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ELAINE CRISTINA BATISTA DOS SANTOS
DESEMPENHO PRODUTIVO DO CAMARÃO CINZA Litopenaeus
vannamei, UTILIZANDO TÉCNICAS DE POVOAMENTO DIRETO E
INDIRETO
Recife
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE PESCA E AQUICULTURA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURA
DESEMPENHO PRODUTIVO DO CAMARÃO CINZA Litopenaeus vannamei,
UTILIZANDO TÉCNICAS DE POVOAMENTO DIRETO E INDIRETO
Elaine Cristina Batista dos Santos
Recife, PE
Fevereiro, 2009
Projeto de Pesquisa apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em Recursos
Pesqueiros e Aqüicultura da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, como pré
requisito para obtenção do grau mestre em
Recursos Pesqueiros e Aquicultura.
Orientador: Prof. Dr. Paulo de Paula Mendes
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DESEMPENHO PRODUTIVO DO CAMARÃO CINZA Litopenaeus vannamei, UTILIZANDO
TECNICAS DE POVOAMENTO DIRETO E INDIRETO.
Elaine Cristina Batista dos Santos
Esta dissertação foi julgada para a obtenção do título de
Mestre em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura
E aprovada em ____/____/______ pelo Programa de Pós Graduação em Recursos
Pesqueiros e Aqüicultura em sua forma final.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Prof. Dr. Paulo de Paula Mendes - Orientador
Universidade Federal Rural de Pernambuco
______________________________________________
Prof .Dr. Walter Moreira Maia Jr.– Membro externo
Universidade Federal da Paraíba
______________________________________________
Prof. Dr. Jose Milton Barbosa – Membro interno
Universidade Federal Rural de Pernambuco
______________________________________________
Profa. Dra. Emiko Shinozaki Mendes - Membro interno
Universidade Federal Rural de Pernambuco
______________________________________________
Prof. Dr. Paulo Guilherme V. de Oliveira – Membro interno (suplente)
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Dedicatória
Aos que sempre acreditaram em mim e
especialmente a J. Novaes por não me deixar
esquecer o que é ter uma família.
Agradecimentos
A Universidade Federal Rural de Pernambuco na pessoa do Prof. Dr. Paulo Travassos,
coordenador do Programa de Pós Graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura,
vinculado ao Departamento de Pesca e Aqüicultura (DEPAq) .
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela
concessão da bolsa, e ao RECARCINE/FINEP, pela disponibilização de recursos para
elaboração desse trabalho.
Ao Prof. Dr. Paulo de Paula Mendes, o qual se dispôs a me aceitar como orientanda no
meio do caminho, com toda paciência, estando presente em todas as etapas desta dissertação.
Ao professor Eudes de Souza Correia, pela disponibilização do seu laboratório e
principalmente pela atenção e a Engenheira de Pesca Fabiana Penalva pelo apoio
incondicional.
Aos professores José Milton, Emiko Shinozaki, Walter Maia e Paulo Oliveira por ter
aceitado fazer parte da banca examinadora.
Ao Mestre em Recursos Pesqueiros e Aquicultura Mauricio Pessoa, pelo fornecimento
dos dados e pela correção e orientação na execução deste trabalho.
Aos companheiros do Laboratório de Carcinicultura (LACAR), Samia Monteiro, Dijaci
Araújo, Yuri Andrade, Alexandre Duarte, Karolline Santos, Tiago Vandevelde e Diego
Souza, pela amizade e apoio nas tarefas.
A Selma Santiago pela atenção e disponibilidade em esclarecer duvidas e principalmente
pelo cuidado em nos manter informados.
A todos os amigos de turma, que me incentivaram em todos os momentos e a todas as
pessoas que de alguma forma contribuíram para o desfecho deste trabalho.
RESUMO
As técnicas de povoamento direto (Pdir) e indireto (Pind) empregadas no cultivo do
camarão marinho Litopenaeus vannamei foram analisadas, com o objetivo de determinar
sua eficiência no sistema produtivo desse agronegócio. Dados de 270 cultivos comerciais,
oriundos de uma fazenda de camarão localizada no Rio Grande do Norte, Brasil, foram
utilizados para relacionar as variáveis de manejo: tempo de cultivo (TC), densidade de
estocagem (DE), área do viveiro (AV), mês de povoamento (MP), ano de povoamento
(AP), laboratório fornecedor de pós larva (LFPL), povoamento direto (Pdir) e
povoamento indireto (Pind), através da técnica de regressão linear múltipla para estimar
os parâmetros que influenciaram nos cultivos, tendo como variáveis respostas: produção
(PRD), produtividade (PRDT), fator de conversão alimentar (FCA), peso final (PMF), e
taxa de sobrevivência (TS). Essas variáveis foram relacionadas em função da densidade
de estocagem (DE) e dias de cultivo (DC). Para as variáveis PMF e FCA, a forma de
povoamento não exerceu nenhuma de influencia (P0,05). Nas demais variáveis
observou-se diferença significativa (P<0,05) com incremento de 6,8% e 6,4%, na
sobrevivência e produtividade, respectivamente, quando realizado Pind. Para produção,
embora o sistema de Pind tenha conferido um incremento de 6,0%, este não apresentou
diferença estatística (P 0,05).
Palavras–chaves: Regressão, Berçário, Cultivo, Estatística.
ABSTRACT
The techniques of direct (Pdir) and indirect (Pind) settlement employed in the growthout
of marine shrimp Litopenaeus vannamei, were analyzed, in order to determine their
efficiency in the productive system of agribusiness. Data of 270 cultures from a
commercial shrimp farm located in Rio Grande do Norte, Brazil, were used to relate the
variables of management: time of culture (TC), stocking density (DE), pond area (VA),
month of settlement (MP), year of settlement (AP), supplier of laboratory post larva
(LFPL), direct settlement (Pdir) and indirect settlement (Pind), through the technique of
multiple linear regression to estimate the parameters that influenced the cultures , with
varying responses: production (PRD) productivity (PRDT), feed conversion factor
(FCA), final weight (PMF) and survival rate (TS). These variables were related in terms
of stocking density (DE) and days of culture (DC). For variables, PMF and FCA, the
settlement form had not any influence (P 0.05). The other variables there was
significant difference (P <0.05) of 6.8% and 6.4% more, on survival and productivity,
respectively, when conducted Pind. For production, although the system Pind has given
an increase of 6.0%, it no portment statistical difference (P 0.05).
Key-words: regression, nursery, growing, statistics.
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................
9
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................... 11
2.1 A carcinicultura brasileira....................................................................................... 11
2.2 Sistemas de produção............................................................................................... 12
2.3 Modelos de cultivo.................................................................................................. 13
2.4 Análise estatística.................................................................................................... 15
3. ARTIGO CIENTÍFICO - Desempenho produtivo do camarão marinho
Litopenaeus vannamei, utilizando técnicas de povoamento direto e indireto
RESUMO ...................................................................................................................... 19
ABSTRACT .................................................................................................................. 20
Introdução ...................................................................................................................... 21
Material e métodos ........................................................................................................ 22
Resultados e discussão .................................................................................................. 24
Conclusões .................................................................................................................... 27
Agradecimentos ............................................................................................................. 27
Referências ....................................................................................................................
28
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 39
5. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 40
6. ANEXOS .................................................................................................................. 45
6.1. Norma da Revista PAB ........................................................................................ 45
LISTA DE TABELAS
Artigo
Tabela 1. Variáveis resposta e de manejo relacionadas ao cultivo do camarão
marinho Litopenaeus vannamei................................................................
36
Tabela 2. Descrição dos dados de 270 cultivos do camarão marinho L.
vannamei...................................................................................................
36
Tabela 3. Modelos gerados para analise dos dados de manejo do L. vannamei ...... 36
LISTA DE FIGURAS
Artigo
Figura 1. Variáveis de cultivo (A- Produção; B-Produtividade e C- Sobrevivência)
em relação à Densidade de Estocagem (DE) do Litopenaeus
vannamei...................................................................................................
37
Figura 2. Variáveis de cultivo (A- Produção e B-Produtividade) em relação aos
Dias de cultivo (DC) do Litopenaeus vannamei........................................
38
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 9
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO, 2008), a aqüicultura é apontada
como a principal alternativa para aumentar a oferta de pescado por todo mundo, sendo na
atualidade uma fonte importante de produção de alimentos de origem aquática.
A atividade da carcinicultura marinha no Brasil teve início na década de 1970.
Entretanto na década seguinte, a prática de cultivo despertou o grande interesse no setor
empresarial com a produção de camarões peneídeos (Marsupenaeus japonicus, Litopenaeus
schmitti, Farfantepenaeus subtilis, F. brasiliensis e F. paulensis), mas foi no início dos anos
90 que a atividade se desenvolveu com a introdução da espécie exótica Litopenaeus
vannamei, conhecido como camarão branco do Pacífico, que é atualmente a espécie mais
cultivada.
O desenvolvimento obtido com a introdução da espécie L. vannamei, contribuiu
muito com as fazendas de camarão marinho, tornando-as produtivas comercialmente,
resultando numa estrutura nova no setor de ração industrial, laboratórios de pós larva e
projetos de engenharia (ROCHA, 2000).
A maioria das fazendas de camarão marinho, distribuída pelo Brasil, emprega sistemas
de cultivo semi-intensivo ou intensivo, com densidades que variam de 30 a 60 PL/m².
Ressalta-se que o aumento da densidade de camarão torna mais difícil o manejo e requer a
utilização de aeradores para manter o nível de oxigênio dissolvido adequado (KAUTSKY,
2000).
Segundo Magalhães (2004), a utilização de tanques ou viveiros como berçário
intermediário é uma alternativa para otimização das áreas de cultivo, possibilitando o aumento
da produtividade nas fazendas de cultivo, uma vez que pode aumentar a rotatividade dos
viveiros de engorda.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 10
Autores têm relatado benefícios econômicos, operacionais, zootécnicos e de
biossegurança relativos à incorporação da fase berçário no ciclo de produção do camarão
(SAMOCHA et al. (2000); BARBIERI e OSTRENSKY, (2002); SAMOCHA et al., 2002;
Cohen et al., 2005). Porém a fase berçário requer altos investimentos iniciais, custos
operacionais, aumento da carga de manipulação das pós-larvas (SAMOCHA e LAWRENCE,
1992; BARBIERI e OSTRENSKY, 2002; YTA et al., 2007).
Embora se tenha a informação que a utilização do sistema multifásico otimiza o
cultivo, muitas fazendas utilizam o povoamento direto, dispensando gastos com viveiros
berçários, diminuindo a manipulação das pós-larva e a utilização de mão de obra.
Diante desses fatores, faz-se necessário elucidar, qual a melhor técnica analisa
estatisticamente os dados relativos às variáveis envolvidas no cultivo do Litopenaeus
vannamei, visando à obtenção de melhores resultados, avaliando os avanços na tecnologia de
manejo, contribuindo para o desenvolvimento econômico do setor.
Dessa forma, objetivou-se com este trabalho, gerar informações mais consistentes
sobre o desempenho produtivo do camarão Litopenaeus vannamei quando cultivados em
sistemas de povoamento direto e indireto.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 11
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. A Carcinicultura brasileira
O camarão L. vannamei é uma espécie nativa da costa sul americana do Oceano
Pacífico, que vai do Peru ao México, com acentuada predominância na faixa costeira do
Equador, sendo cultivado em todos os países produtores de camarão do mundo ocidental. O L.
vannamei apresenta em geral, taxa de crescimento uniforme, fácil adaptabilidade a diferentes
condições físico-químicas do meio ambiente, como por exemplo, salinidade e temperatura.
O atual estágio de desenvolvimento da carcinicultura marinha no Brasil é
consequência do sucesso da introdução da espécie Litopenaeus vannamei, cuja capacidade de
adaptação às mais variadas condições, contribuiu para elevá-la ao patamar de principal
espécie cultivada no país. Por se tratar de espécie exótica, seu processo de adaptação exigiu
demandas importantes, como a auto-suficiência de pós-larvas e industrialização de rações de
ótima qualidade, melhoria dos processos tecnológicos, inclusive técnicas de cultivo mais
aprimoradas e melhor apresentação do produto final (ROCHA, 2005).
A produção brasileira de camarão está concentrada nesta espécie que, confirmando as
expectativas, adaptou-se muito bem aos estuários brasileiros (ROCHA, 2000). Seu rápido
crescimento, rusticidade e a habilidade em desenvolver-se em salinidades de 5 a 55 ‰, unidas
à capacidade de utilização de uma dieta de níveis de proteínas variadas de 20 a 40%, nas mais
diversas condições, fazem com que esta espécie seja a mais cultivada no mundo (FAO, 2008).
A carcinicultura brasileira iniciou o ano de 2007 com muitas incertezas, evidenciada
pela perda de competitividade das suas exportações, ineficiente cadeia de comercialização
interna, surtos das doenças da mancha branca (WSSV) em Santa Catarina e da NIM (IMNV)
na região Nordeste. Esta atual crise setorial remonta a 2004 cuja produção de 76.000 t.
interrompeu um crescimento exponencial médio de 71% ao ano, registrado entre 1997 (3.600
t.) e 2003 (90.190 t.), sendo que, a partir de 2005, quando se registrou uma nova queda de
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 12
produção (65.000 t.) houve uma estabilização da produção nesse patamar até 2007 (ROCHA,
2007).
2.2. Sistemas de produção
O cultivo de espécies aquáticas, em geral, se processa de vários modos em função do
nível de manejo aplicado, podendo ser classificado em sistema extensivo, semi-intensivo e
intensivo. Estes sistemas aqüícolas são categorizados de acordo com o aporte de nutrientes,
densidade de estocagem e controle de qualidade de água.
Edwards e Tacon citados por Silva (1995) classificam os sistemas de produção em
aqüicultura da seguinte maneira: a) Extensivo – sem aporte de nutrientes externos, onde o
crescimento do animal sob cultivo é totalmente dependente da produtividade natural do corpo
d’água e do conseqüente suprimento endógeno de organismos vivos naturalmente disponíveis;
b) Semi-intensivo – com aporte de fertilizantes externos e/ou nutrientes na dieta suplementar,
onde o animal cultivado é dependente do consumo de organismos vivos, supridos
internamente e de alimentos externos; e c) Intensivo – com aporte de uma dieta completa, de
alta qualidade nutricional, onde o crescimento do animal cultivado é inteiramente dependente
desta fonte de alimentação.
O sistema semi-intensivo colocar-se-ia como intermediário entre o extensivo e o
intensivo. Dentro deste largo espectro, as práticas semi-intensivas difeririam de seus extremos
quanto ao grau de manejo, fornecimento de alimento, densidade de estocagem e
produtividade.
Os cultivos se desenvolvem principalmente nos sistemas semi-intensivo e intensivo,
sendo o primeiro mais utilizado, representando mais de 80% (TACON e DE SILVA, 1997).
Nesses sistemas os compostos nutricionais, necessários ao desenvolvimento dos camarões,
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 13
são supridos por uma combinação de dietas artificiais e organismos vivos, produzidos
endogenamente no viveiro (TACON e DE SILVA, 1997; MOSS, 2002).
2.3. Modelos de cultivo
Nos sistemas de cultivo utilizados no mundo para a criação de camarão, tem-se o
monofásico, bifásico e trifásico. O sistema de cultivo é dito monofásico quando a fazenda não
dispõe de tanques berçários, portanto, utilizam povoamento das pós larvas diretamente nos
viveiros de engorda. O sistema bifásico é caracterizado, principalmente pelo cultivo na
primeira fase em tanques berçário e a segunda em viveiro de engorda. Este sistema tem
contribuído para a melhoria da carcinicultura marinha nas fazendas brasileiras, pois,
possibilita a disponibilidade de animais resistentes quando do povoamento em viveiros de
engorda, contribuindo para o aumento da sobrevivência dos camarões (ROCHA ET AL.,
1998).
No trifásico, na primeira fase, as pós-larvas são estocadas em tanques berçário de fibra
de vidro ou concreto, em densidades que variam de 25 a 80 PL/Litro. Na segunda fase, dá-se
o cultivo dos juvenis utilizando viveiros berçário de 1 a 2 ha, estocados em densidades de 150
a 250 PL/m². Na ultima fase, os juvenis são transferidos para viveiros de engorda de 2 a 6 ha,
que são povoados com densidades de 20 a 30 juvenis/m² (SEIFFERT ET AL., 2003).
A prática de manejo empregada na carcinicultura apresenta uma ligeira variação entre
as fazendas. A maioria dos empreendimentos de carcinicultura no Brasil adotam o sistema
bifásico de cultivo (NUNES, 2004).
Com o desenvolvimento da indústria de cultivo de camarão, um dos grandes
problemas enfrentados pelos produtores era a dificuldade de prever a sobrevivência das pós
larvas estocadas diretamente nos viveiros de engorda, através do sistema de cultivo
monofásico. Com a evolução do conceito de produção, criou-se o sistema bifásico. Dentro
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 14
desta nova idéia, os camarões eram submetidos a uma etapa adicional de cultivo conduzida
em um ambiente independente do de engorda. Isto é, uma fase intermediária entre a
larvicultura e a engorda, chamada berçário (NUNES, 2002).
Entre os diversos avanços tecnológicos introduzidos pelos carcinicultores brasileiros,
está a utilização de berçários para adaptação, aclimatação e engorda de pós-larvas oriundas
das larviculturas. Uma vantagem dos tanques berçários é propiciar a disponibilidade de
juvenis mais resistentes para os viveiros de engorda, além de possibilitar a formação de
estoques reguladores de juvenis. A adoção dos berçários secundários foi sem duvida uma
estratégia eficaz para expansão vertical da produção nas fazendas de camarão com maior
racionalização das áreas de cultivo (ROCHA ET AL., 2004).
O sistema de berçário foi idealizado há mais de uma década, tendo sido adotado em
larga escala devido as suas inúmeras vantagens, de forma mais simplificada, o cultivo nestes
tanques é uma seqüência da larvicultura, com a redução da densidade de estocagem,
modificação gradual do tipo de alimento ofertado, além de um sistema diferenciado de
controle da qualidade de água (ROCHA ET AL., 1998).
Informações documentadas sobre o efeito do período berçário no desempenho de
crescimento do camarão L. vannamei na engorda, relatam não existir vantagens entre o
povoamento direto e o indireto (berçário) de até 21 dias na produtividade e sobrevivência de
pós larvas estocadas em viveiros bem preparados (ZELAYA ET AL., 2007; YTA ET AL.,
2007), porém Yta et al., (2007), registraram um aumento de uniformidade do tamanho dos
camarões na despesca com uso da fase berçário.
Embora se tenha a informação que a utilização do sistema multifásico otimize o
cultivo, muitas fazendas utilizam o povoamento direto, dispensando gastos com viveiros
berçários, diminuindo a manipulação das pós-larva e a utilização de mão de obra. Para se
obter informações sobre a eficiência das tecnologias de cultivo empregada, deve-se
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 15
conscientizar os produtores de que os testes são válidos, muito embora se deva avaliar, através
do Fator de Eficiência Produtiva, qual o melhor custo-benefício alcançado e qual melhor
manejo a ser empregado. Daí a importância de distinguir a diferença entre os termos
produtividade e eficiência da produção. O aumento da produção em determinada área de
cultivo não necessariamente confirma a eficiência da fazenda (SOUZA ET AL., 2005).
2.4. Análise estatística
Segundo Bezerra et al., (2007), além das técnicas de manejo nos cultivos dos
camarões, recentemente tem-se destacado o uso da estatística na análise do banco de dados
das fazendas, para modelar os parâmetros relacionados ao cultivo e, assim, melhorar a
produção e diminuir os custos.
Com as análises estatísticas é possível verificar quais as variáveis envolvidas no
manejo adotado no cultivo que mais influenciam em cada uma das variáveis relacionadas à
produção (PEREIRA, 2001; LIMA, 2005; XIMENES, 2005).
Para Montgomery e Peck, (1982), a formulação de modelos matemáticos vem sendo
uma ferramenta utilizada para determinar uma reta que melhor se ajuste as observações feitas
na interpretação das relações entre diversas variáveis estudadas, sendo a Analise de Regressão
a técnica mais adequada quando se deseja estudar o comportamento de uma variável
dependente Ŷ (variável resposta) em relação a outras variáveis independentes X
i
(variáveis
explicativas) que são responsáveis pela variabilidade da variável resposta (CORDEIRO E
NETO, 2004).
A regressão linear múltipla envolve três ou mais variáveis, onde há uma única variável
dependente Y e duas ou mais variáveis independentes X
i
. A teoria é uma extensão da análise
de regressão simples. Novamente o objetivo é estabelecer uma equação que possa ser usada
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 16
para predizer valores de Ŷ a partir de valores dados das várias variáveis independentes
(STEVENSON, 1981).
Segundo Bonini e Bonini (1972), Spiegel (1985), Casuso (1996), Stevenson (2001), e
Mendes et al., (2006), a regressão múltipla é descrita através do seguinte modelo:
ininii
XXY
ε
β
β
β
+
+
+
+
=
...
110
Em que Y: é a variável resposta;
β
0
,
β
1
,
β
2
,...,
β
n
: os parâmetros do modelo; X
1
, X
2
,..., X
n
: as variáveis preditórias
(manejo) e ε
i
é o erro associado a i: ésima observação, com distribuição normal (0,σ
2
).
Para estimar os parâmetros do modelo ( β
) normalmente é utilizado o método dos
mínimos quadrados. Este método foi inicialmente desenvolvido para se estimar os parâmetros
de um modelo de regressão, podendo ser linear ou não linear (Stigler, 1986; Stevenson, 2001)
Para determinar a relação entre o modelo desenvolvido e as variáveis utilizadas é
necessário a observação do coeficiente de regressão múltiplo (r
2
) que pode variar entre 0 e 1.
Quanto mais próximo de 1 for o coeficiente, mais bem sucedida será a relação entre o modelo
e as variáveis, sendo o inverso verdadeiro, ou seja, quanto mais próximo de 0 menor será a
representatividade do modelo para as variáveis em questão. Embora um coeficiente de
regressão nulo indique que não há nenhuma relação linear entre as variáveis, é possível que
haja uma relação entre essas variáveis não lineares (SPIEGEL, 1985).
Na carcinicultura, a estatística vem sendo utilizada para estimar parâmetros
zootécnicos do Litopenaeus vannamei nos últimos anos (SILVA, 2006; BEZERRA ET AL.,
2007). Na avaliação de banco de dados de fazendas de camarões, pode-se definir como
variáveis independentes os dados de manejo, como exemplo a densidade de povoamento, o
tempo de cultivo, o tipo de ração utilizada, a área do viveiro, o tipo de povoamento, a
quantidade de ração consumida, além de todos os parâmetros físicos e químicos da água de
cultivo, entre outras variáveis que envolvem o cultivo.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 17
Nos modelos de predição na carcinicultura, normalmente tem-se verificado dois tipos
de variáveis, ou seja, qualitativas e quantitativas. Para as variáveis qualitativas, como, tipo de
povoamento (direto ou indireto), laboratório fornecedor de pós larva, ano e mês de
povoamento, elas são incorporadas no modelo sob forma de números binários, atribuindo-se
valores 1 e 0, respectivamente para a ocorrência e não ocorrência da variável, conforme
utilizado por Mendes et al., (2006). Já para as variáveis quantitativas são atribuídos os valores
reais de acordo com as unidades de cada variável.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 18
3. ARTIGO CIENTÍFICO
Parte dos resultados obtidos durante o trabalho experimental dessa dissertação é apresentada no artigo
intitulado
Desempenho produtivo do camarão cinza, utilizando técnicas de povoamento
direto e indireto (manuscrito), que se encontra anexado e será submetido à Revista PAB
(ISSN:1678-3921).
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 19
Desempenho produtivo do camarão cinza, utilizando técnicas de povoamento direto e 1
indireto 2
3
Elaine Cristina Batista dos Santos
(1,2*)
, Maurício Nogueira da Cruz Pessoa
(2)
e Paulo de 4
Paula Mendes
(1,2)
5
6
1
Programa de Pós-graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura;
2
Deptartamento de 7
Pesca e Aqüicultura, Universidade Federal Rural de Pernambuco Av. Dom Manuel de 8
Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900, Recife, Pernambuco, Brasil. *Autor para 9
correspondência. Tel: 081-3320-6507. E-mail: [email protected] 10
11
12
Resumo - As técnicas de povoamento direto (Pdir) e indireto (Pind) empregadas no cultivo 13
do camarão marinho Litopenaeus vannamei, foram analisadas, com o objetivo de 14
determinar sua eficiência no sistema produtivo desse agronegócio. Dados de 270 cultivos 15
comerciais oriundos de uma fazenda de camarão localizada no Rio Grande do Norte, 16
Brasil, foram utilizados para relacionar as variáveis de manejo: tempo de cultivo (TC), 17
densidade de estocagem (DE), área do viveiro (AV), mês de povoamento (MP), ano de 18
povoamento (AP), laboratório fornecedor de pós larva (LFPL), povoamento direto (Pdir) e 19
povoamento indireto (Pind), através da técnica de regressão linear múltipla para estimar os 20
parâmetros que influenciaram nos cultivos, tendo como variáveis respostas: produção 21
(PRD), produtividade (PRDT), fator de conversão alimentar (FCA), peso final (PMF), e 22
taxa de sobrevivência (TS). Essas variáveis foram relacionadas em função da densidade de 23
estocagem (DE) e dias de cultivo (DC). Para as variáveis, PMF E FCA, a forma de 24
povoamento não exerceu nenhuma de influencia (P0,05). Nas demais variáveis observou-25
se diferença significativa (P<0,05) de 6,8% e 6,4% a mais, na sobrevivência e 26
produtividade respectivamente, quando realizado Pind. Para produção, embora o sistema 27
de Pind tenha conferido um incremento de 6,0%, este não apresenta diferença estatística (P 28
0,05). 29
30
Termos para indexação: regressão; berçário; cultivo; Litopenaeus vannamei; estatística.
31
32
33
34
35
36
37
38
39
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 20
Abstract - The techniques of direct (Pdir) and indirect (Pind) settlement employed in the 1
growthout of marine shrimp Litopenaeus vannamei, were analyzed, in order to determine 2
their efficiency in the productive system of agribusiness. Data of 270 cultures from a 3
commercial shrimp farm located in Rio Grande do Norte, Brazil, were used to relate the 4
variables of management: time of culture (TC), stocking density (DE), pond area (VA), 5
month of settlement (MP), year of settlement (AP), supplier of laboratory post larva 6
(LFPL), direct settlement (Pdir) and indirect settlement (Pind), through the technique of 7
multiple linear regression to estimate the parameters that influenced the cultures , with 8
varying responses: production (PRD) productivity (PRDT), feed conversion factor (FCA), 9
final weight (PMF) and survival rate (TS). These variables were related in terms of 10
stocking density (DE) and days of culture (DC). For variables, PMF and FCA, the 11
settlement form had not any influence (P 0.05). The other variables there was significant 12
difference (P <0.05) of 6.8% and 6.4% more, on survival and productivity, respectively, 13
when conducted Pind. For production, although the system Pind has given an increase of 14
6.0%, it no portment statistical difference (P 0.05). 15
16
17
Index terms: regression, nursery, growing, Litopenaeus vannamei; statistics. 18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
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Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 21
Introdução 1
A aqüicultura é uma das atividades de produção de alimentos que mais cresce no 2
mundo (FAO, 2008). A carcinicultura é uma das principais atividades na aqüicultura 3
mundial contribuindo com 13,79% da produção do pescado produzido. Seguindo esta 4
tendência o Brasil cresceu muito nos últimos doze anos neste setor, e em especial a região 5
Nordeste do País, onde a carcinicultura marinha é a principal responsável por esse 6
crescimento. Das espécies utilizadas em cultivo, o camarão marinho Litopenaeus vannamei 7
tem se destacado mundialmente ao ser produzido em todos os ambientes e liderar a 8
produção com 67,77% dos peneídeos cultivados, segundo os dados de 2006 (FAO, 2008) 9
A produção brasileira de camarão no ano de 1998 foi de 7.250 toneladas, atingindo 10
seu ápice em 2003, com 90.190 toneladas. Segundo dados da Associação Brasileira de 11
Criadores de Camarão (ABCC), nos anos de 2004 e 2007 observou-se uma redução na 12
produção nacional para 65.000 toneladas, (ABCC, 2008). 13
O sistema de cultivo adotado no Brasil é o semi-intensivo bifásico, em que a 14
primeira fase é realizada em tanques circulares (berçários), com capacidade de 50 a 80m
3
. 15
As pós-larvas, provenientes das larviculturas, são estocadas com densidades de 20000 a 16
25000 ind/m
3
, por um período de 10-20 dias para serem aclimatadas. A segunda fase, 17
denominada de engorda é realizada em viveiros de terra com áreas que variam de 0,5 a 10 18
hectares. 19
Considerando que embora que com a incorporação da fase berçário no ciclo de 20
produção do camarão ocorrem benefícios econômicos, operacionais, zootécnicos e de 21
biossegurança (SAMOCHA ET AL., 2000; BARBIERI e OSTRENSKY, 2002; 22
SAMOCHA ET AL., 2002; COHEN ET AL., 2005), esta fase requer altos investimentos 23
iniciais, custos operacionais e aumento da carga de manipulação das pós-larvas 24
(SAMOCHA e LAWRENCE, 1992; BARBIERI e OSTRENSKY, 2002; YTA ET AL., 25
2007). 26
Informações documentadas sobre o efeito de períodos berçários no desempenho de 27
crescimento do camarão L. vannamei na engorda relatam não existir vantagens entre o 28
povoamento direto e berçário de até 21 dias (indireto) na produtividade e sobrevivência de 29
pós-larvas estocadas em viveiros bem preparados (ZELAYA ET AL., 2007; YTA ET AL., 30
2007), porém Yta et al. (2007) registraram um aumento de uniformidade do tamanho dos 31
camarões na despesca com uso da fase berçário. 32
Para avaliação de dados exploratórios proveniente da carcinicultura, técnicas 33
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 22
estatísticas vêm sendo utilizadas para modelar os parâmetros relacionados ao cultivo do 1
camarão, visando maximizar a produção e minimizar custos. 2
A técnica mais utilizada neste seguimento é a analise de regressão, utilizando o 3
processo de seleção de variáveis de “Stepwise”, através da qual pode-se estimar as 4
variáveis respostas do cultivo (variável dependente), com relação as variáveis envolvidas 5
no manejo adotado (variáveis independentes) e selecionar, dentre estas, aquelas que mais 6
influenciam em cada variável resposta (PEREIRA, 2001; XIMENES, 2005; BEZERRA ET 7
AL., 2007). Diante do exposto, objetivou-se avaliar o desempenho produtivo do camarão 8
marinho Litopenaeus vannamei, quando estocados de forma direta e indireta, utilizando 9
dados de campo de uma fazenda comercial no Rio Grande do Norte - Brasil. 10
11
Material e métodos 12
Para o desenvolvimento do presente estudo, foram utilizados dados zootécnicos e 13
de produção de uma fazenda comercial de cultivo do camarão marinho Litopenaeus 14
vannamei, localizada no litoral do Rio Grande do Norte. O sistema de cultivo adotado pela 15
fazenda é semi-intensivo, utilizando povoamento direto e indireto. Foram obtidos dados de 16
287 cultivos, realizados no período de 2003 a 2007. 17
Para construção do banco de dados, foram estabelecidos filtros para limitar os 18
extremos máximo e mínimo de algumas variáveis como: produtividade, sobrevivência, 19
fator de conversão alimentar e peso médio final, restando 270 cultivos, os quais foram 20
utilizados nas analises. As variáveis-respostas e variáveis de manejo foram distribuídas 21
conforme a Tabela 1. 22
Para as variáveis qualitativas como tipo de povoamento (direto ou indireto), 23
laboratório fornecedor, ano e mês de povoamento, elas foram inseridas no modelo como 24
números binários, atribuindo-se valores 1 e 0, respectivamente, para a ocorrência e não 25
ocorrência da variável, conforme recomendado por Mendes (1999). Para utilização do 26
sistema binário, fez-se necessário a exclusão de uma delas na seleção de Stepwise para que 27
não ocorresse indeterminação na matriz dos dados. 28
A estimação dos parâmetros β
i
das variáveis independentes inseridas no modelo foi 29
feita através da técnica dos mínimos quadrados, conforme recomendado por Drapper e 30
Smith (1981), Weisberg (1985), Montgomery e Peck (1992) e Mendes (1999). 31
Foram selecionadas as variáveis mais significantes em relação a cada variável 32
dependente, para isso foi utilizada a análise de regressão linear múltipla, que de acordo 33
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 23
com Cordeiro e Neto (2004), é a técnica estatística mais adequada para se analisar as 1
relações entre uma variável dependente e outras variáveis independentes. 2
O modelo de regressão múltipla foi dado por: 3
Y
i
= β
0
+ β
i
X
i
+ e
i
4
Y
i
– variável resposta; X
i
– variáveis predatórias (manejo); β– parâmetros do modelo; e
i
– erro referente a i-5
esima observação, Em que: e~N (0,σ
2
). 6
Para o ajuste do melhor modelo e normalização da variável-resposta, foi usado o 7
processo de transformação de Box e Cox, apresentado por Montgomery e Pec (1982), com 8
o objetivo de estimar o valor de λ que minimiza a soma dos quadrados dos erros 9
(SQResíduo), definido pela seguinte família de transformadores: 10
[
]
0),ln(0,/1
1
===
λλλ
λλ
parayMGWeparaMGYW
ijijijij
11
12
Em que W: valor da variável transformada; Y: é o valor observado; λ: é a família dos transformadores; MG: 13
média geométrica do vetor resposta original; ln: logaritmo neperiano e i: é a enésima observação (i = 1, 2, 14
3,...,I). 15
O banco de dados foi composto por 12 laboratórios fornecedores de pós larva, os 16
quais foram nomeados de LFPL 1 à LFPL12, aleatoriamente, como estratégia de preservar 17
as razões sociais das larviculturas. 18
Para conferir se a equação obtida foi adequada aos dados, realizou-se a análise de 19
variância (ANOVA) para a regressão. A soma dos quadrados dos resíduos da ANOVA e o 20
índice determinístico (r
2
) foram as estatísticas utilizadas para verificar o quanto as 21
variáveis independentes, inseridas no modelo, explicaram a variabilidade da variável-22
resposta. Para avaliar se foram respeitados os pressupostos de linearidade, 23
homocedasticidade e normalidade, para os erros, realizou-se a análise gráfica de resíduos, 24
de acordo com as definições de Cordeiro e Neto (2004). 25
Para comparar as variáveis de manejo em relação às variáveis respostas foram 26
feitos gráficos de modelos, para avaliar qual variável de manejo maximizou ou minimizou 27
cada variável resposta, segundo proposto por Mendes (1999). 28
Para realizar as análises estatísticas foram utilizados os seguintes softwares: 29
Microsoft Excel/2007 e SYSEAPRO(V1). 30
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Resultados e discussão 1
Após avaliação dos dados de 287 cultivos, 17 foram descartados devido a 2
discrepância entre os valores, representando, portanto uma perda de 5,92% dos dados. 3
Silva et al., (2006) e Bezerra et al., (2007), ao utilizarem essa mesma técnica de triagem de 4
banco de dados, descartaram aproximadamente 14,4%. Da massa de dados após a triagem 5
(270 cultivos), 120 (44,44%) foram oriundos de povoamento indireto e 150 (55,56%) de 6
povoamento direto. 7
Das cinco variáveis respostas analisadas (Tabela 2), apenas duas (produtividade e 8
sobrevivência), apresentaram diferença estatística entre as médias (P<0,05). A média de 9
área de viveiro foi 3,65 ha para os dois sistemas de cultivo. O fator de conversão alimentar 10
e peso médio final apresentaram valores médios de 1,89±0,038 e
11,61g±0,136 para Pdir e 11
1,79± 0,0408 e 11,84g± 0,1396 para Pind, respectivamente. Ximenes (2005), ao estimar a 12
variável peso médio final com as variáveis de manejo, verificou que nenhuma variável 13
independente foi significativa, tendo o índice determinístico ficado abaixo dos 10%. 14
As análises das variáveis dependentes produção, produtividade, peso médio final, 15
taxa de conversão alimentar e taxa de sobrevivência, com relação às de manejo, foram 16
realizadas através da análise de regressão múltipla, aplicando-se o método de Box e Cox 17
para a transformação da variável resposta e o processo de seleção Stepwise Backward, 18
tendo sido obtidas as equações descritas na Tabela 3. 19
Ao verificar as ocorrências das variáveis de manejo nos modelos gerados, 20
observou-se a recorrência da densidade de estocagem, dias de cultivo e tipo de povoamento 21
aplicado, como também algumas variáveis de manejo que possivelmente influenciaram nos 22
modelos de produção, produtividade e sobrevivência(Tabela 3). 23
Os valores de “λ” utilizados para minimizar a soma dos quadrados dos resíduos 24
variou de 0,2 a 0,8. Para aplicação dos modelos, foram atribuídos valores médios a 25
algumas variáveis de manejo área do viveiro (AV = 3,6); povoamento direto (Pdir = 0 ou 26
1); ano do povoamento (AP = 0 ou 1); mês do povoamento (MP = 0 ou 1); laboratório 27
fornecedor de pós larva (LFPL = 0 ou 1). As respostas obtidas foram apresentadas em 28
forma de gráficos em função da densidade de estocagem e em função do tempo de cultivo, 29
que variaram de 10 a 84 camarões/m
2
e de 67 a 200 dias de cultivo, respectivamente. Os 30
coeficientes de determinação (r
2
) dos modelos variaram de 0,3535 a 0,8834, sendo o menor 31
registrado para o modelo da taxa de sobrevivência (TS) e o maior para o de estimação da 32
produção (PROD). 33
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 25
Para utilização dos modelos de predição constantes na Tabela 3, faz-se necessário 1
que sejam respeitados os valores máximos e mínimos dos parâmetros contidos na Tabela 2. 2
Segundo Downing (1998), para utilização dos modelos de predições, deve-se respeitar os 3
valores de “x” contidos no banco de dados, pois ao fazer-se uso de extrapolações pode-se 4
incorrer em erros de estimação. 5
A produção e a produtividade apresentaram coeficientes de correlação (r
2
) altos 6
evidenciando que as variáveis de manejo selecionadas para os modelos tiveram grande 7
influência sobre a variável resposta. Embora a sobrevivência tenha sido influenciada pelas 8
variáveis de manejo selecionadas, esta apresentou um coeficiente de correlação (r
2
) de 9
35,35%, sendo esse coeficiente considerado baixo no modelo de estimação da taxa de 10
sobrevivência em relação ao obtido por Bezerra et al. (2007), que utilizou dados de 83 11
cultivos, relacionado a taxa de sobrevivência com variáveis hidrológicas, obtendo um r
2
de 12
63%. No presente trabalho, as variáveis hidrológicas não foram analisadas devido à 13
insuficiência de dados, o que pode justificar o baixo coeficiente para a taxa de 14
sobrevivência, tendo em vista que para os resultados dos referidos autores, os parâmetros 15
hidrológicos tiveram uma relação direta com a taxa de sobrevivência. Já Ximenes (2005) 16
ao relacionar a TS apenas com os dados de manejo de uma fazenda de camarão marinho L. 17
vannamei, sem utilizar interações em seus modelos, obteve um r
2
de 14,8%. 18
Com exceção dos modelos de predição do peso médio final e fator de conversão 19
alimentar, os quais não foram influenciados pelo tipo de povoamento aplicado no cultivo, 20
não sendo esta variável selecionada nos modelos matemáticos gerados, portanto, não 21
havendo diferença estatística (P0,05), todos os demais foram altamente relacionados com 22
a variável densidade de estocagem (DE), indicando que essa variável de manejo tem uma 23
interferência direta nos resultados da atividade. 24
A sobrevivência média dos animais cultivados foram de 54% para “Pdir” e 64% 25
para “Pind”. Em estudos realizados por Gomez-Jimenez et al.(2005), obtiveram resultados 26
de sobrevivência em sistema de cultivo intensivo, povoado de forma direta, variando entre 27
65 e 83%. Segundo Mendes (1992), a sobrevivência de camarões em cultivos é 28
influenciada por vários fatores, entre eles, a densidade de estocagem, os parâmetros físicos 29
e químicos da água, a deficiência alimentar e a ação dos predadores. 30
Martinez-Cordova et al., (1997, 1998), realizaram cultivo com povoamento direto 31
com duração de 82 dias com sobrevivência de 60 e 80,30%, respectivamente. Nunes e 32
Martins (2002) consideraram a seguinte classificação para a taxa de sobrevivência em 33
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 26
viveiros de cultivo do camarão: excepcional – maior que 90%, ótimo - entre 75 e 90%, 1
bom - entre 65 e 75%, normal - entre 50 e 65% e ruim - menor que 50%. 2
Ao relacionar a taxa de sobrevivência (TS) em função da densidade de estocagem 3
(DE) (Figura 1A), observou-se que os cultivos que utilizaram o “Pind” obtiveram um 4
percentual de 6,8% a mais na TS que os cultivos com “Pdir”. Pereira (2001) observou que 5
cultivos com um tempo de duração maior apresentaram uma taxa de sobrevivência menor. 6
Resultados semelhantes foram encontrados por Grillo (2000), Casillas-Hernández et al., 7
(2007) e Green (2008), que embora tenham utilizado diferentes densidades de estocagem, 8
também observaram que a maior densidade indicava uma menor sobrevivência. Araneda et 9
al., (2008) ao estudarem três diferentes densidades de estocagem utilizando povoamento 10
direto, concluiram que os camarões podem ser cultivados em altas densidades, desde que 11
seja observado a qualidade da água e observaram também que quanto maior a densidade, 12
maior a competição por espaço, comprometendo o crescimento e a sobrevivência do 13
animal. 14
A produção apresentou um coeficiente de correlação de r
2
=88,34% e que embora a 15
tenha sido estatisticamente igual para os dois tipos de povoamento (direto e indireto) 16
(P0,05), ao relacionar esta variável em função da DE, observou-se uma eficiência de 17
6,0% a mais nos cultivos realizados com povoamento indireto (Figura 1B). As maiores 18
diferenças de percentual foram observadas nas menores densidades, com diferença máxima 19
de produção de 10,1%, para 10 camarões/m
2
. O mesmo aconteceu com a PROD, ao ser 20
relacionada com a DC, ocorrendo também a maior diferença entre os tipos de povoamento 21
em menores densidades (Figura 2A). 22
Com resultados estimados de produtividade, evidencia-se que o tipo de povoamento 23
aplicado no cultivo interferiu significativamente nos resultados. O Pind propiciou um 24
percentual médio de 6,4% a mais que o Pdir, quando relacionados com a variável DE 25
(Figura1C), cuja maior diferença de produtividade foi de 7,8% para densidade de 10 26
camarões/m
2
. Quando relacionada com a variável DC, a diferença foi de 6,6% a mais para 27
os cultivos com Pind (Figura 2B). 28
Sandifer e Hopkins (1996) em um estudo de avaliação da sustentabilidade de 29
viveiros para o cultivo de camarão, utilizando povoamento direto, obtiveram valores de 30
produtividade de 10.000 kg/ha, com povoamento de 100 camarões/m
2
em 140 dias de 31
cultivo. Já Amaya et al., (2007), avaliando a eficiência das dietas para camarão marinho, 32
utilizando densidade de 35camarões/m
2
e tempo de cultivo de 121 dias, obtiveram 33
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 27
produtividade de 6548 kg/ha. Valores mais baixos podem ser observados no trabalho de 1
Greem (2008), que utilizando sistema de cultivo trifásico, com densidade de 30 2
camarões/m
2
, em 121 dias de cultivo obteve uma produção de 3.449 kg/ha. 3
Zelaya et al., 2007 e Yta et al., 2007, relataram não existir vantagens entre o 4
povoamento direto e o indireto (berçário) de até 21 dias na produtividade e sobrevivência 5
de pós-larvas estocadas em viveiros bem preparados, porém Yta et al. (2007) registraram 6
um aumento de uniformidade do tamanho dos camarões na despesca com uso da fase 7
berçário. 8
Ao avaliar as equações matemáticas, observa-se que a variável LFPL7 está 9
presente em todos os modelos, comprovando que esta variável influenciou estatisticamente 10
nos resultados. Embora a obtenção das pós larva neste laboratório não tenha sido a mais 11
freqüente, estando presente em 14% dos cultivos com Pdir e 23,33% com Pind. 12
13
14
Conclusões 15
16
O tipo de povoamento influencia diretamente na produtividade, produção e na 17
sobrevivência, indicando ser o povoamento indireto mais eficiente. 18
19
20
Agradecimentos 21
22
Ao Engenheiro de Pesca e Mestre em Recursos Pesqueiros e Aquicultura Mauricio Pessoa 23
pelo fornecimento dos dados que geraram este trabalho. 24
25
26
27
28
29
30
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World Aquaculture Society, v. 35, n. 3, p. 357-365. 2007. 23
24
ZELAYA, O.; ROUSE, D. B.; DAVIS, D. A. Growout of Pacific White Shrimp, 25
Litopenaeus vannamei, stocked into Production Ponds at Three Different Ages. Journal of 26
the World Aquaculture Society, v. 38, n. 1, p. 92-101. 2007. 27
28
29
30
31
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 36
Tabela 1 - Variáveis resposta e de manejo relacionadas ao cultivo do camarão marinho L. vannamei.
Variáveis respostas Variáveis de manejo
Produtividade (PRDT) Tempo de cultivo (TC)
Taxa de Sobrevivência (TS) Densidade de estocagem (DE)
Fator de conversão alimentar (FCA) Área do viveiro (AV)
Produção (PRD) Povoamento direto (PDIR)
Peso médio final (PMF) Povoamento indireto (PIND)
Mês de povoamento (MP)
Ano de povoamento (AP)
Laboratório fornecedor de pós larva (LFPL)
Tabela 2. Descrição dos dados de 270 cultivos do camarão marinho L. vannamei.
Povoamento direto Povoamento indireto
Variável
Mínimo Maximo Media ± ε
1
Mínimo Maximo Media ± ε
1
Área do viveiro (ha)
3,00 9,00 3,65±0,1099
a
3,00 9,00 3,65±0,1337
a
Densidade de estocagem (cam/m
2
)
10,00 83,33 39,35±1,8983
a
10,00 69,40 36,07±1,4787
a
Produção (kg)
2042,00 32135,00 8090,21±481,0047
a
2066,00 35323,00 9223,08± 430,5061
a
Produtividade (kg/há
-1
/ciclo
-1
)
511,83 6656,00 2329,32±123,102
a
688,67 6914,33 2672,59± 118,1493
b
Sobrevivência (%)
21,0 98,0 54,0±0,125
a
24,0 91,0 64,0± 0,1270
b
Tempo de cultivo (dias)
67 200 139,16±2,2096
a
75 196 138,84±2,6954
a
Peso médio final (g)
9,15 17,95 11,61±0,136
a
8,28 18,05 11,84± 0,1396
a
Fator de conversão alimentar
0,97 3,00 1,89±0,038
a
0,93 2,95 1,79± 0,0408
a
1
ε= Erro Padrão; letras diferentes entre linhas diferenciam a variável de cultivo, usando o teste de Tukey
(P<0,05)
Tabela 3. Modelos gerados para analise dos dados de manejo do L. vannamei
Equações λ R
2
F
PRD = (4,0610 – 0,0784 * PDIR + 0,1773 * AV + 0,4088 * AP3 + 0,1429 * AP5 – 0,4025
* AP6 + 0,0190 * DE + 0,0033 * DC + 0,1699 * MP1 + 0,1778 * MP9 + 0,1233 *
MP11 + 0,1799 * LFPL1 + 0,1486 * LFPL 7 – 0,2447 * LFPL 9)
5,00
0,2 0,8834 2,9331
PRDT = (11,5003 – 0,6787 * PDIR – 0,5050 * AV + 5,8459 * AP3 + 2,8975 * AP4 + 3,7194
* AP5 + 0,1423 * DE + 0,0246 * DC + 1,4914 * MP1 + 1,0658 * MP2 + 1,0946 *
MP9 + 0,9440 * MP11 + 1,2208 * LFPL1 + 1,0998 * LFPL7)
2,5
0,4 0,8819 3,9131
TS = (0,7936 – 0,0381 * PDIR – 0,0179 * AV + 0,0923 * AP3 – 0,0602 * AP6 – 0,0031
* DE + 0,0582 * MP7 + 0.0689 * MP9 + 0,0650 * LFPL1 + 0.0635 * LFPL3 +
0,0799 * LFPL7)
1,25
0,8 0,3535 31,2269
Em que: PRD- produção; PRDT- produtividade; TS- taxa de sobrevivência; PDIR- povoamento direto; AV-
área de viveiro; DE- densidade de estocagem; DC- dias de cultivo; AP- ano de povoamento; MP- mês de
povoamento; LFPL- laboratório fornecedor de pós larva; λ- fator transformador; R
2
- coeficiente de correlação e
F- estatística de Snedecor
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 37
Figura 1. Variáveis de cultivo (A- Produção; B-Produtividade e C- Sobrevivência) em relação a Densidade
de Estocagem (DE) do Litopenaeus vannamei.
A
B
C
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 38
Figura 2. Variáveis de cultivo (A- Produção e B-Produtividade) em relação aos Dias de cultivo (DC) do
Litopenaeus vannamei.
A
B
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 39
4. Considerações finais
Com base nos resultados obtidos através da análise de variância para regressão, da
análise de resíduo e no valor encontrado para o índice determinístico com relação às
equações de todas às variáveis respostas analisadas, considera-se que a regressão linear
múltipla, com transformação de Box e Cox e a seleção de variáveis através do processo
Stepwise mostraram-se eficientes nas estimativas da produção, produtividade e taxa de
sobrevivência média no cultivo do camarão marinho Litopenaeus vannamei.
Como o tipo de povoamento não interferiu na TCA e no PMF, e embora tenha
ocorrido uma diferença estatística na sobrevivência em relação aos tratamentos, a adoção
de um sistema multifásico pode levar a uma boa produção como mostrou os resultados
deste trabalho.
Sugere-se que os resultados obtidos neste trabalho sejam avaliados conjuntamente
com os custos de implantação de um sistema berçário, para que se possa avaliar o custo-
benefício deste modelo de cultivo
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 40
5. Referências
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YTA, A. G.; ROUSE, D. B.; DAVIS, D. A. Influence of Nursery Period on the Growth
and Survival of Litopenaeus vannamei under Pond productions Conditions. Journal of the
World Aquaculture Society, 2007. v. 35, n. 3, p. 357-365.
ZELAYA, O.; ROUSE, D. B.; DAVIS, D. A. Growout of Pacific White Shrimp,
Litopenaeus vannamei, stocked into Production Ponds at Three Different Ages. Journal of
the World Aquaculture Society, 2007. v. 38, n. 1, p. 92-101.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 45
6. ANEXO
6.1. INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA REVISTA PAB
APRESENTAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-se as ilustrações (tabelas e figuras), que devem
ser limitadas a seis, sempre que possível.
A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma:
Artigos em português – Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumo, Termos para
indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão,
Conclusões, Agradecimentos, Referências, tabelas e figuras.
Artigos em inglês – Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract, Index terms, título em
português, Resumo, Termos para indexação, Introduction, Material and Methods, Results and Discussion,
Conclusions, Acknowledgements, References, tables, figures.
Artigos em espanhol – Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumen, Términos para
indexación; título em inglês, Abstract, Index terms, Introducción, Material y Métodos, Resultados y
Discusión, Conclusiones, Agradecimientos, Referencias, cuadros e figuras.
O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para o inglês, no caso de artigos
redigidos em português e espanhol, e para o português, no caso de artigos redigidos em inglês.
Título
* Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras, incluindo-se os artigos,
as preposições e as conjunções.
* Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito.
* Deve ser iniciado com palavras chaves e não com palavras como "efeito" ou "influência".
* Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste caso, apresentar somente o
nome binário.
* Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos.
* As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices desenvolvidos por bases de dados
que catalogam a literatura.
Nomes dos autores
* Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados por vírgula; os dois
últimos são separados pela conjunção "e", "y" ou "and", no caso de artigo em português, espanhol ou em
inglês, respectivamente.
* O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo arábico, em forma de
expoente, entre parênteses, correspondente à respectiva chamada de endereço do autor.
Endereço dos autores
* São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal completos da instituição e o
endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número em algarismo arábico, entre parênteses, em forma de
expoente.
* Devem ser agrupados pelo endereço da instituição.
* Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados por vírgula.
Resumo
* O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda, e
separado do texto por travessão.
* Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições, conjunções e artigos.
* Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos empregados na pesquisa,
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 46
os resultados e a conclusão.
* O objetivo deve estar separado da descrição de material e métodos.
* Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas.
* O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do indicativo.
Termos para indexação
* A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada em letras minúsculas, exceto
a letra inicial.
* Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula.
* Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-se que um termo pode possuir duas ou mais
palavras.
* Não devem conter palavras que componham o título.
* Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada.
Introdução
* A palavra Introdução deve ser centralizada na página e grafada com letras minúsculas, exceto a letra inicial,
e em negrito.
* Deve ocupar, no máximo, duas páginas.
* Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância do problema científico a
ser solucionado e estabelecer sua relação com outros trabalhos publicados sobre o assunto.
* O último parágrafo deve expressar o objetivo, de forma coerente com o descrito no início do Resumo.
Material e Métodos
* A expressão Material e Métodos deve ser centralizada na página e grafada em negrito; Os termos Material e
Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as letras iniciais.
* Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica.
* Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e indicar os tratamentos, o
número de repetições e o tamanho da unidade experimental.
* Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis.
* Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas.
* Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador possa repetir o experimento.
* Devem ser evitados detalhes supérfluos e extensas descrições de técnicas de uso corrente.
* Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de dados.
* Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispenveis, grafá-los em negrito, com letras minúsculas,
exceto a letra inicial, na margem esquerda da página.
* Pode conter tabelas e figuras.
Resultados e Discussão
* A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada na página e grafada em negrito; Os termos
Resultados e Discussão devem ser grafados com letras minúsculas, exceto a letra inicial.
* Deve ocupar quatro páginas, no máximo.
* Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos.
* As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente.
* Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos frente aos apresentados por
outros autores.
* Dados não apresentados não podem ser discutidos.
* Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos no próprio trabalho ou por
outros trabalhos citados.
* As chamadas às tabelas ou às figuras devem ser feitas no final da primeira oração do texto em questão; se
as demais sentenças do parágrafo referirem-se à mesma tabela ou figura, não é necessária nova chamada.
* Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras.
* As novas descobertas devem ser confrontadas com o conhecimento anteriormente obtido.
Santos, E. C. B. Desempenho produtivo do camarão cinza Litopenaeus vannamei... 47
Conclusões
* O termo Conclusões deve ser centralizado na página e grafado em negrito, com letras minúsculas, exceto a
letra inicial.
* Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o verbo no presente do
indicativo, e elaboradas com base no objetivo do trabalho.
* Não podem consistir no resumo dos resultados.
* Devem apresentar as novas descobertas da pesquisa.
* Devem ser numeradas e no máximo cinco.
Agradecimentos
* A palavra Agradecimentos deve ser centralizada na página e grafada em negrito, com letras minúsculas,
exceto a letra inicial.
* Devem ser breves e diretos, iniciando-se com "Ao, Aos, À ou Às" (pessoas ou instituições).
* Devem conter o motivo do agradecimento.
Referências
* A palavra Referências deve ser centralizada na página e grafada em negrito, com letras minúsculas, exceto
a letra inicial.
* Devem ser de fontes atuais e de periódicos: pelo menos 70% das referências devem ser dos últimos 10 anos
e 70% de artigos de periódicos.
* Devem ser normalizadas de acordo com as normas vigentes da ABNT.
* Devem ser apresentadas em ordem alfabética dos nomes dos autores, separados por ponto-e-vírgula, sem
numeração.
* Devem apresentar os nomes de todos os autores da obra.
* Devem conter os títulos das obras ou dos periódicos grafados em negrito.
* Devem conter somente a obra consultada, no caso de citação de citação.
* Todas as referências devem registrar uma data de publicação, mesmo que aproximada.
* Devem ser trinta, no máximo.
Exemplos:
Artigos de Anais de Eventos (aceitos apenas trabalhos completos)
AHRENS, S. A fauna silvestre e o manejo sustentável de ecossistemas florestais. In: SIMPÓSIO LATINO-
AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 3., 2004, Santa Maria. Anais. Santa Maria: UFSM,
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, 2004. p.153-162.
Artigos de periódicos
SANTOS, M.A. dos; NICOLÁS, M.F.; HUNGRIA, M. Identificação de QTL associados à simbiose entre
Bradyrhizobium japonicum, B. elkanii e soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41, p.67-75, 2006.
Capítulos de livros
AZEVEDO, D.M.P. de; NÓBREGA, L.B. da; LIMA, E.F.; BATISTA, F.A.S.; BELTRÃO, N.E. de M.
Manejo cultural. In: AZEVEDO, D.M.P.; LIMA, E.F. (Ed.). O agronegócio da mamona no Brasil. Campina
Grande: Embrapa Algodão; Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p.121-160.
Livros
OTSUBO, A.A.; LORENZI, J.O. Cultivo da mandioca na Região Centro-Sul do Brasil. Dourados: Embrapa
Agropecuária Oeste; Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2004. 116p. (Embrapa
Agropecuária Oeste. Sistemas de produção, 6).
Teses e dissertações
HAMADA, E. Desenvolvimento fenológico do trigo (cultivar IAC 24 - Tucurui), comportamento espectral e
utilização de imagens NOAA-AVHRR. 2000. 152p. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas,
Campinas.
Fontes eletrônicas
EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE. Avaliação dos impactos econômicos, sociais e ambientais da
pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste: relatório do ano de 2003. Dourados: Embrapa Agropecuária
Oeste, 2004. 97p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Documentos, 66). Disponível em:
'http://www.cpao.embrapa.br/publicacoes/ficha.php?tipo=DOC&num=66&ano=2004. Acesso em: 18 abr.
2006.
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Citações
* Não são aceitas citações de resumos, comunicação pessoal, documentos no prelo ou qualquer outra fonte,
cujos dados não tenham sido publicados.
* A autocitação deve ser evitada.
Redação das citações dentro de parênteses
* Citação com um autor: sobrenome grafado com a primeira letra maiúscula, seguido de vírgula e ano de
publicação.
* Citação com dois autores: sobrenomes grafados com a primeira letra maiúscula, separados pelo "e"
comercial (&), seguidos de vírgula e ano de publicação.
* Citação com mais de dois autores: sobrenome do primeiro autor grafado com a primeira letra maiúscula,
seguido da expressão et al., em fonte normal, vírgula e ano de publicação.
* Citação de mais de uma obra: deve obedecer à ordem cronológica e em seguida à ordem alfabética dos
autores.
* Citação de mais de uma obra dos mesmos autores: os nomes destes não devem ser repetidos; colocar os
anos de publicação separados por vírgula.
* Citação de citação: sobrenome do autor e ano de publicação do documento original, seguido da expressão
"citado por" e da citação da obra consultada.
* Deve ser evitada a citação de citação, pois há risco de erro de interpretação; no caso de uso de citação de
citação, somente a obra consultada deve constar da lista de referências.
Redação das citações fora de parênteses
* Citações com os nomes dos autores incluídos na sentença: seguem as orientações anteriores, com os anos
de publicação entre parênteses; são separadas por vírgula.
Fórmulas, expressões e equações matemáticas
* Fórmulas, expressões, símbolos ou equações matemáticas, escritas no editor de equações do programa
Word, devem ser enviadas também em arquivos separados, no programa Corel Draw, gravadas com extensão
CDR.
* No texto, devem ser iniciadas à margem esquerda da página e apresentar tamanho padronizado da fonte
Times New Roman.
* Não devem apresentar letras em itálico ou negrito.
Tabelas
* As tabelas devem ser numeradas seqüencialmente, com algarismo arábico, e apresentadas em folhas
separadas, no final do texto, após referências.
* Devem ser auto-explicativas.
* Seus elementos essenciais são: título, cabeçalho, corpo (colunas e linhas) e coluna indicadora dos
tratamentos ou das variáveis.
* Os elementos complementares são: notas-de-rodae fontes bibliográficas.
* O título, com ponto no final, deve ser precedido da palavra Tabela, em negrito; deve ser claro, conciso e
completo; deve incluir o nome (vulgar ou científico) da espécie e das variáveis dependentes.
* No cabeçalho, os nomes das variáveis que representam o conteúdo de cada coluna devem ser grafados por
extenso; se isso não for possível, explicar o significado das abreviaturas no título ou nas notas-de-rodapé.
* Todas as unidades de medida devem ser apresentadas segundo o Sistema Internacional de Unidades.
* Nas colunas de dados, os valores numéricos devem ser alinhados pelo último algarismo.
* Nenhuma célula (cruzamento de linha com coluna) deve ficar vazia no corpo da tabela; dados não
apresentados devem ser representados por hífen, com uma nota-de-rodapé explicativa.
* Na comparação de médias de tratamentos são utilizadas, no corpo da tabela, na coluna ou na linha, à direita
do dado, letras minúsculas ou maiúsculas, com a indicação em nota-de-rodapé do teste utilizado e a
probabilidade.
* Devem ser usados fios horizontais para separar o cabeçalho do título, e do corpo; usá-los ainda na base da
tabela, para separar o conteúdo dos elementos complementares.
* Fios horizontais adicionais podem ser usados dentro do cabeçalho e do corpo; não usar fios verticais.
* As tabelas devem ser editadas em arquivo Word, usando os recursos do menu Tabela; não fazer
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espaçamento utilizando a barra de espaço do teclado, mas o recurso recuo do menu Formatar Parágrafo.
Notas de rodapé das tabelas
* Notas de fonte: indicam a origem dos dados que constam da tabela; as fontes devem constar nas
referências.
* Notas de chamada: são informações de caráter específico sobre partes da tabela, para conceituar dados. São
indicadas em algarismo arábico, na forma de expoente, entre parênteses, à direita da palavra ou do número,
no título, no cabeçalho, no corpo ou na coluna indicadora. São apresentadas de forma contínua, sem mudança
de linha, separadas por ponto.
* Para indicação de significância estatística, são utilizadas, no corpo da tabela, na forma de expoente, à
direita do dado, as chamadas
ns
(não-significativo); * e ** (significativo a 5 e 1% de probabilidade,
respectivamente).
Figuras
* São consideradas figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias usados para ilustrar o texto.
* Só devem acompanhar o texto quando forem absolutamente necessárias à documentação dos fatos
descritos.
* O título da figura, sem negrito, deve ser precedido da palavra Figura, do número em algarismo arábico, e
do ponto, em negrito.
* Devem ser auto-explicativas.
* A legenda (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura, no título, ou entre a figura
e o título.
* Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais maiúsculas, e devem ser
seguidas das unidades entre parênteses.
* Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas; as fontes devem ser
referenciadas.
* O crédito para o autor de fotografias é obrigatório, como também é obrigatório o crédito para o autor de
desenhos e gráficos que tenham exigido ação criativa em sua elaboração.
* As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras devem ser padronizados.
* Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como: círculo, quadrado,
triângulo ou losango (cheios ou vazios).
* Os números que representam as grandezas e respectivas marcas devem ficar fora do quadrante.
* As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações que comprometa o
entendimento do gráfico.
* Devem ser elaboradas de forma a apresentar qualidade necessária à boa reprodução gráfica e medir 8,5 ou
17,5 cm de largura.
* Devem ser gravadas no programa Word, Excel ou Corel Draw (extensão CDR), para possibilitar a edição
em possíveis correções.
* Usar fios com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura.
* No caso de gráfico de barras e colunas, usar escala de cinza (exemplo: 0, 25, 50, 75 e 100%, para cinco
variáveis).
* Não usar negrito nas figuras.
* As figuras na forma de fotografias devem ter resolução de, no mínimo, 300 dpi e ser gravadas em arquivos
extensão TIF, separados do arquivo do texto.
* Evitar usar cores nas figuras; as fotografias, porém, podem ser coloridas.
NOTAS CIENTÍFICAS
* Notas científicas são breves comunicações, cuja publicação imediata é justificada, por se tratar de fato
inédito de importância, mas com volume insuficiente para constituir um artigo científico completo.
APRESENTAÇÃO DE NOTAS CIENTÍFICAS * A ordenação da Nota Científica deve ser feita da seguinte
forma: título, autoria (com as chamadas para endereço dos autores), Resumo, Termos para indexação, título
em inglês, Abstract, Index terms, texto propriamente dito (incluindo introdução, material e métodos,
resultados e discussão, e conclusão, sem divisão), Referências, tabelas e figuras.
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As normas de apresentação da Nota Científica são as mesmas do Artigo Científico, exceto nos seguintes
casos:
* Resumo com 100 palavras, no máximo.
* Deve ter apenas oito páginas, incluindo-se tabelas e figuras.
* deve apresentar, no máximo, 15 r eferências e duas ilustrações (tabelas e figuras).
NOVAS CULTIVARES
* Novas Cultivares são breves comunicações de cultivares que, depois de testadas e avaliadas pelo Sistema
Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), foram superiores às já utilizadas e serão incluídas na
recomendação oficial.
APRESENTAÇÃO DE NOVAS CULTIVARES
Deve conter: título, autoria (com as chamadas para endereço dos autores), Resumo, título em inglês, Abstract,
Introdução, Características da Cultivar, Referências, tabelas e figuras. As normas de apresentação de Novas
Cultivares são as mesmas do Artigo Científico, exceto nos seguintes casos:
* Resumo com 100 palavras, no máximo.
* Deve ter apenas oito páginas, incluindo-se tabelas e figuras.
* deve apresentar, no máximo, 15 r eferências e quatro ilustrações (tabelas e figuras).
* A introdução deve apresentar breve histórico do melhoramento da cultura, indicando as instituições
envolvidas e as técnicas de cultivo desenvolvidas para superar determinado problema.
* A expressão Características da Cultivar deve ser digitada em negrito, no centro da página.
* Características da Cultivar deve conter os seguintes dados: características da planta, reação a doenças,
produtividade de vagens e sementes, rendimento de grãos, classificação comercial, qualidade nutricional e
qualidade industrial, sempre comparado com as cultivares testemunhas.
OUTRAS INFORMAÇÕES
• Não há cobrança de taxa de publicação.
• Os manuscritos aprovados para publicação são revisados por no mínimo dois especialistas.
• O editor e a assessoria científica reservam-se o direito de solicitar modificações nos artigos e de decidir
sobre a sua publicação.
• São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos trabalhos.
• Os trabalhos aceitos não podem ser reproduzidos, mesmo parcialmente, sem o consentimento expresso do
editor da PAB.
• Contatos com a secretaria da revista podem ser feitos por telefone: (61)3448-4231 e 3273-9616, fax:
(61)3340-5483, via e-mail: [email protected]
ou pelos correios: Embrapa Informação Tecnológica,
Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB, Caixa Postal 040315, CEP 70770-901 Brasília, DF.
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