (2000, p. 57) afirma que “a função utilidade é um modo de atribuir um número
a cada possível cesta de consumo [composição de bens], de modo que se atribuam as cestas
mais preferidas números maiores que os atribuídos às [cestas] menos preferidas”. No caso das
opções A e B, por exemplo, tem-se que a combinação das variáveis
(
)
0;000.4
+
é preferível à
variável se e somente se
(
000.3+
)
(
)
(
)
000.30;000.4
+
>
+
uu
Aqui cabe um comentário interessante feito por Bekman e Costa Neto (1980, p. 57) ao
comentarem sobre a determinação da função utilidade:
Esta é uma questão experimental ainda sujeita a muita pesquisa e controvérsia.
Uma das dificuldades está em que as pessoas, em geral, não tomam suas decisões
em perfeita concordância com os axiomas básicos da teoria [da utilidade esperada].
Isso por si só deveria indicar apenas que a teoria é inadequada já que não cabe aos
seres humanos se enquadrar em teorias, mas [cabe] às teorias se enquadrarem ao
comportamento humano. A verdade, entretanto, é que muitas vezes as decisões
tomadas pelas pessoas são incoerentes, de forma que teoria alguma calcada em
bases matemáticas poderia explicá-las ou justificá-las.
Sá (1999, p. 29-30) ao comentar sobre a função utilidade, afirma que
a evidência empírica constata que, frente a alternativas de investimento com
determinadas condições de retorno e risco, nem todos os investidores agirão da
mesma forma. E mais, os investidores agem, em geral, objetivando maximizar a
utilidade esperada atribuída à importância resultante do investimento (ganho), e não
objetivando maximizar o ganho (valor esperado). Esta é a teoria da utilidade
esperada proposta por Morgenstern e von Neumann (1944).
Sá (1999, p. 34-35) faz as seguintes considerações acerca da utilidade:
(i) “as pessoas têm preferências consistentes. Então, frente a uma escolha entre A e B: (a)
prefere A a B, se a ; (b) é indiferente entre A e B se
() ()
BUAU >
(
)(
BUAU =
)
; e prefere B a
A se a ”.
() (
BUAU <
)
(ii) a escolha de uma pessoa é transitiva. Então, se a pessoa prefere A a B e B a C, em
conseqüência prefere A a C”.
(iii) “coisas com igual utilidade são igualmente desejáveis. Simbolicamente, se
()
(
)
CUAU
=
e a então a
() ()
BUAU >
()
(
)
BUCU > ”.
(iv) maximização da utilidade – “as pessoas agem de tal forma a maximizar a utilidade do
resultado esperado em lugar de agir para maximizar o resultado esperado”.
36
A maximização da utilidade esperada é representada pela equação
()
(
)
[]
σ
,REfUE = .
Onde: – representa a utilidade esperada;
()
UE
(
)
RE – representa o valor esperado; e
σ
representa o desvio padrão (utilizado como medida de risco) (SÁ, 1999, p. 35).
Com relação a maximização do valor esperado e da utilidade esperada Bekman e
Costa Neto (1980, p. 53) afirmam que “a experiência prática (...) mostra que muitas vezes as
pessoas ou entidades não pautam suas decisões pura e simplesmente tendo por base valores
monetários esperados. O elemento risco desempenha um papel importante na explicação de
tal fato”.
Nos dizeres de Sá (1999, p. 31), pela teoria da utilidade esperada, “regra geral, as
pessoas agem não em busca da maximização do retorno esperado e sim buscando maximizar a
utilidade atribuída à importância a ser recebida. E mais, a utilidade atribuída a determinada
importância em dinheiro varia de pessoa para pessoa”.
2.2.3 Preferências por risco
“As pessoas diferem em sua disposição de assumir riscos. Algumas demonstram
aversão ao risco, outras apreciam-no, enquanto outras mostram-se neutras” (PINDYCK;
RUBINFELD, 1994, p. 187).
Conforme Sá (1999, p. 33), “os investidores [tomadores de decisão] podem ser
divididos em três grandes grupos, relativamente à sua atitude frente ao risco: (i) avessos ao
risco; (ii) indiferentes ao risco; e (iii) amantes do risco”. Nesta pesquisa será utilizada, para o
grupo (iii), a terminologia: “propensos ao risco”, citada por Kimura, Basso e Krauter (2006).
A classificação das preferências em relação ao risco, dada por Pindyck e Rubinfeld (2006, p.
138) é: (i) aversão ao risco; (ii) neutralidade diante de riscos; e (iii) amor pelo risco.
(i) Tomador de decisão avesso ao risco - Um tomador de decisão é avesso ao risco se,
prefere uma renda certa a uma renda incerta, quando ambas as rendas possuem mesmo valor
esperado (PINDYCK; RUBINFELD, 2006, p. 138).
(ii) Tomador de decisão propenso ao risco - Pindick e Rubinfeld (2006, p. 138) afirmam
que se um tomador de decisão tem uma postura de propensão ao risco “prefere uma renda
37
incerta a uma renda certa, mesmo que o valor esperado da renda incerta seja menor do que o
valor esperado da renda certa”.
(iii) Tomador de decisão indiferente ao risco - Conforme Pindyck e Rubinfeld (2006, p.
138) “para o indivíduo que apresenta neutralidade diante de riscos, são indiferentes o
recebimento de uma renda garantida e o recebimento de uma renda incerta que apresente o
mesmo valor da renda esperada”.
Pindyck e Rubinfeld (2006, p. 138) afirmam que “algumas pessoas podem ter aversão
a alguns tipos de risco e, em relação a outros tipos, agir como se o amassem. Por exemplo,
muitas pessoas compram seguro de vida e são conservadores na escolha de emprego, mas
ainda assim gostam de jogos de azar”. Entretanto, é de se esperar que as pessoas que tomam
decisões sejam consistentes em suas preferências em relação ao risco quando estiverem diante
de situações que são iguais, porém apresentadas de formas diferentes.
Com relação à preferência pelo risco Kahneman e Tversky (2000a, p. 2) afirmam que
a preferência pelo ganho certo é um caso de aversão ao risco. Em geral, a
preferência por um resultado certo em relação a um jogo que tem expectativa maior
ou igual é chamada aversão ao risco [risk aversion], e a rejeição de um resultado
certo em favor de um jogo de expectativa menor ou igual é chamada procura pelo
risco ou propensão ao risco [risk seeking].
2.3 Kahneman e Tversky e a crítica à teoria da utilidade esperada
Para Kahneman e Tversky (2000a, p. 4) “pode-se dizer que a moderna teoria da
decisão começou com o trabalho pioneiro de von Neumann e Morgenstern (1947), que
estabeleceram muitos princípios qualitativos, ou axiomas, que deveriam governar as
preferências de um tomador de decisão racional”.
“Presume-se que todas as pessoas tidas como razoáveis seguem os axiomas da teoria
da utilizada esperada e que a maioria das pessoas, na verdade, seguem a referida teoria na
maior parte do tempo” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 17). Isso não foi observado
nem na pesquisa de Kahneman e Tversky (2000b), nem na pesquisa realizada por Kimura,
Basso e Krauter (2006) e, nem na pesquisa aqui realizada.
38
Na pesquisa realizada por Kahneman e Tversky (2000b, p. 18) “foram descritos
muitos tipos de problemas envolvendo escolhas nos quais as preferências, sistematicamente,
violam os axiomas da teoria da utilidade esperada”, tais como efeito certeza, efeito isolamento
e efeito reflexo e alterações na riqueza.
Considerando que os axiomas da teoria da utilidade esperada são violados, Kahneman
e Tversky (2000b, p. 18) afirmam que esta [teoria], “da forma como é comumente
interpretada e aplicada, não é um modelo de descritivo adequado [para explicar as
preferências do decisor em condições de risco]”.
Conforme Kahneman e Tversky (2000b, p. 18) “a aplicação da teoria da utilidade
esperada para escolhas entre prospectos é baseada nos três seguintes princípios: (i)
Expectativa [expectation]; (ii) Combinação de ativos [asset integration]; e (iii) Aversão ao
risco [risk aversion]”.
A maioria das aplicações econômicas (referentes à tomada de decisão) apresentam a
suposição de aversão ao risco, na qual a derivada segunda da função utilidade é côncava
(
)
0
"
<u (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 18).
Kahneman e Tversky (2000b, p. 18), com relação à aversão ao risco afirmam que
“uma pessoa é avessa ao risco se prefere o prospecto certo
(
)
x a qualquer prospecto arriscado
com valor esperado
(
)
x ”.
“Na teoria da utilidade esperada, a aversão ao risco é equivalente à concavidade da
função utilidade. A preponderância por aversão ao risco é talvez a melhor generalização
conhecida com respeito a escolhas arriscadas” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 18).
Kahneman e Tversky (2000a, p.3) apresentam as seguintes propriedades da função
valor [value function].
(i) “é definida nos ganhos e perdas ao invés de [ser definida] na riqueza total”;
(ii) “é côncava no domínio dos ganhos e convexa no domínio das perdas”; e
(iii) “é consideravelmente mais inclinada [steeper] para perdas que para ganhos”.
39
A propriedade (iii), é denominada por Kahneman e Tversky (2000a, p. 3) de aversão à
perda, e “expressa a intuição de que uma perda [de um valor monetário] causa mais
insatisfação que o ganho [do mesmo valor monetário ] causa satisfação”.
X$
X$
Conforme Halfeld e Torres (2001, p. 65) a partir da pesquisa de
Kahneman e Tversky (1979) sobre o comportamento e o processo de tomada de
decisão do ser humano em situações de risco (...). surgiu um dos mais importantes
conceitos das Finanças Comportamentais, a aversão à perda, segundo o qual as
pessoas sentem muito mais a dor da perda que o prazer obtido com um ganho
equivalente.
No que se refere à aversão à perda, Kahneman e Tversky (2000a, p. 3), afirmam que
A aversão à perda explica a relutância das pessoas em apostar [no lançamento] de
uma moeda justa [não-viciada] nas situações em que as apostas apresentam igual
valor: a atração por um ganho possível não é nem de perto suficiente para
compensar pela aversão de uma perda possível
.
Com relação à aversão ao risco, tem-se (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000a, p. 3)
A suposição da aversão ao risco tem desempenhado um papel fundamental na teoria
econômica. Contudo, exatamente como a concavidade do valor dos ganhos transmite
a aversão ao risco [risk aversion], a convexidade do valor das perdas transmite a
propensão ao risco [risk seeking].
Kahneman e Tversky (2000a, p. 3) afirmam que a “propensão ao risco [no domínio]
das perdas é um efeito robusto, particularmente quando as probabilidades de perdas são
substanciais”.
2.4 Teoria do prospecto
Segundo Kahneman e Tversky (2000b, p. 18) “um prospecto
(
)
nn
pxpx ,;;,
11
L
i
p
é um
contrato, uma negociação, que gera um resultado com probabilidade [chance] ”.
i
x
Kahneman e Tversky (2000b, p. 18), no intuito de simplificar a notação (representação
matemática) do prospecto, omitem os resultados nulos, passando a representá-lo por
(
)
px, . A
notação completa, por assim dizer, seria
(
)
ppx
1,0;, .
40
O prospecto
(
gera o resultado
)
ppx 1,0;,
x
com probabilidade (chance)
p
e o
resultado nulo (
0 ) com probabilidade
p
1
. Já o prospecto
(
)
px, gera o resultado
com
probabilidade
p
, sendo omitido o resultado nulo e sua respectiva probabilidade. Por fim, “o
prospecto (desprovido de risco [riskless]) que gera o resultado
x
com certeza [probabilidade
igual a 1] é denotado por ” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 18).
()
px,
No caso de perdas, Kahneman e Tversky (2000b, p. 22) utilizam a notação
(
)
px;
para representar um prospecto qualquer, onde
x
representa a perda de um dado valor
x
e
p
a probabilidade (chance) de obter a referida perda.
2.4.1 Etapas da Teoria do Prospecto
Na teoria do prospecto, o processo de escolha é dividido em duas etapas, (i) a etapa de
preparação ou edição dos prospectos (editing phase) e; (ii) a etapa de avaliação dos
prospectos (evaluation phase) (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 28).
2.4.1.1 Etapa de peparação ou edição (editing phase)
A etapa de preparação “consiste de uma análise preliminar dos prospectos propostos,
que, freqüentemente, resulta em uma representação mais simples destes prospectos” em tem a
função de “organizar e reformular as opções com o intuito de simplificar a subseqüente [etapa
de] avaliação e escolha [do prospecto]” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 28).
Para preparar os prospectos que serão depois avaliados, é necessária a “aplicação de
muitas operações que transformam os resultados e as probabilidades associados aos
prospectos propostos”. As quatro principais operações da etapa de preparação são as
seguintes: (i) mudança ou transformação de variáveis (coding); (ii) combinação
(combination); (iii) separação (segregation); e (iv) cancelamento ou anulação (cancellation)
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 28).
As três primeiras operações listadas “são aplicadas em cada prospecto
separadamente”, enquanto que a última operação “é aplicada a um conjunto de dois ou mais
prospectos” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 29).
41
Além das quatro operações apresentadas, Kahneman e Tversky (2000b, p. 29) citam
duas ‘operações adicionais’, a saber: (v) simplificação (simplication); e (vi) identificação da
dominância (detection of dominance).
Em sua pesquisa Kahneman e Tversky (2000b, p. 29-30) discutem “problemas de
escolha nos quais é razoável supor [(i)] que a estruturação original dos prospectos não deixa
espaço para outras preparações/edições futuras ou, [(ii)] que os prospectos editados [edited
prospects] podem ser especificados sem ambigüidade (incerteza)”.
2.4.1.2 Etapa de avaliação (evaluation phase)
Na etapa de avaliação, que é subseqüente à etapa de preparação, “os prospectos
preparados [ou editados] são avaliados e o prospecto de maior valor é escolhido”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 28).
De acordo com Kahneman e Tversky (2000b, p. 30)
obedecendo a etapa de preparação [editing phase] presume-se que o tomador de
decisão avalie cada um dos prospectos editados [edited prospects], e escolha o
prospecto de maior valor. O valor completo [que abrange todos os componentes] de
um prospecto editado, denotado por
V , é expresso em termos de duas medidas,
π
e
ν
.
A medida
π
“associa a cada probabilidade
p
um peso de decisão [decision weight]
()
p
π
, que reflete o impacto de
p
no valor completo do prospecto
V
”. E, a medida
ν
“determina, para cada resultado
x
, um número
(
)
x
ν
, que reflete o valor subjetivo deste
resultado” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 30).
Algumas observações sobre as medidas
π
e
ν
são aqui apresentadas:
π
não é uma medida de probabilidade e
(
)
(
)
pp
+
1
π
π
é tipicamente menor que a
unidade [ou seja,]
()
(
)
11
<
+ pp
π
π
” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 30).
“Os resultados são definidos em relação a um ponto de referência, que atua como o
ponto zero de uma escala de valor [value scale]. Então,
ν
mede o valor do desvio
42
[deviations] a partir do ponto de referência, isto é, ganhos e perdas” (KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 30).
A estruturação dos prospectos apresentada por Kahneman e Tversky (2000b, p. 30)
“refere-se a prospectos simples da forma
(
)
qypx ,;, , os quais possuem no máximo dois
resultados não-nulos. Em tal prospecto uma pessoa recebe [o resultado]
com probabilidade
p
; [o resultado]
y
com probabilidade q e; nada [o resultado zero] com probabilidade
, onde ” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 30). qp 1 1p + q
Um prospecto pode ser: (1) regular ou; (2) estritamente positivo ou negativo. A
avaliação de ambas as classificações dos prospectos segue regras diferentes. No primeiro
caso, o valor completo do prospecto,
V , é avaliado utilizando-se a equação (1):
()()()()
(
)
yqxpqypxV
ν
π
ν
π
+=,;,
. Enquanto que, no segundo caso, o valor completo do
prospecto é avaliado utilizando-se a equação (2):
(
)()()()
(
)
[]
yxpyqypxV
ν
ν
π
ν
+
=
,;,
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 30 e 31).
Nesta pesquisa todos os prospecto são regulares, levando a utilização, somente, da
equação (1).
2.4.2 Prospectos regulares
Com relação à análise dos prospectos regulares, Kahneman e Tversky (2000b, p. 30)
explicam que “se
(
é um prospecto regular (isto é, ou
)
qypx ,;,
1<
+
qp
, ou , ou
), então
yx 0
yx 0
()
(
)
(
)
(
)
(
)
yqxpqypxV
ν
π
ν
π
+
=
,;,
(1) [equação 1], onde
(
)
0 0
=
ν
,
()
00 =
π
, e
()
1 = 1
π
”.
A equação (1), tida por Kahneman e Tversky (2000, p. 30), como a ‘equação
fundamental da teoria do prospecto’, “descreve a maneira pela qual [as medidas]
π
e
ν
são
combinadas para determinar o valor completo de um prospecto regular [regular prospect]”.
43
Kahneman e Tversky (2000b, p. 30) explicam que “como na teoria da utilidade
[esperada],
V é definida nos prospectos, enquanto que
ν
é definida nos resultados. As duas
medidas são iguais para prospectos certos, onde
(
)
(
)
(
)
xxVxV
ν
=
=
00,1;
”.
Kahneman e Tversky (2000b, p. 30) fazem as seguintes observações acerca da
equação (1):
Ela “generaliza a teoria da utilidade esperada pelo relaxamento do princípio da
expectativa”.
“Uma análise axiomática [que não necessita prova] desta representação (...) descreve
condições que asseguram a existência de um único
π
e uma medida de proporção
[ratio-scale]
ν
satisfazendo a equação (1)”.
2.4.3 Prospectos estritamente positivos ou estritamente negativos
“Um prospecto proposto é estritamente positivo se seus resultados são todos positivos,
isto é, se e ; [um prospecto proposto] é estritamente negativo se seus
resultados são todos negativos, [isto é
0, >yx 1=+ qp
0
<
<
yx
e
1
=
+
qp
]” (KAHNEMAN; TVERSKY,
2000b, p. 30).
2.4.4 Função valor (value function)
“A característica essencial da teoria do prospecto é que os transportadores de valor
[carriers os value] são alterações na riqueza e no bem-estar, ao invés [de alterações] nos
estados finais [de riqueza]” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 32).
Desse modo, Kahneman e Tversky (2000b, p. 32-33) listam a hipótese de “que a
função valor para mudanças de riqueza é geralmente côncava acima do ponto de referência -
()
0
''
<x
ν
para - e freqüentemente convexa abaixo dele [do ponto de referência] - 0>x
()
0
''
>x
ν
para . Isto é, o valor marginal tanto dos ganhos quanto das perdas geralmente
decresce com sua magnitude (grandeza)”.
0<x
44
Uma característica considerável referente às atitudes para mudanças em bem-estar é
que as perdas mostram-se maiores que os ganhos. A irritação que uma pessoa sente
ao perder uma quantia em dinheiro mostra-se maior que a satisfação associada ao
ganhar a mesma quantia” (GALANTER; PLINER, 1974 citados por KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 33).
Para justificar esta atitude Kahneman e Tversky (2000b, p. 33) afirmam que, “de fato,
a maioria das pessoas julgam simétricas apostas da forma
(
)
50,0;&50,0; xx
&50,0;y
de modo
distinto sem atrativos. Além disso, a aversão à apostas justas simétricas geralmente aumenta
com o tamanho [do valor apostado]. Isto é, se , então,
()
é
preferível a
()
”.
0> yx
50,0;y
50,0;&50,0; xx
No Apêndice são apresentados e comentados dois Problemas propostos por Kahneman
e Tversky (2000b) acerca da concavidade e convexidade.
2.4.5 Função peso (weighting function)
Na teoria do prospecto, o valor de cada resultado é multiplicado por um peso de
decisão [decision weight]. Os pesos de decisão são inferidos de escolhas entre
prospectos. (...). Contudo, os pesos de decisão não são probabilidades: eles não
obedecem o axioma da probabilidade e eles não devem ser interpretados como
medidas de posição ou de crença [belief] (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 34-
35).
Kahneman e Tversky (2000b, p. 35) afirmam que no jogo de uma moeda não-viciada,
a probabilidade em que se pode ganhar $1.000 caso dê cara e não obter ganho (ou ganhar $0)
caso dê coroa para uma pessoa com um mínimo de inteligência é de 50%.
Contudo, o peso de decisão
(
)
50,0
π
, que é derivado das escolhas, é provavelmente
menor que
(
)
50,0 . Os pesos de decisão medem o impacto de eventos na qualidade
de tornar o prospecto desejável, e não somente da probabilidade percebida destes
eventos. As duas escalas [scales] coincidem (isto é,
()
pp =
π
) se o princípio da
expectativa é mantido. (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 35).
A função peso [weighting function]
π
, relaciona pesos de decisão [decision
weights] a probabilidades fixas [determinadas]. (...)
π
é uma função crescente de
p
, com
()
00
=
π
e
(
)
11
=
π
. Isto é, resultados casuais de um evento impossível
[ou pouco provável] são ignorados e a medida [scale] é padronizada de tal forma
que
()
p
π
é a razão do peso associado à probabilidade
p
com o peso associado ao
evento certo (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 35).
45
Conforme a teoria do prospecto, “atitudes em direção ao risco são determinadas
conjuntamente por
ν
e
π
, e não somente pela função utilidade. É, então, instrutivo examinar
as condições sob as quais espera-se que ocorra a aversão ao risco ou a propensão ao risco”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 39).
2.4.6 Efeito certeza (certainty effect)
O efeito certeza consiste na “importância demasiada que as pessoas dão aos resultados
que são considerados certos, em relação aos resultados que são [considerados] meramente
prováveis” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 20).
Para ilustrar a ocorrência do efeito certeza, Kahneman e Tversky (2000b, p. 20)
apresentam “uma série de problemas envolvendo escolha nos quais as preferências das
pessoas, sistematicamente, violam o princípio [da teoria da utilidade esperada] de que as
utilidades dos resultados são ponderadas por suas respectivas probabilidades”.
O efeito certeza foi analisado por Kahneman e Tversky (2000b) tanto em Situações
hipotéticas (Problemas) que envolvem ganhos quanto em Situações hipotéticas (Problemas)
que envolvem perdas. No primeiro caso, foram analisados os pares de Problemas: 1-2; 3-4; 5-
6; e 7-8. Já no segundo caso, foram analisados os pares de Problemas 3’-4’; e 7’-8’. Uma
apresentação mais detalhada dos pares de Problemas está disponível no apêndice. Os pares de
Problemas 3-4 e 3’-4’ serão aqui apresentados.
2.4.6.1 Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio positivo
Nos Problemas 3 e 4 abaixo, e em quase todos os Problemas aqui apresentados,
constam, por exemplo, informações como KT; N=72; 18% e; 82%* (‘coluna KT’) e KBK;
N=98; 30% e; 70%* (‘coluna KBK’). É importante explicar o significado destas informações.
KT – identifica que os valores apresentados na coluna referem-se à pesquisa realizada
por Kahneman e Tversky (2000b).
N=x – indica o número de pessoas que responderam o Problema em questão.
% – indica o percentual de pessoas, dentre as pesquisadas, que escolheram a opção A.
Percentuais estes que são, muitas vezes, valores aproximados.
46
(*) – indica que o percentual de pessoas que escolheram a opção é significante ao
nível de 1%.
KBK – identifica que os valores apresentados na coluna referem-se à pesquisa
realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006). As demais informações na ‘coluna
KBK’ são idênticas, em significado, às da ‘coluna KT’.
Nos Problemas 3 e 4 foi solicitado que as pessoas escolhessem uma opção em cada
Problema. Cada opção é composta por um resultado e uma probabilidade. No caso, trata-se de
“jogos que envolvem a chance de ganhar dinheiro, com dois resultados em cada Problema”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 21).
TABELA 1
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): Problemas e
percentuais de preferência
Problema 3 KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter ganho de $4.000. 20% 29%
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000. 80%* 71%*
Problema 4 KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter ganho de $4.000. 65%* 57%
D: 25% de chance de obter ganho de $3.000. 35% 43%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49).
TABELA 2
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): valores
relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
A(+4.000; 0,80) {0; +4.000} {+3.200} 1.600
B(+3.000; 1,00) {+3.000} {+3.000} 0
C(+4.000; 0,20) {0; +4.000} {+800} 400
D(+3.000; 0,25) {0; +3.000} {+750} 375
Fonte: Elaborada pelo autor.
Os respondentes podem basear suas decisões (i) na chance de obter ganho; (ii) no
valor a ser ganho; (iii) no valor esperado; (iv) no risco (medido pelo desvio padrão); ou (v) no
binômio valor esperado – risco (maximização da utilidade esperada) (QUADRO 1).
47
QUADRO 1
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): critérios
utilizados para tomada de decisão e opções a serem escolhidas
Critério utilizado para
tomada de decisão
Problema 3:
Opção a ser escolhida
Problema 4:
Opção a ser escolhida
Chance de obter ganho
(B), maior chance de
obter ganho.
(D), maior chance de
obter ganho.
Valor a ganhar
(A), maior valor a
ganhar.
(C), maior valor a
ganhar.
Valor esperado
(A), maior valor
esperado.
(C), maior valor
esperado.
Risco (desvio padrão) (B), sem risco. (D), menor risco.
Maximização da utilidade
Ponderação entre:
(A) maior valor
esperado e maior risco;
e
(B) menor valor
esperado sem risco.
Ponderação entre:
(C) maior valor
esperado e maior risco;
e
(D) menor valor
esperado e menor
risco.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Caso, nos Problemas 3 e 4, os respondentes optem por basear suas decisões na chance
de obter ganho, escolhem, respectivamente, as opções
(
)
00,1;000.3
+
B e . Já
a decisão baseada no valor a ser ganho leva à escolha das opções e
.
()
25,0;000.3+D
()
80,0;000.4+A
()
20,0;000.4+C
Os respondentes que pautam suas decisões no valor esperado escolhem,
respectivamente, as opções e
()
80,0;000.4+A
(
)
20,0;000.4
+
C . Estas opções possuem maior
valor esperado que seus pares pertencentes ao mesmo Problema.
Por sua vez, os respondentes que pautam suas decisões no risco (medido pelo desvio
padrão) escolhem, respectivamente, as opções
(
)
00,1;000.3
+
B e
(
)
25,0;000.3+D . A opção
B não possui risco e a opção D possui risco inferior à opção C.
Cabe aqui uma explicação: calculou-se, em cada opção, o desvio padrão. Na opção A,
por exemplo, têm-se os resultados possíveis ($4.000 e 0) e as probabilidades (80% e 20%). A
opção A, apresentada na forma completa seria: 80% de chance de obter ganho de $4.000 e
20% de chance de não obter ganho (ou obter ganho $0).
48
Caso os respondentes levem em conta tanto o valor esperado quanto o risco (medido
pelo desvio padrão), têm de ponderar se preferem maior valor esperado e maior risco (opções
A e C) ou, menor valor esperado e menor risco (opções B e D).
É de se supor que os respondentes sejam coerentes em suas escolhas. Caso optem por
maior valor esperado e maior risco, escolhem a opção
(
)
80,0;000.4
+
A no Problema 3 e, a
opção no Problema 4. As utilidades esperadas destas duas escolhas são:
e
(
20,0;000.4+C
(
600.1;200.3+= f
)
)()
UE
A
()
(
)
400;800
+
=
fUE
C
. Por outro lado, caso optem por menor
valor esperado e menor risco, escolhem a opção
(
)
00,1;000.3
+
B
no Problema 3 e
no Problema 4. As utilidades esperadas destas duas escolhas são:
e
()
25,0;000.
( )
000.3+= f
3+D
()
UE
B
()
(
)
375;750
+
= f
D
UE . Escolhas, feitas por uma mesma pessoa,
consistentes com a teoria da utilidade esperada, então, envolvem as combinações AC ou BD.
No Problema 3 a maioria dos respondentes preferiu a opção , em
ambas as pesquisas. Enquanto que, no Problema 4, a maioria dos respondentes preferiu a
opção . Estas escolhas sinalizam que os respondentes foram, em sua maioria,
inconsistentes em suas preferências com o estabelecido pela teoria da utilidade esperada. Mais
precisamente, os respondentes violaram o axioma da substituição.
()
00,1;000.3+B
(
20,0;000.4+C
)
A escolha modal foi, então:
(
)
00,1;000.3
+
B no Problema 3 e no
Problema 4. E, a análise da escolha modal de cada indivíduo, em ambos os Problemas, indica
que
()
20,0;000.4+C
cerca de 60% dos respondentes tomam decisões que não seguem a regra da utilidade
esperada. Assim, a maioria das pessoas prefere o conjunto de decisões formado pelo
prospecto B no Problema 3 e pelo prospecto C no Problema 4, ou o conjunto
formado pelo prospecto A do Problema 3 e o prospecto D do Problema 4
(KIMURA; BASSO; KRAUTER, 2006, p. 49-50).
No que se refere à escolha modal de cada indivíduo, nos Problemas 3 e 4, Kahneman e
Tversky (2000b, p. 21), apesar de não indicar percentuais, afirmam que tanto nos Problemas 3
e 4, quanto nos demais Problemas relacionados ao efeito certeza, “mais da metade dos
respondentes violou a teoria da utilidade esperada”.
49
As preferências da maioria dos respondentes indicam que, no Problema 3,
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
<++ uuu
() ()
e que no Problema 4,
(
)
(
)
075,0 u000.325,0080,0000.420,0 uuu
+
+
>++ . No par de Problemas 3-4,
“aparentemente, a redução de 1,00 para 0,25 na probabilidade de ganhar [$ 3.000] tem um
efeito maior que a redução de 0,80 para 0,20 [de ganhar $ 4.000]” (KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 21).
Kahneman e Tversky (2000b, p. 21) afirmam que “para mostrar que a escolha modal
de preferência [respondentes que escolhem B no Problema 3 e C no Problema 4] nos
Problemas 3 e 4 não é compatível com a teoria [da utilidade esperada], use
()
00
=
u
, e
recorde que a escolha B implica
(
)
()
000.4
000.3
5
4
+
+
<
u
u
enquanto que a escolha C implica a reversa
da inequação”, ou seja,
(
)
()
000.4
000.3
5
4
+
+
>
u
u
. No apêndice estão as explicações para estas
desigualdades.
Kahneman e Tversky (2000b, p. 23) afirmam que, “no domínio positivo [par de
Problemas 3-4, por exemplo], o efeito certeza contribui para que os respondentes tenham
preferência por ganho certo, abdicando de um ganho maior que é provável [não-certo]”. Já
com relação ao domínio negativo (par de Problemas 3’-4’, por exemplo) “o mesmo efeito
[efeito certeza] leva a uma preferência pela propensão ao risco, no caso de uma perda que é
meramente provável, em relação a uma perda menor que é certa”.
Domínio positivo (ganhos) – há uma superponderação da certeza [overweighting of
certain] que “favorece a aversão ao risco” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 23).
Domínio negativo (perdas) –uma superponderação da certeza [overweighting of
certain] que “favorece (...) a propensão ao risco” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b,
p. 23).
50
2.4.6.2 Efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio negativo
TABELA 3
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio negativo): Problemas e
percentuais de preferência
Problema 3’ KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter perda de $4.000. 92%* 82%
B: 100% de chance de obter perda de $3.000.
8% 18%
Problema 4’ KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter perda de $4.000. 42% 37%
D: 25% de chance de obter perda de $3.000.
58% 63%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 51-52).
TABELA 4
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio negativo): valores
relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
A(-4.000; 0,80) {-4.000; 0} {-3.200} 1.600
B(-3.000; 1,00) {-3.000} {-3.000} 0
C(-4.000; 0,20) {-4.000; 0} {-800} 400
D(-3.000; 0,25) {-3.000; 0} {-750} 375
Fonte: Elaborada pelo autor.
QUADRO 2
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio negativo): critérios
utilizados para tomada de decisão e opções a serem escolhidas
Critério utilizado para
tomada de decisão
Problema 3’:
opção a ser escolhida
Problema 4’:
Opção a ser escolhida
Chance de obter perda
A, menor chance de
obter perda.
C, menor chance de
obter perda.
Valor a perder
B, menor valor a
perder.
D, menor valor a
perder.
Valor esperado
A, maior valor
esperado.
C, maior valor
esperado.
Risco (desvio padrão) B, sem risco. D, menor risco.
Maximização da utilidade
Ponderação entre:
(A) menor valor
esperado e maior risco;
e
(B) maior valor
esperado sem risco.
Ponderação entre:
(C) menor valor
esperado e maior risco;
e
(D) maior valor
esperado e menor
risco.
Fonte: Elaborado pelo autor.
51
Nos Problemas 3’ e 4’, caso os respondentes optem por basear suas decisões na chance
de obter perda, evitando as maiores probabilidades, escolhem, respectivamente, as opções
e . Entretanto, caso optem por basear suas decisões no valor
a ser perdido, evitando as perdas maiores, escolhem, respectivamente, as opções
e .
()
80,0;000.4A
()
00,1;000.3B
(
20,0;000.4C
()
25,0;000.3D
)
)
)
)
Tanto os respondentes que focam suas decisões no valor esperado quanto os que
focam suas decisões no risco, escolhem, respectivamente, as opções e
. Estas opções possuem maior valor esperado e menor risco que seus pares
pertencentes ao mesmo Problema.
()
00,1;000.3B
(
25,0;000.3D
Como, no Problema 3’, a opção B possui maior valor esperado e
menor risco que a opção A, é de se esperar que a maximização da utilidade
(decisão baseada tanto no valor esperado quanto no risco) seja representada na escolha da
opção B. Ao escolher esta opção o respondente prefere, em média, perder uma quantia menor
com risco menor (ausência de risco no caso). O mesmo ocorre no Problema 4’, onde a opção
D possui maior valor esperado
()
000.3200.3 <
(
0600.1 >
(
750800
<
e menor risco
(
)
375400 > que a opção C.
Supondo que os respondentes são coerentes em suas preferências, podem optar por
menor valor esperado e maior risco (em ambos os Problemas) ou, maior valor esperado e
menor risco (em ambos os Problemas). No primeiro caso escolhem a combinação AC,
enquanto que no segundo caso escolhem a combinação BD. As utilidades destas escolhas são,
respectivamente,
(
)(
600.1;200.3= fUE
A
)
e
(
)
(
)
400;800
=
fUE
C
e,
()
(
)
000.3
= fUE
B
e . Escolhas consistentes com a teoria da utilidade esperada, no par de
Problemas 3’-4’, então, envolvem as combinações AC ou BD.
() (
= fUE
D
)
375;750
Tanto na pesquisa realizada por Kahneman e Tversky (2000b) quanto na realizada por
Kimura, Basso e Krauter (2006) as escolhas indicam que a opção
(
)
80,0;000.4
A
é preferida
pela maioria dos respondentes no Problema 3’ e, que a escolha
(
)
25,0;000.3
D é preferida
pela maioria dos respondentes no Problema 4’. Estas escolhas sinalizam que os respondentes
foram inconsistentes, em suas preferências, com o estabelecido pela teoria da utilidade
52
esperada. Não há informações sobre o percentual de respondentes que fizeram a escolha
modal em ambos os Problemas.
Nos Problemas 3’ e 4’, as preferências da maioria dos respondentes indicam,
respectivamente, que
(
)
(
)
(
)
000.300,1020,0000.480,0
>
+
uuu e que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325 uu,0080,0000.420,0 uu
+
<+ . A maioria dos respondentes
preferiu, então, menor valor esperado e maior risco (Problema 3’) e maior valor esperado e
menor risco (Problema 4’).
De forma semelhante ao ocorrido no par de Problemas 3-4, tem-se que as preferências
indicadas pela maioria dos respondentes no Problema 3’ resultam em
()
()
000.4
000.3
5
4
>
u
u
e, que
as preferências indicadas pela maioria dos respondentes no Problema 4’ resultam em
()
()
000.4
000.3
5
4
<
u
u
. No apêndice estão as explicações para estas desigualdades.
No domínio positivo (Problemas 3) a maioria dos respondentes preferiu a opção que
assegurava ganho certo, assumindo uma postura de aversão ao risco. Já no domínio negativo
(Problema 3’), a maioria dos respondentes preferiu evitar a opção que assegurava perda certa,
(preferiu a outra opção), assumindo uma postura de propensão ao risco. Esta análise que
envolve inversão de preferência está relacionada ao efeito reflexo, tratado a seguir.
2.4.7 Efeito reflexo (reflection effect)
Kahneman e Tversky (2000b, p. 22) denominam de efeito reflexo ao padrão de
preferência apresentado pelos respondentes, no qual “a preferência entre os prospectos
negativos é a imagem refletida da preferência entre os prospectos positivos. Assim, o reflexo
dos prospectos em torno do zero reverte a ordem de preferência” dos mesmos.
O efeito reflexo é percebido na ‘inversão’ da preferência do respondente diante de
situações que envolvem ganho e perda. O sinal que indica a preferência no domínio positivo é
a imagem refletida do sinal que indica a preferência no domínio negativo (sinais de ‘maior
que’ e ‘menor que’ ).
> <
53
Cabe aqui um comentário acerca da tradução do termo reflection effect feita por
Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 46 e 51). O referido termo foi traduzido como ‘efeito da
reflexão’ ou ‘efeito de reflexão’. Seria mais indicado chamar o reflection effect de ‘efeito
reflexo’, haja vista o mesmo consistir na
imagem refletida do sinal (de
>
ou, de
<
,
dependendo do Problema) que indica a preferência do respondente entre dois
prospectos propostos, sendo um com os resultados positivos (
(
)
pxA ; e
()
qyB ; ) e outro
com os resultados negativos (
()
pxC ;
e
(
)
qyD ;
). O resultado
no pro é igual,
em módulo, ao resultado
sp o Aect
ect robabilidade do prosp o C. A p
p
é igual em ambos os
prospectos. O mesmo vale para os prospectos B e D. Pelo efeito reflexo, o indivíduo que
indicar a preferência
()
(
)
yuqxup >
, indicará a preferência
(
)()
yuqxup <
.
Ao analisar o efeito reflexo Kahneman e Tversky (2000b, p. 22) procuraram saber “o
que oc
Kahneman e Tversky (2000b, p. 22) apresentam os mesmos Problemas relacionados
ao efei
A seguir são apresentadas três considerações relacionadas ao efeito reflexo (que têm
relação
(i) “O efeito reflexo implica que a aversão ao risco nos domínios positivos é
acompa
orre quando os sinais dos resultados são mudados de tal forma que os ganhos são
substituídos por perdas?”. De outra forma: o que ocorre com as preferências dos respondentes
quando as opções envolvem perdas?
to certeza e ao axioma da substituição (Problemas 3, 4, 7 e 8) mudando o sinal dos
resultados, que passaram a representar perdas e não mais ganhos, gerando os problemas
(Problemas 3’, 4’, 7’ e 8’). Diferentemente do efeito certeza e do axioma da substituição no
domínio das perdas, onde foram analisados, por exemplo, os pares de Problemas 3-4 e 3’-4’,
no efeito reflexo são analisados os pares: 3-3’; 4-4’; 7-7’ e; 8-8’. Serão aqui comentados os
pares 3-3’ e 4-4’. Informações adicionais sobre os pares de Problemas 3-3’; 4-4’; 7-7’ e; 8-8’
estão disponíveis no apêndice.
com o efeito certeza):
nhada pela propensão ao risco nos domínios negativos” (KAHNEMAN; TVERSKY,
2000b, p. 22-23).
54
Neste caso, tem-se que um respondente, diante de uma situação que envolve ganho,
assume uma postura de aversão ao risco e que, diante de uma situação que envolve perda,
assume uma postura de propensão ao risco.
(ii) “As preferências entre prospectos positivos (...) são inconsistentes com a teoria da
utilidade esperada. As preferências entre os prospectos negativos correspondentes [aos
positivos] também violam o princípio da expectativa da mesma maneira” (KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 23).
Conforme comentado anteriormente, houve violação da teoria da utilidade esperada
tanto nos prospectos de domínio positivo quanto nos prospectos de domínio negativo.
(iii) “O efeito reflexo elimina a aversão por incerteza ou [a aversão à] variabilidade
como uma explicação do efeito certeza” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 23).
No Problemas 3 a opção preferida pela maioria dos respondentes foi
e, no Problema 4 a opção preferida pela maioria dos respondentes foi . Então
a preferência modal em ambos os Problemas é formada pela combinação BC. Houve,
portanto, violação do axioma da substituição da teoria da utilidade esperada. Para que o
referido axioma não fosse violado os respondentes deveriam escolher a combinação AC ou
BD.
()
00,1;000.3+B
()
20,0;000.4+C
Kahneman e Tversky (2000, p. 23) afirmam que “para resolver esta aparente
inconsistência uma pessoa [respondente e/ou pesquisador] pode invocar a suposição de que as
pessoas preferem prospectos que possuem alto valor esperado e baixa variância”. Nesta
pesquisa a medida de risco usada é o desvio padrão, que consiste na raiz quadrada da
variância.
Conforme anteriormente comentado as utilidades esperadas destas duas opções dos
Problemas 3 (A e B) e 4 (C e D) são:
(
)
(
)
600.1;200.3
+
=
fUE
A
e ; e
e
() (
000.3+= fUE
B
)
)() (
400;800+= fUE
C
()
(
)
375;750
+
=
fUE
D
. Os respondentes que preferiram a
combinação BC optaram por menor valor esperado e menor risco. Ou, de outra forma,
abriram mão do maior valor esperado com risco em relação a um menor valor esperado sem
55
risco (Problema 3) e; abriram mão de um maior valor esperado com maior risco em relação a
um menor valor esperado com menor risco (Problema 4).
A opção
(
)
00,1;000.3
+
B “pode ser escolhida apesar de seu baixo valor esperado
[valor esperado inferior ao da opção
(
)
80,0;000.4
+
A ]” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b,
p. 23).
Kahneman e Tversky (2000b, p. 23) defendem que “quando os prospectos são
reduzidos, no entanto, a diferença na variância entre [os prospectos]
pode ser insuficiente para superar a diferença no valor esperado”.
()
20,0;000.4+C
(
25,0;000.3+D
)
Com relação ao Problema 3’ a opção
(
)
80,0;000.4
A
)
foi preferida pela maioria dos
respondentes. De forma semelhante ao Problema 3, no Problema 3’ a opção
não possui risco e a opção possui risco. As utilidades esperadas no Problema
3’ são:
()
00,1;000.3B
(
80,0;000.4A
)
600.1;
() (
200.3
= fUE
A
e
(
)
(
)
000.3
=
fUE
B
.
Baseando-se no acima exposto, os respondentes deveriam ter preferido a opção B, por
possuir maior valor esperado e menor risco. Entretanto, os respondentes preferiram o
prospecto A, como bem explicam Kahneman e Tversky (2000b, p. 23): “esta consideração [de
que as pessoas podem escolher baseando-se no maior valor esperado e menor risco] transmite
a idéia de que a perda certa deveria ser preferida, ao contrário do que apresentaram os dados”.
Os resultados obtidos por Kahneman e Tversky (2000b, p. 23) no que se refere ao
Problema 3’ (domínio negativo) “são incompatíveis com a noção de que a certeza e
geralmente desejável. (...). Particularmente, parece que a certeza eleva a aversão à perda, bem
como aumenta o desejo por ganhos”.
56
2.4.7.1 Efeito reflexo com probabilidades elevadas
TABELA 5
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: Problemas e percentuais de preferência
Problema 3 KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter ganho de $4.000. 20% 29%
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000. 80%* 71%*
Problema 3’ KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter perda de $4.000. 92%* 82%
B: 100% de chance de obter perda de $3.000. 8% 18%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49 e 51-52).
TABELA 6
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: valores relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
A(+4.000; 0,80) {0; +4.000} {+3.200} 1.600
B(+3.000; 1,00) {+3.000} {+3.000} 0
A(-4.000; 0,80) {-4.000; 0} {-3.200} 1.600
B(-3.000; 1,00) {-3.000} {-3.000} 0
Fonte: Elaborada pelo autor.
QUADRO 3
Efeito reflexo com probabilidades elevadas: critérios utilizados para tomada de decisão
e opções a serem escolhidas
Critério utilizado para
tomada de decisão
Problema 3:
opção a ser escolhida
Problema 3’:
opção a ser escolhida
Chance de obter ganho (ou
perda)
(B), maior chance de
obter ganho.
(A), menor chance de
obter perda.
Valor a ganhar (ou perder)
(A), maior valor a
ganhar.
(B), menor valor a
perder.
Valor esperado
(A), maior valor
esperado.
(B), maior valor
esperado.
Risco (desvio padrão) (B), sem risco. (B), sem risco.
Maximização da utilidade
Ponderação entre:
(A) maior valor
esperado e maior risco;
e
(B) menor valor
esperado sem risco.
Ponderação entre:
(A) menor valor
esperado e maior risco;
e
(B) maior valor
esperado sem risco.
Fonte: Elaborado pelo autor.
57
Caso os respondentes avaliem as opções pelo valor esperado, escolhem a opção
no Problema 3 e
(
80,0;000.4+A
)
(
)
00,1;000.3
B
)
no Problema 3’. Ambos possuem maior
valor esperado, comparativamente ao outro prospecto do mesmo Problema. No domínio
positivo e, no domínio negativo
(
000.3+>2000.3+
(
)
000.32000.3
<
. Por sua vez, caso
avaliem as opções pelo risco, escolhem as opções
(
)
00,1;000.3
+
B
e . Ambas
não possuem risco (medido pelo desvio padrão).
()
00,1;000.3B
Caso, ao avaliar as opções, os respondentes considerem, além do valor esperado, o
risco, têm de ponderar se preferem, no Problema 3, maior valor esperado com risco (opção A)
ou menor valor esperado sem risco (opção B). Já no Problema 3’ têm de ponderar se preferem
menor valor esperado e maior risco (opção A) ou, maior valor esperado sem risco (opção B).
É de se esperar que a opção B seja preferida. Que indivíduo abriria mão de maior valor
esperado sem risco, optando por menor valor esperado e maior risco?
Kahneman e Tversky (2000b, p. 23) explicam que “no Problema 3’, por exemplo, a
maioria das pessoas estava desejosa em aceitar um risco de 80% de perder $4.000, em
preferência a uma perda certa de $3.000, embora o jogo [opção A] envolvendo chance de
perder dinheiro tenha menor valor esperado”.
No Problema 3 (domínio positivo) houve preferência, da maioria dos respondentes,
pela opção
em ambas as pesquisas. Neste caso, os respondentes preferiram a
opção que envolve ganho certo, indicando que
(
00,1;000.3+B
)
(
)()(
000.300,1020,0000.480,0 +<
)
+
+
uuu .
No Problema 3’ (domínio negativo), em ambas as pesquisas, houve preferência, da
maioria dos respondentes, pela opção
(
)
80,0;000.4
A
. Os respondentes evitaram a escolha
que envolve perda certa, indicando que
(
)
(
)(
000.300,1020,0 >
)
000.480,0
+
uuu .
As utilidades esperadas no Problema 3 são:
(
)(
600.1;200.3+= fUE
A
)
)
)
e
. E as utilidades esperadas no Problema 3’ são:
e
() (
000.3+= fUE
B
() (
1;200.3= fUE
A
600.
()
(
)
000.3
=
fUE
B
.
58
Comparando as preferências dos respondentes nos Problemas 3 e 3’, percebe-se que,
diante de uma situação de ganho (domínio positivo), a maioria dos respondentes assumiu uma
postura de aversão ao risco, escolhendo o prospecto que assegura ganho certo. Em
contrapartida, diante de uma situação de perda (domínio negativo), a maioria dos
respondentes assumiu uma postura de propensão ao risco, evitando escolher o prospecto que
assegura perda certa.
2.4.7.2 Efeito reflexo com probabilidades diminutas
TABELA 7
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: Problemas e percentuais de preferência
Problema 4 KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter ganho de $4.000. 65%* 57%
D: 25% de chance de obter ganho de $3.000. 35% 43%
Problema 4’ KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter perda $4.000. 42% 37%
D: 25% de chance de obter perda $3.000.
58% 63%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49 e 51-
52).
TABELA 8
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: valores relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
C(+4.000; 0,20) {0; +4.000} {+800} 400
D(+3.000; 0,25) {0; +3.000} {+750} 375
C(-4.000; 0,20) {-4.000; 0} {-800} 400
D(-3.000; 0,25) {-3.000; 0} {-750} 375
Fonte: Elaborada pelo autor.
59
QUADRO 4
Efeito reflexo com probabilidades diminutas: critérios utilizados para tomada de decisão
e opções a serem escolhidas
Critério utilizado para
tomada de decisão
Problema 4:
opção a ser escolhida
Problema 4’:
opção a ser escolhida
Chance de obter ganho (ou
perda)
(D), maior chance de
obter ganho.
(C), menor chance de
obter perda.
Valor a ganhar (ou perder)
(C), maior valor a
ganhar.
(D), menor valor a
perder.
Valor esperado
(C), maior valor
esperado.
(D), maior valor
esperado.
Risco (desvio padrão) (D), menor risco. (D), menor risco.
Maximização da utilidade
Ponderação entre:
(C) maior valor
esperado e maior risco;
e
(D) menor valor
esperado e menor
risco.
Ponderação entre:
(C) menor valor
esperado e maior risco;
e
(D) maior valor
esperado e menor risco.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A análise dos Problemas 4 e 4’, pelo valor esperado, leva o respondente a escolher,
respectivamente, as opções e
()
20,0;000.4+C
(
)
25,0;000.3
D . Ambas possuem maior valor
esperado, comparativamente ao outro prospecto do mesmo Problema.
Caso o respondente faça sua escolha baseada no risco, escolhe respectivamente, as
opções e . Ambas possuem menor risco.
()
25,0;000.3+D
(
25,0;000.3D
)
)
Na análise do Problema 4, pelo valor esperado e pelo risco, os respondentes têm de
escolher a opção que maximiza a utilidade esperada: maior valor esperado e maior risco
(opção C) ou, menor valor esperado e menor risco (opção D). Da mesma forma, no Problema
4’: menor valor esperado e maior risco (opção C) ou, maior valor esperado e menor risco
(opção D).
Sob esta ótica de análise é de se esperar que o respondente escolha a opção
no Problema 4’. Novamente: que indivíduo prefere menor valor esperado e
maior risco? Entretanto, no Problema 4, a opção
(
25,0;000.3D
(
)
20,0;000.4
+
C possui maior valor
esperado e maior risco que a opção
(
)
25,0;000.3
+
D . O que levaria o respondente a ter de
ponderar se prefere maior valor esperado e maior risco ou menor valor esperado e menor
risco.
60
No que se refere ao Problema 4 (domínio positivo), a opção
()
20,0;000.4+C foi
preferida pela maioria dos respondentes, indicando que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.4 uuu20,0 u
+
+
>++ . No Problem ínio
negativo), a maioria dos respondentes preferiu a opção
a 4’ (dom
(
)
25,0;000.3
D
, indicando que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
<+ .
(
)(
400;800+= fUE
C
a 4’ são:
As utilidades esperadas no Problema 4 são:
)
e
)
. E as utilidades esperadas no Problem
() (
375;750+= fU
D
()
UE
C
E
( )
400;800= f e
()
(
)
375;750
=
fUE .
D
No Problema 4, a maioria dos respondentes preferiu a opção com maior valor
sperado e maior risco, assumindo uma postura de propensão ao risco. Já no Problema 4’, a
maioria
Preferências entre Prospectos Positivos e Negativos
Par de Problemas Problema Preferências
e
dos respondentes preferiu a opção com maior valor esperado e menor risco,
assumindo uma postura de aversão ao risco. Houve, de fato, ‘inversão’ no sinal que indica
preferência, entretanto, foi observado, pois, diante de uma situação de ganho (domínio
positivo), a maioria dos respondentes assumiu uma postura de propensão ao risco. Ao passo
que, diante de uma situação de perda (domínio negativo), a maioria dos respondentes assumiu
uma postura de aversão ao risco. Surge a dúvida não esclarecida pela teoria do prospecto ou
não compreendida pelo autor desta pesquisa: existe um
efeito reflexo invertido?
TABELA 9
Prospecto
3 Positivo (+4.000; 0,80) < (+3.000; 1,00)
3-3’
0; 1,00)
3’ Negativo (-4.000; 0,80) > (-3.00
4 Positivo (+4.000; 0; 0,25) 0,20) > (+3.00
4-4’
4’ Negativo (-4.000; 0,20) < (-3.000; 0,25)
7 Positivo (+6.000; 0,45) < (+3.000; 0,90)
7-7’
7’ Negativo (-6.000; 0,45) > (-3.000; 0,90)
8 Positivo ( + )6.000; 0,001) > (+3.000; 0,002
8-8’
8’ Negativo (-6.000; 0,001) < (-3.000; 0,002)
Fonte: ad de Kahnema versk . 22)
aptado n e T y (2000b, p .
61
Na TAB. 9 são mostrados os prospectos positivos e negativos. Os pares de Problemas
3 e 3’, por exemplo, diferem apenas pela mudança dos sinais resultados (
x
para os prospectos
positivos e
x
para os prospectos negativos), o mesmo valendo para os pares de Problemas 4
e 4’, 7 e 7’ e, 8 e 8’(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 22).
O efeito reflexo foi observado em todos os pares de Problemas. Isso pode ser
ercebido, em cada par de Problemas, pela ‘inversão’ do sinal de maior que e menor que
o qu
2
AN; TVERSKY, 2000b, p. 25) afirma que “a fim
e simplificar a escolha entre alternativas, as pessoas freqüentemente não levam em
conside
lation effect) consiste na indicação de preferências
consistentes por pessoas (tomadores de decisão) que, ao realizarem escolhas não levam em
conside
2000b) pelo par de
roblemas 10-4, apresentados a seguir
p
>
<
, al indica a preferência do respondente (ou da maioria dos respondentes).
.4.8 Efeito isolamento (isolation effect)
Tversky (1972, citado por KAHNEM
d
ração componentes que são comuns a ambas as alternativas, dando maior atenção aos
componentes que as distinguem”.
O efeito isolamento (iso
in
ração aspectos que são comuns às opções (prospectos) possíveis de serem escolhidas.
“Isso de deve ao fato de um par de prospectos poder ser decomposto em componentes comuns
a ambos e distintos de diversas formas, e as diferentes decomposições às vezes levam a
diferentes preferências” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 25).
O efeito isolamento é analisado por Kahneman e Tversky (
P
62
2.4.8.1 Efeito isolamento – anulação de componentes comuns
Efeito isolamento (anulação de componentes comuns): Problemas e percentuais de
Pr
TABELA 10
preferências
oblema 10 KT KBK
Co
probabilidade de 75% de terminar o jogo sem ganhar nada, e uma
de 25% de avançar para o segundo estágio. Caso alcance o
N = 141 N = 189
nsidere o seguinte jogo de dois estágios. No primeiro estágio, há uma
probabilidade
segundo estágio você tem uma escolha entre (Obs - sua escolha deve ser
feita antes do início do jogo, isto é, antes do resultado do primeiro estágio
ser conhecido):
A: 80% de chance de obter ganho de $4.000.
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000.
Problema 4
22% 22%
78% 78%
KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter ganho de $4.000. 65%* 57%
D: 25% de chance de obter ganho de $3.000. 35% 43%
F e Kahneman e Tversky (2000b, p. 21 e 25-26) e de Kimura, Basso e Kra 06, p e
5
feito isolamento (anulação de componentes comuns): valores relacionados a cada opção
Notação Valores p r esperado Desvio padrão
onte: adaptada d uter (20 . 48-49
4).
TABELA 11
E
ossíveis Valo
A(+4.000; 0,20) {0; +4.000} {+800} 400
B(+3.000; 0,25) {0; +3.000} {+750} 375
C(+4.000; 0,20) {0; +4.000} {+800} 400
D(+3.000; 0,25) {0; +3.000} {+750} 375
F lo aut
Efeito isolamento (anulação de componentes comuns): critérios utilizados para tomada
de decisão e opções a serem escolhidas
onte: Elaborada pe or.
QUADRO 5
Critério utilizado para
tomada de decisão
Problema 10:
opção a ser escolhida
Problema 4:
opção a ser escolhida
Chance de obter ganho
r chance de obter B, maior chance de obter D, maio
ganho. ganho.
V A Calor a ganhar , maior valor a ganhar. , maior valor a ganhar.
Valor esperado A, maior valor esperado. C, maior valor esperado.
Risco (desvio padrão) B, menor risco. D, menor risco.
Maximização da utilidade
esp o.
Ponderação entre:
(A) maior valor
espe o; e rado e maior risc
(B) menor valor
e crado e menor ris
Ponderação entre:
(C) maior valor esperado
e maior risco; e
(D) menor valor
esperado e menor risco.
Fonte: Elaborado pelo autor.
63
No Problema 10, a observ , leva a
. Da mesma forma, a opção B é representada pela
notação
ação da opção A, sem considerar o contexto
representá-la pela notação
()
80,0;000.4+A
a chance de 20
()
00,1;000.3+B . Entretanto, na opção A, ao invés de uma chance de 80% de obter
ganho de $4.000, tem-se um % de obter ganho de $4.000. Já na opção B, ao
invés de de $3.000, tem-se uma chance de 25% de obter ganho de $3.000. De
fato, em termos dos resultados e das probabilidades finais, considerando os dois estágios do
jogo, a escolha seria entre as opções
um ganho certo
(
)
20,0;000.4
+
A
e
(
)
25,0;000.3
+
B
(KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 26).
Percebe-se que a representação, considerando-se o contexto, das opções do Problema
0 e é igual à representação das opções do Problema 4,
coment
()
20,0;000.4+A
()
25,0;000.3+B
ados no efeito certeza, como bem explicam Kahneman e Tversky (2000b, p. 26)
neste jogo [Problema 10], a pessoa tem uma escolha entre
1
20,080,025,0
=
×
chance de ganhar $4.000, e
25,000,125,0
=
×
chance de ganhar $3.000. Dessa
ssoa se vê diante de uma forma, em termos de resultad ades, a peos finais e probabilid
escolha entre
(
)
20,0;000.4
+
A e
(
)
25,0;000.3
+
B , como
fato do jogo ser em dois estágios e haver uma probabilidade de 25% do
ra o segund %
no Problema 4.
Isso se deve ao
articipante avançar pa o estágio (há 75 de chance de o participante encerrar o
jogo sem
Problema 4, “contudo, as preferências dominantes são diferentes nos
dois problem
)
(2006).
p
ganhar). Então, a chance de obter um ganho de $4.000 é reduzida em 25%,
ocorrendo o mesmo com a chance de obter um ganho de $3.000.
Tem-se, então que o Problema 10 é, em termos de resultados finais e de
probabilidades, igual ao
as” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 26). No Problema 4 a opção
()
20,0;000.4+C
é preferida pela maioria dos respondentes em ambas as pesquisas, enquanto
que no Problema 10 a opção “reduzida”, em termos de resultados finais e de probabilidades,
é preferida por apenas 22% dos respondentes, tanto na pesquisa realizada
por Kahneman e Tversky (2000b) quanto na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter
(
20,0;000.4+A
64
2.4.8.2 Efeito isolamento – pseudo-certeza
Kahneman e Tversky (2000a, p. 9) denominam de efeito pseudo-certeza [pseudo-
um evento incerto, tratam-no como sendo certo.
ela preferência modal dos respondentes, este efeito pode ter ocorrido no par de problemas
10-3
lema 10 KT KBK
certainty effect], quando as pessoas, diante de
P
TABELA 12
Efeito isolamento (pseudo-certeza): Problemas e percentuais de preferências
Prob
Considere o seguinte jogo de dois estágios. No primeiro estágio, há uma
probabilidade de 75% de terminar o jogo sem ganhar nada, e uma
proba
segundo estágio você tem uma escolha en
antes do resultado do primeiro estágio
189
bilidade de 25% de avançar para o segundo estágio. Caso alcance o
tre (Obs - sua escolha deve ser
N = 141 N =
feita antes do início do jogo, isto é,
ser conhecido):
A: 80% de chance de obter ganho de $4.000.
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000.
Problema 3
22% 22%
78%
KT
78%
KBK
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter ganho de $4.000.
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000.
20%
80%*
29%
71%*
F 21 e 25-26) e de Kimura, Basso e Kra 006, p. e
5
BELA 13
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
ontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. uter (2 48-49
4).
TA
Efeito isolamento (pseudo-certeza): valores relacionados a cada opção
A(+4.000; 0,20) {0; +4. +800} 400 000} {
B(+3.000; 0,25) {0; +3. +750} 375 000} {
A(+4.000; 0,80) {0; +4.000} {+800} 400
B(+3.000; 1,00) {+3.000} {+3.000} 0
Fonte a pelo
As opções dos Problemas 3 e 10 são iguais, istingue o Problemas é o
lema 10. Contexto este que torna o Problema 10 igual ao
Problem resentam preferências similares para os
Problem
: Elaborad autor.
o que d s dois
contexto no qual está inserido o Prob
a 4. Os respondentes, no entanto, ap
as 10 e 3. No Problema 10, 78% preferiam a opção
(
)
00,1;000.3
+
B , que, na verdade,
é a opção “reduzida”
()
25,0;000.3+B
. No Problema 3, mais de 70% dos respondentes
preferiram a opção “original”
(
)
00,1;000.3
+
B . Isto sinaliza que os respondentes estão
sujeitos ao efeito isolamento. Parece que ignoram o contexto no qual o Problema 10 está
inserido, tomando sua de na opção “pura e simples”. cisão com base
65
Kahneman e Tversky (2000b, p. 26) afirmam que, “claramente, as pessoas ignoram o
primeiro estágio do jogo, cujos resultados são divididos por ambos os prospectos, e
consideram o Problema 10 como uma escolha entre
(
)
80,0;000.4
+
A e ,
como n
No Problema 10 (e sua relação com o Problema 4) Kahneman e Tversky (2000b, p.
lteradas por diferentes representações de
robabilidades”. Por sua vez, nos Problemas 11 e 12, ilustram “como as escolhas podem ser
alterada
s e perdas): Problemas e percentuais
Problema 11 KT KBK
()
00,1;000.3+B
o Problema 3”, quando, de fato, o Problema 10 consiste em uma escolha entre
()
20,0;000.4+A e
()
25,0;000.3+B .
2.4.9 Estados de riqueza e alterações na riqueza
27) ilustram “como as preferências podem ser a
p
s pela variação na descrição dos resultados”.
TABELA 14
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganho
de preferências
Além de tudo o que possui, é dado a você gora, é solicitado
N=70 N=97
$ 1.000. Você, a
a escolher entre:
A: 50% de chance de obter ganho de $1.000. 16% 30%
00. B: 100% de chance de obter ganho de $5 84%* 70%*
Problema 12 KT KBK
Além de tudo o que possui, é dado a você $2.000.
Você, agora, é solicitado a escolher entre:
N=68 N=92
C: 50% de chance de obter perda de $1.000. 69%* 65%*
D: 100% de chance de obter perda de $500. 31% 35%
F de Kahneman e Tversky (2000b, p. 27) e de Kimura, Basso e Krauter (200 5).
ontes: adaptada 6, p. 5
66
TABELA 15
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas): valores relacionados às
“opções-completas”
Notação Riqueza inici or esperado Riqueza esperada final al Val
A(+1.000; 0,50) +1.000 +500 +1.500
B(+500; 1,00) +1.000 +500 +1.500
C(-1.000; 0,50) +2.000 -500 +1.500
D(-500; 1,00) +2.000 -500 +1.500
Notação Riqueza inicial V alores possíveis Riqueza final
0 +1.000
A(+1.000; 0,50) +1.000
+1.000 +2.000
B(+500; 1,00) +1.000 +500 +1.500
0 +2.000
C(-1.000; 0,50) +2.000
-1.000 +1.000
D(-500; 1,00) +2.000 - 500 +1.500
Fonte: Elabora utor.
TABELA 16
terações na riqueza (ganhos e perdas): valores relacionados a
cada opção
Notação Valores p r esperado Desvio padrão
da pelo a
Estados de riqueza e al
ossíveis Valo
A(+1.000; 0,50) {0; +1. +500} 500 000} {
B(+500; 1,00) {+500} {+500} 0
C(-1.000; 0,50) {-1.000 {-500} 500 ; 0}
D(-500; 1,00) {-500} {-500} 0
Fonte a pelo
Da análise dos Problemas 11 e 12, não em de ganhos perdas, mas, em
que os m
VERSKY, 2000b, p. 27). Logo, o respondente poderia indicar indiferença.
o na opção C, a
essoa acu chances de 50%-50%,
: Elaborad autor.
termos ou
termos das s is, perceituações fina be-se esmos são idênticos (KAHNEMAN;
T
No par de Problemas 11-12 todas as quatro opções possuem o mesmo valor de riqueza
esperada final
500.1+ . Em termos de riqueza final, tanto na opção A quant
p mula, com
000.1
+
ou 000.2
+
. Já nas opções B e D, a
pessoa
um ho certo de $500. No Problema 12, a opção
foi preferida pela maioria dos respondentes. Neste segundo Problema pode-
se afirm
assegura uma
acumula, com certeza
500.1+ .
No Problema 11, a maioria dos respondentes indicou preferência pela opção
()
00,1;500+B
, que assegura gan
()
50,0;000.1C
ar que os respondentes que escolheram a opção C evitaram escolher a opção D, que
perda certa de $500.
67
As prefe
os negativos” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 27).
As pref
rências apresentadas nos Problemas 11 e 12 “estão de acordo com
efeito
reflexo observado (...), o qual demonstra aversão ao risco para os prospectos positivos e,
propensão ao risco para os prospect
erências no Problema 11 indicam que
(
)()()
50000,1050,0000.150,0 +<
+
+
uuu e, no
Problema 12 indicam que
()
(
)
(
)
50000,1050,0000.150,0
>
+
uuu .
Não há menção, na pesquisa realiz
percentuais de responden
ada por Kahneman e Tversky (2000b) dos
tes que escolheram, determinada opção no Problema 11 e
eterminada opção no Problema 12. Há, além dos percentuais de preferência em cada
Problem
ão de $ 1.000 de
dos os resultados”. Veja a explicação no Apêndice.
analisarem o Problema] não integram o
ônus [de $1.000 no Problema 11 e de $2.000 no Problema 12] ao prospecto. O bônus não
entra n
de risco (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 28).
A pesquisa real
pessoas normalmente
erceberem como] estados finais
d
a, a afirmação de que “as pessoas escolhem B no primeiro problema [Problema 11] e
C no segundo [Problema 12]” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 27).
Kahneman e Tversky (2000b, p. 28) afirmam que “na realidade, o Problema 12 é
obtido do Problema 11 pela adição de $ 1.000 ao bônus inicial e pela subtraç
to
Para explicar as preferências dos respondentes em cada Problema Kahneman e
Tversky (2000b, p. 28) afirmam que “as pessoas [ao
b
a comparação dos prospectos, por ser comum a ambas as opções em cada problema”.
O aparente desprezo de um bônus comum a ambas as opções nos Problemas 11 e 12
implica que os carregadores de valor [carriers of values] ou utilidade são alterações
de riquezas, ao invés de posições finais de ativos que incluem riqueza atual. Esta
conclusão é a pedra fundamental de uma teoria alternativa de escolha em condições
izada por Kahneman e Tversky (2000b, p. 28) dá indícios de “que as
percebem os resultados como ganhos e perdas, ao invés de [o
de riqueza ou de bem-estar”. p
Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 55) afirmam que os Problemas 11 e 12
“corroboram um dos pilares de sustentação da teoria do prospecto, ou seja, os indivíduos
conferem maior peso a alterações de riqueza do que estados de riqueza”.
68
3. METODOLOGIA
3.1 Classificação da pesquisa
Para Gil (1996, p. 45-47) as pesquisas podem ser classificadas (i) quanto aos seus
cedimentos técnicos utilizados. Já Raupp e Beuren (2003, p.
as pesquisas (i) quanto aos objetivos; (ii) quanto aos procedimentos; e (iii)
quanto
ental em ambiente simulado (quanto aos procedimentos); e
uantitativa (quanto à abordagem do problema). Além disso, como estratégia de pesquisa
utilizou
ara o estabelecimento de seu marco teórico, ou seja, para possibilitar
uma aproximação conceitual. Todavia, para analisar os fatos do ponto de vista
a com os dados da realidade, torna-se
perativo da pesquisa (GIL, 1996, p. 47).
3.1.1 Classificação qu
Essa pesquisa é classificada como sendo descritiva, pois, como afirma Gil (1996, p.
jetivo primordial a descrição das características de
determ o estabelecimento de relações entre
variáve
dar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo,
(...), nível de escolaridade”, o que justifica a classificação desta pesquisa com descritiva,
tendo e
pesquisa, procurou-se caracterizar a
objetivos; e (ii) quanto aos pro
79) classificam
à abordagem do problema.
A pesquisa em questão classifica-se como sendo descritiva e explicativa (quanto aos
objetivos); bibliográfica, e experim
q
-se a metodologia Survey.
A classificação das pesquisas quanto aos objetivos
é muito útil p
empírico, para confrontar a visão teóric
necessário traçar um modelo conceitual e o
anto aos objetivos
46): “as pesquisas descritivas têm como ob
inada população ou fenômeno ou, então,
is”. Nesta pesquisa foram descritas as características dos respondentes no que se refere
à atitude perante o risco.
De acordo com Gil (1996, p. 46), “dentre as pesquisas descritivas salientam-se aquelas
que têm por objetivo estu
m vista a elaboração do perfil dos respondentes.
Para Gil (1996, p. 46) as pesquisa descritivas “têm por objetivo levantar as opiniões,
atitudes e crenças de uma população”. Como, nesta
69
‘atitude perante o risco’ alunos de graduação como decisores ou futuros decisores, pode-se
classifi
ter sido “desenvolvida a partir de material
e artigos científicos” (GIL, 1996, p. 48) e,
por descrever e explicar “um problema a partir de referenciais teóricos publicados em
docume
abalho em questão. O pesquisador encontrou dificuldades em localizar textos que
explica
veis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de
ontrole e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto” (GIL, 1996, p. 53).
Nesta p
Richardson (1999, p. 70, citado por RAUPP; BEUREN, 2003, p. 92) afirma que a
quantificação tanto nas modalidades
e coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde
as mais
iva de entender por meio de uma amostra o
omportamento de uma população” (RAUPP; BEUREN, 2003, p. 93). Nesta pesquisa tentou-
cá-la como descritiva.
3.1.2 Classificação quanto aos procedimentos
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica por
já elaborado, constituído principalmente de livros
ntos” (CERVO; BERVIAN, 1983, p. 55, citados por RAUPP; BEUREN, 2003, p. 86)
Conforme Raupp e Beuren (2003, p. 87), “haverá situações em que são poucas as
bibliografias específicas disponíveis sobre o tema de pesquisa”. Este é, justamente, o caso do
tr
ssem com maiores detalhes e trabalho original sobre a Teoria do Prospecto proposta
por Kahneman e Tversky.
“Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de
estudo, selecionar as variá
c
esquisa foi realizado experimento com alunos de graduação, no qual solicitou-se que
as eles indicassem as preferências em seis situações hipotéticas apresentadas em um
questionário.
3.1.3 Classificação quanto à abordagem do problema
abordagem quantitativa: “caracteriza-se pelo emprego de
d
simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente
de correlação, análise de regressão etc”.
“Torna-se bastante comum a utilização da pesquisa quantitativa em estudos de
levantamento ou survey, numa tentat
c
70
se com
De acordo com GIL (1996, p. 56) as pesquisas classificadas como sendo de
pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se
eseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo
signific
as seguintes: (i)
ênfase nos aspectos perceptivos; (ii) pouca profundidade no estudo da estrutura e dos
process
icas de
opulações designadas são tipicamente representadas por estudos de survey.
universo que se
eseja conhecer. Deve-se, então, atentar para o fato de que nenhuma amostra é perfeita,
podend
letam seus dados
través de respostas verbais a questões predeterminadas feitas à maioria ou a todos os sujeitos
de pesq
s respondentes se dará através da técnica de levantamento.
preender (e classificar) o comportamento de alunos de graduação.
3.1.4 Estratégia de pesquisa
levantamento “caracterizam-se
d
ativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise
quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados”.
As principais vantagens do levantamento são: (i) conhecimento direto da realidade; (ii)
economia e rapidez; e (iii) quantificação. Já as desvantagens ou limitação são
os; e (iii) limitada apreensão do processo de mudança. (GIL, 1996, p. 57-58).
Tripodi, Fellin e Meyer (1981, p. 39, citados por RAUPP; BEUREN, 2003, p. 85)
afirmam: “pesquisas que procuram descrever com exatidão algumas característ
p
Os dados referentes a esse tipo de pesquisa [levantamento ou survey] “podem ser
coletados com base em uma amostra retirada de determinada população ou
d
o variar o grau de erro ou viés” (RAUPP; BEUREM, 2003, p. 85).
Rigsby (1987, p. 49-50, citado por RAUPP; BEUREN, 2003, p. 85) afirma que “os
investigadores que realizam pesquisas de levantamento tipicamente co
a
uisa”.
A identificação do perfil dos alunos de graduação e a coleta, análise e classificação das
preferências do
71
3.2 Procedimentos metodológicos
.2.1 Da pesquisa realizada por questionário impresso
A aplicação dos questionários foi realizada nos meses de abril, maio, junho e julho do
aos alunos de graduação dos nove
cursos pesquisados, a saber: (i) Administração, Atuária, Contabilidade e Economia (área de
estudo
o pesquisador. O perfil do respondente e as seis situações hipotéticas foram
ajustad
unos para ser coletado posteriormente. Houve, entretanto, por parte
o pesquisador maior empenho para que a aplicação dos questionários fosse feita no começo
ou no t
o, fiscalizou e
colheu os questionários. Quando o questionário foi entregue por um aluno ‘nos corredores’
da Ins
3
ano de 2007, por meio de questionário impresso entregue
de Ciências Sociais Aplicadas); e (ii) Computação, Engenharia Civil, Engenharia
Mecânica, Engenharia de Produção Mecânica e Estatística (área de estudo de Ciências e
Tecnologias).
O questionário foi dividido em duas partes: a primeira relacionada ao perfil do
respondente e a segunda relacionada à tomada de decisão em situações hipotéticas
apresentadas pel
os para caber em um questionário de duas páginas (uma folha frente-verso), no intuito
de reduzir os custos de impressão e aumentar a taxa de retorno. Dos dois mil questionários
impressos, seiscentos e um foram respondidos completamente (leia-se: com as 6 situações
hipotéticas respondidas).
A aplicação dos questionários, dependendo do professor da disciplina, foi feita em sala
de aula ou entregue aos al
d
érmino da aula, de forma a permitir a ‘coleta imediata’ do questionário.
Foi considerado questionário ‘respondido na hora’, somente aqueles em que o
pesquisador, além de explicar a finalidade e dar instruções de preenchiment
re
tituição de Ensino Superior ou, foi recolhido pelo pesquisador na secretaria ou,
recolhido de um professor ou, ainda, recolhido no Centro Acadêmico do curso, classificou-o
como ‘não respondido na hora’.
O questionário utilizado na pesquisa está disponível no Apêndice.
72
3.2.2 Da pesquisa realizada por correio eletrônico
onforme comentado, os alunos de graduação receberam os questionários impressos.
uisa por correio eletrônico, a saber:
profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Administração (CRA), Contabilidade
(CRC)
avaliados, somente quatro
uestionários foram recebidos pelo pesquisador.
iências Sociais Aplicadas, por profissionais
os Conselhos Regionais dos cursos que compõem estas áreas e por gestores de pequenas e
médias
Abaixo são listadas algumas observações acerca da pesquisa realizada por Kahneman
a pesquisa:
(ii) Especificou-se nas instruções “que não havia ‘resposta correta’” para os problemas
apresentados.
C
As demais pessoas pesquisadas receberam a pesq
, Economia (CORECON) e, Engenharia e Arquitetura (CREA); gestores de pequenas e
médias empresas; e alunos de cursos de pós-graduação (MBA).
Dentre os grupos pesquisados, somente os questionários respondidos pelos alunos de
graduação foram avaliados. Haja vista que, dos demais grupos
q
Quando do planejamento da pesquisa, determinou-se que amostra seria composta por
alunos de graduação dos cursos relacionados às C
d
empresas. Entretanto, ao longo da aplicação dos questionários resolveu-se ampliar a
pesquisa para alunos de graduação dos cursos relacionados às Ciências Exatas, Ciências
Humanas e Ciências da Saúde, bem como aos profissionais registrados nos Respectivos
Conselhos Regionais (por exemplo, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Ordem
dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina e Conselho Regional de
Odontologia). Esta ampliação dos grupos pesquisados foi decorrente do baixo número de
questionários respondidos pelo grupo inicialmente determinado. Ao término da aplicação dos
questionários somente os alunos dos cursos ligados às áreas de Ciências Sociais Aplicadas e
Ciências Exatas foram avaliados.
3.2.3 Algumas considerações acerca dos questionários impressos aplicados
e Tversky (2000b, p. 19), bem como comentário acerca do que foi realizado nest
(i) Pediu-se que os respondentes imaginassem que estavam realmente diante da
escolha descrita no problema e que eles indicassem a decisão que tomariam.
73
(iii) Informou-se nas instruções “que o objetivo do estudo era de descobrir como as
pessoas escolhiam entre prospectos arriscados”.
(i) consta na introdução da segunda parte do questionário. No corpo das
mensag
No momento da entrega dos questionários: informou-se aos respondentes que as
situaçõ
a finalidade da pesquisa
ra coletar, para depois analisar, as preferências das pessoas em situações que envolviam
ganho
Com relação ao ponto (iv), o primeiro questionário elaborado continha campos que
permiti
-se campo para os respondentes anotarem seus respectivos endereços
letrônicos, caso desejassem receber os resultados da pesquisa.
No que se refere ao ponto (v) as situações foram apresentadas em forma de
questio
ipotéticas e três questões
bertas para que, somente os gestores, comentassem como tomam decisões financeiras em
suas em
O ponto
ens eletrônicas enviadas os pontos (ii) e (iii) foram seguidos.
es apresentadas eram hipotéticas; informou-se que não havia resposta correta, mas a
preferência de cada respondente em cada situação; informou-se que
e
e perda; e reforçou-se a importância de justificar a escolha feita em cada situação,
deixando claro que não era ‘obrigatória’ a justificativa das escolhas.
(iv) Os respondentes ficaram no anonimato, não havendo, portanto, possibilidade de
identificação destes.
am a identificação. Estes campos, entretanto, foram retirados na versão definitiva do
questionário. Manteve
e
(v) “Os problemas foram apresentados em forma de questionário com, no máximo,
uma dúzia de problemas por questionário entregue ao respondente”.
nário com espaço para, caso desejasse, o respondente justificasse o porquê de sua
escolha. O primeiro questionário elaborado continha nove situações h
a
presas. Como estes questionários não estavam sendo respondidos, elaborou-se outro
apenas com seis situações hipotéticas.
(vi) As seqüências dos problemas foram alteradas, tendo-se vários questionários com
as mesmas perguntas, mas, diferentemente ordenadas.
74
(vii) Criaram-se duas versões para cada problema, que diferiram na ordem dos prospectos a
serem e
squisa. Como as pessoas não estavam respondendo todas as situações e,
omo a análise das situações deve ser feita aos pares (por exemplo, as escolhas nas situações 1
e 2 lev
na ordem das situações e/ou dos prospectos
viabilizaria a análise do padrão de ‘resposta-total’ do questionário, ou seja, qual a seqüência
de esco
ação,
lunos de pós-graduação (MBA) de várias áreas de atuação e gestores de empresas de
pequen
scolhidos.
Os pontos (vi) e (vii) propostos por Kahneman e Tversky (2000b) não foram
realizados nesta pe
c
am a um ‘efeito’), alguns pares não estavam sendo formados, o que prejudicaria a
análise. Elaborou-se, então, um único questionário com 6 (seis) situações hipotéticas, de
forma que as situações que, em par, formavam um ‘efeito’ ficassem o mais próximo possível.
Desta maneira, tentou-se assegurar que os 4 ‘efeitos’ analisados (S1-S2; S2-S3; S1-S4; e S5-
S6) ocorressem o maior número de vezes.
Todos os questionários são iguais, tanto na ordem das situações quanto na ordem dos
prospectos de cada situação. A alteração
in
lhas feita por cada respondente. Por exemplo, dado respondente escolheu: S1-A; S2-C;
S3-F; S4-A; S5-B; S6-D, outro escolheu: S1-A; S2-D; S3-F; S4-B; S5-A; S6-D.
(viii) Os questionários foram aplicados em estudantes e professores universitários de
Israel, da Universidade de Estocolmo (Suécia) e da Universidade de Michigan (EUA).
No que se refere ao ponto (viii) tentou-se coletar as escolhas de alunos de graduação
de várias áreas, profissionais registrados nos Conselhos Regionais de várias áreas de atu
a
o e médio porte de vários setores de atuação. Entretanto, só foi possível coletar as
preferências e justificativas de alunos de graduação dos cursos de Ciências Sociais Aplicadas
e de Ciências Exatas.
75
3.2.4 Limitações da pesquisa
Como limitações da pesquisa pode-se listar:
) O questionário é composto por situações hipotéticas. Isso pode levar o respondente a
iante de uma situação real.
pode
causar controvérsias evidentes com respeito à validade do método e da generalização
para
o ideal seria coletar e a
procedimento mais
(i
decidir de forma distinta do que faria caso estivesse d
Embora Kahneman e Tversky (2000b, p. 19) defendam o método afirmando que
a confiabilidade em pesquisas feitas com escolhas de situações hipotéticas
dos resultados. (...). Entretanto, todos os outros métodos que têm sido usados
testar a teoria da utilidade também sofrem sérias desvantagens.
nalisar situações reais vivenciadas pelos respondentes.
O método de escolhas de situações hipotéticas surge como o
simples através do qual um grande número de problemáticas teóricas podem ser
que as pessoas
de escolha e,
[apóia-se] também em suposições de que as pessoas não têm razões especiais para
Diante do acim
diante da situação (ago
uação não
sponderam os questionários, não foi possível comparar as preferências entre os grupos.
A
mostra probabilística seria mais indicada. Nesta amostra, seriam sorteadas as disciplinas em
investigadas. O uso do método apóia-se na suposição de
freqüentemente sabem como se comportariam em situações reais
disfarçar suas verdadeiras preferências (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 19).
a exposto surge a indagação: e se o respondente estivesse, realmente,
ra real e não mais hipotética), a preferência seria a mesma?
(ii) O questionário foi aplicado, somente, em alunos de graduação. Como os profissionais
registrados nos Conselhos Regionais, os empresários e os alunos de pós-grad
re
(iii) A amostra foi por conveniência. Os professores contatados aceitavam ou não a aplicação
dos questionários e, os alunos se dispunham ou não a responder estes questionários.
a
que os questionários seriam aplicados e/ou os alunos da cada cursos que seriam submetidos ao
questionário.
76
3.2.5 Perfil da amostra
Conforme comentado, os 601 questionários que compõem a amostra desta pesquisa
eniência.
leza, a saber: Universidade Federal do Ceará (UFC),
niversidade Fortaleza (UNIFOR) e Faculdade 7 de Setembro (FA7).
putação; Engenharia
ivil; Engenharia Mecânica; Engenharia de Produção Mecânica; e Estatística. Na
Univer
pesquisador, por curso de graduação,
Superior e total
Curso UFC UNIFOR FA7 Total
foram coletados por conv
Os questionários foram aplicados com alunos das Instituições de Ensino Superior
instaladas no Município de Forta
U
Na Universidade Federal do Ceará (UFC) os questionários foram aplicados aos alunos
dos cursos: Administração; Atuária; Contabilidade; Economia; Com
C
sidade de Fortaleza (UNIFOR) os questionários foram aplicados aos alunos dos cursos:
Administração e Economia. Na Faculdade 7 de Setembro (FA7) os questionários foram
aplicados aos alunos dos cursos: Administração e Contabilidade.
As quantidades de questionários recebidos pelo pesquisador, por curso e por
Instituição de Ensino Superior, são as seguintes:
TABELA 17
Quantidade de questionários recebidos pelo
Instituição de Ensino
Administração 158 10 2
170
Atuária 58
58
Contabilidade 8
47
39
Economia 63 10
73
Computação 63
63
Engenharia Civil 70
70
Engenharia Mecânica 62
62
Engenharia de Produção Mecânica 51
51
Estatística 40
40
Total 6 20 10 604 34
.
os respondidos por completo foram considerados, totalizando 601
Fonte: Elaborada pelo autor
Destes, só
questionários.
77
A seguir são apresentadas informações sobre a amostra, no que se refere (i) tamanho
da amostra por Centro e por curso de graduação e seus respectivos valores percentuais; (ii) ao
erfil dos respondentes (sexo, idade e desempenho de atividade); e (iii) momento do
A amostra é composta por 601 respondentes, sendo 328 (54,58%) pertencentes à área
plicadas (CSA) e 273 (45,42%) pertencentes à área de estudo
de Ciências e Tecnologias (CT). Estes respondentes indicaram suas preferências em todas as
seis Sit
e por curso de graduação
Área de estudo Curso de graduação Quantidade Percentual
p
preenchimento.
3.2.5.1 Tamanho da amostra
de estudo de Ciências Sociais A
uações hipotéticas do questionário (TAB. 18).
TABELA 18
Tamanho da amostra por área de estudo
Administração 158 48,17%
Atuária 54 16,46%
Contabilidade 45 13,72%
Economia 71 21,65%
CSA
TOTA 0% L CSA 328 100,0
Computação 62 22,71%
Engenharia Civil 66 24,18%
Engenharia de Produção Mecânica 51 18,68%
Engenharia Mecânica 58 21,25%
Estatística 36 13,19%
CT
TOTAL CT 273 100,00%
Fonte: Elaborada pe
3.2.5.2 Sexo
A amostra é formada, predominantemente, por pessoas do sexo masculino. Com
de estudo CT, 84,25% são do sexo Masculino, com percentuais, para este sexo,
scilando entre o mínimo de 70,59% (Engenharia de Produção Mecânica) e o máximo de
91,38%
lo autor.
relação à área
o
(Engenharia Mecânica). Já com relação à área de estudo CSA, 62,50% são do sexo
Masculino, com percentuais oscilando entre o mínimo de 57,41% (Ciências Atuariais) e o
máximo de 75,56% (Ciências Contábeis). Um aluno-respondente do curso de Ciências
Administrativas não assinalou o sexo (TAB.19).
78
TABELA 19
Sexo dos respondentes por área de estudo e total
Sexo
% CSA
(n = 328)
% CT
(n = 273)
% Total
(n = 601)
Feminino 37,20% 15,75% 27,45%
Masculino ,25% 72,38% 62,50% 84
Não informado 0,17% 0,30% -
3.2.5.3 Idade
A idade dos alunos varia entre 17 e 45 anos. Dois alunos têm 17 anos (Engenharia
5 anos (Engenharia de Produção Mecânica). O
al de alunos ocorre na faixa etária de 20 a 24 anos, inclusive (da ordem de
7%) (TAB.20).
Idade
% CSA
(n = 328)
% CT
(n = 273)
% Total
(n = 601)
Fonte: Elaborada pelo autor.
Civil e Engenharia Mecânica) e um aluno tem 4
maior percentu
5
TABELA 20
Faixa etária dos respondentes por área de estudo e total
17 |-| 19 6,71% 21,25% 13,31%
20 |-| 24 ,14% 57,07% 57,01% 57
25 |-| 29 ,38% 20,97% 25,61% 15
30 |-| 34 5,79% 2,56% 4,33%
35 |-| 39 1,52% 1,10% 1,33%
40 |-| 44 0,91% 0,37% 0,83%
45 |-| 49 0,61% 0,37% 0,33%
da o informa 1,83% 1,83% 1,83%
Fonte: Elaborada pelo
3.2.5.4 Desempenho de atividade relacionada ao financiamento, investimento ou, à
gestão do capital de giro
Dentre os 601 respondentes, 83,53% não desempenham atividade financeira. No CCT
e o maior percentual foi de 95,16% (Computação) (TAB.21).
autor.
este percentual chega a 90,48%. Dentre os 9 cursos analisados, o menor percentual observado
foi de 73,24% (Economia)
79
TABELA 21
Desempenho de atividade financeira por área de estudo e total
Área de estudo e total Desempenha
atividade
financeira ?
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
Não ,48% 83,53% 77,74% 90
Sim ,06% 15,47% 21,65% 8
Não informado 0,61% 1,47% 1,00%
3.2.5.5 Momento de pre d
les o pesquisador esteve
resente durante a aplicação, recolhendo todos ao término. Questionários entregues nos
o classificados como não tendo sido
reenchidos ‘na hora’.
em contrapartida, nenhum aluno do curso de Estatística respondeu ‘na
ora’ (TAB.22).
Área de estudo e total
Fonte: Elaborada pelo autor.
enchimento o questio rio
Considera-se questionário respondido ‘na hora’ àque em que
p
corredores, deixados nas secretarias, nos CAs, etc, sã
p
Aproximadamente, 60% dos respondentes preencheram o questionário ‘na hora’.
Todos os alunos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Contabilidade
responderam ‘na hora’,
h
TABELA 22
Momento de preenchimento do questionário por área de estudo e total
Respondido
‘na hora’ ?
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
Não 5% 40,27% 58,84% 17,9
Sim 5% 59,73% 41,16% 82,0
3.2.6 Da análise dos dad
o à preferência indicada pelo respondente em
ada Situação hipotética constante no questionário; (ii) em relação à combinação de
respondente em ‘pares de Situações’ (por exemplo, as
referências indicadas, por uma mesma pessoa, nas Situações 1 e 2 têm um significado); e
(iii) em
Fonte: Elaborada pelo autor.
os
A análise dos dados foi feita (i) em relaçã
c
preferências indicadas pelo
p
relação à seqüência de preferências indicadas pelo respondente nas seis Situações.
80
3.2.6.1 Informações sobre as preferências indicadas em cada Situação hipotética
Com as preferências indicadas pelos respondentes em cada Situação tabularam-se as
uantidades escolhidas em cada uma das seis Situações e, calculou-se o valor percentual de
uação 1,
pessoas que compõem a amostra, 77,70% preferiram a opção B e 22,30%
preferi
respondentes preferiram a opção B, sendo o menor percentual de
referência desta opção observado no curso de Engenharia Civil (75,76%) e, o maior
percen
. Est padrão de
referência consiste no efeito certeza.
De posse das preferências em cada Situação, procedeu-se à análise das escolhas
indicadas pelos respondentes. Como cada Situação hipotética é composta por
ituação 1 (A e B) e Situação 2 (C e D), por exemplo, - a combinação de pares
pode g
nalisado. No caso das
, por exemplo, as combinações e seus respectivos valores percentuais foram:
AC (12
q
preferência por cada opção. Desta forma, por exemplo, é possível afirmar que, na Sit
dentre as 601
ram a opção A.
Este procedimento possibilita, também, a identificação das preferências por curso de
graduação e, conseqüentemente, por Centro. No Centro de Ciência e Tecnologia, por
exemplo, 79,85% dos
p
tual de preferência observado no curso de Computação (85,48%).
No caso da Situação 1 a preferência pela opção B, leva a interpretação de que a
maioria das pessoas prefere um ganho certo a um ganho provável, mesmo que o valor que se
espera ganhar com dada chance de ocorrência seja superior ao ganho certo e
p
3.2.6.2 Informações sobre as combinações das preferências indicadas em pares de
Situações
combinadas aos pares, para procurar saber se há consistência ou inconsistência nas
preferências
duas opções – S
erar quatro possíveis preferências, a saber: AC; AD; BC; e BD.
De forma semelhante ao procedimento realizado quando da análise de cada Situação,
as preferências indicadas foram tabuladas e calculou-se o valor percentual de preferência para
cada uma das quatro combinações possíveis em cada par de Situações a
Situações 1 e 2
,65%); AD (9,65%); BC (54,08%); e BD (23,63%).
81
As pesquisas realizadas por Kahneman e Tversky (2000b) e por Kimura, Basso e
Krauter (2006) comentam, de forma superficial, as combinações preferidas pela maioria das
pessoas. Há, nestas pesquisas, principalmente, menção acerca da escolha modal, ou seja,
quantas pessoas escolheram determinada opção na Situação (ou Problema) X e, quantas
pessoa
binações AC, AD e BD?
– respondentes
onsistentes em relação ao risco (propensos ao risco em ambas Situações); AD – respondentes
e se obter estes resultados). O foco da
classificação foi a ‘atitude perante o risco’, desta forma, uma pessoa que preferiu a opção com
maior v
s sobre a preferência em cada Situação, permitem a determinação da seqüência
completa de preferências apresentada por cada um dos respondentes, por exemplo, um
s escolheram determinada opção na Situação (ou Problema) Y. Isso, feito para as
opções preferidas pela maioria das pessoas.
O fato de 54,08% das pessoas preferirem a combinação BC nas Situações 1 e 2, indica
que o efeito certeza ocorre na maioria dos casos e que a maioria das pessoas violam o axioma
da substituição. Entretanto, o que sinalizam as com
De posse das preferências em cada par de Situações e de seus respectivos valores
percentuais, analisou-se cada combinação em relação ao risco. Nas Situações 1 e 2, por
exemplo, têm-se as seguintes classificações para as combinações: (i) AC
c
inconsistentes em relação ao risco (propensos ao risco na Situação 1 e avessos ao risco na
Situação 2); BC – respondentes inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco na
Situação 1 e propensos ao risco na Situação 2); e BD – respondentes consistentes em relação
ao risco (avessos ao risco em ambas Situações).
Estas classificações foram feitas com base na utilidade esperada, que é função do valor
esperado e do risco (medido nesta pesquisa pelo desvio padrão dos resultados possíveis, bem
como do desvio padrão das probabilidades d
alor esperado e maior risco foi classificada como propensa ao risco; já uma pessoa que
preferiu a opção com menor valor esperado sem risco foi classificada como avessa ao risco; e
uma pessoa que preferiu a opção com menor valor esperado e maior risco foi classificada
como propensa ao risco.
3.2.6.3 Informações sobre as combinações das preferências indicadas em todas as seis
Situações
Os dado
82
respondente do curso de Estatística assinalou a seguinte combinação total de preferências:
ADFBAC. Isso significa que o aluno preferiu a opção A na Situação 1; a opção D na Situação
; a opção F na Situação 3; a opção B na Situação 4; a opção A na Situação 5; e a opção C na
Situaçã
mente, classificar cada uma das 64 combinações completas de preferência.
stente
em relação ao risco (avesso ao risco na Situação 5 e propenso ao risco na Situação 6).
Classificação da preferência do respondente em relação ao risco
2
o 6.
As informações sobre a classificação de cada combinação, aliada a combinação
completa de preferências, permite determinar em quais pares de Situação o respondente foi
consistente (em suas duas formas) ou inconsistente (em suas duas formas), o que permite,
conseqüente
Por exemplo, ao indicar a combinação completa ADFABC, o respondente foi: (i)
inconsistente em relação ao risco (propenso ao risco na Situação 1 e avesso ao risco na
Situação 2); (ii) consistente em relação ao risco (avesso ao risco nas Situações 2 e 3); (iii)
consistente em relação ao risco (propenso ao risco nas Situações 1 e 4); e (iv) inconsi
No QUADRO 6 estão indicadas as duas formas de consistência e inconsistência em
relação ao risco, bem como uma codificação para facilitar a identificação da ‘atitude perante o
risco’ .
QUADRO 6
Classificação Codificação
Avesso ao risco em ambas as Situações X e Y CA
Consistente
Propenso ao risco em ambas as Situações X e Y CP
Avesso ao risco na Situação X e Propenso ao risco na Situação Y IAP
Inconsistente
Propenso ao risco na Situação X e Avesso ao risco na Situação Y IPA
Fonte: Elaborado pelo autor.
De posse das combinações comple rência e, utilizando-se da codificação
(QU , id ra cada combinação comp Isso
foi en uações. Com esta
pleta é formada por um conjunto quatro pares de Situações,
tem-se que dada combinação completa pode resultar desde uma única ‘atitude perante o risco’
até qua
tas de prefe
ADRO 6) entificou-se a ‘atitude perante o risco’ pa leta.
feito pela id tificação da ‘atitude perante o risco’ de cada par de Sit o, n
pesquisa, cada combinação com
tro diferentes ‘atitudes perante o risco’. No primeiro caso, a combinação completa é
codificada como CA ou, CP ou, IAP ou, IPA. Já no segundo caso, a combinação completa é
codificada como CA e CP e IAP e IPA.
83
4. RESULTADOS
Os resultados são apresentados (i) em termos de cada Situação hipotética analisada
separadamente; (ii) em termos das Situações hipotéticas analisadas aos pares; e (iii) em
termos da combinação completa de todas as 6 Situações hipotéticas que compõem mo
uestionário completo no Apêndice).
QUADRO 7
ação hipotética 1
Situação 1
questionário (ver o q
4.1 Análise das situações hipotéticas
4.1.1 Situação hipotética 1
Situ
Suponha que você, ao tom
dos resultados A e B aba
ar uma decisão de investimento em sua empresa, se vê diante
ixo, conseqüências de sua decisão. Qual das duas opções você
escolhe?
A: 80% de chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 20% de chance de não obter ganho.
B: 100% de chance de obter um ganho de R$ 3.000.
Fontes: adaptado de Kahneman e Tv ura, Basso e Krauter (2006, p. 48).
todos
os no ria dos
respon entual
foi d e
graduação e por área de estudo, na TAB. 23 e TAB. 24 (páginas 73 e 74).
ersky (2000b, p. 21) e de Kim
Dentre os 601 respondentes, 77,70% preferiram a opção B (GRÁFICO 1). Em
ve cursos de graduação analisados, esta foi a opção preferida pela maio
dentes. O menor percentual de escolha foi de 72,22¨% (Atuária) e o maior perc
e ercentuais de preferência, por curso d 85,48% (Computação) (GRÁFICO 2). Veja os p
84
GRÁFICO 1
Situação hipotética 1: percentuais de preferência por área de estudo e total
75,91%
79,85%
77,70%
22,30%
20,15%
24,09%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CSA CT TOTAL
Á
reas de estudo e total
Prefer as (em %)ênci
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 2
Situação hipotética 1: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
10%
20%
30%
40%
erên
50%
60%
70%
100%
ADM
ATUA
CONTAB
ECON
COMP
E.CIVIL
E.PROD
E.MEC
ESTAT
Cursos de graduação CSA e CT
Pref cias (em
80%
90%
%)
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como a opção B, que assegura um ganho certo de R$ 3.000, foi preferida pela maioria
dos respondentes, tem-se a observação do efeito certeza no domínio positivo. Conforme
comentado anteriormente, o efeito certeza estabelece que as “pessoas tendem a dar maior peso
às poss robabilidade de acontecer. (...). Isso não caracteriza um
comportamento irracional [ou não-racional], mas apenas avesso ao risco” (MILANEZ, 2003,
p. 18).
ibilidades que têm alta p
85
As escolhas feitas pela maioria dos respondentes desta pesquisa estão de acordo com
as escolhas feitas pela maioria dos respondentes das pesquisas de Kahneman e Tversky
(2000b) e de Kimura, Basso e Krauter (2006), nas quais, respectivamente, 80% e 71%
preferiram a opção B.
4.1.1.1
tilizou-se, neste caso, o termo ‘com risco’, pois, a opção B não possui
sco. Trata-se, portanto de uma postura propensa ao risco. A utilidade esperada da opção A é:
4.1.1.2
assumindo uma postura avessa ao risco. A utilidade esperada da opção B é:
)
.
4.1.2 Situação hipotética 2
Situação hipotética 2
Situação 2
Opção A – respondente propenso ao risco
A pessoa que escolheu a opção A, preferiu maior valor esperado com risco (medido
pelo desvio padrão). U
ri
() ( )
600.1;200.3+= fUE
A
.
Opção B – respondente avesso ao risco
Já o respondente que escolheu a opção B, preferiu menor valor esperado sem risco,
() (
000.3+= fU
B
E
QUADRO 8
Suponha que você, ao tom
dos resultados C e D abai
ar uma decisão de investimento em sua empresa, se vê diante
xo, conseqüências de sua decisão. Qual das duas opções você
escolhe?
C: 20% de chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 80% de chance de não obter ganho.
D: 25% de chance de obter um ganho 5% de chance de não obter ganho. de R$ 3.000 e 7
Fontes: adaptado de Kahneman e Tv ura, Basso e Krauter (2006, p. 48).
s nove
cursos menor
percen aioria
dos a 4).
Veja os percentuais de preferência, por curso de graduação e por área de estudo, na TAB. 23 e
TAB. 24 (páginas 73 e 74).
ersky (2000b, p. 21) e de Kim
A opção C foi preferida por 66,72% dos respondentes (GRÁFICO 3). Dentre o
analisados, em oito a maioria dos respondentes preferiu esta opção, com o
tual de 53,32% (Economia) e o maior percentual de 93,55% (Computação). A m
l Ounos do curso de Estatística, entretanto, preferiu a opção D (66,67%) (GRÁFIC
86
GRÁFICO 3
Situação hipotética 2: percentuais de preferência por área de estudo e total
64,
70%
80%
90%
100%
%)
02%
69,96%
66,72%
33,28%
,04%
35,98%
0%
10%
20%
40%
50%
60%
CSA CT TOTAL
30
30%
Á
reas de estudo e total
Pr ências (emefer
C D
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 4
Situação hipotética 2: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
10%
20%
Pref
30%
40%
50%
60%
80%
90%
100%
ADM
ATUA
CONTAB
ECON
COMP
E.CIVIL
E.PROD
E.MEC
ESTAT
Cursos de graduação CSA e CT
erências ( %)
70%
em
C D
Fonte: Elaborado pelo autor.
Com exceção das preferências apresentadas pelos alunos do curso de Estatística, as
escolhas feitas pela maioria dos respondentes desta pesquisa estão de acordo com as escolhas
feitas pela maioria dos respondentes das pesquisas de Kahneman e Tversky (2000b) e de
Kimura, Basso e Krauter (2006), nas quais, respectivamente, 65% e 57% preferiram a opção
C.
87
A preferência modal nas Situações 1 e 2, ou seja, a escolha da opção B na Situação 1 e
da opção C na Situação 2, sinaliza que a maioria dos respondentes é inconsistente em relação
ao risco. Isso será comentado, de forma mais detalhada, posteriormente.
4.1.2.1 Opção C – respondente propenso ao risco
A pessoa que escolheu a opção C, preferiu maior valor esperado e maior risco,
assumindo uma postura de propensão ao risco. A utilidade esperada desta opção é:
() ( )
400;800+= fUE
C
.
4.1.2.2 Opção D – respondente avesso ao risco
A escolha da opção D está relacionada a menor valor esperado e menor risco, com
utilidade esperada de
() ( )
375;750
+
= fUE
D
. Neste caso o respondente assumiu uma postura
de aversão ao risco.
Situação
4.1.3 Situação hipotética 3
QUADRO 9
hipotética 3
Situação 3
Considere a seguinte tomada de decisão feita em dois estágios. No primeiro estágio, há
uma probabilidade de 75% de sua decisão não gerar nenhum ganho para a empresa e,
5% de avançar para o segundo estágio. Caso sua decisão gere
ocê alcança o segundo estágio), estará diante dos resultados E e
F abaixo, conseqüências de sua decisão. Qual das duas opções você escolhe, sabendo
que sua escolha deve ser feita antes d meiro estágio ser conhecido?
uma probabilidade de 2
ganho para a empresa (v
o resultado do pri
E: 80% de chance de obter um ganho 0% de não obter ganho.
F: 100% de chance de obter um
de R$ 4.000 e 2
ganho de R$ 3.000.
Fonte: adaptado de Kahneman e Tve Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 54).
5). O
menor ,86%
(Enge o de
gradua
rsky (2000b, p. 25-26) e de
Na Situação 3, a opção F foi preferida por 69,88% dos respondentes (GRÁFICO
percentual de preferência foi de 57,41% (Atuária) e o maior percentual foi de 75
nharia Mecânica) (GRÁFICO 6). Veja os percentuais de preferência, por curs
ção e por área de estudo, na TAB. 23 e TAB. 24 (páginas 73 e 74).
88
GRÁFICO 5
Situação hipotética 3: percentuais de preferência por área de estudo e total
68,90%
71,06%
69,88%
30,12%
28,94%
31,10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
CSA CT TOTAL
90%
100%
Á
reas de estudo e total
eferências (em %)Pr
E F
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 6
Situação hipotética 3: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
M
A
B
N
P
L
D
C
T
10%
20%
30%
40%
60%
70%
80%
90%
100%
AD
ATU
CONTA
ECO
COM
E.CIVI
E.PRO
E.ME
ESTA
Cursos de graduação CSA e CT
Preferên s (em %)
50%
cia
E F
Fonte: Elaborado pelo autor.
As escolhas feitas pela maioria dos respondentes desta pesquisa estão de acordo com
as escolhas feitas pela maioria dos respondentes das pesquisas de Kahneman e Tversky
(2000b) e de Kimura, Basso e Krauter (2006). Em ambas, 78% preferiram a opção F.
A preferência modal nas Situações 1 e 3, ou seja, a escolha da opção B na Situação 1 e
da opçã a à preferência modal na Situação 2 (escolha da o ção C).
sinaliza que a maioria dos respondentes é inconsistente em relação ao risco. Neste caso, a
o F na Situação 2, associad p
89
maioria
.1.3.1 Opção E – respondente propenso ao risco
.1.3.2 Opção F – respondente avesso ao risco
o respondente que escolheu a opção F preferiu menor valor esperado e menor risco,
com ut
das pessoas analisa as Situações 1 e 3 como iguais. Na verdade, as Situações 2 e 3 é
que são iguais. Estas observações serão comentadas posteriormente.
4
O respondente que escolheu a opção E preferiu maior valor esperado e maior risco,
assumindo uma postura propensa ao risco. A utilidade esperada desta opção é:
() ( )
400;800+= fUE
E
.
4
ilidade esperada de
()
(
)
350;750
+
=
fUE
F
, assumindo uma postura avessa ao risco.
4.1.4 Situação hipotética 4
10
Situação hipotética 4
S
QUADRO
ituação 4
Suponha que você, ao t estimento em sua empresa, se vê diante
dos resultados A e B ab ua decisão. Qual das duas opções você
omar uma decisão de inv
aixo, conseqüências de s
escolhe?
A: 80% de chance de obter uma perda de R$ 4.000 e 20% de chance de não obter perda.
ter uma perda de R $3.000. B: 100% de chance de ob
Fontes: adaptado de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 51).
A Situação 4 é semelhante à Situação 1, no entanto, refere-se ao domínio negativo.
Neste caso, 79,53% dos respond ão A (GRÁFICO 7). O menor
perce
(Com ação e
por ár
entes preferiram a opç
ntual de escolha desta opção foi de 70,37% (Atuária) e o maior percentual foi de 93,55%
putação) (GRÁFICO 8). Veja os percentuais de preferência, por curso de gradu
ea de estudo, na TAB. 23 e TAB. 24 (páginas 73 e 74).
90
GRÁFICO 7
Situação hipotética 4: percentuais de preferência por área de estudo e total
77,74%
81,68%
79,53%
20,47%
18,32%
22,26%
0%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CSA CT TOTAL
10%
20%
Á
reas de estudo e total
eferências (em %)Pr
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 8
Situação hipotética 4: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
M
A
B
N
P
L
D
C
T
10%
20%
30%
40%
60%
70%
80%
90%
100%
AD
ATU
CONTA
ECO
COM
E.CIVI
E.PRO
E.ME
ESTA
Cursos de graduação CSA e CT
Preferên (em %)
50%
cias
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
Nas pesquisas feitas por Kahneman e Tversky (2000b) e por Kimura, Basso e Krauter
(2006), a opção A foi preferida por, respectivamente, 92% e 82% dos respondentes. De forma
semelhante às outras Situações (com exceção dos alunos do curso de Estatística na Situação
2) as escolhas feitas pela maioria dos respondentes desta pesquisa estão de acordo com as
escolhas nas duas outras pesquisas.
91
A
00] (mas com mínima chance de sair do jogo sem perda
erta)” (MILANEZ, 2003, p. 18).
.1.4.2 Opção B – respondente avesso ao risco
Por sua vez, o respondente que escolheu a opção B, preferiu maior valor esperado sem
risco,
.1.5 Situação hipotética 5
QUADRO 11
opção A, preferida pelos respondentes, possibilita a perda de R$ 4.000 com 80% de
chance e a não-perda com 20% de chance. Ao não escolherem a opção B, a maioria dos
respondentes evitou a perda certa de R$ 3.000, demonstrando uma aversão à perda certa e,
assumindo, portanto, uma postura de propensão ao risco. Os respondentes “escolhem a opção
com maior perda esperada [– R$ 3.2
c
4.1.4.1 Opção A – respondente propenso ao risco
A pessoa que escolheu a opção A, preferiu menor valor esperado com risco,
assumindo uma postura de propensão ao risco. A utilidade esperada desta opção é:
() ( )
600.1;200.3= fUE
A
.
4
assumindo uma postura avessa ao risco. A utilidade esperada desta opção B é:
() ( )
000.3= fUE
B
.
4
Situação hipotética 5
Situação 5
Suponha que você tomou uma decisão de investimento em sua empresa que gerou um
ganho de R$ 3.000. Você, agora, se vê diante de uma situação financeira semelhante que
pode gerar os seguintes resultados abaixo. Qual das duas opções você escolhe?
A: 50% de chance de obter um ganho de R$ 2.000 e 50% de chance de não obter ganho.
ter um ganho de R$ 1.000. B: 100% de chance de ob
Fonte: adaptado de Kahneman (2000b, p. 762).
Na Situação 5, 64,56% dos re eriram a opção B (GRÁFICO 9). O
menor percentual de respondentes foi de 54,84% (Computação) e o
maior tuais
de pre ginas
73 e 7
spondentes pref
que preferiu a opção B
percentual foi de 72,41% (Engenharia Mecânica) (GRÁFICO 10). Veja os percen
ferência, por curso de graduação e por área de estudo, na TAB. 23 e TAB. 24 (pá
4).
92
GRÁFICO 9
Situação hipotética 5: percentuais de preferência por área de estudo e total
62,80%
66,67%
64,56%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ências (em %)
35,44%
33,33%
37,20%
0%
20%
30%
40%
CSA CT TOTAL
10%
Á
reas de estudo e total
referP
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 10
Situação hipotética 5: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
M
UA
AB
ON
P
VIL
OD
EC
AT
10%
20%
30%
60%
70%
80%
90%
100%
AD
AT
CONT
EC
COM
E.CI
E.PR
E.M
EST
Cursos de graduação CSA e CT
Preferên (em %)
40%
50%
cias
A B
Fonte: Elaborado pelo autor.
As escolhas feitas pela maioria dos respondentes desta pesquisa estão de acordo com
as escolhas feitas (em pesquisa semelhante – comentada no referencial teórico) pela maioria
dos respondentes das pesquisas de Kahneman e Tversky (2000b) e de Kimura, Basso e
Krauter (2006), nas quais, respectivamente, 84% e 70% preferiram a opção B.
esma riqueza final esperada de R$ 4.000. Neste caso, a
maioria dos respondentes preferiu a opção que assegura o ganho certo de R$ 1.000.
As duas opções geram a m
93
4.1.5.1 Opção A – respondente propenso ao risco
O respondente que escolheu a opção A preferiu, diante do mesmo valor esperado, a
opção com risco, assumindo uma postura de propensão risco. A utilidade esperada desta
opção é:
()
(
)
500;000.1+= fUE
A
.
4.1.5.2
bém diante do mesmo valor esperado, a
opção sem risco, assumindo uma postura de aversão ao risco. A utilidade esperada da opção B
é:
ação hipotética 6
12
Situação hipotética 6
S
Opção B – respondente avesso ao risco
A pessoa que escolheu a opção B preferiu, tam
(
UE
B
) ( )
000.1+= f .
4.1.6 Situ
QUADRO
ituação 6
Suponha que você tomou uma decisão de investimento em sua empresa que gerou um
ganho de R$ 5.000. Você, agora, se vê diante de uma situação financeira semelhante que
pode gerar os seguintes resultados abaixo. Qual das duas opções você escolhe?
A: 50% de chance de obter uma perda de R$ 2.000 e 50% de chance de não obter perda.
B: 100% de chance de obter uma perda de R$ 1.000.
Fonte: adaptado de Kahnema
n (2000b, p. 762).
Neste caso, a opção C foi preferida por 73,88% dos respondentes (GRÁFICO 11). Os
percentuais de preferência da opção C f enor valor de 66,20% (Economia) e o
maior valor de 83,33% (Estatística) (GRÁFICO 12). Veja os percentuais de preferência, por
curso
icaram entre o m
de graduação e por área de estudo, na TAB. 23 e TAB. 24 (páginas 73 e 74).
94
GRÁFICO 11
Situação hipotética 6: percentuais de preferência por área de estudo e total
72,56%
75,46%
73,88%
26,12%
24,54%
27,44%
0%
CSA CT TOTAL
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Á
reas de estudo e total
Preferências (em %)
C D
Fonte: Elaborado pelo autor.
GRÁFICO 12
Situação hipotética 6: percentuais de preferência por curso de graduação
0%
10%
20%
30%
40%
erên
50%
60%
70%
80%
90%
100%
M
A
CO B
E. L
E. D
C
T
Cursos de graduação CSA e CT
Pref cias (em %)
AD
ATU
NTA
ECO
COM
CIVI
PRO
E.ME
ESTA
N
P
C D
Fonte: Elaborado pelo autor.
A opção C também foi preferida pela maioria dos respondentes nas pesquisas
realizadas por Kahneman e Tversky (2000b) e por Kimura, Basso e Krauter (2006), com os
respectivos percentuais de 69% e 65%.
De forma semelhante ao ocorrido na Situação 5, as opções da Situação 6 geram a
mesma riqueza final esperada de R$ 4.000. Entretanto, neste caso, a maioria dos respondentes
preferiu a opção que envolve 50% de chance de obter uma perda de R$ 2.000 e 50% de
95
chance a forma, as pessoas evitaram escolher a opção que assegura
uma perda certa.
são idênticas no que diz respeito à variação total do nível de riqueza, porém a
maneira como elas são formuladas gera a discrepância entre os dois resultados.
O respondente que escolheu a opção C preferiu, diante do mesmo valor esperado, a
opção o uma postura de propensão risco. A utilidade esperada desta
pção é:
de não obter perda. De outr
As Situações 5 e 6
Diante da perda, as pessoas assumem riscos somente pela chance de não realizar a
perda, ou seja, com relação aos ganhos, as pessoas são avessas ao risco, mas diante
da possibilidade de perder, as pessoas são avessas à perda (HALFELD; TORRES,
2001, p. 66-67).
4.1.6.1 Opção C – respondente propenso ao risco
com risco, assumind
()
(
)
500;000.1= fUE
C
o .
ondente avesso ao risco
4.1.6.2 Opção D – resp
Já o respondente que escolheu a opção D preferiu, para um mesmo valor esperado, a
isco. A utilidade esperada desta opção B
é:
)
opção sem risco, assumindo uma postura avessa ao r
() (
000.1= fUE
D
.
96
TABELA 23
ais de preferência por curso de graduação pertencente à área de
estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA)
Situação 1 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Situações 1-6: percentu
Preferências
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
A
26,58% 27,78% 17,78% 19,72%
B
73,42% 72,22% 82,22% 80,28%
Situação 2 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
C
63,92% 75,93% 66,67% 53,52%
D
36,08% 24,07% 33,33% 46,48%
Situação 3 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Administraçã
(n = 158)
ontabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
o Atuária
(n = 54)
C
E
26,58% 42,59% 40,00% 26,76%
F
73,24% 73,42% 57,41% 60,00%
Situação 4 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Adminis omia tração Atuária Contabilidade Econ
(n = 158) (n = 54) (n = 45) (n = 71)
A
77,22% 70,37% 86,67% 78,87%
B
22,78% 29,63% 13,33% 21,13%
Situação 5 er s à área CSA Cursos p tencente de estudo
Preferências
Adminis omia tração Atuária Contabilidade Econ
(n = 158) (n = 54) (n = 45) (n = 71)
A
35,44% 37,04% 44,44% 36,62%
B
64,56% 62,96% 55,56% 63,38%
Situação 6 er s à área CSA Cursos p tencente de estudo
Preferências
Adminis omia tração Atuária Contabilidade Econ
(n = 158) (n = 54) (n = 45) (n = 71)
C
73,42% 74,07% 77,78% 66,20%
D
26,58% 25,93% 22,22% 33,80%
Fonte: Elaborada pelo aut
or.
97
TABELA 24
ais de preferência por curso de graduação pertencente à área de
estudo de Ciências e Tecnologias (CT)
Situação 1 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Situações 1-6: percentu
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
A
14,52% 24,24% 17,65% 24,14% 19,44%
B
85,48% 75,76% 82,35% 75,86% 80,56%
Situação 2 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
C
93,55% 74,24% 68,63% 63,79% 33,33%
D
6,45% 25,76% 31,37% 36,21% 66,67%
Situação 3 Curs área de estudo CT os pertencentes à
Preferências
(n = 62) (n = 66) (n = 51) (n = 58) (n = 36)
Computação E. ção E. Mecânica Estatística Civil E. Produ
E
32,26% 27,27% 31,37% 24,14% 30,56%
F
,86% 69,44% 67,74% 72,73% 68,63% 75
Situação 4 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
A
93,55% 80,30% 74,51% 74,14% 86,11%
B
6,45% 19,70% 25,49% 25,86% 13,89%
Situação 5 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
A
45,16% 28,79% 35,29% 27,59% 27,78%
B
54,84% 71,21% 64,71% 72,41% 72,22%
Situação 6 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
C
75,81% 74,24% 80,39% 67,24% 83,33%
D
24,19% 25,76% 19,61% 32,76% 16,67%
Fo a pelo autor.
nte: Elaborad
98
4.2 Análise das situações hipotéticas combinadas duas a duas
As pesquisas de Kahneman e Tversky (2000b) e Kimura, Basso e Krauter (2006) não
ão muita ênfase (na verdade, praticamente não mencionam) às combinações de preferências,
xplicitando os resultados que de fato ocorreram. As análises são feitas em termos das
referências apresentadas pela maioria dos respondentes.
Como a violação do axioma da substituição, os efeitos reflexo e isolamento e, a
Situações, optou-se (i) para
ada par de Situações hipotéticas, mencionar os percentuais de cada combinação; (ii) por
apresen
4.2.1 O Efeito certeza e a violação do axioma da substituição (Situações hipotéticas 1-2)
lação aos resultados que são [considerados] meramente
rováveis” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 20).
O axioma da substituição é uma das maneiras utilizadas pelos pesquisadores, a
exempl
d
e
p
alteração na riqueza, resultam da combinação de Problemas ou
c
tar e analisar cada combinação de cada par de Problemas, bem como mencionar os
percentuais de cada combinação e indicar as combinações que representam consistência ou
inconsistência em relação ao risco.
O efeito certeza pode ser observado pela preferência apresentada na Situação 1
(domínio positivo). Contudo, as combinações das Situações 1 e 2 também podem ser
utilizadas para fundamentar tal efeito. O efeito certeza, neste caso analisado pela combinação
das Situações 1 e 2, consiste na “importância demasiada que as pessoas dão aos resultados
que são considerados certos, em re
p
o da Kahneman e Tversky (2000b) e Kimura, Basso e Krauter (2006), para a
constatação de que as preferências indicadas pelas pessoas “violam o princípio [da teoria da
utilidade esperada] de que as utilidades dos resultados são ponderadas por suas respectivas
probabilidades” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 20). As pessoas “tomam decisões que
revertem a utilidade relativa dos resultados estritamente positivos” (KIMURA; BASSO;
KRAUTER, 2006, p. 49).
A Situação 1 é composta pelas opções A e B e, a Situação 2, pelas opções C e D.
Como, na análise dos efeitos, só foram considerados os questionários em que os respondentes
99
escolheram a opção preferida em cada uma das seis Situações, tem-se que a violação do
axioma da substituição pode ser analisada pelas combinações de opções: AC, AD, BC e BD.
4.2.1.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
ode ser observado, pois, aproximadamente, 77,71% (BD = 54,08% + BC = 23,63%) das
Dentre os 601 respondentes a combinação BC foi preferida pela maioria (54,08%),
seguida das combinações BD (23,63%), AC (12,65%) e AD (9,65%). A referida ‘ordem de
preferências combinadas duas a duas’ é observada tanto na área de estudo de Ciências Sociais
Aplicadas (CSA) quanto na área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT). O efeito certeza
p
pessoas escolheram a opção B na Situação 1 (TAB. 25 e GRÁFICO 13).
TABELA 25
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
Situações 1 e 2 Áreas de estudo e total
Preferências
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
AC 14,02% 10,99% 12,65%
AD 10,06% 9,16% 9,65%
BC 50,00% 58,97% 54,08%
BD 25,91% 20,88% 23,63%
Fonte: Elaborada pelo autor.
Situações 1-2: pre binadas duas a duas, por área de estudo e total
GRÁFICO 13
ferências com
50,00%
58,97%
54,08%
0%
10%
20%
30%
Pref
40%
50%
80%
90%
100%
CSA CT TOTAL
Áreas de estudo e total
erências %)
60%
70%
(em
AC AD BC BD
Fonte: Elaborado pelo autor.
100
4.2.1.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
de estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA)
Dentre os 328 respondentes da área de estudo Ciências Sociais Aplicadas (CSA) a
maioria preferiu a combinação BC, com o menor percentual de 46,48% (Economia) e o maior
percentual de 55,56% (Contabilidade). Com exceção do curso de Atuária, a combinação BD
foi a com maior percentual de preferência: 24,68% (Administração), 26,67% (Contabilidade)
e 33,80% (Economia). No curso de Atuária a segunda combinação com maior percentual de
preferência foi AC, com 22,22%. (TAB. 26 e GRÁFICO 14).
Nos quatro cursos analisados, a maioria dos respondentes violou o axioma da
substitu ções AD ou BC. O percentual de respondentes que violou
Situações 1 e 2 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
ição, escolhendo as combina
o referido axioma oscilou entre o menor valor de 59,12% (Economia) e o maior valor de
62,23% (Contabilidade) (TAB. 26 e GRÁFICO 14).
Os respondentes que não violaram o axioma da substituição escolheram as
combinações AC ou BD. O percentual destes oscilou entre o menor valor de 37,77%
(Contabilidade) e o maior valor de 40,88% (Economia) (TAB. 26 e GRÁFICO 14).
TABELA 26
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
Preferências
Viola Axioma
Substituição ?
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
AC Não
15,19% 22,22% 11,11% 7,04%
AD Sim
11,39% 5,56% 6,67% 12,68%
BC Sim
48,73% 53,70% 55,56% 46,48%
BD Não
24,68% 18,52% 26,67% 33,80%
Fonte: Elaborada pelo autor.
101
GRÁFICO
Situaçõ -2: prefer s combinadas duas a duas, por cursos de graduação (área
14
es 1 ência
CSA)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ADM ATUA CONTAB ECON
Cursos de graduação de CSA
Preferências (em %)
AC AD BC BD
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.2.1.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
de estudo de Ciências e Tecnologias (CT)
Dos 273 respondentes da área de estudo Ciências e Tecnologias (CT) a maioria,
também, preferiu a combinação BC, com o menor percentual de 51,72% (Engenharia
Mecânica) e maior percentual de 80,65% (Computação). Exceção dos respondentes do curso
de Estatística cuja maioria preferiu a combinação BD (52,78%) (TAB. 27 e GRÁFICO 15).
Dentre os cinco cursos pertencentes à área de estudo CT, em quatro a maioria dos
respondentes violou o axioma da substituição, escolhendo as combinações AD ou BC. O
ercentual de respondentes que violaram o referido axioma variou entre o menor valor de
m o axioma da substituição, haja vista, 41,67%
terem preferido as combinações AD ou BC (TAB. 27 e GRÁFICO 15)
p
63,79% (Engenharia Mecânica) e o maior valor de 82,26% (Computação). Os alunos do curso
de Estatística, em sua maioria, não violara
Os percentuais de não violação do axioma da substituição (escolha das combinações
AC ou BD) variaram entre o menor valor de 17,74% (Computação) e o maior valor de
58,33% (Estatística) (TAB. 27 e GRÁFICO 15).
102
TABELA 27
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
Situações 1 e 2 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Viola Axioma
Substituição ?
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
AC Não
12,90% 12,12% 9,80% 12,07% 5,56%
AD Sim
1,61% 12,12% 7,84% 12,07% 13,89%
BC Sim
80,65% 62,12% 58,82% 51,72% 27,78%
BD Não
4,84% 13,64% 23,53% 24,14% 52,78%
Fonte: Elaborada pelo autor.
duas, por curso de graduação (área CT)
GRÁFICO 15
Situações 1-2: preferências combinadas duas a
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
as (e
70%
80%
m %
90%
100%
COMP E.CIVIL E.PROD E.MEC ESTAT
Cursos de graduação de CT
Prefer )ênci
AC AD BC BD
4.2.1.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco
Comentou-se que a Situação 2 foi obtida a partir da Situação 1 (no referencial teórico
o Problema 4 foi obtido a partir do Problema 3). Portanto, pelo axioma da substituição, as
combinações consistentes devem ser AC ou BD, recordando que “o axioma da substituição da
teoria da utilidade [esperada] expressa que se a [opção] B é preferível a [opção] A, então,
qualquer (probabilidade) combinada (B; p) deve ser preferível à combinação (A; p)”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 21).
s combinações AC ou BD seguiram o que rege a teoria da
utilidade esperada e foram consistentes em relação ao risco. Dentre os 601 respondentes,
m conformidade com o axioma
Fonte: Elaborado pelo autor.
As pessoas que preferiram a
36,27% foram consistente em relação ao risco (e escolheram e
103
da substituição). Já os respondentes que preferiram as opções AD ou BC (total de 63,73%),
foram inconsistentes em relação ao risco (e violaram o axioma da substituição da teoria da
utilidade esperada) (GRÁFICO 16).
Na área de estudo CSA, 60,06% dos respondentes foram inconsistentes em relação ao
risco (e violaram o axioma da substituição). Na área de estudo CT este percentual aumentou
para 68,13% (GRÁFICO 16).
GRÁFICO 16
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por área de estudo e total
39,94%
31,87%
36,27%
63,73%
68,13%
60,06%
(em %)
CSA
Prefer
CT TOTAL
Áreas de estudo e total
ências
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
Da análise das combinações por curso de graduação percebe-se que em oito dos nove
cursos a maioria dos respondentes foi inconsistente em relação ao risco. O menor percentual
observado foi de 59,15% (Economia) e o maior percentual foi de 82,26% (Computação). Os
alunos do curso de Estatística foram os únicos que, em sua maioria, foram consistentes em
relação ao risco (5,56% preferiram AC e 52,78% preferiam BD, totalizando 58,33%)
(TABELA 28, TABELA 29 e GRÁFICO 17).
104
TABELA 28
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CSA)
Situações 1 e 2 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
Consistentes AC + BD
39,87% 40,74% 37,78% 40,85%
Inconsistentes AD + BC
60,13% 59,26% 62,22% 59,15%
Fonte: Elaborada pelo autor.
TABELA 29
Situações 1-2: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CT)
Situações 1 e 2 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
Consistentes AC + BD
17,74% 25,76% 33,33% 36,21% 58,33%
Inconsistentes AD + BC
82,26% 66,67% 63,79% 41,67% 74,24%
Fonte: Elaborada
G
Situações 1-2: preferências com a on co em
çã por a área )
pelo autor.
RÁFICO 17
bi uasnadas d
curs
duas, c
d
sis intência e
s C
n iasistênc
rela o ao risco o de gr uação ( SA e CT
0%
20%
40%
Consistentes Inconsistentes
60%
as (e
80%
100%
ATUA
CON
ECON
CO
E.CIVIL
E.P
E.MEC
ES
Cursos de graduação CSA e CT
ci m %)
ADM
TAB
MP
ROD
TAT
Preferên
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.2.1.4.1 Comb risco)
Dos 601 respondentes que compõem a amostra, 12,65% preferiram a combinação AC.
Nas áreas de estudo CSA e CT a referida combinação foi preferida, respectivamente, por
inação AC – consistentes em relação ao risco (propensos ao
105
14,02% e 10,99%. Dentre os alunos dos nove cursos analisados, o menor percentual de
preferência foi de 5,56% (Estatística) e o maior percentual foi de 22,22% (Atuária).
A escolha da combinação AC está relacionada às seguintes utilidades esperadas:
)
e
() (
600.1;200.3+= fUE
A
()
(
)
400;800
+
=
fUE
C
. Neste caso, os respondentes preferiram,
em cada Situação, a opção com maior valor esperado e maior risco, assumindo uma postura
de propensão ao risco.
As pessoas que preferiram a combinação AC indicaram que
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
>++ uuu
() ()
(Situação 1) e, indicaram que
(
)
(
)
075,0 u000.325,0080,0000.420, uuu0
+
+
>++ (Situação 2). Isso sinaliza
4.2.1.2
ntuais de
0,06% na área de estudo CSA e 9,16% na área de estudo CT. O menor percentual de
preferê
)
consistência em relação ao risco.
.2 Combinação AD – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao risco –
avessos ao risco)
A combinação AD foi preferida por 9,65% dos respondentes, com os perce
1
ncia foi de 1,61% (Computação) e o maior percentual foi de 13,89% (Estatística).
As preferências representadas pela combinação AD estão relacionadas às seguintes
utilidades esperadas:
() (
600.1;200.3
+
= f
A
(
)
(
)
375;750
+
=
fUE
D
UE
e . Os respondentes
eferiram maior valor esperado com risco na Situação 1 (a opção B possui menor valor
esperad
uma mudança de postura em relação ao risc
haver. A mesma pessoa assumiu uma postura propensa a
pr
o sem risco) e, menor valor esperado com menor risco na Situação 2. Houve, portanto,
o que, pelo axioma da substituição, não deveria
o risco na Situação e, avessa ao risco
na Situação 2.
As preferências dos respondentes, neste caso, indicam que
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
> uu
() ()
++u (Situação 1) e que
(
)
(
)
075,0 u000.325,0080,0000.420,0 uuu
+
+
<++ (Situação 2). Isso sinaliza
inconsistência em relação ao risco.
106
4.2.1.2
Dentre as quatro combinações possíveis, a combinação BC apresentou maior
percent
estudo CT). O menor
sem risco na Situação 1 e, maior valor esperado com maior risco na Situação
. Houve, também neste caso, uma mudança de postura em relação ao risco que, pelo axioma
da subs
na Situação 1 e, propensa ao risco na Situaçã
la combinação BC indica que
.3 Combinação BC – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco)
ual, tendo sido preferida por 54,08% dos respondentes (50,00% da área de estudo CSA
e 58,97% da área de percentual de preferência foi de 27,78%
(Estatística) e o maior percentual foi de 80,65% (Computação).
A combinação BC está relacionada às utilidades esperadas:
() ( )
000.3+= fUE
B
e
() ( )
400;800+= fUE
C
. As pessoas que escolheram a combinação BC preferiram menor
valor esperado
2
tituição, não deveria haver. Os respondentes assumiram uma postura avessa ao risco
o 2.
A preferência pe
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,
+
<++ uuu (Situação 1) e que 0
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
+
>++
(Situação 2). Isso sinaliza
inconsistência em relação ao risco.
4.2.1.2
entual de preferência foi de
,84% (Computação) e o maior percentual foi de 52,78% (Estatística).
A combinação
.4 Combinação BD – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco)
A combinação BD foi preferida por 23,63% dos respondentes, sendo 25,91% da área
de estudo CSA e 20,88% da área de estudo CT. O menor perc
4
BD está relacionada às seguintes utilidades esperadas:
() ( )
000.3+= fUE
B
e
()
(
)
375;750
+
=
fUE
D
. Os respondentes que preferiram BD,
escolheram as opções com menor valor esperado e com menor risco (com a observação de
que na utilidade esperada da opção B não há risco). Estes respondentes assumiram uma
postura de aversão ao risco.
107
As pessoas que preferiram a combinação BD indicaram que
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
<++ uuu
() ()
(Situação 1) e, que
(
)
(
)
075,0 u000.325,0080,0000.420,0 uuu
+
+
<++ (Situação 2). Isso sinaliza
consistência em relação ao risco.
4.2.2 Efeito Isolamento (Situações hipotéticas 2-3)
Situação 1. O efeito
olamento consiste, justamente, na não consideração do contexto que é comum às opções E e
F da Si
ituação 2 é composta pelas opções C e D e, a Situação 3 é
omposta pelas opções E e F, tem-se as seguintes combinações possíveis de preferência, de
um mes
Podem-se dividir, então, as pessoas em dois grupos: o das que indicam
sujeitas ao efeito isolamento e o das que indicam não estarem sujeitas. As que não estão
em as combinações CE ou DF, pois, as Situações 2 e 3 são
á as pessoas que escolhem CF ou DE estão sujeitas a tal efeito.
mbinadas duas a duas, por área de estudo e total
) CF; 2ª) DF; 3ª) CE; e
de estudo de Ciências Sociais Aplicadas, quanto na área de
estudo de C
As Situações 2 e 3 são iguais, em termos de seus resultados e probabilidade finais, o
que as difere é o contexto no qual a Situação 3 está inserida. Parte dos respondentes,
entretanto, parecem tratar a Situação 3 como se esta fosse igual à
is
tuação 3. Contexto este que torna as Situações 2 e 3 iguais.
O efeito isolamento pode ser analisado a partir das situações hipotéticas 2 e 3, bem
como das situações hipotéticas 5 e 6 (esta segunda possibilidade de análise será discutida
posteriormente). Como a S
c
mo respondente, em ambas as Situações: CE; CF; DE; e DF.
estarem
sujeitas ao efeito isolamento escolh
iguais. J
4.2.2.1 Preferências co
A combinação CF foi preferida por 44,43% dos respondentes, seguida das
combinações DF (25,46%), CE (22,30%) e, por último, DE (7,82%). O efeito isolamento
aparenta ocorrer em 52,25% dos respondentes (44,43% que preferiram CF e 7,82% que
preferiram DE). A ‘ordem de preferências combinadas duas a duas’: 1ª
4ª) DE é mantida tanto na área
iências e Tecnologias. A preferência combinada ao par CF, por exemplo, foi
108
escolhida por 41,77% dos alunos da área de estudo CSA e, por 47,62% dos alunos da área de
estudo CT (TAB. 30 e GRÁFICO 18).
TABELA 30
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
Situações 2 e 3 Áreas de estudo e total
Preferências
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
CE 22,26% 22,34% 22,30%
CF 41,77% 47,62% 44,43%
DE 8,84% 6,59% 7,82%
DF 27,13% 23,44% 25,46%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 18
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
41,77%
47,62%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ências (em %)
44,43%
10%
20%
30%
TOTAL
e t
Prefer
0%
CSA CT
Áreas de studo e to al
CE CF DE DF
Fonte: Elaborado pelo .
.2.2.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
de estudo de Ciências Sociais Aplicad
Na área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas, 50,61% aparentaram estarem
sujeitos ao efeito isolamento ao escolherem as combinações CF (41,77%) ou DE (8,84%). O
menor percentual observado foi de 45,45% (Contabilidade) e o maior percentual observado
foi de 55,55% (Atuária). Dos alunos pertencentes ao quatro cursos de graduação da área de
estudo de Ciências Sociais Aplicadas, a maioria dos alunos do curso de Contabilidade
autor
4
as (CSA)
109
(55,55%) e do curso de Economia (50,70%) indicaram não estarem sujeitos ao efeito
isolamento (TAB. 31 e GRÁFICO 19).
A preferência pela combinação CF oscilou entre 35,56% (Contabilidade) e 44,44%
(Atuária). Já a preferência pela combinação DE oscilou entre 6,96% (Administração) e
11,27% (Economia) (TAB. 31 e GRÁFICO 19).
TABELA 31
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
Situações 2 e 3 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Efeito
Isolamento ?
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
CE Não
19,62% 31,48% 31,11% 15,49%
CF Sim
44,30% 44,44% 35,56% 38,03%
DE Sim
6,96% 11,11% 8,89% 11,27%
DF Não
29,11% 12,96% 24,44% 35,21%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 19
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Preferências (em %)
ADM ATUA CONTAB ECON
Cursos de graduação de CSA
CE CF DE DF
4.2.2.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
s a á estudo de Ciências e Tecnologias, 54,21%
aparentaram starem s s ao efeito ento ao escolherem as com s CF
(47,62%) E (6,59 Dentre os ur graduaç isad enor
Fonte: Elaborado pelo autor.
de estudo de Ciências e Tecnologias (CT)
De forma emelhante, n rea de
e ujeito isolam binaçõe
ou D %). cinco c sos de ão anal os, o m
110
percentual foi de 41,66% (Estatística) e o maior percentual foi de 61,29% (Computação). Os
ngenharia de Produção Mecânica (54,90%) e do curso de
Estatística (58,33%) indicaram não estarem eito isolamento (TAB. 32 e
Nos cursos da área de estudo CT a preferência pela combinação CF oscilou entre
22,22% (Estatística) e 61,29% (Computação). Enquanto que a preferência pela combinação
DE oscilou entre 0,00% (Computação) e 19,44% (Estatística) (TAB. 32 e GRÁFICO 20).
TABELA 32
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
Situações 2 e 3 Cursos pertencentes à área de estudo CT
alunos pertencentes aos cursos de E
sujeitos ao ef
GRÁFICO 20).
Preferências
Efeito
Isolamento ?
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
CE Não
32,26% 21,21% 27,45% 15,52% 11,11%
CF Sim
61,29% 53,03% 41,18% 48,28% 22,22%
DE Sim
- 6,06% 3,92% 8,62% 19,44%
DF Não
6,45% 19,70% 27,45% 27,59% 47,22%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 20
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
referências (em %)
COMP E.CIVIL E.PROD E.MEC ESTAT
Cursos de graduação de CT
P
CE CF DE DF
Fonte: Elaborado pelo autor.
111
4.2.2.4 Consistências e inconsistên r o risc
eferiram a binações não est rem sujeitas
o efeito isolamento, tratando (i) as opções C (Situação 2) e E (Situação 3) como iguais; e (ii)
as opções D (Situação 2) e F (Situação Estas pessoas apresentaram, em ambas
a
propensão ao risco e a combinação DF indica consistência e aversão ao risco.
Conforme comentado anteriormente, as pessoas que preferiram as combinações CF ou
DE sinalizam que estão sujeitas ao efeito isolamento, tratando as Situações 2 e 3 como
distintas. As pessoas que preferiram as combinações CF ou DE apresentaram inconsistência
em relação ao risco.
Dentre os respondentes, 52,25% foram inconsistentes em relação ao risco. Tanto na
área de estudo CSA quanto na área de estudo CT a maioria dos respondentes foi inconsistente
em relação ao risco: respectivamente, 50,61% e 54,21% (GRÁFICO 21). Isso indica que as
ções 2 e 3 como distintas, quando de fato, são iguais. O
contexto inicial da Situação 3 pode estar sendo desconsiderado (isolado) quando da realização
da análise para a tomada de decisão. Ao agir desta forma o respondente trata a Situação 3
como sendo igual à Situação 1.
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
cias em elação a o
As pessoas que pr s com CE ou DF sinalizam a
a
3) como iguais.
s combinações, consistência em relação ao risco. A combinação CE indica consistência e
pessoas podem considerar as Situa
GRÁFICO 21
relação ao risco por área de estudo e total
47,75%
45,79%
49,39%
50,61%
54,21%
52,25%
ências (em %)fer
CSA CT TOTAL
Áreas de estudo e total
Pre
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
112
Em cinco dos nove cursos a maioria dos respondentes foi inconsistente em relação ao
risco. Nos cursos da área de estudo CSA foram inconsistentes em relação ao risco, em sua
maioria, os alunos dos cursos de Administração (51,27%) e de Atuária (55,56%) (TAB. 33 e
GRÁFICO 22). Já na área de estudo CT a maioria dos alunos dos cursos de Computação
(61,29%), Engenharia Civil (59,09%) e Engenharia Mecânica (56,90%) foram inconsistentes
em relação ao risco. (TAB. 34 e GRÁFICO 22).
TABELA 33
Situações 2-3: preferências combin s, consistência e inconsistência em
Situações 2 e tudo CSA
adas duas a dua
relação ao risco por curso de graduação (área CSA)
3 Cursos pertencentes à área de es
Preferências
(n = 158) (n = 54)
de
(n = 45)
Economia
(n = 71)
Administração Atuária Contabilida
Consistentes CE + DF
48,73% 44,44% 55,56% 50,70%
Inconsistentes CF + DE
51,27% 55,56% 44,44% 49,30%
Fonte: Elaborada pelo autor.
TABELA 34
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CT)
Situações 2 e 3 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
Consistentes CE + DF
38,71% 40,91% 54,90% 43,10% 58,33%
Inconsistentes CF + DE
61,29% 59,09% 45,10% 56,90% 41,67%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 22
Situações 2-3: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (áreas CSA e CT)
0%
Consistentes Inconsistentes
20%
M
A
B
N
P
D
C
refer
40%
60%
ATU
TA
T
Curso du SA e CT
P ências
80%
100%
(em %)
AD
CON
ECO
M
IVIL
RO
E
TA
CO
E.C
E.P
E.M
ES
s de gra ação C
tor. Fonte: Elaborado pelo au
113
A seguir são apresentadas e analisadas as quatro combinações possíveis para as
Situações 2 e 3, a saber: CE; CF; DE; e
4.2.2.4 o CE – consistentes isco)
binação CE foi p 30% pondentes, sendo 22,26%
studo CSA e, 22,34% pertencentes à área de estudo CT. O menor
ercentual observado foi de 11,11% (Estatística) e o maior percentual observado foi de
32,26% (Computação).
As pessoas que preferiram esta combinação parecem analisar as Situações 2 e 3 como
iguais, estando diante das utilidades esperadas
DF.
.1 Combinaçã em relação ao risco (propensos ao r
A com referida por 22, dos res
pertencentes à área de e
p
(
)
(
)
(
)
400;800
+
=
=
fUEUE
EC
. Neste caso,
as pessoas preferem maior valor esperado e maior risco, indicando propensão ao risco.
Os respondentes que preferiram a combinação CE indicaram que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
+
>++
() ()
(Situação 2) e, que
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
+
>++ (Situação 3).
4.2.2.4.2 Combinação CF – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao risco –
avessos ao risco)
or 44,43% (maior percentual entre as quatro
ombinações). Dentre os alunos da área de estudo CSA a combinação foi preferida por
menor
percentual observado foi de 22,22% (Estatística) e o maior percentual foi de 61,29%
(Comp
A combinação CF foi preferida p
c
41,77% dos respondentes e, dentre os alunos da área de estudo CT por 47,62%. O
utação).
As pessoas que escolheram CF estiveram diante das utilidades esperadas:
() ( )
400;800+= fUE
C
e
()
(
)
375;750
+
=
fUE
F
. Ao escolherem a opção C preferiram maior
alor esperado e maior risco, assumindo uma postura de propensão ao risco. Ao passo que, ao
escolhe
v
rem F, preferiram menor valor esperado e menor risco, assumindo uma postura de
aversão ao risco.
114
Os respondentes que preferiram a combinação CF indicaram que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.4 uuu20,0 u
+
+
>++ (Situação 2) e, que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
+
<++ (Situação 3).
.2.2.4.3 Combinação DE – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
combinação DE foi preferida por 7,82% dos respondentes, sendo 8,84% dos alunos
dos cu
As pessoas que preferiram as opções DE, estiveram diante das utilidades esperadas:
4
propensos ao risco)
A
rsos da área de estudo CSA e 6,59% dos alunos dos cursos da área de estudo CT.
Nenhum (0,00%) aluno do curso de Computação preferiu a combinação DE (menor
percentual) e 19,44% dos alunos do curso de Estatística preferiram a combinação DE (maior
percentual).
()
UE
D
( )
375;750+= f
e
()
(
)
400;800
+
=
fUE
E
. No primeiro caso preferiram menor valor
o. Já no segundo caso, as pessoas preferiram
maior valor esperado e maior risco, indicando propensão ao risco.
Os respo
esperado e menor risco, indicando aversão ao risc
ndentes que preferiram a combinação DE indicaram que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420, uuuu (Situação 2) e, que 0
+
+
<++
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.4 uuu20,0 u
+
+
>++ (Situação 3).
4.2.2.4.4 Combinação DF – consistentes em relação ao risco (avessos ao risco)
preferida por 27,13% dos respondentes e, na área de estudo CT por
23,44% dos respondentes. O menor percentual observado foi de 6,45% (Computação) e o
maior p
A combinação DF foi preferida por 25,46% dos respondentes. Na área de estudo CSA
esta combinação foi
ercentual observado foi de 47,22% (Estatística).
A preferência pela combinação DF está relacionada às seguintes utilidades esperadas:
() ()
(
)
375;750+== fUEUE
FD
. Os respondentes optaram por menor valor esperado e
menor risco, assumindo uma postura de aversão ao risco.
115
Os respondentes que preferiram a combinação DF indicaram que
()()
(
)
(
)
050 u7,0000.325,080,0000.420,0 uuu
+
+
<++ (Situação 2) e, que
() ()
(
)
(
)
075,0000.325,0080,0000.420,0 uuuu
+
+
<++ (Situação 3).
4.2.3 Efeito Reflexo (Situações hipotéticas 1-4)
O efeito reflexo consiste na ‘inversão’ da prefer
que envolvem ganho em relação às situações que envol nforme este efeito, os
anhos levam as pessoas a serem avessas ao risco e, as perdas da mesma magnitude dos
rência” destes prospectos.
5 e 6 também podem ser utiliz
e B e, a Situação 4 é composta
elas opções A e B. Isso leva às seguintes combinações possíveis de preferência, de um
mesmo
4.2.3.1 Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
Dentre as quatro possíveis, a combinação BA foi preferida por 64,39% das pessoas.
jeita ao efeito reflexo. As combinações AA
5,14%) e BB (13,31%), respectivamente segunda e terceira na preferência dos respondentes,
indicam
nto na área de estudo de Ciências e
ecnologias. A preferência combinada ao par BA, por exemplo, foi escolhida por 61,28% dos
ência dos respondentes em situações
vem perdas. Co
g
ganhos, levam as pessoas a serem propensas ao risco.
Kahneman e Tversky (2000b, p. 22) denominam de efeito reflexo ao padrão de
preferência apresentado pelos respondentes, no qual “a preferência entre os prospectos
negativos é a imagem refletida da preferência entre os prospectos positivos. Assim, o reflexo
dos prospectos em torno do zero reverte a ordem de prefe
O efeito reflexo pode ser analisado a partir das situações hipotéticas 1 e 4 (as situações
adas para a análise de referido efeito, o que será discutido
posteriormente). A Situação 1 é composta pelas opções A
p
respondente, em ambas as Situações: AA; AB; BA; e BB.
Isso reforça que a maioria dos respondentes está su
(1
que não há ocorrência do efeito reflexo. Já a combinação AB, preferida por 7,15%
dos respondentes, indica há ocorrência de um efeito reflexo ‘invertido’. Esta ‘ordem de
preferências combinadas duas a duas’: 1ª) BA; 2ª) AA; 3ª) BB; e 4ª) AB é mantida tanto na
área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas, qua
T
116
alunos da área de estudo CSA e, por 68,13% dos alunos da área de estudo CT (TAB. 35 e
GRÁFICO 23).
TABELA 35
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
Situações 1 e 4 Áreas de estudo e total
Preferências
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
AA 16,46% 13,55% 15,14%
AB 7,62% 6,59% 7,15%
BA 61,28% 68,13% 64,39%
BB 14,63% 11,72% 13,31%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 23
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
61,28%
68,13%
64,39%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Preferências (em %)
CSA CT TOTAL
o e total
AA AB BA BB
Áreas de estud
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.2.3.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
de estudo de Ciências Socia plicadas
respondentes aparentou estar sujeita ao efeito
reflexo. A combinação BA, que indica a ocorrênc tre o menor
percentual de 51,85% (Atuária) e o m ioria
dos respondentes, então, preferiu o ganho certo da Situação 1 e evitou a perda certa da
Situação 4 (TAB. 36 e GRÁFICO 24).
is A (CSA)
Na área de estudo CSA, a maioria dos
ia do efeito reflexo oscilou en
aior percentual de 75,56% (Contabilidade). A ma
117
Embora, em reduzido percentual, uma parte dos respondentes aparentou estar sujeita
ao efeito reflexo ‘invertido’, evitando o ganho certo na Situação 1 e preferindo a perda certa
na Situação 4. Estes respondentes preferiram a combinação AB, com o menor percentual
observado de 5,63% (Economia) e o maior percentual de 9,26% (Atuária) (TAB. 36 e
GRÁFICO 24).
Os demais respondentes aparentaram não estarem sujeitos ao efeito reflexo, ao
escolherem as combinações AA ou BB. O percentual de respondentes que escolheram uma
das combinações oscilou entre o menor valor de 17,78% (Contabilidade) e 38,89% (Atuária)
(TAB. 36 e GRÁFICO 24).
TABELA 36
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
Situações 1 e 4 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Efeito Administração
Reflexo ? (n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
AA Não
18,35% 18,52% 11,11% 14,08%
AB Invertido
8,23% 9,26% 6,67% 5,63%
BA Sim
58,86% 51,85% 75,56% 64,79%
BB Não
14,56% 20,37% 6,67% 15,49%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 24
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
referências (em %)
ADM ATUA CONTAB ECON
Cursos de graduação de CSA
P
AA AB BA BB
Fonte: Elaborado pelo a
utor.
118
4.2.3.3 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
de estudo de ecnologias (C
Nesta área de estudo, também, a d ndentes ou e eita ao
efeito reflex com A, vario o ercentu ,34% nharia
de 82,26% (Computação AB. 37 e GRÁFICO 25).
O efeito reflexo ‘invertido’, in inação AB também foi observado no
Mecânica) (TAB. 37 e GRÁFICO 25).
O percentual de respondentes que escolheram as combinações AA ou BB, indicando a
não-ocorrência do efeito reflexo, oscilou entre o menor valor de 14,52% (Computação) e
31,82% (Engenharia Civil) (TAB. 37 e GRÁFICO 25).
TABELA 37
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
Situações 1 e 4 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Ciências e T T)
maioria os respo aparent star suj
o. A bin Bação u entre menor p al de 60 (Enge
Mecânica) e o maior percentual ) (T
dicado na comb
menor percentual de 3,23% (Computação) e no maior percentual de 10,34% (Engenharia
Preferências
Efeito
Reflexo ?
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
AA Não
11,29% 18,18% 9,80% 13,79% ,89% 13
AB Invertido
3,23% 6,06% 7,84% 10,34% 5,56%
BA Sim
82,26% 62,12% 64,71% 60,34% 72,22%
BB Não
3,23% 13,64% 17,65% 15,52% 8,33%
Fonte: Elaborada pelo autor.
uas a duas, por curso de graduação (área CT)
GRÁFICO 25
Situações 1-4: preferências combinadas d
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Preferênci
60%
as
70%
80%
90%
100%
(em %)
COMP E.CIVIL E.PROD E.MEC ESTAT
Cursos de graduação de CT
AA AB BA BB
Fonte: Elaborado pelo autor.
119
4.2.3.4 Consistências e inconsistências em relação ao risco
aparent do o li s
pessoas podem ficad o c em ao
primeira combin essoas f on s e pro ao risco, enquanto
segundo caso foram sistentes e a
Por sua vez, as pessoas que ombinações AB ou BA podem ser
c
pessoas são avessas ao risco no domínio dos ganhos e propensas ao risco no domínio das
perdas, como ocorreu com que preferiu a combinação BA, entretanto, as pessoas que
preferiram AB foram propensas ao risco no domínio dos ganhos e avessos ao risco no
domínio das perdas, indicando um efeito reflexo ‘invertido’.
Dentre os 601 respondentes, 71,55% foram inconsistentes em relação ao risco. Na área
de estudo CSA o percentual de respondentes inconsistentes em relação ao risco foi de 68,90%
e na área de estudo CT de 74,73% (GRÁFICO 26). Isso sinaliza que, diante de ganhos
(Situação 1) e perdas (Situação 4) com valores iguais, em módulo e, com probabilidades de
ocorrência iguais para cada opção correspondente, as pessoas demonstraram atitudes
umas foram avessas ao risco na Situação 1 e propensas ao
outras foram propensas ao risco
na Situação 1 e avessas ao risco na Situação 4 (preferiram a combinação AB).
Conforme comentou-se, as pessoas que preferiram as combinações AA ou BB
am não ‘sofrerem’ efeito reflex ( enos no experimepelo m nto aqui ana sado). Esta
ser ssi cla as, neste caso, com onsistentes relação risco. Na
ação as p oram c sistente pensas que no
con avessas o risco.
preferiram as c
lassificadas como inconsistentes em relação ao risco. O efeito reflexo estabelece que as
diferentes em relação ao risco. Alg
risco na Situação 4 (preferiram a combinação BA), enquanto
120
GRÁFICO 26
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por área de estudo e total
28,45%
25,27%
31,10%
68,90%
74,73%
71,55%
CSA CT TOTAL
Áreas de estudo e total
Preferências (em %)
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
Em todos os nove cursos a maioria dos respondentes foi inconsistente em relação ao
sco. Nos cursos da área de estudo CSA a inconsistência oscilou entre o menor percentual de
1,11% (Atuária) e o maior percentual de 82,22% (Contabilidade) (TAB. 38 e GRÁFICO 26).
nquanto que na área de estudo CT a inconsistência oscilou entre o menor percentual de
0,34% (Engenharia Mecânica) e o maior percentual de 82,26% (Computação). (TAB. 39 e
RÁFICO 26).
ri
6
E
6
G
121
TABELA 38
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CSA)
Situações 1 e 4 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
Consistentes AA + BB
32,91% 38,89% 17,78% 29,58%
Inconsistentes AB + BA
67,09% 61,11% 82,22% 70,42%
Fonte: Elaborada pelo autor.
TABELA 39
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CT)
Cursos pertencentes à área de estudo CT Situações 1 e 4
Preferências
Computação E. Civil E. Produção E. Mecânica Estatística
(n = 62) (n = 66) (n = 51) (n = 58) (n = 36)
Consistentes AA + BB
14,52% 31,82% 27,45% 29,31% 22,22%
Inconsistentes AB + BA
82,26% 62,12% 64,71% 60,34% 72,22%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 27
Situações 1-4: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (áreas CSA e CT)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
ADM
ATUA
CONTAB
ECON
COMP
E.CIVIL
E.PROD
E.MEC
ESTAT
Cursos de graduação CSA e CT
Preferências (em %)
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
122
Conf do anteriorme an e Tversky
(2000b), bem licação i as (2 iam as
análises a m termo olh l de pre em cada Situação
r a análise s as com
o analisadas, a seguir, as combinações aos pares das preferências indicadas pelos
respondentes.
4.2.3.4.1 Combinação AA – consistentes com rel
inação AA foi preferida por 15,14% dos respondentes. N de e
s (CSA) efe
studo de Ciências e Tecnologias (CT), por 13,55% dos respondentes. O menor percentual de
preferência observado foi de 9,80% (En dução Mecânica) e o maior percentual
ob
Os respondentes que escolheram AA estiveram diante das seguintes utilidades
esperadas:
)
orme comenta nte, a pesquisa realizada por Kahnem
como a rep realizada por K mura, B so e Krauter 006) base
em termos d maioria, e s da esc a moda ferência
hipotética. No intuito de amplia e apresentar toda binações de preferências,
ação ao risco (propensos ao risco)
A comb a área studo de
Ciências Sociais Aplicada foi pr rida por 16,46% dos respondentes e, na área de
e
genharia de Pro
servado foi de 18,52% (Atuária).
() (
600.1;200.3+
=
fUE
A
(domínio positivo) e
(
)(
600.1;200.3= fUE
A
)
(domínio negativo). No domínio positivo (Situação 1) os respondentes preferiram maior valor
esperado com risco. Já no domínio negativo (Situação 4), preferiram menor valor esperado
com risco, assumindo, portanto, uma postura de propensão ao risco. No domínio positivo
abriram mão de um ganho certo de R$ 3.000, diante da possibilidade de ganhar R$ 4.000 com
80% de chance. E, no domínio negativo, abriram mão de uma perda certa de R$ 3.000, diante
da possibilidade de perder R$ 4.000 com 80% de chance.
utilidade esperada, tem-se que Pela teoria da
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,
+
>++ uuu
() ()
0 (domínio positivo) e
(
)
000.300,1020,0000.480,
>+ uuu (domínio negativo). 0
123
4.2.3.4.2 Combinação AB – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao risco –
avessos ao risco)
Somente 7,15% dos respondentes preferiram a combinação AB, sendo 7,62% da área
foi de
3,23% (Computação) e o maior percentual foi de 10,34% (Engenharia Mecânica), ambos da
área de
de estudo CSA e 6,59% da área de estudo CT. O menor percentual de preferência
estudo de Ciências e Tecnologias.
Os respondentes que escolheram a combinação AB estiveram diante das seguintes
utilidades esperadas:
()
(
)
600.1;200.3
+
= fUE
A
(domínio positivo) e
()
(
)
000.3
= fUE
B
(domínio negativo). No domínio positivo os respondentes preferiram maior valor esperado e
aior risco, assumindo uma postura de propensão ao risco. Já no domínio negativo preferiram
maior v
m
alor esperado sem risco, assumindo uma postura de aversão ao risco.
Pela teoria da utilidade esperada, tem-se que
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
>++ uuu (domínio positivo) e
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
<+ uuu
(domínio negativo).
Além da inconsistência em relação ao risco, na escolha da combinação AB tem-se a
observação de um efeito reflexo ‘invertido’, haja vista, os respondentes terem sido propensos
o risco no domínio positivo e, avessos ao risco no domínio negativo.
4.2.3.4.3 Combinação BA – inconsistent
propensos ao risco)
O maior percentual de preferência foi observado na combinação BA, onde 64,39% dos
spondentes preferiram-na, com 61,28% da área de estudo CSA e 68,13% da área de estudo
T. O menor e o maior percentuais de preferência foram, respectivamente, 51,85% (Atuária)
82,26% (Computação).
)
a
es em relação ao risco (avessos ao risco –
re
C
e
Os respondentes que escolheram BA estiveram diante das seguintes utilidades
esperadas:
() (
000.3+
=
f
(
)
(
)
600.1;200.3
=
fUE
A
UE
B
(domínio positivo) e (domínio
egativo). Ao escolher B no domínio positivo preferiram menor valor esperado sem risco, n
124
assumi
tilidade esperada, tem-se que
ndo uma postura de aversão ao risco. Já ao escolher A no domínio negativo, as pessoas
preferiram menor valor esperado e maior risco, assumindo uma postura de propensão ao risco.
Pela teoria da u
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,
+
<++ uuu
(
(domínio positivo) e 0
) ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
>+ uu (domínio negativo).
Neste caso, o efeito reflexo é observado, pois, os respondentes assumiram uma postura
avessa ao risco no domínio positivo e, propensa ao risco no domínio negativo. Preferiram
menor valor esperado sem risco na Situação 1 (domínio positivo) e, menor v
u
alor esperado
om risco na Situação 4 (domínio negativo).
4.2.3.4.4 Combinação BB – consistentes em
os 601 respondentes 13,31% preferiram a combinação BB, sendo 14,63% da área de
estudo
Os respondentes que escolheram BB estiveram diante das seguintes utilidades
c
relação ao risco
D
CSA e 11,72% da área de estudo CT. O menor percentual de preferência foi de 3,23%
(Computação) e o maior percentual foi de 20,37% (Atuária).
esperadas:
() ( )
000.3+= fUE
B
(domínio positivo) e
(
)
(
)
000.3
=
fUE
B
(domínio negativo).
Em ambos os casos, as pessoas foram avessas ao risco, pois, ao escolherem B no domínio
ositivo preferiram menor valor esperado sem risco e, ao escolherem B no domínio negativo
preferir
p
am maior valor esperado sem risco.
Pela teoria da utilidade esperada, tem-se que
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
+
< u
() ()
++ uu (domínio positivo) e
(
)
000.300,1020,0000.480,
<+ uuu0 (domínio negativo).
125
4.2.4 E
(Situações hipotéticas 5-6)
Conforme Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 55) “um dos pilares de sustentação da
teoria d
e D, levam à mesma riqueza esperada final de
$ 4.000 (TAB. 40). Os respondentes, então, poderiam apresentar indiferença em relação às
tuação 6, caso pautassem suas
scolhas nos estados de riqueza.
nhos e/ou perdas)
Notação Riqueza inicial Valor esperado Riqueza esperada final
stados de riqueza e alterações na riqueza (ganhos e perdas) e o efeito reflexo
o prospecto” está relacionado ao fato de que “os indivíduos conferem maior peso a
alterações de riqueza [ganho e/ou perda] do que a estados de riqueza”.
Nas Situações 5 e 6 as opções A, B, C
R
opções A e B na Situação 5 e em relação às opções C e D na Si
e
TABELA 40
Estados de riqueza e alterações na riqueza (ga
A(+2.000; 0,50) +3.000 +1.000 +4.000
1.000; 1,00) +3.000 +1.000 +4.000 B(+
C(-2.000; 0,50) +5.000 -1.000 +4.000
D(-1.000 +5.000 -1.000 +4.000 ; 1,00)
Notação Riqueza inicial Valores possíveis Riqueza final
0 +3.000
A(+2.000; 0,50) +3.000
+2.000 +5.000
B(+1.000; 1,00) +3.000 +1.000 +4.000
0 +5.000
C(-2.000; 0,50) +5.000
-2.000 +3.000
D(-1.000; 1,00) +5.000 -1.000 +4.000
Fonte: E
A influência da alteração na riqueza na decisão pode ando-se as
Situações 5 e 6. As referidas situações hipotéticas também podem ser utilizadas para a análise
reflexo e isolamento (o que será feito posteriormente). Como a Situação 5 é
posta pelas opções A e B e, a Situação 6 composta pelas opções A e B, tem-se as
mesmo respondente, em ambas as Situações:
C; e BD.
laborada pelo autor.
ser analisada tom
dos efeitos
com
possíveis combinações de preferência, de um
AC; AD; B
126
4.2.4.1
. Isso sinaliza que os
spondentes podem tomar suas decisões com base em alterações na riqueza ao invés de
estados
a e terceira na preferência dos respondentes, sinalizam que
s respondentes podem decidir com base em estados de riqueza. A combinação AD (6,49%),
quarta na preferência dos respondentes, a exemplo da combinação BC, indica que os
respondentes ao invés de
estado za. Entretan optaram es q
est sperada, po o ganho certo na Situação 5 (Opção
gan egurar a pe na Situação 6 D – evita a perd r). Esta
‘ordem rências com duas’: 1ª) BC; 2ª) AC; 3ª) BD; e
tanto na área de estudo de Ciên iais Aplicadas, na área de estud
Tec ferência com ao par BC, por , foi escolhida p % dos
alunos da área de estudo CSA e, por 46,89% dos alunos da área de estudo CT (TAB. 41 e
GR
Preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
A combinação BC foi preferida por 44,93% dos respondentes
re
de riqueza, haja vista terem optado, diante de opções que levam a um mesmo estado
de riqueza esperada, por assegurar o ganho certo na Situação 5 (Opção B) e evitar a perda
certa na Situação 6 (Opção A). Tanto a combinação AC (28,95%) quanto a combinação BD
(19,63%), respectivamente segund
o
podem tomar suas decisões com base em alterações na riqueza
s de rique to, neste caso, , diante de opçõ ue levam a um mesmo
ado de riqueza e r evitar A – possibilita
ho maior) e ass rda certa (Opção a maio
de prefe binadas duas a 4ª) AD é mantida
cias Soc qu o ant o de Ciências e
nologias. A pre binada exemplo or 43,29
ÁFICO 27).
127
TABELA 41
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
Situações 5 e 6 Áreas de estudo e total
Preferências
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
AC 29,27% 28,57% 28,95%
AD 7,93% 4,76% 6,49%
BC 43,29% 46,89% 44,93%
BD 19,51% 19,78% 19,63%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 28
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por área de estudo e total
43,29%
46,89%
44,93%
10
20
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Preferências (em %)
0%
%
%
CSA CT TOTAL
Áreas de estudo e total
AC AD BC BD
Fonte: Elaborado pelo autor.
.2.4.2 Preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação pertencente à área
e estudo de Ciências Sociais Aplicadas (CSA)
Na área de estudo de Ciências Sociais Aplicadas, 51,22% aparentaram tomar decisões
om base em alterações na riqueza ao escolherem as combinações AD (7,93%) ou BC
3,29%). Os alunos dos cursos de Administração (53,16%) e de Economia (57,74%)
nquadram-se entre os que, em sua maioria, aparentaram tomar decisões com base em
lterações na riqueza. Já os alunos dos cursos de Atuária (59,26%) e de Contabilidade
3,33%), ao preferirem, em sua maioria, as combinações AC ou BD, aparentaram não tomar
ecisões com base em alterações na riqueza (TAB. 42 e GRÁFICO 28).
4
d
c
(4
e
a
(5
d
128
TAB
Situações 5-6: preferên ad d c raduação (área CSA)
Situações 5 e 6 rte áre do CSA
ELA 42
cias combin as duas a uas, por urso de g
Cursos pe ncentes à a de estu
Preferências
Alteraç
Riquez
Adminis
(n = 1
At
(n
Con e Economia
(n = 71)
ão
a ?
tração
58)
uária
= 54)
tabilidad
(n = 45)
AC Não
27,85% 3 22,54% 5,19% 37,78%
AD Sim
7,59% 1,85% 6,67% 14,08%
BC Sim
45,57% 38,89% 40,00% 43,66%
BD Não
15,56% 19,72% 18,99% 24,07%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 29
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CSA)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
ADM ATUA CONTAB ECON
Cursos de graduação de CSA
Preferências (em %)
AC AD BC BD
Fonte: Elaborado pelo autor.
or curso de graduação pertencente à
tomar decisões com
base em a riqueza (TAB. 43 e GRÁFICO 29).
4.2.4.3 Preferências combinadas duas a duas, p
área de estudo de Ciências e Tecnologias (CT)
De forma semelhante ao ocorrido nos cursos da área de estudo de CSA, nos cursos da
área de estudo de Ciências e Tecnologias, a maioria dos respondentes (51,65%) aparentaram
tomar decisões com base em alterações na riqueza ao escolherem as combinações AD
(4,76%) ou BC (46,89%). Dentre estes estão os alunos dos cursos de Engenharia Civil
(57,58%), Engenharia de Produção Mecânica (56,86%) e de Estatística (61,11%). Por sua vez,
os alunos dos cursos de Computação (56,45%) e de Engenharia Mecânica (56,90%), ao
preferirem, em sua maioria, as combinações AC ou BD, aparentaram não
alterações n
129
T
Situaçõ e mbinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
Situa 5 e 6 pe s à área d CT
ABELA 43
es 5-6: pref rências co
ções Cursos rtencente e estudo
Preferência
Alteraçã
Riqueza
putação
(n = 62)
il
6)
dução
51)
nica
8)
ística
36)
s
o Com
?
E. Civ
(n = 6
E. Pro
(n =
E. Mecâ Estat
(n = 5 (n =
AC Não
38,71% % 29,41% ,86% ,00% 22,73 25 25
AD Sim
6,45% 6,06% 5,88% 1,72% 2,78%
BC Sim
37,10% 51,52% 50,98% 41,38% 58,33%
BD Não
17,74 13,73% 31,03% 13,89% % 19,70%
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 30
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, por curso de graduação (área CT)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
COMP E.CIVIL E.PROD E.MEC ESTAT
Cursos de graduação de CT
Preferências (em %)
AC AD BC BD
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.2.4.4
e estudo CSA o percentual de
spondentes inconsistentes em relação ao risco foi de 51,22% e na área de estudo CT de
1,65% (GRÁFICO 30). Algumas foram avessas ao risco na Situação 5 e propensas ao risco
a Situação 6 (preferiram a combinação BC), enquanto outras foram propensas ao risco na
Consistências e inconsistências em relação ao risco
Dentre as quatro possíveis para as Situações 5 e 6, as combinações AC e BD,
sinalizam que as foram consistentes em relação ao risco, enquanto que as combinações AD e
BC sinalizam que as pessoas foram inconsistentes em relação ao risco.
Houve um equilíbrio entre consistência e inconsistência: 51,41% dos respondentes
foram inconsistentes em relação ao risco. Na área d
re
5
n
130
Situaçã ao risco na Situação so para iguais
es ez 0).
Á 31
cias combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por área de estudo e total
o 5 e avessas 6 (preferiram a combinação AD). Is
tados de riqu a (R$ 4.00
GR FICO
Situações 5-6: preferên
48,59%48,35%
48,78%
51,22%
51,65%
51,41%
CSA CT TOTAL
Áreas de estudo e total
Preferências (em %)
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
Em todos os nove cursos a maioria dos respondentes foi inconsistente em relação ao
nsistência oscilou entre o menor percentual de
AB. 44 e GRÁFICO 31).
Enquanto que na área de estudo CT a inconsistência oscilou entre o menor percentual de
60,34% (En
risco. Nos cursos da área de estudo CSA a inco
61,11% (Atuária) e o maior percentual de 82,22% (Contabilidade) (T
genharia Mecânica) e o maior percentual de 82,26% (Computação). (TAB. 45 e
GRÁFICO 31).
131
TABELA 44
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CSA)
Situações 5 e 6 Cursos pertencentes à área de estudo CSA
Preferências
Administração
(n = 158)
Atuária
(n = 54)
Contabilidade
(n = 45)
Economia
(n = 71)
Consistentes AC + BD
46,84% 59,26% 53,33% 42,25%
Inconsistentes AD + BC
53,16% 40,74% 46,67% 57,75%
Fonte: Elaborada pelo autor.
TABELA 45
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (área CT)
Situações 5 e 6 Cursos pertencentes à área de estudo CT
Preferências
Computação
(n = 62)
E. Civil
(n = 66)
E. Produção
(n = 51)
E. Mecânica
(n = 58)
Estatística
(n = 36)
Consistentes AC + BD
56,45% 42,42% 43,14% 56,90% 38,89%
Inconsistentes AD + BC
43,55% 57,58% 56,86% 43,10% ,11% 61
Fonte: Elaborada pelo autor.
GRÁFICO 32
Situações 5-6: preferências combinadas duas a duas, consistência e inconsistência em
relação ao risco por curso de graduação (áreas CSA e CT)
0%
20%
40%
60%
80%
10
%)
0%
ADM
ATUA
CONTAB
ECON
COMP
E.CIVIL
E.PROD
E.MEC
ESTAT
Cursos de graduação CSA e CT
Preferências (em
Consistentes Inconsistentes
Fonte: Elaborado pelo autor.
No intuito de ampliar a análise e apresentar todas as combinações de preferências, são
nalisadas, a seguir, as combinações aos pares das preferências indicadas pelos respondentes.
a
132
4.2.4.4.1 Com – consistentes isco)
o 28,95% p m inação AC. No grupo CT estas
,57% e, no grupo CSA por 29,27% dos respondentes. Dentre
os alunos dos nove cursos analisados, o m
as
es que escolheram a o 6 preferiram
opções segui a pe
binação AC em relação ao risco (propensos ao r
Dos 601 resp ndentes, referira a comb
opções foram preferidas por 28
enor e o maior percentual de pessoas que preferiram
opções AC foram, respectivamente, 28,74% (Economia) e 38,71% (Computação).
Os respondent opção A na Situação 5 e C na Situaçã
com as nt lides uti des es radas:
(
)(
+= f
)
500; 000.1UE
A
e
Com base na teoria da utilidade esperada essoas que preferiram AC, indicaram
qu
() (
.1= fU
C
)
500;0 . 00E
, as p
e
()
(
)
(
)
000.100,1000.3050,0000.250,0000.3
+
+
+
>++++ uuu (domínio positivo)
()
e
(
)
(
)
000.100,1000.5050,0000.2
+
+
>+ uu
(domínio
50,0000.5 + u
Considerando que, conforme Kahneman e Tvers
o Problema] não integram o bônus ao prospecto. O bônus não entra na com
prospectos, por ser comum a ambas as opções em cada problem
indicadas por:
()
+
negativo).
ky (2000b, p. 28), “as pessoas [ao analisarem
paração dos
a”, as preferências podem se
(
)
(
)
000.100,1050,0000.250,0
+
>
+
+ uuu (dom
() ()
ínio positivo) e
(
)
000.100,1050,0000.250,0
>+ uuu (domínio negativo). O mesmo vale para as
preferências AD, BC e BD a serem analisadas.
Para o mesmo valor da riqueza esperada final R$ 4.000 e para o mesmo valor esperado
R$ 1.000, em módulo, os respondentes escolheram as opções com maior risco (as opções B e
desvio padrão). Pode-se, então, afirmar que as pessoas que
scolheram AC assumiram uma postura de propensão ao risco.
Somente 6,49% dos respondentes preferiram as opções AD, sendo 4,76% do grupo CT
o maior
foi de 14,08% (Economia).
D não possuem risco, medido pelo
e
4.2.4.4.2 Combinação AD – inconsistentes em relação ao risco (propensos ao risco –
avessos ao risco)
e 7,93% do grupo CSA. O menor percentual foi de 1,72% (Engenharia Mecânica) e
133
As opções AD possuem as seguintes utilidades esperadas:
(
)( )
500;000.1+= fUE
A
e
() ( )
000.1= fUE
D
. As pessoas que preferiram AD, indicaram que
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,0
+
>++ uuu
(domínio positivo) e que
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,0
< uu+u (domínio negativo).
ação 5 e a opção sem risco
na Situação 6. Isso pode sinalizar que o foco do respondente ao analisar as opções foi o
resultado R$ 2.000, ou seja, preferiram ganhar R$ 2.000 e evitaram perder R$ 2.000. Outro
onto a ser observado foi o fato dos respondentes assumirem uma postura de propensão ao
risco n
mento configura um
efeito reflexo invertido. O efeito refl
ao risco para os prospectos positivos e, propensão ao risco p
al de preferência (44,93%), sendo 46,89%
enor e o maior percentuais de preferência foram,
respectivam
Neste caso, as pessoas preferiram a opção com risco na Situ
p
o domínio positivo e aversão ao risco no domínio negativo. Percebe-se que este
comporta
exo “demonstra aversão
ara os prospectos negativos”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 27).
4.2.4.4.3 Combinação BC – inconsistentes em relação ao risco (avessos ao risco –
propensos ao risco)
Estas foram as opções com maior percentu
no grupo CT e 43,29% no CSA. O m
ente, 37,10% (Computação) e 58,33% (Estatística).
No caso da preferência por BC, tem-se as seguintes utilidades esperadas:
() ( )
000.1+= fUE
B
e
()
(
)
500;000.1
=
fUE
C
. Estas preferências indicam que
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,
+
< u (dom++u u ínio positivo) e 0
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,0
>+ uuu
(domínio negativo).
Ao escolherem BC as pessoas preferiram a opção sem risco no domínio positivo
(Situaç
rda ou, o ‘desconforto’ da perda certa. Ao assumirem uma postura
e aversão ao risco no domínio positivo e propensão ao risco no domínio negativo os
respondentes incorreram no
efeito reflexo.
ão 5) e a opção com risco no domínio negativo (Situação 6). Isso pode sinalizar que o
foco do respondente foi a certeza do ganho (100% de chance) na Situação 5 e, na Situação 6,
foi a chance de não obter pe
d
134
4.2.4.4.4 Combinação BD – consistentes em relação ao rico (avessos ao risco)
As opções BD foram preferidas por
19,78% no grupo CT e de 19,51% no grupo CSA. O menor percentual foi de 13,73%
(Engenharia de Produção Mecânica) e o maior foi de 31,03% (Engenharia Mecânica).
19,63% dos respondentes, com um percentual de
As preferências BD estão relacionadas às seguintes utilidades esperadas:
() ( )
000.1+= fUE
B
e
()
(
)
000.1
= fUE
D
. As pessoas que preferiram BD, indicaram que
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,0
+
<++ uuu (domínio positivo) e que
() ()
(
)
000.100,1050,0000.250,0
<+ uuu
(domínio negativo).
Tanto no domínio positivo quanto no domínio negativo, a pessoas que escolheram BD
preferem as opções sem risco.
4.3 Análise das combinações completas
O questionário é composto por seis Situações, cada uma com duas opções. Na análise
das co
C-19, assinalou as seguintes
referências: S1-B; S2-C; S3-F; S4-A; S5-B; e S6-C. Ou seja, escolheu a opção B na Situação
1; a op
Situação 5; e, por f ção C na Situação 6. E
combinação completa de preferências: BCFABC.
Como em cada uma das seis Situaçõ es de escolha, tem-se que o
úmero total de combinações é igual a
. Na TAB. 46 constam as combinações e os
percentuais de respondentes que escolheram
elas: ACFAAD; BCEBAC;
mbinações, foram considerados somente os questionários nos quais, em todas as
Situações, o respondente indicou a opção de preferência. Por exemplo: um respondente do
curso de Engenharia Mecânica, aqui codificado por ENGME
p
ção C na Situação 2; a opção F na Situação 3; a opção A na Situação 4; a opção B na
im, a op ntão, este respondente indicou a seguinte
es existem duas opçõ
642
6
=
n
cada uma destas combinações, tanto nos grupos
CSA e CT, respectivamente, 328 e 273 respondentes, quanto no número total de 601
respondentes.
Dentre as 64 possíveis combinações completas de preferência, cinco não foram
observadas em nenhum dos dois grupos (CSA e CT). Foram
135
BCFBAD; BDEBAD; e BDEBBC. Tem-se, então um total de 59 combinações completas
s seguintes:
BCFABC (17,14%) e; BCFAAC (11,31%) (TAB. 46).
oria da
tilidade esperada não é utilizada pelos respondentes para fundamentar suas decisões. Do
contrár
preferências.
Outro ponto que reforça o acima exposto está relacionado ao fato da combinação
completa de maior preferência entre os respondentes, a saber: BCFABC (17,14%), representar
observadas. As combinações totais com maior percentual de ocorrência foram a
O fato de 92,19% das possíveis combinações completas terem sido observadas sinaliza
que as pessoas não são racionais como apregoa o modelo decisório racional e, que a te
u
io, ter-se-ia uma pequena quantidade de combinações completas com altas taxas de
inconsistência em todos os quatro tipos de análise.
136
TABELA 46
Seqüências de combinações possíveis para as seis situações e seus respectivos resultados
por área de estudo e total
Combinação
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
Combinação
CSA
(n = 328)
CT
(n = 273)
TOTAL
(n = 601)
ACEAAC 2,74% 2,20% 2,50% BCEAAC 3,96% 3,30% 3,66%
ACEAAD 0,30% - 0,17% BCEAAD 0,61% 0,37% 0,50%
AC C 2,44% 1,47% 2,00% BCEABC 3,66% 7,33% 5,32% EAB
ACEABD 0,61% 1,10% 0,83% BCEABD 1,22% 2,93% 2,00%
ACEBAC 0,30% 0,73% 0,50% BCEBAC - - -
ACEBAD 1,22% - 0,67% BCEBAD 0,91% - 0,50%
ACEBBC 1,83% 0,73% 1,33% BCEBBC 0,61% 1,83% 1,16%
ACEBBD 0,91% - 0,50% BCEBBD 0,91% 0,37% 0,67%
ACFAAC 0,91% 0,73% 0,83%
BCFAAC 9,45% 13,55% 11,31%
ACFAAD - - - BCFAAD 1,52% 1,83% 1,66%
ACFABC 1,22% 1,83% 1,50%
BCFABC 17,07% 17,22% 17,14%
ACFABD - 0,37% 0,17% BCFABD 4,27% 4,40% 4,33%
ACFBAC 0,61% 0,37% 0,50% BCFBAC 2,13% 1,47% 1,83%
AC AD - 0,37% 0,17%FB BCFBAD - - -
ACFBBC 0,30% 0,37% 0,33% BCFBBC 1,22% 2,20% 1,66%
ACFBBD 0,61% 0,73% 0,67% BCFBBD 2,44% 2,20% 2,33%
ADEAAC 1,83% 0,37% 1,16% BDEAAC 0,91% 0,73% 0,83%
ADEAAD 0,61% - 0,33% BDEAAD 0,61% - 0,33%
ADEABC 0,61% 1,47% 1,00% BDEABC 1,22% 1,47% 1,33%
ADEABD 0,61% 0,73% 0,67% BDEABD 0,91% 0,73% 0,83%
ADEBAC 0,30% - 0,17% BDEBAC 0,30% - 0,17%
ADEBAD 0,30% - 0,17% BDEBAD - - -
ADEBBC 0,30% 0,37% 0,33% BDEBBC - - -
ADEBBD 0,30% 0,37% 0,33% BDEBBD - 0,37% 0,17%
AD AC 2,13% 0,37% 1,33% BDFAAC 2,74% 3,66% 3,16% FA
AD AD 0,61% 0,73% 0,67% BDFAAD 0,91% 0,37% 0,67% FA
AD BC 1,52% 1,47% 1,50% BDFABC 9,45% 7,69% 8,65% FA
AD D 0,30% 0,73% 0,50% BDFABD 2,74% 2,56% 2,66% FAB
AD AC - 0,37% 0,17% BDFBAC 0,91% 0,73% 0,83% FB
AD AD 0,30% 0,73% 0,50% BDFBAD - 0,37% 0,17% FB
ADFBBC 0,30% 0,73% 0,50% BDFBBC 1,52% 0,73% 1,16%
AD BD - 0,73% 0,33% BDFBBD 3,66% 1,47% 2,66% FB
Fonte: Elaborado pelo autor.
isa, cada combinação completa permite quatro tipos de análise, formadas
pelos pares: Situações 1 e 2; Situações 2 e 3; Situações 1 e 4; e Situações 5 e 6. As Situações
1 e 2 podem ser utilizadas para analisar o efeito certeza e a violação do axioma da
substituição; as Situações 2 e 3 podem ser utilizadas para analisar o efeito isolamento; as
Situações 1 e 4, podem ser utilizadas para analisar o efeito reflexo; e as Situações 5 e 6 podem
ser utilizadas para analisar alterações na riqueza e o efeito reflexo.
Em cada par de Situações tem-se a possibilidade de classificar as preferências dos
espondentes em relação à ‘atitude perante o risco’ (QUADRO 13).
Nesta pesqu
r
137
QUADRO 13
Classificação e codificação das preferências em relação ao risco, combinadas duas a
duas
Combinação Classificação Codificação
AC Consistente em relação ao risco (propenso ao risco) CP
BD Consistente em rela CA ção ao risco (avesso ao risco)
AD Inc p nso ao risco – a ao risco) onsistente em relação ao risco ( rope vesso IPA
S1-S2
en ão av o riscBC Inconsist te laçem re ao risco ( essos ao risco – pr aopenso o) IAP
CE Consistent opee em relação ao risco (pr nso ao risco) CP
DF C te em ao r ess Consisten relação isco (av o ao risco) A
CF In nte e ão ao ro o – av risco IPconsiste m elaç r risco (p penso ao risc esso ao ) A
S2-S3
DE In nte e ão ao ve – prop risco IAconsiste m relaç risco (a sso ao risco enso ao ) P
AA C te co o ao ro o) Consisten m relaçã risco (p penso ao risc P
BB C te em ao r ess CAonsisten relação isco (av o ao risco)
AB In nte e ão ao ro co – av IPconsiste m elaç r risco (p penso ao ris esso ao risco) A
S1-S4
BA In nte e ão ao ve – prop risco IAconsiste m relaç risco (a sso ao risco enso ao ) P
AC C te em o ao r ope ) Consisten relaçã isco (pr nso ao risco P
BD C te em ao r ssoonsisten relação ico (ave ao risco) CA
AD Inc ão ao o co – a risc Ionsistente em elaç r co (prris penso ao ris vesso ao o) PA
S5-S6
BC In nte e ão ao ve – pro ris Iconsiste m relaç risco (a sso ao risco penso ao co) AP
Fonte: Elaborado pelo aut
AD os e co çõ ssific cod s de a
faci sific s 64 inações completas. Esta codi res TA
B. 4 nhas breadas’em c am as combinações completas que
não olhid nen os r den linha sombreadas em azul e, em
negrito’ indicam as combinações completas que m co cia os o o
tipos de análise. Por sua vez, as linhas ea rmelh ne repr
inconsistência em todos os qu os lise
or.
No QU RO 13, pares d mbina es são cla ados e ificado forma
litar a clas ação da comb ficação ulta na B. 47.
Na TA 7. as li ‘som inza indic
foram esc as por hum d espon tes. Já as s ‘
representa n stênsi em tod s quatr
‘sombr das em ve o e, em grito’ esentam
atro tip de aná .
138
TABELA 47
Classificação das consistências e inconsistências em relação ao risco, combinadas duas a
duas
Combinação S1-S2 S2-S3 S1-S4 ão S1-S2 S2-S3 S1-S4 S5-S6
S5-S6 Combinaç
ACEAAC CP CP CP CP
BCEAAC IAP CP IAP CP
ACEAAD CP CP CP IPA BCEAAD IAP CP IAP IPA
ACEABC CP CP CP IAP BCEABC IAP CP IAP IAP
ACEABD CP CP CP CA
EABD IAP
CP IAP CA BC
ACEBAC CP CP IPA CP BCEBAC IAP CP CA CP
ACEBAD CP CP IPA IPA BCEBAD IAP CP CA IPA
ACEB IAP CP CA BC CP CP IPA IAP BCEBBC IAP
ACEB CA BD CP CP IPA CA BCEBBD IAP CP CA
ACFA AP AC CP IPA CP CP BCFAAC IAP IPA I CP
ACFAAD CP IPA CP IPA
BCFAAD IAP IPA IAP IPA
ACFABC CP IPA CP IAP
BCFABC IAP IPA IAP IAP
ACFAB IAP D CP IPA CP CA BCFABD IAP IPA CA
ACFB CA CP AC CP IPA IPA CP BCFBAC IAP IPA
ACFBAD CP IPA IPA IPA BCFBAD IAP IPA CA IPA
ACFB IPA CA BC CP IPA IPA IAP BCFBBC IAP IAP
ACFB CA BD CP IPA IPA CA BCFBBD IAP IPA CA
ADEA IAP AC IPA IAP CP CP BDEAAC CA IAP CP
ADEA IAP AD IPA IAP CP IPA BDEAAD CA IAP IPA
ADEA CA IAP IAP BC IPA IAP CP IAP BDEABC IAP
ADEA IAP BD IPA IAP CP CA BDEABD CA IAP CA
ADEB CA CP AC IPA IAP IPA CP BDEBAC CA IAP
ADEBAD IPA IAP IPA IPA
BDEBAD CA IAP CA IPA
ADEBBC IPA IAP IPA IAP
BDEBBC CA IAP CA IAP
ADEBBD IPA IAP IPA CA BDEBBD CA IAP CA CA
ADFAAC IPA CA CP CP BDFAAC CA CA IAP CP
ADFAAD IPA CA CP IPA BDFAAD CA CA IAP IPA
ADFABC IPA CA CP IAP BDFABC CA CA IAP IAP
ADFABD IPA CA CP CA BDFABD CA CA IAP CA
ADFBAC IPA CA IPA CP
BDFBAC CA CA CA CP
ADFBAD IPA CA IPA IPA BDFBAD CA CA CA IPA
ADFBBC IPA CA IPA IAP BDFBBC CA CA CA IAP
ADFBBD IPA CA IPA CA
BDFBBD CA CA CA CA
Fonte: Elaborada pelo autor
O agrupamento das classificações (i) consistente em relação ao risco (propenso ao
risco) e (ii) consistente em relação ao risco (avesso ao risco) na classificação Consistente; e o
ento das classificações (iii) inconsistente em relação ao risco (propenso ao risco-
risco) e, (iv) inconsistente em relação ao risco (avesso ao risco-propenso ao risco)
ificação Inconsistente, leva às seguintes considerações:
quatro combinações completas são consistentes em relação ao risco para todas os
quatro tipos de análise;
em 15 combinações completas há consistência em relação ao risco em três tipos de
análise e, inconsistência em um tipo de análise;
agrupam
avesso ao
na class
139
em 25 combinações completas há consistência em dois tipos de análise e
inconsistência em dois tipos de análise;
em 16 combinações completas há consistência em um tipo de análise e inconsistência
em três tipos de análise; e
tipos de análise.
4 tão cio as m om s d aso qu uve
consistência em todos os quatro ue e i sist em
todos os quatro tipos de análise.
EL
Clas das sis as consistênc laç ri
dua
binação 3 S5- Qu de %
quatro combinações completas são inconsistentes em relação ao risco para os quatro
Na TAB 8 es rela nad as co binações c pleta os c s em e ho
tipos de análise e, dos casos em q houv ncon ência
TAB A 48
sificação con tênci e in ias em re ão ao sco, combinadas duas a
s
Com S1-S2 S2-S S1-S4 S6 antida
ACEA CP 15AC CP CP CP 2,50%
ACEA CA 5BD CP CP CP 0 % ,83
BDFB CP 5 AC CA CA CA 0,83%
BDFB CA 16 BD CA CA CA 2,66%
Totalmente
Consistentes
Total 41 6,82%
ADEB IPA 1 AD IPA IAP IPA 0 % ,17
ADEB IAP 2 BC IPA IAP IPA 0,33%
BCFA IPA 10 AD IAP IPA IAP 1,66%
BCFA IAP 103 1 BC IAP IPA IAP 7,14%
Totalmente
Inconsistentes
Total 116 19,30%
Fonte pelo
ran ue 2% re nde consistentes em relação ao risco,
tem-s la p bil e c em r, 9 s re den ora con ntes
enos um tipo de análise. Analisando-se os dem -se
ue: 79,53% dos respondentes foram inconsistentes em pelo menos dois tipos de análise; e
Dentre os 601 respondentes que compõem a amostra, 6,82% foram consistentes em
consistentes, 12 afirmaram tomar decisões
: Elaborada autor
Conside do q 6,8 dos spo ntes foram
e que, pe roba idad ompl enta 3,18% do spon tes f m in siste
em relação ao risco em pelo m ais casos, tem
q
47,42% foram inconsistentes em relação ao risco em pelo menos três tipos de análise. Isso
sinaliza que os respondentes não fundamentam suas decisões na teoria da utilidade esperada.
4.3.1 Análise das combinações consistentes
relação ao risco. Em todos os cursos analisados, houve a ocorrência de respondentes
consistentes. Do total de 41 respondentes
140
financeiras em suas atividades profissionais e 29 afirmaram não tomar decisões financeiras; e
19 responderam o questionário ‘na hora ‘ e 22 não ‘responderam na hora’. Portanto, tomar ou
ante para uma ‘atitude consistente perante o
tro tipos de análise. E, a combinação BDFBBD indica que os
spondentes são consistentes (avessos ao risco). O fato de ser propenso ao risco não significa
atitude
Nas combinações ACEABD e BDFBAC os respondentes foram consistentes em
relação ao risco, entretanto, apresentar ao risco em alguns tipos de análise e
uma mesma pessoa pode ser propensa ao risco em alguns casos e avessas em outros, sendo,
entretanto, consist a e r
4.3.2 Análise das combinações inconsistentes
so, os nde que amostra foram inconsistentes
em co os q tip an . No ve cursos a sados u-
os os quatro tipos de análise.
CFABD (4,33%) com inconsistência em três tipos de análise.
não tomar decisão financeira ou, responder o questionário ‘na hora’ ou não responder o
questionário ‘na hora’, parece não ser determin
risco’.
A combinação ACEAAC indica que os respondentes são consistentes (propensos ao
risco) em todos os qua
re
‘não-racional’. Ambas as classificações asseguram que os respondentes são
consistentes em relação ao risco.
am propensão
aversão ao risco em outros. Isso, também, não significa atitude ‘não-racional’ e sim indica que
ente em sua ‘ titude p rante o isco’.
Neste ca
relação ao ris
19,30% d respo ntes com em a
em todos uatro os de álise s no nali observo
se inconsistência em tod
Dos 116 respondentes inconsistentes em todos os quatro tipos de análise, 103
preferiram a combinação completa BCFABC. Esta foi a combinação completa com maior
percentual de preferência (17,14%). Para se ter uma idéia, a segunda combinação completa
com maior percentual de preferência foi a BCFAAC (11,31%), com inconsistência em três
tipos de análise; a terceira foi BDFABC (8,65%), com inconsistência em dois tipos de análise;
a quarta foi BCEABD (5,32%), com inconsistência em três tipos de análise; e a quinta foi
B
141
4.4 O e
es (1, 4, 5 e 6), tem-se que o número
total de combinações é igual a . Na TAB. 49 constam as combinações e os percentuais
de resp
TABELA 49
O efeito reflexo e as combinações duas a duas das situações hipotéticas 1-4 e 5-6, por
feito reflexo e as combinações duas a duas das situações hipotéticas 1-4 e 5-6
Conforme comentado anteriormente, as Situações hipotéticas 1-4 e 5-6 podem ser
comparadas no intuito de se identificar se um mesmo respondente está sujeito ao efeito
reflexo, ao efeito reflexo invertido ou, não está sujeito a nenhum dos dois efeitos.
Consistências ou inconsistências ao risco também podem ser identificadas.
Reduzindo-se o questionário às quatro Situaçõ
162
4
=
ondentes que escolheram cada uma destas combinações, tanto nos grupos CCT e
CESA, respectivamente, 273 e 328 respondentes, quanto no número total de 601
respondentes.
área de estudo e total
Efeito reflexo ? Áreas de estudo e total
Combinação
S1-S4 S5-S6 CSA CT Total
AAAC Não Não 7,62% 3,66% 5,82%
AAAD Não Invertido 1,52% 0,73% 1,16%
AABC Não Sim 5,79% 6,23% 5,99%
AABD Não Não 1,52% 2,93% 2,16%
ABAC Invertido Não 1,22% 1,47% 1,33%
ABAD Invertido Invertido 1,83% 1,10% 1,50%
ABBC Invertido Sim 2,74% 2,20% 2,50%
ABBD Invertido Não 1,83% 1,83% 1,83%
BAAC Sim Não 17,07% 21,25% 18,97%
BAAD Sim Invertido 3,66% 2,56% 3,16%
BABC Sim Sim 31,40% 33,70% 32,45%
BABD Sim Não 9,15% 10,62% 9,82%
BBAC Não Não 3,35% 2,20% 2,83%
BBAD Não Invertido 0,91% 0,37% 0,67%
BBBC Não Sim 3,35% 4,76% 3,99%
BBBD Não Não 7,01% 4,40% 5,82%
Fonte: Elaborada pelo autor.
Dentre as 16 possíveis combinações completas de preferência, percebe-se que a
32,45% dos 601 respondentes estiveram sujeitos ao efeito reflexo em ambas as combinações
aos pares (Situações 1-4 e 5-6). Estes respondentes são representados pela Seqüência BABC
(TAB. 40).
142
Somente 1,50% dos respondentes estiveram sujeitos ao efeito reflexo invertido em
mbas as combinações aos pares, representados pela Seqüência ABAD.
em
mbas as combinações aos pares, sendo representados pelas Seqüências: AAAC (5,82%);
AABD
que aparentaram
ão estar sujeitos ao efeito reflexo, tem-se o total de 50,58% de respondentes. Pode-se afirmar
que est
aram estarem sujeito ao efeito reflexo no par de Situações 1-4 (escolheram a
pção que assegura ganho certo e evitaram escolher a opção que assegura perda certa) e,
indicaram não estarem sujeitos ao efeit ar de Situações 5-6 (não escolheram a
op
Surge, que (a) qu vou (aram) os
respondentes a alterarem suas es?; (b) de que m o ganho inicial (Situações 5 e 6),
a chance de ocorrência do evento e o valor a ser ganho influenciam a o?; e (c) há
magnitudes-limites para o ganho inicial, para a chan oco do e/ou para o
valor a ser ganho que fazem de arem eci
A mesma e os m os questionament ser feitos para as preferências
indicadas por um s ( ola bem como
para as consistências e inconsis as em ao r
(Situações hipotéticas 1-4, página 97) e 31 (Situações
ipotéticas 5-6, página 107) leva a percepção de que, em sua maioria, os respondentes são
mais
a
Um total de 16,63% dos respondentes não estiveram sujeitos ao efeito reflexo
a
(2,16%); BBAC (2,83%); e BBAD (5,82%) (TAB. 40).
Somando os 32,45% que aparentaram estarem sujeitos ao efeito reflexo, com os 1,50%
que aparentaram estar sujeitos ao efeito reflexo invertido e, com os 16,63%
n
es respondentes, não alteraram suas decisões diante das Situações hipotéticas 1-4 e 5-6.
Entretanto, 49,42% dos respondentes alteraram suas decisões nas Situações hipotéticas
1-4 e 5-6. Os respondentes que preferiram a Seqüência BAAC (18,97%) (TAB. 49), por
exemplo, indic
o
o reflexo no p
ção que assegura ganho certo e evitaram escolher a opção que assegura perda certa).
então, os stionamentos: al(is) variável(is) le
decisõ aneira
decisã
ce de rrência evento
os respon ntes alter suas d sões?
análise esm os podem
mesmo respondente nas Situaçõe 2-3 e 5-6 efeito is mento),
tênci ãorelaç isco.
A análise dos GRÁFICOS 26
h
inconsistentes nas Situações 1-4 que nas Situações 5-6. Por quê? (Ver os
questionamentos (a); (b); e (c) acima listados).
143
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme explicitado na introdução, os seguintes questionamentos estão relacionados
a esta p
stejam em desacordo
com a teoria da utilidade esperada, é possível identificar padrões?
cisões em conformidade com
a teoria da utilidade esperada em todos os quatro tipos de análise: somente 6,82% dos
respon
escolhas na teoria da utilidade esperada, sendo consistentes em relação ao risco.
maior percentual de preferência apresentou um valor de 17,14%, com o agravante de ser uma
das quatro combinações em que todos os quatro tipos de análise indicam inconsistência de
preferência em
ção das situações
ipotéticas (ao par), bem como a determinação das quantidades de consistências (mínimo de
,
ficação.
esquisa: (i) as pessoas, ao tomarem decisões em situações que envolvem risco, seguem
o que estabelece a teoria da utilidade esperada; e (ii) caso as escolhas e
Com relação ao primeiro questionamento, os resultados da pesquisa indicam que não.
Na verdade, uma pequena parcela dos respondentes tomou as de
dentes foram consistentes em relação ao risco. Aproximadamente 50,00% dos
respondentes não foram consistentes em três ou mais tipos de análise. A primeira hipótese foi,
então confirmada: (i) as pessoas não seguem a teoria da utilidade esperada ao fazerem suas
escolhas. Entretanto, é bom frisar que há, embora em pequeno número, pessoas pautando suas
O fato de, dentre as 64 combinações completas de preferência possíveis de serem
indicadas pelos respondentes, 59 terem sido observadas, sinaliza que as são muitas as
‘racionalidades’ indicadas. Caso os respondentes se pautassem pela teoria da utilidade
esperada para fundamentar suas preferências, ter-se-ia um número bastante reduzido de
combinações completas escolhidas. É saliente comentar que a combinação completa com
relação ao risco.
No que se refere ao segundo questionamento, tem-se que foi possível identificar
padrão de resposta e, indo mais além que as pesquisas de Kahneman e Tversky (2000b) e de
Kimura, Basso e Krauter (2006) foi feita a classificação de cada combina
h
nenhuma e máximo de quatro) e de inconsistência (mínimo de nenhuma e máximo de quatro)
que cada uma das 64 combinações completas possui. A segunda hipótese foi, então
observada: (ii) há padrões de resposta que permitem a classi
144
O objetivo geral desta pesquisa foi atingido, haja vista ter-se feito a análise das
preferências dos estudantes de graduação em situações hipotéticas que envolvem risco, bem
omo das consistências e inconsistências destas preferências.
Os objetivos específicos também foram atingidos, a saber:
entes.
Identificar e analisar as preferências dos estudantes em cada situação hipotética – No
s
das preferências dos respondentes foram identificadas e analisadas. As preferências
s em relação ao risco ou totalmente inconsistentes em
delas.
c
Realizar experimentos para coletar as preferências dos estudantes de graduação em
situações hipotéticas que envolvem risco – Através da aplicação de questionário com 6
situações hipotéticas, coletou-se as preferências dos respond
Capítulo 4 (Resultados) foram identificadas e analisadas as preferências dos
respondentes em cada uma das 6 situações hipotéticas.
Identificar e analisar as preferências dos estudantes de graduação em situações
hipotéticas combinadas aos pares – No Capítulo 4 foram identificadas e analisadas as
preferências dos respondentes em cada um dos pares de situações: 1-2; 2-3; 1-4; e 5-6.
Identificar, classificar e analisar as consistências e inconsistências, em relação ao
risco, das preferências indicadas pelos estudantes de graduação nas situações
hipotéticas combinadas aos pares – No Capítulo 4 as consistências e inconsistência
combinadas aos pares foram classificadas como: consistentes e avessos ao risco;
consistentes e propensos ao risco; inconsistentes e avessos ao risco e propensos ao
risco; e inconsistentes e propensos ao risco e avessos ao risco.
Identificar, classificar e analisar as combinações totais de preferências, dos estudantes
de graduação, das situações hipotéticas que compõem o questionário (instrumento de
coleta das preferências) – No Capítulo 4 as combinações totais de preferências foram
listadas, classificadas e analisadas. Os respondentes foram identificados, por exemplo,
como totalmente consistente
relação ao risco.
Defende-se aqui que a análise das preferências por efeitos, indicando o que mais
aparece (escolha modal em cada situação) é falha, é incompleta, pois, para uma teoria que
pretende novas formas de identificar, explicar e, até mesmo, estimar a tomada de decisão, é
fundamental que se mostre todas as possibilidades de decisão, tentando classificar cada uma
145
O efeito certeza, por exemplo, estabelece que o tomador de decisão prefere o ganho
erto ao ganho provável, mesmo que este tenha valor esperado maior (e, também, risco
maior).
squisa aqui citadas é o fato
de pessoas diante de ganhos preferiram propensão ao risco e, diante de perdas preferirem
ensos ao risco no
das situações 1 e 4, escolhe as
c
Entretanto, há os respondentes que preferem maior valor esperado com risco. Estes
têm de ser analisados para que se entenda o(s) porquê(s) desta preferência, escolhida por
22,30% dos 601 respondentes na situação 1.
Outro ponto, também, interessante e não abordado pelas pe
aversão ao risco (diante de probabilidades elevadas). Isso, configura, justamente, o efeito
reflexo “invertido”. Pelo efeito reflexo, os respondentes preferem o ganho certo, sendo
avessos ao risco no domínio positivo e, evitam a perda certa, sendo prop
domínio negativo.
E qual a racionalidade de um respondente que, diante
opções BA, sendo no primeiro caso avesso ao risco e no segundo propenso? A escolha da
opção A, na situação 4 está relacionada menor valor esperado e maior risco. É necessário que
se aprofundem estudos para procurar saber as razões que levam um respondente a preferir
dada opção. Estará ele evitando a perda certa, fazendo com que
() ()
000.300,1000.480,0 > uu
ou, estará ele analisando o prospecto completo
() ()
(
)
000.300,1020,0000.480,0
>+ uuu e, imputando um valor subjetivo elevado para
()
020,0 u ? Neste caso o respondente pode considerar 20% de não obter perda um
probabilidade elevada e/ou considerar que
não obter perda é igual a obter ganho que
levaria a ter
()
00 >u
. Recorde que, tanto a teoria da utilidade esperada quanto a teoria do
prospecto consideram, respectivamente,
(
)
00
=
u e
(
)
00
=
ν
. Na visão deste pesquisador, este
como permitir que o respondente defina o “limite” que o leva a
udar sua preferência ou, até como já realizado por Kahneman e Tversky, utilizar valores
é um artifício para facilitar a aplicação dos modelos, do mesmo modo que considerou-se o
tomador de decisão um ser dotado de racionalidade ilimitada.
Fica aqui a observação: é necessário que outras pesquisas sejam realizadas no intuito
de entender as razões que levam o respondente a preferir uma opção e não outra. Diferentes
procedimentos de pesquisa
m
reais, como em um jogo de empresas por exemplo.
146
6. BIBLIOGRAFIA
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S
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u
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ARIAN, Hal R.
Microeconomia: princípios básicos. RV
VERGARA, Sylvia Constant.
Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas,
005. 2
148
7. APÊNDICE
estionário é dividido em duas partes. A primeira refere-se ao perfil do respondente. A segunda
tomada de decisão em situações apresentadas pelos pesquisadores.
.1 Modelo do questionário 7
Este qu
à
1ª parte: Perfil do respondente
Sexo:
( ) Masculino ( ) Feminino
Idade:
anos
Assinale a(s) escolaridade(s) e indique o(s) curso(s)
( ) Superior incompleto
Curso:
( ) Superior completo
Curso:
( ) Pós-graduação
Curso:
Desempenha função na qual toma decisões de investimento, financiamento e/ou
administração de recursos de curto prazo (saldo de caixa, níveis de estoque)?
( ) Sim ( ) Não
Caso tenha assinalado ( x ) Sim no item acima, indique Cargo/Função que desempenha na
empresa.
2ª parte: Tomada de decisão
aso o Sr. (Sra.) tivesse de realizar escolhas que poderiam resultar em ganhos (aumento no lucro, por
emplo) e perdas (diminuição no lucro, por exemplo), qual opção escolheria em cada uma das 6
eis) situações apresentadas? Por favor, marque a opção
.
Suponha que você, ao tomar uma decisão de investimento em sua empresa, se vê diante
os resultados A e B abaixo, conseqüências de sua decisão.Qual das duas opções você escolhe?
C
ex
(s
Situação 1:
d
A: 80% de chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 20% de chance de não obter ganho.
B: 100% de chance de obter um ganho de R$ 3.000.
Utilize este espaço para justificar sua escolha e/ou realizar os cálculos que achar necessário.
S
d
ituação 2: Suponha que você, ao tomar uma decisão de investimento em sua empresa, se vê diante
os resultados C e D abaixo, conseqüências de sua decisão.Qual das duas opções você escolhe?
C: 20% de chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 80% de chance de não obter ganho.
D: 25% de chance de obter um ganho de R$ 3.000 e 75% de chance de não obter ganho.
Utilize este espaço para justificar sua escolha e/ou realizar os cálculos que achar necessário.
149
S
u
ituação 3: Considere a seguinte tomada de decisão feita em dois estágios. No primeiro estágio, há
ma probabilidade de 75% de sua decisão não gerar nenhum ganho para a empresa e, uma
robabilidade de 25% de avançar para o segundo estágio. Caso sua decisão gere ganho para a empresa
o estágio), estará diante dos resultados E e F abaixo, conseqüências de sua
ecisão. Qual das duas opções você escolhe, sabendo que sua escolha deve ser feita antes do resultado
o ser conhecido?
p
(você alcança o segund
d
do primeiro estági
E: 80% de chance de obter um ganho de R$ 4.000 e 20% de chance de não obter ganho.
F: 100% de chance de obter um ganho de R$ 3.000.
Utilize este espaço para justificar sua escolha e/ou realizar os cálculos que achar necessário.
ituação 4: Suponha que você, ao tomar uma decisão de investimento emS sua empresa, se vê diante
eqüências de sua decisão.Qual das duas opções você escolhe? dos resultados A e B abaixo, cons
A: 80% de chance de obter uma perda de R$ 4.000 e 20% de chance de não obter perda.
B: 100% d e a de chanc de obter uma perd e R$ 3.000.
Utilize este e zar os cá rio. spaço para justificar sua escolha e/ou reali lculos que achar necessá
Situação 5: Suponha que você tomou uma decisão de investimento em sua empresa que gerou um
ganho ra, te de uma situação financeira semelhante que pode gerar os
seguintes res das duas opções você escolhe?
de R$ 3.000. Você, ago
ultados abaixo. Qual
se vê dian
A: 50% de chance obter um ganho de R$ 2.000 e 50% de chance de não obter ganho.
B: 100% um g 0. de chance de obter anho de R$ 1.00
Utilize este espaço para justificar sua escolha e/ou realizar os cálculos que achar necessário.
ituação 6: Suponha que você tomou uma decisão de investimento em sua empresa que gerou um
ga os
se ltados abaixo. Qual das duas opções você escolhe?
S
nho de R$ 5.000. Você, agora, se vê diante de uma situação financeira semelhante que pode gerar
guintes resu
C: 50% de chance de obter uma perda de R$ 2.000 e 50% de chance de não obter perda.
D: 100% de chance de obter uma perda de R$ 1.000.
Utilize este espaço para justificar sua escolha e/ou realizar os cálculos que achar necessário.
E-mail (Dado opcional – caso queira receber o resultado da pesquisa):
Os espaços para justificativa e cálculos, no questionário impresso, são de 5 linhas (5 ‘Enter’).
O questionário possui duas páginas (uma folha frente-e-verso).
150
7.2 efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio positivo
7.2.1 Os Problemas 1 e 2 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 20-21)
Baseado na pesquisa realizada por Allais (1953), Kahneman e Tversky (2000b, p. 20)
as
mais Problemas aqui apresentados, constam
coluna KBK’). É importante explicar o significado destas informações. No Problema 1, tem-
izada
% – indica o percentual de pessoas, dentre as pesquisadas, que escolheram a opção A.
uisa
realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006). As demais informações na ‘coluna
KBK’ são idênticas, em significado, às da ‘coluna KT’.
(2006), foi
e-ão
omentários mais detalhados nestes dois Problemas para que o leitor se familiarize com as
formações.
elaboraram os Problemas 1 e 2 apresentados a seguir. A diferença entre os problem
propostos por Allais (1953) e por Kahneman e Tversky (2000b) se dá nos valores dos
resultados constantes nos prospectos.
Nos Problemas 1 e 2 abaixo e nos de
informações como KT; N=72; 18% e; 82%* (‘coluna KT’) e KBK; N=98; 30% e; 70%*
(‘
se:
KT – identifica que os valores apresentados na coluna referem-se à pesquisa real
por Kahneman e Tversky (2000b).
N=x – indica o número de pessoas que responderam o Problema em questão.
Percentuais estes que são, muitas vezes, valores aproximados.
(*) – indica que o percentual de pessoas que escolheram a opção é significante ao
nível de 1%.
KBK – identifica que os valores apresentados na coluna referem-se à pesq
Nos Problemas 1 e 2, apresentados tanto na pesquisa realizada por Kahneman e
Tversky (200b) quanto na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter
solicitado que as pessoas indicassem qual opção preferiam em cada Problema. Far-s
c
in
151
TABELA 50
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): Problemas e
percentuais de preferência
KT KBK Problema 1
Escolha entre: N=72 N=98
A: 33% de chance de obter ganho de $2.500; 66% de chance de obter ganho
18% 30%
* 70%*
Problema 2 KT KBK
de $2.400; e 1% de não obter ganho.
B: 100% de chance de obter ganho de $2.400. 82%
Escolha entre: N=72 N=98
C: 33% de chance de obter ganho de $2.500 e 67% de chance de não obter
83%* 5
ganho.
2%
D: 34% hance de obter ganho de $2.400 e 66% de chance de não obter
ganho.
de c
17% 48%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 20) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49).
No Problema 1 a maioria dos respondentes, em ambas as pesquisas, preferiu a opção
B. Dentre as 72 pessoas pesquisadas por Kahneman e Tversky (2000b), 82% preferiram a
e 18% preferiram a opção
()
00,1;400.2+B
(
)
01,0;0&66,0;400.2&33,0;500.2 +
+
A
opção .
Na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006), dentre as 98 pessoas que
responderam ao Problema, 70% preferiram a opção
(
)
00,1;400.2
+
B e 30% preferiram a
opçã
33,0;500.2+A
()
01,0;0&66,0;400.2& +
. Em ambas as pesquisas, houve maior o
preferência pela mesma opção
(
)
00,1;400.2
+
B , com percentuais, para esta escolha,
significantes ao nível de 1%. Não houve ‘inversão’ de preferência entre os resultados das duas
e Tversky (2000b), a
pesquisas.
Haveria ‘inversão’ se, na pesquisa realizada por Kahneman
maioria dos respondentes tivessem preferido o prospecto
(
)
00,1;400.2
+
B e, na pesquisa
realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006), a ma preferido
mbas as pesquisas, preferiu
mesma opção
ioria dos respondentes tivessem
o prospecto
()
01,0;0&66,0;400.2&33,0;500.2 ++A
.
Também no Problema 2, a maioria dos respondentes, em a
()
67,0;0&33,0;500.2
+
C
a . Entretanto, os percentuais de escolha na pesquisa
realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006) ficou bastante próxima dos 50%-50% (dentre
os 98 respondentes, 52% preferiram o prospecto
(
)
67,0;0&33,0;500.2
+
C e 48% preferiram
()
66,0;0&34,0;400.2+D ). Enquanto que na pesquisa realizada por Kahneman e Tversky
(2000b), dos 72 respondentes, 83% preferiram a opção
(
)
67,0;0&33,0;500.2
+
C e 17%
152
preferiram
()
66,0;0&34,0;400.2+D . Não houve, também, ‘inversão’ de preferência entre os
resultados das duas pesquisas.
Analisando-se as preferências de um m
pesquisa realizada por Ka
a opção
()
00,1;400.2+B
esmo indivíduo nos Problemas 1 e 2, tem-se
ue, na hneman e Tversky (200b), 61% dos respondentes
scolheram no Problema 1 e a opção
q
(
)
67,0;0&33,0;500.2
+
C
e no
Problema 2. n 00b, p. 20) “as análises do padrão das
esc s
o B no Problema 1 e C no Problema 2]”.
no Brasil preferem o prospect Pro
ou o prospecto A do Problema 1 e o prospe o Pr a
2
ultaneamente as escolhas de cada indivíduo frente aos
coerência das relevâncias relativas atribuídas às
aos Problema
Nos dizeres de Kahnema
[ou seja, escolheram
39% dos respondentes da pesquisa realizada
e o prospecto C do Problema 2,
quando são analisadas sim
e Tversky (20
olhas individuais indicam que 61% dos respondentes fizeram a escolha modal em ambo
s Problemas
Na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 49) “constatou-se que
o B do blema 1
cto D d oblem
”.
Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 49) afirmam que
dois Problemas [1 e 2], observa-se que, tanto na amostra original [pesquisa de
Kahneman e Tversky (2000b)] quanto na amostra brasileira, diversos indivíduos
tomam decisões que revertem a utilidade relativa dos resultados estritamente
positivos (...), evidenciando a in
utilidades.
Isso leva a seguinte observação: indivíduos, em sua maioria, sinalizaram tomar
decisões, relacionadas a resultados positivos (domínio positivo), que são incoerentes.
As pessoas que responderam s 1 e 2 estiveram diante dos seguintes
valores possíveis de serem obtidos e dos, respectivos, valores esperados e desvios padrão.
153
TABELA 51
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): valores
relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
A(+2.500; 0,33 {0; +2.400;
+2.500}
85
& +2.400; 0,66
& 0; 0,01)
+2.409 646,
B(+2.400; 1,00) {+2.400} +2.400 0
C(+2.500; 0,33 {0; +2.500} +825
& 0; 0,67)
412,50
D(+2.400; 0,34 {0; +
& 0; 0,67)
2.400} +816 408
Fonte: Elaborada pelo autor.
lha modal (ou o padrão
Caso o respondente tome sua decisão com base no valor esperado, escolhe as opções
A (Problema 1) e C (Problema 2). Já no caso de uma decisão baseada no risco, escolhe as
opções B (Problema 1) e D (Problema 2). Entretanto, a esco de
preferência) no Problema 1 foi o prospecto
(
)
00,1;400.2
+
B e no Problema 2 foi o prospecto
()
67,0;0&33,0;500.2+C , com 61% escolhendo os prospectos B e C (KAHNEMAN;
TVERSKY, 2000b, p. 20) e 39% escolhendo os prospecto B e C ou A e D (KIMURA;
ASSO; KRAUTER, 2006, p. 49).
o padrão de preferência viola a teoria da utilidade esperada no modo original
descrito por Allais [1953]. De acordo com esta teoria [da utilidade esperada], com
, a primeira preferência [escolha da opção B do Problema 1] implica
B
Conforme Kahneman e Tversky (2000b, p. 20)
()
00 =u
()
(
)
(
)
400.266,0500.233,0400.200,1
+
+
>+ uu u
()
+
ou
(
)
500.233,0400.234,0
+
> u enquanto que a se+u gunda preferência
Os sinais de ma
[escolha da opção C do Problema 2] implica no reverso da inequação.
ior que
> e menor que
<
indicam a preferência do respondente (ou,
aioria dos respondentes). Desta forma, como no Problema 1 houve melhor dizendo, da m
referên
(
)
(
)(
400.266,0500.233,0400.200,1 +
)
+
+
>
p cia pela opção B, tem-se
+
uuu e, como
no Problema 2 houve preferência pela opção C, tem-se
() ()
(
)
(
)
0400.2 uu 66,034,0067,0500.233, uu
+
+
>++ 0
154
7.2.1.1 O Problema 1
Com relação ao Problema 1, tem-se:
() ()
(
)
(
)
400.200,1001,0400.266,0500.233,
+
<
+
+++ uuuu .
Considerando , tem-se
0
()
00 =u
(
)
(
)(
400.200,1400.266,0500.233,0 +<
)
+
+
+
uuu .
Subtraindo
()
400.266,0
+
u
de ambos os termos da inequação, tem-se:
() ()
(
)
(
)(
400.266,0400.200,1400.266,0400.266,0500.233,0 +
)
+
<
+
+++ uuuuu
()
(
)
400.234,0
que resulta em
500.233,0 <+u
+
u .
7.2.1.2 O Pr
Com lema
oblema 2
relação ao Prob 2, tem-se:
() ()
(
)
(
)
066,034,050.233,0 uu 400.2u067,00 u+
+
>+
+
.
Considerando , tem-se
()
00 =u
(
)
(
)
400.234,0500.233,0
+
>
+
uu .
ria dos respon
inconsistentes, pois, indica
7.2.1.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes
As preferências indicadas pela maio dentes nos Problemas 1 e 2 são
m que
(
)
(
)()
400.234,0500.233,0400.234,0 +
<
+
<
+
uuu ou que
() ()
(
)
500.233,0400.234,0500.233,0
+
>+>+ uuu
. Fazendo
()
400.2+= ux
e
()
500.2+= uy , tem-se, respectivamente, xyx 34,033,034,0 <
<
ou
.2.1.4 Obtenção do P
O Problema 2 foi obtido a partir do Problema 1, da seguinte forma.
(i) Transformaç ):
yxy 33,034,033,
>> . 0
7 roblema 2 a partir do Problema 1
ão do prospecto A (Problema 1) no prospecto C (Problema 2
(
)
(
)(
001,0400.266,0500.233,0 uuu +
)
+
+
+
Representação do prospecto A:
Subtraindo
()
400.266,0 +u
e adicionando
(
)
066,0 u
tem-se
155
() ()
(
)
(
)(
066,0400.266,0001,0 uuu
)
400.266,0500.233,0 uu
+
+++
que resulta em
()
+
+
(
)
067,0500.233,0 uu ++ que, por sua vez, é igual ao prospecto C.
(ii) Transformação do prospecto B (Problema 1) no prospecto D (Problema 2):
Representação do prospecto B:
(
)
400.200,1
+
u
Subtraindo e adicionando
()
400.266,0 +u
(
)
066,0 u tem-se
() ()
(
)
066,0400.2 u66,0400.200,1 uu que resulta em
(
)
(
)
066,0400.234,0 uu +
+
+
+
+ que,
por sua vez, é igual ao prospecto D.
Na transformação do Problema 1 no Problema 2, houve mudança: de um Problema
que envolvia escolha entre um ganho provável (opção A) e um ganho certo (opção B) para um
Problem dois ganhos prováveis. Mais especificamente, a opção
o D (Problema 2) que
envolvia um ganho provável.
Como, de acordo com o efeito certeza, os resultados certos são supervalorizados pelas
s olhos dos respondentes, a opção D (prospecto reduzido) tornou-se
menos atrativa que a opção B (prospecto original). No caso da transformação da opção A em
C, hou (original) com ganho provável em um prospecto
(reduzido) com ganho, também, provável. Já no caso da transformação da opção B em C,
houve a transformação de um prospecto (original) com ganho certo em um prospecto
(reduzido) com ganho provável. Esta transformação de um prospecto com ganho certo em um
prospec prováv e ser mais sentida pelo respondente (KAHNEMAN;
VERSKY, 2000b, p. 20-21).
No Problema 1, a maioria dos respondentes preferiu a opção que assegurava ganho
certo
a que envolvia a escolha entre
B (Problema 1) que assegurava um ganho certo foi convertida na opçã
pessoas, tem-se que, ao
ve a transformação de um prospecto
to com ganho el, parec
T
()
00,1;400.2+=
, abdicando da opção
B
(
)
01,0;0&66,0;400.2&33,0;500.2
+
+
+
=
A
que envolvia 99% de chance de obt nas, 1%
rto, em
um ganho provável que é, de fato, quase-certo (no prospecto A, o respondente
er um ganho maior ou igual ao ganho certo e, ape
de chance de não obter ganho. Houve, neste caso, preferência por um ganho ce
detrimento de
se viu diante de 33% de ganhar $2.500 e 66% de chance de ganhar $2.400, resultando em
9% de chance de ganhar, pelo menos, o valor que seria ganho com certeza). Surge, então, os
o a chance de não obter ganho,
9
questionamentos: estarão os respondentes supervalorizand
156
estando sujeitos ao arrependimento caso encerrem o jogo com $0? Ter-se-ia, então, que
52
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): Problemas e
percentuais de preferência
KBK
()
00 u
7.2.2 O
?
s Problemas 3 e 4 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21)
TABELA
Problema 3 KT
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80%
B: 100%
de chance de obter ganho de $4.000. 20% 29%
71%*
Probl KT KBK
de chance de obter ganho de $3.000. 80%*
ema 4
Escolh N=95 N=97 a entre:
C: 20% obter ganho de 65%* 57%
D: 25% obter ganho de 35% 43%
de chance de $4.000.
de chance de $3.000.
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. o e Krauter (2006, p. 48-49).
21) e de Kimura, Bass
7.2.2.1 O Problema 3
Como, no Problema 3, a maioria dos respondentes preferiu a opção
()
00,1;000.3+=B , então, tem-se que
(
)
(
)
000.300,1000.480,0
+
<
+
uu , considerando
()
00 =u .
(
)
000.4
+
u
Dividindo ambos os termos da inequação por , tem-se
()
()
()
()
000.4
000.3
00,1
000.4
000.4
+
+
<
+
+
u
u
u
que resulta em 80,0
u
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
+
+
<
u
u
.
Inequação que pode ser reescrita como
(
)
()
000.4
000.3
80,0
+
+
<
u
u
ou
()
()
000.4
000.3
5
4
+
+
<
u
u
.
7.2.2.2 O Problema 4
No Problema 4, a maioria dos respondentes preferiu a opção
, então, tem-se que
()
80,0;0&20,0;000.4+=
(
)(
000.325,0000.420,0
)
+
>
+
uuC ,
considerando
()
00
=
u .
157
os termos da inequação
(
)
000.4
+
u , tem-se Dividindo ambos por
()
()
()
()
000.4
000.3
25,0
000.4
000.4
20,0
+
+
>
+
+
u
u
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
25,020,0
+
+
>
u
u
.
Dividindo ambos os termos da inequação por 25,0, tem-se
()
()
000.4
000.3
25,0
25,0
25,0
20,0
+
+
>
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
+
+
>
u
u
.
(
)
()
000.4
000.3
80,0
+
+
>
u
u
ou
()
()
000.4
000.3
5
4
+
+
>
u
u
Inequação que pode ser reescrita como .
.2.2.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes
o,
uma inconsistência, haja vis
7
As preferências da maioria dos respondentes nos Problemas 3 e 4, apresentam, entã
ta indicarem que
(
)
()
()
(
)
000.4+
000.3
80,0
000.4
00
+
<<
+
0.3
+
u
u
u
. Estas
p o da teoria da utilidade esperada
ma da substituição da teoria da utilidade [esperada] expressa que se a [opção]
B é preferível a [opção] A, então, qualquer (probabilidade) combinada (B; p) de r
eman e Tversky (2000b, p. 21) “o prospecto pode
r expresso como , enquanto que o prospecto
u
referências violam o axioma da substituiçã .
“O axio
ve se
preferível à combinação (A; p)” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 21).
()
20,0;000.4+C
Conforme Kahn
()
25,0;AC
(
)
25,0;000.3
+
D
pode ser reescrito se
como
explicado a seguir.
7.2.2.4 Obtenção do Problema 4 a partir do Problema 3
(i) Transformação do pros a 3) no prospecto C (Problema 4):
Representação do prospecto A:
()
25,0;B ”. Ou seja, o Problema 4 pode ser obtido a partir do Problema 3, como D
pecto A (Problem
(
)
000.480,0
+
u , considerando
()
00 =u
158
(
)
000.480, que resulta em
(
)
000.420,0
+
u u
Multiplicando por 25,0 tem-se
025,0
×
+
que, por sua vez, é igual ao prospecto C.
ão do prospecto B (Problema 3) no prospecto D (Problema 4):
Representação do prospecto B:
(ii) Transformaç
(
)
000.300,1
+
u
Multiplicando por 25,0 tem-se
(
)
000.300,125,0
+
×
u
que resulta em
(
)
000.325,0
+
u
que, por sua vez, é igual ao prospecto D.
7.2.3 Os Problemas 5 e 6 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21)
Os Problemas 5 e 6 a segui ito certeza com resultados não monetários”
(KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 21).
Efeito certeza e violação do axioma da substituição com resultados não-monetários
(domíni blemas e percentuais de preferência
KT KBK
r ilustram “o efe
TABELA 53
o positivo): Pro
Problema 5
Escolha entre: N=72 N=98
A: 50% de chance de ganhar u manas pela
Inglate
22% 20%
B: 100% de chance de ganhar um passeio de uma semana pela Inglaterra. 78%* 80%*
KT KBK
m passeio de três se
rra, França e Itália.
Problema 6
Escolha entre: N=72 N=98
C: 5% de chance de ganhar um passeio de três semanas pela Inglaterra,
a.
67%* 49%
D: 10% de chance de ganhar um passeio de uma semana pela Inglaterra. 33% 51%
França e Itáli
Fontes: a
No Problema 5 as preferências dos respondentes, em ambas as pesquisas, são bastante
a realizada por
neman e Tversky (2000b) e, por 80% dos respondentes na pesquisa realizada por Kimura,
Basso
daptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49).
semelhantes. A opção B foi preferida por 78% dos respondentes na pesquis
Kah
e Krauter (2006). As preferências indicadas no Problema 5 “evidenciam o efeito
certeza” em ambas as pesquisas. “Assim, os indivíduos parecem preferir o certo ao incerto”
(KIMURA; BASSO; KRAUTER, 2006, p. 50).
159
Houve ‘inv
ahneman e Tversky (2000b), 67% preferiram a opção C, enquanto que na
esquisa de Kimura, Basso e Krauter (2006) 51% dos respondentes preferiram a opção D.
Kimura, Basso e Krauter (2006) não mencionam os percentuais de respondentes que
preferir tilidade
esperad man e Tversky m que, nos problemas
relacion 50% dos respondent
Chamando as expressões: ‘um passeio de três semanas pela Inglaterra, França e Itália’
e ‘um passeio de um
RNM significa ‘resultado não-m -se que os Problemas 5 e 6 acima podem ser
assim r
TABELA 54
tários
(domínio positivo): Problemas e percentuais de preferência
Proble
ersão’ de preferência, em termos da maioria de respondentes, no Problema
6. Na pesquisa de K
p
am as opções B e C ou A e D, violando o axioma da substituição da teoria da u
a. Conforme comentado, Kahne (2000b) afirma
ados ao evento certeza, mais de es violaram a teoria da utilidade
esperada.
a semana pela Inglaterra’, de RNM1 e RNM2, respectivamente, onde
onetário’, tem
epresentados.
Efeito certeza e violação do axioma da substituição com resultados não-mone
ma 5 KT KBK
Escolha entre: N=72 N=98
A: 50% de chance de ganhar RNM1. 22% 20%
de chance de ganhar RNM2. 78%* 80%*
Problema 6 KT KBK
B: 100%
Escolha entre: N=72 N=98
C:
D
5% de chance de ganhar RNM1. 67%* 49%
: 10% de chance de ganhar RNM2 33% 51%
Fontes: adaptada d . 48-49).
esultados da pesq ealiz r
K
)
, já no Problema 6, as preferência dicam e
Pr as 5 e 6 são
opção aliza e
e Kahneman e Tversky (2000b, p. 21) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p
Analisando o par de Problemas 5-6 com base nos r uisa r ada po
ahneman e Tversky (2000b), tem-se que, no Problema 5, as preferências indicam que
()
15,0 RNMu
(
200,1 RNMu<
i
()
s in qu
() ( )
210,0105,0 RNMuRNMu > . As escolhas modais de preferência nos oblem
ncompatíveis com a TUE. Os respondentes que escolheram a B sin m qu
()
1
2RNMu
e, os respondentes que escolheram a opção C sinalizam que 50,
RNMu
<
0
()
()
1
2
50,0
RNMu
RNMu
> .
160
7.2.3.1 O Problema 5
No Problema 5, tem-se
(
)
(
)
200,1150,0 RNMuRNMu
<
, considerando
()
00 =u .
Dividindo ambos os termos da inequação
(
)
1RNMu
por , tem-se
()
()
()
(
)
()
1
00,1
1 RNMuRNM
< que resulta em
21
50,0
RNMu
u
RNMu
()
()
1
50,0
RNMu
< ou
2RNMu
()
12 RNMu
< .
7.2.3.2 O Problema 6
21 RNMu
No Problema 6, tem-se
(
)
(
)
210,0105,0 RNMuRNMu >
, considerando
()
00 =u
.
Dividindo ambos os termos da inequação por
(
)
1RNMu , tem-se
()
()
()
()
1
2
10,0
1
1
05,0
RNMu
RNMu
RNMu
RNMu
> que resulta em
(
)
()
1
2
10,005,0
RNMu
RNMu
> .
Dividindo ambos os termos da inequação por tem-se 10,0,
()
()
1
2
10,0
10,0
RNMu
RNMu
que resulta em
10,0
05,0
>
(
)
()
(
)
1
2
50,0
RNMu
RNMu
> ou
()
1
2
2
1
RNMu
RNMu
> .
7.2.3.3 Inconsistência (e consistência) na preferência da maioria dos respondentes
Da mesma forma que os Problemas 3 e 4, nos Problemas 5 e 6, as preferências
indicadas pela m
apresentam inc
aioria dos respondentes, na pesquisa de Kahneman e Tversky (2000b)
onsistência, haja vista indicarem que
(
) ()
()
()
1
2
1 u
M
RNMu
. Houve,
t ma da substituição da teoria da utilidad ada.
ma semelhante aos Problemas 3 e 4, nos Problemas 5 e 6 o prospecto
como
50,0
2 RNuRNMu
<<
RNM
ambém neste caso, violação do axio e esper
De for
()
05,0;1RNMC pode ser expresso
(
)
10,0;AC e o prospecto pode ser
a 5 as
referências deveriam ser consistentes.
realizada por Kimura, Basso
indicam
()
0RNMD 1,0;2
expresso como
()
10,0;BD
. Ou seja, como o Problema 6 foi obtido a partir do Problem
p
Agora, analisando o par de Problemas 5-6 com base nos resultados da pesquisa
e Krauter (2006), tem-se que, no Problema 5, as preferências
( )
2RNM , já no Problema 6, as preferências indicam
()
00,115,0 uRNMu <
161
() ( )
210,0105,0 RNMuRNMu < . As escolhas modais de preferência nos Problemas 5 e 6 são,
s com a TUE. Os respondentes que escolheram a opção B indicam que então, compatívei
()
()
1
2
50,0
RNMu
RNMu
< e, os re
()
spondentes que escolheram a opção C indicam que
()
1
50,0
RNMu
.
2RNMu
<
os Prob
parecem dar ma
passeio
rêmio, que é um
originais, verificar que, quando
mais ex
violação do axiom
seguintes Problem
Proble
Com base na pesquisa d b) tem-se que a ça e Kahneman e Tversky (2000 diferen entre
anhar. N a 5, os respondentes
ior relevância à certeza do ganho (probabilidade de 100% de ganhar o
). Já no Problema 6, os respondentes parecem dar maior relevância ao resultado, ao
passeio de três semanas por três países europeus. Entretanto, com base na
sso e Krauter (2006, p. 50), “não é possível, como no caso dos estudos
a probabilidades de ganho são baixas, buscam-se resultados
7.2.4 Os Problemas 7 e 8 apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22)
ue “o efeito certeza não é único tipo de
a da substituição. Outra situação, na qual o axioma falha, é ilustrada pelos
as [7
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): Problemas e
percentuais de preferência
lemas 5 e 6 é a redução na probabilidade de g o Problem
p
pesquisa de Kimura, Ba
pressivos”.
Kahneman e Tversky (2000a, p. 21) afirmam q
e 8]”.
TABELA 55
ma 7 KT KBK
Escolha entre: N=66 N=97
A: 45% de chance de obter ganho de $6.000. 14% 23%
86%*
KT
B: 90% de chance de obter ganho de $3.000. 77%*
Problema 8 KBK
Escolha entre: N=66 N=97
C: 0,1% de chance de obter ganho de $6.000. 73%* 72%
de chance de obter ganho de $3.000. 27% 28% D: 0,2%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 50-51).
162
TABELA 56
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio positivo): valores
relacionados a cada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
A(+6.000; 0,45) {0; +6.000} +2.700 1.350
B(+3.000; 0,90) {0; +3.000} +2.700 1.350
C(+6.000; 0,001) {0; +6.000} +6 3
D(+3.000; 0,002) {0; +3.000} +6 3
Fonte: Elaborada pelo autor.
escolhem as opções B e D, enquanto que os respondentes que levam em consideração o valor
a ser ganho escolh
A decisão baseada no valor esperado pode levar o respondente a indicar indiferença,
ois, no Problema 7
No par de Problemas 7-8 os respondentes que levam em conta a chance de obter ganho
em as opções A e C.
700.2
+
==
BA
EE
e, no Problema 8, 6+=
=
DC
EEp . O mesmo vale
para o risco, pois,
350.1==
BA
σ
σ
(Problema 7) e 3
=
=
DC
σ
σ
(Problema 8). As utilidades
esperadas são:
()
350.1;700.2+=
=
fUU
BA
e
(
)
3;6
+
=
=
fUU
DC
.
No Problema 7 a maioria das pessoas preferiu a opção
(
)
90,0;000.3+B , tanto na
pesquisa de Kahneman e Tversky (2000b) quanto na pesquisa de Kimura, Basso e Krauter
(2006). No Problema 8, a maioria dos respondentes preferiu a opção
()
001,0;000.6+C
,
também, em ambas as pesquisas. Não há indicação do percentual de respondentes que violou
teoria da utilidade esperada, a não ser a informação de Kahneman e Tversky (2000b) de que
dentes
iolaram a referida teoria.
no que se refere ao resultado (ganho), as chances de obter o
anho é que são diferentes. A mesma observação vale para os prospectos B (Problema 7) e D
(Problema 8).
No Problema 7 os respo to com maior probabilidade de
ganho. Neste caso, “as probabilidades de ganhar são substanciais (90% e 4 e a a
das pessoas escolheu o prospecto no qual ganhar é mais provável” (KAHNEMAN;
T
a
nos pares de Problemas relacionados ao efeito certeza, mais de 50% dos respon
v
O que difere os Problemas 7 e 8 são as probabilidades. Os prospectos A (Problema 7)
e C (Problema 8) são iguais
g
ndentes preferiram o prospec
5%), maiori
VERSKY, 2000b, p. 22).
163
ura, Basso e Krauter (2006, p. 50) afirm e
ada probabilidade de ganho, os indivíduos tendem
a escolher alternativas mais conservadoras no sentido de maior certeza de ganho”. Neste caso
foi escolhida a opção
No Problema 8 os respondentes pção com maior ganho. Kahneman e
Tvers tudo
as probabilidades de ganho são m ambos os prospectos. Nesta
situação em po p colhe o
prospecto qu supe
a 8, Kimura Basso e Krauter (2006, p. 50) explicam que
“quand
ção
Com relação ao Problema 7, Kim am qu
quando são avaliados prospectos com elev
()
90,0;000.3+B .
preferiram a o
ky (2000b, p. 22) afirmam que “no problema 8, há uma possibilidade de ganho, con
minúsculas (0,002 e 0,001) e
que ganhar é ss o ível mas nã rová maioria das pessoas esvel, a
e oferece ganho rior”.
No que se refere ao Problem
o defrontados com situações de probabilidades muito baixas de ganho, os indivíduos
ficam propensos a tentar obter ganhos maiores, mesmo que as probabilidades sejam
menores”. Neste caso foi escolhida a op
(
)
001,0;000.6
+
C .
Comparando-se, no Problema 7, os prospectos
(
)
45,0;000.6
+
A
e
()
90,0;000.3+B
,
percebe-se que o prim
(
)
1
;2 pxA
+
eiro pode ser representado pela notação e que o segundo
pode ser representado pela notação
(
)
1
2; pxB
+
, ou seja, o ganho em A é o dobro do ganho
em B, ao passo que a probabilidad me
rma, comparando-se, no Pr
e em A é a
oblema 8, os prospectos
tade da probabilidade em B. Da mesma
(
)
001,0;000.6
+
C
e
()
002,0;000.3+D
fo ,
percebe-se que aquele pode ser representado por
(
)
2
;2 pxC
+
e que este pode se representado
por
()
2
2; pxD + .
A razão
2
1
p
p
r =
resulta em 450
001,0
45,0
==r . Partindo-se da razão
2
1
p
p
r =
, pode-se
representar a probabilidade
p da seguinte forma:
2 1
1
1
p
p
p
== . Fazendo
c=
1
, tem-
2
rr
r
que , então, ser reescritos da seguinte forma ; se
12
pcp =
(
. Os prospectos podem
()
1
;2 pxA +
)
1
2p ;
()
1
;2 pcxC + e;
()
1
2; pcxD;xB +
+
.
164
Percebe-se que o prospecto C pode ser expresso por
(
)
cAC ; e que o prospecto D pode
ser expresso po
(
)
cBD ;
r . As preferências apresentadas pelos respondentes nos Problemas 7 e
, então, violam o axioma da substituição, pois, conforme anteriormente citado “o axioma da
substitu
No Problema 7, as escolhas dos respondentes indicam que
8
ição da teoria da utilidade [esperada] expressa que se a [opção] B é preferível a
[opção] A, então, qualquer (probabilidade) combinada (B; p) deve ser preferível à
combinação (A; p)” (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 21).
(
45,0 u
) ()
000.390,0000.6 +<+ u
. Já no Problema 8, as escolhas indicam que
() ()
000.3002,0000.6001,0 +>+ uu , considerando
(
)
00
=
u .
7.2.4.1 O Problema 7
Dividindo a inequação
(
)
(
)
000.390,0000.645,0
+
<
+
uu por
()
000.6+u tem-se
()
()
()
()
000.6
000.3
90,0
000.6
000.6
45,0
+
+
<
+
+
u
u
u
u
que resulta em
(
)
()
000.6
000.3
90,045,0
+
+
<
u
u
.
Dividindo por
90,0 tem-se
(
)
()
000.6
000.3
90,0
90,0
()
()
000.6
000.3
2
1
+
+
<
u
u
90,0
45,0
+
+
<
u
u
que resulta em .
7.2.4.2
O Problema 8
Dividindo a inequação
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
+
>
+
uu por
()
000.6+u tem-se
() ()
()
()
000.6
002,0
000.6
001,
+
>
+ uu
que resulta em
(
)
()
000.6
000.3
002,0001,0
+
+
>
u
u000.3000.6 ++ uu
0 .
Dividindo por tem-se
002,0
(
)
()
002,0
002,0
002,0
001,0
+ 000.6
000.3
+
>
u
que resulta em
u
()
()
000.62 +u
000.31 +
>
u
.
165
7.2.4.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respo
que
ndentes
Os respondentes, no Problema 7, indicaram
(
)
()
000
000
.6
.3
2
1
+
+
<
u
u
m que
e, no Problema 8,
indicara
()
()
000.
000.31 +
>
u
. Houve, portanto, inconsistência nas preferê ,
62 +u
ncias, pois
()
()
2
1
000.6
000.3
2
1
<
+
+
<
u
u
.
tuais deOs percen respondentes que preferiram os prospectos B no Problema 7 e C no
Problema 8 “sugerem a seguinte generalização empírica concernente à maneira na qual o
axioma da substituição é violado. Se
(
)
pqy; é equivalente a
(
)
px; , então
()
pqry; é
preferido à
()
prx; ,
1,,0 << rqp
”. (KAHNEMAN; TVERSKY, 2000b, p. 22).
7.3 efeito certeza e violação do axioma da substituição no domínio negativo
7.3.1 Os Problemas 3’ e 4’ apre
TABELA 57
ação do axioma da substituição (domínio negativo): Problemas e
percentuais de preferência
Proble KT BK
sentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 22)
Efeito certeza e viol
ma 3’ K
Escolh N=9 =97 a entre: 5 N
A: 80% de chance de obter perda de $4.000. 92%* 82%
B: 100% de chance de obter perda d 8% 18%
Problema 4’ KT KBK
e $3.000.
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% ter p 4.000. 42% 37%
D: 25% de chance de obter perda de $3.000.
58% 63%
de chance de ob erda de $
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 52).
166
7.3.1.1
Do Problema 3’, tem-se que
O Problema 3’
(
)
(
)
000.300,1000.480,0
>
uu .
Dividindo ambos os termos da inequação por
(
)
000.4
u , tem-se
()
()
()
()
000.4
000.3
00,1
000.4
000.4
80,
>
u
u
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
>
u
u
0 .
(
)
Inequação que pode ser reescrita como
()
()
()
000.4
000.3
000.4
80,0
000.3
>
u
ou
u
5
4
>
u
u
.
7.3.1.2
ma 4’, tem-se
O Problema 4’
Do Proble que
(
)
(
)
000.325,0000.420,0
<
uu
.
Dividindo ambos os termos da inequação por
(
)
000.4
u , tem-se
()
()
()
()
000.4000.4 u
000.3
25,0
000.4
<
u
u
u
que resulta em
(
)
()
20,0
000.4
000.3
25,020,0
<
u
.
uação
u
Dividindo ambos os termos da ineq por 25,0, tem-se
()
()
000.4
00.
25,0
25,0
25,0
20,0
< ta em
03
u
u
que resul
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
<
u
u
.
(
) ()
()()
000.4
000.3
80,0
<
u
u
Inequação que pode ser reescrita como ou
000.45
<
u
.
.3.1.3 Inconsistência na preferência da maioria dos respondentes
u ência, haja vista indicarem que
000.34 u
7
As preferências da maioria dos respondentes nos Problemas 3’ e 4’, apresentam, então,
(
)
()
(
)
ma inconsist
()
00.4
00.3
80,0
000.4
000.3
<<
0
0
u
u
u
u
axi a
s
. O oma d
ubstituição foi violado.
167
7.3.1.4 Obtenção do Problema 4’ a partir do Problema 3’
O procedimento para a obtenção do Problema 4’ a partir do Problema 3’ é o mesmo
presentado para a obtenção do Problema 4 a partir do Problema 3. A única diferença é que,
este caso, trata-se de perda (domínio negativo).
Semelhantemente aos Problemas 3 e 4, nos Problemas 3’ e 4’ a opção
pode ser expressa como
a
n
()
20,0;000.4
(
)
25,0;ACC , enquanto que a opção
pode ser reescrita como
()
25,0;000.3
(
)
25,0;BDD . Comprovando a violação do axioma
mas 3) a maioria dos respondentes preferiu a opção que
assegurava ganho certo, assumindo uma postura de aversão ao risco. Já no domínio negativo
(Proble itar a opç egurava perda certa,
(preferiu a outra opção), assumindo um
7.3.2 Os Problemas 7’ e 8’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 22)
TABELA 58
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio negativo): Problemas e
percentuais de preferência
a 7’ KT KBK
da substituição.
No domínio positivo (Proble
ma 3’), a maioria dos respondentes preferiu ev ão que ass
a postura de propensão ao risco.
Problem
Escolha entre: N=66 N=92
A: 45% .000. 92%* 75%*
B: 90% de chance de obter perda de $3.000. 8% 25%
Problema 8’ KT KBK
de chance de obter perda de $6
Escolh N=66 N=92 a entre:
C: 0,1% 30% 50%
D: 0,2% de chance de obter perda de $3.000. 70%* 50%
de chance de obter perda de $6.000.
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversk mura, Basso e Krau (2006, p. 52).
y (2000b, p. 21-22) e de Ki ter
168
TABELA 59
Efeito certeza e violação do axioma da substituição (domínio negativo): valores
relacionados a cada opção
vio padrão Notação Valores possíveis Valor esperado Des
A(-6.000; 0,45) {-6.000; 0} -2.700 1.350
B(-3.000; 0,90) {-3.000; 0} -2.700 1.350
C(-6.000; 0,001) {-6.000; 0} -6 3
D(-3.000; 0,002) {-3.000; 0} -6 3
Fonte: Elaborada pelo autor.
ntes levem em consideração a chance de obter perda, escolhem as
pções A e C (almejam chances menores de obter perda), enquanto que os respondentes que
opções B e D (almejam perdas
enores).
blema 8,
Caso os responde
o
levam em consideração o valor a ser perdido escolhem as
m
A decisão baseada no valor esperado pode levar o respondente a indicar indiferença,
pois, no Problema 7’
700.2==
BA
EE e, no Pro 6=
=
DC
EE . O mesmo vale
ra o risco, pois,pa
350.1==
BA
σ
σ
(Problema 7) e 3
=
=
DC
σ
σ
(Problema 8). As utilidades
esperadas são:
()
350.1;700.2=
=
fUU
BA
e
(
)
3;6
=
=
fUU
DC
.
isa realizada por Kahnema y (2000b) a maioria dos respondentes
preferiu o prospe
Na pesqu n e Tversk
cto no Problema 7’ e o prospecto no
roblema 8’. De acordo coma teoria da utilidade esperada estas escolhas são inconsistentes.
()
45,0;000.6A
()
002,0;000.3D
P
Já na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006) no Problema 7’, a
maioria dos respondentes preferiu o prospecto
(
)
45,0;000.6
A (mesma preferência da
pesquisa de Kahneman e Tversky). No Problema 8’, entretanto, 50% dos respondentes
preferiram o prospecto .
Neste caso, os respondentes que preferiram os prospectos A e C foram coerentes em suas
escolhas. Por outro lado, os respondentes m
incoerentes em suas escolhas.
esquisa de Kahneman e Tversky (2000b) as preferências da maioria dos
respondentes indicam que,
()
001,0;000.6C e 50% preferiram o prospecto
()
002,0;000.3D
que preferiam os prospectos A e D fora
Pela p
(
)
(
)
000.390,0000.645,0
>
uu
derando, em ambos os casos,
(Problema 7’) e
() ()
000.3002,0000.6001,0 < uu , consi
()
0u 0= .
169
ura, Basso e Krauter (2006), no Problem a
m
No entanto, pela pesquisa de Kim a 7’,
aioria dos respondentes indicou que
(
)
(
)
000.390,0000.65
>
uu 4,0 e, blem a
metade dos respondentes indicou que
no Pro a 8’
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
>
uu e a outra metade
indicou que
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
< uu
.
7.3.2.1 O Problema 7’
No Problema 7’, como não houve ‘inversão’ de preferências, tem-se
)
, considerando
() (
000.390,0000.645,0 > uu
(
)
00
=
u .
Dividindo ambos os termos da in
(
)
000.6
u
equação por , tem-se
() ()
()
()
000.6
90,0
000.6
45,0
>
uu
000.3000.6 uu
que resulta em
(
)
()
000.6
000.3
90,045,0
>
u
u
.
Divid ermo ão por -se
0 90,
temindo ambos os t s da inequaç
(
)
()
000.6
000.3
()
()
000.6u
que r
000.3u
90,0
90,0
90,0
45,0
> esulta em
2
1
>
u
u
.
7.3.2.2
2000b) tem-se
O Problema 8’
No Problema 8’ houve alteração na preferência. Da pesquisa realizada por Kahneman
e Tversky (
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
<
uu
mura, Basso e Krauter (2006) tem-se
()
000.3u e 50% dos respondentes indicaram
()
000.3u
, considerando . E, da
pesquisa realizada por Ki
qu
A análise da preferência
()
00 =u
() ()
000.3002,0000.6 = u . Neste último caso, 50% dos respondentes indicaram que
()
0,0000.6001,0 <u e
()
000.6001,0 >u
.
001,0 u
02
002,0
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
<
uu é feita a seguir:
Dividido ambos os termos da inequação
(
)()
000.3002,0000.6001,0
<
uu por
()
000.6u
, tem-se
() ()
()
()
000.6000.6 uu
000.3
002,0
000.6
001,0
<
uu
que resulta em
(
)
()
000.6
000.3
002,0001,0
<
u
.
u
Dividindo ambos os termos da inequação por tem-se 002,0,
170
()
()
000.6
000.3
002,0
002,0
002,0
<
u
u
que resulta em
(
)
(
001,0
)
000.6
000.3
2
1
<
u
u
.
Fazendo, agora, a análise da preferência
(
)(
002,0000.6001,0 >
)
uu
Dividindo ambos os termos da inequação
000.3 , tem-se:
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
>
uu por
()
000.6
u ,
tem-se
() ()
()()
000.6
000
000.6 uu
que resulta em
(
)
()
000.6
000.3
002,0001,0
>
u
u.3
002,0
000.6
001,0
>
uu
.
Dividindo ambos os termos da inequação por
002,0
, tem-se
()
()
000.6002,0002,0 u
ta em
(
)
()
000.6
000.3
2
1
>
u
u000.3002,0001,0
>
u
que resul .
7.3.2.3 Inconsistência (e consistência) na preferência da maioria dos respondentes
No Problema 7’, os respondentes que preferiram
(
)(
000.390,0000.645,0 >
)
uu
(
)
indicam que
()
000.31
000.62
>
u
.
s respondentes que preferiram
u
(
)(
000.3002,0000.6001,0 <
)
uu No Problema 8’o
(
)
indicam que
()
000.62
000.31
<
u
.
u
preferiramE, ainda no Problema 8’, os respondentes que
(
)
()
000.6
000.3
2
1
() (
000.3002,0000.6001,0 > uu
)
indicam que
>
u
u
.
Aqueles respond rências indicar que
(
)
()
000.6
000.3
2
1
>
u
u
entes cujas prefe am e
()
()
000.62 u
000.3
<
u
, resultando em
(
)
()
2
1
000.6
000.3
2
1
<
<
u
u1
foram inconsistentes em suas escolhas.
171
Já aqueles respondentes cujas preferências indicaram que
()
()
000.62 u
000.31
>
u
e
()
()
000.6
000.3
2
1
>
u
u
(
)
()
, resultando em
000.62
1
000.3
>
u
scolhas.
.3.2.4 Obtenção do Problema 8’ a partir do Problema 7’
ínio positivo (par de Problemas 7-8) resulta
que o pro origina-se do prospecto
u
foram consistentes em suas e
7
O mesmo procedimento utilizado no dom
specto
C
()
001,0;000.6
(
)
45,0;000.6
A e que o
prospecto origina-se do prospecto
()
002,0;000.3D
(
)
90,0;000.3
B . O prospecto C pode
o
()
cBD ;
. Pelo axiomser rees e o prospecto D pode ser reescrito com a da
substitu refere B deve preferir D.
7.4 Efeito reflexo
7.4.1 O hneman e Tversky (2000b, p. 21
TABELA 60
Efeito reflexo: Pr ntuais de preferência
Problema 3 KT KBK
crito como
()
cAC ;
ição, a pessoa que prefere A deve preferir C e a pessoa que p
s Problemas 3 e 3’ apresentados por Ka -23)
oblemas e perce
Escolh N=95 N=97 a entre:
A: 80% 20% 29%
B: 100% de chance de obter ganho de $3.000. 80%* 71%*
Problema 3’ KT KBK
de chance de obter ganho de $4.000.
Escolha entre: N=95 N=97
A: 80% de chance de obter perda de $4.000. 92%* 82%
B: 100% de chance de obter perda de $3.000.
8% 18%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-23) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 48-49 e 52).
172
7.4.1.1 O Problema 3
Como, no Problema 3, a maioria dos respondentes preferiu a opção
, então, tem-se que
()
00,1;000.3+=B
(
)
(
)
000.300,1000.480,0
+
<
+
uu , considerando
Dividindo ambos os termos da inequação po
()
00 = . u
r
(
)
000.4
+
u
, tem-se
()
()
()
()
000.4
000.3
00,1
000.4
000.4
80,
+
+
<
+
+
u
u
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
+
+
<
u
u
0 .
Inequaç eescrita como
(
)
ão que pode ser r
()
()
000.4
80,0
+
000.3
+
<
u
ou
u
()
000.45 +
<
u
.
000.34 +u
7.4.1.2 O Problema 3’
Do Problema 3’, tem-se que
(
)
(
)
000.300,1000.480,0
>
uu .
Dividindo ambos os termos da inequação por
(
)
000.4
u
()
()
, tem-se
()
()
000.4
000.3
,1
000.4
000.4
80,0 >
u
u
que resulta em 00
u
u
(
)
()
000.4
00.3
00,180,0
0
>
u
u
.
ser reescrita como
(
)
()
000.4
000.3
80,0
>
u
u
ou
(
)
()
000.4
000.3
5
4
>
u
u
Inequação que pode .
No domínio positivo (Problemas os respondentes preferiu a opção B que
assegurava ganho omínio negativo
( a maioria dos respondentes preferiu evitar a opção B que assegurava perda
c postura de propensão ao risco.
7.4.1.3 Observações acerca da preferência da maioria dos respondentes
3) a maioria d
certo, assumindo uma postura de aversão ao risco. Já no d
Problema 3’),
erta, (preferiu a opção A), assumindo uma
173
7.4.2 Os Problemas 4 e 4’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-23)
TABELA 61
Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência
Problema 4 KT KBK
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter ganho de $4.000. 65%* 57%
D: 25% de chance de obter ganho de $3.000. 35% 43%
KT KBK Problema 4’
Escolha entre: N=95 N=97
C: 20% de chance de obter perda de $4.000. 42% 37%
de chance de obter perda de $3.000.
58% 63% D: 25%
Fontes: adaptada de Kahnem
an e Tversky (2000b, p. 21-22) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 52).
No Prob dos respondentes prefe
, então, tem-se que
7.4.2.1 O Problema 4
lema 4, a maioria riu a opção
0.
()
80,0;0&20,0;004+=C
(
)(
000.325,0000.420,0
)
+
>
+
uu ,
considerando
()
00
=
u .
(
)
000.4
+
u
Dividindo ambos os termos da inequação por , tem-se
()
()
(
()
)
000.4
000.3
25,0
000.4
000.4
20,0
+
+
>
+
+
u
u
u
u
(
)
()
000.4
000.3
25,020,0
+
+
>
u
u
que resulta em .
o por tem-sDividindo ambos os termos da inequaçã e 25,0,
()
()
000.4
000.3
25,0
25,0
25,0
0 20,
+
+
>
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
+
+
>
u
u
.
Inequaç o
(
)
()
000.4
000.3
80,0
+
+
>
u
u
ou
(
)
()
000.
ão que pode ser reescrita com
4
000.3
5
4
+
+
>
u
u
.
7.4.2.2
Do Problema 4’, tem-se que
O Problema 4’
(
)
(
)
000.325,0000.420,0
<
uu
.
equação por
(
)
0
u
Dividindo ambos os termos da in , tem-se
00.4
174
()
()
()
()
000.4000.4 uu
000.3
25,0
000.4
20
<
uu
que resulta em
(
)
,0
()
000.4
000.3
25,020,0
<
u
.
u
Dividindo ambos os termos da inequação por 25,0, tem-se
()
()
000.4
000.3
25,0
25,0
25,0
20,0
<
u
u
que resulta em
(
)
()
000.4
000.3
00,180,0
<
u
u
.
(
)
()
000.4
000.3
80,0
<
u
u
ou
()
()
000.4
000.3
5
4
<
u
u
Inequação que pode ser reescrita como .
.4.2.3 Observações acerca da preferência da maioria dos respondentes
No domín u a opção C que
possibilitava maior valor a ser ganho (assumiram uma postura de propensão ao risco). Já no
d dos respondentes preferiu a opção D que
p umiram uma postura de aversão ao risco).
probabilidades elevadas e, os Problemas 4-4’
o que
refere ao risco. Isso pode sinalizar que diferentes “magnitudes” de probabilidades (chances
am o respondente a alterar a variável que serve de base para sua
ecisão.
7.4.3 Os Problemas 7 e 7’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-23)
TABELA 62
Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência
Probl KT KBK
7
io positivo (Problemas 4) a maioria dos respondentes preferi
omínio negativo (Problema 4’), a maioria
ossibilitava menor valor a ser perdido (ass
Os Problemas 3-3’ envolvem
probabilidades diminutas. Houve inversão na preferência da maioria dos respondentes n
se
de obter resultado) lev
d
ema 7
Escolha entre: N=66 N=97
A: 45% de chance de ganhar $6.000. 14% 23%
B: 90% de chance de ganhar $3.000. 86%* 77%*
Problema 7’ KT KBK
Escolha entre: N=66 N=92
A: 45% 92%* 75%*
B: 90% de chance de perder $3.000. 8% 25%
de chance de perder $6.000.
Fontes: adaptada de Kahnem , p. 21-22) e de Kimura, B e Krauter (2006, p. 52).
an e Tversky (2000b asso
175
TABELA 63
ores relacionado ada opção
Notação Valores possíveis Valor esperado Desvio padrão
Efeito reflexo: val s a c
A(+6.000; 0,45) {0; +6.000} +2.700 1.350
B(+3.000; 0,90) {0; +3.000} +2.700 1.350
A(-6.000; 0,45) {-6.000; 0} -2.700 1.350
B(-3.000; 0,90) {-3.000; 0} -2.700 1.350
Fonte: Elaborada pelo autor.
s respondentes que optam por basear suas decisões na chance de obter o resultado
escolhem upondo, neste caso,
quererem evitar a perda de qualquer um dos valores em jogo). Já os respondentes que optam
por basear suas decisões no valo ganho ou perda), esco em a opção A no
Problema 7 e a opção B no Problema 7’ (supondo, neste caso, quererem evitar a perda de um
valor maior). Caso levem em consideração o valor esperado ou o risco, podem indicar
indiferença entre as opções
No Problema 7 (domínio positivo) a maioria dos respondentes preferiu a opção
, indicando que
O
a opção B no Problema 7 e a opção A no Problema 7’ (s
r a ser obtido ( lh
dos Problemas 7 e 7’.
()
90,0;000.3+=B
(
)
(
)
000.390,0000.645,0
+
<
+
uu
entes preferiu a çã
. Já no Problema 7’
o , (domíni
dicando que
()
45,0;000.6=A
o negativo), a maioria dos respond op
()
(
)
000.390,0000.645,0
>u u . in
No domínio positivo foi escolhida a opção com maior probabilidade de gerar ganho.
Em con
bter um
ganho de $3.000 em detrimento de uma chance de 45% de obter um ganho de $6.000.
se-certa.
trapartida, no domínio negativo, foi preterida a opção com maior probabilidade de
gerar perda.
No domínio positivo, os respondentes optaram por uma chance de 90% de o
No domínio negativo os respondentes optaram por uma chance 45% de obter uma
perda de $ 6.000 em detrimento de uma chance de obter uma perda de $ 3.000. Evitaram,
portanto, uma perda quase-certa (90%), optando por incorrer em uma perda duas vezes a
perda qua
176
7.4.4 Os Problemas 8 e 8’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-23)
TABELA 64
Efeito reflexo: Problemas e percentuais de preferência
Problema 8 KT KBK
Escolha entre: N=66 N=97
C: 0,1% de chance de obter ganho de $6.000.
$3.000.
73%* 72%*
D: 0,2% de chance de obter ganho de 27% 28%
Problema 8’ KT KBK
Escolha entre: N=66 N=92
C: 0,1% de chance de obter perda de $6.000. 30% 50%
de chance de obter perda de $3.000. 70%* 50% D: 0,2%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000 imura, Basso e Krauter (2006, p. 52).
ef c o
Va is Valor esperado Desvio padrão
b, p. 21-22) e de K
TABELA 65
Efeito r lex elao: valores r iona adados a c pção
Notação lores possíve
C(+6.000; 0,001) {0; +6.000} +6 3
D(+3.000; 0,002) {0; +3.000} +6 3
C(-6.000; 0,001) {-6.000; 0} -6 3
D(-3.000; 0,002) {-3.000; 0} -6 3
olhem a opção C no Problema 8 e a opção
no Problema 8’ (supondo, neste caso, quererem evitar a perda de um valor maior). Caso
levem e
dos Problemas 8 e 8’.
)
, tanto na pesquisa realizada por Kahneman e Tversky (2000b) quanto na
por Kimura, Basso e Krauter (2006), indicando que
oblema 8’(domínio negativo), entretanto, houve divergência. Na pesquisa
realizada por Kahneman e Tversky (2000b) a maioria dos respondentes preferiu a opção
Fonte: Elaborada pelo autor.
Da mesma forma que no par de Problemas 7-7’, no par de Problemas 8-8’, os
respondentes que optam por basear suas decisões na chance de obter o resultado escolhem a
opção D no Problema 8 e a opção C no Problema 8’ (supondo, neste caso, quererem evitar a
perda de qualquer um dos valores em jogo). Já os respondentes que optam por basear suas
decisões no valor a ser obtido (ganho ou perda), esc
D
m consideração o valor esperado ou o risco, podem indicar indiferença entre as opções
No Problema 8 (domínio positivo) a maioria dos respondentes preferiu a opção
(
0;000.6+=C 001,
esquisa realizada
001,0 u
p
() ()
000.3002,0000.6 +>+ u .
No Pr
177
(
0.3D
)
002,0;00 , indicando que
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
<
uu enquanto que na
pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006), 50% dos respondentes preferiram a
, indicando que opção
000.6=
()
001,0;
(
)(
002,0000.6001,0 >
)
000.3
uuC e 50% dos
respondentes preferiram a opção
(
)
002,0;000.3
=
D
, indicando que
() ()
000.3002,0000.6001,0 < uu .
Na pesquisa realizada por Kahneman e Tvesrky (2000b) o efeito reflexo foi percebido,
aja vista as preferências dos respondentes indicarem, no par de Problemas 8-8’ que
)
e que
h
() (
000.3002,0000.6001, +>+ uu
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0 +
<
+
uu0 .
Já na pesquisa realizada por Kimura, Basso e Krauter (2006) o efeito reflexo não foi
percebido em quando consideradas as preferências
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
+
>
+
uu
()
(
)
000.3002,0000.6001,
> uu (Problema 8’) e, foi pe(Problema 8) e 0 rcebido quando
consideradas as preferências
(
)
(
)
000.3002,0000.6001,0
+
>
+
u (Problema 8) e u
ma 8’).
() ()
000.3002,0000.6001,0 < uu
(Proble
7 ueza
7.5.1 Os Problemas 11 e 12 apresentados po
Estados de riq teraç a : P ercentuais
ferências
Problema 1 KT KBK
.5 Estados de riqueza e alterações na riq
r Kahneman e Tversky (2000b, p. 21-23)
TABELA 66
ueza e al ões na riqueza (g nhos e perdas) roblemas e p
de pre
1
Além de tud ado 0. Você, agora, é solicitado
N=70 N=97
o o que possui, é d a você $ 1.00
a escolher entre:
A: 50%
B: 100%
de chance de obter ganho de $1.000. 16% 30%
de chance de obter ganho de $500. 84%* 70%*
Problema 12 KT KBK
Além de tudo o que possui, é dado a você $2.000.
Você, agora, é solicitado a escolher entre:
N=68 N=92
C: 50% de chance de obter perda de $1.000. 69%* 65%*
D: 100% de chance de obter perda de $500. 31% 35%
Fontes: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 27) e de Kimura, Basso e Krauter (2006, p. 55).
178
7.5.1.1 Obtenção do Problema 12 a partir do Problema 11.
O bônus inicial do Problema 11 é de $ 1.000 e, pela adição de mais $ 1.000 passa a ser
de $ 2.0
00. Este é o bônus inicial do Problema 12.
O opção A é representado por
(
)
50,0;0&50,0;000.1
+
A .
Subtraindo 000 de cada resultado tem-se .1$
((
00.1+
)())
50,0;000.10&50,0;000.10 que resulta em
(
)()
(
)
50,0;000.1&50,0;0 que
pode ser assim reescrito
()
50,0;0&50,0;000.1
. Percebe-se que esta última representação é
o Problema 12.
entada por
igual à opção C d
A opção B é repres
(
)
00,1; . Subtraindo do resu000.1$ 500
+
ltado tem-se
()()
00,1;000.1500 + que resulta em
(
)
. 00,1;500
Opção esta
12.
7.6 Con
7.6.1 Os Problemas 13 e 13’ apresentados por Kahneman e Tversky (2000b, p. 32-34)
de
Problema 13 KT
igual à opção D do Problema
cavidade e convexidade
TABELA 67
Concavidade e convexida
Escolha entre: N=68
A: 25% de chance de ganhar $6.000. 18%
B: 25% de chance de ganhar $4.000 e 2 82%* 5% de chance de ganhar $2000.
Problema 13’ KT
Escolha entre: N=64
C: 25%
D: 25%
de chance de perder $6.000. 70%*
de chance de perder $4.000 e 25% de chance de perder $2.000. 30%
Fonte: adaptada de Kahneman e Tversky (2000b, p. 33).
179
O Problema 13 envolve os prospectos regulares
()
25,0;000.6+A e
()
25,0;000.2&25,0;000.4
+
+B . O Problema 13’ envolve os prospectos regulares
()
25,0;000.6C
e
()
25,0;000.2&25,0;000.4
D
. Como os prospecto regus são lares, a
e
quação (1) deve ser utilizada.
A aplicação da equação (1)
(
)
(
)
(
)
(
)()
yqxpqypxV ,;,
ν
π
ν
π
+
=
13’ resulta, respectiv
à ncia l
n , :
preferê moda
os Problemas 13 e amente em
()( )()( )
(
)
[]
000.2000.425,0000.625,0
+
+
+
<
+
ν
ν
π
ν
π
e
()( )()( )
(
)
[]
000.2000.425,0000.625,0
+
>
ν
ν
π
ν
π
(KAHNEMAN; TVERSKY. 2000b, p.
33).
7.6.1.1 O Problema 13
O prospecto A é representado por
(
)
(
)
25,0;000.6;
+
=
ApxV , onde:
()
(
)
000.6
+
=
ν
ν
x
e
() ( )
25,0
π
π
=p .
Substituindo ambas as variáveis na equação reduzida
(
)()(
xppxV
)
ν
π
=;
, tem-se
()()(
000.625,025,0;000.6 +=+
)
ν
π
A .
O prospecto a vez, é representado por
()
B, por su
(
)
25,0;000.2&25,0;000.4;&;
+
+
= BqypxV , onde:
(
)
(
)
000.4
+
=
ν
ν
x ;
()
(
)
25,0
π
π
=p ;
() ( )
000.2+=
ν
ν
y
; e
() ( )
25,0
π
π
=q
.
s variáveis na equ
(
)
(
)() ()()
yqxpqypxV
Substituindo a ação (1)
ν
π
ν
π
+
=
,;, , tem-se
()
(
)
(
)
(
)
(
)
000.225,0000.425,025,0;000.2&25,0;000.4
+
+
+
=
+
B
ν
π
ν
π
.
o
+
(
)
25,0
π
Colocando em evidência o term , tem-se que
()
(
)
(
)
(
)
[
]
000.2000.425,025,0;000.2&25,0;000.4
+
+
+
=
+
+
ν
ν
π
B .
Como, no Problema 13, 82% dos respondentes preferiram o prospecto B, tem-se que
()(
,0;000.425,0;000.6
)
25,0;000.2&25
+
+<+ BA , que é igual a
180
()( )()( )
(
)
[]
000.2000.425,0000.625,0
ν
π
+
+
+
<
ν
ν
π
+ .
Dividindo a inequação
(
)
(
)
(
)
(
)( )
[
]
025,0000.625,0 00.2000.4 ++
ν
<
+
+
ν
π
ν
π
por
()
25,0
π
, tem-se
(
)
)
(
)
()
(
()
()()
[]
000.2000.4
25,025,0
π
25,025,0
+++<
νν
000.6+
π
ν
π
π
, que é igual a
()()()
[]
000.2000.4000.6 +++<+
ν
ν
ν
.
Este resultado, que indica a preferência da maioria dos respondentes, está “de acordo
om a hipótese de que a função valor é côncava para ganhos” (KAHNEMAN; TVERSKY,
7.6.1.2 O Problema 13’
ntado por
c
2000, p. 33).
(
)
(
)
25,0;000.6;
=
CpxV , onde:
()
(
)
000.6
=
ν
ν
x O prospecto C é represe
e
() ( )
25,0
π
π
=p .
Substituindo ambas as variáveis na equação reduzida
(
)()()
xppxV
ν
π
=;
, tem-se
()()(
000.625,025,0;000.6 =
)
ν
π
C .
Já o prospecto B é representado por
()
(
)
25,0;000.2&25,0;000.4;&;
= BqypxV , onde:
(
)
(
)
000.4
=
ν
ν
x ;
()
(
)
25,0
π
π
=p ;
() ( )
000.2=
ν
ν
y
; e
() ( )
25,0
π
q =
.
π
(
)
(
) ()()
yqpqypxV
()
x
Substituindo as variáveis na equação (1) , tem-se
=
,;,
π
ν
ν
π
+
()
(
)
(
)
(
)
(
)
000.225,0000.425,025,0;000.2&25,0;000.4
+
=B
ν
π
ν
π
.
Colocando em evidência o termo
(
)
25,0
π
, tem-se que
()
(
)
(
)
(
[
)
]
000.2000.425,025,0;000.2&25,0;000.4
+
=
ν
ν
π
B .
No Problema 13’ 70% dos respondentes preferiram o prospecto C. As preferências
indicam que
()
(
)
25,0;000.2&25,0;000.425,0;000.6
> DC , que pode ser assim
()
(
)()
(
)
(
)
[
]
000.2000.425,0000.625,0
+
>
ν
ν
π
ν
π
. reescrita
181
Dividindo a inequação
(
)
(
)
(
)
(
)(
[
)
]
0625,0 00.2000.425,0000. +
>
ν
ν
π
ν
π
por
()
25,0
π
, tem-se
(
)
()
()
(
)
()
()()
[]
000.2000.4
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π
000.6
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ν
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, que é igual a
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000.2000.400 +>
ν
ν
.
ν
De forma semelhante ao Problema 13, o resultado obtido no Problema 13’ “está de
acordo com a hipótese de que a função valor
TVERSKY, 2000b, p. 33).
é (...) convexa para perdas” (KAHNEMAN;
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