entre outros. A dinâmica das inovações baseia-se, principalmente, naquelas que se referem ao
produto, através do aprimoramento do design e da utilização de novos materiais. A qualidade
do produto final é julgada de acordo com as seguintes variáveis principais: material, design e
durabilidade, entre outras.
Dessa forma, a introdução de novas matérias-primas além das tradicionais madeiras
nobres, cuja comercialização, devido a preocupações ambientais, encontra-se hoje restrita,
também vem influenciando tanto o processo produtivo como o mercado consumidor. Entre as
novas matérias-primas, destacam-se o Medium-Density Fiberboard (MDF), diversos materiais
para revestimento e novas madeiras reflorestáveis, como o eucalipto, que vem sendo
introduzido na indústria moveleira em algumas regiões do Brasil.
Ainda, segundo Gorini (1998), devido à extinção de espécies e às restrições
ambientais, novas madeiras começam a penetrar no mercado mundial. Cabe destacar o pínus,
que substitui a araucária no Brasil, devendo-se mencionar, o eucalipto, que já é utilizado em
países como Nova Zelândia, Austrália, Chile, entre outros, para a confecção de móveis.
Além disso, os progressos adquiridos nas técnicas de acabamento permitem fazer com
o pínus, móveis com ótima apresentação. A variedade de matérias-primas trouxe consigo
outra tendência: a de misturar diferentes materiais na confecção do móvel, prática que, em
geral, barateia o custo final, mantendo o mesmo patamar de qualidade.
Como exemplo disso, é mais recomendável utilizar o MDF nas partes frontais do
móvel, que requerem design mais trabalhado e, portanto, maior usinagem, enquanto para os
fundos usa-se a chapa dura e para as prateleiras e laterais o aglomerado. Assim, os diversos
tipos de materiais são complementares uns aos outros, e não concorrentes entre si. O
sofisticado design do móvel italiano, em geral, mistura metais, madeira, vidro, pedra, couro,
entre outros materiais.
Todas as transformações acima tiveram grande influência sobre o mercado
consumidor, colaborando para a sua expansão. A massificação do consumo ocorreu em
muitos segmentos da indústria moveleira, especialmente no de móveis lineares (retilíneos),
confeccionados a partir de painéis de madeira reconstituída. Nesses segmentos, o ciclo de
reposição de móveis, por parte dos usuários, sofreu forte redução, principalmente nos países
desenvolvidos, aumentando o dinamismo da indústria, ou seja, aos poucos os móveis vêm
perdendo a característica de bens duráveis de longa duração.
Por outro lado, o novo estilo de vida da sociedade moderna, passou a priorizar maior
funcionalidade e conforto, e introduziu novos conceitos ao projeto do produto. Parcela