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INSTITUTO BIOLÓGICO
PÓS-GRADUAÇÃO
LEVANTAMENTO, DIMENSIONAMENTO DE DANOS E MANEJO
DE CUPINS SUBTERRÂNEOS E FORMIGAS CARPINTEIRAS EM
ARBORIZAÇÃO URBANA.
FRANCISCO JOSÉ ZORZENON
Dissertação apresentada ao Instituto
Biológico, da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios, para
obtenção do título de Mestre em Sanidade,
Segurança Alimentar e Ambiental no
Agronegócio.
Área de Concentração: Sanidade Vegetal,
Segurança Alimentar e o Ambiente.
Orientadora: Dra. Ana Eugênia de
Carvalho Campos
São Paulo
2009
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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
INSTITUTO BIOLÓGICO
Pós-Graduação
Av. Cons. Rodrigues Alves 1252
CEP 04014-002 - São Paulo – SP
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome do candidato: Francisco José Zorzenon
Título: LEVANTAMENTO, DIMENSIONAMENTO DE DANOS E MANEJO DE
CUPINS SUBTERRÂNEOS E FORMIGAS CARPINTEIRAS EM ARBORIZAÇÃO
URBANA.
Orientadora: Dra. Ana Eugênia de Carvalho Campos
Dissertação apresentada ao Instituto
Biológico da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios para
obtenção do título de Mestre em
Sanidade, Segurança Alimentar e
Ambiental no Agronegócio.
Área de Concentração:
SANIDADE
VEGETAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E O
AMBIENTE.
Aprovada em:
Banca Examinadora
Assinatura:
Prof. (a) Dr.(a): Ana Eugênia de Carvalho Campos (orientadora)
Instituição: Instituto Biológico
Assinatura:
Prof. (a) Dr.(a): Marcos Roberto Potenza
Instituição: Instituto Biológico
Assinatura:
Prof. (a) Dr.(a): Odair Correa Bueno
Instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
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DADOS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
Núcleo de Informação e Documentação - Biblioteca
Instituto Biológico
Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Zorzenon, Francisco José
Levantamento, dimensionamento de danos e manejo de cupins subterrâneos e formigas
carpinteiras em arborização urbana / Francisco José Zorzenon. – São Paulo, 2009.
133 p.: il.
Dissertação (Mestrado) Instituto Biológico (São Paulo). Programa de Pós-Graduação.
Área de concentração: Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente
Linha de pesquisa: Manejo integrado de pragas e doenças em ambientes rurais e urbanos.
Orientador: Ana Eugênia de Carvalho Campos
Versão do título para o inglês: Survey, dimension of damage and management of subterranean
termites and carpenter ants in urban trees.
1. Arborização urbana 2. Cupins subterrâneos 3. Formigas carpinteiras 4. Danos 5. Infestação
e Controle 6. Levantamento I.Campos, Ana Eugênia de Carvalho II. Instituto Biológico (São
Paulo). Programa de Pós-Graduação III. Título
IB/Bibl /2009/020
i
DEDICATÓRIAS
Dedico este trabalho à minha esposa Carla, exemplo de ternura, paciência e amor a
mim proporcionados em todos os momentos de nossas vidas juntos.
A meu primo e pesquisador científico Renato Borgonovi (in memoriam), por seus
ensinamentos de vida e no campo da ciência.
Ofereço a minhas doces filhas Giulia e Helena, frutos de um lar de amor e harmonia.
Ofereço a minha querida irmã Graça, pelo fato de se fazer sempre presente em
minha vida. Agradeço a Deus por você existir.
A minha orientadora e querida amiga Dra. Ana Eugênia C. Campos, modelo de
profissionalismo, inteligência e amor à ciência.
Agradeço e dedico principalmente a Deus e a meus pais Antonio e Helena, almas
iluminadas por Ele, que me fizeram trilhar por caminhos seguros. Sem vocês a minha vida
não teria sentido nem existência.
ii
AGRADECIMENTOS
Ao meu estimado amigo Douglas de Oliveira Rodrigues, pelo auxílio com as fórmulas
matemáticas, pela força e companheirismo. Nas maiores dificuldades do trabalho e da
minha vida, você sempre esteve lá.
Ao pesquisador Profº Dr. Odair Bueno, exemplo de dedicação à pesquisa científica,
agradeço pelas valiosas sugestões.
Aos meus mais que amigos, os cunhados e cientistas natos, Rubens Madi e André
Tozetti, agradeço pelas sugestões e apoio.
Ao colega e grande amigo pesquisador científico João Justi Junior, meus
agradecimentos pelas idéias e incentivo.
Ao meu “irmão”, Francisco Carlos P. Ribeiro, pelo apoio e profunda amizade.
Agradeço ainda pelo auxílio e amizade incondicional, aos amigos: Rodrigo Menon,
Joaquim Bicudo, Eraldo Tarallo, Adriano Alencar, José Carlos Ferreira, Francisco Honório,
Caroline Oliveira, Ivy de Sá, Anderson Rocha, Anderson Farias, Danillo Mitsujima, Marcello
Boock e a meu amigo e técnico de laboratório José Ap. Ribeiro da Rocha. Certamente sem
a ajuda e amizade de vocês, eu não teria conseguido. A todos os estagiários e ex-
estagiários do Laboratório de Entomologia Geral, amigos que tive a honra de orientar.
Aos integrantes da Sociedade Amigos da Colina das Flores, Cidade Jardim, São
Paulo, meus respeitosos agradecimentos e em especial a Dra. Camila.
Aos professores e colegas de turma, meus mais sinceros reconhecimentos.
Aos mais que colegas, verdadeiros irmãos de jornada científica, pesquisadores
científicos que de alguma forma me auxiliaram e me fortaleceram, Marcos Roberto Potenza,
Valmir Antonio Costa, Miguel Francisco de Souza Filho, José Eduardo Marcondes de
Almeida, Tércio Barbosa de Campos, Eliana C. Bergmann, Ana Maria de Faria, Silvia D.
Imenes, Márcia Rebouças e Pedro Antonio Federsoni Jr., meu muito obrigado.
iii
Aos diretores Eduardo Nogueira e Antonio Batista Filho, pela confiança e por
acreditar em meu empenho.
Ao amigo Walter Graeber, bibliotecário do Instituto Biológico, pela ficha catalográfica.
Aos funcionários da secretaria da Pós-graduação, meus sinceros agradecimentos.
Ao Instituto Biológico e a todos os colegas de serviço público, uma “família” que faz
parte integrante da minha história. A todos que de alguma forma me ajudaram a concluir
mais este trabalho em minha vida de pesquisa científica, meu muito obrigado.
iv
Comece fazendo o que é necessário,
depois o que é possível e
de repente, você estará fazendo o impossível."
Francisco de Assis
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um
novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim”.
Chico Xavier
“A arte da vida consiste em
fazer da vida uma obra de arte”.
Mahatma Gandhi
v
RESUMO
Devido à urbanização crescente e a ocupação desordenada de espaços naturais
houve o agravamento das infestações por cupins subterrâneos e formigas carpinteiras tanto
em árvores, quanto em edificações, parques e jardins. O diagnóstico geral de árvores, com
visualização de declínio, amarelecimento, queda prematura de folhas, lesões e rachaduras
entre outras, aventa a probabilidade de infestações termíticas e por formigas carpinteiras. A
prospecção interna de árvores vem como uma ferramenta auxiliar na precisão do
diagnóstico arbóreo, estimando danos e determinando a probabilidade de tombamentos
prematuros, visando evitar acidentes. Foram avaliados 1477 espécimes botânicos
representados por árvores e palmeiras urbanas, presentes em jardins, praças e ruas
públicas. A pesquisa foi realizada em área denominada Sociedade Amigos da Colina das
Flores, no bairro Cidade Jardim na cidade de São Paulo entre Janeiro de 2004 a Agosto de
2008. O intuito foi o de determinar as espécies de cupins subterrâneos e formigas
carpinteiras existentes, avaliar a presença de infestação na população arbórea e evidenciar
a relação destas pragas com espécies nativas e exóticas, bem como realizar tratamentos
curativos visando o controle das pragas citadas quando encontradas e qualificar sua
eficiência. A amostragem arbórea determinou 29 famílias e 52 espécies botânicas,
agrupadas em quatro conjuntos denominados Exóticas, Nativas, Palmeiras e Outras. A área
avaliada possui uma rica diversidade arbórea, onde as árvores nativas são predominantes,
seguidas numericamente pelas exóticas. Cupins subterrâneos das espécies Coptotermes
gestroi Wasmann, 1896, Heterotermes tenuis (Hagen.), Nasutitermes corniger
(Motstchulsky, 1855), Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) e formigas carpinteiras
Camponotus atriceps (Fr. Smith, 1858) Camponotus crassus (Mayr, 1862), Camponotus
sericeiventris (Guérin, 1834), Camponotus rufipes (Fabricius, 1775), Camponotus renggeri
(Emery, 1894) e uma espécie denominada Camponotus sp.1, foram identificadas na área de
estudo, infestando a população arbórea. Todas as espécies encontradas na arborização
avaliada são de relevância econômica, podendo infestar árvores saudáveis, assim como
edificações presentes na região. Os resultados obtidos comprovam diferenças significativas
entre os grupos e entre espécies botânicas para danos de C. gestroi onde Sibipiruna (nativa)
vi
e Jacarandá-mimoso (exótica) se mostraram mais sensíveis a infestações da praga. As
árvores Ipê (nativa) Plátano e Resedá (exóticas) foram as que menos apresentaram
ocorrência de danos por C. gestroi. A correlação entre CAP (Circunferência a Altura do
Peito) e os danos internos por C. gestroi, foi significativa para a grande maioria das espécies
botânicas, havendo portanto, uma relação quanto maior a CAP maior o dano interno. Para
as outras espécies de cupins houve significância para N. opacus (maior frequência em
Espatódea / Exóticas) e N. corniger (maior frequência no agrupamento Outras). A
metodologia de prospecção de árvores mostrou-se eficiente, de baixo custo e de elevada
praticidade, quando comparada a outros métodos de avaliação interna de danos. C. atriceps
revelou-se predominante em todas as espécies botânicas avaliadas, mas com maior
ocorrência em Sibipiruna e Tipuana. As espécies C. crassus, C. sericeiventris, C. renggeri,
foram encontradas em níveis pouco significativos, assim como Camponotus sp.1., não
havendo preferência por nenhum dos componentes da população arbórea estudada. C.
rufipes foi significativamente encontrada no grupo Palmeiras, denotando ser propensa a sua
observação na família Arecaceae. O controle químico efetuado foi 100% eficiente para
cupins subterrâneos, não havendo reinfestações no período avaliado, enquanto que para
Camponotus houve uma redução do nível de infestação
de 7,49% para 2,43%, devido as
sucessivas reinfestações apresentadas por C. atriceps.
vii
ABSTRACT
Due to increasing urbanization and chaotic occupation of natural areas occurred the
aggravation of subterranean termite and carpenter ant infestations in trees, buildings, parks
and gardens. The general diagnosis of trees observing their decline, chlorotics, premature
drop of leaves, cracks and injuries raises the likelihood of infestation by termites and
carpenter ants. The prospect of internal trees comes as an auxiliary tool in the accuracy of
the tree diagnosis, estimating damage and determining the likelihood of premature falling, in
order to prevent accidents. We evaluated 1477 botanical specimens represented by urban
trees and palm trees, in gardens, public squares and streets. The study was conducted in an
area known as Sociedade Amigos da Colina das Flores in the Cidade Jardim neighborhood
in São Paulo, from January 2004 to August 2008. The purpose was to determine the species
of subterranean termites and carpenters ants, to evaluate infestations in the tree specimens
and show the relationship of these pests with native and exotic botanical species, as well as
to perform curative treatments in order to control the pest besides qualifying their efficiency.
We found 29 families and 52 botanical specimens, grouped in four sets called Exotic, Native,
Palm Trees and Others. The area has a rich botanic diversity, with predominant native tree
species, followed by exotic ones numerically. Species of subterranean termites Coptotermes
gestroi Wasmann, 1896, Heterotermes tenuis (Hagen.), Nasutitermes corniger
(Motstchulsky, 1855), Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) and carpenters ants
Camponotus atriceps (Friar Smith, 1858) Camponotus crassus (Mayr, 1862 ), Camponotus
sericeiventris (Guérin, 1834), Camponotus rufipes (Fabricius, 1775), Camponotus renggeri
(Emery, 1894) and a species called Camponotus sp.1, were identified in the studied area,
infesting the tree population. All termite and ant species found are of economic importance
and can infest healthy trees and buildings in the region. The results show significant
differences among the four sets with damages of C. gestroi, mainly on a native tree
(Sibipiruna) and on na exotic plant (Jacarandá-mimoso). Ipê (native), Plátano and Resedá
(native) were the least damaged by C. gestroi. The correlation of the chest and height
circumference versus internal damage by C. gestroi was significant for the great majority of
plants, showing bigger Chest Height circumference, greater internal damage. For the other
viii
termite species it was found significance for N. opacus damages (more often on Espatódea -
Exotic) and for N. corniger (more often in others). The methodology of termite prospecting
was efficient, with low cost and with high practicality, when compared to other methods of
measuring internal damages. C. atriceps proved to be predominant in all the botanical
species assessed during the years of research, with but more frequent on Sibipiruna and
Tipuana. The species C. crassus, C. sericeiventris, C. renggeri, were found in less
significative levels, as well as Camponotus sp.1. also showing no preference for any of the
tree sets. C. rufipes was significantly found in the group of Palm Trees, showing higher
densities in the family Arecaceae. Chemical control was 100% efficient for subterranean
termites and reinfestations were not observed. For Camponotus control it was noticed a
reduction of infestation of 7.49% to 2.43% due to successive reinfestations by C. atriceps.
ix
LISTA
DE TABELAS
Tabela 1 Nomes populares, nomes científicos e famílias botânicas encontrados em área
urbana determinada no bairro Cidade Jardim, na cidade de São Paulo, nos anos
de 2004 a 2008....................................................................................................54
Tabela 2 Frequência e porcentagem dos agrupamentos botânicos, Nativas, Exóticas,
Palmeiras e Outras, encontrados em área urbana determinada no bairro Cidade
Jardim, na cidade de São Paulo, nos anos de 2004 a
2008.....................................................................................................................58
Tabela 3 Frequência e estatística descritiva de árvores e palmeiras urbanas dos grupos
estudados, encontrados em área urbana determinada no bairro Cidade Jardim
na cidade de São Paulo, nos anos de 2004 a
2008.....................................................................................................................60
Tabela 4 Análise das correlações entre porcentagem de dano de Coptotermes gestroi e
valores de CAP em árvores nativas e exóticas....................................................72
x
LISTA
DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Porcentagem de árvores danificadas por cupins subterrâneos encontrados em
área urbana determinada no bairro Cidade Jardim, na cidade de São Paulo, nos
anos de 2004 a 2008..............................................................................................62
Gráfico 2 Representatividade termítica na população botânica.............................................63
Gráfico 3 Ocorrência de danos termíticos nos quatro grupos botânicos estudados..............64
Gráfico 4 Comparação entre os quatro grupos (Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras)
quanto a presença de danos de Coptotermes gestroi (Teste Qui-quadrado:
X
2
=87,62; GL=3; P<0,001).....................................................................................65
Gráfico 5 Comparação entre os quatro grupos (Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras)
quanto a presença de danos de Neocapritermes opacus (Teste exato de Fisher
P=0,015).................................................................................................................66
Gráfico 6 Comparação entre os quatro grupos (Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras)
quanto a presença de danos de Nasutitermes corniger (Teste exato de Fisher
P=0,008).................................................................................................................67
Gráfico 7 Comparação entre sete espécies de árvores nativas quanto a porcentagem de
dano de Coptotermes gestroi (Teste Qui-quadrado: X
2
=76,21; GL=6;
P<0,001).................................................................................................................69
Gráfico 8 Comparação entre nove espécies de árvores exóticas quanto a porcentagem de
dano de Coptotermes gestroi (Teste Qui-quadrado: X
2
=75,60; GL=8;
P<0,001).................................................................................................................70
Gráfico 9 Comparação entre nove espécies de árvores exóticas quanto a porcentagem de
dano de Neocapritermes opacus (Teste exato de Fisher: P<0,001)......................71
xi
Gráfico 10 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi em Gochnatia
polymorpha (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,3907;
P=0,0485)..........................................................................................................73
Gráfico 11 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi em Erythrina
speciosa (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,3271; P=0,0450)
...........................................................................................................................73
Gráfico 12 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Caesalpinia ferrea var. leiostachya (Coeficiente de correlação de Spearman
r=0,4919; P=0,0002)........................................................................................74
Gráfico 13 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Piptadenia gonoacantha (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,6689;
P<0,0001)..........................................................................................................74
Gráfico 14 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Tibouchina granulosa (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,5763;
P<0,0001)..........................................................................................................75
Gráfico 15 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Coeficiente de correlação de
Spearman r=0,5652; P<0,0001)........................................................................75
Gráfico 16 Correlação da CAP versus danos internos de C. gestroi para Tabebuia spp.
(Coeficiente de correlação de Spearman r=0,1203; P=0,2880)...........................76
Gráfico 17 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para Ligustrum
lucidum (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,5623;
P=0,0042)..........................................................................................................77
Gráfico 18 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Spathodea campanulata (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,4075;
P=0,0060)..........................................................................................................78
Gráfico 19 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para Delonix
regia (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,6321; P<0,0001)
...........................................................................................................................78
Gráfico 20 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Jacaranda mimosifolia (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,6488;
P<0,0001) .........................................................................................................79
xii
Gráfico 21 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para Pinus
elliottii (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,5473; P<0,0001)
...........................................................................................................................79
Gráfico 22 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para
Lagerstroemia indica (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,2579;
P=0,0299) .........................................................................................................80
Gráfico 23 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para Tipuana
tipu (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,7169; P<0,0001)
...........................................................................................................................80
Gráfico 24 Correlação da CAP versus danos internos de Coptotermes gestroi para Bauhinia
variegata (Coeficiente de correlação de Spearman r=0,1234; P=0,4667)
...........................................................................................................................81
Gráfico 25 Porcentagem de ocorrência das espécies de Camponotus na população
estudada...............................................................................................................82
Gráfico 26 Representatividade das espécies de Camponotus na população botânica
.............................................................................................................................83
Gráfico 27 Porcentagem de ocorrência de Camponotus nos quatro grupos botânicos
...........................................................................................................................85
Gráfico 28 Comparação entre os quatro grupos (Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras)
quanto a presença de danos de Camponotus atriceps (Teste exato de Fisher
P=0,934)............................................................................................................86
Gráfico 29 Comparação entre os quatro grupos (Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras)
quanto a presença de danos de Camponotus rufipes (Teste exato de Fisher
P=0,001)............................................................................................................87
Gráfico 30 Comparação entre as espécies arbóreas nativas quanto a presença de
Camponotus atriceps (Teste Exato de Fisher P=0,004)....................................88
Gráfico 31 Comparação entre as espécies arbóreas nativas quanto a presença de
Camponotus atriceps (Teste Exato de Fisher: P=0,012).....................................89
Gráfico 32 Comparação entre as espécies de palmeiras quanto a presença de Camponotus
atriceps (Teste Exato de Fisher: P=0,045)........................................................90
xiii
Gráfico 33 Porcentagem de dano de Coptotermes gestroi na totalidade das árvores
analisadas em 2004 anterior ao controle (Teste Qui-quadrado: X
2
=87,62; GL=3;
P<0,001)............................................................................................................91
Gráfico 34 Porcentagem de árvores analisadas apresentando atividade de Coptotermes
gestroi pós-controle em 2008 (Teste Qui-quadrado: X
2
=11,22; GL=2;
P<0,004)..........................................................................................................92
xiv
LISTA DE ESQUEMAS
Esquema 1 Corte transversal esquemático de tronco, demonstrando DAP, r, RL e
MP
90º
...............................................................................................................50
Esquema 2 Corte longitudinal esquemático de tronco, demonstrando DP
45º
e
MP
90º
...............................................................................................................50
xv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ciclo biológico esquemático de cupim subterrâneo, modificado de Suiter et al.,
1991...................................................................................................................114
Figura 2 - Divisão ecológica das categorias ou tipos de cupins urbanos.............................115
Figura 3 - Árvore tombada com a presença de ninho secundário de C. gestroi em
raiz.....................................................................................................................115
Figura 4 – Coptotermes gestroi Wasmann, 1896 (Soldado)................................................116
Figura 5 - Coptotermes gestroi Wasmann, 1896 (caminhamentos em Sibipiruna)..............116
Figura 6 – Caminhamentos e dano de Coptotermes gestroi em Flamboyant......................117
Figura 7 – Dano de Coptotermes gestroi em Pinheiro americano.......................................117
Figura 8 – Heterotermes tenuis (Hagen) (Soldado)............................................................118
Figura 9 - Nasutitermes corniger (Motstchulsky, 1855) (Soldado)........................................118
Figura 10 – Caminhamento e soldados de Nasutitermes corniger em árvore
urbana.............................................................................................................119
Figura 11 – Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) (Soldado)............................................119
Figura 12 Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) (Operários e soldados)..........................120
xvi
Figura 13 - Camponotus crassus (Mayr, 1862), Ninho, operárias, ovos, larvas e
pupas..............................................................................................................120
Figura 14 – Camponotus atriceps (Fr. Smith, 1858) (operária maior)..................................121
Figura 15 - Operárias menores de Camponotus atriceps (Fr. Smith, 1858).........................121
Figura 16 – Ninho de Campontus atriceps em Sibipiruna....................................................122
Figura 17 - Camponotus sericeiventris Guérin, 1838...........................................................122
Figura 18 – Camponotus rufipes (Fabricius, 1775)..............................................................123
Figura 19 - Resíduos (raspas) de Camponotus atriceps em árvore urbana.........................123
Figura 20 - Mapa geral das ruas, jardins e praças pesquisadas..........................................124
Figura 21 - Vista geral da arborização urbana do local pesquisado.....................................124
Figura 22 - Vista aérea da região estudada........................................................................125
Figura 23 – Mensuração da CAP (Circunferência a altura do peito)....................................126
Figura 24 – Obtenção das coordenadas geográficas das espécies botânicas....................126
Figura 25 - Prospecção de árvores (perfuração em tronco).................................................127
Figura 26 - Curativo pós-perfuração (calda bordalesa e borracha de silicone)....................127
Figura 27 - Curativo pronto pós-prospecção........................................................................128
Figura 28 - Esquema simplificado de prospecção e infiltração de calda inseticida para
controle de cupins subterrâneos em árvore urbana hipotética..........................128
xvii
Figura 29 - Infiltração em tronco de calda inseticida para cupins subterrâneos...................129
Figura 30 - Pulverização em tronco para controle de formigas carpinteiras........................129
Figura 31 – Infiltração em ninho de formigas carpinteira em árvore....................................130
Figura 32 - Rugitermes sp. em região morta de tronco de Jacarandá mimoso....................130
Figura 33 - Incisitermes sp. em área morta de tronco de Sibipiruna....................................131
Figura 34 - Calçamentos inadequados e estrangulamento de raízes..................................131
Figura 35 - Policromia em operárias de Camponotus atriceps...........................................132
Figura 36 - C. atriceps coletando “honeydew” (excreções) de ninfas e adultos de cigarrinhas
(Membracidae) em ramo de Sibipiruna............................................................132
Figura 37 - Modelo para Manejo de pragas em arborização urbana (Desenho esquemático:
Zorzenon, F.J.)...............................................................................................133
xviii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS................................................................................................................ii
RESUMO..................................................................................................................................v
ABSTRACT.............................................................................................................................vii
LISTA DE TABELAS...............................................................................................................ix
LISTA DE GRÁFICOS..............................................................................................................x
LISTA DE ESQUEMAS..........................................................................................................xiv
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................xv
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................01
2. OBJETIVOS.......................................................................................................................03
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................04
3.1 Árvores urbanas: conceitos e definições..........................................................................04
3.1.1 Importância das árvores urbanas..................................................................................05
3.1.2 Florestas urbanas – uma visão coletiva........................................................................08
3.1.3 Cidade versus árvore.....................................................................................................08
3.2 Caracterização das principais espécies arbóreas estudadas...........................................10
3.2.1 Família Fabaceae..........................................................................................................11
3.2.1.1 Espécies Nativas........................................................................................................11
3.2.1.1.1 Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides................................................................11
3.2.1.1.2 Caesalpinia ferrea var. leiostachya..........................................................................11
3.2.1.1.3 Piptadenia gonacantha............................................................................................11
3.2.1.1.4 Erythrina speciosa...................................................................................................12
3.2.1.2 Espécies Exóticas.......................................................................................................12
3.2.1.2.1 Tipuana tipu.............................................................................................................12
3.2.1.2.2 Bauhinia variegata...................................................................................................12
3.2.1.2.3 Delonix regia............................................................................................................13
3.2.2 Família Bignoniaceae....................................................................................................13
3.2.2.1 Espécie Nativa............................................................................................................13
xix
3.2.2.1.1 Tabebuia spp...........................................................................................................13
3.2.2.2 Espécies Exóticas.......................................................................................................14
3.2.2.2.1 Jacaranda mimosifolia.............................................................................................14
3.2.2.2.2 Spathodea campanulata..........................................................................................14
3.2.3 Família Melastomataceae..............................................................................................15
3.2.3.1 Espécie Nativa............................................................................................................15
3.2.3.1.1 Tibouchina granulosa..............................................................................................15
3.2.4 Família Asteraceae……………………………………………………………….........…….15
3.2.4.1 Espécie Nativa…………………………………………………………..........………….…15
3.2.4.1.1 Gochnatia polymorpha……………………………………………….........…………….15
3.2.5 Família Platanaceae………………………………………………………...……….........…16
3.2.5.1 Espécie Exótica……………………………………………………………….........………16
3.2.5.1.1 Platanus acerifolia…………………………………………………………..........………16
3.2.6 Família Lithraceae……………………………………………………………..........………..16
3.2.6.1 Espécie Exótica…………………………………………………………………….........…16
3.2.6.1.1 Lagerstroemia indica……………………………………………………….........………16
3.2.7 Família Pinaceae……………………………………………………………….........……….17
3.2.7.1 Espécie Exótica………………………………………………………….........……………17
3.2.7.1.1 Pinus elliottii.............................................................................................................17
3.2.8 Família Oleaceae………………………………………………………..........………………17
3.2.8.1 Espécie Exótica…………………………………………………………….........…………17
3.2.8.1.1 Ligustrum lucidum………………………………………………………..........…………17
3.3 Cupins……………………………………………………………………………..........………..18
3.3.1 Aspectos sobre biologia e distribuição zoogeográfica………………….........…………..18
3.3.2 Importância………………………………………………………………..........……………..23
3.3.3 Coptotermes gestroi Wasmman, 1896………………………………………..........………25
3.3.4 Outros cupins de importância econômica………………………………….........………...27
3.3.4.1 Heterotermes tenuis (Hagen.)………………………………………………….........……27
3.3.4.2 Nasutitermes corniger (Motstchulsky, 1855)……………………………….........……...28
3.3.4.3 Neocapritermes opacus (Hagen, 1858)..………………………………….........……….30
3.3.5 Ocorrência e diagnóstico em árvores urbanas..............................................................30
3.3.6 Metodologias para prospecção de árvores....................................................................33
3.3.7 Prevenção e controle de cupins em árvores urbanas...................................................33
3.4 Formigas carpinteiras – Gênero Camponotus..................................................................37
3.4.1 Aspectos sobre biologia e distribuição zoogeográfica...................................................37
3.4.2 Importância....................................................................................................................40
3.4.3 Prevenção e controle de Camponotus em árvores urbanas.........................................43
xx
4. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................45
4.1 Área experimental e determinação de grupos arbóreos...................................................45
4.2 Diagnóstico das árvores...................................................................................................46
4.2.1 Cupins............................................................................................................................47
4.2.1.1 Análise visual..............................................................................................................47
4.2.1.2 Prospecção interna das árvores: dimensionamento de danos...................................47
4.2.1.3 Porcentagem estimada de danos internos.................................................................48
4.2.2 Prospecção de formigas carpinteiras............................................................................51
4.3 Controle químico das árvores e palmeiras.......................................................................51
4.4 Metodologia Estatística.....................................................................................................52
4.4.1 Programa computacional...............................................................................................52
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................53
5.1 Metodologia desenvolvida................................................................................................53
5.2 Censo das espécies botânicas.........................................................................................54
5.3 Agrupamentos das espécies botânicas............................................................................57
5.4 Espécies de cupins subterrâneos e Camponotus na população botânica.......................61
5.5 Ocorrência de cupins na população botânica...................................................................62
5.5.1 Ocorrência termítica nos grupos botânicos...................................................................64
5.5.2 Ocorrência termítica nas espécies botânicas................................................................68
5.5.2.1 Coptotermes gestroi em espécies botânicas nativas.................................................68
5.5.2.2 Coptotermes gestroi em espécies botânicas exóticas................................................69
5.5.2.3 Neocapritermes opacus em espécies botânicas exóticas..........................................70
5.5.3 Correlação CAP versus danos externos por Coptotermes gestroi................................71
5.5.3.1 Correlação CAP das espécies nativas versus danos internos por Coptotermes
gestroi.....................................................................................................................................72
5.5.3.2 Correlação CAP das espécies exóticas versus danos internos por Coptotermes
gestroi.....................................................................................................................................77
5.6 Ocorrência de Camponotus na população botânica.........................................................82
5.6.1 Ocorrência de Camponotus nos grupos botânicos........................................................85
5.6.2 Ocorrência de Camponotus atriceps nas espécies botânica nativas............................88
5.6.3 Ocorrência de Camponotus atriceps nas espécies botânica exóticas..........................89
5.6.4 Ocorrência de Camponotus atriceps nas espécies de palmeiras..................................90
5.7 Eficiência do controle........................................................................................................91
5.7.1 Cupins subterrâneos......................................................................................................91
5.7.2 Formigas carpinteiras....................................................................................................93
xxi
6. CONCLUSÕES...................................................................................................................94
6.1 Observações finais e recomendações..............................................................................95
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................97
8. FIGURAS..........................................................................................................................113
1
1. INTRODUÇÃO
Atualmente as cidades abrigam cerca de 50% dos habitantes do planeta e em vários
países, entre os quais o Brasil, mais de 80% da população (IBGE, 2002).
Com o crescimento desordenado do ambiente urbano e o crescimento de uma
sociedade de consumo, as condições do ecossistema são alteradas continuamente.
Devido à complexidade tecnológica elevada, o homem modifica e artificializa cada
vez mais o meio ambiente que o circunda, restringindo assim sua visão a respeito das
espécies, ditando novos padrões comportamentais e ambientais. Diante da conquista
ambiental imposta por ele, especialmente em ambientes urbanos, o homem se julga
dominante e de poderio exclusivo. Qualquer outro fator de ocupação simultânea por outros
organismos é rivalizado, sendo estes considerados concorrentes ou pragas para a
sociedade humana habitante de centros urbanos.
Muitos insetos e vários outros animais como, ratos, morcegos, pombos e aracnídeos,
vivem em contato íntimo com o homem, associados às cidades, invadindo e colonizando
locais habitados, danificando construções, interferindo esteticamente na ornamentação de
parques e jardins e transmitindo doenças a animais e aos próprios seres humanos.
Estes animais sinantrópicos podem muitas vezes ser considerados pragas urbanas
causando grande incômodo e desconforto em todos os níveis sociais, devido a alta
adaptabilidade, capacidade reprodutiva e a quantidade de abrigos e alimentos encontrados
em áreas urbanizadas.
O quadrinômio água, abrigo, alimento e acesso gerado pelo desequilíbrio ambiental
(lixões, falta de saneamento básico, tratamento inadequado da água, entre outros) inerente
a própria cultura humana, possibilita que diversas pragas usufruam da hospitalidade
inconsciente das cidades, dificultando o dia-a-dia de seus habitantes. O conceito de praga
urbana pode ser definido como todo organismo ou população que alcance um nível de dano
econômico, ligado diretamente ou indiretamente ao homem, a seus alimentos e a seus
pertences.
O conceito sobre pragas urbanas está além do fator econômico, pois são
considerados também os fatores sociais, emocionais e psicológicos e os ligados a saúde,
2
onde a praga em si causa incômodo e desconforto de maneira geral, interferindo direta ou
indiretamente na qualidade da vida humana. Dentre os fatores favorecedores da dispersão
das pragas urbanas, destacam-se a alta capacidade reprodutiva (prolificidade), competição
e predação reduzidas, grande adaptabilidade ao meio urbano, alimentação diversificada,
abrigos abundantes e dispersão facilitada pelo próprio homem em seu meio, tudo isso
gerado e agravado pelo desequilíbrio do ecossistema urbano (ZORZENON, 2002).
Holway e Suarez (1999) definiram que dentre os organismos invasores, os insetos
sociais estão entre os que causam maiores prejuízos em sistemas naturais e antrópicos,
onde o sucesso de determinadas espécies em detrimento a outras, depende da habilidade
biológica de alta dispersão pelo ambiente a ser colonizado, competitividade, onivoria,
adaptabilidade a condições adversas, entre outras.
A arborização das cidades constitui-se em um elemento de vital importância para a
melhoria da qualidade de vida da população, seja em grandes centros urbanos quanto em
pequenas cidades, pois são capazes de controlar muitos efeitos adversos do ambiente
urbano. No entanto, a arborização necessita de atenção e cuidados da população e de
profissionais competentes e bem treinados para a sua correta implantação e manutenção.
3
2. OBJETIVOS
Levantar as espécies termíticas e de formigas carpinteiras infestantes de árvores e
palmeiras urbanas, em jardins, praças e ruas públicas em área determinada do
Bairro Cidade Jardim, na cidade de São Paulo.
Desenvolver metodologia prática para a prospecção e avaliação de danos internos
de cupins subterrâneos em árvores e correlacionar a Circunferência a Altura do Peito
(CAP) com as porcentagens de danos.
Comparar a susceptibilidade entre as espécies arbóreas estudadas quanto a
infestação por cupins subterrâneos e formigas carpinteiras.
Avaliar a eficiência do controle químico para cupins subterrâneos e formigas
carpinteiras na arborização urbana.
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1
ARBORIZAÇÃO URBANA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Em culturas antigas a árvore foi relacionada como símbolo do aprimoramento
espiritual e do crescimento do homem. Associadas aos seres humanos, elas pareciam
possuir uma influência estrutural psíquica fazendo parte da íntima descoberta de potenciais
e futuras realizações. A árvore adulta já está contida na semente. O ser humano também
carrega em estado germinal, no fundo do inconsciente, aquilo que poderá vir a ser
(MILANO;
DALCIN, 2000).
Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal arbóreo-arbustiva,
existente nas cidades (CRESTANA et al., 2007). Essa vegetação ocupa, basicamente, três
espaços distintos: as áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, as áreas livres
particulares e acompanhando o sistema viário (RODRIGUES et al., 2002). O conceito de
arborização urbana literalmente refere-se ao plantio de árvores em uma área urbana. Grey e
Deneke (1986) definiram arborização urbana, como o conjunto de terras públicas e
particulares com cobertura arbórea em uma cidade. Segundo Biondi (2000 apud LEAL,
2007), a vegetação que compõe a arborização urbana pode ser definida em:
a) vegetação viária - predominantemente arbórea deve obedecer a arranjos
espaciais definidos, modulados, hierarquizados ou assumir, contrariamente, uma disposição
livre semelhante ao modelo natural;
b) áreas verdes - praças, refúgios, bosques e parques, desempenhando juntamente
com a vegetação viária, papel relevante, pela presença de massas arbóreas, na proteção e
perenização de fontes e mananciais. Podem ser totalmente implantadas, com ou sem o uso
de espécies nativas, ou aproveitando alguns remanescentes de cobertura vegetal nativa e
de paisagens pré-existentes à urbanização, chegando até a caracterizar áreas de
preservação;
5
c) vegetação privada e semi-privada - áreas arborizadas, tanto de instituições
públicas como de instituições particulares, incluindo residências, colégios, universidades,
clubes, hospitais, dentre outros.
3.1.1
IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES URBANAS
O processo adaptativo do homem junto ao meio causou alterações nas condições
naturais e proporcionou a criação de diversos ambientes trazendo consigo diferentes
relações entre eles, tanto positivas, quanto negativas. Um dos problemas contemporâneos,
que mais preocupam a sociedade, é a grande mudança produzida no meio ambiente pelas
atividades do homem, principalmente a relacionada a seu modo de vida (SOUZA;
SANT’ANNA NETO, 2008)
A vegetação contribui para a harmonia da paisagem diminuindo a rudeza e a rigidez
das construções e vias públicas, criando linhas mais suaves e naturais. Atualmente, o
plantio de árvores urbanas se faz por diversos outros motivos, mais importantes às vezes
que o simples valor estético. Quando se diz que o vegetal na paisagem urbana promove
uma mudança de clima, significa dizer que é possível criar ilhas de amenização com o uso
de vegetais, contrapondo-se às ilhas de calor criadas pelo concreto e o asfalto (MARTINS;
MAIA; BRITO, 2007).
A arborização urbana, para propiciar benefícios à população, exige um planejamento
criterioso e um manejo adequado. Segundo Moreschi, 2005 citado por Duarte (2008), as
árvores exercem funções insubstituíveis para a natureza, sendo que nos grandes centros
urbanos proporcionam um diferencial na qualidade de vida da população, seja como
elemento urbanístico seja como elemento de defesa e recuperação do meio ambiente em
face da degradação de agentes poluidores.
A avaliação e o recenseamento da cobertura de árvores nas cidades podem ajudar
no planejamento e manutenção da vegetação urbana e na sua administração, na medida em
que revela características da vegetação (NOWAK et al., 1996; SILVA, 2000; MENEGUETTI,
2003).
Definindo a estrutura e o espaço das cidades, a árvore é elemento fundamental no
planejamento urbano, influenciando decisivamente na qualidade de vida nas cidades e,
portanto, na saúde das populações (SANCHOTENE, 1994; PAIVA e GONÇALVES, 2002).
Embora as primeiras árvores tenham aparecido nas vias públicas da Pérsia, Egito e Índia, a
pioneira rua arborizada, data de 1660, em Paris, com o objetivo de embelezar a cidade e
proteger os movimentos militares, além de serem adequadas também como material para
6
barricadas. Desde então, as árvores têm sido utilizadas em todas as cidades (TAKAHASHI,
1992). Segundo Silvestri (2001 apud GONÇALVES; ROCHA, 2003), a arborização viária no
Brasil foi implantada recentemente em comparação aos países europeus, tendo-se iniciado
há pouco mais de 120 anos, devido a tradição das cidades brasileiras em manter a
vegetação fora do perímetro urbano.
Conscientes da importância da arborização urbana como elemento fundamental para
a qualidade de vida da população, de acordo com Gonçalves e Rocha (2003), muitas
prefeituras municipais têm procurado compatibilizar o desenvolvimento e a expansão urbana
com a preservação de seu patrimônio histórico, paisagístico e ambiental, aí incluindo
parques, praças, jardins e outras áreas verdes. O sofrimento proporcionado a população
com a carga de estímulos causados pelas várias formas de poluição, levando a prejuízos na
qualidade de vida dos habitantes, pode ser amenizado pelo planejamento urbano,
ampliando-se qualitativamente e quantitativamente as áreas verdes e a arborização de ruas
(MARTINS et al., 1992).
A arborização urbana iniciou-se apenas ao final do século XIX na cidade de São
Paulo, centro de um dos maiores conglomerados humanos do mundo (GOYA, 1992).
Apesar de a vegetação ocupar um importante espaço na vida e na história da cidade, a
arborização apresenta condições bastante diferenciadas, quando considerados os seus
diversos bairros, tanto pela diferença de idade de estabelecimento destes, quanto pelo
tratamento que as diversas classes sociais da população dispensam à vegetação urbana
(GONÇALVES e ROCHA, 2003).
Nos dias de hoje, a presença de árvores nas cidades tornou-se globalizada
(BRADSHAW; HUNT; WALMSLEY, 1995; PAIVA e GONÇALVES, 2002). Seth, (2004)
exalta as árvores como importante fonte de sustentabilidade humana, não somente em
termos ambientais, econômicos e industriais, mas também espiritualmente, historicamente e
esteticamente pelos benefícios diretos e indiretos proporcionados. As árvores
desempenham simultaneamente várias funções essenciais à vida humana, melhorando
notadamente as condições do meio urbano (BALENSIEFER; WIECHETECK, 1985).
A arborização urbana proporciona benefícios ecológicos, estéticos, físicos,
comportamentais, econômicos e sociais amplamente evidenciados por vários autores
(BERNATSKY, 1978; GREY; DENEKE, 1986; HARRIS, 1992; KIEBALSO, 1993; PHILLIPS,
1993; BRADSHAW; HUNT; WALMSLEY, 1995; MILANO; DALCIN, 2000; PAIVA e
GONÇALVES, 2002; SILVA FILHO, 2008). Esteticamente, as árvores proporcionam uma
variedade de cores, formas e texturas na paisagem; suavizam linhas arquiteturais e
acentuam detalhes estruturais; atenuam a diferença de escala ou proporção entre
construções e o homem no meio urbano, aliviando a monotonia das edificações, tornando
lugares mais atraentes (GREY; DENEKE, 1986; HARRIS, 1992; PHILLIPS, 1993; MILANO;
7
DALCIN, 2000; CRESTANA et al., 2007). Ecologicamente incluem os benefícios na melhoria
microclimática, amenização da poluição atmosférica e acústica, proteção do solo e fauna,
segundo Biondi e Althus (2005 apud SILVA et al. 2008) e Piveta e Silva Filho, 2002.
A arborização influi de maneira direta na temperatura ambiente, seja pela produção
de sombra, estabilização da temperatura e umidade do ar ou por efeitos sobre a velocidade
do vento, alterando o microclima local (SATTLER, 1992). Plantadas ao longo das ruas, as
árvores reduzem os ruídos, especialmente os de tráfego, filtram partículas que poluem o ar,
diminuem a velocidade do vento, fornecem sombra aos pedestres e veículos e refrescam o
ar das cidades (PAIVA e GONÇALVES, 2002; LEAL, 2007).
Relacionar os benefícios econômicos da arborização nas cidades é evidente, uma
vez que esta proporciona benefícios de ordem ecológica, biológica e psicológica (MILANO e
DALCIN, 2000). Naturalmente, benefícios somente serão alcançados quando a arborização
for devidamente planejada em sua execução e manutenção (MILANO, 1987). Investimentos
e cuidados são requeridos para que as árvores proporcionem as vantagens desejadas.
Segundo Milano (1994), planejar a arborização de ruas é escolher a espécie adequada para
o local correto, sem se perder nos objetivos do planejador e nem atropelar as funções ou o
papel que as árvores desempenham no meio urbano. É fazer o uso de critérios técnico-
científicos para o estabelecimento da arborização, nos estágios de curto, médio e longo
prazo.
Na composição da arborização de ruas são usadas árvores ornamentais,
selecionadas por suas qualidades particulares de tamanho, forma, textura e cor das folhas,
flores e frutos (HARRIS, 1992). Na seleção de espécies arbóreas é necessário considerar:
desenvolvimento; porte (crescimento); copa; sistema radicular pivotante; resistência a
pragas, doenças e poluição; tolerância aos poluentes mais comuns e de maior concentração
e às baixas condições de aeração do solo, se for o caso; ausência de princípios tóxicos ou
alérgicos, acúleos e espinhos; preferencialmente nativas ou se exóticas, adaptadas ao novo
meio ambiente (GREY; DENEKE, 1986; CESP, 1988; SANTOS, 1994; SANTOS; TEIXEIRA,
2001; PIVETA; SILVA FILHO, 2002; BIONDI, 2004; COBALCHINI, 2004, CRESTANO et al.,
2007). Dificilmente ocorrerá um número razoável de espécies que atendam a todos os
quesitos pretendidos (SANTOS; TEIXEIRA, 2001). A principal razão para a incerteza na
decisão de qual espécie plantar é devido à dificuldade de predizer o desempenho sob
condições urbanas, pois estão envolvidas considerações complexas sobre aspectos de
biologia, arquitetura, dentre outros.
São parcos os estudos e informações sobre taxas de crescimento, resistência ou
sensibilidade a doenças ou insetos praga, custos de manutenção e longevidade de árvores
urbanas (AMARAL, 2002; ZORZENON, 2004).
8
3.1.2
FLORESTAS URBANAS UMA VISÃO COLETIVA
A maneira de perceber o meio ambiente pelo homem, mesmo o urbano, foi
intensamente modificada pelo pensamento ecológico. Durante longo tempo, a árvore foi
utilizada isoladamente, como um objeto de adorno meramente estético em detrimento de
suas reais necessidades, sendo percebida individualmente e não coletivamente (PAIVA e
GONCALVES, 2002).
De acordo com Miller (1997) e Nowak et al. (2001) as florestas urbanas são
ecossistemas compostos pela integração entre sistemas naturais e sistemas
antropogênicos, definindo-as como a soma de toda a vegetação lenhosa que circunda e
envolve os aglomerados urbanos, desde pequenas comunidades a grandes metrópoles. A
vegetação urbana é representada por conjuntos arbóreos de diferentes origens e que
desempenham diferentes papéis (MELLO FILHO, 1985).
As árvores em vias públicas e nas demais áreas livres de edificações são
constituintes da floresta urbana, atuando sobre o conforto humano no ambiente, por meio
das características naturais da vegetação arbórea, proporcionando sombra para pedestres e
veículos, redução da poluição sonora, melhoria da qualidade do ar, redução da amplitude
térmica, abrigo para pássaros e harmonia estética, amenizando a diferença entre a escala
humana e outros componentes arquitetônicos como prédios, muros e grandes avenidas
(PAIVA e GONÇALVES, 2002; RODRIGUES et al., 2002;
SMMA, 2007; SILVA FILHO,
2008). Segundo Rodrigues et al., (2002) uma das funções importantes da arborização
urbana é seu préstimo como corredor ecológico, interligando as áreas livres vegetadas da
cidade, como praças e parques.
3.1.3
CIDADE VERSUS ÁRVORE
A maioria das cidades brasileiras está passando por um período de acentuada
urbanização, fato este que reflete negativamente na qualidade de vida de seus habitantes.
Decorrente da falta de planejamento e do empobrecimento da paisagem urbana agrava-se
ainda mais esta situação (LOBODA e De ANGELIS, 2005). Santos (1997 apud LOBODA e
De ANGELIS, 2005), alerta que a cidade é cada vez artificial, onde o ambiente urbano é
9
cada vez mais um meio produzido, fabricado com restos da natureza primitiva
crescentemente encoberta pelas obras
dos homens.
Crestana et al. (2007) relataram a dificuldade do estabelecimento do sistema florestal
urbano devido a impermeabilização do solo (asfalto, calçamentos, construção de
edificações, dentre outros), falta de espaço, poluição gerada pela população com grande
volume de resíduos sólidos, líquidos, gasosos além dos sonoros.
Muitos são os problemas causados do confronto de árvores inadequadas com
equipamentos urbanos, como fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros,
postes de iluminação, etc. (CESP, 1988; RODRIGUES et al., 2002; COELBA, 2002;
PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2005; CRESTANA et al., 2007; ELETROPAULO, 2006;
SMMA, 2007,).
Rodrigues et al. (2002) apontaram que os problemas na arborização urbana são
muito comuns de serem visualizados causados, na maioria das vezes, por um manejo
inadequado, prejudicial às plantas. Para isso é extremamente importante que seja
visualizado o espaço disponível, considerando a presença ou ausência de fiação aérea e de
outros equipamentos urbanos, largura da calçada e recuo predial. Árvores podadas
drasticamente e com muitos problemas fitossanitários, como presença de cupins, brocas,
fitopatógenos, injúrias físicas como anelamentos, caules ocos e podres, galhos lascados,
são alguns dos muitos problemas encontrados em árvores viárias.
A correta escolha das espécies para utilização na arborização urbana é de
fundamental importância no sentido de se evitar problemas futuros da árvore com o
ambiente construído ou vice-versa (BACKES; FERNANDEZ, 1990). O uso de espécies
adequadas evita podas periódicas de correção que prejudicam o vegetal pela inibição de
seu processo de desenvolvimento natural e descaracterização de sua forma (CESP, 1988).
Trabalhos de Milano e Dalcin (2000), Paiva e Gonçalves (2002) e Crestana et al.
(2007), revelaram a importância do planejamento de florestas urbanas e os descasos com a
arborização em geral. Os planos de arborização devem ser o resultado da apreciação de
vários elementos físicos e ambientais. A simples presença de árvores ao longo das vias não
qualifica a arborização, pois são comuns altas populações que incluem árvores quebradas,
disformes, doentes e mortas (SANTOS e TEIXEIRA, 2001).
Segundo Lima (2008) são vários os tipos de problemas gerados na área urbana,
onde seus gráficos demonstram que entre 1993 a 2001 o fator “queda de árvores” foi
razoavelmente constante, variando entre 5% a 9% quando comparado a outros fatores
como pavimentação, falta d’água, etc. Já em 2002, o fator “quebra de árvores” saltou para
24%, demonstrando ser um dos maiores problemas encontrados nas cidades.
Piveta e Silva Filho (2002) informaram sobre os principais fatores negativos para o
desenvolvimento satisfatório das árvores no meio urbano. Estes fatores impedem o
10
desenvolvimento normal de uma árvore assim como das florestas na área urbana, como
compactação do solo, necessária para a pavimentação ou fundação de prédios; depósitos
de resíduos de construção e entulhos no subsolo; pavimentação do leito carroçável e das
calçadas impedindo a penetração do ar e das águas de chuvas; poluição do ar, com
suspensão de resíduos industriais, fumaça dos escapamentos de veículos automotores e de
chaminés industriais, impedindo as folhas de exercerem livremente suas funções, devido a
obstrução total ou parcialmente dos estômatos, dificultando a respiração e a fotossíntese;
podas drásticas, muitas vezes obrigatórias e abertura de valas junto às arvores, mutilando
seus sistemas radiculares.
Bortoleto, Silva Filho e Lima (2006) relataram em seus estudos as dificuldades e
precariedades da arborização urbana em uma cidade do interior de São Paulo. Segundo
Milano (1988), a predominância de uma espécie de árvore pode facilitar a proliferação de
determinadas pragas, como as das populações de cupins. Considerando os riscos de
pragas e doenças, Grey e Deneke (1978) recomendaram que cada espécie utilizada na
arborização de ruas não atinja mais que 15% da população total.
Resumidamente, a falta de planejamento ou escolha de espécies arbóreas
condizentes com o local, desconhecimento sobre a biologia e fisiologia vegetal, estresse,
falta de cuidados em transplantes, podas drásticas, presença de pragas como brocas,
cupins, formigas, sugadores e desfolhadores, além de doenças, falta de espaço,
intempéries, descuidos e descasos, entre muitas outras causas, levam ao tombamento
precoce (ZORZENON, 2004).
3.2
CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES ARBÓREAS ESTUDADAS
Segundo Lorenzi (2002a, 2002b) e Lorenzi et al. (2003) muitas árvores exóticas e
nativas, são utilizadas para fins de ornamentação de parques, jardins, ruas e na formação
de aléias ao longo de caminhos e estradas. Locais arborizados de uma maneira geral
traduzem bem estar e aconchego, além de proporcionarem um ambiente menos artificial e
mais ameno a um grande número de espécies adaptadas ao ambiente urbano, inclusive o
próprio homem. Nas cidades brasileiras, a arborização de ruas é composta principalmente
por espécies exóticas. Um dos maiores impedimentos para o uso de espécies nativas é a
falta de conhecimento sobre o comportamento dessas espécies no meio urbano e a
produção de mudas (BIONDI, LEAL, COBALCHINI, 2007).
11
3.2.1
FAMILIA FABACEAE
3.2.1.1
ESPÉCIES NATIVAS
3.2.1.1.1 Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Benth.) Lewis
Dentre as muitas espécies disseminadas nas cidades, a espécie de origem brasileira
Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Benth.) Lewis, conhecida popularmente como
Sibipiruna é uma das árvores preferidas na flora urbana. São árvores pertencente a família
Fabaceae, podendo chegar aos 16 metros de altura; possuem troncos rugosos, de madeira
moderadamente densa e de média durabilidade natural. Suas folhas são compostas e
bipinadas, flores de intensa coloração amarelo ouro e frutos em forma de vagem secas e
sementes variando entre 03 a 04 por fruto (LEWIS, 1998; LORENZI, 2002a). Estudo
realizado por Polizel et al. (2008) determinou que a densidade média, máxima e mínima do
lenho foi de 0,85, 1,20 e 0,34 g/cm³, respectivamente, concluindo ser a madeira de
Sibipiruna, de elevada dureza e resistência.
3.2.1.1.2 Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. leiostachya Benth.
Conhecida popularmente por Pau-ferro, a espécie possui porte variando entre 20 a
30 metros; tronco liso e descamante de madeira muito densa (1,12 g/cm
3
) e de alta dureza e
resistência natural. Possui alto valor ornamental, proporcionando sombra abundante. É uma
planta semidecídua, heliófita, característica da mata pluvial atlântica (LORENZI, 2002a).
3.2.1.1.3 Piptadenia gonacantha (Mart.) J.F. Macbr.
De acordo com Lorenzi (2002a), a espécie P. gonacantha, conhecida por Pau-jacaré,
é uma planta de madeira moderadamente densa (0,75 g/m
3
), medianamente resistente a
infestações por insetos xilófagos; tronco e ramos possuidores de asas lenhosas quando
jovem. A árvore adulta chega aos 20 metros de altura e possui valor paisagístico evidente.
12
A madeira é de baixa resistência e altamente susceptível ao ataque de térmitas, conferindo
a ela a menor durabilidade verificada dentre as madeiras testadas por Trevisan et al. (2003)
3.2.1.1.4 Erythrina speciosa Andrews
Árvore espinhenta de 3 a 5 metros, a espécie E. speciosa possui madeira muito leve
e porosa, de baixa densidade e pouca durabilidade natural. A Eritrina-candelabro, como é
popularmente conhecida, é junto a outras espécies do gênero, muito utilizada na
ornamentação de praça, jardins e no sistema viário urbano. Ocorre preferencialmente em
solos pouco drenados e até brejosos de planície litorânea e na floresta pluvial atlântica
(LORENZI, 2002a).
3.2.1.2
ESPÉCIES EXÓTICAS
3.2.1.2.1 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze
Espécie pertencente a família Fabaceae, de origem boliviana e do norte da
Argentina, caducifólia de grande porte, chegando a 15 metros de altura, possuidora de
tronco suberoso de casca grossa, saliente e sulcada longitudinalmente. Conhecida
popularmente por Tipuana, a espécie possui grande valor paisagístico e de efeito
ornamental notável, muito frequente em parques e arborização de ruas no sul e sudeste do
Brasil. Árvore muito utilizada na composição paisagística de grandes avenidas, parques e
jardins por promover sombra abundante. Apresenta rápido crescimento e boa tolerância a
condições adversas. Sua madeira é moderadamente dura (0,69 g/cm
3
) e de coloração
marrom-amarelada (JOLY, 1985; LORENZI et al., 2003; REMADE, 2008)
3.2.1.2.2 Bauhinia variegata L. (Benth.)
Originária da Índia, a pata-de-vaca é uma das espécies arbóreas mais difundidas e
utilizadas na paisagem urbana do sudeste brasileiro. Muito ornamental, é possuidora de
flores de coloração rosada com mancha roxa vistosa, folhas simples com recorte em V
formando dois lóbulos. Existem variedades de flores brancas e outras espécies de flores
roxas e rosa-escuras. Árvore semidecídua de 7 a 10 metros de altura, com tronco cilíndrico
13
uniforme e de casca rugosa pouco fissurada. (LORENZI et al., 2003). Sua madeira
aparentemente é de baixa densidade e dureza, sendo de fácil penetrabilidade.
3.2.1.2.3 Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf.
O Flamboyant, espécie originária de Madagascar, possui tronco volumoso e
espesso, de casca lisa irregular e grandes raízes tabulares. Árvore muito frequente na
arborização de parques, jardins e sistema viário em todo o Brasil. Segundo Lorenzi, et al.
(2003) a espécie é inadequada para ruas e avenidas, devendo somente ser cultivada em
locais amplos e espaçosos. Possui madeira aparentemente de baixa densidade, pouco
resistente e de fácil penetrabilidade.
3.2.2
FAMÍLIA BIGNONIACEAE
3.2.2.1
ESPÉCIE NATIVA
3.2.2.1.1 Tabebuia spp.
Joly (1985) descreveu o gênero Tabebuia pertencente à família Bignoniaceae, como
possuidor de diversas espécies muito difundidas entre nós. Muitas espécies pertencem ao
gênero Tabebuia e são conhecidas por seus nomes populares em várias regiões do Brasil.
A terminologia popular pode designar para o mesmo nome, diversas espécies diferentes,
destacando-se o Ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha, T.vellosoi, T. umbellata, T. serratifolia,
T. ochracea, T. alba), Ipê roxo (T. avellanedae, T. impetiginosa, T. heptaphylla) e o Ipê
branco (T. odontodiscus, T. dura, T. roseo alba) entre muitos outros. O Ipê de modo geral,
possui tronco rugoso, madeira densa e de alta durabilidade e resistência (densidade entre
0,80 a 1,08 g/cm
3
), folhas compostas cinco-folioladas, coriáceas e pubescentes em ambos
os lados e suas sementes são aladas. Possuem altura variada, de acordo com a espécie,
podendo chegar aos 35 metros (LORENZI, 2002a; REMADE, 2008).
14
3.2.2.2
ESPÉCIES EXÓTICAS
3.2.2.2.1 Jacaranda mimosifolia D. Don
Também muito utilizada na ornamentação urbana e de elevada imponência e beleza
quando em florescimento, a espécie Jacaranda mimosifolia, popularmente conhecida como
Jacarandá-mimoso, pertence a família Bignoniacea, é uma árvore exótica originária da
Argentina, Bolívia e Paraguai, de boa rusticidade e rápido crescimento. Podendo ser
cultivada em quase todo o país, atinge os 12 a 15 metros de altura, possui tronco com casca
pardo-escura gretada, flores azul-violetas de corola campanulada e frutos secos de forma
ovalar capsular e lenhosa e sementes achatadas dotadas de asas celulósicas (JOLY, 1985;
LORENZI et al., 2003).
3.2.2.2.2 Spathodea campanulata Beauv.
Árvore de grande porte, com 15 a 30 metros de altura, originária da África Central, a
conhecida Bisnagueira, Tulipeira ou simplesmente Espatódea possui tronco espesso com
casca rugosa ou verrucosa e raízes tabulares. (LORENZI et al., 2003). Possui copa densa e
flores vermelho-alaranjadas muito vistosas e tóxicas a abelhas e aves devido a presença de
alcalóides.
Não devem ser plantadas em calçadas ou próximas à construções e tubulações,
pois suas raízes são muito agressivas. Sua madeira é considerada frágil e de baixa dureza,
sendo susceptível a quebras e rupturas de galhos na ação de ventos fortes (GILMAN e
WATSON, 1994)
15
3.2.3
FAMÍLIA MELASTOMATACEAE
3.2.3.1
ESPÉCIE NATIVA
3.2.3.1.1 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
Muito encontradas nas cidades, as conhecidas quaresmeiras, são árvores da
espécie Tibouchina granulosa pertencentes à família Melastomataceae. São originárias do
Brasil, das regiões Sudeste e Sul, principalmente da mata Atlântica. Chegam a um médio
porte com altura variando entre 8 a 12 metros e caule de 30 a 40 cm de diâmetro, possuindo
tronco de casca rugosa, madeira pouco resistente e muito susceptível ao ataque de insetos
xilófagos (brocas e cupins). São plantas perenifólias (não perdem as folhas) e de pleno sol,
possuem flores roxas de exuberante beleza, florescendo no fim do verão e na primavera
(LORENZI, 2002a).
3.2.4
FAMÍLIA ASTERACEAE
3.2.4.1
ESPÉCIE NATIVA
3.2.4.1.1 Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
Conhecida vulgarmente por Cambará, Cambará-do-mato, Cambará-guaçu ou
Candeia, dependendo da região de nosso País, a espécie G. polymorpha possui como
características morfológicas, porte entre 6 a 10 metros, tronco tortuoso de 40 a 50 cm de
diâmetro, suberoso, com casca profundamente sulcada, com estrias largas; madeira
moderadamente densa (0,60 a 0,76 g/cm
3
), muito compacta, rija e de porosidade muito fina,
altamente resistente a condições físicas adversas e ao ataque de organismos xilófagos,
apresentando alta resistência natural em contato com o solo.
Possui valor ornamental e na
manufatura de artefatos de madeira (LORENZI, 2002a; REMADE, 2008).
16
3.2.5
FAMÍLIA PLATANACEAE
3.2.5.1 Espécie Exótica
3.2.5.1.1 Platanus acerifolia (Aiton) Willd.
O Plátano é uma árvore caducifólia, chegando a 30 metros de altura, de tronco
cilíndrico, espesso, com manchas claras devido a esfoliação da casca. Ramagem vigorosa e
copa globosa ou ovalada. A árvore possui origem duvidosa, sendo aventada a sua
proveniência do sul da Itália (anterior a 1548). A espécie P. acerifolia seria um suposto
híbrido natural, proveniente de espécies encontradas entre a Europa e Ásia (P. orientalis) e
nos Estados Unidos (P. occidentalis). São frequentemente utilizadas na arborização viária,
em parques e jardins, preferencialmente em regiões de clima temperado, devido a ser uma
planta rústica e muito ornamental (LORENZI, et al., 2003; U.S. NATIONAL ARBORETUM
PLANT INTRODUCTION, 1999).
3.2.6
FAMÍLIA LITHRACEAE
3.2.6.1 Espécie Exótica
3.2.6.1.1 Lagerstroemia indica L.
A espécie L. indica, ou simplesmente Resedá, é uma árvore proveniente da Índia de
pequeno porte, não passando dos 5 metros de altura. Seu tronco é marmorizado por
escamações irregulares, liso e de casca fina. Suas inflorescências são densas, de coloração
variando entre o branco, rosa e arroxeado. Muito ornamental, de grande rusticidade e rápido
crescimento, é adequada ao uso paisagístico, notadamente para a composição de parques,
jardins e arborização viária. É recomendado seu uso sob fiações elétricas devido ao
pequeno porte. É uma das principais espécies da arborização urbana no sul do Brasil
(LORENZI, et al., 2003)
17
3.2.7
FAMÍLIA PINACEAE
3.2.7.1 Espécie Exótica
3.2.7.1.1 Pinus elliottii Engel.
Árvore de 15 a 30 metros de altura, nativa dos Estados Unidos (Flórida), conhecida
popularmente por Pinho-comum, Pinos ou Pinho-americano. Possui casca sulcada,
acinzentada a marrom-avermelhada e folhas aciculadas. Planta adequada ao
reflorestamento e produção de resinas (LORENZI, et al., 2003). Espécie introduzida,
presente nas plantações nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de
Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do sul. Madeira de baixa
densidade de massa aparente (0,48 g/cm
3
), baixa dureza e resistência ao ataque de fungos
e insetos xilófagos (REMADE, 2008). A variedade densa possui maior vigor e densidade da
madeira superior (0,89 g/cm
3
), mas baixa produtividade (SHIMIZU, 2005).
3.2.8
FAMÍLIA OLEACEAE
3.2.8.1 Espécie Exótica
3.2.8.1.1 Ligustrum lucidum W.T. Aiton
Frequentemente encontrado em parque, jardins e ruas, o Alfeneiro já foi considerado
a árvore ideal para o plantio em vias públicas, segundo Lorenzi, et al. (2003). A espécie
ainda é reconhecida como uma das mais cultivadas em áreas urbanas no sul e sudeste do
Brasil. A espécie é uma árvore perenifólia, chegando aos 10 metros de altura, tendo como
país de origem, a China. Seu tronco é robusto com casca escura e provido de fissuras
irregulares. Árvore muito resistente a podas, grande rusticidade e rápido desenvolvimento.
18
3.3 CUPINS
3.3.1
Aspectos sobre biologia e distribuição zoogeográfica.
De acordo com Krishina
(1989), Lelis et al. (2001), Gallo et al. (2002), Costa-
Leonardo (2002) e Zorzenon e Potenza (2006), os cupins ou térmitas, pertencentes à Ordem
Isoptera, são considerados insetos eussociais, pois são formadores de colônias devido a
cooperação mútua. Seus indivíduos são divididos em castas como a dos reprodutores
formada basicamente pela rainha, rei e reprodutores alados (siriris ou aleluias) e
reprodutores de substituição, a casta dos operários e a casta dos soldados, entre outras
(Figura 1). Os insetos pertencentes a cada casta são morfologicamente distintos, havendo
funções diferentemente realizadas dentro da colônia. Podem apresentar um número de
indivíduos por colônia, variando entre gêneros, de algumas centenas ou milhares (em
espécies em madeira seca), até poucos milhões em ninhos subterrâneos, arborícolas ou em
montículos.
Segundo Krishina, 1969, citado por Costa-Leonardo (2002), os cupins diferem dos
outros insetos sociais por apresentarem castas de ambos os sexos, terem ambos os sexos
diplóides, serem paurometábolos e os estágios jovens participarem dos trabalhos
ativamente na colônia. A origem das castas nos Isoptera pode ser explicada por duas
teorias básicas, recorrendo a fatores genéticos e nutricionais, dependendo do grau de
complexidade evolutiva (superiores ou inferiores) (COSTA-LEONARDO, 2002; ZANETTI,
2003)
Zorzenon e Potenza
(2006) descreveram em seu trabalho, os termos referentes a
diversidade de formas encontradas na sociedade dos cupins, representadas pelas castas,
onde o termo larva é usado para designar os imaturos sem broto alar, sem características de
soldado e não pigmentados; ninfa (ou “ninfa de alado”) é usado para designar imaturos sem
características de soldado, com broto alar, ainda pouco pigmentados; soldados brancos ou
pré-soldados, são os imaturos pouco pigmentados, pouco esclerotinizados, mas já com
características de soldados. Os autores esclareceram que todos os cupins exceto os
reprodutores, são biologicamente imaturos, inclusive os soldados e os operários.
Os operários são morfologicamente uniformes dentro de cada grupo e geralmente
constituem a casta mais numerosa. Desenvolvem o trabalho da colônia na construção e
reparação do ninho, coleta de alimento, alimentação dos indivíduos de outras castas, além
19
do cuidado com ovos, jovens e o com o par real. Nas espécies onde não ocorre a casta dos
soldados, eles também defendem a colônia. Há diversos grupos distintos, tanto em termos
morfológicos como em termos de desenvolvimento, que desempenham a função de
operários em colônias de cupins. Assim, em Termopsidae, Kalotermitidae (cupins de
madeira seca) e alguns Rhinotermitidae, “larvas“ de estádios avançados realizam todas as
funções de operários e são chamadas de “pseudergates”, pseudo-operários ou falsos
operários (THOMPSON et al., 2003; ZORZENON; POTENZA, 2006; POTENZA;
ZORZENON, 2008).
Em alguns gêneros, como Syntermes, há a existência de operários trimórficos, ou
seja, de tamanhos e funções distintas. Operários menores e médios limpam e carregam
partículas de solo enquanto os maiores cortam e carregam folhas para o ninho, enquanto
os soldados acompanham os operários no corte de folhas, formando caminhos em forma
de colunas de proteção (ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006).
Os soldados são morfologicamente diferentes dos operários e são os responsáveis
pela defesa da colônia, apresentando muitas adaptações para esta função. Podem existir
glândulas especiais que produzem substâncias usadas como defesa química, como em
Nasutitermitinae, podendo haver combinações entre defesa mecânica e química como nos
soldados mandibulados de Nasutitermitinae (Procoritermes, Cornitermes, Syntermes) entre
outros e de alguns Rhinotermitidae (Coptotermes, Heterotermes). Os soldados geralmente
não realizam outras tarefas na colônia e são alimentados pelos operários. Em algumas
espécies há dois ou três tipos de soldados, de tamanho e morfologia diferentes, como nos
gêneros Velocitermes (Termitidae, Nasutitermitinae) e Rhinotermes (Rhinotermitidae).
Os reprodutores primários são os alados ou imagos também chamados de aleluias
ou siriris, possuidores de boa pigmentação e esclerotinização, com olhos compostos
perfeitamente desenvolvidos, incapazes de sofrer novas mudas. Estes indivíduos depois de
voarem e perderem as asas, são os fundadores de novas colônias e recebem os nomes de
reis e rainhas. As rainhas passam por um processo chamado fisogastria, onde há um grande
crescimento dos ovaríolos refletindo enormemente no tamanho do abdome. Normalmente,
ocorre um rei e uma rainha, mas há casos de poliginia onde há várias rainhas primárias
vivem com um só rei ou com muitos reis (GALLO, et al., 2002; COSTA-LEONARDO, 2002;
ZORZENON, POTENZA, 2006; POTENZA, ZORZENON, 2008).
A colônia pode ainda possuir outros tipos de reprodutores chamados substitutos ou
suplementares. Estes reprodutores machos e fêmeas podem tanto conviver com o par real,
complementando o crescimento da colônia, quanto substituir definitivamente o casal
perecido, não permitindo que a colônia entre em colapso reprodutivo.
Os termos usados para grupos nos quais ocorrem operários verdadeiros (na maioria
dos gêneros de cupins subterrâneos) são, ninfóides ou secundários para reprodutores
20
neotênicos derivados de ninfas, com brotos alares presentes e ergatóides ou terciários para
reprodutores neotênicos derivados de operários sem brotos alares.
Em fêmeas ninfóides e ergatóides também pode ocorrer o fenômeno da fisogastria.
Os Isoptera em sua maioria vivem em regiões tropicais e subtropicais, com algumas
poucas espécies sendo encontradas em latitudes mais elevadas, raramente além de 40º
norte ou sul. Estima-se que existam hoje, aproximadamente 2861 espécies vivas de cupins
descritas, sendo que destas, 287 são encontradas no Brasil, devido a vastidão territorial
(CONSTANTINO, 1999). Das existentes em nosso país, 68 espécies são cupins-praga e
destas, 34 são urbanas e 46 agrícolas, com sobreposição de algumas espécies (COSTA-
LEONARDO, 2002).
Os gêneros considerados pragas em áreas urbanizadas, causam prejuízos elevados,
atacando árvores vivas (urbanas, florestas nativas, reflorestamentos e ornamentação),
plantas residenciais, infestando edificações e patrimônios históricos ocorrendo em altas
densidades populacionais, coabitando com o homem à procura de alimento (madeira e
derivados celulósicos) (GOLD, et al., 1999; LELIS et al., 2001; COSTA – LEONARDO,
2002;
ZORZENON; POTENZA, 2006; POTENZA; ZORZENON, 2008).
A classificação mais aceita atualmente considera sete famílias: Mastotermitidae,
Kalotermitidae, Hodotermitidae, Termopsidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae.
Segundo Snyder (1935, 1965), os cupins estão distribuídos por todas as regiões
zoogeográficas com exceção do Ártico e Antártica. O autor também relatou em seu trabalho,
que a região etiópica abriga o maior número de espécies e afirma que as regiões Paleártica
e Neártica são as mais pobres em espécies de cupins.
Constantino (1998) considerou em seu estudo, que a determinação do número exato
de espécies das regiões Neotropical e Neártica, depende da maneira como são definidos os
limites entre as duas regiões.
Destacam-se como altamente prejudiciais à economia do homem em suas áreas
domiciliares e peridomiciliares os gêneros: Coptotermes, Heterotermes, Nasutitermes,
Cryptotermes, Syntermes e Neocapritermes entre outros de relativa menor importância,
como Anoplotermes, Procornitermes, Cornitermes e Microcerotermes.
Aproximadamente 500 espécies de Isoptera são encontradas nas Américas do Sul e
Central e parte da América do Norte (Região Neotropical) (CONSTANTINO, 1999).
Nas florestas tropicais da América do Sul são encontradas as maiores densidades de
cupins observadas, chegando aos 2 g de insetos por m
2
. Das quase 3000 espécies descritas
de Isoptera, mais de 1000 espécies são encontradas no continente Africano (Região
Etiópica), 435 espécies na Ásia (Região Indomaláia), 360 na Austrália (Região Australiana),
24 espécies são encontradas na parte da Região Neártica da América no Norte e menos de
21
10 espécies são encontrados em território Europeu (Região Paleártica)
(UNEP/FAO/GLOBAL, 2000, MYLES, 2004).
Vários autores como Krishna e Weesner (1969, 1970), Wilson (1971), Hermann
(1979, 1981) Grassé (1982, 1984, 1986), Hunt e Nalepa (1994) e Costa-Leonardo (2002),
consideram os cupins evolucionariamente como superiores e inferiores.
Os Isoptera são filogenéticamente separados em cupins inferiores, representados
pelas famílias Mastotermitidae, Kalotermitidae, Hodotermitidae, Termopsidae,
Rhinotermitidae e Serritermitidae e cupins superiores, representados pela família Termitidae.
(KRISHINA,
1989).
Os cupins superiores possuem como principais características o elevado número de
indivíduos em colônias maduras, alta complexidade na edificação de ninhos, simbiose com
bactérias e/ou fungos para a digestão da celulose, utilização de outras fontes de alimento
além da madeira e funções bem definidas entre as castas. As outras famílias que
representam os cupins inferiores, normalmente possuem menor complexidade social, muitas
vezes com tarefas pouco específicas efetuadas pelas castas (como a presença de falsos
operários como em cupins de madeira seca), mas principalmente por apresentarem
protozoários flagelados como simbiontes intestinais para a degradação da celulose.
Os materiais celulósicos e lignocelulósicos são a fonte alimentar básica dos cupins
sob diferentes formas: madeira viva ou morta (em diferentes estágios de decomposição),
gramíneas, raízes, sementes, fezes de herbívoros, húmus, manufaturados, entre outros
(BORROR; DELONG, 1969; STEHR, 1991; FONTES; ARAUJO, 1999; ZORZENON;
POTENZA, 2006).
Segundo Nutting (1970) e Edwards e Mill (1986), o amadurecimento de uma colônia
é observado quando esta puder ser capaz de produzir todas as castas, inclusive os
reprodutores alados. O tempo de amadurecimento de uma colônia é dependente da espécie
e de vários fatores, levando entre 3 a 6 anos.
A longevidade de uma colônia dificilmente poderá ser estimada em espécies com a
capacidade de gerar reprodutores secundários ou terciários (WILSON, 1974). Mesmo assim,
vários autores acreditam que a colônia em determinada época entre em senectude e pereça
totalmente.
Durante o desenvolvimento das sociedades dos cupins superiores é comum haver
três fases bem distintas, podendo ser representadas por anos, onde a fase inicial da colônia
(0 a 6 anos) apresenta um grande número de operários, seguindo-se da fase intermediária
(4 a 12 anos), onde ocorre uma grande produção de alados (siriris ou aleluias) reprodutores,
formadores de novos ninhos e a fase final, onde ocorre o declínio gradativo da colônia. A
longevidade máxima das colônias de Nasutitermes, dependendo da espécie, está entre 40 e
80 anos (ANAIS DO TERCEIRO SEMINÁRIO SOBRE CUPINS, 1995).
22
Segundo Waller e La Fage, (1986), citado por Eleotério (2000), a eliminação de
competição e predadores pelo homem facilitaram a dispersão dos cupins em áreas
urbanizadas. A mesma autora cita Fontes (1998) em seu trabalho, afirmando que a
infestação termítica em árvores normalmente inicia-se subterraneamente por raízes, tanto
em árvores saudáveis ou não, não sendo muitas vezes aparentes os sinais de infestação
externa, podendo ter os cernes consumidos pelos mesmos.
De acordo com Laera (1998), o mau planejamento e a escolha errônea de espécies
botânicas junto a um diagnóstico tardio de infestações por cupins, prejudicam sobremaneira
a arborização urbana.
Os cupins podem ser agrupados de acordo com seu modo de vida, em cupins de
madeira seca, cupins de madeira úmida, cupins subterrâneos, cupins arborícolas e cupins
de montículos (CURTIS, 1999) (Figura 2). Eles derivam seus nomes devido ao hábito
alimentar e tipo de ninho encontrado, vivendo imersos no alimento, como nos cupins de
madeira seca (Cryptotermes, Rugitermes, Inscisitermes), em árvores ou madeiras úmidas,
como nos cupins de madeira úmida ou dampwoods (Neotermes), ou em locais úmidos como
os subterrâneos (Coptotermes, Heterotermes, Syntermes), arborícolas (Nasutitermes,
Microcerotermes) e de montículos (Cornitermes, Procornitermes). São encontrados em
madeiras em geral, solos, árvores vivas ou em decomposição, construções civis, gramados,
em pastagens e em culturas agrícolas. Muitas vezes os cupins edificam ninhos em formato
variado, sob e sobre o solo, no alto de árvores ou tocos, possuindo consistência rígida ou
cartonada, ou em ninhos subterrâneos, difusos e sem forma definida (UNEP/FAO/GLOBAL,
2000; LELIS et al., 2001; COSTA-LEONARDO, 2002; ZORZENON; POTENZA, 2006;
ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006).
Para Lelis et al. (2001), Milano e Fontes (2002), Costa-Leonardo (2002) e Zorzenon e
Potenza, (2006), os cupins podem nidificar em locais variados, dependendo do habitat e do
gênero considerado, podendo existir ninhos em árvores (dentro de raízes, troncos e
exteriormente a estes) (Figura 3), em estruturas dentro de edificações tais como caixões
perdidos (espaços vazios entre lajes), em paredes e caixas de força; no solo
(subterraneamente ou exteriormente em forma de montículos), com formatos e tamanhos
diversificados.
23
3.3.2
Importância
Os cupins são em sua maioria decompositores de árvores mortas, atuando
consideravelmente na reciclagem e incorporação de nutrientes ao solo bem como na sua
aeração. Apenas uns poucos gêneros, uma minoria no universo de espécies descritas
(menos de 10%), são considerados pragas no agroecossistema e em áreas urbanizadas,
causando elevados prejuízos, atacando árvores vivas (urbanas, florestas nativas,
reflorestamentos e ornamentação), plantas cultivadas e residenciais, ocorrendo em altas
densidades populacionais, coabitando com o homem à procura de alimento seja madeira ou
seus derivados celulósicos (FONTES; ARAUJO, 1999; COSTA-LEONARDO, 2002;
ZORZENON; POTENZA, 2006; POTENZA; ZORZENON, 2008).
Como fonte energética utilizada pelos cupins tem-se a celulose obtida através de
materiais celulósicos e lignocelulósicos como madeira seca, viva ou em decomposição e
seus derivados em geral tais como, papel, papelão, livros, etc. Também são utilizados pelos
cupins folhiço, húmus, fezes de herbívoros, sementes, gramíneas, partes aéreas e
subterrâneas de plantas. Eventualmente podem ingerir (mas não digerir) materiais variados,
tais como lã, couro, tecidos, gesso, isopor, cimento, tijolos de barro, blocos de concreto,
plástico e espumas sintéticas, com a finalidade de procurar alimento. Na subfamília
Macrotermitinae, que não ocorre no Brasil, a fonte energética provém do cultivo de fungos.
De acordo com Unep/Fao/Global (2000), Costa-Leonardo (2002), Zorzenon e
Potenza (2006), Potenza e Zorzenon (2008), os cupins contribuem significativamente na
maior parte do mundo onde são encontrados, como recicladores de árvores e outras
plantas em decomposição, facilitando a ação de outros agentes decompositores, tais como
os fungos e bactérias.
Os cupins além de agentes decompositores importantes da natureza, também
participam da reciclagem de carbono e nitrogênio no ambiente, quando na construção de
túneis e galerias, misturando saliva, materiais decompostos e fezes nitrogenadas ao solo
(WALLER; LA FAGE, 1987).
Escavando túneis de conexão entre ninhos e fontes de alimento, auxiliam na
aeração, drenagem de água e aumento de nutrientes do solo.
Apesar do pequeno número de espécies de cupins pragas, aproximadamente 185
espécies descritas até o momento, estimam-se custos elevados para a prevenção e controle
de cupins nos Estados Unidos, entre dois a três bilhões de dólares / ano e na Austrália em
torno de um e meio bilhão de dólares / ano (UNEP/FAO/GLOBAL, 2000).
24
Os cupins subterrâneos são extremamente destrutivos as edificações humanas,
sendo gastos anualmente nos Estados Unidos, bilhões de dólares em tratamentos e
reparações devido aos danos ocasionados. (SU; SCHEFFRAHN,
1990).
Lelis (1994) relatou que a espécie Coptotermes gestroi Wasmman, 1896 (= C.
havilandi) estava presente em 85% dos casos de infestação de cupins subterrâneos em 240
edifícios paulistanos, representando um gasto superior a US$ 3.000,00 milhões para a
realização do controle.
Segundo Milano e Fontes (2002), os cupins causam elevados danos às áreas
urbanas mundiais, chegando a valores na casa dos 5 a 10 bilhões de dólares anuais, sendo
que apenas na cidade de São Paulo, os valores podem atingir algo em torno de 10 a 20
milhões de dólares / ano.
De acordo com Amaral (2002), não existem publicações brasileiras referentes aos
prejuízos causados por infestações termíticas na arborização urbana. Entretanto a autora
citou estudos realizados por Freutag e Cink (2001), onde no Estado da Louisiana (EUA),
Coptotermes formosanus Shirak, é responsável por danos anuais à arborização em torno de
seis milhões de dólares.
No Brasil faltam trabalhos de levantamento de infestação e danos causados por
cupins em arborização no ambiente urbano. Distúrbios ambientais reduzem a diversidade
selecionando espécies mais aptas, causando a diminuição de predadores e competidores e
aliado à falta de um manejo adequado para controle de cupins, tornando o ambiente urbano
um ecossistema ideal para instalação e disseminação de várias espécies de térmitas (JUSTI
JUNIOR et al., 2004).
Devido a urbanização crescente e a ocupação desordenada de espaços naturais em
áreas antes dominadas pelos cupins nativos, bem como pela introdução e dispersão
humana de espécies exóticas como o Coptotermes, houve o agravamento das infestações
tanto em árvores, quanto em edificações e jardins. Os cupins passaram a infestar
construções, madeiramentos manufaturados, árvores e culturas agrícolas em substituição
ao alimento outrora encontrado naturalmente.
Comportamentos diferentes podem ocorrer numa mesma espécie em locais distintos,
onde pesquisadores integrantes da Unep/Fao/Global, (2000) citaram Reticulitermes
infestando e matando árvores vivas na Europa, relato incomum na América do Norte.
As espécies mais importantes, como C. gestroi, Heterotermes tenuis, H. assu, H.
longiceps e Nasutitermes corniger, são comumente encontrados em áreas silvestres e
urbanas, causando enormes estragos à arborização e às edificações brasileiras, transitando
pelo solo, em conduítes de eletricidade e telefonia, dentro de blocos e tijolos em
construções, chegando aos madeiramentos (forros, batentes, guarnições, rodapés, móveis
embutidos, etc.) e derivados celulósicos (livros, papéis, etc.) facilmente e destruindo-os
25
totalmente, chegando a comprometer a integridade da construção quando no consumo de
madeiramentos de sustentação do telhado.
Cachan (1950) descreveu como sendo de importância na arborização, os gêneros
Coptotermes, Heterotermes e diversos Nasutitermitíneos. O autor destaca ainda, a
preferência arborícola de algumas espécies em Madagascar.
São diversas as espécies de cupins-praga caracterizadas como economicamente
importantes na silvicultura Central Americana: Coptotermes crassus, Coptotermes elisae,
Coptotermes niger, Heterotermes indicola, Neotermes tectonae, Kalotermes approximatus,
Nasutitermes corniger, sendo considerada C. testaceus a mais comum e importante (HILJE,
ARAYA, SCORZA, 1991)
Segundo Costa, et al. (2008) e Zanetti (2008), diversos gêneros de cupins são de
elevada importância silvicultural no Brasil, diminuindo a produtividade e comprometendo a
sanidade arbórea, levando a prejuízos financeiros significativos. Os autores destacam os
gêneros Coptotermes, Heterotermes, Nasutitermes, Neocapritermes, Procornitermes,
Amitermes, Armitermes, Anoplotermes, Syntermes e Cornitermes, como os mais relevantes.
C. crasus foi descrita de Honduras, ocorrendo em outros países da América Central,
no México e foi introduzida nos Estados Unidos. C. niger foi descrita do Panamá e ocorre
também em outros países da América Central e na Colômbia. Esta espécie é considerada
uma praga importante, destruindo além de construções, também plantas vivas. C. testaceus,
que ocorre no norte da América do Sul, inclusive na região amazônica brasileira, tem sido
referida como “cupim do cerne e da casca”, sendo importante praga florestal (ZORZENON;
POTENZA, 2006).
3.3.3 Coptotermes gestroi Wasmman, 1896
O gênero Coptotermes tem distribuição mundial e reúne várias espécies pragas em
diferentes regiões zoogeográficas. Há quatro espécies descritas que ocorrem nas Américas,
C. crassus, C. testaceus, C. niger e C. gestroi.
C. gestroi (Figura 4) é uma espécie oriental, oriunda do sudeste asiático
(CONSTANTINO, 1998; FERRAZ, 2000) que foi observada pela primeira vez na América do
Sul por Lima (1939) que o identificou como C. vastator.
A espécie C. gestroi foi introduzida no Brasil provavelmente no século passado,
havendo registros no Rio de Janeiro em 1923 e em Santos em 1934 (ARAUJO, 1958).
Mesmo sendo a principal espécie e maior causadora de danos nas áreas urbanas da
região sudeste do Brasil, pouco é conhecido sobre sua biologia, podendo ser encontrado
26
infestando a capital e cidades do interior paulista, como Campinas, Ribeirão Preto,
Piracicaba, Rio Claro, Araraquara, Taubaté, entre outras (COSTA-LEONARDO, et al., 1999;
FERRAZ, 2000; MILANO; FONTES, 2002).
Segundo Ferraz (2000), C. gestroi possui soldados com cabeça de pequenas
dimensões de coloração variando do amarelo claro ao alaranjado, mandíbulas em forma de
sabre e antenas 14 a 16 segmentadas. A coloração amarelada é vista em antenas, palpos e
pronoto e a cor banca leitosa no abdome.
A colônia de C. gestroi pode ser policálica, ou seja, ocupa vários “ninhos” (estruturas
independentes), vários deles desprovidos de reprodutores, sendo chamados “ninhos
secundários ou subsidiários”. É frequente encontrar estes ninhos nas construções, inclusive
com presença de jovens, porém não é fácil encontrar o ninho central, com o par de
reprodutores primários. Este aspecto da biologia desta espécie torna ainda mais
problemática a sua erradicação do local infestado, pois é possível que sejam eliminados os
ninhos subsidiários e não o ninho central, sendo neste caso, grande a possibilidade de
ocorrer rapidamente uma nova infestação. É comum ocorrer infestações destes cupins em
árvores vivas e / ou raízes, inclusive com ninhos suplementares (CANCELLO; PONTE,
1991; JUSTI JUNIOR et al., 2000a; COSTA-LEONARDO, 2002; ZORZENON, 2004;
ZORZENON; POTENZA, 2006;
ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006; POTENZA;
ZORZENON, 2008).
De acordo com Mathews (1977), algumas espécies do gênero Coptotermes são
capazes de matar árvores vivas.
Os cupins não são muito específicos com relação às espécies de árvores infestadas,
muito embora esta ocorrência esteja relacionada à distribuição geográfica e as próprias
espécies botânicas atacadas, era o que pensava Hickin (1971 apud AMARAL, 2002).
Os cupins podem gerar grandes impactos em florestas nativas ou não, assim como
diretamente na arborização urbana. Algumas espécies de cupins tanto podem matar árvores
aparentemente saudáveis, quanto causar-lhes danos muitas vezes não significativos.
Entretanto ao comprometer seriamente regiões de árvores utilizadas na fabricação de
móveis ou outros artigos, há a redução do seu valor comercial como fonte de madeira,
levando a graves perdas econômicas além das ecológicas.
O comprometimento estético é observado muitas vezes pela presença de
caminhamentos (tubos de forrogeamento), assim como a desestruturação de raízes e
troncos (Figuras 5, 6 e 7). Não mais havendo a sustentação adequada das plantas
atacadas, o perigo do tombamento precoce é iminente, sendo este alarmante em áreas
adjacentes as habitações.
Inúmeros casos são observados na cidade de São Paulo, principalmente em épocas
chuvosas, onde a quebra de estipes, galhos, troncos ou a queda de árvores inteiras
27
(inclusive com a exposição das raízes muitas vezes inexistentes devido ao consumo
efetuado pelos cupins) podem levar a acidentes de grande monta (ZORZENON, 2004).
3.3.4
OUTROS CUPINS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
3.3.4.1 Heterotermes tenuis (Hagen)
O gênero Heterotermes também é tido como cupim subterrâneo, mas muito pouco se
conhece sobre a biologia das espécies. Os soldados de Heterotermes (Figura 8) são
dimórficos, com cabeça retangular, alongada e de coloração geralmente amarelo alaranjada;
mandíbulas finas e alongadas com extremidades voltadas para dentro; protórax mais
estreito que a cabeça. Os operários são cegos, branco amarelados, e os reprodutores
alados são delgados, alaranjados e de asas claras. O gênero já foi descrito em diversos
países dos continentes sul e central americanos, sendo publicados trabalhos referentes ao
Brasil, Panamá, Equador, Venezuela e Ilhas do Caribe (EMERSON 1971; NICKLE;
COLLINS 1992; CONSTANTINO 2002).
São descritas no Brasil até o momento as espécies Heterotermes assu,
Heterotermes. convexinotatus, Heterotermes crinitus, Heterotermes longiceps, Heterotermes
sulcatus e Heterotermes tenuis (ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006). São observados
operários e soldados em troncos caídos, infestando árvores vivas e mortas, em residências
e em áreas de paisagismo. Infestam edificações em áreas urbanas, consumindo
madeiramentos e derivados celulósicos em geral. (ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006).
H. tenuis (Hagen) é comumente encontrada em áreas silvestres e urbanas,
normalmente de hábitos subterrâneo, realizam caminhamentos típicos em forma de túnel
.
Causam danos às edificações, transitando pelo solo, em conduítes de eletricidade e
telefonia, dentro de blocos e tijolos em construções, chegando aos madeiramentos (forros,
batentes, guarnições, rodapés, móveis embutidos, etc.) e derivados celulósicos (livros,
papéis, etc.) facilmente e destruindo-os totalmente, chegando a comprometer a integridade
da construção quando no consumo de madeiramentos de sustentação do telhado
(ZORZENON, 2002; ZORZENON; POTENZA, 2006)
Segundo Justi Junior et. al. (2000b); Costa-Leonardo (2002) e Camargo-Dietrich e
Costa-Leonardo (2003), Zorzenon e Potenza (2006), Zorzenon e Justi Junior (2006) o ninho
de Heterotermes é subterrâneo e difuso, muito difícil de ser localizado e mensurada sua
população. É bastante comum encontrar operários e soldados em mourões de cercas na
28
zona rural ou em troncos caídos em ambientes naturais não alterados por atividade humana,
bem como a espécie H. tenuis (Hagem, 1858) é considerada importante praga agrícola,
sendo muito encontrada em gramíneas, eucalipto e cana-de-açúcar, entre outras
importantes culturas. Também é considerado praga urbana como relatado por Araújo (1958),
Fontes e Araujo (1999), Milano e Fontes (2002), Costa-Leonardo (2002), Camargo-Dietrich e
Costa-Leonardo (2003), Zorzenon e Potenza (2006). Trabalho publicado por Perozo e Issa
(2006) relata pela primeira vez a ocorrência de H. tenuis na Venezuela.
Uma nova metodologia de controle de H. tenuis e C. gestroi tendo como base iscas
de Hexaflumuron, foi testada em trabalhos realizados por Zorzenon, et al. (2000) e Almeida,
S. et al. (2000) e Potenza et al., (2004), mostrando sua eficiência.
3.3.4.2 Nasutitermes corniger (Motstchulsky, 1855)
O gênero Nasutitermes tem distribuição mundial e é um dos mais ricos em espécies.
Podem ser muito abundantes nos ambientes de matas tropicais, nos cerrados e nas
caatingas, construindo ninhos epígeos, subterrâneos e arborícolas. Possuem soldados
dimórficos, com cabeça globosa de coloração variada (preta ou marrom) e projeção cefálica
chamada nasus muito desenvolvida; glândula grande frontal que ocupa praticamente toda a
cavidade cefálica produtora de secreção tóxica utilizada como proteção química; mandíbulas
vestigiais; corpo de coloração variável (cinza, alaranjada, marrom, etc.), dependendo da
espécie e pernas delgadas. Operários dimórficos, robustos e escuros. Reprodutores alados
pigmentados e de asas normalmente escurecidas. São muito encontrados em áreas
litorâneas devido ao hábito tipicamente arborícola, mas também são possuidores de ninhos
epígeos.
Os ninhos são conhecidos vulgarmente por “cabeça de negro” nidificados em árvores
(ninhos cartonados). Operários e soldados (maiores e menores) podem forragear
ativamente sobre o solo sem a necessidade de túneis iniciais, mas os soldados são os
primeiros batedores a encontrar fontes de alimento, requisitando feromonicamente os outros
integrantes do ninho. As colônias podem possuir milhões de indivíduos e podem
permanecer ativas por 40 a 80 anos (ANAIS DO TERCEIRO SEMINÁRIO SOBRE CUPINS,
1995), possuindo vários casais reais primários (poliginia e poliandria)
(BUSCHINI; COSTA-
LEONARDO, 1999; COSTA-LEONARDO, 2002). A formação de novas colônias pode dar-se
por meio de revoadas ou por brotamentos (COSTA-LEONARDO, 2002). Registros da
presença de ninhos de Nasutitermes no interior de residências, em vigas internas dos
telhados, em sótão ou em edículas fora da construção principal, já foram relatados. Também
29
foram observados caminhamentos típicos de infestação termítica pelas paredes, sendo que
os ninhos podem estar fora da construção, em árvores próximas ou junto ao solo. (COSTA-
LEONARDO, 2002; ZORZENON; POTENZA, 2006).
N. corniger (Motstchulsky, 1855) (Figura 9) é uma das espécies de maior ocorrência
Neotropical, estado amplamente distribuído nas Américas do Sul e Central (COSTA-
LEONARDO, 2002). Algumas espécies de Nasutitermes são na verdade sinonímias de N.
corniger sendo, portanto, identificadas erroneamente (COSTA-LEONARDO, 2002;
CONSTANTINO, 2002a; CONSTANTINO, 2002b; SCHEFFRAHN et al., 2005).
N. corniger é altamente adaptado à colonização de habitats contrastando em
ambientes urbanos, agrícolas e naturais. Segundo Scheffrahn et al. (2005) este térmita pode
ser encontrado em litorais, tanto em locais muito secos e expostos, quanto em florestas
pluviais. Os ninhos arborícolas ou epígeos compostos na maior parte de fezes friáveis,
normalmente são facilmente visualizados e a medida que a colônia se desenvolve, os
mesmos crescem em volume e são policálicos (THORNE 1982a, 1982b; LEVINGS; ADAMS
1984). Thorne (1980) relatou um ninho do N. corniger no Panamá com 68 cm no
comprimento pesando 28 quilogramas. Os ninhos podem ser construídos no topo ou na
base dos troncos de árvores e ocasionalmente no solo, em campo aberto. De acordo com
Krecek (1969 apud SCHEFFRAHN et al., 2005), os locais do ninho podem ser ditados por
exigências de umidade. As estruturas do ninho são geralmente policálicas e podem ser
poligínicos e androgínicos (rainhas múltiplas e/ou reis) (KRECEK, 1970; THORNE, 1984;
COSTA-LEONARDO, 2002). A mobilidade entre rainhas e reis dentro do ninho original e
estruturas adjacentes do ninho é notàvelmente ágil para um cupim superior (SCHEFFRAHN
et al., 2005). Colônias de N. corniger normalmente se dirpersam em estações chuvosas
após a precipitação de chuva e aumento da umidade relativa do ar (SCHEFFRAHN et al.,
2005).
No Brasil essa espécie já foi observada em diversos Estados, sendo encontrada em
São Paulo, Bahia, Pernambuco, Pará, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Amazonas,
Espírito Santo, Paraíba (COSTA-LEONARDO, 2002) e em Santa Catarina (Florianópolis),
Alagoas (Maceió) e Rio de Janeiro (Capital) (ZORZENON, observações não publicadas). A
espécie tornou-se uma importante praga devido a urbanização. Fazem caminhos em forma
de túneis escuros (Figura 10) característicos, infestando, mourões de cercas, postes de
madeira, árvores e edificações, formando neste último, ninhos secundários em forros e
telhados junto a caixas d’água e em caixões perdidos em edifícios. Destroem materiais
celulósicos em geral, madeira úmida ou seca de densidades distintas, árvores vivas ou
mortas, preferindo o alburno ao cerne de árvores (BANDEIRA et al., 1989, 1998; COSTA-
LEONARDO, 2002; ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006).
30
3.3.4.3 Neocapritermes opacus (Hagen, 1858)
Neocapritermes opacus (Hagen, 1858) (Figura 11) possui soldados com corpo
escurecido, cabeça alaranjada e mandíbulas longas, assimétricas e retorcidas, do tipo
estalante e operários com cabeça clara e abdome escurecido; alados com corpo e asas
pretas. Poucos soldados são encontrados. Nidificam subterrâneamente de forma difusa no
solo e infestam as raízes de gramados, mudas de árvores e arbustos assim como madeiras
em decomposição. Em árvores adultas ainda não foram relatados danos significativos,
sendo muitas vezes encontrados na porção entre a casca e o tronco da árvore (Figura 12).
Realizam galerias no sistema radicular das plantas prejudicando a absorção de água e
nutrientes e a translocação dos mesmos. A presença de mudas mortas entre plantas sadias
costuma ser um indicativo da atividade dos cupins (ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006;
POTENZA; ZORZENON, 2008).
Krishna e Araujo (1968) em seu trabalho de revisão do gênero coletaram diversos
espécimes de N. opacus em diversos municípios dos Estados do território nacional como
Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, especialmente na
cidade de São Paulo, nos bairros da Água Funda e Indianópolis.
A espécie apresenta distribuição ampla, com ocorrência no Cerrado e Mata Atlântica,
além da Floresta Amazônica. Estudos de distribuição potencial da espécie, relatados por
Schmidt (2007), prevêem alta probabilidade de ocorrência para os estados do Acre, Amapá,
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Roraima além dos Estados do sul e
sudeste do Brasil onde já foi confirmada a ocorrência.
3.3.5
Ocorrência e diagnóstico de cupins em árvores urbanas
A invasão humana dos habitats naturais das espécies termíticas, seja na construção
de casas e edifícios, seja na destruição da flora natural, faz com que as fontes alimentares
disponíveis, árvores urbanas e madeiras muitas vezes menos resistentes usadas nas
construções e/ou no mobiliário, sejam atacadas pelos cupins, que passam a forragear em
ruas, jardins e dentro das residências.
Apesar da aparência saudável de algumas árvores urbanas infestadas por cupins
subterrâneos, a fragilidade das mesmas é evidente e de tombamento eminente, devido ao
31
preferencial consumo do cerne em determinadas espécies botânicas. Muitas vezes os
caminhamentos típicos da infestação termítica podem ser visualizados externamente em
troncos e galhos, abaixo de cascas ou por entre rachaduras presentes nas árvores. Os
cupins podem penetrar pelas raízes e podem infestar tanto árvores jovens quanto adultas,
levando ao risco de queda de ramos e a morte e tombamento da árvore infestada (COSTA-
LEONARDO, 2002; MILANO; FONTES, 2002; ZORZENON, 2004; ZORZENON; POTENZA,
2006; POTENZA; ZORZENON, 2008).
As árvores infestadas por cupins subterrâneos são focos de dispersão a outras
árvores sadias e construções adjacentes. A reinfestação de edificações tratadas pode ser
oriunda de árvores infestadas, sendo que a ocorrência inversa edificação-árvore também é
verdadeira de acordo com Fontes (1998
apud AMARAL, 2002).
Para um julgamento com menores chances de erro, deve-se levar em conta a
aparência geral da árvore suspeita de infestação termítica (DOLWIN, 1996).
Visualizações externas de troncos e estipes, com presença de caminhamentos
(túneis) ou danos diretos visam a determinação da infestação termítica. Quando estas
observações não puderem ser feitas ou forem ausentes, há a necessidade de perfuração do
caule com brocas apropriadas. O diagnóstico geral de árvores, com visualização de declínio,
amarelecimento, seca e queda prematura de folhas (fora de época), poda drástica, lesões,
rachaduras ou lacerações superficiais ou profundas em troncos, galhos e raízes,
florescimento tardio ou precoce (fora de época) ou não florescimento, brotamento tardio,
plantio em local inadequado (sem espaço, em solos exauridos ou pobres) e stress
generalizado, aventa a probabilidade da existência de infestação termítica nas plantas
(ZORZENON, 2004)
A presença de revoadas muitas vezes oriundas diretamente de troncos é também
uma prova cabal da existência de infestações e de ninhos anexos ou próximos do local
atacado. Ferraz e Cancello
(2001) concluíram em seus estudos que as revoadas de C.
gestroi na cidade de São Paulo são mais intensas na primavera, em estações chuvosas com
picos entre agosto e outubro (fim do inverno e inicio da primavera), declinando
consideravelmente em épocas mais amenas do ano (maio e junho). As autoras descreveram
ainda que fatores extrínsecos tais como precipitações pluviométricas, umidade relativa do
ar, pressão atmosférica, temperatura e atmosfera eletricamente carregada, entre outros,
influenciam consideravelmente para o acontecimento do fenômeno da revoada.
A falta de critérios no diagnóstico quando na suspeita de infestação de árvores, leva
a dificuldades na tomada de decisões tanto para o controle, quanto para a remoção ou não
de árvores (AMARAL, 2002). Atualmente, as análises de infestação termítica em árvores
são realizadas apenas levando-se em conta a observação de danos em troncos e cascas,
presentes externamente (HENDERSON et al. 1995). Estes danos externos podem remeter a
32
inverdades, onde os mesmos não se mostram visíveis, pois no caso de Coptotermes e
Reticulitermes, muitas vezes os danos tem início no cerne das árvores, onde visualmente
árvores saudáveis e insuspeitas de infestação estão seriamente comprometidas (JUTTNER,
1997a).
Amaral
(2002) justificou seus estudos, devido ao parco conhecimento associado a
infestações causadas por cupins na arborização urbana, afirmando que o desconhecimento
coloca em risco a população, uma vez que árvores infestadas por cupins remetem-se ao
tombamento precoce, catalisado por temporais e ventanias, causando danos econômicos
consideráveis, além das mesmas servirem de reservatórios para novas infestações em
locais ainda não colonizados. A autora relatou em suas pesquisas a utilização de métodos
não destrutivos diagnosticando a ocorrência de cupins em árvores urbanas num bairro da
capital paulista. A perda da resistência mecânica da madeira devido ao ataque de cupins em
troncos de 49 árvores foi registrada com a utilização de um resistógrafo, onde as classes de
decaimento foram discutidas minuciosamente em seu trabalho.
Estudos de Costa-Leonardo (2002) relataram a presença de C. gestroi infestando
árvores das espécies Caesalpinia peltophoroides (sibipiruna), Clitoria fairchildiana (chapéu
de sol), Jacaranda mimosifolia (jacarandá-mimoso), Agatis robusta (conífera), Morus alba
(amoreira), Delonix regia (flamboyant) e Caesalpinia ferrea (pau ferro) na cidade de Rio
Claro, São Paulo. A mesma autora relata a presença de C. gestroi nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro, infestando árvores urbanas tais como, sibipiruna, palmeira, figueira,
tipuana, quaresmeira, paineira, guapuruvu, jacarandá mimoso, eucalipto, pata-de-vaca,
acácia, abacateiro, alfeneiro, ipê, álamo, pau-ferro, espatódea, angico-branco, pinheiro,
falsa-seringueira, além de plantas arbustivas entre outras. Corroborando com trabalhos de
Costa-Leonardo (2002), as espécies arbóreas Sibipiruna, Jacarandá-mimoso, Quaresmeira
e Ipê comumente encontradas em São Paulo, são alvo do ataque de cupins subterrâneos
como C. gestroi e Nasutitermes sp. (ZORZENON, 2004).
Zorzenon (2008) descreveu a importância dos cupins C. gestroi e Nasutitermes spp.
em palmeiras ornamentais, levando a prejuízos significativos e limitantes as plantas
infestadas.
Assim como em Coptotermes, as espécies de Nasutitermes e Heterotermes são
detectadas pelos caminhamentos que constroem em paredes, estruturas e troncos de
árvores e palmeiras. Estes caminhos chamados túneis ou galerias de forrageamento são
construídos pelos cupins com terra e saliva e / ou com material estercoral (ZORZENON;
POTENZA, 2006; ZORZENON; JUSTI JUNIOR, 2006).
33
3.3.6 Metodologias para prospecção de árvores
A sobrevivência das árvores em ambientes diversos depende da confiabilidade
mecânica de suas estruturas onde problemas no tronco podem acarretar riscos de
tombamento potencializando a ocorrência de sérios acidentes (MATTHECK, BRELOER,
1997; NIKLAS, 2002; PEREIRA et al., 2007).
Mattheck e Breloer (1994) desenvolveram um método de avaliação visual de árvores,
conhecido por VTA (visual tree assessment), sugerindo três diferentes ferramentas para
análise interna das árvores: o som de pancadas de martelo na árvore, o resistógrafo e o
medidor de fraturas. Trabalhos realizados para a análise de árvores, como a apregoada por
Amaral (2002) utilizando-se de resistógrafo e Nicolotti et al. (2003), classificaram como
“quase não destrutivas” as técnicas utilizadas por meio de sondas, resitógrafos, eletrodos e
transdutores inseridos no interior das árvores com a finalidade de verificação do estado
geral de interiores lenhosos.
Técnicas não destrutivas têm sido desenvolvidas por investigação tomográfica
segundo Pereira et al. (2007), onde a tomografia por impulso permite a reconstrução de
seções transversais inteiras da árvore, por meio de informações fornecidas pela passagem
de energia através da madeira. Entretanto, os autores definem a técnica como em
desenvolvimento e portanto, ainda carente de estudos pormenorizados.
3.3.7
Prevenção e controle de cupins em árvores urbanas.
As práticas silviculturais em plantações em larga escala, são muito importantes e
devem ser consideradas antes mesmo de intervenções químicas preventivas ou curativas.
Estas estratégias também são aplicáveis para a silvicultura urbana, onde as árvores são
plantadas em agrupamentos impróprios ou adensadas inadequadamente, sofrendo um
stress muitas vezes desnecessário.
A escolha da espécie mais adequada ao local (jardim, calçamento, parque, etc), o
preparo do solo, espaçamento entre plantas e para enraizamento, entre outros fatores, são
cruciais para o desenvolvimento da planta. O uso de espécies tolerantes, a redução de
injúrias mecânicas, podas drásticas e o levantamento e monitoramento de espécies de
cupins e formigas endêmicos e nas adjacências antes do plantio, são práticas que podem
34
atenuar futuras infestações no local. Apenas a preocupação com aspectos paisagísticos e
estéticos em detrimento as reais necessidades da espécie botânica escolhida, deve ser
abolida. O controle de cupins em áreas de paisagismo urbano está intimamente relacionado
com o conhecimento e a análise criteriosa de cada caso. A identificação correta da espécie
e o dimensionamento de seu ataque, seguido da análise das condições dos locais atingidos
são necessários para se determinar a metodologia e o produto mais adequado para o
controle. A aplicação de medidas preventivas visa tentar evitar o ataque ou danos dos
cupins, envolvendo custos que nem sempre são aceitos pela sociedade (POTENZA;
ZORZENON, 2008).
Um dos fatores de grande importância no controle convencional de cupins reside no
desconhecimento do tamanho das de cupins de hábito subterrâneo e no caso de algumas
espécies, a existência de ninhos satélites interligadas (POTENZA et al, 2004). Su e
Scheffrahn (1988) indicaram que colônias de cupins da espécie C. formosanus Shiraki,
podem conter de 1 a 7 milhões de forrageiros, com um território de alimentação estendendo-
se até 100 metros lineares. Colônias de Reticulitermes flavipes (Kollar) podem conter de 0,2
a 5 milhões de cupins e alimentar-se a uma distância linear de 79 metros (GRACE et al.,
1989; SU et al., 1993).
Inseticidas piretróides como permetrina, deltametrina e ciflutrina, o fenil pirazol fipronil
e neonicotinóides como o imidaclopride, entre outros, são largamente utilizados para o
controle de cupins subterrâneos em áreas urbanas. (LEWIS,
2001).
Segundo Unep/Fao/Global, (2000), os inseticidas clorpirifós, imidaclopride e fipronil
são mundialmente utilizados na prevenção e desinfestação de árvores urbanas contra
cupins subterrâneos.
Potenza e Zorzenon (2008) relataram o uso dos ingredientes ativos permetrina e
bifentrina (piretróides), fipronil (fenil pirazol), etofenproxi (eter difenílico), imidaclopride e
thiamethoxam (neonicotinóides), todos inseticidas domissanitários, registrados para o
controle de cupins em arborização urbana.
Juttner (1997), em seus apontamentos, relatou o uso de vários produtos no controle
de C. formosanus em árvores urbanas em New Orleans, nos Estados Unidos.
Para que haja o efeito residual ou persistência de um inseticida no solo, vários
fatores deverão ser considerados quando da aplicação, sejam eles, umidade, pH,
temperatura e a própria concentração do produto (BASKARAN et al. 1999).
Osbrink et al. (2001) testaram a susceptibilidade de operários e soldados das
espécies de cupins subterrâneos C. formosanus e Reticulitermes virginicus a 08 diferentes
inseticidas, entre os quais, diversos piretróides, organofosforados e fenil pirazol.
O Imidaclopride é um inseticida relativamente novo, primeiramente registrado para o
uso no Reino Unido em 1993 e nos Estados Unidos em 1994. É utilizado no controle de
35
insetos em áreas agrícolas e urbanas, possuindo registro para uso domissanitário no
controle de cupins. É um inseticida sistêmico do grupo das nitroguanidinas (neonicotinóide),
que age por ingestão e contato, que atua como uma neurotoxina, ligando-se ao receptor
nicotínico da acetilcolina. O produto químico interfere na transmissão dos estímulos do
sistema nervoso dos insetos, causando bloqueio neuronal (nicotinérgico), notadamente mais
sensíveis ao efeito tóxico do produto do que em animais de sangue quente (produto químico
seletivamente mais tóxico aos insetos). Este bloqueio conduz à acumulação da acetilcolina,
um neurotransmissor importante, tendo por resultado a paralisia do inseto e morte. É
considerado seguro a animais de sangue quente e peixes, mas de alta toxicidade a abelhas
(PESTICIDES NEWS, 2003; BOUCIAS et al. 1996; ENVIRONMENTAL HEALTH GUIDE,
2006; EXTOXNET, 2008; PAN, 2008).
Estudos de Racke et al. (1994) revelaram que o processo de degradação de vários
inseticidas em cinco diferentes tipos de solos urbanos americanos está diretamente
relacionado com a umidade e temperatura versus concentração do produto. Entretanto,
Baskaran et al. (1999) observaram que solos úmidos não aceleraram a degradação do
Imidaclopride, mostrando-se estável nesta condição. Os autores relataram em solos com pH
variando entre 7.1 a 8.5, que o produto Imidaclopride se mostrou o de maior efeito residual,
quando comparado com outros dois produtos após 24 meses da aplicação.
Estudos de controle para H. tenuis na cultura da cana-de-açúcar realizados por
Almeida, J. et al. (1998), obtiveram resultados mais eficientes quando o inseticida
neonicotinóide Imidaclopride, foi aplicado associado a um fungo entomopatogênico,
Beauveria bassiana.
O Imidaclopride em subdosagem pode ser utilizado como estressor quando
associados a fungos entomopatogênicos, inibindo o comportamento de limpeza dos insetos,
elevando a eficiência do patógeno (ALMEIDA; ALVES, 1996; MOINO JR.; ALVES, 1998;
NEVES; ALVES, 1999; NEVES; ALVES, 2000).
Thorne e Breisch (2001), observaram que cupins da espécie R. virginicus em uma
primeira exposição ao Imidaclopride (100 ppm) aplicado em solo arenoso, não eram
repelidos. Entretanto, as autoras constataram que, mesmo dosagem subletal (10 ppm)
aplicada ao solo, era suficiente na diminuição da formação de túneis de forrageamento pelos
cupins que conseguiram sobreviver a primeira exposição. Comprovaram assim, um
comportamento de aversão a um segundo contato com o produto.
Vários trabalhos relatam a eficiência do Imidaclopride e dos neonicotinóides de
maneira geral no controle de cupins subterrâneos. Tratamentos a base de Imidaclopride, em
diversas edificações infestadas por Reticulitermes sp. e Nasutitermes costalis resultaram na
eliminação dos focos (SCHEFFRAHN et al., 2002; PARMAN; VARGO, 2005).
36
O tratamento em árvores urbanas deve ser realizado por técnicos especializados,
com experiência na identificação das espécies xilófagas e conhecimento em biologia e
comportamento. O uso dos inseticidas domissanitários deve ser criterioso, respeitando as
normas de segurança para não haver contaminação ambiental e intoxicação de pessoas e
animais, bem como a morte de árvores devido a fitotoxicidade do produto utilizado. Árvores
e plantas ornamentais comuns em nossa cidade como sibipiruna, guapuruvu, jacarandá-
mimoso, quaresmeira, palmeiras, falsa seringueira, acácia, ipês, paineira, álamo, figueira,
abacateiro, alecrim, cássia, alfeneiro, pinheiros, eucaliptos, tipuana, flamboyant e muitas
outras podem ser infestadas por cupins subterrâneos podendo acarretar sua morte
(ZORZENON; POTENZA, 2006; POTENZA; ZORZENON, 2008).
Juttner (1997b) relatou o tratamento de árvores urbanas em New Orleans, com os
produtos Lindane 20EC, Permetrina e Bifentrina infiltrando-os através de furações em
troncos de árvores comprometidas por C. formosanus. O autor indica a realização entre um
a sete orifícios na base do tronco infestado ou em locais danificados, com o auxílio de
brocas e furadeira para posterior infiltração de calda inseticida na proporção de meio galão
por furo (aproximadamente 13 litros por árvore), relatando que os mesmos após o
tratamento, deverão ser obliterados com borracha de silicone.
Segundo Potenza e Zorzenon (2008), o uso dos produtos cupinicidas deve ser
criterioso, respeitando as normas de segurança, para não haver contaminação ambiental e
intoxicação de pessoas e animais, ou a morte da árvore devido a fitotoxicidade do produto
utilizado, o qual deve ser diluído em água para sua aplicação. A diluição realizada em
querosene pode como consequência, levar muitas plantas a morte. O tratamento do solo em
pré-plantio pode ser realizado diluindo-se o produto cupinicida em água, na dosagem
recomendada e distribuindo-se a calda através de um regador por toda a cova, antes e
depois do plantio da muda.
São largamente utilizados diversos produtos para o controle de cupins subterrâneos
em áreas urbanas. Para que haja o efeito residual ou persistência de um inseticida no solo,
vários fatores deverão ser considerados na aplicação, sejam eles, umidade, pH, temperatura
e a própria concentração do produto.
O tratamento de árvores urbanas com produtos inseticidas domissanitários líquidos,
procede infiltrando-os através de perfurações em troncos de árvores comprometidas.
Preconiza-se a realização de aproximadamente 03 orifícios (preferencialmente em
triangulação) com inclinação de aproximadamente 45 graus, na base do tronco infestado
chegando-se até o cerne ou em locais danificados, com o auxílio de brocas especiais de
aço, normalmente utilizadas para mourões, com 36,0 ou 40,0 mm de comprimento por 10,0
ou 12,0 mm de diâmetro, com ponta simples ou tripla, para posterior infiltração de
aproximadamente 30,0 a 100,0 litros de calda inseticida por árvore. Após a aplicação, os
37
orifícios deverão ser obliterados com borracha de silicone ou espuma poliuretânica,
evitando-se o apodrecimento precoce, catalisado pela penetração de umidade proveniente
de chuvas. Em mudas e arbustos, deverão ser aplicados aproximadamente 20 litros de
calda inseticida infiltrada com haste injetora ou disposta em coroamento junto ao colo da
planta, sendo que para a prevenção de mudas, anterior ao plantio, os mesmos
procedimentos e recomendações deverão ser seguidos (ZORZENON, 2004).
A utilização de cimento em ferimentos, orifícios ou com a intenção de preenchimento
de “vazios” (tecidos consumidos) não é recomendada. O peso extra proporcionado às
árvores leva a desestruturação, desequilíbrio e aceleração da degradação tecidual da lesão
(ZORZENON, 2004; POTENZA; ZORZENON, 2008).
3.4 F
ORMIGAS CARPINTEIRAS GÊNERO Camponotus
3.4.1
Aspectos sobre biologia e distribuição zoogeográfica.
Assim como a fauna termítica, as formigas carpinteiras representadas pelo gênero
Camponotus, são observadas nas mais diversas espécies arbóreas, sendo frequentemente
encontradas nas árvores urbanas.
Segundo Hölldobler e Wilson (1990), Fowler et al. (1991), Campos-Farinha, et al.
(1997), Bueno e Campos-Farinha (1999) e Caetano et al. (2002), as formigas são insetos
holometábolos, pertencentes a Ordem Hymenoptera, mesmo grupo das abelhas e vespas,
reunidas em uma única família chamada Formicidae. São consideradas insetos eussociais
devido a sobreposição de gerações, cooperação com a prole e divididas em castas, com
funções diferentes dentro da colônia, sendo representadas pelos reprodutores (machos e
fêmeas) e operárias muitas vezes polimórficas.
A sociedade das formigas é formada basicamente por fêmeas (rainhas e operárias),
onde os machos raramente participam de funções não reprodutivas. A longevidade de
algumas espécies de formigas é de 4 a 7 anos para as operárias e mais de 15 anos para
rainhas (ROBINSON, 1996).
Atualmente, estima-se que existam cerca de 18.000 espécies de formigas no mundo,
sendo que o Brasil apresenta 2000 espécies identificadas onde, somente 1% são
consideradas pragas e cerca de 50 espécies são adaptadas ao ambiente urbano (BUENO;
CAMPOS-FARINHA, 1998).
38
Diversos tipos de substâncias, dependendo da espécie de formiga, servem como
alimentos tais como: produtos açucarados, gordura animal, carnes, frutas, fungos e muitos
outros. Nos hospitais sua presença é extremamente importante, pois elas carregam
bactérias contribuindo para as infecções hospitalares. Também podem ocorrer dentro de
aparelhos eletrônicos causando danos aos circuitos (BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1998;
1999).
Os ninhos de formiga de uma maneira geral, consistem de uma série de cavidades e
passagens, por onde as formigas transitam. Podem ser feitos diretamente no solo, em
madeiramentos, armários, dentro de aparelhos eletrônicos, atrás de azulejos, batentes de
portas, pisos, etc.
As espécies de formigas urbanas formam ninhos polidômicos onde são encontradas
rainhas. Já o gênero Camponotus, possui ninhos satélites semelhantes a apêndices ligados
ao ninho principal. Ninhos satélites consistem basicamente de operárias, larvas maduras
(último estádio) e pupas, mas nunca ovos. Estes ninhos podem distribuir-se por locais
distintos, dificultando a localização do ninho principal onde a rainha é encontrada (OGG et
al., 2007).
Em determinadas épocas do ano e dependendo da espécie de formiga, há o
processo da revoada ou enxameagem, onde os reprodutores alados, machos e fêmeas,
saem para efetuar o acasalamento e formar novas colônias. Após o acasalamento, que
normalmente é realizado em pleno voo, os machos perecem e as fêmeas acasaladas
fundam novas colônias, iniciando novamente o ciclo, infestando novos locais. Algumas
espécies podem ter dezenas ou mais rainhas abrigadas em um único ninho. Espécies muito
urbanizadas, raramente realizam os voos nupciais para a formação de novas colônias,
chegando a algumas espécies a abolir por completo o voo, realizando a sociotomia ou
fragmentação de colônias, onde geralmente nenhuma, uma ou várias rainhas junto a um
grupo de operárias carregando ou não formas jovens migram para um local distinto do ninho
original. As espécies de formigas podem possuir colônias com uma única rainha ou com
várias rainhas funcionais, fenômenos denominados monoginia e poliginia, respectivamente
(BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1998).
O uso indevido de inseticidas de determinados grupos químicos, principalmente os
piretróides, pode promover a antecipação deste processo natural, gerando um aumento
significativo da infestação (BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1999).
Conhecidas popularmente por formigas carpinteiras, as espécies do gênero
Camponotus pertencem a família Formicidae, subfamília Formicinae e tribo Camponotini
segundo Caetano (2000). O gênero está agrupado mais ou menos artificialmente em
diferentes subgêneros (MARIANO; DELABIE; NASCIMENTO, 1998), havendo controvérsias
na disposição relatadas por diversos autores.
39
A distribuição geográfica do gênero Camponotus é muito ampla, segundo Loureiro e
Queiroz (1990) citado por Simas et al. (2000), se dispersando pelas Américas do Norte,
Central e Sul entre outras regiões zoogeográficas do mundo.
É o gênero mais representativo e heterogêneo das regiões tropical e neotropical,
também ocorrendo em regiões temperadas do globo (ROBINSON, 1996).
Terayama et al. (2003) informaram em suas pesquisas que a distribuição global para
o gênero se restringe às regiões tropicais e de clima temperado (Figura 07).
O gênero Camponotus é polimórfico, apresentando extremos com espécimes muito
grandes chamadas operárias máximas ou maiores (também chamados soldados) e muito
pequenas chamadas operárias mínimas ou menores entre muitos outros tamanhos
intermediários. São observadas características morfológicas externas em operárias maiores
tais como mesossoma ligeiramente maior e cabeça desproporcionalmente muito grande,
com enormes variações no desenvolvimento em comparação as operárias menores. Em
algumas espécies de Camponotus há a presença de cabeças fragmóticas, onde a região
clipeal é bastante truncada. Em outras, a cabeça é cilíndrica e achatada dorso ventralmente.
A diversidade de formas está ligada a mecanismos de defesa e a distribuição de habitats,
entre outros fatores (LONGINO, 2002).
Caetano et al. (2002) relataram em seu trabalho que a subfamília formicinae é
representada por aproximadamente 400 espécies na região Neotropical, onde o gênero
Camponotus, um dos maiores do mundo, pode ser encontrado em uma quantidade
surpreendente de habitats.
Segundo Robinson (1996), Campos-Farinha et al. (1997), Bueno e Campos-Farinha
(1998 e 1999), Dash (2004), o gênero Camponotus é representado por mais de 1500
espécies no mundo, dentre as quais 200 espécies estão na Região Neotropical.
Os representantes do gênero possuem antenas 12 segmentadas, escapos com até o
dobro do tamanho da cabeça, mesossoma arredondado quando observado lateralmente,
presença de acidóporo (extremidade do gáster com um círculo de pêlos) e apenas um
nódulo peciolar (Figura 08).
As espécies são de difícil identificação, onde a coloração pode variar do amarelo até
o preto, podendo apresentar operárias com variações de tamanhos muito grandes, devido
ao polimorfismo (RYAN, 2008).
Suiter (2003) observou formigas carpinteiras durante 44 horas seguidas e concluiu
que as mesmas possuem grande atividade noturna de forrageamento, entre 6 horas da
tarde e 6 horas da manhã e maior atividade em determinados picos entre as 23 horas e
meia noite. Apesar de o autor ter observado esta predileção noturna, o mesmo constatou
que não é incomum encontrar tais espécies durante as horas do dia.
40
Robinson (1996) relatou que aproximadamente 10% dos integrantes das colônias de
Camponotus são recrutadas para a busca de alimentos. O mesmo autor descreveu que os
ninhos primários são normalmente formados em árvores urbanas plenamente desenvolvidas
e os ninhos satélites posicionados em estruturas de madeira adjacentes.
Segundo Lyon (2004), colônias maduras de formigas carpinteiras após 3 a 6 anos,
podem possuir cerca de 2.000 a 4.000 indivíduos.
De acordo com Robinson (1996),
o tamanho de uma colônia em número de
indivíduos varia com a espécie, onde as espécies Camponotus modoc e Camponotus
vicinus possuem entre 50.000 a 100.000 operárias, Camponotus pennsylvanicus de 3.000 a
8.000 operárias e Camponotus herculeanus mais de 50.000 operárias. De um modo geral,
uma colônia madura, demora aproximadamente 10 anos ou mais para o início da produção
de reprodutores.
3.4.2
Importância
As espécies do gênero Camponotus são de hábito normalmente noturno, geralmente
fazendo ninhos em cavidades no solo, madeiramentos, árvores vivas ou mortas, atrás de
batentes de janelas ou portas, vigamentos de telhado, rodapés, assoalhos, fendas em
paredes, dentro de gavetas e forros de madeira e são possuidoras de ninhos satélites ou
secundários, ligados ao ninho principal. As espécies descritas por estes autores como as
mais comuns em território nacional são, Camponotus atriceps (Fr. Smith, 1858) (= C.
abdominalis), Camponotus crassus (Mayr, 1862), Camponotus rufipes, Camponotus
arboreus e Camponotus fuscocinctus.
(ROBINSON 1996; CAMPOS-FARINHA et al. 1997 E
BUENO; CAMPOS-FARINHA 1998, 1999).
Segundo Zorzenon (2004); Campos-Farinha e Zorzenon (2008), as espécies de
Camponotus mais encontradas em árvores urbanas são C. crassus (Figura 13), C. atriceps,
C. rufipes, C. sericeiventris e C. rengeri.
Apesar da escavação de madeiramentos ou aproveitamento de aberturas existentes
nas mesmas para o feitio dos ninhos, estas formigas não se alimentam de celulose,
procurando preferencialmente por substâncias adocicadas, gorduras, dentre outras
(ROBINSON, 1996; CAMPOS-FARINHA et al., 1997; BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1998;
BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1999).
Segundo Lyon (2004) as formigas do gênero Camponotus dão preferência a
alimentos tais como seivas de plantas, frutas frescas, insetos (vivos ou mortos), carnes,
melaço, mel, geléia, açúcar, gordura, excrementos de pulgões (honeydew), etc. O autor
41
ainda afirma que estas formigas alimentam-se de cupins e normalmente nunca co-existem
com eles em um mesmo ambiente.
Camponotus são arborícolas e forrageadores generalistas, procurando
particularmente por carboidratos e proteínas, sendo observadas freqüentemente visitando
nectários extraflorais (LONGINO, 2002).
Costa e Marcolino (2003) estudaram o comportamento de forrageamento de C.
atriceps em área urbana através de diversos tipos de iscas atrativas. Os autores verificaram
uma maior procura por fontes protéicas (iscas a base de baratas e larvas de Tenebrio sp.)
em relação às fontes de carboidrato e a pouca atratividade de iscas a base de sardinha, de
leite condensado e de mel.
Segundo Grahan (1929); Mariano, Delabie, Nascimento (1998), as formigas
carpinteiras de um modo geral nidificam nos mais variados ambientes, colonizando galhos e
troncos de árvores vivas ou mortas, solo, cupinzeiros abandonados, madeiramentos em
decomposição e de construção de casas, praticamente em todos os materiais fabricados em
madeira.
Corroborando os trabalhos de Bueno e Campos-Farinha, 1999 e Grahan, 1929,
quanto a nidificação, Terayama et al. (2003) relataram a grande importância do gênero em
território japonês, representado por aproximadamente 25 espécies descritas.
Klotz e Rust
(2000) observaram a formação de até 20 ninhos satélites de formigas
carpinteiras associados a um ninho principal contendo rainhas. Já Robinson, (1996), relatou
que o número de ninhos satélites apesar de variar de espécie para espécie, são no mínimo
13.
Em alguns locais dos Estados Unidos, as formigas carpinteiras são consideradas
pragas mais importantes do que os cupins, devido aos danos causados em construções de
acordo com Ebeling, 1975; Furniss e Carolin, 1977; Hansen e Akre, 1985 citados por Chen
et al., (2002).
Bueno e Fowler, 1994, são citados por Zarzuela, Ribeiro, Campos-Farinha (2002)
afirmando que formigas do gênero Camponotus são indicativas de deficiências de
estruturas, especialmente quando encontradas em áreas internas de hospitais, onde ali
nidificam, buscando seu alimento em áreas externas.
Segundo relatos de Chen et al. (2002), C. vicinus (Mayr) é a espécie causadora de
maiores danos em residências na região do pacífico norte depois da espécie C. modoc. Os
autores pesquisaram C. vicinus na região norte de Idaho, EUA, concluindo que os ninhos da
espécie são preferencialmente construídos em áreas abertas de florestas urbanas, em tocos
e árvores caídas, não sendo diretamente observadas em árvores vivas.
Estudos de Klotz et al. (1995) relataram C. atriceps como sendo uma das espécies
mais importantes e mais encontradas na Flórida.
42
De distribuição Neotropical, C. atriceps (Fr. Smith, 1858) (Figura 14) foi descrita por
Longino (2002) em seu levantamento mirmecofaunístico da Costa Rica, relatando-a como
uma das espécies mais importantes naquele país. O autor descreveu a espécie relatando
abundantes variações na coloração da cabeça, mesossoma, pernas e gáster entre o
castanho avermelhado, laranja claro e em raros casos, totalmente amarelos. Em C. atriceps,
o polimorfismo é muito evidente, podendo ser observado tamanhos muito distintos entre as
operárias (Figura 15). Em operárias menores ou mínimas (minor workers), o propódeo é
alongado e estreito. É uma espécie extremamente oportunista, de hábitos noturnos,
nidificando em árvores (Figura 16) e em locais perturbados pelo homem. Edificam ninhos
satélites e segundo o autor, as operárias são muito tímidas quando forrageiam
solitariamente. No entanto, são de extrema agressividade quando na proteção dos ninhos.
C. atriceps (Smith) está classificada entre as espécies urbanas mais frequentes em
ambientes domiciliares e hospitalares, além de apiários e meliponários (BUENO; CAMPOS-
FARINHA 1999, MARCOLINO et al. 2000). O alto grau de polimorfismo nesta espécie pode
levar à subestimativa da presença de outras espécies de Camponotus, aliado à similaridade
morfológica entre as mesmas, dificultando a identificação por taxonomistas pouco
familiarizados (SOARES et al., 2006).
Camponotus sericeiventris Guérin, 1838, (Figura 17) ocorre em diversos ambientes
da região neotropical, sendo citada em vários estudos envolvendo comunidades de formigas
e em estudos com exudações e secreções de animais e plantas. Os ninhos de C.
sericeiventris são encontrados em troncos e galhos de plantas vivas ou não, em cavidades,
sendo mais abundantes em troncos de madeira macia e de casca rugosa e em árvores de
grande porte. As entradas dos ninhos são normalmente protegidas pelas operárias maiores
(LONGINO, 2002; YAMAMOTO, 2004). A atividade dessas formigas é diurna, sendo
influenciada pela temperatura e umidade. A espécie forrageia individualmente ou em grupo,
no solo e na vegetação, com sobreposição da área de forrageamento entre colônias
próximas. Sua dieta é oportunista e inclui néctar floral e extrafloral, exudatos de hemípteros
e de lepidópteros, artrópodes mortos e presas vivas, além de sementes e frutos
(YAMAMOTO, 2004).
Inventário em área urbanizada realizado por Lutinski e Garcia (2005) determinou
como sendo o gênero Camponotus a maior número de espécies, totalizando sete espécies.
A observação da espécie C. rufipes (Figura 18), classificada como constante pelos
autores, característica de ambientes perturbados e abertos, corrobora com trabalhos de
Morini et al. (2003).
43
3.4.3 Prevenção e controle de Camponotus em árvores urbanas
Suiter (2003) chamou a atenção em suas pesquisas para a importância da
localização dos ninhos de Camponotus em árvores. A posterior eliminação, através do uso
de pulverizações dos inseticidas clorpirifós e diazinon, bem como a aplicação de iscas
tóxicas a base de ácido bórico a 1% em líquido adocicado para a complementação no
controle de formas jovens e reprodutores localizados nos ninhos foi estudado por Marer,
(1991); Klotz e Rust
(2000).
Apesar de Lyon (2004) sugerir em seu trabalho o uso de clorpirifós e diazinon em
pulverizações e infiltrações direcionadas aos ninhos em árvores, como o melhor método de
controle, o autor não indicou o uso de iscas tóxicas alegando a baixa eficiência das mesmas
no controle de Camponotus.
De acordo com Robinson (1996), a efetividade das iscas tóxicas no controle de
formigas carpinteiras depende delas não possuírem efeitos repelentes e terem longo
espectro de ação, para haver também a mortalidade de rainhas e formas jovens.
Ogg et al. (2007) não recomenda o uso de iscas devido a grande variedade alimentar
que compõe a dieta das formigas carpinteiras. Os autores indicam o controle através da
aplicação direta em ninhos, ou realização de barreiras externas em locais infestados,
usando os ingredientes ativos não repelentes Fipronil, Imidaclopride ou Chlorfenapyr (uso
profissional) ou mesmo ácido bórico para interiores de residências (uso doméstico). Para
cavidades de árvores ou aplicação em interiores de troncos após perfuração, prescrevem
preferencialmente o uso do Imidaclopride.
Pellitteri (2003) indicou em seus estudos o uso dos inseticidas piretróides permetrina,
deltametrina e ciflutrina e do carbamato propoxur em pulverizações e dos inseticidas
fosforado Clorpirifós e carbamato Bendiocarb, na forma de pó seco para o polvilhamento em
espaços vazios para o controle de formigas carpinteiras em árvores e ambientes exteriores.
A aplicação de inseticidas diluídos em água em ninhos de Camponotus localizados
em aberturas naturais de árvores e tratamentos perimetrais foi preconizada por Suiter (2003)
como sendo uma das chaves para o sucesso no controle de formigas carpinteiras. O autor
indicou em seu trabalho a infiltração de calda inseticida na proporção de 3,7 litros ou mais
por ninho e de aproximadamente 25 litros em tratamentos perimetrais externos.
Robinson (1996) relatou que são poucas as espécies de Camponotus que mantêm
ninhos no interior de residências. O mesmo autor alegou que a localização dos ninhos
primários e secundários (satélites) é um dos maiores problemas para o controle.
44
Simas e Costa (1996) e Simas et al. (2000) descreveram em seus trabalhos, testes
realizados com diversos inseticidas para o controle de Camponotus punctulatus, onde
puderam comprovar a eficiência de 100% do ingrediente ativo Fipronil para o controle da
referida espécie em ninhos no solo (sem desmanche) e de 80% de eficiência em ninhos
desmanchados.
Inspeções e aplicações de inseticidas anualmente, são preconizadas para o controle
de formigas carpinteiras em áreas arborizadas (HANSEN, 2005;
LIVINGWITHBUGS GUIDE,
2006)
A localização de ninhos de Camponotus em árvores, muitas vezes pode ser facilitada
pela presença de resíduos de madeira raspada em forma de serragem (raspas),
depositados junto a base do tronco da árvore infestada, indicando a atividade característica
do gênero (Figura 19). Encontrar os ninhos primários e secundários é um dos maiores
problemas para o controle (ZORZENON, 2004).
A eliminação dos ninhos de Camponotus em árvores, por meio de pulverizações e
infiltrações em troncos dos inseticidas domissanitários é de suma importância para o êxito
no controle. Os principais ativos recomendados são: organofosforados diclorvós e diazinon,
os piretróides permetrina, cipermetrina, lambda cialotrina, alfa cipermetrina, deltametrina e
ciflutrina, o carbamato propoxur, o fenil pirazol fipronil e o neonicotinóide imidaclopride
(CAMPOS-FARINHA; ZORZENON, 2008).
O uso de iscas tóxicas a base de ácido bórico a 1% em líquido adocicado serve
como complementação no controle de formas jovens e reprodutores localizados nos ninhos
e depende das mesmas não possuírem efeitos repelentes e terem longo espectro de ação
(MARER, 1991; KLOTZ; RUST,
2000).
Os inseticidas devem ser sempre diluídos em água e aplicados em ninhos de
Camponotus localizados em aberturas naturais de árvores, assim como em tratamentos
perimetrais. A quantidade de litros de calda inseticida pode ser variável, dependendo do
tamanho da árvore e do ninho encontrado. Normalmente devem ser infiltrados e
pulverizados no tronco aproximadamente 5 ± 2 litros de calda por árvore. A quantidade de
calda aplicada pode variar para mais ou para menos, de acordo com o diâmetro da árvore
tratada. A concentração utilizada para a elaboração da calda inseticida é de 0,5% do
ingrediente ativo por litro de água, devendo ser respeitadas as orientações descritas no
rótulo do produto utilizado (ZORZENON, 2004; CAMPOS-FARINHA; ZORZENON, 2008).
45
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1
ÁREA EXPERIMENTAL E DETERMINAÇÃO DE GRUPOS E ESPÉCIES ARBÓREAS
O experimento foi conduzido entre Janeiro de 2004 a Agosto de 2008, em área
urbanizada denominada Sociedade Amigos da Colina das Flores no bairro Cidade Jardim
(coordenadas S 23º 35’ 34.72” / WO 46º 41’ 57.60”) no Município de São Paulo (Figuras 20,
21 e 22), abrangendo 1609 espécimes botânicos. Destes, 1477 foram identificados, sendo
1339 árvores e 138 palmeiras urbanas. As demais (132) foram excluidas devido a
impossibilidade de identificação, devido a falta de flores, folhas ou frutos ou por serem
demasiadamente novas.
As diversas espécies, plantadas em calçadas, parques e jardins públicos estavam
distribuídas em aproximadamente oito quilômetros de ruas e avenidas, onde foram
observadas infestações por cupins subterrâneos e formigas do gênero Camponotus.
Convencionou-se a reunião das plantas em quatro grandes grupos de estudo, denominados:
Árvores Nativas, Árvores Exóticas, Palmeiras e Outras.
As árvores são definidas como vegetais perenes e lenhosos. possuidores de ramos
secundários (galhos), raiz pivotante e caule do tipo tronco, o que as distingue das palmeiras.
Portanto, apenas as gminospermas e as angiospermas dicotiledôneas lenhosas são
denominadas árvores (RAVEN, et al., 1978).
Nos grupos Nativas e Exóticas, foram separadamente selecionadas as espécies
mais significativas estatísticamente, perfazendo 7 espécies nativas e 9 espécies exóticas
Para a formação dos grupos Nativas e Exóticas, o n mínimo foi de 20 plantas onde
foram agrupadas as diversas famílias e espécies nativas e exóticas encontradas na área
estudada. Para a formação do grupo Outras, diversas espécies de várias famílias botânicas
com n variando entre 1 até 20 indivíduos, pouco expressivos estatísticamente quando
isolados, foram estudados em conjunto.
46
O grupo denominado Palmeiras, definiu-se num conjunto de várias espécies de
Arecaceae observadas durante o experimento.
A seleção da área pesquisada foi definida principalmente pela alta arborização das
ruas e a presença de inúmeras praças e jardins, incluindo uma reserva sem acesso ao
público. Excluindo-se a reserva, foi calculada a distribuição média de árvores viárias,
obtendo-se uma média de 201 árvores por quilômetro linear, ou seja, uma árvore a cada 5
metros lineares. O valor obtido foi muito superior ao preconizado por Mello Filho (1985) que
recomenda uma árvore a cada 7 a 12 metros lineares, confirmando assim o critério da
escolha da área.
Realizou-se um censo das plantas encontradas na área de estudo. Dentro do
universo botânico amostrado, a escolha das espécies botânicas de maior expressão foi
baseada na sua quantidade, importância paisagística e distribuição generalizada pela área
experimental.
A determinação das espécies botânicas foi realizada entre Janeiro a Agosto de 2004.
Entre Setembro de 2007 a Agosto de 2008, realizaram-se as medições da CAP
(circunferência a altura do peito) convencionado a 1,30 m da base da planta (Figura 23),
segundo Daniel (2006) e coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude) de cada
uma das árvores estudadas (Figura 24). Para isso, utilizou-se fita métrica de aço e aparelho
receptor GPS, marca Garmim, modelo GPSMAP® 60Cx. As coordenadas geográficas foram
mapeadas utilizando-se o programa livre GPS trackmaker.
4.2
DIAGNÓSTICO DAS ÁRVORES
O levantamento das espécies de cupins e formigas carpinteiras ocorreu durante 56
meses, de Janeiro de 2004 a Agosto de 2008.
47
4.2.1 Cupins
4.2.1.1 Análise visual
Para a determinação visual da infestação por cupins subterrâneos, os troncos foram
analisados externamente, sendo observados:
Caminhamentos ou vestígios na parte externa e interna da casca.
Aberturas, reentrâncias e cavidades (ocos), fissuras e lacerações naturais e artificiais
Danos decorrentes da ação termítica
Soldados e operários de cupins coletados foram acondicionados em vidros contendo
álcool 80% e devidamente etiquetados para posterior identificação no Laboratório de
Entomologia Geral do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal do
Instituto Biológico em São Paulo.
4.2.1.2 Prospecção interna das árvores: dimensionamento de danos
Empregou-se brocas de aço com 6 mm de diâmetro por 200 mm de comprimento e
10mm de diâmetro por 320 a 400 mm de comprimento, utilizadas normalmente para a
perfuração de mourões de madeira e telhas de fibrocimento, com pontas simples ou triplas,
furadeira profissional marca Bosch modelo GSB 19-2 de 650 watts de potência e gerador
elétrico a gasolina marca Branco modelo BT2 950. Brocas de menor calibre foram usadas
em árvores de CAP igual ou inferior a 40 cm e as de maior calibre para as de CAP superior
a 40 cm. Após a perfuração para determinação de infestação (Figura 25), os orifícios foram
pincelados com fungicida calda bordalesa (sulfato de cobre, cal hidratada e água), e
obliterados com borracha de silicone (Figura 26 e 27), evitando assim a penetração de
umidade decorrente de chuvas e dificultando a entrada de fitopatógenos. Os mesmos
orifícios foram reaproveitados para a infiltração de calda inseticida no controle posterior das
árvores infestadas.
Como não é possível externamente determinar qual a dimensão e localização exatas
dos danos na região interior do tronco, convencionou-se a utilização de três perfurações (n)
48
na base das árvores tentando-se obter a triangulação dos pontos (120º entre elas), em
ângulo de perfuração a 45 graus em relação à árvore, segundo os esquemas 1 e 2.
A intenção foi a de atingir as regiões mais profundas do cerne para prospecção
interna, constatando-se as infestações não aparentes e estimando-se as porcentagens de
danos, segundo Zorzenon (2004). As porcentagens de danos internos foram
convencionadas em 0% (sem danos) até 90%, para determinação da correlação entre CAP
e estimativa da porcentagem de danos internos.
O número de perfurações (n) a ser realizado não é constante, podendo variar de
acordo com o diâmetro da árvore a ser prospectada. Quanto maior o diâmetro do tronco,
maior deverá ser o número de perfurações, apresentando assim superior precisão dos
dados para a obtenção da porcentagem estimada de danos internos.
4.2.1.3
Porcentagem estimada de danos internos
Para a obtenção das porcentagens estimadas de danos internos de cupins
subterrâneos foi desenvolvida uma metodologia de prospecção própria para este trabalho e
desenvolvimento e adaptações de fórmulas trigonométricas para conversão de valores em
estimativas porcentuais de danos internos.
As estimativas porcentuais foram obtidas através de medições das profundidades
penetradas pelas brocas, ao perceber a diferença de resistência mecânica de um tecido
saudável (de maior resistência) do tronco para um tecido lesionado (de menor resistência)
ou cavo (sem resistência), decorrente do consumo interno realizado pelos cupins. Da
somatória das três medidas de profundidade obtém-se uma média estimada.
Devido a angulação da perfuração em relação ao tronco ser de 45 graus (DP
45º
), os
valores médios obtidos foram convertidos pela seguinte fórmula para se obter MP
90º
(medida
média da profundidade da broca a 90 graus), resultando:

º


º
√
MP
90º
= medida média da profundidade da broca a 90º
DP
45º
= diagonal da profundidade da broca a 45º
= número perfurações
√ = 1,4142
49
Para resultados de medidas de profundidade em que a broca metálica não atinja
nenhuma cavidade, o número a ser considerado na somatória das DP
45º
será um valor
obtido através de
.√
Como a secção transversal do tronco se aproxima da forma circular, para propósitos
práticos assume-se também tal forma. Também convencionou-se, pelos mesmos motivos, a
extensão transversal de danos internos como sendo de forma circular. Portanto
, para efetuar
os cálculos de porcentagens estimadas de danos internos, há a necessidade de
primeiramente obter-se o diâmetro do tronco onde:
CAP = circunferência a altura do peito
DAP = diâmetro a altura do peito
= 3,1416
r
= raio da circunferência
PD = % de danos internos
RL = região lesionada do tronco
Onde para obtenção do diâmetro:


Determinando posteriormente o raio da circunferência onde:


Subtraindo-se o MP
90º
(medida de profundidade) do r (raio da circunferência),
teremos um valor estimado da região lesionada, onde:
 
º
50
Para obtenção da porcentagem estimada da região lesionada interna aplica-se:

.
Esquema 1 - Corte transversal esquemático de tronco, demonstrando DAP,
r, RL, e MP
90º
Esquema 2 - Corte longitudinal esquemático de tronco, demonstrando DP
45º
e MP
90º
r
r
MP
90º

DA
P
45º
MP
90º
DP
45º
51
4.2.2 Prospecção de formigas carpinteiras
Para a determinação de infestação por formigas carpinteiras, foram realizadas
observações visuais, com afastamento da casca das árvores por meio de formões e
observação de rachaduras e cavidades em troncos e frestas em calçamento viário adjacente
a cada planta. As formigas foram coletadas e acondicionadas em vidros contendo álcool
70%, para posterior identificação no Laboratório de Entomologia Geral do Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico de São Paulo.
As espécies de Camponotus coletadas foram identificadas pela Pesquisadora
Científica Dra. Ana Eugênia de Carvalho Campos.
4.3 Controle químico das árvores e palmeiras
Em Agosto de 2004 iniciou-se os tratamentos curativos nas árvores se extendendo
até Agosto de 2007, por meio de infiltrações em tronco (para cupins subterrâneos). Para
formigas carpinteiras, foram realizadas pulverizações superficiais e em frestas e ocos dos
troncos e estipes e em rachaduras de calçamentos adjacentes as plantas comprovadamente
infestadas. O produto domissanitário com ingrediente ativo Imidaclopride (200 g/L i.a.) na
dosagem de 2,5 mL/L de água foi utilizado para esta finalidade. As árvores foram tratadas
com controle adicional anual.
Para o controle de cupins subterrâneos, foi utilizada a quantidade média de 20 ± 10
litros por árvore, de calda inseticida infiltrada por meio de pulverizador pressurizado de aço
inox marca Guarany ou por meio de funis de plástico e regadores (Figuras 28 e 29). Para o
controle de Camponotus, a média de calda utilizada por árvore foi de 5 ± 2 litros, infiltrada
e/ou pulverizada sobre os troncos das árvores ou estipes das palmeiras (Figuras 30 e 31).
Estas quantidades variaram para mais ou para menos, de acordo com o diâmetro da árvore
tratada. Também foi realizado tratamento adicional perimetral nas árvores e palmeiras
infestadas por Camponotus, em frestas e rachaduras de calçamentos adjacentes as árvores
e palmeiras com o produto Diclorvós 825 g/L na dosagem de 10 mL / L de água e na
quantidade de 1 litro de calda / árvore.
52
Nos últimos 12 meses de estudo (Agosto de 2007 a Agosto de 2008), fez-se o
levantamento final pós-controle nas mesmas árvores vistoriadas, para a avaliação dos níveis
de infestação na área.
O acompanhamento e as avaliações (coletas e tratamentos) foram efetuados
mensalmente.
4.4
METODOLOGIA ESTATÍSTICA:
Para descrever o perfil da amostra segundo as variáveis em estudo, foram feitas
tabelas de frequência das variáveis categóricas (danos de cupins e formigas, espécies, tipos
e famílias), com valores de frequência absoluta (n) e porcentual (%), e estatísticas
descritivas das variáveis contínuas (percentual de dano e valores de CAP), com valores de
média, desvio padrão, valores mínimo e máximo, mediana e quartis.
Para comparação das variáveis categóricas entre as espécies, tipos (Nativas e
Exóticas) e famílias de árvores foram utilizados o teste Qui-Quadrado (grau de liberdade 3)
ou o teste exato de Fisher, quando valores esperados forem menores que 5.
Para comparar os valores de CAP e da porcentagem de danos entre 2 grupos, foi
utilizado o teste de Mann-Whitney, devido à ausência de distribuição Normal das variáveis e
ao tamanho reduzido de algumas espécies. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para
comparação das variáveis numéricas entre 3 ou mais grupos, seguido do teste de
comparações múltiplas de Dunn. Para analisar a relação entre os valores de CAP e o
porcentual de dano foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman (CONOVER, 1971;
SIEGEL,
1979; ZAR, 1999; FLEISS, 1981). O nível de significância adotado para os testes
estatísticos foi de 5%.
4.4.1
PROGRAMA COMPUTACIONAL
Para análise estatística realizada pelo estatístico Helymar C. Machado (CONRE
7696-A) da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, utilizou-se o programa
computacional: The SAS (System for Windows Statistical Analysis System), versão 8.02.
SAS Institute Inc, 1999-2001, Cary, NC, USA.
53
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Metodologia desenvolvida
Foi desenvolvida uma metodologia prática com o uso de ferramentas de baixo custo
e manutenção, onde 1339 árvores foram prospectadas.
Amaral (2002) por meio de resistógrafo e boroscópio relatou sobre sérios problemas
mecânicos e sobre a dificuldade de manutenção do resistógrafo, bem como sua falta de
precisão e baixa confiabilidade em determinados pontos do experimento.
A tomografia de impulso utilizada em árvores é uma forma não invasiva para a
prospecção interna (PEREIRA, et al., 2007). Apesar de tecnologicamente superior, o
equipamento é de elevado custo, chegando a 10.000 euros, devendo ser calibrado conforme
a densidade do lenho.
As fórmulas matemáticas para conversão de dados e obtenção de porcentagens
estimadas de danos internos são simples e de fácil compreensão. Assim como nos
procedimentos relatados por Amaral (2002), a perfuração estima danos horizontais, não
indicando indícios verticais do estado da árvore analisada. Para tanto, seria necessário um
maior número de perfurações em alturas diferentes no tronco, levando a uma inapropriada
exacerbação de injúrias, o que seria comprometedor no ponto de vista sanitário da planta,
além do aumento do custo da análise por árvore. Para a estimativa de porcentagem de
danos, as perfurações na base da árvore são suficientes para essa determinação.
54
5.2 Censo das espécies botânicas
A população dos espécimes botânicos considerados da área experimental foi
composta de 1477 indivíduos. Desta população, foram amostradas e identificadas 1339
árvores e 138 palmeiras.
Foram identificadas 29 famílias botânicas e 52 diferentes árvores e palmeiras,
conforme tabela 1.
As famílias de maior interesse, onde abrigaram o maior número de espécies
botânicas, foram: Fabaceae, Melastomataceae, Bignoniaceae, Oleaceae, Asteraceae,
Pinaceae, Platanaceae e Lithraceae
T
ABELA 1 NOMES POPULARES, NOMES CIENTÍFICOS, FAMÍLIAS BOTÂNICAS E RESPECTIVAS
FREQUÊNCIAS ENCONTRADAS EM ÁREA URBANA DETERMINADA DO BAIRRO CIDADE
JARDIM
, NA CIDADE DE SÃO PAULO, NOS ANOS DE 2004 A 2008.
Nome popular
Nome científico
Família
Frequência
Abacateiro
Persea gratissima
Lauraceae
14
Alfeneiro
Ligustrum lucidum Oleaceae
24
Amoreira
Morus nigra
Moraceae
02
Areca bambu
Dypsis lutenscens
Arecaceae
03
Cambará
Gochnatia
polymorpha
Asteraceae
26
Camélia
Camellia japonica
Theaceae
01
Cássia
Cassia sp. Fabaceae
12
Chapéu de sol
Terinalia catappa
Combretaceae
02
Cheflera
Scheflfera arboricola
Araliaceae
12
Eritrina Erythina sp. Fabaceae 38
55
Escova-de-garrafa
Callistemom sp. Myrtaceae
02
Espatódea
Spathodea
campanulata
Bignoniaceae
44
Eucalipto
Eucalyptus sp. Myrtaceae
20
Falsa seringueira
Ficus elastica
Moraceae
01
Fênix
Phoenix silvestris
Arecaceae
10
Ficus microcarpa
Ficus microcarpa
Moraceae
02
Ficus benjamim
Ficus benjamina
Moraceae
12
Flamboyant
Delonix regia Fabaceae
84
Goiabeira
Psidium gajava
Myrtaceae
11
Guapuruvu
Schizolobium parahiba
Fabaceae
01
Ipê
Tabebuia spp. Bignoniaceae
80
Jaboticabeira
Myrciaria cauliflora
Myrtaceae
01
Jacarandá-mimoso
Jacaranda
mimosifolia
Bignoniaceae
80
Jaqueira
Artocarpus
heterophyllus
Moraceae
01
Jasmim manga
Plumeria alba
Apocynaceae
07
Jerivá
Syagrus romanzoffiana
Arecaceae
67
Macadâmia
Macadamia integrifolia
Proteaceae
01
Macieira
Malus sp.
Rosaceae
01
Magnólia
Magnolia sp.
Magnoliaceae
02
56
Manacá
Brunfelsia uniflora
Solanaceae
04
Mangueira
Mangifera indica
Anacardiaceae
08
Nespereira
Eriobotrya japônica
Rosaceae
08
Oiti
Licania tomentosa
Chrysobalanaceae
02
Paineira
Chorisia speciosa
Bombacaceae
11
Palmeira Imperial
Roystonea regia
Arecaceae
08
Palmeira rabo-de-
peixe
Caryota urens
Arecaceae
12
Palmeira real
Archontophoenix
alexandrae
Arecaceae
36
Pata-de-vaca
Bauhinia variegata Fabaceae
37
Pau-brasil
Caesalpinia echinata
Fabaceae
06
Pau-ferro
Caesalpinia ferrea Fabaceae
54
Pau-jacaré
Piptadenia
gonoacantha
Fabaceae
39
Pessegueiro
Prunus persica
Rosaceae
02
Pinheiro americano
Pinus elliottii Pinaceae
98
Pitangueira
Eugenia pitanga
Myrtaceae
15
Plátano
Platanus acerifolia Platanaceae
52
Quaresmeira
Tibouchina granulosa Melastomataceae
116
Resedá
Lagerstroemia indica Lithraceae
71
57
Sabal
Sabal sp.
Arecaceae 02
Sibipiruna
Caesalpinia pluviosa
var. peltophoroides
Fabaceae
267
Tipuana
Tipuana tipu Fabaceae
36
Tuia
Thuja sp. Cupressaceae
10
Uva japonesa
Hovenia dulcis
Rhamnaceae
01
5.3 Agrupamentos das espécies botânicas
As diversas espécies botânicas classificadas como Nativas, Exóticas, Palmeiras e
Outras, foram agrupadas de acordo com a frequência em que foram encontradas,
importância paisagística e estatística. O grupo das Nativas foi o de maior porcentagem
amostrada perfazendo 41,98%, seguido das Exóticas com 35,61%, Outras com 13,07% e
Palmeiras, representada por 9,34% das amostras.
A frequência e porcentagem total de cada grupo de plantas amostradas,
denominados Nativas, Exóticas, Palmeiras e Outras é representada na tabela 2, não
havendo intersecção entre plantas dos grupos convencionados.
58
T
ABELA 2 FREQUÊNCIA E PORCENTAGEM DOS AGRUPAMENTOS, NATIVAS, EXÓTICAS,
PALMEIRAS E OUTRAS, ENCONTRADOS EM ÁREA URBANA DETERMINADA DO BAIRRO
CIDADE JARDIM
, NA CIDADE DE SÃO PAULO, NOS ANOS 2004 A 2008.
G
RUPO FREQUÊNCIA %
NATIVAS 620 41,98
EXÓTICAS 526 35,61
PALMEIRAS 138 9,34
OUTRAS 193 13,07
Várias espécies dentro dos grupos Nativas e Exóticas foram elencadas, devido a
expressividade numérica e importância. Dentro do grupo Nativas, foram estudadas sete
espécies:
Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides (Benth.) Lewis / (Sibipiruna)
Caesalpinia ferrea var. leiostachya Benth. / Pau-ferro
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera / Cambará
Erythrina speciosa Andrews / Eritrina
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. / Quaresmeira
Tabebuia spp. / Ipê
Piptadenia gonacantha (Mart.) J.F. Macbr. / Pau-jacaré
59
No agrupamento Exóticas, o mesmo critério avaliativo aplicado em Nativas, foi
repetido. Nove espécies de importância foram estudadas, sendo:
Jacaranda mimosifolia D. Don / Jacarandá mimoso
Spathodea campanulata Beauv. / Espatódea
Lagerstroemia indica L. / Resedá
Platanus acerifolia (Aiton) Willd. Platano
Pinus elliottii Engel. / Pinheiro americano
Ligustrum lucidum W.T. (Aiton) / Alfeneiro
Tipuana tipu (Benth.) Kuntze / Tipuana
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. / Flamboyant
Bauhinia variegata L. (Benth.) / Pata-de-vaca
C. pluviosa var. peltophoroides (Sibipiruna), foi a de maior frequência dentro do
grupo Nativas e a de maior representatidade na área estudada com 18,07%, diferente do
encontrado por Amaral (2002) no bairro de Higienópolis, SP, onde a espécie Ligustrum
lucidum (Alfeneiro) representava 38% de sua amostra e Sibipiruna apenas 12%. Dentro do
grupo Exóticas a espécie Pinus elliotti, mostrou-se a de maior frequência e aparecendo
6,64% das vezes no total das árvores observadas. Grey e Deneke (1978) recomendaram
que cada espécie utilizada na arborização de ruas não atinja mais que 15% da população
total devido ao risco de pragas e doenças, portanto, apenas C. pluviosa var. peltophoroides
ultrapassou as recomendações dos autores.
Resultados de frequência e estatística descritiva de cada uma das espécies
botânicas dos grupos Nativas e Exóticas, assim como dos agrupamentos Palmeiras e
Outras, são mostrados na tabela 3.
60
TABELA 3 FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA (%) DE ÁRVORES E PALMEIRAS URBANAS DAS
ESPÉCIES ENCONTRADAS EM ÁREA DETERMINADA DO BAIRRO CIDADE JARDIM, NA
CIDADE DE SÃO PAULO, NOS ANOS DE 2004 A 2008.
E
SPÉCIE BOTÂNICA GRUPO FREQUÊNCIA (N) %
Gochnatia polymorpha
(Cambará)
Erythrina speciosa
(Eritrina)
Tabebuia spp.
(Ipê)
Caesalpinia ferrea var.
leiostachya
(Pau-ferro)
Piptadenia gonacantha
(Pau-jacaré)
Tibouchina granulosa
(Quaresmeira)
Caesalpinia pluviosa
var. peltophoroides
(Sibipiruna)
Spathodea campanulata
(Espatódea)
Delonix regia
(Flamboyant)
Jacaranda mimosifolia
(Jacarandá mimoso)
Ligustrum lucidum
(Alfeneiro)
(Bauhinia variegata
(Pata-de-vaca)
Pinus elliottii
(Pinheiro americano)
Platanus acerifolia
(Plátano)
Lagerstroemia indica
(Resedá)
Tipuana tipu
(Tipuana)
Palmeiras
Outras
TOTAL
N
ATIVA
N
ATIVA
N
ATIVA
N
ATIVA
N
ATIVA
N
ATIVA
N
ATIVA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
E
XÓTICA
N
ATIVAS E EXÓTICAS
N
ATIVAS E EXÓTICAS
26
38
80
54
39
116
267
44
84
80
24
37
98
52
71
36
138
193
1477
1.76
2.57
5.42
3.66
2.64
7.85
18.08
2.98
5.69
5.42
1.62
2.51
6.64
3.52
4.81
2.44
9.34
13.07
100
__________________________________________________________________________
61
5.4
Espécies de cupins subterrâneos e Camponotus na população botânica.
Foram identificadas quatro espécies de cupins em diferentes graus de infestação nos
espécimes botânicos estudados. Foram encontrados cupins subterrâneos das espécies:
Coptotermes gestroi Wasmman, 1896
Heterotermes tenuis (Hagen)
Nasutitermes corniger (Motstchulsky, 1855)
Neocapritermes opacus (Hagen, 1858)
Formigas carpinteiras de cinco espécies foram coletadas nas árvores e palmeiras
estudadas e identificadas, a seguir:
Camponotus atriceps (Fr. Smith, 1858)
Camponotus crassus (Mayr, 1862)
Camponotus sericeiventris (Guérin, 1834)
Camponotus rufipes (Fabricius, 1775)
Camponotus renggeri (Emery, 1894)
Devido a dificuldade na identificação de espécies de Camponotus (RYAN, 2008),
uma espécie não pode ser reconhecida, sendo denominada Camponotus sp.1.
Algumas árvores apresentaram sinais evidentes de infestação termítica, com
caminhamentos externos aparentes, rachaduras em tronco e lacerações generalizadas.
Também foram encontrados focos esparsos de cupins de madeira seca dos gêneros
Rugitermes sp. e Incisitermes sp. (Figuras 32 e 33)
Espécies de cupins de madeira seca, comuns em tocos e árvores mortas, podem ser
encontradas eventualmente infestando partes mortas (secas) de troncos e galhos de árvores
vivas sem, no entanto, causar danos diretos as plantas (CABRERA; SCHEFFRAHN, 2005)
Ambos os gêneros foram observados em escassos exemplares arbóreos vivos durante o
experimento, numericamente pouco significativos.
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o
C. g
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men
o
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5.5
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(ferimentos), comprometimento de raízes decorrentes do calçamento inadequado, porte
arbóreo inapropriado ao local de plantio (falta de espaço), ou presença de fungos
decompositores (orelhas-de-pau).
Concordando com as observações de Amaral
(2002), a má condução das árvores em
ambiente público, com estrangulamentos das bases de troncos devido ao calçamento muito
próximo e inadequado, corte de raízes superficiais de sustentação, podas drásticas, árvores
com “ocos” e raízes “cimentadas” (Figura 34), facilitam sobremaneira futuras infestações
termíticas, mesmo aventando-se a hipótese de espécies botânicas serem menos sensíveis
ao ataque de insetos xilófagos. O estresse leva a um estado de baixa resistência geral,
comprometendo seriamente o vigor do vegetal acometido.
5.5.2 Ocorrência termítica nas espécies botânicas
Houve diferença significativa para C. gestroi nas espécies nativas e exóticas e N.
opacus em exóticas. Os demais cupins apresentaram diferenças significativas para as
espécies arbóreas selecionadas. H. tenuis foi observado em Plátano, em apenas 02 plantas.
5.5.2.1 Coptotermes gestroi em espécies botânicas nativas
Analisando-se o gráfico 7, pode-se observar a ocorrência predominante de C. gestroi
em 50,56% das Sibipirunas. A espécie botânica foi a mais acometida dentre todas as outras,
mesmo quando comparada com as exóticas. Amaral (2002) em seu estudo observou baixa
infestação em Sibipirunas, certamente devido a espécie arbórea representar apenas 4% de
sua amostragem. Todas as demais espécies nativas apresentaram infestações por C.
gestroi em maior ou menor grau. Ipê foi a que apresentou menor porcentagem de ocorrência
com apenas 2,5% de árvores infestadas.
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72
T
ABELA 4. ANÁLISE DAS CORRELAÇÕES ENTRE PORCENTAGEM DE DANO DE Coptotermes
gestroi
E VALORES DE CAP EM ÁRVORES NATIVAS E EXÓTICAS ENCONTRADOS EM
ÁREA URBANA DETERMINADA BAIRRO CIDADE JARDIM
, NA CIDADE DE SÃO PAULO,
ENTRE OS ANOS DE
2004 A 2008.
Amostra / árvore
Número de
árvores (n)
Coeficiente de
correlação de
Spearman (r)
Valor P
Nativas – Cambará n=26 r=0,3907 P=0,0485
Nativas – Eritrina n=38 r=0,3271 P=0,0450
Nativas – Ipê n=80 r=0,1203 P=0,2880
Nativas – Pau-ferro n=54 r=0,4919 P=0,0002
Nativas – Pau-jacaré n=39 r=0,6689 P<0,0001
Nativas – Quaresmeira n=116 r=0,5763 P<0,0001
Nativas – Sibipiruna n=267 r=0,5652 P<0,0001
Exóticas – Pata-de-vaca n=37 r=0,1234 P=0,4667
Exóticas – Espatódea n=44 r=0,4075 P=0,0060
Exóticas – Flamboyant n=84 r=0,6321 P<0,0001
Exóticas – Jacarandá-mimoso n=80 r=0,6488 P<0,0001
Exóticas – Alfeneiro n=24 r=0,5623 P=0,0042
Exóticas – Pinheiro americano n=98 r=0,5473 P<0,0001
Exóticas – Resedá n=71 r=0,2579 P=0,0299
Exóticas – Tipuana n=36 r=0,7169 P<0,0001
5.5.3.1 Correlação CAP das espécies nativas versus danos internos por C. gestroi
De acordo com os gráficos 10 a 15, a relação CAP versus danos internos de C.
gestroi em espécies arbóreas nativas da área estudada, foi estatísticamente significativa,
mostrando linearidade. A amostragem analisada pelo Coeficiente de correlação de
Spearman constatou que, quanto maior o CAP apresentado pela árvore, tanto maior será o
dano interno causado por C. gestroi, confirmando assim a hipótese aventada pelo presente
estudo.
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dentro da espécie C. atriceps. Operárias menores (mínimas) e maiores (máximas) foram
observadas com colorações de cabeça variando do negro, castanho escuro, castanho
avermelhado e laranja amarelado (Figura 35).
Foram observados ninhos em árvores vivas em sua maioria em aberturas naturais e
sob a casca, mas também em rachaduras em calçamentos, junto as raízes das árvores,
tocos de madeira e árvores mortas semi decompostas.
Resíduos em forma de fina serragem normalmente eram encontrados junto a base
das árvores, denotando a infestação de C. atriceps.
As operárias em estado de alerta, possuíam comportamento frenético, altamente
agressivo quando molestadas em seus ninhos, onde na maioria das vezes foi constatada a
presença de rainhas, pupas, larvas e ovos.
A dispersão destas operárias em frenesi com ou sem ovos, larvas e pupas
seguramente presas às mandíbulas, cobria as proximidades do ninho rapidamente,
principalmente após a realização do controle químico.
Também foram normalmente encontradas transitando diurnamente no local
pesquisado, provavelmente por ser uma área muito sombreada devido ao grande número de
árvores presentes nas ruas. Ninfas e adultos de cigarrinha da família Membracidae foram
vistas em associação com C. atriceps em ramo de sibipiruna. As operárias coletavam
avidamente o “honeydew” destes insetos (Figura 36), sendo observado neste mesmo local,
o ninho junto a árvore (bifurcação no alto do tronco).
Diferente das observações de Lyon (2004) foi encontrada inúmeras vezes a
presença de infestação por C. gestroi em uma mesma árvore infestada por C. atriceps ou C.
crassus.
Os espaços fornecidos em árvores por C. gestroi após o abandono do local infestado
pós-controle ou por outra razão, geralmente estavam ocupados por ninhos de C. atriceps.
A espécie C. crassus, foi pouco observada quando comparada a C. atriceps, onde os
ninhos apresentavam-se geralmente sob a casca das árvores infestadas.
C. renggeri, C. sericeiventris, C. rufipes e Camponotus sp.1 foram raramente
encontradas.
Normalmente observou-se competição interespecífica em Camponotus.
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93
O controle químico foi de 100% para outras espécies de cupins subterrâneos
encontradas nas árvores da área estudada. Não houve reincidência de infestação ou
surgimento de novas ocorrências para essas espécies de cupins.
5.7.2 Formigas Carpinteiras
Obteve-se após a avaliação final, uma redução de 7,49% (n=112) da infestação para
2,43% (n=36), devido a constantes reinfestações de C. atriceps presentes entre as árvores
tratadas.
Não houve reinfestação causada pelas espécies C. crassus, C. rufipes, C.
sericeiventris, C. renggeri e Caponotus sp1.
94
6. CONCLUSÕES
As espécies encontradas na arborização avaliada, C. gestroi, H. tenuis, N. corniger e
N. opacus são de relevância econômica, podendo infestar árvores saudáveis.
C. gestroi foi predominante numericamente, sendo encontrado preferencialmente no
grupo de árvores Nativas.
Pelos resultados obtidos, verifica-se diferença significativa entre os grupos para:
dano de C. gestroi (maior frequência nas Nativas), dano de N. opacus (maior frequência nas
Exóticas) e dano de N. corniger (maior frequência em Outras).
A amostragem foi suficiente para demonstrar na área de estudo, que algumas
espécies possuem maior suceptibilidade ao ataque de C. gestroi. Neste caso, Sibipiruna foi
a mais acometida dentro das espécies nativas e Jacarandá-mimoso, dentro das exóticas.
Ipê (Nativas) se mostrou pouco sensível ao ataque de cupins subterrâneos, assim
como Plátano e Resedá (Exóticas)
As espécies N. corniger e H. tenuis não foram seletivas para nenhuma espécie
estudada, mas N. opacus infestou significativamente Espatódea, havendo, portanto certa
preferência pela espécie botânica.
A metodologia de prospecção de árvores mostrou-se eficiente, de baixo custo e de
elevada praticidade, quando comparada a outros métodos de avaliação interna de danos.
A correlação entre CAP e nível de danos internos por C. gestroi, foi confirmada para
a maioria das espécies da área estudada. Provavelmente a existência de substâncias
químicas presentes em árvores jovens, dentre outros fatores, tenha efeito inibidor,
interferindo diretamente na presença ou ausência de danos de C. gestroi. Estudos
bioquímicos deverão ser realizados para confirmação desta hipótese e determinação da
susceptibilidade de espécies arbóreas urbanas ao ataque de cupins subterrâneos.
O controle de cupins subterrâneos foi eficiente, não havendo reinfestações nas
árvores tratadas. Outros testes deverão ser realizados quanto a um maior espaçamento
entre aplicações, a fim de minimizar o uso de defensivos, diminuindo impacto e custo.
95
C. atriceps revelou-se predominante em todas as espécies botânicas avaliadas
durante os anos de pesquisa, no entanto, não houve diferenciação de infestação
significativa entre os grupos botânicos estudados.
Entretanto, dentre as espécies botânicas estudadas, Sibipiruna (nativas), Tipuana
(exóticas) e Palmeira imperial (palmeiras), foram as mais acometidas por C. atriceps e
Resedá e Espatódea (exóticas) e Cambará, Eritrina, Ipê e Pau-jacaré (nativas) não
apresentaram infestação. Árvores de casca rugosa e com maior número de ramificações do
tronco (forquilhas) aparentemente demonstraram-se preferenciais para a formação de
ninhos.
As espécies C. crassus, C. sericeiventris, C. renggeri, foram encontradas em níveis
pouco significativos, assim como Camponotus sp.1., não havendo preferência por nenhum
dos componentes da população arbórea estudada.
C. rufipes foi significativamente encontrada no grupo Palmeiras, denotando ser
propensa a sua ocorrência na família Arecaceae.
O controle para Camponotus foi satisfatório, com redução da infestação geral, apesar
da ocorrência de reinfestações frequentes de C. atriceps. Provavelmente o ocorrido se deu
devido ao grande número de árvores presentes no interior dos imóveis adjacentes as
árvores viárias, bem como praças que não puderam ser prospectadas, assim como a
reserva arbórea.
6.1 Observações finais e recomendações
Inseticidas de baixo efeito imediato ou fulminante (knockdown) não deverão ser
utilizados para o controle de formigas carpinteiras, devido principalmente ao alto poder
dispersivo da espécie C. atriceps. As mesmas tornam-se irritadiças e invasivas, percorrendo
grandes distâncias em relação ao ninho. Haverá grande probabilidade de invasão de
imóveis adjacentes ao ninho perturbado, caso o efeito inseticida seja demasiadamente
tardio.
Há a necessidade de maiores estudos quanto a outros fatores favorecedores à
presença de pragas na arborização urbana, tais como selinidade, injúrias e sensibilidade
das espécies botânicas.
O manejo racional (Figura 37) deverá consistir principalmente pela capacitação
técnica dos profissionais envolvidos, pelo conhecimento aprofundado das espécies
botânicas, assim como das prováveis pragas, tratos culturais básicos (podas adequadas,
96
adubação, espaçamento, dentre outros), principalmente consolidados pelo adequado
planejamento e monitoramento constante da população arbórea.
Os métodos de controle são ferramentas valiosas, entretanto os mesmos deverão
ser complementares a todos os outros, não devendo ser considerados como base no
manejo de pragas.
97
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113
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