39
televisão, o cinema, o vídeo, o CD ou DVD, desempenham indiretamente um
papel educacional relevante. Porém, a escola, tem uma linguagem mais
distante, intelectualizada, abstrata e cansativa em relação à televisão, que fala
da vida, do presente, de problemas e de forma mais impactante e sedutora.
Os professores vivem a tevê, porém não a utilizam numa situação formal
de ensino. Quando entram na escola, alguns professores fazem deste veículo
de comunicação uma ferramenta estratégica que fica pro lado de fora da sala
de aula. É necessário educar para a televisão, para que esses alunos adquiram
consciência crítica e a utilizem como veículo de comunicação e entretenimento,
caso contrário, também ficarão prejudicados pela carga de informações e a
falta de habilidade em lidar com essas situações.
Por isso a necessidade em introduzir na escola as linguagens que a
sociedade usa; tevê, rádio, revistas, computadores, internet, dvd, mp3, ipod
entre outros. Na estrutura atual, a escola encontra-se isolada utilizando apenas
a linguagem falada e escrita. O educando precisa aprender através de
estratégias como teatro, entrevistas, filmes, desenhos animados entre outras
formas de comunicação.
Essas linguagens permitem que os alunos tenham uma preparação para
o mundo, podendo assim compreendê-lo, conseqüentemente conviver com as
várias ferramentas que lhes são disponibilizadas, desenvolvendo-se de
maneira a escrever sua própria história com poder de criticidade e
comportamento de cidadão.
Conforme Carlsson e Feillitzen (2002 p. 27) a educação para a mídia
não pode, de acordo com os direitos da criança, basicamente objetivar apenas
proteger as crianças de certos conteúdos da mídia, injetando nelas certos
princípios e opiniões que lhes ensinem dissociar-se do mau conteúdo da mídia
e selecionar o de boa qualidade.
Tampouco deveria a educação para a mídia objetivar ensinar as
crianças a desconstruir as mensagens e ver através do poder, isto é,
compreender os interesses de quem e com quais os objetivos as
mensagens são transmitidas. A educação para a mídia também deve
envolver uma tentativa para mudar a produção da mídia e a situação
na sociedade, por meio da própria produção e participação da
criança, entre outras coisas. (CARLSSON e FEILITZEN, 2002, p.27).