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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
NÚCLEO DE PESQUISAS DE PRODUTOS
NATURAIS
Eliz Regina Bueno Torres
ALQUILAÇÕES DE FRIEDEL-CRAFTS DIASTEREOSSELETIVAS
NÃO RACÊMICAS, INTERMEDIADAS POR NITROALCENOS
ELETRODEFICIENTES QUIRAIS: SÍNTESE DE DERIVADOS
INDÓLICOS.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em Química de Produtos
Naturais da Universidade Federal do Rio
de Janeiro como requisito para obtenção
do grau de Mestre em Ciências.
Orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Vera Lúcia Patrocinio Pereira
Rio de Janeiro – Novembro/2009
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ii
Torres, Eliz Regina Bueno.
Alquilações de Friedel-Crafts Diastereosseletivas Não
Racêmicas Intermediadas por Nitroalcenos
Eletrodeficientes Quirais: Síntese de Derivados Indólicos /
Eliz Regina Bueno Torres. – Rio de Janeiro: UFRJ/ NPPN,
2009.
xii, 150 f.: il.; 29,5 cm.
Dissertação (Mestrado em Química de Produtos Naturais) -
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Pesquisas
de Produtos Naturais, Rio de Janeiro, 2009.
Referências Bibliográficas: f. 136-138.
Orientadora: Prof.
a
Dr.
a
Vera Lúcia Patrocinio Pereira
1. Síntese diastereosseletiva. 2. Nitroalcenos
eletrodeficientes. 3. Derivados indólicos. 4. Substituição
Eletrofílica Aromática. – Teses. I. Pereira, Vera Lúcia
Patrocinio (orient.). II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Programa de Pós-
graduação em Química de Produtos Naturais. III. Título.
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iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha mãe, Ivonete Bueno Romano e à minha irmã, Camila
Bueno Torres pelo apoio e incentivo.
Às minhas amigas Alessandra Vieira, Jane Inada e Zeanieide Nascimento
pela convivência e em especial a Luiza Sant’Ana, por compartilhar seus materiais de
estudo e conhecimentos.
Aos meus amigos do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais – NPPN /
UFRJ, Ângelo Silva, Karla Pais, Paula Carneiro, Raphael Soares, pela convivência.
Aos meus amigos Daniel Vieira, Bruno Meireles e Cléber Bonfim por me ajudarem
com espectros de RMN. Agradecimentos especiais ao meu amigo Leandro Lara por
me ajudar tanto durante este trabalho tanto com espectros de RMN como
compartilhando seu conhecimento e experiência de laboratório e por se mostrar um
grande amigo.
Aos professores do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais por sua
dedicação ao ensino, em especial, a minha orientadora, Vera Lúcia Patrocinio
Pereira, por se mostrar sempre solícita a elucidar minhas dúvidas.
Aos funcionários da central analítica especialmente à Maria Cristina Pereira, à
Elza Loureiro Lustosa e Ari Miranda da Silva por sempre se mostrarem solícitos e
prestativos a qualquer pedido meu.
A CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,
pelo apoio financeiro.
iv
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................ IX
ABSTRACT ............................................................................................................................. X
LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E FÓRMULAS QUÍMICAS ...................... XI
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1 Reações de Friedel-Crafts ..................................................................................... 1
1.1.1 Considerações Gerais ......................................................................................... 1
1.1.2 Mecanismo da reação de Friedel-Crafts .......................................................... 3
1.1.3 Sistemas Aromáticos ........................................................................................... 4
1.1.4 Eletrófilos ............................................................................................................... 5
1.1.5 Catalisadores ........................................................................................................ 6
1.1.6 Versões Estereosseletivas da Reação de Friedel-Crafts .............................. 6
1.1.7 Reação de Friedel-Crafts mediada por Organocatalisadores ...................... 9
1.1.8 Catálise Organometálica. ................................................................................. 14
1.1.9 Reação de Friedel-Crafts mediada por indutores de quiralidade .............. 19
1.2 Nitroalcenos ............................................................................................................ 21
1.2.1 Reatividade Química ......................................................................................... 21
1.2.2 Atividade Biológica ............................................................................................ 22
1.2.3 Métodos de Preparação Nitroalcenos Conjugados: ..................................... 23
1.3 Nitroalcanos ............................................................................................................ 25
1.3.1 Características Estruturais ............................................................................... 25
1.3.2 Atividade biológica ............................................................................................. 26
1.3.3 Síntese de nitroalcanos .................................................................................... 27
1.4 Derivados Indólicos ............................................................................................... 28
2 OBJETIVO ...................................................................................................................... 30
3 ESTRATÉGIA SINTÉTICA .......................................................................................... 31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 32
4.1 Síntese dos nitroalcenos 90 a-c: ......................................................................... 32
4.2 Substituições Eletrofílicas Aromáticas aos nitroalcenos 90a-c ...................... 38
4.2.1 Reações-teste .................................................................................................... 38
4.2.2 Alquilações de Friedel-Crafts aos Nitroalcenos 90a-c ................................. 41
4.3 Origem da Diastereosseletividade: ..................................................................... 44
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46
6 PERSPECTIVAS: .......................................................................................................... 46
7 PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................................ 48
7.1 Materiais e Métodos .............................................................................................. 48
7.2 Síntese dos ésteres 95a-c. ................................................................................... 50
7.2.1 Sintese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a). ................ 54
7.2.2 Sintese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanoato de benzila (95b). ..... 57
7.3 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanol (96c). ................................. 60
7.3.1 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a). ........................................ 65
7.3.2 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanol (96b). ............................ 70
7.4 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanal (97c). ................................. 73
7.4.1 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanal (97a). ........................................ 75
7.4.2 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanal (97b). ............................ 77
7.5 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c). ........ 79
7.5.1 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitro-butan-2-ol (107a) ............... 85
7.5.2 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitro-exan-2-ol (107b). .. 89
v
7.6 Síntese do (1E,3S)-3-N,N-dibenzil-4-fenil-1-nitrobuteno (90c) ...................... 95
7.6.1 Síntese do (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a) ................ 101
7.6.2 Síntese do (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b) ..... 106
7.7 Síntese do 2-(3-indolil)-2-fenil-1-nitroetano (117): Reações-Teste. ............ 111
7.8 Síntese dos Adutos de Friedel-Crafts 122-124: Experimental típico ........... 115
7.8.1 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 115
7.8.2 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano
(122). 125
7.8.3 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-5-metil-1-
nitroexano (123). .......................................................................................................... 132
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Exemplos de sistemas aromáticos empregados em reações de Friedel-
Crafts. ................................................................................................................................ 4
Figura 2: Exemplos de eletrófilos empregados na reação de Friedel-Crafts. ................ 5
Figura 3: Modelo de estado de transição quelado e ligante quiral. ................................. 8
Figura 4: Proposta de modelo de estado de transição da reação ................................. 11
Figura 5: Complexo catalisador 53. .................................................................................... 15
Figura 6: Modelo de estado de transição proposto para alquilação de indóis
catalisadas pelo catalisador organometálico 60 ....................................................... 18
Figura 7: Nitrocompostos com atividade biológica ........................................................... 22
Figura 8: Transformações químicas do grupo nitro ......................................................... 26
Figura 9: Nitroalcanos que apresentam atividade biológica. .......................................... 27
Figura 10: Metodologias para síntese de nitroalcanos .................................................... 28
Figura 11: Derivados indólicos biologicamente ativos. .................................................... 29
Figura 12: Nucleófilos aromáticos testados em reação com ......................................... 40
Figura 13: Modelo de estado de transição de Felkin-Ahn-Burgi-Dunitz para as
Substituições Eletrofílicas Aromáticas aos Nitroalcenos 90 a-c. ........................... 45
ÍNDICE DE ESQUEMA-TABELA
Esquema-Tabela 1: Reações de indóis substituídos e cetonas α,β-insaturadas
mediadas por catalisadores orgânicos. ................................................................... 10
Esquema-Tabela 2: Alquilação de indol por nitroalceno catalisada por tiouréia quiral.
.......................................................................................................................................... 11
Esquema-Tabela 3: Alquilação enantiosseletiva de indóis substituídos por
nitroalcenos conjugados mediada por catalisador orgânico tioamida quinolínio
45. ..................................................................................................................................... 12
Esquema-Tabela 4: Alquilação enantiosseletiva de aldeídos α,β-insaturados a N-
metil pirrol mediada por organocatalisador em THF-H
2
O. ...................................... 13
Esquema-Tabela 5: Alquilação de Friedel-Crafts de derivados indólicos com cetonas
insaturadas. .................................................................................................................... 15
Esquema-Tabela 6: Alquilação de Friedel-Crafts enantiosseletiva de indóis
substituídos a nitroalcenos conjugados mediada por catalisador organometálico
em tolueno. ..................................................................................................................... 17
vi
Esquema-Tabela 7: Alquilações de Friedel-Crafts entre indóis substituídos e
tosilimina mediadas por catalisador organometálico. .............................................. 19
Esquema-Tabela 8: Síntese de nitroalcenos conjugados a partir de alcenos ............. 24
Esquema-Tabela 9: Reações-teste entre β-Nitroestireno e indol usando diferentes
ácidos de Lewis e solventes. .................................................................................. 39
Esquema-Tabela 10: Rendimentos e estereosseletividades dos produtos de
alquilação ........................................................................................................................ 41
ÍNDICE DE ESQUEMAS
Esquema 1: Reação clássica de Friedel-Crafts. ................................................................. 1
Esquema 2: Primeiro relato de alquilação aromática. ....................................................... 2
Esquema 3: Mecanismo da reação de Friedel-Crafts. ...................................................... 3
Esquema 4: Primeira reação de alquilação de Friedel-Crafts catalítica
enantiosseletiva em quantidades estequiométricas. ................................................. 7
Esquema 5: Primeira reação de Friedel-Crafts catalítica enantiosseletiva com uso do
catalisador em quantidades subestequiométricas. .................................................... 9
Esquema 6: Modelo de estado de transição proposto para ........................................... 14
Esquema 7: Alquilação de Friedel-Crafts entre nitroalcenos conjugados e 2-
metoxifurano sob ação metalocatalítica de complexo bis (oxazolina)-Zn(OTf)
2
. 16
Esquema 8: Alquilação de Friedel-Crafts enantiosseletiva utilizando iminas quirais. 20
Esquema 9: Híbridos de ressonância de nitroalcenos conjugados ............................... 21
Esquema 10: Síntese de nitroalcenos conjugados (Formação de nitroálcool seguida
de eliminação) ................................................................................................................ 23
Esquema 11: Formação de ânion nitronato pela retirada de próton do nitroalcano por
uma base ......................................................................................................................... 25
Esquema 12: Síntese de adutos de Friedel-Crafts. ......................................................... 30
Esquema 13: Retroanálise para obtenção de 92-94. ...................................................... 31
Esquema 14: Síntese dos ésteres 95a-c e dos álcoois 96a-c ....................................... 33
Esquema 15: Síntese dos aldeídos 97a-c a partir de 96a-c. .......................................... 33
Esquema 16: Mecanismo da oxidação de Swern. ........................................................... 34
Esquema 17: Formação de subproduto da reação de Swern. ....................................... 35
Esquema 18: Síntese dos nitroálcoois 107a-c. ................................................................. 35
Esquema 19: Mecanismo da reação nitroaldólica. ........................................................... 36
Esquema 20: Síntese dos nitroalcenos 90 a-c. ................................................................ 37
Esquema 21: Mecanismo da síntese dos nitroalcenos 90a-c. ....................................... 37
ÍNDICE DE ESPECTROS E CROMATOGRAMAS
Espectro 1: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c) ... 52
Espectro 2: RMN -
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c).
.......................................................................................................................................... 53
Espectro 3: RMN -
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a). ........... 55
Espectro 4: RMN - APT de (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a) ......... 56
Espectro 5: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamina)-4-metil-pentanoato de benzila (95b) . 58
Espectro 6: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanoato de benzila (95b)
.......................................................................................................................................... 59
vii
Espectro 7: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c) ........................... 62
Espectro 8: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c). ........................ 63
Espectro 9: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c). ...................... 64
Espectro 10: Infravermelho de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a). .......................... 66
Espectro 11: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a). ................................... 67
Espectro 12: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a). .................................. 68
Espectro 13: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a). ................................ 69
Espectro 14: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanol (96b). ...................... 71
Espectro 15: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanol (96b). ..................... 72
Espectro 16-: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanal (97a). .................................. 76
Espectro 17: RMN-
1
H de (S)-2(dibenzilamino)-4-metil-pentanal (97b)......................... 78
Espectro 18: Infravermelho de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c).
.......................................................................................................................................... 81
Espectro 19: RMN-
1
H de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c). ....... 82
Espectro 20: RMN-
13
C de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c). ...... 83
Espectro 21: RMN-APT de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c). .... 84
Espectro 22: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a). ........... 86
Espectro 23: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a). ......... 87
Espectro 24: RMN-APT de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a). ....... 88
Espectro 25: Infravermelho de (2R,3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-
ol (107b). ......................................................................................................................... 91
Espectro 26: RMN-
1
H de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-
(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b). ....................................................... 92
Espectro 27: RMN-
13
C de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-
(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b). ....................................................... 93
Espectro 28: RMN-APT de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-
(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b). ....................................................... 94
Espectro 29: Infravermelho de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno
(90c). ................................................................................................................................ 97
Espectro 30: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c). 98
Espectro 31: RMN-
13
C de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c). 99
Espectro 32: RMN-APT de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c).
........................................................................................................................................ 100
Espectro 33: Infravermelho de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a). .. 102
Espectro 34: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a). .......... 103
Espectro 35: RMN-
13
C de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a). ......... 104
Espectro 36: RMN-APT de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a). ....... 105
Espectro 37: Infravermelho de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno
(90b). .............................................................................................................................. 107
Espectro 38: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
........................................................................................................................................ 108
Espectro 39: RMN-
13
C de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
........................................................................................................................................ 109
Espectro 40: RMN-APT de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
........................................................................................................................................ 110
Espectro 41: Fragmentograma de 2-(3-indolil)-2-fenil-1-nitroetano (117). ................. 113
Espectro 42: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 117
Espectro 43: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 118
viii
Espectro 44: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 119
Espectro 45: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 120
Espectro 46: COSY (
1
H x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 121
Espectro 47: HSQC (
13
C x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-
1-nitrobutano (124). ..................................................................................................... 122
Espectro 48:Fragmentograma de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124). ......................................................................................................... 124
Espectro 49: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-
nitrobutano (122). ......................................................................................................... 126
Espectro 50: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano
(122). .............................................................................................................................. 127
Espectro 51: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano
(122). .............................................................................................................................. 128
Espectro 52: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano
(122). .............................................................................................................................. 129
Espectro 53: COSY (
1
H x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-
nitrobutano (122). ......................................................................................................... 130
Espectro 54: Fragmentograma de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-
nitrobutano (122). ......................................................................................................... 131
Espectro 55: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-5-metil-1-
nitroexano (123). .......................................................................................................... 133
Espectro 56: RMN-
13
C de (2R, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-
nitroexano (123). .......................................................................................................... 134
Espectro 57: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-
nitroexano (123). .......................................................................................................... 135
Cromatograma 1: Reação-teste utilizando THF/H
2
O como solvente e Yb(OTf)
3
como
ácido de Lewis. ............................................................................................................. 114
Cromatograma 2: (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano
(124) purificado. ........................................................................................................... 123
ix
RESUMO
Torres, Eliz Regina Bueno. Alquilações de Friedel-Crafts diastereosseletivas não
racêmicas intermediadas por nitroalcenos eletrodeficientes quirais: Síntese de
derivados indólicos. Rio de Janeiro, 2009. Dissertação (Mestrado em Química de
Produtos Naturais) – Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
Palavras-chave: 1. Síntese diastereosseletiva. 2. Nitroalcenos eletrodeficientes. 3. α-
Aminoácidos. 4.Derivados indólicos. 5. Substituição Eletrofílica Aromática. 6.
Nitroalcanos.
Neste trabalho nitroalcenos conjugados 90 a-c foram sintetizados a partir dos
α-aminoácidos L-(+)-fenilalanina, L-(+)-alanina e L-(+)-leucina, em cinco etapas, em
rendimento global de 85-90%. Os nitroalcenos obtidos, chirons inéditos, foram
utilizados como eletrófilos em reações de substituição eletrofílica aromática,
catalisadas por diferentes ácidos de Lewis (Yb(OTf)
3
, Zn(OTf)
2
, ZnCl
2
, LiBr),
solventes e nucleófilos aromáticos. Dos vários nucleófilos aromáticos investigados,
somente o indol, na presença de clorofórmio como solvente, a 70
°
C, por 10 horas,
mostrou ser reativo. Os nitroalcenos 90 a-c foram transformados nos respectivos
adutos de Friedel-Crafts 122-124, com total estereocontrole (e.d. 98%) e
regiosseletividade (98%).
x
ABSTRACT
Torres, Eliz Regina Bueno. Non-racemic diastereoselective Friedel-Crafts alkylations
intermediate by chiral electron-deficient nitroalkenes: Synthesis of indole derivatives.
Rio de Janeiro, 2009. Dissertação (Mestrado em Química de Produtos Naturais) –
Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2009.
Key-words: 1. Diastereoselective synthesis. 2. Electron-poor nitroalkenes. 3. α-
Aminoacids. 4. Indole derivatives. 5. Aromatic Electrophilic Substitution. 6.
Nitroalkanes
In this work conjugated nitroalkenes 90 a-c have been synthesized from α-
amino acids L-(+)-phenylalanine, L-(+)-alanine e L-(+)-leucine, in five steps, in global
yield 85-90%. The obtained nitroalkenes were used as eletrophiles in aromatic
electrophilic substitution reactions, catalyzed by different Lewis acids (Yb(OTf)
3
,
Zn(OTf)
2
, ZnCl
2
, LiBr), solvents and aromatic nucleophiles. Among the several
aromatic nucleophiles investigated, only indol, in the presence of chloroform as a
solvent, at 70°C, for 10 hours, has exhibited reactivity. The nitroalkenes 90 a-c were
transformed into the respective Friedel-Crafts aducts 122-124, with total stereocontrol
(e.d. 98%) and regioselectivity (98%).
xi
LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E FÓRMULAS QUÍMICAS
AcOEt acetato de etila
APT Attached Proton Test
BArF
-
24
Tetrakis[3,5-bis(trifluorometil)fenil]borato
cat. catalisador
CCF Cromatografia em Camada Fina (CCF)
CF
3
SO
3
H Ácido trifluorometanossulfônico (ácido tríflico)
CG Cromatografia em fase Gasosa
CG-EM Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas
(COCl)
2
Cloreto de oxalila
cm
-
1
centímetro recíproco
cols. Colaboradores
COSY Correlation Spectroscopy two-dimensional shift correlation
d dupleto
DCM diclorometano
dd duplo dupleto
DMSO dimetilsulfóxido
e.d. excesso diastereoisomérico
e.e. excesso enantiomérico
EM Espectrometria de Massas
Ent. Entrada
equiv. equivalente
eV elétron-Volt
GP Grupo de Proteção
h hora
Hex hexano
HSQC Heteronuclear Single Quantum Coherence
Hz Hertz
i-PrOH iso-propanol (2-propanol)
IV Infravermelho, espectroscopia no
J
Constante de acoplamento
m multipleto
Me Substituinte metila (CH
3
)
m/z razão massa-carga
MsCl cloreto de mesila
Ph substituinte fenila
ppm partes por milhão
r.d. razão diastereoisomérica
Rend. Rendimento
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono 13
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
s simpleto
sl sinal largo
t tripleto
TBAF tetrabutylammonium fluoride (fluoreto de tetrabutilamômio)
xii
TEA trietilamina
2-Tienila
TFA trifluoroacetic acid (ácido trifluoroacético)
TfO grupo trifluorometanossulfonato (ou triflato)
THF tetraidrofurano
Ts Grupo tosila (p-toluenosulfonila)
Tol-BINAP (R)-(+)-2,2’-bis (di-p-tolilfosfino)1,1’-binaftila
δ
deslocamento químico
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Reações de Friedel-Crafts
1.1.1 Considerações Gerais
Pode-se definir alquilações e acilações de Friedel-Crafts como a
substituição de um átomo de hidrogênio de um anel aromático 1 por um grupo
alquila ou acila de outra molécula 2
1
(Esquema 1).
H
+
R
X
M= Metal
X= Halogênio
E
+
+
HX
ou
R
X
O
R
O
MX
MX
E= R,
1
2
Esquema 1: Reação clássica de Friedel-Crafts.
A primeira observação de produtos de alquilação por meio de
substituição eletrofílica aromática (S.E.A.) foi feita em 1869, por Zincke, cuja
pesquisa tinha por objetivo sintetizar ácidos carboxílicos aromáticos 3 por meio
da reação de cloreto de benzila (4) e ácido cloroetanóico (5). Zincke observou,
no entanto, a formação do produto de alquilação 6, resultante de reação entre
benzeno (7) e cloreto de benzila
2
( Esquema 2).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
2
Cl
+
Cl
OH
Benzeno
Cu
0
ou Ag
0
OH
O
+
Cl
2
Reação prevista por Zincke:
O
5
4
3
+
Cl
Benzeno
Cu
0
ou Ag
0
+
HCl
+
AgCl
ou
CuCl
2
Reação observada por Zincke:
6
4
7
Esquema 2: Primeiro relato de alquilação aromática.
A partir do resultado inesperado de Zincke, outros autores iniciaram
estudos sobre essa reação, obtendo-se tanto produtos de alquilação quanto de
acilação. Esses estudos, no entanto, não forneceram qualquer elucidação
sobre o mecanismo da reação. Em 1877, Charles Friedel e James Mason
Crafts publicaram seu primeiro trabalho relatando a obtenção de produtos de
alquilação aromática. Em publicações posteriores, Friedel e Crafts relataram
experimentos que indicavam a relação entre a quantidade de cloreto de metal
adicionada e formação de produto, sendo os primeiros a fazer tal constatação.
Nos experimentos descritos nos diversos trabalhos de Friedel e Crafts, a
alquilação ou acilação de anel aromático é conduzida utilizando o sistema
clássico: substância aromática, haleto de alquila e haleto metálico
2
.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
3
1.1.2 Mecanismo da reação de Friedel-Crafts
O mecanismo tanto da alquilação quanto da acilação de Friedel-Crafts
segue o modelo proposto para as reações de substituição eletrofílica
aromática. Assim, há a formação, na primeira etapa, pela ação de uma espécie
ácida, de uma espécie eletrofílica densamente positiva, ocorrendo na etapa
seguinte o ataque do anel aromático sobre o eletrófilo formado, levando a
quebra da aromaticidade com formação do íon arênio. Na última etapa é
restabelecida a aromaticidade, após a remoção de um próton do íon arênio por
uma base presente no meio (Esquema 3).
H
+
EX
X= Halogênio
E= R,
E
+
+
HX
EX
A.L.
EX
A. L.
E
+
XA.L.
Etapa 1: Formação do eletrófilo
Etapa 2: Ataque do anel aromático sobre o eletrófilo
H
+
E
H E
H E
H E
Etapa 3: Remoção de um próton do íon arênio
H E
A.L.X
E
+
Ác. Lewis
+
HX
Ác. Lewis
Ác. Lewis (A.L.)
R
O
Lenta
Esquema 3: Mecanismo da reação de Friedel-Crafts.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
4
1.1.3 Sistemas Aromáticos
Atualmente, além das substâncias homoaromáticas, são também
utilizadas substâncias heteroaromáticas. Alguns exemplos de sistemas
aromáticos empregados em reações de alquilação de Friedel-Crafts são 1-
naftol (8),
3
anilinas (9,10,11),
4
indol (12) e derivados
5,6,7
furano (15),
8
2-
metoxitiofeno (13)
9
e pirrol (14)
10,11
(Figura 1).
S
OMe
N
Me
N
H
N
H
Indol 2-Metoxitiofeno
Pirrol
O
Furano
OH
N
OMe
Me
OMe
N
8
9
10
11
12
13
14
15
Figura 1: Exemplos de sistemas aromáticos empregados em reações de Friedel-Crafts.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
5
1.1.4 Eletrófilos
Um grande número de diferentes eletrófilos vem sendo utilizado como, por
exemplo, aldeídos α,β-insaturados 16,17,
10,12
cetonas α,β-insaturadas 18,19,
13
2-acil imidazóis insaturados 21,
14,15
cetofosfonatos insaturados 20,
5
epóxidos
22,23,
23,16
glioxilatos 24,
17
iminas 25,
9,18
alcenos eletrodeficientes como
nitroalcenos 26,27,
20,21,22
alquilidenos malonatos 28,
19
α–cetoésteres 29,
24
entre
outros.
Aldeídos α,β-insaturados
Cetonas
α
β
-insatu
r
adas
H
O
O
O
Glioxilato de etila
P
O
O
MeO
OMe
O
N
N
Cetofosfonato insaturado
2 - Acil imidazol
O
O
Epóxidos
NO
2
O
O
O
O
O
N
H
O
O
Imina
O
NO
2
Nitroalcenos conjugados
Cetoéster
O
O
O
O
Cl
Alquilideno malonato
O
O
O
O
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Figura 2: Exemplos de eletrófilos empregados na reação de Friedel-Crafts.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
6
1.1.5 Catalisadores
Os catalisadores utilizados na reação de Friedel-Crafts para a formação
de espécies eletrofílicas são bastante variados, incluindo desde os tradicionais
ácidos de Lewis como os haletos metálicos AlCl
3
, FeCl
3
, BF
3
, ZnCl
2
e TiCl
4
,
ácidos de Brønsted como HF, H
2
SO
4
e H
3
PO
4
, óxidos ácidos como do tipo
sílica-alumina e resinas trocadoras de cátion. No caso dos ácidos de Brønsted,
a formação da espécie eletrofílica é realizada através de protonação do agente
alquilante, formando carga (ou densidade) positiva na substância atacada ou
por formação de ligação de hidrogênio com o agente alquilante, tornando-o
deficiente em elétrons e apto ao ataque pela substância aromática
2
.
1.1.6 Versões Estereosseletivas da Reação de Friedel-Crafts
Existem cinco estratégias para se conduzir sínteses estereosseletivas:
I) A catálise organometálica, onde são utilizados catalisadores formados por
um metal complexado a um ligante orgânico quiral;
II) A catálise orgânica, onde os catalisadores são substâncias orgânicas que
agem pela interação com o substrato por meio de interações secundárias
(ligação de hidrogênio, interações π-π, interações cátion-ânion) ou via
interações covalentes momentâneas de equilíbrio;
III) A biocatálise, onde são empregados microorganismos ou enzimas;
IV) O “chiron approach(chiral synthon approach) que consiste na utilização
de substratos com estereocentros quirais, portanto, já quirais que serão os
responsáveis pela indução da quiralidade. Neste caso diastereoisômeros são
necessariamente formados;
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
7
V) O uso de indutores de quiralidade onde, inicialmente, substâncias quirais
(indutores de quiralidade) são introduzidas covalentemente no substrato aquiral
possuidor de faces pró-quirais, e após a transformação química, o indutor de
quiralidade é retirado da molécula.
A primeira reação de Friedel-Crafts enantiosseletiva foi realizada em
1985 por Bigi e colaboradores,
25
utilizando como catalisador organometálico, o
sistema cloreto de alumínio quiral e (-)-mentil 30 como ligante quiral, na reação
de hidroxialquilação de fenóis com vários tipos de substituição 31 (Erro! Fonte
de referência não encontrada.). Foi necessário o uso de quantidades
estequiométricas deste catalisador para a obtenção de fenóis alquilados 32 em
excessos enantioméricos de até 80%. Quando outros ligantes como (+)-
neomentil e (-)-borneil foram usados, baixos excessos enantioméricos foram
obtidos.
OH
R
1
R
3
R
2
+
OH
R
1
R
2
R
3
CCl
3
HOH
1. cat. 30
Tolueno,15°C
2. H
2
O,NH
4
Cl
Cl
3
C H
O
31
33
32
rend. = 51-97%
ee = 33-80,1%
O
Al
Cl
30
(R)
Esquema 4: Primeira reação de alquilação de Friedel-Crafts catalítica enantiosseletiva em
quantidades estequiométricas.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
8
A regiosseletividade e estereosseletividade da reação foram atribuídas a
um modelo de estado de transição quelado envolvendo o substrato fenólico 31
e o eletrófilo 33, (Figura 3).
R
O
Al
Cl
OL*
O
H
Cl
3
C
Face
re
(-)-mentil
L* =
Figura 3: Modelo de estado de transição quelado e ligante quiral.
O próximo exemplo merece destaque por ser a primeira alquilação de
Friedel-Crafts enantiosseletiva com o uso de quantidades subestequiométricas
tendo um grupo carbonílico como ativador do eletrófilo ao invés dos
eletroatratores halogênios. A reação foi desenvolvida por Erker e van der
Zeijden,
3
em 1990, utilizando 1-Naftol (34) como o nucleófilo aromático e
piruvato de etila (35) como agente alquilante, sendo o catalisador
organometálico um complexo de ZrCl
3
e dibornaciclopentadienila (36)
(5%mol).
Foi obtido um álcool opticamente ativo 37 em 89% de excesso enantiomérico
(ee) e 70% de conversão
3
(Esquema 5).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
9
OH
+
CO
2
Et
O
OH
CO
2
Et
OH
catalisador 36
ee = 89%
convero =70%
34
35
37
ZrCl
3
36
(R)
Esquema 5: Primeira reação de Friedel-Crafts catalítica enantiosseletiva com uso do
catalisador em quantidades subestequiométricas.
A seguir, serão descritos alguns exemplos selecionados de reações de
alquilação de Friedel-Crafts estereosseletivas, divididas de acordo com a
estratégia utilizada para conferir estereosseletividade à reação. Devido à
grande variedade de eletrófilos utilizados (Figura 2) vamos restringir nossos
exemplos a alcenos ativados como eletrófilos, os quais são relacionados aos
nitroalcenos eletrodeficientes, eletrófilos estudados nesta dissertação.
1.1.7 Reação de Friedel-Crafts mediada por Organocatalisadores
A estratégia para a síntese enantiosseletiva via organocatalisadores é a
mais recente dentre as outras disponíveis e vem sendo intensamente estudada
na literatura.
45
Selecionamos dois relatos dentre vários disponíveis. Chen e
colaboradores,
13
em 2007, relataram a reação de alquilação de vários indóis
substituídos 38 e cetonas α,β-insaturadas 39, utilizando aminas primárias
quirais como catalisador na presença de aditivo ácido. A estereosseletividade é
induzida pela formação de um intermediário imínio quiral, por ligação covalente
de equilíbrio (momentânea), fornecendo os adutos em excessos
enantioméricos (e.e.) moderados a altos (47 – 89% ee), (Esquema-Tabela 1).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
10
N
H
R
R
1
+
R
2
R
3
O
30 mol% Amina
60 mol CF
3
SO
3
H%
DCM/i-PrOH
N
H
R
R
1
R
3
O
R
2
ee= 47-89%
38
39
N
N
NH
2
Amina primária empregada
R R
1
R
2
R
3
Temp. (°C) /
tempo (dias)
Rend.(%) e.e. (%)
H OMe p-Cl-Ph CH
3
0/2 99 70
CH
3
H i-Pr CH
3
-20/6 78 82
H OMe Ph C
3
H
7
0/5 78 87
H OMe Ph C
2
H
5
0/3 91 85
H OMe p-MeO-Ph CH
3
0/7 93 47
H OMe 2-tienila CH
3
0/7 83 50
Esquema-Tabela 1: Reações de indóis substituídos e cetonas α,β-insaturadas mediadas por
catalisadores orgânicos.
Num outro exemplo, Herrera e colaboradores,
21
em 2005, relataram
alquilações de Friedel-Crafts com excesso enantiomérico variando entre 71–
89%. Assim, indóis substituídos 40 reagiram com nitroalcenos conjugados 41
sob catálise da tiouréia quiral 42, (Esquema-Tabela 2). Essas uréias agem de
modo bifuncional, fazendo ligação de hidrogênio com os oxigênios do grupo
nitro (ativando o agente alquilante) e com o hidrogênio ligado ao nitrogênio do
anel indólico, direcionando o ataque à face si do nitroalceno, como mostrado no
modelo de estado de transição mostrado na Figura 4.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
11
N
H
R
R
1
+
R
3
NO
2
tiouréia 42, 20 mol %
CH
2
Cl
2
-24°C, 72h
N
H
R
R
1
NO
2
R
3
N
H
N
H
OH
CF
3
F
3
C
S
+
Tiouréia utilizada 42
40
41
Ent. R
1
R
2
R
3
Rend. (%) e.e. (%)
1 H H Ph 78 85
2 H OMe Ph 86 89
3 H H n-pentil 76 83
4 H H 2-furil 88 73
Esquema-Tabela 2: Alquilação de indol por nitroalceno catalisada por tiouréia quiral.
N N
CF
3
CF
3
S
O
H
H
HH
N
H
N
Ph
OO
R
R
1
Figura 4: Proposta de modelo de estado de transição da reação
de alquilação entre 40 e 41 catalisada pela tiouréia 42.
Um outro exemplo é relatado no trabalho de Ganesh e Seidel,
20
sendo a
reação enantiosseletiva entre indóis substituídos 43 e nitroalcenos conjugados
44, mediada por catalisador orgânico composto tioamida quinolínio 45
(Esquema-Tabela 3).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
12
N
H
+
R
2
NO
2
43
44
45
46
R
2
NO
2
NH
R
1
R
1
HO
N
H
HN
S
BArF
24
CHCl
3
,0°C,
tempos reacionais
Rend.: 80-96%
e.e.: 90-98%
BArF
24
=
BO
O
O
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
Entrada R
1
R
2
Tempo (h) Rend. (%) e.e. (%)
1 H Ph 10 92 94
2 5-MeO Ph 36 84 98
3 5-Br Ph 16 96 95
4 H 2-Naftil 8 91 97
5 H CH(CH
3
)
2
90 92 94
6 H CO
2
Et 16 80 95
Esquema-Tabela 3: Alquilação enantiosseletiva de indóis substituídos por nitroalcenos
conjugados mediada por catalisador orgânico tioamida quinolínio 45.
Nestas reações, foram obtidos altos rendimentos e excessos
enantioméricos (80-96% e 90-98%, respectivamente), tendo sido testados
como solvente, além de clorofórmio, diclorometano, tetraidrofurano, tolueno,
entre outros, tendo sido encontrados os melhores resultados quando
clorofórmio foi empregado.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
13
Adicionalmente, no trabalho de Paras e MacMillan
10
a mistura de
solventes THF/H
2
O foi empregada na proporção 1:1, em alquilações de
aldeídos α,β-insaturados 47 a N-metil pirrol 48, mediadas por catalisador
orgânico, o sal de benzil imidazolidinona 49 (Esquema-Tabela 4).
N
Me
+
R
O
20 mol% 117
THF-H
2
O
N
Me
O
R
Rend.: 68-87%
e.e.: 89-97%
47
48
50
N
H
N
O
Bn
Me
Me
Me
S
O
O
OHF
3
C
.
49
Entrada R Temp. (°C) Tempo (h) Rend. (%) e.e.(%)
1 Me -60 72 83 91
2 Pr -50 72 81 90
3 i-Pr -50 72 80 91
4 Ph -30 42 87 93
5 4-MeOPh -30 104 79 91
Esquema-Tabela 4: Alquilação enantiosseletiva de aldeídos α,β-insaturados a N-metil pirrol
mediada por organocatalisador em THF-H
2
O.
Os autores propuseram a formação de um íon iminío pela reação entre o
aldeído α,β-insaturado e a benzil imidazolidinona, sendo o ataque a essa
espécie direcionado à face Si (Esquema 6).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
14
N
N
O
Me
Me
Me
Ph
H
Me
NH
Si
Esquema 6: Modelo de estado de transição proposto para
a alquilação de aldeídos α, β-insaturados a N-metilpirrol.
1.1.8 Catálise Organometálica.
Bandini e colaboradores
7
relataram alquilações de Friedel-Crafts de
cetonas α,β–insaturadas 51 em indóis substituídos 52 sob ação do catalisador
quiral (R,R)-[Al(salen)Cl], complexado com aditivo amina (2,6-dimetilpiridina)
53, Figura 5, tornando o catalisador mais deficiente em elétrons e aumentando
o rendimento e excesso enantiomérico da reação, obtendo rendimentos
químicos e excesso enantiomérico de até 98% e 89%, respectivamente. Veja
Esquema-Tabela 5.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
15
Ar Me
O
+
N
H
R
R'
R'
N
H
R
O
Me
Complexo ácido
53
Ar
51
52
Ent. Ar R R’ Rend. (%) e.e. (%)
1 C
6
F
5
Me H 90 88
2 p-FC
6
H
4
Me H 96 76
3 p-BrC
6
H
4
Me H 92 78
4 p-ClC
6
H
4
Me H 98 80
Esquema-Tabela 5: Alquilação de Friedel-Crafts de derivados indólicos com cetonas
insaturadas.
N N
O O
Al
N
Cl
53
Figura 5: Complexo catalisador 53.
Liu e colaboradores
8
relataram alquilações de Friedel-Crafts de
nitroalcenos conjugados 54 a 2-metoxifurano (55) sob ação catalítica de
complexo bis(oxazolina)- Zn(OTf)
2
56
.
Os adutos de Friedel-Crafts 57 foram
obtidos em médios a altos rendimentos químicos (49-86%) e ee de moderados
a altos (62-96%), (Esquema 7).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
16
O
MeO
+
NO
2
R
O
MeO
NO
2
R
10 mol% cat.
N
H
ON NO
Ph
Ph
Ph Ph
Ligante quiral
Zn(OTf)
2
55
54
56
57
(S)
Esquema 7: Alquilação de Friedel-Crafts entre nitroalcenos conjugados e 2-metoxifurano sob
ação metalocatalítica de complexo bis (oxazolina)-Zn(OTf)
2
.
No trabalho de Lu e colaboradores
46
diversos nitroalcenos conjugados
58 foram empregados como eletrófilos em reações de alquilação de Friedel-
Crafts com indóis substituídos 59, na presença de catalisador organometálico
constituído por bis(oxazolina) complexada com triflato de zinco 60, sendo
obtidos adutos de Friedel-Crafts 61 em 85-99% de rendimento e 77-98% de
excesso enantiomérico (Esquema-Tabela 6).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
17
N
R
2
R
1
R
3
NO
2
+
5mol% L*/Zn(OTf)
2
Tolueno, -2C, 15h
N
R
2
R
1
R
3
NO
2
85-99% Rend.
e.e.77-98%
N
H
ON NO
Ph PhPh Ph
L* =
59
58
60
61
(R)
Entrada R
1
R
2
R
3
Rend. (%) e.e. (%)
1 H H Ph 99 94
2 MeO H Ph 96 98
3 H Me Ph 93 90
4 H H CH
3
(CH
2
)
2
91 92
5 H H Ph(CH
2
)
2
88 93
Esquema-Tabela 6: Alquilação de Friedel-Crafts enantiosseletiva de indóis substituídos a
nitroalcenos conjugados mediada por catalisador organometálico em tolueno.
Neste trabalho, foram realizadas reações-teste entre indol e β-
nitroestireno em que foram utilizados além de tolueno, solventes como
diclorometano, 1,2-dicloroetano, tetraidrofurano, e hexano. Foi proposto um
modelo de estado de transição para justificar a enantiosseletividade obtida para
os adutos de Friedel-Crafts (Figura 6).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
18
Figura 6: Modelo de estado de transição proposto para alquilação de indóis catalisadas pelo
catalisador organometálico 60.
Já no trabalho de Johannsen
47
THF foi utilizado como solvente em
reações de alquilação de Friedel-Crafts entre indóis substituídos 62 e a
tosilimina 63, mediadas pelo catalisador organometálico 64 (Esquema-Tabela
7).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
19
N
R
+
N
EtO
2
C
Ts
CuPF
6
Tol-BINAP
THF
N
H
R
CO
2
Et
TsHN
*
62
63
64
65
H
P
P
Tol-BINAP =
Entrada Cat. (mol%) R Temp. (°C) Rend. (%) e.e. (%)
1 1 H -78 89 >99
2 5 OMe -78 89 >99
3 5 CO
2
Me -40 67 >98
4 5 Br -10 75 >98
Esquema-Tabela 7: Alquilações de Friedel-Crafts entre indóis substituídos e tosilimina
mediadas por catalisador organometálico.
Nestas reações, foram obtidos os adutos de Friedel-Crafts 65 em bons
rendimentos (67-89%) e excelentes excessos enantioméricos (98-99%).
1.1.9 Reação de Friedel-Crafts mediada por indutores de quiralidade
Relatos de reações de Friedel-Crafts utilizando indutores de quiralidade
são escassos na literatura. Uma detalhada pesquisa, somente nos permitiu
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
20
encontrar um único exemplo.
Török e colaboradores
26
relataram, em 2008, a
aminoalquilação de indóis e pirróis substituídos utilizando como eletrófilos os
enantiômeros (R) ou (S) da imina derivada do trifluoropiruvato de etila com a
(R) ou (S)-feniletilamina ((R) ou (S)-PEA), gerando o α-metilbenzil-3,3,3-
trifluoro-piruvato (66) em reação catalisada pelo fortíssimo ácido tríflico (67).
Foram obtidos ambos os enantiômeros dos ésteres 3,3,3-trifluoro-2-(Indolil-3-
il)-2-amino-propiônicos (68). Os rendimentos variaram entre 73-90% e os
excessos enantioméricos entre 60-97% no caso de utilização de indóis (69)
como nucleófilos. Já quando pirrol foi utilizado como nucleófilo aromático, 84-
97% de ee e 72-82% de rendimento foi obtido (Esquema 8).
N
R
2
R
1
R
3
Imina (R) ou (S)
1) TfOH
2) H
2
/Pd(OH)
2
N
R
2
R
1
R
3
COOEt
NH
2
F
3
C
ou
N
R
2
R
1
R
3
COOEt
CF
3
H
2
N
ee=60-97%
rend.=73-90%
F
3
C COOEt
N
Ph
CH
3
+
69
66
67
68
Esquema 8: Alquilação de Friedel-Crafts enantiosseletiva utilizando iminas quirais.
Entre os diferentes tipos de eletrófilos empregados atualmente em
reações de alquilação de Friedel-Crafts estereosseletivas os nitroalcenos
conjugados são os mais estudados e em função disso serão abordados mais
detalhadamente a seguir.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
21
1.2 Nitroalcenos
1.2.1 Reatividade Química
Os nitroalcenos conjugados são substâncias que apresentam reatividade
diferenciada dos alcenos não-conjugados. A presença do grupo nitro (NO
2
),
fortemente elétron-retirador, conjugado a uma ligação dupla torna o carbono β
bastante eletrofílico, devido a efeitos indutivos e de ressonância (Esquema 9).
R
N
O
O
R
N
O
O
β
α
Esquema 9: Híbridos de ressonância de nitroalcenos conjugados
Em virtude da eletrodeficiência do carbono β, os nitroalcenos
conjugados desempenham a função de aceptores de Michael em reações de
adição conjugada
27
(também conhecidas como reações de Michael) e
eletrófilos (agentes alquilantes) em
alquilações de Friedel-Crafts
28
, nitroalcenos
conjugados podem ainda ser submetidos a reações de Diels-Alder, sendo
heterodienos
ou dienófilos, entre outras.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
22
1.2.2 Atividade Biológica
A atividade biológica de nitroalcenos é pouco relatada na literatura.
Alguns exemplos são mostrados na Figura 7.
HN S
NO
2
N N
S
O
2
N
H
H
O
N
NO
2
H
N
Ts
O
Ranitidina
2-(nitrometileno)-1,3-tiazinana
Inseticida
Tratamento de úlcera e gastrite
70
71
Antitumoral
72
Figura 7: Nitrocompostos com atividade biológica
A substância 71, obtida através de reação de Morita-Baylis-Hillman entre
um nitroalceno conjugado e tosilimina, apresentou atividade inibitória sobre
células de câncer de cervical humanas, produzindo inibição de 40% na
proliferação dessas células em uma concentração de 5 μM.
31
O medicamento
ranitidina 70 atua como inibidor do receptor H
2
e é indicado para o tratamento
de úlcera e gastrite. Já a substância 2-(nitrometileno)-1,3-tiazinana (72) é
utilizada como inseticida.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
23
1.2.3 Métodos de Preparação Nitroalcenos Conjugados:
A síntese de nitroalcenos eletrodeficientes é realizada mais comumente
por meio de reação de Henry (nitroaldol), na qual uma substância carbonilada
(aldeídos ou cetonas), reage com um nitroalcano, na presença de uma base,
seguida de desidratação do 2-nitroálcool resultante
42
(Esquema 10).
R
2
R
3
O
H
CNO
2
+
H
B
C
R
1
BH
B
R
3
NO
2
R
2
Reação de Henry
Desidratação do 2-Nitrlcool
R
1
H
NO
2
R
3
NO
2
R
2
O
R
1
R
3
NO
2
R
2
OH
R
1
R
3
NO
2
R
2
OR
H R
1
R
1
H
Esquema 10: Síntese de nitroalcenos conjugados (Formação de nitroálcool seguida de
eliminação)
Na etapa de desidratação geralmente há a necessidade de se ativar a
hidroxila do 2-nitroálcool, tornando-a, desta maneira, um melhor grupo de
saída. Os reagentes utilizados para tal ativação são o anidrido ftálico, cloreto
de mesila, diciclohexilcarbodiimida (DCC), anidrido acético, entre outros.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
24
A ativação da hidroxila utilizando cloreto de mesila e em seguida
trietilamina para a eliminação foi primeiramente realizada por McMurry em
1975. Foram obtidos nitroalcenos em rendimentos moderados (67-80%) e
devido à polimerização, baixo rendimento (30%), quando 1-nitropropeno foi
sintetizado.
31
Diferentemente das metodologias comumente empregadas para a
síntese de nitroalcenos, na metodologia empregada por Sreekumar e
colaboradores em 1998
32
, diversos nitroalcenos foram sintetizados por meio de
reação entre alcenos e óxido nítrico na presença de zeólita, sob condições
reacionais brandas (Esquema-Tabela 8).
R
NO (1atm)
CCl
4
,2h
HY-Zeólita,75°C
R
NO
2
Entrada
Alceno
Nitroalceno
Rendimento
(%)
1
NO
2
78
2
NO
2
80
3
NO
2
79
4
NO
2
81
Esquema-Tabela 8: Síntese de nitroalcenos conjugados a partir de alcenos
Foi relatado que os produtos foram obtidos em bons rendimentos
químicos, utilizando condições reacionais brandas, em curto tempo reacional,
além de isolamento facilitado, o catalisador poderia ser recuperado e
reutilizado. Devido aos bons resultados encontrados, esta metodologia mostra-
se útil para a síntese de nitroalcenos.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
25
1.3 Nitroalcanos
1.3.1 Características Estruturais
Nitroalcanos são substâncias que apresentam hidrogênios α ao grupo
nitro fortemente ácidos, com pKa variando de 7,8 a 10 em água. A razão para o
baixo pka justifica-se pelo acentuado efeito eletroatrator e de ressonância
exercido pelo grupo nitro que estabiliza a base conjugada, formada pela
retirada do hidrogênio acídico por uma espécie básica (Esquema 11).
CR NO
2
B
H
H
CR N
H
O
O
CR N
H
O
O
Formas canônicas de ressonância do íon nitronato
α
Esquema 11: Formação de ânion nitronato pela retirada de próton do nitroalcano por uma
base
Uma característica adicional e de grande importância dos nitroalcanos é
a possível interconversão direta do grupo nitro em diversas funcionalidades,
como por exemplo, aldeídos 73, cetonas 74 e ácidos carboxílicos 75, por meio
de reação de Nef
33
, óxidos de nitrila 76, hidroxilaminas, aminas 77, nitrilas,
oximas 78 por oxidação, produtos de desnitração 79, entre outras (Figura 8).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
26
R
1
R
2
R
3
O
R
1
R
2
NH
2
R
3
R
1
R
2
HR
3
CNO
R
1
R
2
R
1
R
2
R
3
N
OH
R
1
OH
R
2
O
R
1
H
R
2
O
R
1
R
2
NO
2
R
3
73
74
79
76
78
77
75
R
2
=H
R
2
=H
Figura 8: Transformações químicas do grupo nitro
1.3.2 Atividade biológica
Existem poucos exemplos de nitroalcanos que apresentam atividade
biológica. Alguns exemplos são mostrados na figura a seguir:
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
27
HO NO
2
O
Ácido 3-nitropropanóico -
veneno de plantas e fungos
O
HOH
2
C
O NO
2
HO
HO
OH
Miserotoxina - Encontrada em plantas do gênero
Stragulus, causa envenenamento de animais
N
N
N
N
H
N
N
O
2
N
Azatioprina - Fármaco imunossupressivo
Figura 9: Nitroalcanos que apresentam atividade biológica.
1.3.3 Síntese de nitroalcanos
Nitroalcanos são sintetizados industrialmente em fase gasosa desde 1940,
sendo obtidas substâncias de baixo peso molecular como nitrometano,
nitroetano, 1-nitropropano, 2-nitropropano, entre outros. Este método mostra-se
útil para a síntese destes nitroalcanos, mas não é prático para a aplicação em
laboratório por ser realizado em altas temperaturas (400°C)
34
.
Existem diversas metodologias que possibilitam a obtenção de nitroalcanos
80 a partir de haletos de alquila
35
81, nitroalcenos
36
82, aminas
37
83, alcenos,
oximas
38
84, entre outras funções químicas (Figura 10).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
28
RNO
2
RX
X= I,Br
IRA 900-NO
2
Benzeno,t.a.
80
81
R
NO
2
82
1)NaBH
4
,EtOH,15',C
2) MeOH,resina ácída
RNH
2
83
lica gel,O
3
-78°C
C
H
N
OH
84
Uréia-H
2
O
2
,
(CF
3
CO)
2
O,
MeCN,C
R
Figura 10: Metodologias para síntese de nitroalcanos
1.4 Derivados Indólicos
Anéis indólicos estão presentes em inúmeros produtos naturais e
substâncias que apresentam atividade biológica.
39
A ocorrência em produtos
naturais está relacionada aos alcalóides indólicos, que englobam
aproximadamente 2000 componentes. Tais substâncias apresentam grande
importância econômica devido a suas atividades farmacológicas.
39
Alguns
exemplos são mostrados na Figura 11.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
29
N
HN
O
N
CH
3
H
H
N
O
O
N
O
H
R
OH
H
N
H
Anel Indólico
Ergotamina, R=Benzila
85
O O
OCH
3
OCH
3
H
3
CO
OCH
3
H
3
CO
O
N
H
H
H
N
H
H
3
CO
Reserpina
86
N
H
N
H
H
H
H
3
CO
Ibogaína
87
N
H
N
CH
3
H
3
CO
Harmina 88
Figura 11: Derivados indólicos biologicamente ativos.
O alcalóide ergotamina 85 é produzido pelo fungo Claviceps purpurea,
conhecido como ergô, que é um parasita de diversos cereais, sendo o esporão-
de-centeio, o mais susceptível. A ergotamina é um importante fármaco contra a
enxaqueca. A reserpina 86 é encontrada na planta rauvólfia, Rauwolfia
serpentina (L.) e age como anti-hipertensivo A ibogaína 87, presente em
Tabernanthe iboga, tem mostrado, em testes com animais, resultados
promissores no tratamento de dependência de drogas. Já o alcalóide harmina
88, encontrada em plantas de espécies de Banisteriopsis, como Banisteriopsis
inebrians, possui atividade alucinógena e está entre as plantas utilizadas em
rituais pelos índios da Amazônia.
Em virtude das atividades biológicas apresentadas por substâncias
possuidoras de anéis indólicos como os alcalóides exemplificados, torna-se
relevante estudar-se a síntese de novos derivados indólicos, substâncias com
potenciais atividades farmacológicas.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
30
2 OBJETIVO
O objetivo desta dissertação é estudar a reatividade e
diastereosseletividade de nitroalcenos conjugados oriundos de L-aminoácidos
naturais com diversos nucleófilos aromáticos em reações de alquilação de
Friedel-Crafts via metodologia “chiron approach” (Esquema 12).
R
OH
NH
2
O
R=CH
3
(89a)
(CH
3
)
2
CHCH
2
(89b);
CH
2
Ph (89c)
R
NBn
2
NO
2
R
NBn
2
NO
2
Ar
Ar = Substância
Aromática
Nucleófilos
Aromáticos
90 a-c
91
Ácido de Lewis
Esquema 12: Síntese de adutos de Friedel-Crafts.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
31
3 ESTRATÉGIA SINTÉTICA
A estratégia sintética imaginada para obtenção estereosseletiva de adutos de
Friedel-Crafts utilizando nitroalcenos quirais não-racêmicos como eletrófilos é
mostrada no esquema a seguir (Esquema 13).
NO
2
NBn
2
Ar
NBn
2
Ar
NO
2
NO
2
NBn
2
Ar
R NO
2
NBn
2
R
OH
NH
2
O
Diversos
Aromáticos
92
93
94
90 a-c
R=CH
3
(89a) L-alanina
(CH
3
)
2
CHCH
2
(89b) L-leucina
CH
2
C
6
H
5
(89c) L-fenilalanina
R
NO
2
NBn
2
OH
R
O
NBn
2
R
OH
NBn
2
R
OBn
NBn
2
107 a-c
97 a-c
96 a-c
95 a-c
O
Alquilação de F-C
Esquema 13: Retroanálise para obtenção de 92-94.
Os adutos 92-94 poderiam ser obtidos por meio de reações de
alquilação de Friedel-Crafts, catalisadas por ácido de Lewis, entre os
nitroalcenos 90 a-c, respectivamente e substâncias aromáticas. Por sua vez os
nitroalcenos seriam sintetizados pela reação de eliminação sofrida pelos
nitroálcoois 107 a-c. Os nitroálcoois, por sua vez, seriam obtidos por meio de
reação nitroaldólica entre os aldeídos 97 a-c e nitrometano. Sequencialmente,
os aldeídos 97 a-c seriam sintetizados por meio de reação de oxidação de
Swern dos álcoois 96 a-c. Os álcoois seriam obtidos por meio de reação de
redução dos ésteres 95 a-c e, por fim, os ésteres seriam sintetizados por meio
de reação de perbenzilação dos L-aminoácidos naturais alanina (89a), leucina
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
32
(89b) e fenilalanina (89c) sendo esta rota de 5 etapas, já realizada em
trabalhos anteriores de nosso grupo de pesquisa.
40
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o planejamento sintético imaginado, inicialmente foram
sintetizados os nitroalcenos 90 a-c, sendo estes os eletrófilos quirais
requeridos para as reações de alquilação de Friedel-Crafts, alvo de estudo
desta dissertação. A síntese destes eletrófilos foi realizada por meio de rota de
cinco etapas que será detalhada a seguir.
4.1 Síntese dos nitroalcenos 90 a-c:
Os nitroalcenos 90 a-c foram obtidos de maneira análoga, por meio de
rota inédita, desenvolvida em nosso grupo de pesquisa
40
.
Assim, os (L)-aminoácidos naturais alanina, leucina e fenilalanina foram
perbenzilados pela utilização de BnBr e K
2
CO
3
sob refluxo por 16h, fornecendo
os ésteres 95 a-c em rendimentos entre 85-90%, sendo também produzido
álcool benzílico como subproduto. Os ésteres desejados, líquidos amarelos
viscosos, foram facilmente purificados por cromatografia em coluna de gel de
sílica devido à grande diferença entre os fatores de retenção do éster e álcool
benzílico. Os ésteres 95 a-c foram então reduzidos pela ação de hidreto de lítio
e alumínio em THF, sob refluxo por 24h, fornecendo os correspondentes
alcoóis 96 a-c, como um sólido amarelo no caso do éster proveniente da
alanina e branco no caso da fenilalanina. Já um líquido viscoso amarelo foi
formado a partir do éster oriundo da leucina, em rendimentos de 85-87%. Nesta
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
33
reação, também foi produzido como subproduto álcool benzílico, sendo a
purificação efetuada por meio de destilação a pressão reduzida, com aparelho
de Kugelrohr, veja Esquema 14.
R
OH
NH
2
O
BnBr
K
2
CO
3
EtOH:H
2
O5:1
Δ
,16h
R
O
N
O
R
N
OH
LiAlH
4
THF
seco
Δ
,24h
95a - (90%)
95b - (86%)
95c - (85%)
R=CH
3
(89a);
(CH
3
)
2
CHCH
2
(89b);
CH
2
Ph (89c)
96a - 87%
96b - 85%
96c - 85%
Esquema 14: Síntese dos ésteres 95a-c e dos álcoois 96a-c
Os álcoois 96 a-c foram submetidos à oxidação utilizando-se o protocolo
da reação de Swern. Os correspondentes aldeídos 97 a-c foram obtidos em 96-
97% de rendimento com elevada pureza, constatada por espectro de RMN
13
C,
e foram submetidos a próxima reação sem qualquer purificação. Uma rápida
purificação em coluna de gel de sílica pode também ser efetuada sem
degradação significativa (Esquema 15).
R
N
OH
R
N
O
1) DCM
seco
, (COCl)
2,
-78°C, DMSO ,10'
depois 96 a-c em DCM,30'
TEA, -7C-t.a.
96a - 87%
96b - 85%
96c - 85%
97a - 96%
97b - 97%
97c - 96%
Esquema 15: Síntese dos aldeídos 97a-c a partir de 96a-c.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
34
A reação de Swern consiste na utilização de DMSO (dimetilsulfóxido),
cloreto de oxalila (ativador) e trietilamina como base
41
(Esquema 16).
S
O
S
O
Cl
Cl
O
O
Cl
Cl
O
OO
S
Cl
O
O
O
S
Cl
S
Cl
+
CO
2
+
CO
Cloreto de dimetilclorosulfônio
Cl
S
Cl
R
OH
NBn
2
R
O
NBn
2
S
H
Cl
R
O
NBn
2
S
C
N
H
H H
R
O
NBn
2
S
CH
2
H
R
O
NBn
2
S
+
98
99
100
101
96
102
102
103
104
105
97
106
Esquema 16: Mecanismo da oxidação de Swern.
Inicialmente é gerado in situ o cloreto do íon dimetilclorosulfônio 102,
que em seguida reage com o álcool que se deseja oxidar, 96, sendo a etapa
final da reação, a desprotonação intramolecular, 105, fornecendo a substância
carbonilada 97.
A oxidação dos álcoois 96a-c pelo protocolo de Swern evita a utilização
de metais tóxicos como o cromo.
52
Esta reação permite a obtenção de
aldeídos, quando são utilizados alcoóis primários, sem sobre-oxidação a ácidos
carboxílicos. Cetonas são produzidas se alcoóis secundários são empregados.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
35
O procedimento deve ser realizado a temperaturas próximas de -78°C, do
contrário, tioacetais também são produzidos (Esquema 17).
R
O
NH
2
S
CH
2
H
R
O
NH
2
H
S
Esquema 17: Formação de subproduto da reação de Swern.
Os aldeídos obtidos desta maneira foram, em seguida, submetidos à
reação de Henry ou nitroaldólica, sendo sintetizados os nitroálcoois 107a-c, em
rendimentos que variaram de 90-95% e uma razão diastereoisomérica anti:sin
de 9:1; 5,3:1 e 13,3:1, respectivamente. Entretanto, a razoável
diastereosseletividade anti:sin obtida seria destruída na etapa subseqüente de
eliminação. Nesta reação, fluoreto de tetrabutilamônio (TBAF) foi utilizado
como base para a formação do ânion nitronato, requerido para a reação
42
(Esquema 18).
R
O
NBn
2
THF
0,4 Eq. TBAF
C, 30'
R
NBn
2
NO
2
OH
97a-c
107a- 95%
107b - 91%
107c- 90%
anti + sin
1Eq.CH
3
NO
2
Esquema 18: Síntese dos nitroálcoois 107a-c.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
36
Esta reação é iniciada pela acepção de um próton acídico do nitroalcano
(nitrometano, 108) pelo TBAF 109, formando o íon nitronato 110, estabilizado
por ressonância. Este íon ataca a carbonila do aldeído, sendo a última etapa do
mecanismo a regeneração da base pela acepção do hidrogênio pelo íon
alcóxido 111 gerado (Esquema 19).
C
H
H
H NO
2
F
N C
H
H N
O
O
C
H
H N
O
O
C
H
H N
O
O
R
O
NBn
2
R
NBn
2
OH
NO
2
Íon nitronato
108
109
110
97a-c
107a-c
R
NBn
2
O
NO
2
111
+HF
HF
+TBAF
Esquema 19: Mecanismo da reação nitroaldólica.
A última etapa para a obtenção dos nitroalcenos 90 a-c foi realizada por
meio da ativação da hidroxila dos nitroálcoois com cloreto de mesila aos
correspondentes sulfonatos de alquila, seguido de eliminação. Os nitroalcenos
foram obtidos em rendimentos que variaram de 90-95% e com a ligação dupla
possuindo estereoquímica relativa E (Esquema 20).
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
37
107a-c
R
NBn
2
NO
2
OH
R
NBn
2
NO
2
90a- 90%
90b- 95%
90c- 95%
DCM,MsCl,15'
82a-c,40', -78°C
Et
3
N, 20'
Esquema 20: Síntese dos nitroalcenos 90 a-c.
Esta metodologia é a mais usual para a síntese de nitroalcenos, tendo
sido desenvolvida por McMurry
31
(Esquema 21).
R
NBn
2
NO
2
OH
H
3
CS
O
O
Cl
R
NBn
2
NO
2
O
H S
O
O
CH
3
H H
N
R
NBn
2
NO
2
107a-c
112
113
114
90a-c
Esquema 21: Mecanismo da síntese dos nitroalcenos 90a-c.
As estruturas dos nitroalcenos 90a-c foram elucidadas com base nos
espectros de infravermelho (IV), ressonância magnética de hidrogênio e
carbono 13. No espectro de IV (Espectro 29, pág.97) foram observadas bandas
intensas em 1350 cm
-1
e em 1526 cm
-1
, características do grupo nitro. Além
disso, foi observada a presença de banda em 1670 cm
-1
, característica de
alcenos com estereoquímica E. As bandas em 1454 cm
-1
, característica de
ligação C-O e 3444 cm
-1
característica de ligação O-H que anteriormente
estavam presentes no espectro de infravermelho dos nitroálcoois 107a-c não
foram observadas neste espectro. No espectro de RMN
1
H (Espectro 30,
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
38
pág.98) foram observados sinais em 6,8 e 7,0 ppm, correspondendo aos
hidrogênios da ligação dupla α e β, ao grupo nitro, respectivamente, possuindo
constante de acoplamento de 13,4 Hz, característico de ligação dupla E. Os
sinais em 4,1 e 4,3 ppm correspondentes aos hidrogênios do metileno α-nitro
dos nitroálcoois 107a-c não foram observados nos espectros de RMN
1
H dos
nitroalcenos 90a-c. Por fim, nos espectros de RMN
13
C (Espectro 31, pág.99)
foram observados sinais em 144 e 140 ppm relativos aos carbonos da ligação
dupla. Os sinais do carbono metilênico dos nitroálcoois 107a-c em 80,1 ppm e
do carbono β-nitro em 69,5 ppm estão ausentes dos espectros dos nitroalcenos
90a-c.
4.2 Substituições Eletrofílicas Aromáticas aos nitroalcenos
90a-c
4.2.1 Reações-teste
Primeiramente foram realizadas reações-teste entre o nitroalceno
conjugado β-Nitroestireno 115 e indol 116 como nucleófilo aromático, utilizando
diferentes solventes e ácidos de Lewis, com o intuito de estabelecer a melhor
condição de reatividade dos nitroalcenos conjugados quirais.
A escolha dos solventes utilizados para as reações-teste foi baseada em
dados da literatura,
46,47
veja seções 1.1.7 e 1.1.8. No Esquema-Tabela 9, são
mostrados os resultados obtidos.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
39
NO
2
+
N
H
NO
2
NH
A.L. 0,1 Eq., solvente
t.a., 24h
115
116
117
Entrada Solvente Ácido de Lewis Rendimento de 117 (%)
1 CHCl
3
Zn(OTf)
2
55
2 CHCl
3
Yb(OTf)
3
63
3 CHCl
3
LiClO
4
40,5
4 THF Zn(OTf)
2
32
5 THF/H
2
O 4:1 Yb(OTf)
3
65
6 Tolueno Yb(OTf)
3
23
Esquema-Tabela 9: Reações-teste entre β-Nitroestireno e indol usando diferentes ácidos
de Lewis e solventes.
O uso de THF e tolueno (entradas 4 e 6) levou à formação do produto
desejado, porém, em baixos rendimentos. As melhores condições observadas
para a reação teste foi, Yb(OTf)
3
em THF/H
2
O 4:1 ou em CHCl
3
(entradas 1-
3,5). A partir deste resultado, outros nucleófilos aromáticos (Figura 12),
foram submetidos a reações com β-Nitroestireno 115, Yb(OTf)
3
em clorofórmio,
primeiramente à temperatura ambiente por 48h e em seguida, aquecimento a
70°C por 10h.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
40
I
I
OH
OMe
OH
OH
N
H
Iodobenzeno
o-Iodofenol
Metoxibenzeno
Hidroquinona
Indol
118
119
120
121
116
Figura 12: Nucleófilos aromáticos testados em reação com
β-Nitroestireno.
Nessas reações-teste com os nucleófilos homoaromáticos ativados 118-121,
para a substituição eletrofílica aromática (S.E.A.) mostrados na
Figura 12, não houve formação dos adutos de Friedel-Crafts
correspondentes, provavelmente devido ao fato de que o ataque ao β-
nitroestireno causaria a quebra da aromaticidade do anel benzênico bastante
estável. (energia de ressonância 152 KJ/mol). Por outro lado, quando o anel
indólico é empregado o ataque aos eletrófilos, se dá pelo mais reativo anel
pirrólico ao invés do anel benzênico. Após estes resultados preliminares, as
melhores condições reacionais encontradas (Indol como nucleófilo aromático,
Yb(OTf)
3
e Zn(OTf)
2
como ácidos de Lewis e clorofórmio e THF/H
2
O como
solventes), foram aplicadas a reações de alquilação de Friedel-Crafts com os
nitroalcenos conjugados quirais 90a-c. Os resultados são mostrados no
Esquema-Tabela 10.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
41
4.2.2 Alquilações de Friedel-Crafts aos Nitroalcenos 90a-c.
R= CH
3
,(CH
3
)
2
CH, Ph
NO
2
NBn
2
NO
2
Bn
2
N
H
R NO
2
NBn
2
NH
A.L.,solvente,
Temp., tempo
90c
90b
124
123
NO
2
Bn
2
90a
122
Exp. Nitroalceno Solvente A.L. Rend. (%) e.d. (%)
1
122
CHCl
3
Zn(OTf)
2
40 98
2
123
CHCl
3
Zn(OTf)
2
45 98
3
123
CHCl
3
Yb(OTf)
3
50 98
4
124
CHCl
3
Yb(OTf)
3
55 98
5
124
CHCl
3
Zn(OTf)
2
50 98
6
124
THF/H
2
O Yb(OTf)
3
- -
Esquema-Tabela 10: Rendimentos e estereosseletividades dos produtos de alquilação
de Friedel-Crafts 122-124.
Os ácidos de Lewis foram empregados em quantidade catalítica (0,15
equiv.), e a reação se processou primeiramente à temperatura ambiente por
48h e, como não foi observada formação de produto por cromatografia em
camada de gel de sílica, aquecimento a 70°C por 10 h.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
42
Os rendimentos químicos dos produtos purificados foram similares (40-
55%), independentemente do ácido de Lewis utilizado quando CHCl
3
foi
utilizado como solvente (entradas 1-5). Diferentemente, o uso de THF/H
2
O
como solvente não levou a formação de produto (entrada 6). Os adutos de
Friedel-Crafts 122-124 foram obtidos como líquidos viscosos amarelados em
alta diastereosseletividade, (e.d=100% ±2), medida através de análise dos
espectros de RMN
13
C. Uma análise dos espectros de 122-124 mostra que não
há duplicação dos sinais indicando, assim, a presença de somente um
diastereoisômero (páginas 128, 134, 119, respectivamente). Uma presumível
anti-diastereosseletividade foi proposta, baseada em análises do modelo de
estado de transição para a reação e que será mostrado adiante.
Em virtude do alto custo dos ácidos de Lewis Yb(OTf)
3
e Zn(OTf)
2
,
estudados (Tabela 1), resolvemos investigar ZnCl
2
como catalisador para a
reação. de alquilação de Friedel-Crafts. Primeiramente na reação-teste tendo
como eletrófilo o β-nitroestireno e depois testamos na reação utilizando o
nitroalceno quiral 90c.
Ácidos de Lewis Quantidade (g) Preço (R$) Empresa
Yb(OTf)
3
a
5 175,00 Sigma-Aldrich
Zn(OTf)
2
a
10 177,00 Sigma-Aldrich
ZnCl
2
b
1000 118,80 VETEC
Tabela 1: Preços ácidos de Lewis empregados nesta dissertação
a-Preços pesquisados em 21/09/2009, no site da empresa Sigma-Aldrich.
b- Preço pesquisado em 23/09/09, por pedido de cotação à empresa VETEC Quimica Fina
Assim, o β-nitroestireno foi reagido com indol na presença de ZnCl
2
(0,1equiv.) e CHCl
3
como solvente, por 24 horas, a temperatura ambiente.O
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
43
ZnCl
2
mostrou-se muito eficiente já que o produto de alquilação de Friedel-
Crafts 117 foi formado em 70% de rendimento isolado.
Similarmente, ZnCl
2
foi o melhor catalisador para a reação de Friedel-
Crafts com nitroalceno quiral 90c. Desse modo, indol e 90c foram reagidos
utilizando-se 0,1 equivalente de ZnCl
2
, à temperatura ambiente por 24h.
Diferentemente do que foi observado para o Yb(OTf)
3
e
Zn(OTf)
2
,
houve
formação de produto, a temperatura ambiente, nas primeiras 24 horas de
reação. Após 10 dias de reação (tempo não controlado) o rendimento de 55%
foi constatado. Uma futura otimização do tempo reacional para o uso deste
ácido é necessária.
As estruturas dos adutos de Friedel-Crafts obtidos, 122-124, foram
elucidadas por meio de análises de RMN de hidrogênio, RMN de carbono 13 e
infravermelho. No espectro de RMN–
1
H referente ao produto 124 surgiram
sinais a 4,4 ppm (dd) e 4,7 ppm (dd) que foram atribuídos aos hidrogênios
diastereotópicos da posição α ao grupo nitro. Já a presença a 8,1 ppm de um
sinal simples foi atribuída ao hidrogênio ligado ao átomo de nitrogênio do anel
indólico (Espectro 43, página 118). Adicionalmente, evidencia-se a ausência
dos sinais referentes aos hidrogênios olefínicos (δ= 7,1 e 6,8 ppm) e o
aparecimento de um sinal múltiplo a 4,09 ppm referente ao hidrogênio metínico
ligado ao anel indólico. No espectro de RMN
13
C foram observados sinais em
78,85 ppm correspondente ao carbono α-nitro e em 60,31 ppm, correspondente
ao carbono ligado ao anel indólico (Cβ), (Espectro 44, página 119).
Adicionalmente, observou-se o aparecimento de um sinal a 39,2 ppm,
correspondente ao novo centro estereogênico em posição β (CH), ligado ao
núcleo indólico. Sinais antes observados no espectro de RMN-
13
C para o
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
44
correspondente nitroalceno 90c em 144 e 140 ppm, referentes aos carbonos da
ligação dupla conjugada ao grupo nitro, estão, agora, ausentes. No espectro de
infravermelho (Espectro 42, pág. 117), puderam ser observadas bandas em
1548 e 1375 ppm, características do grupo nitro, não sendo observada banda
em 1644 cm
-1
, característica de alcenos, que era observada no espectro dos
nitroalcenos 90 a-c.
4.3 Origem da Diastereosseletividade:
A natureza estereoisomérica dos adutos de Friedel-Crafts
majoritariamente formados, anti ou sin, pode ser racionalizada baseada no
modelo de estado de transição do tipo Felkin-Ahn-Burgi-Dunitz
48
.
A Figura 13
mostra o modelo de estado de transição para o ataque do nucleófilo indol ao
eletrófilo 90a. Os modelos de estados de transição para o ataque a 90b e c são
análogos.
Estamos assumindo que a conformação no estado fundamental manter-
se-á no estado de transição. Apesar de termos a intervenção de metais, a
atuação de um estado de transição quelado (Cram quelado)
49
é descartada por
causa da geometria da molécula não permitir uma quelação do par de elétron
do nitrogênio da amina terciária com um dos oxigênios do grupo nitro. Assim,
uma biquelação do metal deve ocorrer, preferencialmente, com os oxigênios do
grupo nitro, tornando o eletrófilo de Friedel- Crafts mais reativo.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
45
Ph
NBn
2
ANTI-124
NBn
2
face Re-Re
Nu
Ph
NBn
2
Bn
2
N
H
Ph
>
.
Projeção de Newman
Modelo de estado de
transição de Felkin-Ahn-Burgi-Dunitz
H
1
0
9
o
NO
2
H
face Re-Re
face Si-Si
olhando através de C2-C3
Ph
NO
2
Nu
1
2
3
N
H
H
H
O
O
Zn
Cl
Cl
NO
2
Figura 13: Modelo de estado de transição de Felkin-Ahn-Burgi-Dunitz para as Substituições
Eletrofílicas Aromáticas aos Nitroalcenos 90 a-c.
O modelo de estado de transição de Felkin-Ahn-Burgi-Dunitz,
48
permite
propor, preferencialmente, um ataque a face Re-Re, menos impedida
estericamente, o que levaria a uma provável diastereosseleção anti. A
transformação do aduto de Friedel-Crafts numa substância cristalina permitirá
uma análise de raios X e um inequívoco assinalamento da estereoquímica
relativa.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
46
5 CONCLUSÃO
O presente estudo é inédito por relatar, pela primeira vez, uma reação
de Friedel-Crafts estereosseletiva utilizando a metodologia “chiron approach”.
A substituição eletrofílica aromática no indol utilizando os eletrófilos
quirais 90a-c, oriundos de α-aminoácidos naturais de baixo custo, produziu os
adutos de Friedel-Crafts 122-124 em elevados excessos diastereoisoméricos
(ed >98%) e rendimentos razoáveis de 50-55%. A reação apresenta alta
eficiência sintética e se enquadra no conceito de economia atômica
50
. Além da
excelente diastereosseletividade, a reação apresenta uma maximização na
incorporação dos átomos dos reagentes nos produtos, uma vez que se trata de
uma reação de adição intermolecular onde o outro reagente envolvido participa
em quantidades catalíticas (ácido de Lewis 15% mol).
Os adutos de Friedel-Crafts obtidos podem ser vistos como
intermediários avançados para a obtenção de derivados de alcalóides indólicos
os quais apresentam variadas atividades biológicas tais como atividade
antitumoral, vasodilatadora, anti-hipertensiva, entre outras
39
.
...........................................
6 PERSPECTIVAS:
Objetivamos num futuro próximo, a continuação deste trabalho com o
intuito de aumentar a abrangência da reação de alquilação de Friedel-Crafts.
Novos sistemas aromáticos poderão ser estudados, assim como modificações
nas condições reacionais visando aumentar o rendimento químico. Novos
nitroalcenos quirais originados de outros alfa-aminoácidos naturais poderão ser
investigados o que levará a obtenção de novos adutos de Friedel-Crafts. Estes
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
47
poderão ser vistos como potenciais intermediários na síntese de derivados de
alcalóides tetraidro-beta-carbolínicos
51
.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
48
7 PARTE EXPERIMENTAL
7.1 Materiais e Métodos
As substâncias, cloreto de sódio, trietilamina, dimetilsulfóxido, hidróxido
de sódio, L-(+)-leucina, L-(+)–fenilalanina, L-(+)–alanina, tolueno e perclorato
de lítio foram adquiridas da VETEC QUÍMICA FINA Ltda. Triflato de itérbio e
triflato de zinco foram adquiridos da Aldrich®. O reagente 2-iodofenol foi
adquirido da Acros Organics. O nitrometano, indol, anisol, cloreto de zinco e
clorofórmio foram adquiridos da Merck®.O trans–β-nitroestireno foi adquirido
da Fluka®. O reagente sulfato de sódio foi adquirido da F. Maia Indústria e
Comércio Ltda. Brometo de lítio foi adquirido da Riedel-de-Haën. O
iodobenzeno foi adquirido da Alfa Aesar. Tetraidrofurano foi adquirido da Tedia
Brasil®.
Os solventes utilizados para fins sintéticos e analíticos, tais como
acetato de etila, diclorometano e hexano sofreram destilação simples.
Os reagentes cloreto de mesila e brometo de benzila foram purificados
antes do uso por destilação sob pressão reduzida. A trietilamina foi purificada
por destilação à pressão atmosférica.
O reagente anisol foi purificado por destilação sob pressão reduzida em
aparelho de Kugelrohr.
A secagem do tetraidrofurano foi efetuada por refluxo com sódio
metálico na presença de benzofenona seguido de destilação. O diclorometano,
e o dimetilsulfóxido foram secos por refluxo com hidreto de cálcio seguido de
destilação.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
49
Para a técnica de cromatografia em coluna foram utilizadas colunas de
vidro (2 x 20cm e 3 x 50cm) com gel de sílica de granulometria 0,063mm –
0,20mm 60 Å (Merck) e em alguns casos, gel de sílica de granulometria
0,040mm - 0,063mm 60 Å (Merck) para cromatografia flash. As análises por
cromatografia em camada fina foram realizadas apenas em escala analítica,
em folhas de alumínio recobertas com gel de sílica (Merck) com indicador
fluorescente. Os métodos de revelação empregados para visualização em CCF
foram: luz ultravioleta (254nm) e borrifação com ácido fosfomolibdênico 7% em
etanol.
Os espectros de RMN-¹H foram obtidos em um aparelho Varian Gemini
200 (200MHz) e em um aparelho Bruker-DRX (400MHz), utilizando-se o
tetrametilsilano (TMS) como referência interna os valores de deslocamento
químico (δ) foram referidos em ppm, em relação ao TMS e os das constantes
de acoplamento (J) em Hertz. Os espectros de RMN-¹³C foram obtidos em
aparelho Varian Gemini 200 (50MHz) e Brücker (100MHz), utilizando-se o TMS
como referência interna. Os espectros de IV foram obtidos em um aparelho
Nicolet Magna-IR-760. Os espectros de massa de baixa resolução foram
obtidos a 70eV, por impacto de elétrons, em um aparelho CGMS-QP5000 da
Shimadzu utilizando a coluna ZB-5ms (30m – 0,25mm Ø) com uma rampa de
temperatura de 100-290
0
C, injetor a 270
0
C e interface a 230
0
C. As medidas
de atividade óptica foram feitas em um polarímetro digital JASCO modelo DIP-
370, em célula com caminho óptico de 50 mm, diâmetro 3,5 mm.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
50
7.2 Síntese dos ésteres 95a-c.
Experimental típico:
Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanoato de benzila (95c).
(S)
OH
NH
2
O
EtOH:H
2
O5:1
Δ
,16h
O
N
O
(S)
L(+)-Fenilalanina
Ácido (S)-2-amino-3-fenil-propanóico
C
9
H
11
NO
2
- 165,19 g/mol
(S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanoato de benzila
C
30
H
29
NO
2
- 435,56 g/mol
89c
95c
Br
BnBr
K
2
CO
3
A um balão com agitador magnético, conectado a um condensador, foram
adicionados L-(+)-Fenilalanina (73c) (8,0 g- 48,5 mmol – 1,0 Eq.), K
2
CO
3
(20,11
g – 145,5 mmol – 3 Eq.) e 132,3 mL de EtOH/H
2
O na proporção de 5:1. Após o
sistema entrar em refluxo e o aminoácido ser solubilizado, foi adicionado BnBr
(24,8 g - 17,2 mL – 145,63 mmol) gota-à-gota e a reação foi conduzida por 16h.
Após este tempo, o aquecimento foi desligado e esperou-se a temperatura
ambiente ser alcançada, quando, então, o isolamento foi feito adicionando-se o
conteúdo do balão reacional a um funil de separação e acrescentando-se 13,0
mL de H
2
O, 64 mL de solução de NaCl saturada e fazendo-se extração com 3 x
38 mL de AcOEt.. As fases orgânicas foram reunidas e secas com Na
2
SO
4
e
concentradas em aparelho de evaporação a pressão reduzida. Foi obtido um
líquido viscoso amarelo claro em 85% de rendimento. O éster tribenzilado pôde
ser purificado facilmente por cromatografia em gel de sílica em virtude da
grande diferença entre os tempos de retenção (Rf) do éster 95c e o subproduto
da reação, álcool benzílico. Foi utilizado como eluente AcOEt/Hexano 20%.
Eliz Regina Bueno Torres Dissertação de Mestrado, NPPN-UFRJ, 2009
51
Dados espectroscópicos da substância 95c:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 3,1 (ddd, 2H); 3,5 (d, 1H, J=12,3); 3,7 (t, 1H); 3,9
(d, 1H, J=12,2); 5,15 (d, 1H, J=12,3); 5,2 (d, 1H, J=12,3); 7,2-7,0 (m, 20H).
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 35,5 (CH
2
); 54,3 (CH
2
); 62,2 (CH); 65,9 (CH
2
);
129,3-126,1 (CH-aromático); 139,0 – 135,8 (C); 172,0 (C).
52
Espectro 1: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c)
(S)
O
N
O
(S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 3,1 (ddd, 2H); 3,5 (d, 1H, J=12,3); 3,7 (t, 1H); 3,9 (d, 1H, J=12,2); 5,15
(d, 1H, J=12,3); 5,2 (d, 1H, J=12,3); 7,2-7,0 (m, 20H).
53
Espectro 2: RMN -
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c).
(S)
O
N
O
(S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanoato de benzila (95c)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 35,5 (CH
2
); 54,3 (CH
2
); 62,2 (CH); 65,9 (CH
2
); 129,3-126,1 (CH-aromático); 139,0 – 135,8
(
C
)
; 172,0
(
C
)
.
54
7.2.1 Sintese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a).
(S)
OH
NH
2
O
EtOH:H
2
O5:1
Δ
, 16h
O
N
O
(S)
L(+)- Alanina
Ácido (
S
)-2-amino-propanóico
C
3
H
7
NO
2
-89,09g/mol
(
S
)-2-(dibenzilamino)-propanoato
de benzila
C
24
H
25
NO
2
-359,46g/mol
89a
95a
Br
BnBr
K
2
CO
3
O éster 95a foi obtido, após purificação por cromatografia em gel de sílica,
em 90% rendimento.
Dados Espectroscópicos da molécula 95a:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,28 (d, 3H); 3,5 (m, 1H); 3,6 (d, 1H); 3,81(d, 1H);
5,17 (d, 1H); 5,23 (d, 1H); 7,4-7,2 (m, 15H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 15,5 (CH
3
); 55,0 (CH
2
); 56,8 (CH); 66,6 (CH
2
);
129,6-127,5 (CH-aromático); 140,4 (C); 136,7 (C); 174,1 (C) ppm.
55
Espectro 3: RMN -
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a).
O
N
O
(S)-2-(dibenzilamino) - propanoato de benzila (95a)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,28 (d, 3H); 3,5 (m, 1H); 3,6 (d, 1H); 3,81(d, 1H); 5,17 (d, 1H); 5,23 (d, 1H); 7,4-7,2 (m, 15H)
ppm.
56
Espectro 4: RMN - APT de (S)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila (95a)
(S)-2-(dibenzilamino) - propanoato de benzila (95a)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 15,5 (CH
3
); 55,0 (CH
2
); 56,8 (CH); 66,6 (CH
2
); 129,6-127,5 (CH-aromático); 140,4 (C); 136,7
(C); 174,1 (C) ppm.
O
N
O
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
57
7.2.2 Sintese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanoato de benzila (95b).
(S)
OH
NH
2
O
EtOH:H
2
O5:1
Δ
,16h
O
N
O
(S)
L(+)-Leucina
Ácido (
S
)-2-amino-4-metil-pentanóico
C
6
H
13
NO
2
- 131,17 g/mol
(
S
)-2-(dibenzilamino)-4-
metilpenatanoato de benzila
C
27
H
31
NO
2
- 401,54 g/mol
89b
95b
Br
BnBr
K
2
CO
3
Após purificação em cromatografia em gel de sílica, o éster 95b foi obtido
em 86% de rendimento.
Dados Espectroscópicos da molécula 95b:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ (200MHz, CDCl
3
): δ 0,6 (d, 3H); 0,8 (d, 3H); 1,2 –
1,57 (m, 1H); 1,7 (m, 1H); 3,2 (m, 1H); 3,4 (d, 2H, J=12,2); 3,9 (d, 2H, J=12,2);
5,16 (d, 2H, J=12,18); 5,3 (d, 2H, J=12,18); 7,2 – 7,5 (m, 15 H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 21,4 (CH
3
); 23,0 (CH
3
); 24,2 (CH); 38,5 (CH
2
);
54,3 (CH
2
); 58,6 (CH); 65,7 (CH
2
); 128,7 – 126,8 (CH – aromático); 136,0 (C);
139,5 (C); 173,0 (C) ppm.
58
Espectro 5: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamina)-4-metil-pentanoato de benzila (95b)
(S)-2-(dibenzilamino)–4–metil-pentanoato de benzila (95b)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,28 (d, 3H); 3,5 (m, 1H); 3,6 (d, 1H); 3,81(d, 1H); 5,17 (d, 1H); 5,23 (d, 1H); 7,4-7,2 (m, 15H)
ppm.
O
N
O
59
Espectro 6: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanoato de benzila (95b)
(S)-2-(dibenzilamino)–4–metil-pentanoato de benzila (95b)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
):
δ
21,4 (CH
3
); 23,0 (CH
3
); 24,2 (CH); 38,5 (CH
2
); 54,3 (CH
2
); 58,6 (CH); 65,7 (CH
2
); 128,7 –
126,8 (CH – aromático); 136,0 (C); 139,5 (C); 173,0 (C) ppm.
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
O
N
O
60
7.3 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanol (96c).
O
N
O
N
OH
LiAlH
4
THF
seco
Δ
,3h
96c
95c
(
S
)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanoato
C
30
H
29
NO
2
- 435,56 g/mol
(
S
)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanol
C
23
H
25
NO - 331,45 g/mol
Em um balão de duas bocas previamente flambado e tarado, contendo um
magneto e septo em uma das bocas, pesou-se LiAlH
4
(0,99 g – 26,1 mmol –
2,0 eq.) , sob atmosfera de argônio. Em seguida, conectou-se um condensador
com equalizador de pressão e septo de borracha e adicionou-se lentamente e
sob agitação, 21 mL de THF seco. Após a adição de THF seco, iniciou-se o
aquecimento do sistema, em banho de óleo, até o refluxo, quando então foi
adicionado o éster 95c (5,68 g – 13,05 mmol – 1,0 eq.) solubilizado em 10,5 mL
de THF seco. A reação foi conduzida por 3 h, sob refluxo, quando então o
aquecimento foi desligado e após atingir a temperatura ambiente, foram
adicionados lentamente 10,44 mL de solução de NaOH 10% e H
2
O (21mL),
sendo observada liberação de gás (H
2
). Após a liberação de gás hidrogênio
cessar, o sistema foi aberto e o meio reacional filtrado a vácuo, em funil de
Buchner, sendo o resíduo branco formado (Al(OH)
3
) lavado com AcOEt
repetidas vezes para extrair o produto que possivelmente permanecesse
aderido ao resíduo. O filtrado foi transferido para um funil de separação e
extraído com AcOEt (2 x 21 mL), as fases orgânicas foram reunidas e secas
com Na
2
SO
4
e então filtradas em funil de vidro e evaporadas em evaporador a
61
pressão reduzida. Além do álcool 96c, também foi produzido BnBr como
subproduto da reação sendo necessária purificação que foi realizada a pressão
reduzida em aparelho de Kugelrohr a 120°C por 1hora (15,0 mmHg), sendo
então obtido apenas o álcool 96c em 85% de rendimento como um líquido
viscoso que após permanecer em alto-vácuo por algumas horas se apresenta
como um sólido branco.
Dados espectrais da molécula 96c:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,6 (sl, 1H); 2,4 (m, 1H); 3,15 (m, 2H); 3,3 (m,
1H); 3,5 (d, 1H); 3,97 (d, 1H); 7,35-7,15 (m, 15H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 31,6 (CH
2
); 53,1 (CH
2
); 60,24 (CH); 60,73 (CH
2
);
126,1 - 128,9 (CH), 138,9 - 139,0 (C) ppm.
62
Espectro 7: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c)
(S)-2-(dibenzilamino)–3-fenil-propanol (96c)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,6 (sl, 1H); 2,4 (m, 1H); 3,15 (m, 2H); 3,3 (m, 1H); 3,5 (d, 1H); 3,97 (d, 1H);
7,35-7,15 (m, 15H) ppm.
OH
N
63
Espectro 8: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c).
(S)-2-(dibenzilamino)–3-fenil-propanol (96c)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 31,6 (CH
2
); 53,1 (CH
2
); 60,24 (CH); 60,73 (CH
2
); 126,1 - 128,9 (CH),
138,9 - 139,0 (C) ppm.
OH
N
64
Espectro 9: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenil-propanol (96c).
(S)-2-(dibenzilamino)–3-fenil-propanol (96c)
OH
N
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
65
7.3.1 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a).
O
N
O
N
OH
LiAlH
4
THF
seco
Δ
,24h
96a
95a
(
S
)-2-(dibenzilamino)-propanoato de benzila
C
24
H
25
NO
2
- 359,46 g/mol
(
S
)-2-(dibenzilamino)-propanol
C
17
H
21
NO - 255,35 g/mol
O álcool 96a se apresentou como um sólido castanho, sendo obtido em 87%
de rendimento, após purificação.
Dados espectrais da molécula 96a:
IV: ν 3451(O-H); 3026-3059 (C-H aromáticos); 2963 (ν
as
CH
3
); 2925 (ν
as
CH
2
);
2872 (ν
as
CH
3
); 2848 (ν
s
CH
2
); 1068 (C-N) cm
-1
.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,4 (d, 3H, J=6,7); 2,7 (ddd, 1H); 3,58 (d, 1H,
J=13,4); 3,82 (d, 2H, J=13,4); 4,0 (m, 1H); 7,4 - 7,2 (m, 10H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 22,9 (CH
3
); 55,3 (CH); 58,9(CH
2
) 61,9 (CH
2
);
128,7 - 126,9 (CH);139,0 (C) ppm.
66
Espectro 10: Infravermelho de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a).
(S)-2-(dibenzilamino)–propanol (96a)
OH
N
67
Espectro 11: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a).
(S)-2-(dibenzilamino)–propanol (96a)
OH
N
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
):
δ
1,4 (d, 3H; J=6,7); 2,7 (ddd, 1H); 3,58 (d, 1H;; J=13,4); 3,82 (d,
2H; J=13,4); 4,0 (m, 1H); 7,2-7,4 (m, 10H) ppm.
68
Espectro 12: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a).
(S)-2-(dibenzilamino)–propanol (96a)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
):
δ
22,9 (CH
3
); 55,3 (CH); 58,9(CH
2
) 61,9 (CH
2
); 128,7 - 126,9 (CH);139,0 (C) ppm.
OH
N
69
Espectro 13: RMN-APT de (S)-2-(dibenzilamino)-propanol (96a).
(S)-2-(dibenzilamino)–propanol (96a)
OH
N
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
70
7.3.2 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanol (96b).
O
N
O
N
OH
LiAlH
4
THF
seco
Δ
,24h
96b
95b
(
S
)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanoato de benzila
C
27
H
31
NO
2
- 401,54 g/mol
(
S
)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanol
C
20
H
27
NO - 297,43 g/mol
O álcool 96b, um líquido viscoso amarelo foi obtido em 85% de rendimento
após purificação em aparelho de Kugelrohr.
Dados espectrais da molécula 96b:
RMN
1
H (200MHz, CDCl
3
): δ 0,86 (d, 3H, J=6,04); 0,92 (d, 3H, J=6,13); 1,16
(m, 1H); 1,50 (m, 2H); 2,84 (m, 1H); 3,19 (sl, 1H); 3,36 (d, 2H, J=13,27); 3,34 -
3,54 (m, 2H); 3,81 (d, 2H, J=13,27); 7,19 - 7,89 (m, 10H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl3): δ 22,2 (CH
3
); 24,1 (CH
3
), 25,8 (CH); 34,0 (CH
2
);
53,1 (CH
2
); 56,7 (CH); 61,5 (CH
2
); 129,0-127,1 (CH-aromático); 139,7 (C) ppm.
71
Espectro 14: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanol (96b).
(S)-2-(dibenzilamino)–4-metil-pentanol (96b)
RMN
1
H (200MHz, CDCl
3
):
δ
0,86 (d, 3H, J=6,04); 0,92
(d, 3H, J=6,13); 1,16 (m, 1H); 1,50 (m, 2H); 2,84 (m,
1H); 3,19 (sl, 1H); 3,36 (d, 2H, J=13,27); 3,34 - 3,54 (m,
2H); 3,81 (d,
2H, J=13,27); 7,19 - 7,89 (m, 10H) ppm.
OH
N
72
Espectro 15: RMN-
13
C de (S)-2-(dibenzilamino)-4-metil-pentanol (96b).
(S)-2-(dibenzilamino)–4-metil-pentanol (96b)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl3):
δ
22,2 (CH
3
); 24,1 (CH
3
), 25,8 (CH); 34,0 (CH
2
); 53,1 (CH
2
); 56,7 (CH); 61,5 (CH
2
);
129,0-127,1 (CH-aromático); 139,7 (C) ppm.
OH
N
73
7.4 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanal (97c).
N
OH
N
O
1) DCM
seco
, (COCl)
2,
-78°C, DMSO ,10'
2) 80 em DCM,30'
TEA, -7C-t.a.
96c
(S)-2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanol
C
23
H
25
NO - 331,45 g/mol
97c
(S)-2-(dibenzilamino)-3-
fenilpropanal
C
23
H
23
NO - 329,43 g/mol
Um balão flambado, vedado com septo de borracha, contendo um magneto
e conectado a uma bola com argônio, foi introduzido a um banho refrigerante,
preparado pela adição de nitrogênio líquido a EtOH, sendo alcançada uma
temperatura de -78°C. Foram adicionados ao balão reacional, DCM seco (2,4
mL) e (COCl)
2
(0,38 mL – 4,42 mmol – 1,33 eq.). Em seguida, adicionou-se,
gota-a-gota, DMSO (0,61 mL – 8,8 mmol – 2,6 eq.), sendo observada formação
de gás (CO
2
). Deve-se tomar cuidado para que a temperatura do banho não
alcance temperaturas superiores a -60°C, do contrário, além do reagente de
Swern ser formado in situ, um tioéster pode ser formado e subprodutos, além
do aldeído desejado, podem ser obtidos. Após 10 minutos, o álcool 96a (1,1 g –
3,32 mmol – 1,0 eq.) solubilizado em DCM seco foi adicionado ao meio
reacional e a reação conduzida por 45 minutos a -78°C, sob agitação.
Após esse tempo, o meio reacional foi solubilizado em DCM (19,7mL) e
transferido para um funil de separação, sendo a fase orgânica extraída com
H
2
O (2 x 10 mL), e em seguida com solução saturada de NaCl ( 2 x 10 mL).
74
A fase orgânica foi seca com Na
2
SO
4
e evaporada a pressão reduzida,
sendo obtido apenas o aldeído 97c desejado em 96% de rendimento. No caso
desta reação, se não for alcançada a conversão total do álcool 96c no aldeído
97c, a reação deve ser ressubmetida já que há relatos na literatura de que
aldeídos provenientes de aminoácidos sofrem racemização quando são
purificados por cromatografia de gel de sílica.
Os aldeídos 97a-c devem ser deixados em alto-vácuo para que sejam
retirados os traços de DMS que permanecerem, oriundos da reação de Swern.
A aparelhagem utilizada na síntese dos aldeídos 97a-c deve ser imersa em
água sanitária para que os resíduos de DMS provenientes da reação de Swern
sejam oxidados a DMSO e seu forte odor não seja propagado.
75
7.4.1 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-propanal (97a).
N
OH
N
O
1) DCM
seco
, (COCl)
2,
-7C, DMSO ,10'
2) 80 em DCM,30'
TEA, -78°C-t.a.
96a
(S)-2-(dibenzilamino)-propanol
C
17
H
21
NO - 255,35 g/mol
97a
(S)-2-(dibenzilamino)-
propanal
C
17
H
19
NO - 253,34 g/mol
Rend.: 96%
Dados espectrais da molécula 97a:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,2 (d, 3H); 3,3 (q, 1H); 3,6 (d, 2H); 3,8 (d, 2H);
7,2-7,6 (m, 10H); 9,8 (s, 1H) ppm.
76
Espectro 16-: RMN-
1
H de (S)-2-(dibenzilamino)-propanal (97a).
(S)-2-(dibenzilamino)–propanal (97a)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,2 (d, 3H); 3,3
(q, 1H); 3,6 (d, 2H); 3,8 (d, 2H); 7,2-7,6 (m,
10H); 9,8 (s, 1H) ppm.
O
N
77
7.4.2 Síntese do (S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanal (97b).
N
OH
N
O
1) DCM
seco
, (COCl)
2,
-7C, DMSO ,10'
2) 80 em DCM,30'
TEA, -78°C-t.a.
96b
(S)-2-(dibenzilamino)-4-metilpentanol
C
20
H
27
NO - 297,43 g/mol
97b
(S)-2-(dibenzilamino)-4-
metilpentanal
C
20
H
25
NO - 295,42 g/mol
Rend.: 97%
Dados espectrais da molécula 97b:
RMN 1H (200 MHz, CDCl
3
): δ 0,79 (d, 3H); 0,82 (d, 3H); 1,4 (t, 2H); 1,6 (m, 1H);
3,2 (m, 1H); 3,62 (d, 1H); 3,8 (d, 1H); 7,1-7,2 (m, 10H); 9,8 (s, 1H) ppm.
78
Espectro 17: RMN-
1
H de (S)-2(dibenzilamino)-4-metil-pentanal (97b).
(S)-2-(dibenzilamino)–4-metil-pentanal (97b)
RMN 1H (200 MHz, CDCl
3
):
δ
0,79 (d, 3H);
0,82 (d, 3H); 1,4 (t, 2H); 1,6 (m, 1H); 3,2 (m,
1H); 3,62 (d, 1H); 3,8 (d, 1H); 7,1-7,2 (m,
10H); 9,8 (s, 1H) ppm.
O
N
79
7.5 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-
nitrobutan-2-ol (107c).
O
N
0,4 Eq. TBAF
C,30'
N
NO
2
OH
anti + sin
107c
97c
(S)- 2-(dibenzilamino)-3-fenilpropanal
C
23
H
23
NO - 329,43 g/mol
(2R,3S)-3-(dibenzilamino)-4-
fenil-1-nitrobutan-2-ol
C
24
H
26
N
2
O
3
-390,47g/mol
(S)
(S)
(R)
Rend.: 90%
N
F
1Eq.CH
3
NO
2
Um balão flambado, contendo um agitador magnético, vedado por um septo
de borracha foi tarado e utilizado para pesar o TBAF (0,42 g – 1,33 mmol - 0,4
Eq) que em seguida foi solubilizada em pequeno volume de THF seco e então
evaporada a pressão reduzida em aquecimento brando, com o intuito de retirar
a umidade contida pelo TBAF. Após esse procedimento, o balão foi pesado
novamente e a massa encontrada, utilizada para calcular o volume de
nitrometano requerido. O balão vedado e com atmosfera de argônio, contendo
TBAF, foi inserido em um banho refrigerante (gelo e NaCl) e então, foram
adicionados 4,16 mL de THF seco e o sistema posto sob agitação. A seguir, foi
adicionado nitrometano (224 μL – 4,99 mmol – 1,5 eq.).
Após 10 minutos de agitação, o aldeído 97c (0,84 g – 3,33 mmol – 1 eq.)
solubilizado em 4,16 mL de THF seco foi adicionado ao meio reacional e
deixado reagir por 30 minutos. Findo este tempo, o meio reacional foi
transferido para um funil de separação e foi adicionada H
2
O (16,7 mL) e
extraído com AcOEt (3 x 16,7 mL). As fases orgânicas foram reunidas e secas
com Na
2
SO
4
, filtradas em funil de vidro e evaporadas a pressão reduzida. O
80
produto foi obtido com conversão total e em 90% de rendimento, sendo
sintetizados os diastereoisômeros anti e sin na razão de 13,3: 1 (93:7).
Dados espectrais da mistura de diastereoisômeros 107c:
IV (KBr): ν 3454 (O-H) , 3028-3085 (C-H aromáticos), 2928 (ν
assim.
CH
2
); 2890
(ν
sim.
CH
3
); 2838 (ν
sim.
CH
2
); 1553 (ν
assim
NO
2
) e 1350 (ν
sim
NO
2
);1074 (C-N) cm
-1
.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 2,0 (s, 1H); 3,0 (m, 1H); 3,2 (m, 1H); 3,5 (d, 1H);
3,8 (d, 1H); 4,0 (m, 1H); 4,46 (m, 1H, J=2,2); 4,8 (dd, 1H, J=2,2, J=13,15); 7,2-
7,4 (m, 15H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 32,3 (CH
2
); 54,6 (CH
2
); 61,5 (CH); 70,6 (CH);
79,8 (CH
2
); 126,1 - 129,2 (CH-aromático); 138,7-140,1 (C) ppm.
81
Espectro 18: Infravermelho de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c).
N
NO
2
OH
82
Espectro 19: RMN-
1
H de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c).
(S)-3-(dibenzilamino)–4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c)
N
NO
2
OH
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
):
δ
2,0 (s, 1H); 3,0 (m, 1H); 3,2 (m, 1H); 3,5 (d, 1H); 3,8 (d, 1H); 4,0
(m, 1H); 4,46 (m, 1H, J=2,2); 4,8 (dd, 1H, J=2,2, J=13,15); 7,2-7,4 (m, 15H) ppm.
83
Espectro 20: RMN-
13
C de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c).
(S)-3-(dibenzilamino)–4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 32,3 (CH
2
); 54,6 (CH
2
); 61,5 (CH); 70,6 (CH); 79,8 (CH
2
); 126,1 - 129,2 (CH-aromático);
138,7-140,1 (C) ppm.
N
NO
2
OH
84
Espectro 21: RMN-APT de (S)-3-(dibenzilamino)-4-fenil-1-nitrobutan-2-ol (107c).
N
NO
2
OH
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
85
7.5.1 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitro-butan-2-ol (107a)
O
N
0,4 Eq. TBAF
C,30'
N
NO
2
OH
anti + sin
107a
97a
(S)- 2-(dibenzilamino)-propanal
C
17
H
19
NO - 253,34 g/mol
(2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-
nitrobutan-2-ol
C
18
H
22
N
2
O
3
-314,38g/mol
(S)
(S)
(R)
Rend.: 95%
N
F
1Eq.CH
3
NO
2
O nitroálcool 107a foi obtido como uma mistura de diastereoisômeros na
proporção de 9:1 (90:10).
Dados espectrais da molécula 107a:
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,1 (d, 3H); 1,2 (d, 3H); 2,0 (s, 1H); 2,7 (m, 1H);
3,37(d, 1H); 3,77 (d, 1H); 4,0 (m, 1H); 4,2 (m, 1H); 4,95 (dd, 1H, J=2,1); 7,4-7,2
(m, 10H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 8,1 (CH
3
); 54,3 (CH
2
); 55,2 (CH); 70,8 (CH);
79,7 (CH
2
); 127,2-128,8 (CH-aromático); 138,8 (C) ppm.
86
Espectro 22: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a).
(2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,1 (d, 3H); 1,2 (d, 3H); 2,0 (s, 1H); 2,7 (m, 1H); 3,37(d, 1H); 3,77 (d, 1H); 4,0 (m,
1H); 4,2 (m, 1H); 4,95 (dd, 1H, J=2,1); 7,4-7,2 (m, 10H) ppm.
N
NO
2
OH
87
Espectro 23: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a).
(2R,3S)-3-(dibenzilamino)–1-nitrobutan-2-ol (107a)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 8,1 (CH
3
); 54,3 (CH
2
); 55,2 (CH); 70,8 (CH); 79,7 (CH
2
); 127,2-128,8 (CH-aromático);
138,8 (C) ppm.
N
NO
2
OH
88
Espectro 24: RMN-APT de (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-1-nitrobutan-2-ol (107a).
N
NO
2
OH
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
89
7.5.2 Síntese do (2R,3S)-3-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitro-exan-2-ol
(107b).
O
N
0,4 Eq. TBAF
C,30'
N
NO
2
OH
anti + sin
107b
97b
(S)- 2-(dibenzilamino)-4-metilpentanal
C
20
H
25
NO - 295,42 g/mol
(2R,3S)-3-(dibenzilamino)-5-metil-1-
nitroexan-2-ol
C
21
H
28
N
2
O
3
- 356,46 g/mol
(S)
(S)
(R)
Rend.: 91%
N
F
1Eq.CH
3
NO
2
O nitroálcool 107b foi obtido como uma mistura de diastereoisômeros na
proporção de 5,3:1 (84:16).
Dados espectrais da molécula 107b:
IV (KBr): ν 3440 (O-H); 3028-3100 (C-H aromáticos); 2956 (ν
assim.
CH
3
); 2931
(ν
sim.
CH
2
); 2867 (ν
sim.
CH
2
); 1556 (ν
assim.
NO
2
); 1378 ( ν
sim.
NO
2
); 1074 (C-N)
cm
-1
.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 0,90 (d, J=5,5 Hz, 3 H); 1,00 (d, J=5,9 Hz, 3 H)
1,50 (m, 1 H); 1,60 (m, 2 H); 2,60 (m, 1 H); 3,40 (d, J=13,2 Hz, 2 H); 3,45-3,75
(m, 1 H); 3,90 (d, J=13,2 Hz, 2 H); 4,10-4,30 (m, 1 H); 4,35-4,55 (m, 1 H); 5,27
(s, 1 H); 7,17-7,4 (m, 10 H) ppm. Dados referentes a um diatereoisômero
purificado por cromatografia em coluna com gel de sílica, devido à
complexidade do espectro da mistura.
90
RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
): 22,4 (CH
3
); 23,4 (CH
3
); 25,8 (CH); 34,0 (CH
2
); 54,3
(CH
2
); 57,1 (CH); 69,4 (CH); 80,0 (CH
2
); 127,3 (CH); 128,4 (CH); 128,9 (CH) e
138,8 (C) ppm.
91
3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800
Wavenumber (cm-1)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
%Transmittance
3565.79
3440.44
2956.39
2931.32
2867.68
1602.58
1556.3
1494.59
1454.09
1419.37
1378.88
1205.31
1141.67
1074.17
1027.89
894.82
750.19
738.61
700.04
Espectro 25: Infravermelho de (2R,3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b).
NO
2
N
OH
(
S
)
92
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
Chemical Shift (ppm)
9.94 2.891.941.91 1.801.681.05 0.850.840.79 0.66
0.91
0.94
0.97
0.99
1.42
1.46
1.51
1.55
1.58
1.62
1.66
1.68
2.56
2.58
2.59
2.61
2.64
3.36
3.43
3.52
3.66
3.73
3.91
3.98
4.13
4.17
4.19
4.20
4.38
4.39
4.43
4.45
4.49
4.49
5.27
7.24
7.27
7.29
7.31
2.892.841.94 0.85
335.89
331.13
323.80
316.11
310.25
301.46
292.30
284.24
198.90
193.04
187.54
182.05
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
):
δ
0,90 (d, J=5,5 Hz, 3 H); 1,00 (d, J=5,9 Hz, 3 H) 1,50 (m, 1 H); 1,60 (m, 2 H); 2,60 (m, 1 H); 3,40 (d, J=13,2 Hz,
2 H); 3,45-3,75 (m, 1 H); 3,90 (d, J=13,2 Hz, 2 H); 4,10-4,30 (m, 1 H); 4,35-4,55 (m, 1 H); 5,27 (s, 1 H); 7,17-7,4 (m, 10 H) ppm.
1.91 1.801.681.05
898.88
898.15
889.36
886.06
877.64
876.54
847.60
839.18
838.08
833.32
826.36
795.95
782.77
686.07
672.88
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (
107b
)
NO
2
N
OH
(S)
H
H
Espectro 26: RMN-
1
H de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b).
93
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20
Chemical Shift (ppm)
Clorofórmio-d
138.91
128.94
128.51
127.35
80.08
77.00
69.47
57.20
54.39
34.07
25.87
23.50
22.43
RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
):
d 22,4 (CH
3
); 23,5 (CH
3
); 25,9 (CH); 34,1 (CH
2
); 54,4 (CH
2
); 57,2 (CH); 69,5 (CH); 80,1 (CH
2
); 127,4 (CH);
128,5 (CH); 128,9 (CH) e 138,91 (C) ppm.
N
OH
22,4
23,5
25,9
34,1
54,4
57,2
127,4
128,5
128,9
138,9
NO
2
69,5
80,1
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (
107b
)
Espectro 27: RMN-
13
C de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b).
94
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20
Chemical Shift (ppm)
138.83
128.86 128.43
127.27
80.01
76.92
69.40
57.12
54.31
33.99
25.79
23.43
22.36
RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
):
22,4 (CH
3
); 23,4 (CH
3
); 25,8 (CH); 34,0 (CH
2
); 54,3 (CH
2
); 57,1 (CH); 69,4 (CH); 80,0 (CH
2
); 127,3 (CH); 128,4
(CH); 128,9 (CH) e 138,8 (C) ppm.
N
OH
22,4
23,4
25,8
34,0
54,3
57,1
127,3
128,4
128,9
138,8
NO
2
69,4
80,0
(2
R
,3S)-3-N,N-(dibenzilamino)-5-metil-1-mitroexan-2-ol (
107b
)
Espectro 28: RMN-APT de diastereoisômero purificado de (2R,3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-5-metil-1-nitroexan-2-ol (107b).
CH e CH
3
= positivo
C e CH
2
= negativo
95
7.6 Síntese do (1E,3S)-3-N,N-dibenzil-4-fenil-1-nitrobuteno
(90c)
107c
NBn
2
NO
2
OH
NBn
2
NO
2
DCM, MsCl, 15'
82c, 40', -78°C
TEA, 20'
90c
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-4-fenil-
1-nitrobuteno
C
24
H
24
N
2
O
2
- 372,46 g/mol
[α]
25
= -120° (0,89; CHCl
3
)
D
Rend.: 95%
(
S
)- 3- (dibenzilamino)-1-nitro-
4-fenilbutan-2-ol
C
24
H
26
N
2
O
3
- 390,47 g/mol
(S)
(S)
(E)
A um balão com agitador magnético, vedado com septo de borracha, sob
atmosfera de argônio, inserido em banho refrigerante a -78°C (EtOH e
nitrogênio líquido) foi adicionado DCM seco (7,1 mL) e MsCl ( 0,31 mL – 4
mmol – 2 eq.) e o sistema foi mantido sob agitação por 15 minutos. Após este
tempo, o nitroálcool 107c (0,77 g – 2 mmol – 1 eq.) solubilizado em 7,14 mL de
DCM seco foi adicionado. Após 30 minutos de reação, TEA (1,96 mL – 14
mmol – 7 eq.) foi adicionada e a reação foi conduzida por 10 minutos, quando o
meio reacional foi retirado do banho refrigerante e imediatamente solubilizado
em DCM (28,6 mL) e transferido para um funil de separação, sendo, então,
extraído com HCl 10% (14 mL), H
2
O (14 mL) e NaCl
sat
. (2 x 14 mL). As fases
orgânicas foram reunidas, secas com Na
2
SO
4
e evaporadas em evaporador
rotatório a pressão reduzida. O nitroalceno 90c, um líquido viscoso de
coloração marrom, foi obtido em 95 % de rendimento, sendo submetido a
cromatografia em gel de sílica filtrante em que foi empregado como eluente
DCM.
96
Dados espectrais da molécula 90c:
IV (KBr):
ν 3061-3085 (C-H aromáticos); 2928 (ν
assim.
CH
2
); 2845 (νsim. CH
2
);
1670 (C=C alceno E); 1526 (
ν
assim.
NO
2
conjugado); 1350 (ν
sim.
NO
2
conjugado)
cm
-1
.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 2,9 (ddd, 2H, J=6,5; J=13,6); 3,5 (d, 1H, J=13,9);
3,6 (m, 1H); 3,8 (d, 1H, J=13,9); 6,82 (d, 1H, J=13,46); 7,4-7,0 (m, 15H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 36,4 (CH
2
); 53,5 (CH
2
); 57,7 (CH); 126,5-129,1
(CH-aromático), 138,4-137,2 (C); 140,0-140,6 (CH-olefinas) ppm.
97
Espectro 29: Infravermelho de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (90c).
(E)
NBn
2
NO
2
(S)
98
Espectro 30: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–4-fenil-1-nitrobuteno (90c)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 2,9 (ddd, 2H, J=6,5; J=13,6); 3,5 (d, 1H, J=13,9); 3,6 (m, 1H); 3,8
(d, 1H, J=13,9); 6,82 (d, 1H, J=13,46); 7,4-7,0 (m, 16H) ppm.
(E)
NBn
2
NO
2
(S)
99
Espectro 31: RMN-
13
C de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–4-fenil-1-nitrobuteno (90c)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 36,4 (CH
2
); 53,5 (CH
2
); 57,7 (CH); 126,5-129,1 (CH-aromático), 138,4-
137,2 (C); 140,0-140,6 (CH-olefinas) ppm.
(E)
NBn
2
NO
2
(S)
100
Espectro 32: RMN-APT de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-4-fenil-1-nitrobuteno (74c).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–4-fenil-1-nitrobuteno (90c)
(E)
NBn
2
NO
2
(S)
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
101
7.6.1 Síntese do (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a)
107a
N
NO
2
OH
N
NO
2
DCM, MsCl, 15'
82c, 40', -78°C
TEA, 20'
90a
(1E,3S)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-
1-nitrobuteno
C
18
H
20
N
2
O
2
- 296,36 g/mol
[
α]
25
= -190° (1,04; CHCl
3
)
D
Rend.: 90%
(
S
)- 3- (dibenzilamino)-
1-nitrobutan-2-ol-
C
18
H
22
N
2
O
3
- 314,38 g/mol
(S)
(S)
(E)
Dados espectrais da molécula 90a:
IV
(KBr): 3062-3085 ( C-H aromáticos); 2973 (ν
assim.
CH
3
); 2933 (ν
assim.
CH
2
);
2880 (
ν
sim.
CH
3
); 2837 (ν
sim.
CH
2
); 1525 (ν
assim.
NO
2
conjugado); 1351 (ν
sim.
NO
2
conjugado); 1028 (C-N) cm
-1
.
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,3 (d, 3H); 3,6 (m, 5H); 7,0 (dd, 2H, J= 13,55,
J=1,46); 7,2-7,6 (m, 10H) ppm.
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 13,9 (CH
3
); 51,8 (CH); 54,0 (CH
2
); 127,0-129,5
(CH-aromático), 140,0–144,0 (CH-alceno) ppm.
102
Espectro 33: Infravermelho de (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a).
N
NO
2
(E)
(S)
103
Espectro 34: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–1-nitrobuteno (90a)
RMN
1
H (200 MHz, CDCl
3
): δ 1,3 (d, 3H); 3,6 (m, 5H); 7,0 (dd, 2H, J= 13,55, J=1,46); 7,2-7,6 (m, 10H) ppm.
NO
2
N
104
Espectro 35: RMN-
13
C de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–1-nitrobuteno (90a)
RMN
13
C (50,4 MHz, CDCl
3
): δ 13,9 (CH
3
); 51,8 (CH); 54,0 (CH
2
); 127,0-129,5 (CH-aromático), 140,0–144,0
(CH-alceno) ppm.
NO
2
N
105
Espectro 36: RMN-APT de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-1-nitrobuteno (90a).
(1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino–1-nitrobuteno (90a)
NO
2
N
C e CH
2
= positivo
CH e CH
3
= negativo
106
7.6.2 Síntese do (1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b)
107b
N
NO
2
OH
N
NO
2
DCM, MsCl, 15'
82c, 40', -78°C
TEA, 20'
90b
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-
1-nitroexeno
C
21
H
26
N
2
O
2
- 338,44 g/mol
[
α]
25
= -169,6° (1,03; CHCl
3
)
D
Rend.: 95%
(2
R
,3
S
)- 3- (dibenzilamino)-5-
metil-
1-nitroexan-2-ol-
C
21
H
28
N
2
O
3
- 356,46 g/mol
(S)
(S)
(E)
(R)
Dados espectrais da molécula 90b:
Infravermelho (KBr):
2956 (ν
assim.
CH
3
); 2931 (ν
assim.
CH
2
); 2869 (ν
sim.
CH
3
);
1556 (
ν
assim.
NO
2
conjugado); 1351 (ν
sim.
NO
2
conjugado); 1027 (C-N) cm
-1
.
RMN-H
1
(400 MHz, CDCl
3
): δ 0,75 (d, J=6,3 Hz, 3 H); 0,85 (d, J=6,3 Hz, 3 H);
1,34-1,40 (m, 1 H); 1,74-180 (m, 2 H); 3,39-3,44 (m, 1 H); 3,40 (d, J=13,7 Hz, 2
H); 3,9 (d, J=13,7 Hz, 2 H); 7,0 (d, J=13,3 Hz, 1 H) e 7,28-7,37 (sl, 11 H) ppm.
RMN-
13
C (50 MHz, CDCl
3
): δ 22,2 (CH
3
); 22,6 (CH
3
); 24,3 (CH); 40,0 (CH
2
);
53,7 (CH + CH
2
); 127,2 (CH);128,4 (CH); 128,5 (CH); 138,9 (C); 140,4 (CH) e
141,0 (CH) ppm.
107
3100 3000 2900 2800 2700 2600 2500 2400 2300 2200 2100 2000 1900 1800 1700 1600 1500 1400 1300 1200 1100 1000 900 800 700
Wavenumber (cm-1)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
%Transmittance
3029.67
2956.39
2931.32
2869.6
1641.15
1602.58
1556.3
1525.44
1494.59
1454.09
1369.23
1351.88
1205.31
1172.53
1153.24
1074.17
1027.89
968.11
748.26
700.04
(S)
N
(E)
NO
2
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (
90b
)
Espectro 37: Infravermelho de (1E, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
108
3.05 3.002.04 1.611.25
286.02
292.28
322.41
328.67
502.40
519.22
525.87
532.53
539.57
548.96
636.60
677.30
683.95
690.99
696.08
701.56
707.82
714.47
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
Chemical Shift (ppm)
11.12 3.623.47 2.482.41 1.410.72
7.37
7.36
7.28
7.01
6.98
3.88
3.85
3.46
3.43
3.41
3.39
1.82
1.80
1.78
1.77
1.76
1.74
1.621.40
1.38
1.36
1.34
1.29
0.85
0.84
0.76
0.75
RMN H
1
(400 MHz, CDCl
3
):
d 0,85 (d, J=6,3 Hz, 3 H); 0,75 (d, J=6,3 Hz, 3 H); 1,34-1,40 (m, 1 H); 1,74-180 (m, 2 H); 3,39-3,44 (m, 1 H); 3,40
(d, J=13,7 Hz, 2 H); 3,9 (d, J=13,7 Hz, 2 H); 7,0 (d, J=13,3 Hz, 1 H) e 7,28-7,37 (sl, 11 H) ppm.
(S)
N
(E)
NO
2
2.922.03
1351.07
1360.46
1374.16
1527.54
1541.23
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (
90b
)
Espectro 38: RMN-
1
H de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
109
145 140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15
Chemical Shift (ppm)
Clorofórmio-d
140.96
140.42
138.85
128.52
128.35
127.19
77.00
53.67
39.95
24.30
22.59
22.21
(1E
,
3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (
90b
)
(S)
N
22,2
22,6
24,3
40,0
53,7
53,7
127,2
128,4
128,5
138,9
(E)
NO
2
141,0
140,4
RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
):
δ
22,2 (CH
3
); 22,6 (CH
3
); 24,3 (CH); 40,0 (CH
2
); 53,7 (CH + CH
2
); 127,2 (CH); 128,4 (CH); 128,5
(CH); 138,9 (C); 140,4 (CH) e 141,0 (CH) ppm.
Espectro 39: RMN-
13
C de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
110
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20
Chemical Shift (ppm)
Clorofórmio-d
140.96
140.42
138.83
128.52
128.35
127.17
77.00
53.78
53.67
39.95
24.32
22.61
22.23
CH e CH
3
= positivo
C e CH
2
= negativo
(1E,3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (
90b
)
(S)
N
22,2
22,6
24,3
40,0
53,7
53,8
127,2
128,4
128,5
138,8
(E)
NO
2
141,0
140,4
RMN
13
C (50 MHz, CDCl
3
):
d 22,2 (CH
3
); 22,6 (CH
3
); 24,3 (CH); 40,0 (CH
2
); 53,8 (CH); 53,7 (CH
2
); 127,2 (CH); 128,4 (CH); 128,5 (CH);
138,8 (C); 140,4 (CH) e 141,0 (CH) ppm.
Espectro 40: RMN-APT de (1E, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-5-metil-1-nitroexeno (90b).
111
7.7 Síntese do 2-(3-indolil)-2-fenil-1-nitroetano (117):
Reações-Teste.
NO
2
+
N
H
NO
2
NH
A.L. 0,1 Eq., solvente
t.a., 24h
115
116
117
Indol
C
8
H
7
N - 117,15 g/mol
Trans-
β
-nitroestireno
C
8
H
7
NO
2
-149,15g/mol
2-(3-indolil)-2-fenil-1-nitroetano
C
16
H
14
N
2
O
2
- 266,29 g/mol
Em um balão com agitador magnético, pesou-se o ácido de Lewis requerido
para a reação-teste (0,1 eq.). O solvente de escolha para cada reação-teste foi
adicionado (1 mL) e a agitação foi iniciada, à temperatura ambiente. Indol (0,03
g – 0,25 mmol – 1 eq.) solubilizado em 1mL do mesmo solvente e β-
nitroestireno (0,038 g – 0,25 mmol – 1 eq.) também solubilizado no mesmo
solvente foram adicionados ao meio reacional e a reação, conduzida por 24
horas sob agitação e à temperatura ambiente. Após este tempo, a reação foi
interrompida vertendo-se o meio reacional em funil de separação e extraindo-
se com H
2
O (3 x 3 mL), com o intuito de extrair-se o ácido de Lewis presente
no meio. A fase orgânica foi concentrada por evaporação à pressão reduzida,
pesada e uma alíquota foi retirada para posterior análise por cromatografia em
fase gasosa para ser averiguada a porcentagem de conversão dos reagentes
no produto
117.
O produto
117 apresentou fator de retenção (Rf = 0,19, AcOEt/Hexano
20%), enquanto indol e nitroestireno apresentam, respectivamente Rf=0,4 e
Rf= 0,5, AcOEt/Hexano 20%.
112
CG/MS do produto 117 (70 eV): m/z: 266 (íon molecular), 219 (pico base -
perda de HNO
2
).
113
Espectro 41: Fragmentograma de 2-(3-indolil)-2-fenil-1-nitroetano (117).
NO
2
NH
114
Cromatograma 1: Reação-teste utilizando THF/H
2
O como solvente e Yb(OTf)
3
como ácido de Lewis.
Produto 99
Indol
β-Nitroestireno
115
7.8 Síntese dos Adutos de Friedel-Crafts 122-124:
Experimental típico
7.8.1 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-(dibenzilamino)-2-(3-indolil)-4-fenil-1-
nitrobutano (124).
NO
2
N
+
N
H
NO
2
N
NH
124
90c
116
A.L., CHCl
3
70 °C, 10 h
(S)
(E)
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-(dibenzilamino)-1-nitro-
4-fenilbuteno
C
24
H
24
N
2
O
2
- 372,46 g/mol
Indol
C
8
H
7
N - 117,15 g/mol
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-(dibenzilamino)-2-
(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano
C
32
H
31
N
3
O
2
- 489,61 g/mol
(S)
(R)
[
α
]
25
= -31, (1,0; CHCl
3
)
D
A um balão de duas bocas, sob agitação magnética, foi adicionado o ácido
de Lewis (0,15 eq) requerido para a reação e CHCl
3
(1 mL). Em seguida foram
adicionados o nitroalceno
90c (0, 055 g – 0,15 mmol – 1 eq.) e indol (0,017 g-
0,15 mmol – 1eq.), ambos solubilizados em 2 mL de CHCl
3.
A reação foi
conduzida sob aquecimento, em refluxo, a 70°C por 10 horas. Após este
tempo, o aquecimento foi interrompido e, após o meio reacional atingir a
temperatura ambiente, o solvente foi evaporado a pressão reduzida sendo
obtido um óleo marron viscoso. A purificação foi realizada por cromatografia em
coluna do tipo “flash”, utilizando-se gel de sílica com granulometria 0,040mm -
0,063mm 60 Å, utilizando-se uma mistura de AcOEt/Hexano (5 : 95), como
eluente, já que o produto
124 possui Rf muito próximo ao apresentado pelo
indol (0,29 e 0,42 em AcOEt/Hexano 20%). O produto
124, um líquido amarelo
116
viscoso, foi obtido em 55 e 50% de rendimento quando Yb(OTf)
3
e Zn(OTf)
2
foram empregados como ácidos de Lewis, respectivamente.
Dados espectrais da molécula
124:
IV:
3419 (N-H); 3061-3026 (C-H aromáticos); 2924 (ν
assim.
CH
2
); 2850
(
ν
sim.
CH
2
); 1556 (ν
assim.
NO
2
); 1373 (ν
sim.
NO
2
); 1028 (C-N) cm
-1
.
RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
): 2,86 (dd, J=14,7 ; 7,6 Hz, 1H); 3,22 (dd, J = 14,7;
5,9 Hz, 1H); 3.41 (d, J=13,6 Hz, 2H); 3.65 (m, 1H); 3,78 (d, J = 13,6; 2H); 4,09
(m, 1H); 4,46 (dd, J = 12,7; 5,3 Hz, 1H); 4,71 (dd, J= 12,9; 10,3 Hz, 1H); 6,99 -
7,39 (m, 20 H); 8,03 (s, 1H) ppm.
RMN
13
C: RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
): δ 34,0 (CH
2
); 39,2 (CH); 55,3 (CH
2
);
60,3 (CH); 78,9 (CH
2
); 111,15 (CH); 119,4 (CH); 119,6 (CH); 122,31 (CH);
122,37 (CH); 126,5 (CH); 127,1 (CH); 128,3 (CH); 128,7 (CH); 129,2 (CH);
129,3 (CH); 135,9 (C); 139,4 (C); 139,9 (C) ppm.
117
Espectro 42: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
NO
2
N
NH
(S)
(R)
118
RMN
1
H
(400 MHz, CDCl
3
): 2,86 (dd, J=14,7 ; 7,6 Hz, 1H); 3,22 (dd, J = 14,7; 5,9 Hz, 1H); 3.41 (d, J=13,6 Hz, 2H); 3.65 (m, 1H); 3,78 (d, J =
13,6; 2H); 4,09 (m, 1H); 4,46 (dd, J = 12,7; 5,3 Hz, 1H); 4,71 (dd, J= 12,9; 10,3 Hz, 1H); 6,99 - 7,39 (m, 20 H); 8,03 (s, 1H) ppm.
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
Chemical Shift (ppm)
20.25 2.112.031.971.13 1.041.00 1.000.94
M00
M01
1.26
1.28
1.30
2.06
2.82
2.84
2.86
2.87
3.18
3.19
3.21
3.23
3.41
3.44
3.65
3.67
3.78
3.82
4.07
4.13
4.15
4.17
4.43
4.46
4.47
4.71
4.73
4.76
6.99
7.01
7.13
7.17
7.22
7.24
7.29
7.31
7.38
7.39
8.03
H
9
H
8
H
7
H
6
H
5
H
4
H
3
H
2
H
1
4.8 4.7 4.6 4.5 4.4 4.3 4.2 4.1 4.0
Chemical Shift (ppm)
4.78
4.75
4.74
4.72
4.48
4.47
4.45
4.44
4.11
4.10
4.09
4.07
3.75 3.50 3.25 3.00 2.75
Chemical Shift (ppm)
3.84
3.80
3.70
3.69
3.67
3.46
3.43
3.25
3.24
3.22
3.20
2.90
2.88
2.86
2.84
(2R,3S) - N,N - dibenzil - 2 - indolil - 4 - fenil - 1-nitrobutan - 3 - amina (
124
)
NO
2
N
NH
H H
H
H H
H
H
H
1
2
3
6
5
47
8
9
(S)
(R)
H
1
H
2
H
3
H
4
H
5
H
6
H
7
H
8
Espectro 43: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
119
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
34.07
39.22
55.31
60.35
76.73
77.05
77.37
78.90
111.15
112.37
119.47
119.68
122.29
122.35
126.53
127.14
128.39
128.75
129.20
129.36
135.95
139.46
139.99
NO
2
N
NH
(S)
(R)
5
3
1
2
4
6
7
8
9
11
12
13
14
15
16
17
18
10
19
(2
R
,3
S
) - 3-
N
,
N
- dibenzilamino - 2 - (3-indolil) - 4 - fenil - 1 - nitrobutano (
124
)
RMN
13
C
(100 MHz, CDCl
3
):
δ
34,0 (CH
2
); 39,2 (CH); 55,3 (CH
2
); 60,3 (CH); 78,9 (CH
2
); 111,15 (CH); 119,4
(CH); 119,6 (CH); 122,31 (CH); 122,37 (CH); 126,5 (CH); 127,1 (CH); 128,3 (CH); 128,7 (CH); 129,2 (CH);
129,3 (CH); 135,9 (C); 139,4 (C); 139,9 (C) ppm.
1
2
3
4
5
6
17
18
19
Espectro 44: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
120
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chemical Shift (ppm)
34.07
39.24
55.31
60.37
77.05
78.90
111.15
119.47
119.68
122.31
122.37
126.53
127.14
128.39
128.77
129.20
129.36
135.95
139.46
139.99
(2R,3S) - 3-N,N - dibenzilamino - 2 - (3-indolil) - 4 - fenil - 1 - nitrobutano (
124
)
RMN
13
C
(100 MHz, CDCl
3
):
δ
34,0 (CH
2
); 39,2 (CH); 55,3 (CH
2
); 60,3 (CH); 78,9 (CH
2
); 111,15 (CH); 119,4
(CH); 119,6 (CH); 122,31 (CH); 122,37 (CH); 126,5 (CH); 127,1 (CH); 128,3 (CH); 128,7 (CH); 129,2 (CH);
129,3 (CH); 135,9 (C); 139,4 (C); 139,9 (C) ppm.
CH e CH
3
= positivo
C e CH
2
= negativo
1
2
3
4
5
6
17
18
19
NO
2
N
NH
(S)
(R)
5
3
1
2
4
6
7
8
9
11
12
13
14
15
16
17
18
10
19
Espectro 45: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
121
8 7 6 5 4 3 2 1 0
ppm
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
ppm
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (
124
)
NO
2
N
NH
(S)
(R)
Espectro 46: COSY (
1
H x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
122
8 7 6 5 4 3 2 1 0
ppm
24
32
40
48
56
64
72
80
88
96
104
112
120
128
136
144
ppm
(2R,3S)-3-N,N-dibenzilam ino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (
124
)
NO
2
N
NH
(S)
(R)
Espectro 47: HSQC (
13
C x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
123
Cromatograma 2: (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124) purificado.
NO
2
N
NH
(S)
(R)
124
Espectro 48:Fragmentograma de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-4-fenil-1-nitrobutano (124).
NO
2
N
NH
(S)
(R)
125
7.8.2 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano
(122).
NO
2
N
+
N
H
NO
2
N
NH
122
90a
116
A.L., CHCl
3
70 °C, 10 h
(S)
(E)
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-
1-nitrobuteno
C
18
H
20
N
2
O
2
-296,36g/mol
Indol
C
8
H
7
N - 117,15 g/mol
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-2-
(3 - indolil)-1-nitrobutano
C
26
H
27
N
3
O
2
-413,51g/mol
(S)
(R)
[
α
]
25
= -38, (1,2; CHCl
3
)
D
O produto 122, um líquido amarelo viscoso, apresentou Rf 0,33 em
AcOEt/Hexano 20%, sendo purificado por cromatografia de gel de sílica flash,
tendo como eluente AcOEt/Hexano 5% .
Dados espectrais da molécula
122:
IV:
3425 (N-H); 2962 (ν
assim
CH
3
); 2926 (ν
assim.
CH
2
); 2872 (ν
sim.
CH
3
); 2853
(
ν
sim.
CH
2
); 1556 (ν
assim.
NO
2
); 1338 (ν
sim.
NO
2
); 1028 (C-N) cm
-1
.
RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
): δ 1,23 (d, 3H); 3,34 (d, J = 13,7Hz; 2H); 3,40
(m
sobreposto
, 1H); 3,71 (d, J = 13,7 Hz, 2H); 4,00 (m, 1H); 4,60 (dd, 5,3; V Hz, 1H);
4,80 (dd, 3,4; B Hz, 1H); 6,84 - 7,46 (m, 16H); 8,02 (s, 1H) ppm.
RMN
13
C (400 MHz, CDCl
3
): δ 11,61 (CH
3
); 40,66 (CH); 54,62 (CH
2
); 54,97
(CH); 78,67 (CH
2
); 111,18 (CH); 112,82 (C); 119,29 (CH); 119,67 (CH); 122,16
(CH); 122,30 (CH); 126,93 (CH); 128,22 (CH); 128,81 (CH); 129,20 (CH);
136,11 (C); 139,67 (C) ppm.
126
Espectro 49: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
NO
2
N
NH
(S)
(R)
127
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
Chemical Shift (ppm)
16.71 4.973.542.201.151.11 1.04
M00
8.02
7.46
7.44
7.42
7.37
7.35
7.31
7.25
7.23
7.16
7.15
7.14
7.04
7.02
6.93
6.88
6.87
6.84
5.32
4.83
4.81
4.80
4.78
4.64
4.62
4.60
4.59
4.03
4.01
4.00
3.99
3.84
3.76
3.74
3.71
3.59
3.43
3.40
3.37
3.34
3.31
2.35
2.32
2.30
2.26
2.23
2.08
1.85
1.80
1.77
1.68
1.66
1.63
1.40
1.36
1.30
1.25
1.23
1.20
0.96
0.94
0.92
0.92
0.90
0.87
0.11
(2
R
,3
S
) - 3-
N
,
N
- dibenzilamino - 2 - (3-indolil) - 1 - nitrobutano (
122
)
RMN
1
H
(400 MHz, CDCl
3
):
δ
1,23 (d, 3H); 3,34 (d, J = 13,7Hz; 2H); 3,40 (m
sobreposto
, 1H); 3,71 (d, J = 13,7 Hz, 2H); 4,00 (m, 1H);
4,60 (dd; 5,4; 12,7 Hz, 1H); 4,80 (dd; 9,3; 12,7 Hz, 1H); 6,84 - 7,46 (m, 16H); 8,02 (s, 1H)
2
3
4
5
6
7
8
NO
2
N
H H
H
H
1
5
36
7
(S)
(R)H
H
H
NH
8
H
4
H
2
4.85 4.80 4.75 4.70 4.65 4.60 4.55
Chemical Shift (ppm)
1.151.04
4.83
4.81
4.80
4.78
4.64
4.62
4.60
4.59
4.57
3.7 3.6 3.5 3.4 3.3
Chemical Shift (ppm)
3.542.20
3.80
3.76
3.74
3.71
3.59
3.43
3.40
3.37
3.35
3.34
3.31
1.275 1.250 1.225 1.200
Chemical Shift (ppm)
4.97
Espectro 50: RMN-
1
H de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
128
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5
Chemical Shift (ppm)
11.61
40.66
54.62
54.97
76.74
77.06
77.38
78.67
111.18
112.82
119.29
119.67
122.16
122.30
126.93
128.22
128.81
129.20
136.11
139.67
(2S, 3R) - 3-N, N - dibenzilamino - 2 - (3-indolil) - 1 - nitrobutano (
122
)
RMN
13
C
(400 MHz, CDCl
3
):
δ
11,61 (CH
3
); 40,66 (CH); 54,62 (CH
2
); 54,97 (CH); 78,67 (CH
2
); 111,18 (CH); 112,82 (C); 119,29
(CH); 119,67 (CH); 122,16 (CH); 122,30 (CH); 126,93 (CH); 128,22 (CH); 128,81 (CH); 129,20 (CH); 136,11 (C); 139,67 (C)
ppm.
2
3
4
5
6
7
16
17
Clorofórmio-d
NO
2
N
(S)
(R)
NH
1
2
3
4
5
6
8
9
10
12
13
14
15
16
17
Espectro 51: RMN-
13
C de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
129
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5
Chemical Shift (ppm)
11.62
40.66
54.62
54.97
78.67
111.18
112.81
118.98
119.28
119.66
122.16
122.30
126.92
128.21
128.81
129.20
136.11
139.67
(2
S
, 3
R
) - 3-
N
,
N
- dibenzilamino - 2 - indolil - 1 - nitrobutano (
122
)
RMN
13
C
(400 MHz, CDCl
3
):
δ
11,61 (CH
3
); 40,66 (CH); 54,62 (CH
2
); 54,97 (CH); 78,67 (CH
2
); 111,18 (CH); 112,82 (C); 119,29
(CH); 119,67 (CH); 122,16 (CH); 122,30 (CH); 126,93 (CH); 128,22 (CH); 128,81 (CH); 129,20 (CH); 136,11 (C); 139,67 (C)
ppm.
NO
2
N
(S)
(R)
NH
CH e CH
3
= positivo
C e CH
2
= negativo
Espectro 52: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
130
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
ppm
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
7.0
7.5
8.0
8.5
9.0
9.5
ppm
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (
122
)
NO
2
N
NH
(S)
(R)
Espectro 53: COSY (
1
H x
1
H) de (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
131
Espectro 54: Fragmentograma de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-1-nitrobutano (122).
NO
2
N
NH
(S)
(R)
132
7.8.3 Síntese do (2R, 3S)-3-N, N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-5-metil-1-
nitroexano (123).
NO
2
N
+
N
H
NO
2
N
NH
123
90b
116
A.L., CHCl
3
70 °C, 10 h
(S)
(E)
(1E,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-
1-nitroexeno
C
21
H
26
N
2
O
2
- 338,44 g/mol
Indol
C
8
H
7
N - 117,15 g/mol
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-2-
(3-indolil)-5-metil-1-nitroexano
C
29
H
33
N
3
O
2
-455,59g/mol
(S)
(R)
O produto 123, um líquido amarelo viscoso, apresentou Rf 0,16 em
AcOEt/Hexano 10%, sendo purificado por cromatografia de gel de sílica flash
tendo como eluente AcOEt/Hexano 5%.
Dados espectrais da molécula
123:
IV:
3423 (N-H); 3028-3061 (C-H aromáticos); 2954 (ν
assim.
CH
3
); 2929 (ν
assim.
CH
2
); 2868 (ν
sim.
CH
3
); 2850 (ν
sim.
CH
2
); 1580 (ν
assim.
NO
2
); 1381 (ν
sim.
NO
2
);
1149 (C-N) cm
-1
.
RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
): δ 22,5 (CH
3
); 22.8 (CH
3
); 23,5 (CH); 25,7 (CH);
35,7 (CH
2
); 37,0 (CH); 39,0 (CH
2
); 55,4 (CH
2
); 57,1 (CH); 79,0 (CH
2
); 79,5
(CH
2
); 111,2 (CH); 111,4 (CH); 112,2 (C);118,9 - 129,3 (CH); 136,4 (C); 139,66
(C); 139,9 (C) ppm.
133
Espectro 55: Infravermelho de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-2-(3-indolil)-5-metil-1-nitroexano (123).
NO
2
N
NH
(S)
(R)
134
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8
Chemical Shift (ppm)
22.53
23.59
25.75
35.70
37.08
39.02
41.41
53.45
55.49
57.16
76.74
77.06
77.37
79.01
79.53
111.24
111.45
112.24
113.13
118.96
119.78
121.91
122.29
122.81
127.10
128.42
128.83
129.32
135.75
136.57
139.66
139.96
NO
2
N
NH
(S)
(R)
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-nitroexano (
123
)
RMN
13
C
(100 MHz, CDCl
3
):
δ
22,5 (CH
3
); 22.8 (CH
3
); 23,5 (CH); 25,7 (CH); 35,7 (CH
2
); 37,0
(CH); 39,0 (CH
2
); 55,4 (CH
2
); 57,1 (CH); 79,0 (CH
2
); 79,5 (CH
2
); 111,2 (CH); 111,4 (CH); 112,2
(C);118,9 - 129,3 (CH); 136,4 (C); 139,66 (C); 139,9 (C) ppm.
Espectro 56: RMN-
13
C de (2R, 3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-nitroexano (123).
135
140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chemical Shift (ppm)
22.54
22.86
23.59
25.75
35.70
37.08
39.02
55.49
57.16
77.05
79.01
79.53
111.22
111.44
112.23
118.96
119.78
121.90
122.79
127.10
128.40
128.82
129.32
136.42
139.66
139.94
(2
R
,3
S
)-3-
N
,
N
-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-nitroexano (
123
)
NO
2
N
NH
(S)
(R )
CH
3
e CH = positivo
CH
2
e C = negativo
RMN
13
C
(100 MHz, CDCl
3
):
δ
22,5 (CH
3
); 22.8 (CH
3
); 23,5 (CH); 25,7 (CH); 35,7 (CH
2
); 37,0 (CH); 39,0 (CH
2
);
55,4 (CH
2
); 57,1 (CH); 79,0 (CH
2
); 79,5 (CH
2
); 111,2 (CH); 111,4 (CH); 112,2 (C);118,9 - 129,3 (CH); 136,4
(C); 139,66 (C); 139,9 (C) ppm.
Clorofórmio-d
Espectro 57: RMN-APT de (2R,3S)-3-N,N-dibenzilamino-5-metil-2-(3-indolil)-1-nitroexano (123).
136
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