2000a; McCullough et al., 2000b; Williams et al., 2000; McCullough et al., 2002), menor
percentual de gordura corporal (McCrory et al., 1999); baixa prevalência de obesidade
(Greenwood et al., 2000) e menores ganhos anuais no IMC e na circunferência da cintura
(Newby et al., 2003; Newby & Tucker, 2004).
Por outro lado, padrões de dieta caracterizados por elevado consumo de alimentos
refinados, laticínios integrais e carnes processadas associaram-se positivamente com IMC
(Wirfält et al., 1997; Van Dam et al., 2003; Maskarinec et al., 2000), IMC e circunferência da
cintura (Lin et al., 2003) e obesidade central (Wirfält et al., 2001).
Um estudo longitudinal com 12 anos de duração acompanhou 737 mulheres não-
obesas com média de 45 anos de idade, participantes da coorte Framingham Nutrition Studies
(Quatromani et al., 2002 - 169). Foram identificados cinco padrões de consumo alimentar por
meio da análise de cluster ao início do acompanhamento (baseline): (a) o ‗saudável para o
coração‘ (caracterizado pelo consumo de frutas, vegetais, desnatados, alimentos ricos em
fibras, peixes, aves); (b) o padrão ‗alimentos leves‘, que incluía bebidas dietéticas, aves e
cerveja; (c) o padrão ‗bebedores de vinho e comedores moderados‘, que se caracterizava por
vinho alimentos ricos em colesterol, laticíneos integrais e petiscos; (d) ‗gorduras‘, que se
baseava em cereais refinados, margarina e óleos, gordura vegetal hidrogenada e doces e (e)
‗calorias vazias‘, que era centrado no consumo de sobremesas, carnes, pratos mistos e bebidas
adoçadas. Ao final do período de seguimento o risco de desenvolvimento de sobrepeso foi de
29% no total, variando de 22% entre as mulheres classificadas como ‗bebedoras de vinho e
comedoras moderadas‘ e 41% para as mulheres que aderiam ao padrão ‗calorias vazias‘.
Logo, os participantes que consumiam uma dieta rica em açúcar e gordura e pobre em
alimentos com alto valor nutricional apresentaram risco maior de desenvolver excesso de
peso. Porém, ao se controlar para fatores de confundimento, esta associação desapareceu
(Quatromoni et al., 2002).
O estudo realizado na Dinamarca identificou três padrões alimentares para homens:
―Verde‖ (frutas, vegetais, pão integral, laticínios, peixe); ―Doce‖ (açúcar, chocolate, bolos,
biscoitos, geléias) e ―Tradicional‖ (batata, ovos, lingüiça, patê, manteiga, carne) e dois
padrões para mulheres: ―Doce‖ e ―Doce-Tradicional‖ (açúcar, chocolate, bolos, geléias,
batata, ovos, lingüiça, patê, manteiga, carne). Os padrões de dieta identificados neste estudo
não foram capazes de predizer mudanças no IMC ou o desenvolvimento de obesidade num
período de 11 anos (Togo et al., 2004).
Em um subgrupo de 466 homens participantes do Health Professionals Follow-up
Study examinou-se a associação entre padrão alimentar e biomarcadores de risco para