1 – INTRODUÇÃO
A demanda por materiais poliméricos aumenta a cada ano, principalmente com
relação às poliolefinas. Estima-se que o mercado desses polímeros cresça
anualmente em torno de 6% [1]. Essa necessidade que a humanidade tem hoje por
materiais plásticos, explica-se pela diversidade de aplicações que podem ser
realizadas com esses materiais, tais como: embalagens para alimentos,
equipamentos na área médica, na construção civil, na indústria automobilística, entre
outras [2]. Diante deste panorama, as indústrias necessitam de processos cada vez
mais eficientes, altamente produtivos, porém com custos reduzidos [3,4].
Os catalisadores metalocênicos são vistos então como uma solução para atender o
mercado dependente de poliolefinas com propriedades diversificadas. Isto porque,
além da elevada atividade para a produção desses polímeros, eles ainda
possibilitam a formação de copolímeros a partir de diversos monômeros vinílicos; de
homo e copolímeros com estreita distribuição de massa molar e composição
uniforme; alta estereosseletividade, gerando polipropileno com estrutura altamente
sindiotática, por exemplo [5,6].
As possibilidades relacionadas acima, entre outras, despertam o interesse das
indústrias por esses sistemas catalíticos, uma vez que, com a abertura de novos
mercados para os materiais plásticos, a indústria necessita estar preparada para
atender à crescente demanda desses materiais [7]. Um exemplo clássico está no
setor automobilístico, indústria esta que vem gradativamente substituindo diversas
peças, antes confeccionadas com material metálico, por exemplo, por peças agora
confeccionadas com polímeros [8]. Dados recentes [9] mostram que 80% da
produção de polipropileno é destinada ao setor automobilístico e utilizada em
aplicações específicas como a fabricação de pára-choques, painéis, revestimentos
internos das portas, forros, peças do motor, entre outros itens.
No entanto, apesar do conhecimento das vantagens proporcionadas pelos sistemas
metalocênicos para gerar polímeros com propriedades diversas, ainda há muito a
ser desvendado, e hoje, o grande desafio é adaptá-los aos processos industriais
existentes sem a perda de suas características marcantes [10,11]. Para o emprego