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interessante [BILLMEYER JR., 1984; ALLCOCK & LAMPE, 1990]. A borracha de
silicone apresenta uma adequada estabilidade em altas temperaturas (250ºC) e boa
flexibilidade em baixas temperaturas (-80ºC), que é evidenciada pela facilidade com
que as ligações da cadeia principal podem ser submetidas à torção [BILLMEYER
JR., 1984; ALLCOCK & LAMPE, 1990; JANA & NANDO, 2002; LAI, et al., 2005].
Outras importantes propriedades do PDMS que podem ser citadas são: excelente
propriedade dielétrica, fisiologia inerte, baixa resistência a substâncias ácidas e
alcalinas, transparência ótica, resistência ao envelhecimento, permeabilidade a
gases e superfície naturalmente hidrofóbica [BILLMEYER JR., 1984; ALLCOCK &
LAMPE, 1990; HILLBORG & GEDDE, 1998; JANA & NANDO, 2002; LAI, et al.,
2005; BODAS & KHAN-MALEK, 2007; ZHAO & ZHANG, 2007].
O PDMS apresenta baixas propriedades mecânicas, em especial a resistência à
tração [OSMAN, et al., 2001; JANA & NANDO, 2002; DEWIMILLE, et al., 2005]. O
módulo de elasticidade também é baixo, da ordem de 1 MPa [ZHAO & ZHANG,
2007]. Assim, considerando que a grande maioria das aplicações comerciais do
silicone exige boas propriedades mecânicas, torna-se necessária a inclusão de um
agente de reforço para a obtenção de um material com melhor desempenho
mecânico. Desta maneira observa-se que a não adição de um agente de reforço
restringe o seu uso [OSMAN, et al., 2001; DEWIMILLE, et al., 2005].
A sílica, dentre os possíveis materiais de reforço, é o mais utilizado, pois
melhora as propriedades mecânicas sem prejuízo das propriedades óticas. Todavia
a concentração e a dispersão das partículas de sílica na matriz são muito
importantes, pois elas tendem a se agregar e a formar grandes aglomerados
reduzindo a energia de superfície total [BILLMEYER JR., 1984; ALLCOCK &
LAMPE, 1990; EDWARDS, 1990; YUAN & MARK, 1999; OSMAN, et al., 2001;
DEMIR, et al., 2005; DEWIMILLE, et al., 2005]. O polietileno de baixa densidade
(LDPE) também pode ser utilizado, pois apresenta boas propriedades mecânicas e
resistência a substâncias ácidas e alcalinas [JANA & NANDO, 2002].
A união química entre a matriz de PDMS e o material de reforço (sílica) se dá
pela interação entre as ligações de hidrogênio dos silanóis presentes na superfície
da sílica e os átomos de oxigênio das cadeias poliméricas. As interações entre a
matriz e o reforço podem ser modificadas por um tratamento de superfície do
reforço; as 2 (duas) técnicas mais freqüentemente aplicadas na indústria são: