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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
Área de Concentração: Infra-Estrutura e Meio Ambiente
Batista Luis Gollo
ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ORAGNIZACIONAL NO RAMO
TÊXTIL NA CIDADE DE ERECHIM - RS
Passo Fundo
2009
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Batista Luis Gollo
ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ORAGNIZACIONAL NO RAMO
TÊXTIL NA CIDADE DE ERECHIM - RS
Orientador: Professor Adalberto Pandolfo, Dr.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós Graduação em Engenharia da
Faculdade de Engenharia e Arquitetura da
Universidade de Passo Fundo, para
obtenção do título de Mestre em
Engenharia.
Passo Fundo
2009
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3
Batista Luis Gollo
ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ORAGNIZACIONAL NO RAMO
TÊXTIL NA CIDADE DE ERECHIM - RS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Engenharia para
obtenção do grau de Mestre em
Engenharia na Faculdade de Engenharia e
Arquitetura da Universidade de Passo
Fundo na Área de concentração Infra-
estrutura e Meio Ambiente
Data de aprovação: Passo Fundo, ____________________________________.
Os membros componentes da Banca Examinadora abaixo aprovam a Dissertação.
__________________________________
Professor Adalberto Pandolfo, Dr.
Orientador
__________________________________
Professor Marco Aurélio Stumpf González, Dr.
Co-orientador
UNISINOS
____________________________________
Professor Carlos Ricardo Rossetto, Dr.
UNIVALI
___________________________________
Professor Antonio Thomé, Dr.
UPF
___________________________________
Professor Marcelo Hemkemeier, Dr.
UPF
___________________________________
Professor Werner Luis Antoni, Dr.
UPF
Passo Fundo
2009
4
Dedico este trabalho aos meus pais,
Luiz e Ignes (in memorian); meu
irmão João e a minha namorada
Aline.
5
A Deus, por ter dado a vida, saúde e
muita força nas horas mais difíceis de
nossas vidas.
Ao meus pais, que sempre estiveram ao
meu lado, compartilhando das alegrias e
tristezas, nos incentivando e dando força
nas horas onde o único pensamento era
desistir.
Aos professores que, com muita
sabedoria e paciência, transmitiram
novos conhecimentos e novas idéias, em
especial ao Prof. Adalberto Pandolfo
pelas contribuições e orientações, não
somente nessa tarefa, mas os conselhos
para levar para o restante da vida.
Resumo
Com o passar do tempo, a preocupação e a conscientização mundial sobre a necessidade de
preservar e recuperar o meio ambiente tem aumentado consideravelmente, fato esse que gerou
um aumento na pressão pela conservação dos ecossistemas, a rigidez da legislação ambiental
e a preocupação cada vez maior dos consumidores com a qualidade ambiental dos produtos. É
importante que as empresas comecem cada vez mais adotar políticas ambientais como ações
estratégicas para a organização, levando em consideração a preservação ambiental e à
melhoria na qualidade de vida. Também para o setor produtivo é importante que se
compatibilize a busca pelo desenvolvimento econômico com a preservação das condições de
vida, pela integração dos sistemas de gestão da qualidade, da gestão ambiental e da gestão da
segurança e saúde ocupacional e pelo exercício da responsabilidade social. O objetivo
principal deste trabalho é verificar os fatores que levam uma empresa industrial do ramo
têxtil, localizada na cidade de Erechim, a alcançar a sustentabilidade organizacional,
calculando o investimento necessário para esta adequação. A metodologia teve uma
abordagem quantitativa, seus objetivos são na forma descritiva e seu procedimento
caracterizado como estudo de caso. A revisão bibliográfica indica que no contexto atual a
preocupação com o meio ambiente e com as questões de responsabilidade social estão muito
ligadas à postura dos clientes, os quais querem interagir com organizações éticas e com boa
imagem institucional. O método utilizado nesse estudo para determinar o grau de
sustentabilidade da empresa foi o MAIS – Método para Avaliação de Indicadores de
Sustentabilidade Organizacional, sendo que a mesma alcançou uma pontuação de 168 pontos,
o que determina que atualmente a empresa seja considerada “em busca da sustentabilidade”.
Para que a empresa seja considerada “sustentável”, segundo o método, deve alcançar no
mínimo 250 pontos, para que isso aconteça calculou-se o investimento estimado e o período
de implantação.
Palavras-chaves: Sustentabilidade. Preservação ambiental. Responsabilidade social.
Abstract
Over time, the global concern and awareness about the need to preserve and restore the
environment has increased considerably, a fact which has increased pressure on ecosystems,
the conservation system, the rigidity of environmental legislation and growing concern
consumers with the environmental quality of products. Its important that companies adopt
environmental policies and strategic actions for the organization taking into account the
environmental preservation and improvement in quality of life. The productive sector must
match the search for economic development with the preservation of life, the integration of
quality management systems, environmental management and safety management and
occupational health and the exercise of social responsibility. The main goal of this study is to
determine the factors that lead an industrial textile industry of the city of Erechim to
achieving an organizational sustainability to investigating the costs. The methodology isa
quantitative approach, its objectives are as descriptive and procedures described as a case
study.. The bibliographic review indicates that in the current concern for the environment and
the issues of social responsibility are very connected to the attitude of customers, who want to
interact with organizations with good ethical and institutional image. The method used in this
study to determine the sustainability of the company was the MOST - Method for Evaluation
of Indicators of Sustainability Organization, and that it achieved a score of 168 points, which
currently provides that the company is "in search of sustainability." For the company is
considered "sustainable", according to the method, should reach at least 250 points, for that
to happen it was estimated the investiment and the estimated period of implementation.
Keywords: Sustainability. Environmental preservation. Social responsibility
Sumário
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................10
1.1 C
ONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................10
1.2 P
ROBLEMA DA PESQUISA.....................................................................................................................10
1.3 J
USTIFICATIVA ....................................................................................................................................11
1.4 O
BJETIVOS .........................................................................................................................................12
1.4.1 O
BJETIVO GERAL.................................................................................................................................12
1.4.2 O
BJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................................................12
1.5 E
SCOPO E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................................................12
1.6 E
STRUTURA DA DISSERTAÇÃO ............................................................................................................13
2 REVISÃO DA LITERATURA........................................................................................................................14
2.1 D
ESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ....................................................................................................14
2.1.1 C
ONFERENCIA DE ESTOCOLMO ...........................................................................................................15
2.1.2 E
CO 92 - RIO 92..................................................................................................................................16
2.1.3 P
ROTOCOLO DE QUIOTO......................................................................................................................16
2.2 S
USTENTABILIDADE ...........................................................................................................................17
2.2.1 I
NDICADORES DE SUSTENTABILIDADE.................................................................................................18
2.3 M
ÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA SISTENTABILIDADE...............................................................................19
2.3.1 P
RINCIPIOS DO EQUADOR....................................................................................................................19
2.3.1.1 C
ATEGORIA DE PROJETOS ...................................................................................................................19
2.3.2
INDICADOR DE DURABILIDADE DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS - MÉTODO IDEA ...............................20
2.3.2.1 E
SCALAS DE SUSTENTABILIDADE DO MÉTODO IDEA .........................................................................21
2.3.3 M
ODELO ESA - ECONOMICO, SOCIAL, AMBIENTAL ...........................................................................22
2.3.4 F
ERRAMENTA GAIA...........................................................................................................................24
2.3.5 P
RÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE (PNQ).........................................................................................25
2.3.6 M
ÉTODO MAIS - MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL.............................................................................................................................................26
2.3.7 I
NDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE..........................................................................................30
2.3.8 M
ODELO GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE 2007..........................................................................32
2.4 I
NICADORES DE ECOEFICIÊNCIA..........................................................................................................34
2.5 L
EGISLAÇÕES E NORMAS.....................................................................................................................35
2.5.1 N
ORMAS REGULADORAS SOBRE A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL..................................................35
2.5.2 M
ODALIDADE DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL..................................................................................37
2.5.3 S
ISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) - ISSO 14000 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............40
2.5.4 S
ISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL: NORMA BS 8800..............................41
2.5.5 N
ORMA AS 8000 - RESPONSABILIDADE SOCIAL .................................................................................43
2.6 P
LANO DE AÇÃO .................................................................................................................................44
3 MÉTODOS E MATERIAIS............................................................................................................................46
3.1 C
LASSIFICAÇÃO DA PESQUISA.............................................................................................................46
3.2 C
ONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE ERECHIM ..............................................................................47
3.3 C
ARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .........................................................................................................47
3.4 P
ROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..............................................................................................49
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................................................53
4.1 E
TAPA 1 - FASE 1: DEFINIÇÃO DO FOCO DA PESQUISA, DA EMPRESA ESTUDADA E CARACTERIZAÇÃ DA
EMPRESA
...........................................................................................................................................................53
4.2 E
TAPA 1 - FASE 2: DETALHAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO..........................................................53
4.3 E
TAPA 2 - FASE 1: DIAGNÓSTICO ATUAL DA EMPRESA COM RELAÇÃO A SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL .....................................................................................................................................56
4.3.1 N
ÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS FUNCIONÁRIOS....................................................................................56
4.3.2 O
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DA EMPRESA ......................................................................................57
4.3.3 I
DENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS .......................................................................................58
9
4.3.4 POLITICA AMBIENTAL DA ORGANIZAÇÃO............................................................................................59
4.3.5 I
NDICADORES DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS.................................................................................59
4.3.6 I
NDICADORES DE EDUCAÇÃO ..............................................................................................................60
4.3.7 P
ESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL ..............................................................................................61
4.3.8 P
ROGRAMAS DE PREVENÇÃO E QUALIDADE DE VIDA...........................................................................61
4.4 E
TAPA 2 - FASE 2: ESCLHA DO MODELO DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
..............................................................................................................................................................62
4.5 E
TAPA 2 - FASE 3: NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO/ADEQUAÇÃO DO MÉTODO .....................................63
4.5.1 D
ETERMINAÇÃO DA PONTUAÇÃO DE CADA INDICADOR.......................................................................68
4.6 E
TAPA 3 - FASE 1: IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL DA EMPRESA..............................................................................................................70
4.7 E
TAPA 3 - FASE 2: SELECÃO DOS ITENS ALCANÇADOS PARA A SUSTENTABILIDADE ...........................77
4.8 E
TAPA 3 - FASE 3: DEFINIÇÃO DOS ITENS IMPLEMENTADOS E APRESENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE
IMPLANTAÇÃO
..................................................................................................................................................77
4.9 E
TAPA 4 - DETERMINAR O INVESTIMENTO PARA IMPLANTAÇÃO DOS FATORES DA
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL ..............................................................................................79
4.9.1 ANALISE DO INVESTIMENTO PARA ADEQUAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL......................................................................................................................................83
4.9.2 ANÁLISE DO INVESTIMENTO PARA ADEQUAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE SÓCIO-
AMBIENTAL...................................................................................................................................................84
5 CONCLUSÂO ..................................................................................................................................................85
5.1 C
ONCLUSÕES DO TRABALHO...............................................................................................................85
5.2
RECOMENDAÇOES PARA TRABALHOS FUTUROS..................................................................................86
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................................87
ANEXO A - ORNOGRAMA DA EMPRESA BRENDLER CONFECÇÕES LTDA ...................................90
10
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais
A questão sócio-ambiental, atualmente, assume uma importância cada vez maior sob o
foco das organizações, seja pelo cumprimento da legislação ou por uma tendência econômica.
As variáveis sociais e ambientais vem sendo incorporadas em todos os segmentos das
organizações que acompanham a evolução do mercado.
O fato é que, as questões econômicas e as questões sócio-ambientais se aproximaram,
fazendo com que os gestores deixassem de encarar os custos sócio-ambientais como despesas
e desperdícios e passaram a interpretá-los como possíveis fontes de benefícios e lucros,
integrando melhorias que atingem vários segmentos da unidade produtiva.
1.2 Problema da Pesquisa
Após as conferências de Estocolmo, em 1972, e Rio 92, a preocupação e a
conscientização mundial sobre a necessidade de preservar e recuperar o meio ambiente tem
aumentado consideravelmente. O aumento da pressão pela conservação dos ecossistemas, a
rigidez da legislação ambiental e a preocupação cada vez maior dos consumidores com a
qualidade ambiental dos produtos, tem conduzido as empresas a reverem suas estratégias de
produção industrial.
De maneira geral os consumidores estão mais exigentes e preferindo produtos
ambientalmente viáveis. Os responsáveis pelas empresas devem cada vez mais adotar
políticas ambientais como ações estratégicas para a organização, com vistas à preservação
ambiental e à melhoria na qualidade de vida. Essas ações também se relacionam ao propósito
de tornar as empresas mais competitivas e agregar mais valor aos seus produtos.
11
Segundo Oliveira (2002), a sustentabilidade das organizações produtivas passa
necessariamente pelo processo de melhoria contínua nas políticas de gestão e nas ferramentas
de tomada de decisão. A falta de um método que possa priorizar a ação da organização em
busca do desenvolvimento sustentável, a partir de dimensões de sustentabilidade com
indicadores que possam ser avaliados, permitindo a localização do empreendimento e suas
oportunidades de melhoria, hoje é uma grande dificuldade para que as organizações definam
formas de ação de correção ou prevenção em busca da sustentabilidade.
Conforme Libera (2003), as empresas devem adotar uma gestão estratégica que
possibilite administrar as questões relacionadas ao meio ambiente, ou seja, conhecer e avaliar
os fatores que geram custos ambientais para que de posse destas informações, possam
administrá-las, desenvolvendo novos produtos ou processos, visando à redução de
desperdícios e poluição, adotando medidas preventivas para que os danos ao meio
ambiente não ocorram, evitando a geração de custos.
Tem-se como questão da pesquisa: Quais são os fatores que podem levar uma empresa
industrial do ramo têxtil da cidade de Erechim – RS a alcançar a sustentabilidade
organizacional, levando em consideração os investimentos necessários para a mesma?
1.3 Justificativa
Para Lustosa (2003), na medida em que a preservação do meio ambiente tornou-se
uma diferenciação para as empresas, surgiu a possibilidade de incluir preocupações
ambientais nas suas estratégias, sendo adotadas práticas ambientalmente adequadas, adoção
de tecnologias ambientais, implantação de sistemas de gestão ambiental, racionalização do
uso de recursos naturais, entre outras práticas.
Segundo Brandli (2007), as questões ambientais estão cada vez mais sendo discutidas
e analisadas em empresas nacionais e internacionais. Estas discussões referem-se à promoção
do desenvolvimento sustentável, à preservação do meio ambiente e também as imposições
legais.
O setor produtivo deve compatibilizar a busca pelo desenvolvimento econômico com a
preservação das condições de vida, pela integração dos sistemas de gestão da qualidade, da
gestão ambiental e da gestão da segurança e saúde ocupacional e pelo exercício da
responsabilidade social.
14
12
Atualmente para o setor produtivo a sobrevivência não é mais suficiente para garantir
seu sucesso, devendo as organizações buscar longevidade com qualidade, em parceria com o
meio ambiente e tendo como cúmplice a sociedade com a qual convive e para qual deve
demonstrar sua preocupação com a qualidade da vida dessa e das futuras gerações, e a busca
de sua sustentabilidade.
Para Giaretta (2006 apud Florim, 2005), é possível pensar globalmente agindo
localmente, considerando de um lado o aspecto econômico, de outro o ecológico, e ambos
associados à visão social, onde a responsabilidade é de todos.
Neste contexto o presente estudo traz maior conhecimento sobre métodos a avaliação
de sustentabilidade, dando subsídios a outras empresas de como procederem no processo de
busca pela sustentabilidade, já que ainda é um tema pouco explorado no Brasil.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
Contribuir com o processo de avaliação da sustentabilidade organizacional de empresa
do ramo têxtil auxiliando nos procedimentos de: verificação dos fatores, identificação do
estagio atual e na determinação dos investimentos necessários para tornar a empresa
sustentável sob os aspectos econômico, social, ambiental e cultural.
1.4.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são definidos como:
1. Apresentar os fatores que levam a empresa alcançar a sustentabilidade organizacional.
2. Identificar em que estágio de sustentabilidade organizacional a empresa se encontra.
3. Determinar o investimento para implantação dos fatores para a adequação das ações
da empresa de forma que atenda aos aspectos da sustentabilidade organizacional.
1.5 Escopo e delimitação do estudo
A seguir estão listadas algumas delimitações desta pesquisa:
1. O estudo de caso desta pesquisa considera somente uma empresa do setor têxtil, sendo
assim as conclusões são válidas apenas para a empresa estudada, porém considera-se
13
que, o que foi concluído tem caráter genérico, podendo ser estendidas para outras
empresas do setor têxtil e até mesmo de outros setores.
2. O estudo se deteve a recursos quantificáveis, por isso, apesar da evidência, não são
abordados nos resultados os benefícios intangíveis, como a abertura de novos
mercados, valor da marca, exportação, marketing verde, entre outros.
3. Os dados dessa pesquisa foram fornecidos pela empresa, sendo que não foram
realizadas medições de qualquer natureza;
4. Deve ser considerada a subjetividade no que diz respeito a avaliação dos indicadores;
1.6 Estrutura da dissertação
A estrutura to trabalho é composta por cinco capítulos, incluindo este introdutório, em
que são apresentados o problema de pesquisa, a justificativa, os objetivos e as delimitações do
trabalho.
No capítulo 2 apresenta-se a revisão da literatura sobre os assuntos pertinentes ao tema
da pesquisa, necessário ao melhor entendimento com relação a aspectos como o
desenvolvimento sustentável, os métodos de avaliação da sustentabilidade e suas aplicações,
eco-eficiência, legislação ambiental e normas de gestão ambiental, saúde e segurança
ocupacional e de responsabilidade social.
No capítulo 3 descreve-se a metodologia utilizada na realização do estudo.
No capítulo 4 são apresentados e analisados os resultados obtidos através do estudo de
caso, por meio da descrição da organização pesquisada e de seus processos, do diagnóstico
dos itens propostos no método e aplicação dos indicadores de sustentabilidade.
No capítulo 5 apresentam-se as conclusões da pesquisa, discutem-se os resultados,
bem como recomendações para trabalhos futuros, seguida das referências.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Desenvolvimento Sustentável
Antes de abordar o assunto desenvolvimento sustentável, cabe esclarecer as diferenças
entre os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento econômico. Segundo
Clemente e Higachi (2000) “o crescimento econômico refere-se ao crescimento da produção e
da renda, enquanto o desenvolvimento, à elevação do nível de vida da população”.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) propõe que “para
aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas
também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida
humana” (PNUD, 2004).
O conceito de Desenvolvimento Sustentável foi apresentado na Conferência de
Estocolmo em 1972, sendo que em abril de 1987 na Assembléia Geral das Nações Unidas foi
elaborado o Relatório Nosso Futuro Comum, também conhecido como relatório da Comissão
Brundtland, Our Commom Future, que define o conceito de desenvolvimento sustentável
como um processo de mudança na qual a exploração, a direção de investimentos, a orientação
do desenvolvimento tecnológico e mudança institucional estão todos em harmonia e ambos
aumentam o potencial corrente e futuro para reunir necessidades e aspirações humanas, ou
seja, desenvolvimento sustentável é aquele que encontra os recursos no presente sem
comprometer a habilidade de gerações futuras encontrarem seus próprios recursos.
A Figura 1 apresenta a linha do tempo no que diz respeito ao desenvolvimento
sustentável.
15
Fonte: FBDS, 2008.
Figura 1: Linha do Tempo para o Desenvolvimento Sustentável.
Desenvolvimento Sustentável (DS) tem sido um termo muito utilizado nos últimos
anos, mas infelizmente pouco entendido. (RABELO; LIMA, 2007). Alguns autores mais
pessimistas, Montaño (2002) e Cabette (2004), consideram o desenvolvimento sustentável
algo utópico, não acreditando nem mesmo no seu significado; outros autores como Cavalcanti
(2003), Bruseke (2003) e Leonardi (2003), não visualizam esse novo modelo de
desenvolvimento com as propostas éticas e econômicas da sociedade atual, crendo que isso
será difícil, não impossível. Enquanto outros, Siena (2002), Hales e Prescott-Allen (2005) já
percebem na própria sociedade atual, de modo pontual, mas inicial e que permitem ser
avaliadas pelos diversos indicadores de sustentabilidade existentes. Contudo todos os autores
concordam que existe uma necessidade urgente de mudanças, a sociedade de consumo não
resiste à falta de recursos e esses mesmos recursos também viabilizam, principalmente, a vida
do Homo Sapien e de muitas outras espécies no planeta Terra.
2.1.1Conferência de Estocolmo
A Assembléia-Geral da ONU, em 1971, decidiu convocar 113 países para em 1972 em
Estocolmo, Suécia, realizar a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano,
primeiro grande evento a analisar e avaliar a temática ambiental do ponto de vista
“ambientalmente correto”. Esta conferência consolidou as bases da moderna política
16
ambiental adotada por todos os países, com maior ou menor rigor, nas suas legislações
particulares e chamou a atenção do mundo para a gravidade da situação nesse setor.
2.1.2 Eco 92 – Rio 92
A ECO-92, Rio-92 ou mais conhecida como a Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizou-se entre 3 e 14 de junho de 1992
no Rio de Janeiro, tendo como objetivo principal a busca por meios de conciliar o
desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e a proteção dos ecossistemas da Terra.
Essa conferência consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu
para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente
de responsabilidade dos países desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a
necessidade dos países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para
avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos
países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente político
internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de princípios como o das
responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A mudança de percepção com relação à
complexidade do tema deu-se de forma muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de
seu impacto ter sido menor sob o ponto de vista da opinião pública.
2.1.3 Protocolo de Quioto
Em 1997 no Japão, 167 nações se reuniram, sobre a coordenação das Nações Unidas,
para discutir e elaborar um documento que mais tarde passaria a se chamar de Protocolo de
Quioto. Esse documento foi um acordo internacional onde se passou a estabelecer limites para
emissões de gases estufa pelos países desenvolvidos. A meta do Protocolo de Quioto é que no
período de 2008 a 2012 os países deveriam reduzir em 5% a emissão dos gases estufa,
levando em consideração o nível de emissão do ano de 1990.
Foi instituído também pelo Protocolo de Quioto no seu artigo 12, o MDL –
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que proporciona uma alternativa às nações
signatárias utilizar as reduções certificadas de emissões. O MDL consiste, portanto, em uma
forma subsidiária de cumprimento de metas de redução da emissão de gases responsáveis pelo
efeito estufa, estimulando, ao mesmo tempo o desenvolvimento estruturado daqueles países
que não tenham atingido níveis alarmantes de emissão de poluentes. A proposta do MDL
consiste que cada tonelada de CO
2
deixada de ser emitida ou retirada da atmosfera por um
17
país em desenvolvimento poderá ser negociada no mercado mundial, criando um novo
atrativo para a redução das emissões globais.
As reduções nos países em desenvolvimento poderão ser atingidas principalmente
através das seguintes posturas:
a) Investimentos em tecnologias mais eficientes;
b) Substituição de energias fósseis por renováveis;
c) Racionalização do uso da energia; e
d) Florestamento e reflorestamento.
2.2 Sustentabilidade
Segundo Sachs (1993), sustentabilidade é um conceito que está apoiado em três
pilares: meio-ambiente, pessoas e lucro. Para as empresas, o primeiro se refere a preocupação
com os indivíduos (funcionários e sociedade). O segundo é o uso adequado dos recursos
naturais, o lucro é para a manutenção da companhia. Portanto, é necessário zelar pelos dois
primeiros pontos para garantir o resultado financeiro no longo prazo.
Atualmente as instituições financeiras, tanto públicas como privadas, estão engajadas na
questão da sustentabilidade, assim podemos citar alguns conceitos e ações praticados por
alguns dos maiores bancos do Brasil, segue:
1) Banco do Brasil: a sustentabilidade é desafio conjunto entre empresas, governos e
sociedade civil que devem atuar de forma integrada e sinérgica em prol do presente e
do futuro da humanidade, dos seres vivos e do planeta em geral. O compromisso
empresarial com o tema é exercido por intermédio de suas políticas e práticas de
responsabilidade socioambiental (BANCO DO BRASIL, 2008).
2) Bradesco: criou no final de 2007 o chamado “Banco do Planeta” o qual vai unificar
todas as ações socioambientais do Bradesco, pois nesse banco o dinheiro vai estar a
serviço do empreendimento mais importante que existe: um modo de vida sustentável
(BANCO BRADESCO, 2008).
De acordo com Rattner (2007), a sustentabilidade entrou na pauta de grandes convenções
internacionais, fazendo com que governos, universidades, empresas e ONGs iniciassem uma
grande reflexão sobre os projetos de desenvolvimento sustentável. Para o autor a fórmula
atualmente usada nos discursos políticos e científicos, “...economicamente viável, socialmente
eqüitativo e ecologicamente sustentável", não leva a formas e meios de combinar e integrar
18
metas e valores derivados das teorias sobre progresso técnico e produtividade com a proteção
e conservação dos recursos naturais e do meio ambiente.
Segundo o Jornal Gazeta Mercantil (2007), muitas empresas estão interessadas em
divulgar seu balanço de desempenho e relatório de sustentabilidade de forma a enganar os
interessados, pois ali colocam muitas ações que na prática não aconteceram. O importante em
um balanço social ou relatório de sustentabilidade é: o desempenho econômico; desempenho
na gestão ambiental; da gestão de resíduos e outros aspectos relativos ao meio ambiente; e o
desempenho na gestão de públicos internos e de projetos sociais, tudo de forma muito
concreta, nem que sejam poucas ações, mas que possam se multiplicar ao longo do tempo.
2.2.1 Indicadores de Sustentabilidade
Uma série de questionamentos impôs a necessidade de métodos para avaliar a
problemática ambiental de forma integrada, sendo que uma das formas possíveis é a
construção de indicadores de sustentabilidade. Em nosso país, o Ministério do Meio Ambiente
criou o Programa Nacional de Indicadores de Sustentabilidade (PNIS), para que de forma
emergencial se pudesse privilegiar a elaboração de indicadores de sustentabilidade ambiental
(TOLMASQUIM, 2001).
Os indicadores de sustentabilidade diferenciam-se dos demais indicadores por exigir
uma visão do mundo integrada; para tanto necessitam relacionar a economia, o meio ambiente
e a sociedade de uma dada comunidade.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2003),
define o termo indicador como “parâmetro ou valor calculado a partir de parâmetros dando
indicações ou descrevendo o estado de um fenômeno do meio ambiente ou de uma zona
geográfica”. Um bom indicador alerta sobre os problemas antes que eles se tornem mais
graves, indicando o que precisa ser feito para resolvê-los; é dessa maneira que os indicadores
são considerados importantes instrumentos para definir soluções e propor um futuro melhor.
Conforme Martinkoski (2007), para atender as exigências do mercado e seguir a
tendência atual de sustentabilidade, as empresas optam por certificações e selos ambientais.
No entanto, as adequações aos padrões atuais de preservação ambiental demandam grande
investimento por parte das organizações, além de representar um custo que normalmente não
apresenta lucros aparentes representativos no curto prazo, sendo que esse mesmo lucro pode
ser quantificado pelas empresas certificadas, servindo então como referência às demais.
19
2.3 Métodos de avaliação da sustentabilidade
Alguns métodos de avaliação já foram desenvolvidos levando em conta a
sustentabilidade; a seguir são apresentados alguns desses métodos utilizados no Brasil.
2.3.1 Princípios do Equador
Os Princípios do Equador são um conjunto de regras socioambientais criadas em 2002
pela International Finance Corporation – IFC, braço financeiro do Banco Mundial; é uma
ferramenta do sistema financeiro internacional que visa incorporação dos valores de
responsabilidade social e sustentabilidade às negociações de concessão de crédito, como uma
forma de integrar economia, sociedade e meio ambiente (BANCO ITAÚ, 2008).
Antes da implantação dos Princípios do Equador, as instituições financeiras
solicitavam um estudo socioambiental para projetos com financiamento acima de $ 45
milhões (quarenta e cinco milhões de dólares), sendo que agora esse limite é de $ 10 milhões
(dez milhões de dólares). No Brasil o Banco Itaú, signatário desse acordo reduziu esse valor
para R$ 5 milhões (cinco milhões de reais).
De início, o objetivo principal desse método era evitar que os projetos financiados
trouxessem prejuízos ao meio ambiente e/ou fossem socialmente irresponsáveis. Hoje,
segundo Banco Bradesco (2008), a idéia é não apenas evitar um resultado negativo, mas
também agregar um caráter socioambiental positivo.
Os projetos são classificados em três categorias, A, B e C de acordo com os critérios
socioambientais do IFC, ou seja, de acordo com os possíveis impactos que venham a causar,
tais como alterações o equilíbrio de ambientes naturais, fauna, flora, e alterações na dinâmica
social das comunidades.
2.3.1.1 Categorias de projetos
A classificação dos projetos em categorias leva em conta os seguintes aspectos:
1) Categoria A: um projeto proposto é classificado com sendo categoria A quando existe
a probabilidade de ocorrerem impactos ambientais colaterais significativos e que
sejam sensíveis, diversificados e sem precedentes.
2) Categoria B: um projeto proposto é classificado como sendo de categoria B quando
seus possíveis impactos ambientais colaterais recaem sobre populações humanas, ou
áreas ambientalmente importantes, incluindo pântanos, florestas, campos e outros
habitats naturais, são menos prejudiciais do que os dos projetos da categoria A. Esses
impactos são específicos de cada local, onde pouco ou nenhum deles são irreversíveis.
20
3) Categoria C: um projeto proposto é classificado como sendo da categoria C quando é
provável que tenha impactos negativos mínimos ou inexistentes. Além da seleção,
nenhuma ação de avaliação ambiental é necessária para um projeto dessa categoria.
Segundo o Banco Bradesco (2008), os projetos classificados em A e B terão que ser
submetidos à avaliação sócio-ambiental, onde deverá ser elaborado um Plano de Gestão
Ambiental para todos os projetos de categoria A, e caso o banco considere aconselhável, o
mesmo deverá ser feito para qualquer projeto de categoria B. Caso o tomador deixe de
cumprir qualquer uma das clausulas sócio ambientais o banco irá traçar um plano de ação
juntamente com o investidor para que o projeto volte a cumprir as clausulas.
2.3.2 Indicador de Durabilidade de Propriedades Agrícolas – Método IDEA
O Indicador de Durabilidade de Propriedades Agrícolas – Método IDEA, se propõe
avaliar a sustentabilidade das explorações agrícolas, sabendo que a avaliação a qual ele
alcança não é um controle que poderá efetuar uma verificação da aplicação de uma
regulamentação (caso do controle de nitratos na França), ou com respeito a uma lista de
normas a cumprir, como no caso da agricultura orgânica e alguns outros casos específicos da
Legislação Francesa. No método IDEA a avaliação é feita pelo agricultor, para que lhe sirva
de ferramenta de ajuda na tomada de decisão: A informação não necessita ser verificável e os
dados são fornecidos de forma voluntária e anônima pelo interessado.
O Método IDEA visa integrar o conjunto de indicadores, ilustrando os diversos
conceitos evocados para servir de ferramenta de avaliação da sustentabilidade e auxilio na
tomada decisão. Ele permite fazer uma avaliação da sustentabilidade no nível da propriedade,
dentro do seu componente econômico, seu componente ecológico e seu componente social.
Para Lesama (2008), é essencial pensar no problema da escolha dos indicadores o que
conduz a especificar quando se evoca a sustentabilidade da agricultura, que vai além dos
efeitos de moda, das perdas ou recuperações; este exercício, indispensável, permite clarear e
ilustrar os seus objetivos. A elaboração de uma grade de indicadores é um exercício de
explicitação do conceito de sustentabilidade em sua aplicação na agricultura, o que explica
toda sua importância pedagógica.
A ênfase está em abordar a noção de sustentabilidade, em vista a orientar as políticas
em favor da agricultura e do mundo rural e de desenvolver formas de avaliação. Ainda está
21
difícil de traduzir de maneira operacional o conceito de sustentabilidade em nível de
propriedade agrícola.
2.3.2.1 Escalas de sustentabilidade do método IDEA
Segundo Lesama (2008), o método IDEA é dividido em três escalas de
sustentabilidade.
1) Escala de sustentabilidade agro-ecológica
1) Organização do espaço: o indicador da dimensão das parcelas parte da idéia que é
necessário, em zonas de grandes culturas, uma reflexão sobre a melhor relação entre o
tamanho das parcelas e o tempo de trabalho, sabendo que parcelas muito grande
facilitam a infestação de predadores e obrigam a política de tratamento fito sanitário
sistemático das culturas.
2) Diversidade das produções: permite fazer aparecer de forma significativa às
complementaridades e os processos de regulação natural permitido pelos ecossistemas
agrícolas.
3) Distribuição das parcelas: devem observar atentamente as implicações espaciais da
mesma, para evitar enormes ilhotas de culturas idênticas em benefício de uma boa
repartição no território.
4) Práticas leiteiras e agrícolas: na produção leiteira, a busca de uma maior autonomia
alimentar conduz a redefinir a relação entre pastagens (pastagens perenes, pastagens
anuais e campo nativo), cereal, milho e outras culturas. Leva igualmente a organizar as
parcelas de maneira a evitar, como exemplo o sobre pastejo de algumas parcelas com
todos os riscos de poluição e erosão aferentes, bem como a sub-valorização de outras
parcelas com degradação da qualidade e da quantidade da flora alimentar. Do outro
lado, a maior parte dos indicadores relativos às práticas leiteiras e agrícolas se inspira
em indicadores agronômicos clássicos (leite forrageiro, reprodução, saúde animal,
fertilizações e pressão poluente), onde o cálculo pode ser efetuado sem muita
dificuldade com ajuda dos dados disponíveis na propriedade.
2) Escala de sustentabilidade sócio-Territorial
1) Qualidade dos produtos e do espaço rural: tornaram-se incontornáveis os
componentes buscam uma melhor aceitabilidade social, condição indispensável para
22
legitimar o importante dispositivo de sustentação pública. Os contribuintes seriam sem
dúvida os mais dispostos a colaborar com a agricultura se não tivessem nenhuma
dúvida sobre a qualidade de sua alimentação nem sobre a qualidade de seu meio
ambiente.
2) Emprego e serviços ao território: desenvolvem a idéia que a contribuição da
agricultura a estas funções, principalmente do desenvolvimento de formas de relações
no trabalho e a co-participação da cooperativa, são sinais essenciais das ligações
necessárias e estreitas entre a agricultura e seu território.
3) Desenvolvimento humano e cooperativo: toma explicitamente em consideração a
dimensão ética associada à noção de capital social.
3) Escala de sustentabilidade econômica
1) Viabilidade: viabilidade econômica a curto prazo da propriedade, apreciada segundo a
renda bruta da produção para cada unidade de trabalho familiar, mas também pela
contribuição das diversas produções à sua renda agrícola.
2) Independência: diz respeito à autonomia financeira da propriedade e sua
sensibilidade aos financiamentos; as situações de dependência financeira restringem a
possibilidade de orientar-se em direção a uma maior sustentabilidade.
3) Eficiência: refere-se à eficiência do processo produtivo na produção leiteira e agrícola
e a capacidade da propriedade executar um valor agregado: a nota é melhor quão mais
a parte dos custos operacionais nos produtos for restrita.
2.3.3 Modelo ESA – Econômico, Social e Ambiental
Segundo Librelotto e Ferroli (2007), o modelo ESA deve assegurar uma vantagem
competitiva pelo equilíbrio entre as dimensões Econômica, Social e Ambiental (ESA). Esse é
um modelo para avaliação do posicionamento quanto à sustentabilidade de empresas atuantes
na indústria da construção civil, no setor de edificações, segundo a caracterização da estrutura
de mercado, conduta adotada frente às adversidades e oportunidades mercadológicas, assim
como, do desempenho obtido. Tal proposta posiciona as empresas segundo uma inter-relação
tridimensional, frente às três dimensões da sustentabilidade.
A garantia da sustentabilidade nos negócios envolve o equilíbrio entre três dimensões:
econômica, social e ambiental. Assim, deve-se buscar o lucro que permita a satisfação dos
interesses de todos os intervenientes do processo, os investidores devem ter o retorno
23
financeiro, a comunidade local deve usufruir dos benefícios da atividade empresarial, os
funcionários devem ter seu retorno em qualidade de vida e equidade social. Estas questões
não devem prejudicar (ou pelo menos os impactos devem ser minimizados) o meio ambiente,
do qual todos necessitam para sobreviver (ELKINGTON, 1998; PAULI, 1996; DONAIRE,
1995; PRADO FILHO, 2002).
O modelo ESA foi desenvolvido a partir da proposta dos modelos ECP-T (Figura 2) e
ECP-A de Abreu (2002). Cada elemento do modelo ECP-T foi compartimentado, a fim de
considerar as diversas variáveis que interferem na avaliação do desempenho empresarial e
proporcionar a formulação de indicadores para sua mensuração.
Fonte: Abreu, 2002.
Figura 2: Modelo ECP – Triplo de Avaliação da Estratégia.
Considera-se que, para alcançar um desempenho sustentável, deve haver o equilíbrio
entre o desempenho alcançado nas dimensões econômica, social e ambiental e o
desenvolvimento de ações (condutas) para estas três dimensões, conforme a proposta de
Elkington (1998). O desempenho da empresa sofrerá influência das condutas adotadas, que
por sua vez, são reflexo da estrutura da indústria na qual a empresa está inserida, das
capacidades internas da organização e dos choques externos ocorridos sobre a estrutura
industrial. Deve-se, ainda, considerar o contexto para o qual o modelo foi desenvolvido: a
indústria da construção civil, sub-setor de edificações.
2.3.4 Ferramenta GAIA
24
Mundialmente ações estão sendo planejadas e implantadas para minimizar os impactos
causados pela utilização descontrolada dos recursos naturais. Ao mesmo tempo as legislações
tornam-se mais rígidas com relação ao setor produtivo, responsabilizando-o pela geração dos
resíduos e sua destinação correta. A busca pela utilização de tecnologias limpas torna-se um
diferencial para as empresas. O instrumento utilizado para medir o índice de sustentabilidade
é a Ferramenta GAIA; desenvolvido cientificamente, este método se baseia na melhoria do
desempenho ambiental das organizações e no alcance da sustentabilidade plena, tendo como
os princípios básicos o atendimento à legislação, melhoria contínua e a prevenção da
poluição. Um das aplicações dessa ferramenta foi o setor metal-mecânico, por apresenta-se
como uma atividade impactante por utilizar grande quantidade de água na limpeza das peças e
produzir resíduos da classe I, borra de óleos e graxas (DELAVY et al., 2008).
A ferramenta GAIA foi desenvolvida com o intuito de fornecer um índice de
sustentabilidade de uma organização, que varia de crítica, péssima, adequada, boa e excelente,
conforme Quadro 1.
Fonte: Leripio, 2000.
Quadro 1 – Referencial para classificação da sustentabilidade do negócio.
A aplicação da ferramenta se inicia com uma entrevista ao gestor da empresa, onde
num universo de setenta e nove questões da Lista de Verificação da Sustentabilidade da
Organização são questionados a fim se verificar o posicionamento da empresa com relação à
Gestão Ambiental. As questões estão agrupadas por critérios: fornecedores, processos
produtivos, utilização do produto/serviço e produto pós-consumido.
Dessa forma, uma pergunta cuja resposta representar uma boa prática desenvolvida
pela organização será classificada como verde e uma resposta que representar um problema
ou uma oportunidade de melhoria, será classificada como vermelha. Quando a pergunta não
se aplicar à realidade da organização será classificada como amarela. Assim, as setenta e nove
perguntas são igualmente ponderadas, embora sabidamente apresentem diferentes graus de
significância para cada organização.
Para o efeito de cálculo da sustentabilidade do negócio, a fórmula adotada é a
seguinte:
Resultado Sustentabilidade
Inferior a 30% Crítica - vermelha
Entre 30 e 50% Péssima - Laranja
Entre 50 e 70% Adequada - Amarela
Entre 70 e 90% Boa - Azul
Superior a 90% Excelente - Verde
25
Sustentabilidade do negócio = total de quadros verdes x 100
(79 - total de quadros amarelos)
O cálculo é simples e fornecido em percentual, a partir deste índice classifica-se a
empresa conforme apresentado no Quadro 1.
2.3.5 Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ)
Para a concessão do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), sete critérios são utilizados
na avaliação: liderança, estratégias e planos, clientes e sociedade, informações e
conhecimento, pessoas, processos e, resultados da organização (FPNQ, 2001).
Segundo a FPNQ (2001), os critérios são analisados, conforme segue:
1) Liderança: examina o sistema de liderança da organização e o envolvimento pessoal
dos membros da alta direção no estabelecimento, na internalização, na disseminação e
na prática de valores e diretrizes que promovam a cultura da excelência.
2) Estratégias e planos: examina o processo de formulação das estratégias da
organização de forma a direcionar seu desempenho e determinar sua posição
competitiva, incluindo como as estratégias, os planos de ação e as metas.
3) Clientes e sociedade: examina como a organização monitora e se antecipa às
necessidades dos clientes, dos mercados e das comunidades, divulga seus produtos,
suas marcas e suas ações de melhoria.
4) Informação e conhecimento: examinam a gestão e a utilização das informações da
organização e de informações comparativas pertinentes, bem como as formas de
identificação, criação e proteção do capital intelectual da organização.
5) Pessoas: examina como são proporcionadas condições para a capacitação e o
desenvolvimento e utilização plena do potencial das pessoas que compõem a força de
trabalho, em consonância com as estratégias organizacionais.
6) Processos: examina os principais aspectos da gestão dos processos da organização,
incluindo o projeto do produto com foco no cliente, a execução e entrega do produto,
os processos de apoio e aqueles relacionados aos fornecedores.
7) Resultado da organização: examinam a evolução do desempenho da organização
com relação aos clientes e aos mercados, à situação financeira, às pessoas, aos
26
fornecedores, aos processos relativos ao produto, à sociedade, aos processos de apoio
e aos processos organizacionais.
2.3.6 Método MAIS – Método para Avaliação de Indicadores de Sustentabilidade
Organizacional
Segundo Oliveira (2002), para propor o Método para Avaliação de Indicadores de
Sustentabilidade Organizacional (MAIS), buscou-se nas normas mundialmente reconhecidas e
aceitas pontos de referência para análise: norma ISO 9000 – sistema de gestão da qualidade;
norma ISO 14000 – sistema de gestão ambiental; norma BS 8800 – sistema de gestão de
segurança e saúde ocupacional; norma SA 8000 – parâmetros da responsabilidade social das
empresas.
Estas referências foram agrupadas em nove itens de análise que vão da
responsabilidade da direção até as formas de medição, análise, melhoria, verificação e ações
corretivas, sendo que para esses nove grupos buscou-se a equivalência dos subitens de
verificação entre as normas.
O Método MAIS busca a análise da sustentabilidade de uma organização, indo além
dessas justas preocupações do setor produtivo e busca ampliar esses conceitos expandindo sua
abordagem e criando um método de mensuração da sustentabilidade a partir da avaliação dos
sistemas de gestão (OLIVEIRA, 2002).
Existe uma correlação entre os indicadores das normas utilizadas, dentre elas:
1) Sustentabilidade social:
a) Existência de política para responsabilidade social;
b) Existência de política de segurança e saúde ocupacional;
c) Existência de projetos sociais;
d) Geração de emprego e renda;
e) Participação em entidades de classe e de desenvolvimento local ou regional;
f) Inexistência de trabalho infantil;
g) Inexistência de trabalhos forçados;
h) Inexistência de compensações;
i) Inexistência de discriminações por qualquer motivo;
j) Inexistência de práticas disciplinares;
k) Adequação da jornada de trabalho;
l) Programa de saúde e segurança dos envolvidos;
27
m) Liberdade de associação;
n) Ambiente de trabalho adequado;
o) Preparação para emergências.
2) Sustentabilidade econômica:
a) Existência de política para a qualidade;
b) Planejamento do Sistema de Gestão da Qualidade;
c) Definição de metas e objetivos para a qualidade;
d) Infra-estrutura adequada;
e) Auditoria interna;
f) Auditoria externa;
g) Controle de não-conformidades;
h) Medição e monitoramento de processos, produtos e serviços;
i) Determinação de requisitos relacionados ao produto ou serviço;
j) Determinação de requisitos relacionados ao processo;
k) Análise crítica;
l) Existência de documentação e de manuais de qualidade;
m) Existência de dispositivos da medição e monitoramento;
n) Controle de dispositivos da medição e monitoramento;
o) Satisfação de clientes.
3) Sustentabilidade ecológica:
a) Existência de política de gestão ambiental;
b) Planejamento do Sistema de Gestão Ambiental;
c) Avaliação de aspectos e impactos ambientais do negócio;
d) Postura de responsabilidade para as questões ambientais;
e) Preparação para atendimento a emergências;
f) Controle de não-conformidade;
g) Controle operacional;
h) Auditoria interna;
i) Ações corretivas e preventivas.
4) Sustentabilidade espacial:
a) Existência de planejamento estratégico;
b)
Determinação de objetivos e metas para longo prazo;
c) Obediência a requisitos legais e a outros requisitos;
28
d) Análise crítica do produto ou serviço;
e) Análise crítica do processo;
f) Identificação e rastreabilidade;
g) Avaliação de fornecedores;
h) Análise do ciclo de vida;
i) Atuação com ética organizacional;
j) Melhoria contínua.
5) Sustentabilidade cultural:
a) Comprometimento da organização com a qualidade;
b) Comprometimento da organização com o meio ambiente;
c) Comprometimento da organização com a qualidade de vida;
d) Comprometimento da organização com a responsabilidade social;
e) Comunicação interna;
f) Comunicação externa;
g) Análise crítica pela organização;
h) Controle de documentos;
i) Prática do exercício de cidadania;
j) Aprendizagem organizacional.
Para chegar-se ao método proposto, quatro momentos foram necessários: no primeiro
foi feita a correlação entre as dimensões propostas por Sachs (1986), pelo praticado pelo PNQ
e pelo Dow Jones e seus respectivos indicadores. No segundo momento, o estabelecimento
das dimensões propostas e seus respectivos indicadores; na seqüência, a partir de critérios que
oportunamente serão detalhados, a determinação da pontuação máxima para cada indicador
usada na análise da sustentabilidade e finalmente, num quarto momento, a criação de faixas
de sustentabilidade para localizar a organização em relação ao seu grau de excelência.
O método MAIS classifica as organizações em três estágios:
1) Insustentável: a organização que estiver nessa situação, em não modificando seu
modo de proceder, em não repensando sua forma de interface com o meio ambiente e
a sociedade com quem convive, terá extrema dificuldade em sobreviver num mercado
cada vez mais consciente da necessidade da modificação da relação de produção e
consumo;
29
2) Em busca de sustentabilidade: são organizações que buscam integrar seus sistemas
de gestão, para a sobrevivência no mercado, para o fortalecimento de sua imagem e a
convivência harmônica com a sociedade;
3) Sustentável: as organizações posicionadas nessa faixa podem ser caracterizadas como
empresas cidadãs, uma vez que praticam responsabilidade social, o que as torna
diferenciadas, e certamente são empresas cada vez mais sustentáveis.
A classificação segue a pontuação expressa no Quadro 2.
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 2 – Método MAIS: Faixas de sustentabilidade com sua pontuação correspondente.
Para Oliveira, (2002) a pretensão do método é que pela localização de uma
organização, segundo determinada faixa de sustentabilidade proposta, permita a reflexão dos
gestores da organização para o estabelecimento de políticas e melhoria e novas formas de
gestão.
2.3.7 Índice Dow Jones de sustentabilidade
Em setembro de 1999, foi lançado o Índice do Grupo de Sustentabilidade Dow Jones
(DJSGI – Dow Jones Sustainability Group Index), considerado o primeiro índice global que
pretendia rastrear o desempenho das companhias líderes em relação ao desenvolvimento
sustentável.
O DJSGI é uma parceria entre o Dow Jones Indexes, organização responsável pela
apuração dos índices da Bolsa de Valores de Nova York e o SAM - Sustainability Group,
organização sediada em Zurique, especializada em administração de ativos, investimentos em
empresas e pesquisa de cenários e classificação de empresas quanto à sustentabilidade
(DJSGI, 2000).
O DJSGI apresenta condições de atender a essas exigências combinando o
conhecimento especializado e recursos de seus sócios: Dow Jones & Company, o provedor de
índice econômico mais importante do mundo e SAM - Grupo de Estudos da Sustentabilidade,
30
uma companhia independente, pioneiro e mundialmente famoso em avaliação de
sustentabilidade corporativa.
A avaliação de sustentabilidade corporativa do índice de grupo de sustentabilidade
Dow Jones é o centro da metodologia do índice DJSGI. A avaliação de sustentabilidade
corporativa DJSGI é aplicada para quantificar o desempenho enfocado na busca da
oportunidade de sustentabilidade da companhia – por exemplo, contemplando exigência de
mercado por serviços e produtos sustentáveis - e reduzindo, de preferência evitando, os riscos
e custos da sustentabilidade.
Cada uma das companhias avaliadas é designada por um escore de sustentabilidade
corporativa. O escore máximo é de 74 pontos, divididos da seguinte forma: 36 pontos para a
busca de oportunidade de sustentabilidade; 36 pontos para a redução e impedimento de custos
e riscos de sustentabilidade e 2 pontos para a qualidade de informação disponível (DJSGI,
2000).
Companhias que se comprometem com a sustentabilidade atingem suas metas de
negócios integrando oportunidades de crescimento social, ambiental e econômico dentro de
suas estratégias de negócios. Companhias sustentáveis não somente administram fatores
econômicos, afetando seus negócios, mas também os fatores sociais e ambientais.
Segundo o DJSGI (2000), o desempenho superior está diretamente relacionado a um
compromisso da empresa para os cinco princípios da sustentabilidade corporativa, sendo eles:
1) Tecnologia: a criação, produção e entrega de produtos e serviços deveriam ser
baseados em tecnologias inovadoras e organização que utiliza recursos naturais,
sociais e financeiros, de maneira eficiente, efetiva e mais econômica no longo prazo.
2) Governo: a sustentabilidade corporativa deveria ser baseada em altos padrões de
governo corporativo, incluindo responsabilidade gerencial, capacidade organizacional,
relações com stakeholders e cultura corporativa.
3) Acionistas: as exigências de acionistas deveriam ser conhecidas pelo volume de
retorno financeiro, crescimento econômico de longo prazo, aumento de produtividade
de longo prazo, competitividade global aguçada e contribuições para o capital
intelectual.
4) Indústria: companhias sustentáveis deveriam conduzir a mudança de sua indústria em
direção à sustentabilidade, demonstrando seu compromisso e divulgando seu
desempenho superior.
31
5) Sociedade: companhias sustentáveis deveriam encorajar o bem estar social duradouro,
pela sua apropriada e oportuna resposta para a rápida mudança social, evolução
demográfica, fluxo migratório, mudança da tendência cultural e para a necessidade de
aprendizagem vitalícia e educação continuada.
O Quadro 3 demonstra os critérios de pontuação do índice de sustentabilidade Dow
Jones.
Fonte: DJSGI, 2000
Quadro 3 – Critérios (Oportunidades, Riscos e Qualidade de Informação) de Pontuação do Índice
Dow Jones de Sustentabilidade.
2.3.8 Modelo Guia Exame de sustentabilidade 2007
Empresas nasceram para dar lucro e assim assegurar seu futuro, mas hoje está claro
que esse lucro não será alcançado no longo prazo se seus impactos na sociedade e no meio
ambiente não forem administrados.
O Guia Exame de Sustentabilidade 2007 contou com um parceiro do mundo
acadêmico, o Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, na tarefa de
avaliar a atuação financeiro-social-ambiental de 14 das maiores empresas brasileiras.
O Guia Exame de Sustentabilidade 2007 chega em um momento de profunda reflexão
das empresas, pressionadas pelas ameaças de aquecimento global, pela escassez cada vez
maior de recursos naturais e pela necessidade brutal de atrair os melhores talentos e se
posicionar perante a sociedade.
O método é dividido em duas etapas, na primeira as empresas participantes
preencheram um questionário, dividido em quatro partes. Uma delas abordava questões
32
introdutórias sobre compromissos, transparência e governança corporativa, questões essas
elaboradas pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. As demais tratavam
dos aspectos econômico-financeiro, social e ambiental. As respostas foram analisadas
estatisticamente, de modo a excluir empresas que tiveram desempenho abaixo da média em
alguma das dimensões do questionário.
Com base nessa análise, as empresas que restaram passaram por uma aferição na qual
foram verificadas as respostas ao questionário. A analise estatística e a aferição foram as
bases para a decisão dos oito membros do Conselho Consultivo, que elegeram as 20 empresas
modelo que figuram no Guia Exame de Sustentabilidade 2007.
Os membros do Conselho Consultivo que escolheram as empresas modelo são
professores, pesquisadores, membros de conselhos de ONGs, institutos e centros de pesquisa,
os quais desenvolvem atividades relacionadas à gestão sócio-ambiental de organizações.
A lista de empresas que aparecem no Guia Exame de Sustentabilidade 2007, não são
empresas perfeitas, mas sim os melhores exemplos de grandes empresas brasileiras que estão
conseguindo adaptar seus negócios aos novos tempos. Em todas elas, a sustentabilidade é
tratada como algo a ser constantemente aprimorado.
A seguir citam-se algumas empresas que foram consideradas as melhores do Brasil em
seus ramos:
1) Promon Engenharia: empresa fundada em 1960 oferece aos seus clientes projetos de
alta complexidade em diversas áreas, energia elétrica, óleo, gás, petroquímica,
metalurgia entre outros. A Promon Engenharia dissemina o conceito de
“empreendimento verde” e exige que seus fornecedores também adotem praticas
sustentáveis nos negócios. Segundo o Diretor-Presidente da Promon, Sr. Luiz Ernesto
Gemignani em uma obra o número de fornecedores pode chegar a 2.000 (dois mil),
então os mesmos passam por auditorias as quais têm alguns pontos chaves: todos os
colaboradores registrados, uniformes de trabalho e uso dos EPI – Equipamentos de
Proteção Individual, treinamentos periódicos e uso de produtos de baixo impacto
ambiental. Outra preocupação é a redução do consumo dos recursos naturais, a
empresa implementou um programa de troca de torneiras comuns por automáticas em
sua sede, localizada no bairro de Vila Olímpia, São Paulo, onde a redução no consumo
de água foi da ordem de 40%.
2) CPFL Energia: maior grupo privado do setor elétrico brasileiro começou atuar em um
novo mercado a partir de outubro de 2007, a venda de créditos de carbono. A CPFL
33
Energia trocou equipamentos de suas hidroelétricas por novas tecnologias, as quais
aumentaram sua produção de energia em até 80%. Com esse aumento de geração com
uma melhor qualidade, houve uma redução considerável na emissão de gases que
causam o efeito estufa. A modernização custará a CPFL Energia cerca de 95 milhões
de reais, porém segundo o Diretor-Presidente da CPFL Energia, Sr. Ferreira Junior,
em cinco anos a estimativa é de que a venda de créditos de carbono possa chegar a 70
milhões de euros. Parte desse valor obtido através da venda dos créditos de carbono
serão utilizados nos projetos ambientais que a empresa desenvolve nas cidades onde
estão localizadas suas hidroelétricas.
3) Aracruz Celulose: destaque no mercado financeiro mundial, a Aracruz Celulose é a
única empresa florestal do mundo que figura no Índice Dow Jones de Sustentabilidade
da Bolsa de Nova York. A empresa também é a primeira na América Latina a assumir
metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Atualmente a Aracruz
Celulose tem um estoque de créditos de carbono de 15 milhões de toneladas.
4) Caterpillar: instalada na cidade de Piracicaba-SP há três décadas, a empresas liderou
a criação de uma agenda de crescimento sustentável para o município. Até hoje já
foram desenvolvidos 146 projetos nas mais diversas áreas. Em uma pesquisa realizada
em 2006 com 400 habitantes, 82% dos entrevistados avaliaram que a qualidade de
vida melhorou e que a melhora sentida foi na área da saúde. A Caterpillar Brasil
investiu cerca de 43 milhões de reais em projetos de responsabilidade social e
ambiental em 2006.
5) Elektro Energia: ex-subsidiária da americana Enron, que entrou em concordata em
2001, a empresa passou a desenvolver uma série de ações para se aproximar da
comunidade com a qual presta seus serviços, são 223 cidades no Mato Grosso do Sul e
5 em São Paulo. Entre os vários projetos desenvolvidos pela Elektro, destaca-se o
programa Energia Comunitária, lançado em outubro de 2006 que consistia em criar
centros de capacitação técnica para jovens para formação de eletricistas residenciais,
cursos de informática, montagem de bibliotecas, ações para combater os riscos dos
“gatos” e desperdícios de energia elétrica. A empresa trocou cerca de 200 geladeiras
antigas que consumiam muito, por novas geladeiras de consumo mais baixo, troca da
instalação elétrica nas ruas e dentro das casas; essas ações resultaram em uma
economia estimada em 77% de energia por mês.
34
2.4 Indicadores de ecoeficiência
O termo "eco eficiência" foi introduzido em 1992 pelo WBCSD – World Business
Council for Sustainable Development, através da publicação de seu livro "Changing Course",
sendo endossado pela Conferência do Rio (Eco 92) como uma forma das organizações
implementarem a Agenda 21 no setor privado. Desde então, tem-se tornado um sinônimo de
uma filosofia de gerenciamento que leva à sustentabilidade, e como foi um conceito definido
pelo próprio mundo dos negócios, está se popularizando muito rapidamente entre os
executivos de todo o mundo.
De acordo com o WBCSD, a eco eficiência é obtida pela entrega de bens e serviços
com preços competitivos que satisfazem as necessidades humanas e trazem qualidade de vida.
Progressivamente reduzindo impactos ambientais dos bens e serviços através de todo o ciclo
de vida para um nível em que a capacidade da Terra possa suportar. Este conceito descreve
uma visão para a produção de bens e serviços que possuam valor econômico enquanto
reduzem os impactos ecológicos da produção. Em outras palavras, eco eficiência significa
produzir mais com menos.
Segundo Relatório de Eco eficiência da COPESUL – Companhia Petroquímica do Sul
divulgado em 2001, eco eficiência é otimizar o consumo de água, energia e matérias-primas e
prevenir os riscos. Ampliar o uso de recursos naturais renováveis e planejar cuidadosamente o
consumo dos não-renováveis.
Localizada em Triunfo – RS, a COPESUL adota as mais avançadas tecnologias de
produção petroquímica e de controle ambiental, visando o desenvolvimento sustentável do
seu negócio e do país. Certificada pelas normas ISO 9001:2000, ISO 14001 e OHSAS 18001,
é reconhecida como empresa de classe mundial, pois busca continuamente avançar em seus
padrões de qualidade para atender as demandas dos clientes, manter-se competitiva no
mercado internacional, garantir a segurança operacional, a saúde das pessoas e a proteção do
meio ambiente, participando da vida da comunidade.
As principais iniciativas de eco eficiência da COPESUL, alinhadas aos princípios do
desenvolvimento sustentável, são a minimização das perdas na utilização das matérias-primas,
a redução do nível de insumos energéticos necessários ao processo industrial e a maximização
do uso sustentável dos recursos naturais.
Outros importantes programas de melhoria contínua se referem à redução da geração de
efluentes líquidos (orgânicos e inorgânicos), de resíduos sólidos e de emissões atmosféricas.
35
2.5 Legislação e Normas
2.5.1 Normas Reguladoras sobre a questão ambiental no Brasil
Segundo Almeida (2005), o Brasil possui boas leis ambientais, o problema é que na
maior parte essas não são cumpridas de maneira adequada. Com o passar do tempo várias leis,
decretos e resoluções que abordam questões ambientais foram formuladas e implantadas.
Essas normas vêm seguindo uma tendência internacional, onde países têm se mostrado mais
preocupados com questões de poluição, degradação do meio ambiente, emissão de poluentes e
aquecimento global.
Pode-se citar a lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, a qual dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, apresenta seu objetivo no artigo 2º Artigo:
“A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”
(BRASIL, 1981, p.1).
Esse artigo apresenta informações sobre uso do solo, do subsolo, da água e do ar,
controlando as atividades de potencial ou efetivamente poluidoras. Solicita também o
acompanhamento, recuperação e proteção de áreas degradadas.
Segundo a mesma lei, tem se alguns conceitos a serem esclarecidos:
1) Meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abrigam e regem a vida em todas as suas formas;
2) Degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio
ambiente;
3) Poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indireta:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.
36
4) Poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta
ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
5) Recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera.
Seguindo o estudo dessa lei, nesse momento foi criado o CONAMA – Conselho
Nacional do Meio Ambiente que é composto pelos seguintes órgãos:
1) Representantes dos Governos dos Estados;
2) Presidentes das Confederações Nacionais da Indústria, Agricultura e do Comércio bem
como das Confederações Nacionais dos Trabalhadores na Indústria, na Agricultura e
no Comércio;
3) Presidentes da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e da Fundação Brasileira
para a Conservação da Natureza; e
4) 2 (dois) representantes de associações legalmente constituídas para a defesa dos
recursos naturais e de combate à poluição, a serem nomeados pelo Presidente da
República.
A evolução das leis ambientais, nesse momento, está protegendo diretamente o meio
ambiente, isso não acontecia no inicio dos anos 80, pois naquela década o ordenamento
jurídico tinha objetivo de proteção econômica e não ambiental.
No artigo 225 da Constituição Federal do Brasil de1988, temos a lei maior que trata
sobre as regras de conduta sobre o meio ambiente no Brasil, sendo isso uma ratificação de
algumas normas e decretos já existentes e base para outras que viriam a ser escritas e
implementadas, estabelece em seu artigo 225 que:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações” (BRASIL, 1988 p. 126).
Nessa mesma linha de pensamento em 1997 foi implementada a Resolução nº 237 do
CONAMA, a qual trata sobre a questão do Licenciamento Ambiental e as competências dos
órgãos públicos para tal procedimento.
2.5.2 Modalidades de Licenciamento Ambiental
37
Em consonância com a legislação ambiental vigente, considerando a localização, a
natureza, as características, o porte e o potencial poluidor e ou degradador de
empreendimentos, atividades ou obras, o órgão competente para tal, por exemplo, no Rio
Grande do Sul seria a FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental expedirá as
seguintes modalidades de licenciamento ambiental:
1) Licenciamento Ambiental Prévio – LP: é a licença ambiental concedida na fase
preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua
localização e concepção, atestando sua viabilidade ambiental; deve ser requerido antes
das obras ou de quaisquer intervenções preparatórias para a instalação. Durante o
processo de análise de viabilidade ambiental para a implantação do empreendimento
na localização solicitada, verificando a potencialidade de significativa poluição e ou
degradação do meio ambiente, a autoridade ambiental exigirá do empreendedor a
elaboração e apresentação do EIA – Estudo de Impacto Ambiental e do seu respectivo
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para qual se dará publicidade.
O prazo de validade da LP será estabelecido pela autoridade ambiental competente
considerando o cronograma para elaboração e apresentação dos estudos ambientais
por parte do empreendedor, sendo passível de renovação.
2) Licenciamento Ambiental de Instalação – LI: é a licença ambiental que autoriza a
instalação do empreendimento ou atividade, de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas, projetos e ou sistemas aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, sendo que seu prazo de
validade será estabelecido pela autoridade ambiental concedente, considerando o
cronograma para instalação do empreendimento, atividade ou obra. Ela deve ser
requerida quando da elaboração do projeto do empreendimento, atividade ou obra,
contendo as medidas de controle ambiental, podendo ser renovada com antecedência
mínima de 30 dias do vencimento do seu prazo de vigência. A fim de garantir o
cumprimento das condicionantes e restrições ambientais impostas, durante a fase de
execução das obras de instalação das medidas e/ou dos sistemas de controle ambiental,
o órgão poderá exigir o cumprimento do cronograma das etapas sujeitas ao seu
controle.
3) Licenciamento Ambiental de Operação – LO: é a licença ambiental que autoriza a
operação da atividade ou empreendimento, após verificação do efetivo cumprimento
do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambientais e demais
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condicionantes determinadas para a operação. Ela deve ser requerida antes do início
efetivo da operação ou funcionamento do empreendimento. O seu prazo de validade
será estabelecido pelo órgão licenciador de acordo com a natureza e potencial de
impacto ambiental, devendo ser renovada ao final do prazo concedido, sendo que
quando do requerimento da renovação, independentemente do porte do
empreendimento ou do seu potencial poluidor e ou degradador, poderá ser exigida pela
autoridade ambiental ao empreendedor, a apresentação de relatórios periódicos dos
trabalhos de controle e/ou recuperação ambiental, desenvolvidos segundo o plano de
controle ambiental, projeto básico ambiental, projeto de sistema de controle ambiental
ou EIA/RIMA aprovado.
Segundo o IBPS – Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental, o
Brasil dispõe de uma legislação ambiental federal, composta por leis, decretos, resoluções,
medidas provisórias que regulamentam as ações relacionadas com as questões ambientais. No
Quadro 4 apresentam-se alguns itens.
Identificação Conteúdo
Capítulo VI
Constituição Federal
Dispõe sobre o Meio Ambiente
Lei Federal 9.605/98
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Decreto 3.179/99
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Lei 6.839/81
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei Federal 6.938/81
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins, mecanismos de
formulação, aplicação e estrutura do Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Lei Federal - 7.804/89
Altera a redação de alguns dispositivos das Leis 6.803/80 e 6.938/81. Altera, na Lei
6.938/81, o artigo 1º; o inciso V, do artigo 3º; os incisos I a VI, do artigo 6º; o artigo
7º e seus parágrafos; o inciso II, do artigo 8º; os incisos VI, X, XI e XII, do artigo 9º;
o artigo 10 e seu parágrafo 4º; o artigo 15 e seus parágrafos; o artigo 17 e seus
incisos I e II; revoga o artigo 16 e inclui o artigo 19. Substitui, na Lei 6.803/81 e na
Lei 6.938/81, a sigla Secretaria de Estado do Meio Ambiente por Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Lei Federal - 9.017/95
Estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos e insumos químicos,
que possam ser destinados à elaboração da cocaína em suas diversas formas, e
de outras substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou
psíquica.
Lei Federal - 9.795/99
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências.
Lei Federal - 9.985/00
Regulamenta o artigo 225 da Constituição Federal Brasileira e institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC.
Lei Federal – 10.165/00
Institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA e Taxa de Vistoria.
Acresce os artigos 17-A a 17-O, à Lei Federal 6.938/81.
Lei Federal – 10.257/01
Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo
diretrizes gerais da política urbana – Estatuto da Cidade. O aspecto mais relevante
introduzido por esta lei é o instituto do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que
visa contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade
quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades.
Decreto Federal - Promulga a Convenção 148 da Organização Internacional do Trabalho, referente à
Continua...
39
93.413/86
proteção dos trabalhadores contra os riscos profissionais devidos à contaminação
do ar, ao ruído e à vibração no local de trabalho.
Decreto Federal -
2.018/96
Regulamenta a Lei nº 9.294/96, dispondo sobre o uso e a propaganda de produtos
fumígenos não proibidos em lei, derivados ou não do tabaco, de bebidas alcoólicas,
de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas. Revoga os artigos 42 a 44
do Decreto nº 98.816/90, que dispunha sobre a propaganda comercial de
agrotóxicos.
Decreto Federal –
2.120/97
Dá nova redação aos artigos 5º, 6º, 10º e 11º do Decreto Federal 99.274/90,
alterando a estrutura e o sistema administrativo do CONAMA.
Decreto Federal -
2.657/98
Promulga a Convenção Internacional nº. 170 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), relativa à segurança na utilização de produtos químicos no
trabalho.
Decreto Federal -
3.665/00
Dá nova redação ao Regulamento para fiscalização de produtos controlados pelo
Exército. Tem por finalidade estabelecer as normas necessárias para a correta
fiscalização das atividades exercidas por pessoas físicas e jurídicas, que envolvem
produtos controlados pelo Ministério do Exército.
Decreto Federal -
3.834/01
Regulamenta o artigo 55, da Lei nº. 9.895/00, estipulando que as unidades de
conservação e as áreas protegidas criadas em data anterior à Lei nº 9.985/00, e
que não pertençam às categorias nela previstas, serão reavaliadas pelo IBAMA,
visando ajusta-las à referida lei.
Resolução - 01/86 -
CONAMA
Institui e regulamenta o EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de
Impacto Ambiental, como instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
Estabelece, no art. 2º, as atividades que são obrigadas a apresentar perante ao
órgão ambiental competente, os devidos EIA/RIMA.
Resolução - 11/86 -
CONAMA
Altera o inciso XVI e acrescenta o inciso XVII, ao artigo 2º, da Resolução CONAMA
1/86, dispondo sobre a utilização de carvão vegetal em quantidade superior a dez
toneladas por dia e projetos agropecuários que contemplem área acima de
1.000ha, ou quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental.
Resolução - 273/00 –
CONAMA
Estabelece que a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e
operação de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de
sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis dependerão de prévio
licenciamento do órgão ambiental competente.
Fonte: IBPS, 2007.
Quadro 4 – Legislação Federal ambiental brasileira.
2.5.3 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) - ISO 14000
Precedida pela ISO 9000, série de normas referentes à qualidade dos processos e
produtos, a série ISO 14000 se apresenta como o grande desafio e objeto de necessidade e
aspiração de muitas indústrias, a começar pelo Sistema de Gestão Ambiental.
Não só pelo sucesso da predecessora ISO 9001 e suas variações 9002 e 9003, a norma
ISO 14001, por se tratar de um fator de conquista de mercado e por facilitar o aumento da
produtividade, tende a ser adotada por todas as empresas consideradas líder nos seus
respectivos segmentos. Segundo Oliveira (2002) a adoção da norma pelas líderes produzirá o
efeito dominó nas concorrentes, que não poderiam suportar uma perda substancial de
mercado, sob pena de comprometimento do futuro da empresa.
As normas ISO 14000 incluem uma ampla variedade de disciplinas ambientais, como
o já citado Sistema de Gestão Ambiental, Auditoria Ambiental, Rotulagem Ambiental,
Avaliação de Desempenho Ambiental, Avaliação do Ciclo de Vida, Aspectos Ambientais em
Continuação
40
normas de produto e outras. Elas tendem a ser adotadas como pré-requisitos em diversos
setores produtivos de grande escala no mundo.
Não só a evolução da questão ambientalista, com todos os seus momentos importantes,
colaborou para o surgimento do conjunto ISO 14000.
A (NBR) ISO 14.001, ao propor metodologias e normatizações relativas à qualidade
ambiental, torna-se um dos marcos da mudança de filosofia de produção. A ISO 14.001
fornece os mecanismos e as ferramentas para que qualquer processo produtivo esteja em
conformidade com os padrões de qualidade ambiental estabelecidos por força legal ou pela
própria organização, caso estes sejam melhores.
O Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), uma vez implantado em um
determinado processo produtivo, fornece os mecanismos gerenciais para que a organização,
além de obter óbvios benefícios ambientais, possa proporcionar aos stakeholders uma série de
vantagens sociais e mesmo econômicas. A implantação de um SGA constitui uma estratégia
para que o empresário, em processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que
reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente, de forma
integrada à situação de conquista de mercado e de lucratividade. Uma de suas limitações,
possivelmente a maior delas, é que a norma e seus requisitos e recomendações, não podem ter
sucesso se não houver um engajamento integral de todos os colaboradores da organização, da
alta administração e gerência aos funcionários, fornecedores e até mesmo clientes.
A ISO 14001 é aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações e acomodará
condições geográficas, culturais e sociais diversas. Incluirá ainda os setores de serviços e de
manufatura.
2.5.4 Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional: Norma BS 8800
No século XX a palavra de ordem era "lutar pela sobrevivência". Essa época é
considerada a pré-história da saúde do trabalhador, onde as jornadas de trabalho eram
extremamente longas, com presença de crianças na indústria, onde os salários eram muito
baixos, as moradias eram precárias, faltava higiene e saneamento, havia esgotamento físico,
acidentes do trabalho, subalimentação e aumento da morbidade e mortalidade (OLIVEIRA,
2002).
A partir de 1930 a proteção do trabalhador ganhou impulso no campo político e
legislativo, havendo uma reestruturação da ordem jurídica trabalhista e inúmeros instrumentos
jurídicos foram editados. As leis disciplinando as relações trabalhistas acabaram por originar
um sistema fragmentado e falho em virtude da quantidade surgida. Todos os textos legais
41
foram reunidos com várias inovações e sendo promulgada em 1943, pelo Decreto-Lei nº
5.452, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, cujo artigo 154 e seguintes tratam da
saúde do trabalhador, sob o título de Higiene e Segurança do Trabalho.
Oliveira (2002) ainda nos trás que após a Primeira Guerra Mundial e até 1968, as
palavras de ordem eram "a luta pela melhoria das condições de trabalho". O corpo humano
aparece como ponto de impacto das condições de trabalho e a preocupação com a proteção do
mesmo passou a ser primordial. O movimento operário ganhou bases sólidas e força política,
e como resultado houve diminuição da jornada de trabalho, criação da medicina do trabalho,
dos sistemas de previdência e de comitês de higiene e segurança.
Após 1968 as palavras de ordem eram "mudar de vida", essa data marca o
reconhecimento por parte do patronato, da necessidade de levar em conta as reivindicações
qualitativas da classe operária. O trabalho foi reconhecido como causa de alienação. O
sofrimento psíquico permanece não analisado pela dificuldade do movimento operário em
levar adiante uma discussão sobre um tema tão complexo como a saúde mental.
Entre 1968 e 1985 surgiu a administração de recursos humanos com preocupações
voltadas ao desenvolvimento organizacional e questões envolvendo segurança e saúde do
trabalho. Percebe-se neste período, uma ação sindical mais intensa.
A organização do trabalho constitui o objeto principal das tentativas da melhoria
contínua da Qualidade de Vida no Trabalho - QVT por parte das organizações, de modo que,
ao mesmo tempo em que se eleve o nível de satisfação do pessoal, se eleve também a
produtividade do setor produtivo, como resultado de maior participação dos trabalhadores nos
processos relacionados ao seu desempenho.
Uma das dificuldades na investigação da qualidade de vida nas organizações reside na
diversidade das preferências humanas, nas diferenças individuais dos valores pessoais e o
grau de importância que cada trabalhador dá ás suas necessidades, implicando provavelmente
em custo operacional.
A norma britânica BS 8800 é um guia de diretrizes bastante genéricas que é aplicável
tanto em indústrias complexas de grande porte e altos riscos, como para organizações de
pequeno porte de baixo risco. A norma pode atender a todas as partes interessadas podendo
auxiliar:
1) Na minimização dos riscos para os trabalhadores e terceiros;
2) Na melhoria do desempenho da organização;
3) No estabelecimento de uma imagem de responsabilidade perante o mercado.
42
É importante frisar que a norma é compatível com a legislação brasileira, notadamente
com as Normas Regulamentadoras - NR's do Ministério do Trabalho pode se complementar a
outros sistemas de gestão praticados, sendo perfeitamente integrável as séries de Normas ISO
9000 e ISO 14000.
Como qualquer norma definidora de princípios de comportamento e de gerenciamento,
é importante que a organização ao assumi-la tenha previamente estabelecido uma política de
saúde e segurança no trabalho. Nessa política não podem faltar, por exemplo, requisitos
como: o reconhecimento de que saúde e segurança é parte integrante do desempenho da
organização; o comprometimento com alto nível de desempenho e melhoria da relação custo-
benefício; o fornecimento de recursos adequados e apropriados a execução do sistema; o
estabelecimento de objetivos, metas e sua divulgação aos interessados; o envolvimento de
todas as partes interessadas em sua formatação, análise crítica periódica e sua melhoria
contínua.
Para Oliveira (2002) a implantação de um sistema de gestão com base na norma BS
8800, deve levar em conta alguns elementos:
1) Análise crítica inicial da organização;
2) Política de saúde e segurança;
3) Planejamento;
4) Estrutura e responsabilidade;
5) Documentação e controle de documentos;
6) Verificação e ação corretiva.
2.5.5 Norma AS 8000 – Responsabilidade social
A norma sobre responsabilidade social AS 8000, foi elaborada pela SAI – Social
Accountability International com sede em Londres. Segundo Oliveira (2002), os requisitos
constantes na norma que conferem um determinado grau de responsabilidade social são os
seguintes:
1) Trabalho infantil: a organização não deve se envolver com ou apoiar a prática da
utilização do trabalho infantil.
2) Trabalho forçado: a organização não deve se envolver com ou apoiar a utilização de
trabalho forçado, nem exigir “caução” aos novos colaboradores, quer seja em dinheiro
ou a retenção de documentos.
43
3) Saúde e segurança: a organização deve proporcionar um ambiente de trabalho seguro,
saudável e agradável, tomando medidas adequadas para a prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais.
4) Liberdade de associação e direito à negociação coletiva: deve a organização, respeitar
o direito dos trabalhadores da formação ou a associação a sindicatos de sua escolha e
de negociar coletivamente.
5) Discriminação: a organização não deve se envolver ou apoiar a discriminação na
contratação, remuneração, acesso a treinamento, promoção, encerramento de contrato
ou aposentadoria, baseado em raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência,
sexo, orientação sexual, associação a sindicato ou afiliação política partidária.
6) Práticas disciplinares: deve a organização, abster-se de praticar ou apoiar a punição
corporal, mental ou coerção física e abuso verbal.
7) Horário de trabalho: é o cumprimento das leis aplicáveis e com os padrões da indústria
sobre horário de trabalho e pausas.
8) Remuneração: a empresa deve assegurar que a remuneração do trabalho satisfaça pelo
menos os padrões mínimos praticados pela indústria e deve sempre ser suficiente para
atender às necessidades básicas dos trabalhadores.
9) Sistema de gestão: deve ser a partir da definição, pela alta administração, de uma
política da empresa para a responsabilidade social que assegure o comprometimento
para atender a todos os requisitos desta norma, o comprometimento com a observância
das leis nacionais e instrumentos internacionais, o comprometimento com a melhoria
contínua, o planejamento e implementação com a tomada de ações corretivas quando
for o caso, o controle de fornecedores, registros; sua publicidade e a comunicação
clara e regular com todas as partes interessadas.
2.6 Plano de ação
De acordo com Kotler (2003), plano de ação é um instrumento utilizado pelas
empresas e por pessoas, o qual tem por objetivo indicar com clareza o que será feito, quem irá
fazer, onde, por quanto tempo e quais serão os custos envolvidos. Para traçar um plano de
ação é indispensável à identificação do problema, o qual é condição básica para definição do
objetivo e das metas, os mesmos podem ser conceituados como:
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1) Objetivo: intenções e os resultados esperados o projeto ou programa orientando seu
desenvolvimento;
2) Metas: estabelecem os efeitos esperados em um tempo determinado, devem ser
específicas, viáveis e mensuráveis;
Segundo Kotler (2003), além dos objetivos e metas, o plano de ação engloba
outros fatores, como:
1) Atividades: procedimentos do projeto ou programa que são direcionados à obtenção
dos resultados desejados;
2) Insumos: recursos usados no projeto ou programa que incluem recursos financeiros,
humanos ou materiais;
3) Produtos: efeito das atividades do programa ou projeto;
4) Resultados: os efeitos na população alvo, os resultados incluem vários tipos de efeitos
podendo focalizar o conhecimento e os comportamentos;
5) Impactos: efeitos acumulados dos projetos ou programas, não são atribuídos a somente
um único programa
A execução do plano de ação deve ser monitorada e avaliada. Após sua execução deve
ser avaliado os seguintes itens:
1) Eficácia: o trabalho atingiu seus objetivos e metas?
2) Eficiência: as estratégias e procedimentos utilizados para atingir os objetivos e metas
foram adequados?
3 MÉTODOS E MATERIAIS
3.1 A classificação da pesquisa
A classificação da pesquisa foi definida com base em Silva e Menezes (2001), os quais
especificam quatro pontos de vista, de acordo com: sua natureza, da forma de abordagem do
problema, dos objetivos e dos procedimentos técnicos.
A pesquisa sob o ponto de vista da natureza, é uma pesquisa aplicada, que tem como
objetivo diagnosticar e definir ações estratégicas para que uma empresa do ramo têxtil alcance
a sustentabilidade organizacional, por meio da aplicação de um método, para a obtenção de
informações importantes no auxílio na tomada de decisão quanto à adequação as exigências
das normas ambientais.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, é uma pesquisa quantitativa,
com o levantamento dos valores das contas ambientais existentes na empresa pesquisada.
Do ponto de vista dos seus objetivos, conforme Gil (1991 apud SILVA e MENEZES,
2001), é uma pesquisa descritiva, tendo em vista que, há pouco conhecimento acumulado
sobre empresas sustentáveis. Seu principal objetivo é a aplicação de um modelo de avaliação
da sustentabilidade que visa à obtenção de informações importantes no auxílio na tomada de
decisão. As fontes de evidência do presente estudo envolvem levantamento bibliográfico,
entrevistas com colaboradores, análise documental e observação do pesquisador.
Ao tratar dos procedimentos técnicos, este estudo caracteriza-se, de acordo com Gil
(1991 apud SILVA e MENEZES, 2001), um estudo de caso, com a coleta e o registro de
informações, elaborando-se um diagnóstico de ações. O estudo de caso para Vergara (1997),
tem por característica ser circunscrito a uma ou poucas unidades, apresentando um caráter de
profundidade e de detalhamento.
Para Yin (2001), o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, em que os limites entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidos, e é baseada em várias fontes de evidência.
46
3.2 A contextualização do município de Erechim
O município de Erechim foi emancipado em 1918 e nesses 91 anos, Erechim se
transformou em cidade pólo do Alto Uruguai, integrando-se cada vez mais ao Mercosul,
levando seu nome, seu trabalho e seu progresso além fronteiras.
A cidade de Erechim, segundo dados de 2006 da Fundação de Economia e Estatística -
FEE, conta com uma população total de 93.148 habitantes, desses 92% vivem na área urbana,
enquanto 8% na área rural. Sua área é de 430,8 km² a densidade demográfica é de 216,2
hab/km², a taxa de analfabetismo é de 5,22%. A expectativa de vida é de 73,47 anos e o
coeficiente de mortalidade infantil é de 17,07 por mil nascidos vivos.
Quando se fala em Índice de Desenvolvimento Sócio Econômico, segundo a FEE em
sua última apuração em 2004, o município de Erechim ocupa o 10º lugar no estado do Rio
Grande do Sul com um índice de 0,797.
Ainda segundo a FEE, a economia do município tem como maior fonte de receita a
prestação de serviços, 39%, com 3.524 estabelecimentos, seguida pela indústria, 38%, com
699 estabelecimentos, o comércio, 18%, com 3.413 estabelecimentos e a produção primária,
5%, com 2.521 propriedades rurais. Segundo dados econômicos do ano base 2005, o PIB de
Erechim foi de R$ 1.147.479.876,00 e a renda per capita R$ 11.888,02.
3.3 Caracterização da Empresa
A empresa, objeto deste estudo é a Brendler Confecções Ltda, localizada na Rua
Distrito Federal, 623, bairro centro, na cidade de Erechim, no estado do Rio Grande do Sul.
A empresa foi fundada no ano de 1989 como uma loja de confecções, sendo que a
partir de 1994 iniciou suas atividades industriais na fabricação de roupa íntima feminina. No
ano de 2002 iniciou a fabricação de roupas de ginástica.
A empresa atua em três segmentos distintos, são eles:
1) Varejo: atua no varejo em praticamente todos os estados brasileiros através de
representantes comerciais com a venda para lojistas e pequenas redes;
2) Exportação: atualmente a empresa exporta para cerca de 10 países, nos 5 continentes,
sendo que a exportação corresponde a cerca de 5% do total de sua produção;
3) Private label: produz para grandes grifes nacionais e internacionais, sendo que a
marca é do cliente, isto é, produzir para terceiros.
No anexo A, pode-se verificar o organograma da empresa, no qual se encontram todos
os departamentos e setores da empresa, juntamente com as linhas de hierarquia e de
comunicação.
47
Atualmente a empresa conta com duas unidades de produção, podendo visualizá-
las nas Figuras 3 e 4.
Fonte: Brendler, 2008.
Figura 3: Unidade I de Produção da Brendler Confecções Ltda.
Fonte: Brendler, 2008.
Figura 4: Unidade II de Produção da Brendler Confecções Ltda.
Etapa 4
ETAPA 4 – DETERMINAR O INVESTIMENTO PARA
IMPLANTAÇÃO DOS FATORES DA
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
Etapa 1
ETAPA 1 - INICIALIZAÇÃO DO TRABALHO
Definição do foco da pesquisa, da empresa estudada e
caracterização da empresa.
Detalhamento do processo produtivo da empresa.
FASE 1
FASE 2
Etapa 2
Diagnóstico atual da empresa com relação à sustentabilidade
or
g
anizacional
Escolha do modelo de avaliação da sustentabilidade
or
g
anizacional
Necessidade de adaptação/adequação do método
ETAPA 2 – APRESENTAÇÃO DOS FATORES DA
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
FASE 1
FASE 2
FASE 3
Etapa 3
Seleção dos itens alcançados para a sustentabilidade
organizacional
Identificação do estágio de sustentabilidade organizacional
da empresa
ETAPA 3 – IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DE
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL DA
EMPRESA
FASE 1
FASE 2
Definição dos itens implementados e apresentação da
estratégia de implantação
FASE 3
3.4 Procedimentos Metodológicos
Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizado em quatro etapas. A Figura 5 apresenta
o fluxograma que representa a estrutura metodológica adotada para o desenvolvimento das
atividades da pesquisa. O fluxograma mostra os passos e a seqüência lógica adotada para o
desenvolvimento do estudo na empresa têxtil.
Figura 5: Fluxograma da estrutura metodológica para o desenvolvimento das atividades da pesquisa.
R
E
V
I
S
Ã
O
B
I
B
L
I
O
G
R
Á
F
I
C
A
Etapa 1: INICIALIZAÇÃO DO TRABALHO
Fase 1: Definição do foco da pesquisa, da empresa estudada e caracterização da empresa
A partir de fundamentos adquiridos por meio da revisão bibliográfica sobre
sustentabilidade, definiu-se o foco da pesquisa: uma empresa industrial do ramo têxtil, de
porte médio da cidade de Erechim – RS. Realizou-se uma visita para apresentar o projeto de
estudo na questão da sustentabilidade para os diretores da empresa, apresentação essa foi feita
levando-se em consideração todos os aspectos para o desenvolvimento do projeto. Ainda
nesta fase foi realizada uma descrição detalhada da empresa em estudo, contendo informações
como: histórico, portfólio de produtos, estrutura administrativa e fabril, classificação quanto
ao regime de constituição da empresa, bem como informações se a empresa possui programas
de responsabilidade social e ambiental. Estes dados foram obtidos por meio de entrevistas
com o responsável pela empresa e por análise de documentos fornecidos pela mesma.
Fase 2: Detalhamento do processo produtivo da empresa
Foi feito o detalhamento de todo o processo produtivo da empresa, e também a
identificação dos aspectos sócio-ambientais inerentes a cada processo produtivo. Os dados
foram obtidos por entrevistas com o responsável pela empresa e com os responsáveis por cada
processo produtivo, bem como análises de documentos fornecidos pela mesma.
Etapa 2: APRESENTAÇÃO DOS FATORES DA SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL
Fase 1: Diagnóstico atual da empresa com relação à sustentabilidade organizacional
Foi realizado um estudo sobre a situação atual da empresa levando em consideração os
aspectos sociais, ambientais e requisitos de eco-eficiência. Este diagnóstico foi feito por meio
de entrevistas e pela análise de documentos fornecidos pela empresa. Foram observados os
aspectos como nível de escolaridade, processo de certificação, política ambiental e
indicadores da área de recursos humanos.
Fase 2: Escolha do modelo de avaliação da sustentabilidade organizacional
Levando em consideração os dados já obtidos da empresa, juntando a isso o porte da
mesma, os objetivos e a visão dos administradores, foi escolhido o modelo de avaliação da
sustentabilidade mais indicado através da análise das características de aplicação nos
diferentes tipos de empresas dos métodos apresentados na revisão bibliográfica.
50
Fase 3: Necessidade de adaptação/adequação do método
Realizou-se uma adaptação/adequação do método mais aproximado para o perfil da
empresa, pois o modelo tem como premissa que a organização já possua certificação ISO
9001 e ISO 14001, sendo que a organização em estudo está em fase de auditoria externa para
certificação da ISO 9001 e programada para início do processo de certificação ISO 14001
para o ano de 2010.
Etapa 3: MENSURAÇÃO DO GRAU DE SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL
Fase 1: Identificação do estágio da sustentabilidade organizacional da empresa
Nesta fase fez-se um levantamento de todas as atividades que a empresa desenvolve,
as quais a mesma acredita ser pertinente a sustentabilidade, a responsabilidade social e
ambiental, bem como eco-eficiência. Estes dados foram obtidos através de entrevistas e
análise de documentos e relatórios.
Em paralelo com as etapas 1 e 2, foi ampliada a revisão bibliográfica sobre desenvolvimento
sustentável, eco eficiência, normas ISO 14000, BS 8800, AS 8000 e métodos de avaliação de
sustentabilidade.
Fase 2: Seleção dos itens alcançados para a sustentabilidade organizacional
Levando em consideração a etapa 1 e 2, nesta fase foram escolhidos os itens, os quais
a empresa precisar melhorar para chegar a um nível de sustentabilidade adequado. Nesse
momento com o resultado do estágio atual da empresa, foram feitas simulações com
atribuição de valores para os indicadores nas dimensões para verificar qual seria o score
mínimo para a organização alcançar o status de Sustentável.
Fase 3: Definição dos itens implantados e apresentação da estratégia de implantação
A definição dos itens a serem implantados foi realizada segundo a pontuação dos
mesmos, pois após as simulações ficou definido que cada indicador deveria ter pontuação
mínima de 6 (seis), caso a pontuação do indicador ficar abaixo desse número, o mesmo deverá
ser implantado. A estratégia de implantação se difere de um indicador para outro passando da
sua existência formal até a sua implantação total.
51
Etapa 4: DETERMINAR O INVESTIMENTO PARA A IMPLANTAÇÃO DOS
FATORES DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
Nesta etapa, foi apurado o investimento e os prazos de implantação e manutenção dos itens
definidos na fase anterior. O investimento e os prazos foram levantados através de uma pesquisa com
empresas especializadas em assessoria e consultoria nas áreas de: segurança do trabalho, cerificação
de normas da qualidade e normas ambientais; consultoria financeira e de treinamentos.
52
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Etapa 1: INICIALIZAÇÃO DO TRABALHO
4.1 Etapa 1 - Fase 1: Definição do foco da pesquisa, da empresa estudada e
caracterização da empresa.
No mês de março, foi agendada uma visita na empresa com o seu diretor geral, onde
na ocasião foi apresentado o projeto e foram tiradas todas as dúvidas pertinentes ao trabalho.
Na ocasião obtivemos a aprovação para a realização do trabalho. A caracterização da empresa
apresentou-se no capítulo de Metodologia.
4.2 Etapa 1 – Fase 2: Detalhamento do processo produtivo da empresa
O processo produtivo da empresa pode ser classificado como linha de produção, sendo
que existem vários setores, os quais fazem suas tarefas específicas.
O processo produtivo da empresa começa na engenharia de produto, departamento no qual
são geradas as novas idéias de produtos, tecidos e estampas. Estes produtos são apresentados
aos clientes, nesse ponto acontece a venda através do departamento comercial.
A Figura 6 apresenta o macro fluxo da empresa.
Fonte: Brendler, 2008.
Figura 6: Macro Fluxo da Brendler Confecções Ltda.
Após a chegada do pedido na empresa se inicia o processo de produção, que pode-se
dividir em quatro partes:
I - Corte: após o processamento do pedido, seguindo uma prioridade de data de entrega,
os insumos chegam à empresa, sendo que o pedido é separado em ordens de produção com
uma determinada quantidade, sendo que para cada pedido a empresa compra os insumos, os
tecidos vão para o departamento de corte, o qual utiliza equipamentos de ultima geração para
efetuar essa tarefa. Nesse momento existe a primeira inspeção de qualidade, ressaltando que
todas as peças são inspecionadas, na qual são observados alguns itens como: sentido do fio,
aparência do tecido e quantidade de peças, sendo essa inspeção lançada no sistema ERP –
(Enterprise Resource Planning), da empresa para acompanhamento do status do pedido. Os
tecidos não são aproveitados na sua totalidade, a média de aproveitamento gira em torno de
85% a 90%, os resíduos (retalhos) resultado dessa operação são separados, sendo que tecidos
de algodão (cotton) são vendidos para uma empresa, a qual fabrica panos de limpeza para
mecânicas. Os tecidos sintéticos são separados, e quando há uma determinada quantidade, a
empresa destina esse resíduo a uma empresa de reciclagem CETRIC – (Central de Tratamento
de Resíduos Sólidos Industriais), localizada na cidade de Chapecó, estado de Santa Catarina.
Entradas
Clientes
Pedidos
Entradas
para
Projeto
Comercial
Desenvolv.
t
Compras
Produção
Expedição
Administr.
Saídas
Clientes
Produtos
Comercial Desenvolv.
t
Compras
Comercial
Projetos
54
54
II - Montagem: após o corte, os tecidos são encaminhados, dentro de caixas de plástico,
cada qual com sua ordem de produção, para o setor de montagem, onde nesse momento
podemos dizer que se inicia a parte de costura das peças. Além do tecido, o setor de
montagem recebe a linha. Nesse setor não existem resíduos, pois cada ordem de produção
vem com a sua quantidade que deve ser seguida. Após a ordem de produção ficar pronta,
nesse setor tem mais um ponto de inspeção da qualidade, o qual verifica todas as peças nos
seguintes aspectos: aparência da peça, inspeção das etiquetas internas, tamanho das peças e
quantidade de peças, sendo essa inspeção lançada no sistema ERP da empresa.
III - Finalização: após o processo de montagem, a peça começa a tomar forma sendo que
o próximo passo é a finalização, onde são colocados nas peças, elástico e outros detalhes.
Nesse ponto a peça está praticamente pronta, sendo que podemos destacar que existe mais um
ponto de inspeção de qualidade, no qual são verificadas todas as peças nos seguintes aspectos:
quantidade de peças, etiquetas internas (do cliente, de tamanho e de composição) e as medidas
das peças, seguindo uma tabela do cliente com uma tolerância que varia entre 0,5 cm e 1cm.
Essa inspeção também é lançada no sistema ERP da empresa
IV - Expedição: após as peças passarem pela finalização, as mesmas, sempre em caixas
de plástico com sua ordem de produção, são enviadas para o setor de expedição, o qual faz a
parte de limpeza das peças (acabamento, corte de excessos de linha e elásticos). Após a
limpeza, as peças passam por mais uma inspeção de qualidade, última dentro da empresa, a
qual também é lançada no sistema ERP. Após a aprovação final, seguindo instruções de cada
cliente, as peças são embaladas e/ou encabidadas, depois de colocadas nas caixas, onde nesse
momento está pronto para a entrega ao cliente. Nesse setor são gerados resíduos, os quais são
encaminhados juntamente com os resíduos do setor de corte para a empresa de reciclagem
citada anteriormente. No processo produtivo, constata-se que as peças são inspecionadas na
sua totalidade.
A Brendler Confecções Ltda atua no setor da indústria têxtil em dois segmentos de
produtos, lingerie e fitness com as seguintes marcas:
1) Matize Lingerie: há mais de 15 anos no mercado, atualmente a maior fabricante de
lingerie do Rio Grande do Sul;
2) Alise Lingerie: há cerca de 9 anos no mercado, utilizada para alguns clientes e/ou para
um novo segmento, a venda de roupa íntima feminina em hipermercados e
supermercados;
55
3) Top Brasil Fitness: criada em 2001 para atender o público que busca moda fitness
com design moderno e alto padrão de qualidade;
4) Tiento Activewear: marca utilizada em roupas íntimas masculinas, atualmente não
está sendo utilizada.
Etapa 2: APRESENTAÇÃO DOS FATORES DA SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL
4.3 Etapa 2 - Fase 1: Diagnóstico atual da empresa com relação à sustentabilidade
organizacional
Segundo Oliveira (2002), para fazer um diagnóstico de uma empresa em relação a sua
sustentabilidade, deve-se observar os seguintes aspectos: níveis de instrução, políticas de
qualidade ambiental, área de recursos humanos, treinamentos e programas de prevenção e
qualidade de vida.
4.3.1 Nível de escolaridade dos funcionários
Atualmente o quadro de funcionários diretos da empresa é composto por mais de 650
colaboradores distribuídos entre diretores, supervisores, encarregados, assistentes, costureiras
e auxiliares. Os funcionários indiretos são distribuídos entre terceirizados, estagiários e
representantes.
No Quadro 5 apresenta-se a divisão da força de trabalho.
Categoria Quantidade
Alta Direção 4
Gerencias 10
Supervisores 14
Encarregados 30
Assistentes 28
Auxiliares 262
Costureiras 302
Estagiários 2
Terceirizados 6
Representantes 8
Assessorias 8
TOTAL 674
Fonte: Brendler, 2008
Quadro 5: Força de trabalho da empresa em estudo.
56
No que diz respeito ao nível de escolaridade, atualmente a empresa tem somente os
dados da escolaridade das lideranças, conforme Quadro 6:
Categoria Pós-graduação Pós-médio Superior Ensino Ensino Médio
(%) (%) Incompleto (%) Médio (%) Incompleto (%)
Alta Direção 50 50 - - -
Gerência 10 - 60 20 10
Supervisores - 9 64 27 -
Fonte: Brendler, 2008.
Quadro 6: Escolaridade da Alta Direção, Gerentes e Supervisores divididos em níveis.
4.3.2 O Processo de certificação da empresa
A Política de Qualidade da Brendler Confecções Ltda. consiste em estabelecer e
aperfeiçoar o sistema de gestão para entender plenamente as exigências do mercado, atender
os requisitos de cada cliente, gerando resultados para acionistas, colaboradores, clientes,
fornecedores, parceiros e sociedade.
São objetivos da Política de Qualidade da empresa:
1) Satisfazer as expectativas dos clientes;
2) Investir em atualização tecnológica;
3) Capitalizar a empresa gerando resultados para os acionistas e para o re-investimento
no próprio negócio;
4) Promover ações de conscientização e preservação do meio ambiente.
As atribuições do departamento de qualidade, representado pela Sra. Roberta
Morawski, são:
1) Assegurar que os processos necessários para o Sistema de Gestão da Qualidade sejam
estabelecidos, implementados e mantidos;
2) Relatar ao Diretor Geral o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade e qualquer
necessidade de melhoria;
3) Assegurar a promoção de conscientização sobre os requisitos do cliente em toda a
organização.
A melhoria contínua está inserida no Sistema de Gestão da Qualidade da empresa
como um princípio que se concretiza através dos seguintes impulsionadores:
Avaliação sistemática da situação atual
Estabelecimento de metas para melhoria
57
A avaliação sistemática da situação atual é obtida através do monitoramento e
indicadores dos processos, de indicadores para verificar se foram atingidos os objetivos da
Política da Qualidade, dos Resultados de Auditorias e de Avaliação da Satisfação dos
Clientes.
São definidos quais os processos/temas são considerados estratégicos frente às
necessidades e oportunidades da organização, podendo ser alvo de melhoria com previsão de
meta a ser atingida e eventuais recursos necessários associados.
As melhorias e as respectivas metas e recursos são documentadas no Planejamento de
melhoria da qualidade. O respectivo responsável de cada processo envolvido na melhoria
deliberada deve operacionalizar as ações de melhoria, implantando, conforme necessário, um
plano de ação específico chamado Plano de Melhorias, que contém no mínimo as ações a
serem implantadas e os respectivos responsáveis e prazo.
4.3.3 Identificação dos principais processos
Os processos e sub-processos de gestão que estão sendo avaliados através de
indicadores para a certificação podem ser visualizados no Quadro 7:
Fonte: Brendler, 2008.
Quadro 7: Processos e Sub-Processos Avaliados na Empresa.
Processos Sub-processos
Desenvolvimento
- Materiais
- Liberação do Pedido
- Etiquetas
- Projeto e Desenvolvimento
Comercial
- Vendas Varejo
- Vendas Atacado / Private Label
- Exportação
Administrativo
- Gestão de Pessoas
- Financeiro
- Jurídico
- Informática
- Comunicação e Marketing
- Gestão das NC, AC e AP
- Gestão da Qualidade
Compras
- Desenvolvimento de fornecedores
- Avaliação de Fornecedores
- Terceirização
- Manutenção
- Inspeção de Recebimento
Produção
- PCP
- Produção
- Inspeção da Qualidade
- Expedição
58
4.3.4 Política ambiental da organização
A empresa cada vez mais preocupada com a questão ambiental desenvolve a cerca de
2 anos ações no sentido de minimizar os impactos por ela causados, tais como:
1) Os retalhos, subprodutos do processo produtivo são encaminhados para uma
empresa especializada, a qual realiza coleta, transporte e disposição final dos
resíduos. Segundo dados da empresa no mês de fevereiro e março de 2008 foram
encaminhados 60m³;
2) Ainda falando em retalhos, a empresa faz doações para prefeituras dos municípios
da região, para as APAEs – Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais das
cidades de Aratiba e Viadutos e também para uma instituição chamada Sociedade
Cantinho da Luz, em um montante de cerca de 400 kg por mês;
3) A empresa implantou a cerca de 1 ano a coleta seletiva, onde há a separação dos
resíduos nos seguintes grupos: papel e papelão, plástico, tecido e lixo orgânico;
4) Ao final do mês os materiais recicláveis como: papel, papelão, plástico e metais
(latas) são encaminhados para uma cooperativa chamada Cargipel para reciclagem.
O montante é de cerca de 4.000 kg/mês.
As doações para estas instituições acima citadas, são utilizadas em programas sociais,
os quais têm por finalidade a recolocação no mercado de trabalho de pessoas carentes, a
confecção de artesanato para desenvolvimento sócio-cultural entre outras atividades.
4.3.5 Indicadores da área de Recursos Humanos
Na área de recursos humanos, também são utilizados indicadores que permitem
visualizar a melhoria contínua da empresa. Antes de apresentar os indicadores, apresenta-se a
evolução do quadro de colaboradores da empresa, ao final de 2005 eram 190 colaboradores,
ao final de 2006 eram 330 colaboradores e ao final de 2007 eram 600 colaboradores
Cabe ressaltar que os indicadores da área de recursos humanos, não foi conseguido um
referencial para que pudesse haver um comparativo entre os dados da empresa com outras
empresas e até com o setor.
Atualmente conta com 674 colaboradores, conforme foi apresentado no Quadro 5 –
Força de Trabalho.
Abaixo apresentamos os indicadores:
1) Investimento em treinamento: segundo dados, atualmente a empresa investe cerca
de R$ 7.721,00 por mês em treinamentos internos e externos. O ano de 2008 foi o
59
primeiro a ser computado esse investimento, por isso não temos como comparar
com outros anos;
2) Número de horas treinamento/ano: este indicador começou a ser acompanhado
desde 2005, onde foram executadas 5 horas de treinamento/ano por funcionário, já
em 2006 foram 8 horas e em 2007 foram 11 horas. Em uma conversa informal com
a responsável, no ano de 2008 pretende-se chegar a 20 horas de treinamento/ano
por funcionário;
3) Índice de absenteísmo: o absenteísmo na organização atualmente é de 1,55%, o
cálculo para chegar a esse percentual foi feito da seguinte maneira: foi pego os
dados dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e maio de 2008, foram somados
e feito a média aritmética;
4) Gasto médio de benefício por funcionário: segundo dados do departamento de
recursos humanos, o gasto atual fica em torno de R$ 140,00 mês/funcionário;
5) Gasto médio em alimentação por funcionário: o gasto médio de alimentação
mensal é de cerca de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), sendo que ao meio dia
somente 33 pessoas almoçam no refeitório da empresa, pois as mesmas são de
outra cidade. Já a noite todos os funcionários recebem jantar, pois iniciam suas
atividade as 18h 05min até as 03h 18min, sendo que os mesmos têm 1 hora de
intervalo com o jantar.
4.3.6 Indicadores de educação
A empresa, dentro da sua política de treinamento e desenvolvimento mantém
programas que visam à qualificação, aperfeiçoamento e capacitação dos seus colaboradores,
formando e atualizando sua força de trabalho diante das exigências do mercado, bem como
das constantes inovações tecnológicas adotadas pela empresa.
É adotado como forma de estímulo à participação das pessoas em treinamentos,
diversos programas, que oportunizam o desenvolvimento da criatividade, inovação e
compartilhamento de conhecimento e habilidades.
Sustentando a implantação das ferramentas da qualidade, programas com o enfoque em
melhoria contínua, bem como visando o desenvolvimento intelectual e humano dos
funcionários, existem programas de incentivo a educação, para os que desejam concluir seus
estudos, conforme segue:
60
1) Educação 1º Grau: a empresa subsidia em 50% do valor da mensalidade e
matrículas para todos os funcionários que desejam concluir seus estudos nesta
etapa;
2) Educação 2º Grau: a empresa subsidia em até 50% do valor da matrícula e
mensalidade;
3) Nível Superior: auxílio de até 50% sobre os cursos que a empresa tem interesse,
para todos os funcionários;
4) Nível de Pós-Graduação: incentivo de até 30% para os cursos afins.
Associado ao programa de educação existe o programa de idiomas que visa o
aprendizado de um idioma estrangeiro, que pode ser inglês ou espanhol, onde a empresa tem
um convênio com uma escola de idiomas, para todos os funcionários que desejarem
desenvolver este aprendizado.
Além disso, a empresa tem convênios com instituições de ensino superior, para que os
funcionários que desejarem prestar vestibular, a inscrição tem um valor reduzido ou em
alguns casos é gratuito.
4.3.7 Pesquisa de clima organizacional
A pesquisa se realiza anualmente e é aplicada ao universo de funcionários com
questões objetivas de escala de classificação, as quais são feitas da seguinte forma: 4 –
Plenamente satisfatório; 3 – Satisfatório; 2 – Insatisfatório; 1 – Plenamente insatisfatório;
sendo que o resultado é estratificado segundo tempo de empresa, faixa etária e departamento
no qual trabalha (produção ou administrativo). Após a apuração dos resultados são discutidos
os itens com o maior grau de insatisfação, para que se possam propor melhorias.
Na última pesquisa realizada no ano de 2007, apresentou um índice de satisfação geral
de 77% e foi divulgada para todos os funcionários, nas duas unidades e em todos os turnos.
Os índices que apresentaram o maior grau de insatisfação foram tomadas ações de
substituição de fornecedores, melhoria na estrutura, entre outras ações.
4.3.8 Programas de prevenção e qualidade de vida
A empresa, tendo como um de seus valores a qualidade, não somente dos produtos,
processos e sistema de gestão, mas também a qualidade de vida dos seus funcionários
estabeleceu política de higiene, segurança e medicina do trabalho. A política estabelece
diretrizes básicas para orientar e harmonizar as ações realizadas pelas áreas, visando à
61
continuidade operacional, a preservação da saúde de seus funcionários, do seu patrimônio e da
sua imagem, seu efetivo cumprimento abrange os programas a seguir relacionados:
1) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): avalia e se quantifica os
agentes agressivos prevendo medidas corretivas para melhorar o local de trabalho,
como poeira de absestos, iluminação, vapores orgânicos, temperatura, ruídos e
outros.
2) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO): determina a
realização dos exames específicos para a atividade que o funcionário exerce, em
função dos agentes agressivos existentes e seu local de trabalho;
3) Programa de Prevenção de Acidentes (PPA): registra, investiga e analisa os
acidentes ocorridos, com objetivo de evitar a sua repetição, obter dados estatísticos
e sugerir medidas preventivas.
4) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): comissão composta por
representantes do empregador e dos empregados. Tem como missão a preservação
da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de todos aqueles que interagem
com a empresa, através de palestras com médicos, corpo de bombeiros, cursos de
primeiros socorros etc.
5) Sistema de Monitoramento: a empresa dispõe de 32 câmeras com monitoramento
24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, com o intuito de
proporcionar maior segurança aos colaboradores da empresa.
6) Equipamento de Proteção Individual (EPI): uso obrigatório e controlado, nas
funções que seu uso seja necessário, por exemplo: no setor de corte, luvas de aço,
óculos de proteção e protetor auricular, no setor da costura, óculos de proteção e
em alguns locais protetores auricular; visa proteger o colaborador de possíveis
acidentes causados pelas condições de trabalho que cada um irá executar.
4.4 Etapa 2 – Fase 2: Escolha do modelo de avaliação da sustentabilidade organizacional
Para a escolha do modelo de avaliação da sustentabilidade adequado leva-se em
consideração as características da empresa, quanto ao ramo de atuação e tamanho. As quais
serão comparadas com as dos exemplos citados no referencial teórico para verificar qual se
enquadra melhor no caso da empresa em estudo, conforme Quadro 8.
Modelo Justificativa
Princípios do Equador Utilizado por instituições financeiras no financiamento de
empreendimentos.
Método IDEA Utilizado por empresas atuantes na indústria da construção
Continua...
62
Construção civil, sub-setor de edificações.
Ferramenta GAIA Utilizado em alguns setores industriais, porém foca as
questões ambientais.
Prêmio Nacional da Qualidade Falta de informações sobre os critérios utilizados nesse
modelo.
Princípios do Equador Utilizado por instituições financeiras no financiamento de
Empreendimentos.
Método IDEA Utilizado por empresas atuantes na indústria da construção
Construção civil, sub-setor de edificações.
Ferramenta GAIA Utilizado em alguns setores industriais, porém foca as
questões ambientais.
Prêmio Nacional da Qualidade Falta de informações sobre os critérios utilizados nesse
modelo.
Índice Dow Jones de Sustentabilidade Utilizado por empresas que negociam seus ativos na bolsa
de valores dos USA - Dow Jones.
Modelo Guia Exame Sustentabilidade 2007 Falta de informações sobre o questionário e o
procedimento utilizado.
Método MAIS – Método para Avaliação de Baseado em normas internacionais de qualidade, gestão
Indicadores de Sustentabilidade ambiental, gestão de segurança e saúde ocupacional
Organizacional e responsabilidade social.
Fonte: Autor
Quadro 8: Escolha do Modelo de Avaliação e sua Justificativa.
4.5 Etapa 2 – Fase 3: Necessidade de adaptação/adequação do método
Segundo Oliveira (2002), para a montagem do método MAIS, foram utilizadas normas
de gestão mundialmente aceitas, como a norma ISO 9000, que trata sobre o sistema de gestão
de qualidade; a norma ISO 14000 que trabalha com os sistemas de gestão ambiental; a norma
BS 8800 que versa sobre os critérios para a análise dos sistemas de gestão de segurança e
saúde ocupacional e a norma SA 8000 que estabelece parâmetros de verificação da
responsabilidade social das organizações.
As normas foram agrupadas em nove itens de análise, iniciando a alta direção até a
sociedade onde a empresa está inserida.
No Quadro 9 são apresentados os grupos de indicadores.
Item do Método SGQ – ISO 9000 SGA - ISO 14000 SGSSO – BS 8800 SGRS - AS 8000
1. Responsabilidade Política da Qualidade Política Ambiental Política de Saúde e Política para
Da Direção Segurança do Responsabilidade
Trabalho Social
Comprometimento da Projetos Sociais
Direção
Foco no cliente
Geração de
Emprego
e Renda
Participação em
Entidades de Classe
E de Desenvolvimento
Regional
Continua
ç
ão
Continua...
63
Item do Método SGQ – ISSO 9000 SGA - ISO 14000 SGSSO – BS 8800 SGRS - AS 8000
2. Planejamento Planejamento do Aspectos Ambientais Avaliação de Riscos Planejamento do
SGQ SGRS
Objetivos da
Qualidade Requisitos Legais e Requisitos Legais e
Outros Requisitos Outros Requisitos
Objetivos e Metas Providência para
Gerenciamento de SST
Programa de Gestão
Ambiental
3. Sistema de Gestão Sistema de Gestão Sistema de Gestão Sistema de Gestão Sistema de Gestão e
da Qualidade Ambiental De Saúde e Segurança Responsabilidade
Do Trabalho Social
Requisitos de Documentação do Documentação do Planejamento e
Documentações Sistema de Gestão Sistema de Gestão Implementação
Ambiental de Saúde e Segurança
do Trabalho
Manual da Qualidade
Controle dos Controle dos Controle dos
Documentos Documentos Documentos
Controle de Registros Registros Registros Registros
4. Responsabilidade/ Responsabilidade e Estrutura e Estrutura e
Autoridade/ Autoridade Responsabilidade Responsabilidade
Comunicação/
Implementação e
Operação
Representantes da Representantes da
Direção Gerência
Comunicação Interna Comunicação Comunicações
Comunicação
Externa
5. Análise Crítica pela
Direção
Análise Crítica pela
Direção
Análise Crítica pela
Administração
Análise Crítica pela
Administração
Análise Crítica da
Revisão do
pela Administração pela Administração Gerenciamento
Entradas para
Análise Crítica
Saídas para
Análise Crítica
Continua...
Continuação.
64
Item do Método SGQ – ISO 9000 SGA - ISO 14000 SGSSO – BS 8800 SGRS - AS 8000
6. Gestão de Recursos Recursos Humanos Treinamento, Treinamento,
Conscientização e Conscientização e
Competência Competência
Infra-estrutura Estrutura e Estrutura e
Responsabilidade Responsabilidade
Ambiente de
Trabalho
Preparação para Preparação para
Atendimento a Atendimento a
Emergência Emergência
Controle Controle
Operacional Operacional
Trabalho
Infantil
Trabalho
Forçado
Saúde e Segurança
dos Envolvidos
Liberdade de
Associação
Discriminação
Práticas
Disciplinares
Jornada de Trabalho
Compensações
7. Avaliação de Avaliação de Avaliação de Avaliação de Avaliação de
Fornecedores Fornecedores Fornecedores Fornecedores Fornecedores
8. Realização do Planejamento e
Produto Realização do
Produto
Determinação de
Requisitos
Relacionados
ao Produto
Análise Crítica dos
Requisitos do Produto
Planejamento do
Projeto e
Desenvolvimento
Análise Crítica do
Projeto e
Desenvolvimento
Controle de Alteração
de
Projeto e
Desenvolvimento
Controle de Produção
e Fornecimento
de Serviços
Identificação e
Rastreabilidade
Controle de Dispositivos
da Medição e
Monitoramento
Controle Operacional Controle Operacional
Continua
ç
ão
Continua...
65
Item do Método SGQ – ISO 9000 SGA - ISO 14000 SGSSO – BS 8800 SGRS - AS 8000
9. Medição, Análise,
Melhoria, Verificação e
Ação Corretiva
Satisfação de Clientes
Auditoria Interna
Auditoria do Sistema
de Gestão Ambiental
Auditoria
Medição e
Monitoramento de
Processos e Produtos
Monitoramento e
Medição
Monitoramento e
Mensuração
Controle de Não
Conformidades
Não Conformidades,
Ações Corretivas e
Preventivas
Melhoria Contínua
Controle de Alteração
de
Ações Corretivas e
Preventivas
Ações Corretivas Ações Corretivas
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 9: Apresentação dos grupos de indicadores e suas correlações entre as normas.
Na busca de um método que analise a sustentabilidade de uma organização, a
preocupação vai além do setor produtivo e busca ampliar os conceitos abordando a
sustentabilidade a partir da avaliação dos sistemas de gestão, onde as dimensões para o
enquadramento das organizações, segundo Sachs (1993) são as seguintes: sustentabilidade
social, econômica, ecológica, espacial e cultural.
No Quadro 10, são apresentados os indicadores das normas utilizadas como referência
e as dimensões propostas por Sachs (1993).
Dimensão Indicador
Existência de Política para Responsabilidade Social
Existência de Política de Segurança e Saúde Ocupacional
Planejamento de SGRS
Planejamento de SGSSO
Existência de Projetos Sociais
Geração de Emprego e Renda
SUSTENTABILIDADE
Participação em Entidades de Classe e de Desenvolvimento Local Regional
SOCIAL
Inexistência de Trabalho Infantil
Inexistência de Trabalhos Forçados
Inexistência de Compensações
Inexistência de Discriminações por Qualquer Motivo
Inexistência de Práticas Disciplinares
Adequação da Jornada de Trabalho
Programa de Saúde e Segurança dos Envolvidos
Liberdade de Associação
Ambiente de Trabalho Adequado
Preparação para Emergências
Continua...
Continua
ç
ão
66
Dimensão Indicador
Existência de Política para a Qualidade
Planejamento de SGQ
Definição de Metas e Objetivos para a Qualidade
Infra-estrutura Adequada
Auditoria Interna
Auditoria Externa
SUSTENTABILIDADE
Controle de Não Conformidades
ECONÔMICA
Medição e Monitoramento de Processos, Produtos e Serviços
Determinação de Requisitos Relacionados ao Produto ou Serviço
Determinação de Requisitos Relacionados ao Processo
Análise Crítica
Existência de Documentação e de Manuais de Qualidade
Existência de Dispositivos de Medição e Monitoramento
Controle de Dispositivos da Medição e Monitoramento
Satisfação de Clientes
Existência de Política de Gestão Ambiental
Planejamento de SGA
Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais do Negócio
SUSTENTABILIDADE
Estrutura de Responsabilidade para as Questões Ambientais
ECOLÓGICA
Preparação para o Atendimento de Emergências
Controle de Não Conformidades
Controle Operacional
Auditoria Interna
Ações Corretivas Preventivas
Existência de Planejamento Estratégico
Determinação de Objetivos e Metas para Longo Prazo
Obediência a Requisitos Legais e outros Requisitos
Análise Crítica do Produto ou Serviço
SUSTENTABILIDADE Análise Crítica do Processo
ESPACIAL
Identificação e Rastreabilidade
Avaliação de Fornecedores
Análise do Ciclo de Vida
Atuação com Ética Organizacional
Melhoria Contínua
Comprometimento de Organização com Qualidade
Comprometimento de Organização com o Meio Ambiente
Comprometimento de Organização com a Qualidade de Vida
Comprometimento de Organização com a Responsabilidade Social
SUSTENTABILIDADE
Comunicação Interna
CULTURAL
Comunicação Externa
Análise Crítica pela Organização
Controle de Documentos
Prática do Exercício de Cidadania
Aprendizagem Organizacional
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 10: Indicadores das normas utilizadas como referência e as dimensões propostas por
Sachs.
Continuação
67
4.5.1 Determinação da pontuação de cada indicador
Segundo Oliveira (2002), foi estabelecida uma escala que permite visualizar a situação
da organização em cada um dos indicadores, sendo que é necessário atribuir um valor. Essa
valoração é dividida em três:
1) Letra “E”: elaboração ou existência de política ou procedimento;
2) Letra “I”: implantação do planejado ou do procedimento adotado;
3) Letra “V”: processo de verificação ou controle adotado na busca de oportunidades
de melhoria nos processos de gestão.
Com base nessa escala de cada item de verificação, E – Elaboração e/ou Existência, I –
Implantação e V – Verificação e/ou controle, poderá atingir um valor máximo de 3 pontos
sendo que o somatório desses indica o valor máximo para cada indicador, podendo alcançar 9
(nove) como pontuação máxima, atingindo assim o grau de excelência.
Cada um dos critérios de análise e o significado da pontuação são apresentados nos
Quadros 11, 12 e 13.
Pontuação Significado
Zero Inexistência do Indicador
Um Significando que o indicador existe na organização informalmente, isto é,
não há registros documentados sobre sua forma de aplicabilidade
Dois Indicador existe formalmente, está registrado mas não é praticado
no dia-a-dia na organização.
Três Significando a existência do indicador, sendo que o mesmo faz parte formal
da política da organização sendo praticado e conhecido por todas as partes
Interessadas. Há comprometimento da organização com a sua praxis.
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 11: Pontuação e seu significado para o critério existência ou elaboração do indicador.
Pontuação Significado
Zero o indicador não está implantado
Um o indicador está implantado em 30%
Dois o indicador está implantado em 70%
Três o indicador está implantado em sua plenitude
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 12: Pontuação e seu significado para o critério implantação do planejado ou do
procedimento.
68
Pontuação Significado
Zero não existe verificação e/ou controle do indicador
Um é verificado de forma informal
Dois é verificado, mas não serve de instrumento para ações corretivas ou
Preventivas
Três verificado e serve de base para o melhoramento contínuo da organização em
busca da excelência organizacional
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 13: Pontuação e seu significado para o critério verificação ou controle adotado para a
busca de oportunidades de melhorias.
A partir das ponderações e seus significados, completa-se o modelo de análise da
sustentabilidade de uma organização através do Quadro 14, conforme segue.
Dimensões de
Sustentabilidade
Indicadores de Sustentabilidade Pontuação Critérios Pontuação
Máxima E I V Obtida
Geração de emprego e renda 9
Ética organizacional 9
Participação em entidades de 9
classe e desenvolvimento
Regional
Programas de prevenção de 9
acidentes e doenças para os
SUSTENTABILIDADE Envolvidos
SOCIAL
Capacitação e desenvolvimento 9
de pessoas
Programas para melhoria da 9
qualidade de vida
Projetos sociais 9
Sistema de trabalho 9
socialmente aceito
Interação com a sociedade 9
Políticas de responsabilidade 9
social e saúde e segurança
Política de gestão ambiental 9
Avaliação de aspectos e impactos 9
Ambientais do negócio
Preparação para emergências 9
Ações corretivas e preventivas 9
SUSTENTABILIDADE
Avaliação do desempenho global 9
AMBIENTAL
Avaliação de riscos 9
Avaliação de oportunidades 9
Estratégias para desenvolvimento 9
de tecnologias ecologicamente
Equilibradas
Análise do ciclo de vida de produtos 9
E serviços
Controle Operacional 9
Continua...
69
Dimensões de
Sustentabilidade
Indicadores de Sustentabilidade Pontuação Critérios Pontuação
Máxima E I V Obtida
Política de Qualidade 9
Definição de metas e objetivos 9
Gestão de processos, produtos e 9
Serviços
Controle de não conformidades 9
SUSTENTABILIDADE
Medição e monitoramento de 9
ECÔNOMICA
Processos, produtos e serviços
Auditorias e análise crítica 9
Gerenciamento de riscos e crises 9
Infra-estrutura adequada 9
Registros e documentação 9
Avaliação dos resultados da 9
Organização
Incentivo e criatividade e a liderança 9
Geração de cultura organizacional 9
Adequação das comunicações internas 9
E externas
Comprometimento da organização 9
SUSTENTABILIDADE
Avaliação de fornecedores e do mercado 9
CULTURAL
Melhoria contínua 9
Prática do exercício da cidadania 9
Organizacional
Existência de código de conduta
Organizacional
Aprendizagem organizacional 9
Imagem da organização 9
Fonte: Oliveira, 2002.
Quadro 14: A localização da organização a partir das faixas de sustentabilidade.
Etapa 3: MENSURAÇÃO DO GRAU DE SUSTENTABILIDADE
ORGANIZACIONAL
4.6 Etapa 3 - Fase 1: Identificação do estágio da sustentabilidade organizacional da
empresa
No Quadro 15 é apresentada a pontuação obtida pela empresa em cada indicador, o
total de cada dimensão bem como o total geral, o que demonstra a situação atual da empresa.
Dimensões de Indicadores de Pontuação Critérios Pontuação
Sustentabilidade Sustentabilidade Máxima E I V Obtida
S1 - Geração de emprego e renda 9 2 2 1 5
S2 - Ética organizacional 9 0 0 0 0
S3 – Participação em entidades de 9 1 1 0 2
classe e desenvolvimento
Regional
S4 - Programas de prevenção de 9 2
2
3 7
Continuação
Continua...
70
acidentes e doenças para os
SUSTENTABILIDADE Envolvidos
SOCIAL
S5 – Capacitação e desenvolvimento 9 3 3 3 9
De pessoas
S6 - Programas para melhoria da 9 2 1 2 5
Qualidade de vida
S7 - Projetos sociais 9 2 2 2 6
S8 - Sistema de trabalho 9 2 2 2 6
Socialmente aceito
S9 - Interação com a sociedade 9 1 1 1 3
S10 - Políticas de responsabilidade 9 2 2 1 5
social e saúde e segurança
48
A 1 - Política de gestão ambiental 9 0 0 0 0
A 2 - Avaliação de aspectos e impactos 9 1 0 0 1
Ambientais do negócio
A 3 – Preparação para emergências 9 0 0 0 0
A 4 – Ações corretivas e preventivas 9 1 0 0 1
SUSTENTABILIDADE
A 5 - Avaliação do desempenho global 9 1 0 0 1
AMBIENTAL
A 6 - Avaliação de riscos 9 1 0 0 1
A 7 - Avaliação de oportunidades 9 1 0 0 1
A 8 - Estratégias para desenvolvimento 9 0 0 0 0
de tecnologias ecologicamente
Equilibradas
A 9 - Análise do ciclo de vida de produtos 9 1 0 0 1
E serviços
A 10- Controle Operacional 9 1 0 0 1
7
E 1 – Política de Qualidade 9 3 3 3 9
E 2 -Definição de metas e objetivos 9 3 3 3 9
E 3 –Gestão de processos, produtos e 9 3 3 3 9
Serviços
E 4 -Controle de não conformidades 9 3 3 3 9
SUSTENTABILIDADE
E 5 -Medição e monitoramento de 9 3 3 3 9
ECÔNOMICA
processos, produtos e serviços
E 6 -Auditorias e análise crítica 9 3 3 3 9
E 7 -Gerenciamento de riscos e crises 9 2 2 2 6
E 8 – Infra-estrutura adequada 9 2 2 1 5
E 9 -Registros e documentação 9 3 3 3 9
E 10 -Avaliação dos resultados da 9 3 3 3 9
Organização
83
C 1 - Incentivo e criatividade e a
liderança
9 1 0 1 2
C 2 -Geração de cultura organizacional 9 1 1 0 2
C 3 -Adequação das comunicações
internas e externas
9 1 0 0 1
C 4 -Comprometimento da organização 9 2 1 1 4
SUSTENTABILIDADE
C 5 -Avaliação de fornecedores e do
mercado
9 2
2
2 6
Continuação.
Continua...
71
CULTURAL
C 6 -Melhoria contínua 9 1 2 1 4
C 7 –Prática do exercício da cidadania 9 1 0 1 2
Organizacional
C 8 -Existência de código de conduta 1 1 1 3
Organizacional
C 9 –Aprendizagem organizacional 9 1 0 0 1
C 10 -Imagem da organização 9 1 1 1 3
28
TOTAL GERAL
168
Fonte: Autor
Quadro 15: Diagnóstico atual da organização em relação a sustentabilidade.
Diante do quadro apresentado, em uma primeira análise pode-se classificar a
organização pelo somatório do valor acumulado em cada dimensão de sustentabilidade
proposta. A partir do método sugerido, a organização localiza-se na faixa “em busca da
sustentabilidade”, uma vez que a pontuação acumulada para as quatro dimensões foi de 168
pontos.
Em um segundo momento de análise é possível traçar a localização, pelo gráfico polar,
que o método considera “gráfico radar” da organização em cada uma das quatro dimensões de
sustentabilidade propostas.
As Figuras 6, 7, 8 e 9 mostram respectivamente, a localização da organização segundo
os indicadores da dimensão social, da dimensão ambiental, da dimensão econômica e da
dimensão cultural.
Sustentabilidade Social
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
S1
S2
S3
S4
S5
S6
S7
S8
S9
S10
Continuação
72
Legenda:
Fonte: Autor
Figura 7: Localização da organização a partir dos indicadores da dimensão social de sustentabilidade
.
A visualização dos indicadores sociais mostra que falta para a empresa a elaboração de
um código de ética organizacional (S2), o qual serviria para regular as ações/atividades dos
seus colaboradores. Outro aspecto a ser levado em consideração na dimensão social é a
participação da empresa em entidades de classe e desenvolvimento regional (S3) para que a
mesma possa levar suas necessidades, as quais podem ser as mesmas de outras empresas.
Quanto à interação com a sociedade (S9) constata-se uma prática informal e sem
planejamento, tornando-se ações isoladas e sem nenhuma avaliação posterior quanto sua
eficiência e eficácia.
73
Sustentabilidade Ambiental
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A9
A10
Legenda:
Fonte: Autor
Figura 8: Localização da organização a partir dos indicadores da dimensão ambiental de
sustentabilidade.
Na dimensão ambiental, a organização está deficitária, pois, segundo o planejamento
estratégico a implantação da ISO 14.001 está prevista para 2011, sendo assim, a empresa não
tem praticamente nenhum indicador formado no que diz respeito à questão ambiental. Cabe
ressaltar que a empresa já toma algumas ações isoladas quanto à coleta seletiva de lixo,
separação de resíduos sólidos, conforme citado anteriormente.
74
Sustentabilidade Econômica
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
E 1
E 2
E 3
E 4
E 5
E6
E 7
E 8
E 9
E 10
Legenda:
Fonte: Autor
Figura 9: Localização da organização a partir dos indicadores da dimensão econômica de
sustentabilidade.
Constata-se que na dimensão econômica, podemos destacar que a organização está em
um nível elevado, pois a mesma está preparada para receber o certificado ISO 9001, o qual
será resultado da auditoria externa a ser realizada no mês de novembro de 2008. Destaca-se
aqui que no item E7 – Gerenciamento de riscos e crises, a empresa está trabalhando para se
adequar a norma e trazer resultados práticos para o melhor andamento da organização.
75
Sustentabilidade Cultural
0
1
2
3
4
5
6
C 1
C 2
C 3
C 4
C 5
C 6
C 7
C 8
C 9
C 10
Legenda:
Fonte: Autor
Figura 10: Localização da organização a partir dos indicadores da dimensão cultural de
sustentabilidade.
A dimensão cultural obteve o segundo pior resultado na avaliação, ficando a frente
somente da dimensão ambiental, sendo que nesses aspectos a empresa deverá trabalhar muito
forte no que diz respeito aos seguintes indicadores: C1 que trata da criatividade e da liderança,
C2 na geração de cultura organizacional, C3 nas comunicações interna e externa, C4 no
comprometimento com os objetivos da empresa, C6 melhora continua dos processos e
procedimentos, C7 tratando da cidadania organizacional, C8 código de conduta, C9
aprendizagem organizacional e C10 que se preocupa com a imagem da organização.
76
Os indicadores citados acima deverão ser priorizados nos investimentos de melhoria da
empresa, assim serão traçados planos de ação para cada qual com prazos de realização,
orçamento, bem como acompanhamento dos resultados obtidos em uma próxima avaliação.`
4.7 Etapa 3 – Fase 2 – Seleção dos itens alcançados para a sustentabilidade
organizacional
Conforme a escala de valores que o modelo nos traz, nesse momento a empresa se
enquadra na classificação “Em busca da Sustentabilidade”, pois atingiu 168 pontos, para que a
mesma consiga chegar ao status de empresa “Sustentável”, ela necessita alcançar a faixa entre
250 e 360 pontos.
Os itens selecionados para que a empresa possa alcançar a sustentabilidade são aqueles
que apresentam score menor que 6 (seis). A metodologia de cálculo que se utilizou é descrita
da seguinte maneira:
1) Pontuação atual: 168 pontos
2) Pontuação mínima para alcançar a sustentabilidade: 250 pontos
3) Diferença entre a pontuação mínima e a atual: 82 pontos
Foram realizadas feitas algumas simulações para se chegar a pontuação mínima de
cada indicador, as quais serão apresentadas da seguinte forma:
1) Se a pontuação mínima de cada indicador é 4 (quatro), o resultado será de 216
pontos;
2) Se a pontuação mínima de cada indicador é 5 (cinco), o resultado será de 238
pontos;
3) Se a pontuação mínima de cada indicador é 6 (seis), o resultado será de 268
pontos;
4) Se a pontuação mínima de cada indicador é 7 (sete), o resultado será de 298
pontos;
4.8 Etapa 3 – Fase 3 – Definição dos itens implementados e apresentação da estratégia de
implantação
No Quadro 16 são apresentados os itens da sustentabilidade social serem
implementados e sua estratégia:
77
Sustentabilidade Social
Indicador a ser Resultado Índice O Indicador deveria….
Implantado Atual Desejado
Geração de emprego e renda 5 6 ser conhecido por todas as partes interessadas,
ser implantado na sua plenitude ou servir de base
para o melhoramento contínuo da organização;
Ética organizacional 0 6 Existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Participação em entidades de classe 2 6 Existir formalmente, estar implementado
e desenvolvimento regional em no mínimo 70% e ser verificado;
Programas de melhoria da qualidade 5 6 estar implementado em sua plenitude;
De vida
Interação com a sociedade 3 6 Existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Políticas de responsabilidade social 5 6 ser verificado formalmente;
Saúde e segurança
Fonte: Autor
Quadro 16: Indicadores a Serem Implementados, Resultados Atuais, Índices Desejados e
Ações para Alcançar o Índice Desejado na Sustentabilidade Social.
No Quadro 17 são apresentados os itens da sustentabilidade ambiental serem
implementados e sua estratégia:
Sustentabilidade Ambiental
Indicador a ser Resultado Índice O Indicador deveria….
Implantado Atual Desejado
Política da gestão ambiental 0 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Avaliação de aspectos e impactos 1 6 existir formalmente, estar implementado
Ambientais em no mínimo 70% e ser verificado;
Preparação para emergências 0 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Ações Corretivas e Preventivas 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Avaliação de desempenho global 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Avaliação de riscos 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Avaliação de oportunidades 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Estratégias para o desenvolvimento 0 6 existir formalmente, estar implementado
De tecnologias ecologicamente em no mínimo 70% e ser verificado;
Equilibradas
Análise do ciclo de vida dos produtos 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Controle Operacional 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Fonte: Autor
Quadro 17: Indicadores a Serem Implementados, Resultados Atuais, Índices Desejados e
Ações para Alcançar o Índice Desejado na Sustentabilidade Ambiental.
78
No Quadro 18 é apresentado o item da sustentabilidade econômica a ser implementado
e sua estratégia:
Sustentabilidade Econômica
Indicador a ser Resultado Índice O Indicador deveria….
Implantado Atual Desejado
Infra-estrutura adequada 5 6 haver verificação formal do indicador;
Fonte: Autor
Quadro 18: Indicador a ser implementado, Resultado Atual, Índice Desejado e Ação para
Alcançar o Índice Desejado na Sustentabilidade Econômica.
No Quadro 19 são apresentados os itens da sustentabilidade cultural a serem
implementados e sua estratégia:
Sustentabilidade Cultural
Indicador a ser Resultado Índice O Indicador deveria….
Implantado Atual Desejado
Incentivo a criatividade e liderança 2 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Geração de cultura organizacional 2 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Adequação das comunicações 1 6 existir formalmente, estar implementado
internas e externas em no mínimo 70% e ser verificado;
Comprometimento com a organização 4 6 estar implementado em no mínimo 70%
E ser verificado;
Melhoria contínua 4 6 estar implementado em no mínimo 70%
ser verificado;
Prática do exercício da cidadania 2 6 existir formalmente, estar implementado
Organizacional em no mínimo 70% e ser verificado;
Existência de código de conduta 3 6 existir formalmente, estar implementado
Organizacional em no mínimo 70% e ser verificado;
Aprendizagem organizacional 1 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Imagem da organização 3 6 existir formalmente, estar implementado
em no mínimo 70% e ser verificado;
Fonte: Autor
Quadro 19: Indicadores a serem implantados, resultados atuais, índices desejados e ações para
alcançar o índice desejado na sustentabilidade cultural.
Etapa 4: DETERMINAR O INVESTIMENTO PARA A IMPLANTAÇÃO DOS
FATORES DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
Para apresentação do investimento e do prazo, será feita uma divisão entre as
dimensões de sustentabilidade com cada um dos itens citados acima. O levantamento
79
apresentado no Quadro 16 é baseado nos valores médios praticados no mercado o mês de
dezembro de 2008, levando em consideração o prazo de 6 semestres para implantação.
No Quadro 16, apresenta-se o investimento de implantação e manutenção da dimensão
de sustentabilidade social.
Sustentabilidade Social
Itens
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
TOTAL
(R$)
Geração de
emprego e renda 1.800,00 1.800,00 2.200,00 2.200,00 2.600,00 2.600,00
13.200,00
Ética organizacional
1.800,00
600,00
600,00
600,00
600,00
600,00
4.800,00
Participação em
entidades de classe
e desenvolvimento
regional 1.000,00
1.000,00
1.500,00
1.500,00
2.000,00
2.000,00
9.000,00
Programas de
melhoria da
qualidade de vida
18.000,00
18.000,00
25.000,00
25.000,00
32.000,00
32.000,00
150.000,00
Interação com a
sociedade
1.000,00
1.000,00
1.000,00
1.000,00
1.000,00
1.000,00
6.000,00
Políticas de
responsabilidade
social e saúde
segurança
1.800,00
600,00
600,00
600,00
600,00
600,00
4.800,00
TOTAL
25.400,00
23.000,00
30.900,00
30.900,00
38.800,00
38.800,00
187.800,00
Fonte: Autor
Quadro 20: Investimento de Implantação e Manutenção dos Itens da Sustentabilidade Social.
Os investimentos apresentados no Quadro 20 podem ser caracterizados, por:
1) Geração de emprego e renda:
todo processo de admissão da empresa é terceirizado
por uma agência de empregos, sendo que o custo se eleva com o passar do tempo,
pela previsão de crescimento do quadro de colaboradores da empresa;
2) Ética organizacional:
elaboração de uma carta/manual de ética organizacional no
primeiro semestre de 2009, com um custo maior, no restante do período o custo é
mais baixo, pois será somente a disseminação para os colaboradores atuais da
empresa, bem como para os novos funcionários;
3) Participação e entidades de classe e desenvolvimento regional:
viagens para outras
cidades/estados para verificar a atuação das entidades ligadas ao setor industrial,
por exemplo, SENAI na busca de novos cursos focados na atividade da empresa.
Levar as experiências bem sucedidas na empresa ou na cidade para outras
entidades;
80
4) Programas de melhoria na qualidade de vida:
programa de ginástica laboral, duas
vezes por semana por meia hora para todos os colaboradores, bem como exames
médicos e laboratoriais, uma ver por ano para todos os colaboradores;
5) Interação com a sociedade:
criação do programa Dia da Família, onde uma vez por
ano a empresa abre as portas para que as famílias dos colaboradores conheçam a
empresa e o local de trabalho onde seu familiar trabalha;
6) Políticas de responsabilidade social e saúde e segurança:
elaboração de uma
política de responsabilidade social e de saúde e segurança no primeiro semestre de
2009, com um custo maior, no restante do período o custo é mais baixo, pois será
somente a disseminação para os colaboradores atuais da empresa, bem como para
os novos funcionários.
No Quadro 21, apresenta-se o investimento de implantação e manutenção da dimensão
de sustentabilidade ambiental.
Sustentabilidade Ambiental
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$) TOTAL
Política da gestão
ambiental 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Avaliação de
aspectos e impactos
ambientais
500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Preparação para
emergências 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Ações preventivas e
corretivas 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Avaliação de
desempenho global 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Avaliação de riscos 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Avaliação de
oportunidades 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Estratégia para
desenvolvimento de
tecnologias
ecologicamente
equilibradas 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Análise do ciclo de
vida de produtos e
serviços
500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00
7.600,00
Controle operacional 500,00 500,00 700,00 700,00 700,00 4.500,00 7.600,00
TOTAL 5.000,00 5.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00 45.000,00 76.000,00
Fonte: Autor
Quadro 21: Investimento de Implantação e Manutenção dos Itens da Sustentabilidade
Ambiental.
81
Para que a empresa possa atingir uma pontuação considerável na Sustentabilidade
Ambiental, a mesma deverá se preparar para a implantação da ISO 14001, sendo que todos os
itens seriam atendidos na sua plenitude. A recomendação é que o processo de preparação e
implantação levam cerca de 18 meses com uma consultoria especializada, a um custo de R$
1.700,00 por mês. Após esse processo a empresa deve passar pela auditoria para receber o
certificado, essa auditoria é realizada por empresas certificadas a um custo de R$ 45.000,00.
No Quadro 22, apresenta-se o investimento de implantação e manutenção da dimensão
de sustentabilidade econômica.
Sustentabilidade Econômica
Itens
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$) TOTAL
Infra-estrutura
adequada 150.000,00 250.000,00 - 200.000,00 200.000,00 400.000,00 1.200.000,00
TOTAL 150.000,00 250.000,00 - 200.000,00 200.000,00 400.000,00 1.200.000,00
Fonte: Autor
Quadro 22: Investimento de Implantação e Manutenção dos Itens da Sustentabilidade
Econômica.
Constata-se que o maior investimento de adequação da empresa está situado na
sustentabilidade econômica, onde no ano de 2009 serão investidos para finalização do prédio
II da unidade I de produção. No ano de 2010 os investimentos irão iniciar no segundo
semestre, quando do início da construção de uma unidade fabril no distrito industrial da
cidade de Erechim, com previsão de inauguração para o segundo semestre de 2011.
No Quadro 23, apresenta-se o investimento de implantação e manutenção da dimensão
de sustentabilidade econômica.
Sustentabilidade Cultural
Itens
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$) TOTAL
Incentivo a
criatividade e a
liderança
10.000,00 10.000,00 15.000,00 15.000,00 20.000,00 20.000,00
90.000,00
Geração de cultura
organizacional 5.000,00 5.000,00 7.500,00 7.500,00 10.000,00 10.000,00
45.000,00
Adequação das
comunicações
internas e externas
6.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00
11.000,00
Comprometimento
com a organização 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00
135.000,00
Melhoria contínua 20.000,00
20.000,00
20.000,00
20.000,00
20.000,00
20.000,00
120.000,00
Prática do exercício
da cidadania
organizacional
5.000,00
5.000,00 7.500,00 7.500,00 10.000,00
10.000,00
45.000,00
Continua...
82
Sustentabilidade Cultural
Itens
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$)
Semestre
(R$) TOTAL
Existência de código
de conduta
organizacional
1.800,00 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00 4.800,00
Aprendizagem
organizacional 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00
90.000,00
Imagem da
organização 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00
15.000,00
90.000,00
TOTAL
87.800,00
86.600,00
101.600,00
106.600,00
121.600,00
126.600,00
630.800,00
Fonte: Autor
Quadro 23: Investimento de Implantação e Manutenção dos Itens da Sustentabilidade Cultural.
Na dimensão da sustentabilidade cultural, os investimentos inerentes aos itens:
Incentivo a criatividade e a liderança, Geração de cultura organizacional, Prática do exercício
da cidadania organizacional e Aprendizagem organizacional serão alocados em treinamento e
capacitação aos colaboradores de todos os níveis hierárquicos e setores. No ano de 2008 a
empresa fechou com 33 horas/colaborador.
Quanto à adequação das comunicações internas e externas e existência de código de
conduta organizacional, os investimentos são para formalizar um procedimento bem como
torná-lo conhecido e seguido por todos os colaboradores.
Em relação ao comprometimento com a organização e melhoria contínua, os valores
apresentados serão investidos para os colaboradores em forma de prêmios por assiduidade,
produtividade, idéias e sugestões para a melhoria do processo.
No que diz respeito à imagem da organização, a proposta é a criação e veiculação de
uma propaganda institucional bem como a contratação de relações públicas.
4.9.1 Análise do investimento para adequação da sustentabilidade organizacional
O investimento total para a empresa alcançar o status de “Sustentável”, é apresentado
no Quadro 24.
Dimensão Valor
Sustentabilidade Social R$ 187.800,00
Sustentabilidade Ambiental R$ 76.000,00
Sustentabilidade Econômica R$ 1.200.000,00
Sustentabilidade Cultural R$ 630.800,00
TOTAL R$ 2.094.600,00
Fonte: Autor
Quadro 24: Investimento Total para a Empresa se Tornar Sustentável.
Continuação
83
O Quadro 24 apresenta o investimento total de R$ 2.094.600,00 (dois milhões noventa
e quatro mil e seiscentos reais) no qual se observa as seguintes divisões:
1) O maior investimento observado é na dimensão econômica, sendo o aspecto de
infra-estrutura o único no qual a empresa necessita concentrar seus investimentos;
2) Em segundo lugar temos o investimento na dimensão cultural sendo que na
maioria desse recurso deverá ser investido em treinamento e capacitação das
pessoas;
Em comparação com o faturamento global da empresa nos seis semestres, ou seja, três
anos o valor equivale a 3,5%, investimento esse que pode reverter em benefícios para a
organização no médio e longo prazo como, busca de novos mercados, abertura de novos
clientes mais exigentes e valorização da marca.
4.9.2 Análise do investimento para adequação da sustentabilidade sócio-ambiental
Se for levado em consideração somente as dimensões social e ambiental o
investimento da empresa seria de R$ 263.800,00 (duzentos e sessenta e três reais e oitocentos
reais).
Caso o método fosse adaptado e levasse em consideração somente as dimensões social
e ambiental, a pontuação máxima seria de 180 pontos, divididos nas seguintes faixas de
sustentabilidade e pontuações correspondentes:
1) Insustentável: com pontuação de 0 a 70 pontos;
2) Em Busca da Sustentabilidade: com pontuação de 71 a 125 pontos;
3) Sustentável: com pontuação de 126 a 180 pontos
O score da empresa é de 55 pontos, nesse momento a empresa estaria classificada
como Insustentável.
Constata-se que na dimensão social a maioria dos recursos diz respeito às questões de
programas de melhoria na qualidade de vida do colaborador.
Ao observar a dimensão ambiental, verifica-se que para a empresa falta somente
investir na certificação ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental, pois a empresa não
oferece risco potencial por causa do setor no qual está inserida.
84
5 CONCLUSÕES
5.1 Conclusões do trabalho
Quanto aos resultados pode-se dizer que as empresas têm tomado consciência de que
sua responsabilidade social é passível de obter vantagem competitiva e até valor econômico.
A primeira obrigação de uma empresa é obter lucro, porém podem também cumprir os
objetivos sociais e ambientais mediante a integração da responsabilidade social, enquanto
investimento estratégico.
Em virtude de ser considerada como um fator de grande relevância para a continuidade
das empresas, as variáveis ambientais e sociais passaram a ser consideradas no planejamento
das atividades da empresa, devendo estar evidenciada principalmente quando a empresa
possui processos de produção potencialmente poluidores.
Com a aplicação do modelo MAIS – Método para Avaliação de Indicadores de
Sustentabilidade Organizacional foi possível apresentar e identificar em que estágio de
sustentabilidade a empresa se encontra levando em consideração normas internacionais de
qualidade, sistema de gerenciamento ambiental, saúde e segurança no trabalho e
responsabilidade social.
Cabe ressaltar que a empresa se encontra em um nível intermediário, sendo que a
mesma necessita investir em algumas áreas deficitárias, como por exemplo, a sustentabilidade
ambiental.
A realização desse trabalho foi um desafio, pois o assunto e os métodos de avaliação
dos indicadores de sustentabilidade organizacional ainda estão iniciando no Brasil podendo
ser considerado a maior dificuldade na realização dessa pesquisa.
Podemos considerar como um ponto forte as pessoas da empresa, pois foram de
fundamental importância na realização desse trabalho, no que diz respeito à disponibilidade
em atender as solicitações de todo e qualquer tipo de documentos, registros e entrevistas.
Sob o ponto de vista estratégico da empresa, acredita-se que a mesma consiga obter alguma
85
vantagem perante seus concorrentes ao alcançar a Sustentabilidade, sendo que poderá abrir
novos mercados tanto no Brasil como no exterior e valorizar sua marca por ser classificação.
5.2 Recomendações para trabalhos futuros
Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se:
1) Acompanhar as ações propostas nos planos de ação bem como confirmar os valores de
cada uma;
2) Ao longo do período de implantação e manutenção, levantar os benefícios financeiros
que a empresa venha a ter com esses investimentos;
3) Utilizar a técnica do willingness to pay, ou seja, avaliar quanto o cliente pagaria a
mais, numa situação hipotética, por um produto ambientalmente correto produzido por
uma empresa considerada “Sustentável”;
4) Estudar a viabilidade de implantação do método MAIS nos mais variados setores
industriais, analisando os benefícios para as empresas, sociedade e para o meio
ambiente, levando em consideração a ponderação para os valores de cada dimensão
em cada indicador;
5) O desenvolvimento de um programa computacional para dar agilidade na aplicação do
método de análise proposto.
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