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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MNAS GERAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
ASSISTÊNCIA À PILOTAGEM PARA AERONAVES LEVES
ANTONIO RAFAEL DA SILVA FILHO
Belo Horizonte, 29 Maio de 2009
Universidade Federal de Minas Gerais
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Curso de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Desenvolvimento e Avaliação de Estratégias de Assistência à
Pilotagem Para Aeronaves Leves
Dissertação apresentada no Curso de Mestrado do
Departamento de Engenharia Mecânica da Escola
de Engenharia da Universidade Federal de Minas
Gerais, como requisito parcial à obtenção de título
de Mestre em Engenharia Mecânica.
Área de Concentração: Projetos Mecânicos
Autor: Antonio Rafael da Silva Filho
Orientador: Paulo Henriques Iscold Andrade
de Oliveira, Dr.
Belo Horizonte, 29 de Maio de 2009
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“Há um ditado que ensina "o gênio é uma grande paciência"; sem pretender ser gênio,
teimei em ser um grande paciente. As invenções são, sobretudo, o resultado de um trabalho
teimoso, em que não deve haver lugar para o esmorecimento”.
Alberto Santos Dumont
Agradecimentos
Agradeço acima de tudo a Deus pelo conforto nas horas difíceis, por me dar a alegria da
vida e permitir que eu possa estar aqui e concluir esse trabalho.
Ao meu pai, pela confiança que me deposita e me ensina a ter. A minha mãe e minha
irmã Isabel, sempre presentes me apoiando, mesmos nas constantes ausências e pelo esforço que
fizeram por mim.
De um modo muito especial, agradeço a minha avó de coração, vovó Mirka, que admiro
muito e devo muita gratidão, pessoa essa que me deu todo o apoio para que eu pudesse chegar
onde cheguei. Sem seu apoio tenho certeza que não estaria aqui hoje escrevendo essas palavras.
E também ao vovô Aloísio, que tenho certeza está lá em cima feliz com a minha conquista.
Ao meu orientador Paulo Iscold, que mais que um professor, se tornou um amigo e fonte
de inspiração, me ajudou a alimentar o gosto que se torna cada vez maior pela aviação. E por
todo o ensinamento de vida e profissional.
A todos os professores do CEA, pelo aprendizado e ao Professor Cláudio Barros,
exemplo máximo de vida.
Aos amigos e colegas que fiz durante esses anos no CEA, aos que passam e aos que
ficam por toda a vida.
Em especial ao meu amigo Olair, que conheci nos primeiros dias de faculdade, lá no
inicio do curso de graduação em Engenharia Mecânica e que continua um grande amigo, sempre
presente e continuará por muitos anos.
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RESUMO
Neste trabalho é apresentado o processo de escolha e desenvolvimento de uma série de
estratégias de assistência à pilotagem para aeronaves leves, baseadas no controle da trajetória e
não da atitude, como se procede usualmente no caso de aeronaves convencionais, visando a
diminuição do tempo de aprendizagem e a redução da carga de trabalho do piloto, de forma a
aumentar a segurança do vôo. O complexo mecanismo de controle das aeronaves, principalmente
em função das interações atmosféricas e do acoplamento dos comandos, acaba por tornar o ato
de pilotagem uma tarefa complexa e que requer intenso e constante treinamento do piloto.
Pretende-se, com a implementação de controles automáticos através de estratégias de assistência
à pilotagem, que o piloto possa controlar diretamente a trajetória da aeronave facilitando o ato
de pilotagem. Será estudado particularmente o movimento longitudinal, onde serão avaliadas
uma série de estratégias, implementadas em um simulador de vôo com modelo dinâmico não
linear, desenvolvido para esse fim. Neste simulador, usuários com níveis de conhecimento de
pilotagem variados serão avaliados e o seu desempenho será mensurado através de um sistema
de pontuação previamente estabelecido. Detalhes sobre o projeto dos sistemas de assistência à
pilotagem, incluindo, o ajuste dos ganhos dos controladores, são apresentados, além da
modelagem e da construção do simulador de vôo e de sua implementação computacional, bem
como os resultados referentes aos testes descritos.
ii
ABSTRACT
The following work presents the process of choice and development of a series of
strategies to facilitate piloting on light aircrafts. These strategies are based on trajectory control
instead of attitude control like it is usually done in conventional aircrafts, aiming smaller
learning times as well as reduction in pilot workload, such that flight safety is increased. The
complex aircraft handling mechanisms, mainly due to the atmospheric interactions and the
handling coupling, turn the piloting process a difficult task which demands intense pilot
training. This work aims, by the implementation of automatic control strategies to facilitate
piloting, to give the pilot the possibility to control the aircraft trajectory directly, turning it
easier to pilot the airplane. The longitudinal motion will be studied and many strategies will be
implemented in a flight simulator with non-linear dynamical model, developed for this matter.
Users of the simulator, with different levels of knowledge on piloting, will be evaluated and their
performance measured through a score system previously established. Details about the project
of pilot assisting systems, including controllers tuning are presented, as the modeling and
programming of the flight simulator. Finally, the test results are shown.
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SUMÁRIO
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1.1 Objetivos..........................................................................................................................2
1.2 Organização do Texto......................................................................................................3
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2.1 O Futuro do Transporte Aéreo ........................................................................................5
2.2 O conceito de metáforas.................................................................................................10
2.2.1 A metáfora do cavalo...............................................................................10
2.3 Ferramentas a serem utilizadas neste trabalho...............................................................14
iv
2.3.1 Controladores PID...................................................................................15
2.3.2 O Algoritmo de Nelder-Mead...................................................................18
2.3.3 A Escala de Cooper-Harper......................................................................18
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3.1 Introdução ..................................................................................................................... 21
3.2 Equações de Movimento.................................................................................................21
3.2.1 Conjunto Asa-Fuselagem .........................................................................26
3.2.2 Empenagem horizontal.............................................................................32
3.3 Modelo Dinâmico ...........................................................................................................35
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4.1 Introdução ..................................................................................................................... 38
4.2 Modelagem do Simulador...............................................................................................38
4.2.1 Bloco Controle.........................................................................................39
4.2.2 Bloco Atmosfera.......................................................................................41
4.2.3 Bloco Dinâmica........................................................................................42
4.2.4 Bloco Equações de Estado........................................................................45
4.3 Interface gráfica .............................................................................................................46
4.3.1 O Simuladador de Vôo Flight Gear .........................................................47
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4.3.2 Painel de Instrumentos ............................................................................48
4.4 Descrição do Aparato Experimental Completo............................................................... 50
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5.1 Introdução ..................................................................................................................... 52
5.2 Estratégias e Variáveis de Controle ...............................................................................52
5.3 Implementação do Controlador PID ..............................................................................57
5.4 Procedimento de Equalização dos Controladores ...........................................................58
5.4.1 Ajuste dos controladores..........................................................................58
5.5 Exemplo de Equalização da Estratégias de Assistência à Pilotagem .............................62
5.5.1 Estratégia 1..............................................................................................62
5.5.2 Estratégia 2..............................................................................................67
5.5.3 Estratégia 3..............................................................................................70
5.5.4 Estratégia 4..............................................................................................72
5.5.5 Estratégia 5..............................................................................................74
5.5.6 Estratégia 6..............................................................................................76
5.5.7 Estratégia 7..............................................................................................78
5.5.8 Estratégia 8..............................................................................................79
5.5.9 Estratégia 9..............................................................................................80
5.5.10 Estratégia 10 ...........................................................................................81
vi
5.5.11 Estratégia 11 ...........................................................................................83
5.5.12 Estratégia 12 ...........................................................................................85
5.6 Determinação dos Valores Limites de Referência ........................................................... 87
5.7 Estratégia de Assistência à Pilotagem 13.......................................................................89
5.8 Implementação das Estratégias de Assistência à Pilotagem no Simulador .....................90
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6.1 Introdução ..................................................................................................................... 95
6.2 Trajetória do Ensaio ......................................................................................................95
6.2.1 Polinômio de Hermite ..............................................................................98
6.2.2 Identificação da trajetória......................................................................100
6.3 Metodologia de Avaliação dos Ensaios......................................................................... 102
6.3.1 Classificação dos Usuários......................................................................103
6.3.2 Procedimento de Ensaio.........................................................................104
6.3.3 Método Subjetivo de Avaliação..............................................................104
6.3.4 Método Direto de Avaliação................................................................... 104
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7.1 Introdução ................................................................................................................... 106
7.1.1 Perfil dos Usuários.................................................................................106
vii
7.2 Avaliação Subjetiva de Acordo com a Escala de Cooper-Harper.................................. 108
7.3 Atuação dos Controladores .......................................................................................... 111
7.4 Erro Acumulado na Altitude........................................................................................ 115
7.5 Erro Acumulado na Velocidade.................................................................................... 118
7.6 Comparação entre as estratégias de Assistência à Pilotagem com controle direto e
cruzado 120
7.6.1 Influência da Forma de Atuação de Controle na Trajetória...................120
7.6.2 Influencia da Forma de Atuação de Controle na Velocidade..................121
7.7 Analise da Capacidade de Voar na Trajetória Determinada ........................................ 123
7.7.1 Estratégia 1 e 2 (Referência de altitude)................................................125
7.7.2 Estratégia 3 e 4 (Referência de Razão de Subida)..................................126
7.7.3 Estratégia 5 e 6 (Referência de ângulo de arfagem) ...............................127
7.7.4 Estratégia 11 e 12 (Referência de Ângulo de Velocidades) ..................... 128
7.8 Analise da Capacidade de Voar na Velocidade Determinada ....................................... 130
7.8.1 Estratégia 1 e 2 (Referência de Altitude)...............................................131
7.8.2 Estratégias 3 e 4 (Referência de Razão de Subida) ...............................132
7.8.3 Estratégias 5 e 6 (Referência Ângulo de Arfagem).................................133
7.8.4 Estratégias 11 e 12 (Referência Ângulo de Velocidades) ........................ 134
7.9 Análise da Variação do Ângulo de Ataque................................................................... 135
viii
7.9.1 Estratégias 1 e 2 (Referência Altitude) ..................................................136
7.9.2 Estratégias 3 e 4 (Referência Razão de Subida) .....................................137
7.9.3 Estratégias 5 e 6 (Referência Ângulo de Arfagem).................................138
7.9.4 Estratégias 11 e 12 (Referência Ângulo de Velocidades) ........................ 139
7.10 Análise da Variação do Ângulo de Arfagem................................................................. 140
7.10.1 Estratégias 1 e 2 (Referência Altitude).................................................. 141
7.10.2 Estratégias 3 e 4 (Referência Razão de Subida).....................................142
7.10.3 Estratégias 5 e 6 (Referência Ângulo de Arfagem).................................143
7.10.4 Estratégias 11 e 12 (Referência Ângulo de Velocidades)........................144
7.11 Analise da Variação do Fator de Carga ....................................................................... 145
7.11.1 Estratégia 1 e 2 (Referência Altitude) ...................................................146
7.11.2 Estratégia 3 e 4 (Referência Razão de Subida) ......................................147
7.11.3 Estratégia 5 e 6 (Referência Ângulo de Arfagem).................................. 148
7.11.4 Estratégia 11 e 12 (Referência Ângulo de Velocidades) .........................149
7.12 Comparação entre os usuários com e sem experiência em pilotagem............................ 150
7.12.1 Análise da Trajetória.............................................................................151
7.12.2 Análise da Velocidade............................................................................152
7.12.3 Análise Ângulo de Ataque .....................................................................154
7.12.4 Análise do Ângulo de Arfagem .............................................................. 155
ix
7.12.5 Análise do Fator de Carga.....................................................................156
7.13 Análise da Estratégia com Ajuste Adaptativo.............................................................. 158
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8.1 Sugestões para trabalhos futuros.................................................................................. 167
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – VLJ- EMBRAER à esquerda e Cirrus à direita...........................................6
Figura 2.2 – Aeronaves com sistema Fly-By-Wire (Eurofighter à esquerda e Airbus-A320
à direita)......................................................................................................................................9
Figura 2.3 – Esquema de blocos simplificado do sistema de controle – adaptado de
(Tomczyk, 2008) ........................................................................................................................13
Figura 2.4 – Filtros de forma implementados ................................................................13
Figura 2.5 – Sistema de controle com função de transferência.......................................14
Figura 2.6 – Controlador PID .......................................................................................15
Figura 2.7 – Curva de Resposta do Controlador PID....................................................16
Figura 2.8 – Resposta Oscilatória do PID .....................................................................17
Figura 2.9 – Escala de Cooper-Harper – Adaptado de Harper (1986)............................20
Figura 3.1 – Diagrama de Forças ..................................................................................23
Figura 3.2 – Coeficiente de Potência da Hélice..............................................................28
Figura 3.3 – Potência Disponível no Eixo do Motor [BHSP] .........................................29
Figura 3.4 – Curva de Rotação da Hélice ......................................................................31
Figura 3.5 – Curva de Coeficiente de Tração da Hélice.................................................31
Figura 3.6 – Componentes de Velocidade na Empenagem Horizontal............................32
xi
Figura 4.1 – Estrutura Básica do Simulador..................................................................39
Figura 4.2 – Sistema de Controle ..................................................................................40
Figura 4.3 – Relação Exponencial do Comando, em Relação a os Valor de Saída do
Joystick......................................................................................................................................41
Figura 4.4 – Atmosfera..................................................................................................42
Figura 4.5 – Bloco Dinâmica .........................................................................................43
Figura 4.6 –Bloco Aeronave...........................................................................................44
Figura 4.7 – Propulsão ..................................................................................................45
Figura 4.8 – Equações de Estado...................................................................................46
Figura 4.9 – Interface do FlightGear
®
...........................................................................48
Figura 4.10 – Painel de Instrumentos Implementado.....................................................49
Figura 4.11 – Montagem do Simulador..........................................................................51
Figura 5.1 – Mecanismo de controle convencional .........................................................53
Figura 5.2 – Controle com atuação do controlador........................................................53
Figura 5.3 – Implementação das Estratégias de Assistência à Pilotagem.......................54
Figura 5.4 – Implementação do PID nas Estratégias de Assistência à Pilotagem ..........57
Figura 5.5 – Resposta da Estratégia 1 para os valores iniciais de ganhos ......................63
Figura 5.6 – Resposta da Estratégia 1 após a Primeira Etapa de Otimização ...............64
Figura 5.7 – Resposta da Estratégia 1 após a Segunda Etapa de Otimização................64
xii
Figura 5.8 – Resposta da Estratégia 1 após a Terceira Etapa de Otimização................65
Figura 5.9 – Resposta da Estratégia 1 após a Quarta Etapa de Otimização..................65
Figura 5.10 – Resposta da Estratégia 1 após a Quinta Etapa de Otimização ................66
Figura 5.11 – Resposta da Estratégia 1 após a Sexta Etapa de Otimização ..................66
Figura 5.12 – Resposta da Estratégia 2 para os valores iniciais de ganhos ....................68
Figura 5.13 – Resposta da Estratégia 2 após a Sexta Etapa de Otimização ..................68
Figura 5.14 – Resposta da Estratégia 3 para os valores iniciais de ganhos ....................71
Figura 5.15 – Resposta da Estratégia 3 após a Sexta Etapa de Otimização .................71
Figura 5.16 – Resposta da Estratégia 4 para os valores iniciais de ganhos ....................73
Figura 5.17 – Resposta da Estratégia 4 após a Sexta Etapa de Otimização ..................73
Figura 5.18 – Resposta da Estratégia 5 para os valores iniciais de ganhos ....................75
Figura 5.19 – Resposta da Estratégia 5 após a Sexta Etapa de Otimização ..................75
Figura 5.20 – Resposta da Estratégia 6 para os valores iniciais de ganhos ....................77
Figura 5.21 – Resposta da Estratégia 6 após a Sexta Etapa de Otimização ..................77
Figura 5.22 – Estratégia 7, Tentativa de Ajuste dos ganhos..........................................78
Figura 5.23 – Estratégia 8, Tentativa de Ajuste dos ganhos..........................................79
Figura 5.24 – Estratégia 9, Tentativa de Ajuste dos ganhos..........................................80
Figura 5.25 – Estratégia 10, Tentativa de Ajuste dos ganhos........................................81
Figura 5.26 – Resposta da Estratégia 11 para os valores iniciais de ganhos...................84
xiii
Figura 5.27 – Resposta da Estratégia 11 após a Sexta Etapa de Otimização.................84
Figura 5.28 – Resposta da Estratégia 12 para os valores iniciais de ganhos...................86
Figura 5.29 – Resposta da Estratégia 12 após a Sexta Etapa de Otimização.................86
Figura 5.30 – Razão de Subida Máxima ........................................................................88
Figura 5.31 – Ângulo de Velocidades Máximo...............................................................88
Figura 5.32 –Simulador com Realimentação..................................................................91
Figura 5.33 – Implementação dos Controladores ...........................................................92
Figura 5.34 – Exemplo de um Controlador....................................................................93
Figura 5.35 – Controlador PID......................................................................................94
Figura 6.1 – Parâmetros do Polinômio de Hermite........................................................98
Figura 6.2 – Ajuste de Hermite ................................................................................... 100
Figura 6.3 – Trajetória proposta para os ensaios.........................................................101
Figura 6.4 – Exemplo da Implementação da Trajetória na Interface Gráfica...............102
Figura 7.1 – Perfil dos Usuários .................................................................................. 107
Figura 7.2 – Atuação do Controle de Altitude.............................................................111
Figura 7.3 – Atuação do Controlador de Razão de Subida..........................................112
Figura 7.4 – Atuação do Controlador de Ângulo de Arfagem......................................113
Figura 7.5 – Atuação do Controlador de Ângulo de Velocidades................................. 113
Figura 7.6 – Atuação do Controlador de Velocidade (Direto)......................................114
xiv
Figura 7.7 – Atuação do Controlador de Velocidade (Cruzado) ..................................114
Figura 7.8 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada .......................... 116
Figura 7.9 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada Detalhe da Figura
7.8............................................................................................................................................ 116
Figura 7.10 – Média de Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória (Normalizada)
................................................................................................................................................ 117
Figura 7.11 – Erro Acumulado dos Usuários para a Velocidade Voada .......................118
Figura 7.12 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada. Detalhe da
Figura 7.11............................................................................................................................... 119
Figura 7.13 - Erro Acumulado de Pontuação do Usuários para a Velocidade Voada
(Normalizado).......................................................................................................................... 119
Figura 7.14 – Comparação do Erro Acumulado na Trajetória de Acordo com a Forma
de Controle das Estratégias .....................................................................................................121
Figura 7.15 – Comparação do Erro Acumulado da Trajetória de Acordo com o Tipo de
Estratégia (Normalizado).........................................................................................................121
Figura 7.16 - Comparação do Erro Acumulado de Velocidade de Acordo com a Forma
de Controle das Estratégias .....................................................................................................122
Figura 7.17 – Comparação do Erro Acumulado de Velocidade de Acordo com o Tipo de
Estratégia (Normalizada).........................................................................................................122
Figura 7.18 – Trajetória Voada (Sem Estratégia de Controle) ....................................124
Figura 7.19 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 1).........................................125
xv
Figura 7.20 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 2).........................................125
Figura 7.21 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 3)........................................126
Figura 7.22 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 4).........................................126
Figura 7.23 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 5).........................................127
Figura 7.24 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 6).........................................127
Figura 7.25 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 11) .......................................128
Figura 7.26 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 12) .......................................128
Figura 7.27 – Velocidade Voada (Sem Estratégia de Controle) ...................................130
Figura 7.28 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 1)........................................131
Figura 7.29 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 2)........................................131
Figura 7.30 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 3)........................................132
Figura 7.31 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 4).......................................132
Figura 7.32 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 5).......................................133
Figura 7.33 - – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 6) ....................................133
Figura 7.34 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 11).....................................134
Figura 7.35 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 12).....................................134
Figura 7.36 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 1) .......................................136
Figura 7.37 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 2) .......................................136
Figura 7.38 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 3) .......................................137
xvi
Figura 7.39 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 4) .......................................137
Figura 7.40 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 5)...................................... 138
Figura 7.41 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 6) .......................................138
Figura 7.42 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 11) .....................................139
Figura 7.43 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 12) ..................................... 139
Figura 7.44 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 1) .....................................141
Figura 7.45 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 2) .....................................141
Figura 7.46 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 3) .....................................142
Figura 7.47 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 4) .....................................142
Figura 7.48 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 5) .....................................143
Figura 7.49 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 6).................................... 143
Figura 7.50 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 11) ..................................144
Figura 7.51 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 12) ..................................144
Figura 7.52 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 1) ..........................................146
Figura 7.53 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 2) ..........................................146
Figura 7.54 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 3) ..........................................147
Figura 7.55 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 4) ......................................... 147
Figura 7.56 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 5) ..........................................148
Figura 7.57 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 6) ..........................................148
xvii
Figura 7.58 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 11)......................................... 149
Figura 7.59 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 12)......................................... 149
Figura 7.60 – Comparação Trajetória Sem Estratégia de Assistência à Pilotagem ......151
Figura 7.61 – Comparação Trajetória Estratégia 12 ....................................................152
Figura 7.62 – Comparação Velocidade Sem Estratégia de Assistência à Pilotagem .....153
Figura 7.63 – Comparação Velocidade Estratégia 12...................................................153
Figura 7.64 – Comparação Ângulo de Ataque Sem Estratégia de Assistência à Pilotagem
................................................................................................................................................ 154
Figura 7.65 – Comparação Ângulo de Ataque Estratégia 12 .......................................155
Figura 7.66 – Comparação Ângulo de Ataque Sem Estratégia de Assistência à Pilotagem
................................................................................................................................................ 156
Figura 7.67 – Comparação Ângulo de Arfagem Estratégia 12 ..................................... 156
Figura 7.68 – Comparação Fator de Carga Sem Estratégia de Assistência à Pilotagem
................................................................................................................................................ 157
Figura 7.69 – Comparação Fator de Carga Estratégia 12............................................157
Figura 7.70 – Avaliação da Estratégia com Controle de Velocidade com Ajuste
Adaptativo............................................................................................................................... 159
Figura 7.71 – Avalição da Estratégia com Controle de Velocidade com Ajuste Dinâmico
(Normalizado).......................................................................................................................... 159
Figura 7.72 – Velocidade dos Usuários com a Implementação do Ajuste Dinâmico .....160
xviii
Figura 7.73 – Trajetória dos Usuários com a Implementação do Ajuste Dinâmico ......161
Figura 7.74 –Avaliação do Ângulo de Ataque do Controlador com Ajuste Dinâmico ..161
Figura 7.75 –Avaliação do Ângulo de Arfagem do Controlador com Ajuste Dinâmico 162
Figura 7.76 –Avaliação Fator de Carga do Controlador com Ajuste Dinâmico............162
xix
LISTA DE TABELAS
Tabela 2-1 – Ajustes dos Ganhos do Controlador PID – Método da Sensibilidade Limite
..................................................................................................................................................18
Tabela 5-1 – Estratégias de Assistência à Pilotagem Propostas.....................................56
Tabela 5-2 – Valores dos pesos de cada parâmetro........................................................60
Tabela 5-3 – Variáveis de Controle (Estratégia 1).........................................................62
Tabela 5-4 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 1............................67
Tabela 5-5 – Variáveis de Controle (Estratégia 2).........................................................67
Tabela 5-6 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 2............................69
Tabela 5-7 – Variáveis de Controle (Estratégia 2).........................................................70
Tabela 5-8 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 3............................70
Tabela 5-9 – Variáveis de Controle (Estratégia 4).........................................................72
Tabela 5-10 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 4..........................72
Tabela 5-11 – Variáveis de Controle (Estratégia 5).......................................................74
Tabela 5-12 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 5..........................74
Tabela 5-13 – Variáveis de Controle (Estratégia 6).......................................................76
Tabela 5-14 – – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 6......................76
Tabela 5-15 – Variáveis de Controle (Estratégia 7).......................................................78
xx
Tabela 5-16 – Variáveis de Controle (Estratégia 8).......................................................79
Tabela 5-17 – Variáveis de Controle (Estratégia 9).......................................................80
Tabela 5-18 – Variáveis de Controle (Estratégia 10) .....................................................81
Tabela 5-19 – Variáveis de Controle (Estratégia 11) .....................................................83
Tabela 5-20 – Ajustes de Ganhos para a Estratégia de Controle 11 ..............................83
Tabela 5-21 – Variáveis de Controle (Estratégia 12) .....................................................85
Tabela 5-22 – Ajustes de Ganhos para a Estratégia de Controle 12 ..............................85
Tabela 5-23 – Variáveis de Controle (Estratégia 13) .....................................................90
Tabela 7-1 – Notas dos Usuários de Acordo com a Escala de Cooper-Harper..............109
Tabela 7-2 – Média das Notas dos Usuários ................................................................110
xxi
NOMENCLATURA
t
d
Tempo de atraso
t
r
Tempo de subida
t
p
Tempo de pico
M
p
Máximo sobre-sinal
t
s
Tempo de acomodação
K
p
Ganho proporcional
K
I
Ganho integral
K
D
Ganho derivativo
L Força de sustentação do conjunto asa-fuselagem.
D Força de arrasto do conjunto asa-fuselagem.
Mac Momento aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem no centro aerodinâmico da
aeronave.
L
T
Força de sustentação na empenagem horizontal.
T Tração da aeronave
W Peso da aeronave.
V
R
Velocidade resultante da aeronave
V
RT
Velocidade resultante na empenagem horizontal.
u Velocidade induzida na empenagem horizontal devido ao movimento de arfagem
da aeronave.
w Velocidade induzida na empenagem horizontal devido ao down-wash.
u
x
Correntes atmosféricas na direção horizontal, x (vento de proa)
u
y
Correntes atmosféricas na direção vertical, y (ascendentes)
q
Ângulo entre o referencial x (horizonte) e a linha de sustentação nula do
conjunto asa-fuselagem (ângulo de arfagem)
xxii
a
Ângulo entre a velocidade resultante da aeronave e a linha de sustentação nula
do conjunto asa-fuselagem (ângulo de ataque)
T
a
Ângulo entre a velocidade resultante na empenagem horizontal e a linha de
sustentação nula da empenagem horizontal (ângulo de ataque da empenagem horizontal)
g
Ângulo entre a velocidade da aeronave na direção y e a velocidade na direção x.
(ângulo entre velocidades)
T
g
Ângulo entre as velocidades resultante na direção y na empenagem horizontal e
a velocidade resultante na direção x na empenagem horizontal.
x
a
Distância entre o centro aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem (CA) e o
centro de gravidade da aeronave (CG).
x
T
Distância entre o centro aerodinâmico da empenagem horizontal e o centro de
gravidade da aeronave (CG).
i
T
Ângulo entre as linhas de sustentação nula do conjunto asa-fuselagem e da
empenagem horizontal, (incidência da empenagem horizontal).
d
Ângulo de deflexão do profundor
m Massa da aeronave
J Momento de inércia de arfagem
F
x
Somatório de força na direção x
F
y
Somatório de força na direção y
F
x
Somatório de força em x
a
x
Aceleração na direção x
a
y
Aceleração na direção y
V
x
Velocidade na direção x
V
y
Velocidade na direção y
V
Velocidade de arfagem (q ou
q
)
q

Aceleração de arfagem
M Somatório de momentos no plano x, y
xxiii
r Densidade do ar
C
L
Coeficiente de sustentação
C
D
Coeficiente de arrasto
C
LT
Coeficiente de sustentação da empenagem horizontal
C
M
Coeficiente de momento
C
t
Coeficiente de tração
C
P
Coeficiente de potência
n Rotação da hélice
D Diâmetro da hélice
V Velocidade da aeronave
BSHP Potência disponível no eixo do motor
Pp Porcentagem de potência disponível do motor
e Downwash da asa
d Deflexão do profundor
c ^ Corda média aerodinâmica
S
w
Área da asa
S
h
Área da empenagem horizontal
a
1
Relação entre o coeficiente de sustentação da empenagem horizontal e o ângulo
de sustentação da empenagem horizontal
a
2
Relação entre o coeficiente de sustentação da empenagem horizontal e a deflexão
do profundor
ROC Razão de subida
1
1
1
INTRODUÇÃO
Recentemente tem-se notado o crescimento e a popularização do mercado de aeronaves
de pequeno porte, as chamadas aeronaves leves. A aquisição dessas aeronaves está se tornando
cada vez mais acessível à classe média, notando-se ainda uma tendência em migração no
principal meio de transporte aéreo, hoje fundado nas aeronaves de grande porte, para as
aeronaves pessoais e de pequeno porte, capazes de operar em aeroportos menores e distribuídos
em maior quantidade. Essas aeronaves passam muitas vezes a serem empregadas como
aeronaves pessoais, e também utilizadas para lazer e deslocamentos de pequenas distâncias.
A indústria aeronáutica mundial já vem investindo no projeto e desenvolvimento de
aeronaves para atender a esse grupo de usuários que vem crescendo rapidamente em todo o
mundo. Porém, o processo de popularização dessas aeronaves pessoais gera um problema no
quadro da aviação mundial, pois muitas vezes essas aeronaves são pilotadas pelos próprios
donos, que, na maioria das vezes, não são pilotos profissionais e possuem pouca prática com a
pilotagem. Esse fato pode acarretar um aumento de risco quando esses pilotos precisam operar
em situações de elevada carga de trabalho, como: pilotagem, navegação e comunicação com
estações de controle simultaneamente.
O grande problema é que o mecanismo de pilotagem de uma aeronave com comando
convencional é um tarefa de grande complexidade. As interações na dinâmica da aeronave,
correntes atmosféricas e ainda o acoplamento dos comandos, torna o ato de pilotar uma tarefa
difícil que requer intenso treinamento e constante aperfeiçoamento do piloto.
Para tentar contornar esse problema, pesquisas têm sido conduzidas no sentido de
desenvolver sistemas de assistência à pilotagem que possam ser implementados nessa classe de
2
aeronaves, como forma de facilitar a pilotagem, diminuindo a carga de trabalho do piloto e
aumentando-se a segurança do vôo.
Alguns pesquisadores acreditam que, num futuro próximo, os sistemas de assistência à
pilotagem poderão ser implementados nas aeronaves de maneira que pilotar um avião possa se
tornar tarefa mais simples, como dirigir um carro atualmente. As aeronaves de maior porte já
apresentam sistemas conhecidos como, fly-by-wire, que consistem em sistemas computadorizados
capazes de processar as informações durante o vôo de forma a facilitar a pilotagem. Alguns
exemplos são os sistemas de navegação e aproximação automática, e até mesmo o sistema de
pouso por instrumentos ILS (Instrument Landing System). Sistemas de controle baseados nos
sistemas fly-by-wire, vem hoje sendo desenvolvidos para a implementação nas aeronaves leves,
chamados de sistemas de assistência à pilotagem, ou pilotagem assistida.
Alguns estudos das estratégias de assistência à pilotagem existentes hoje se baseiam na
modelagem de sistemas de controle que possam tomar decisões no caso de alguma situação de
perigo, e tomar contramedidas para eliminar o perigo. Como analogia, o grau máximo de
desenvolvimento dos sistemas de assistência à pilotagem será quando o desempenho dos mesmos
puder ser comparado àquele exibido por um cavalo. Mesmo que o cavaleiro se distraia, o seu
cavalo não irá se chocar contra uma árvore, por exemplo, pois o cavalo possui inteligência
própria e também toma decisões como forma de evitar o perigo. Pretende-se que no futuro as
aeronaves dotadas de sistemas de assistência à pilotagem também sejam capazes desse tipo de
decisão, evoluindo consideravelmente a segurança do vôo.
1.1 OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é estudar estratégias de assistência à pilotagem que permitam
o controle longitudinal da aeronave baseado na trajetória da mesma e não mais na atitude como
é feito usualmente. Para isso foram escolhidas e estudadas estratégias de assistência à pilotagem
3
com controladores automáticos baseados em algumas variáveis de referência, ligadas diretamente
ao movimento longitudinal da aeronave.
Os objetivos específicos são:
Construir um simulador de vôo longitudinal que permita a implementação e a
avaliação das estratégias de assistência à pilotagem propostas.
Efetuar uma avaliação da adequabilidade destes sistemas através de ensaios
simulados com pessoas com diversos níveis de conhecimento sobre aeronáutica e
pilotagem.
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
No Capítulo 2 é apresentada uma revisão da literatura sobre o estado da arte na área de
assistência à pilotagem para aeronaves leves, além do estudo de formas de se implementar e
avaliar os sistemas.
No Capítulo 3 é feita uma modelagem do movimento longitudinal da aeronave escolhida
para avaliação das estratégias de assistência à pilotagem, e definidas as equações de movimento
do modelo. O movimento longitudinal é então escrito em equações de estado, que foram
posteriormente implementadas em um simulador de vôo.
No Capítulo 4 é, apresentada a modelagem e o desenvolvimento de um simulador de
vôo, implementado em ambiente de simulação, usando o programa MatLab
®
, baseado nas
equações de movimento apresentadas no Capítulo 3. O simulador desenvolvido foi utilizado para
a implementação das estratégias de assistência à pilotagem propostas, e nos ensaios para a
avaliação dessas estratégias.
No Capítulo 5 são propostas as possíveis estratégias de controle que poderão ser
implementadas, e, em seguida, é realizado um estudo para o ajuste dos controladores dessas
4
estratégias. São selecionadas as estratégias candidatas, que em seguida são implementadas no
simulador de vôo apresentado no Capítulo 4.
No Capítulo 6 sé apresentada uma metodologia para avaliação das estratégias de
assistência à pilotagem propostas.
Já no Capítulo 7 são apresentados os resultados das simulações, bem como uma análise
desses resultados em função de cada estratégia de assistência à pilotagem estudada.
Finalmente no Capítulo 8 são apresentadas as principais conclusões deste trabalho, bem
como uma série de sugestões para trabalhos futuros.
5
2
2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O FUTURO DO TRANSPORTE AÉREO
Atualmente tem-se notado uma tendência de migração na forma básica do sistema de
transporte aéreo mundial, onde usuários estão passando do principal modo de transporte, hoje
fundamentado em aeronaves comerciais de grande porte, para as aeronaves de pequeno porte,
muitas vezes aeronaves pessoais (Finotti, 2002) (Special Report 263, 2002) (Weirauch, 2005).
Vários são os inconvenientes do transporte em aeronaves de grande porte. Essas
aeronaves necessitam operar em aeroportos grandes e muito bem equipados, que na maioria das
vezes se localizam afastados dos grandes centros urbanos. Em função dessa distância, por mais
que as aeronaves comerciais voem cada vez mais rápidas, o tempo despendido, somando-se o
deslocamento até o aeroporto de partida, check-in, tempo de vôo, e deslocamento do aeroporto
de chegada até o destino, acabam por levar a uma velocidade média bem menor que a
velocidade real da aeronave entre os pontos de partida e de destino. Isso ainda sem levar em
conta os constantes atrasos e até mesmo cancelamentos de vôos pelas companhias aéreas (The
Informed Volusian Issue, 2002)
Uma solução que surge com o objetivo de resolver parte desse problema, como
mencionado, é a migração para o transporte em aviões de pequeno porte (Finotti, 2002). Essas
aeronaves, apesar de menores e mais lentas, são capazes de operar em aeroportos menores e
menos equipados, que podem ser encontrados mais próximos dos grandes centros urbanos, ou
mesmo em pistas particulares dentro de empresas, por exemplo. Isto contribui para reduzir o
tempo médio de deslocamento, principalmente nas viagens para fins comerciais. Já existem
também estudos de sistemas mais simples de monitoramento a serem implementados em
6
aeroportos de pequeno porte como forma de aumentar ainda mais a capacidade de operação dos
mesmos (Finotti, 2002) (Weirauch, 2005).
A indústria aeronáutica mundial, já reconhecendo essa mudança de tendência na aviação
comercial, atualmente já vem investindo em estudos e desenvolvimento de aeronaves de pequeno
porte para atender a essa nova demanda. A nova linha de jatos leves da Embraer, os chamados
VLJ e a família de aeronaves Cirrus são exemplos dessa nova tendência, (Figura 2.1).
Figura 2.1 – VLJ- EMBRAER à esquerda e Cirrus à direita
Somado a isso, nota-se ainda uma crescente popularização do transporte aéreo mundial.
Se até pouco tempo atrás a aviação era um tipo de transporte pouco acessível e de alto custo,
com o passar dos anos esse tipo de transporte tem se tornado cada vez mais acessível, e mesmo
a aquisição de aeronaves de pequeno porte tem se tornado viável à população de classe média.
Hoje em dia consegue-se comprar uma aeronave de pequeno porte pelo preço de um automóvel
de médio luxo. Essas aeronaves de pequeno porte, mais acessíveis passam a ser usadas como
uma espécie de carro aéreo, utilizadas em pequenos deslocamentos ou mesmo para lazer (Dreier,
2003).
Nos Estados Unidos o projeto SATS (Small Aircraft Transportation System – Sistema
de Transporte por Aviões Leves) tem como fundamento principal o desenvolvimento de um
sistema integrado de transporte que permita a utilização de todos os aeroportos de pequeno
porte na America do Norte, através da introdução de tecnologias e conceitos de procedimentos
automatizados de pouso e monitoramento das aeronaves dentro das áreas de controle próximas
7
aos aeroportos (Bhat, 2005). Com isso pretende-se prover um melhor aproveitamento das
aeronaves de pequeno porte e de centenas de aeroportos até então subutilizados. A título de
exemplo a agência CASA (Consortium for Aviation System Advancement) cita a Flórida, que
possui 19 aeroportos comerciais, mas possui ainda 131 aeroportos públicos utilizáveis e 346
aeroportos privados.
Algumas das idéias principais do programa SATS consistem em (The Informed Volusian
Issue, 2002):
Acomodar o grande volume de tráfego aéreo em aeroportos de pequeno porte, sem
radar ou torre de controle.
Estudar sistemas de desembarques rápidos em aeroportos minimamente equipados.
Desenvolver sistemas para melhoria da segurança e eficiência dos vôos.
Desenvolver procedimentos para integração dos SATS com as aeronaves em
operação atualmente, e com o sistema de gestão de tráfego aéreo atual.
Outros objetivos incluem ainda: aumento da mobilidade, acessibilidade, segurança,
capacidade e eficiência de utilização do espaço aéreo, bem como redução de custo e de ruídos
gerados pelas aeronaves. De acordo com Koks (2001), as propostas apresentadas pelo programa
SATS são arrojadas e desafiadoras, embora grande parte dos sistemas de tecnologia já exista ou
se encontrem em desenvolvimento.
Somando-se a isso, a NASA identificou recentemente uma série de diretrizes para
inspirar e guiar os programas de pesquisas aeronáuticos. Além da redução dos níveis de
poluentes e ruídos provocados pelas aeronaves, encontram-se ainda outros pontos de destaque
(Special Report 263, 2002):
Reduzir a taxa de acidentes aéreos em um fator igual a cinco vezes nos próximos
dez anos, e num fator de dez vezes nos próximos vinte e cinco anos.
8
Reduzir os custos das viagens aéreas em vinte e cinco por cento dentro de dez anos,
e em cinqüenta por cento em vinte e cinco anos.
Dobrar a capacidade do sistema aéreo em dez anos, e triplicar a sua capacidade em
vinte e cinco anos.
Reduzir pela metade o tempo médio de viagens porta-a-porta em dez anos, e em
dois terços nos próximos vinte e cinco anos.
Nas diretrizes apontadas pela NASA e pelo programa SATS, pode-se notar que além da
preocupação com a melhoria na qualidade do transporte aéreo, existe também uma grande
preocupação em se aumentar a sua segurança. Segundo Dolega (2008), o recente crescimento do
trafego aéreo de aeronaves de pequeno porte na aviação geral cria um problema para o numeroso
grupo de pilotos que usam essas aeronaves de pequeno porte como carros aéreos. Eles utilizam
essas aeronaves para percorrerem médias distâncias (250 – 1000km). Por outro lado a maioria
desses pilotos não são pilotos profissionais e não possuem grande experiência com a aviação.
Tomczyk (2008) afirma que, no que se refere à pilotagem, os limites são estabelecidos
pelas características da aeronave, resultantes das leis da aerodinâmica, mecânica e dinâmica. As
complexas propriedades da dinâmica de um avião são as razões para que a estabilização de
altitude, e especialmente a decolagem e aterrissagem, exijam que o piloto tenha uma boa
coordenação da deflexão manual dos comandos, e gerenciamento de potência disponível, bem
como capacidade de agir com antecedência necessária devido à inércia do avião. Aviões leves
equipados com um sistema de controle mecânico clássico requerem um intenso treinamento,
mesmo no caso em que o piloto possua um conhecimento teórico sobre aviação. A análise do
sistema de navegação também requer uma intensa observação do piloto, uma analise detalhada
da indicação dos instrumentos, e uma complexa interpretação dos mesmos. Segundo Tomczyk
(2004), em aviões militares (F-16, F/A-18, Saab/BA e Gripen, etc.), e em aviões comerciais de
ponta (A-320, A340, B-777, etc), um sistema integrado (fly-by-wire) coleta as informações e as
processa, entregando-as ao piloto de uma forma mais simples, fato que auxilia o piloto no
9
controle da aeronave durante o vôo. Na Figura 2.2 são apresentados alguns exemplos de
aeronaves equipadas com o sistema fly-by-wire.
Figura 2.2 – Aeronaves com sistema Fly-By-Wire (Eurofighter à esquerda e
Airbus-A320 à direita)
Segundo (Tomczyk, 2008), com esse mesmo propósito, esforços vêm sendo realizados
para a concepção de aeronaves que apresentem boa qualidade de vôo, automatização dos
sistemas de navegação e de muitas outras atividades, para facilitar a pilotagem. Sistemas
especializados em manipulação e visualização dos dados de navegação, que sejam caracterizados
pela fácil interpretação e leitura dos instrumentos (por exemplo, a exibição de um túnel para a
navegação (Koks, 2001)) têm sido desenvolvidos. Sistemas de navegação integrados baseados em
satélites também são utilizados (Tomczyk, 2008).
(Fielding, 2002) alerta, porém, que a concepção de um sistema avançado fly-by-wire é
uma tarefa técnica difícil, para a qual uma série de disciplinas de engenharia tem de ser unidas
para se alcançar o projeto de um sistema bem sucedido. Com isso pode-se perceber a necessidade
da integração multidisciplinar para o desenvolvimento desse tipo de sistema de controle.
Parte dessa tecnologia, desenvolvida com os sistemas fly-by-wire, começa hoje a ser
implementada nas aeronaves leves como uma forma de assistência à pilotagem. Diversos estudos
têm surgido no intuito de desenvolver sistemas que possam de alguma forma, facilitar a
10
pilotagem dessas aeronaves. Como exemplo, baseado no conceito dos SATS, Thompson (2001)
estuda um sistema denominado SLF (Smart Landing Facility - Sistema de pouso inteligente),
que consiste em um sistema a ser implementado em aeronaves leves como forma de facilitar o
pouso, tendo-se em vista que essa é a etapa onde ocorre o maior número de acidentes, Schutte
(2008) aponta que 37,7% dos acidentes aéreos ocorrem durante o pouso, sendo que 4,3% são
fatais.
Um importante ponto abordado atualmente, que é levado em conta no projeto dos
sistemas de pilotagem assistida, é a redução na carga de trabalho do piloto. Helbing (2006)
relata que embora possa levar anos para que uma avaliação quantitativa na melhoria da
segurança dos vôos possa ser verificada, uma redução na carga de trabalho do piloto irá reduzir
a probabilidade de erro e diminuir a probabilidade da ocorrência de um acidente relacionado a
fatores humanos. Esta área de estudo de acidentes é especialmente importante, a agência
americana de aviação (FAA - Federal Aviation Administration) estima que 75% de todos os
acidentes aéreos são causados por fatores humanos, erros dos pilotos.
2.2 O CONCEITO DE METÁFORAS
O conceito de metáforas é comumente utilizado no desenvolvimento de sistemas de
controle. Alguns autores apresentam este conceito no desenvolvimento de sistema de controle
para aeronaves leves, em especial a metáfora do cavalo, como apresentado em (Shutte, 2008)
(Goodrich, 2006) e (Flemisch, 2003).
2.2.1 A
METÁFORA DO CAVALO
Flemisch (2003) apresenta uma breve história para ilustrar a metáfora do cavalo,
adaptada a seguir:
Imagine que você está andando de bicicleta em um parque, onde existam centenas de
pessoas a sua volta e também vários ciclistas. Você está tentando evitar trombar com qualquer
11
obstáculo, e não quer perder seu tempo, que já está corrido. Porém você não conhece muito bem
o parque, e por esse motivo precisa sempre consultar um mapa, e é então obrigado a parar
constantemente para isso. Mas você está cada vez mais atrasado.
Você observa então um policial no parque, que embora esteja constantemente desviando
a atenção para todas as outras coisas ou pessoas ao redor dele, parece não ter nenhuma
dificuldade para se deslocar com velocidade entre os obstáculos onde você só conseguia andar.
Esse policial está montado em um cavalo.
Se você estivesse andando em um cavalo, você seria capaz de, ao mesmo tempo, ler o
seu mapa e estar confiante que não iria atingir nenhuma árvore ou pessoa, pois instintivamente
o cavalo irá desviar desses obstáculos. Apesar de o cavalo poder tomar algumas decisões, vo
ainda pode manter o controle. Você pode também deixar o seu cavalo escolher o caminho
livremente ou mesmo comandá-lo em uma direção com maior ou menor precisão. Mas desde que
o cavaleiro deseje, sempre, a decisão final de que caminho seguir será sempre dele. A ele caberá
a decisão final, desde que seja de sua vontade.
Agora aplique essa idéia a um veículo. Imagine que você possa voar através de um
ambiente com obstáculos e outros veículos, mas que você possa ao mesmo tempo se concentrar
em outras tarefas como navegação, comunicação ou mesmo apreciar a paisagem. Você poderia
ficar confiante que o seu veiculo não irá se chocar com nenhum obstáculo, pois ele possui
sentidos de forma a evitar esses obstáculos. Através de uma interação com o seu veículo (um
joystick, por exemplo) você estaria consciente do que ele estaria fazendo. Se o seu veículo sentir
qualquer perigo ou estiver inseguro sobre onde ir, ele poderá assumir uma forma mais prudente
de caminho a seguir ou adotar uma nova configuração e você ainda iria perceber para onde ele o
está levando.
Flemisch (2003) acredita que um exemplo extremo seria o caso em que você poderia
conduzir o seu avião de uma forma mais suave pegando levemente no joystick, e deixando que
ele tome grande parte das decisões, com você o guiando apenas pelo objetivo principal, ou
12
mesmo assumir o comando total da aeronave, (apertando com mais força o joystick), assim como
as rédeas de um cavalo. Dessa forma, assim como o cavaleiro consegue ter maior ou menor
controle do seu cavalo de acordo com a firmeza com que segura as rédeas, o piloto poderia ter
essa mesma resposta da aeronave de acordo a maior ou menor firmeza que o mesmo segura o
manche, ou joystick da aeronave.
Na aplicação do conceito de metáforas (em especial a metáfora do cavalo) na automação
de veículos aéreos, o aparelho funcionaria como um animal dócil. Ele seria capaz de compreender
comandos simples que dependem apenas do seu comportamento e não do conhecimento prévio
do mecanismo e, assim como um cavalo, seria extremamente versátil na locomoção por diversos
tipos de terreno e em condições adversas, como nas proximidades de outros veículos. O cavalo
possui um grupo limitado, mas flexível de comunicações que pode ser utilizado para controlar o
mesmo. O cavaleiro não precisa conhecer intimamente os músculos ou os movimentos corporais
e as atividades internas do animal para controlá-lo.
Flemisch (2003) afirma ainda que, existem vários benefícios na utilização de metáforas
em projetos. A primeira é que ela dá algumas orientações e limites para o projetista, ele pode
considerar, por exemplo, como seria a manipulação na metáfora perguntando, por exemplo; “Isso
é consistente com o que um cavalo faria, ou com o que uma pessoa faria?”.
Baseado nesses conceitos, o desenvolvimento e implementação das novas técnicas de
sistemas de auxílio à pilotagem para aeronaves leves têm por objetivo tornar o ato de pilotagem
cada vez mais fácil. De acordo com Peakin (2001), voar aviões leves no futuro irá se tornar tão
fácil e tão seguro quanto dirigir um carro. Dreier (2003) afirma ainda que o sonho de uma
máquina voadora pessoal tem ficado cada vez mais próximo da realidade.
Já existe inclusive um estudo para a criação de uma nova parte no regulamento do FAR
(Federal Aviation Regulations) o PART 141 com o intuito de tirar proveitos dessas novas
tecnologias reduzindo o custo e o tempo de treinamento com sistemas IFR (Instrument Flight
Rules - Vôo por Instrumentos) (Koks, 2001).
13
Tomczyk (2008) apresenta em seu estudo algumas formas de atuação das estratégias de
assistência à pilotagem implementadas e avaliadas por ele. Na Figura 2.3 tem-se o diagrama de
blocos funcional simplificado de alguns dos sistemas avaliados em (Tomczyk, 2008).
Piloto
Filtro de
Forma
Atuador
Aeronave
uP
uMW
X
Piloto
Filtro de
Forma
Atuador
Aeronave
uP
uMW
X
Piloto
Filtro de
Forma
Atuador
Aeronave
uP
uMW
X
Figura 2.3 – Esquema de blocos simplificado do sistema de controle –
adaptado de (Tomczyk, 2008)
Na Figura 2.4 apresenta-se alguns exemplos de filtro de forma utilizados na
implementação do sistema apresentado na Figura 2.3. O comando de entrada do piloto e então
aplicado a um sistema dinâmico (Filtro de Forma) que determina uma saída (u
MW
) aplicada aos
atuadores, que promovem a deflexão
d das superfícies de controle na aeronave.
São mostrados, na Figura 2.4 três exemplos de funções relacionando a entrada do
controlador com a sua saída, e ainda uma superfície de ajuste, onde a saída depende da função
de entrada e de sua derivada.
Figura 2.4 – Filtros de forma implementados
14
Já a Figura 2.5 apresenta um segundo tipo de sistema de controle avaliado por
(Tomczyk, 2008), com a implementação de um controlador PID modificado. Neste caso o
comando do piloto passa por um controlador PID modificado que determina a variável u
MW
responsável por comandar o atuador. Existe ainda uma realimentação no controlador.
Piloto
f
f
k
1
S
S
ff
ff
T
T +
K
S
Q
Algoritmos
de Controle
Atuador
Aeronave
H
X
u
MW
+
_
+
+
Computador
de Vôo
Figura 2.5 – Sistema de controle com função de transferência
2.3 FERRAMENTAS A SEREM UTILIZADAS NESTE TRABALHO
A seguir apresenta-se a revisão de algumas técnicas a serem utilizadas no decorrer deste
trabalho, a saber:
Controladores PID;
Algoritmo de Nelder-Mead;
Escala de Cooper-Harper;
15
2.3.1 CONTROLADORES PID
De acordo com Moreira (1993), os controladores PID têm a grande vantagem do seu
princípio de funcionamento ser intuitivo e de fácil compreensão. Em qualquer sistema
realimentado existe uma comparação entre um valor desejado para a saída do processo
(referência) e o valor atual em que se encontra essa mesma saída (sinal a controlar). A diferença
entre esses dois valores será o erro, competindo ao controlador processá-lo de forma a encontrar
o sinal de comando adequado, cabendo controlar o processo. No caso do controlador PID, o sinal
de controle contém três parcelas proporcionais (ganhos) respectivamente ao erro, a integral do
erro, e à derivada do erro. A Figura 2.6 apresenta um esquema típico de um controlador PID.
0
I ( )
t
I
ketdt⋅⋅
ò
()
D
D
de t
k
dt
P ( )
P
ket
å
å
Processo
Referência
Saída
_
+
Figura 2.6 – Controlador PID
Para se mensurar a qualidade do controlador em função dos ajustes dos seus ganhos,
existem parâmetros a serem observados que se relacionam diretamente com a resposta do
sistema de controle em malha fechada para uma entrada degrau estacionária. Segundo Ogata
(2006), na prática, antes de atingir o regime permanente, a resposta transitória de um sistema
de controle apresenta, freqüentemente, oscilações amortecidas. Na especificação das
características das respostas transitórias de um sistema controlado a uma entrada em degrau
unitário, é comum se especificar os seguintes índices de desempenho (Figura 2.7):
1 – Tempo de Atraso, t
d
: trata-se do tempo requerido para que a resposta alcance
metade de seu valor final pela primeira vez.
16
2 – Tempo de Subida, t
r
: é o tempo requerido para que a resposta passe de 10% a 90%,
ou de 5% a 95%, ou de 0% a 100% do valor final. Para sistemas subamortecidos, o tempo de
subida de 0% a 100% é normalmente utilizado. Para os sistemas superamortecidos, o tempo de
subida de 10% a 90% é o mais comumente utilizado.
3 – Tempo de Pico, t
p
: é o tempo para que a resposta atinja o primeiro pico de sobre-
sinal.
4 – Máximo sobre-sinal (em porcentagem do valor final), M
p
: é o valor máximo de pico
da curva de resposta, medido a partir da unidade.
5 – Tempo de acomodação, t
s
: é o tempo necessário para que a curva de resposta em
malha fechada alcance valores em uma faixa (usualmente de 2% ou 5%) em torno do valor final,
aí permanecendo indefinidamente. Pode-se determinar que porcentagem deve ser utilizada no
critério de erro a partir dos objetivos do projeto do sistema em questão.
Máximo
Sobre-Sinal
Tempo de
Acomodoçao
Tempo de
Subida
Tempo de Pico
Resposta PID
Tempo
Faixa de Erro
+ - 2%
Tempo de Atraso
Figura 2.7 – Curva de Resposta do Controlador PID
17
2.3.1.1 AJUSTES DOS GANHOS DO CONTROLADOR PID
Para a seleção e determinação dos valores iniciais de ganhos utilizados em um
controlador PID, (Lourenço, 1997) propõe o método da sensibilidade limite, ou método de
Ziegler Nichols de Malha Fechada que segue os quatro passos apresentados a seguir:
1 – Reduzir o valor dos ganhos integral e derivativo ao seu efeito mínimo (zero);
2 – Iniciar o processo com ganho proporcional reduzido;
3 – Aumentar o valor do ganho proporcional até que a variável controlada (saída do
sistema) apresente uma oscilação com amplitude constante semelhante a Figura 2.8. Anotar o
valor do ganho G
u
e o período de oscilação do sistema P
u
.
Figura 2.8 – Resposta Oscilatória do PID
4 - Ajustar os ganhos do controlador PID de acordo com a Tabela 2-1.
18
Tabela 2-1 – Ajustes dos Ganhos do Controlador PID – Método da
Sensibilidade Limite
Ganho Proporcional K
P
0,6 G
u
Ganho Integral K
I
0,5 P
u
Ganho Derivativo K
P
0,125 P
u
2.3.2 O ALGORITMO DE NELDER-MEAD
O algoritmo de Nelder-Mead, desenvolvido por J. A. Nelder e R. Mead em 1962,
consiste em um método para a busca de um mínimo local de uma função de múltiplas variáveis
reais
(
)
para
n
fx xÎÂ . Dada uma função com n variáveis, o método consiste em encontrar
o valor da função em (n+1) vértices, formando um poliedro que possui esses vértices. Logo em
seguida, toma-se o vértice de maior valor que é substituído por um novo vértice (Nelder, 1965).
O método é capaz de minimizar funções não lineares de valores reais, usando apenas os valores
da função, sem necessidade de informação da derivada da função.
2.3.3 A ESCALA DE COOPER-HARPER
A escala de Cooper-Harper é uma classificação numérica das características de pilotagem
de uma aeronave, à medida que elas afetam a viabilidade dos pilotos realizarem uma tarefa
específica. Foi proposta por George E. Cooper em 1961 (Abzug, 2002). O piloto deve responder
a uma seqüência progressiva de questões e classificar as qualidades de vôo da aeronave em uma
das quatro categorias previstas. Um aprimoramento da classificação, dentro de uma dada
categoria, nos induz a uma valor numérico. (Neto, 1997).
Um beneficio significativo da ferramenta de avaliação de Cooper-Harper é prover uma
escala padronizada que pode ser usada para comparar a controlabilidade das aeronaves. Um
19
benefício adicional da avaliação de Copper-Harper é ajudar os pilotos de teste a determinarem os
problemas específicos na qualidade de vôo (Cummings, 2006).
A Figura 2.9 (Harper, 1986) apresenta a escala de Cooper-Harper. Ela consiste em um
fluxograma no qual o piloto deve responder uma série de questões seguindo uma seqüência, de
acordo com a resposta de cada questão. Com isso define-se uma nota para a controlabilidade da
aeronave testada, nota essa com um valor entre um a dez, sendo que quanto menor a nota,
melhor a qualidade da aeronave.
20
Figura 2.9 – Escala de Cooper-Harper – Adaptado de Harper (1986)
21
3
3
MODELO DINÂMICO DA AERONAVE
3.1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo será apresentada a formulação do modelo dinâmico da aeronave utilizada
no simulador desenvolvido. Escolheu-se a aeronave CB-10 Triathlon, projetada pelo Prof.
Cláudio Barros, para esse fim. A escolha dessa aeronave se deu pelo fato de se conhecer as suas
características aerodinâmicas, tendo-se extensa fonte de dados sobre a mesma, sobretudo as
polares e derivadas aerodinâmicas. Outro fator relevante é que um protótipo da mesma
encontra-se em construção no Centro de Estudos Aeronáuticos, no qual, futuramente, testes na
área de pilotagem assistida poderão ser realizados.
Baseado em (Oliveira, 2004), as equações de movimento são apresentadas. No modelo
proposto os principais aspectos considerados são:
Amortecimento da cauda no movimento de arfagem;
Variação da densidade do ar com a altitude;
Presença de correntes atmosféricas verticais e horizontais;
Não-linearidade da curva
L
C a´ nas proximidades do ângulo de estol;
3.2 EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
Na Figura 3.1 apresenta-se o diagrama de corpo livre da aeronave durante o vôo, onde:
L – Força de sustentação do conjunto asa-fuselagem.
D – Força de arrasto do conjunto asa-fuselagem.
22
M
ac
– Momento aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem no centro
aerodinâmico da aeronave.
L
T
– Força de sustentação na empenagem horizontal.
T – Tração da aeronave.
W – Peso da aeronave.
V
R
– Velocidade resultante da aeronave em relação ao vento.
V
RT
– Velocidade resultante na empenagem horizontal em relação ao vento.
u – Velocidade induzida na empenagem horizontal devido ao rolamento da
aeronave.
w – Velocidade induzida na empenagem horizontal devido ao down-wash.
u
x
– Correntes atmosféricas na direção horizontal, x (vento de proa).
u
y
– Correntes atmosféricas na direção vertical, y (ascendentes).
q – Ângulo entre o referencial x (horizonte) e a linha de sustentação nula do
conjunto asa-fuselagem (ângulo de arfagem).
a
– Ângulo entre a velocidade resultante da aeronave e a linha de sustentação
nula do conjunto asa-fuselagem (ângulo de ataque).
T
a – Ângulo entre a velocidade resultante na empenagem horizontal e a linha
de sustentação nula da empenagem horizontal (ângulo de ataque da
empenagem horizontal).
g
– Ângulo entre a velocidade da aeronave na direção y e a velocidade na
direção x. (ângulo de velocidades).
23
T
g
– Ângulo entre as velocidades resultantes na direção y na empenagem
horizontal e a velocidade resultante na direção x na empenagem horizontal.
x
a
– Distância entre o centro aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem (CA) e o
centro de gravidade da aeronave (CG).
x
T
– Distância entre o centro aerodinâmico da empenagem horizontal e o centro
de gravidade da aeronave (CG).
i
T
– Ângulo entre as linhas de sustentação nula do conjunto asa-fuselagem e da
empenagem horizontal, (incidência da empenagem horizontal).
d
– Ângulo de deflexão do profundor.
C
L
=
0
X
Y
u
x
uy
Mac
C
L
T
T
V
y
V
x
V
r
W
L
D
V
r
V
r
T
w
u
LT
T
T
x
T
T
i
T
x
a
Figura 3.1 – Diagrama de Forças
As principais considerações adotadas no diagrama são as seguintes:
Presença de correntes atmosféricas horizontais e verticais, que podem ser variáveis
ao longo do tempo/espaço.
24
Considera-se a força de sustentação (L) do conjunto asa-fuselagem agrupada e
aplicada no centro aerodinâmico da aeronave.
A forca de arrasto (D) do conjunto asa-fuselagem também foi considerada agrupada
e aplicada no centro aerodinâmico da aeronave.
A sustentação da empenagem horizontal (L
T
) é considerada separada e aplicada no
centro aerodinâmico da empenagem horizontal, sendo a variação desta força
responsável pelo controle do movimento de arfagem da aeronave.
O momento aerodinâmico e o arrasto da empenagem horizontal foram desprezados
O centro de gravidade da aeronave foi considerado sobre a linha de sustentação nula
do conjunto asa-fuselagem, dessa forma as projeções horizontais das forças não
provocam momento no centro de gravidade. Da mesma forma o momento devido a
projeção horizontal sobre a linha de sustentação nula da tração e da força de
sustentação da empenagem horizontal foram desprezados.
Para o cálculo das equações de movimento adota-se um referencial inercial, que se
localiza fixo no nível médio do mar (SL – Sea Level). O eixo x é colocado apontando na
horizontal para frente, na mesma posição do centro de gravidade da aeronave, e o eixo y na
vertical apontando para cima. Portanto x denota o espaço percorrido horizontalmente pela
aeronave a partir do instante inicial, e y denota a altitude da aeronave, em qualquer instante de
tempo.
Adotando-se esse referencial inercial pode-se aplicar a Segunda Lei de Newton para
escrever as equações de movimento da aeronave, sendo m a massa da aeronave e J o seu
momento de inércia de arfagem, tem-se:
Na direção horizontal:
()
sin cos sin cos
xx ttPp
Fma mx L D L Tggg q==---+
å

(3.1)
25
Semelhantemente, na direção vertical tem-se
()
cos sin cos sin
yy t tPp
Fma myL D L T Wgg g q==-+ +-
å

(3.2)
E em relação ao movimento de arfagem, pode-se escrever:
cos sin cos
aatttac
MJ J Lx Dx Lx Mqq a a a== + - +
å
 
(3.3)
Entretanto é conveniente escrever as equações de estado do modelo. Considerando que o
modelo possui três graus de liberdade, a saber: i) deslocamento em x; ii) deslocamento em y; iii)
rotação no plano x, y;
Para um sistema com três graus de liberdade têm-se seis equações, com seis variáveis de
estado:
1
2
3
4
5
6
x
y
xx
xy
x
xxV
xyV
xVq
q
q
q
=
=
=
==
==
== =
(3.4)
Assim, as equações de movimento da aeronave no espaço de estados serão:
14
25
36
4 ()
5()
6
1
sin cos sin cos
1
cos sin cos sin
1
cos sin cos
TtPp
TtPp
AATTT
xx
xx
xx
xLD L T
m
xL D L T W
m
xLx Dx Lx M
J
gg g q
gg g q
aaa
=
=
=
éù
=- - - +
êú
ëû
éù
=⋅-+ +-
êú
ëû
éù
=⋅ + - +
êú
ëû
(3.5)
A Equação (3.5) apresenta as seis equações de estado que descrevem o movimento
longitudinal. As variáveis do lado esquerdo da Equação (3.5) são calculadas de acordo com as
considerações que se seguem.
26
3.2.1 CONJUNTO ASA-FUSELAGEM
A velocidade resultante da aeronave (aerodinâmica) pode ser calculada através da soma
vetorial das velocidades aerodinâmicas horizontais e verticais dadas pela soma das velocidade da
aeronave em relação ao solo com a velocidade das correntes de ar:
()
()
2
2
Rxxyy
VVuVu=++-
(3.6)
O ângulo gama
g , entre a velocidade horizontal e vertical, e suas relações
trigonométricas correspondentes, pode ser escritos por:
()
()
arctg
yy
xx
Vu
Vu
g
ù
-
ú
=
ú
ú
+
ú
û
(3.7)
()
sin
yy
R
Vu
V
g
-
=
(3.8)
()
cos
xx
R
Va
V
g
+
=
(3.9)
O ângulo de ataque
a em relação à linha se sustentação nula do conjunto asa-fuselagem
pode ser determinado da seguinte forma:
qag=+
(3.10)
aqg=-
(3.11)
As forças de sustentação, arrasto e o momento de arfagem, são calculados
respectivamente por:
() ()
2
1
2
RwL
y
LVSC
a
r=⋅ (3.12)
() ( )
2
,
1
2
P
RwD
yP
DVSC
a
r=⋅
(3.13)
27
() ()
2
1
2
Rw M
y
MVScC
a
r=⋅ (3.14)
Onde
r
denota a densidade do ar, que deve ser calculada em função da altitude y da aeronave,
S
w
representa a área de referência, no caso a área em planta da asa, c a corda média
aerodinâmica da asa,
C
L
, C
D
, e
C
M
são os coeficientes de sustentação, arrasto e de momento,
respectivamente. Esses coeficientes são determinados em função do ângulo de ataque
a
da
aeronave, a partir da polar e das derivadas aerodinâmicas da aeronave. Segundo (Oliveira,
2004), é importante que a determinação destes coeficientes seja feita a partir do ângulo de
ataque da aeronave para que esta informação seja válida para qualquer que seja a condição de
aceleração que a aeronave esteja experimentando. A utilização da polar de velocidades da
aeronave para a obtenção destes valores introduz erros graves ao problema, uma vez que a
determinação desta polar parte do pressuposto que a aeronave está voando com fator de carga
igual a um, ou seja, sem aceleração vertical (além da aceleração da gravidade), não sendo válida,
portanto, para outras condições de vôo.
Nota-se que o coeficiente de arrasto
()
,
P
D
P
C
a
é a soma da polar de arrasto da aeronave
com um termo, função da posição da manete de potência, que neste trabalho representa a
atuação de um freio aerodinâmico. Por simplificação a atuação de um freio aerodinâmico será
considera apenas como um acréscimo no coeficiente de arrasto da aeronave, acréscimo esse
diretamente proporcional a posição da manete de potência. Sendo que o freio aerodinâmico é
então automaticamente atuado para posições recuadas da manete de potência.
A força de tração pode ser calculada por (Hartman, 1938):
24
.
t
TC nDr=⋅ (3.15)
onde
n denota a rotação da hélice em rotações por segundo, D o diâmetro da hélice em metros, e
C
t
o coeficiente de tração da hélice.
28
Para se definir o coeficiente de tração da hélice, deve-se conhecer as características
aerodinâmicas da mesma e suas condições de operação. Para uma hélice de passo fixo (como é o
caso deste trabalho) inicialmente toma-se a curva de coeficiente de potência da hélice e a curva
de potência disponível no eixo do motor (BSHP). As Figura 3.2 e Figura 3.3 apresentam,
respectivamente, essas curvas para a hélice da aeronave CB-10 Triathlon e para o motor
Lycoming O-235.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4
0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
V [m/s]
Ct
Figura 3.2 – Coeficiente de Potência da Hélice
A determinação da curva de coeficiente de potência da hélice é uma tarefa típica da
aerodinâmica de asas rotativas e não será descrita nesse trabalho.
O fator
J, chamado de razão de avanço da hélice, pode ser calculado como:
.
V
J
nD
=
(3.16)
onde,
V denota a velocidade da aeronave em metros por segundo, n a rotação da hélice em
rotações por segundo e
D o diâmetro da hélice em metros.
29
1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800
50
60
70
80
90
100
110
120
Velocidade de Rotaçao [RPM]
BSHP [hp]
Figura 3.3 – Potência Disponível no Eixo do Motor [BHSP]
Conhecendo-se então as duas curvas de potência disponível e de coeficiente de potência
da hélice, e dada uma condição de velocidade da aeronave e uma porcentagem de potência
fornecida
1
, a velocidade de rotação do motor/hélice deve ser tal que satisfaça a condição:
Potência requerida pela hélice = Potência fornecida pelo motor
(3.17)
A potência requerida pela hélice pode ser calculada por (Hartman, 1938):
35
.
req P
PC nDr=⋅
(3.18)
e a potência disponível do motor pode ser calculada de forma simplificada da seguinte maneira:
dis
PBSHPPp=⋅ (3.19)
1
Neste trabalho a porcentagem de potência será tratada como a porcentagem de
abertura da manete de potência.
30
sendo BSHP a potência do motor a uma dada rotação e Pp a porcentagem de potência.
Nas Equações (3.18) e (3.19), tem-se as variáveis C
P
e BSHP que são função da rotação
da hélice, portanto deve-se encontrar a condição de velocidade e rotação que satisfaça:
35
() . ()
P
Cn nD BSHPnPpr⋅⋅ = (3.20)
Fazendo uso de um algoritmo de otimização, pode-se encontrar o valor de rotação que
minimize a seguinte função de penalidade:
2
35
() () .
P
FBSHPnPpCn nDr
é
ù
=⋅-
ê
ú
ë
û
(3.21)
Esse valor de rotação encontrado pode assumir duas condições:
max
max
nn
ou
nn
<
>
onde n
max
denota o valor máximo de rotação admissível para o motor.
Quando ocorre o primeiro caso, esse valor de rotação é aquele que satisfaz a condição de
equilíbrio entre a hélice e o motor. Quando ocorre o segundo caso, deve-se então reduzir a
porcentagem de potência do motor até que a rotação de equilíbrio seja igual a rotação máxima
admissível pelo motor. Neste caso deve-se obter o valor de porcentagem de potência que
satisfaça a seguinte igualdade:
35
max max
() . ()
P
Cn nD BSHPn Ppr⋅⋅ = (3.22)
Novamente faz-se uso de um algoritmo de otimização para encontrar o valor de
porcentagem de potência que minimize a seguinte função de penalidade:
2
35
max max
() () .
P
FBSHPn PpCn nDr
éù
=⋅-
êú
ëû
(3.23)
31
Com o procedimento descrito, pode-se então construir uma tabela que relaciona
velocidade (V), porcentagem de Potência (Pp) e rotação do motor (n) (Figura 3.4). Calculando
a razão de avanço para cada condição, obtém-se então o coeficiente de tração C
t
da hélice
(Figura 3.5).
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
V [m/s]
Velocidade de Rotaçao [RPM]
Pp=100%
Pp=85%
Pp=70%
Pp=50%
Figura 3.4 – Curva de Rotação da Hélice
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07
V [m/s]
Ct
Pp=100%
Pp=85%
Pp=70%
Pp=50%
Figura 3.5 – Curva de Coeficiente de Tração da Hélice
32
3.2.2 EMPENAGEM HORIZONTAL
O ângulo de ataque da empenagem horizontal deve ser determinado levando-se em
conta, além da velocidade aerodinâmica da aeronave, mais duas velocidades, sendo a velocidade
u induzida pelo movimento de arfagem da aeronave e uma segunda w induzida pelo efeito de
down-wash da asa na empenagem horizontal (Oliveira, 2004). Na Figura 3.6, apresenta-se a
distribuição de velocidades na empenagem horizontal.
Figura 3.6 – Componentes de Velocidade na Empenagem Horizontal
Sendo V
TT
e V
NT
as velocidades resultantes, tangente e normal a linha de sustentação
nula do conjunto asa-fuselagem respectivamente, pode-se escrever:
22
RT TT NT
VVV=+
(3.24)
onde V
TT
e V
NT
podem ser determinados da seguinte forma:
()
()
cos sin
TT x X y Y
VVu Vuqq=+ +- (3.25)
()
()
sin cos
NT x X y Y
VVu Vu uwqq=+ -- +- (3.26)
Substituindo-se as Equações (3.25) e (3.26), na Equação (3.24), tem-se:
33
()
()
()
()
2
2
cos sin
sin cos
xX yY
RT
xX yY
Vu Vu
V
Vu Vu uw
qq
qq
éù
++- +
êú
ëû
=
éù
+--+-
êú
ëû
(3.27)
Que fornece:
() ()
() ()
() ()
() ()
()
()
2
2
2 2
2
2
2 2
2
cos 2 cos sin sin
sin 2 sin cos cos
2sin cos
x X x X yY yY
RT x X x X yY yY
xX yY
Vu Vu Vu Vu
VVu Vu Vu Vu
V u V u uw uw
qqqq
qqqq
qq
éù
+ + + +- +- +
êú
ëû
éù
=+ -+ +- +- +
êú
ëû
éù
éùéù
⋅+ -- -+-
êúêú
êú
ë
ûë û
ëû
(3.28)
Finalmente:
()
()
()
()
()
2
2
22
xx yy
RT
xx yy
Vu Vu
V
V usen V usen uwuwqq
++-+
=
éù
-+ +- +- -
êú
ëû
(3.29)
A velocidade induzida pelo movimento de arfagem da aeronave pode se escrita por
t
uxq=⋅
(3.30)
onde
q
, representa a velocidade de arfagem da aeronave.
Para determinação da velocidade induzida pelo down-wash da asa, deve-se calcular o
ângulo de down-wash da mesma, que pode ser determinado de acordo com a Equação (3.31).
0
R
d
arctg
dV
ew
ea
a
=⋅ =
(3.31)
A velocidade induzida pelo down-wash pode então ser definida da seguinte maneira:
0
RR
d
VV
d
e
we a
a
»⋅ =
(3.32)
O ângulo de ataque
a
da empenagem horizontal em relação à linha de sustentação nula
do conjunto asa-fuselagem e suas relações trigonométricas podem ser calculados por:
34
atg
NT
T
TT
V
V
a
æö
÷
ç
÷
ç
=
÷
ç
÷
ç
÷
èø
(3.33)
()
sen
NT
T
RT
V
V
a =
(3.34)
()
cos
TT
T
RT
V
V
a =
(3.35)
E o ângulo entre as velocidades vertical e horizontal resultantes na empenagem
horizontal pode ser calculado por:
TT
gqa=- (3.36)
O ângulo de ataque da empenagem horizontal em relação a sua linha de sustentação
nula é determinado por
0
TTT
iaa=+ (3.37)
onde
T
i denota o ângulo de incidência da empenagem horizontal.
A força de sustentação na empenagem horizontal é determinada por:
()
()
0
2
,
1
2
T
TRThLT
y
LVSC
ad
r=⋅ (3.38)
onde
h
S
denota a área da empenagem horizontal, e C
LT
o coeficiente de sustentação da
empenagem horizontal, que é função do ângulo de ataque da empenagem horizontal
0
T
a
e da
deflexão do profundor
d (Barros, 2001).
0
12
LT T
Caaad=⋅+ (3.39)
onde
1
a denota a inclinação local da curva de coeficiente de sustentação da empenagem
horizontal. Considerando-se que a empenagem horizontal não deve trabalhar fora da região
linear (estol), pode-se então considerar apenas a parte linear da curva, portanto.
35
1
0
LT
T
dC
a
da
=
(3.40)
2
a denota a variação no coeficiente de sustentação da empenagem horizontal devido
a deflexão do profundor:
2
LT
dC
a
dd
=
(3.41)
3.3 MODELO DINÂMICO
O modelo dinâmico do movimento longitudinal representado em equações de estado
pode ser finalmente escrito como:
14
25
36
4 ()
5()
6
1
sin cos sin cos
1
cos sin cos sin
1
cos sin cos
TtPp
TtPp
AATTT
xx
xx
xx
xLD L T
m
xL D L T W
m
xLx Dx Lx M
J
gg g q
gg g q
aaa
=
=
=
éù
=- - - +
êú
ëû
éù
=⋅-+ +-
êú
ëû
éù
=⋅ + - +
êú
ëû
(3.42)
Onde os termos do lado direito das equações são descritos a seguir
() ()
2
2
1
2
RwL
x
LVSC
a
r=⋅ (3.43)
() ()
2
2
1
2
RwD
x
DVSC
a
r=⋅ (3.44)
() ()
2
2
1
2
Rw M
x
MVScC
a
r=⋅ (3.45)
24
.
t
TC nDr=⋅ (3.46)
() ( )
2
2
;
1
2
T
TTRT
xLT
LSCV
ad
r= (3.47)
36
()
()
2
2
45Rxy
Vxuxu=++- (3.48)
()
()
arctg
yy
xx
Vu
Vu
g
ù
-
ú
=
ú
ú
+
ú
û
(3.49)
aqg=- (3.50)
()
()
4353
cos sen
TT x y
Vxuxxux=+ +- (3.51)
()
()
4353
sen cos
NT x y
Vxuxxuxuw=+ -- +- (3.52)
22
RT TT RT
VVV=+
(3.53)
6 T
uxx=⋅ (3.54)
R
d
wV
d
e
a
a
=
(3.55)
atg
NT
T
TT
V
V
a
æö
÷
ç
÷
ç
=
÷
ç
÷
ç
÷
èø
(3.56)
3TT
xga=- (3.57)
12
()
LT T t
Ciaaad
é
ùé ù
=++
ê
úê ú
ë
ûë û
(3.58)
No modelo de estado apresentado pode-se observar que existem duas variáveis de
controle sendo uma delas a deflexão do profundor
d (delta), relacionada à sustentação da
empenagem horizontal, e a porcentagem de potência Pp aplicada ao motor.
Essas duas variáveis,
d e Pp são, portando, as variáveis de controle utilizadas no
simulador.
37
Os valores dos coeficientes aerodinâmicos e geométricos da aeronave CB-10 Triathlon
foram obtidos de (Barros, 2001), onde também é apresentado o procedimento para o cálculo
desses coeficientes.
38
4
4
IMPLEMENTÃO COMPUTACIONAL DO
SIMULADOR DE VÔO
4.1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo é abordada a implementação do ambiente de simulação desenvolvido,
baseado nas equações apresentadas no Capítulo 3. São apresentadas as principais partes do
sistema e os conjuntos de equações calculadas em cada parte. O simulador desenvolvido é
utilizado para os ensaios com as estratégias de assistência à pilotagem propostas, e também para
os cálculos dos parâmetros de desempenho da aeronave utilizada.
4.2 MODELAGEM DO SIMULADOR
Para modelagem do simulador utilizou-se o software Matlab
®
através da interface do
Simulink
®
. O Simulink
®
é uma ferramenta para modelagem, simulação e análise de sistemas
dinâmicos. Sua interface primária é uma ferramenta de diagramação gráfica por blocos com
bibliotecas personalizáveis.
Na Figura 4.1 apresenta-se a estrutura primária do simulador implementado, ainda sem
o sistema de assistência à pilotagem. Os dados de controle e atmosfera são entradas do bloco de
dinâmica, onde são resolvidas as equações de movimento da aeronave que determinam a sua
atitude. Em seguida a atitude da aeronave é então apresentada em uma interface gráfica.
Observa-se uma realimentação do bloco atmosfera devido a o fato de a densidade do ar, usando
o modelo de atmosfera padrão, depender da posição da aeronave (altitude).
39
ControleControle
AtmosferaAtmosfera
Interface
Gráfica
Interface
Gráfica
DinâmicaDinâmica
Figura 4.1 – Estrutura Básica do Simulador
A resposta do simulador pode ser apresentada na forma de gráficos, ou de uma forma
mais intuitiva através da visualização de uma aeronave, (por meio de uma interface gráfica
apropriada, descrita posteriormente).
A seguir serão descritos cada um dos blocos separadamente, de acordo com o
desenvolvimento do modelo longitudinal dinâmico apresentado no Capítulo 3.
4.2.1 BLOCO CONTROLE
O bloco Controle possui a função de prover uma interface para um dispositivo de
controle externo (no caso um joystick). Como nesse trabalho trata-se apenas do movimento
longitudinal da aeronave, apenas os controles de profundor e porcentagem de potência são
usados.
A leitura do joystick retorna um valor real entre -1 e 1, que deve então ser convertido
em valores de atuação dos respectivos comandos, sendo:
Profundor - 30 a + 30 graus.
Porcentagem de Potência 0 a 100 %.
40
Na Figura 4.2 apresenta-se o sistema de controle de tratamento do sinal implementado
em ambiente Simulink
®
. São tratadas as saídas dois e três do joystick, deflexão do profundor e
porcentagem de potência respectivamente.
Controle
1
Terminator
Terminator
Terminator
Saida Exponencial
Joystick Input
joyinput
Axes
Buttons
Gain
-1
Gain
-
K-
Constant
0
Constant
0
Add
Add
Terminator
Terminator
Terminator
Terminator
Figura 4.2 – Sistema de Controle
Observa-se na saída do comando de profundor um ajuste exponencial. Esse ajuste se faz
necessário para uma melhor sensibilidade no comando do simulador. A equação que define o
ajuste exponencial de deflexão do comando (x) para a deflexão correspondente (y), para valores
negativos e positivos de deflexão do comando, segue a seguir:
se 0
se 0
k
k
xyx
xyx
ì
ï
< =-
ï
ï
í
ï
> =+
ï
ï
î
(4.1)
onde k representa o índice de ajuste exponencial.
O valor de k foi definido através de uma análise crítica, através da observação em
ensaios preliminares de qual valor levaria a uma maior sensibilidade no comando. Através de
ensaios com vários valores de forma a se escolher aquele que tornaria o vôo mais agradável
escolheu-se o valor de 1,4.
41
A Figura 4.3, apresenta o gráfico correspondente ao ajuste exponencial obtido para a
relação apresentada acima, quando k = 1,4. A vantagem da utilização desse ajuste exponencial
pode ser observada como uma diminuição da sensibilidade do comando próximo a região neutra
(deflexão do comando = 0).
-1 -0.5 0 0.5 1
-1
-0.5
0
0.5
1
Deflexão do Comando
Deflexão Correspondente
Figura 4.3 – Relação Exponencial do Comando, em Relação a os Valor de
Saída do Joystick
4.2.2 B
LOCO ATMOSFERA
No bloco Atmosfera são calculadas as variações na densidade do ar, em função da
altitude instantânea da aeronave. Na Figura 4.4 apresenta-se o diagrama do bloco Atmosfera.
42
Figura 4.4 – Atmosfera
A determinação da densidade do ar, em função da altitude, para a condição de
atmosfera padrão pode ser realizada de acordo com a Equação (4.2) (ESDU 77022, 2003)
()
L
hJ Ir =⋅+ (4.2)
onde h representa a altitude da aeronave em relação ao nível do mar (o valor de y de acordo
com o sistema de referência adotado no modelo dinâmico), e L, J, e I, são grandezas empíricas,
que para uma altitude entre 0 e 11000m, são dadas por:
L = 4,2258797
J = -23,659414.10
-6
I = 1,048840
4.2.3 BLOCO DINÂMICA
No bloco Dinâmica são resolvidas efetivamente as equações do modelo dinâmico,
divididas em Propulsão, Aeronave e Equações de Estado. Nesse bloco é calculada a atitude e a
trajetória da aeronave, em função dos comandos de entrada do piloto, e das condições
atmosféricas.
. Na Figura 4.5 apresenta-se o diagrama do bloco Dinâmica, implementado no
simulador.
43
RPM
3
Angulos
2
Estados
1
Propulsao
Controle
Estados
Atmosfera
Tração
Delta _V_EH
RPM
Dinamica
Forcas e Momentos
Angulos
Tracao
Estados
Estados
Aeronave
Estados
Controle
Atmosfera
Forcas e Momentos
Angulos
A
tmosfera
3
Controle
2
Estados
1
Figura 4.5 – Bloco Dinâmica
A seguir será descrito o conteúdo de cada um dos três blocos que compõem o bloco
Dinâmica, bem como as equações implementadas em cada um desses blocos.
4.2.3.1
BLOCO AERONAVE
O bloco Aeronave ainda se subdivide em mais outros três blocos, Fuselagem,
Empenagem e Forças e Momentos Aerodinâmicos.
Na Figura 4.6 apresenta-se o bloco Aeronave. Em cada um desses blocos são
implemntadas parte das equações definidas no Capítulo 3, a saber:
Fuselagem. Nesse bloco são implementadas as Equações (3.48, 3.49 e 3.50).
Empenagem. Nesse bloco são implementadas as Equações (3.51, 3.52, 3.53, 3.54,
3.55, 3.56 e 3.57).
44
Forças e Momentos Aerodinâmicos. Nesse bloco são implementadas as Equações
(3.43, 3.44, 3.45, 3.47 e 3.58).
Angulos
2
Forcas e Momentos
1
Fuselagem
ux
Estados
uy
Vr
alpha
gama
Forcas e Momentos
Aerodinamicos
rho
Vr
alpha
Vrt
delta
aplfaT
L
D
M
LT
Empenagem
Vr
aplha
ux
uy
states
VrT
alphaT
gamaT
A
tmosfera
3
Controle
2
Estados
1
Figura 4.6 –Bloco Aeronave
4.2.3.2 BLOCO PROPULSÃO
No bloco Propulsão é calculada a tração do sistema moto-propulsor. Na Figura 4.7
apresenta-se o diagrama do bloco Propulsão. A Equação 3.46 é implementada nesse bloco,
através de uma interpolação das variáveis nas tabelas de rotação e coeficiente de tração
apresentadas no Capítulo 3.
45
RPM
3
Delta_V_EH
2
Tração
1
Vry
Vrx
Product
Math
Function4
sqrt
Math
Function3
u
2
Math
Function2
u
2
Math
Function1
u
v
Math
Function
u
v
Lookup Table
Lookup
Table (n-D)2
2-D T(u)
Lookup
Table (n-D)1
2-D T(u)
Lookup
Table (n-D)
2-D T(u)
Gain1
1/60
Constant 2
D
Constant 1
4
Constant
2
Add2
A
tmosfera
3
Estados
2
Controle
1
Figura 4.7 – Propulsão
4.2.4 B
LOCO EQUAÇÕES DE ESTADO
No bloco Equações de Estado são calculadas as equações de movimento (Equação 3.42).
É nesse bloco que se encontra também o integrador longitudinal, que resolve as equações
diferencias do modelo de estados. Esse bloco é apresentado na Figura 4.8.
46
L
D
M
Lt
gamaT
alphaT
gama
alpha
Estados
1
x.6
-
K-
x.5
-K-
x.4
-K-
pi Bound
In Out
Subsystem
T
theta
T.cos (theta )
T.sin (theta)
Peso
W
Integrador Longitudinal
x.1
x.2
x.3
x.4
x.5
x.6
x1
x2
x3
x4
x5
x6
Gain6
xt
Gain5
xa
Gain1
xa
Add3
Add2
Add
alphaT
gamaT
LT.sin (gamaT )
LT.c os (gamaT )
LT .c os (al phaT )
D
alpha
gama
D.sin (gama )
D.cos (gama )
D.sin (alpha )
L
alpha
gama
L.sin (gama )
L.cos (gama )
L.cos (alpha )
Estados
4
Tracao
3
Angulos
2
Forcas
e
Momentos
1
Figura 4.8 – Equações de Estado
4.3 INTERFACE GRÁFICA
Para visualização dos dados do simulador, utilizou-se uma ferramenta para o programa
de cálculo numérico Matlab
®
do pacote de rotinas de simulação de aeronaves AeroSim
®
, que
disponibiliza uma interface de comunicação de dados com o Simulador de Vôo FlightGear
®
.
47
Através dessa ferramenta é possível se reproduzir, na interface gráfica do FlightGear
®
, a atitude
e posicionamento da aeronave durante a simulação.
4.3.1 O SIMULADADOR DE VÔO FLIGHT GEAR
O Simulador de Vôo FlightGear
®
é um projeto de desenvolvimento cooperativo, multi-
plataforma e de código aberto. O código fonte de todo o projeto está disponível e licenciado sob
os termos da licença GNU (General Public License).
O objetivo do projeto FlightGear
®
é criar uma infra-estrutura sofisticada de simulação
de vôo para uso em ambientes acadêmicos e de pesquisa, para o desenvolvimento e busca de
idéias interessantes no campo da simulação, e também uma aplicação para o usuário final. Está
se desenvolvendo uma sofisticada arquitetura aberta de simulação que pode ser estendida e
melhorada por qualquer pessoa interessada em contribuir.
1
A Figura 4.9 apresenta um exemplo
de simulação realizada usando-se o programa FlightGear
®.
Através da integração do Matlab
®
com a interface FlightGear
®
, consegue-se prover uma
maior interatividade com o usuário, e uma melhor adaptação ao software, comparado com o uso
de visualização da resposta do simulador em gráficos.
1
Fonte: www.flightgear.org (visitado em maio de 2009)
48
Figura 4.9 – Interface do FlightGear
®
4.3.2 PAINEL DE INSTRUMENTOS
Com as ferramentas disponibilizadas pelo pacote AeroSim
®
, foram modelados um
conjunto de instrumentos para serem inseridos no simulador desenvolvido. São utilizados
instrumentos básicos presentes em aeronaves convencionais, além de alguns instrumentos para
mensurar outras grandezas relacionadas ao movimento longitudinal. As grandezas escolhidas
foram ângulo de ataque, ângulo de arfagem, ângulo de velocidades e fator de carga.
Na Figura 4.10 apresenta-se o painel de instrumentos implementado no simulador. Esse
painel de instrumentos é executado em tempo real dentro de uma janela do ambiente Simulink
®
,
e deve ser posicionado junto a janela com a interface gráfica do programa FlighGear
®
, em local
de fácil visualização pelo usuário.
49
Figura 4.10 – Painel de Instrumentos Implementado
O painel de instrumentos é composto pelos seguintes mostradores:
1 – Velocímetro – Registra a velocidade aerodinâmica da aeronave em metros por
segundo
2 – Altímetro – Registra a altitude da aeronave em relação ao nível do mar, em
metros
3 – Climb – Registra a razão de subida instantânea da aeronave, em metros por
segundo
4 – Ângulo de Arfagem (Theta) – Esse instrumento registra o ângulo entre a linha
de sustentação nula da aeronave e o horizonte, medido em graus
5 – Ângulo de Ataque (Alfa) – Registra o valor do ângulo de ataque da aeronave,
medido em graus
6 – Fator de carga – Registra o valor do fator de carga a que a aeronave está
submetida durante o vôo, medido em g’s, número de vezez da aceleração da
gravidade.
50
7 – Ângulo entre Velocidades (Gama) – Registra o ângulo entre a velocidade
horizontal e a velocidade vertical da aeronave, também é medido em graus.
Pela Figura 4.10, pode-se observar que cada um dos instrumentos possui dois
marcadores (duas agulhas) sendo uma na cor vermelha e uma segunda na cor branca. Optou-se
pela utilização de duas agulhas, pois as estratégias de assistência à pilotagem avaliadas são
baseadas em valores de referência das grandezas relacionadas ao movimento longitudinal. Dessa
forma pode-se apresentar o valor da grandeza instantânea registrada pela aeronave em uma das
agulhas (branca) e o valor de referência (atribuído pelo usuário) pode ser apresentado na outra
agulha (vermelha).
4.4 DESCRIÇÃO DO APARATO EXPERIMENTAL COMPLETO
A Figura 4.11 apresenta a montagem final do simulador. Conectado a um computador
tem-se um joystick, e dois monitores. Em um dos monitores é apresentada a interface gráfica do
simulador (FlighrGear
®
e Painel de Instrumentos) e no outro monitor a interface gráfica do
ambiente Simulink
®
onde é executado o simulador. Apesar de possuir dois monitores, todo o
sistema é processado por apenas um computador. Os rótulos na figura indicam:
1 – CPU para cálculos do Simulador, e processamento da interface gráfica.
2 – Monitor apresentando interface gráfica programa FlightGear
®
, e painel de
instrumentos.
3 – Monitor apresentando a interface gráfica do ambiente Simulink
®
/Matlab
®
.
4 – Joystick para interação com o piloto.
O Simulador implementado, descrito nesse capitulo, ainda simula uma aeronave com
controle convencional, sem a implementação das estratégias de assistência à pilotagem. No
51
Capitulo 5 são apresentadas as estratégias propostas, bem como a descrição sa implementação
dessas no simulador desenvolvido.
Figura 4.11 – Montagem do Simulador
Cabe relembrar que os dados aerodinâmicos e geométricos da aeronave CB-10 Triatlhon
implementadas no simulador foram obtidas em (Barros, 2001).
52
5
5
ESTRATÉGIAS DE ASSISTÊNCIA À
PILOTAGEM
5.1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo são apresentadas a descrição e o desenvolvimento das estratégias de
assistência à pilotagem que foram implementadas no simulador descrito no Capítulo 4.
Inicialmente será feito um estudo de possíveis estratégias a serem implementadas, em
função de diferentes variáveis relacionadas ao movimento longitudinal aptas a serem
monitoradas e controladas. A seguir será feito uma análise a cerca de formas de implementação
dos controladores. Posteriormente, através de um estudo individual dessas estratégias, as
características da resposta de cada uma foram avaliadas e ajustadas de forma que os
controladores implementados nessas estratégias apresentem características de resposta
semelhantes. Finalmente é apresentada a implementação dessas estratégias de assistência à
pilotagem no simulador desenvolvido no capitulo anterior.
5.2 ESTRATÉGIAS E VARIÁVEIS DE CONTROLE
Como visto no Capítulo 3, o modelo dinâmico do movimento longitudinal apresenta
duas variáveis de controle: a deflexão do profundor
d , e a porcentagem de potência do motor
Pp. Em uma aeronave convencional essas duas variáveis são controladas diretamente pelo piloto
através do movimento longitudinal do manche, e pela movimentação manete de potência
respectivamente. O piloto tem o controle da atitude da aeronave. Na Figura 5.1, apresenta-se
um esquema simplificado do controle convencional de uma aeronave.
53
Profundor
Porcentagem
de Potência
Manche
Manete
Atitude da
Aeronave
Figura 5.1 – Mecanismo de controle convencional
Através de leis de controle pré estabelecidas, pretende-se que, com a implementação de
mecanismos eletrônicos, essa interface comando-atitude-trajetória seja determinada e calculada
pela próprio sistema automático de controla da aeronave e o piloto possa então estabelecer
diretamente a trajetória desejada para a aeronave. A implementação das estratégias de
assistência à pilotagem consiste na programação de controladores realimentados a partir das
saídas de referência dos comandos de forma que, através de leis de controle previamente
estabelecidas, é possível determinar qual a melhor configuração para que a aeronave possa
executar a trajetória desejada pelo piloto (Figura 5.2).
Controladores
Profundor
Porcentagem
de Potência
Manche
Manete
Atitude da
Aeronave
Figura 5.2 – Controle com atuação do controlador
Pretende-se que a atuação do piloto no manche e na manete de potência passe a
determinar indiretamente o ângulo de profundor e a porcentagem de potência. Nesta
configuração a posição dos controles do piloto representaria de fato o valor de referência para
uma determinada grandeza do movimento longitudinal da aeronave, que por sua vez é atendida
54
por um controlador automático que efetua a deflexão do profundor e a variação da porcentagem
de potência, de acordo com a Figura 5.3
Controlador
Atmosfera
Interface
Gráfica
Dinâmica
Joystick
Figura 5.3 – Implementação das Estratégias de Assistência à Pilotagem
Dessa forma, faz-se necessário selecionar grandezas que se relacionem com o movimento
longitudinal e que possam ser candidatas a implementação nas estratégias de assistência à
pilotagem.
Na prática comum do vôo, tem-se duas grandezas que o piloto se preocupa em controlar:
a velocidade da aeronave e a altitude da mesma. Outras grandezas podem ser utilizadas, mas
sempre possuem o objetivo de controlar a velocidade e a altitude da aeronave. Com base nesta
observação, selecionou-se um conjunto de variáveis que direta ou indiretamente se relacionariam
a essas grandezas alvo, a saber:
Velocidade [V];
Altura [h];
Razão de Subida [ROC];
Ângulo entre o horizonte e a linha de sustentação nula do avião – Ângulo de
arfagem – Teta [
q
];
Ângulo de ataque – Alpha [
a
];
55
Fator de Carga [g]
Ângulo entre as velocidades vertical e horizontal – Ângulo de Velocidades – Gama
[
g ]
Essas grandezas podem ser agrupadas em pares, definindo-se cada uma das estratégias
de assistência à pilotagem que se deseje implementar.
Para estudo e desenvolvimento neste trabalho, escolheu-se um conjunto de doze
estratégias de assistência à pilotagem, através da combinação dessas grandezas em pares. As
estratégias escolhidas são apresentadas na Tabela 5-1. Nas colunas de referência desta tabela
estão indicadas as grandezas que o piloto irá determinar como valor de referência a ser
alcançado pelo sistema de controle automático. Já nas colunas de atuação estão indicadas
variáveis manipuladas que serão variadas (deflexão do profundor ou porcentagem de potência)
para controlar cada grandeza de referência.
Apesar de parecer mais óbvio que a manete de potência deva controlar a velocidade da
aeronave, e o manche umas das outras seis variáveis, essa restrição não será imposta. Para este
trabalho arbitrou-se duas denominações para diferenciar os dois tipos de estratégias de
assistência à pilotagem, chamando-se de estratégias diretas aquelas nas quais o controlador de
velocidade atua na porcentagem de potência como forma de prover alterações no valor da
velocidade da aeronave, e estratégias cruzadas aquelas nas quais o controlador de velocidade
atua no profundor como forma de prover alterações no valor da velocidade.
A estratégia chamada de Estratégia 0 representa um caso sem implementação de
assistência à pilotagem, onde os valores de referência do manche e da manete representam
diretamente a posição do profundor e porcentagem de potência, respectivamente. Neste caso as
atuações ocorrem de forma direta.
56
Tabela 5-1 – Estratégias de Assistência à Pilotagem Propostas
Estratégia Referência Atuação
Manche Manete Profundor Motor
00 Profundor
Porcentagem de
Potência [PP]
Profundor
Porcentagem de
Potência [PP]
01
Variação de
Altitude [h]
Velocidade [v] Velocidade [v]
Variação de
Altitude [h]
02
Variação de
Altitude [h]
Velocidade [v]
Variação de
Altitude [h]
Velocidade [v]
03
Razão de Subida
[ROC]
Velocidade [v] Velocidade [v]
Razão de Subida
[ROC]
04
Razão de Subida
[ROC]
Velocidade [v]
Razão de Subida
[ROC]
Velocidade [v]
05
Ângulo de
Arfagem [
q
]
Velocidade [v] Velocidade [v]
Ângulo de
Arfagem [
q
]
06
Ângulo de
Arfagem [
q
]
Velocidade [v]
Ângulo de
Arfagem [
q
]
Velocidade [v]
07
Ângulo de
Ataque [
a ]
Velocidade [v] Velocidade [v]
Ângulo de Ataque
[
a ]
08
Ângulo de
Ataque [
a ]
Velocidade [v]
Ângulo de Ataque
[
a ]
Velocidade [v]
09
Fator de Carga
[g]
Velocidade [v] Velocidade [v] Fator de Carga [g]
10
Fator de Carga
[g]
Velocidade [v] Fator de Carga [g ] Velocidade [v]
11
Ângulo de
Velocidades [
g ]
Velocidade [v] Velocidade [v]
Ângulo de
Velocidades [ g ]
12
Ângulo de
Velocidades [
g ]
Velocidade [v]
Ângulo de
Velocidades [ g ]
Velocidade [v]
57
5.3 IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLADOR PID
Definidas as estratégias de assistência à pilotagem a serem utilizadas, faz-se necessária a
implementação de controladores em cada uma das estratégias para promover o controle
automático da variável de referência. O tipo de controlador escolhido para implementação foi o
PID (Proporcional, Integrativo, Derivativo). Outras possíveis estratégias de controle não foram
abordadas neste trabalho.
Escolhido o controlador o passo seguinte é a implementação deste nas estratégias de
assistência à pilotagem definidas anteriormente. Para isso o valor de saída de cada comando do
piloto (referência) deve ser comparado ao valor atual da variável controlada. O erro nessa
comparação deve então ser aplicado a entrada do controlador PID que deverá atuar na deflexão
do profundo ou na porcentagem de potência, dependendo do caso, de forma que o valor de
referência seja atingido e o erro se torne igual a zero. Um diagrama de blocos desta
implementação pode ser visto na Figura 5.4. Como cada estratégia de assistência à pilotagem
atua em dois comandos simultaneamente (deflexão do profundor e porcentagem de potência),
em cada uma delas foram implementados dois controladores PID, sendo um para cada uma das
variáveis manipuladas. Neste trabalho o controlador que é atuado pelo movimento do manche é
chamado de PID 1, e o controlador acionado pela manete de potência é chamado de PID 2.
Manche
Manete
Controlador
PID 1
Controlador
PID 2
Dinâmica
Posição do
Comando 1
Posição do
Comando 2
Figura 5.4 – Implementação do PID nas Estratégias de Assistência à
Pilotagem
58
5.4 PROCEDIMENTO DE EQUALIZAÇÃO DOS CONTROLADORES
Definidas as estratégias de assistência à pilotagem, bem como a forma como os
controladores PID irão atuar, faz-se necessário um procedimento de ajuste dos ganhos de cada
um dos controladores PID em cada uma das estratégias propostas de forma que as
características de resposta em malha fechada para cada estratégia sejam as mais semelhantes
possíveis. Pretende-se que o ajuste dos ganhos tenha a mínima influência na avaliação da
qualidade de cada estratégia.
Nesse ponto cabe destacar que o objetivo desse trabalho não é otimizar os controladores,
mas sim escolher a estratégia de assistência à pilotagem mais adequada para o controle do
movimento longitudinal, independentemente do controlador. Acredita-se que a eficiência do
controlador pode exercer influência na eficiência da estratégia de pilotagem, e por isso as
estratégias que não possuírem controladores dentro de padrões que foram estabelecidos neste
trabalho foram descartadas. É importante notar que não se descarta a importância do estudo
destas estratégias com diferentes tipos de controladores, porém, tendo em vista a complexidade
deste estudo, acredita-se que o mesmo está além do escopo deste trabalho.
Para equalização dos controladores cada estratégia de assistência à pilotagem foi
submetida a um processo de otimização para ajustes dos ganhos, de forma que todas apresentem
respostas em malha fechada com características semelhantes.
5.4.1 AJUSTE DOS CONTROLADORES
O processo de ajuste dos controladores para cada estratégia, pode ser dividido em três
etapas apresentadas a seguir:
Seleção de valores iniciais para os ganhos dos controladores.
Definição da resposta característica desejada dos controladores (função objetivo).
59
Ajuste dos ganhos dos controladores de forma que os mesmos apresentem as
características desejadas de resposta em malha fechada.
Inicialmente deve-se fazer uma seleção dos valores iniciais para os ganhos dos
controladores de forma que a resposta destes apresentem as características típicas de um
controlador PID, estável, amortecida e sem erro estacionário.
Em seguida deve-se escolher índices de desempenho relativos a essa resposta em malha
fechada e estudar os valores mais adequados para esses índices. No caso dos controladores aqui
estudados, é desejado que a resposta seja estável, atingida em um tempo relativamente curto,
que não apresente erro estacionário. Deve-se definir então uma função objetivo que é função dos
índices de desempenho desejados.
Finalmente, com a utilização de um algoritmo de otimização, os ganhos dos
controladores devem ser reajustados de forma que a resposta do sistema controlado apresente os
mesmos valores de índices de desempenho definidos. Cada estratégia proposta é formada por
dois controladores PID, um atuando na deflexão do profundor e um segundo atuando na
porcentagem de potência do motor. Mas o par de variáveis controladas pelos mesmos não pode
ser considerado desacoplados. Dessa forma o ajuste dos dois controladores de cada estratégia
deve ser realizado em conjunto e não separadamente, pois alterações em um dos controladores,
influenciam diretamente o desempenho do outro controlador.
A seguir será explicada detalhadamente a seqüência de ajuste dos controladores, para
cada estratégia de assistência à pilotagem.
5.4.1.1
SELEÇÃO DOS GANHOS INICIAS
Inicialmente ajustou-se os valores iniciais dos ganhos de cada um dos controladores pelo
método indireto de Ziegler Nichols. Cada um dos controladores de cada estratégia foi analisado
separadamente e procurou-se chegar a valores de ganhos que levassem esses controladores a
60
produção de uma resposta em malha fechada estável. Apenas controladores em que se consegui
obter uma resposta com essas características foram utilizados nas etapas seguintes de sintonia.
5.4.1.2
DEFINIÇÃO DA RESPOSTA CARACTERÍSTICA DESEJADA (FUNÇÃO OBJETIVO)
Definidos os ajustes de ganhos iniciais para os controladores PID, o segundo passo
consiste em escolher os índices de desempenho da resposta do sistema controlado que se deseja
atingir para todas as estratégias de pilotagem assistida, e determinar uma função objetivo
relacionada a esses índices de desempenho escolhidos.
Esse procedimento foi realizado, através do teste de vários ajustes e observação crítica
dos resultados.
Assim, os índices de desempenho escolhidos a serem atingidos foram:
t
r
= Tempo de Subida < 4 s
M
p
= Máximo Sobre Sinal < 10%
t
g
= Tempo de Acomodação < 18s
Ainda para cada um destes parâmetros definiu-se um valor de peso, de acordo com sua
importância nas características finais da resposta do sistema controlado. A Tabela 5-2 apresenta
os valores escolhidos para os mesmos.
Tabela 5-2 – Valores dos pesos de cada parâmetro
Pt
r
1
PM
p
2
Pt
g
1
61
Onde Pt
r
denota o peso do tempo de subida, PM
p
o peso do máximo sobre sinal e Pt
g
o
peso do tempo de acomodação
A função objetivo J foi definida como o quadrado da diferença do índice de desempenho
e seu objetivo multiplicado pelo seu peso, Equação (4.3).
()
()
2
2
0 se 4
se 4
0
se 10%
r
rr r r
p
pp p
JABC
ts
A
tt Pt t s
M
B
MM PM
=++
ì
ï
<
ï
ï
=
í
ï
-⋅ >
ï
ï
î
<
=
-⋅
()
2
se 10%
0
se 18
se 18
p
g
ggg g g
M
ts
C
tttPt t s
ì
ï
ï
ï
í
ï
>
ï
ï
î
ì
ï
<
ï
ï
=
í
ï
-⋅ >
ï
ï
î
(4.3)
O ajuste dos controladores consistiu em um processo de otimização, até que a função
objetivo seja minimizada. Para tal foi desenvolvida uma rotina em linguagem de programação
Matlab
®
, utilizando uma função de otimização baseada no algoritmo de Nelder-Mead
(fminsearch).
Esse procedimento de ajuste por otimização em cada estratégia foi realizado repetidas
vezes, alternando-se entre os dois controladores, pois como mencionado anteriormente, os
comandos atuados pelos controladores são acoplados, e o ajuste de um deles implica em
alterações na resposta do seu par. Por observação verificou-se que seis etapas de otimização,
sendo três para cada controlador, são suficientes para convergir a minimização da função
objetivo para os dois controladores de cada uma das estratégias de assistência à pilotagem.
62
5.5 EXEMPLO DE EQUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIAS DE ASSISTÊNCIA À
PILOTAGEM
A seguir será apresentado o processo completo de ajuste de uma das estratégias de
assistência à pilotagem. Para as demais estratégias, será apresentada somente a resposta para o
ajuste inicial e a resposta após o processo de ajuste. As figuras que se seguem apresentam as
respostas obtidas usando cada um dos controladores, submetendo as entradas de referência a
degraus unitários, aplicados aos 30 segundos.
5.5.1 ESTRATÉGIA 1
A Tabela 5-3, apresenta o sistema de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 1.
Tabela 5-3 – Variáveis de Controle (Estratégia 1)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Variação da Altitude Velocidade
Variação de Altitude Velocidade Motor Profundor
Na Figura 5.5 apresenta-se a resposta do sistema controlado para degraus unitários, com
os valores inicias de ganhos dos controladores.
63
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :48.49%
Tempo de Acomodação :60.8s
Tempo de Pico :12.1s
Tempo de Subida :5.8s
Tempo de Atraso :3.3s Ganhos
Kp :-0.01500
Ki :-0.00600
Kd :-0.05000
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :28.51%
Tempo de Acomodação :20.1s
Tempo de Pico :3.9s
Tempo de Subida :2.4s
Tempo de Atraso :1.3s Ganhos
Kp :-1.00000
Ki :-0.05000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.5 – Resposta da Estratégia 1 para os valores iniciais de ganhos
Na Figura 5.6 apresenta-se a resposta do Controlador 1 após o primeiro passo de
otimização, realizado no PID 2. O fato do primeiro passo de otimização ser realizado no PID 2
deve-se a observação de que, quando esse controlador é otimizado primeiro, a função objetivo é
minimizada em menos iterações, Comparando-se a Figura 5.5 com a Figura 5.6, pode-se
observar a sensível alteração no desempenho do PID 2 (controlador ajustado) e uma pequena
alteração no PID 1, mesmo não ocorrendo mudanças nos valores dos ganhos desse controlador, o
que demonstra o acoplamento entre os controladores.
Na Figura 5.7 apresenta-se a resposta dos controladores após a segunda etapa de
otimização. Observa-se a significativa alteração da resposta de altitude vinculada principalmente
ao PID 1 (controlador ajustado nessa etapa), e uma pequena alteração na resposta de velocidade
vinculada principalmente ao PID 2. Na Figura 5.8 tem-se a resposta após a terceira etapa de
otimização. A partir dessa etapa notou-se que pequenas alterações nas respostas obtidas com os
controladores. As Figura 5.9, Figura 5.10, e Figura 5.11 apresentam, respectivamente, a resposta
dos controladores para a quarta, quinta e sexta etapas de otimização.
64
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :10.00%
Tempo de Acomodação :19.5s
Tempo de Pico :5.3s
Tempo de Subida :3.7s
Tempo de Atraso :1.7s Ganhos
Kp :-0.72929
Ki :-0.04616
Kd :-1.44629
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :51.76%
Tempo de Acomodação :59.5s
Tempo de Pico :11.7s
Tempo de Subida :5.9s
Tempo de Atraso :3.4s Ganhos
Kp :-0.01500
Ki :-0.00600
Kd :-0.05000
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
Figura 5.6 – Resposta da Estratégia 1 após a Primeira Etapa de Otimização
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :12.59%
Tempo de Acomodação :24.9s
Tempo de Pico :8.9s
Tempo de Subida :4.3s
Tempo de Atraso :1.5s Ganhos
Kp :-0.31842
Ki :-0.03408
Kd :-0.62339
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-0.00%
Tempo de Acomodação :15.6s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :1.3s Ganhos
Kp :-0.72929
Ki :-0.04616
Kd :-1.44629
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.7 – Resposta da Estratégia 1 após a Segunda Etapa de Otimização
65
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-0.00%
Tempo de Acomodação :11.5s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :1.3s Ganhos
Kp :-0.66272
Ki :-0.04922
Kd :-1.49370
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :12.60%
Tempo de Acomodação :25s
Tempo de Pico :8.8s
Tempo de Subida :4.3s
Tempo de Atraso :1.5s Ganhos
Kp :-0.31842
Ki :-0.03408
Kd :-0.62339
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
Figura 5.8 – Resposta da Estratégia 1 após a Terceira Etapa de Otimização
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :8.30%
Tempo de Acomodação :17.7s
Tempo de Pico :3.4s
Tempo de Subida :2.1s
Tempo de Atraso :0.9s Ganhos
Kp :-0.33965
Ki :-0.04317
Kd :-0.33247
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :0.00%
Tempo de Acomodação :10.9s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida :118.2s
Tempo de Atraso :1.2s Ganhos
Kp :-0.66272
Ki :-0.04922
Kd :-1.49370
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.9 – Resposta da Estratégia 1 após a Quarta Etapa de Otimização
66
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-0.00%
Tempo de Acomodação :10.9s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :1.1s Ganhos
Kp :-0.67425
Ki :-0.05044
Kd :-1.46170
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :8.22%
Tempo de Acomodação :17.7s
Tempo de Pico :3.2s
Tempo de Subida :2s
Tempo de Atraso :0.9s Ganhos
Kp :-0.33965
Ki :-0.04317
Kd :-0.33247
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
Figura 5.10 – Resposta da Estratégia 1 após a Quinta Etapa de Otimização
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :8.22%
Tempo de Acomodação :17.7s
Tempo de Pico :3.2s
Tempo de Subida :2s
Tempo de Atraso :0.9s Ganhos
Kp :-0.33965
Ki :-0.04317
Kd :-0.33247
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-0.00%
Tempo de Acomodação :10.9s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :1.1s Ganhos
Kp :-0.67425
Ki :-0.05044
Kd :-1.46170
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.11 – Resposta da Estratégia 1 após a Sexta Etapa de Otimização
67
Após seis etapas de otimização, neste caso, têm-se os ajustes finais de ganhos para os
dois controladores da estratégia analisada. Na Tabela 5-4 apresenta-se os valores de ganhos para
a estratégia 1 após os ajustes, e que foram utilizados na implementação do simulador.
Tabela 5-4 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 1
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
-0,33965 -0,67425
Ganho Integral K
I
-0,043169 -0,050438
Ganho Derivativo K
D
-0,33247 -1,4617
5.5.2 E
STRATÉGIA 2
Para a estratégia 2 têm-se na Tabela 5-5, as variáveis de controle, e a seguir é
apresentado a juste dos controladores para essa estratégia.
Tabela 5-5 – Variáveis de Controle (Estratégia 2)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Variação da Altitude
Velocidade
Variação de Altitude Velocidade Profundor Motor
Na Figura 5.12 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia de assistência à
pilotagem 2 para os valores de ajustes iniciais dos ganhos. Já na Figura 5.13 apresenta-se a
resposta dos controladores dessa mesma estratégia após os ajustes finais dos ganhos dos
controladores. Na
Tabela 5-6 apresenta-se os valores finais destes ganhos que foram utilizados na
implementação do simulador.
68
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :16.05%
Tempo de Acomodação :39.8s
Tempo de Pico :23.2s
Tempo de Subida :14.7s
Tempo de Atraso :7.1s Ganhos
Kp :0.01000
Ki :0.00010
Kd :0.08000
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :71.04%
Tempo de Acomodação :47.8s
Tempo de Pico :3.7s
Tempo de Subida :2s
Tempo de Atraso :1.2s Ganhos
Kp :-0.10000
Ki :-0.50000
Kd :-0.30000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.12 – Resposta da Estratégia 2 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
950
950.5
951
951.5
Sobre Sinal :5.98%
Tempo de Acomodação :8.3s
Tempo de Pico :5.5s
Tempo de Subida :4s
Tempo de Atraso :1.6s Ganhos
Kp :0.19891
Ki :0.00028
Kd :0.39603
Tempo [s]
Altitude [m]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :9.91%
Tempo de Acomodação :8.2s
Tempo de Pico :2.3s
Tempo de Subida :1.2s
Tempo de Atraso :0.5s Ganhos
Kp :-0.93590
Ki :-0.29006
Kd :0.07649
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.13 – Resposta da Estratégia 2 após a Sexta Etapa de Otimização
69
Tabela 5-6 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 2
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
0,19891 -0,9359
Ganho Integral K
I
0,00027767 -0,29006
Ganho Derivativo K
D
0,39603 0,076494
O procedimento de otimização para todas as estratégias de assistência à pilotagem é
exatamente o mesmo. De forma sucinta, para as demais estratégias, assim como na segunda,
será apresentado apenas a resposta do sistema usando controladores com o ajuste inicial de
ganhos, e a resposta final após o processo de otimização.
70
5.5.3 ESTRATÉGIA 3
A Tabela 5-7 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 3. Na Tabela 5-8 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
Na Figura 5.14 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia 3 para os valores
iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.15 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após o ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-7 – Variáveis de Controle (Estratégia 2)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Razão de Subida Velocidade
Razão de Subida Velocidade Motor Profundor
Tabela 5-8 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 3
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
-0,20667 -1,2208
Ganho Integral K
I
-0,095 -0,073756
Ganho Derivativo K
D
-0,93451 -0,93451
71
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :26.85%
Tempo de Acomodação :18.2s
Tempo de Pico :2.6s
Tempo de Subida :1.7s
Tempo de Atraso :0.9s Ganhos
Kp :-0.20000
Ki :-0.10000
Kd :-0.10000
Tempo [s]
Razão de Subida [m/s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :44.77%
Tempo de Acomodação :20.4s
Tempo de Pico :2.5s
Tempo de Subida :1.3s
Tempo de Atraso :0.7s Ganhos
Kp :-1.00000
Ki :-0.50000
Kd :-0.60000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.14 – Resposta da Estratégia 3 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :9.81%
Tempo de Acomodação :7.9s
Tempo de Pico :2.7s
Tempo de Subida :1.9s
Tempo de Atraso :0.8s Ganhos
Kp :-0.20667
Ki :-0.09500
Kd :-0.10333
Tempo [s]
Razão de Subida [m/s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :9.30%
Tempo de Acomodação :17.3s
Tempo de Pico :2.7s
Tempo de Subida :1.8s
Tempo de Atraso :0.8s Ganhos
Kp :-1.22077
Ki :-0.07376
Kd :-0.93451
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.15 – Resposta da Estratégia 3 após a Sexta Etapa de Otimização
72
5.5.4 ESTRATÉGIA 4
A Tabela 5-9 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 4. Na Tabela 5-10 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
Na Figura 5.16 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia 4 para os valores
iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.17 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após a ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-9 – Variáveis de Controle (Estratégia 4)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Razão de Subida Velocidade
Razão de Subida Velocidade Profundor Motor
Tabela 5-10 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 4
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
0,35993 -0,55445
Ganho Integral K
I
0,052505 -0,083032
Ganho Derivativo K
D
0,0085303 0,15864
73
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :17.50%
Tempo de Acomodação :33.5s
Tempo de Pico :7.2s
Tempo de Subida :3.8s
Tempo de Atraso :1.5s Ganhos
Kp :0.20000
Ki :0.06000
Kd :0.10000
Tempo [s]
Razão de Subida [m/s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :36.13%
Tempo de Acomodação :42.7s
Tempo de Pico :10.2s
Tempo de Subida :5.2s
Tempo de Atraso :2.5s Ganhos
Kp :-0.10000
Ki :-0.05000
Kd :-0.10000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.16 – Resposta da Estratégia 4 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :9.73%
Tempo de Acomodação :17.1s
Tempo de Pico :5.5s
Tempo de Subida :2.8s
Tempo de Atraso :0.8s Ganhos
Kp :0.35993
Ki :0.05250
Kd :0.00853
Tempo [s]
Razão de Subida [m/s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :3.51%
Tempo de Acomodação :14.5s
Tempo de Pico :4.4s
Tempo de Subida :2.1s
Tempo de Atraso :0.5s Ganhos
Kp :-0.55445
Ki :-0.08303
Kd :0.15864
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.17 – Resposta da Estratégia 4 após a Sexta Etapa de Otimização
74
5.5.5 ESTRATÉGIA 5
A Tabela 5-11 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 5. Na Tabela 5-12 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
Na Figura 5.18 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia 5 para os valores
iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.19 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após a ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-11 – Variáveis de Controle (Estratégia 5)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Arfagem Velocidade
Ângulo de Arfagem Velocidade Motor Profundor
Tabela 5-12 – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 5
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
-0,21355 -0,76105
Ganho Integral K
I
-2,2465 -0,045083
Ganho Derivativo K
D
-1,0659 -1,687
75
0 20 40 60 80 100 120 140
4
5
Sobre Sinal :-0.03%
Tempo de Acomodação :23.1s
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :3.1s Ganhos
Kp :-0.80000
Ki :-1.00000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Ângulo de Arfagem [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :26.98%
Tempo de Acomodação :30s
Tempo de Pico :4.4s
Tempo de Subida :2.7s
Tempo de Atraso :1.5s Ganhos
Kp :-1.00000
Ki :-0.05000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.18 – Resposta da Estratégia 5 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
4
5
Sobre Sinal :9.99%
Tempo de Acomodação :13.7s
Tempo de Pico :5.8s
Tempo de Subida :4.3s
Tempo de Atraso :2.2s Ganhos
Kp :-0.21355
Ki :-2.24654
Kd :-1.06587
Tempo [s]
Ângulo de Arfagem [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :9.09%
Tempo de Acomodação :13.6s
Tempo de Pico :5.4s
Tempo de Subida :4s
Tempo de Atraso :2s Ganhos
Kp :-0.76105
Ki :-0.04508
Kd :-1.68700
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.19 – Resposta da Estratégia 5 após a Sexta Etapa de Otimização
76
5.5.6 ESTRATÉGIA 6
A Tabela 5-13 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 6. Na Tabela 5-14 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
Na Figura 5.20 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia 6 para os valores
iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.21 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após a ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-13 – Variáveis de Controle (Estratégia 6)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Arfagem Velocidade
Ângulo de Arfagem Velocidade Profundor Motor
Tabela 5-14 – – Ganhos para a Estratégia de Assistência à Pilotagem 6
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
30,3207 -0,45893
Ganho Integral K
I
6,6653 -0,17789
Ganho Derivativo K
D
-4,5533 0,3224
77
0 20 40 60 80 100 120 140
4
5
Sobre Sinal :38.90%
Tempo de Acomodação :100.1s
Tempo de Pico :11.7s
Tempo de Subida :5.9s
Tempo de Atraso :3.1s Ganhos
Kp :2.00000
Ki :2.00000
Kd :2.00000
Tempo [s]
Ângulo de Arfagem [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :29.20%
Tempo de Acomodação :96.8s
Tempo de Pico :9.8s
Tempo de Subida :5.6s
Tempo de Atraso :3s Ganhos
Kp :-0.05000
Ki :-0.05000
Kd :-0.05000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.20 – Resposta da Estratégia 6 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
4
5
Sobre Sinal :7.99%
Tempo de Acomodação :11.6s
Tempo de Pico :4.6s
Tempo de Subida :1.8s
Tempo de Atraso :0.3s Ganhos
Kp :30.32066
Ki :6.66525
Kd :-4.55330
Tempo [s]
Ângulo de Arfagem [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :9.85%
Tempo de Acomodação :7.2s
Tempo de Pico :1.8s
Tempo de Subida :1.1s
Tempo de Atraso :0.5s Ganhos
Kp :-0.45893
Ki :-0.17789
Kd :0.32240
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.21 – Resposta da Estratégia 6 após a Sexta Etapa de Otimização
78
5.5.7 ESTRATÉGIA 7
A Tabela 5-15 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 7. Na Figura 5.22 tem-se a tentativa de ajustes dos ganhos dos
controladores desta estratégia.
Tabela 5-15 – Variáveis de Controle (Estratégia 7)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Ataque Velocidade
Ângulo de Ataque Velocidade Motor Profundor
0 20 40 60 80 100 120 140
4
4.5
5
5.5
Sobre Sinal :-97.31%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :19.3s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso - Não Ocorre
J :29357.46
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :100.00000
Ganhos
Tempo [s]
Ângulo de Ataque [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :13.37%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico - Não Ocorre
Tempo de Subida :93.8s
Tempo de Atraso :12.8s
J :18490.81
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :-0.04000
Ganhos
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.22 – Estratégia 7, Tentativa de Ajuste dos ganhos
Na estratégia de assistência à pilotagem baseada no controle de ângulo de ataque
observa-se pela Figura 5.22 que a resposta do sistema não apresentou as características
esperadas. Usando o método da sensibilidade limite não foi possível de encontrar valores de
ganhos que levassem o controlador a uma resposta oscilatória. Dessa forma, a estratégia 7 foi
descartada e não será avaliada juntamente com as demais estratégias selecionadas.
79
5.5.8 ESTRATÉGIA 8
A Tabela 5-16 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 8. Na Figura 5.23 tem-se a tentativa de ajustes dos ganhos dos
controladores desta estratégia.
Tabela 5-16 – Variáveis de Controle (Estratégia 8)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Ataque Velocidade
Ângulo de Ataque Velocidade Profundor Motor
0 20 40 60 80 100 120 140
4
4.5
5
5.5
Sobre Sinal :-17.02%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :0.2s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :0.2s
J :10999.27
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :100.00000
Ganhos
Tempo [s]
Ângulo de Ataque [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-75.93%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :5.9s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso - Não Ocorre
J :21951.55
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :-0.04000
Ganhos
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.23 – Estratégia 8, Tentativa de Ajuste dos ganhos
Semelhante a estratégia de assistência à pilotagem 7, na estratégia 8 também não foi
possível o ajuste dos ganhos de forma a se obter uma resposta oscilatória. Portanto, da mesma
forma, a estratégia 8 foi descartada.
80
5.5.9 ESTRATÉGIA 9
A Tabela 5-17 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 8. Na Figura 5.24 tem-se a tentativa de ajustes dos ganhos dos
controladores desta estratégia.
Tabela 5-17 – Variáveis de Controle (Estratégia 9)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Fator de Carga Velocidade
Fator de Carga Velocidade Motor Profundor
0 20 40 60 80 100 120 140
1
1.5
2
Sobre Sinal :-92.98%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :23.3s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso - Não Ocorre
J :27710.84
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :10.00000
Ganhos
Tempo [s]
Fator de Carga [g`s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :2537.84%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :106.7s
Tempo de Subida :6.1s
Tempo de Atraso :4.4s
J :12790309.01
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :0.01400
Ganhos
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.24 – Estratégia 9, Tentativa de Ajuste dos ganhos
Para a estratégia de assistência à pilotagem 9, também não foi possível o ajuste dos
ganhos do controlador pelo método da sensibilidade limite. Dessa forma a estratégia 9 também
foi descartada e não foi utilizada nas demais avaliações deste trabalho.
81
5.5.10 ESTRATÉGIA 10
A Tabela 5-18 apresenta o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 8. Na Figura 5.24 tem-se a tentativa de ajustes dos ganhos dos
controladores desta estratégia.
Tabela 5-18 – Variáveis de Controle (Estratégia 10)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Fator de Carga Velocidade
Fator de Carga Velocidade Profundor Motor
0 20 40 60 80 100 120 140
1
1.5
2
Sobre Sinal :-3.35%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :0.2s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso :0.1s
J :10442.47
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :10.00000
Ganhos
Tempo [s]
Fator de Carga [g`s]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :-67.69%
Tempo de Acomodação - Infinito
Tempo de Pico :96.9s
Tempo de Subida - Não Ocorre
Tempo de Atraso - Não Ocorre
J :19584.01
Kd :0.00010
Ki :0.00010
Kp :0.01400
Ganhos
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.25 – Estratégia 10, Tentativa de Ajuste dos ganhos
Neste caso também não foi possível o ajuste dos ganhos dos controladores. Por esse
motivo a estratégia 10 também foi descartada.
Nas estratégias com referência baseada no fator de carga pode-se fazer uma análise do
motivo para a dificuldade no ajuste dos ganhos do seu controlador.
82
Avaliando a estratégia cruzada, uma entrada degrau no valor do fator de carga exigiria
que a aeronave conseguisse manter um valor de fator de carga maior que um, indefinidamente,
apenas com ajustes na porcentagem de potência do motor. Facilmente pode-se perceber que esta
situação é fisicamente impossível, pois alterações na potência do motor da aeronave podem
conseguir provocar uma variação no fator de carga (no regime transiente), mas não são capazes
de manter indefinidamente esse acréscimo, pois após um instante de tempo, novamente a
aeronave entrará em um regime permanente, com o fator de carga igual a um.
Para a estratégia direta, onde as variações do fator de carga são obtidas através da
atuação do profundor, o acréscimo de fator de carga na aeronave deverá ser mantido através de
deflexões no profundor. No movimento longitudinal, um fator de carga maior que um indica que
a aeronave está ou subindo com aceleração constante, ou girando em torno do seu eixo
longitudinal (na forma de loop). O que se observa na aeronave analisada é que a mesma, ao se
manter um acréscimo de fator de carga, inicia um loop, mas devido as suas características de
desempenho, não consegue se manter na manobra e ocorre o estol.
83
5.5.11 ESTRATÉGIA 11
Na Tabela 5-19 apresenta-se o princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 11. Na Tabela 5-20 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
Na, Figura 5.26 apresenta-se a resposta dos controladores da estratégia 11 para os
valores iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.27 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após a ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-19 – Variáveis de Controle (Estratégia 11)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Velocidades Velocidade
Ângulo de Velocidades Velocidade Motor Profundor
Tabela 5-20 – Ajustes de Ganhos para a Estratégia de Controle 11
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
10 -1,1167
Ganho Integral K
I
-4,2 -0,11667
Ganho Derivativo K
D
-1 -1,5167
84
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :17.09%
Tempo de Acomodação :13.2s
Tempo de Pico :2.4s
Tempo de Subida :1.6s
Tempo de Atraso :0.7s Ganhos
Kp :-10.00000
Ki :-4.00000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Ângulo de Velocidades [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :43.75%
Tempo de Acomodação :16s
Tempo de Pico :2.8s
Tempo de Subida :1.6s
Tempo de Atraso :0.9s Ganhos
Kp :-1.00000
Ki :-0.50000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.26 – Resposta da Estratégia 11 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :0.79%
Tempo de Acomodação :10.4s
Tempo de Pico :2.4s
Tempo de Subida :2.1s
Tempo de Atraso :0.6s Ganhos
Kp :-10.00000
Ki :-4.20000
Kd :-1.00000
Tempo [s]
Ângulo de Velocidades [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :4.57%
Tempo de Acomodação :4.6s
Tempo de Pico :3.5s
Tempo de Subida :2.6s
Tempo de Atraso :1.1s Ganhos
Kp :-1.11667
Ki :-0.11667
Kd :-1.51667
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.27 – Resposta da Estratégia 11 após a Sexta Etapa de Otimização
85
5.5.12 ESTRATÉGIA 12
A Tabela 5-21 apresenta princípio de controle em que se baseia a estratégia de
assistência à pilotagem 12. Na Tabela 5-22 são apresentados os valor finais dos ganhos dos
controladores desta estratégia após o processo de ajuste dos mesmos.
A Figura 5.28 apresenta a resposta dos controladores da estratégia 12 para os valores
iniciais de ganhos dos controladores e a Figura 5.29 apresenta a resposta desses mesmos
controladores após o ajuste finais dos seus ganhos.
Tabela 5-21 – Variáveis de Controle (Estratégia 12)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência Ângulo de Velocidades Velocidade
Ângulo de Velocidades Velocidade Profundor Motor
Tabela 5-22 – Ajustes de Ganhos para a Estratégia de Controle 12
PID 1 PID 2
Ganho Proporcional K
P
26,5595 -1,054
Ganho Integral K
I
1,9073 -0,28283
Ganho Derivativo K
D
-0,17145 -0,20633
86
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :21.51%
Tempo de Acomodação :120s
Tempo de Pico :14.1s
Tempo de Subida :7.3s
Tempo de Atraso :2.7s Ganhos
Kp :6.00000
Ki :0.60000
Kd :0.50000
Tempo [s]
Ângulo de Velocidades [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :41.61%
Tempo de Acomodação :22.9s
Tempo de Pico :3.8s
Tempo de Subida :2s
Tempo de Atraso :1.1s Ganhos
Kp :-0.20000
Ki :-0.30000
Kd :-0.10000
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.28 – Resposta da Estratégia 12 para os valores iniciais de ganhos
0 20 40 60 80 100 120 140
0
0.5
1
1.5
Sobre Sinal :5.38%
Tempo de Acomodação :17.8s
Tempo de Pico :5.7s
Tempo de Subida :2.7s
Tempo de Atraso :0.7s Ganhos
Kp :26.55948
Ki :1.90729
Kd :-0.17156
Tempo [s]
Ângulo de Velocidades [graus]
PID 1
0 20 40 60 80 100 120 140
60
60.5
61
61.5
Sobre Sinal :9.38%
Tempo de Acomodação :9.3s
Tempo de Pico :3.1s
Tempo de Subida :1.6s
Tempo de Atraso :0.5s Ganhos
Kp :-1.05399
Ki :-0.28283
Kd :-0.20633
Tempo [s]
Velocidade [m/s]
PID 2
Figura 5.29 – Resposta da Estratégia 12 após a Sexta Etapa de Otimização
87
Dessa forma, das doze estratégias de assistência à pilotagem propostas, em quatro delas
não se conseguiu o ajuste dos controladores. Essas quatro estratégias foram, portanto,
descartadas, restando oito estratégias a serem implementadas no simulador e avaliadas.
5.6 DETERMINAÇÃO DOS VALORES LIMITES DE REFERÊNCIA
Selecionadas e ajustadas as estratégias de assistência à pilotagem, antes que as mesmas
sejam implementadas no simulador, faz-se necessário um estudo dos valores máximo e mínimo
admissíveis de cada uma das variáveis controladas de forma que se conheça e se estabeleça o
limite de atuação de cada um dos controladores. Os limites de atuação dessas variáveis
dependem das características aerodinâmicas e de desempenho da aeronave.
Das variáveis de desempenho, monitoradas pelas estratégias de assistência à pilotagem,
as que se relacionam diretamente ao desempenho da aeronave são:
Velocidade;
Razão de Subida;
Ângulo de Arfagem;
Para determinação dos limites dessas variáveis construiu-se uma rotina em linguagem de
programação Matlab
®
baseada no simulador de vôo desenvolvido, para a determinação das
características de desempenho da aeronave. Obteve-se então as curvas de Razão de subida e
ângulo de velocidades máximo para a aeronave em função da velocidade, para várias condições
de porcentagem de potência.
Na Figura 5.30 apresenta-se os valores de razão de subida máxima e na Figura 5.31 tem-
se os valores de ângulo de velocidades máximos. Dessas duas figuras pode-se obter também os
limites de velocidade de operação da aeronave. Esses valores serão utilizados nas estratégias
88
implementadas no simulador de vôo, como os valores limites máximos possíveis de se atribuir às
variáveis de referência.
30 40 50 60 70 80 90
0
2
4
6
8
V [m/s]
ROC [m/s]
Pp=100%
Pp=85%
Pp=70%
Pp=50%
Figura 5.30 – Razão de Subida Máxima
30 40 50 60 70 80 90
0
2
4
6
8
Vel [m/s]
Ângulo de Velocidades [graus]
Pp=100%
Pp=85%
Pp=70%
Pp=50%
Figura 5.31 – Ângulo de Velocidades Máximo
89
5.7 ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA À PILOTAGEM 13
Como descrito no item anterior, os valores de referência das grandezas que cada
controlador deverá monitorar foram definidos através dos cálculos de desempenho da aeronave.
Estes parâmetros definem os limites para os valores de referência de cada grandeza controlada
pelas estratégias de assistência à pilotagem. Neste trabalho os valores desses limites são fixos
durante todo o regime de vôo. Porém, pode-se observar que esses valores variam de acordo com
a condição de vôo, como o valor máximo de razão de subida, que varia de acordo com a
velocidade de vôo (Figura 5.30).
Criou-se então uma décima terceira estratégia de assistência à pilotagem para testar o
conceito de um sistema de controle com ajuste adaptativo para os limites das variáveis de
referencia. O objetivo da implementação de um ajuste adaptativo é que o mesmo pode trazer
uma maior segurança à pilotagem. No caso da razão de subida, por exemplo, para cada valor de
razão de subida determinado pelo usuário, os limites de velocidades possíveis se ajustarão
automaticamente para aqueles possíveis para aquela razão de subida. Dessa forma não existe a
possibilidade de se ocorrer o estol da aeronave.
Um problema advindo deste sistema é que os valores de referência para a velocidade vão
estar constantemente variando durante a simulação (devido às variações na referência de razão
de subida), mesmo que a manete de potência permaneça em uma posição fixa. Caberá ao
usuário atuar nos controles de forma a manter a velocidade no valor desejado. A dificuldade
inserida por essa modificação será analisada pelos testes no simulador e então avaliada a
viabilidade da implementação desse sistema.
A estratégia de controle 13 será implementada da mesma forma que a estratégia 4,
apenas alterando o ajuste dos limites de referência da velocidade de valores fixos, para valores
variáveis de acordo com o valor da razão de subida instantânea. Os ajustes dos ganhos dos
controladores da estratégia 13 foram os mesmos usados na estratégia 4.
90
A justificativa pela opção da escolha da estratégia 4 para os testes com o ajuste
dinâmico se dá pelo fato de que, em testes preliminares, observou-se que esta estratégia era
candidata a uma das estratégias mais eficientes na implementação dos sistemas de assistência à
pilotagem. A Tabela 5-23, apresenta o mecanismo de atuação da estratégia 13.
Tabela 5-23 – Variáveis de Controle (Estratégia 13)
Referência Atuação PID1 Atuação PID 2
Manche Manete de Potência
Razão de Subida
[ROC]
Velocidade
Razão de Subida
[ROC]
Velocidade Profundor Motor
5.8 IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ASSISTÊNCIA À
PILOTAGEM NO SIMULADOR
As estratégias de assistência à pilotagem propostas foram implementadas no simulador
descrito no Capítulo 4. Inicialmente, para implementação dessas estratégias o primeiro passo é a
realimentação do bloco de controle do simulador, para a avaliação do erro na variável
controlada e conseqüente atuação pelos controladores PID. Na Figura 5.32 apresenta-se o
simulador com o bloco de controle com realimentação dos estados da aeronave. Dentro desse
bloco foram implementados os controladores.
91
Figura 5.32 –Simulador com Realimentação
Na Figura 5.33 apresenta-se essa implementação no simulador. Através da modificação
do valor da variável estratégia pode-se selecionar que estratégia de controle será utilizada na
simulação, entre o caso sem estratégia de assistência à pilotagem, ou uma das treze estratégias
implementadas.
92
Figura 5.33 – Implementação dos Controladores
93
Na Figura 5.34 apresenta-se um exemplo de implementação para uma das estratégias de
assistência à pilotagem, onde os valores obtidos no joystick (posição do manche e da manete de
potência) determinam o valor do referência da grandeza a se monitorar. O valor de referência na
variável de saída controle tem por finalidade alimentar o bloco que contém o painel de
instrumentos do simulador, para que o valor de referência também seja exibido nos
instrumentos.
Figura 5.34 – Exemplo de um Controlador
Na Figura 5.35 apresenta-se a implementação de um dos controladores PID, com os
respectivos ganhos proporcional, integral e derivativo.
O ajuste integral implementado no controlador PID deve ser do tipo saturado. Isso é
necessário pois, apesar de existir um limite de saturação na saída do controlador, caso a
aeronave durante um intervalo de tempo grande não consiga atingir o valor de referência, o
controlador integral ira fazer com que o valor desse erro cresça continuamente, exigindo uma
atuação na variável de controle (deflexão do profundor ou porcentagem de potência) continue
crescendo também indefinidamente. Mesmo com o controle de saturação na saída dos
controladores limitando esses valores aos valores fisicamente possíveis, o erro ficará acumulado
94
no controlador. Com a utilização do integrador saturado, consegue-se que o valor máximo de
erro acumulado no integrador seja igual àquele que provoque as atuações máximas nos
comandos (deflexão do profundor ou atuação na manete de potência). Esse problema é
conhecido como integrador windup, e a estratégia utilizada para a resolução do mesmo é
conhecida como anti-windup strategy (Ogata 2006).
Figura 5.35 – Controlador PID
Pretende-se após a conclusão deste trabalho disponibilizar na homepage do CEA os
códigos em Matlab
®
, referentes a implementação do simulador, e as rotinas referentes a
programação dos controladores.
95
6
6
ENSAIOS
6.1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo é apresentada a metodologia dos ensaios para avaliação das estratégias de
assistência à pilotagem propostas. É feita uma analise para escolha de uma missão a ser
realizada pelo usuário, e apresenta uma metodologia para se determinar de que forma a
qualidade das estratégias de assistência à pilotagem pode ser mensurada.
6.2 TRAJETÓRIA DO ENSAIO
Inicialmente, através de um estudo das características de desempenho da aeronave CB-
10 Triatlhon, definiu-se um caminho objetivo a ser percorrido pelos usuários. O caminho
proposto consiste em uma série de trechos de vôo reto nivelado, subidas e descidas. Os valores
de velocidades e ângulos de subida e descida foram definidos de acordo com os cálculos de
desempenho, sendo que a trajetória proposta corresponde a um vôo de alto desempenho, de
acordo com as características da aeronave. Os parâmetros de desempenho adotados foram
obtidos através do simulador desenvolvido nesse trabalho.
Os valores máximos adotados foram:
ROC máximo = 7,16 m/s (adotado ROC = 7m/s);
Velocidade de ROC máximo = 60 m/s.
Ângulo de subida máximo = 8,09 graus (adotado = 8 graus);
Velocidade de ângulo de subida máximo = 50 m/s.
96
A trajetória foi definida em função dessas características de desempenho da aeronave e é
composta de doze trechos. Oportunamente em cada trecho pode se monitorar a velocidade e ou
a trajetória percorrida pela aeronave para se avaliar a qualidade das estratégias de controle. A
altitude inicial da trajetória foi escolhida como uma altitude de segurança, de maneira que
mesmo erros grosseiros dos usuários não levem a aeronave até o solo, essa altitude foi definida
como 950m, condição que os ganhos dos controladores foram ajustados.
Os trechos propostos são descritos a seguir:
Trecho 1
No primeiro trecho de mil metros não existe monitoramento da velocidade ou altitude.
O objetivo é que o usuário tenha um pequeno trecho para se familiarizar com os comandos da
aeronave.
Trecho 2
Neste trecho o usuário deve voar por mil metros mantendo uma altitude pré-
estabelecida e a velocidade de 50 m/s.
Trecho 3
Neste trecho o usuário deve voar por mil metros subindo com o ângulo máximo de
subida da aeronave (8 graus) e mantendo a velocidade igual a 50m/s.
Trecho 4
Neste trecho o usuário deve voar por mil metros mantendo o vôo reto nivelado, ainda
mantendo 50m/.
Trecho 5
97
Neste trecho o usuário deve voar por mil metros descendo, com ângulo de descida
acentuado (8 graus) mantendo a velocidade igual a 50 m/s.
Trecho 6
Neste trecho o usuário deve voar novamente por mais mil metros mantendo a altitude
constante, e a velocidade de 50 m/s.
Trecho 7
No trecho 7, não são monitorados a altitude e nem a velocidade, não são mensurados os
erro nessa parte do vôo. A função desse trecho e permitir ao usuário uma transição de
velocidades, sendo que antes do próximo trecho a velocidade da aeronave deverá ser aumentada
para 60 m/s, o trecho também possui mil metros.
Trecho 8
A partir do deste trecho o usuário deverá voar a 60m/s, e neste trecho, além de manter
essa velocidade, deve ainda manter o vôo reto nivelado por uma distância de mil metros.
Trecho 9
Nesse trecho deve-se subir, mantendo a máxima razão de subida da aeronave (7 m/s)
por uma distância de mil metros, mantendo-se a velocidade constante e igual a 60 m/s.
Trecho 10
Trecho de mil metros com vôo reto nivelado ainda mantendo a velocidade constante e
igual a 60 m/s.
Trecho 11
Último trecho de descida, mil metros com ângulo de descida acentuado (8 graus),
mantendo a velocidade constante igual a 60 m/s.
98
Trecho 12
Trecho final, vôo reto nivelado por uma distância de mil metros, mantendo a velocidade
constante igual a 60 m/s.
6.2.1 POLINÔMIO DE HERMITE
Na trajetória proposta anteriormente existe uma descontinuidade da primeira derivada
entre as interseções de trechos nivelados com trechos de subida ou descida, o que em uma
aeronave representa uma descontinuidade no ângulo de velocidades (
g ). Essa trajetória com
descontinuidade é impossível de ser percorrida pela aeronave.
Como forma de resolver esse problema, a interseção entre os trechos foi então suavizada
com a utilização dos polinômios de Hermite. Com isso foi possível escrever um polinômio entre
dois pontos pertencentes a cada um dos trechos que se pretende suavizar. O polinômio de
Hermite determina uma função ligando os dois pontos com o mesmo valor da função e de mesma
derivada em cada um dos pontos, o que leva a uma função de derivada primeira continua.
Para interpolação pelo polinômio de Hermite, toma-se um ponto sobre cada uma das
curvas que se deseja interpolar (as sua coordenadas e derivadas). De acordo com a Figura 6.1,
tem-se x
0
e y
0
as coordenadas do ponto A e
0
b a derivada em A. Em B, tem-se x
1
e y
1
as
coordenadas do ponto e
1
b a derivada em B.
A
B
Altitude [m]
Trajetória [m]
Figura 6.1 – Parâmetros do Polinômio de Hermite
99
Em (Oliveira, 2004) apresenta-se uma cúbica utilizando polinômios de Hermite, de
acordo com a Equação (6.1).
() () () () ()
10213041
yN N N Nxxaxaxbxb=+++
(6.1)
sendo:
()
32
1
231N xxx=-+ (6.2)
()
32
2
23N xxx=- +
(6.3)
()
32
3
2N xx xx=- + (6.4)
()
32
4
N xxx=- (6.5)
onde:
0
10
xx
xx
x
-
=
-
(6.6)
00
ya = (6.7)
11
ya = (6.8)
010
0
()
dy
xx
dx
b =⋅- (6.9)
110
1
()
dy
xx
dx
b =⋅- (6.10)
Na Figura 6.2 apresenta-se a suavização da trajetória com a interpolação pelo polinômio
de Hermite. Observa-se em azul a trajetória inicial, e em vermelho o ajuste polinomial. Para a
interpolação na trajetória proposta, definiu-se os pontos A e B distantes 100 metros da
interseção.
100
Trajetória [m]
Altitude [m]
A
B
Trajetória Original
Trajetória com Ajuste de Hermite
Figura 6.2 – Ajuste de Hermite
6.2.2 I
DENTIFICAÇÃO DA TRAJETÓRIA
Para uma melhor identificação da trajetória a ser cumprida pelo usuário no simulador,
implementou-se uma seqüência de círculos na interface gráfica do programa FlightGear
®
, de
forma que o usuário possa identificar a localização da trajetória a ser percorrida. Foram criadas
diferentes cores de círculos para ajudar a identificar o trecho da trajetória em que o usuário está
voando, sendo:
Preto – Trajetória livre, sem contagem de pontuação.
Verde – Trecho reto nivelado.
Vermelho – Transições suaves entre os trechos reto nivelados com as subidas ou
descidas.
Azul – Subidas.
Amarelo – Descidas.
101
O procedimento consiste em se gerar figuras em um programa computacional de
modelagem 3D, e essas figuras podem então ser inseridas na interface gráfica do programa
FlightGear
®
1
Na Figura 6.3 apresenta-se a trajetória proposta para os ensaios de avaliação das
estratégias de assistência à pilotagem. Pode se observar a diferenciação das cores de acordo com
a relação descrita anteriormente.
0 2 4 6 8 10 12
950
1000
1050
1100
Distância [km]
Altitude [m]
Velocidade
50m/s
Velocidade
60m/s
Figura 6.3 – Trajetória proposta para os ensaios
1
Referências de como adicionar figuras ao FlghtGear podem ser encontradas em:
http://www.flightgear.org/Docs/FAQ.shtml#6.6
http://www.flightgear.org/Docs/Scenery/SceneryGeneration/SceneryGeneration.html
Acessadas em maio de 2009
102
Na Figura 6.4 mostra-se a implementação da trajetória na interface gráfica do programa
FlightGear
®
, apresentando a visão do piloto nos ensaios realizados. Deve-se notar que esta
visualização só é utilizada nestes ensaios para criar uma métrica para avaliar as estratégias de
assistência à pilotagem. Na prática a adoção destas estratégias em aeronaves reais não exigirá
necessariamente tal representação para o piloto.
Figura 6.4 – Exemplo da Implementação da Trajetória na Interface Gráfica
6.3 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS ENSAIOS
A qualidade da estratégia de controle foi mensurada de acordo com a capacidade do
usuário em voar seguindo a trajetória pré-determinada, apresentada no item anterior, utilizando
cada estratégia de assistência à pilotagem separadamente.
Inicialmente cada usuário foi classificado através de uma série de perguntas, de acordo
com o seu conhecimento em aeronáutica, simuladores e habilidade em jogos eletrônicos. Em
seguida o usuário foi convidado a pilotar a aeronave no simulador sem a implementação das
estratégias, com controles convencionais, e em seguida com todas as estratégias de assistência à
pilotagem. Após cada simulação foram aplicados dois métodos de avaliação: um deles subjetivo,
103
onde o próprio usuário avaliou qualidade da estratégia de assistência à pilotagem, dando uma
nota para a mesma; e um segundo método direto onde foi mensurado o erro na trajetória da
aeronave em relação a trajetória proposta. Quanto menor o erro acumulado, melhor foi
considerado a qualidade da estratégia.
6.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS USUÁRIOS
Antes de cada ensaio o usuário precisou responder “sim” ou “não” a uma série de oito
perguntas descritas a seguir.
1 – Possui conhecimento científico na área de aeronáutica?
2 – Entende como funciona a atuação das superfícies de comando no avião?
3 – É piloto de avião?
4 – É piloto de aeromodelo?
5 – Possui carteira de motorista?
6 – Tem hábito de jogar simulador de vôo?
7 – Já jogou alguma vez um simulador de vôo?
8 – Tem habilidade em jogos eletrônicos em geral?
Pretendeu-se realizar os ensaios com diferentes classes de usuários, tanto aqueles sem
conhecimento em aeronáutica, quanto pilotos experientes, para que se possa avaliar a viabilidade
da implementação das estratégias de assistência à pilotagem para vários perfis de usuários.
104
6.3.2 PROCEDIMENTO DE ENSAIO
Antes de iniciar os ensaios, foi apresentada ao usuário uma explicação resumida do
funcionamento das estratégias de assistência à pilotagem, bem como a trajetória e as velocidades
que deveriam ser cumpridas durante o vôo.
Logo após esta fase inicial, cada o usuário iniciava os vôos simulados, primeiro na
condição convencional, sem a implementação de uma das estratégias de assistência à pilotagem,
e em seguida voando com as nove estratégias propostas.
6.3.3 MÉTODO SUBJETIVO DE AVALIAÇÃO
O primeiro método de avaliação das estratégias de assistência à pilotagem, subjetivo,
consistiu em o próprio usuário atribuir uma nota para cada um dos controladores testados. Para
padronizar essa avaliação e facilitar a escolha do usuário, foi adotado um método de avaliação
da qualidade de vôo largamente conhecido, a escala de Cooper-Harper, apresentada no Capítulo
2.
Após o vôo com cada estratégia de assistência à pilotagem, partindo do bloco “decisão
do piloto”, o usuário deve então seguir o fluxograma proposto, respondendo às perguntas até se
atingir a nota final para a qualidade de vôo da estratégia testada, de acordo com a sua avaliação
da dificuldade em se cumprir a trajetória e velocidade pré-determinadas para o ensaio. O usuário
devia também dar uma nota à condição de simulação sem a implementação das estratégias de
assistência à pilotagem.
6.3.4 MÉTODO DIRETO DE AVALIAÇÃO
Além do método subjetivo de avaliação, durante cada simulação os dados da trajetória
voada pelo usuário foram gravados em um arquivo, para posteriormente serem avaliados.
A velocidade e a altitude do usuário durante o ensaio, gravadas no arquivo de dados,
foram comparadas a velocidade e altitude pré-determinadas. Em cada instante de tempo calcula-
105
se o erro absoluto de velocidade e posição da aeronave, de acordo com as Equações (6.11) e
(6.12).
voada determinada
ErroVelocidade V V=-
(6.11)
voada determinada
ErroAltitude h h=- (6.12)
O erro total, chamado de erro acumulador, foi então determinado integrando-se o valor
de erro no inicio do trajeto (x = 0) até o final da trajetória (x = final):
0
x final
x
ErroAcumuladoVelocidade ErroVelocidade dx
=
=
=⋅
ò
(6.13)
0
x final
x
ErroAcumuladoAltitude ErroAltitude dx
=
=
=⋅
ò
(6.14)
De acordo com essa formulação, o valor de erro representa o quanto o usuário voou fora
da trajetória pré-determinada. Dessa forma, quanto maior o valor do erro acumulado, pior será
considerado a qualidade da estratégia de assistência à pilotagem. Cabe lembrar que no trecho de
adaptação inicial, e no trecho de transição, não foram computadas as pontuações de velocidade e
altitude.
106
7
7
RESULTADOS
7.1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo são apresentados os resultados dos ensaios realizados no simulador com
as diversas estratégias de assistência à pilotagem implementadas, assim como uma análise da
eficácia destas estratégias. Inicialmente é feita uma análise do perfil dos usuários que realizaram
a simulação, e em seguida é discutida a qualidade das estratégias em função da nota subjetiva
(de acordo com a escala de Cooper-Harper) atribuída por estes a cada uma das estratégias
testadas. Em seguida é feita uma análise do funcionamento de cada um dos tipos de
controladores utilizados nas estratégias de assistência à pilotagem, provando a sua capacidade de
atuação. Logo após, são apresentados os valores de erro acumulado obtidos por cada um dos
usuários, durante a simulação com cada uma das estratégias. É feita também uma análise das
características de vôo obtidas com cada uma das estratégias, através da avaliação de grandezas
típicas da qualidade do vôo como: ângulo de ataque, ângulo de arfagem e fator de carga na
aeronave. É feita também uma avaliação da efetividade da implementação das estratégias
através da comparação de dois usuários em lados opostos, um com experiência em pilotagem e
um sem conhecimento na área. Finalmente é avaliada separadamente a estratégia de assistência
à pilotagem proposta com o controlador que possui o ajuste adaptativo dos limites da velocidade
de referência discutindo-se a viabilidade da implementação da mesma.
7.1.1 PERFIL DOS USUÁRIOS
Para validação dos resultados desejava-se um perfil diverso de usuários para realizar os
ensaios. Deseja-se que as estratégias sejam eficientes, tanto para usuários com conhecimento de
pilotagem ou de aeronáutica, quanto para aqueles usuários sem conhecimento algum. Na Figura
107
7.1, apresenta-se um gráfico de barras com as respostas de cada um dos usuários. As barras
azuis representam a número de respostas positivas às perguntas, e as barras vermelhas o número
de respostas negativas às perguntas.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
Conhecimento Científico?
Entende Atuação Superf Comando?
É Piloto?
É Aeromodelista?
Dirige Carro?
Joga Simuldor de Vôo?
Já Jogou Simulador de Vôo?
Habilidade em Jogos Eletrônicos?
Número de Usuários
Respostas Positivas Respostas Negativas
Figura 7.1 – Perfil dos Usuários
Ao todo foram analisados trinta e quatro usuários. Desses, vinte e oito possuíam bom
conhecimento em aeronáutica, e seis não possuíam conhecimento sobre o tema. Trinta
entendiam a dinâmica de atuação das superfícies de comando em uma aeronave. Três usuários
avaliados eram pilotos, e dois aeromodelistas (nenhum dos pilotos era também aeromodelista).
Trinta possuíam carteira de motorista. Nove possuíam hábito de jogar simuladores de vôo, e
dezesseis já haviam jogado alguma vez simuladores de vôo, e ainda vinte e quatro declararam
ter habilidade com jogos eletrônicos. Devido à dificuldade em se encontrar usuários disponíveis,
especialmente pilotos, não foi possível garantir a mesma quantidade respostas positivas e
nagativas.
108
7.2 AVALIAÇÃO SUBJETIVA DE ACORDO COM A ESCALA DE COOPER-
H
ARPER
A Tabela 7-1, apresenta as notas atribuídas a cada uma das estratégias de assistência à
pilotagem por todos os usuários de acordo com a escala de Cooper-Harper. Na
Tabela 7-2 são apresentadas as médias dessas notas.
Das nove estratégias avaliadas, pode-se observar que em oito delas ouve uma melhora
na qualidade do vôo em relação à condição sem estratégia de assistência à pilotagem, de acordo
com a opinião dos usuários. Em apenas uma das estratégias (a estratégia 5, baseada no controle
do ângulo de arfagem, com controle cruzado) houve uma piora na qualidade do vôo, isso de
acordo com a opinião dos usuários. Todas as outras oito estratégias de assistência à pilotagem
obtiveram uma classificação melhor que a condição sem implementação das estratégias, de
acordo com a Tabela de Cooper-Harper
A nota média obtida para condição sem a implementação de estratégias de assistência à
pilotagem foi igual a 7,4. Na escala de Cooper-Harper isso representaria “um sistema de controle
em que o desempenho adequado não pode ser obtido com carga de trabalho tolerável, um
melhoramento é obrigatoriamente exigido, e o sistema apresenta deficiências graves”.
A estratégia 4 (controle com referência na razão de subida, e com controladores diretos)
e a estratégia 12 (controle com referência no ângulo de velocidades, com controladores também
diretos) foram as estratégias que obtiveram a melhor nota média na classificação dos usuários.
Essas duas estratégias foram as únicas que obtiveram uma nota menor que três. Na escala de
Cooper-Harper isso indica que a estratégia está “satisfatória sem melhoramentos, com um nível
de deficiência entre desagradáveis e desprezíveis”, sendo classificada entre razoável e boa.
109
Tabela 7-1 – Notas dos Usuários de Acordo com a Escala de Cooper-Harper
Usuário
Sem Estratégia
Estratégia 1 (Cruzada)
Estratégia 2 (Direta)
Estratégia 3 (Cruzada)
Estratégia 4 (Direta)
Estratégia 5 (Cruzada)
Estratégia 6 (Direta)
Estratégia 11 (Cruzada)
Estratégia 12 (Direta)
Estratégia 13
1 6 6 1 3 2 6 2 3 1 4
2 3 6 2 5 2 9 5 4 2 6
3 9 9 3 5 1 10 4 4 1 4
4 10 3 1 3 1 6 4 3 1 1
5 10 5 3 6 1 9 5 2 2 2
6 9 9 5 4 3 9 4 4 6 5
7 9 9 5 4 4 6 5 3 2 4
8 7 5 4 6 3 9 2 2 1 8
9 6 10 4 5 2 6 4 1 2 4
10 6 5 3 5 3 8 2 1 1 3
11 3 10 1 5 2 8 1 4 2 4
12 8 10 1 3 3 6 2 3 3 4
13 8 7 7 7 6 9 5 8 3 5
14 6 4 3 4 4 6 3 4 3 5
15 7 5 3 2 1 5 3 2 3 6
16 10 10 8 6 5 8 6 3 5 7
17 10 9 5 4 2 8 5 3 3 5
18 6 10 3 5 4 9 3 6 4 3
19 7 5 3 3 2 9 3 4 1 4
20 6 10 2 3 1 9 3 4 2 2
21 5 7 4 6 3 9 4 3 2 5
22 8 4 2 1 1 9 1 1 1 2
23 10 8 4 10 5 7 4 6 3 2
24 8 9 5 6 3 7 3 4 2 4
25 8 9 1 2 1 9 2 2 1 3
26 7 7 3 2 1 9 2 2 1 4
27 6 7 2 4 1 10 3 3 1 1
28 10 10 7 7 2 9 7 5 1 1
29 10 10 2 4 4 7 5 3 2 3
30 9 5 3 3 1 7 4 5 5 1
31 5 5 3 4 3 6 2 2 2 3
32 6 2 1 2 2 3 1 1 1 1
33 7 9 2 3 2 8 3 3 2 4
34 7 7 3 2 2 5 4 3 3 4
110
Tabela 7-2 – Média das Notas dos Usuários
Referência (Velocidade e
Altitude)
Referência (Velocidade e
Razão de Subida)
Referência (Velocidade e
Ângulo de Arfagem)
Referência (Velocidade e
Ângulo de Velocidades)
Referência (Velocidade e
Razão de Subida)
Sem Assistência à
Pilotagem
Estratégia 1 (Cruzada)
Estratégia 2 (Direta)
Estratégia 3 (Cruzada)
Estratégia 4 (Direta)
Estratégia 5 (Cruzada)
Estratégia 6 (Direta)
Estratégia 11 (Cruzada)
Estratégia 12 (Direta)
Estratégia 13
Média 7,4 7,2 3,2 4,3 2,5 7,7 3,4 3,4 2,2 3,6
Desvio
Padrão
2,0 2,4 1,8 1,9 1,4 1,7 1,5 1,5 1,3 1,7
Observa-se ainda que entre os pares de estratégia de assistência à pilotagem, sempre as
estratégias com controle cruzado obtiveram notas piores em relação ao seu par, de controle
direto. Em todos os casos essa tendência foi verificada.
Um destaque especial deve ser dado às estratégias de assistência à pilotagem com
referência baseadas, no controle de ângulo de velocidades, estratégias 11 e 12. A estratégia 12,
com controle direto, foi a estratégia que obteve a melhor nota na classificação dos usuários igual
a 2,2, classificada como “boa, em que as deficiências são desprezíveis”. O seu par, cruzado, foi o
único das estratégias cruzadas que obteve uma nota menor que 4, sendo possível classificar a
estratégia na categoria “sem a necessidade de melhoramentos” de acordo com a Tabela de
Cooper-Harper. Uma nota acima de 4 indica que o melhoramento já é desejado. Esse par de
estratégias foi o único em que tanto a estratégia de controle cruzado, como a estratégia de
controle direto, foram classificadas em uma condição que estão satisfatórias sem melhoramentos
(por Cooper-Harper). Pela Tabela 7-1 pode-se observar ainda que das estratégias cruzadas a
111
estratégia 11 foi a única que não recebeu de nenhum dos usuários a nota 10, um sistema
classificado como incontrolável.
Cabe ressaltar que essa avaliação não pode ser utilizada para classificar a qualidade das
estratégias como um todo. Cada usuário avaliou apenas a capacidade em cumprir a trajetória
pré determinada pelos ensaios, e essa classificação só deve ser adotada para um vôo com
características semelhantes à trajetória proposta.
7.3 ATUAÇÃO DOS CONTROLADORES
A seguir serão apresentados alguns exemplos da atuação dos controladores de forma a
atingir o valor da variável de referência. Será mostrado um exemplo para cada tipo de
controlador implementado.
A Figura 7.2, mostra a atuação do controlador de altitude, empregado nas estratégias 1
e 2. Em azul pode-se ver o valor da variável de referência para o controlador, e em vermelho o
valor atual da variável controlada, no caso, a altitude.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
1000
1100
1200
Altitude [m]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.2 – Atuação do Controle de Altitude
112
Para o controle de altitude pode-se observar uma dificuldade do controlador em atingir
o valor de referência. Existe um erro estacionário no sistema que o controlador leva muito tempo
para conseguir reduzir, sobretudo devido às limitações de razão de subida da aeronave.
Na Figura 7.3 pode-se observar a atuação do controlador de razão de subida, referente
às estratégias 3 e 4. Nesse caso observa-se que não existe o erro permanente como apresentado
pelo controlador de altitude, porém ele apresenta um pequeno atraso na sua resposta, devido à
inércia da aeronave em estabelecer um determinado ângulo de subida.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-10
0
10
20
Razão de Subida [m/s]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.3 – Atuação do Controlador de Razão de Subida
Na Figura 7.4 observa-se a atuação do controlador de ângulo de arfagem, controlador
este implementado nas estratégias de número 5 e 6. Neste caso observa-se uma melhora no
tempo de resposta do controlador, mas com um erro permanente, sobretudo para variações
máximas da referência.
Na Figura 7.5 apresenta-se a atuação do controlador de ângulo de velocidades, que foi
implementado nas estratégias 11 e 12. Observa-se um comportamento semelhante ao caso
anterior.
113
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
Ângulo de Arfagem [garus]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.4 – Atuação do Controlador de Ângulo de Arfagem
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
Ângulo de Velocidades [graus]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.5 – Atuação do Controlador de Ângulo de Velocidades
O controle de velocidade é empregado em todas as estratégias implementadas. Em
algumas de forma direta (com o controlador atuando na porcentagem de potência) e em algumas
de forma cruzada (com o controlador atuando na deflexão do profundor). Na Figura 7.6
apresenta-se um exemplo onde o controlador é empregado com atuação de forma direta. Pode-se
observar que em alguns trechos, mesmos com a velocidade de referência em um valor constante,
ocorre uma alteração no valor da variável controlada. Isso ocorre, pois como destacado
114
anteriormente, os comandos da aeronave são acoplados, e alterações em um comando (profundor
ou manete de potência) podem levar a alterações nas duas variáveis controladas.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
40
45
50
55
60
65
70
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.6 – Atuação do Controlador de Velocidade (Direto)
Já na Figura 7.7 apresenta-se um exemplo onde o mesmo controlador de velocidade é
empregado, com atuação de forma cruzada. Pode-se observar que no controle com
implementação cruzada existe uma maior oscilação no valor da variável controlada, mesmo nos
trechos em que a variável de referência se encontra com valor constante.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
40
45
50
55
60
65
70
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Valor de Referência Variável Controlada
Figura 7.7 – Atuação do Controlador de Velocidade (Cruzado)
115
7.4 ERRO ACUMULADO NA ALTITUDE
Como descrito no Capítulo 6, para análise da qualidade das estratégias de assistência à
pilotagem, estabeleceu-se um critério de erro baseado no quão próximo da trajetória
determinada o usuário foi capaz de voar.
Na Figura 7.8 apresenta-se em um gráfico de barras, o erro acumulado de cada usuário
com relação à trajetória voada. Cada linha mais fina (em azul) representa a pontuação de um
usuário, agrupadas para cada uma das estratégias de assistência à pilotagem propostas. As
barras vermelhas representam a média de todos os usuários para o mesmo caso. Pode-se
observar que os maiores valores de erro acumulado são obtidos pelas estratégias de controle
cruzado, assim também como ocorre na condição sem a implementação de estratégias de
assistência à pilotagem.
Na Figura 7.9 apresenta-se um detalhe da Figura 7.8, essa mesma figura, com uma
redução no limite da escala dos valores de erro para que se possa ter uma melhor referência dos
valores obtidos, tendo-se em vista que alguns usuários obtiveram valores muito altos de erro
acumulado, principalmente com a utilização da estratégia de assistência à pilotagem número 1,
com controle de altitude e ajuste cruzado.
116
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Altitude
Média
Figura 7.8 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada
0 500 1000 1500 2000 2500
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Altitude
Figura 7.9 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada Detalhe
da Figura 7.8
Na Figura 7.10 é apresentada uma média da pontuação de todos os usuários de uma
forma normalizada em relação à condição sem estratégia de assistência à pilotagem. Através
dessa normalização pode-se determinar um valor de referência quantitativo para a melhora ou
piora da qualidade do vôo com a implementação da assistência à pilotagem.
117
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Altitude
Figura 7.10 – Média de Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória
(Normalizada)
A pior estratégia de assistência à pilotagem, estabelecendo-se uma classificação
quantitativa, foi a estratégia com controle de altitude cruzado, que apresentou uma piora de
mais de 60% em relação à aeronave com controle convencional, sem estratégia de assistência à
pilotagem. Já as estratégias de assistência à pilotagem de razão de subida e ângulo de
velocidades (com controle direto), apresentaram uma melhorar, de aproximadamente 80% em
relação ao controle convencional. A estratégia de ângulo de arfagem com controle cruzado se
equipara a condição sem implementação das estratégias. De acordo com essa classificação, a
estratégia mais eficiente foi a estratégia de assistência à pilotagem 12, com a referência baseada
no ângulo de velocidades e com controle direto.
118
7.5 ERRO ACUMULADO NA VELOCIDADE
Da mesma forma, para a velocidade voada na trajetória pelos usuários, calculou-se o
erro acumulando mensurando-se o quão próximo ao valor de velocidade determinada cada
usuário foi capaz de voar.
Na Figura 7.11 apresenta-se o erro acumulado para a velocidade voada por todos os
usuários. As barras em vermelho representam a média desses valores. Da mesma forma que na
analise do erro de trajetória, na Figura 7.12 é apresentado um detalhe da Figura 7.11 para uma
melhor visualização do resultado obtido.
Nesse caso observa-se que em todas as estratégias de assistência à pilotagem
implementadas ocorreu uma diminuição do erro acumulado pelos usuários. Observa-se ainda que
em todos os casos, o erro acumulado nas estratégias cruzadas foi sempre maior que aquele
acumulado nas estratégias diretas.
0 500 1000 1500 2000
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Velocidade
Média
Figura 7.11 – Erro Acumulado dos Usuários para a Velocidade Voada
Na Figura 7.13 apresenta-se a média dos valores de erro de todos os usuários, de forma
normalizada, pela condição sem implementação das estratégias de assistência à pilotagem.
119
0 500 1000 1500
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Velocidade
Figura 7.12 – Erro Acumulado dos Usuários para a Trajetória Voada.
Detalhe da Figura 7.11
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Sem Estragia
Altitude (Cruzado)
Altitude (Direto)
Razão de Subida (Cruzado)
Razão de Subida (Direto)
Ângulo de Arfagem (Cruzado)
Ângulo de Arfagem (Direto)
Ângulo de Velocidades (Cruzado)
Ângulo de Velocidades (Direto)
Razão de Subida Dimico
Erro Acumulado Velocidade
Figura 7.13 - Erro Acumulado de Pontuação do Usuários para a Velocidade
Voada (Normalizado)
Como mencionado anteriormente, pode-se observar uma melhora em todas as estratégias
de assistência à pilotagem, em relação à aeronave com controles convencionais. Todas as
estratégias apresentaram uma melhora de mais de 60%. Isso indica claramente que a
implementação da estratégia de controle de velocidade traz melhorias ao controle da velocidade
120
durante o vôo. A melhoria entre as estratégias de assistência à pilotagem com controle direto foi
equiparável e sempre maior que 80%. Somando-se a essas, as estratégias cruzadas com referência
baseados na razão de subida e no ângulo de velocidades obtiveram uma melhora sempre maior
que 80%.
7.6 COMPARAÇÃO ENTRE AS ESTRATÉGIAS DE ASSISTÊNCIA À
PILOTAGEM COM CONTROLE DIRETO E CRUZADO
As estratégias de assistência à pilotagem foram desenvolvidas ao pares, sendo de
controle direto e de controle cruzado. Dessa maneira, é feita uma análise dessas duas formas de
controle, agrupando-as de acordo com a forma de atuação.
7.6.1 INFLUÊNCIA DA FORMA DE ATUAÇÃO DE CONTROLE NA TRAJETÓRIA
Na Figura 7.14, apresenta-se o erro acumulado pelos usuários na trajetória voada,
agrupados de acordo com a forma de controle. Pode-se comparar o erro para o controle de vôo
normal, sem a implementação de estratégias de assistência à pilotagem, com os dois tipos de
estratégia empregados, de atuação direta e de atuação cruzada. Na Figura 7.15 é apresentada a
média do erro, para cada tipo de estratégia de controle, normalizada para a condição sem
implementação de estratégia de assistência à pilotagem.
Para os dois tipos de estratégias de assistência à pilotagem pode-se observar uma
melhora na qualidade do vôo. Porém, essa melhora é mais significativa quando se avalia as
estratégias de controle direto. Nesse caso, pode-se quantificar uma melhora de pouco menos de
60% da pontuação obtida. Para a estratégias cruzadas, essa melhoria se apresenta de forma
menos significativa de aproximadamente 20%.
121
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Sem Estragia
(Estratégias Cruzadas)
(Estratégias Diretas)
Erro Acumulado Altitude
Média
Figura 7.14 – Comparação do Erro Acumulado na Trajetória de Acordo com
a Forma de Controle das Estratégias
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Sem Estragia
(Estratégias Cruzadas)
(Estratégias Diretas)
Erro Acumulado Altitude
Figura 7.15 – Comparação do Erro Acumulado da Trajetória de Acordo com
o Tipo de Estratégia (Normalizado)
7.6.2 I
NFLUENCIA DA FORMA DE ATUAÇÃO DE CONTROLE NA VELOCIDADE
Da mesma forma foi analisada a influência da forma de controle, no valor da velocidade
voada.
122
Na Figura 7.16 apresenta-se o erro acumulado dos usuários para as estratégias
implementadas, agrupas em cruzadas e diretas, comparadas com a pontuação para o vôo sem
estratégia de controle. Já na Figura 7.17 apresenta-se uma média normalizada, em relação a
condição sem implementação de estratégias de assistência à pilotagem.
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Estratégias Cruzadas
Estratégias Diretas
Sem Estragia
Erro Acumulado Velocidade
Média
Figura 7.16 - Comparação do Erro Acumulado de Velocidade de Acordo com
a Forma de Controle das Estratégias
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Estratégias Cruzadas
Estratégias Diretas
Sem Estragia
Erro Acumulado Velocidade
Figura 7.17 – Comparação do Erro Acumulado de Velocidade de Acordo
com o Tipo de Estratégia (Normalizada)
123
Neste caso, observa-se que tanto as estratégias de controle direto como as estratégias de
controle cruzado, provêem uma significativa redução no erro acumulado, em relação à condição
de controles convencionais. A melhoria das estratégias diretas é de mais de 80%. Já as
estratégias cruzadas apresentam uma melhoria um pouco menor que 80%. Com isso pode-se
concluir a viabilidade da implementação do controle de velocidade, tanto para as estratégias
cruzadas como para as estratégias diretas.
7.7 ANALISE DA CAPACIDADE DE VOAR NA TRAJETÓRIA
DETERMINADA
A avaliação da capacidade do usuário em voar na trajetória pré-determinada é muito
importante na análise das estratégias de assistência à pilotagem, principalmente levando-se em
consideração situações como o pouso. Esta é uma das etapas mais críticas durante o vôo. Uma
alteração na trajetória ideal pode levar a acidentes fatais, como o choque da aeronave com o
solo.
Na Figura 7.18 apresenta-se a trajetória voada por cada um dos usuários em relação à
trajetória pré-determinada, para o caso sem estratégia de controle. Em vermelho tem-se a
trajetória de referência, por onde o usuário deveria voar. As linhas verdes representam as
trajetórias voadas por cada um dos trinta e três usuários avaliados, e os trechos destacados em
preto são as regiões onde o vôo era livre, isto é, a trajetória não era monitorada, pelos motivos
explicados anteriormente.
124
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.18 – Trajetória Voada (Sem Estratégia de Controle)
Pode-se observar a grande dispersão em relação à trajetória desejada. Essa foi a
característica apresentada pela maioria dos usuários, principalmente os que possuíam pouco
conhecimento sobre pilotagem e ou simulador. Nas Figura 7.19 à Figura 7.26 são apresentadas
as trajetórias para as estratégias de assistência à pilotagem implementadas, na seqüência,
estratégias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 11 e 12.
125
7.7.1 ESTRATÉGIA 1 E 2 (REFERÊNCIA DE ALTITUDE)
Nas Figura 7.19 e Figura 7.20 apresenta-se a trajetória de todos os usuários, com a
implementação da estratégia 1 (cruzada) e 2 (direta), respectivamente. Na estratégia cruzada
observa-se a grande dispersão dos resultados, bem menor para o caso da estratégia direta.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.19 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 1)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.20 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 2)
126
7.7.2 ESTRATÉGIA 3 E 4 (REFERÊNCIA DE RAZÃO DE SUBIDA)
Nas Figura 7.21 e Figura 7.22 apresenta-se a trajetória dos usuários para o caso das
estratégias com controle de razão de subida como referência, baseada em controle cruzado e
direto, respectivamente.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.21 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 3)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.22 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 4)
127
7.7.3 ESTRATÉGIA 5 E 6 (REFERÊNCIA DE ÂNGULO DE ARFAGEM)
Nas Figura 7.23 e Figura 7.24 apresenta-se a trajetória executada pelos usuários ao voar
as estratégias 5 (cruzada) e 6, respectivamente.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.23 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 5)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.24 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 6)
128
7.7.4 ESTRATÉGIA 11 E 12 (REFERÊNCIA DE ÂNGULO DE VELOCIDADES)
Nas Figura 7.25 e Figura 7.26 apresenta-se a trajetória dos usuários na simulação com a
implementação das estratégias de assistência à pilotagem 11 (cruzada) e 12 (direta),
respectivamente.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.25 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 11)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Trajetória Objetivo Trejatória Voada Trecho sem Monitoramento
Figura 7.26 – Trajetória Voada (Estratégia de Controle 12)
129
Na análise da trajetória voada pelos usuários em relação à trajetória pré-determinada, o
que se observa é que para todas as estratégias diretas, houve melhora em relação à condição da
aeronave com controles convencionais.
Já nas estratégias cruzadas, apenas para as estratégias com referência na razão de
subida (estratégia 3) e na estratégia com referência no ângulo de velocidades (estratégia 11)
pôde-se observar uma melhora significativa na qualidade do vôo. Nas estratégias cruzadas com
referência baseada na altitude e ângulo de arfagem, não se pôde afirmar que houve uma
melhoria em relação à condição sem estratégia de assistência à pilotagem.
Pôde-se perceber com os resultados apresentados neste capítulo a eficácia da melhora na
trajetória voada, com a implementação da uma estratégia de assistência à pilotagem adequada.
130
7.8 ANALISE DA CAPACIDADE DE VOAR NA VELOCIDADE
DETERMINADA
Uma análise quanto à velocidade voada pelos usuários durante a trajetória também foi
realizada. Na Figura 7.27 é apresentada a velocidade voada pelos usuários (em verde)
comparando-se à velocidade de referência (em vermelho), para a aeronave sem assistência à
pilotagem. Uma linha azul destaca a velocidade de estol da aeronave. Pode-se observar a grande
dispersão dos valores de velocidades apresentados pelos usuários.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.27 – Velocidade Voada (Sem Estratégia de Controle)
131
7.8.1 ESTRATÉGIA 1 E 2 (REFERÊNCIA DE ALTITUDE)
Nas Figura 7.28 e Figura 7.29, apresenta-se a velocidade voada por todos os usuários
durante a simulação, para o caso de implementação da estratégia de assistência à pilotagem
baseada na referência de altitude, sendo a Figura 7.28 é referente ao controle cruzado e a Figura
7.29 é referente à implementação do controle direto.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.28 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 1)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.29 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 2)
132
7.8.2 ESTRATÉGIAS 3 E 4 (REFERÊNCIA DE RAZÃO DE SUBIDA)
As Figura 7.30 e Figura 7.31 referem-se à velocidade voada por todos os trinta e quatro
usuários com a implementação das estratégias 3 (cruzada) e 4 (direta), respectivamente, com a
razão de subida como variável de referência nos controladores.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.30 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 3)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.31 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 4)
133
7.8.3 ESTRATÉGIAS 5 E 6 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE ARFAGEM)
As Figura 7.32 e Figura 7.33 referem-se às estratégias baseadas no monitoramento do
ângulo de arfagem da aeronave, cruzada e direta respectivamente.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.32 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 5)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.33 - – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 6)
134
7.8.4 ESTRATÉGIAS 11 E 12 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE VELOCIDADES)
Finalmente, nas Figura 7.34 e Figura 7.35 apresentam-se a velocidade voada pelos
usuários com os métodos de assistência à pilotagem 11 (cruzada) e 12 (direta) respectivamente,
baseadas na referência de ângulo de velocidades.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.34 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 11)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Vel Objetivo Vel Voada Sem Monitoramento Estol
Figura 7.35 – Velocidade Voada (Estratégia de Controle 12)
135
Na análise do controle de velocidade, pôde-se observar uma melhora significativa para
todas as técnicas de assistência à pilotagem. Em todos os casos, a resposta apresentada com a
implementação das estratégias é menos dispersa que para a condição sem a adoção das mesmas.
As estratégias que apresentaram melhoras menos significativas são as estratégias
cruzadas, em especial a estratégia 1 (baseada no controle de altitude) e a estratégia 5 (baseada
no controle de ângulo de arfagem). Apesar da melhoria nestas duas estratégias ser menos
significativa, ainda assim, pôde-se verificar que os resultados são melhores que aqueles
apresentados com a condição convencional de pilotagem.
Novamente fica comprovado que, em todos os casos, a implementação das estratégias de
controle de velocidade conduziu a uma melhoria no controle da velocidade durante a trajetória
voada.
7.9 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DO ÂNGULO DE ATAQUE
Foi feita uma avaliação quanto a variação do ângulo de ataque da aeronave durante
cada um dos ensaios. Todas as estratégias de assistência à pilotagem são comparadas à situação
sem utilização das mesmas, isto é, situação de vôo com controles convencionais. Essa análise é
importante principalmente quando se objetiva segurança do vôo. Durante o vôo deve-se ter
cuidado para que o ângulo de ataque da aeronave não exceda os limites do estol (perda de
sustentação), o que pode levar a uma condição de risco ao vôo. Na figuras a seguir, em azul são
apresentados os resultados da simulação de todos os usuários sem a implementação das
estratégias de assistência à pilotagem, em verde são apresentados os resultados para a estratégia
avaliada, e em vermelho os limites de ângulo de ataque para o estol da aeronave.
136
7.9.1 ESTRATÉGIAS 1 E 2 (REFERÊNCIA ALTITUDE)
Nas Figura 7.36 apresenta-se o resultado da simulação para a estratégia 1 (cruzada) e
na Figura 7.37 apresenta-se o resultado para a estratégia 2 (direta).
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.36 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 1)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.37 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 2)
137
7.9.2 ESTRATÉGIAS 3 E 4 (REFERÊNCIA RAZÃO DE SUBIDA)
Nas Figura 7.38 e Figura 7.39 apresenta-se a mesma variação do ângulo de ataque para
as estratégias de assistência à pilotagem números 3 e 4, cruzada e direta, respectivamente,
estratégias com a razão de subida como referência.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.38 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 3)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.39 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 4)
138
7.9.3 ESTRATÉGIAS 5 E 6 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE ARFAGEM)
Na Figura 7.40 é apresentada a variação do ângulo de ataque durante a simulação com
a estratégia 5 (cruzada), e na Figura 7.41 para a estratégia 6 (direta).
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.40 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 5)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.41 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 6)
139
7.9.4 ESTRATÉGIAS 11 E 12 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE VELOCIDADES)
Finalmente, na Figura 7.42 e na Figura 7.43 apresenta-se a variação de ângulo de
ataque para as estratégias de assistência à pilotagem 11 e 12, baseadas na referência de ângulo
de velocidades, cruzada e direta respectivamente.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.42 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 11)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estragia Limites de Estol
Figura 7.43 – Variação do Ângulo de Ataque (Estratégia 12)
140
A análise da variação do ângulo de ataque durante as simulações mostra que, voando a
condição sem implementação das estratégias de assistência à pilotagem (em azul nas figuras),
por várias vezes, vários usuários levaram a aeronave a uma atitude correspondente a um ângulo
de ataque maior que o limite de estol.
Quando da implementação das estratégias de assistência à pilotagem, analisando a
estratégia com implementação cruzada, com exceção da estratégia 1 (referência na altitude), nas
demais estratégias 3, 5 e 11 observa-se uma redução no número de vezes que o limite de estol foi
ultrapassado em relação a condição sem implementação de estratégia.. Apenas para a estratégia
1 uma redução sensível não pôde ser verificada.
Já quando se avalia as estratégias de controle direto, se observa uma sensível melhora
para todas as estratégias de assistência à pilotagem implementadas. Pode-se observar que para
as quatro estratégias com implementação direta, em nenhum momento da simulação, nenhum
dos usuários excedeu os limites de estol da aeronave.
7.10 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DO ÂNGULO DE ARFAGEM
É importante, também, fazer uma análise da variação do ângulo de arfagem da aeronave
durante a simulação. O ângulo de arfagem está relacionado com a atitude do nariz da aeronave
em relação ao horizonte e grandes oscilações no ângulo de arfagem levam a um desconforto dos
tripulantes da aeronave. Cabe lembrar que na trajetória determinada existem trechos nivelados,
subidas e descidas, logo são esperadas mudanças no valor do ângulo de arfagem. O importante é
que essas mudanças possam ocorrer de forma suave e sem oscilações.
As estratégias são comparadas à condição de vôo sem estratégia de assistência à
pilotagem, em azul, com cada uma das estratégias implementadas, em verde.
141
7.10.1 ESTRATÉGIAS 1 E 2 (REFERÊNCIA ALTITUDE)
Na Figura 7.44 apresenta-se a variação do ângulo de arfagem para a estratégia de
assistência à pilotagem 1 (cruzada) e na Figura 7.45 apresenta-se a mesma variação do ângulo
de arfagem para a estratégia 2 (direta).
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.44 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 1)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.45 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 2)
142
7.10.2 ESTRATÉGIAS 3 E 4 (REFERÊNCIA RAZÃO DE SUBIDA)
Na Figura 7.46 tem-se a variação do ângulo de arfagem para a estratégia 3 e na Figura
7.47, para a estratégia 4, cruzada e direta, respectivamente. Em ambas essas estratégias a
grandeza de referência é o valor de razão de subida.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.46 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 3)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.47 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 4)
143
7.10.3 ESTRATÉGIAS 5 E 6 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE ARFAGEM)
Na Figura 7.48 tem-se a variação do ângulo de arfagem para a estratégia de assistência
à pilotagem 5 (cruzada) com referência no ângulo de arfagem. Já na Figura 7.49 tem-se a
estratégia 6 (direta), também tendo como referência o ângulo de arfagem.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.48 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 5)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.49 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 6)
144
7.10.4 ESTRATÉGIAS 11 E 12 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE VELOCIDADES)
Finalmente, nas Figura 7.50 e Figura 7.51 tem-se a variação do ângulo de arfagem na
simulação com as estratégias de assistência à pilotagem 11 e 12, respectivamente. Sendo a
estratégia 11 cruzada e a estratégia 12 direta.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.50 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 11)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia
Figura 7.51 – Variação do Ângulo de Arfagem (Estratégia 12)
145
Na analise da variação do ângulo de arfagem da aeronave durante as simulações, pôde-se
observar que todas as estratégias apresentaram uma melhora na qualidade do vôo, com exceção
da estratégia 1 (cruzada, com referência na altitude). A estratégia 4 (direta, com controle
baseado na razão de subida) foi a que apresentou uma melhora mais significativa na oscilação do
ângulo de arfagem da aeronave.
7.11 ANALISE DA VARIAÇÃO DO FATOR DE CARGA
Outra análise importante de ser realizada é quanto à variação do fator de carga da
aeronave durante o vôo. A preocupação com esse aspecto se faz necessária primeiramente por
questões de segurança, e em segundo lugar para garantir o conforto dos ocupantes da aeronave.
Da mesma forma que na análise de ângulo de ataque e ângulo de arfagem, todas as
estratégias são comparadas com a condição sem implementação de estratégia de assistência à
pilotagem. Em azul é mostrada a condição sem a implementação das estratégias, em verde com
a implementação da estratégia analisada, e em vermelho os limites de fator de carga da
aeronave. No caso da aeronave CB-10 Triatlhon os limites são +6 a -3 G’s. Em aeronaves leves
esse limite pode ser de +3,8 a -1,52 g’s. [FAR PART 23
§ 23.237]
146
7.11.1 ESTRATÉGIA 1 E 2 (REFERÊNCIA ALTITUDE)
Na Figura 7.52 apresenta-se a variação do fator de carga para a estratégia de assistência
à pilotagem 1 (cruzada) e na Figura 7.53 para a estratégia 2 (direta).
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.52 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 1)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.53 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 2)
147
7.11.2 ESTRATÉGIA 3 E 4 (REFERÊNCIA RAZÃO DE SUBIDA)
Na Figura 7.54 tem-se a variação do fator de carga para a estratégia 3 com referência na
razão de subida (cruzada) e na Figura 7.55, para a estratégia 4 também com referência na razão
de subida, mas com controle direto.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.54 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 3)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.55 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 4)
148
7.11.3 ESTRATÉGIA 5 E 6 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE ARFAGEM)
Na Figura 7.56 tem-se a variação do fator de carga para a estratégia 5 (cruzada), e na
Figura 7.57 para a estratégia 6 (direta), ambas tendo como referência o ângulo de arfagem.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.56 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 5)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.57 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 6)
149
7.11.4 ESTRATÉGIA 11 E 12 (REFERÊNCIA ÂNGULO DE VELOCIDADES)
Finalmente nas Figura 7.58 e Figura 7.59 apresenta-se a variação de fator de carga para
as estratégias 11 e 12, cruzada e direta respectivamente. Ambas essas estratégias de assistência à
pilotagem são baseadas na referência do ângulo de velocidades.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.58 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 11)
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Sem Estragia Com Estratégia Limites de Fator de Carga
Figura 7.59 – Variação do Fator de Carga (Estratégia 12)
150
Na análise da variação do fator de carga, inicialmente pôde-se destacar que no vôo sem
a implementação das estratégias de assistência à pilotagem alguns dos usuários, em alguns
momentos, excederam os limites operacionais da aeronave. Em uma aeronave real, isso poderia
ter levado a uma falha catastrófica da estrutura da aeronave. Das estratégias implementadas,
apenas a estratégia de 1 (referência baseada na altitude, com implementação do controle
cruzado) apresentou por alguns momentos a extrapolação dos limites operacionais.
Nas demais sete estratégias implementadas, nenhum usuário excedeu os limites da
aeronave, indicando a melhora de eficiência obtida através da implementação das estratégias.
Novamente a estratégia que apresentou melhor resposta (menor variação do fator de carga) foi a
estratégia 4. Foi para essa estratégia que aconteceram as menores oscilações no fator de carga.
7.12 COMPARAÇÃO ENTRE OS USUÁRIOS COM E SEM EXPERIÊNCIA EM
PILOTAGEM
Para validação conclusão acerca da melhoria da qualidade de vôo devida a
implementação das estratégias de assistência à pilotagem, pode-se comparar o desempenho entre
os usuários com e sem habilidade de pilotar, que voam ou não simuladores de vôo, que são ou
não pilotos de aeromodelo. Porém, em função da grande massa de resultados, fica difícil
comparar todos os resultados entre os usuários. A título de exemplo são comparados dois
usuários. Os resultados do usuário número 21, que tem experiência em pilotagem de aeronaves,
foram comparados com os resultados do usuário 28, que não possuía conhecimento sobre
aeronáutica, não era piloto, não pilotava aeromodelos, não possuía carteira de motorista e não
tinha o hábito de usar simuladores de vôo. Esses dois usuários foram comparados para
demonstrar a validade da implementação das estratégias de assistência à pilotagem. A estratégia
escolhida para a comparação foi a estratégia 12 (referência no ângulo de arfagem, com
controladores diretos), pois de acordo com as notas dos usuários (Tabela de Cooper-Harper) e
151
pela análise do erro acumulado, tanto para a trajetória quanto para a velocidade, essa foi a
estratégia que apresentou melhores resultados.
7.12.1 ANÁLISE DA TRAJETÓRIA
Na Figura 7.60 é apresentada a trajetória dos dois usuários. Em azul a trajetória
descrita pelo usuário 21, piloto de aeronaves, e em verde a trajetória do usuário 28, que não tem
conhecimento de aeronáutica. Como era de se esperar o piloto conseguiu se manter dentro de
uma faixa pequena de erros na trajetória proposta, controlando a aeronave, sem a
implementação das estratégias de assistência à pilotagem. Já para o usuário que não tinha
conhecimento em pilotagem, observou-se sua dificuldade em manter a trajetória proposta,
principalmente no primeiro trecho de subida.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Objetivo Sem Monitoramento Piloto Não Piloto
Figura 7.60 – Comparação Trajetória Sem Estratégia de Assistência à
Pilotagem
Na Figura 7.61 apresenta-se a trajetória dos mesmos dois usuários para o caso da
implementação da estratégia de assistência à pilotagem 12. Pode-se perceber que tanto o piloto
quando o usuário sem conhecimentos prévios foram capazes de manter o vôo próximo a
trajetória proposta.
152
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Objetivo Sem Monitoramento Piloto Não Piloto
Figura 7.61 – Comparação Trajetória Estratégia 12
7.12.2 A
NÁLISE DA VELOCIDADE
A mesma análise foi realizada para a variável controlada velocidade durante a
simulação. Na Figura 7.62 apresenta-se a velocidade executada pelos usuários durante a
simulação. Pode-se observar que tanto o piloto, como o usuário sem conhecimento em pilotagem,
tiveram dificuldades em manter a velocidade nos valores pré-determinados. Porém, percebe-se a
maior dificuldade do usuário que não possui conhecimento em pilotagem, principalmente quando
se observa os picos de limites de velocidades de cada um, mais afastados do valor de referência
para o usuário sem conhecimento de pilotagem.
Na Figura 7.63 apresenta-se esses mesmos usuários após a implementação da estratégia
de assistência à pilotagem 12. Pode-se perceber a maior facilidade dos dois usuários em manter a
velocidade determinada.
Com a análise da altitude e da velocidade pôde-se verificar a melhoria na eficiência de
rastreamento de referências através da implementação das estratégias de assistência à pilotagem.
153
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Objetivo Sem Monitoramento Piloto Não Piloto
Figura 7.62 – Comparação Velocidade Sem Estratégia de Assistência à
Pilotagem
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Objetivo Sem Monitoramento Piloto Não Piloto
Figura 7.63 – Comparação Velocidade Estratégia 12
Mais uma vez vale lembrar que essa conclusão não pode ser generalizada. Pode-se
afirmar que a implementação desta estratégia de controle foi suficiente para nivelar um usuário
sem conhecimento a um piloto profissional, para o caso específico da condição de ensaio
determinada, ou seja, para a trajetória proposta.
154
7.12.3 ANÁLISE ÂNGULO DE ATAQUE
Na Figura 7.64 apresenta-se a variação do ângulo de ataque da aeronave durante a
simulação, sem a implementação das estratégias de assistência à pilotagem. Já na Figura 7.65 é
apresentada essa mesma variação, mas com a implementação da estratégia 12.
Pode-se observar que com a implementação da estratégia de assistência à pilotagem,
tanto para o piloto como para o usuário não piloto, conseguiu-se reduzir as variações no valor de
ângulo de ataque. Com a implementação da estratégia de assistência à pilotagem, além de se
reduzir as oscilações no ângulo de ataque, em nenhum momento, nenhum dos dois usuários
ultrapassou os limites de estol da aeronave.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-10
0
10
20
30
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto Limites de Estol
Figura 7.64 – Comparação Ângulo de Ataque Sem Estratégia de Assistência
à Pilotagem
155
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-10
0
10
20
30
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto Limites de Estol
Figura 7.65 – Comparação Ângulo de Ataque Estratégia 12
7.12.4 A
NÁLISE DO ÂNGULO DE ARFAGEM
Na Figura 7.66 apresenta-se a comparação dos dois usuários para as variações no valor
de ângulo de arfagem na condição sem a implementação de estratégias de assistência à
pilotagem. Já na Figura 7.67 apresenta-se essa mesma comparação após a implementação da
estratégia de assistência à pilotagem 12.
No primeiro caso pode-se observar que as oscilações no ângulo de arfagem na simulação
com o usuário sem conhecimento em pilotagem são muito mais intensas que as do usuário que é
piloto. Como já ressaltado, oscilações no ângulo de arfagem podem levar a um desconforto
durante o vôo. Para o caso de implementação das estratégias de assistência à pilotagem, pode-se
observar uma significativa melhora na qualidade, principalmente do usuário sem conhecimento
em pilotagem.
156
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto
Figura 7.66 – Comparação Ângulo de Ataque Sem Estratégia de Assistência
à Pilotagem
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto
Figura 7.67 – Comparação Ângulo de Arfagem Estratégia 12
7.12.5 A
NÁLISE DO FATOR DE CARGA
Na Figura 7.68 apresenta-se a comparação da variação no fator de carga durante a
simulação. Em azul tem-se os valores apresentados pelo piloto, e em verde os resultados
apresentados pelo usuário sem conhecimento em pilotagem. Na Figura 7.69 são apresentados os
157
resultados desses mesmos usuários após a implementação da estratégia de assistência à
pilotagem 12.
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-2
0
2
4
6
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto Limites de Fator de Carga
Figura 7.68 – Comparação Fator de Carga Sem Estratégia de Assistência à
Pilotagem
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-2
0
2
4
6
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Piloto Não Piloto Limites de Fator de Carga
Figura 7.69 – Comparação Fator de Carga Estratégia 12
Pode-se notar a sensível melhora para os dois usuários, após a implementação das
estratégias de assistência à pilotagem.
158
Com isso pôde-se verificar melhora na eficiência no seguimento de sinais de referência
para o caso de implementação das estratégias de assistência à pilotagem.
7.13 ANÁLISE DA ESTRATÉGIA COM AJUSTE ADAPTATIVO
Foi feita uma análise separada da estratégia implementada com ajuste adaptativo dos
limites do controlador (estratégia 13), comparando-a com a estratégia equivalente (estratégia 4).
Cabe lembrar que estas duas estratégias se baseiam no uso do valor de razão de subida como
referência, e têm seus controladores implementados com atuação direta.
A estratégia 4, que havia recebido uma nota média igual a 2,4, classificando-a como uma
estratégia “sem a necessidade de melhoramentos, com deficiências entre desagradáveis a
desprezíveis”, após a implementação do ajuste adaptativo, recebeu uma nota média igual a 3,6,
classificando-a como “melhoramento entre desejado e não necessário, com deficiências entre
razoáveis e desagradáveis”.
Na Figura 7.70 apresenta-se o valor de erro acumulado na análise da estratégia com
ajuste adaptativo dos limites do controlador, comparado-a a estratégia 4. Observa-se uma piora
na qualidade de vôo obtida com a estratégia com ajuste adaptativo. Entretanto cabe notar que
esta piora não é significativa quando comparada as demais estratégias.
Ao se normalizar esse valor de erro acumulado em relação a condição sem
implementação de estratégias de assistência à pilotagem, (ver Figura 7.71), pode-se quantificar a
qualidade de cada um dos controladores. O controlador de ajuste adaptativo proveu uma
melhora um pouco maior que 60% em relação ao caso sem estratégia de assistência à pilotagem,
e para o caso do controlador com ajuste constante conseguiu-se uma melhora de mais de 80%.
159
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Ajuste Adaptativo
Ajuste Constante
Sem Estragia
Erro Acumulado Velocidade
Média
Figura 7.70 – Avaliação da Estratégia com Controle de Velocidade com
Ajuste Adaptativo
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Ajuste Adaptativo
Ajuste Constante
Sem Estragia
Erro Acumulado Velocidade
Figura 7.71 – Avalição da Estratégia com Controle de Velocidade com
Ajuste Dinâmico (Normalizado)
De fato, ao se observar a velocidade da aeronave nos ensaios apresentados por todos os
usuários (Figura 7.72), observa-se que existe uma maior dificuldade dos usuários em se
manterem na velocidade pré estabelecida, na estratégia com ajuste adaptativo.
160
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Velocidade [m/s]
Trajetória [m]
Ajuste Constante Ajuste Adaptativo
Figura 7.72 – Velocidade dos Usuários com a Implementação do Ajuste
Dinâmico
A análise da trajetória voada com a implementação do ajuste adaptativo mostra que os
usuários ainda conseguiram manter a trajetória determinada dentro de uma pequena faixa de
erro. Na Figura 7.73 apresenta-se a trajetória de todos os usuários para a estratégia com
implementação do ajuste adaptativo. Pode-se perceber que a implementação do ajuste
adaptativo não trouxe deficiências na capacidade dos usuários de voarem pela trajetória
determinada.
Na Figura 7.74 apresenta-se a variação de ângulo de ataque comparando-se os dois
controladores. Pode-se observar a semelhança da respostas dos dois casos, mostrando que a
implementação do ajuste adaptativo também não trouxe maiores penalidades nas oscilações do
ângulo de ataque.
161
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
900
950
1000
1050
1100
Altitude [m]
Trajetória [m]
Ajuste Constante Ajuste Adaptativo
Figura 7.73 – Trajetória dos Usuários com a Implementação do Ajuste
Dinâmico
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-8
-4
0
4
8
12
16
20
Ângulo de Ataque [graus]
Trajetória [m]
Ajuste Constante Ajuste Adaptativo Limites de Estol
Figura 7.74 –Avaliação do Ângulo de Ataque do Controlador com Ajuste
Dinâmico
Da mesma forma, na análise da variação do ângulo de arfagem (Figura 7.75) e do fator
de carga (Figura 7.76) pode-se observar a semelhança nas respostas para o caso com ajuste
constante e o caso com ajuste adaptativo.
162
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-8
-4
0
4
8
12
16
20
Ângulo de Arfagem [graus]
Trajetória [m]
Ajuste Constante Ajuste Adaptativo
Figura 7.75 –Avaliação do Ângulo de Arfagem do Controlador com Ajuste
Dinâmico
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
Fator de Carga [g`s]
Trajetória [m]
Ajuste Constante Ajuste Adaptativo Limites de Fator de Carga
Figura 7.76 –Avaliação Fator de Carga do Controlador com Ajuste Dinâmico
Cabe ressaltar que o objetivo da implementação de um controlador com ajuste
adaptativo é aumentar a segurança da pilotagem, pois com esse ajuste consegue-se configurar os
controladores de forma que nunca seja possível colocar a aeronave em uma condição de risco,
como o estol, por exemplo. Sendo assim, cabia avaliar quais eventuais penalidades essa
implementação poderia ocasionar, fazendo-se uma análise da viabilidade de sua implementação.
163
Pela avaliação dos ensaios realizados nota-se que as deficiências do controlador com
ajuste adaptativo, em relação ao controlador com ajuste fixo, são muito pequenas. As notas
atribuídas para a estratégia com ajuste adaptativo apresentaram um valor maior em relação a
estratégia com ajuste constante, tendo em vista que o ajuste adaptativo existe uma maior
esforço do piloto em manter a velocidade determinada.
Tendo em vista as vantagens que esse controlador pode trazer, como as melhorias na
segurança do vôo, a utilização desse tipo de estratégia deve ser melhor estudada, e também
implementada para os demais casos, mas considera-se que isso foge ao escopo desse trabalho, em
função do grande número de estratégia já avaliados.
164
8
8
CONCLUSÕES
Neste trabalho foram desenvolvidas e avaliadas estratégias de assistência à pilotagem
baseadas no controle da trajetória da aeronave em detrimento do controle de atitude como é
feito nas aeronaves convencionais. Essas estratégias foram avaliadas por trinta e quatro usuários
em um simulador desenvolvido ao longo desse trabalho.
Foram avaliadas nove estratégias de assistência à pilotagem para o movimento
longitudinal, sendo oito delas tendo como variável de referência quatro grandezas relacionadas
ao movimento longitudinal (altitude, razão de subida, ângulo de arfagem, e ângulo de
velocidades). Para cada uma dessas grandezas foram propostas duas estratégias de assistência à
pilotagem, uma chamada cruzada (com o profundor controlando alterações na velocidade) e uma
chamada direta (com a potência do motor controlando alterações na velocidade). A nona
estratégia implementada utiliza a razão de subida como variável de referência, e a abordagem
controle direto, com a diferença de que o ajuste dos limites do controlador de velocidades é
adaptativo.
Outras quatro estratégias foram ainda analisadas, tendo o ângulo de ataque e o fator de
carga como variável de referência. Porém, como não foi possível ajustar os ganhos dos
controladores nesses casos, as mesmas foram descartadas.
Analisando as diferenças na implementação das estratégias com controle direto e
cruzado, para todas as quatro variáveis de referência avaliadas as estratégias diretas sempre
apresentaram melhores resultados que as estratégias cruzadas. Isso pôde ser verificado,
avaliando-se a nota atribuída a cada estratégia pelos usuários, (de acordo com a escala de
Cooper-Harper), e pelo valor de erro acumulado na trajetória e na velocidade durante as
simulações. Com isso, acredita-se que a implementação de estratégias com controle cruzado não
165
seja adequada para sistemas de pilotagem assistida. Nos casos em que se utilizou como variável
de referência a altitude ou o ângulo de arfagem, a dificuldade de pilotagem foi considerada tão
grande quanto aquela encontrada no caso de controle sem assistência.
De todas as estratégias propostas, aquela que apresentou o melhor resultado foi a
estratégia de assistência à pilotagem tendo como variável de referência o ângulo de velocidades e
utilizando controle direto (estratégia 12). Esta estratégia obteve dos usuários uma nota média
(na escala de Cooper-Harper) de 2,2. Isto a classifica como “um sistema de controle que está
satisfatório, sem melhoramentos, e se encontra próximo ao bom, com deficiências desprezíveis,
onde o desempenho desejado é obtido sem a compensação do piloto”.
Em segundo lugar na classificação de qualidade aparece a estratégia de assistência à
pilotagem que possui a razão de subida como variável de referência, e controle direto (estratégia
4). Essa estratégia obteve uma nota média de 2,4, o que ainda a mantém como “satisfatória
sem melhoramentos”, mas um pouco mais próxima das estratégias com deficiências
desagradáveis, onde uma mínima compensação do piloto é requerida (nota 3). Deve-se destacar
que a escala de Cooper-Harper apresenta apenas valores inteiros de notas. As notas atribuídas às
estratégias estudadas possuem valores fracionados por representarem valores médios, e a análise
apresentada anteriormente se baseia em uma interpretação de uma classificação fictícia entre
duas condições da escala de Cooper-Harper. Na avaliação dos erros acumulados na trajetória e
velocidade, a estratégia 4 apresentou valores um pouco maiores que a estratégia 12, porém
muito próximos.
Não se pode afirmar, porém, que a estratégia 12 apresentou os melhores resultados, pois
quando são avaliadas as oscilações no ângulo de ataque, ângulo de velocidades e fator de carga,
a estratégia tendo como variável de referência a razão de subida (4) apresentou melhores
resultados que a estratégia tendo como variável de referência o ângulo de velocidades (12), mas
ainda sim muito próximos.
166
Avaliou-se então que a qualidade na melhoria do vôo com a implementação das
estratégias 4 e 12 são equiparáveis e, de acordo com a metodologia de avaliação utilizada neste
trabalho, essas duas estratégias foram as candidatas mais aptas e serem implementadas como
estratégias de assistência à pilotagem em uma aeronave leve.
Em todas as estratégias propostas pôde-se verificar a eficiência da implementação do
controlador de velocidades. Este controlador foi eficiente tanto nas aplicações diretas, como nas
aplicações cruzadas. Porém os melhores resultados ainda foram obtidos nas estratégias que o
mesmo foi aplicado de forma direta.
Na avaliação da estratégia de assistência à pilotagem com o controlador com ajuste
adaptativo, verificou-se pequenas perdas de qualidade em relação à condição de controlador com
ajuste constante. A implementação desse tipo de estratégias deve ser então melhor estudada,
tendo-se em vista os benefícios que este tipo de estratégia pode trazer à segurança do vôo.
Na comparação dos resultados apresentados por um piloto profissional, com aqueles
apresentados por um usuário sem conhecimento em pilotagem ou em aeronáutica, verificou-se os
benefícios da adoção das estratégias de assistência à pilotagem. Estes resultados indicam a
eficácia na melhoria da qualidade de vôo com a adoção das estratégias de assistência à
pilotagem.
Cabe destacar que durantes os ensaios preliminares verificou-se a necessidade da
utilização de um freio aerodinâmico, principalmente para que a aeronave fosse capaz de
percorrer os trechos de descidas com velocidade constante. Todas as estratégias de assistência à
pilotagem avaliadas possuíam um sistema de freio aerodinâmico para auxiliar na redução da
velocidade, inclusive a condição sem assistência à pilotagem. Nesse caso o freio aerodinâmico era
atuado automaticamente pela manete de potência, quando se retirava toda a potência do motor.
167
8.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como ficou demonstrado, a utilização das estratégias de assistência à pilotagem pode
trazer inúmeras melhorias à pilotagem, além do aumento da segurança do vôo. Mais estudos
devem ser realizados explorando também o movimento látero-direcional e também outras
possíveis estratégias, baseadas em outras técnicas de controle. A seguir são propostos temas
relacionados a esse trabalho que podem ser utilizados em trabalhos futuros.
Avaliação de mais estratégias de assistência à pilotagem baseadas em outras
variáveis de referência.
Avaliação do movimento látero-direcional.
Combinação dos movimentos longitudinal e látero direcional.
Estudo mais aprofundado da programação dos controladores com ajuste adaptativo
dos limites de referência das variáveis de controle.
Estudo da otimização dos controladores das estratégias de assistência à pilotagem.
Desenvolvimento de simuladores para análise das estratégias de assistência à
pilotagem.
Implementação das estratégias de assistência à pilotagem em aeronaves rádio
controladas para análise das mesmas.
168
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