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impostos devidamente quitados) apenas são conhecidos seus nomes, idade,
condição matrimonial e profissão, como também o valor por elas arrematado
pelo seu antigo senhor.
A escrava Maria, de vinte e seis anos, de profissão, cozinheira, solteira,
fora vendida por um conto e quinhentos mil réis, mas levou consigo seu filho
Tobias, (vendidos mãe e filho). Maria Roza, de vinte anos, mucama, não se
sabe sua condição matrimonial, também vendida por um conto e quinhentos mil
réis.
Ambas renderam a seu senhor três contos de réis e ao Tesouro Imperial,
o imposto de meia siza
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, tudo devidamente documentado e na presença de
duas testemunhas
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.
Assim como no caso das referidas escravas, outros escravos foram
comprados ou vendidos entre os anos de 1869 e 1870, muitos com o registro
de alguma profissão ou especialização: Paula, 25 anos, preta crioula, mucama
de serviço doméstico por um mil réis; Damasio, 40 anos, preto crioulo, pedreiro,
solteiro por quinhentos réis; Benedito, dez anos, preto crioulo, de serviço
doméstico por um mil, cento e cinquenta réis; Eva, 15 anos, mulata crioula, de
serviço doméstico por seiscentos e cinquenta réis; José, 15 anos, preto crioulo,
sem profissão por um mil, seiscentos e cinquenta réis; Antonio, 11 anos, preto
crioulo, de serviço doméstico por um mil réis; José, 15 anos, preto crioulo, de
serviço de roça por quinhentos réis; Thomé, 40 anos, preto de Nação, de
serviço de roça por um mil e seiscentos réis; Joaquim, 28 anos, preto crioulo,
de serviço de roça, solteiro por um mil e quatrocentos réis; Paulo, 30 anos,
preto crioulo, serviço de mestiço e roça, vendido com seu filho Benedito de 10
anos, ambos por três mil réis; Henrique, 8 anos, preto crioulo por um mil réis;
Eva, preta crioula, vendida com seus filhos Epifânio, pardo, de 3 anos e
Evaristo preto de 1 ano por dois mil réis a prazo (letra para 12 meses); Izidoro,
18 anos, preto crioulo, de serviço de roça, solteiro, por dois mil réis; Sabina, 22
anos, preta crioula, de seviço doméstico por um mil e oitocentos réis; Maria, 24
anos, parda crioula por um mil e quatrocentos réis (setecentos réis a vista e
17
Este imposto sobre venda de escravos girava em torno de trinta mil réis por escravo durante
aquele ano.
18
Livro de Escrituras de Compra e Venda de Escravo, 1869-1870, livro 2 e 3.