115
Topologia da rede GIGA
Aliada as fibras ópticas se encontra a rede IP, formada de equipamentos que possuem
placas MPLS, Fast ethernet e Gigabit Ethernet. Através destes equipamentos são realizados os
acessos aos laboratórios nas instituições participantes do projeto GIGA, e são feitas diversas
configurações dependendo do cenário de cada laboratório e de seus experimentos. Para dar
suporte à rede existem ainda vários servidores para gerencia e serviços da rede.
A ligação entre o equipamento IP e o equipamento óptico é feito da seguinte forma: Cada
porta GIGA do equipamento IP tem um GBIC cuja saída (Tx) encaminha os dados em um
comprimento de onda de 1,31m. A saída de cada uma das GBICs de cada porta do equipamento
IP é conectada a um dos transponders que permite a adequação da freqüência do sinal de entrada
para um sinal de saída compatível com o plano de freqüências padronizado pelas normas
G.694.1 [G.694.1] e G.694.2 [G.694.2] do ITU-T. Os transponders quando interligados com os
equipamentos DWDM e CWDM, têm a capacidade de otimizar o uso de redes de fibra óptica,
fornecendo uma infra-estrutura de meios ópticos que permite a inserção de mais de um sistema
de telecomunicações, seja ele para redes de dados e/ou voz, em uma única fibra óptica.
Todos os transponders se conectam a um multiplexador que por sua vez se conecta a um
amplificador. O sinal que sai deste, passa por um SOM (Supervisor Optical Multiplexer), que
insere uma freqüência de gerência (1510nm), e sai para as fibras ópticas. Para receber um sinal,
um SOD (Supervisor Optical Demultiplexer) na estação seguinte recupera a freqüência de
gerência, passando-a para a recepção do módulo de gerência do equipamento, e as freqüências
relativas aos dados das portas vindos do equipamento IP vão para um amplificador.
Caso a estação for apenas destinada à amplificação, as freqüências amplificadas se juntarão
novamente à freqüência de gerencia na estação em um SOM, e serão encaminhadas até a
próxima estação. Se a estação tiver um equipamento que irá consumir alguns comprimentos de
onda, após os sinais passarem pelo amplificador, estas vão para um demultiplexador, cujas saídas
seguirão para uma entrada (Rx) de uma GBIC.
Com base nesta explicação, pode-se concluir que a topologia IP fica bastante simplificada,
pois a existência de equipamentos ópticos não é percebida, não enxergando esta camada, já que é
feito um enlace ponto-a-ponto (point-to-point) como se ambos os equipamentos IP estivessem
diretamente conectados. Quando na topologia vê-se um link entre dois equipamentos, sabe-se
que, ou ambos estão ligados por um cordão óptico, ou estão ligados através de um ou mais
equipamentos DWDM ou CWDM.
Uma particularidade da rede GIGA, é a não existência de redundância de fibras entre
Campinas e Rio de Janeiro, e internamente ao Rio de Janeiro, havendo um loop entre os