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ALESSANDRE PEREIRA COLAVITE
Revisão do gênero Neomuscina
Townsend (Diptera, Muscidae) no Brasil
CURITIBA
2009
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ii
ALESSANDRE PEREIRA COLAVITE
Revisão do gênero Neomuscina Townsend (Diptera, Muscidae) no Brasil
Dissertação apresentada à Coordenação do
Curso de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas, Área de Concentração em
Entomologia, do Departamento de Zoologia
da Universidade Federal do Paraná, como
requisito parcial para a obtenção do título
de Mestre em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Claudio José Barros
de Carvalho.
CURITIBA
2009
ads:
iii
iv
Para cada coisa que acredito saber,
dou-me conta de nove outras que ignoro.
(Provérbio árabe)
v
Essa é uma prova da confiança que colocaram em mim.
Abigail, Silvio, Clayton e Gabriela,
à vocês meu muito obrigado!
vi
AGRADECIMENTOS
quem diga que esta parte seja, em todo trabalho, talvez a mais difícil. Árdua
esta tarefa! Espero lembrar-me de todos que foram importantes e que comigo
possibilitaram a construção desse trabalho. Agradeço:
Primeiramente ao Prof. Dr. Claudio José Barros de Carvalho, pela confiança,
formação e paciência. E por naquela tarde fria e chuvosa de Julho de 2006 ter resolvido
dar uma oportunidade para aquele “cara cabeludo”.
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Área de Concentração
em Entomologia, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná,
pela oportunidade para o desenvolvimento do trabalho, pelos técnicos, funcionários e
professores, tanto quanto pela infra-estrutura física e intelectual imprescindíveis.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela
concessão da bolsa de estudos durante o período de Mestrado, sem a qual este não seria
possível.
À Dra. Márcia Souto Couri (MNRJ) e Dr. Carlos José Einicker Lamas (MZSP)
por abrirem suas portas (e gavetas!) para análise de material. Também ao Dr. Uwe
Kallweit (SMT) e Dr. Wayne Mathis (USNM) pelo empréstimo de espécimes para
análise e verificação.
À Dra. Márcia Souto Couri e Dr. Carlos José Einicker Lamas por aceitarem
participar da banca examinadora desta tese e contribuir com suas críticas e sugestões
para a melhora do trabalho.
Aos colegas da „Turma‟: André, Antônio “Caíto”, Antônio “Netão do gás”,
Carol, Cecília, Danilo, Elaine, Fernando, Gabriel “Knight”, Luís Anderson, Marina,
Mauro, Milehna, Vanuza e Thiago. Épicas nossas reuniões!
Aos colegas de laboratório: Aninha, Beatriz, Cecília, Danilo, Diana, Elaine,
Jaime, Jéssica, Karine, Lica, Melise, Mírian e Peter pelas conversas, opiniões e
convivência! E pelo „Chá das 5‟, claro!
Aos colegas da Sala 3 do Anexo (que foram e ficaram): Alberto, Danilo,
Éverton, Jéssica, Leandro “Pepê”, Luís Anderson, Mário, Mauro (que nunca apareceu!)
e Olívia.
vii
Aos que possibilitaram uma vivência mais agradável em Curitiba: demais
colegas da Entomologia, Futsaleiros e Sociedade Brasileira de Medicina Estética.
À minha família, em especial minha mãe e meu pai, Abigail e Silvio, por sempre
terem acreditado em mim e incentivarem esse filho maluco que sempre adorou insetos!
Ao meu irmão Clayton, pelos momentos de diversão e companheirismo, e por
ter sempre me ajudado nas horas de necessidade!
À minha namorada Gabriela, pelo conjunto da obra! Sempre esteve ao meu lado
nos momentos tristes e felizes nesses quatro anos e oito meses. E especialmente pelo
seu incentivo e contribuição para a realização desse trabalho. Amo-te!
Às coisas supérfluas da vida, mas que sem elas esses dois anos seriam uma
penintência: CS, DN, DS, GH, MK, NWN, TDFG, VdR, BM e CC (sim... abreviaturas
são necessárias!).
E para todos outros que aqui esqueci, mas que contribuíram de alguma forma
para tudo isso!
E claro, aos dípteros! Vejo vocês na ponta do meu alfinete!
viii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................
x
RESUMO .................................................................................................................
xvi
ABSTRACT .............................................................................................................
xvii
INTRODUÇÃO ........................................................................................................
1
Tabela 1: Espécies de Neomuscina de ocorrência para o Brasil e suas
respectivas localidades ...........................................................................
2
Histórico das espécies de Neomuscina no Brasil ............................................
4
MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................
6
Material Examinado ........................................................................................
6
Procedimento e análise ....................................................................................
7
Terminologia ...................................................................................................
8
RESULTADOS ........................................................................................................
8
Taxonomia .......................................................................................................
8
Neomuscina Townsend, 1919 ...................................................................................
8
Chave de identificação para espécies de Neomuscina do Brasil .....................
10
Revisão das espécies .......................................................................................
15
N. atincta Snyder, 1949 ...................................................................................
15
N. atincticosta Snyder, 1949 ...........................................................................
17
N. capalta Snyder, 1949 ..................................................................................
19
N. currani Snyder, 1949 ..................................................................................
22
N. douradensis Lopes & Khouri, 1996 ...........................................................
25
N. goianensis Lopes & Khouri, 1995 ..............................................................
27
N. inflexa (Stein, 1918) ...................................................................................
29
N. instabilis Snyder, 1949 ...............................................................................
32
N. mediana Snyder, 1949 ................................................................................
35
N. mimosa Lopes & Khouri, 1996 ..................................................................
38
N. neosimilis Snyder, 1949 .............................................................................
39
N. nigricosta Snyder, 1949 .............................................................................
43
N. paramediana Lopes & Khouri, 1995 ..........................................................
45
N. pictipennis pictipennis (Bigot, 1878) .........................................................
47
ix
N. ponti Lopes & Khouri, 1995 .......................................................................
52
N. sanespra Snyder, 1949 ...............................................................................
53
N. schadei Snyder, 1949 .................................................................................
56
N. similata Snyder, 1949 .................................................................................
59
N. stabilis (Stein, 1911) ...................................................................................
62
N. transporta Snyder, 1949 .............................................................................
64
N. vitoriae Lopes & Khouri, 1996 ..................................................................
66
N. zosteris (Shannon & Del Ponte, 1926) .......................................................
68
Neomuscina sp. nov. 1 ....................................................................................
73
Neomuscina sp. nov. 2 ....................................................................................
75
Neomuscina sp. nov. 3 ....................................................................................
77
CONCLUSÕES ........................................................................................................
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................
81
FIGURAS .................................................................................................................
85
x
LISTA DE FIGURAS
Figuras 1-4: Neomuscina atincticosta ♂: (1) esternito V, vista dorsal; (2) placa
cercal, vista posterior; (3) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (4)
edeago; vista lateral esquerda ...................................................................................
86
Figuras 5-8: Neomuscina atincticosta ♀: (5) terminália, vista ventral; (6)
terminália, vista dorsal; (7) ápice da terminália, vista ventral; (8) ápice da
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
87
Figuras 9-12: Neomuscina capalta ♂: (9) esternito V, vista dorsal; (10) placa
cercal, vista posterior; (11) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (12)
edeago, vista lateral esquerda ...................................................................................
88
Figuras 13-16: Neomuscina capalta ♀: (13) terminália, vista ventral; (14)
terminália, vista dorsal; (15) ápice da terminália, vista ventral; (16) ápice da
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
89
Figuras 17-20: Neomuscina currani ♂: (17) esternito V, vista dorsal; (18) placa
cercal, vista posterior; (19) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (20)
edeago, vista lateral esquerda ...................................................................................
90
Figuras 21-24: Neomuscina currani ♀: (21) terminália, vista ventral; (22)
terminália, vista dorsal; (23) ápice da terminália, vista ventral; (24) ápice da
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
91
Figuras 25-28: Neomuscina douradensis ♂: (25) esternito V, vista dorsal; (26)
placa cercal, vista posterior; (27) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(28) edeago, vista lateral esquerda ...........................................................................
92
Figuras 29-32: Neomuscina douradensis ♀: (29) terminália, vista ventral; (30)
terminália, vista dorsal; (31) ápice da terminália, vista ventral; (32) ápice da
xi
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
93
Figuras 33-36: N. goianensis ♂: (33) esternito V, vista dorsal; (35) placa cercal,
vista posterior; (34) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (36) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
94
Figuras 37-40: N. goianensis ♀: (37) terminália, vista ventral; (38) terminália,
vista dorsal; (39) ápice da terminália, vista ventral; (40) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
95
Figuras 41-44: N. inflexa ♂: (41) esternito V, vista dorsal; (42) placa cercal, vista
posterior; (43) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (44) edeago, vista
lateral esquerda .........................................................................................................
96
Figuras 45-48: N. inflexa ♀: (45) terminália, vista ventral; (46) terminália, vista
dorsal; (47) ápice da terminália, vista ventral; (48) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
97
Figuras 49-52: N. instabilis ♂: (49) esternito V, vista dorsal; (50) placa cercal,
vista posterior; (51) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (52) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
98
Figuras 53-56: N. instabilis ♀: (53) terminália, vista ventral; (54) terminália,
vista dorsal; (55) ápice da terminália, vista ventral; (56) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
99
Figuras 57-60: N. mediana ♂: (57) esternito V, vista dorsal; (58) placa cercal,
vista posterior; (59) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (60) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
100
Figuras 61-64: N. mediana ♀: (61) terminália, vista ventral; (62) terminália, vista
dorsal; (63) ápice da terminália, vista ventral; (64) ápice da terminália, vista
xii
dorsal ........................................................................................................................
101
Figuras 65-68: N. mimosa ♂: (65) esternito V, vista dorsal; (66) placa cercal,
vista posterior; (67) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (68) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
102
Figuras 69-72: N. mimosa ♀: (69) terminália, vista ventral; (70) terminália, vista
dorsal; (71) ápice da terminália, vista ventral; (72) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
103
Figuras 73-76: N. neosimilis ♂: (73) esternito V, vista dorsal; (74) placa cercal,
vista posterior; (75) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (76) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
104
Figuras 77-80: N. neosimilis ♀: (77) terminália, vista ventral; (78) terminália,
vista dorsal; (79) ápice da terminália, vista ventral; (80) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
105
Figuras 81-84: N. nigricosta ♂: (81) esternito V, vista dorsal; (82) placa cercal,
vista posterior; (83) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (84) edeago,
vista lateral esquerda ................................................................................................
106
Figuras 85-88: N. nigricosta ♀: (85) terminália, vista ventral; (86) terminália,
vista dorsal; (87) ápice da terminália, vista ventral; (88) ápice da terminália, vista
dorsal ........................................................................................................................
107
Figuras 89-92: N. paramediana ♂: (89) esternito V, vista dorsal; (90) placa
cercal, vista posterior; (92) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (92)
edeago, vista lateral esquerda ...................................................................................
108
Figuras 93-96: N. paramediana ♀: (93) terminália, vista ventral; (94) terminália,
vista dorsal; (95) ápice da terminália, vista ventral; (96) ápice da terminália, vista
xiii
dorsal ........................................................................................................................
Figuras 97-100: N. pictipennis pictipennis ♂: (97) esternito V, vista dorsal; (98)
placa cercal, vista posterior; (99) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(100) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
110
Figuras 101-104: N. pictipennis pictipennis ♀: (101) terminália, vista ventral;
(102) terminália, vista dorsal; (103) ápice da terminália, vista ventral; (104) ápice
da terminália, vista dorsal .........................................................................................
111
Figuras 105-108: N. sanespra ♂: (105) esternito V, vista dorsal; (106) placa
cercal, vista posterior; (107) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(108) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
112
Figuras 109-112: N. sanespra ♀: (109) terminália, vista ventral; (110) terminália,
vista dorsal; (111) ápice da terminália, vista ventral; (112) ápice da terminália,
vista dorsal ................................................................................................................
113
Figuras 113-116: N. schadei ♂: (113) esternito V, vista dorsal; (114) placa
cercal, vista posterior; (115) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(116) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
114
Figuras 117-120: N. schadei ♀: (117) terminália, vista ventral; (118) terminália,
vista dorsal; (119) ápice da terminália, vista ventral; (120) ápice da terminália,
vista dorsal ................................................................................................................
115
Figuras 121-124: N. similata ♂: (121) esternito V, vista dorsal; (122) placa
cercal, vista posterior; (123) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(124) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
116
Figuras 125-128: N. similata ♀: (125) terminália, vista ventral; (126) terminália,
vista dorsal; (127) ápice da terminália, vista ventral; (128) ápice da terminália,
xiv
vista dorsal ................................................................................................................
117
Figuras 129-132: N. stabilis ♂: (129) esternito V, vista dorsal; (130) placa cercal,
vista posterior; (131) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (132)
edeago, vista lateral esquerda ...................................................................................
118
Figuras 133-136: N. stabilis ♀: (133) terminália, vista ventral; (134) terminália,
vista dorsal; (135) ápice da terminália, vista ventral; (136) ápice da terminália,
vista dorsal ................................................................................................................
119
Figuras 137-140: N. transporta ♂: (137) esternito V, vista dorsal; (138) placa
cercal, vista posterior; (139) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(140) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
120
Figuras 141-144: N. vitoriae ♂: (141) esternito V, vista dorsal; (142) placa
cercal, vista posterior; (143) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(144) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
121
Figuras 145-148: N. vitoriae ♀: (145) terminália, vista ventral; (146) terminália,
vista dorsal; (147) ápice da terminália, vista ventral; (148) ápice da terminália,
vista dorsal ................................................................................................................
122
Figuras 149-152: N. zosteris ♂: (149) esternito V, vista dorsal; (150) placa
cercal, vista posterior; (151) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda;
(152) edeago, vista lateral esquerda .........................................................................
123
Figuras 153-156: N. zosteris ♀: (153) terminália, vista ventral; (154) terminália,
vista dorsal; (155) ápice da terminália, vista ventral; (156) ápice da terminália,
vista dorsal ................................................................................................................
124
Figuras 157-160: Neomuscina sp. nov. 1 ♂: (157) esternito V, vista dorsal; (158)
placa cercal, vista posterior; (159) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral
xv
esquerda; (160) edeago, vista lateral esquerda .........................................................
125
Figuras 161-162: Neomuscina sp. nov. 1 ♀: (161) terminália, vista ventral; (162)
terminália, vista dorsal; (163) ápice da terminália, vista ventral; (164) ápice da
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
126
Figuras 165-168: Neomuscina sp. nov. 2 ♂: (165) esternito V, vista dorsal; (166)
placa cercal, vista posterior; (167) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral
esquerda; (168) edeago, vista lateral esquerda .........................................................
127
Figuras 169-172: Neomuscina sp. nov. 2 ♀: (169) terminália, vista ventral; (170)
terminália, vista dorsal; (171) ápice da terminália, vista ventral; (172) ápice da
terminália, vista dorsal ..............................................................................................
128
Figuras 173-176: Neomuscina sp. nov. 3 ♂: (173) esternito V, vista dorsal; (174)
placa cercal, vista posterior; (175) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral
esquerda; (176) edeago, vista lateral esquerda .........................................................
129
xvi
RESUMO
Neomuscina Townsend compreende atualmente 38 espécies, de distribuição
predominantemente neotropical, à exceção de duas espécies ocorrendo também no sul
da Região Neártica e uma coletada na costa ocidental da África. Neste trabalho são
redescritas 22 espécies de ocorrência para o Brasil: N. atincta Snyder, N. atincticosta
Snyder, N. capalta Snyder, N. currani Snyder, N. douradensis Lopes & Khouri
[material-tipo], N. goianensis Lopes & Khouri [material-tipo], N. inflexa (Stein), N.
instabilis Snyder [material-tipo], N. mediana Snyder, N. mimosa Lopes & Khouri
[material-tipo], N. neosimilis Snyder, N. nigricosta Snyder, N. paramediana Lopes &
Khouri [material-tipo], N. pictipennis pictipennis (Bigot), N. ponti Lopes & Khouri
[material-tipo], N. sanespra Snyder [material-tipo], N. schadei Snyder, N. similata
Snyder, N. stabilis (Stein), N. transporta Snyder [material-tipo], N. vitoriae Lopes &
Khouri [material-tipo] e N. zosteris (Shannon & Del Ponte). N. nigricosta e N.
transporta são novas ocorrências para o Brasil. São apresentadas também as descrições
de três novas espécies de Neomuscina. As espécies N. arcuata (Wiedemann), N.
dorsipuncta (Stein), N. nudistigma Snyder, N. sparsiplumata (Stein) e N. tinctinervis
(Stein), cuja literatura também registra para o Brasil, não foram analizadas. Uma chave
de identificação para as espécies brasileiras, baseada em caracteres morfológicos de
indivíduos adultos machos e fêmeas, também é apresentada.
Palavras-chave: chave de identificação, Muscidae, Neomuscina, Região Neotropical,
revisão, taxonomia.
xvii
ABSTRACT
Neomuscina Townsend contains at present 38 species, predominantly neotropical,
except by two species occurring also in the south of the Nearctic Region and one
collected in the western coast of Africa. In this work 22 species occurring in Brazil are
revisioned: N. atincta Snyder, N. atincticosta Snyder, N. capalta Snyder, N. currani
Snyder, N. douradensis Lopes & Khouri [type material], N. goianensis Lopes & Khouri
[type material], N. inflexa (Stein), N. instabilis Snyder [type material], N. mediana
Snyder, N. mimosa Lopes & Khouri [type material], N. neosimilis Snyder, N. nigricosta
Snyder, N. paramediana Lopes & Khouri [type material], N. pictipennis pictipennis
(Bigot), N. ponti Lopes & Khouri [type material], N. sanespra Snyder [type material],
N. schadei Snyder, N. similata Snyder, N. stabilis (Stein) [type material], N. transporta
Snyder [type material], N. vitoriae Lopes & Khouri [type material] e N. zosteris
(Shannon & Del Ponte). N. nigricosta e N. transporta are new occurrences for Brazil.
Also are presented the descriptions of three new Neomuscina species. The species N.
arcuata (Wiedemann), N. dorsipuncta (Stein), N. nudistigma Snyder, N. sparsiplumata
(Stein) e N. tinctinervis (Stein), recorded in the literature on Brazil, weren‟t analyzed.
An identification key for the Brazilian species based in morphological characters of
adults males and females also is presented.
Key words: identification key; Muscidae, Neomuscina, Neotropical Region, revision,
taxonomy.
1
INTRODUÇÃO
Muscidae constituem uma das maiores famílias dentre os Diptera, contando
atualmente com mais de 4.500 espécies descritas em cerca de 180 gêneros (de Carvalho
et al. 2005). Distribuídos por todas as regiões biogeográficas, os muscídeos ocorrem nos
mais variados habitats, à exceção de ambientes muito áridos (de Carvalho et al. 2005).
A família possui representantes com os mais diversos hábitos. As larvas podem
ser coprófagas, saprófagas e carnívoras (Skidmore 1985) enquanto adultos geralmente
alimentam-se de matéria orgânica vegetal e animal em decomposição (de Carvalho &
Couri 2002; de Carvalho et al. 2005). Muitas espécies de Muscidae possuem
considerável importância econômica: há aquelas que representam importantes pragas
veterinárias; muitas espécies de hábitos saprófagos são potenciais vetores mecânicos de
doenças, despertando interesse médico e sanitário; algumas espécies possuem larvas
atuando como pragas agrícolas ou de grãos armazenados (de Carvalho & Couri 2002; de
Carvalho et al. 2005); e ainda espécies de interesse no âmbito forense (de Carvalho
& Mello-Patiu 2008).
Na Região Neotropical, os muscídeos estão representados por 843 espécies em
84 gêneros distribuídas em sete subfamílias (de Carvalho et al. 2005). Embora haja um
bom número de espécies neotropicais conhecidas, grande parte do real estado
taxonômico permanece conhecido apenas em níveis incipientes (de Carvalho & Couri
2002).
Neomuscina Townsend, 1919 compreende 38 espécies distribuídas por toda a
Região Neotropical, à exceção de N. tripunctata (Wulp, 1896) e N. rufoscutella Dodge,
1955 ocorrendo ao sul da Região Neártica (de Carvalho et al. 2005) e N. transporta
Snyder, 1949 coletada em um avião proveniente da América do Sul recém
desembarcado em Gana, na costa ocidental africana (Snyder 1949). Embora conte com
um grande número de espécies, mais de dez anos não são descritas novas espécies
para o gênero.
A Tabela 1 reúne as espécies e suas distribuições geográficas cuja literatura
registra para o Brasil (Snyder 1949; Snyder 1954; d‟Almeida 1992; d‟Almeida 1993;
Costacurta et al. 2003; Rodriguéz-Fernandéz et al. 2006).
2
Tabela 1 Espécies de Neomuscina de ocorrência para o Brasil e suas respectivas
localidades.
Espécie
Distribuição geográfica
N. arcuata (Wiedemann)
“Brasil”
N. atincta Snyder
Brasil (Rio de Janeiro), Costa Rica, Panamá
N. atincticosta Snyder
Brasil (Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro,
Santa Catarina)
N. capalta Snyder
Brasil (Rio de Janeiro), Panamá, Trindad e
Tobago
N. currani Snyder
Brasil (Rio de Janeiro), Panamá
N. dorsipuncta (Stein)
“Brasil”, Costa Rica, México, Panamá, Venezuela
N. douradensis Lopes & Khouri
Brasil (Goiás, Mato Grosso do Sul)
N. goianensis Lopes & Khouri
Brasil (Bahia, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, São
Paulo)
N. inflexa (Stein)
Brasil (Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo)
N. instabilis Snyder
Brasil (Rio de Janeiro), Panamá, Trindad e
Tobago
N. mediana Snyder
Brasil (Rio de Janeiro)
N. mimosa Lopes & Khouri
Brasil (Goiás)
N. neosimilis Snyder
Brasil (Rio de Janeiro, Santa Catarina), Paraguai
N. nudistigma Snyder
Brasil (Paraná), Venezuela
N. paramediana Lopes & Khouri
Brasil (Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo)
N. pictipennis pictipennis (Bigot)
Brasil (Paraná), Paraguai, Venezuela
N. ponti Lopes & Khouri
Brasil (São Paulo)
N. sanespra Snyder
Brasil (Espírito Santo)
N. schadei Snyder
Brasil (Paraná), Paraguai
N. similata Snyder
Brasil (Rio de Janeiro), Guiana, Trindad e
Tobago, Venezuela
N. sparsiplumata (Stein)
Brasil (Rio Grande do Sul)
3
N. stabilis (Stein)
Brasil (Rio de Janeiro), Peru
N. tinctinervis (Stein)
Brasil (Paraná, Santa Catarina, São Paulo)
N. vitoriae Lopes & Khouri
Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro)
N. zosteris (Shannon & Del Ponte)
Argentina, Brasil (Paraná)
Os adultos caracterizam-se por possuírem olhos nus; arista plumosa; parede pós-
alar nua; borda supra e infra-escamal nua; acrosticais 0:1, 1:1 ou 2:1; calcar ausente;
porção apical da veia tronco com cerdas dorsais e ventrais; ápice da veia M fortemente
curva, dirigindo para R
4+5
e terminando próximo ao ápice da asa; veia R
4+5
ligeiramente
curva para baixo e terminando antes de se encontrar com o ápice da asa (Snyder 1949;
Couri & de Carvalho 2002).
As Neomuscina possuem um discreto interesse em saúde pública (Snyder 1949)
e entomologia forense (de Carvalho & Mello-Patiu 2008), que algumas espécies são
muito comuns em ambientes urbanos (de Carvalho et al. 1984; d‟Almeida 1992;
d‟Almeida 1993). Adultos e larvas podem ser coletados sobre fezes e qualquer outro
tipo de material orgânico vegetal (Snyder 1949) ou animal (Wells & Greenberg 1992)
em decomposição. Pouco se sabe sobre os hábitos das espécies do nero. Townsend
(1919) menciona que os indivíduos adultos comumente adentram em cavernas e tendas
durante o calor do dia. Muchmore (2001) reporta que a existência de uma caverna em
Fremont County, Colorado popularmente conhecida como “Fly Cave”, abrigo de
milhares de indivíduos de N. tripunctata. Há ainda outras duas cavernas em Eddy
County, Novo México onde Cokendolpher & Polyak (2004) relatam a existência da
mesma espécie. Acreditava-se existir alguma relação entre indivíduos de Neomuscina e
formigas do gênero Formes devido a um erro de leitura de etiqueta por Snyder (1949).
Confirmou-se posteriormente que alguns indivíduos foram coletados sobre fungos do
gênero Fomes (Snyder 1954).
A primeira revisão do gênero com chave de identificação foi realizada por
Snyder (1949). Posteriormente o próprio autor reviu sua chave, incluindo e
sinonimizando algumas espécies (Snyder 1954). Lopes & Khouri (1995; 1996) foram as
últimas autoras a descrever novas espécies para Neomuscina, acrescentando seis
espécies ao gênero.
4
Neste trabalho é proposta a revisão das espécies de Neomuscina de ocorrência
no Brasil, que conta atualmente com um conhecimento escasso e fragmentado. A
identificação das espécies do gênero é de grande dificuldade, sobretudo devido à antiga
tendência dentro do grupo de se separar as espécies baseando-se fortemente em
caracteres de coloração. Pretende-se aqui dar subsídios que contribuam para a
compreensão da diversidade do grupo e possibilitem trabalhos subseqüentes que visem
determinar a validade e relação de tais táxons.
Histórico das espécies de Neomuscina no Brasil
Townsend (1919) propôs o gênero Neomuscina, com base em indivíduos
coletados no Arizona e Novo México, Estados Unidos da América. Apenas uma espécie
foi descrita, Neomuscina cavicola. Embora Townsend não tenha explicitado o porquê
do epíteto genérico, provavelmente este se deve à semelhança com espécies do gênero
Muscina, diferindo em alguns aspectos. Segue a descrição do gênero Neomuscina,
segundo Townsend (1919:541-542):
Differs from Muscina as follows: Clypeous strongly dished. Arista much
longer than antennae, thinly plumose. Female frontalia without convergent
pair of bristles in front of ocelli. Cheeks not as wide as epistoma. Only one
preacrostichal bristle. Scuttelum subpointed behind. Basal segment of
abdomen well shortned, the anal segment little longer than preceding
segment. Third segment with a marginal row of erect bristles.
Malloch (1921) transferiu Spilogaster apicata Stein, 1904 para Spilopteromyia
um novo gênero, futuramente classificado como subgênero de Neomuscina por Snyder
(1949).
Snyder (1949) realizou uma revisão para o gênero, propondo novas espécies e
novas combinações. N. fulvifrons, N. mediana, N. neosimilis e N. sanespra foram as
primeiras espécies descritas para o Brasil. Três outras espécies registradas para o Brasil
foram transferidas por Snyder para Neomuscina: Cyrtoneurina inflexa Stein, 1918,
Mydaea sparsiplumata Stein, 1918 e Mydaea tinctinervis Stein, 1918. Snyder não
encontrou diferenças entre Neomuscina e Spilopteromyia, à exceção do segundo
apresentar cerdas ventralmente na veia R
4+5
, conforme segue:
5
“… Spilopteromyia is more closely allied to Neomuscina, and it is my opinion
that it should be treated at most a subgenus of it. The only character that I
have been able find that may be of value in distinguishing Spilopteromyia
from Neomuscina, sensu stricto, is the presence of hairs on the ventral surface
of the third wing vein beyond the node.” (Snyder 1949:4).
Assim, Snyder propôs Spilopteromyia como subgênero de Neomuscina,
descrevendo uma espécie para o Brasil, Neomuscina (Spilopteromyia) atincticosta.
Snyder (1954), em seu trabalho revisional sobre Cyrtoneurina fez um breve
adendo a respeito de Neomuscina, propondo novas sinonímias e transferências de
espécies para o gênero. N. fulvifrons Snyder, 1949 foi sinonimizada com Neomuscina
zosteris (Shannon & Del Ponte, 1926).
Pont (1972) em seu catálogo de muscídeos neotropicais transfere Mydaea
dorsipuncta Stein, 1918 para Neomuscina. No mesmo trabalho Pont aboliu o uso do
subgênero Spilopteromyia.
Linhares (1981), em seu trabalho sobre dípteros sinatrópicos de Campinas,
reconheceu como nova ocorrência para o Brasil N. similata Snyder, 1949. d‟Almeida
(1992; 1993), em seus estudos sobre dípteros sinantrópicos do Rio de Janeiro,
identificou as espécies N. atincta Snyder, 1949, N. capalta Snyder, 1949, N. currani
Snyder, 1949, N. instabilis Snyder, 1949, N. pictipennis pictipennis (Bigot, 1878) como
novas ocorrências para o Brasil.
No catálogo de Muscidae e Faniidae neotropicais, de Carvalho et al. (1993)
transferiram Mydaea arcuata (Wiedemann, 1830) para Neomuscina.
Lopes & Khouri (1995) descreveram três novas espécies de Neomuscina: N.
goianensis, N. ponti e N. vitoriae. Posteriormente, Lopes & Khouri (1996) descreveram
mais três novas espécies: N. douradensis, N. mimosa e N. paramediana.
Costacurta et al. (2003), no trabalho sobre a fauna do Estado do Paraná,
registraram N. schadei Snyder, 1949 para o Brasil. Rodriguéz-Fernández et al. (2006),
no estudo de assembléias de Muscidae do Paraná, identificaram N. nudistigma Snyder,
1949, sendo esta o último registro de uma espécie de Neomuscina para o Brasil.
Este trabalho pretende revisionar as espécies do gênero Neomuscina de
ocorrência para o Brasil, através da análise morfológica de indivíduos machos e fêmeas
adultos. Especificamente pretende-se:
6
1) Redescrever de forma completa, detalhada e padronizada todas as espécies
encontradas e examinadas;
2) Descrever as possíveis novas espécies encontradas durante o estudo;
3) Confeccionar uma chave de identificação para as espécies de Neomuscina de
ocorrência no Brasil, baseada em caracteres morfológicos de indivíduos machos e
fêmeas adultos.
MATERIAL E MÉTODOS
Material examinado
Os exemplares examinados foram provenientes das instituições listadas abaixo,
com seus respectivos curadores e acrônimos, segundo de Carvalho et al. (2005):
Coleção Entomológica “Pe. Jesus Santiago Moure”, Departamento de
Zoologia da Universidade Federal do Paraná Curitiba, PR, Brasil (Dr.
Claudio José Barros de Carvalho);
Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro,
RJ, Brasil (Dra. Marcia Souto Couri);
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo São Paulo, SP, Brasil
(Dr. Carlos José Einicker Lamas);
Staatliches Museum für Tierkunde Dresden, Alemanha (Dr. Uwe
Kallweit);
United States Natural Museum Washington, D.C., Estados Unidos da
América (Dr. Wayne Mathis).
Examinou-se o material-tipo das seguintes espécies: N. douradensis Lopes &
Khouri, 1996, N. goianensis Lopes & Khouri, 1995, N. instabilis Snyder, 1949, N.
mimosa Lopes & Khouri, 1996, N. paramediana Lopes & Khouri, 1995, N. ponti Lopes
& Khouri, 1995, N. sanespra Snyder, 1949, N. schadei Snyder, 1949, N. stabilis (Stein,
1911), N. transporta Snyder, 1949 e N. vitoriae Lopes & Khouri, 1996. As demais
espécies foram identificadas com base nas três chaves de identificação disponíveis na
literatura para o gênero (Snyder 1949; Snyder 1954; Couri & de Carvalho 2002). Para
7
análise de terminálias, procurou-se estabeler um universo de seis indivíduos por espécie,
sendo três machos e três fêmeas. No entanto este número apresenta-se menor para
algumas espécies, em virtude da quantidade de material disponível para análise.
Procurou-se manter as informações de etiquetas de coleta assim como estão nos
exemplares. Machos e fêmeas estão indicados antes da descrição de sua etiqueta,
representados por número de indivíduos e símbolos de gênero (♂ e ♀); símbolos de
aspas (“ e ”) indicam o início e término de uma etiqueta; barras (/) indicam quebra de
linha numa mesma etiqueta; barras verticais (|) indicam tratar-se de outra etiqueta em
um mesmo indivíduo; barras invertidas (\) indicam separação entre indivíduos que
difiram em pelo menos um item em uma etiqueta; o acrônimo do museu de procedência
do material está indicado após a etiqueta do mesmo, entre colchetes ([ e ]). Para locais e
coletores iguais, mencionou-se apenas a quantidade de indivíduos, sexo e data,
juntamente com a expressão “mesmo local e coletor(es)”. Adicional a estas
informações, todo material está indicado por país (caixa alta e negrito), estado de
ocorrência (itálico e negrito) e se pertence à série tipo, além de estar organizado por
local e data de coleta.
Procedimento e análise
Todos os espécimes analisados estavam preservados em via seca e alfinetados.
Esses exemplares foram examinados em microscópio estereoscópico Wild Heerbrugg
M8 com aumento de até 50x para verificação de caracteres morfológicos externos.
Terminálias masculinas e femininas foram examinadas em microscópio Zeiss Standard
2.0, com aumento entre 32 e 400x, equipados com câmara clara para desenhos. Para isso
o abdômen foi removido e clareado a frio com Hidróxido de Potássio (KOH) 10%,
durante um período de 24-30 horas em placas de porcelana escavadas; após esse
período, as terminálias passaram por um banho de álcool 70%, ácido acético
(CH
3
COOH) 95% e novamente álcool 70% por 20 minutos cada, para se neutralizar por
completo o efeito sico do KOH. Após esses banhos, as estruturas foram levadas para
lâminas escavadas com glicerina e manipuladas com microalfinetes, de forma que
fossem limpas e melhor posicionadas para visualização. Após o estudo, todo material
dissecado foi acondicionado em microtubos plásticos com glicerina, sendo então
afixados juntamente ao alfinete do exemplar original (Gurney et al. 1964).
8
Os desenhos provenientes das observações foram feitos em papel sulfite formato
A4. Posteriormente foram repassados à nanquim em papel vegetal, digitalizados através
de um scanner e tratados digitalmente no computador.
Terminologia
A terminologia adotada neste trabalho, quanto às estruturas e posicionamento de
cerdas, baseia-se no trabalho de McAlpine (1981), com as sugestões propostas por
Carvalho (1989) e Nihei & de Carvalho (2007).
RESULTADOS
Taxonomia
Neomuscina Townsend, 1919
Neomuscina Townsend 1919:541-542 (designação da espécie-tipo Neomuscina cavicola, sinonímia de
Muscina tripunctata Wulp, 1896); Curran 1934:399 (chave para espécies Neárticas); Snyder 1949
(revisão, chave); Snyder 1954 (revisão, chave); Pont 1972:50 (catálogo); Albuquerque & Lopes
1982:56 (próxima a Neomuciniopsis); de Carvalho & Couri 1991:37-38 (spp. coletadas); de
Carvalho et al. 1993:57 (catálogo); Moura et al. 1997 (listada, forense); Couri & de Carvalho
2002:149 (chave); de Carvalho et al. 2005:92 (catálogo); de Carvalho & Mello-Patiu 2008:395
(chave forense).
Spilopteromyia Malloch 1921:422 (descrição). Espécie tipo, Spilogaster apicata Stein (designação
original); Snyder 1949 (subgênero de Neomuscina; chave); Snyder 1954 (subgênero de
Neomuscina; chave).
Diagnose: olhos nus; acrosticais 0:1 ou 1:1, raramente 2:1; dorsocentrais 2:3 ou 2:4;
intra-alares 1 ou 2; anepímero com cílios discais; bordas supra e infra-escamal nuas;
parede pós-alar nua; ápice da veia tronco com cerdas ventrais e dorsais; algumas
espécies apresentando cerdas ventrais na base da veia R
4+5
; demais veias, exceto a C,
nuas;
R
4+5
curvando-se ligeiramente para baixo e dirigindo-se ao ápice, mas terminando
antes de atingir o mesmo; veia M fortemente curvada após sua metade, dirigindo-se ao
ápice da asa, mas terminando após este; calcar ausente.
Para se evitar descrições e redescrições longas e redundantes, todos os caracteres
mencionados a seguir estão presentes em todas as espécies de Neomuscina mencionadas
neste trabalho: machos holópticos; fêmeas dicópticas; cerdas paraverticais pequenas,
paralelas e direcionadas para trás; facetas ântero-internas dilatadas; antenas não
9
atingindo o epístoma e inseridas pouco abaixo da metade dos olhos, quando em vista
lateral; arista plumosa, sendo os cílios dorsais maiores que os ventrais, e com pequenos
cílios na região interna; epístoma não saliente; palpos falciformes; duas cerdas supra-
alares; cerda pré-alar presente; duas cerdas notopleurais; duas cerdas umerais, sendo a
cerda interna reduzida; cerdas pós-umeral e pré-sutural presentes; um par de cerdas
escutelares basais pequenas; um par de cerdas escutelares laterais grandes; dois pares de
cerdas escutelares pré-apicais, sendo o para interior menor que o exterior; um par de
cerdas escutelares apicais fortes; sem cerda para-umeral e pós-supra-alar; cílios
escutelares intrometendo-se lateralmente na região basal ventral do escutelo; pró-
episterno e pró-epímero com duas cerdas destacadas cada; catepisternais 1:2; fêmur
anterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal e póstero-
ventral; bia média com uma fileira de cerdas fortes e fracas intercaladas, partindo da
região submediana anterior da face posterior e dirigindo-se para a face póstero-ventral,
terminando próximo do pré-ápice tibial; fêmur posterior com uma cerda póstero-dorsal
pré-apical; esternito V masculino com ápice côncavo e extensões digitiformes; cercos,
em vista posterior, fusiformes; ápice do cercos com duas ou três laterais e internas;
surstilos com cerdas internas; parâmeros com cerdas; três espermatecas de aspecto
rugoso.
As espécies N. atincta Snyder, N. atincticosta Snyder, N. capalta Snyder, N.
currani Snyder, N. douradensis Lopes & Khouri, N. goianensis Lopes & Khouri, N.
inflexa (Stein), N. instabilis Snyder, N. mediana Snyder, N. mimosa Lopes & Khouri, N.
neosimilis Snyder, N. paramediana Lopes & Khouri, N. pictipennis pictipennis (Bigot),
N. ponti Lopes & Khouri, N. sanespra Snyder, N. schadei Snyder, N. similata Snyder,
N. stabilis (Stein), N. vitoriae Lopes & Khouri e N. zosteris (Shannon & Del Ponte) cuja
literatura lista para o Brasil, são redescritas. N. nigricosta Snyder e N. transporta
Snyder são apresentadas como novos registros para o país. Não foram analisadas as
espécies N. arcuata (Wiedemann), N. dorsipuncta (Stein), N. nudistigma Snyder, N.
sparsiplumata (Stein) e N. tinctinervis (Stein). São descritas também três novas espécies
para o gênero.
A chave de identificação proposta procura incluir caracteres simples e relevantes
para a determinação das espécies. Embora alguns caracteres não sejam de fácil
visualização requerindo montagem de terminálias, sua utilização é imprescindível
10
para o discernimento e acuracidade da chave. Dentro do possível, mais de um caráter foi
utilizado para os passos, possibilitando assim mais informações para a identificação em
caso de perda ou impossibilidade de visualização de estruturas. Espécies não analisadas
não estão inclusas na chave.
Chave de identificação para espécies de Neomuscina do Brasil
1. Asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos (com
formato semelhante a um S), com cerdas internas curtas [Figura 10]; ovipositor com
tamanho variando entre 1,5 a 2,5 mm, com esclerotinização destacada apenas nos
tergitos e esternitos ........................................................................................................... 2
1‟. Asas com R
4+5
com cerdas na superfície ventral; surstilos estreitos e não sinuosos
(apenas o ápice é curvo), com cerdas internas longas [Figura 3]; o ovipositor pode ser
longo (aproximadamente 3,0 mm de comprimento) e bem esclerotinizado [Figuras 5 e
6] ou curto (aproximadamente 1,0 mm de comprimento) e pouco esclerotinizado
[Figuras 21 e 22] ............................................................................................................. 27
2 (1). Sem cerdas acrosticais pré-suturais distintas (acrosticais 0:1) ............................... 3
2‟. Com cerdas acrosticais pré-suturais distintas (acrosticais 1:1 ou 2:1) ...................... 22
3 (2). Dorsocentrais 2:3 .................................................................................................... 4
3‟. Dorsocentrais 2:4 ........................................................................................................ 6
4 (3). Fêmur médio com duas cerdas pré-apicais; calípteras com as margens
escurecidas; machos com a base dos cercos mais dilatada que o ápice dos mesmos,
quando em vista posterior [Figura 11]; epiprocto feminino com quatro cerdas, dispostas
2:2 da base para o ápice [Figura 16] ............................................ N. capalta Snyder, 1949
4‟. Fêmur médio com três cerdas pré-apicais; calípteras com as margens branco-
amareladas; machos com a base e o ápice dos cercos equivalentes em espessura, quando
em vista posterior [Figura 11]; epiprocto feminino com uma configuração de cerdas
diferente de 2:2 ................................................................................................................. 5
11
5 (4‟). Machos com intra-alar 1; epiprocto feminino com cinco cerdas, dispostas 2:1:2
da base para o ápice [Figura 48] ................................................... N. inflexa (Stein, 1918)
5‟. Machos com intra-alar 2; epiprocto feminino com sete cerdas, dispostas 2:1:4 da
base para o ápice [Figura 164] ....................................................... Neomuscina sp. nov. 1
6 (3‟). Fêmur médio com duas cerdas pré-apicais ............................................................ 7
6‟. Fêmur médio com três cerdas pré-apicais ................................................................. 14
7 (6). Tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal ........................................... 8
7‟. Tíbia posterior com duas cerdas medianas ântero-dorsais ........................................ 13
8 (7). Coloração geral castanho-escura; esternito V masculino com uma forte projeção
basal [Figura 57]; ápice dos cercos masculinos rombudos [Figura 58] .............................
.................................................................................................... N. mediana Snyder, 1949
8‟. Coloração geral amarela ou castanho-amarelada, não escura; esternito V masculino
sem projeção na base [ex. Figuras 81 e 149], mas se esta ocorrer, então a concavidade
apical do esternito é sulcada no centro [Figura 137]; ápice dos cercos masculinos
afilados [ex. Figuras 138 e 150] ....................................................................................... 9
9 (8‟). Calípteras com as margens escuras ..................................................................... 10
9‟. Calípteras com as margens brancas ou amareladas ................................................... 11
10 (9). Asas com uma mancha castanha estendendo-se do ápice da Sc aa R
2+3
; veias
rm e dm-cu com manchas castanhas ao redor; base superior do epândrio fortemente
pronunciada anteriormente (em vista lateral) [Figura 175] ........... Neomuscina sp. nov. 3
10‟. Asas hialinas com uma fraca mancha ao redor da veia rm; base superior do
epândrio fracamente pronunciada anteriormente (em vista lateral) [Figura 151] ..............
.......................................................... N. zosteris (Shannon & Del Ponte, 1926) [em parte]
11 (9‟). Asas com uma mancha castanha ininterrupita estendendo-se do ápice da veia Sc
até o ápice da veia R
2+3
........................................................... N. nigricosta Snyder, 1949
12
11‟. Asas hialinas (o espaço entre as veias Sc e R
2+3
, quando preenchido, é em tom
esparso) ........................................................................................................................... 12
12 (11‟). Veias tranversais com manchas castanhas ao redor; machos com intra-alares 2;
esternito V masculino sem projeção basal e sulco na concavidade apical [Figura 125] ....
............................................................................... N. douradensis Lopes & Khouri, 1996
12‟. Veias tranversais sem manchas castanhas ao redor; machos com intra-alares 1;
esternito V masculino com projeção basal e sulco na concavidade apical [Figura 137] ....
............................................................................... N. transporta Snyder, 1949 [em parte]
13 (7‟). Asas hialinas; machos com intra-alares 1; pró-epímero com três cerdas
destacadas .....................................................................................N. atincta Snyder, 1949
13‟. Asas com manchas; machos com intra-alares 2; pró-epímero com duas cerdas
destacadas ............................................................. N. transporta Snyder, 1949 [em parte]
14 (6‟). Espiráculo posterior com destacadas cerdas negras adjacentes na região póstero-
inferior ............................................................................................................................ 15
14‟. Espiráculo posterior sem cerdas negras adjacentes ................................................. 16
15 (14). Comprimento da região superior do epândrio igual à região inferior, em vista
lateral [Figura 35]; esternito VI das fêmeas com uma esclerotinização em formato
triangular [Figura 37]; tergitos VII das fêmeas quase se tocando [Figura 38]; fêmeas
com muitas cerdas ventrais nos segmentos abdominais VII e VIII [Figura 37] .................
................................................................ N. goianensis Lopes & Khouri, 1995 [em parte]
15‟. Comprimento da região superior do epândrio maior do que a região inferior, em
vista lateral [Figura 99]; esternito VI das fêmeas sem esclerotinização [Figura 101];
tergitos VII das fêmeas afastados [Figura 102]; fêmeas com muitas cerdas ventrais nos
segmentos abdominais VII e VIII [Figura 101] ..................................................................
............................................................................. N. pictipennis pictipennis (Bigot, 1878)
16 (14‟). Asas hialinas .................................................................................................... 17
16‟. Asas com ao menos uma mancha em sua extensão ................................................ 21
13
17 (16). Tíbia anterior com uma destacada cerda mediana ântero-dorsal; machos com
intra-alares 1 ................................................................................................................... 18
17‟. Tíbia anterior sem uma destacada cerda mediana ântero-dorsal; machos com intra-
alares 2 ........................................................................................ N. schadei Snyder, 1949
18 (17). P-epímero e pró-episterno com sétulas negras adjacentes .................................
.......................................................................................................N. stabilis (Stein, 1911)
18‟. P-epímero e pró-episterno sem sétulas negras adjacentes ................................... 19
19 (18‟). Catepisterno com sétulas negras adjacentes na região posterior .........................
...................................................................................... N. mimosa Lopes & Khouri, 1995
19‟. Catepisterno com sétulas negras adjacentes na região posterior ............................. 20
20 (19‟). Coloração em geral amarelada; esternito V masculino com projeção basal
[Figura 89]; região superior do epândrio igual em comprimento à região inferior, em
vista lateral [Figura 91]; epiprocto com formato arredondado, sem reentrância na base
[Figura 96] .......................................................... N. paramediana Lopes & Khouri, 1996
20. Coloração em geral castanha; esternito V masculino sem projeção basal [Figura 49];
região superior do epândrio maior em comprimento do que a região inferior, em vista
lateral [Figura 51]; epiprocto com formato moderadamente triangular, com reentrância
na base [Figura 56] ................................................................... N. instabilis Snyder, 1949
21 (16‟). Esternito VIII das fêmeas com espinhos curtos [Figura 127]; machos com
intra-alar 2; esternito V masculino com pronunciada projeção basal [Figura 121] ............
..................................................................................................... N. similata Snyder, 1949
21. Esternito VIII das fêmeas com espinhos longos [Figura 79]; machos com intra-alar
1; esternito V masculino com fraca projeção basal [Figura 73] .........................................
................................................................................................. N. neosimilis Snyder, 1949
22 (2‟). Acrosticais 1:1 ................................................................................................... 23
22. Acrosticais 2:1 ...........................................................N. ponti Lopes & Khouri, 1995
14
23 (22). Fêmur médio com duas cerdas pré-apicais; fêmeas com duas fileiras de cerdas
dorsais no meio dos segmentos abdominais VI e VII [Figura 154] ...................................
.......................................................... N. zosteris (Shannon & Del Ponte, 1926) [em parte]
23‟. Fêmur médio com três cerdas pré-apicais; fêmeas com uma simples fileira de
cerdas ventrais no meio dos segmentos abdominais VI e VII ........................................ 24
24 (23‟). Calo pós-alar com uma distinta mácula castanho-escura lateralmente; esternito
V dos machos em formato quadrngular [Figura 165]; fêmeas com muitas cerdas
reunidas logo acima do ápice do esternito VI, numa região mais esclerotinizada [Figura
170] ................................................................................................ Neomuscina sp. nov. 2
24‟. Calo pós-alar sem mácula; esternito V dos machos em formato não quadrangular;
fêmeas com poucas cerdas reunidas logo acima do ápice do esternito VI, sem região
esclerotinizada ................................................................................................................ 25
25 (24‟). Espiráculo posterior com destacadas cerdas negras adjacentes na região
póstero-ventral; asas com manchas castanhas nas extremidades de R
1
, R
2+3
e veias
transversais ............................................ N. goianensis Lopes & Khouri, 1995 [em parte]
25‟. Espiráculo posterior sem cerdas negras adjacentes na região póstero-ventral; asas
hialinas, ou somente com uma mancha castanha circundando a veia rm ....................... 26
26 (25‟). Asas hialinas; bordas das calípteras brancas; machos com intra-alar 1;
hipoprocto feminino em formato arredondado [Figura 147] ..............................................
...................................................................................... N. vitoriae Lopes & Khouri, 1995
26‟. Asas com uma fraca mancha circundando a veia rm; bordas da calípteras
escurecidas; machos com intra-alar 2; hipoprocto feminino em formato losangular, com
a base bilobada [Figura 111] .................................................... N. sanespra Snyder, 1949
27 (1‟). Dorsocentrais 2:3; R
4+5
com uma simples cerda na região ventral; esternito V
masculino com projeção bilobada na base [Figura 17]; cercos com duas cerdas apicais,
laterais e internas [Figura 18]; parâmeros com uma cerda longa e destacada [Figura 20];
15
ovipositor curto e pouco esclerotinizado [Figuras 21 e 22]; epiprocto feminino com
cinco cerdas, dipostas 2:1:2 da base para o ápice [Figura 24] ..... N. currani Snyder, 1949
27‟. Dorsocentrais 2:4; R
4+5
com mais de uma cerda na região ventral; esternito V
masculino com fraca projeção na base [Figura 1]; cercos com três cerdas apicais,
laterais e internas [Figura 2]; parâmeros com cerdas curtas [Figura 4]; ovipositor longo
e muito esclerotinizado [Figuras 5 e 6]; epiprocto feminino com quatro cerdas, dipostas
1:2:1 da base para o ápice [Figura 8] .................................... N. atincticosta Snyder, 1949
Revisão das espécies
Neomuscina atincta Snyder, 1949
Neomuscina atincta Snyder 1949:27 (descrição, chave); Snyder 1954:425 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1992:381386 (listada); d‟Almeida 1993:716 (sinantropia); de Carvalho et
al. 1993:57 (catálogo); Couri & de Carvalho 2002:153 (chave); Couri & de Carvalho 2005:9
(listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com duas cerdas medianas ântero-dorsais; asas
hialinas; machos com intra-alares 1; pró-epímero com três cerdas destacadas.
Coloração: em geral castanho; noto com quatro listras castanho-escuras e com
polinosidade cinzenta; ápice da fronte escurecida e região anterior amarelo-acastanhada;
parafrontália amarela; faciália e parafaciália branco-amareladas; antenas e palpos
amarelos; calo umeral e ápice do escutelo amarelos; pernas castanho-escuras; calípteras
e halteres amarelos; asas hialinas.
Macho: 6,1 mm de comprimento; asas 6,4 mm de comprimento.
Cabeça: olhos afastados por uma distância de 0,8 mm à altura do primeiro ocelo; cerdas
frontais de 13-14 pares, sendo o par maior que os demais; cerdas ocelares pequenas e
convergentes; cerdas pós-ocelares pequenas e divergentes; cerdas verticais internas e
cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
16
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; pró-epímero com três cerdas;
tíbia anterior com uma distinta cerda submediana ântero-ventral; ápice da bia anterior
com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur
médio com um fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade; fêmur médio com
duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e
ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces ântero-
dorsal, póstero-ventral e ântero-ventral; tíbia posterior com duas cerdas mediana ântero-
dorsais e de cinco a seis cerdas medianas ântero-ventrais; asas com uma cerda dorsal e
uma a duas cerdas ventrais no ápice da veia tronco; R
4+5
com duas a três cerdas ventrais
na base.
Material analisado:
PANAMÁ: Holótipo: ♂, Etiqueta de identificação: etiqueta vermelha, manuscrita
“Holotype / Neomuscina / atincta / Snyder”; etiqueta branca, letras impressas Barro
Colorado Is. / Canal Zone / October, 1942 / J. Zetek”. Depositado no USNM.
Localidade-tipo: Panamá (localidade tipo).
Distribuição geográfica: Brasil (Rio de Janeiro), Costa Rica e Panamá (localidade tipo).
Comentários: A espécie N. atincta foi listada ocorrente para o Brasil através dos
trabalhos de sinatropia e atratividade de d‟Almeida (1992; 1993) no Rio de Janeiro. A
coleção do MNRJ, embora possua uma boa represetação de material coletado no Estado
do Rio de Janeiro, não possui nenhum representante dessa espécie. O DZUP e o MZSP
também não possuem nenhum indivíduo, o que poderia indicar um possível erro de
identificação nos trabalhos acima citados. Distingue-se principalmente pelas duas cerdas
medianas ântero-dorsais na tíbia posterior. Aqui está representada apenas a redescrição
do holótipo, sem desenhos de terminálias dissecadas.
17
Neomuscina atincticosta Snyder, 1949
(Figs. 1-8)
Neomuscina atincticosta Snyder 1949:37 (descrição, chave); Snyder 1954:424 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:7–16 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:57 (catálogo); Couri & de
Carvalho 2002:154 (chave); Costacurta et al. 2003:393 (coletada); Maia et al. 2002:109117
(coletada); de Carvalho et al. 2005:93 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
com cerdas na superfície ventral; surstilos estreitos e não
sinuosos, com cerdas internas longas; dorsocentrais 2:4; R
4+5
com mais de uma cerda na
região ventral; esternito V masculino com fraca projeção na base; cercos com três
cerdas apicais, laterais e internas; parâmeros com cerdas curtas; ovipositor longo e
muito esclerotinizado; epiprocto feminino com quatro cerdas, dipostas 1:2:1 da base
para o ápice.
Coloração: em geral castanho-claro; noto com quatro listras castanho-escuras e com
polinosidade cinzenta; calo umeral e ápice do escutelo amarelos; ápice da fronte
escurecida e região anterior amarelo-acastanhada; parafrontália amarela; faciália e
parafaciália brancas; antenas e palpos amarelos; pernas amarelas; calípteras e halteres
amarelos; magens das calípteras escurecidas; asas hialinas com uma pequena mancha
castanha na veia rm.
Macho: 5,4-6,1 mm de comprimento; asas 5,5-6,1 mm de comprimento.
Cabeça: olhos afastados por uma distância de 0,1-0,12 mm à altura do primeiro ocelo;
cerdas frontais de 11-12 pares, sendo o par maior que os demais; cerdas ocelares
pequenas e convergentes; cerdas pós-ocelares pequenas e divergentes; cerdas verticais
internas e cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; pró-epímero com três cerdas;
anepímero com cílios discais negros; catepisterno com sétulas negras acessórias; ápice
da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-
ventral; fêmur médio com um fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e
posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal,
18
póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de
cerdas nas faces ântero-dorsal, póstero-ventral e ântero-ventral; bia posterior com uma
cerda mediana ântero-dorsal e de cinco a seis cerdas medianas ântero-ventrais; asas com
uma cerda dorsal e uma a duas cerdas ventrais no ápice da veia tronco; R
4+5
com duas a
três cerdas ventrais na base.
Abdômen: esternito V com cerdas grandes e destacadas; esternito V mais largo que
comprido e com formato próximo ao circular; extensões digitiformes destacadas;
epândrio, susrtilos e cercos formando uma espécie de cápsula; epândrio arredondado em
vista lateral; cercos afilados e sinuosos, em vista posterior; cercos com três cerdas
apicais, laterais e internas; surstilos não sinuosos, com ápice curvo e muitas cerdas
grandes na face interior; parâmeros e ápodema do edeago largos, em vista lateral.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,5-6,1 mm de comprimento; asas 5,5-6,1 mm de
comprimento; olhos afastados por uma distância de 0,27-0,31 mm à altura do primeiro
ocelo; dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que
são divergentes; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais
internas grandes e divergentes; cerdas verticais externas grandes e convergentes;
ovipositor grande, bem esclerotinizado; cerdas dorsais no centro do segmento VI de
aspecto espinháceo, atingindo a região ventral; três cerdas ventrais nos segmentos VI e
VII; tergitos VII atingindo a região ventral; esternito VIII com cerdas espinháceas
grandes; epiprocto, hipoprocto e cercos muito unidos; epiprocto com quatro cerdas,
posicionadas em forma losangular, da base para o ápice (1:2:1).
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Nova Teutônia, Santa Catarina,
Brasil.
BRASIL: Paraná: 1 ♂ ”Curitiba – PR / BR 26.VI.1984 / R. Zonta; M. Santos” [DZUP]
\ 4 e 1 , mesmo local e coletores, 28-29.VI.1984, [DZUP] \ 1 “Colombo PR/
EMBRAPA BR476 km20 / BRASIL 04.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”
[DZUP] \ 1 e 1 , mesmo local e coletor, 15.IX.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 01.XI.1986, [DZUP] \ 1 “Guarapuava Paraná / Est. Água Sta. Clara /
19
BRASIL 01.IX.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” [DZUP] \ 1 “S. José
Pinhais PR / Ser. Mar BR277 km54 / BRASIL 15.IX.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise” [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 22.IX.1986, [DZUP] \ 1 “P. Grossa
(V. Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 / BRASIL 13.X.1986 / Lev. Ent.
PROFAUPAR / Malaise” \ 1 “Telêmaco Borba PR / Res. Samuel Klabin / BRASIL
20.X.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ São Paulo: 1 “Quaraí SP /
21.XI.1985 / J.R. Lure leg”.
Distribuição geográfica: Brasil (Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e
São Paulo [nova localidade]).
Comentários: o exame das terminálias masculinas e femininas de N. atincticosta, cujas
asas possuem R
4+5
com cerdas na superfície ventral, apresenta caracteres claramente
distintos em relação aos outros Neomuscina. Por hora, não se pretende aqui adotar uma
nova classificação ou reposicionamento dessa espécie dentro do grupo. A análise das
demais espécies de Neomuscina com cerdas na veia R
4+5
faz-se necessário para
determinar o verdadeiro posicionamento destas em relação a elas mesmas tanto quanto
em relação aos outros Neomuscina.
Neomuscina capalta Snyder, 1949
(Figs. 9-16)
Neomuscina capalta Snyder 1949:17 (descrição, chave); Snyder 1954:424 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:7–16 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:57 (catálogo); Couri & de
Carvalho 2002:152 (chave); de Carvalho et al. 2005:93 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al.
2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; calípteras com as margens escurecidas; machos com a base dos
cercos mais dilatada que o ápice dos mesmos, quando em vista posterior; epiprocto
feminino com 4 cerdas, dispostas 2:2 da base para o ápice.
20
Coloração: em geral amarelo-acastanhado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália, parafaciália, gena, antenas e palpos amarelos; tórax levemente
amarelo-acastanhado, com polinosidade cinzenta; calípteras branco-acastanhadas, com
as margens escurecidas; balancins amarelos; asas com manchas distintas entre o ápice
da Sc até o ápice da R
1,
estendendo-se fracamente e tornando-se forte no ápice da veia
R
2+3
; veia rm e dm-cu com manchas.
Macho: 5,8-6,1 mm de comprimento; asas 6,0-6,1 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,07-0,11 mm; 14-15
pares de cerdas frontais convergentes, sendo o 2º par maior que os demais; cerdas
ocelares grandes e convergentes; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas
verticais internas pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e
divergentes; ápice dos palpos levemente dilatados.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; intra-alares 1; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e ventral; fêmur médio com uma
fileira de cerdas na face ântero-ventral até a metade, reaparecendo fracamente quando
próximas ao ápice; fêmur médio com um fileira de cerdas até a metade nas faces
anterior e póstero-ventral; fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas
faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior,
póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma
completa fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral; tíbia posterior com uma
cerda mediana ântero-dorsal e de duas a três cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da
tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal e ântero-ventral;
ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio levemente projetado na base; base dos cercos mais dilatada que o
ápice.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,8-6,0 mm de comprimento; asas 6,1-6,2 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,28-0,3 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; intra-alares 2; numerosas cerdas ventrais nna metade dos
21
segmentos abdominais VI e VII; esternito VIII com cerdas espinhosas fracas; epiprocto
com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Porto de Espanha, Trinidad e
Tobago.
BRASIL: Minas Gerais: 1 ♀ “Parque Florestal do Rio Doce, Minas, BRASIL, H. Ebert
/ II-73”, [MNRJ] \ Paraná: 2 P. Grossa (V. Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 /
BRASIL 11.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local
e coletor, 18.VIII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 06.X.1986, [DZUP] \ 2
, mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 27.X.1986,
[DZUP] \ 1 e 1 , mesmo local e coletor, 17.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 24.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♂ “Colombo PR / EMBRAPA BR476 km20 /
BRASIL 13.X.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e
coletor, 20.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 29.VI.1987, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 20.VII.1987, [DZUP] \ 1 “Guarapuava Paraná / Est. Águas
Sta. Clara / BRASIL 09.III.1987 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 1 e 1 ,
mesmo local e coletor, 06.VII.1987, [DZUP] \ 1 “BRASIL PR Jundiaí do Sul /
Fazenda Monte Verde / 01.VIII.1988 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \
Rio de Janeiro: 1 “Repr. Rio Grande, Rio de Janeiro, BRASIL / M. Alvarenga, III-
70”, [MNRJ] \ 1 “BRASIL RJ, Teresópolis / P. do Ingá / P.P. Baptista, 3-VII-88”,
[MNRJ] \ Rio Grande do Sul: 1 “BRASIL RS / Morro Redondo / 31º40‟22” S,
52º35‟32” W / 11.X.2002 Malaise / R.F. Krüger leg”, [DZUP] \ 1 BRASIL RS /
Arroio Grande / Distrito Mauá / 13.XII.2002 / Malaise / P.B. Ribeiro leg.”, [DZUP].
Distribuição geográfica: Brasil (Minas Gerais [nova localidade], Paraná, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul [nova localidade]), Panamá e Trindad e Tobago (localidade-tipo).
Comentários: os indivíduos machos aqui descritos combinam em muito com a descrição
de Snyder (1949). No entanto, as fêmeas coespecíficas aos machos apresentam intra-
22
alares 2, ao contrário das fêmeas com intra-alares 1 dos descritas por Snyder. A análise
do material-tipo faz-se necessária para a confirmação da identidade dos indivíduos aqui
descritos. Essa espécie também é conhecida por ter sido coletada sobre fungos do
gênero Fomes.
Neomuscina currani Snyder, 1949
(Figs. 17-24)
Neomuscina currani Snyder 1949:35 (descrição, chave); Snyder 1954:424 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:7–16 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:57 (catálogo); Couri & de
Carvalho 2002:152 (chave); de Carvalho et al. 2005:93 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al.
2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
com cerdas na superfície ventral; surstilos estreitos e não
sinuosos, com cerdas internas longas; dorsocentrais 2:3; R
4+5
com uma simples cerda na
região ventral; esternito V masculino com projeção bilobada na base; cercos com duas
cerdas apicais, laterais e internas; parâmeros com uma cerda longa e destacada;
ovipositor curto e pouco esclerotinizado; epiprocto feminino com cinco cerdas, dipostas
2:1:2 da base para o ápice.
Coloração: em geral amarelo-acastanhado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália, parafaciália brancas; gena, antenas e palpos amarelos; tórax
levemente amarelo-acastanhado com duas fracas listras castanho-claras vistas a certa luz
e ângulação e com polinosidade cinzenta; calípteras branco-amareladas; balancins
amarelos; asas com manchas distintas entre o ápice da Sc até o ápice da R
1,
e nas veias
rm e dm-cu.
Macho: 5,3-5,8 mm de comprimento; asas 6,0-6,1 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,07-0,08 mm; 12-14
pares de cerdas frontais convergentes, sendo o 2º par maior que os demais; cerdas
ocelares grandes e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais
internas pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
23
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; intra-alares 2; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio
com uma fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade, reaparecendo
fracamente quando próximas ao ápice; fêmur médio com um fileira de cerdas até a
metade nas faces anterior e ântero-ventral; fêmur médio com três cerdas pré-apicais,
posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-ventral, ventral e
ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal e
póstero-ventral; fêmur posterior com fortes cerdas no ápice da face ântero-ventral; tíbia
posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal e três cerdas medianas ântero-ventrais;
ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e
ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e duas cerdas ventrais; veia
R
4+5
com uma cerda na base.
Abdômen: epândrio estreito em vista lateral e pronunciado na base; esternito V com
projeção lobada na base; surstilos não sinuosos, com grandes cerdas internas; região
interna do ápice dos cercos pronunciadamente escavada, com duas grandes cerdas;
cercos estreitos, em vista lateral; parâmero com uma grande e pronunciada cerda;
apódema do edeago e epifalo formando um ângulo reto.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,5-6,0 mm de comprimento; asas 5,8-6,0 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,27-0,3 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; ovipositor curto; tergito VI ausente, VII atrofiadoe e VIII com as
margens bem esclerotinizadas; esternito VI e VII atrofiados, com formato semelhante a
um triângulo, e VIII reduzido com poucas cerdas espinhosas; epiprocto com cinco
cerdas, dispostas 2:1:2, da base para o ápice.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Ilha Barro Colorado, Panamá.
24
BRASIL: Espírito Santo: 1 “Linhares, Espírito Santo, BRASIL / P.C. Elias, VII-72”
[MNRJ] \ Mato Grosso: 1 “Chap. Guimarães MT / 24.XI.1983 / Exc. Dep. Zool.
UFPR / (POLONOROESTE) | DPTO. ZOOL. / UF-PARANÁ” [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 25.XI.1983, \ 1 e 1 , mesmo local e coletor, 01.XII.1983, [DZUP] \
2 e 1♀, mesmo local e coletor, 02.XII.1983, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
03.XII.1983, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 21.XI.1984, [DZUP] \ 1
“Cáceres, MT / 01.XII.1984 / C. Elias leg / POLONOROESTE | DPTO. ZOOL. / UF-
PARANÁ” \ 1 , mesmo local e coletor, 03.XII.1984, [DZUP] \ 1 “BRASIL PR
Antonina / Reserva Biol. Sapitundava / 09.XI.1987 / Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise”, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 16.V.1988, [DZUP] \ 1 “BRASIL
PR Fênix / Reserva Estad. Vilha Rica / 21.III.1988 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”
[DZUP] \ Mato Grosso do Sul: 1 “Mun. Dourados, Mato Grosso, BRASIL /
Alvarenga & Roppa, III-74” \ Rio de Janeiro: 1 “BRASIL, RJ, Nova Iguaçu /
Reserva Biológica do Tinguá, 22º34‟37” S 43º26‟06,6” W / Malaise – Ponto 1 Bosque
/ 5-8.III.2002, S.T.P. Amarante e eq. col.” [DZUP] \ 1 “BRASIL, RJ, Nova Iguaçu /
Reserva Biológica do Tinguá, 22º34‟30” S 43º26‟07” W / Malaise Ponto 4 Trilha /
8.III.2002, S.T.P. Amarante e eq. col.” [DZUP] \ São Paulo: 1 e 1 “BRASIL, SP,
Ubatuba / Parque Estadual Serra do Mar, 23º21‟43” S 44º49‟22” W / Malaise 3 Trilha
/ 21.I.2002, N.W. Perioto & eq. cols.” [DZUP] \ 1 “BRASIL, SP, Ubatuba / Parque
Estadual Serra do Mar, 23º21‟43” S 44º49‟22” W / Malaise 8 Bosque / 21.I.2002,
N.W. Perioto & eq. cols.” [DZUP].
Distribuição geográfica: Brasil (Espírito Santo [nova localidade], Mato Grosso [nova
localidade], Mato Grosso do Sul [nova localidade], Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo
[nova localidade), Panamá (localidade-tipo).
Comentários: assim como N. atincticosta, N. currani apresenta caracteres muito
diferentes em relação aos outros Neomuscina. As fêmeas são bem características pelo
ovipositor curto e pouco esclerotinizado. É a única espécie já descrita para o gênero que
possui apenas uma simples cerda ventral na base da veia R
4+5
veia. Uma análise
conjunta com as demais espécies do gênero faz-se necessária para estabelecer-se o
verdadeiro posicionamento desta espécie dentro do gênero.
25
Neomuscina douradensis Lopes & Khouri, 1996
(Figs. 25-32)
Neomuscina douradensis Lopes & Khouri, 1996:953 (descrição); de Carvalho et al., 2005 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; coloração
geral amarela ou castanho-amarelada; esternito V masculino sem projeção na base;
ápice dos cercos masculinos afilados; calípteras com as margens não escurecidas; asas
hialinas, com veias tranversais apresentando manchas castanhas ao redor; machos com
intra-alares 2.
Coloração: em geral amarela; tórax dorsalmente amarelo, com uma listra acastanhada e
com polinosidade cinzenta; frontália e parafrontália amareladas; faciália e parafaciália
esbranquiçadas; antenas e palpos amarelos; pernas amarelas; calípteras e halteres
amarelos; asas com uma mancha castanha contínua de R
1
até R
2+3
, como também com
manchas nas transversais rm e dm-cu.
Macho: 6,2 mm de comprimento; asas 6,4 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de nove a dez pares, sendo o par maior que os demais, e a
partir do são ciliformes; cerdas ocelares paralelas e direcionadas anteriormente; ceras
pós-ocelares divergentes; cerdas verticais internas e cerdas verticais externas
divergentes;
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; tíbia anterior com uma
destacada cerda mediana ântero-dorsal, e com uma pequena, quase inconspícua cerda
submediana posterior da mesma face; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces
ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral e ventral; fêmur dio com um
fileira de cerdas anterior e póstero-ventral até a metade; fêmur médio com duas cerdas
pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas em todas as faces; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces
dorsal e ântero-ventral, uma fileira de cerdas na face ântero-dorsal até o segundo terço e
uma fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade; tíbia posterior com uma
26
cerda mediana ântero-dorsal e duas cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e
ântero-ventral; asas com uma a duas cerdas dorsais e uma cerda ventral no ápice da veia
tronco.
Abdômen: esternito V com uma leve pronunciação basal; epândrio tão largo quando
comprido.
Fêmea (diferindo no que segue): nove a dez pares de cerdas frontais convergentes,
exceto pelos dois pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares
grandes e divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais
externas grandes e divergentes; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas;
epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂; quetotaxia incompleta; perna anterior esquerda e mediana
esquerda em triângulo; perna mediana direita e posteriores desaparecidas; asa direita
rompida próximo à base; abdômen dissecado e guardado em tubo com glicerina junto ao
exemplar; etiqueta de localidade: BRASIL, Mato Grosso do Sul, Dourados / III-1974,
M. Alvarenga & O. Roppa leg.”; Etiqueta vermelha com a inscrição HOLOTYPE junto
ao espécime. Exemplar depositado no Museu Nacional (MNRJ). Localidade-tipo: Mato
Grosso do Sul.
BRASIL: Mato Grosso do Sul: 1 e 3 parátipos “Mun. Dourados, Mato Grosso,
Brasil / Alvarenga & Roppa, III-74”, [MNRJ].
Distribuição geográfica: Brasil (Mato Grosso do Sul Localidade-tipo).
Comentários: N. douradensis pode ser facilmente distinguida dos outros Neomuscina
pela sua coloração amarela, de forte intensidade, diferente de todas as outras espécies
analisada aqui neste trabalho. Os machos possuem esternito V com uma conformação
bem característica, como um triângulo invertido.
27
Neomuscina goianensis Lopes & Khouri, 1995
(Figs. 33-40)
Neomuscina goianensis Lopes & Khouri 1996:45 (descrição); de Carvalho et al. 2005:93 (catálogo);
Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Diagnose: dorsocentrais 2:4; acrosticais 0:1 ou 1:1; fêmur médio com três cerdas pré-
apicais; espiráculo posterior com destacadas cerdas negras adjacentes na região póstero-
inferior; VI esternito das fêmeas com uma esclerotinização em formato triangular; VII
tergitos abdominais das fêmeas quase se tocando; asas com manchas castanhas nas
extremidades de R
1
, R
2+3
e veias transversais.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália, parafaciália e gena castanho-amarelados; antenas e palpos amarelos;
tórax com quatro listras castanhas vistas à certa luz e angulação, com polinosidade
cinzenta; calípteras brancas; balancins amarelos; asas com manchas castanhas nas
extremidades de R
1
, R
2+3
, e transversais.
Macho: 5,8 6,0 mm de comprimento; asas 6,2-6,5 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de 11-12 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,1-0,13 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares
paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-ocelares divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1 ou 1:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; espiráculo torácico
posterior com cílios adjacentes na região póstero-ventral; ápice da bia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral e ventral; fêmur
médio com uma fileira de cerdas ventrais até a metade; fêmur médio com três cerdas
pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-ventral, ventral e
ântero-ventral; fêmur posterior nas com uma completa fileira de cerdas na face dorsal e
póstero-ventral; tíbia posterior com uma cerda submediana ântero-dorsal e três cerdas
submedianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces ântero-
dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma
cerda dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
28
Abdômen: epândrio com altura superior à largura, sem pronunciação basal.
Fêmea (diferindo no que segue): 5-8-6,1 mm de comprimento; asas 6,2-6,5 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,29-0,34 mm de distância à altura do primeiro
ocelo; 9 pares de cerdas frontais; cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e divergentes;
cerdas verticais internas convergentes; cerdas verticais externas divergentes; ápice da
tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral;
tíbia posterior com duas cerdas submedianas ântero-ventrais; muitas cerdas ventrais nos
segmentos VI e VII; esclerotinização ventral no segmento VI semelhante a um
triângulo, logo após as cerdas; tergitos VII muito esclerotinizados, tocando-se; Esternito
VIII com cerdas espinhosas não pronunciadas; epiprocto com quatro cerdas, dispostas
2:2.
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂, quetotaxia incompleta, sem pernas médias, asa direita rompida
na base, abdômen dissecado e guardado em tubo com glicerina junto ao exemplar;
Etiqueta de localidade: “Brasil, Goiás, Jataí / XII-72, F.M. Oliveira col.”; Etiqueta
vermelha com a inscrição HOLOTYPE junto ao espécime. Localidade-tipo: Goiás.
BRASIL: Bahia: 2 parátipos “Encruzilhada, Bahia, Brasil / Seabra & Roppa, XI-72”
[MNRJ] \ Ceará: 4 parátipos “Pacatuba, Ceará / 350m, Brasil / H.S. Lopes, VII-73”
[MNRJ] \ Goiás: 2 e 2 parátipos “Jataí, Goyas, Brasil / F.M. Oliveira, VII-72
[MNRJ] \ Mato Grosso: 1 “Chap. Guimarães MT / 30.XI.1983 / Exc. Dep. Zool.
UFPR / POLONOROESTE | DPTO. ZOOL / UF-PARANÁ” [DZUP] \ 3 e 1 ♀,
mesmo local e coletores, 01.XII.1983, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletores,
02.XII.1983, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletores, 03.XII.1983, [DZUP] \ Paraná: 1
“BRASIL PR Jundiaí do Sul / Fazenda Monte Verde / 10.VIII.1987 / Lev. Ent.
PROFAUPAR / Malaise” [DZUP]. Rio de Janeiro: 1 parátipos “Angra dos Reis, E.
do Rio / H.S. Lopes, VII-72” [MNRJ] \ São Paulo: 1 ♀ parátipos “Araçatuba – SP / Rio
Jacareatinga / X-1961, Lane & Rebello col.” [MNRJ].
29
Distribuição geográfica: Brasil (Bahia, Ceará, Goiás Localidade-tipo, Mato Grosso
[nova localidade], Paraná [nova localidade], Rio de Janeiro e São Paulo).
Comentários: N. goianensis possui variação na quantidade de cerdas acrosticais,
apresentando as configurações 0:1 ou 1:1. ainda uma grande facilidade para perda
das cerdas póstero-inferiores do espiráculo posterior, uma vez que estas são bem frágeis.
N. goianensis aparenta ser muito parecida com a descrição de N. pictipennis nudinervis
(Stein), registrada desde o México até o Peru. Até que se verifique o tipo da espécie
descrita por Stein, N. goianensis será considerada aqui como uma espécie distinta.
Neomuscina inflexa (Stein, 1918)
(Figs. 41-48)
Cyrtoneurina inflexa Stein 1918:224 (descrição, designação original); Stein 1919:127 (catálogo); Séguy,
1937:351 (catálogo).
Neomuscina inflexa Snyder 1949:18 (nova combinação, redescrição, chave); Snyder 1954:460 (chave);
Pont 1972:50 (catálogo); d‟Almeida 1993:716 (sinantropia); de Carvalho et al., 1993:58
(catálogo); Couri & de Carvalho 2002:152 (chave).; Costacurta et al. 2003:393 (coletada); de
Carvalho et al. 2005:94 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; fêmur médio com três
cerdas pré-apicais; calípteras com as margens branco-amareladas; machos com a base e
o ápice dos cercos equivalentes em espessura, quando em vista posterior; machos com
intra-alar 1; epiprocto feminino com cinco cerdas, dispostas 2:1:2 da base para o ápice.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarelo-escuro,
ápice castanho; faciália e parafaciália brancas; gena castanha; antenas e palpos
amarelos; noto castanho-claro, com quatro listras castanho-escuras e com polinosidade
cinzenta; ápice dos fêmures médio e posteriores castanhos; calípteras e balancins
amarelos; asas hialinas.
Macho: 6,0-6,2 mm de comprimento; asas 6,2-6,5 mm de comprimento.
30
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo anterior por uma distância de 0,07-0,11
mm; 14-15 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais;
cerdas ocelares grandes e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas
verticais internas pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e
divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; intra-alares 1; muitas sétulas negras
acessórias aos escleritos torácicos laterais; ápice da bia anterior com cerdas nas faces
dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face
póstero-ventral até a metade, reaparecendo fracamente quando próximas ao ápice;
fêmur médio com uma sutil fileira de cerdas na face anterior até a metade e uma na
face ântero-ventral até o terço basal; fêmur médio com três cerdas pré-apicais,
posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-ventral, ventral e
ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal,
póstero-ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com muitas cerdas distintas, mas não
ordenadas em fileira, se estendendo até a metade da face ântero-dorsal; tíbia posterior
com uma cerda mediana ântero-dorsal e quatro cerdas medianas ântero-ventrais; ápice
da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal,
ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e duas cerdas
ventrais.
Abdômen: epândrio pronunciado na base; ápice dos cercos escavados.
Fêmea (diferindo no que segue): 6-0-6,2 mm de comprimento; asas 6,2-6,5 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,28-0,3 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que o paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; intra-alares 2; esternito VIII com cerdas espinhosas
pronunciadas; epiprocto com cinco cerdas, dispostas 2:1:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): Museo Civico di Storia Naturale (MCSM), Milão, Itália.
Localidade-tipo: São Paulo.
31
BRASIL: Paraná: 1 “BRASIL, PR. Antonina / Reserva Biol Sapitundava /
18.VII.1988, [DZUP] \ 1 “Morro Redondo - PR / 01.XI.2002 / RF Krüger col.”
[DZUP] \ 1 “Curitiba - PR / C. Imbuia / 15.II.1985 / Malkowski, SR / FIG-AZU”,
[DZUP] \ 1 “Curitiba - PR / 17.V.1985 / CJB Carvalho”, [DZUP] \ 2 ♂ Colombo
PR / EMBRAPA BR476 km20 / BRASIL 04.VIII.1986, [DZUP] \ 2 e 1 , mesmo
local e coletor, 11.VIII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 25.VIII.1986,
[DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 01.IX.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 08.IX.1986, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 22.IX.1986, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 29.IX.1986, [DZUP] \4 , mesmo local e coletor, 06.X.1986,
[DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 2 , mesmo local e
coletor, 20.X.1986, [DZUP] \1 , mesmo local e coletor, 03.XI.1986, [DZUP] \ 1 e
1 ♀, mesmo local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
15.XII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 12.I.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo
local e coletor, 02.II.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 09.II.1987, [DZUP] \
2 e 1 , mesmo local e coletor, 23.III.1987, [DZUP] \ 3 , mesmo local e coletor,
13.VII.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 20.VII.1987, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 27.VII.1987, [DZUP] \ 2 ”Guarapuava - Paraná / Est. Águas
Sta. Clara / BRASIL 01.IX.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 20.X.1986,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 25.V.1987, [DZUP] \1 , mesmo local e coletor, 13.VII.1987, [DZUP] \ 1
“Fênix - Paraná / Reserva Est. - ITCF / BRASIL 08.IX.1986, [DZUP] \ 1 . Mesmo
local e coletor, 18.IV.1988, [DZUP] \ 2 ♂ “Jundiaí do Sul - PR / Fazenda Monte Verde
/ BRASIL 18.VIII.1986, [DZUP] \ 1 e 1 , mesmo local e coletor, 07.IX.1987,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 26.X.1987, [DZUP] \ 4 e 1 “P. Grossa (V.
Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 / BRASIL 11.VIII.1986, [DZUP] \ 2 e 1 ,
mesmo local e coletor, 18.VIII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
25.VIII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 15.IX.1986, [DZUP] \ 2 e 2 ,
mesmo local e coletor, 06.X.1986, [DZUP] \ 1 ♂ e 1 , mesmo local e coletor,
20.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 27.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 03.XI.1986, [DZUP] \1 , mesmo local e coletor, 17.XI.1986, [DZUP]
\ 1 , mesmo local e coletor, 29.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
01.XII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 05.I.1987, [DZUP] \ 2 e 2 ,
32
mesmo local e coletor, 12.I.1987, [DZUP] \ 6 , mesmo local e coletor, 19.I.1987,
[DZUP] \ 3 e 2 , mesmo local e coletor, 26.I.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e
coletor, 09.II.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 23.III.1987, [DZUP] \ 1 ♂ e
2 ♀, mesmo local e coletor, 13.IV.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
18.V.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 25.V.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 08.VI.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 06.VII.1987,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 13.VII.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e
coletor, 20.VII.1987, [DZUP] \ 1 “P. Grossa, PR, BRASIL / (V. Velha IAPAR) /
Ganho & Marinoni / 04.X.1999 Malaise 4” [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
06.IX.1999, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 27.IX.1999, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 17.I.2000, [DZUP] \ 1 ♂ e 1 ♀ “S. José Pinhais - PR / Ser. Mar BR277
km54 / BRASIL 27.X1986, [DZUP] \ 1 ♂ “Telêmaco Borba - PR / Res. Samuel Klabin
/ BRASIL 25.VIII.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 01.IX.1986, [DZUP] \
1 ♂, mesmo local e coletor, 20.X.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
10.XI.1986, [DZUP] \ Rio de Janeiro: 1 Retiro, Petrópolis / E. do Rio, Brasil / 17-
I-77”, [MNRJ] \ 1 , mesmo local e coletor, 18-I-77”, [MNRJ] \ 1 “Alto da Boa
Vista, Rio de Janeiro, Brasil / on rotten banana / H. Guimarães, 7-VII-84”, [MNRJ] \
Santa Catarina: 1 ♀ “Brasilien, Nova Teutonia / Fritz Plaumann / 27º 11‟ B 52º 23‟ L,
V-70”, [MNRJ].
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil (Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina [nova
localidade] e São Paulo Localidade-tipo).
Comentários: N. inflexa caracteriza-se pelo seu padrão de coloração e dorsocentrais 2:3.
Os machos possuem esternito V em formato próximo ao quadrangular, quase
semelçhantes a Neomuscina sp. nov. 2 e as fêmeas possuem epiprocto com
configuração de cerdas 2:1:2.
Neomuscina instabilis Snyder, 1949
(Figs. 49-56)
Neomuscina instabilis Snyder 1949:30 (descrição, chave); Snyder 1954:424, 425 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:7–16 (sinantropia); de Carvalho et al., 1993:58 (catálogo); Couri & de
33
Carvalho 2002:153 (chave); de Carvalho et al. 2005:94 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al.
2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com três
cerdas pré-apicais; espiráculo posterior sem cerdas negras adjacentes na região póstero-
inferior; asas hialinas; tíbia anterior sem uma destacada cerda mediana ântero-dorsal;
machos com intra-alares 2; p-epímero e pró-episterno sem tulas negras adjacentes;
catepisterno com sétulas negras adjacentes na região posterior.
Coloração: em geral castanho; região anterior da fronte amarelo-escuro, ápice
castanho-escuro; faciália e parafaciália amarelas; gena castanha; antenas e palpos
amarelos; noto castanho-escuro e com polinosidade cinzenta; calo umeral e ápice do
escutelo castanhos; ápice dos mures médio e posteriores castanho-escuros; calípteras
e balancins amarelos; asas hialinas.
Macho: 5,0-5,3 mm de comprimento; asas 5,8-5,9 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo anterior por uma distância de 0,08-0,11
mm; 12-13 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais;
cerdas ocelares grandes e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas
verticais internas pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e
divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; tíbia anterior com uma distinta
cerda submediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces dorsal,
póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face
póstero-ventral até a metade, reaparecendo fracamente quando próximas ao ápice;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal
e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal,
posterior, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa
fileira de cerdas nas faces dorsal, póstero-ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com
muitas cerdas distintas, mas não ordenadas em fileira, se estendendo até a metade da
face ântero-dorsal; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal e quatro
34
cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior,
ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com
uma cerda dorsal e duas cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio levemente achatado, em vista posterior.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,2-5,5 mm de comprimento; asas 5,8-5,9 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,3-0,33 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; intra-alares 2; esternito VIII cerdas espinhosas pronunciadas;
epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: David District, Panamá.
BRASIL: Bahia: 1 ♀ “Encruzilha, Bahia, BRASIL / Seabra & Roppa, XI-72”, [MNRJ]
\ Espírito Santo: 1 “Linhares, Espírito Santo, Brasil / P.C. Elias, X-72”, [MNRJ] \
Minas Gerais: 1 “Belo Horizonte, Minas, BRASIL / Paulo Iide, 12-16-II-74”,
[MNRJ] \ Mato Grosso: 15 e 18 “Cáceres, MT / 13.XI.1984 / Buzzi, Mielke, Elias
/ Casagrande leg / Proj. POLONOROESTE”, [DZUP] \ 1 e 10 , mesmo local e
coletor, 21.XI.1984, [DZUP] \ 1 ♂ e 4 ♀, mesmo local e coletor, 01.XII.1984, [DZUP] \
3 e 6 , mesmo local e coletor, 03.XII.1984, [DZUP] \ 7 e 5 , mesmo local e
coletor, 09.XII.1984, [DZUP] \ Mato Grosso do Sul: 3 e 3 “Mun. Dourados, Mato
Grosso, BRASIL / Alvarenga & Roppa, III-74”, [MNRJ] \ Paraná: 1 “BRASIL, PR,
Morretes / Parque Estadual do Pau Oco / Malaise Ponto T5 / 10-13.IV.2002, M.T.
Tavares & eq. col., [MZSP] \ Rio de Janeiro: 8 ♂ e 17 ♀ “Jacarepaguá, Rio de Janeiro
/ peixe e gado / S.M.O. Cordello col., I-89”, [MNRJ] \ Rio Grande do Norte: 1
parátipo: “Natal, BRASIL / Feb. 5-24-1943 / F.M. Snyder” [MNRJ] \ Sergipe: 1
“BRASIL, SE, Santa Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟31,4” S 37º24‟53,9 W / Malaise
Armadilha Bosque 4 / 29.VII-1-VIII.2001, M.T. Tavares & eq. col.”, [MZSP] \ 1 e
1 “BRASIL, SE, Santa Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟32,8” S 37º25‟ W / Malaise
35
Armadilha Bosque 2 / 30.VII-2-VIII.2001, M.T. Tavares & eq. col.”, [MZSP] \ 1
“BRASIL, SE, Santa Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟39,6” S 37º25‟04,4 W / Malaise
Armadilha Trilha 1 / 1-4.VIII.2001, M.T. Tavares & eq. col.”, [MZSP] \ PANAMÁ: 1
♀ “El Cermeno, Pan. / VII-39-I-40 | fruit fly trap / Zetek No 4621 Lot. No. 40.4789”.
Distribuição geográfica: Brasil (Bahia [nova localidade], Espírito Santo [nova
localidade], Mato Grosso [nova localidade], Mato Grosso do Sul [nova localidade],
Minas Gerais [nova localidade], Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte [nova
localidade], Sergipe [nova localidade] e São Paulo), Panamá (Localidade-tipo) e
Trindad e Tobago.
Comentários: Snyder (1949) descreveu esta espécie, acreditando poder tratar-se um
exemplar de N. stabilis (Stein), cujo holótipo não havia visto. No entanto, a análise do
parátipo de N. instabilis e do holótipo de N. stabilis demonstrou que são espécies
distintas. N. instabilis apresenta uma coloração muito mais suave, além de
características morfológicas em relação ao posicionamento de cerdas e diferenças na
genitália masculina e feminina em relação à N. stabilis.
Neomuscina mediana Snyder, 1949
(Figs. 57-64)
Neomuscina mediana Snyder 1949:19 (descrição, chave); Snyder 1954:424 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:7–16 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:58 (catálogo); Lopes &
Khouri 1996:959 (próxima a N. paramediana Lopes & Khouri); Couri & de Carvalho 2002:152
(chave); de Carvalho et al. 2005:94 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; coloração
geral castanho-escura; esternito V masculino com uma forte projeção basal; ápice dos
cercos masculinos rombudos.
Coloração: em geral castanho-escuro, próximo ao negro; região anterior da fronte
amarela, ápice negro; faciália, parafaciália, gena, antenas e palpos amarelos; tórax com
36
quatro listras negras vistas a certa luz e angulação, com polinosidade cinzenta; calo
umeral e ápice do escutelo amarelos; calípteras branco-amareladas; balancins amarelo-
escuros; fêmur anterior com o terço basal castanho-escuro, restante amarelo; fêmur
médio e posterior com os dois terços basais castanho-escuro, ápice amarelo; asas com
uma distinta mancha negra entre o ápice da Sc até o ápice da R
1
, estendendo-se para
baixo e confluindo com uma distinta mancha na veia rm; uma distinta mancha no ápice
da veia R
2+3
e uma fraca mancha na veia dm-cu.
Macho: 4,2-6,0 mm de comprimento; asas 4,5-5,2 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,08-0,16 mm (em
certos machos, distingue-se claramente a fronte); 10-11 pares de cerdas frontais
convergentes, sendo o par maior que os demais (nos machos onde distingue-se a
fronte, as cerdas são destacadas e não ciliformes); cerdas ocelares grandes e paralelas;
cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas pequenas e
convergentes; cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
rax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; alguns machos não apresentam
cerdas intra-alares; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal,
póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face
póstero-ventral até a metade, reaparecendo fracamente quando próximas ao ápice;
fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e
posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal,
posterior, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa
fileira de cerdas nas faces dorsal, póstero-ventral e ântero-ventral; tíbia posterior com
uma cerda mediana ântero-dorsal e de duas a três cerdas medianas ântero-ventrais; ápice
da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-
ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V com acentuada projeção basal; epândrio com projeção basal
moderada; cercos com ápice rombudo.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,4-6,5 mm de comprimento; asas 4,4-5,8 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,29-0,33 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas,
37
ambas divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais
externas grandes e divergentes; intra-alares 2; microtriquias ventrais no segmento VIII;
esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto com quatro cerdas,
dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Mato Grosso: 4 e 2 “Chap. Guimarães MT / 30.XI.1983 / Exc. Dep. Zool.
UFPR / (POLONOROESTE) | DPTO. ZOOL. / UF-PARANÁ”, [DZUP] \ 1 e 2 ,
mesmo local e coletor, 01.XII.1983, [DZUP] \ 7 e 6 , mesmo local e coletor,
02.XII.1983, [DZUP] \ 1 e 1 , mesmo local e coletor, 03.XII.1983, \ 1 , mesmo
local e coletor, 17.XII.1984, [DZUP] \ 1 ♀ “Cáceres – MT / 08.III.1985 / C. Elias. Leg /
POLONOROESTE”, [DZUP] \ Paraná: 1 “Telêmaco Borba PR / Res. Samuel
Klabin / BRASIL 06.X.1986, / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 29.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♂ “BRASIL PR Jundiaí do Sul /
Fazenda Monte Verde / 01.VIII.1988 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \
Rio de Janeiro: 15 e 13 “Angra dos Reis, E. do Rio, BRASIL / H.S. Lopes, 1-10-
72”, [MNRJ] \ São Paulo: 1 “Brasil, SP, Ubatuba / Parque Estadual Serra do Mar /
23º21‟43” S 44º49‟22” W / Malaise 6 Bosque / 21.I.2002, N.W. Perioto & eq. cols.”,
[MZSP] \ 1 e 2 Brasil, SP, Peruíbe / Estação Ecológica Juréia-Itatins / 24º31‟06”
S 47º12‟06” W / Malaise 3 – Trilha / 6.V.2002, N.W. Perioto & eq. col.”, [MZSP].
Distribuição geográfica: Brasil (Mato Grosso [nova localidade], Paraná [nova
localidade], Rio de Janeiro Localidade-tipo e São Paulo [nova localidade]).
Comentários: N. mediana distingue-se principalmente por sua coloração castanho-
escura, muito próxima do negro; certos machos apresentam uma considerável variação
em relação à distância entre os olhos, podendo ser a fronte visível em muito indivíduos;
o ápice dos cercos, em vista posterior, apresentam-se de forma rombuda, sendo essa
38
característica única dentre as espécies analisadas. Alguns indivíduos machos são
característicos pois não apresentam cerdas intra-alares destacadas.
Neomuscina mimosa Lopes & Khouri, 1996
(Figs. 65-72)
Neomuscina mimosa Lopes & Khouri 1996:955 (descrição); de Carvalho et al. 2005:94 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur dio com três
cerdas pré-apicais; asas hialinas; tíbia anterior com uma destacada cerda mediana
ântero-dorsal; machos com intra-alares 1; p-epímero e pró-episterno sem sétulas
negras adjacentes; catepisterno com sétulas negras adjacentes na região posterior.
Coloração: em geral castanho-amarelado; tórax dorsalmente castanho-amarelado, com
quatro listras castanho escuras vistas a certa luz e angulação, com polinosidade
cinzenta; frontália e parafrontália amareladas; faciália e parafaciália esbranquiçadas;
antenas e palpos amarelos; pernas amarelas; calípteras e halteres amarelos; asas hialinas.
Macho: 5 mm de comprimento; 5,5 mm de comprimento.
Cabeça: 12 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais;
olhos separados por uma 0,09 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas
ocelares paralelas e direcionadas anteriormente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas
verticais internas e verticais externas divergentes;
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; catepisterno com cílios negros
adjacentes na região posterior; tíbia anterior com uma destacada cerda mediana ântero-
dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal,
póstero-ventral e ventral; fêmur médio com uma fileira de cerda na região póstero-
ventral até a metade, enfraquecendo-se então e ressurgindo no ápice; mur médio com
uma pequena fileira ântero-ventral no quarto basal; fêmur médio com três cerdas pré-
apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média
com cerdas nas faces anterior, póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-dorsal;
fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral, e
39
uma fileira de cerdas na face ventral até a metade; tíbia posterior com uma cerda
mediana ântero-dorsal e duas cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal e ventral; asas com uma a duas cerdas
dorsais e uma cerda ventral no ápice da veia tronco.
Abdômen: epândrio levemente pronuciado.
Fêmea (diferindo no que segue): nove pares de cerdas frontais convergentes, exceto
pelos dois pares superiores, que são paralelos; olhos separados por uma 0,28 mm de
distância à altura do primeiro ocelo; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e
divergentes; cerdas verticais internas convergentes; cerdas verticais externas
divergentes; intra-alares 2; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas;
epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂; quetotaxia em bom estado; pernas mediana direita e posteriores
desaparecidas; asas danificadas; abdômen dissecado e guardado em tubo com glicerina
junto ao exemplar; Etiqueta de localidade: BRASIL, Goiás, Goianésia / 06-XI-1969 /
H. Ebert leg.”; Etiqueta vermelha com a inscrição HOLOTYPE junto ao espécime.
Localidade-tipo: Brasil.
BRASIL: Goiás: 1 e 2 parátipos “Goianésia, Goiaz, Brasil / H. Ebert, 6-IX-69”
[MNRJ].
Distribuição geográfica: Brasil (Goiás Localidade-tipo).
Comentários: N. mimosa pode ser distinguida facilmente das outras espécies de
Neomuscina pelo catepisterno com muitas e destacadas sétulas negras adjacentes em sua
região posterior, assim como pela morfologia das terminálias masculina e feminina.
Neomuscina neosimilis Snyder, 1949
(Figs. 73-80)
Neomuscina neosimilis Snyder 1949:33 (descrição, chave); Snyder 1954:425 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); d‟Almeida 1993:716 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:58 (catálogo); Couri
40
1998:597603 figura 12 (estruturas da espermateca); Couri & de Carvalho 2002:154 (chave); de
Carvalho et al. 2005:94 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; machos com intra-alar 1;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais; asas hialinas, com uma distinta mancha na R
1
que se estende para baixo até a tranversal rm; ápice de R
2+3
com uma mancha castanha,
como também nas tranversais rm e dm-cu; esternito VIII das fêmeas com espinhos
longos.
Coloração: em geral castanho-amarelado; tórax dorsalmente castanho-amarelado, com
quatro listras castanho escuras vistas à certa luz e angulação, com polinosidade
cinzenta; fronte e parafrontália com a região superior negra e a região anterior amarelo-
escura; faciália e parafaciália esbranquiçadas; antenas e palpos amarelos; pernas
castanho-amareladas; calípteras e halteres brancos; asas hialinas, com uma distinta
mancha na R
1
que se estende para baixo até a tranversal rm; ápice de R
2+3
com uma
mancha castanha, como também nas tranversais rm e dm-cu.
Macho: 6-6,2 mm de comprimento; asas 6,5-6,7 mm de comprimento.
Cabeça: 11 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais;
olhos separados por uma 0,09-0,12 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas
ocelares paralelas e direcionadas anteriormente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas
verticais internas e verticais externas pequenas e divergentes;
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; tíbia anterior com uma
destacada cerda mediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces
ântero-dorsal, dorsal, stero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com um fileira de
cerda na região ventral até a metade; fêmur médio com três cerdas pré-apicais,
posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-dorsal; fêmur
posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral, e uma
fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade; tíbia posterior com uma cerda
mediana ântero-dorsal e três cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia média com
41
cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal e ventral; asas com uma a duas cerdas
dorsais e uma cerda ventral no ápice da veia tronco.
Abdômen: esternito V com projeção moderada na base; epândrio levemente
pronunciado; cercos com ápice levemente rombudo.
Fêmea (diferindo no que segue): 6,2-6,3 mm de comprimento; olhos separados por uma
0,3-0,31 mm de distância à altura do primeiro ocelo; 10-11 pares de cerdas frontais
convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que são divergentes; cerdas ocelares e
pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes;
cerdas verticais externas grandes e divergentes; intra-alares 2; esternitos VI e VII bem
esclerotinizados; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto com
quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Nova Teutônia, Santa Catarina.
BRASIL: Alagoas: 1 “Brasil, AL, Quebrângulo / Reserva Biológica Pedra Talhada /
Arm. Malaise 4ª Trilha / 11-14.IX.2002 / Penteado-Dias & eq. col., Refugo” [MZSP] \
Bahia: 1 ♂ “Brasil, BA, Mata de São João / Reserva de Sapiranga / 12º33‟35” S
38º02‟48,8 W” / Malaise, Ponto B5 / 19-22.VII.2001 / M.T. Tavares & eq. col.”
[MZSP] \ 1 “Brasil, BA, Mata de São João / Reserva de Sapiranga / 12º33‟38,5” S
38º02‟57,2 W” / Malaise, Ponto T6 / 22-25.VII.2001 / M.T. Tavares & eq. col.”
[MZSP] \ Espírito Santo: 1 ♂ “Brasil, ES, Santa Teresa / Estação Biológica Santa Lúcia
- 755m / 19º58‟21,1” S 40º32‟05,5” W / Varredura Ponto 19 / 7.IV.2001 / C.O.
Azevedo & eq. col.” [MZSP] \ 1 “Brasil, ES, Santa Teresa / Estação Biológica Santa
Lúcia - 867m / 19º58‟39,2” S 40º32‟06,2” W / Varredura Ponto 19 / 8.IV.2001 / C.O.
Azevedo & eq. col.” [MZSP] \ 1 “Brasil, ES, Santa Teresa / Estação Biológica Santa
Lúcia - 755m / 19º58‟14,9” S 40º32‟05,8” W / Arm. Moerick Ponto 1 Bosque / 9-
12.IV.2001 / C.O. Azevedo & eq. col.” [MZSP] \ Mato Grosso: 1 “DPTO ZOOL /
UF-PARANÁ | Chap. Guimarães MT / 18.XI.1983 / Exc. Dep. Zool. UFPR /
POLONOROESTE”, [DZUP] \ 1 ♂ e 2 , mesmo local e coletor, 30.XI.1983, [DZUP]
\ 9 e 7 , mesmo local e coletor, 01.XII.1983, [DZUP] \ 9 e 7 , mesmo local e
42
coletor, 02.XII.1983, [DZUP] \ 2 e 3 , mesmo local e coletor, 03.XII.1983, [DZUP]
\ 1 “DPTO ZOOL / UF-PARANÁ | Cáceres MT / 27.III.1984 / C. Elias leg. /
POLONOROESTE” \ 1 , mesmo local e coletor, 21.XI.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 24.XI.1984, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 01.XII.1984, [DZUP]
\ 1 , mesmo local e coletor, 03.XII.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
06.XII.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 10.XII.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 17.XII.1984, [DZUP] \ Minas Gerais: 1 “Brasil, MG, Cabo Verde /
Fazenda da Cata 598m / 21º27‟11,04” S 37º24‟50,4” W / Malaise 2 Mata / 10-
23.IX.2006 / Amorin, Ribeiro, Falaschi & Oliveira col.” [MZSP] \ Paraná: 1
“Colombo PR / EMBRAPA BR476 km20 / BRASIL 13.IV.1987 / Lev. Ent.
PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 Colombo PR / EMBRAPA BR476 km20 /
BRASIL 13.X.1986, [DZUP] \ 1 Fênix Paraná / Reserva Est. ITCF / Brasil
04.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 “Jundiaí do Sul PR
/ Fazenda Monte Verde / BRASIL 20.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
03.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 24.XI.1986, [DZUP] \ 2 “P.
Grossa (V. Velha) PR / Reserva IPAR BR376 / BRASIL 01.VII.1986, Lev. Ent.
PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 01.VII.1986, \ 1 ,
mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 12.I.1987,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 24.XI.1986, [DZUP] \ 2 , mesmo local e
coletor, 19.I.1987, \[DZUP] 1 , mesmo local e coletor, 26.I.1987, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 16.II.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 09.III.1987,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 16.III.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 23.III.1987, [DZUP] \ 1 “S. José dos Pinhais PR / Ser. Mar BR277 km54 /
BRASIL, 13.X.1986, / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 “Brasil, PR,
Morretes / Parque Estadual do Pau Oco / Malaise Ponto T5 / 07-10.IV.2002 / M.T.
Tavares & eq. col.” [MZSP] \ Santa Catarina: 1 ♀ “Brasil, SC, São Francisco do Sul /
Capa Vila da Glória / Malaise B6 Bosque / 17-20-X-2001” \ 1 ♀ “Brasil, SC, São
Bento do Sul / 5ª Malaise Bosque” [MZSP] \ Sergipe: 1 ♀ “Brasil, SE, Santa Luzia do
Itanhy Crasto / 11º22‟42,7” S 37º24‟58,1” W / Moericke Trilha 3 / 30.VII-2-
VIII.2001 / M.T. Tavares & eq. col.” [MZSP].
43
Distribuição geográfica: Brasil (Alagoas [nova localidade], Bahia [nova localidade],
Espírito Santo [nova localidade], Mato Grosso [nova localidade], Minas Gerais [nova
localidade], Rio de Janeiro, Paraná [nova localidade], Santa Catarina Localidade-tipo,
Sergipe [nova localidade]), Trinidad e Tobago.
Comentários: N. neosimilis apresenta machos com esternito V levemente estreito e
placa cercal também estreita, em vista posterior. As fêmeas caracterizam-se com cerdas
longas e bem destacadas no ovipositor. A espécie possui uma distribuição bastante
ampla pelo Brasil.
Neomuscina nigricosta Snyder, 1949
(Figs. 81-88)
Neomuscina nigricosta Snyder 1949:22 (descrição, chave); Snyder 1954:425 (chave); Pont 1972:50
(catálogo); de Carvalho et al. 1993:58 (catálogo); Couri & de Carvalho 2002:152 (chave); de
Carvalho et al. 2005:95 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; asas com uma
mancha castanha ininterrupita estendendo-se do ápice da veia Sc até o ápice da veia
R
2+3
.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália e parafaciália brancas; gena, antenas e palpos amarelos; tórax com
quatro listras castanhas vistas a certa luz e angulação, com polinosidade cinzenta;
calípteras e balancins amarelos; asas com uma distinta mancha estendendo-se
ininterruptamente do ápice da Sc até o ápice da R
2+3
, e a metade posterior da asa é
distintamente mais escurecida que a metade anterior.
Macho: 6,6-7,1 mm de comprimento; asas 6,4-7,0 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,14-0,17 mm; seis
pares de cerdas frontais, sendo o par maior que os demais; cerdas frontais
convergentes, exceto pelos pares ciliformes, que são paralelos; cerdas ocelares grandes
44
e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas
pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; tíbia anterior com uma distinta
cerda mediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces anterior,
póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face ventral
até a metade; fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-
dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-
dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa
fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral e uma fileira até a metade na póstero-
ventral; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal e duas cerdas medianas
ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal,
dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com 1 cerda dorsal
e 2 cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio pronuciado na base; ápice dos cercos levemente escavados, em
vista posterior.
Fêmea (diferindo no que segue): 6,6-7,2 mm de comprimento; asas 6,4-7,2 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,28-0,31 mm de distância à altura do primeiro
ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são paralelos; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; escleritos VI e VII bem esclerotinizados; muitas cerdas dorsais e
ventrais no meio dos segmentos VI e VII; esternito VIII sem cerdas espinhosas
pronunciadas; epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Porto de Espanha, Trinidad e
Tobago.
BRASIL: Mato Grosso: 1 ♂ e 1 ♀ “DPTO ZOOL / UF-PARANÁ | Chap. Guimarães
MT / 22.XI.1983 / Exc. Dep. Zool. UFPR / POLONOROESTE”, [DZUP] \ 2 ♂ e 1 ,
mesmo local e coletor, 23.XI.1983, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 24.XI.1983,
45
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 30.XI.1983, [DZUP] \ 3 e 3 , mesmo local e
coletor, 01.XII.1983, [DZUP] \ 6 ♂ e 14 , mesmo local e coletor, 02.XII.1983,
[DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 03.XII.1983, [DZUP] \ Roraima: 1 ♂ “BRASIL,
Roraima / Rio Uraricoera / Ilha de Maraca / 02-13.V.1987 | Armadilha / de Shannon |
J.A. Rafael / J.E.R. Brasil / L.S. Aquino”, [DZUP].
Distribuição geográfica (Brasil): nova ocorrência para o Brasil (Roraima e Mato
Grosso), Guiana, Trinidad e Tobago (Localidade-tipo).
Comentários: N. nigricosta é facilmente distinguida das outras espécies do gênero pela
presença de uma forte mancha castanha e ininterrupita, que se estendende do ápice da
veia Sc até o ápice da veia R
2+3
. Este é o primeiro registro desta espécie para o Brasil.
Neomuscina paramediana Lopes & Khouri, 1996
(Figs. 89-96)
Neomuscina paramediana Lopes & Khouri 1996:957 (descrição); de Carvalho et al. 2005:95 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1, dorsocentrais 2:4; machos com intra-alares
1; fêmur médio com três cerdas pré-apicais; asas hialinas; tíbia anterior com uma
destacada cerda mediana ântero-dorsal; p-epímero e pró-episterno sem sétulas negras
adjacentes; catepisterno com sétulas negras adjacentes na região posterior.
Coloração: em geral castanho; tórax dorsalmente castanho, com quatro listras castanho
escuras vistas à certa luz e angulação, com polinosidade cinzenta; calo umeral e ápice
do escutelo amarelos; região superior da fronte escurecida, torando-se amarela na região
anterior; parafrontália, faciália, parafaciália, antenas e palpos amarelos; ápice do
fêmures amarelos; calípteras e halteres branco-amarelados; asas hialinas.
Macho: 6,0-6,2 mm de comprimento; asas 6,5-6,8 mm de comprimento.
Cabeça: 10-12 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o 2º par maior que os
demais; olhos separados por uma 0,09-0,1 mm de distância à altura do primeiro ocelo;
46
cerdas ocelares paralelas e direcionadas anteriormente; cerdas pós-ocelares divergentes;
cerdas verticais internas e verticais externas divergentes;
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; tíbia anterior com uma
destacada cerda mediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces
ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de
cerda na região póstero-ventral até a metade, enfraquecendo-se então e ressurgindo no
ápice; fêmur médio com uma pequena e fraca fileira ântero-ventral no quarto basal;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e
posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal,
póstero-ventral, ventral e ântero-dorsal; fêmur posterior com uma completa fileira de
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal e ântero-ventral; tíbia posterior com uma cerda
mediana ântero-dorsal e duas cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-ventral; asas com uma a
duas cerdas dorsais e uma cerda ventral no ápice da veia tronco.
Abdômen: esternito V com a base levemente pronuciada; epândrio levemente
pronuciado na base.
Fêmea (diferindo no que segue): 6,0-6,3 mm de comprimento; asas 6,5-6,9 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,28-0,3 mm de distância à altura do primeiro
ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e divergentes;
cerdas verticais internas convergentes; cerdas verticais externas divergentes; intra-alares
2; Esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto com quatro cerdas,
dispostas 2:2.
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂; exemplar em bom estado; abdômen dissecado e guardado em
tubo com glicerina junto ao exemplar; Etiqueta de localidade: branca, letras impressas
“BRASIL, Goiás, Goianésia / XII-1972, Alvarenga leg.”; Etiqueta vermelha com a
inscrição HOLOTYPE junto ao espécime; exemplar depositado no Museu Nacional,
Rio de Janeiro (MNRJ). Localidade-tipo: Goiás.
47
BRASIL: Bahia: 5 parátipos “Encruzilhada, Divisa, 960m / Bahia, Brasil / Seabra &
Roppa, XI-72” [MNRJ] \ 17 ♂ e 19 parátipos “Goianésia, Goiaz, Brasil / H. Ebert, 6-
IX-69” [MNRJ] \ 1 parátipo “Goiânia, Goiaz, Brasil / H. Ebert, 6-IX-69” [MNRJ] \ 1
parátipo “Angra dos Reis, E. do Rio, Brasil / H.S. Lopes, 12-XII-72” [MNRJ] \
Goiás: 1 parátipo “Goianésia, Goiaz, Brasil / H. Ebert, 6-IX-69” [MNRJ] \ Mato
Grosso: 1 ♀ parátipo “Salobra, 30-8-40 / Mato Grosso, Com. I.O.C.” [MNRJ] \ Paraná:
1 “Curitiba- PR / Mata Cebola / 07.II.1982 / C.B. Jesus col” \ 1 “Curitiba- PR /
Cidade Cebola / 07.II.1982 / C.B. Jesus col” [DZUP] \ Rio de Janeiro: 1 e 1
parátipos “Angra dos Reis, E. do Rio, Brasil / H.S. Lopes, 14-XII-72” [MNRJ] \ Rio
Grande do Sul: 1 parátipo “Rio Grande do Sul / S. Fco. de Paula, I-59” [MNRJ] \
São Paulo: 1 parátipo “Araçatuba SP / Rio Jacareatinga / X-196, Lane & Rebello
col.” [MNRJ].
Distribuição geográfica: Brasil (Bahia, Goiás Localidade-tipo, Mato Grosso, Paraná
[nova localidade], Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo.)
Comentários: Assim como apontado por Lopes & Khouri (1996), N. paramediana
possui características muito semelhantes quando comparada a N. mediana, diferindo
principalmente pelas asas hialinas. A análise das terminálias de machos e fêmeas
revelou as características únicas para esta espécie.
Neomuscina pictipennis pictipennis (Bigot, 1878)
(Figs. 97-104)
Curtonevra pictipennis Bigot 1878 (descrição, designação original).
Cyrtoneurina pictipennis Stein 1919:127 (catálogo, nova combinação); Séguy 1937:351 (catálogo).
Neomuscina pictipennis Iriarti 1943:195 (listada); Snyder 1954:425 (chave); Hennig 1965:figura 50
(ovipositor); Pont 1972:50 (catálogo); d‟Almeida 1992:381–386 (listada); d‟Almeida 1993:716
(sinantropia); de Carvalho et al. 1993:59 (catálogo); Pont 2000:2223 (notas sobre o tipo); Couri
& de Carvalho 2002:153 (chave); Costacurta et al. 2003:393 (coletada); de Carvalho et al. 2005:95
(catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Neomuscina nudinervis fulva Snyder 1949:29 (descrição, como subespécie de nudinervis Stein, chave);
Snyder 1954:428 (sinonímia com nudinervis ssp. pictipennis; chave).
48
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; fêmur
médio com três cerdas pré-apicais; espiráculo posterior com destacadas cerdas negras
adjacentes na região póstero-inferior; fêmeas com muitas cerdas ventrais no VII e VIII
segmento abdominal.
Coloração: em geral amarelada; tórax dorsalmente amarelo-acastanhado, com quatro
listras castanho-claras vistas à certa luz e angulação, com polinosidade cinzenta; fronte
e parafrontália com a região superior castanha e a região anterior amarela; faciália e
parafaciália esbranquiçadas; antenas e palpos amarelos; pernas amarelas; calípteras e
halteres brancos; asas hialinas, com uma distinta mancha na R
1
que se estende para
baixo até a tranversal rm; ápice de R
2+3
com uma mancha castanha; tranversais rm e
dm-cu.
Macho: 4,8-6,2 mm de comprimento; asas 5,5-6,9 mm de comprimento.
Cabeça: 13-15 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o 2º par maior que os
demais; olhos separados por uma 0,07-0,11 mm de distância à altura do primeiro ocelo;
cerdas ocelares paralelas e direcionadas anteriormente; cerdas pós-ocelares divergentes;
cerdas verticais internas e verticais externas pequenas e divergentes;
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; espiráculo torácico posterior
com cílios negros adjacentes na região póstero-ventral; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio
com uma fileira de cerdas na região ventral até a metade; mur médio com três cerdas
pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-
dorsal; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-
ventral, e uma fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade; tíbia posterior com
uma cerda mediana ântero-dorsal e três cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal e ventral; asas com uma a
duas cerdas dorsais e uma cerda ventral no ápice da veia tronco.
Abdômen: esternito V com leve projeção basal; epândrio pronunciado na base; ápice
dos cercos levemente rombudos.
49
Fêmea (diferindo no que segue): 4,6-6,3 mm de comprimento; asas 5,1-6,8 mm de
comprimento; 9-11 pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são divergentes; olhos separados por uma 0,25-0,33 mm de distância à
altura do primeiro ocelo; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas
verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas grandes e
divergentes; intra-alares 2; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas;
epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): British Museum of Natural History (BMNH), Londres,
Inglaterra. Localidade-tipo: „Brasil‟.
BRASIL: Alagoas: 1 e 1 “Brasil, AL, Quebrângulo / Reserva Biológica Pedra
Talhada / Arm. Malaise 1º Bosque / 8-11.IX.2002 / Penteado-Dias & eq. col. ,
Refugo” \ 4 “Brasil, AL, Quebrângulo / Reserva Biológica Pedra Talhada / Arm.
Malaise Trilha / 11-14.IX.2002 / Penteado-Dias & eq. col., Refugo”, [MZSP] \
Bahia: 2 e 1 “Anajé, Bahia / BRASIL 15-24.V.1975 / C. & P. Elias leg” \ 1 e 1
“Brasil, BA, Mata de São João / Reserva de Sapiranga / 12º33‟37,4” S 38º02‟46,8”
W / Malaise Ponto 4 Bosque / 22-25.VII.2001 / M.T. Tavares & eq. cols.”, [MZSP]
\ Espírito Santo: 98 e 80 “Linhares, Espírito Santo, Brasil / VI-72, P.C. Elias”
[MNRJ] \ 13 e 15 , mesmo local e coletor, VII-72, [MNRJ] \ 3 “Brasil, ES,
Linhares / Reserva Ecológica Sooretama 23m / 18º58‟02,7” S 40º08‟06,8” W /
Malaise Ponto 5 Trilha / 21-24.III.2002 / C.O. Azevedo & eq. col., RESTO”,
[MZSP] \ Mato Grosso: 1 “Chap. Guimarães MT / 21.XI.1983, [DZUP] \ 2 ,
mesmo local e coletor, 23.XI.1983, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 24.XI.1983,
[DZUP] \ 1 e 3 , mesmo local e coletor, 30.XI.1983, [DZUP] \ 7 , mesmo local e
coletor, 01.XII.1983, [DZUP] \ 3 ♂ e 11 , mesmo local e coletor, 02.XII.1983,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 03.XII.1983, [DZUP] \ 2 “Cáceres, MT /
13.XI.1984 / Buzzi, Mielke, Elias / Casagrande / Proj. POLONOROESTE | DPTO.
ZOOL. / UF-PARANÁ”, [DZUP] \ 1 “Cáceres, MT / 10.XII.1984 / C. Elias leg /
POLONOROESTE | DPTO. ZOOL. / UF-PARANÁ”, [DZUP] \ 2 e 1 , mesmo
local e coletor, 24.XII.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 14.I.1985, [DZUP] \
50
Minas Gerais: 8 e 10 “Viçosa MG / 15.VIII.1984 / O. Francisco & P.S. Fiuza [1
sem cabeça]”, [DZUP] \ 17 e 8 “Brasil, MG, Botelhos / Córrego da Onça /
21º40‟90” S 46º22‟05” W / Shannon – Mata / 16-20.VI.2007 / Amorim, Oliveira,
Capellari & Ricardi col.”, [MZSP] \ 1 ♂ e 3 ♀ “Brasil, MG, Botelhos / Córrego da Onça
/ 21º40‟90” S 46º22‟05” W / Shannon / 15-19.VI.2007 / Amorim, Oliveira & Capelari
col.”, [MZSP] \ 1 “Brasil, MG, Presidente Olegário / Fazenda São Zeferino / Malaise
Preta / 26.VII-07.VIII.2007 / G.C. Ribeiro”, [MZSP] \ Santa Catarina: 1 ♀ “Brasil, SC,
São Francisco do Sul / Cepa Vila da Glória / Malaise B6 Bosque / 17-20.X.2001”,
[MZSP] \ Paraná: 1 “Antonina PR / Reserva Sapitanduva / BRASIL 22.XII.1986 /
Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♀ “Curitiba – PR / C. Imbuia /
14.III.1985 / Malkowski, SR / CEB-VERD”, [DZUP] \ 1 “BRASIL, PR, Curitiba,
Parque / Regional do Iguaçu / 13.II.2001 M. Chrestani & S.S Nihei, Leg” \ 1 e 1
“Jundiaí do Sul - PR / Fazenda Monte Verde / BRASIL 18.VIII.1986 / Lev. Ent.
PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 25.VIII.1986, [DZUP]
\ 1 ♂, mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
20.X.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 03.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 24.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 03.VIII.1987,
[DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 15.VIII.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e
coletor, 17.VIII.1987, [DZUP] \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 14.IX.1987, [DZUP]
\ 1 , mesmo local e coletor, 05.X.1987, [DZUP] \ 2 e 1 , mesmo local e coletor,
12.X.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 19.X.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, 16.XI.1987, \ 1 , mesmo local e coletor, 23.XI.1987, [DZUP] \ 1
“Morretes PR / BR-25.X.1983 / Mata de Galeria”, [DZUP] \ 1 “Fênix Paraná /
Reserva Est. ITCF / BRASIL 08.IX.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP]
\ 1 ♀, mesmo local e coletor, 20.X.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
05.X.1987, [DZUP] \ 1 “BRASIL PR Fênix / Reserva Estad. Vilha Rica / 19.X.1987,
Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 02.XI.1987, \
1 , mesmo local e coletor, 15.II.1988, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor,
18.IV.1988, [DZUP] \ 3 , mesmo local e coletor, 25.IV.1988, [DZUP] \ 2 , mesmo
local e coletor, 02.V.1988, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 13.VI.1988, [DZUP] \
2 ♂, mesmo local e coletor, 04.VII.1988, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
18.VII.1988, [DZUP] \ 2 “BRASIL PR Fênix / Reserva Sapitundava / 08.II.1988,
51
Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 3 e 2 ♀, mesmo local e coletor,
04.IV.1988, [DZUP] \ 5 e 2 , mesmo local e coletor, 11.IV.1988, [DZUP] \ 1 ,
mesmo local e coletor, 16.V.1988, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 06.VI.1988,
[DZUP] \ 1 “P. Grossa PR BRASIL / (V. Velha IAPAR) / Ganho & Marinoni /
08.XI.1999 Malaise 4\ 1 , mesmo local e coletor, 03.I.2000, [DZUP] \ 1 , mesmo
local e coletor, [DZUP] \ São Paulo: 1 ♀ “Campinas – SP BRASIL / Data: 12.12.1977 /
Isca: camundongo (mesa [?]) / A.X. Linhares (mesa [?]), [DZUP] \ 1 “Assis SP /
Horto Florestal / 12.II.1993 / Silva, V.C.” \ 2 “Brasil, SP, Ubatuba / Parque Estadual
Serra do Mar / 23º21‟43” S 44º49‟22” W / Malaise 3 Trilha / 21.I.2002 / N.W. Perioto
& eq. cols.”, [MZSP] \ 2 “Brasil, SP, Peruíbe / Estação Ecológica Juréia-Itatins /
24º31‟06” S 47º12‟06” W / Malaise 3 Trilha / 6.V.2002 / N.W. Perioto & eq. col.”,
[MZSP] \ 1 “Brasil, SP, Peruíbe / Estação Ecológica Juréia-Itatins / 24º31‟06” S
47º12‟06” W / Malaise 4 Trilha / 6.V.2002 / N.W. Perioto & eq. col.”, [MZSP] \ 1
“Brasil, SP, Peruíbe / Estação Ecológica Juréia-Itatins / 24º31‟06” S 47º12‟06” W /
Malaise 5 Trilha / 6.V.2002, N.W. Perioto & eq. col.”, [MZSP] \ 1 “Brasil, SP,
Florinea / Borda do Rio Paranapanema / 22º54‟45” S 56º47‟11” W / 350m, Mata
Varredura / 30.IV.2007 / D.S. Amorim col.”, [MZSP] \ Sergipe: 3 “Brasil, SE, Santa
Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟31,2 S 37º24‟50,9” W / Malaise – Armadilha Bosque 5
/ 1-4.VIII.2001 / M.T. Tavares & eq. col.”, [MZSP].
Distribuição geográfica: Brasil (Alagoas [nova localidade], Bahia [nova localidade],
Espírito Santo [nova localidade], Mato Grosso [nova localidade], Minas Gerais [nova
localidade], Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina [nova localidade], São Paulo [nova
localidade] e Sergipe [nova localidade].)
Comentários: apontada como única subespécie de ocorrência para o Brasil, N.
pictipennis pictipennis distingue-se facilmente dos outros representantes do gênero
principalmente pela coloração amarelada característica, cerdas póstero-inferiores no
espiráculo posterior e o padrão de manchas nas asas. Alguns indivíduos coletados
demonstram um padrão de coloração levemente mais infuscado, sobretudo espécimes
coletados na região do Mato Grosso. A identificação destes indivíduos mostra-se muito
dificultosa, uma vez que as chaves de identificação e mesmo a descrição levam a crer
52
que possam ser indivíduos de N. pictipennis nudinervis (Stein). Por hora, estes serão
mantidos nesta espécie, até que se examine o holótipo da espécie de Stein.
Neomuscina ponti Lopes & Khouri, 1995
Neomuscina ponti Lopes & Khouri 1995:48 (descrição); Couri & de Carvalho 2002:150 (chave); de
Carvalho et al. 2005:96 (catálogo).
Diagnose: acrosticais 2:1, dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e posterior asas hialinas.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália, parafaciália e gena castanho-amarelados; antena e palpo amarelo-
escuro; tórax com quatro listras castanhas vistas à certa luz e angulação, com
polinosidade cinzenta; calípteras brancas, com as margens escurecidas; balancins
amarelos; asas hialinas.
Macho: 5 mm de comprimento; asas 6,2 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de dez pares, sendo o 2º par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,08 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares
paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas verticais
internas e verticais externas divergentes.
Tórax: acrosticais 2:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio
com uma fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade, reaparecendo próximas
ao ápice; fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-
dorsal e posterior; tíbia média com uma fileira de cerdas fortes e fracas intercaladas na
face póstero-dorsal; ápice da tíbia média com cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal,
posterior, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa
fileira de cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal e ântero-ventral; tíbia posterior com uma
cerda submediana ântero-dorsal e duas cerdas submedianas ântero-ventrais; ápice da
53
tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-
ventral.
Abdômen: abdômen e terminália perdidos.
Fêmea: desconhecida até o momento.
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂, em bom estado de conservação, tubo de glicerina vazio junto ao
espécime [terminália perdida]; Etiqueta de localidade: branca, letras impressas
“BRASIL, São Paulo, Campinas / XII-77, A.X. Linhares col.”; Etiqueta vermelha com a
inscrição HOLOTYPE junto ao espécime. Espécime depositado no Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro [MNRJ]. Localidade-tipo: São Paulo.
Distribuição geográfica: Brasil (São Paulo Localidade-tipo).
Comentários: N. ponti pode ser distinguida dos outros exemplares donero pelas
acrosticais 2:1. Aparenta-se em muitos aspectos com N. zosteris. No entanto, a
terminália do holótipo está perdida, e até que se coletem novos exemplares para
comparação, as duas espécies serão aqui mantidas separadas.
Neomuscina sanespra Snyder, 1949
(Figs. 105-112)
Neomuscina sanespra Snyder 1949:12 (descrição, chave); Snyder 1954:424 (chave); Pont 1972:51
(catálogo); de Carvalho et al. 1993:59 (catálogo); Couri & de Carvalho 2002:151 (chave); de
Carvalho et al. 2005:96 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 1:1; dorsocentrais 2:4; machos com intra-alar 2;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais; asas com uma fraca mancha circundando a
veia rm; bordas da calípteras escurecidas; esternito V dos machos em formato não
quadrangular; fêmeas com uma simples fileira de cerdas ventrais no meio do VI e VII
segmentos abdominais VI e VII.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália branco-amarelado, parafaciália, gena, antenas e palpos castanho-
54
amarelados; tórax castanho-amarelado com quatro listras castanho-escuras vistas à certa
luz e angulação, e com polinosidade cinzenta; calípteras amarelo-acastanhadas, com as
margens escurecidas; balancins castanho-amarelados; asas com uma fraca mancha em
torno da veia rm.
Macho: 6,6-7,0 mm de comprimento; asas 6,9-7,1 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,08 mm; 11-13 pares
de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais; cerdas ocelares
grandes e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas
pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
Tórax: acrosticais 1:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; pró-epímero e pró-episterno
com uma ou duas cerdas cada; tíbia anterior com uma distinta cerda submediana ântero-
dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, posterior e
ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face ântero-ventral e póstero-ventral
até a metade, reaparecendo fracamente quando próximas ao ápice; fêmur médio com um
fileira de cerdas até a metade nas faces anterior e póstero-ventral; fêmur médio com três
cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da
tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-
ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas
faces póstero-ventral e ântero-ventral; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-
dorsal e de três cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas
faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da
veia tronco com uma cerda dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio sem projeção basal.
Fêmea (diferindo no que segue): 6,6-7,0 mm de comprimento; asas 6,9-7,0 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,28-0,32 mm à altura do
primeiro ocelo; nove a dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois
pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto
com quatro cerdas, dispostas 2:2.
55
Material analisado:
BRASIL: Holótipo: ♂, em bom estado; Etiqueta de identificação: etiqueta vermelha,
manuscrita “Holotype / Neomuscina / sanespra / Snyder”; branca, manuscrita
Morellia sp.”; branca, letras impressas “Espírito Santo / Brasil”. Espécime depositado
no United States Natural Museum (USNM). Localidade-tipo: Espírito Santo.
BRASIL: Alagoas: 1 “BRASIL, AL, Quebrângulo / Reserva Biológica Pedra
Talhada / Arm. Malaise Trilha / 11-14.IX.2002 / Penteado-Dias & eq. col., Refugo”
, [MZSP] \ Bahia: 1 BRASIL, BA, Mata de São João / Reserva de Sapiranga,
11º22‟31,2” S 37º24‟50” W / Malaise Armadilha, Bosque 5 / 01-04.VIII.2001 / M.T.
Tavares eq. col.”, [MZSP] \ 1 ♂ “BRASIL, BA, Mata de São João / Reserva de
Sapiranga, 12º33‟37” S 38º02‟46,8” W / Malaise Armadilha, Bosque 5 / 19-
22.VIII.2001 / M.T. Tavares eq. col.”, [MZSP] \ Mato Grosso: 1 Cáceres, MT /
03.XII.1984 / C. Elias leg / POLONOROESTE” \ Paraná: 1 , “BRASIL PR Antonina
/ Reserva Sapitundava / 21.III.1988, Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♂,
mesmo local e coletor, 18.VI.1988, [DZUP] \ 1 ♂ “Colombo PR / EMBRAPA BR476
km20 / BRASIL 03.XI.1986, Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 3 ,
mesmo local e coletor, 02.II.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 09.II.1987,
[DZUP] \ 2 ♂, mesmo local e coletor, 16.II.1987, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor,
20.VII.1987, 1 “Guarapuava Paraná / Est. Águas Sta. Clara / BRASIL 02.III.1986,
Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 “Guarapuava Paraná / Est. Águas
Sta. Clara / BRASIL 18.VIII.1986, \ 1 ♂ “Jundiaí do Sul PR / Fazenda Monte Verde /
BRASIL 01.IX.1986, Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 “Jundiaí do
Sul PR / Fazenda Monte Verde / BRASIL 17.XI.1986, Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise”, [DZUP] \ 1 “P. Grossa (V. Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 / BRASIL
11.VIII.1986, Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e
coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 17.XI.1986, [DZUP] \ 2 ,
mesmo local e coletor, 19.I.1987, [DZUP] \ 2 , mesmo local e coletor, 26.I.1987,
[DZUP] \ 1 “P. Grossa (V. Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 / BRASIL
23.III.1987, \ 2 , mesmo local e coletor, 30.III.1987, 1 , mesmo local e coletor,
13.VI.1987, 1 , mesmo local e coletor, 23.II.1987, [DZUP] \ Rio Grande do Sul: 1
“BRASIL RS / Morro Redondo / 31º40‟22” S 52º35‟30” W / 30.VIII.2002 Malaise /
56
R.F Krüger leg” \ 1 BRASIL RS / Morro Redondo / 31º40‟22” S 52º35‟30” W /
30.V.2003 Malaise / R.F Krüger leg” \ São Paulo: 1 “BRASIL, SP, Ubatuba /
Parque Estadual Serra do Mar / 23º21‟43” S 44º49‟22” W / Malaise 6 Bosque /
21.I.2002 / N.W. Perioto & eq. cols.”, [MZSP] \ Sergipe: 2 “BRASIL, SE, Santa
Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟33,6” S 37º24‟53,2” W / Malaise Armadilha, Trilha 3 /
29.VII-01.VIII.2001 / M.T. Tavares eq. col.”, [MZSP] \ 1 BRASIL, SE, Santa
Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟33,9” S 37º24‟56,8” W / Malaise Armadilha, Trilha 4 /
01-04.VIII.2001 / M.T. Tavares eq. col.”, [MZSP] \ 1 e 1 BRASIL, SE, Santa
Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟33,6” S 37º24‟53,2” W / Malaise Armadilha, Trilha 5 /
01-04.VIII.2001 / M.T. Tavares eq. col.”, [MZSP].
Distribuição geográfica: Brasil (Alagoas [nova localidade], Bahia [nova localidade],
Espírito Santo Localidade-tipo, Mato Grosso [nova localidade] e Rio Grande do Sul
[nova localidade]).
Comentários: N. sanespra foi descrita por Snyder, no entanto com uma dúvida sobre
suas características morfológicas. O holótipo estava com a perna média e posterior
esquerda perdida e com a perna média direita quebrada no ápice do fêmur, o que
impossibilitou determinar o verdadeiro número de cerdas pré-apicais no fêmur médio
determinado com três pelo citado autor. Através da análise do holótipo com indivíduos
coespecíficos, pode-se verificar que realmente esta espécie possui três cerdas pré-
apicais no fêmur médio, distinguindo-a assim de N. zosteris, além das características de
terminálias masculinas e femininas.
Neomuscina schadei Snyder, 1949
(Figs. 113-120)
Neomuscina schadei Snyder 1949:32 (descrição, chave); Snyder 1954:425 (chave); Pont 1972:51
(catálogo); de Carvalho et al. 1993:59 (catálogo); Lopes & Khouri 1996:959 (citada como próxima
a N. paramediana); Couri & de Carvalho 2002:154 (chave); Costacurta et al. 2003:394 (coletada);
de Carvalho et al. 2005:96 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
57
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; machos com intra-alares
2; fêmur médio com três cerdas pré-apicais; asas hialinas.
Coloração: em geral amarelo-acastanhado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália, parafaciália, gena amarelos; antenas e palpos castanhos; noto
castanho-claro, com quatro listras castanho-escuras e com polinosidade cinzenta; ápice
dos fêmures médio e posteriores castanhos; calípteras e balancins amarelos; asas
hialinas.
Macho: 5,5-6,0 mm de comprimento; asas 6,3-6,8 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo anterior por uma distância de 0,1 mm; 14-
15 pares de cerdas frontais convergentes, sendo o par maior que os demais; cerdas
ocelares grandes e convergentes; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas
verticais internas pequenas e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e
divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; intra-alares 2; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio
com uma fileira de cerdas na face póstero-ventral até a metade, reaparecendo
fracamente quando próximas ao ápice; fêmur médio com três cerdas pré-apicais,
posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, póstero-dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral;
fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal, póstero-ventral e
ântero-ventral; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal e de uma a três
cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior,
ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma cerda
dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio não pronuciado na base.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,6-6,0 mm de comprimento; asas 6,0-6,3 mm de
comprimento; olhos separados por uma distância variando de 0,3-0,33 mm à altura do
primeiro ocelo; 11-12 pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são divergentes; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes, ambas
58
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; esternito VIII sem cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto
com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Villarica, Paraguai.
BRASIL: Minas Gerais: 5 “Paraopeba, Minas, BRASIL / H. Ebert, 10-IX-69”,
[MNRJ] \ Paraná: 1 ♀ “BRASIL PR Antonina / Reserva Biol. Sapitundava / 05.X.1987
/ Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 12.X.1987, [DZUP] \
1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 19.X.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
26.X.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 02.XI.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo
local e coletor, 16.V.1988, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 16.V.1988, [DZUP] \
1 e 1 “Colombo - PR / EMBRAPA BR476 Km20 / BRASIL 03.XI.1986 / Lev.
Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 3 e 2 ♀, mesmo local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP]
\ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 17.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
24.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 19.I.1987, [DZUP] \ 7 e 1 ♀,
mesmo local e coletor, 09.II.1987, [DZUP] \ 2 ♂, mesmo local e coletor, 16.II.1987,
[DZUP] \ 2 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 23.II.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e
coletor, 18.V.1987, [DZUP] \ 1 “BRASIL PR Fênix / Reserva Estad. Vilha Rica /
16.XI.1987 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
13.VI.1988, [DZUP] / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local
e coletor, 27.VI.1988, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 04.VII.1988, [DZUP] \ 1
♀, mesmo local e coletor, 11.VII.1988, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
18.VII.1988, [DZUP] \ 1 “Guarapuava - Paraná / Est. Águas Sta. Clara / BRASIL
20.VI.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
11.VIII.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo
local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 23.II.1987, [DZUP] \
1 ♀, mesmo local e coletor, 23.III.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
27.V.1987, [DZUP] \ 1 ♀ “BRASIL PR Jundiaí do Sul / Fazenda Monte Verde /
18.I.1988 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 23.V.1988,
59
[DZUP] \ 1 “P. Grossa (V. Velha) PR / Reserva IAPAR BR376 / BRASIL
11.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise” \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
06.X.1986, [DZUP] \ 4 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 26.I.1987, [DZUP] \ 2 ♂,
mesmo local e coletor, 09.II.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 23.II.1987,
[DZUP] \ 3 ♀, mesmo local e coletor, 02.III.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e
coletor, 06.IV.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 29.XII.1986, [DZUP] \ 2 ♀,
mesmo local e coletor, 05.I.1987, [DZUP] \ 5 ♀, mesmo local e coletor, 12.I.1987,
[DZUP] \ 1 ♂ e 2 ♀, mesmo local e coletor, 19.I.1987, [DZUP] \ 1 ♂ “S. José Pinhais
PR / Ser. Mar BR277 Km54 / BRASIL 01.XII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise” \ Rio de Janeiro: 4 e 1 “Petrópolis, Estado do Rio / La Vallon Alt.
Mosèlla / Albuquerque, 1-II-8-III-57”, [MNRJ] \ Petrópolis, Estado do Rio, La Vallon
Alt. Mosèlla, D‟Albuquerque, 24-1-23-2-58”, [MNRJ] \ PARAGUAI: 1 e 1
parátipos “Villarica, Paraguay / VI 1937, F. Schade coll.”, [MNRJ].
Distribuição geográfica: Brasil (Minas Gerais [nova localidade], Paraná e Rio de Janeiro
[nova localidade]), Paraguai (Localidade-tipo).
Comentários: Essa espécie pode ser facilmente reconhecida pelas asas ligeiramente
estreitas, o que um aspecto de serem mais compridas. Snyder (1949) menciona que
N. schadei se parece em muito com N. dorsipuncta (Stein). Como mencionado pelo
autor, até que se analisem juntamente os dois tipos, N. schadei será classificada como
uma espécie à parte.
Neomuscina similata Snyder, 1949
(Figs. 91-96)
Neomuscina similata Snyder 1949:33 (descrição, chave); Snyder 1954:428 (chave); Pont 1972:51
(catálogo); Linhares 1981:231 (sinantropia); d‟Almeida 1993:716 (sinantropia); de Carvalho et
al. 1993:59 (catálogo); Couri & de Carvalho 2002:154 (chave); de Carvalho et al. 2002:107114
(chave para espécies sinatrópicas); de Carvalho et al. 2005:97 (catálogo); Couri & de Carvalho
2005:9 (listada).
60
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; machos com intra-alar 2;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais; asas com uma distinta mancha entre as veias
Sc e R
1
, no ápice da veia R
2+3
, e nas veias tranversais rm e dm-cu; esternito VIII das
fêmeas com espinhos curtos; esternito V masculino com pronunciada projeção basal.
Coloração: em geral castanho-amarelado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho-escuro; faciália e parafaciália, gena, antenas e palpos amarelos; tórax com
quatro listras castanhas vistas a certa luz e angulação, com polinosidade cinzenta; ápice
dos fêmures médio e posterior escurecidos; calípteras e balancins amarelos; asas com
uma distinta mancha castanha entre as veias Sc e R
1
, no ápice da veia R
2+3
, e nas veias
tranversais rm e dm-cu.
Macho: 6,6-7,1 mm de comprimento; asas 6,4-7,0 mm de comprimento.
Cabeça: olhos separados na altura do ocelo por uma distância de 0,1 mm; 12 pares de
cerdas frontais, sendo o 2º par maior que os demais; cerdas frontais convergentes,
exceto pelos pares ciliformes, que são paralelos; cerdas ocelares grandes e paralelas;
cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas pequenas e
convergentes; cerdas verticais externas pequenas e divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; tíbia anterior com uma distinta
cerda mediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces anterior,
póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face ventral
até a metade; fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-
dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, dorsal, póstero-
dorsal, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa
fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral e uma fileira até a metade na póstero-
ventral; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal e três cerdas medianas
ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal,
dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia tronco com 1 cerda dorsal
e 2 cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V com projeção basal pronunciada; epândrio pronunciado na base.
61
Fêmea (diferindo no que segue): 6,0-6,1 mm de comprimento; asas 6,5 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,28 mm de distância à altura do primeiro
ocelo; dez a onze pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são paralelos; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; esternito VIII sem cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto
com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material Analisado:
Holótipo (não examinado): American Museum of Natural History (AMNH), Nova
York, Estados Unidos da América. Localidade-tipo: Porto de Espanha, Trinidad e
Tobago.
BRASIL: Espírito Santo: 4 “Brasil, ES, Santa Teresa / Estação Biológica Santa
Lúcia 755m / 19º58‟14,9” S 40º32‟05,8” W / Arm. Moericke Ponto 1 Trilha / 9-
12.IV.2001, C.O. Azevedo eq. col.”. [MZSP].Mato Grosso: 1 ♀ “´Cáceres, MT /
03.XII.1984 / C. Elias leg / POLONOROESTE”, [DZUP] \ Maranhão: 1 BRASIL,
MA, S. Pedro da / Água Branca, F. Esplanada / 045905S 480803W, 05.XII”, [DZUP]
\ Paraná: 1 Antonina PR / Reserva Sapitanduva / BRASIL 25.VIII.1986 / Lev.
Ent. PROFAUPAR / Malaise” [DZUP].
Localidades: Brasil (Espírito Santo [nova localidade], Maranhão [nova localidade],
Mato Grosso [nova localidade], Paraná [nova localidade] e Rio de Janeiro), Trinidad e
Tobago (Localidade-tipo).
Comentários: assim como indicado por Snyder (1949), N. similata é, em muito,
parecida com N. nigricota, diferindo basicamente na coloração e principalmente na não
continuidade da mancha castanha na asa entre as veias Sc e R
1
e o ápice da veia R
2+3
,
além também das características morfológicas relacionadas às genitálias masculinas e
femininas.
62
Neomuscina stabilis (Stein, 1911)
(Figs. 129-136)
Mydaea stabilis Stein 1911:86 (descrição, designação original).
Cyrtoneurina stabilis Stein 1919:128 (catálogo, nova combinação); Séguy 1937:352 (catálogo).
Neomuscina stabilis Snyder 1954:460 (listada, nova combinação); Pont 1972:51 (catálogo); d‟Almeida
1993:716 (sinantropia); de Carvalho et al. 1993:60 (catálogo); Pont 2001:485 (notas à respeito do
tipo); Couri & de Carvalho 2002:154 (chave); de Carvalho et al. 2005:97 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur dio com três
cerdas pré-apicais; asas hialinas; tíbia anterior com uma destacada cerda mediana
ântero-dorsal; machos com intra-alares 1; p-epímero e pró-episterno com sétulas
negras adjacentes.
Coloração: em geral castanho-escuro; região anterior da fronte amarelo-escuro, ápice
castanho-escuro; faciália branca; parafaciália, antenas e palpos amarelo-claro; tórax com
quatro listras negras vistas à certa luz e angulação, com polinosidade de aspecto
dourado; calípteras branca; balancins amarelo-claro; asas hialinas.
Macho: 3,6-4,4 mm de comprimento; asas 6,5-7,1 mm de comprimento
Cabeça: 12 pares de cerdas frontais, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,1-0,12 mm de distância à altura do primeiro ocelo;cerdas frontais
convergentes, exceto pelos pares ciliformes, que são paralelos; cerdas ocelares grandes
e paralelas; cerdas pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais internas e
verticais externas pequenas e divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; pró-epímero e pró-episterno
com sétulas negras adjacentes; tíbia anterior com uma distinta cerda mediana ântero-
dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal
e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face ântero-ventral e
póstero-ventral até a metade; fêmur médio com três cerdas pré-apicais, posicionadas nas
faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces
63
anterior, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-ventral, ventral e ântero-ventral;
fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas nas faces dorsal e ântero-ventral e
uma fileira até a metade nas faces ântero-dorsal e ventral; tíbia posterior com uma cerda
mediana ântero-dorsal e duas cerdas medianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior
com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-
ventral; ápice da veia tronco com 1 cerda dorsal e 1 cerda ventral.
Abdômen: epândrio não pronunciado.
Fêmea (diferindo no que segue): 4,6 mm de comprimento; asas 7,2 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,3-0,33 mm de distância à altura do primeiro
ocelo;oito a nove pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são paralelos; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas, ambas
divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas
grandes e divergentes; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto
com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
PERU: Holótipo: ♂, quetotaxia em bom estado, tórax ligeiramente amassado na região
do alfinete; Etiqueta de localidade: etiqueta branca “Holotype / Mydaea / stabilis /
Stein, 1911 / Conf. A.C. Pont 1999” | etiqueta verde-clara manuscrita “Mydaea / stabilis
/ ???? [manuscrito ilegível]” | etiqueta verde-escura “Peru, 150m / 18-11-03 / Pachitea-
Münd”; exemplar depositado no Staatliches Museum für Tierkunde (SMT). Localidade-
tipo: nascente do Rio Pachitea, Peru.
BRASIL: Mato Grosso: 1 ♂ e 8 ♀ “Cáceres, MT / 24.XI.1984 / C. Elias leg /
POLONOROESTE” [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 06.XII.1984, [DZUP] \ 2 ,
mesmo local e coletor, 10.XII.1984, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 17.XII.1984,
[DZUP].
Distribuição geográfica: Brasil (Mato Grosso [nova localidade] e Rio de Janeiro), Peru
(Localidade-tipo).
64
Comentários: N. stabilis possui uma coloração castanho-escura marcante. Snyder (1949)
acreditava que N. instabilis pudesse ser um sinônimo para N. stabilis, o que, no entanto
não verificou-se através da análise das terminálias masculinas e femininas.
Neomuscina transporta Snyder, 1949
(Figs. 137-140)
Neomuscina transporta Snyder 1949:23 (descrição, chave); Snyder 1954:428 (chave); Pont 1972:51
(catálogo); de Carvalho et al. 1993:59 (catálogo); Lopes & Khouri 1996:957 (póxima a N.
mimosa); Couri & de Carvalho 2002:153 (chave); de Carvalho et al. 2005:98 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; calípteras com
as margens não escurecidas; veias tranversais sem manchas castanhas ao redor; machos
com intra-alares 1; esternito V masculino com projeção basal e sulco na concavidade
apical.
Coloração: em geral amarela; região anterior da fronte amarela, ápice castanho; faciália
branca; parafaciália, gena, antenas e palpos amarelos; polinosidade cinzenta; calípteras
brancas; balancins amarelos; asas hialinas com uma distinta mancha castanha entre as
veias Sc e R
1
e no ápice das veias R
2+3
.
Macho: 5,0 5,3 mm de comprimento; asas 5,5 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de 14-15 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,1-0,11 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes, exceto pelas contíguas aos olhos, que são de aspecto ciliar; cerdas
ocelares paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas
verticais internas convergentes em tamanho igual às verticais externas que são
divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; pró-episterno com 3 cerdas;
com ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal e
póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas póstero-ventrais até a metade,
reaparecendo fracas no ápice; fêmur médio com duas cerdas pré-apicais, posicionadas
65
nas faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior,
ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, posterior, ventral, ântero-ventral; fêmur posterior
nas com uma completa fileira de cerdas na face dorsal e ântero-ventral, e um fileira de
cerdas até a metade nas faces ântero-dorsal e ventral; tíbia posterior com uma ou duas
cerdas submedianas ântero-dorsais (machos) e quatro cerdas submedianas ântero-
ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal e
ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e de uma cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V com projeção na base; concavidade apical com reentrância
mediana; extensões digitiformes fortemente pronunciadas; epândrio arredondado, em
vista lateral, não pronunciado.
Fêmea (diferindo no que segue): 5 mm de comprimento; 11 pares de cerdas frontais
convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que são paralelos; olhos separados por
uma 0,26 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas ocelares e pós-ocelares
grandes e divergentes; cerdas verticais internas convergentes; cerdas verticais externas
divergentes; intra-alares 2; fêmeas com uma cerda ântero-dorsal submediana na bia
posterior.
Material analisado:
GANA: Holótipo: ♂, colado em triângulo, quetotaxia em bom estado, sem a perna
anterior direita; asa posterior direita rompida próximo à base; Etiqueta de localidade:
etiqueta vermelha com as inscrições manuscritas “Holotype / Neomuscina /
transporta / Snyder” | etiqueta vermelha “Stat. Accra / Afr. IX-6-43 / MA Locke A660 /
43-17789”; exemplar depositado no United States National Museum [USNM].
Localidade-tipo: Accra, Gana (África).
BRASIL: Sergipe: 5 “BRASIL, SE, Santa Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟39,6” S
37º25‟04,4” / W, Malaise Armadilha Trilha 1 / 1-4.VIII.2001, M.T. Tavares & eq.
col.” [MZSP] \ GANA: 1 parátipo Allotype / Neomuscina / transporta / Snyder |
Stat. Accra / Afr. IX-6-43 / MA Locke A660 / 43-17789”, [USNM].
Distribuição geográfica: nova ocorrência para o Brasil (Sergipe), Gana (Localidade-
tipo).
66
Comentários: originalmente coletada em Gana, na África, esta espécie levantou uma
série de questionamentos na época de sua descoberta. Apesar de 16 meses de
intermitentes coletas em Accra, nenhum exemplar foi obtido. No entanto, Snyder (1949)
indica que esta espécie foi facilmente coletada na América Central e nordeste da
América do Sul sem, no entanto, mencionar especificamente as localidades. Presumiu-
se que N. transporta, como o próprio epíteto específico diz, foi transportada para a
capital de Gana. Posteriomente descobriu-se que os tipos foram coletados dentro de um
avião. Apenas exemplares machos foram dissecados aqui, tendo o esternito V masculino
apresentado um padrão bem diferente dos outros indivíduos do gênero. O holótipo
apresenta duas cerdas medianas ântero-dorsais na tíbia posterior, característica não
compartilhada nem pelo parátipo fêmea tanto quanto pelos outros cinco indivíduos
coespecíficos analisados.
Neomuscina vitoriae Lopes & Khouri, 1995
(Figs. 141-148)
Neomuscina vitoriae Lopes & Khouri 1995:51 (descrição); Couri & de Carvalho 2002:154 (chave,
grafado vittoriae); de Carvalho et al. 2005:99 (catálogo).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 1:1; dorsocentrais 2:4; machos com intra-alar 1;
fêmur médio com três cerdas pré-apicais; fêmeas com uma simples fileira de cerdas
ventrais no meio do VI e VII segmentos abdominais; asas hialinas; bordas das calípteras
brancas.
Coloração: em geral castanho; região anterior da fronte amarela, ápice castanho;
faciália, parafaciália e gena castanho-amarelados; antenas castanho-amareladas; palpos
amarelos; tórax com quatro listras castanho-escuras vistas à certa luz e angulação, com
polinosidade cinzenta; ápice do escutelo amarelado; calípteras brancas; balancins
castanho-amarelados; asas hialinas.
Macho: 6,0-7,1 mm de comprimento; asas 6,5-7,3 mm de comprimento.
67
Cabeça: cerdas frontais de 10-12 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,08-0,12 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes, exceto pelos dois pares superiores, que são paralelos; cerdas ocelares
paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas verticais
internas divergentes e maiores que as verticais externas que são convergentes.
Tórax: acrosticais 1:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; alguns indivíduos apresentam
espiráculo torácico posterior com cílios adjacentes na região póstero-ventral; bia
anterior com uma pequena cerda submediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal e póstero-ventral; fêmur médio com uma fileira
de cerdas ventrais até a metade, reaparecendo no ápice; fêmur médio com três cerdas
pré-apicais, posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; tíbia média com
uma fileira de cerdas espaçadas, posicionadas a partir da região submediana anterior da
face posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal,
póstero-dorsal, posterior, ventral, ântero-ventral; fêmur posterior nas com uma completa
fileira de cerdas na face dorsal e ântero-ventral, e um fileira de cerdas até a metade nas
faces ântero-dorsal e ventral; tíbia posterior com uma cerda submediana ântero-dorsal e
duas cerdas submedianas ântero-ventrais; ápice da bia posterior com cerdas nas faces
anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice da veia
tronco com uma cerda dorsal e de uma a duas cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V com projeção basal moderada; epândrio levemente pronunciado;
cercos dilatados lateralmente, em vista posterior.
Fêmea (diferindo no que segue): 6,0-7,0 mm de comprimento; asas 6,5-7,2 mm de
comprimento; olhos separados por uma 0,26-0,32 mm de distância à altura do primeiro
ocelo; 10-11 pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares superiores,
que são paralelos; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e divergentes; cerdas verticais
internas convergentes; cerdas verticais externas divergentes; esclerito VIII sem cerdas
espinhosas pronunciadas; epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
BRASIL: Minas Gerais: Holótipo: ♂, quetotaxia incompleta, sem a perna anterior
esquerda, mediana esquerda e direita e posterior esquerda; abdômen dissecado e
guardado em tubo com glicerina junto ao exemplar; Etiqueta de localidade: “BRASIL,
68
Minas Gerais, Paraopeba / 10-XI-1969 / H. Ebert col.”; Etiqueta vermelha com a
inscrição HOLOTYPE junto ao espécime; exemplar depositado no Museu Nacional,
Rio de Janeiro (MNRJ). Localidade-tipo: Minas Gerais.
BRASIL: Minas Gerais: 6 e 6 parátipos “Paraopeba, Minas, BRASIL, H. Ebert,
10-XI-69” [MNRJ] \ 1 parátipos “Santa Vitória, Minas, BRASIL / F.M. Oliveira, II-
70” [MNRJ] \ 8 ♂ e 7 ♀ parátipos “Paraopeba, Minas, BRASIL / VII-72” [MNRJ] \ 1 ♀
parátipos “Paraopeba, Minas, BRASIL, H. Ebert [com duas etiquetas iguais]” [MNRJ] \
Rio de Janeiro: 1 parátipos “Seropédica, UFRRJ, RJ / mês I-II-82, d‟Almeida col. |
fígado”.
Distribuição geográfica: Brasil (Minas Gerais Localidade-tipo, Rio de Janeiro).
Comentários: ao contrário do originalmente indicado por Lopes & Khouri (1995), N.
vitoriae possui acrosticais 1:1, conforme pôde ser verificado na análise do holótipo;
distingue-se também pelas demais características das terminálias masculina e feminina.
Neomuscina zosteris (Shannon & del Ponte, 1926)
(Figs. 149-156)
Muscina zosteris Shannon & del Ponte 1926:579 (descrição, designação original).
Neomuscina zosteris Shannon and Del Ponte 1928:142 (listada, nova combinação); Séguy 1937:350
(catálogo); Snyder 1949:8 (comentário “possivelmente igual Mydaea sparsiplumata Stein”);
Snyder 1954:425, 427 (chave); Pont 1972:51 (catálogo); de Carvalho et al. 1993:61 (catálogo);
Couri & de Carvalho 2002:150152 (chave); Costacurta et al. 2003:394 (coletada); de Carvalho et
al. 2005:99 (catálogo); Rodríguez-Fernández et al. 2006:98 (listada).
Neomuscina fulvifrons Snyder 1949:20 (descrição); Snyder 1954:427 (sinonimizada com N. zosteris).
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1 ou 1:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com
duas cerdas pré-apicais; íbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; asas
hialinas com uma fraca mancha ao redor da veia rm; calípteras com as margens
69
escurecidas; fêmeas com mais de uma fileira de cerdas dorsais no meio do VI e VII
segmentos abdominais.
Coloração: em geral amarela; região anterior da fronte amarela, ápice amarelo-
acastanhado; faciália e parafaciália branca; gena, antenas e palpos amarelos; noto
castanho com quatro listras castanho-escuras, com polinosidade cinzenta; calípteras
brancas, com as margens escurecidas; balancins amarelos; asas hialinas com pequena
mancha castanha nas veias rm.
Macho: 3,3-4,5 mm de comprimento; asas 5,6-6,7 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de 14-15 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,08-0,14 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes, exceto pelas contíguas aos olhos, que são de aspecto ciliar; cerdas
ocelares paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-ocelares divergentes; cerdas
verticais internas convergentes em tamanho igual às verticais externas que são
divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1 e 1:1, (alguns indivíduos machos podem apresentam um
fraquíssimo segundo par de cerdas acrosticais pré-suturais); dorsocentrais 2:4; intra-
alares 2; tíbia anterior com uma cerda submediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior
com cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral e ventral; fêmur médio com
uma fileira de cerdas póstero-ventrais e ântero-ventral até a metade; fêmur médio com
duas cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, posterior,
ventral, ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas na face
dorsal e ântero-ventral, e uma fileira de cerdas até a metade nas faces póstero-ventral;
tíbia posterior com uma cerda submediana ântero-dorsal e duas cerdas submedianas
ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal,
dorsal e ântero-ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e de uma a duas
cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio levemente pronunciado.
Fêmea (diferindo no que segue): oito pares de cerdas frontais convergentes, exceto
pelos dois pares superiores, que são divergentes; olhos separados por uma 0,26-0,36
70
mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas ocelares e pós-ocelares grandes e
divergentes; cerdas verticais internas convergentes; cerdas verticais externas
divergentes; duas fileiras de cerdas dorsais no meio dos segmentos VI e VII e muitas
cerdas centrais no meio destes; esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas;
epiprocto com quatro cerdas, dispostas 2:2.
Material analisado:
Sintipos (não examinados): United States Natural Museum (USNM), Washington,
Estados Unidos da América [?].
BRASIL: Minas Gerais: 1 “Paraopeba, Minas, Brasil / H. Ebert, 10-IX-69” \ 1
“Brasil, MG, Botelhos / Córrego da Onça / 21º40‟90” S 46º22‟05” / Shannon Mata/
16-20.VI.2007 Amorim, Oliveira, Capellari & Ricardi col.”, [MZSP] \ Paraná: 1
“Est. Paraná, Morretes / CO, 18-XII-37”, [MNRJ] \ 1 “Paraná, Ponta Grossa, Faz.
Lagoa / P.M. Machado, IX-1945”, [MNRJ] \ 5 “Curitiba PR / 19/X/1982 / A.
Misuta leg.”, [DZUP] \ 3 e 7 Curitiba PR / BR 26.VI.1984 / R. Zonta; M.
Santos”, [DZUP] \ 7 e 4 ♀, mesmo local e coletores, 28-29.VI.1984, [DZUP] \ 1
“Curitiba PR / C. Imbuia / 12.II.1985 / Malkowski, SR / FIG-PRE”, [DZUP] \ 1 ♀,
mesmo local e coletor, 12.II.1985, SR / FIG-VERD, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e
coletor, 12.II.1985, SR / AZ/FIG, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 12.II.1985, SR
/ FIG-AZU, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 13.II.1985, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo
local e coletor, 08.III.1985, FIG-VERD, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor,
14.III.1985, SR / FIG-AZU, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 14.III.1985, SR /
CEB-VERD, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 15.III.1985, SR / CEB-AM [perna
em triângulo], [DZUP] \ 1 “Curitiba Paraná / (mato) / V/85 / cebola em
decomposição / C.B. Jesus [cabeça em triângulo]”, [DZUP] \ 1 “Curitba-PR,
BRASIL / (Capão da Imbuia) / 10.VIII.1989 / Maia, J.S. leg” \ 2 “Colombo PR /
EMBRAPA BR476 km20 / BRASIL 04.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise”, [DZUP] \ 10 e 8 ♀, mesmo local e coletor, 11.VIII.1986. [DZUP] \ 5 ♂ e 2
♀, mesmo local e coletor, 18.VIII.1986, [DZUP] \ 2 ♂, mesmo local e coletor,
25.VIII.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 01.IX.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo
local e coletor, 22.IX.1986, [DZUP] \ 1 e 2 ♀, mesmo local e coletor, 06.X.1986,
71
[DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 1 e 3 ♂, mesmo local e
coletor, 20.X.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 17.XI.1986, [DZUP] \ 1 ♀,
mesmo local e coletor, 02.II.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 09.II.1987,
[DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 16.II.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
18.V.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 15.VI.1987, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo
local e coletor, 22.VI.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 29.VI.1987, [DZUP]
\ 1 ♂, mesmo local e coletor, 13.VII.1987, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
15.VII.1987, [DZUP] \ 3 e 9 ♀, mesmo local e coletor, 20.VII.1987, [DZUP] \ 1 ♀,
mesmo local e coletor, 27.VII.1987, [DZUP] \ 2 “Colombo PR / (mata da
EMBRAPA) / 22/I/1992 / Marques, M.; Batista. L. e Moura, M.” \ 1 “Guarapuava
Paraná / Est. Águas Sta. Clara / BRASIL 20.IV.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR /
Malaise”, [DZUP] \ 1 , mesmo local e coletor, 27.IV.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo
local e coletor, 04.VIII.1986, [DZUP] \ 4 ♂ e 1 ♀, mesmo local e coletor, 11.VIII.1986,
[DZUP] \ 3 ♂, mesmo local e coletor, 25.VIII.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e
coletor, 01.IX.1986, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 22.IX.1986, [DZUP] \ 1 ♂,
mesmo local e coletor, 29.IX.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 17.XII.1986,
[DZUP] \ 2 e 2 “Jundiaí do Sul PR / Fazenda Monte Verde / BRASIL
18.VIII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e
coletor, 25.VIII.1986, [DZUP]PAR / Malaise” \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor,
01.IX.1986, [DZUP] \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 06.X.1986, [DZUP] \ 1 ♀,
mesmo local e coletor, 13.X.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 24.XI.1986,
[DZUP] \ 1 “Lapa PR / (Colônia Meriental) / 21.XI.90 / Exc. PG/ENTO DZUP”
\ 1 ♀ “P. Grossa (V. Velha) – PR / Reserva IAPAS BR376 / BRASIL 09.III.1986 / Lev.
Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 15.VI.1986,
[DZUP] \ 1 ♀, mesmo local e coletor, 04.VIII.1986, [DZUP] \ 9 ♂ e 2 ♀, mesmo local e
coletor, 11.VIII.1986, [DZUP] \ 4 ♂, mesmo local e coletor, 18.VIII.1986, [DZUP] \ 4
♀, mesmo local e coletor, 15.IX.1986, [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
20.X.1986, [DZUP] \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 20.X.1986, [DZUP] \ 2 e 5
♀, mesmo local e coletor, 27.X.1986, [DZUP] \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor,
27.X.1986, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 03.XI.1986, [DZUP] \ 12 ♀, mesmo
local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 2 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 24.XI.1986,
[DZUP] \ 2 e 4 ♀, mesmo local e coletor, 29.XI.1986, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e
72
coletor, 01.XII.1986, [DZUP] \ 4 ♀, mesmo local e coletor, 05.I.1987, [DZUP] \ 5 ♂,
mesmo local e coletor, 19.I.1987. [DZUP] \ 1 ♂, mesmo local e coletor, 19.I.1987,
[DZUP] \ 1 e 1 ♀, mesmo local e coletor, 26.I.1987, [DZUP] \ 3 ♀, mesmo local e
coletor, 23.II.1987, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 02.III.1987, [DZUP] \ 1 ♀,
mesmo local e coletor, 16.III.1987, [DZUP] \ 2 ♂, mesmo local e coletor, 30.III.1987,
[DZUP] \ 1 e 3 ♀, mesmo local e coletor, 27.IV.1987, \ 1 ♂, mesmo local e coletor,
08.VI.1987, [DZUP]\ 1 ♀, mesmo local e coletor, 15.VI.1987, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo
local e coletor, 06.VII.1897, [DZUP] \ 1 “São José dos Pinhais PR / Ser. Mar
BR277 km54 / BRASIL 1.VII.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1
♀, mesmo local e coletor, 15.XI.1986, [DZUP] \ 1 “Telêmaco Borba PR / Res.
Samuel Klabin / BRASIL 01.IX.1986 / Lev. Ent. PROFAUPAR / Malaise”, [DZUP] \ 1
♂ e 1 ♀, mesmo local e coletor, 06.X.1986, [DZUP] \ 1 ♂ e 1 ♀, mesmo local e coletor,
13.X.1986, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 03.XI.1986, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo
local e coletor, 10.XI.1986, [DZUP] \ 2 ♀, mesmo local e coletor, 20.XI.1986, [DZUP]
\ 2 “Tijucas do Sul Paraná / BRASIL / 15.IV.1999 / Schüli, G.S. leg \ Rio de
Janeiro: 1 “Petrópolis, 15-2-1924” [MNRJ] \ 2 “Brasil RJ, Teresópolis / P. do
Ingá, P.P. Baptista, 9-X-88” [MNRJ] \ 1 “Brasil RJ, Teresópolis / P. do Ingá, P.P.
Baptista, 26-XI-88” [MNRJ] \ Rio Grande do Sul: 1 ♂ “Rio Grande do Sul / S.
Francisco de Paula, I-59”, [MNRJ] \ 1 “Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil / H.S.
Lopes, 17-I-72” [exemplar sem cabeça], [MNRJ] \ 1 ♂ “BRASIL, RS / Pelotas /
31º44‟39” S 52º13‟22” W / 29.XI.2002 Malaise / R.F. Krüger leg. | Neomuscina /
zosteris / (Shannon e del Ponte, 1926) / R.F. Krüger, det. 05”, [DZUP] \ Santa
Catarina: 1 “S. Bento do Sul, Sta. Catarina, Brasil”, [MNRJ] \ 1 Brasilien, Nova
Teutonia / Fritz Plaumann / 27º 11‟ B 52º 23‟ L, 13-6-1958”, [MNRJ] \ 1 ♂ “Brasil, SC,
São Bento do Sul / Cepa Rugendal / Malaise Bosque, 13-16.X.2001”, [MZSP] \
São Paulo: 1 Itatiaia, 2000 mts. / P. Wichart, 2-41”, [MNRJ] \ 1 “Catareira /
Norte S. Paulo / S. Lores 3.926”, [DZUP].
Localidade-tipo: Tucumán, Argentina.
Distribuição geográfica: Argentina (Localidade-tipo), Brasil (Minas Gerais [nova
localidade], Paraná, Rio de Janeiro [nova localidade], Rio Grande do Sul [nova
localidade], Santa Catarina [nova localidade], São Paulo [nova localidade]).
73
Comentários: em N. zosteris existe uma considerável variação em relação às cerdas
acrosticais. Como verificado por Snyder (1954), tanto machos e meas podem
apresentar acrosticais 0:1 ou 1:1 sendo que os machos apresentam maior tendência
para o par anterior. Em alguns poucos indivíduos foi verificada a existência de um fraco
segundo par de cerdas acrosticais. No entanto, a dissecção e análise das terminálias não
demonstrou tratarem-se de espécies distintas, enquadrando-se apenas numa variação
dentro da própria espécie.
Neomuscina sp. nov. 1
(Figs. 157-164)
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; fêmur médio com três
cerdas pré-apicais; calípteras com as margens branco-amareladas; machos com intra-
alar 2; epiprocto feminino com sete cerdas, dispostas 2:1:4 da base para o ápice.
Coloração: em geral amarelo-acastanhado; região anterior da fronte amarelo-
acastanhado, ápice castanho; faciália e parafaciália brancas; gena amarelo-acastanhado;
antenas e palpos amarelos-claro; noto amarelo-acastanhado com quatro listras castanho-
escuras vistas à certa luz e angulação, e com polinosidade cinzenta; calo umeral e ápice
do escutelo amarelados; calípteras e halteres branco-amarelados; asas hialinas.
Macho: 4,6 mm de comprimento; asas 5,0 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de 9-10 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,1 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes; cerdas ocelares grandes e paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-
ocelares pequenas e divergentes; cerdas verticais internas pequenas e convergentes em
tamanho igual às verticais externas que são divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:3; intra-alares 2; tíbia anterior com uma cerda
submediana ântero-dorsal; ápice da tíbia anterior com cerdas nas faces dorsal, póstero-
dorsal, póstero-ventral e ventral; fêmur médio com uma fileira de cerdas póstero-
74
ventrais e ântero-ventral até a metade, reaparecendo fracas no ápice; fêmur médio com
uma fileira anterior até a metade; fêmur médio com três cerdas pré-apicais, posicionadas
nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com cerdas nas faces
anterior, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-ventral e ântero-ventral; fêmur
posterior com uma completa fileira de cerdas na face dorsal e ântero-ventral, e uma
fileira de cerdas até a metade nas faces póstero-ventral, que reaparecem no ápice; fêmur
posterior com uma fileira antero-dorsal até a metade; tíbia posterior com uma cerda
submediana ântero-dorsal e de cinco a seis cerdas submedianas ântero-ventrais; ápice da
tíbia posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-
ventral; ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e duas cerdas ventrais.
Abdômen: epândrio arredondado, em vista lateral; ápice dos cercos levemente
escavados.
Fêmea (diferindo no que segue): dez pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos
dois pares superiores, que são divergentes; olhos separados por uma 0,29 mm de
distância à altura do primeiro ocelo; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas,
ambas divergentes; cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais
externas pequenas e divergentes; ápice da veia tronco com uma a duas cerdas dorsais e
três cerdas ventrais; tíbia posterior com quatro cerdas submedianas ântero-ventrais;
esternito VIII com cerdas espinhosas pronunciadas; epiprocto com sete cerdas, dispostas
2:1:4, da base para o ápice.
Material analisado:
BRASIL: Bahia: Holótipo: ♂, quetotaxia em bom estado; Etiqueta de localidade:
branca, letras impressas “BRASIL: BA: Mata de São João / Reserva de Sapiranga /
12º33‟38,5” S 38º02‟57,2 W” / Malaise - Ponto T6 / 22-25.VII.2001 / M.T. Tavares &
eq. col.”; terminália montada em tubo com glicerina; espécime depositado no Museu de
Zoologia da Universidade de São Paulo [MZSP]. Localidade-tipo: Brasil (Bahia).
BRASIL: Santa Catarina: 1 parátipo “BRASIL: SC: São Bento do Sul / Cepa
Rugental / Malaise Ponto 1 Trilha / 16-19.X.2001 / Refugo” [MZSP] \ São Paulo: 1
parátipo “BRASIL: SP: Peruíbe / Estação Ecológica Juréia-Itatins / 24º31‟06” S
47º12‟06” W / Malaise 1 Trilha / 6.V.2002 / N.W. Perioto & eq. col.” [MZSP] \
75
Sergipe: 1 parátipo BRASIL: SE: Santa Luzia do Itanhy Crasto / 11º22‟31,2” S
37º24‟50,9” W / Malaise / Armadilha / Bosque 5 / 29.VII-1-VIII.2001 / M.T. Tavares &
eq. col.” [MZSP], terminálias montadas em tubos com glicerina.
Distribuição geográfica: Brasil (Bahia Localidade-tipo, Santa Catarina, São Paulo e
Sergipe).
Comentários: Neomuscina sp. nov. 1 enquadra-se na descrição feita por Snyder
(1949:19), sendo muito similar a N. currani. Difere pela ausência de cerdas ventrais na
veia R
4+5
e pelas asas hialinas, assim como observado pelo autor mencionado. Snyder
hesitou em nomear esta nova espécie, definindo-a apenas como Neomuscina species 2
em seu trabalho. A análise da terminália masculina e feminina demonstrou que estes
indivíduos pertencem realmente a uma nova espécie.
Neomuscina sp. nov. 2
(Figs. 165-172)
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 1:1; fêmur médio com três cerdas pré-apicais;
calo pós-alar com uma distinta mácula castanho-escura lateralmente; esternito V dos
machos em formato quadrangular; fêmeas com muitas cerdas reunidas logo acima do
ápice do VI esternito, numa região ovalar esclerotinizada.
Coloração: em geral amarelo-acastanhado; região anterior da fronte amarela, ápice
castanho; faciália e parafaciália brancas; gena, antenas e palpos amarelos; noto castanho
com quatro listras castanhas vistas à certa luz e angulação, e com polinosidade cinzenta;
calo umeral e ápice do escutelo amarelados; calo pós-alar na região lateral com uma
distinta mácula castanho-escura; calípteras e halteres branco-amarelados; bordas da
calípteras escurecidas; asas hialinas.
Macho: 5,7 mm de comprimento; asas 6,3 mm de comprimento.
76
Cabeça: cerdas frontais de 13 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,12 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes; cerdas ocelares grandes e paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-
ocelares pequenas e divergentes; cerdas verticais internas pequenas e convergentes em
tamanho igual às verticais externas que são divergentes.
Tórax: acrosticais 1:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 2; pró-episterno e pró-epímero
com uma cerda cada; tíbia anterior com uma cerda submediana ântero-dorsal; ápice da
tíbia anterior com cerdas nas faces dorsal, póstero-dorsal, póstero-ventral e ventral;
fêmur médio com uma fileira de cerdas póstero-ventrais e ântero-ventrais até a metade,
reaparecendo fracas no ápice; fêmur médio com uma fileira de cerdas na face posterior,
fracas e emergindo a partir da metade distal; fêmur médio com três cerdas pré-apicais,
posicionadas nas faces dorsal, póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia média com
cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, posterior, póstero-
ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de cerdas na
face dorsal e ântero-ventral, e uma fileira de cerdas até a metade na face póstero-ventral,
que reaparecem fracas no ápice; tíbia posterior com uma cerda submediana ântero-
dorsal e duas cerdas submedianas ântero-ventrais; ápice da tíbia posterior com cerdas
nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, ventral e ântero-ventral; ápice
da veia tronco com uma cerda dorsal e duas cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V em formato próximo ao retangular; ápice do esternito V com
concavidade reduzida; cercos afilados, em vista lateral.
Fêmea (diferindo no que segue): 5,7 mm de comprimento; asas 6,3 mm de
comprimento; 12 pares de cerdas frontais convergentes, exceto pelos dois pares
superiores, que são divergentes; olhos separados por uma 0,3 mm de distância à altura
do primeiro ocelo; cerdas ocelares grandes e pós-ocelares pequenas, ambas divergentes;
cerdas verticais internas grandes e convergentes; cerdas verticais externas pequenas e
divergentes; acrosticais 0:1; pró-episterno e pró-epímero com duas cerdas cada; tíbia
posterior com quatro cerdas submedianas ântero-ventrais; Esternito VIII com cerdas
espinhosas pronunciadas; epiprocto com seis cerdas, dispostas 2:2:2, arranjadas
hexagonalmente.
77
Material analisado:
BRASIL: Minas Gerais: Holótipo: ♂, bom estado de conservação. Etiqueta de
localiade: branca, letras impressas “BRASIL: MG: Botelhos / Córrego da Onça /
21º40‟90” S 46º22‟05” / Shannon / 15-19.VI.2007 / Amorim, Oliveira & Capellari
col.”; terminália montada em tubo com glicerina; espécime depositado no Museu de
Zoologia da Universidade de São Paulo [MZSP]. Localidade-tipo: Brasil (Minas
Gerais).
BRASIL: Minas Gerais:: 1 e 2 parátipos BRASIL: MG: Botelhos / Córrego da
Onça / 21º40‟90” S 46º22‟05” / Shannon Mata / 16-20.VI.2007 / Amorim, Oliveira,
Capellari & Ricardi col.” [MZSP], com terminálias montadas em tubos com glicerina.
Distribuição geográfica: Brasil (Minas Gerais Localidade-tipo).
Comentários: Neomuscina sp. nov. 2 mostra-se muito semelhante a N. zosteris,
diferindo externamente apenas pelas três cerdas pré-apicais no fêmur médio e uma
distinta mácula castanha no calo pós-alar, característica bem marcante para essa espécie.
A análise das terminálias masculinas e femininas termina por comprovar tratar-se de
uma espécie distinta das outras já descritas.
Neomuscina sp. nov. 3
(Figs. 173-176)
Diagnose: asas com R
4+5
sem cerdas na superfície ventral; surstilos largos e sinuosos,
com cerdas internas curtas; acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais; tíbia posterior com uma cerda mediana ântero-dorsal; calípteras com
as margens escurecidas; asas com uma mancha castanha estendendo-se do ápice da Sc
até a R
2+3
; veias rm e dm-cu com manchas castanhas ao redor; base superior do
epândrio fortemente pronunciada anteriormente.
Coloração: em geral amarelo; região anterior da fronte amarela, ápice castanho-claro;
faciália, parafaciália, gena, antenas e palpos amarelos; noto castanho com quatro listras
78
castanho-claras vistas à certa luz e angulação, e com polinosidade cinzenta; calípteras e
halteres amarelados; borda da calípteras inferior escurecida; asas com uma mancha
castanha estendendo-se do ápice da Sc até a R
2+3
; veias rm e dm-cu com manchas
castanhas ao redor.
Macho: 5,5 mm de comprimento; asas 6,0 mm de comprimento.
Cabeça: cerdas frontais de 11 pares, sendo o par maior que os demais; olhos
separados por uma 0,1 mm de distância à altura do primeiro ocelo; cerdas frontais
convergentes; cerdas ocelares grandes e paralelas e direcionadas para frente; cerdas pós-
ocelares pequenas e divergentes; cerdas verticais internas pequenas e convergentes em
tamanho igual às verticais externas que são divergentes.
Tórax: acrosticais 0:1; dorsocentrais 2:4; intra-alares 1; ápice da tíbia anterior com
cerdas nas faces dorsal, stero-dorsal, póstero-ventral e ventral; fêmur médio com uma
fileira de cerdas póstero-ventrais e ântero-ventrais até a metade; fêmur médio com duas
cerdas pré-apicais, posicionadas nas faces póstero-dorsal e posterior; ápice da tíbia
média com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, póstero-dorsal, posterior,
póstero-ventral, ventral e ântero-ventral; fêmur posterior com uma completa fileira de
cerdas na face dorsal e ântero-ventral, e uma fileira de cerdas até a metade na face
póstero-ventral, que reaparecem fracas no ápice; tíbia posterior com uma cerda
submediana ântero-dorsal e três cerdas submedianas ântero-ventrais; ápice da tíbia
posterior com cerdas nas faces anterior, ântero-dorsal, dorsal, ventral e ântero-ventral;
ápice da veia tronco com uma cerda dorsal e duas cerdas ventrais.
Abdômen: esternito V com concavidade pronunciada no ápice e com extensões
digitiformes; base do epândrio fortemente pronunciada para trás; cercos, em vista
posterior, sinuosos e com ápice afilado; parâmero com uma simples cerda.
Fêmea: desconhecida.
Material analisado:
BRASIL: Bahia: Holótipo: ♂, bom estado de conservação; Etiqueta de localidade:
branca, lletras impressas “BRASIL, Bahia, Anajé / 15-24.V.1975 / C. Elias leg.”;
terminália montada em tubo com glicerina. Espécime depositado na Coleção
79
Entomológica “Pe. Jesus Santiago Moure”, Departamento de Zoologia da Universidade
Federal do Paraná [DZUP]. Localidade-tipo: Brasil (Bahia).
Distribuição geográfica: Brasil (Bahia Localidade-tipo).
Comentários: Neomuscina sp. nov. 3 distingue-se das outras espécies do gênero
principalmente pelo conjunto da coloração e padrão de manchas nas asas, tanto como o
posicionamente de cerdas; o exame detalhado na morfologia da terminália masculina
revelou características não encontradas em nenhuma outra espécie analisada aqui.
CONCLUSÕES
Desde a revisão feita por Snyder (1949), Neomuscina havia se tornado um
gênero de conhecimento fragmentado e de difícil compreensão. Este trabalho, com a
revisão das espécies de Neomuscina de ocorrência para o Brasil, um passo
importante em busca do melhor entendimento acerca da taxonomia e diversidade deste
grupo. Foram redescritas 20 espécies cuja literatura registra para o país e descritas três
novas. Ainda, N. nigricosta e N. transporta foram identificadas e registradas como
sendo novas ocorrências. Também muitos novos registros de localidades brasileiras
foram obtidos através do material analisado, indicando que muito ainda resta a se
conhecer à respeito da real biodiversidade do gênero no Brasil
Pela primeira vez é apresentada uma chave de identificação para Neomuscina
onde caracteres de terminálias masculinas e femininas estão inclusos. Embora a
montagem de terminálias necessite de tempo e observações detalhadas, pretende-se aqui
que a chave possa contribuir para a melhora do entendimento das unidades
taxonômicas, outrora baseada fortemente em caracteres de coloração.
Em relação à variabilidade intraespecífica, foram constatadas algumas
diferenças em poucas espécies. Sobretudo estas variam em tonalidades de coloração,
muitas das vezes como resultado do método de captura e estado de conservação. Na
grande maioria das espécies as diferenças externas dos machos limitam-se à presença de
uma cerda intra-alar (embora algumas espécies apresentem machos com intra-alares 2)
enquanto as fêmeas aqui descritas sempre apresentaram duas cerdas intra-alares.
80
À respeito da distribuição das espécies, duas hipóteses poderiam explicar os
padrões observados com o pressuposto da identificação correta dos exemplares não
comparados com seu tipos. A primeira hipótese explicaria o „vácuo amostral‟, entre a
localidade-tipo e as demais localidades de coleta, através da existência de áreas ainda
não amostradas entre estas localidades ou, se estas já o foram, que carecem de triagem e
identificação do material. Isso demonstraria se realmente a espécie em questão possui
uma grande área de grande distribuição. Uma segunda hipótese indicaria que algumas
espécies do gênero, tais como N. currani e N. instabilis (localidades-tipo: Panamá),
poderiam na verdade estar se dispersando acompanhando o homem ou sendo carreadas
por ele, seja através de cargas ou meios de transporte. Isso explicaria o „vácuo amostral‟
e a coleta desses indivíduos em locais tão longínquos da localidade-tipo, como nos
casos acima citados, o Rio de Janeiro. Essa hipótese é ilustrada no exemplo da coleta de
exemplares de N. transporta em Gana.
O exame das terminálias das espécies N. currani e N. atincticosta demonstrou
caracteres claramente distintos em relação aos encontrados nas outras espécies do
gênero. Faz-se necessário uma análise que envolva todas as espécies que apresentem
cerdas ventrais na base da veia R
4+5
para determinar o real posicionamente destas umas
em relação às outras como também em relação aos demais Neomuscina.
Não foram encontradas as espécies N. arcuata (Wiedemann), N. dorsipuncta
(Stein), N. nudistigma Snyder, N. sparsiplumata (Stein) e N. tinctinervis (Stein), cuja
literatura registra para o Brasil. A análise dos espécimes-tipo para uma identificação
precisa faz-se necessária.
Não são pretendidas aqui quaisquer mudanças em relação à classificação
adotada atualmente em relação aos limites do gênero Neomuscina. Pretende-se sim que
os resultados apresentados neste estudo contribuam para a compreensão do estado
taxonômico do grupo. Somente com a análise das demais espécies de Neomuscina
juntamente com um detalhado estudo filogenético poderemos inferir o relacionamento e
validade dos táxons, assim como também testar a monofilia do grupo.
81
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85
FIGURAS
86
Figuras. 1-4: N. atincticosta ♂: (1) esternito V, vista dorsal; (2) placa cercal, vista
posterior; (3) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (4) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 1-3, escala acima, à esquerda; figura 4 escala abaixo, à
direita).
1
2
4
3
Epândrio
Surstilo
Cerco
Apódema
do edeago
Epifalo
Distifalo
Gonópodo
Epândrio
Cerco
Surstilo
Parâmero
87
Figuras. 5-8: N. atincticosta ♀: (5) terminália, vista ventral; (6) terminália, vista dorsal;
(7) ápice da terminália, vista ventral; (8) ápice da terminália, vista dorsal. Escala: 0,5
mm (Figs. 5 e 6, escala acima, à esquerda; Figs. 7 e 8, escala abaixo, à esquerda).
5
6
7
8
Esternito VI
Tergito VI
Esternito VII
Tergito VII
Esternito VIII
Tergito VIII
Hipoprocto
Epiprocto
Cerco
88
Figuras 9-12: N. capalta ♂: (9) esternito V, vista dorsal; (10) placa cercal, vista
posterior; (11) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (12) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 9-11, escala acima, à esquerda; figura 12, escala
abaixo, à direita).
9
11
10
12
89
Figuras 13-16: N. capalta ♀: (13) terminália, vista ventral; (14) terminália, vista dorsal;
(15) ápice da terminália, vista ventral; (16) ápice da terminália, vista dorsal. Escala: 0,5
mm (Figs. 13 e 14, escala acima, à esquerda; Figs. 7 e 8, escala abaixo, à esquerda).
13
14
15
16
90
Figuras 17-20: N. currani ♂: (17) esternito V, vista dorsal; (18) placa cercal, vista
posterior; (19) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (20) edeago; vista lateral
esquerda;. Escala: 0,5 mm (Figs. 17-19, escala acima, à esquerda; figura 20, escala
abaixo, à direita).
17
18
19
20
91
Figuras 21-24: N. currani ♀: (21) terminália, vista ventral; (22) terminália, vista dorsal;
(23) ápice da terminália, vista ventral; (24) ápice da terminália, vista dorsal. Escala: 0,5
mm (Figs. 21 e 22, escala acima, à esquerda; Figs. 23 e 24, escala abaixo, à esquerda).
21
22
23
24
92
Figuras 25-28: N. douradensis ♂: (25) esternito V, vista dorsal; (26) placa cercal, vista
posterior; (27) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (28) edeago, vista lateral
esquerda. Escala 0,5mm (Figs. 25-27, escala acima, à esquerda; figura 28, escala
abaixo, à direita).
25
28
27
26
93
Figuras 29-32: N. douradensis ♀: (29) terminália, vista ventral; (30) terminália, vista
dorsal; (31) ápice da terminália, vista ventral; (32) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 29 e 30, escala acima, à esquerda; Figs. 31 e 32, escala abaixo, à
esquerda).
29
30
31
32
94
Figuras 33-36: N. goianensis ♂: (33) esternito V, vista dorsal; (35) placa cercal, vista
posterior; (34) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (36) edeago, vista lateral
esquerda. Escala 0,5mm (Figs. 33-35, escala acima, à esquerda; figura 36, escala
abaixo, à direita).
35
33
34
36
95
Figuras 37-40: N. goianensis ♀: (37) terminália, vista ventral; (38) terminália, vista
dorsal; (39) ápice da terminália, vista ventral; (40) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 37 e 38, escala acima, à esquerda; Figs. 39 e 40, escala abaixo, à
esquerda).
37
38
39
40
96
Figuras 41-44: N. inflexa ♂: (41) esternito V, vista dorsal; (42) placa cercal, vista
posterior; (43) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (44) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 41-43, escala acima, à esquerda; figura 44, escala
abaixo, à direita).
41
43
42
44
97
Figuras 45-48: N. inflexa ♀: (45) terminália, vista ventral; (46) terminália, vista dorsal;
(47) ápice da terminália, vista ventral; (48) ápice da terminália, vista dorsal. Escala: 0,5
mm (Figs. 45 e 46, escala acima, à esquerda; Figs. 47 e 48, escala abaixo, à esquerda).
45
46
47
48
98
Figuras 49-52: N. instabilis ♂: (49) esternito V, vista dorsal; (50) placa cercal, vista
posterior; (51) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (52) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 49-51, escala acima, à esquerda; figura 52, escala
abaixo, à direita).
49
51
50
52
99
Figuras 53-56: N. instabilis ♀: (53) terminália, vista ventral; (54) terminália, vista
dorsal; (55) ápice da terminália, vista ventral; (56) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 53 e 54, escala acima, à esquerda; Figs. 55 e 56, escala abaixo, à
esquerda).
53
54
55
56
100
Figuras 57-60: N. mediana ♂: (57) esternito V, vista dorsal; (58) placa cercal, vista
posterior; (59) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (60) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 57-59, escala acima, à esquerda; figura 60, escala
abaixo, à direita).
57
58
59
60
101
Figuras 61-64: N. mediana ♀: (61) terminália, vista ventral; (62) terminália, vista
dorsal; (63) ápice da terminália, vista ventral; (64) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 61 e 62, escala acima, à esquerda; Figs. 63 e 64, escala abaixo, à
esquerda).
61
62
63
64
102
Figuras 65-68: N. mimosa ♂: (65) esternito V, vista dorsal; (66) placa cercal, vista
posterior; (67) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (68) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 65-67, escala acima, à esquerda; figura 68, escala
abaixo, à direita).
65
66
67
68
103
Figuras 69-72: N. mimosa ♀: (69) terminália, vista ventral; (70) terminália, vista dorsal;
(71) ápice da terminália, vista ventral; (72) ápice da terminália, vista dorsal. Escala: 0,5
mm (Figs. 69 e 70, escala acima, à esquerda; Figs. 71 e 72, escala abaixo, à esquerda).
69
70
71
72
104
Figuras 73-76: N. neosimilis ♂: (73) esternito V, vista dorsal; (74) placa cercal, vista
posterior; (75) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (76) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 73-75, escala acima, à esquerda; figura 76, escala
abaixo, à direita).
73
74
75
76
105
Figuras 77-80: N. neosimilis ♀: (77) terminália, vista ventral; (78) terminália, vista
dorsal; (79) ápice da terminália, vista ventral; (80) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 77 e 78, escala acima, à esquerda; Figs. 79 e 80, escala abaixo, à
esquerda).
77
78
79
80
106
Figuras 81-84: N. nigricosta ♂: (81) esternito V, vista dorsal; (82) placa cercal, vista
posterior; (83) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (84) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 81-83, escala acima, à esquerda; figura 84, escala
abaixo, à direita).
81
82
83
84
107
Figuras 85-88: N. nigricosta ♀: (85) terminália, vista ventral; (86) terminália, vista
dorsal; (87) ápice da terminália, vista ventral; (88) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 85 e 86, escala acima, à esquerda; Figs. 87 e 88, escala abaixo, à
esquerda).
85
87
88
86
108
Figuras 89-92: N. paramediana ♂: (89) esternito V, vista dorsal; (90) placa cercal, vista
posterior; (92) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (92) edeago, vista lateral
esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 89-91, escala acima, à esquerda; figura 92, escala
abaixo, à direita).
89
90
91
92
109
Figuras 93-96: N. paramediana ♀: (93) terminália, vista ventral; (94) terminália, vista
dorsal; (95) ápice da terminália, vista ventral; (96) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 93 e 94, escala acima, à esquerda; Figs. 95 e 96, escala abaixo, à
esquerda).
93
94
95
96
110
Figuras 97-100: N. pictipennis pictipennis ♂: (97) esternito V, vista dorsal; (98) placa
cercal, vista posterior; (99) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (100)
edeago, vista lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 97-99, escala acima, à esquerda;
figura 100, escala abaixo, à direita).
97
98
100
99
111
Figuras 101-104: N. pictipennis pictipennis ♀: (101) terminália, vista ventral; (102)
terminália, vista dorsal; (103) ápice da terminália, vista ventral; (104) ápice da
terminália, vista dorsal. Escala: 0,5 mm (Figs. 101 e 102, escala acima, à esquerda; Figs.
103 e 104, escala abaixo, à esquerda).
101
102
103
104
112
Figuras 105-108: N. sanespra ♂: (105) esternito V, vista dorsal; (106) placa cercal, vista
posterior; (107) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (108) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 105-107, escala acima, à esquerda; figura 108,
escala abaixo, à direita).
105
107
106
108
113
Figuras 109-112: N. sanespra ♀: (109) terminália, vista ventral; (110) terminália, vista
dorsal; (111) ápice da terminália, vista ventral; (112) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 109 e 110, escala acima, à esquerda; Figs. 111 e 112, escala
abaixo, à esquerda).
109
78
110
111
112
114
Figuras 113-116: N. schadei ♂: (113) esternito V, vista dorsal; (114) placa cercal, vista
posterior; (115) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (116) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 113-115, escala acima, à esquerda; figura 116,
escala abaixo, à direita).
115
114
116
113
115
Figuras 117-120: N. schadei ♀: (117) terminália, vista ventral; (118) terminália, vista
dorsal; (119) ápice da terminália, vista ventral; (120) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 117 e 118, escala acima, à esquerda; Figs. 119 e 120, escala
abaixo, à esquerda).
117
118
119
120
116
Figuras 121-124: N. similata ♂: (121) esternito V, vista dorsal; (122) placa cercal, vista
posterior; (123) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (124) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 121-123, escala acima, à esquerda; figura 124,
escala abaixo, à direita).
121
122
123
124
117
Figuras 125-128: N. similata ♀: (125) terminália, vista ventral; (126) terminália, vista
dorsal; (127) ápice da terminália, vista ventral; (128) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 125 e 126, escala acima, à esquerda; Figs. 127 e 128, escala
abaixo, à esquerda).
125
59
126
127
128
118
Figuras 129-132: N. stabilis ♂: (129) esternito V, vista dorsal; (130) placa cercal, vista
posterior; (131) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (132) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 129-131, escala acima, à esquerda; figura 132,
escala abaixo, à direita).
129
130
131
132
119
Figuras 133-136: N. stabilis ♀: (133) terminália, vista ventral; (134) terminália, vista
dorsal; (135) ápice da terminália, vista ventral; (136) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 125 e 126, escala acima, à esquerda; Figs. 127 e 128, escala
abaixo, à esquerda).
133
134
135
136
120
Figuras 137-140: N. transporta ♂: (137) esternito V, vista dorsal; (138) placa cercal,
vista posterior; (139) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (140) edeago,
vista lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 137-139, escala acima, à esquerda; figura
140, escala abaixo, à direita).
137
138
139
140
121
Figuras 141-144: N. vitoriae ♂: (141) esternito V, vista dorsal; (142) placa cercal, vista
posterior; (143) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (144) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 141-143, escala acima, à esquerda; figura 144,
escala abaixo, à direita).
141
142
143
144
122
Figuras 145-148: N. vitoriae ♀: (145) terminália, vista ventral; (146) terminália, vista
dorsal; (147) ápice da terminália, vista ventral; (148) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 145 e 146, escala acima, à esquerda; Figs. 147 e 148, escala
abaixo, à esquerda).
145
146
147
148
123
Figuras 149-152: N. zosteris ♂: (149) esternito V, vista dorsal; (150) placa cercal, vista
posterior; (151) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (152) edeago, vista
lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 149-151, escala acima, à esquerda; figura 152,
escala abaixo, à direita).
149
150
151
152
124
Figuras 153-156: N. zosteris ♀: (153) terminália, vista ventral; (154) terminália, vista
dorsal; (155) ápice da terminália, vista ventral; (156) ápice da terminália, vista dorsal.
Escala: 0,5 mm (Figs. 153 e 154, escala acima, à esquerda; Figs. 155 e 156, escala
abaixo, à esquerda).
154
153
155
156
125
Figuras 157-160: Neomuscina sp. nov. 1 ♂: (157) esternito V, vista dorsal; (158) placa
cercal, vista posterior; (159) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (160)
edeago, vista lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 157-159, escala acima, à esquerda;
figura 160, escala abaixo, à direita).
157
158
160
159
126
Figuras 161-162: Neomuscina sp. nov. 1 ♀: (161) terminália, vista ventral; (162)
terminália, vista dorsal; (163) ápice da terminália, vista ventral; (164) ápice da
terminália, vista dorsal. Escala: 0,5 mm (Figs. 161 e 162, escala acima, à esquerda; Figs.
163 e 164, escala abaixo, à esquerda).
161
162
163
164
127
Figuras 165-168: Neomuscina sp. nov. 2 ♂: (165) esternito V, vista dorsal; (166) placa
cercal, vista posterior; (167) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (168)
edeago, vista lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 165-167, escala acima, à esquerda;
figura 168, escala abaixo, à direita).
165
166
167
168
128
Figuras 169-172: Neomuscina sp. nov. 2 ♀: (169) terminália, vista ventral; (170)
terminália, vista dorsal; (171) ápice da terminália, vista ventral; (172) ápice da
terminália, vista dorsal. Escala: 0,5 mm (Figs. 169 e 170, escala acima, à esquerda; Figs.
171 e 172, escala abaixo, à esquerda).
169
170
171
172
129
Figuras 173-176: Neomuscina sp. nov. 3 ♂: (173) esternito V, vista dorsal; (174) placa
cercal, vista posterior; (175) epândrio, surstilo e cerco, vista lateral esquerda; (176)
edeago, vista lateral esquerda. Escala: 0,5 mm (Figs. 173-175, escala acima, à esquerda;
figura 176, escala abaixo, à direita).
173
175
174
176
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