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T
ATIANA
M
OTTA
F
RESNEL
Alise da postura dinâmica e do desempenho
no salto vertical
Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Mestre em Ciências
Área de Concentração: Movimento,
Postura e Ação Humana
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Clarice Tanaka
São Paulo
2009
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T
ATIANA
M
OTTA
F
RESNEL
Alise da postura dinâmica e do desempenho
no salto vertical
Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Mestre em Ciências
Área de Concentração: Movimento,
Postura e Ação Humana
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Clarice Tanaka
São Paulo
2009
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Preparada pela Biblioteca da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
reprodução autorizada pelo autor
Fresnel, Tatiana Motta
Análise da postura dinâmica e do desempenho no salto vertical /
Tatiana Motta Fresnel. -- São Paulo, 2009.
Dissertação(mestrado)--Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional.
Área de concentração: Movimento, Postura e Ação Humana.
Orientadora: Clarice Tanaka.
Descritores: 1.Postura 2.Análise e desempenho de tarefas 3.Joelho
4.Salto vertical 5.Mulheres
USP/FM/SBD-267/09
A
GRADECIMENTOS
A Deus pelo amor incondicional sustento diante dos desafios e por suprimir
todas as minhas necessidades.
Àos meus filhos Nicolas e Patrick que são a razão da minha vida.
Ao meu marido pelo apoio, amor, carinho e ajuda nos momentos difíceis.
Aos meus pais pelo amor, carinho e dedicação à família.
Aos meus sogros pelo carinho e incentivo de sempre.
Ao meu irmão, parceiro para a vida toda.
À minha orientadora, Professora Doutora Clarice Tanaka, porque sem ela
nada disso seria possível.
Às professoras Dra. Carol Fu, Dra. Fátima Carumano, Dra. Cristina de Sá,
pelas valiosas sugestões recebidas durante o exame de qualificação.
Ao Cássio Siqueira, pela dedicação e ajuda.
À secretaria do programa da Pós-Graduação Beatriz, pela organização e
ajuda.
Ao Bruno, pela ajuda no processamento de dados.
À toda equipe do Laboratório de Engenharia Biomédica da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo.
A todas as voluntárias, pela disposição e paciência.
A todas as secretárias do Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clínicas
em especial a Amanda , pela atenção e solidariedade.
À amiga Denise, cuja ajuda foi de grande valia para o fechamento deste
trabalho.
Aos amigos Denise, Hélio, Sami, Rê, Alê, Dri, Paty e todos os outros que
não foram citados, mais de alguma forma contribuíram na realização deste
trabalho.
Esta dissertação está de acordo com:
Referências: adaptado de International Comittee of Medical Journals Editors
(Vancouver)
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Serviço de Biblioteca e
Documentação. Guia de apresentação para dissertações, teses e
monografias. Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha, Maria Julia de
A.L. Freddi, Maria F. Crestana, Marinalva de Souza Aragão, Suely Campos
Cardoso, Valéria Vilhena. São Paulo: Serviço de Biblioteca e Documentação;
2005.
Abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com List of Journals
Indexed in Index Medicus.
S
UMÁRIO
L
ISTA DE
F
IGURAS
, 8
L
ISTA DE
T
ABELAS
, 9
R
ESUMO
, 10
A
BSTRACT
, ....................................................................................................12
1.
I
NTRODUÇÃO
, .............................................................................................14
2.
O
BJETIVO
, .................................................................................................18
3.
M
ÉTODO
, ...................................................................................................20
3.1.
P
ARTICIPANTES
, ......................................................................................21
3.2.
P
ROCEDIMENTOS
, ....................................................................................22
3.3.
P
ROCESSAMENTO DOS DADOS
, .................................................................24
3.3.1.
C
INÉTICA
, ............................................................................................24
3.3.1.1.
P
ERÍODOS
A
NALISADOS
, ....................................................................26
A
.
F
ASE DE
P
REPARO DO SALTO
, .....................................................................26
B.
F
ASE DE
A
TERRISSAGEM
1,
2
E
3
S
EGUNDO
A
PÓS
A
TERRISSAGEM
, ..........26
3.3.2.
C
INEMÁTICA
, ........................................................................................28
3.4.
A
NÁLISE
E
STATÍSTICA
, ............................................................................29
4.
R
ESULTADOS
, ............................................................................................30
5.
D
ISCUSSÃO
, ...............................................................................................42
6.
C
ONCLUSÃO
, .............................................................................................46
7. Anexos, ...................................................................................................48
8.
R
EFERÊNCIAS
, ........................................................................................... 53
L
ISTA DE
F
IGURAS
Figura 1 Ilustração dos pontos de reparo anatômico, em esferas sólidas
brancas no membro inferior direito utilizados na coleta.
Figura 2 – Curva do COP-AP do sujeito 1 do grupo hiperextendido ilustrando
os tempos de cortes da fase de Preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem.
Figura 3 – Curva do COP-ML do sujeito 1 do grupo hiperestendido ilustrando
os tempos de cortes da fase de Preparo (mais vôo), 1s, 2s e 3s após
aterrissagem.
Figura 4 Variação do ângulo máximo e mínimo do tornozelo durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperestendido.
Figura 5 Variação do ângulo máximo e mínimo do tornozelo durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
Figura 6 Variação da velocidade angular máxima e mínima do tornozelo
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperestendido.
Figura 7 Variação da velocidade angular máxima e mínima do tornozelo
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
Figura 8 Variação da angulo máximo e mínimo do joelho durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperextendido.
Figura 9 Variação da angulo máximo e mínimo do joelho durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
Figura 10 Variação da velocidade angular máxima e mínima do joelho
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperextendido.
Figura 11 Variação da velocidade angular máxima e mínima do joelho
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
L
ISTA DE
T
ABELAS
Tabela 1 Características dos participantes dos grupos hiperextendido e
alinhado.
Tabela 2 Comparação intergrupos (valores de p) das variáveis do COP
durante a fase de preparo, 1s, 2s e 3s apos aterrissagem.
Tabela 3 Comparação intragrupos (valores de p) das variáveis do COP
entre os tempos 1s, 2s e 3s após aterrissagem.
Tabela 4 Média e desvio padrão (dp) das variáveis do COP no 1s, 2s e 3s
após aterrissagem nos grupos hiperextendido e alinhado.
R
ESUMO
Fresnel TM. Análise da postura dinâmica e do desempenho no salto vertical
[dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo; 2009, 74 p.
A hiperextensão dos joelhos pode comprometer o controle postural durante o
salto vertical. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar o
deslocamento do Centro de Pressão (CP) e o movimento em membros
inferiores durante o salto vertical de sujeitos com joelhos hiperestendidos
comparativamente com sujeitos com joelhos alinhados no período de
preparo do salto. Dezesseis mulheres foram analisadas durante o salto
vertical, através de uma plataforma de força modelo AMTI. Os sujeitos foram
enquadrados nos grupos Sujeito-Hiperestendido (n=11) e Sujeito-Alinhados
(n=5) de acordo com o alinhamento dos joelhos na avaliação postural
tradicional e a análise dos dados cinématicos foram efetuadas. Os sujeitos
foram orientados a se posicionar sobre uma plataforma de força e saltar o
mais alto possível. A cinemática foi adquirida através de câmera em posição
padronizada ao lado direito do sujeito que teve os seguintes pontos
anatômicos marcados: 5º metatarso, maléolo lateral, cabeça da fíbula e
trocânter maior. A fase de preparo e de impulso, neste estudo chamado de
fase de preparo, foi determinada pela curva de velocidade angular do joelho.
A aterrissagem foi analisada no 1s, 2s e 3s após aterrissagem. Foram
calculados para comparação o CP-AP, o CP-ML e o ângulo e velocidade
angular máxima e mínima do tornozelo e joelho. Comparação intergrupos
dos intervalos de interesse foi realizada aplicando-se Teste de Mann-
Whitney aos dados (p<0.05). Comparação intragrupo, entre os intervalos de
interesse foi realizada aplicando-se o teste de Friedman seguido do teste de
Wilcoxon (p<0.05). Este estudo revelou que indivíduos com hiperextensão
de joelhos apresentam controle postural diferente dos com joelhos alinhados
durante a execução do salto vertical. Durante a fase de preparo os
indivíduos com joelhos hiperextendidos apresentam maior ângulo de
extensão de joelhos e maior deslocamento lateral do COP. Durante a fase
de aterrissagem os indivíduos com joelhos hiperextendidos apresentam
maior ângulo de extensão e menor ângulo de flexão demandando menor
deslocamento lateral do COP do que os indivíduos alinhados.
.
Descritores: 1. Postura 2. Salto vertical 3. Joelho 4. Mulheres
A
BSTRACT
Fresnel TM. Dynamic postural analysis of vertical jump [dissertation]. São
Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2009, 74 p.
Postural misalignment of knee such as hyperextended knees may
compromise postural control during vertical jump. Therefore, the aim of this
study was to analyze COP and lower limbs movements during vertical jump
comparing individuals with hyperextended and aligned knees.
Sixteen young and healthy women were analyzed during their maximal
vertical jump using a MTI force plate. Subjects were classified as
hyperextended (n=11) or aligned (n=5) knees according to clinical
observation of knee angle.
Subjects were asked to stand still on the force plate and then jump as high as
possible. Kinematic data were acquired using a camera located in
standardized position at the right side of the subject. Anatomical landmarks
were placed at the right side at: metatarsal, lateral malleolus, head of
fibula and greater throcanter.
The phase of preparation associated to the phase of propulsion was called in
this study the phase of preparation. This phase was established based on the
curve of angular velocity of the knee. Landing was analyzed in the first,
second and third second immediately after landing. COP-AP, VM-AP, COP-
ML and VM-ML were calculated. Kinematic parameters were maximum and
minimum ankle and knee angle and angular velocity. Intergroup comparison
was carried using Mann-Whitney Test (p<0.05). Intergroup comparison was
carried using Friedman Test followed by Wilcoxon Test (p<0.05). This study
revealed that subjects with hyperextended knee present different postural
control compared to the subjects with aligned knees while performing a
vertical jump. During the phase of preparation subjects with hyperextended
knees revealed higher angle of knee extension and lower COP-ML
displacement. During the phase of landing subjects with hyperextended
knees present higher angle of knee extension and lower angle of knee flexion
requiring lower displacement of COP-ML when compared to subjects with
aligned knee.
Keywords: 1. Posture 2. Vertical jump 3. Knee 4. Women
1.
I
NTRODUÇÃO
15
O salto vertical é uma função bastante utilizada em esportes com alto
índice de lesões no joelho [1,2,3,4,5,6] sendo relatada maior incidência nos
atletas que apresentam joelhos hiperestendidos [7,8]. Além dos esportes, o
salto também está relacionado com a vida cotidiana de qualquer indivíduo. O
salto é particularmente diferentemente de outros gestos motores envolvendo
os membros inferiores, exigindo desenvolvimento de muita velocidade e
força muscular, principalmente do músculo quadríceps [9] e um alto grau de
coordenação muscular para garantir não apenas o deslocamento do corpo
contra a ação da gravidade como também a manutenção da postura vertical
em uma situação de grande instabilidade.
O salto vertical inicia-se com uma flexão em maior ou menor grau do
quadril, joelho e tornozelo (fase de preparo), seguido por uma extensão
rápida destas articulações (fase de impulsão). Após a saída do solo os
membros inferiores se flexionam ligeiramente e permanecendo fletidos
durante a descida ao solo (fase de vôo). No retorno ao solo (fase de
aterrissagem), os membros inferiores realizam flexão adicional para em
seguida realizar extensão completa de modo a restabelecer a postura
ortostática (fase de recuperação) [10].
Postura é definida como a relação da posição entre os rios
segmentos corporais e um vetor gravitacional enquanto o equilíbrio é
decorrente da dinâmica das forças atuantes nestes segmentos a fim de se
evitar instabilidades posturais e conseqüentes quedas, permitindo que o
indivíduo permaneça na posição desejada ou que execute um movimento
16
sem que a perturbação postural provocada pelo movimento favoreça a
queda [11]. A manutenção do equilíbrio requer que o indivíduo possua a
habilidade para colocação ou recuperação da projeção do centro de massa
corporal sobre sua base de suporte, habilidade esta que indica o potencial
de estabilidade do indivíduo [12,13].
A hiperextensão dos joelhos, condição postural mais comum em
mulheres do que em homens, apresenta o joelho estendido além da posição
neutra (180º) [14]. Isto pode estar relacionado com o aumento da inclinação
anterior da pelve [15]. Nesta condição o vetor da força peso é deslocado
para uma posição anterior ao eixo da articulação, o que gera um torque
extensor, contido por ligamentos e pela porção posterior da cápsula articular.
A estabilidade do joelho se torna mais dependente de estruturas passivas,
não sendo mais necessária ativação do músculo quadríceps. No joelho
alinhado, o vetor da força peso passa ligeiramente posterior ao eixo da
articulação, sendo necessária pequena ativação de músculos extensores do
joelho. Nesta condição a porção posterior da cápsula articular não está tão
distendida [14].
Alterações na estabilidade postural na postura bípede quieta com
aumento da velocidade média do centro de pressão (COP) foi demonstrada
para indivíduos com hiperextensão dos joelhos em comparação com
indivíduos com joelhos alinhados. Adicionalmente, observou-se que em
condições com maior demanda para se manter o equilíbrio, por exemplo em
superfície instável e/ou olhos fechados, sujeitos com hiperextensão tendiam
17
a flexionar os joelhos para facilitar a manutenção da postura bípede quieta
[16].
A literatura é pouco informativa ou esclarecedora sobre o controle da
postura durante o salto vertical. Sabe-se, no entanto, que influência dos
ajustes posturais antecipatórios no salto vertical havendo relação entre o
impulso vertical e aceleração anterior do corpo na fase de agachamento [17].
Justificamos nosso interesse em estudar o controle postural do sujeito
com hiperestensão do joelho em uma tarefa com demanda postural dinâmica
em decorrência do fato de conhecermos o seu comportamento em
resposta a uma demanda postural quieta sob desafios sensoriais [16].
Acreditamos que estes sujeitos com hiperextensão de joelhos devem
apresentar estratégias de deslocamento do COP durante o salto vertical
diferente daqueles sujeitos que não apresentam joelhos hiperestendidos e,
eventualmente, prejuízo no desempenho nesta tarefa.
18
2.
O
BJETIVO
19
O objetivo deste estudo foi analisar o deslocamento do COP e
o comportamento articular do joelho e tornozelo durante o salto vertical de
sujeitos com hiperestensão de joelhos nos períodos de preparo do salto e
nos períodos seqüenciais à aterrissagem.
20
3.
M
ÉTODO
21
3.1.
P
ARTICIPANTES
Dezesseis mulheres jovens, com idade variando 18 e 31 anos, (média
de idade 22,9±3,0; altura 1,62±0,05; IMC 20,14±1,5) saudáveis, participaram
do estudo. As participantes foram selecionadas dentre estudantes
universitárias, não praticantes de esporte em nível competitivo, por meio de
anamnese e inspeção clínica tradicional da postura postura bípede quieta
sobre superfície estável com pés próximos, braços pendentes e olhos
abertos com a cabeça voltada para frente e divididas em dois grupos de
acordo com o alinhamento postural do joelho espontaneamente adotado.
Desta forma foi estabelecido um Grupo Hiperestendido (n=11) e um Grupo
Alinhado (n=5). Os grupos se apresentavam com características segundo
mostra a Tabela 1.
Tabela 1 – Características dos participantes dos grupos hiperextendido e
alinhado.
Participante Grupo idade peso (Kg) altura (m)
1 Hiperextendido 20 49 1,63
2
Hiperextendido
23 50 1,57
3
Hiperextendido
24 50 1,57
4
Hiperextendido
20 49,5 1,62
5
Hiperextendido
18 52 1,67
6
Hiperextendido
22 50 1,62
7
Hiperextendido
25 47 1,48
8
Hiperextendido
31 63 1,64
9
Hiperextendido
22 55 1,58
10
Hiperextendido
25 60 1,64
11
Hiperextendido
21 45 1,57
12 Alinhado 21 56 1,64
13
Alinhado
20 57 1,67
14
Alinhado
25 50 1,64
15
Alinhado
20 60 1,68
16
Alinhado
23 52,2 1,64
22
Foram excluídos os indivíduos que apresentavam qualquer tipo de
patologias neurológicas, musculoesqueléticas, vestibulares e queixas álgicas
ou de fadiga no momento do teste. Também foram excluídos os sujeitos que
praticavam treinamento físico regular em nível competitivo.
Todos os indivíduos leram e assinaram o termo de consentimento
livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Protocolo de
Pesquisa nº 276/06).
3.2.
P
ROCEDIMENTOS
As avaliações foram coletadas no Laboratório de Engenharia
Biomédica (LEB) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(POLI-USP).
Para a avaliação do salto vertical as participantes vestiam roupas de
ginástica, eram posicionados descalças sobre o centro da plataforma de
força, com pés voltados anteriormente e afastados na largura dos quadris,
de forma que o eixo longitudinal dos pés correspondesse ao eixo
anteroposterior da plataforma [20]. Com os braços cruzados sobre o peito e
a cabeça voltada para frente era solicitado que permanecessem paradas até
o comando do pesquisador para realizar salto vertical máximo de forma a
aterrissar sobre a plataforma de força. A aquisição de dados tinha duração
23
de 7 segundos, tempo considerado suficiente para que o sujeito se
estabilizasse novamente na postura bípede após o salto. Foram realizadas
três tentativas com o intervalo de 1 minuto entre cada tentativa.
Durante as avaliações foram adquiridos dados cinéticos e
cinemáticos. Os dados cinéticos foram adquiridos através da plataforma de
força AMTI, modelo OR6-7 1000. Os sinais captados das forças e momentos
relativos aos 3 eixos ortogais (Fx, Fy e Fz; Mx, My e Mz) eram enviados ao
amplificador Mini Amp onde eram amplificados em 1000 vezes e
transmitidos ao sistema de aquisição e processamento de dados Data Wave
que amostrava a uma freqüência de 100 Hz. O sistema de aquisição gerava
arquivos de dados em formato ASCII para processamento em ambiente
Matlab (6.5, Math Works). As forças e momentos foram utilizados para o
cálculo da posição instantânea do COP.
Os dados cinemáticos foram adquiridos através de uma câmera digital
(Panasonic™ modelo PV-GS250) com freqüência de aquisição de 60 Hz. A
câmera era posicionada do lado direito do sujeito para captar os movimentos
ocorridos no plano sagital. Marcadores anatômicos esféricos recobertos por
fitas retro-reflexivas (3M™ high gain 7610) foram afixados na cabeça do
metatarso, maléolo lateral, cabeça da fíbula e trocânter maior do hemicorpo
direito (Figura 1). Os filmes foram transferidos a um computador pessoal e
através do software Ariel Posture Analysis System (APAS) os marcadores
foram digitalizados para análise em 2D.
24
Para a calibração espacial dos dados cinemáticos foram utilizados
oito pontos de referência, fixados em dois fios de prumo localizados no
mesmo plano anteroposterior do centro da plataforma de força e
incorporadas durante o processo de digitalização.
Figura 1 Ilustração dos pontos de reparo anatômico, em esferas sólidas
brancas no membro inferior direito utilizados na coleta.
3.3.
P
ROCESSAMENTO DOS DADOS
3.3.1.
C
INÉTICA
Os dados das forças e momentos relativos aos três eixos ortogonais
foram utilizados para o cálculo da posição instantânea do CP no plano da
superfície da plataforma de força da seguinte maneira:
25
CP no sentido anteroposterior (cm)
onde My é o momento de força em relação ao eixo Y; Fx é a força na
direção do eixo X; e Z
0
e X
0
são, respectivamente, as distâncias entre a
origem do sistema da plataforma de força e o centro da superfície da
plataforma de força nos eixos Z e X (Manual de instruções da plataforma de
força).
COP no sentido médio-lateral (cm)
onde Mx é o momento de força em relação ao eixo X; Fy é a força na
direção do eixo Y; e Z
0
e Y
0
são, respectivamente, as distâncias entre a
origem do sistema da plataforma de força e o centro da superfície da
plataforma de força nos eixos Z e Y (Manual de instruções da plataforma de
força).
26
3.3.1.1.
P
ERÍODOS
A
NALISADOS
A
.
F
ASE DE
P
REPARO DO SALTO
O
período que neste estudo denominamos de fase de preparo do
salto, constitui-se na realidade da fase conhecida como preparo e da fase
conhecida como impulso. Esta fase foi estabelecida tomando-se como base
o inicio do deslocamento do COP-AP até o momento da retomada da
aquisição da plataforma após o período de vôo no deslocamento em y e em
x. A curva do deslocamento do COP durante o intervalo de aquisição foi
normalizada para o período do preparo do salto pela média do período do
primeiro segundo antes do início do preparo para o salto em y e em x.
B.
F
ASE DE
A
TERRISSAGEM
1,
2
E
3
S
EGUNDO
A
PÓS
A
TERRISSAGEM
Este período foi estabelecido contando-se um segundo (100 dados) a
partir da retomada da aquisição do deslocamento após o período de o e
sequencialmente o segundo o e terceiro segundo consecutivo.
27
As Figuras 2 e 3 ilustram as curvas referentes ao COP-AP e COP-ML
respectivamente, do salto de um sujeito do grupo hiperextendido e os cortes
dos períodos de interesse no estudo.
Figura 2 – Curva do COP-AP do sujeito 1 do grupo hiperextendido ilustrando
os tempos de cortes da fase de Preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem.
28
Figura 3 – Curva do COP-ML do sujeito 1 do grupo hiperestendido ilustrando
os tempos de cortes da fase de Preparo (mais vôo), 1s, 2s e 3s após
aterrissagem.
3.3.2.
C
INEMÁTICA
Para obtenção dos ângulos articulares foram utilizadas rotinas do
APAS e calculados ângulo e velocidade máxima e mínima da articulação do
tornozelo e do joelho nos intervalos de tempo de interesse no estudo.
Para a análise dos dados foram consideradas as tentativas válidas do
salto vertical de cada participante por grupo. Os intervalos de tempo
analisados foram: 1) preparo do vôo, constituído pelo início da curva de
velocidade angular do joelho (que era coincidente com o do tornozelo); o
29
final da fase de preparo foi também baseado na curva de velocidade angular
do joelho e confirmado pela posição relativa do COP na retomada dos dados
de aquisição da plataforma após o vôo; 2) aterrissagem (três segundos
consecutivos após a aterrissagem).
3.4.
A
NÁLISE
E
STATÍSTICA
Comparação intergrupos dos intervalos de interesse foi realizada
aplicando-se Teste de Mann-Whitney aos dados com o auxílio do software
Statistics (p<0.05). Comparação intragrupo, entre os intervalos de interesse
foi realizada aplicando-se o teste de Friedman seguido do teste de Wilcoxon
(p<0.05).
30
4.
R
ESULTADOS
31
A tabela 2 mostra resultados comparativos das variáveis do COP
intergrupos para a fase de preparo, 1s, 2s e 3s.
Tabela 2
Comparação intergrupos (valores de p) das
variáveis do COP durante a fase de preparo, 1s, 2s e 3s apos
aterrissagem.
Preparo 1s 2s 3s
VM AP 0,205 0,048 0,729 0,067
COP AP
0,100 0,051 0,729 0,067
VM ML 0,001 0,010 0,258 0,740
COP ML
0,000 0,023 0,258 0,740
Note-se que houve diferenças principalmente nas variáveis VM e COP
na direção ML na fase de preparo e no 1s após a aterrissagem.
Durante a fase de preparo, a média do VM ML e COP ML foi de 16,72
graus/s e 13,4 cm respectivamente para o grupo hiperextendido e de 10, 56
graus/s e de 8,3 cm respectivamente para o grupo alinhado. Para o 1s após
a aterrissagem a média do VM ML e COP ML foi de 18,48 graus/s e 18,33
cm respectivamente para o grupo hiperextendido e de 20,32 graus/s e de
20,12 cm respectivamente para o grupo alinhado.
A tabela 3 mostra resultados intragrupos das variáveis do COP
comparando-se o 1s com 2s e 2s com 3s após aterrissagem nos grupos
hiperextendidos e alinhados.
32
Tabela 3 Comparação intragrupos (valores de p)
das variáveis do
COP entre os tempos 1s, 2s e 3s após aterrissagem.
Gr Hiperestendido Gr Alinhado
1s-2s 2s-3s 1s-2s 2s-3s
VM AP 0,000 0,096 0,000 0,041
COP AP 0,000 0,096 0,000 0,041
VM ML 0,000 0,837 0,000 0,000
COP ML 0,000 0,001 0,000 0,000
A
tabela 4 mostra resultados descritivos das variáveis do COP no 1s,
2s e 3s após aterrissagem para os grupos do estudo.
Tabela 4 Média e desvio padrão (dp) das variáveis do COP no 1s, 2s e 3s após
aterrissagem nos grupos hiperextendido e alinhado.
Grupo Hiperextendido Grupo Alinhado
1s 2s 3s 1s 2s 3s
Média dp Média dp Média dp Média dp Média dp Média dp
VM AP 22,39 15,60 6,58 16,09 6,00 17,23 24,24 8,01 4,10 2,63 2,47 2,57
COP AP 22,19 15,60 6,55 17,09 5,97 17,23 24,00 7,93 4,06 2,60 2,45 2,55
VM ML 18,48 16,28 5,66 17,18 4,77 17,37 20,32 7,22 3,61 2,95 1,83 2,35
COP ML 18,43 16,28 5,63 17,19 4,76 17,37 20,12 7,15 3,57 2,92 1,81 2,33
33
A seguir apresentaremos uma sequencia de figuras ilustrando a
variação da velocidade angular e dos ângulos máximo e nimo do
tornozelo e joelho nos dois grupos.
As diferenças significativas serão apontadas ao final desta sequencia.
As figuras 4 e 5 ilustram a variação do ângulo máximo e mínimo do
tornozelo durante o preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem do grupo
hiperextendido e alinhado respectivamente.
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-80
-60
-40
-20
0
20
40
Angulo tornozelo (graus)
Figura 4 Variação do ângulo máximo e mínimo do tornozelo durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperestendido.
34
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-80
-60
-40
-20
0
20
40
Angulo do Tornozelo (graus)
Figura 5 Variação do ângulo máximo e mínimo do tornozelo durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
35
As figuras 6 e 7 ilustram a variação da velocidade máxima e mínima
do tornozelo durante o preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem do grupo
hiperextendido e alinhado respectivamente.
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-600
-400
-200
0
200
400
Velocidade angular (graus/s)
Figura 6 Variação da velocidade angular máxima e mínima do tornozelo
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperestendido.
36
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-600
-400
-200
0
200
400
Velocidade angular (graus/s)
Figura 7 Variação da velocidade angular máxima e mínima do tornozelo
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
37
As figuras 8 e 9 ilustram a variação do angulo máximo e mínimo do
joelho durante o preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem do grupo
hiperextendido e alinhado respectivamente.
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
80
100
120
140
160
180
200
220
Angulo do Joelho (graus)
Figura 8 Variação da angulo máximo e nimo do joelho durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperextendido.
38
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
120
140
160
180
200
220
Angulo do Joelho (graus)
Figura 9 Variação da angulo máximo e mínimo do joelho durante o
preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
39
As figuras 10 e 11 ilustram a variação da velocidade angular máxima
e mínima do joelho durante o preparo, 1s, 2s e 3s após aterrissagem do
grupo hiperextendido e alinhado respectivamente.
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-400
-300
-200
-100
0
100
200
300
400
500
Velocidade angular (graus/s)
Figura 10 Variação da velocidade angular máxima e mínima do joelho
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo hiperextendido.
40
Median
25%-75%
Non-Outlier Range
Outliers
Extremes
Max - Preparo
Max - 1s
Max - 2s
Max - 3s
Min - Preparo
Min 1s
Min 2s
Min 3s
-400
-300
-200
-100
0
100
200
300
400
500
Figura 11 Variação da velocidade angular máxima e mínima do joelho
durante o preparo, 1s 2s e 3s após aterrissagem do grupo alinhado.
As diferenças significativas do comportamento angular serão descritas
abaixo. Durante a fase de preparo, como era critério de inclusão nos
grupos, houve diferença no ângulo máximo do joelho (p<0,001) apresentado
o grupo hiperextendido média maior para este ângulo (183º para os
hiperextendidos e 175º para os alinhados). No 1s, a diferença permaneceu
ainda para o ângulo máximo do joelho (p<0,001) apresentado o grupo
41
hiperextendido dia maior para este ângulo (180º para os hiperextendidos
e 173º para os alinhados). No 2s e 3s as diferenças foram para o ângulo
máximo e nimo do joelho (p<0,001 para todas as comparações) sendo
que o grupo hiperextendido apresentou ângulos máximo e mínimo de 181º e
179º respectivamente no 2s enquanto o alinhado 164º e 158º. No momento
3s, o grupo hiperextendido apresentou ângulos máximo e mínimo de 177º e
175º respectivamente, enquanto o alinhado 166º e 164º.
42
5.
D
ISCUSSÃO
43
Este estudo teve como objetivo analisar o deslocamento do COP e o
comportamento articular do joelho e tornozelo durante o salto vertical de
sujeitos com hiperextensão de joelhos nos períodos de preparo do salto e
nos períodos seqüenciais à aterrissagem. O que nos motivou a esta busca
sabermos que o desalinhamento do joelho altera o controle da postura
quando a mesma é submetida a desafios de origem sensorial [7]. Na postura
quieta foi encontrada uma tendência clara à flexão e aumento da mobilidade
do joelho à medida que o desafio ao equilíbrio aumentou [7]. Este fato foi o
que sustentou a nossa hipótese de que sujeitos com joelhos hiperextendidos
podem apresentar alteração no controle da postura durante a execução de
uma tarefa dinâmica.
Os parâmetros de escolha para análise cinética foram o deslocamento
total e a velocidade do COP AP e ML durante a fase de preparo e de
aterrissagem. Os intervalos de tempo de escolha para a análise foram o
preparo do vôo e o tempo 1s, 2s, 3s e 4s após a aterrissagem. O
deslocamento total permite entender como o indivíduo controla a postura
preparando o salto e na fase de aterrissagem permite entender como o
indivíduo se comporta para restabelecer o equilíbrio na postura ortostática. O
controle da postura após a execução de uma tarefa perturbadora da postura
foi relatada em atletas de diferentes níveis de habilidade [23] entretanto
análise do COP pelo tempo de aterrissagem não está descrita até o
momento. Desta forma sabemos que a habilidade do atleta facilita a
recuperação do equilíbrio após perturbação; nosso estudo adiciona o fato de
que também uma relação com o alinhamento postural em joelhos.
44
Indivíduos com joelhos hiperextendidos realizam mais deslocamento lateral
do cop durante o preparo do salto. De forma interessante, indivíduos com
joelhos alinhados apresentam maior deslocamento logo após aterrissagem e
continuam se ajustando gradativamente até o terceiro segundo. Estes
resultados parecem consistentes com o comportamento articular observado
principalmente durante a aterrissagem. O grupo hiperextendido apresenta
ângulos máximos e mínimos maiores que o grupo alinhado, sendo
significativo no 2s e 3s. No 1s somente o ângulo máximo é significativo. O
grupo hiperextendido apresenta-se consistentemente com maior grau de
extensão e menor grau de flexão do que o alinhado durante a aterrissagem,
em detrimento do amortecer eficiente da fase. É sugestivo que o grupo
alinhado necessite maior ajustes do COP durante estas variações angulares
necessárias para amortecer a aterrissagem. Também, é sugestivo que os
indivíduos hiperextendidos tenham a tendência de maior índice de lesão em
joelhos [7,8].
Sabe-se que a velocidade do COP é a variável mais representativa da
posturografia [18,19,20,21,22]. O plano sagital não apresentou diferenças
significativas entre os dois grupos para as variáveis em questão mostrando
que não alteração no controle antero-posterior. Entretanto, no plano
sagital o deslocamento do COP foi significativamente maior no grupo
hiperextendido do que no grupo alinhado, mostrando que a posição em
hiperextensão do joelho prejudica o controle dio-lateral da postura
durante a execução de uma tarefa dinâmica.
45
Deslocar-se lateralmente durante o preparo do salto, sugere que o
deslocamento vertical fica prejudicado implicando em menor desempenho
neste grupo. Estudo futuro analisando a diferença no desempenho, com
altura do salto em uma amostra ampliada de sujeitos com joelhos alinhados
pode trazer novos conhecimentos importantes atenção clínica a atletas ou
pacientes não atletas com hiperextensão de joelhos.
46
6.
C
ONCLUSÃO
47
Este estudo nos permite concluir que indivíduos com hiperextensão
de joelhos apresentam controle postural diferente dos com joelhos alinhados
durante a execução do salto vertical. Durante a fase de preparo os
indivíduos com joelhos hiperextendidos apresentam maior ângulo de
extensão de joelhos e maior deslocamento lateral do COP. Durante a fase
de aterrissagem os indivíduos com joelhos hiperextendidos apresentam
maior ângulo de extensão e menor ângulo de flexão demandando menor
deslocamento lateral do COP do que os indivíduos alinhados.
48
7.
A
NEXOS
49
A
NEXO
1
A
PROVAÇÃO DA
C
APPESQ
50
A
NEXO
2
C
ÓPIA DE
A
RTIGO
S
UBMETIDO PARA
P
UBLICAÇÃO
ANÁLISE DA POSTURA DINÂMICA E DO DESEMPENHO NO
SALTO VERTICAL
Tatiana Motta Fresnel, Cássio Marinho Siqueira, Gabriel Bueno Lahoz Moyá;
Carolina M Carmo, Carolina Fu, Fátima Aparecida Caromano, Clarice Tanaka
RESUMO
A hiperextensão dos joelhos pode comprometer o controle postural durante o salto
vertical. O objetivo deste estudo foi analisar o deslocamento do Centro de Pressão
(COP) e o movimento em membros inferiores durante o salto vertical de sujeitos com
joelhos hiperestendidos no período de preparo do salto. Dezesseis mulheres
participaram do estudo. Os sujeitos foram enquadrados nos grupos Sujeito-
Hiperestendido (n=11) e Sujeito-Alinhados (n=5) de acordo com o alinhamento dos
joelhos na avaliação postural tradicional. Os sujeitos foram orientados a se
posicionar sobre uma plataforma de força e saltar o mais alto possível. A cinemática
foi adquirida através de câmera colocada ao lado direito do sujeito que teve os
seguintes pontos anatômicos marcados: metatarso, maléolo lateral, cabeça da
fíbula e trocânter maior. A fase de preparo foi determinada pela curva de velocidade
angular do joelho. A aterrissagem foi analisada no 1s, 2s e 3s após aterrissagem.
Foram calculados para comparação o deslocamento e a velocidade do COP-AP e
ML, o ângulo e velocidade xima e mínima do tornozelo e joelho. Análise
estatística foi realizada utilizando-se Teste de Mann-Whitney, e Friedman seguido de
Wilcoxon (p<0.05). Este estudo revelou que indivíduos joelhos hiperextendidos
apresentam controle postural diferente dos com joelhos alinhados durante o salto
vertical. Durante a fase de preparo os indivíduos com joelhos hiperextendidos
apresentam maior ângulo de extensão de joelhos e maior deslocamento lateral do
51
COP. Durante a fase de aterrissagem os indivíduos com joelhos hiperextendidos
apresentam maior ângulo de extensão e menor ângulo de flexão demandando menor
deslocamento lateral do COP do que os indivíduos alinhados.
Descritores: 1. Postura 2. Joelho 3. Mulheres
ABSTRACT
Postural misalignment such as hyperextended knees may compromise postural
control during vertical jump. Therefore, the aim of this study was to analyze COP
variables and lower limbs movements during vertical jump. Sixteen young and
healthy women participated in this study. Subjects were classified as hyperextended
(n=11) or aligned (n=5) knees according to clinical observation of knee angle.
Subjects were asked to stand still on the force plate and then jump as high as
possible. Kinematic data were acquired using a camera located in standardized
position at the right side of the subject. Anatomical landmarks were placed at the
right side at: metatarsal, lateral malleolus, head of fibula and greater throcanter.
The phase of preparation was determined based on the curve of angular velocity of
the knee. Landing was analyzed in the first, second and third second immediately
after landing. COP-AP, VM-AP, COP-ML and VM-ML were calculated. Kinematic
parameters were maximum and minimum ankle and knee angle and angular velocity.
Intergroup comparison was carried using Mann-Whitney Test (p<0.05). Intergroup
comparison was carried using Friedman Test followed by Wilcoxon Test (p<0.05).
This study revealed that subjects with hyperextended knee present different postural
control compared to the subjects with aligned knees while performing a vertical
jump. During the phase of preparation subjects with hyperextended knees revealed
higher angle of knee extension and lower COP-ML displacement. During the phase
of landing subjects with hyperextended knees present higher angle of knee extension
and lower angle of knee flexion requiring lower displacement of COP-ML when
compared to subjects with aligned knee.
Keywords: 1. Posture 2. Knee 3. Women.
52
Introdução
O salto vertical é uma função bastante utilizada em esportes com alto índice
de lesões no joelho (1,2,3,4,5,6) sendo relatada maior incidência nos atletas que
apresentam joelhos hiperestendidos (7,8). Além dos esportes, o salto também está
relacionado com a vida cotidiana de qualquer indivíduo. O salto é particularmente
diferentemente de outros gestos motores envolvendo os membros inferiores,
exigindo desenvolvimento de muita velocidade e força muscular, principalmente do
músculo quadríceps (9) e um alto grau de coordenação muscular para garantir não
apenas o deslocamento do corpo contra a ação da gravidade como também a
manutenção da postura vertical em uma situação de grande instabilidade.
O salto vertical inicia-se com uma flexão em maior ou menor grau do quadril,
joelho e tornozelo (fase de preparo), seguido por uma extensão rápida destas
articulações (fase de impulsão). Após a saída do solo os membros inferiores se
flexionam ligeiramente e permanecendo fletidos durante a descida ao solo (fase de
vôo). No retorno ao solo (fase de aterrissagem), os membros inferiores realizam
flexão adicional para em seguida realizar extensão completa de modo a restabelecer a
postura ortostática (fase de recuperação) (10).
Postura é definida como a relação da posição entre os vários segmentos
corporais e um vetor gravitacional enquanto o equilíbrio é decorrente da dinâmica
das forças atuantes nestes segmentos a fim de se evitar instabilidades posturais e
conseqüentes quedas, permitindo que o indivíduo permaneça na posição desejada ou
que execute um movimento sem que a perturbação postural provocada pelo
movimento favoreça a queda (11). A manutenção do equilíbrio requer que o
indivíduo possua a habilidade para colocação ou recuperação da projeção do centro
de massa corporal sobre sua base de suporte, habilidade esta que indica o potencial
de estabilidade do indivíduo (12,13).
A hiperextensão dos joelhos, condição postural mais comum em mulheres do
que em homens, apresenta o joelho estendido além da posição neutra (180º) (14). Isto
pode estar relacionado com o aumento da inclinação anterior da pelve (15). Nesta
53
condição o vetor da força peso é deslocado para uma posição anterior ao eixo da
articulação, o que gera um torque extensor, contido por ligamentos e pela porção
posterior da cápsula articular. A estabilidade do joelho se torna mais dependente de
estruturas passivas, não sendo mais necessária ativação do músculo quadríceps. No
joelho alinhado, o vetor da força peso passa ligeiramente posterior ao eixo da
articulação, sendo necessária pequena ativação de músculos extensores do joelho.
Nesta condição a porção posterior da cápsula articular não está tão distendida (14).
Alterações na estabilidade postural na postura bípede quieta com aumento da
velocidade média do centro de pressão (COP) foi demonstrada para indivíduos com
hiperextensão dos joelhos em comparação com indivíduos com joelhos alinhados.
Adicionalmente, observou-se que em condições com maior demanda para se manter
o equilíbrio, por exemplo em superfície instável e/ou olhos fechados, sujeitos com
hiperextensão tendiam a flexionar os joelhos para facilitar a manutenção da postura
bípede quieta (16).
A literatura é pouco informativa ou esclarecedora sobre o controle da postura
durante o salto vertical. Sabe-se, no entanto, que influência dos ajustes posturais
antecipatórios no salto vertical havendo relação entre o impulso vertical e aceleração
anterior do corpo na fase de agachamento (17).
Justificamos nosso interesse em estudar o controle postural do sujeito com
hiperestensão do joelho em uma tarefa com demanda postural dinâmica em
decorrência do fato de conhecermos o seu comportamento em resposta a uma
demanda postural quieta sob desafios sensoriais (16). Acreditamos que estes sujeitos
com hiperextensão de joelhos devem apresentar estratégias de deslocamento do COP
durante o salto vertical diferente daqueles sujeitos que não apresentam joelhos
hiperestendidos e, eventualmente, prejuízo no desempenho nesta tarefa.
O objetivo deste estudo foi analisar o deslocamento do COP e o
comportamento articular do joelho e tornozelo durante o salto vertical de sujeitos
com hiperestensão de joelhos nos períodos de preparo do salto e nos períodos
seqüenciais à aterrissagem.
54
Método
Participantes
Dezesseis mulheres jovens, com idade variando 18 e 31 anos, (média de idade
22,9±3,0; altura 1,62±0,05; IMC 20,14±1,5) saudáveis, participaram do estudo. As
participantes foram selecionadas dentre estudantes universitárias, não praticantes de
esporte em nível competitivo, por meio de anamnese e inspeção clínica tradicional da
postura postura bípede quieta sobre superfície estável com pés próximos, braços
pendentes e olhos abertos com a cabeça voltada para frente e divididas em dois
grupos de acordo com o alinhamento postural do joelho espontaneamente adotado.
Desta forma foi estabelecido um Grupo Hiperestendido (n=11) e um Grupo Alinhado
(n=5). Os grupos se apresentavam com características segundo mostra a Tabela 1.
Foram excluídos os indivíduos que apresentavam qualquer tipo de patologias
neurológicas, musculoesqueléticas, vestibulares e queixas álgicas ou de fadiga no
momento do teste. Também foram excluídos os sujeitos que praticavam treinamento
físico regular em nível competitivo.
Todos os indivíduos leram e assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (Protocolo de Pesquisa nº 276/06).
Procedimentos
As avaliações foram coletadas no Laboratório de Engenharia Biomédica
(LEB) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP).
Para a avaliação do salto vertical as participantes vestiam roupas de ginástica,
eram posicionados descalças sobre o centro da plataforma de força, com pés voltados
anteriormente e afastados na largura dos quadris, de forma que o eixo longitudinal
dos pés correspondesse ao eixo anteroposterior da plataforma (20). Com os braços
cruzados sobre o peito e a cabeça voltada para frente era solicitado que
permanecessem paradas até o comando do pesquisador para realizar salto vertical
máximo de forma a aterrissar sobre a plataforma de força. A aquisição de dados tinha
55
duração de 7 segundos, tempo considerado suficiente para que o sujeito se
estabilizasse novamente na postura bípede após o salto. Foram realizadas três
tentativas com o intervalo de 1 minuto entre cada tentativa.
Durante as avaliações foram adquiridos dados cinéticos e cinemáticos. Os
dados cinéticos foram adquiridos através da plataforma de força AMTI, modelo
OR6-7 1000. Os sinais captados das forças e momentos relativos aos 3 eixos ortogais
(Fx, Fy e Fz; Mx, My e Mz) eram enviados ao amplificador Mini Amp onde eram
amplificados em 1000 vezes e transmitidos ao sistema de aquisição e processamento
de dados Data Wave que amostrava a uma freqüência de 100 Hz. O sistema de
aquisição gerava arquivos de dados em formato ASCII para processamento em
ambiente Matlab (6.5, Math Works). As forças e momentos foram utilizados para o
cálculo da posição instantânea do COP.
Os dados cinemáticos foram adquiridos através de uma mera digital
(Panasonicmodelo PV-GS250) com freqüência de aquisição de 60 Hz. A câmera
era posicionada do lado direito do sujeito para captar os movimentos ocorridos no
plano sagital. Marcadores anatômicos esféricos recobertos por fitas retro-reflexivas
(3M™ high gain 7610) foram afixados na cabeça do metatarso, maléolo lateral,
cabeça da fíbula e trocânter maior do hemicorpo direito (Figura 1). Os filmes foram
transferidos a um computador pessoal e através do software Ariel Posture Analysis
System (APAS) os marcadores foram digitalizados para análise em 2D.
Para a calibração espacial dos dados cinemáticos foram utilizados oito pontos
de referência, fixados em dois fios de prumo localizados no mesmo plano
anteroposterior do centro da plataforma de força e incorporadas durante o processo
de digitalização.
Processamento dos dados
Cinética
Os dados das forças e momentos relativos aos três eixos ortogonais foram
utilizados para o cálculo da posição instantânea do COP no plano da superfície da
56
plataforma de força podendo portanto obter o COP (deslocamento total) e VM
(velocidade de deslocamento do COP) no plano AP e ML.
Períodos Analisados
Fase de Preparo do salto
O período que neste estudo denominamos de fase de preparo do salto,
constitui-se na realidade da fase conhecida como preparo e da fase conhecida como
impulso. Esta fase foi estabelecida tomando-se como base o inicio do deslocamento
do COP-AP até o momento da retomada da aquisição da plataforma após o período
de vôo no deslocamento em y e em x. A curva do deslocamento do COP durante o
intervalo de aquisição foi normalizada para o peodo do preparo do salto pela média
do período do primeiro segundo antes do início do preparo para o salto em y e em x.
Fase de Aterrissagem – 1, 2 e 3 Segundo Após Aterrissagem
Este período foi estabelecido contando-se um segundo (100 dados) a partir da
retomada da aquisição do deslocamento após o período de vôo e sequencialmente o
segundo o e terceiro segundo consecutivo.
Cinemática
Para obtenção dos ângulos articulares foram utilizadas rotinas do APAS e
calculados ângulo e velocidade máxima e mínima da articulação do tornozelo e do
joelho nos intervalos de tempo de interesse no estudo.
Para a análise dos dados foram consideradas as tentativas válidas do salto
vertical de cada participante por grupo. Os intervalos de tempo analisados foram: 1)
preparo do vôo, constituído pelo início da curva de velocidade angular do joelho (que
era coincidente com o do tornozelo); o final da fase de preparo foi também baseado
na curva de velocidade angular do joelho e confirmado pela posição relativa do COP
na retomada dos dados de aquisição da plataforma após o vôo; 2) aterrissagem (três
segundos consecutivos após a aterrissagem).
57
Análise Estatística
Comparação intergrupos dos intervalos de interesse foi realizada aplicando-se
Teste de Mann-Whitney aos dados com o auxílio do software Statistics (p<0.05).
Comparação intragrupo entre os intervalos de interesse foi realizada aplicando-se o
teste de Friedman seguido do teste de Wilcoxon (p<0.05).
Resultados
A tabela 2 mostra resultados comparativos das variáveis do COP intergrupos
para a fase de preparo, 1s, 2s e 3s.
Note-se que houve diferenças principalmente nas variáveis VM e COP na
direção ML na fase de preparo e no 1s após a aterrissagem.
Durante a fase de preparo, a dia do VM ML e COP ML foi de 16,72
graus/s e 13,4 cm respectivamente para o grupo hiperextendido e de 10, 56 graus/s e
de 8,3 cm respectivamente para o grupo alinhado. Para o 1s após a aterrissagem a
média do VM ML e COP ML foi de 18,48 graus/s e 18,33 cm respectivamente para o
grupo hiperextendido e de 20,32 graus/s e de 20,12 cm respectivamente para o grupo
alinhado.
A tabela 3 mostra resultados intragrupos das variáveis do COP comparando-
se o 1s com 2s e 2s com 3s após aterrissagem nos grupos hiperextendidos e
alinhados.
A
tabela 4 mostra resultados descritivos das variáveis do COP no 1s, 2s e 3s
após aterrissagem para os grupos do estudo.
As diferenças significativas do comportamento angular serão descritas
abaixo. Durante a fase de preparo, como era já critério de inclusão nos grupos, houve
diferença no ângulo máximo do joelho (p<0,001) apresentado o grupo
hiperextendido média maior para este ângulo (183º para os hiperextendidos e 175º
para os alinhados). No 1s, a diferença permaneceu ainda para o ângulo máximo do
joelho (p<0,001) apresentado o grupo hiperextendido média maior para este ângulo
(180º para os hiperextendidos e 173º para os alinhados). No 2s e 3s as diferenças
foram para o ângulo máximo e mínimo do joelho (p<0,001 para todas as
comparações) sendo que o grupo hiperextendido apresentou ângulos máximo e
mínimo de 181º e 179º respectivamente no 2s enquanto o alinhado 164º e 158º. No
58
momento 3s, o grupo hiperextendido apresentou ângulos máximo e mínimo de 177º e
175º respectivamente enquanto o alinhado 166º e 164º.
Considerações finais -
Este estudo teve como objetivo analisar o deslocamento do COP e o
comportamento articular do joelho e tornozelo durante o salto vertical de sujeitos
com hiperextensão de joelhos nos períodos de preparo do salto e nos períodos
seqüenciais à aterrissagem. O que nos motivou a esta busca sabermos que o
desalinhamento do joelho altera o controle da postura quando a mesma é submetida a
desafios de origem sensorial (7). Na postura quieta foi encontrada uma tendência
clara à flexão e aumento da mobilidade do joelho à medida que o desafio ao
equilíbrio aumentou (7). Este fato foi o que sustentou a nossa hipótese de que
sujeitos com joelhos hiperextendidos podem apresentar alteração no controle da
postura durante a execução de uma tarefa dinâmica.
Os parâmetros de escolha para análise cinética foram o deslocamento total e a
velocidade do COP AP e ML durante a fase de preparo e de aterrissagem. Os
intervalos de tempo de escolha para a análise foram o preparo do vôo e o tempo 1s,
2s, 3s e 4s após a aterrissagem. O deslocamento total permite entender como o
indivíduo controla a postura preparando o salto e na fase de aterrissagem permite
entender como o indivíduo se comporta para restabelecer o equilíbrio na postura
ortostática. O controle da postura após a execução de uma tarefa perturbadora da
postura foi relatada em atletas de diferentes níveis de habilidade (23) entretanto
análise do COP pelo tempo de aterrissagem não está descrita até o momento. Desta
forma sabemos que a habilidade do atleta facilita a recuperação do equilíbrio após
perturbação; nosso estudo adiciona o fato de que também uma relação com o
alinhamento postural em joelhos. Indivíduos com joelhos hiperextendidos realizam
mais deslocamento lateral do cop durante o preparo do salto. De forma interessante,
indivíduos com joelhos alinhados apresentam maior deslocamento logo após
aterrissagem e continuam se ajustando gradativamente até o terceiro segundo. Estes
resultados parecem consistentes com o comportamento articular observado
principalmente durante a aterrissagem. O grupo hiperextendido apresenta ângulos
máximos e mínimos maiores que o grupo alinhado, sendo significativo no 2s e 3s.
59
No 1s somente o ângulo ximo é significativo. O grupo hiperextendido apresenta-
se consistentemente com maior grau de extensão e menor grau de flexão do que o
alinhado durante a aterrissagem, em detrimento do amortecer eficiente da fase. É
sugestivo que o grupo alinhado necessite maior ajustes do COP durante estas
variações angulares necessárias para amortecer a aterrissagem. Também, é sugestivo
que os indivíduos hiperextendidos tenham a tendência de maior índice de lesão em
joelhos (7,8).
Sabe-se que a velocidade do COP é a variável mais representativa da
posturografia (18,19,20,21,22). O plano sagital não apresentou diferenças
significativas entre os dois grupos para as variáveis em questão mostrando que não
há alteração no controle antero-posterior. Entretanto, no plano sagital o deslocamento
do COP foi significativamente maior no grupo hiperextendido do que no grupo
alinhado, mostrando que a posição em hiperextensão do joelho prejudica o controle
médio-lateral da postura durante a execução de uma tarefa dinâmica.
Deslocar-se lateralmente durante o preparo do salto, sugere que o
deslocamento vertical fica prejudicado implicando em menor desempenho neste
grupo. Estudo futuro analisando a diferença no desempenho, com altura do salto em
uma amostra ampliada de sujeitos com joelhos alinhados pode trazer novos
conhecimentos importantes atenção clínica a atletas ou pacientes não atletas com
hiperextensão de joelhos.
Conclusão
Este estudo nos permite concluir que indivíduos com hiperextensão de joelhos
apresentam controle postural diferente dos com joelhos alinhados durante a execução
do salto vertical. Durante a fase de preparo os indivíduos com joelhos
hiperextendidos apresentam maior ângulo de extensão de joelhos e maior
deslocamento lateral do COP. Durante a fase de aterrissagem os indivíduos com
joelhos hiperextendidos apresentam maior ângulo de extensão e menor ângulo de
flexão demandando menor deslocamento lateral do COP do que os indivíduos
alinhados.
Referências
60
1. Söderman K, Werner S, Pietilã T, Engström B, Alfredson H. Balance board
training: prevention of traumatic injuries of the lower extremities in female
soccer players? Knee Surg, Sport Traumatol, Arthrosc 2000; 8, 356-364
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of extensor mechanism in athletes. Clin Sports Med. 2002; 21:483-498.
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10. Almeida M J R, Ribeiro-do-Valle L E, Sacco I C N. Assimetria interlateral da
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11. Winter DA. (1995) ABC of balance during standing and walking. , University
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12. Shumway-Cook, A. W., M.H. Controle Motor: Teoria e Aplicações Práticas;
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61
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extremity alignment. J Orthop Sports Phys Ther. 2007;37(7):389-398.
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Rehabilitation Engineering.1993;1(1):26-34.
20. Cornilleau-Peres V, Shabana N, Droulez J, Goh JC, Lee GS, Chew PT.
Measurement of the visual contribution to postural steadiness from the COP
movement: methodology and reliability. Gait Posture. 2005;22(2):96-106.
21. Prieto TE, Myklebust JB, Hoffman RG, Lovett EG, Myklebust BM.
Measures of postural steadiness; differences between healthy young and
elderly adults. IEEE Trans Biomed Eng.1996;43(9):956-966.
22. Raymakers JA, Samson M M, Verhaar H J. The assessment of body sway and
the choice of the stability parameter(s). Gait Posture. 2005;21(1):48-58.
23. Yoshitomi SK, Tanaka C, Duarte M, Lima F, Morya E, Hazime F. Respostas
posturais à perturbação externa inesperada em judocas de diferentes níveis de
habilidade. Rev Bras Med Esporte. 2006; 12(3):159-163.
62
Tabela 2 Comparação inte
rgrupos (valores de p) das variáveis do
COP durante a fase de preparo, 1s, 2s e 3s apos aterrissagem.
Preparo 1s 2s 3s
VM AP 0,205 0,048 0,729 0,067
COP AP 0,100 0,051 0,729 0,067
VM ML 0,001 0,010 0,258 0,740
COP ML
0,000 0,023 0,258 0,740
Tabela 1 – Características dos participantes dos grupos hiperextendido e
alinhado.
Participante Grupo idade peso (Kg) altura (m)
1 Hiperextendido 20 49 1,63
2 Hiperextendido 23 50 1,57
3 Hiperextendido 24 50 1,57
4 Hiperextendido 20 49,5 1,62
5 Hiperextendido 18 52 1,67
6 Hiperextendido 22 50 1,62
7 Hiperextendido 25 47 1,48
8 Hiperextendido 31 63 1,64
9 Hiperextendido 22 55 1,58
10 Hiperextendido 25 60 1,64
11 Hiperextendido 21 45 1,57
12 Alinhado 21 56 1,64
13 Alinhado 20 57 1,67
14 Alinhado 25 50 1,64
15 Alinhado 20 60 1,68
16 Alinhado 23 52,2 1,64
63
Tabela 3
Comparação intragrupos (valores de p) das variáveis do COP entre
os tempos 1s, 2s e 3s após aterrissagem
Gr Hiperestendido Gr Alinhado
1s-2s 2s-3s 1s-2s 2s-3s
VM AP 0,000 0,096 0,000 0,041
COP AP 0,000 0,096 0,000 0,041
VM ML 0,000 0,837 0,000 0,000
COP ML 0,000 0,001 0,000 0,000
Tabela 4 dia e desvio padrão (dp) das variáveis do COP no 1s, 2s e 3s após aterrissagem nos
grupos hiperextendido e alinhado.
Grupo Hiperextendido Grupo Alinhado
1s 2s 3s 1s 2s 3s
Média
dp Média
dp Média
dp Média
dp dia
dp dia
dp
VM
AP
22,39 15,60
6,58 16,09
6,00 17,23
24,24 8,01
4,10 2,63
2,47 2,57
COP
AP
22,19 15,60
6,55 17,09
5,97 17,23
24,00 7,93
4,06 2,60
2,45 2,55
VM
ML
18,48 16,28
5,66 17,18
4,77 17,37
20,32 7,22
3,61 2,95
1,83 2,35
COP
ML
18,43 16,28
5,63 17,19
4,76 17,37
20,12 7,15
3,57 2,92
1,81 2,33
Tatiana Mota Fresnel
Afiliação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Address for correspondence:
Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, n° 255 / CEP:05403-000 - São Paulo - SP – Brazil
Clarice Tanaka - cltanak[email protected]r
Telefone: 55 11 3069-6867/ Fax: 55 11 3969-7969
64
65
A
NEXO
3
N
ORMAS PARA
P
UBLICAÇÃO
Instructions to authors
GENERAL INFORMATION
The submission of manuscripts
must be made through the website
http://www.scielo.br/rbfis and implies that the work has neither
been published nor is under consideration for publication in
another journal. If part of the material has already been
presented in a preliminary communication, in a Symposium or
Congress, etc., this should be cited as a footnote on the title page
and a copy of this communication must accompany the
submission of the manuscript.
Articles submitted and accepted in Portuguese should be
translated into English by RBF/BJPT translators. Articles submitted
and accepted in English must also be forwarded to RBF/BJPT
English reviewers for final revision. As determined by the Editorial
Board, the authors are responsible for the costs of English
translation and revision of the accepted manuscripts. The
RBF/BJPT may subsidize the cost of this process by up to 50%,
according to the availability of funds.
FORM AND PREPARATION OF MANUSCRIPTS
The RBF/BJPT accepts up to 6 (six) authors in one manuscript.
Manuscripts must be submitted preferably in English and must
contain up to 3500 words (excluding Abstract, References,
Figures, Tables and Appendices). Case Studies must not exceed
1600 words, excluding Abstract, References, Figures, Tables and
Appendices.
When submitting manuscripts for publication, the authors must
forward the following supplementary documents by post or online:
1) Cover letter containing the following information:
a. Full name of each of the authors;
b. Article type and the main field (see OBJECTIVES, SCOPE AND
POLICY);
c. Approval number and name of the Institution that gave the
Ethics Committee approval for research on humans and
experiments on animals. For research on humans, also include a
declaration that written consent was obtained from the individuals
who participated in the study;
d. As described in the OBJECTIVES, SCOPE AND POLICY,
manuscripts with results related to clinical trials must include the
identification number at the end of the Abstract (Suggested
66
registration website:
www.anzctr.org.au/Survey/UserQuestion.aspx);
2) Conflict of interest statement. The authors must disclose any
possible conflicts of interest (professional, financial and direct and
indirect benefits) that might have influenced research results;
3) A declaration signed by all of the authors stating that they are
responsible for the content of the manuscript and that they will
transfer copyrights to the RBF/BJPT, should the article be
accepted by the Editors.
Cover letter and declaration templates are available online at
http://www.rbf-bjpt.org.br.
Authors must remove all information (except in the title and
identification page) that may identify the source or authorship of
the article.
MANUSCRIPT FORMATTING
The manuscript must be prepared with all the pages numbered
consecutively on the right-hand side of the top margin, starting
with the title page. The original articles must be structured in the
following order:
• Title page and Identification (1st page)
The identification page must contain the following data:
a) Title of the manuscript in capital letters;
b) Author: first name and surname of each author, in capital
letters, without titles, followed by superscript numbers to identify
their institutional affiliation (Unit/Institution/City/State/Country).
For more than one author, separate using commas;
c) Full name and address. (It is the corresponding author's
responsibility to keep the contact address and e-mail up to date
for contact);
d) Running head for the pages of the article: indicate a short title
in Portuguese and in English to be used in the header on each
page of the article, not exceeding 60 characters in length;
e) Key words: a list of indexing terms or key words (no more than
six) in Portuguese and English. The RBF/BJPT recommends the
use of HSDe - Health Sciences Descriptors to consult the indexing
terms or key words to be used in the article (http://decs.bvs.br/).
• Abstract
A concise presentation not exceeding 250 words in a single
paragraph, in Portuguese (Resumo) and English (Abstract) must
be inserted immediately after the title page. Footnotes and
undefined abbreviations must not be included. If a reference must
be cited, the full citation must be included in the abstract. The
67
abstract must be written in structured format, including the
following items separately: Background, Objectives, Methods,
Results and Conclusions.
• Body of the text: Introduction, Methods, Results and
Discussion
Include the following as highlighted item:
Introduction - This should give information on the subject of
investigation and contain the objectives of the investigation, how
it relates to other studies in the same field and the reasons that
led the author(s) to follow this line of research;
Methods - These should be described in detail so that other
researchers can repeat the entire study. All the necessary
information should be included (or reference should be made to
articles already published in other scientific journals) to allow the
replication of the collected data. It is strongly recommended that
intervention studies present control groups and, when possible,
randomization of the sample.
Results - These should be presented briefly and concisely. Tables,
Figures and Appendices can be included when necessary to ensure
better and more effective comprehension of the data.
Discussion - The purpose of the discussion is to interpret the
results and relate them to existing and available knowledge,
especially the knowledge already indicated in the Introduction of
the study. Information given earlier in the text may be cited, but
should not be repeated in detail in the Discussion.
Systematic Review and Meta-analysis articles must include a
section that describes the methods employed for locating,
selecting, obtaining, classifying and synthesizing information.
• Acknowledgements
When appropriate, brief acknowledgements can be included at the
end of the text and before the References, specifying technical
assistance, financial support for the research, study grants, and
collaboration from individuals who deserve recognition (counseling
and assistance). The authors are responsible for obtaining
permission in writing from the individuals whose names appear in
the Acknowledgements;
• References
The recommended number of references is at least 50 references
for review articles; 30 references for original articles, meta-
analy
ses, systematic reviews and methodological articles. For case
studies, no more than 10 references are recommended.
68
References should be organized in numerical order of first
appearance in the text, following the Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, drawn up by the
International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE -
http://www.icmje.org/index.html).
Journal titles should be referred to in abbreviated form, in
accordance with the List of Journals of Index Medicus
(http://www.index-medicus.com). Non-indexed journals should
not have their names abbreviated.
Citations should be mentioned in the text as superscript numbers,
without dates. The accuracy of the references appearing in the
manuscript and their correct citation in the text are the
responsibility of the authors of the manuscript. (See examples in
the website:
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).
• Tables, Figures and Appendices: The tables, figures and
appendices are limited to a total of five.
Tables - must include only indispensable data and must not be
excessively long. The tables should be numbered consecutively
using Arabic numerals and should be inserted at the end of the
text. Descriptive titles and legends must make the tables
intelligible without the need to refer to the text of the article. The
tables should not be formatted with horizontal or vertical markers;
only horizontal lines are needed to separate their main sections.
Paragraphs or indentations and vertical and horizontal spaces
should be used to group the data.
Figures - must not repeat the data described in the Tables. All
figures must be cited and numbered consecutively using Arabic
numerals in the order in which they appear in the text. The use of
color is not recommended. The legends should make the figures
intelligible, with no need to refer to the text. They must be double
spaced and explain all symbols and abbreviations. Use uppercase
letters (A, B, C, etc.) to identify the individual parts of multiple
figures. When possible, all the symbols should appear in the
legends. However, symbols identifying curves in a graph can be
included in the body of the figure, provided this does not hinder
the analysis of the data.
With regard to final artwork, all figures must be in .tiff format.
Poor-quality figures may result in delays in the acceptance and
publication of the article.
Tables, figures and appendices published in other journals or
books must include the respective references and written consent
from the authors or editors.
For articles submitted in Portuguese, an additional set of tables,
figures and appendices with English legends must be included as a
69
supplementary document.
• Footnotes
If absolutely necessary, footnotes should be consecutively
numbered as superscripts in the manuscript and placed on a
separate page after the references.
OTHER CONSIDERATIONS
Units: Use the International System of metric units (SI units) for
measurements and unit abbreviations.
Letters to the Editor: Constructive criticism of published
material, made in an objective and educational manner, and also
consultations regarding clinical situations and discussions on
subjects specific to physical therapy, will be published at the
editors' discretion (up to 700 words and up to 8 references).
When the letter relates to technical comments (rebuttal) on
articles published in the RBF/BJPT, it will be published together
with the reply by the authors of the article under examination
and/or criticism.
Case Studies: These must be restricted to uncommon
pathological conditions or method/procedures for which the
development of an original article would be impracticable. Thus,
case reports do not necessarily have to follow the structure
prescribed for original articles, but should present a
methodological design that allows the reproduction of reported
interventions/procedures. Great care should be taken when
proposing generalizations based on these results. Experimental
single-case designs will be treated as original articles and must
follow the rules established by the RBF/BJPT.
Conflicts of interest: The authors are responsible for disclosing
any type of conflict of interest that may have risen during the
course of the study, be it financial or of any other kind.
The reviewer must inform the editors of any conflicts of interest
that may influence the manuscript's approval and, when
appropriate, declare himself/herself unfit for review.
Ethical and Legal Considerations: Avoid the use of patient
initials, names or hospital registration numbers. Patients must not
be identified in photographs, except with prior written consent,
which must accompany the original work.
Studies carried out on humans must be in accordance with ethical
standards and have the proper consent from the participants
(refer to Resolution 196/96 of the National Health Council
concerning the Human Research Code of Ethics).
For experiments on animals, international guidelines should be
70
followed (such as the guidelines of the Committee for Research
and Ethical Issues of the International Association for the Study of
Pain, as published in the journal PAIN, 16:109-110, 1983).
For research on humans and animals, the approval number from
the Research Ethics Committee must be included and duly
registered in the National Health Council of the Hospital or
University or nearest body in the area.
The RBF/BJPT reserves the right not to publish studies that do not
follow these legal and ethical rules for human research and
experiments on animals.
It is recommended that studies reporting electromyography
results follow the "Standards for Reporting EMG Data"
recommended by ISEK.
FINAL CONSIDERATIONS
If the article is sent to the authors for review and does not return
to the RBF/BJPT within six weeks, the review process will be
considered closed. In the event that the same article is returned,
a new and updated process will begin. The acceptance date will be
registered when the authors return the manuscript after final
correction approved by the Editors.
The final proofs will be sent by email to the authors' address,
given at the time of submission, for a final review (reviewer
questions and/or disagreements). No further changes will be
allowed at this time. The manuscript that is not returned within 48
hours may be published as is or postponed until the next edition
at editor discretion.
After the article is published or the review process is closed, all
documentation related to the review process will be incinerated.
71
A
NEXO
4
C
OMPROVANTE DE
S
UBMISSÃO DO
A
RTIGO
72
8.
R
EFERÊNCIAS
73
1. Söderman K, Werner S, Pietilã T, Engström B, Alfredson H. Balance board
training: prevention of traumatic injuries of the lower extremities in female
soccer players? 2000. Knee Surg, Sport Traumatol, Arthrosc 8, 356-364
2. Panni A, Biedert RM, Maffulli N, Tartarone M, Romanini E. Overuse injuries
of extensor mechanism in athletes. Clin Sports Med. 2002;21:483-498.
3. Hess GP, Cappiello WL, Poole RM, Hunter SC. Prevention and treatment of
overuse tendon injuries. Sports Medicine. 1989;8(6):371-384.
4. Cowan DN, Jones BH, Frykman PN, Polly DW, Harman EA, Rosenstein MT,
et al. Lower limb morphology and risk of overuse injury among male infantry
trainees. Med Sci Sports Exerc. 1996;28(8):945-952.
5. Ramesh, R., et al., The risk of anterior cruciate ligament rupture with
generalised joint laxity. J Bone Joint Surg Br. 2005;87(6):800-803.
6. Chappell J D, Creighton R A, Giuliani C, Yu B, Garrett W E. Kinematics and
Electromyography of landing preparation in vertical stop-jump. Am J Sports
Med. 2007;35:235-241.
7. Samozino P, Morin JB, Hintzy F, Belli A. A simple method for measuring
force, velocity and power output during squat jump. J Biomech. 2008;41(14):
2940-2945.
8. Ireland M L. Anterior cruciate ligament injury in female athletes:
epidemiology. J Atht Train. 1999; 34(2):150-154.
9. Lian O, Engebretsen L, Ovrebo RV, Bahr R. Characteristics of the leg
extensors in male volleyball players with jumper's knee. Am J Sports Med.
1996;24(3):380-385.
10. Almeida M J R, Ribeiro-do-Valle L E, Sacco I C N. Assimetria interlateral da
atividade muscular dos membros inferiores no salto vertical. Revista
Brasileira de Biomecânica. 2001;69-78.
11. Winter DA. (1995) ABC of balance during standing and walking. , University of
Waterloo, Ontario
12. Shumway-Cook, A. W., M.H. Controle Motor: Teoria e Aplicações Práticas;
2003.
13. Hoffman MA, Koceja DM. Dynamic balance testing with electrically evoked
perturbation: a test of reliability. Arch Phys Med Rehabil. 1997;78(3):290-
293.
14. Loudon JK, Goist HL, Loudon. Genu recurvatum syndrome. J Orthop Sports
Phys Ther. 1998;27(5):361-367.
15. Nguyen AD, Shultz SJ. Sex differences in clinical measures of lower
extremity alignment. J Orthop Sports Phys Ther. 2007;37(7):389-398.
16. Siqueira CM. Avaliação da estabilidade postural em indivíduos portadores
de hiperextensão dos joelhos [dissertação]. São Paulo: Faculdade de
Medicina, Universidade de São Paulo, 2008.
17. Pellec AL, Maton B. Initiation of a vertical jump: the human body’s upward
propulsion depends on control of forward equilibrium. Neurosci Lett.
2002;323:183-186.
18. Hufschmidt A, Dichgans J, Mauritz KH, Hufschmidt M. Some methods and
parameters of body sway quantification and their neurological applications.
Arch Psychiatr Nervenkr. 1980;228(2):135-150.
19. Prieto TE, J.B. Myklebust, and B.M. Myklebust, Characterization and
Modeling of Postural Steadiness in the Elderly: A Review. Transactions on
Rehabilitation Engineering.1993;1(1):26-34.
74
20. Cornilleau-Peres V, Shabana N, Droulez J, Goh JC, Lee GS, Chew PT.
Measurement of the visual contribution to postural steadiness from the COP
movement: methodology and reliability. Gait Posture. 2005;22(2):96-106.
21. Prieto TE, Myklebust JB, Hoffman RG, Lovett EG, Myklebust BM. Measures
of postural steadiness; differences between healthy young and elderly
adults. IEEE Trans Biomed Eng.1996;43(9):956-966.
22. Raymakers JA, Samson M M, Verhaar H J. The assessment of body sway
and the choice of the stability parameter(s). Gait Posture. 2005;21(1):48-58.
23. Yoshitomi SK, Tanaka C, Duarte M, Lima F, Morya E, Hazime F. Respostas
posturais à perturbação externa inesperada em judocas de diferentes níveis
de habilidade. Rev Bras Med Esporte. 2006; 12(3):159-163.
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