92
Compactação Urbana na Escala da
“Um pesquisador da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que o mercado
habitacional formal do Terceiro Mundo raramente oferece mais de 20% do estoque de
residências e assim, por necessidade, as pessoas recorrem a barracos construídos por elas
mesmas, a locações informais, a loteamentos clandestinos ou às calçadas. “O mercado
imobiliário ilegal ou informal”, diz a ONU, “forneceu terrenos para a maioria dos
acréscimos ao estoque de residências na maior parte das cidades do hemisfério sul nos
últimos trinta ou quarenta anos.” (DAVIS, 2007, P.27)
“De acordo com o UN-Habitat, os maiores percentuais de favelados do mundo estão na Etiópia
(espantosos 99,4% da população urbana), Tchade (também 99,4%), Afeganistão (98,5%) e Nepal
(92%). Mumbai, com 10 a 12 milhões de invasores de terrenos e moradores de favelas, é a capital
global dos favelados, seguida por Cidade do México e Daca (9 a 10 milhões cada) e depois Lagos,
Cairo, Karachi, Kinshasa-Brazzaville, São Paulo, Xangai e Délhi (6 a 8 milhões cada)”. (DAVIS, 2007, P.35)
A definição clássica de favela, segundo os autores de The Chalenge of Slums, define favelas como as
áreas de habitação caracterizadas por excesso de população, habitações pobres ou informais, acesso
inadequado a água potável e a condições sanitárias, com insegurança da posse de moradia.
Em que pese a exatidão das estatísticas fornecidas pelos órgãos públicos com relação à população
pobre e favelada (geralmente sub-calculada), estima-se que embora apenas 6% da população urbana
de países desenvolvidos seja de favelados, este número cresce para uma porcentagem espantosa de
MUMBAI: 1 milhão de pessoas vivem em
barracos amontoados na região central.
Fonte: GANDOUR, RICARDO, Megacidades, Brasil,
São Paulo: S.A. O ESTADO DE SÃO PAULO, 2008.
118. (página 38)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)