para casos de levantamento bilateral de seio maxilar. Estudos de caracterização dos
biomateriais adicionaram conhecimentos das características físico-químicas de cada material
através da análise do tamanho de partículas, área de superfície, porosidade, razão molar
cálcio/fósforo e cristalinidade, facilitando a compreensão e indicação de cada um deles de
acordo com a necessidade da regeneração (CONZ, 2003; DALAPÍCULA, 2007).
Algumas associações de biomateriais têm sua eficácia comprovada como: osso
autógeno associado a parte mineral do osso bovino em diferentes proporções (GALINDO-
MORENO et al., 2007; GALINDO-MORENO et al., 2008; ARTZI et al., 2005); osso
autógeno associado a tricálcio fosfato (ARTZI et al., 2008; ARTIZI et al., 2005); osso
autógeno associado a biovidros (GALINDO-MORENO et al., 2008) e osso autógeno
associado ao uma mistura da fase bifásica da hidroxiapatita e o tricálcio fosfato (ARTZI, et
al., 2009) . Porém algumas propostas, embora bastante estudadas ainda não conseguissem
comprovar sua eficácia, como no caso do plasma rico em plaquetas (PLACHOKOVA et al.,
2008).
Os enxertos autógenos podem ser extraídos sob forma de blocos, placas e partículas ou
lascas (LEVIN et al., 2007; MANSO, 2006; ZAFFE & D’AVENIA, 2007). Cilindros ósseos
podem ser removidos através de brocas trefinas para posterior fragmentação em dispositivos
denominados de particuladores ósseos (KAUFMAN & WANG, 2003).
Os enxertos autógenos particulados possuem excelentes propriedades de
revascularização e uma maior liberação de fatores de crescimento e diferenciação nas fases
iniciais. Além disto, uma maior área de superfície, quando comparado ao enxerto ósseo em
bloco, facilita a atividade osteoclástica resultando em maior reabsorção (PALLESEN et al.,
2002). Contudo, dependendo da necessidade da área a ser reconstruída, especialmente em
casos de aumento de rebordo, uma maior velocidade da taxa de reabsorção poderia
representar um fator dificultador do processo. Em situações como esta, a adição de um
biomaterial como coadjuvante funcionaria a semelhança de um arcabouço de suporte. Esta
estratégia, associada a uma membrana não reabsorvível com reforço de titânio ou a malhas de
titânio recobertas por membranas reabsorvíveis pode impedir o colapso da região a ser
regenerada (MERLI et al., 2007; SIMION et al., 2007; ARTZI et al., 2008) e soma-se ao
universo das indicações ao uso dos enxertos em blocos (MANSO, 2001; MAIORANA et al.,
2005; VON-ARX & BUSER, 2007).
Alguns estudos (Young et al., 2002; Sivolella et al., 2006; Coradazzi et al., 2007) tem
como alvo a avaliação dos debris armazenados pelos coletores ósseos durante a fresagem dos
implantes. Graziani et al. (2007) concluíram que estes debris não devem ser considerados