materiais, ou produtos histocompatíveis, em Medicina Humana e em Medicina
Veterinária (FREDEL e BARRA, 2004),
Segundo Boretos e Eden (1984), o conceito de biomaterial refere-se a qualquer
nova substância desenvolvida, exceto as drogas medicamentosas, ou se reporta, ainda,
à elaboração de uma combinação estável de substâncias, com origem sintética ou
natural. Estas devem poder ser usadas, durante qualquer período de tempo, em parte,
ou no todo, sobre uma parte de um sistema orgânico, ou em uma parte de um
segmento orgânico, lesado ou sob injúria, aos quais se trata ou se repara
cirurgicamente.
Um biomaterial, além do que foi considerado, configura-se em um “produto” que
possa substituir qualquer tecido, órgão, ou até mesmo beneficiar a recuperação e o re-
equilíbrio de uma função orgânica determinada, antes prejudicada e mostrando
seqüelas na parte somática do corpo. Eles podem ser originários de processos de
tratamentos químicos e físicos de materiais, inclusive aqueles de natureza biológica
(FRANKE, 2003). Ele também pode ter origem sintética, representando às vezes, um
produto elaborado a partir de uma combinação estável de substâncias. O implante de
materiais sintéticos, contudo, continua sendo um desafio a ser empregado no reparo de
cirurgias estéticas, embora o uso de moldes de silicone tivesse, até hoje, obtido um
relativo sucesso na cirurgia mamária (BORETOS e EDÉN, 1984).
“Biocompatibilidade”, segundo Williams (1987), refere-se à habilidade,
desempenho adequado ou favorável, que ocorre entre um material produzido para
implante cirúrgico, ou para inclusão biológica, e os tecidos circunjascentes, bem como a
obtenção de uma resposta orgânica apropriada do hospedeiro, em termos da aplicação
específica daquele material (FRANKE, 2003).
Com a finalidade de realizar implantes ou inclusões, para reparo cirúrgico, muitos
materiais foram utilizados, sendo tanto “produtos” sintéticos como materiais de natureza
biológica (MARQUES, 1984).
No Reino Unido, em 1937, iniciou-se a utilização de resinas sintéticas, tais como
o polietileno e o metacrilato de metila, com objetivos de bioimplantação cirúrgica. Desde
então, outros materiais foram desenvolvidos, tais como o silicone, o
“politetrafluoretileno”, o polietileno poroso e a poliamida, podendo ser veiculados em