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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE JUNTAS DE CCR
COM ALTO TEOR DE FINOS
Maurice Antoine Traboulsi
Dissertação de Mestrado
Porto Alegre
2007
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MAURICE ANTOINE TRABOULSI
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE JUNTAS DE CCR
COM ALTO TEOR DE FINOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, como parte dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Engenharia.
Orientadores:
Prof. Dr. José Marques Filho
Prof. Drª. Denise Coitinho Carpena Dal
Molin
Porto Alegre
Julho 2007
T758a Traboulsi, Maurice Antoine
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de
finos / Traboulsi, Maurice Antoine. – 2007
171f.: il., color., enc.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Escola de Engenharia Civil, 2007.
Orientação : Prof. José Marques Filho
Profª. Denise Coitinho Carpena Dal Molin
1. Concreto – Concreto compactado com rolo (CCR). 2. CCR –
Avaliação de Juntas 3. CCR – alto teor de finos.
4. Engenharia civil. orient
I. Filho, José Marques, orient. II . Dal
Molin, Denise Carpena Coitinho. Título.
CDU: 666.97.033.3
MAURICE ANTOINE TRABOULSI
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE JUNTAS DE CCR COM
ALTO TEOR DE FINOS
Esta dissertação de mestrado foi julgada adequada para a obtenção do título de
MESTRE EM ENGENHARIA e aprovada em sua forma final pelos professores orientadores
e pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 09 de julho de 2007
Denise Carpena Coitinho Dal Molin & José Marques Filho
Drª. pela USP & Dr. pela UFRGS
Orientadores
Fernando Schnaid
Coordenador do PPGEC/UFRGS
BANCA EXAMINADORA
Vladimir Antonio Paulon (UNICAMP)
Dr. pela USP
Ângela Borges Masuero (UFRGS)
Dr. pela UFRGS
Rejane Maria Candiota Tubino (UFRGS)
Dr. pela UFRGS
Walton Pacelli de Andrade (ENGECONSOL)
Examinador convidado
Aos meus pais, Antoine e
Georgette, que me ensinaram o
valor da vida.
À minha esposa Carla,
companheira, amiga, exemplo de
mulher e de mãe.
Aos meus filhos Lucca e
Gabriella, que são o meu bem
maior.
AGRADECIMENTOS
Aos ilustres professores, dignos doutores, e principalmente cativos amigos, Dr. José
Marques e Drª Denise Dal Molin, gostaria de enfatizar os meus sinceros agradecimentos.
Quero ressaltar a excelência na orientação sempre motivadora, a significativa amizade
cultivada ao longo destes anos de trabalho e aprendizado. Vocês, meus “orientadores” foram
os principais estimuladores e motivadores, para a concretização deste trabalho. Deixo
consignado meu muito obrigado.
Ao mestre Dr. Paulon, profissional reconhecido internacionalmente, a quem tive o
privilégio de conviver, aprender, aclamar e principalmente chamar de amigo. Agradeço pelo
“convite”, pela confiança a mim designada e pelo respeito sincero, me curvo em
agradecimentos.
Ao homem que me ensinou os valores da vida, Dr.Walton Pacelli, serei eternamente
grato por seus ensinamentos, na área técnica, mas inequivocadamente maiores os valores
humanos, nestes 16 anos de convivência. Um profissional de competência reconhecida
mundialmente, que generosamente não poupou esforços para transmitir a sua vasta
experiência nas ciências da engenharia de barragens, e de vida. Amigo Pacelli tenho, certeza
que através da sua influência na minha vida profissional é que trilhei meus caminhos na
engenharia. Sinto-me honrado por ter desfrutado da convivência profissional diária nos anos
em que o chamei de “chefe”.
A UFRGS e seu corpo docente, professores, Denise Dal Molin, Ângela Masuero
Campagnolo, Luis Carlos, Nilo Consoli, João Luis Calmon (UFSC), José Luis Ribeiro, André
Geyer (UFG), Paulo Monteiro (Berkley), Romildo Toledo (COPPE), Eduardo Fairbairn
(COPPE), Paulon (UNICAMP), dignifico as aulas ministradas.
Reconheço o fundamental incentivo da ANEEL – Agência Nacional de Energia
Elétrica, que patrocinou este projeto de P&D – ciclo 2000/2001 – “Avaliação da Aderência
Entre Camadas de CCR em Pistas Experimentais Confeccionadas em Laboratório”.
Ao Departamento de Apoio e Controle Técnico de FURNAS Centrais Elétricas,
“minha morada”, pois ali finquei raízes, obrigado por terem me oportunizado a viabilização
deste trabalho, pois nele pude realizar todos os ensaios do programa experimental desta
pesquisa.
Aos meus colegas, técnicos do Laboratório de Concreto de FURNAS (blocos 05, 06,
07, 08 e 22), lhes serei sempre grato, pela lealdade e dedicação na realização dos ensaios. Sei
que todos não mediram esforços para a confecção dos maciços experimentais (durante as
madrugadas goianas).
Em especial referendo os técnicos, Edson de Alcântara da Cruz, Jesus Antônio da
Silveira e o Ratão (rato velho) pela dedicação e responsabilidade durante a extração dos
testemunhos.
Aos meus pares, engenheiros de FURNAS, Gambale, Sérgio Botassi, Elizabeth
Leopoldina, Anne Neiry, Flávio de Lima, Ziza, Alfredo, Nicole e José Francisco Farage,
minha gratidão pela boa vontade, atenção e contribuições, pois sei que deram sempre o de
melhor quando solicitados.
Aos engenheiros, Marco Aurélio e Cláudio (Chumbinho), minha atenção especial pela
dedicação e competência durante a operação do simulador de compactação (rolo
compactador), ferramenta fundamental nesta pesquisa.
Aos inestimáveis amigos, Adão Rodrigues, Joilson José Inácio e Élcio Antonio
Guerra, que nas horas mais difíceis estiveram presentes, principalmente na finalização desta
pesquisa quando compreenderam a necessidade em me substituir nas funções diárias, de
forma eficiente.
Aos companheiros Ricardo Barbosa, Alexandre Pereira, Reynaldo Machado
Bittencourt e Flávio Mamede pelas grandes contribuições durante a elaboração desta
dissertação e nas análises dos resultados.
Às colegas de trabalho Luciana dos Anjos e Juliana Simas Ribeiro, pela amizade,
companheirismo, disponibilidade, sugestões, contribuições, e principalmente pelo constante
apoio. Muito obrigado.
Aos estagiários e amigos Diogo e Thyago Quirino, pela grande ajuda no levantamento
e tabulação dos dados.
Ao amigo e colega de trabalho Aloisio Miranda, pela disponibilidade, eficiência e
dedicação na formatação final desta dissertação, pois, a sua ajuda foi de fundamental
importância.
De forma especial agradeço aos engenheiros, Rubens Machado Bittencourt e Moacir
Alexandre (Xim), pela amizade, incentivo, motivação e compreensão, me apoiando
constantemente, para a concretização e desenvolvimento desta pesquisa.
Aos meus pais, Antoine e Georgette, que em momento algum abaixaram a cabeça e
nunca deixaram de me apoiar mesmo com todas as dificuldades financeiras enfrentadas na
época da minha graduação.
À minha esposa Carla e meus filhos Lucca e Gabriella, agradeço a compreensão pelo
fato de ter lhes roubado o tempo de convivência familiar, pois sem seu apoio incondicional
não seria possível a concretização deste trabalho.
Gostaria de fazer um agradecimento especial ao nosso saudoso Guilherme Leroy,
pelas suas contribuições ao meio técnico e pelo desenvolvimento de vários dispositivos que
auxiliaram no desenvolvimento desta e de muitas outras pesquisas.
À DEUS, por permitir que eu conclua mais uma etapa na minha vida, pelas grandes
amizades que aprendi a cultivar, pela grande e maravilhosa família que tenho.
A todas as pessoas que conviveram e que convivem comigo, os meus mais sinceros
agradecimentos.
Maurice
RESUMO
TRABOULSI, M.A. Análise do Comportamento de Juntas de CCR com Alto Teor de
Finos. Dissertação (Mestrado em engenharia) – Programa de Pós Graduação em Engenharia
Civil, UFRGS, Porto Alegre, 2007.
A tecnologia do concreto compactado com rolo tem se desenvolvido e transformado o cenário
das construções de barragens, modernizando os conceitos sobre os processos construtivos,
além de se mostrar uma técnica competitiva em comparação com os métodos já consagrados
de construção de Barragens de terra, enrocamento e enrocamento com face de concreto.
Até a década de 70 era usual o lançamento de um elemento de ligação entre camadas de
concreto. Nesta época, estudos realizados pelo U.S. Bureau of Reclamation e U.S. Army
Corps of Engineers mostraram que a sua utilização era desnecessária, desde que as juntas
fossem cuidadosa e adequadamente preparadas. A construção da barragem de Willow Creek,
com CCR sem nenhuma especificação de um elemento de ligação entre as camadas de
concretagem, acabou resultando num alto nível de percolação de água. Devido a este fato, os
grandes projetistas de estruturas hidráulicas e de barragens passaram a adotar um concreto de
berço, lançado entre as camadas de CCR, abrangendo entre 30 % da seção superficial da
junta, a partir do paramento de montante, até toda a camada.
Neste projeto de pesquisa foi proposta a execução de maciços experimentais em laboratório,
os quais simulam uma pequena fatia de uma barragem de CCR. Para simular o lançamento e
adensamento do concreto destes maciços utilizou-se um equipamento existente no
Laboratório de Concreto de FURNAS Centrais Elétricas S.A., localizado em Goiânia-GO.
Foram confeccionados 11 maciços experimentais, nos quais foram realizadas avaliações
referentes ao intervalo de lançamento entre camadas de concreto compactado com rolo,
variando-se o tempo de exposição, a temperatura ambiente de lançamento, o tipo de
tratamento da junta e a utilização de argamassa de ligação, ou seja, procurou-se avaliar o grau
de maturidade das juntas, a partir do qual são necessárias providências para promover uma
adequada aderência entre camadas e mostrar a importância da confecção prévia de maciços
experimentais em laboratório para auxiliar a tomada de decisão durante a elaboração do
projeto.
Palavras-Chave
CCR – Camada – Junta – Aderência – Maciço – Intervalo – Temperatura
ABSTRACT
TRABOULSI, M.A. Behavior of RCC Joints with High Powder Content. Dissertação
(Mestrado em engenharia) – Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, UFRGS,
Porto Alegre, 2007.
The roller compacted concrete technology has been increasable developed and, consequently,
modified the dam constructions procedures, leading to improved concepts about the
construction processes, besides presenting technical competitively when compared to earth,
rockfill and concrete faced rockfill gravity dams construction methodology.
The use of a bonding element (concrete or mortar), between concrete layers was common in
the 70´s. At that time, studies conducted by the U.S. Bureau of Reclamation and the U.S.
Army Corps of Engineers showed that this technique was unnecessary in traditional dam
constructions for the cases of well and strictly prepared joints. The Willow Creek dam
construction, using RCC without any specification about bonding element between layers,
presented a high level of percolation. Since that, great hydraulic structures designers adopted
a bed of small aggregate concrete, placed between RCC layers in about 30% of the superficial
section of joint from the upstream face.
To the herein research it was proposed the execution of experimental laboratory bulks
simulating a small part of a RCC dam. For the simulation of placing and compaction of
concrete it was used the equipment owned by FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S.A., at
the laboratory of Goiania, Brazil.
Eleven experimental bulks were produced, in which were assessed the exposure of RCC
layers in different time delays and temperatures, varying the layer concrete surface treatment
and the use of mortar between layers in order to evaluate the maturity degree of joints and to
define the procedures to a suitable bonding between layers. The studies show the importance
of laboratory test fills during the design phases, as useful tools to help the technical decision
processes.
Keywords
RCC – layer – joint – bonding – bulk - time delay - temperature
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 23
1.2. JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DA PESQUISA........................................... 24
1.3. OBJETIVOS.............................................................................................................. 25
1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................ 26
2. O CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR)........................................ 27
2.1. DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL ................................................................. 27
2.2. HISTÓRICO.............................................................................................................. 29
2.3. PROCESSO CONSTRUTIVO..................................................................................
38
2.3.1. Fabricação ............................................................................................................
39
2.3.2. Transporte............................................................................................................ 42
2.3.3. Lançamento.......................................................................................................... 43
2.3.3.1. Método Tradicional ............................................................................................. 43
2.3.3.2. Método Rampado ................................................................................................ 44
2.3.4. Adensamento........................................................................................................ 48
2.3.5. Cura ...................................................................................................................... 50
2.4. APLICAÇÕES EM APROVEITAMENTOS HIDRÁULICOS ............................... 52
2.5. APLICAÇÕES EM PAVIMENTOS......................................................................... 53
2.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CCR....................................................... 56
2.6.1. Razões ou Vantagens do Uso de CCR................................................................ 56
2.6.2. Desvantagens do Uso de CCR ............................................................................ 57
3. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO COMO MATERIAL PARA
PESQUISAS EM LABORATÓRIO ........................................................................ 58
3.1. CONSIDERAÇÕES DE PROJETO.......................................................................... 59
3.1.1. Estabilidade ao Tombamento............................................................................. 59
3.1.2. Estabilidade ao Deslizamento............................................................................. 60
3.2. JUNTAS .................................................................................................................... 61
3.2.1. Requisitos Típicos para Tratamento de Juntas de Construção ...................... 62
3.2.2. Métodos para Tratamento de Juntas de Construção....................................... 63
3.2.3. Ligação Entre Camadas Sucessivas de CCR .................................................... 65
3.3. MACIÇOS EXPERIMENTAIS ................................................................................ 71
3.3.1. Vantagens e Objetivos de um Maciço Experimental Confeccionado em
Laboratório .......................................................................................................... 72
4. PROGRAMA EXPERIMENTAL............................................................................ 77
4.1. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA – VARIÁVEIS E CONDIÇÕES FIXAS .. 78
4.1.1. Variáveis............................................................................................................... 78
4.1.1.1. Intervalo de Lançamento de 0h, 04h, 08h, 12h, 24h, 48h ................................... 78
4.1.1.2. Temperatura de Exposição da Junta a 25ºC e 45ºC............................................. 78
4.1.1.3. Utilização de Argamassa de Ligação................................................................... 78
4.1.1.4. Tipo de Tratamento da Junta (Jato de Ar Comprimido ou Apicoamento).......... 79
4.1.1.5. Idade de Ensaio.................................................................................................... 79
4.1.1.6. Tipo de Corpo-de-prova ...................................................................................... 79
4.1.2. Condições fixas..................................................................................................... 80
4.1.2.1. Tipo Litológico do Agregado Utilizado .............................................................. 80
4.1.2.2. Tipo de cimento...................................................................................................
80
4.1.2.3. Dosagens de CCR e de Argamassa de Ligação...................................................
80
4.1.2.4. Cannon Time ....................................................................................................... 80
4.1.2.5. Grau de Compactação.......................................................................................... 81
4.1.2.6. Altura de Camada................................................................................................ 81
4.1.2.7. Cura ..................................................................................................................... 81
4.1.3. Fatores não controláveis ..................................................................................... 81
4.2. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS............................................................... 82
4.2.1. Cimento ................................................................................................................ 82
4.2.2. Agregados Graúdo e Miúdo ............................................................................... 83
4.3. DOSAGEM DO CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) E DA
ARGAMASSA.......................................................................................................... 86
4.4. ENSAIOS ESPECIAIS PARA BARRAGENS DE CCR ......................................... 87
4.4.1. Ensaios Com Concreto Fresco............................................................................
88
4.4.1.1. Cannon Time e Massa Unitária do CCR Compactado Através do Aparelho de
Vebê....................................................................................................................
88
4.4.1.2. Massa Unitária e Teor de Água Unitária Através do Aparelho de DMA............ 90
4.4.1.3. Permeabilidade à Água do Concreto Fresco........................................................ 92
4.4.1.4. Moldagem de corpos-de-prova cilíndricos de CCR ............................................
94
4.4.1.5. Determinação da Densidade, Umidade e Água Unitária com o Densímetro Nuclear
96
4.4.2. Ensaios com Concreto Endurecido .................................................................... 98
4.4.2.1. Resistência à Compressão e Massa Específica.................................................... 98
4.4.2.2. Resistência Tração Simples – Dispositivo Leroy................................................ 99
4.4.2.3. Resistência à Tração por Compressão Diametral................................................ 100
4.4.2.4. Módulo de Elasticidade ....................................................................................... 102
4.4.2.5. Permeabilidade à Água do Concreto Endurecido................................................ 103
4.4.2.6. Cisalhamento Direto............................................................................................ 105
4.5. PROJETO DE EXPERIMENTOS ............................................................................ 108
4.5.1. Resumo dos Maciços Experimentais - Matriz Experimental .......................... 110
4.5.2. Ensaios nos Maciços Experimentais .................................................................. 111
4.6. CONFECÇÃO DE MACIÇOS EXPERIMENTAIS DE CCR EM LABORATÓRIO 114
4.6.1. Equipamento para Compactação de CCR em Laboratório
(Rolo Compactador)............................................................................................ 114
4.6.1.1. Descrição do Equipamento.................................................................................. 116
4.6.1.2. Regularização da superfície da camada...............................................................
117
4.6.2. Dispositivo de Cura (Climatizador)...................................................................
119
4.6.3. Seqüência de Execução dos Maciços Experimentais........................................ 120
4.6.4. Extração de Testemunhos................................................................................... 124
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS................................................... 132
5.1. PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO........................................................ 132
5.2. PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO............................................. 134
5.2.1. Resistência à compressão e massa específica .................................................... 134
5.2.2. Resistência à tração simples ............................................................................... 136
5.2.3. Resistência à tração por compressão diametral ............................................... 138
5.2.4. Módulo de Elasticidade.......................................................................................
139
5.2.5. Cisalhamento........................................................................................................
141
5.3. ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DAS JUNTAS ................................................. 143
5.3.1. Resistência à Tração por Compressão Diametral ............................................
145
5.3.1.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de
8h e 12h) ..............................................................................................................
145
5.3.1.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)... 147
5.3.1.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h) .. 149
5.3.1.4. Considerações Gerais ..........................................................................................
150
5.3.2. Resistência à Tração Simples .............................................................................
151
5.3.2.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de
8h e 12h) .............................................................................................................. 152
5.3.2.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)... 154
5.3.2.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h) .. 156
5.3.2.4. Considerações Gerais .......................................................................................... 158
5.3.3. Resistência ao Cisalhamento Direto................................................................... 159
5.3.3.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de
8h e 12h) .............................................................................................................. 160
5.3.3.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)... 164
5.3.3.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h) .. 168
5.3.3.4. Considerações Gerais .......................................................................................... 171
5.3.4. Permeabilidade .................................................................................................... 173
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 175
6.1. CONCLUSÕES......................................................................................................... 175
6.1.1. Ensaios de caracterização com concreto endurecido na camada....................
175
6.1.2. Ensaios com concreto endurecido na junta.......................................................
176
6.1.2.1. Resistência à Tração por compressão Diametral................................................. 176
6.1.2.2. Resistência à Tração Simples .............................................................................. 177
6.1.2.3. Resistência ao Cisalhamento Direto.................................................................... 177
6.1.2.4. Permeabilidade à água......................................................................................... 178
6.1.3. Conclusões gerais................................................................................................. 178
6.2. SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ....................................................... 179
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 : Caracterização do cimento CP IV-32 utilizado nesta pesquisa. .................... 82
Tabela 4.2 : Caracterização dos agregados graúdo e miúdo.............................................. 83
Tabela 4.3 : Dados de composição do traço de CCR utilizado.......................................... 87
Tabela 4.4 : Dados de composição do traço da argamassa utilizada ................................. 87
Tabela 4.5 : Variáveis controláveis.................................................................................... 109
Tabela 4.6 : Resumo dos Maciços Experimentais – Matriz Experimental........................ 111
Tabela 4.7 : Quantidade de ensaios realizados com o CCR fresco.................................... 112
Tabela 4.8: Quantidade de ensaios realizados com o CCR endurecido – corpos-de-
prova moldados..............................................................................................
113
Tabela 4.9 : Quantidade de ensaios realizados com o CCR endurecido – testemunhos
extraídos.........................................................................................................
114
Tabela 5.1 : Propriedades do concreto fresco .................................................................... 133
Tabela 5.2 : Resistência à compressão e massa específica em corpos-de-prova
moldados........................................................................................................ 135
Tabela 5.3 : Resistência à compressão e massa específica em testemunhos extraídos...... 135
Tabela 5.4 : Resistência à tração simples em corpos-de-prova moldados e testemunhos
extraídos......................................................................................................... 137
Tabela 5.5 : Resistência à tração por compressão diametral em corpos-de-prova
moldados e testemunhos extraídos................................................................. 138
Tabela 5.6 : Módulo de Elasticidade em corpos-de-prova moldados e testemunhos
extraídos......................................................................................................... 139
Tabela 5.7 : Tensões cisalhantes em corpos-de-prova moldados. .....................................
141
Tabela 5.8 : Valores da coesão, ângulo de atrito e correlação das envoltórias de
resistência....................................................................................................... 143
Tabela 5.9 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração por compressão diametral para os intervalos de
lançamento de 8 h e 12 h................................................................................
146
Tabela 5.10 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração por compressão diametral em juntas sem utilização de
argamassa para os intervalos de lançamento de 0 h a 12 h............................ 148
Tabela 5.11 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração por compressão diametral em juntas com utilização de
argamassa para os intervalos de lançamento de 8 h a 48 h............................ 149
Tabela 5.12 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração simples em juntas com intervalos de lançamento de
8 h e 12 h........................................................................................................ 152
Tabela 5.13 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração simples em juntas sem utilização de argamassa para os
intervalos de lançamento de 0 h a 12 h......................................................... 155
Tabela 5.14 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência à tração simples em juntas com utilização de argamassa para os
intervalos de lançamento de 8 h a 48 h.......................................................... 157
Tabela 5.15 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência ao cisalhamento direto em juntas com intervalos de lançamento
de 8 h e 12 h................................................................................................... 160
Tabela 5.16 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência ao cisalhamento direto em juntas sem utilização de argamassa
para os intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.............................................. 164
Tabela 5.17 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
resistência ao cisalhamento direto em juntas com utilização de argamassa
para os intervalos de lançamento de 8 h a 48 h.............................................. 168
Tabela 5.18 : Permeabilidade do CCR endurecido..............................................................
173
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 : Concreto Compactado com Rolo utilizado na construção da barragem do
AHE Peixe Angical – TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas
S.A.) ............................................................................................................... 28
Figura 2.2 : Usina de Parnayba (PACELLI DE ANDRADE, 1991)................................. 31
Figura 2.3 : Seção transversal da ensecadeira da Barragem de Shimen – Primeira
utilização do CCR (PACELLI DE ANDRADE, 1991)................................. 33
Figura 2.4 : Primeira concretagem experimental com CCR no Brasil, realizada na
usina de Itaipu; (b) Primeira barragem com CCR no Brasil, realizada em
Saco de Nova Olinda (MEDEIROS, 2005) ................................................... 35
Figura 2.5 : Concreto Compactado com Rolo utilizado na construção da barragem da
UHE Dona Francisca (MARQUES FILHO, 2005) .......................................
36
Figura 2.6 : (a) Barragem da UHE de Cana Brava (GO), localizada no Rio Tocantins;
(b) Detalhe da UHE Cana Brava (GO) (Fotos cedidas por FURNAS
Centrais Elétricas S.A.)...................................................................................
37
Figura 2.7 : Barragens de CCR concluídas ao final dos anos de 1996 e de 2002
(FARIAS, 2006)............................................................................................. 38
Figura 2.8 : Exemplo de Central convencional utilizada na construção da UHE
Mosquitão-GO ............................................................................................... 39
Figura 2.9 : Exemplo de Central gravimétrica de CCR utilizada na construção da UHE
Cana Brava – GO........................................................................................... 40
Figura 2.10 : Exemplo de Central de CCR tipo Pug Mill – Utilizada para Dosagem e
Mistura do CCR na UHE Capanda - Angola (Foto cedida por FURNAS
Centrais Elétricas S.A.).................................................................................. 40
Figura 2.11 : Transporte do CCR em caminhões basculantes. a) Caminhão na praça de
lançamento b) Lavagem dos pneus na rampa de acesso AHE Peixe
Angical (Fotos cedidas por FURNAS Centrais Elétricas S.A.)...................
42
Figura 2.12 : Transporte por correia - Detalhe da Amostragem para Ensaios - AHE
Peixe Angical - TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.) ..... 43
Figura 2.13 : Lançamento do CCR em camadas horizontais longas (método tradicional)
– UHE Cana Brava – GO..............................................................................
44
Figura 2.14 : Método Tradicional - 6 sub-camadas com h = 0,33 m (BATISTA et al.,
2001) .............................................................................................................. 44
Figura 2.15 : Método Rampado - Subcamadas contínuas com h = 0,33 m (BATISTA et
al., 2001) ........................................................................................................ 45
Figura 2.16 : Camada de CCR executada em rampa; UHE Lajeado - TO.......................... 45
Figura 2.17 : Método rampado; Colocação da argamassa de ligação no trecho da
camada rampada em contato com a camada anterior; AHE Peixe Angical
- TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A .............................. 46
Figura 2.18 : Método rampado; Controle da altura da camada, tem como referência as
marcas indicativas pintadas na forma - AHE Peixe Angical - TO (Foto
cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.) ............................................... 47
Figura 2.19 : (a) Espalhamento do CCR com trator de esteira do tipo D6;
(b) nivelamento da camada com o trator de esteira operando de ré;
(c) complementação do nivelamento manual da camada – AHE Peixe
Angical - TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.) .............. 47
Figura 2.20 : (a) Posicionamento da junta de contração; (b) detalhe do trator cobrindo o
conjunto lona / placa; (c) espalhamento de CCR na região da junta; (d)
retirada da placa - UHE Lajeado – TO (Fotos cedidas por FURNAS
Centrais Elétricas S.A.).................................................................................. 48
Figura 2.21 : (a) Adensamento do CCR. (b) mini rolo compactador – Compactação do
CCR próximo ao paramento de montante (Foto cedida por FURNAS
Centrais Elétricas S.A.).................................................................................. 49
Figura 2.22 : (a) Detalhe do rolo compactador vibratório autopropelido; (b) detalhe da
faixa de compactação; (c) detalhe da sobreposição das faixas numa largura
mínima de 30 cm – AHE Peixe Angical – TO (Foto cedida por FURNAS
Centrais Elétricas S.A.)..................................................................................
50
Figura 2.23 : Nebulização do CCR; (a) Processo manual: dispositivos (espingardas ou
nebulizadores ligados à rede de ar e água); (b) processo mecânico: trator
agrícola com nebulizador acoplado. (Foto cedida por FURNAS Centrais
Elétricas S.A.) ................................................................................................
50
Figura 2.24 : Comparativo da Produtividade entre o método Tradicional e o rampado
(BATISTA, 2002).......................................................................................... 51
Figura 2.25 : Comparativo de Custos entre o método Tradicional e o rampado
(BATISTA, 2002).......................................................................................... 51
Figura 2.26 : Criadouro de camarões na Paraíba: Utiliza CCR como recurso para
construção de seus viveiros (ABCP, 2005).................................................... 53
Figura 2.27 : Concretagem experimental de CCR para camada final de pavimento
rodoviário, realizada em FURNAS, Aparecida de Goiânia (GO): (a)
lançamento do CCR; (b) compactação do CCR (Fotos cedidas por
FURNAS Centrais Elétricas S.A.).................................................................
55
Figura 3.1 : Exemplo de croqui: Maciço experimental para UHE Lajeado. ..................... 74
Figura 3.2 : Pista experimental em obra – UHE Cana Brava – GO .................................. 75
Figura 3.3 : (a)Extração de testemunhos do maciço; (b) aspecto dos testemunhos
retirados para ensaios. Estudo de aderência entre camadas de CCR .............
76
Figura 4.1 : Fluxograma do programa experimental......................................................... 77
Figura 4.2 : Curva Granulométrica do Agregado Graúdo Basalto 25 mm........................ 84
Figura 4.3 : Curva Granulométrica do Agregado Graúdo Basalto 50 mm........................ 85
Figura 4.4 : Curva Granulométrica do Agregado Miúdo Areia Artificial......................... 86
Figura 4.5 : Cannon Time. (a) preenchimento do recipiente; (b) arrasamento do topo .... 89
Figura 4.6 : Cannon Time. (a) vibração; (b) vazios preenchidos ..................................... 89
Figura 4.7 : Massa unitária. (a) colocação de água; (b) massa final com água................ 90
Figura 4.8 : DMA. (a) determinação do volume de equilíbrio; (b) determinação da
massa da amostra ........................................................................................... 91
Figura 4.9 : DMA : (a) preenchimento com água; (b) agitação manual da mistura......... 91
Figura 4.10 : DMA : (a) repouso para sedimentação; (b) abertura do sifão para
determinação do volume deslocado............................................................... 92
Figura 4.11 : Permeabilidade do concreto fresco. (a) moldagem de corpo-de-prova; (b)
adensamento de Corpo-de-prova ................................................................... 93
Figura 4.12 : Permeabilidade do concreto fresco. (a) filtro com cascalho; (b) colocação
de água na bureta ........................................................................................... 93
Figura 4.13 : Ensaio de permeabilidade do concreto fresco em andamento ....................... 94
Figura 4.14 : Moldagem de corpo-de-prova. (a) preenchimento dos moldes - 1a camada;
(b) preenchimento da 2a camada ................................................................... 95
Figura 4.15 : Moldagem de corpo-de-prova. (a) vibração com contrapeso (b)
Acabamento com contrapeso e desempenadeira............................................
95
Figura 4.16 : Método para determinação da densidade "in situ" através do densímetro
nuclear – Transmissão direta .........................................................................
96
Figura 4.17 : Método para determinação da densidade "in situ" através do densímetro
nuclear – Retrodispersão................................................................................ 97
Figura 4.18 : (a) Densímetro nuclear; (b) detalhe do painel do densímetro........................ 97
Figura 4.19 : Ensaio com densímetro nuclear. (a) execução de furo no maciço; (b)
medição da massa específica ......................................................................... 98
Figura 4.20 : Ensaio de tração direta. (a) conjunto de molas, tampas e tubo cônico; (b)
montagem na prensa ...................................................................................... 100
Figura 4.21 : Ensaio de tração direta. (a) equipamento de Ensaio; (b) ruptura do corpo-
de-prova ......................................................................................................... 100
Figura 4.22 : Extração de testemuhos horizontalmente entre camadas............................... 101
Figura 4.23 : Ensaio de tração por compressão diametral. (a) corpo-de prova apoiado
sobre as taliscas; (b) corpo-de-prova fraturado após a execução do ensaio .. 102
Figura 4.24 : (a) Módulo de elasticidade com extensômetro elétrico (externo); (b)
módulo de elasticidade com extensômetro mecânico................................... 103
Figura 4.25 : Equipamentos para determinação da permeabilidade.................................... 104
Figura 4.26 : Desenho esquematico do sistema de carga.................................................... 104
Figura 4.27 : Envoltória de Mohr-Coulomb (HESS, 1999) ................................................ 105
Figura 4.28 : Desenho esquemático do arranjo para ensaio de cisalhamento ..................... 106
Figura 4.29 : Ensaio de cisalhamento direto. (a) prensa servo-controlada; (b) corpo-de-
prova confinado ............................................................................................. 107
Figura 4.30 : Curvas tensão cisalhante x deslocamento horizontal, deslocamento
horizontal x deslocamento vertical e a envoltória de resistência................... 108
Figura 4.31 : Preparação da superfície. (a) Apicoamento com escarificador pneumático;
(b) vista geral dos dois tratamentos da superfície do concreto ...................... 110
Figura 4.32 : Desenho esquemático do maciço experimental............................................. 110
Figura 4.33 : Vista geral do equipamento para compactação de CCR................................ 116
Figura 4.34 : Confecção de um maciço. (a) Compactação das extremidades;
(b) medição da altura camada após compactação das extremidades ............. 117
Figura 4.35 : Confecção de um maciço. (a) Detalhe da lateral durante a compactação;
(b) rolo compactador em operação ................................................................ 118
Figura 4.36 : Regularização da superfície da camada com vibro-acabadora ...................... 118
Figura 4.37 : Dispositivo de cura. (a) vista Geral; (b) acessórios acoplados ...................... 119
Figura 4.38 : Dispositivo de cura instalado na fôrma.......................................................... 119
Figura 4.39 : Sala de dosagem. (a) pesagem dos materiais para execução do CCR;
(b) Abastecimento da betoneira de 1,5 m³ ..................................................... 120
Figura 4.40 : Sala de dosagem. (a) descarga do CCR; (b) homogeneização do CCR pós-
mistura............................................................................................................ 120
Figura 4.41 : Confecção do maciço. (a) lançamento e espalhamento do CCR;
(b) compactação das extremidades do CCR .................................................. 121
Figura 4.42 : Confecção do maciço. (a) medição da altura da camada após a
compactação das extremidades; (b) vista Geral do equipamento em
operação......................................................................................................... 121
Figura 4.43 : Ensaio com Densímetro Nuclear. (a) execução do furo no maciço;
(b) determinação da massa específica do CCR.............................................. 122
Figura 4.44 : Armazenamento do maciço. (a) transporte do maciço de CCR; (b) maciço
de CCR na Câmara úmida.............................................................................. 122
Figura 4.45 : Desforma do maciço. (a) desforma lateral do maciço; (b) continuação da
desforma do maciço de CCR ......................................................................... 123
Figura 4.46 : Desforma do maciço. (a) vista lateral do maciço; (b) vista geral do maciço
após desforma ................................................................................................ 123
Figura 4.47 : Extração de testemunhos. (a) vista geral da extração de testemunhos;
(b) retirada do testemunho extraído............................................................... 124
Figura 4.48 : Corte com fio diamantado. (a) corte com fio diamantado do maciço;
(b) vista da seção transversal do maciço após corte com fio diamantado ..... 124
Figura 4.49 : Plano de extração dos maciços experimentais números de 01 a 06............... 127
Figura 4.50 : Plano de extração dos maciços experimentais números de 07 a 10............... 128
Figura 4.51 : Maciço experimental. (a) vista superior do maciço; (b) vista lateral do
maciço............................................................................................................ 129
Figura 4.52 : Sondas de extração de testemunhos. (a) sonda Mach 920 em operação;
(b) detalhe da sonda Hilti DD 250 ................................................................. 129
Figura 4.53 : Extração de testemunhos. (a) extração vertical; (b) detalhe da retirada do
testemunho ..................................................................................................... 130
Figura 4.54 : Extração horizontal........................................................................................ 130
Figura 4.55 : Corte do testemunho. (a) corte em serra circular; (b) Corte do maciço
com fio diamantado........................................................................................ 131
Figura 4.56 : Preparação dos testemunhos. (a) reparo e acabamento nos topos;
(b) testemunhos após o acabamento com argamassa..................................... 131
Figura 5.1 : Resistência à compressão e massa específica em testemunhos extraídos...... 136
Figura 5.2 : Resistência à Tração Direta x Idade............................................................... 137
Figura 5.3 : Resistência à Tração por Compressão Diametral x Idade ............................. 139
Figura 5.4 : Módulo de Elasticidade x Idade..................................................................... 140
Figura 5.5 : Tensão Cisalhante x Idade corpos-de-prova moldados ................................. 142
Figura 5.6 : Envoltórias de Resistência do CCR dos Maciços.......................................... 142
Figura 5.7 : Fluxograma de análise das propriedades das juntas ...................................... 145
Figura 5.8 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função da Utilização de Argamassa. Intervalos de lançamento de 8 h e
12 h................................................................................................................. 147
Figura 5.9 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função do Tipo de Tratamento. Intervalos de lançamento de 8 h e 12 h....... 147
Figura 5.10 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função do Tipo de Tratamento. Juntas sem argamassa para intervalos de
lançamento de 0 h a 12 h................................................................................
148
Figura 5.11 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função do Intervalo de Lançamento. Juntas sem argamassa..........................
149
Figura 5.12 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função do Intervalo de Lançamento. Juntas com argamassa. ........................ 150
Figura 5.13 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função da Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento das juntas.
Juntas com argamassa.................................................................................... 150
Figura 5.14 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em
função do Intervalo de Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h... 151
Figura 5.15 : Valores médios de resistência à tração simples em função do Tipo de
corpo-de-prova com seus respectivos desvios padrões e intervalos de
confiança da média de 95%. .......................................................................... 152
Figura 5.16 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h............. 153
Figura 5.17 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura
de Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h. ..........
153
Figura 5.18 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Utilização de
Argamassa em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h...............
154
Figura 5.19 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de
Tratamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h ..............
154
Figura 5.20 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.............
155
Figura 5.21 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura
de Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h. .......... 156
Figura 5.22 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de
Tratamento em juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h. ............. 156
Figura 5.23 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h............. 157
Figura 5.24 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura
de Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h. .......... 158
Figura 5.25 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de
Tratamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h. ............. 158
Figura 5.26 : Valores médios de resistência à tração simples em função do Intervalo de
Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h........................................ 159
Figura 5.27 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo
de corpo-de-prova com seus respectivos desvios padrões e intervalos de
confiança da média de 95%. .......................................................................... 160
Figura 5.28 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento de 8h e 12h para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa...................................................................................... 162
Figura 5.29 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da
Temperatura de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa. Intervalo de Lançamento de 8h e 12h. ....................... 162
Figura 5.30 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da
Utilização de Argamassa para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e
2700 kPa. Intervalo de Lançamento de 8h e 12h........................................... 163
Figura 5.31 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo
de Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e
2700 kPa. Intervalo de Lançamento de 8h e 12h........................................... 163
Figura 5.32 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento de 0h a 12h para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa. Juntas sem argamassa................................................ 166
Figura 5.33 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da
Temperatura de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa. Juntas sem argamassa................................................ 166
Figura 5.34 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo
de Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e
2700 kPa. Juntas sem argamassa. ................................................................. 167
Figura 5.35 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento de 8h a 48h para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa. Juntas com argamassa. ............................................... 169
Figura 5.36 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da
Temperatura de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa,
1800 kPa e 2700 kPa. Juntas com argamassa. ............................................... 170
Figura 5.37 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo
de Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e
2700 kPa. Juntas com argamassa................................................................... 170
Figura 5.38 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal
900 kPa). ........................................................................................................ 172
Figura 5.39 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal
1800 kPa). ...................................................................................................... 172
Figura 5.40 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do
Intervalo de Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal
2700kPa). ....................................................................................................... 172
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
a Área da seção transversal da bureta
A Área da seção transversal do corpo-de-prova
a/c Relação Água Cimento
ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACI American Concrete Institute
AHE Aproveitamento Hidrelétrico
Al
2
O
3
Óxido de alumínio
Am Amerício
ASTM American Society for Testing and Materials
Be Belírio
BGTC Brita Graduada Tratada com Cimento
BS British Standard
C Correção pela temperatura da água
c/e Índice de Forma
CaO Óxido de cálcio livre
C
a
SO
4
Sulfato de cálcio
CCR Concreto Compactado com Rolo
CCV Concreto Convencional
CP Corpo-de-Prova
CP IV-32 Cimento Portland pozolânico
CRIEPI Centro de Pesquisas da Indústria de Energia Elétrica
Cs Césio
DCT.T Departamento de Apoio e Controle Técnico
DMA Dispositivo para Determinação da Massa Unitária e Água Unitária
EMIC Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda
Fe
2
O
3
Óxido de ferro
FURNAS Furnas Centrais Elétricas S.A.
γ
P
Massa Unitária do Concreto
γ
t
Massa Específica Teórica
γ
c
Massa Específica Obtida
GPa Giga Pascal
h
1
Carga hidráulica inicial, em metros
h
2
Carga hidráulica final, em metros
H Pressão Manométrica do Ensaio
K Coeficiente de permeabilidade
K
2
O Óxido de potássio
kPa Kilo Pascal
L Altura do corpo-de-prova
LACTEC Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento
LAME Laboratório de Materiais e Estruturas
M.F. Modulo de Finura
M
c
Massa específica do concreto inserida no DMA
M
c
Massa Específica do Concreto inserida no Dispositivo para
Determinação da Massa Unitária e Água Unitária
Mesp Massa Específica do Concreto Compactado com Rolo
MgO Óxido de magnésio
MPa Mega Pascal
Na
2
O Óxido de sódio
NBR Norma Brasileira
NM Norma Mercosul
ºC Grau Celsius
PCA Portland Cement Association
PCH’s Pequenas Centrais Hidrelétricas
Q Vazão de Entrada no Painel de Ensaio
RCD Roller Concrete for Dam
S.S.S. Superfície Saturada Seca
SiO
2
Dióxido de silício
SO
3
Trióxido de enxofre
TVA Tennessee Valey Authority
UHE Usina Hidrelétrica
USBR United States Bureau of Reclamation
V
c
Volume do Concreto
V
c
Volume do Concreto
V
deslocado
Volume de Água Deslocado
V
deslocado
Volume de água deslocado
W
c
Peso do Concreto
Δt Tempo necessário para a carga hidráulica passar de h1 para h2
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
23
1. INTRODUÇÃO
A utilização do Concreto Compactado com Rolo (CCR), para a construção de
barragens, usinas hidrelétricas, diques, ensecadeiras, pequenas centrais hidrelétricas (PCH’s) e
inúmeras outras obras que possibilitam a utilização desta técnica representa, provavelmente, o
mais importante avanço recente da tecnologia de construção de estruturas hidráulicas.
Esta técnica consolidou-se no início da década de 80 (PACELLI DE ANDRADE,
1996) e modificou o panorama das construções de barragens, devido à rapidez e qualidade de
execução das estruturas e, em muitos casos, mostra-se competitiva em várias alternativas de
arranjos físicos quando comparada com arranjos utilizando os métodos construtivos
tradicionais do tipo:
- barragens de terra;
- barragens de enrocamento com núcleo de argila;
- barragens de enrocamento com face de concreto.
Durante a elaboração de um projeto de barragem, qualquer que seja a concepção
adotada, são de fundamental importância a parametrização do material, a confiabilidade dos
processos de dosagem do concreto e a indicação de valores para o controle da qualidade da
obra e sua análise (MARQUES FILHO, 2005).
Adicionalmente ao controle de qualidade, é comum a construção de um maciço
experimental antes do início do lançamento do CCR na estrutura definitiva, com o objetivo de
calibrar equipamentos, ajustar dosagens, qualificar a mão-de-obra utilizada, definir altura de
camadas e número de passadas do rolo compactador. Posteriormente, são realizadas
campanhas de extração de testemunhos para a definição de alguns parâmetros de projeto e do
tratamento adequado a ser dado na interface entre camadas, pois, no processo de lançamento
sucessivo, é inevitável a geração de juntas de construção com diferentes intervalos de
exposição da superfície.
As juntas entre camadas de lançamento sucessivo são as partes mais críticas em
relação à resistência mecânica e à permeabilidade pelo maciço de concreto (CREAGER et al.,
1965; VARLET, 1972; SCHREIBER, 1981 e SHARMA, 1981), e são consideradas nos
diversos critérios na fase de projeto. Entretanto, durante a construção de um empreendimento
que utiliza CCR, surgem várias dúvidas quanto ao tempo de exposição da junta ou intervalo
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
24
de lançamento entre camadas que possibilite a dispensa de tratamento da superfície e
minimize a aplicação de argamassa de ligação, sem perder a garantia de controle da
permeabilidade da estrutura.
Para controlar possíveis percolações pelas juntas de construção, atualmente tem-se
adotado a aplicação de uma argamassa de ligação entre 30% e 100% da extensão da superfície
da junta, pois o intervalo de lançamento entre camadas normalmente situa-se entre 8 h e 12 h,
resultando numa obrigatoriedade de realização de algum tipo de tratamento. Porém, caso o
processo de tratamento da junta seja executado de forma incorreta e sem a devida inspeção do
controle de qualidade, certamente haverá um comprometimento da estanqueidade da
estrutura, levando à percolação de água pelas juntas de construção.
Esta pesquisa é composta por um estudo que utiliza maciços experimentais
confeccionados em laboratório para a previsão do comportamento das propriedades físicas do
concreto compactado com rolo utilizando corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos
dos maciços. Além de fornecer subsídios para identificar o tipo de tratamento e o tempo de
exposição mais adequado para as diferentes temperaturas de exposição, possibilita a obtenção
de parâmetros confiáveis a serem aplicados durante a fase de projeto, cria padrões para o
controle de qualidade da obra e fornece suporte para que o processo construtivo escolhido seja
o mais adequado dos pontos de vista técnico e econômico.
Os maciços experimentais foram executados no equipamento para compactação de
CCR em laboratório existente no Laboratório de Concreto do Departamento de Apoio e
Controle Técnico de Furnas Centrais Elétricas S.A., em Goiânia, estado de Goiás.
1.2. JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DA PESQUISA
O CCR tem como característica importante a diminuição considerável do tempo de
execução de obra, com a utilização de equipamentos com grande disponibilidade no mercado
mundial de engenharia civil, promovendo o retorno das soluções em concreto para os
barramentos hidráulicos (MARQUES FILHO, 2005).
Utilizado inicialmente de forma pouco incisiva devido à deficiência do meio técnico
em averiguar possibilidades prévias que garantam a aderência e a estanqueidade da estrutura e
pela desconfiança da ligação entre camadas ou pela possibilidade de uma percolação entre
elas, o CCR foi tomando vulto no meio técnico nacional e internacional, passando a ser
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
25
utilizado em obras e aproveitamentos de grande porte.
Este trabalho procura mostrar, no caso de obras executadas com CCR, as vantagens de
se determinar os intervalos máximos de lançamento e o tipo de tratamento da junta de
construção utilizando maciços experimentais confeccionados em laboratório, para que se
possa minimizar a aplicação de um elemento de ligação entre camadas, uma vez que as obras
executadas utilizaram, e as em construção utilizam, uma argamassa de ligação ou um concreto
de berço em toda a extensão da superfície da junta ou em uma boa parte dela. A redução da
aplicação de um elemento de ligação entre camadas poderá minimizar uma etapa no processo
executivo, diminuindo interferências no processo mecanizado e reduzir consideravelmente os
custos do maciço.
1.3. OBJETIVOS
O objetivo principal deste trabalho é caracterizar as propriedades do CCR e das juntas
geradas devido ao processo construtivo, utilizando testemunhos extraídos de maciços
experimentais confeccionados em laboratório juntamente com corpos-de-prova moldados
durante a moldagem dos maciços, além de fornecer subsídios para a obtenção de novos
processos construtivos que possam acelerar de forma confiável e segura a construção de
barragens com CCR, e que permitam criar novas possibilidades para garantir a aderência das
camadas e o controle da permeabilidade do paramento de montante.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
9 Avaliar a influência do intervalo de lançamento do CCR nas propriedades mecânicas,
elásticas e de permeabilidade da junta;
9 investigar o efeito da variação da temperatura de exposição das juntas entre camadas
nas propriedades mecânicas, elásticas e de permeabilidade, por meio da realização de
ensaios em corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos de maciços
experimentais;
9 fornecer critérios para tratamento da interface entre camadas, em função de intervalos
de lançamento e interrupções de concretagem não previstas em projeto, ou com
intervalos superiores aos preconizados nas especificações técnicas da obra;
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
26
9 investigar o efeito da extração de testemunhos nas propriedades mecânicas e elásticas
do CCR em relação aos corpos-de-prova moldados;
9 estabelecer parâmetros e diretrizes para a execução de maciços experimentais
confeccionados em laboratório, para projetos que especificam a utilização de CCR.
1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho está estruturado em seis capítulos.
O primeiro capítulo refere-se à introdução, à justificativa e importância da pesquisa e aos
objetivos, conforme apresentado anteriormente.
No Capítulo 2, é apresentada uma revisão bibliográfica sobre o CCR, considerando as
suas principais características e um breve histórico sobre o seu surgimento e aplicações no
meio técnico. Também é apresentada uma explanação sobre a sua fabricação e métodos de
lançamento, adensamento e cura em barragens.
No Capítulo 3, é realizada uma abordagem sobre CCR como material para pesquisa em
laboratório, levando-se em consideração critérios de projeto para tratamento de juntas de
construção e são discutidos os diversos processos de tratamento da interface entre camadas,
adotados em várias obras que utilizaram o CCR como material de construção. Ainda é
apresentada uma alternativa para a caracterização das propriedades do CCR, utilizando
maciços experimentais confeccionados em laboratório.
No Capítulo 4, é descrito todo o programa experimental e apresentadas as técnicas e os
ensaios empregados na caracterização dos materiais e os ensaios específicos realizados para
caracterizar o CCR, bem como a matriz experimental utilizada no processo. Neste capítulo,
também, está detalhado todo o processo para a confecção de um maciço experimental em
laboratório, desde a sua moldagem e cura até a obtenção de testemunhos para ensaio.
No Capítulo 5, são apresentadas as análises e discussões dos resultados obtidos no
decorrer deste trabalho, segregados em ensaios realizados para a caracterização das
propriedades do CCR na camada e na junta.
No Capítulo 6, é apresentado um resumo dos principais resultados obtidos, onde são
elencadas as considerações e conclusões finais.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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2. O CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR)
2.1. DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL
Segundo a terminologia do ACI 116 R (2000), Concreto Compactado com Rolo
(CCR) é um material que, em seu estado fresco, é capaz de suportar o peso de um rolo
vibratório compactador no momento da compactação. Segundo essa especificação, esse
concreto pode apresentar características no estado endurecido, bastante similares às obtidas
em concretos convencionais, o que é alcançado pela alta energia necessária para sua
compactação, diferente da aplicada em concretos convencionais (CCV), normalmente
vibrados. Contudo, com a evolução da tecnologia de concreto, há cada vez mais a
aproximação do CCR de um concreto convencional, tanto pelas suas características no estado
fresco quanto no estado endurecido, o que induz a pensar na introdução desse material em
obras que antes só poderiam ser obtidas com concretos convencionais, como por exemplo,
uma barragem em arco.
A Portland Cement Association – PCA (1984) define o CCR como um concreto que é
misturado, espalhado e compactado com equipamentos tradicionalmente empregados na
pavimentação rodoviária. Deve ser seco, de consistência dura e trabalhabilidade tal que
permita a sua compactação por rolos vibratórios, ao invés de serem empregados réguas
vibratórias ou vibradores de imersão.
Segundo Andriolo (1989), o desenvolvimento atual do CCR (ou Rollcrete) é resultado
da necessidade de se projetar barragens de concreto que pudessem ser construídas mais rápida
e economicamente, em relação àquelas onde se empregam os métodos construtivos
convencionais. Ele define CCR mais abrangentemente, como “Concreto de consistência seca,
que, no estado fresco, pode ser misturado, transportado, lançado e compactado por meio de
equipamentos usualmente utilizados em serviços de terraplenagem ou enrocamento”. É uma
tecnologia de construção, não um critério ou tecnologia de projeto, na qual se utiliza um
concreto de consistência denominada no-slump, no seu estado fresco. Ou seja, o CCR é um
concreto que no seu estado fresco é capaz de suportar um equipamento de compactação
externa.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Pacelli de Andrade (1984) define CCR como concreto de consistência seca (Figura
2.1) comparado ao concreto massa convencional, não mensurável pelo ensaio de abatimento
do tronco de cone, consolidado por vibração externa, utilizando rolo vibratório. Para sua
consolidação efetiva, o CCR deve ser seco o suficiente para suportar o peso do equipamento
de vibração e permitir fácil adensamento à ação do rolo, apresentando no final, depois de
endurecido, as características comumente obtidas no concreto massa convencional.
Figura 2.1 : Concreto Compactado com Rolo utilizado na construção da barragem do AHE
Peixe Angical – TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
De acordo com Oliveira et al. (1995), o CCR é definido como sendo um concreto de
consistência seca – no slump, aspecto arenoso com propriedades próprias, que é transportado,
espalhado e compactado de forma contínua, através de maquinários usualmente aplicados em
obras de terra e enrocamento.
Marques Filho (2005) descreve o CCR, mais abrangentemente, como uma técnica
construtiva, com peculiaridade de uso intensivo de equipamentos tipicamente empregados em
obras de terra / enrocamento, utilizando um material conhecido que é o concreto, procurando
obter um máximo desempenho no quesito velocidade de lançamento, aliado a custos baixos e
teores de cimento relativamente pequenos para diminuição dos efeitos das variações
volumétricas de origem termogênica do concreto, nas obras de concreto massa.
Com base nas definições dos autores supracitados, pode-se afirmar que o Concreto
Compactado com Rolo é uma técnica construtiva que busca obter um maior desempenho na
velocidade de lançamento com baixos teores de cimento e baixos custos, tornando-se assim,
uma opção bastante atrativa para a viabilização de grandes projetos com concreto massivo que
normalmente exigem cronogramas reduzidos, uma vez que os métodos tradicionais utilizados
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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para a construção de barramentos possuem cronogramas extensos, o que torna o projeto mais
oneroso.
A técnica utiliza maciçamente equipamentos de obras de terra, para colocação e
compactação do concreto, diminuindo a parcela de mão-de-obra por unidade de volume
quando comparado com obras de concreto convencional, gerando um processo industrial
muito eficiente, com atividades repetitivas mensuráveis. Sua aplicação deve ser sempre
analisada holisticamente ao longo de todas as fases de implantação de um empreendimento,
desde a detecção da necessidade da sociedade até o final de sua vida útil. O processo
executivo impacta em todas as etapas construtivas, pois seu o processo de execução e controle
são particulares e totalmente diferentes da prática usual dos concretos massa convencionais,
bem como pode trazer aspectos a serem avaliados e monitorados ao longo da vida útil da obra.
A tecnologia do CCR é uma das alternativas mais indicadas, do ponto de vista de custo
e beneficio, para barragens com fins de acumulação de água como açudes para irrigação ou
perenização de rios, para controle de enchentes, geração de energia, lazer e pavimentos. O
CCR utilizado para construção de barragens e pavimentos concorre diretamente com
tecnologias que utilizam terra e as que utilizam enrocamento (MEDEIROS, 2005).
A solução de utilização do Concreto Compactado com Rolo, com sucesso na
competitiva atualidade brasileira em projetos de engenharia, tem no seu ponto crucial o
planejamento da obra. O CCR é um método que imprime alta velocidade executiva, exige que
seja feito um detalhado planejamento, abordando sua própria execução e sua interdependência
com o concreto convencional.
De acordo com Andriolo (2002), desde o final da década de 70, várias pesquisas vêm
sendo desenvolvidas a respeito do CCR, juntamente com o acontecimento de diversos
simpósios e congressos direcionados para discussão sobre as informações obtidas, ensaios e
pontos de vistas sobre tal material.
2.2. HISTÓRICO
As mais antigas barragens que se têm notícia foram construídas de terra pelos
primitivos habitantes da Índia, Ceilão, Mesopotâmia ou China, e pelos Egípcios, Gregos,
Romanos e Astecas, ou pelas civilizações Maia e Inca. A primeira barragem conhecida foi
construída por Marduk (Nemrod na Bíblia) no rio Tigris, na Caldéia. Esta barragem teria
resistido até o fim do século III, e como outras de terra da época, era protegida por uma
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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estrutura de madeira. Já mais tarde, os Romanos construíram barragens de terra com
descarregadores e com a proteção de alvenaria no talude de montante. As barragens mais
antigas foram aparecendo em várias partes do globo, nas zonas ao longo dos grandes rios,
barragens de alvenaria, por vezes com núcleos impermeáveis (PACELLI DE ANDRADE et
al., 1987 Apud SERAFIN, 1988).
Serafim (1988) afirma que a primeira barragem que se tem conhecimento, construída
pelo homem, foi de terra, porém as barragens mais conhecidas são de alvenaria-gravidade,
construídas por egípcios, gregos e romanos e consistiam muitas vezes de “opus incertum”, o
que significa entulho de alvenaria. Algumas barragens construídas pelos romanos eram de
opus pseidomodonem” ou alvenaria de pedras perfeitamente cortadas, nas faces, e
preenchidas com um material que equivale ao concreto utilizado nos dias atuais, o “opus
cementium”. Com certeza, estas barragens eram as mais fáceis e as mais seguras em termos de
execução e se tornaram resistentes devido às grandes pedras que constituíam as suas faces.
Este tipo de construção era o que mais se assemelhava às barragens atualmente construídas
em CCR.
A mais antiga do mundo é tida como a barragem de Saad-el-Kaffar, no Egito. Pensa-se
que tenha sido construída entre 2950 a 2750 a.C., apresentando um coroamento de mais de
100 metros e uma altura de 12 metros. Suas ruínas foram descobertas em 1855, por
Schweinfurth. A construção em paredes de pedra desta barragem mostra a grande aptidão dos
Egípcios para trabalhar este material. Talvez devido à influência dos conhecimentos do tempo
de Alexandre, o Grande, barragens de alvenaria deste tipo foram construídas na Grécia, na
Índia e noutros locais e mais tarde pelo Império Romano, já utilizando argamassa de cal
apagada para ligação das pedras (PACELLI DE ANDRADE et al., 1987).
Os romanos foram os inventores da construção em concreto misturando cal com
pozolanas naturais de seus vulcões. Para dar uma maior possibilidade de sobrevivência em
algumas de suas barragens, como Narib, no Yemen, ou na Espanha (Alcantarilla, Proserpina e
Carnalbo), eles utilizavam grandes pedras, efetuando o enchimento dos caixões com concreto
(PACELLI DE ANDRADE et al., 1987).
O concreto feito com cimento Portland estava sendo utilizado no interior de barragens
de terra, no núcleo de alvenaria ou na construção das suas paredes, no final do século XIX. A
barragem de Crystal Springs, com 46,2 m de altura na Califórnia, construída em 1888, foi,
provavelmente, o primeiro registro de controle tecnológico do concreto, especificando-se o
tamanho dos blocos de concretagem e limitando a relação água-cimento (CBGB et al., 1989).
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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Segundo Pacelli de Andrade (1987), em cerca de 1900, o concreto começou a ser
utilizado intensamente como material empregue em barragens, usando-se fôrmas de madeira
em vez de paredes de alvenaria. A barragem de San Mateo, de 52 metros de altura, construída
na Califórnia, possivelmente foi a primeira a ser executada unicamente em concreto.
No início do século XX, foi construída a primeira hidrelétrica para abastecer a cidade
de São Paulo (Figura 2.2), a usina de Parnayba (hoje Edgard de Souza), perto da Vila de
Parnayba. Foi construída pela Ligth em apenas 15 meses, apesar da dificuldade da época em
transpor 33 quilômetros de distância, e inaugurada em 23 de setembro de 1901 (PACELLI DE
ANDRADE, 1987).
Figura 2.2 : Usina de Parnayba (PACELLI DE ANDRADE, 1991).
O desenvolvimento e a sedimentação dos processos executivos e da maioria dos
conceitos envolvidos na tecnologia de concreto sofreram grandes evoluções nas três primeiras
décadas do século XX (MARQUES FILHO, 2005).
No início da década de 30, quando começou a ser executado o controle de qualidade
mais rigoroso e a investigação dos materiais passou a ser feita de maneira judiciosa e
científica, a construção de barragens de concreto sofreu um desenvolvimento acentuado. A
construção da barragem de Hoover, nos Estados Unidos da América, foi o marco inicial para a
moderna tecnologia de construção das barragens em concreto (PACELLI DE ANDRADE
1996).
A construção de barragens de concreto teve uma evolução em três períodos bem distintos
(PACELLI DE ANDRADE, 1996):
¾ até o início da década de 30;
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
32
¾ a construção de Hoover Dam até o início do CCR;
¾ período das construções com CCR.
Após a segunda guerra mundial, a indústria de equipamentos pesados tornou viável a
utilização dos equipamentos de terraplenagem e o desenvolvimento intenso das barragens de
materiais soltos. Surgiu, então, a idéia de se aperfeiçoar o processo executivo das barragens de
concreto com equipamentos semelhantes aos das obras de terra, utilizando-se um concreto
com consistência relativamente seca que suportasse o tráfego de equipamentos de transporte,
espalhamento e compactação e que tivesse o desempenho igual ou semelhante ao concreto
massa convencional (MARQUES FILHO, 2005).
Hadley (1941) sugeriu a possibilidade de se utilizar técnicas comuns a obras de terra
para execução de barragens de concreto (CCR), porém, somente na década de 60 foram
executadas as suas primeiras aplicações.
As primeiras utilizações da técnica de compactação podem ser divididas entre a
ensecadeira da Barragem de Shimen, em Taipei, que utilizou concreto como núcleo
impermeável de barragem de terra (LOWE, 1962) e a Barragem de Alpe Gera, construída
entre 1961 e 1964 na Itália. Nesta última utilizou-se processo misto de compactação via rolos
vibratórios e criou-se o conceito de concreto convencional lançado em camadas de ombreira a
ombreira, utilizando bancada de vibradores de imersão colocada em tratores (GENTILE, 1964
e 1970). Estas aplicações iniciais diferem muito da técnica usada atualmente para o CCR, mas
cria condições para a discussão e o emprego posterior em larga escala do processo
construtivo. A Figura 2.3 mostra a seção transversal da ensecadeira, como ela foi construída
originalmente. Esta ensecadeira seria incorporada à barragem.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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Figura 2.3 : Seção transversal da ensecadeira da Barragem de Shimen – Primeira utilização do
CCR (PACELLI DE ANDRADE, 1991).
No início da década de 70, houve vários ensaios em laboratório para exploração da
técnica de compactação de concreto e da substituição do cimento por pozolana. Vale ressaltar
os trabalhos de Moffat (1973a, b) sobre o desenvolvimento de CCR aplicado a barragens de
concreto, e o trabalho de Cannon (1972, 1974) sobre os resultados de testes de compactação
desenvolvidos na barragem de Tims Ford, nos Estados Unidos.
A conceituação para o desenvolvimento do uso do CCR na construção de barragens
foi dado na conferência de Asilomar, na Califórnia (EUA), em 1972, onde a necessidade de
um método mais rápido e também mais econômico para a construção de barragens foi
discutida, sendo apresentados trabalhos que relatavam a utilização do CCR como material
alternativo (ANDRIOLO, 1998). A partir dessa conferência, muitos outros congressos
relativos à tecnologia em CCR emergiram em todo o mundo, difundindo as vantagens deste
tipo de concreto, não apenas em obras que demandam grandes volumes de concreto, como as
barragens, mas também em estruturas de proteção e reforço de taludes de barragens de solo e
enrocamento, com a finalidade de evitar ou limitar a erosão (LEITE, et al., 1995).
A primeira grande obra de CCR foi Willow Creek, construída nos Estados Unidos da
América em 1982, com 52 m de altura e um volume de CCR de 317.000 m³. O projeto previu
baixo consumo de material cimentício, e utilização de placas pré-moldadas de concreto para
garantir a estanqueidade a montante, mas não foi especificado nenhum tipo de elemento de
ligação entre camadas. Devido a este fato, quando a barragem entrou em operação, foram
observados vazamentos acima dos toleráveis previstos no projeto, os quais foram sendo
corrigidos com injeções de calda de cimento (SCHRADER, 1981 e 1982; SCHRADER e
THAYER, 1982; HOLANDA, 1983; SCHRADER e MCKINNON, 1984; MCDOWELL,
1985).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Enquanto isso, no Japão, foi desenvolvida a técnica de compactação denominada RCD
(Roller Compacted Dam), onde o concreto rolado é colocado em blocos monolíticos de 15 m
de largura, com juntas cortadas mecanicamente após a compactação (HIROSE, 1982;
JNCOLD, 1982; HANSEN e REINHARDT, 1991; ANDRIOLO, 1998). Esta técnica não leva
em consideração a otimização do consumo de cimento da mistura, e têm critérios de projeto
estruturais muito rígidos, herança de um país com problemas sísmicos. O método japonês teve
sua primeira aplicação de grande porte na Barragem de Shimajigawa, em 1982, com a
aplicação de 165.000 m³ de CCR. O grande marco para a engenharia com este tipo de solução
é a construção da barragem de Tamagawa, com 100 m de altura, com 1.150.000 m³, sendo
cerca de 1.000.000 m³ de RCD, em 1987 (MARQUES FILHO, 2005).
Algumas etapas básicas sobre o desenvolvimento de estudos e aplicações do CCR no
mundo merecem ser mencionadas, tais como (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2006):
¾ Estados Unidos, 1972 e 1973 - Corps of Engineers, Execução de Maciços
Experimentais e Ensaios de Laboratório;
¾ Paquistão, 1974 – Obra de Tarbela, onde foram aplicados 2,6 milhões de m³ de CCR
na reconstituição de rochas erodidas (pico de 18.000 m³/dia);
¾ Japão, 1974 – Ministério das Construções iniciou programa de pesquisas, incluindo
CCR, objetivando reduzir custos e prazos na construção de barragens;
¾ Japão, 1979 – Construção da barragem de Shimajigawa, utilizando-se 170.000 m³ de
CCR, batizado no Japão com o nome de Roller Concrete for Dam (RCD);
¾ Estados Unidos, 1982 – Projetada e construída a primeira barragem totalmente em
CCR, chamada Willow Creek, com 52 m de altura, utilizando volume de CCR igual a
317.000 m³ e prazo de lançamento do concreto de 5 meses.
De acordo com Londe (1993), até 1992 a proporção entre as barragens de aterro e de
concreto sendo construídas era de 5:1, com base nos dados entre 1960 e 1993. Porém,
Kuperman (1996) afirma que esta proporção passou a ser de 2:1 a partir de 1996. No Brasil, a
técnica do CCR teve seu primeiro registro no ano de 1976, quando foi feita uma aplicação de
CCR na construção do contrapiso de almoxarifados no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica
de Itaipu, mostrada na Figura 2.4-a. Na época, para estudar e começar a desenvolver esta
técnica, foram lançados 26.000 m³ em CCR, de um volume total de 14 milhões de m³ de
concreto (NETTO et al., 1995; ANDRIOLO, 1998). Em 1978, foram desenvolvidos estudos
para utilização do CCR na rampa de acesso na Itaipu Binacional (ANDRIOLO et al., 1984;
MACHADO et al., 1995; KUPERMAN, 1996;). Também neste ano foram executados 40.000
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m³ de CCR para preenchimento das adufas de desvio da Usina Hidrelétrica de São Simão. A
partir de então, o CCR foi aplicado em Tucuruí (PA) e Três Marias na década de 1980, em um
trecho do muro da eclusa e em um aumento da altura do vertedouro, respectivamente
(PIMENTEL et al., 1985). Entretanto, a primeira barragem efetivamente construída no Brasil
com CCR foi Saco de Nova Olinda (PB), em 1986, com 56 m de altura e com a aplicação de
135.000 m³ de CCR, mostrada na Figura 2.4-b (DUMONT et al., 1987).
Figura 2.4 : Primeira concretagem experimental com CCR no Brasil, realizada na usina de
Itaipu; (b) Primeira barragem com CCR no Brasil, realizada em Saco de Nova Olinda
(MEDEIROS, 2005).
A experiência brasileira no estudo, desenvolvimento e aplicação do CCR em barragens
e pavimentos pode ser relatada de forma sucinta (MEDEIROS, 2005):
¾ 1976 – Hidrelétrica de Itaipu, primeira experiência brasileira, execução de um piso da
oficina mecânica da empreiteira;
¾ 1978 – Hidrelétrica de Itaipu, construção de maciços experimentais, ensaios de
laboratório e aplicação de CCR no preenchimento de alguns acessos às fundações da
barragem, atingindo o volume de 26.000 m³;
¾ 1978 – Hidrelétrica de São Simão, onde foram lançados cerca de 40.000 m³ em locais
diversos;
¾ 1982 – Hidrelétrica de Tucuruí, onde no muro da eclusa foram lançados cerca de
12.000 m³, considerado o primeiro lançamento de CCR em estrutura definitiva;
¾ 1986 – Paraíba, barragem de abastecimento de Saco de Nova Olinda, com 56 m de
altura e volume de 135.000 m³ de CCR lançados em 110 dias;
As duas primeiras barragens de grande porte construídas em CCR no Brasil estão no
estado do Paraná. A primeira é a Derivação do Rio Jordão, propriedade da COPEL com
547.000 m
3
de CCR lançados e 95 m de altura, construída em 1996 (BLINDER et al., 1995;
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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MARQUES FILHO, et al., 1996). A segunda é a Usina Hidrelétrica Salto Caxias, concluída
em 1998. Esta barragem tem 66 m de altura e um volume de CCR de 912.000 m³ de um
volume total de concreto de 1.438.000 m³ (KAMEL et al., 1996; KREMPEL e PEREIRA,
1997).
Vale salientar ainda o excelente controle de qualidade do CCR aplicado na construção
das barragens de Val de Serra, Bertarello e Dona Francisca (CBGB et al., 1989; ULHOA et
al., 1998; FRANCO et al., 1998 e 1998b; ANTUNES SOBRINHO et. al., 1998; MOSER et
al., 2003). Ressalta-se que a UHE Dona Francisca foi pioneira na realização de estudos com
maciços experimentais de CCR confeccionados em laboratório para auxiliar a tomada de
decisão sobre processos executivos e definir dosagens e equipamentos utilizados na
construção da obra (MARQUES FILHO, 2005). Na Figura 2.5 está apresentada uma vista
geral da UHE Dona Francisca em construção, podendo ser observadas as facilidades
industriais principais da obra.
Figura 2.5 : Concreto Compactado com Rolo utilizado na construção da barragem da UHE
Dona Francisca (MARQUES FILHO, 2005).
Recentemente no Brasil, foram construídas mais três grandes obras em CCR, a UHE
Cana Brava no estado de Goiás, em 2001, com um volume aplicado de CCR de 400 mil m
3
em barragem com altura máxima de 71m (BABÁ et al., 2002), a UHE Lajeado no estado de
Tocantins, em 2001, com aplicação de 210 mil m
3
de CCR em barragem com altura máxima
de 43 m (BATISTA et al., 2002; e GRAÇA et al., 2003) e o AHE Peixe Angical, também no
estado do Tocantins, em 2006 com um volume de CCR aplicado de 246 mil m
3
e altura
máxima de 39m (LACERDA et al., 2006), sendo que a primeira foi executada utilizando o
método construtivo tradicional, ou seja, com lançamento de camadas horizontais de 30 cm de
altura e argamassa de ligação entre camadas e as outras duas com o método de camadas
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inclinadas (chinês rampado) (a ser discutido no item 2.3), sendo que a UHE Lajeado foi a
pioneira no Brasil a utilizar esta técnica.
Outras duas obras recém inauguradas no Brasil, em 2006 são UHE de Santa Clara com
um volume de 600 mil m³ de CCR e altura de 67 m e a outra é a UHE Fundão com 210 mil m³
de CCR e altura de 43 m (OLIVEIRA, 2006).
Na Figura 2.6 (a) e (b) são mostradas as obras de barramento da UHE Cana Brava, nas
quais foi utilizado CCR em três estruturas: na barragem propriamente dita, na tomada d’água
e no vertedouro (BABÁ et al., 2001).
Figura 2.6 : (a) Barragem da UHE de Cana Brava (GO), localizada no Rio Tocantins;
(b) Detalhe da UHE Cana Brava (GO)
(Fotos cedidas por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
A evolução do uso de CCR no mundo sofreu um aumento significativo de 1996 a 2002. Na
Figura 2.7 estão apresentados, de maneira ilustrativa, os continentes e o número de barragens
de CCR concluídas em 1996 e em 2002. Ao final de 1996 foram concluídas 157 barragens de
CCR em 20 países, já no final de 2002, contava-se com um número igual a 251 barragens
concluídas, além de outras 34 estarem em construção em 35 países (DUNSTAN, 2003).
Segundo Farias (2006), o país líder em barragens de CCR no mundo é a China com um
número considerável de barragens. Em seguida, vem o Brasil com um registro de 50
barragens (MEDEIROS, 2005).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Figura 2.7: Barragens de CCR concluídas ao final dos anos de 1996 e de 2002
(FARIAS, 2006).
2.3. PROCESSO CONSTRUTIVO
Desde o início de sua aplicação, o CCR foi encarado por duas filosofias distintas.
Primeiramente, foram utilizadas soluções baseadas nos conceitos de compactação de materiais
soltos, erigidas sobre o conceito de controle do teor de umidade ótimo da mistura, de forma a
garantir a compactação que obtivesse a maior densidade possível, não se garantindo, neste
caso, o total preenchimento dos vazios, e tampouco havia preocupação com os parâmetros de
resistência do material e permeabilidade. Por outro lado, surgiu o procedimento de estudo e
desenvolvimento baseado na tecnologia de concreto, utilizando seus princípios básicos.
Independentemente desta evolução histórica, é claro que a preocupação na definição das
propriedades do material deve se focar nas necessidades do empreendimento quanto aos
quesitos de construção e projeto, bem como garantir o desempenho especificado. Esta
conceituação clara e robusta, desvinculada de qualquer pré-concepção, vem sendo espelhada
pelos diversos autores nas publicações mais recentes (PACELLI DE ANDRADE e
ANDRIOLO, 1998).
O processo construtivo de CCR necessita de um acompanhamento laboratorial e de
campo, através da realização de ensaios de caracterização e suas análises/interpretações para
que se criem parâmetros confiáveis e que representem o comportamento da estrutura.
Entretanto, é usual a prática de uma campanha de extração de testemunhos para que se
confirmem os resultados obtidos com corpos-de-prova moldados em laboratório. O sistema
construtivo do CCR é complexo e abrange vários processos como fabricação, transporte,
lançamento, adensamento e cura, conforme discutido na seqüência.
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2.3.1. Fabricação
O concreto compactado com rolo pode ser produzido tanto em centrais misturadoras
do tipo convencional, como em centrais misturadoras contínuas com características
específicas para obtenção do CCR. Normalmente utiliza-se um tipo de central gravimétrica,
de mistura contínua, ou com baixo tempo de mistura (~ 50 segundos) e cuja linha de produção
pode ser dotada de misturadores do tipo forçado (pug mill). Há vários tipos e modelos de
central para produção de CCR, dependendo da produção requerida e da velocidade de
lançamento a ser praticada .
Misturar materiais muito secos em grande quantidade é uma tarefa sujeita à
segregação e ao erro de dosagem. O CCR adapta-se a vários tipos de centrais, que serão
escolhidas conforme as produções médias e de pico projetadas e das análises econômico-
financeiras. Portanto pode-se utilizar:
¾ centrais convencionais, com balanças de pesagem e misturas de quantidades discretas
de concreto (Figura 2.8);
Figura 2.8 : Exemplo de Central convencional utilizada na construção da
UHE Mosquitão-GO.
¾ centrais gravimétricas com balanças de pesagem controladas por centrais
computadorizadas (Figura 2.9);
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Figura 2.9 : Exemplo de Central gravimétrica de CCR utilizada na construção da
UHE Cana Brava – GO.
¾ centrais contínuas, à imagem de pug-mills, com dosagem feita através de correias
transportadoras com células de carga controladas por centrais computadorizadas
(Figura 2.10).
Figura 2.10 : Exemplo de Central de CCR tipo Pug Mill – Utilizada para Dosagem e Mistura
do CCR na UHE Capanda - Angola (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
Em qualquer solução, a particularidade de consistência do CCR, com baixo consumo
de água e alto teor de finos, requer a avaliação contínua do processo de mistura e transporte.
Alguns controles são fundamentais no processo, tais como:
¾ controle do teor de cimento da mistura, que pode ser realizado por análise química ou
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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pelo ensaio de determinação do calor de neutralização;
¾ controle do teor da água unitária e massa unitária do CCR fresco pelo DMA
(Dispositivo para Determinação da Massa Unitária e água Unitária). Este equipamento
foi concebido pelo Eng. Walton Pacelli de Andrade no Laboratório de FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., localizado em Goiânia. Tal aparelho permite
determinar a quantidade de água de forma expedita, identificando de forma objetiva
alguma irregularidade nas centrais. A água estudada na dosagem é necessária à
compactação e sua mudança pode gerar porosidade excessiva no terço inferior da
camada. O controle da água não deve, portanto, se restringir à saída do misturador,
mas ter avaliação ao longo de toda a seqüência executiva (PACELLI DE ANDRADE
et al., 2003);
¾ controle do teor de água da mistura através do ensaio de umidade no concreto integral
e peneirado (# 4,8mm);
¾ verificação do assentamento da camada após a passagem de rolos compactadores, para
controlar o processo e verificá-lo através da medida da densidade do produto final,
logo após a compactação. Esta verificação pode ser feita de maneira simplificada pelos
métodos manuais (anel ou membrana plástica), que apesar de imprecisos podem
auxiliar no controle da densidade e do grau de compactação, ou através de métodos
sofisticados como o densímetro nuclear, onde a densidade é medida pela passagem de
radiação pela massa do CCR fresco;
¾ utilização de aditivos retardadores de pega para prolongar o tempo de trabalhabilidade
do CCR na praça de lançamento e, consequentemente, o tempo de compactação em
função das possíveis variações climáticas.
As condições de contorno ambientais tem grande influência no teor de umidade do
concreto, pois existem perdas durante os processos de transporte e lançamento e essas perdas
podem ser maiores ou menores dependendo da umidade do ar, da temperatura ambiente, da
insolação e do vento (MARQUES FILHO, 2005). O tempo entre o lançamento e o início da
compactação também deve ser controlado para evitar o enrijecimento da massa. Para evitar
perdas de resistência devido à correção de água na central, é prudente que se faça uma revisão
do traço inicial ou estudar alternativas de traços para minimizar problemas de compactação.
Em regiões com grande variação diária das condições climáticas, como no sudeste e
sul do Brasil, as mudanças nas condições da mistura se agravam, gerando maiores cuidados
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
42
com a compactação e eficiência do processo. A utilização de aditivos plastificantes tem se
mostrado muito promissora, permitindo a correção dos desvios de consistência e ainda
permitindo, em alguns casos, diminuição do consumo de cimento (MOSER et al., 1998,
ANDRIOLO et al., 1999; MOSER et al., 2003a).
2.3.2. Transporte
O meio de transporte mais usual da central de produção até a frente de lançamento é o
caminhão basculante (Figura 2.11-a), o qual é devidamente lavado na rampa que dá acesso à
praça de lançamento, conforme Figura 2.11-b. Há casos em que se utiliza correia
transportadora (Figura 2.12) até o ponto de carregamento dos caminhões, podendo chegar até
a frente de trabalho. Também pode-se utilizar um sistema múltiplo de transporte, através de
correia, tubulação e caminhão. É importante observar que o transporte até a frente de
lançamento deve ser conduzido de forma que não ocorra qualquer segregação, contaminação
ou secagem.
Figura 2.11 : Transporte do CCR em caminhões basculantes. a) Caminhão na praça de
lançamento b) Lavagem dos pneus na rampa de acesso AHE Peixe Angical
(Fotos cedidas por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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Figura 2.12 : Transporte por correia - Detalhe da Amostragem para Ensaios - AHE Peixe
Angical - TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
2.3.3. Lançamento
Atualmente, existem dois métodos para lançamento preponderantes do CCR utilizados
durante a construção de uma barragem, e a escolha de um dos processos depende do projeto e
da localização do empreendimento. Tais métodos estão destacados a seguir.
2.3.3.1. Método Tradicional
O lançamento do concreto em barragens de CCR usualmente é executado em camadas
horizontais longas, chamado de método tradicional (Figura 2.13). Este processo resulta em um
tempo de exposição da camada anterior de pelo menos 12 horas até a sua cobertura pela
camada subseqüente. É necessária a aplicação sistemática da argamassa de ligação e, em
alguns casos, até tratamento da junta, de modo a garantir a monoliticidade e estanqueidade
entre as camadas sucessivas. Outro aspecto é que, quando se utilizam painéis normais de
fôrmas, com 2,00 m de altura, o alteamento das fôrmas somente é possível após a conclusão
das 6 sub-camadas de 0,33 m, totalizando desta forma a altura de 2,00 m das fôrmas,
conforme apresentado na Figura 2.14 (BATISTA et al., 2001).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Figura 2.13 : Lançamento do CCR em camadas horizontais longas (método tradicional) –
UHE Cana Brava – GO.
Figura 2.14 : Método Tradicional - 6 sub-camadas com h = 0,33 m (BATISTA et al., 2001).
2.3.3.2. Método Rampado
Outro método de lançamento é o rampado (Figura 2.15), utilizado pela primeira vez no
Brasil na construção da UHE Lajeado (Figura 2.16). O método utiliza uma camada de CCR
executada em rampa com altura variável entre 1,80 m a 3,00 m, com subcamadas de 30 cm a
35 cm de altura. As subcamadas são conseqüentemente executadas em rampa cuja declividade
pode variar de 7% a 10%, o que resulta em uma superfície de exposição reduzida,
possibilitando assim a cobertura completa da frente de concretagem em no máximo 4 horas,
tornando desnecessária a aplicação da argamassa de ligação entre subcamadas (BATISTA et
al., 2001).
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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Figura 2.15 : Método Rampado - Subcamadas contínuas com h = 0,33 m
(BATISTA et al., 2001)
Figura 2.16 : Camada de CCR executada em rampa; UHE Lajeado - TO.
GRAÇA et al. (2003) ainda indicam que a aplicação da argamassa de ligação somente
é necessária no trecho da camada rampada em contato com a camada anterior de 2,00 m,
conforme mostrado na Figura 2.17.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Figura 2.17 : Método rampado; Colocação da argamassa de ligação no trecho da camada
rampada em contato com a camada anterior; AHE Peixe Angical - TO
(Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A
Outro aspecto importante, segundo GRAÇA et al. (2003), é que com o avanço das
sub-camadas rampadas, a altura total das fôrmas é rapidamente atingida, o que possibilita a
antecipação no seu alteamento, o que é feito com empilhadeira ou guindaste e a otimização do
seu uso. Antes do lançamento do CCR, o CCV de face é lançado com caminhão betoneira,
acompanhando a geometria da rampa, caso se adote esta solução para garantia da
estanqueidade a montante.
No método tradicional a forma do paramento de montante pode ter altura variável, mas
geralmente é de 2,00 m, sendo seu alteamento feito somente quando se executa o número de
camadas para atingi-la. A fôrma de jusante pode variar a altura de 0,30 m a 0,90 m (mais
utilizadas).
Após a descarga no local de lançamento, o espalhamento é feito com trator de esteira,
sem que provoque qualquer segregação. O controle da altura da camada deve ser efetuado
topograficamente, e ter como referência as marcas indicativas da altura da camada pintada na
forma (Figura 2.18) ou com auxílio de nivelamento a laser. Ao final do espalhamento, a
superfície deve apresentar-se com características plana e regular.
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Figura 2.18 : Método rampado; Controle da altura da camada, tem como referência as marcas
indicativas pintadas na forma - AHE Peixe Angical - TO
(Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
O espalhamento do CCR é realizado com trator de esteira do tipo D4, D6 ou D8. Este
equipamento possui uma lâmina com dente curto e permite fazer o nivelamento da camada
operando nos dois sentidos (para frente e para trás). A camada deve ficar a mais nivelada
possível para facilitar a compactação do CCR, e na complementação do nivelamento da
camada, devido às dificuldades de espaço para manobras do trator, o espalhamento é realizado
manualmente. A seqüência de espalhamento pode ser observada na Figura 2.19 (a), (b) e (c).
Figura 2.19 : (a) Espalhamento do CCR com trator de esteira do tipo D6;
(b) nivelamento da camada com o trator de esteira operando de ré;
(c) complementação do nivelamento manual da camada – AHE Peixe Angical - TO
(Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
Quando o lançamento for interrompido, por um período superior ao tempo
estabelecido em especificação ou definido em pista experimental, a junta de concretagem, em
ambos os métodos (tradicional e rampado) é tratada e a retomada do lançamento do CCR é
precedida de aplicação de argamassa de ligação na extensão preconizada em projeto, com
espessura de 0,5 cm a 2 cm.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Com o objetivo de evitar a ocorrência de fissuras de retração térmica, em barragens
são previstas juntas de contração entre os blocos do maciço de CCR, sendo as mesmas
espaçadas tipicamente a cada 15 m, chegando a atingir até 20 m ou mais dependendo do
projeto. Estas juntas são colocadas durante o lançamento, definidas em projeto e normalmente
executadas utilizando uma lona (lona plástica) envolta a uma placa de aço ou madeira. O
conjunto lona / placa é posicionado na camada durante o espalhamento do CCR e logo em
seguida, com auxilio de uma pá carregadeira, a placa é retirada, permanecendo apenas a lona
embutida no concreto, conforme apresentado na seqüência de execução da junta na Figura
2.20 (a), (b), (c) e (d).
Figura 2.20 : (a) Posicionamento da junta de contração; (b) detalhe do trator cobrindo o
conjunto lona / placa; (c) espalhamento de CCR na região da junta; (d) retirada da placa -
UHE Lajeado – TO (Fotos cedidas por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
2.3.4. Adensamento
Imediatamente após o espalhamento e regularização da superfície, inicia-se o
adensamento do CCR (Figura 2.21-a), através de rolos compactadores vibratórios. O número
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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de passadas do rolo vibratório, para se obter a densidade especificada, é definido em pista
experimental, em função das características do rolo, altura de camada, características de
dosagem do CCR, entre outros parâmetros. Normalmente este valor situa-se entre 06 e 10
passadas e é definido em função do grau de compactação do CCR e do tipo do equipamento
(INTERTECHNE, 1998). Em regiões como proximidade dos paramentos de montante e
jusante, junto às paredes das galerias e ao redor de peças embutidas, poços de aeração,
elevador e acessos, podem ser utilizados compactadores manuais, placas vibratórias ou
pequenos rolos conforme Figura 2.21-b.
Figura 2.21 : (a) Adensamento do CCR. (b) mini rolo compactador – Compactação do CCR
próximo ao paramento de montante (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
O tipo do equipamento mais comum utilizado na compactação mecânica do CCR é o
rolo compactador vibratório autopropelido liso (Figura 2.22-a). Primeiro deve ser executado
uma passada fechada sem vibração para a selagem de toda a camada. O número de passadas
fechadas deve ser executado conforme o obtido na pista experimental, com o rolo vibrando na
sua capacidade ideal de compactação, de modo que seja obtida a massa específica úmida
mínima para garantir o grau de compactação preconizado na especificação técnica. Durante a
compactação de uma faixa, o rolo deve sobrepor a faixa adjacente numa largura mínima de 30
cm, conforme Figuras 2.22-b e 2.22-c, e a velocidade ideal do rolo é entre 5,6 e 6,0 km/h
(INTERTECHNE, 1998). Durante a compactação, o rolo não deve fazer manobras e nem
parar sobre o concreto.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Figura 2.22 : (a) Detalhe do rolo compactador vibratório autopropelido; (b) detalhe da faixa
de compactação; (c) detalhe da sobreposição das faixas numa largura mínima de 30 cm –
AHE Peixe Angical – TO (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
2.3.5. Cura
Após a compactação, a superfície acabada deve ser mantida sob névoa úmida até que o
concreto exposto seja coberto pela camada subseqüente. Em caso de exposição prolongada, a
partir da fase de endurecimento, o CCR passa a ter sua cura feita da mesma forma que o
concreto convencional.
A cura do CCR com névoa úmida pós compactação é realizada através de nebulização,
que consiste em manter apenas uma neblina para evitar a evaporação da água do concreto.
Este procedimento, no Brasil, em geral é realizado de duas formas distintas:
9 nebulização do CCR através de processo manual: dispositivos (espingardas ou
nebulizadores ligados à rede de ar e água). Deve ser utilizado um vaporizador de modo
a deixar a superfície na condição saturada seca. Para evitar encharcamento, o uso de
mangueira d’água deve ser evitado (Figura 2.23-a);
9 nebulização do CCR através de processo mecânico: trator agrícola adaptado com
nebulizador (Figura 2.23b).
Figura 2.23 : Nebulização do CCR; (a) Processo manual: dispositivos (espingardas ou
nebulizadores ligados à rede de ar e água); (b) processo mecânico: trator agrícola com
nebulizador acoplado. (Foto cedida por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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Nas Figuras 2.24 e 2.25 está apresentado um comparativo de produtividade e custos
entre os métodos de lançamento tradicional e rampado, levando-se em consideração o custo
de mão-de-obra, equipamentos e formas utilizados na construção da pista experimental da
UHE Lajeado. Nota-se que, para essa obra, o método de lançamento rampado apresentou uma
economia significativa em relação ao tradicional (BATISTA, 2002).
Figura 2.24 : Comparativo da Produtividade entre o método Tradicional e o rampado
(BATISTA, 2002).
Figura 2.25 : Comparativo de Custos entre o método Tradicional e o rampado (BATISTA,
2002).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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2.4. APLICAÇÕES EM APROVEITAMENTOS HIDRÁULICOS
Devido a suas características peculiares, o CCR é indicado para construções
multicamadas, podendo ser aplicado em pavimentos e barragens. Sua principal aplicação, hoje
no Brasil, é a construção de barragens e obras de recuperação de empreendimentos de
barramentos. Com a utilização de materiais pozolânicos mais nobres, como a sílica ativa,
outra área que pode se beneficiar com a utilização do CCR é a de pavimentos de concreto. Em
alguns estudos já desenvolvidos no Laboratório de FURNAS Centrais Elétricas, em Goiânia,
por meio de pista experimental, obteve-se resistência à compressão da ordem de 40 MPa aos
28 dias, com dosagem utilizando 180 kg/m³ de cimento e 14,7 kg/m³ de sílica ativa
(LACERDA, et al., 2006).
Tem-se também a aplicação de CCR para repotenciação de obras hidráulicas, cada vez
mais de grande valia, tendo em vista que a crescente demanda de água e energia nem sempre
pode ser suprida pela construção de novas barragens e hidrelétricas em tempo hábil. A
ampliação de usinas é, geralmente, mais econômica e rápida que a construção de uma nova
obra quando possível (ONUMA et. al., 1995).
A versatilidade do CCR nos dias atuais tem impulsionado o seu uso em vários tipos de
projetos. Segundo Andriolo (1998), o CCR pode ser aplicado a barragens de qualquer
dimensão e para qualquer função. Pode ser aplicado, essencialmente, como substituto do
concreto massa convencional, sendo também adequado para as seguintes situações:
9 proteção de margens de canais, lagos e reservatórios em lugar de rip-rap ou gabiões;
9 lançamento de grandes blocos, praças ou áreas pavimentadas;
9 fundações massivas e lajes de fundação;
9 proteção e reforço de taludes de barragens de solo e enrocamento;
9 reparos de emergência;
9 proteção de crista de barragens de terra;
9 reabilitação de barragens de terra e de concreto;
9 aumento da altura de barragens existentes;
9 construção de vertedouros de emergência, para proteção contra galgamento;
9 construção de contra-fortes incorporados a barragem de concreto para reforço;
9 reconstrução.
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A tecnologia do concreto compactado com rolo tem desenvolvido e transformado de
forma vertiginosa o cenário mundial das construções de barragens e pavimentos,
modernizando os conceitos sobre os processos construtivos, além de se mostrar uma técnica
competitiva com os métodos já consagrados.
A diversificação da aplicação do CCR pode ser observada na Figura 2.26, onde foi
utilizado na construção de viveiros de camarão na Paraíba. São os primeiros construídos em
CCR no mundo. Segundo o proprietário do viveiro, o objetivo é evitar problemas comuns a
viveiros tradicionais, feitos em argila, em que a cada despesca, a produção é interrompida
para limpeza. Com o CCR, depois de três horas da despesca pode-se reutilizar o tanque
normalmente, pois neste caso, bastam vassouras e jatos de água para realização da limpeza, ao
passo que os viveiros de argila exigem aplicação de calcário e adubação. Ganha-se em
produtividade e economia, evitando assim gastos com manutenção (ABCP, 2005).
Figura 2.26 : Criadouro de camarões na Paraíba: Utiliza CCR como recurso para construção
de seus viveiros (ABCP, 2005).
2.5. APLICAÇÕES EM PAVIMENTOS
O CCR utilizado para pavimentação tem um consumo de cimento que pode variar de
40 kg/m³ a 380 kg/m³, em função do tipo e das exigências de desempenho específicas de cada
aplicação deste material. Quando utilizado com um teor de cimento baixo, o CCR apresenta-
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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se com uma aparência semelhante à Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC), muito
utilizada em camadas de base ou sub-base de pavimentos rígidos e semi-rígidos com o
objetivo de aumentar o módulo de elasticidade das camadas subjacentes ao revestimento. Já
com consumos mais elevados de cimento e preparado com uma curva granulométrica
adequada, o CCR apresenta-se, após o adensamento, com uma aparência de concreto
convencional (ABREU, 2002).
A utilização do concreto na construção de pavimentos data do século XIX. Uma das
primeiras aplicações de concreto que mais se assemelha ao CCR em pavimentos que se teve
notícia foi realizada na Escócia, em 1865 (JOFRÉ, 1990). Em 1894, George Bartholomew,
em Bellefontaine, estado de Ohio (EUA), teve a iniciativa de construir o que se pode definir
como o primeiro pavimento de CCR, devido a sua consistência seca e ter sido aplicado pelo
processo de compactação (PASKO, 1998). Posteriormente, por volta de 1910, em Grand
Forks, Dakota do Norte (EUA), o CCR também foi utilizado em pavimentação urbana. Desde
1944 esta alternativa tecnológica é utilizada na Inglaterra (CARVALHO, 1995; ANDRIOLO,
1998).
Algumas obras que podem ser consideradas emblemáticas são: caminho rural na
Bélgica, em 1935, pista experimental na rodovia US 441 (EUA), em 1950; rodovias no Texas,
Carolina do Sul e outros estados americanos entre 1950 e 1960; além de vários pavimentos
industriais, estradas e aeroportos entre 1960 e 1990 (EUA); pavimentos de ruas, urbanizações,
estradas vicinais e rodovias na Espanha entre 1970 e 1990. Somam-se a estes, pavimentos em
CCR de alta resistência na Austrália entre os anos de 1986 e 1990, além de registros de
pavimentação em CCR no Japão, Suécia, Noruega, Canadá, Alemanha, Argentina, Chile,
Uruguai e África do Sul (PITTA e DIAZ, 1995; ANDRIOLO, 1998; ABREU, 2002).
No Brasil, existem alguns registros históricos da utilização do CCR em pavimentos
desde o ano de 1946, na pavimentação do Vale do Anhangabaú. Em 1950 houve a
pavimentação do aeroporto de Congonhas (SP) e alguns pavimentos no Rio de Janeiro (RJ) no
ano de 1954 (ANDRIOLO, 1998). Também foram executadas algumas obras pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre (RS), em 1972, aplicando o CCR como base de pavimento
asfáltico em vias urbanas (CARVALHO, 1995). Existem registros de utilização de CCR como
base de pavimento de concreto convencional em Santa Catarina (SC), revestimento de ruas
em Salvador (BA), Pelotas (RS) e São Paulo (SP) (PITTA e DIAZ, 1995).
Na capital paulista (SP) em 1989, foram pavimentadas algumas vias urbanas com
CCR, nos Bairros de São Mateus e Santana (ANDRIOLO, 1998). Em 1991, foi realizada
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pavimentação urbana utilizando o CCR como base e revestimento nas cidades de Itajaí e
Criciúma, no estado de Santa Catarina (TRICHËS, 1995). Em 2001, no Departamento de
Apoio e Controle Tecnológico - DCT.T de FURNAS Centrais Elétricas S.A., localizado em
Aparecida de Goiânia (GO), foram utilizadas 13 diferentes dosagens de CCR para
concretagem (Figura 2.27-a) de 13 trechos de ruas localizadas em suas dependências, com o
objetivo verificar a viabilidade quanto à minimização dos custos do CCR na sua execução e
até mesmo o custo/benefício ao longo do tempo. A área pavimentada foi de 3500 m², sendo
utilizado um volume de 536 m³ de CCR, (Figura 2.27-b) (ANDRADE et al., 2002).
Figura 2.27 : Concretagem experimental de CCR para camada final de pavimento rodoviário,
realizada em FURNAS, Aparecida de Goiânia (GO): (a) lançamento do CCR;
(b) compactação do CCR (Fotos cedidas por FURNAS Centrais Elétricas S.A.).
De acordo com Abreu (2002), são grandes as vantagens apresentadas pelo CCR na
construção de pavimentos, sendo cada vez mais estudado em centros de pesquisas renomados
desta técnica, como a Universidade de Sherbrooke (Canadá) e o DCT.T (Brasil). Dentre suas
principais vantagens, destacam-se a rapidez e a praticidade de aplicação em relação às
alternativas de pavimentação, já consagradas. Outro fator importante do CCR, é que seus
materiais constituintes são encontrados com certa facilidade em qualquer região do país, e a
sua produção pode ser realizada em centrais misturadoras de concreto, centrais dosadoras de
concreto, e usinas contínuas de agregados, solo-cimento e asfalto. A pesar da consistência
seca, o transporte e o lançamento do CCR podem ser realizados em caminhões betoneira e/ou
caminhões basculantes (RIBEIRO, 2005).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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2.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CCR
O CCR deve ser entendido como um concreto que se difere por ser:
9 produzido em centrais de mistura continua;
9 transportado e lançado por caminhões;
9 espalhado por tratores de esteiras;
9 adensado em camadas da ordem de 0,3 m por rolos compactadores;
9 método que proporciona elevada capacidade de produção e de construção, reduzindo
prazos em relação ao concreto convencional e, conseqüentemente, gerando redução de
custos.
2.6.1. Razões ou Vantagens do Uso de CCR
Segundo Lacerda et al. (2006), a maior vantagem do CCR sobre os outros tipos de
concreto, para aplicação em determinadas estruturas, é a possibilidade de redução e
otimização do custo e do tempo de construção devido à mecanização do processo de
lançamento do concreto. As principais vantagens estão destacadas a seguir:
9 produtividade superior à de outros processos;
9 redução do custo (Cronograma reduzido);
9 mão-de-obra otimizada e de fácil adaptação;
9 aproveitamento de novos materiais;
9 maior fluência (menor probabilidade de fissuras de origem térmica);
9 satisfação dos clientes que utilizaram o CCR;
9 credibilidade no meio técnico;
9 modernização dos processos executivos;
9 menor interferência das condições climáticas no lançamento.
O menor custo do CCR pode ser atribuído ao uso de equipamentos de grande
produção, redução do consumo de materiais de custo mais elevado e redução sensível no uso
de formas, além da simplificação e redução na infra-estrutura de apoio (ANDRIOLO, 2002).
Além disso, a técnica do CCR permite que haja redução de riscos de fissuração térmica e de
reação álcali-agregado devido, principalmente, ao baixo consumo de cimento.
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2.6.2. Desvantagens do Uso de CCR
Apesar do CCR se apresentar como uma técnica vantajosa e competitiva, alguns
fatores podem torná-lo desvantajoso em relação a outros tipos de projeto, tais como:
9 ausência de agregados próximos á obra;
9 região da obra com disponibilidade de argila e com baixo índice pluviométrico;
9 indisponibilidade de equipamentos de fabricação, espalhamento e compactação;
9 menor oferta de empregos;
9 região da obra distante do fornecedor de materiais cimentícios.
Diante do que foi exposto neste capítulo, constata-se que o CCR é uma realidade no
meio técnico e a tecnologia aplicada a estruturas de concreto, evoluiu de forma extraordinária,
mais precisamente para implantação de projetos de estruturas hidráulicas que necessitam de
grandes volumes de concreto.
As experiências de sucessos e insucessos acumuladas durante a construção de
barramentos hidráulicos no mundo todo, mostram a necessidade de utilização de argamassa de
ligação entre camadas de CCR, de forma a garantir a aderência e a estanqueidade da estrutura,
entretanto, nota-se uma carência de uma padronização dos processos construtivos que fixem
parâmetros mais confiáveis.
A relevância em se estabelecer estes parâmetros para definir os intervalos de lançamento
entre camadas de CCR, no intuito de minimizar o emprego da argamassa e o domínio desta
tecnologia, tem incentivado pesquisadores e grandes centros tecnológicos a buscarem novos
paradigmas que possam elucidar as diversas dúvidas geradas ao longo das construções dos
diversos tipos de estruturas que utilizaram o CCR como material de construção.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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3. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO COMO MATERIAL
PARA PESQUISAS EM LABORATÓRIO
Durante a implantação e construção de um projeto de uma obra de CCR até a sua
conclusão, existe ou deveria existir uma sistemática que prevê a realização de todos os
programas de caracterização de materiais e das propriedades mecânicas, elásticas, térmicas e
visco elásticas do CCR, ou seja, todo o processo deverá estar associado e caracterizado por
um rigoroso sistema de controle de qualidade, realizado por um laboratório de competência
reconhecida.
Nas últimas duas décadas, o CCR tornou-se uma alternativa rápida e economicamente
viável. Devido a este fato um grande número de empreendimentos surgiu e conseqüentemente
várias dúvidas foram levantadas, fazendo com que os grandes institutos de pesquisas,
pesquisadores e estudiosos no campo da tecnologia do concreto voltassem a sua atenção para
as seguintes questões, dentre outras:
- Quais são os volumes máximos permissíveis?
- É uma estrutura estável?
- Qual altura de camada?
- Qual método de dosagem mais apropriado?
- Que tipo de tratamento de juntas de construção?
- Quais são as características do material?
- Há geração de tensões de origem térmica?
- É durável?
- É impermeável?
Os investimentos atualmente realizados no Brasil e em outros países, em ensaios e
controle de qualidade, bem como as várias obras já construídas, demonstram que a solução
em CCR é uma alternativa atraente e válida sob o ponto de vista técnico / econômico,
conforme citado por Medeiros (2005).
Após a escolha de um empreendimento e a adoção de uma solução em CCR, surge a
necessidade de se fazer um estudo prévio das características da rocha disponível na obra,
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verificar a sua potencialidade quanto às reações deletérias e verificar a disponibilidade de
fornecimento de outros materiais para a confecção de concreto, com o objetivo de estabelecer
condições e parâmetros necessários para a sua utilização.
3.1. CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
De acordo com a PCA (1987), barragens de concreto são projetadas essencialmente
para estabilidade com relação a tombamento e escorregamento e verificação do estado de
tensões. A tensão de cisalhamento entre camadas de CCR é um fator influente, especialmente
em barragens altas com um paramento de jusante íngreme. A resistência à compressão não é
geralmente um fator de controle, exceto por sua influência na tensão de cisalhamento.
Terremotos induzem acelerações às barragens, as quais podem tender a aumentar as cargas
horizontais e reduzir o peso efetivo das estruturas e também exigir resistências à compressão
mais altas.
A percolação é também uma consideração importante de projeto. Enquanto que algum
nível de percolação pode ser tolerado e considerado como não afetando a segurança das
barragens, a percolação excessiva pode trazer problemas. Métodos para minimizar a
percolação podem incluir misturas de CCR com alto conteúdo de pasta, adequada aderência
em juntas e uso de elementos impermeabilizantes a montante (PCA, 1987).
3.1.1. Estabilidade ao Tombamento
Para a estabilidade ao tombamento, as seções transversais de barragens são geralmente
dimensionadas considerando a base totalmente comprimida e a subpressão na base em
condições normais de carregamento e ao longo de juntas, variando entre a pressão hidrostática
total nas faces de montante e de jusante, até alguma relação da diferença entre estas pressões
na região dos drenos, denominada fator de intensidade, que depende de critérios de projeto
(PCA, 1987).
Mason (1988) cita como valores usuais do fator de intensidade adotados em projetos
de usinas hidrelétricas para pressão na linha de drenos, a faixa de 0,25 a 0,50 e refere-se ainda
a duas importantes entidades americanas envolvidas com problemas de barragens:
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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9 USBR - Bureau of Reclamation estabelece a subpressão reduzida na linha de drenos
igual à subpressão de jusante acrescida de um terço da diferença entre as subpressões
de montante e de jusante;
9 TVA – Tennessee Valey Authority estabelece um valor mais baixo de subpressão para
a linha de drenos, de um quarto da diferença entre as subpressões de montante e de
jusante somado à subpressão de jusante.
Estas, apesar de largamente adotadas, não são as únicas, devendo ainda ser observadas
pelo projetista as condições de utilização da estrutura no tempo, como a ocorrência de
obstrução parcial ou total de alguns drenos, bem como variações nos níveis de água de
montante e de jusante.
Quando a estabilidade ao tombamento for essencial para o projeto, os requisitos de
volume são dependentes do formato da barragem e da localização dos drenos de fundação.
3.1.2. Estabilidade ao Deslizamento
Ainda segundo PCA (1987), a resistência ao escorregamento em uma seção de
concreto relaciona-se à resistência ao cisalhamento e é baseada na coesão do concreto, na
tensão de compressão no plano potencial de falha e no coeficiente de atrito interno do
concreto. Para efeito de verificação, a minimização do coeficiente de atrito pode variar em
função do tamanho e importância da estrutura e das condições de carregamento durante a
operação. Os critérios de projeto do USBR estabelecem três condições principais:
9 normais: que ocorrem na maioria dos casos;
9 excepcionais: que ocorrem em cheias excepcionais;
9 limite: que combina as condições normais com o efeito de terremotos.
O coeficiente de atrito depende da rugosidade e sanidade superficial da base de
concreto endurecido, e os valores de coesão são obtidos através de ensaios de cisalhamento
sob pressões de confinamento variáveis.
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3.2. JUNTAS
Uma junta típica de construção em barragens de concreto é uma superfície horizontal
do concreto existente que se tornou tão rígida que o concreto da nova camada lançada não
pode ser integralmente incorporado ao mesmo. Estas juntas de construção são comumente
denominadas de juntas frias (PACELLI DE ANDRADE et al., 1993).
Devido ao fato de ser impraticável lançar concreto continuamente em todo o corpo da
barragem sem longas interrupções, a formação de juntas de construção é inevitável. Mesmo
em construções de CCR, se o tempo decorrido entre o lançamento de duas camadas sucessivas
for excessivo, podem ocorrer juntas de construção. Preferencialmente, o concreto no corpo de
uma barragem deve ser monolítico e se uma junta de construção não for tratada, quer tenha
sido ou não planejada, torna-se uma descontinuidade ou um plano de fraqueza no concreto.
As cargas externas e internas, inclusive aquelas devidas a mudanças de temperatura,
impostas contra a barragem monolítica de concreto, são distribuídas através de todo o corpo
da barragem e transferidas para sua fundação e ombreiras através de sua resposta elástica, que
resulta em deformações e tensões no maciço de concreto.
Uma típica junta horizontal de construção está sujeita a combinação de tensões,
compreendendo tensões de cisalhamento horizontal e tensões normais. Próximo à face de
montante, a junta estará também sujeita a poro-pressões internas, possivelmente de valores
altos devidas ao nível de água do reservatório, atuando sobre uma grande área de concreto
adjacente (PACELLI DE ANDRADE et al., 1993).
De acordo com Pacelli de Andrade et al. (1993), uma junta de construção não pode
transmitir completamente estas tensões de uma parte para outra do concreto, a menos que suas
resistências de aderência, à tração e ao cisalhamento sejam superiores aos esforços atuantes na
seção. A resistência ao atrito em uma junta de construção não tratada não é suficiente para
assegurar monoliticidade, porque sem adequada adesividade, a junta tenderá a abrir na face de
montante e a pressão da água na junta aberta aumentará as tensões de tração atuantes.
Outra consideração é a permeabilidade da junta de construção não tratada, que é
bastante superior à do concreto. As conseqüências indesejáveis da alta permeabilidade de
juntas de construção não tratadas são muitas entre as quais pode-se citar:
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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¾ elevação da subpressão;
¾ lixiviação da cal e de outros compostos cimentícios;
¾ aumento de reações deletérias do tipo álcali-agregado ou álcali-sílica.
Em longo prazo, a permeabilidade pode enfraquecer o concreto, alterar a distribuição
de tensões, prejudicar a estabilidade da estrutura, bem como requerer intervenções de reforço
e reabilitação. Por essa razão, é necessário preparar, limpar e tratar cada junta de construção
antes do lançamento de nova camada de concreto, de forma que a junta apresente adequada
resistência de aderência e de cisalhamento para garantir comportamento integralmente
elástico de toda a estrutura.
A investigação sobre a existência ou não de tratamento de junta pode ser observada em
testemunhos extraídos do concreto da estrutura após a construção.
3.2.1. Requisitos Típicos para Tratamento de Juntas de Construção
A PCA (1987) prescreve que o método construtivo convencional de barragens de
concreto de gravidade consiste no lançamento de uma série de blocos ou monólitos. O
concreto é lançado em camadas sucessivas até uma altura final de 1,50 m a 3,00 m. Durante a
pega do concreto ocorre a sedimentação do material mais pesado, que causa a separação de
parte da água da mistura, que é carreada para a superfície do concreto e conhecida como
exsudação e que pode carrear materiais finos e formar uma pasta que tende a reduzir a
aderência entre camadas subseqüentes e, por esta razão, deve ser completamente removida.
O método construtivo típico de uma barragem de CCR consiste no lançamento e
compactação de longas e contínuas camadas, que resulta em mais superfícies expostas que no
lançamento convencional. Como a consistência do CCR é mais seca, ocorre pouca exsudação
durante o lançamento.
Um método comum de alcançar a aderência adequada é a limpeza da superfície com
um jato de água de alta pressão, normalmente efetuado entre uma e três horas após o início da
pega do concreto. Em muitos casos, apenas a limpeza superficial é necessária para promover
adequada aderência. Em casos em que somente esta limpeza é insuficiente, é lançada uma
fina camada de argamassa, correspondente à do traço do concreto usado, sem o agregado
graúdo.
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Segundo Pacelli de Andrade et al. (1993), as especificações típicas para limpeza de
juntas de construção, durante o preparo para o lançamento de uma nova camada de concreto,
requerem a remoção de todo material solto, lascas, fragmentos de concreto parcialmente
soltos ou deteriorados, areia, nata, material orgânico ou contaminado por óleo, compostos
selantes, revestimentos deletérios e outros materiais estranhos ou não-conformes.
As práticas correntes de preparação de superfícies horizontais de juntas de concreto
massa estabelecem alguns parâmetros balizadores para a atividade de construção:
9 a superfície acabada deve ficar livre de agregados protuberantes e de irregularidades
superficiais como pisadas profundas.
9 a superfície final da junta deve resultar plana e, se possível, com uma pequena
declividade para facilitar a drenagem.
9 antes da concretagem da camada subseqüente, a camada concretada deve ser limpa e
devem ser removidos quaisquer agentes contaminantes, inclusive filmes de cura, da
superfície concretada. A retirada profunda de material visando expor o agregado
graúdo, apesar de resultar em maior área de contato, é considerada desnecessária e um
desperdício. A remoção de cerca de 2 mm de material superficial normalmente é
considerada satisfatória. A resistência da ligação é obtida pelos grãos do cimento e
não pelo agregado exposto.
Enquanto a remoção dos materiais inadequados implica na limpeza da superfície da
junta, as especificações raramente incluem padrões para julgamento de rugosidade superficial,
gerando discussões sobre preparo adequado da junta ou métodos de tratamento. Existe alguma
confusão quanto à definição de materiais inadequados e deletérios, como um fino filme de
carbonato de cálcio cristalino que se adere fortemente à superfície do concreto. Qualquer
material compatível com cimento Portland e seu processo de cimentação e pega ou que não
prejudique a resistência, permeabilidade e durabilidade do concreto é considerado adequado e
não precisa ser removido (PACELLI DE ANDRADE et. al., 1993).
3.2.2. Métodos para Tratamento de Juntas de Construção
De acordo com Pacelli de Andrade et. al. (1993), para obtenção de monoliticidade,
adequada resistência ao cisalhamento e impermeabilidade, devem ser observados os seguintes
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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itens no preparo das juntas:
9 a superfície da junta deve ser composta de concreto são e não muito molhado, nem
excessivamente compactado;
9 agregados graúdos protuberantes devem ser enterrados na massa antes do
endurecimento da argamassa;
9 após o término do lançamento da camada, a superfície deve ser limpa e tornada rugosa
por meios mecânicos, corte verde, jato de água de alta pressão ou uma combinação
deles.
Os seguintes métodos de tratamento de juntas de construção são usados na construção
de barragens:
¾ Método Mecânico: grandes vassouras rotativas montadas em equipamentos de pneus
empregadas em algumas pequenas obras, as vezes associado com corte verde por meio
de jato de água de baixa pressão. Sua conveniência e efetividade de custos são
questionáveis na construção de grandes barragens;
¾ Jato de Areia Úmida: empregado em grande número de barragens no mundo e resulta
em resultados bons e uniformes, além de poder ser executado em qualquer idade do
concreto. Apresenta as desvantagens de ser mais caro que o corte verde ou jato de
água de alta pressão, além do que a deposição de areia interfere e atrasa o andamento
dos serviços, além de ser prejudicial ao ambiente da obra;
¾ Corte Verde: consiste na remoção precoce da argamassa superficial por meio de um
jato de água de baixa pressão, para expor uma superfície limpa de concreto são, que
deve ser executada entre 4 e 12 horas após o lançamento, quando o concreto atinge o
final de pega. Apresenta a desvantagem de que, executado muito cedo, cause a perda
de agregado e a remoção de uma grande quantidade de argamassa e pasta de boa
qualidade. Não é possível preservar a superfície limpa e livre de contaminações,
sendo necessária nova limpeza imediatamente antes do lançamento da próxima
camada. Muitas vezes requer uma camada de argamassa para adequada adesividade e
é um método desvantajoso para intervalos curtos entre lançamentos, na faixa de 3 a 7
dias;
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¾ Jato de água de Alta Pressão ou Hidrojateamento: é a técnica mais utilizada
atualmente para tratamento de juntas de construção, apresentando boa qualidade e
uniformidade, podendo ser executado imediatamente antes do lançamento da camada
seguinte ou até um período de 30 a 45 dias após o lançamento da camada.
3.2.3. Ligação Entre Camadas Sucessivas de CCR
Desde o início do desenvolvimento do CCR, várias dúvidas conceituais foram
levantadas, geradas principalmente pela grande quantidade de juntas horizontais. Algumas das
principais dúvidas são:
9 envoltória de resistência entre camadas;
9 influência das condições ambientais locais;
9 controle da compactação;
9 métodos de impermeabilização;
9 previsão de propriedades;
9 obtenção de material mais homogêneo.
Uma das maiores dificuldades que persiste em barragens executadas com CCR refere-
se ao tempo em que as juntas de construção entre as camadas podem ficar expostas sem que
seja necessário aplicar qualquer tipo de tratamento. Tem sido aplicada sistematicamente a
argamassa de ligação entre as camadas para prevenir possíveis percolações pelas juntas de
construção, uma vez que o intervalo de tempo de lançamento entre duas camadas
consecutivas normalmente é da ordem de, no mínimo, 12 horas, o que naturalmente resulta na
secagem superficial da camada inferior, levando à necessidade de tratamento. Quando este
procedimento não é executado ou é executado de forma incorreta, este fato poderia resultar
em percolação pela junta de construção (GRAÇA et al., 2004).
Na grande maioria das barragens construídas com CCR utilizou-se uma argamassa de
ligação em toda a extensão da superfície da junta entre camadas, ou em aproximadamente
30% da largura a partir da face montante. Nos prazos superiores a 6 horas para a retomada da
concretagem de CCR, é comum o surgimento de juntas entre camadas, cujas propriedades
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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mecânicas são geralmente inferiores às propriedades do maciço (CASTRO et al. , 1998).
Durante a construção da barragem de Capanda no AHE do Médio Kwanza, Angola,
superfícies de camadas expostas em até 6 horas (diurno) ou 8 horas (noturno), eram apenas
tratadas com jato de ar para a remoção de materiais soltos. Com tempos de exposição maiores
do que os valores supracitados e inferiores a 24 horas, a superfície era limpa com jato de ar e
aplicado diretamente o concreto de berço. Com o tempo de exposição acima de 24 horas, além
do tratamento da junta de concretagem com jato de ar, molhava-se com água e logo em
seguida aplicava-se o concreto de berço (NASCIMENTO et al., 1995). Observa-se que a
execução de camadas sucessivas formando alturas de concretagem elevadas, em curto
intervalo de tempo, implica no conhecimento do comportamento térmico desses blocos
formados, para evitar a ocorrência de fissuras.
Hermida et. al (2003) afirmam que o máximo intervalo de lançamento entre camadas
de CCR, sem utilização de argamassa de ligação, é aquele correspondente ao tempo de início
de pega da mistura, o qual é determinado através de uma metodologia que utiliza o
equipamento de ultra-som. Este método foi utilizado em diversas obras no continente
americano (Zanja Honda, Miel I e Porce III, na Colômbia; Pirris, na Costa Rica; Ralco, no
Chile; RompePicos, no México) para definir o tempo de início de pega do concreto,
entretanto, não foi mencionado nenhum tipo de ensaio que realmente comprovasse a
eficiência da ligação das camadas quanto à aderência e estanqueidade.
Com o evento do método rampado, onde se introduziu uma nova metodologia
executiva para o CCR no Brasil (BATISTA et. al, 2001), seguindo o exemplo da barragem de
Jiang Jiya na China (ZHIDA et. al, 1999), a exposição das juntas entre camadas voltou a ser
uma preocupação, uma vez que retornava-se à necessidade de se conhecer os tempos limites
de exposição, já que uma das principais vantagens desta nova metodologia é exatamente a
diminuição da utilização da argamassa de ligação entre as juntas de construção.
Na construção do AHE Peixe Angical, foi executado um maciço experimental com um
volume de CCR de 186 m³ lançados em rampa (método rampado) e consumos de cimento de
60 kg/m³, 70 kg/m³, 80 kg/m³, 90 kg/m³ e 100 kg/m³. A execução do maciço foi dividida em
várias etapas distintas em função dos tipos de concretos de face utilizados e tinha como
objetivos principais a otimização de processos de execução, de equipamentos, de materiais,
treinar o pessoal envolvido no processo e obter parâmetros em escala real das propriedades do
CCR. Ainda durante a execução do maciço fez-se uma simulação do intervalo de lançamento
de 6 h, 12 h e 24 h, em três camadas distintas sem qualquer tipo de tratamento, com o objetivo
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de verificar a influência do tempo de exposição da junta quanto à aderência entre uma camada
e outra (GRAÇA et al., 2005).
No dimensionamento de barragens de concreto, as juntas entre camadas de lançamento
sucessivas são as partes mais críticas em relação à resistência mecânica e à permeabilidade
pelo maciço de concreto (SHARMA, 1981; CREAGER et al., 1965; SCHREIBER, 1981; e,
VARLET, 1972 apud MARQUES FILHO, 2005), fato levado em conta nos diversos critérios
de projeto, onde os coeficientes de minoração da coesão são muito superiores àqueles
recomendados para o ângulo de atrito, sempre considerando a envoltória de Mohr-Coulomb.
Em barragens convencionais, as juntas horizontais sempre representaram grande
preocupação, tanto pela possibilidade de criação de caminho preferencial de percolação, como
pelas atividades executivas que garantissem uma adequada ligação entre as camadas de
lançamento. Enquanto em barragens utilizando concreto massa convencional tinham camadas,
cuja espessura variava em geral entre 2,0 m e 2,5 m, o método construtivo utilizando o CCR
estabelece valores entre 0,25 e 0,50m, aumentando consideravelmente a quantidade de juntas
horizontais ao longo de toda a barragem. Além deste fato, a consistência extremamente seca
necessária à compactação, associada à imagem de fragilidade e fraqueza na ligação entre
camadas, também gerou expectativas e insegurança entre projetistas e construtores que
inicialmente foram contrários à aplicação em grande escala de soluções utilizando o CCR
(MARQUES FILHO et al., 2003).
Segundo a PCA (1987), a completa aderência entre camadas de CCR não tratadas é
questionável, pois, alguns dos principais fatores que controlam a ligação entre camadas de
CCR são:
a) Condição da Superfície da Junta
Da mesma forma que os concretos convencionais, a superfície do CCR deve ser
umedecida, mas não encharcada. Adicionalmente aos benefícios conhecidos da cura úmida,
estudos têm mostrado que a cura úmida melhora a aderência, principalmente em idades mais
avançadas, porém, o excesso de umidade é prejudicial à evolução da aderência.
Apesar de não ser esperada a formação de nata na superfície do CCR, todo o material
solto ou contaminado deve ser removido antes do lançamento da camada subseqüente. O uso
de jato de água de alta pressão e equipamentos de vácuo, nesta atividade tem sido efetivos,
sem afetar a superfície.
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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Em Willow Creek, a falta de aderência entre camadas e a conseqüente permeabilidade
foram atribuídas ao preparo insatisfatório da superfície. Os equipamentos usados para
transporte do CCR para as frentes de trabalho rotineiramente depositavam lama, silte e
entulho de finos não cimentícios das rampas de acesso na superfície da junta de construção do
CCR produzido.
Adicionalmente, manobras acentuadas e o movimento constante dos equipamentos de
transporte sobre as camadas lançadas resultaram em arrancamento de concreto e na formação
de sulcos na superfície. A situação foi piorada com a repetida molhagem superficial com um
caminhão de água. O tráfego constante sobre a superfície molhada resultou em uma camada
pouco espessa de material fino desarranjado, moderadamente úmido, com teor baixo ou nulo
de cimento.
Para evitar a contaminação do CCR, a lavagem das rodas dos Caminhões basculantes e
o uso de correia transportadora têm sido as práticas padrões na maioria das obras de
barragens. Outros equipamentos de transporte, espalhamento e compactação do CCR estão
alocados permanentemente à área de lançamento, para prevenir a contaminação durante o
lançamento. É importante que a superfície seja cuidadosamente mantida limpa antes do
lançamento da camada subseqüente de CCR.
b) Tempo decorrido entre lançamentos das camadas
Há uma correlação entre tensão de aderência e tempo decorrido entre lançamentos de
camadas sucessivas. Outros fatores, como temperatura, condições de cura e dosagem do
CCR, inclusive uso de aditivos retardadores de pega e pozolanas, influenciam a tensão de
aderência de juntas não tratadas.
Quando um lance de concretagem de CCR é recoberto por outro, antes que inicie a
pega, é considerada uma junta fresca ou plástica e que deve resultar em uma junta forte e
impermeável, desde que o concreto empregado esteja adequadamente adensado e sem
vestígios de segregação. Além deste ponto, uma junta fria começa a ser desenvolvida,
resultando em perda de tensão de aderência e aumento das infiltrações. Uma vez formada
uma junta fria, é necessária uma camada de ligação para promover aderência e estanqueidade
da estrutura.
Uma forma usual é a aplicação do conceito de maturidade da junta em termos de
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temperatura e tempo de exposição médios. Por exemplo, se uma junta é exposta a uma
temperatura de 15°C durante 10 horas, a maturidade da junta é de 150°C.h.
Não há valores distintos que se apliquem a todas as situações. Por exemplo, uma
mistura pobre e seca de CCR lançada em uma zona árida requererá um valor menor de
maturidade da junta que outra mistura úmida com maior volume de pasta lançada em
condições úmidas. Em geral, os limites para a maturidade da junta têm variado entre 120°C.h
e 540°C.h.
Como exemplos de obras que especificaram maturidade de junta, podem ser citadas
Barragem de Willow Creek (540°C.h), Barragens de Galesville, Oregon e Stagecoach,
Colorado (170°C.h).
Um método alternativo, principalmente para pequenas barragens, é eliminar o fator
temperatura e expressar a maturidade da junta somente como o tempo decorrido.
Independente do método usado, o projetista deve estabelecer um critério de maturidade de
junta baseado em estudos de laboratório ou campo. Na ausência destes estudos, um valor
conservador deve ser adotado.
c) Teor de Pasta:
Pasta adequada é necessária para promover ligação entre lances sucessivos. Isto é
importante a partir do início de pega da camada inferior. Uma vez endurecido o concreto do
lance inferior, a aderência depende do intertravamento da pasta da camada superior na
estrutura de poros da pasta sã da camada inferior. Estudos têm mostrado ligação deficiente
entre lances de misturas secas ou com baixos teores de material cimentício.
A consistência do CCR, medida no equipamento VeBê como o tempo que a argamassa
leva para preencher os vazios, é denominada “tempo de VeBê” ou “Cannon Time”, variando
usualmente entre 15 e 40 segundos ( apesar de que atualmente no Brasil já se adota valores
inferiores a 15 segundos) e é influenciada pelos teores de água, areia e material cimentício,
bem como tamanho e textura do agregado graúdo e também pelo tipo e quantidade de finos.
Algumas misturas de CCR não consolidam bem no ensaio de VeBê, como as muito
rígidas, bem como outras com teor de pasta aproximadamente igual ao volume de vazios do
agregado e também aquelas com alto teor de finos plásticos.
Um CCR com alto teor de pasta terá mais pasta que a necessária para preencher os
vazios e recobrir todos os grãos do agregado. Muitas misturas com alto teor de pasta contém
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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uma grande quantidade de pozolanas, as quais servem efetivamente para limitar o calor de
hidratação no interior da massa. Apesar de que misturas com alto teor de pasta conduzem a
uma melhor aderência, o projetista deve também considerar outros fatores, como o efeito
térmico, retração por secagem e custo adicional do maior teor de material cimentício.
Uma preocupação com misturas de alto teor de pasta ocorre durante as operações de
descarga e compactação, quando a umidade excessiva da mistura causa ocasionalmente sulcos
e desprendimento de material da superfície do CCR.
Em solos, esta condição esponjosa significa a presença de excesso de poro-pressão
que, se não for aliviada, contribuirá diretamente para a redução da resistência ao
cisalhamento. No concreto, umidade excessiva dissipará com a hidratação do cimento e deve
ter pequena influência negativa na resistência, caso a compactação seja adequada.
d) Elemento de Ligação:
Em lugar de misturas com alto teor de pasta, a aderência satisfatória pode ser
alcançada com a utilização de uma camada de ligação de argamassa ou concreto.
Muitos projetos especificaram camada de ligação com concreto com agregado de
dimensão máxima característica de 19 mm e alto teor de argamassa, contendo aditivos
plastificantes e retardadores de pega, bem como cimento variando de (235 a 300) kg/m³.
Normalmente é especificado um abatimento da mistura entre 10cm e 18cm e espessura da
camada de 2,5 cm.
Outros projetos especificam o uso do mesmo concreto da face de montante para as
camadas de ligação. Juntamente com a colocação do concreto da face de montante, é feito um
espalhamento de uma camada para jusante com comprimento de 1,20 m a 2,40 m. Esta
camada controla a infiltração de água por montante, mas não deve ser considerada em
nenhuma análise de estabilidade.
Cimento seco e pasta pobre de cimento são usados para ligar camadas horizontais de
solo-cimento usado para proteção de taludes. Entretanto, considerando os agregados maiores
do CCR, esta solução não é efetiva como elemento de ligação. Estudos conduzidos pelo
USBR, comparando várias técnicas de ligação entre camadas, encontraram valores de ângulos
de atrito ao escorregamentos pouco menores que 45°, valor normalmente assumido para o
CCR.
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Foi realizado um estudo conjunto da USBR e PCA para avaliação de dosagens,
maturidade de juntas, teor de água, tratamento da interface e condições de cura. Os resultados
indicaram para misturas pobres (cerca de 90 kg/m³ de cimento + cinza volante) a necessidade
de tratamento da junta de interface para garantia de efetiva ligação entre camadas. Somente
um testemunho de um total de quarenta e oito juntas sem tratamento foi recuperado intacto,
enquanto que quarenta e dois com argamassa de ligação e quarenta e três com concreto de
ligação foram recuperados intactos.
Para misturas mais ricas (cerca de 180 kg/m³ de cimento + cinza volante),
aproximadamente a metade dos testemunhos de juntas não tratadas foi recuperada, bem como
quase todos os testemunhos das juntas tratadas com argamassa e concreto.
A ligação entre camadas teve um resultado efetivo para aproximadamente a metade
das juntas com intervalo entre lançamentos de seis horas e não tratadas, embora com condição
de cura úmida.
Dos testemunhos do CCR com juntas não tratadas e intervalo de lançamento de
48 horas, somente dois de um total de doze curados em condição de menor umidade foram
recuperados intactos, enquanto que oito de um total de doze curados em condição de maior
umidade foram recuperados.
Antes de escolher uma técnica de ligação entre camadas, o projetista deve determinar
os requisitos da ligação. A barragem típica inclui um concreto com pouca permeabilidade na
face de montante e sistemas de drenagem de fundação e interno.
3.3. MACIÇOS EXPERIMENTAIS
Em grandes empreendimentos de CCR são realizados programas de pré-estudos para
definir as características e propriedades dos materiais a serem empregados na construção.
Surge, então, a necessidade de se construir um maciço experimental para fazer algumas
simulações de lançamento, treinar mão-de-obra, calibrar equipamentos, ajustar dosagens,
definir o tipo de tratamento de junta, número de passadas do rolo compactador e outras
dúvidas que poderão surgir ao longo da obra.
De acordo com Paulon et al. (2004), o processo executivo com CCR impacta em todas
as etapas construtivas, pois seus conceitos de execução e controle são particulares e diferem
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
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da prática usual dos concretos convencionais, podendo trazer aspectos a serem avaliados e
monitorados ao longo da vida útil da obra.
Os estudos em laboratório para prever o comportamento mecânico e a trabalhabilidade
do concreto vêm sendo consolidados ao longo das últimas décadas. As discrepâncias entre a
condição de laboratório e de obra são mais acentuadas no caso do CCR, onde os métodos
usuais de ensaio não se adaptam facilmente à simulação da compactação por rolo vibratório,
da ligação entre camadas e da influência das condições climáticas (PAULON et al., 2004).
Uma alternativa para o processo é a confecção de maciços experimentais de CCR em
laboratório, com a finalidade de simular as condições de execução no campo, tanto para
barragens quanto para pavimentos rígidos. Através da confecção destes maciços
experimentais, é possível obter informações sobre a caracterização dos materiais constituintes
do CCR e o desempenho das dosagens aplicadas em campo, conhecendo o comportamento do
CCR e facilitando a tomada de decisões, embasada em resultados confiáveis (GALLEGO et
al., 1999).
Estes maciços experimentais, na maioria das vezes, são executados pouco antes do
início de lançamento do CCR na estrutura definitiva e resolvem as dúvidas levantadas quanto
às dificuldades de correlacionar os parâmetros de corpos-de-prova moldados com o material
compactado no campo, através de um programa de extração de testemunhos. Porém, são
muito onerosos e nem sempre são incorporados à estrutura da barragem.
3.3.1. Vantagens e Objetivos de um Maciço Experimental Confeccionado
em Laboratório
Segundo Marques Filho (2005), a confecção de maciços experimentais em laboratório
possibilita uma otimização das misturas a serem empregadas nas fases iniciais da obra
permitindo, assim, a caracterização das propriedades do CCR fresco e endurecido de forma
mais expedita que a utilização de maciços experimentais em obra. Devido a sua facilidade de
manuseio, fornecem condições para a realização de diversos ensaios, cuja execução em
maciços experimentais confeccionados em obra seria extremamente complexa.
As vantagens deste tipo de simulação em laboratório são elencadas a seguir:
9 verificação do grau de compactação potencial das misturas;
9 avaliação da capacidade de compactação potencial das misturas;
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
73
9 avaliação da capacidade de compactação com equipamentos convencionais;
9 avaliação de vários tipos de mistura, podendo ser avaliada a granulometria, teor de
materiais cimentícios e finos, utilização de aditivos, entre outros;
9 simulação da execução de faces impermeáveis, ou do acabamento das faces;
9 simulação das condições de ligação entre camadas, podendo-se variar tempo entre
camadas sucessivas, bem como simular condições ambientais diversas;
9 simulação de variações das alturas das camadas de concreto.
9 Objetivos principais de um maciço experimental:
9 verificação do desempenho e das propriedades da dosagem de CCR, em especial a sua
trabalhabilidade, densidade e resistência;
9 verificação do desempenho dos equipamentos de transporte, lançamento,
espalhamento e compactação do CCR;
9 familiarização da equipe de trabalho com o lançamento e a compactação do CCR;
9 definição do número de passadas do rolo vibratório na compactação das camadas de
CCR;
9 verificação das propriedades das juntas de construção entre camadas de concretagem;
9 verificação dos procedimentos de lançamento do CCR junto às fôrmas dos paramentos
e à fundação/ombreiras, de execução da junção entre o CCR e o CCV e de lançamento
da argamassa de ligação.
9 verificação das características das ligações entre o CCR e o CCV.
A Figura 3.1 exemplifica um croqui de um maciço experimental utilizado para
construção da UHE Lajeado.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
74
Figura 3.1 : Exemplo de croqui: Maciço experimental para UHE Lajeado.
Esta técnica foi inicialmente tentada no Japão, com a criação de um simulador de
compactação, atualmente desativado (MARQUES FILHO, 2005). FURNAS, em Aparecida
de Goiânia (GO), local onde foi realizada esta pesquisa, possui um equipamento que simula a
execução de um maciço experimental de CCR, totalmente automatizado, e possibilita a
variação da freqüência e energia de vibração do rolo e velocidade do percurso. O
equipamento, totalmente informatizado, monitora a compactação da camada (além do
acompanhamento com o densímetro nuclear) e permite a visualização, em tempo real, das
condições de execução do maciço.
Apesar de todas as vantagens e objetivos supracitados, a execução de maciços em
laboratório não exclui a necessidade de aterros experimentais no campo (Figura 3.2), com as
condições exatas de início de obra, ou muito próximo destas (MARQUES FILHO, 2005). Os
maciços de campo têm as seguintes características importantes:
9 compatibilização dos equipamentos de campo às condições preconizadas nos ensaios
de laboratório;
9 avaliação dos processos de controle de qualidade;
9 treinamento das equipes (qualificação da mão-de-obra);
9 ajustes de materiais e de dosagens de CCR e argamassas a serem utilizados;
9 definição de altura de camada;
9 definição de número de passadas do rolo compactador;
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
75
9 definição do intervalo de lançamento para que se possa prescindir da argamassa de
ligação;
9 determinar o tipo de tratamento das juntas, em caso de interrupção no lançamento com
tempo superior ao preconizado nas especificações técnicas;
9 extração de testemunhos para calibrar os ensaios em corpos-de-prova moldados,
complementando os ensaios e correlações obtidas durante os processos de dosagem e
de execução de pista em laboratório.
Figura 3.2 : Pista experimental em obra – UHE Cana Brava – GO.
Através da confecção do maciço experimental, são obtidos testemunhos extraídos na
camada e na interface entre camadas, para realização de variados ensaios com CCR, utilizados
para otimizar as misturas sob diversas condições, além de determinar potencialmente os
diversos parâmetros físicos de interesse, criando condições para simular correções que serão
requeridas durante a execução real da obra. Na Figura 3.3 (a) e (b), pode ser visualizada a
extração de testemunhos de um maciço experimental de CCR.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
76
Figura 3.3 : (a)Extração de testemunhos do maciço; (b) aspecto dos testemunhos retirados
para ensaios. Estudo de aderência entre camadas de CCR.
Segundo Gallego et al. (1999), através da extração de testemunhos dos maciços podem
ser realizados estudos preliminares das propriedades do CCR, tais como: resistência à
compressão, resistência à tração, permeabilidade, módulo de elasticidade, fluência,
capacidade de deformação, propriedades térmicas, cisalhamento e massa unitária.
De acordo com o que foi abordado neste capítulo, pode-se afirmar que apesar da
aplicação intensiva de CCR em aproveitamentos hidráulicos nas últimas duas décadas, e dos
trabalhos de pesquisa já realizados, ainda existem vários pontos a serem estudados, mostrando
que este material ainda é um nicho importante de pesquisa para a Engenharia Civil. As
dificuldades de obtenção de resultados no protótipo devidas à rapidez do processo executivo,
aos grandes volumes aplicados e à dinâmica da obra criam espaço para o uso de maciços
experimentais de laboratório, que podem fornecer subsídios para a caracterização do material
nos estados fresco e endurecido, bem como parâmetros para análise deste material quanto a
sua durabilidade.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
77
4. PROGRAMA EXPERIMENTAL
Neste Capítulo são apresentadas todas as etapas do programa experimental por meio
de um fluxograma, bem como as variáveis controláveis, fatores não controláveis, condições
fixas do estudo, caracterização dos materiais e confecção dos maciços experimentais de CCR.
Todos os estudos referentes ao programa experimental, desde a caracterização dos
materiais até a confecção dos maciços experimentais e a extração de testemunhos para a
execução dos ensaios deste trabalho, foram realizados no Laboratório de Concreto do
Departamento de Apoio e Controle Técnico de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.,
localizado em Aparecida de Goiânia-GO.
Na Figura 4.1 está apresentado um fluxograma do programa experimental definido
para o desenvolvimento dos trabalhos.
Figura 4.1 : Fluxograma do programa experimental.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
78
4.1. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA – VARIÁVEIS E CONDIÇÕES
FIXAS
Com vistas à obtenção de parâmetros que caracterizem as juntas geradas durante o
processo construtivo de uma estrutura de CCR, este trabalho teve como objetivo avaliar as
propriedades do CCR nos estados fresco e endurecido, utilizando resultados de maciços
experimentais executados em laboratório.
4.1.1. Variáveis
De acordo com os estudos propostos por Marques Filho (2005), para atender os
objetivos desta pesquisa foram adotadas as seguintes variáveis:
4.1.1.1. Intervalo de Lançamento de 0h, 04h, 08h, 12h, 24h, 48h
A determinação dos intervalos de lançamento foi definida com base na grande maioria
das especificações técnicas de obras de CCR, onde são previstos os tipos de tratamento
em função do tempo de paralisação do lançamento do CCR, devido a algum problema
técnico ou fenômeno da natureza e de acordo com os estudos apresentados por
Marques Filho (2005).
4.1.1.2. Temperatura de Exposição da Junta a 25ºC e 45ºC
A temperatura de 25ºC foi estabelecida em função de uma média anual que ocorre na
maior parte dos estados brasileiros e a de 45ºC foi adotada para verificar se há
influência de uma temperatura mais elevada nas propriedades determinadas na junta.
4.1.1.3. Utilização de Argamassa de Ligação
A utilização de argamassa de ligação é uma prática já consagrada no meio técnico e o
seu uso depende do intervalo de lançamento entre camadas. Atualmente a maioria das
especificações técnicas recomenda a sua aplicação em toda superfície da junta ou em
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
79
aproximadamente 30% da mesma, a partir da face de montante, caso haja alguma
paralisação por um período superior a 04 horas. Com base nestas recomendações, a
utilização de argamassa de ligação foi adotada para os intervalos de lançamento de
08h, 12h, 24h, 48h.
4.1.1.4. Tipo de Tratamento da Junta (Jato de Ar Comprimido ou Apicoamento)
Foram adotados dois tipos de tratamento para a junta, jato de ar comprimido ou
apicoamento executado com o auxílio de um escarificador de agulhas pneumático para
simular o tratamento com jato de alta pressão utilizado em campo. Os tratamentos
foram estabelecidos também em função dos intervalos de lançamento e das práticas
executadas em campo para tratamento de juntas de CCR.
4.1.1.5. Idade de Ensaio
Para os corpos-de-prova moldados, foram estabelecidas as idades comumente
utilizadas de 07, 28, 90, 120, 180 e 365 dias e para os testemunhos extraídos foram
adotadas as idades de ensaio de 120 e 180 dias, pois o CCR devido ao baixo teor de
aglomerante e o tipo de cimento utilizado, necessita de um tempo mínimo de 90 dias
para adquirir resistência para suportar o desgaste da sondagem rotativa sem que haja
segregação e lavagem.
4.1.1.6. Tipo de Corpo-de-prova
Durante a execução de cada maciço experimental foram confeccionados corpos-de-
prova cilíndricos moldados com dimensões de 15 cm x 30 cm e após 90 dias, foi
realizada uma campanha de extração para obtenção de corpos-de-prova extraídos. Os
02 tipos de corpos-de-prova foram utilizados para caracterizar as propriedades do
CCR na camada e na junta entre camadas e adicionalmente, verificar sua influência
nas propriedades do CCR estudado.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
80
4.1.2. Condições fixas
As condições fixas estabelecidas nesta pesquisa foram o tipo litológico do agregado, o
tipo do cimento, as dosagens do CCR e da argamassa de ligação, o Cannon Time, o grau de
compactação, a altura de camada e a cura.
4.1.2.1. Tipo Litológico do Agregado Utilizado
Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi utilizado o agregado do tipo litológico
Basalto. Os agregados graúdos com dimensões máximas características de 25 mm e
50 mm e o agregado miúdo de 4,8 mm (areia artificial) com um teor de material
pulverizado em torno de 20%, todos procedentes da UHE Dona Francisca, localizada
no estado do Rio Grande do Sul.
4.1.2.2. Tipo de cimento
Foi estabelecido o cimento do tipo CP IV-32, adquirido do mesmo fornecedor da obra
da UHE Dona Francisca.
4.1.2.3. Dosagens de CCR e de Argamassa de Ligação
As dosagens do CCR e da argamassa de ligação utilizadas em todas as etapas da
pesquisa foram definidas a partir dos estudos de dosagem realizados antes e durante a
execução da UHE Dona Francisca. De acordo com as especificações técnicas da obra,
o CCR deve ter um consumo de cimento de 90 kg/m³ e a argamassa de ligação um
traço 1:5 (cimento:areia), e ambas as dosagens devem utilizar um aditivo plastificante
retardador.
4.1.2.4. Cannon Time
O cannon time foi estabelecido em 20 + 5 segundos, conforme preconizado nas
especificações técnicas da UHE Dona Francisca.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
81
4.1.2.5. Grau de Compactação
Grau de compactação é a relação entre a massa específica obtida e a massa específica
teórica. De acordo com especificações da UHE Dona Francisca, não pode ser inferior a
98% , ou seja, o CCR deve ter uma massa específica mínima de 2.500 kg/m³.
4.1.2.6. Altura de Camada
A definição da altura da camada final, após compactação, ficou estabelecida em 0,30
m para todos os maciços, com exceção da camada I (regularização), que ficou com
0,20 m.
4.1.2.7. Cura
Todos os maciços foram mantidos até a idade de extração (90 dias) em câmara úmida
com controle de temperatura, em 23ºC + 2 ºC e de umidade com valores iguais ou
superiores a 90%, assim como, os corpos-de-prova moldados e extraídos até a idade de
ensaio.
4.1.3. Fatores não controláveis
Os fatores não controláveis deste programa experimental foram:
9 equipe de trabalho para a preparação dos materiais e confecção dos maciços;
9 equipamentos de ensaio utilizados para determinar as propriedades do CCR fresco e
endurecido;
9 equipamentos utilizados para extração e corte dos testemunhos;
9 operadores do equipamento de compactação
9 Temperatura e umidade ambiente.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
82
4.2. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS
Todos os materiais (cimento, aditivo, agregado graúdo e agregado miúdo) foram
recolhidos na obra UHE Dona Francisca e em seus fornecedores e transportados para Goiânia,
onde foram caracterizados física e quimicamente.
4.2.1. Cimento
Para a realização dos estudos de dosagens de CCR e argamassa na UHE Dona
Francisca e para a confecção das pistas experimentais em laboratório, foi utilizado o cimento
do tipo CP IV-32, com uma adição de aproximadamente 35% de cinza volante, como pode ser
visto na sua composição química. Na Tabela 4.1 estão apresentados os resultados dos ensaios
de caracterização do cimento com suas respectivas metodologias, bem como os limites
estabelecidos pela NBR 5736 (ABNT, 1991).
Tabela 4.1 : Caracterização do cimento CP IV-32 utilizado nesta pesquisa.
Propriedades Determinadas
CP IV-32 Método
Limites
NBR
5736/1991
Massa específica (g/cm³) 2,73 NBR NM 23/2001
---
Resíduo na peneira 200 (%) 0,5 NBR 11579/1991
<
8,0
Resíduo na peneira 325 (%) 3,6 NBR 9202/1985
---
Finura
Área específica (cm²/g) 4.020 NBR NM 76/1998
---
Início 3:40
>
1:00
Tempo de Pega
(h:min)
Fim 5:50
NBR NM 65/2003
<
12:00
Água de Consistência - Pasta (%) 32,2
---
Expansão em Autoclave (%) 0,1 ASTM C-151/2000
---
3 dias 15,1
>
10,0
7 dias 20,7
>
20,0
28 dias 32,6
>
32,0 < 49,0
Resistência à
Compressão
(MPa)
91 dias 46,5
NBR 7215/1996
>
40,0
Perda ao fogo 3,49 < 4,5
Resíduo insolúvel 35,98 ---
Trióxido de enxofre (SO
3
) 2,30 < 4,0
Óxido de magnésio (MgO)
5,60 <
6,5
Dióxido de silício (SiO
2
)
37,40 ---
Componentes
Químicos
(%)
Óxido de ferro (Fe
2
O
3
)
3,39
NBR 9203/1985
---
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
83
Propriedades Determinadas
CP IV-32 Método
Limites
NBR
5736/1991
Óxido de alumínio (Al
2
O
3
)
8,31 ---
Óxido de cálcio (CaO)
37,08 ---
Óxido de cálcio livre (CaO)
0,90 ---
Óxido de sódio
(Na
2
O)
0,09 ---
Óxido de potássio
(K
2
O)
1,70 ---
Álcalis
Totais
Equiv. alcalino 1,21 ---
Componentes
Químicos
(%)
Sulfato de cálcio (CaSO
4
)
3,91
NBR 9203/1985
---
4.2.2. Agregados Graúdo e Miúdo
Os ensaios realizados para a caracterização dos agregados graúdo e miúdo, ambos do
tipo litológico basalto, e as metodologias utilizadas, estão apresentados na Tabela 4.2.
Tabela 4.2 : Caracterização dos agregados graúdo e miúdo.
Basalto
Propriedades Determinadas Método
25 mm 50 mm
Areia
Artificial
Absorção (%) 1,11 0,79 ---
Massa Específica S.S.S.(g/cm³)
NBR NM 53/2003
2,84 2,83 ---
Módulo de Finura NBR NM 248/2003 6,85 8,31 2,95
Absorção (%) NBR NM 30/2001 --- --- 1,30
Massa Específica S.S.S.(g/cm³) NBR NM 52/2003 --- --- 2,81
Massa Unitária – Estado Solto (g/m³) NBR 7251/1982 1,52 1,46 1,71
Índice de Forma (c/e) NBR 7809/2006 2,8 2,7 ---
Teor de Material Pulverulento (%) NBR NM 46/2003 --- --- 20,36
Nas Figuras 4.2 a 4.4 estão ilustrados as curvas granulométricas dos agregados.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
84
Peneiras 1a. determina
ç
ão 2a. determina
ç
ão
% ret.
Limites NBR 7211
massa % retida % ret. massa
% retida
% ret. acum.
n
º
mm. re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.m
édi
o
% retida acumulada
1" 25,4
-----
0,0
-----
0,0 0
3/4" 19 730,0 10,2 1040,0 12,5 11
3/8" 9,5
4760,0
66,7
5400,0
65,1 77
-
1/4" 6,3 1110,0 15,5 1240,0 15,0 93
3/16" 4,8 270,0 3,8 320,0 3,9 96
-
270,0 3,8 290,0 3,5 100
82,4 ----- 0,0 ----- 0,0 100
16 1,2 ----- 0,0 ----- 0,0 100
30 0,6 ----- 0,0 ----- 0,0 100
50 0,3
-----
0,0
-----
0,0 100
100 0,15 ----- 0,0 ----- 0,0 100
Fundo (g)
----- 0,0 ----- 0,0 100
Massa Total(g)
-----
Mód. de finura
-----
Módulo de finura médio: 6,85
7140,0 8290,0
100
100
100
100
100
100
Fundo (g)
0
10
77
92
96
100
0
13
78
93
97
100
100
100
100
100
100
100
80
92
0
100
100
6,83 6,87
100
10
100
95
100
0
0
20
40
60
80
100
Abertura das Peneiras (mm)
Percentagem que passa
0
20
40
60
80
100
Percentgem ret. acumulada
Percentagem Retida
Acumulada (média)
25,4
19,0
9,5
6,3
4,82,4
Graduação 1
Limites NBR 7211
Figura 4.2 : Curva Granulométrica do Agregado Graúdo Basalto 25 mm.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
85
Peneiras 1a. determina
ç
ão 2a. determina
ç
ão
% ret.
Limites NBR 7211
massa % retida % ret. massa
% retida
% ret. acum.
n
º
mm. re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.m
édi
o
% retida acumulada
2" 50
-----
0,0
-----
0,0 0
1 1/2" 38 7260,0 40,5 7580,0 37,8 39
-
1 1/4" 32 4120 23,0 4750 23,7 63
-
1" 25,4 3450 19,3 4450 22,2 83
-
3/4" 19
2170
12,1
2200
11,0 95
-
3/8" 9,5 710 4,0 780 3,9 99
3/16" 4,8 0,0 0,0 0,0 0,0 99
200 1,1 300 1,5 100
82,4 ----- 0,0 ----- 0,0 100
16 1,2 ----- 0,0 ----- 0,0 100
30 0,6 ----- 0,0 ----- 0,0 100
50 0,3
-----
0,0
-----
0,0 100
100 0,15 ----- 0,0 ----- 0,0 100
Fundo (g)
----- 0,0 ----- 0,0 100
Massa Total(g)
-----
Mód. de finura
-----
Módulo de finura médio: 8,31
8,33 8,29
100
100
100
100
100
100
17910 20060
300
95
0
100
75
87
100
100
0
38
95
99
62
84
99
100
100
100
100
100
100
100
Fundo (g)
0
41
95
99
99
100
64
83
0
20
40
60
80
100
Abertura das Peneiras (mm)
Percentagem que passa
0
20
40
60
80
100
Percentgem ret. acumulada
Percentagem Retida
Acumulada (média)
50
38
Graduação 3
Limites NBR 7211
32
25,419
9,5
Figura 4.3 : Curva Granulométrica do Agregado Graúdo Basalto 50 mm.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
86
Peneiras 1a. determina
ç
ão 2a. determina
ç
ão
% ret.
Limites NBR 7211
massa % retida % ret. massa
% retida
% ret. acum.
Zona 3
(
Areia Média
)
n
º
mm. re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.re
tid
a
(
g
)
i
n
di
v. acumu
l
.m
édi
o
% retida acumulada
3/8" 9,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0
0
1/4" 6,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0
-
44,82,3 0,3 2,3 0,3 0
-
82,4203,0 23,4 201,3 24,5 24
-
16 1,2 184,3 21,3 182,6 22,3 46
-
30 0,6 140,8 16,2 137,8 16,8 63
-
50 0,3
140,8
16,2
102,9
12,5 77
-
100 0,15 67,8 7,8 66,0 8,0 85
-
Fundo (g)
128,2 14,8 127,3 15,5 100
Massa Total(g)
-----
Mód. de finura
-----
Módulo de finura médio: 2,95
00
0
0
24
45
61
77
85
100
0
0
25
47
64
76
84
100
0
0
0
10
41
70
90
65
92
100
7
11
25
45
2,93 2,97
867,2 820,2
0
20
40
60
80
100
0,1 1 10
Abertura das Peneiras (mm)
Percent. que passa (%)
0
20
40
60
80
100
Perc. Ret.Acumul.(%)
% Ret. Acumulada
(Média)
0,15 0,3 0,6
1,2
2,4
4,8 6,3
Zona 3
Limites NBR 7211
Figura 4.4 : Curva Granulométrica do Agregado Miúdo Areia Artificial.
4.3. DOSAGEM DO CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) E
DA ARGAMASSA
Durante o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizada uma dosagem de concreto
compactado com rolo e uma de argamassa de ligação, derivadas dos estudos realizados para a
construção da UHE Dona Francisca. Nas Tabela 4.3 e 4.4 estão apresentados os dados de
composição das dosagens de CCR e da argamassa empregadas para a confecção dos maciços
experimentais, bem como as propriedades do concreto no estado fresco e endurecido
preconizados nas especificações técnicas da obra.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
87
Tabela 4.3 : Dados de composição do traço de CCR utilizado.
Material Consumo (kg/m³)
Cimento 90
Água 143
Areia Artificial 1083
Brita 25 mm 679
Brita 50 mm 553
Aditivo Plastificante Retardador 1,08
Cannon Time (s) 20 + 5
Grau de compactação (%) 98 %
Resistência à Compressão aos 180 dias (MPa) 7,5 MPa
Tabela 4.4 : Dados de composição do traço da argamassa utilizada
Material Consumo kg/m³
Cimento 326
Água 299
Areia Artificial 1630
Aditivo Plastificante Retardador 3,26
Relação água/cimento (a/c) 0,91
Consistência (Flow) (cm) 45
4.4. ENSAIOS ESPECIAIS PARA BARRAGENS DE CCR
Com base nos controles de qualidade realizados nas várias obras já construídas, com a
grande variabilidade dos materiais que surgem durante a construção e com a influência do
clima local, fica evidente que os ensaios utilizados comumente em barragens de concreto
convencional têm restrições quando utilizados de forma indiscriminada em obras de CCR,
passando, assim, a existir a necessidade de se realizar controles mais rigorosos que possam
representar de forma confiável e segura todos os fatores que impactam no bom desempenho
de uma estrutura de CCR.
Alguns ensaios realizados para o controle de qualidade do CCR não estão
contemplados em norma brasileira. Com essas lacunas existentes, utilizam-se normalizações e
recomendações internacionais ou de organizações com notória especialização neste tipo de
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
88
empreendimento.
4.4.1. Ensaios Com Concreto Fresco
4.4.1.1. Cannon Time e Massa Unitária do CCR Compactado Através do Aparelho de Vebê
O CCR é um concreto que possui uma consistência mais seca em relação ao concreto
convencional, intrínseca do próprio material. Atualmente, os ensaios mais utilizados para
verificação da trabalhabilidade (Cannon Time) e massa unitária do CCR se baseiam no ensaio
de Vebê modificado, descritos no procedimento de ensaio FURNAS 01.006.011 (FURNAS,
2005). Nestes ensaios são utilizados uma mesa vibratória e um recipiente de acrílico para
possibilitar a visualização do adensamento e preenchimento dos vazios do concreto para a
definição do tempo de vibração. Este recipiente tem a mesma forma interna e a mesma mesa
vibratória do consistômetro de Vebê, com volume igual a 9,2 litros, correspondendo a um
cilindro com diâmetro igual a 24,2 cm.
A determinação do Cannon Time consiste em preencher, com o concreto fresco, o
recipiente de acrílico e determinar o intervalo de tempo decorrido entre o acionamento da
mesa vibratória e a formação da película de argamassa nas bordas do recipiente. A presença
da argamassa visível em toda a superfície aparente mostra o preenchimento dos vazios do
concreto, sendo um indicativo de sua compactação.
Quanto à massa unitária, esta é determinada logo após os ensaios de trabalhabilidade,
mantendo-se a mesa ligada por 120 segundos e fazendo-se a razão entre a massa do concreto
fresco compactado e seu volume. Determina-se a massa do CCR adensado, logo em seguida,
preenche-se o vazio com água até seu preenchimento total e novamente é determinada a
massa do recipiente. A diferença entre estas medidas representa a massa da água inserida,
com a qual facilmente se determina o volume de água adicionado. Conhecendo-se o volume e
a massa do recipiente vazio, obtém-se o volume e a massa ocupado, pelo concreto após o
adensamento com mesa vibratória, e como conseqüência determina-se sua massa unitária
compactada.
Para o cálculo da massa unitária adota-se a equação (1), a seguir discriminada:
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
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c
c
p
v
w
=
γ
(Equação 1)
onde:
γ
p
= massa unitária do concreto, em kg/m³.
cw = massa do concreto, kg.
cv
= volume do concreto, m³.
Nas Figuras 4.5 (a) e (b) e 4.6 (a) e (b) está mostrada a seqüência do ensaio para
determinação do Cannon Time, em aparelho de acrílico transparente desenvolvido pelo Eng.
Ruy Dikram Steffen no Laboratório de Materiais e Estruturas, LAME, localizado na cidade de
Curitiba, Paraná, onde pode ser observado preenchimento dos vazios (PACELLI DE
ANDRADE, 1996).
Figura 4.5 : Cannon Time. (a) preenchimento do recipiente; (b) arrasamento do topo.
Figura 4.6 : Cannon Time. (a) vibração; (b) vazios preenchidos.
Na Figura 4.7 (a) e (b) está apresentado o procedimento da fase de medição para a
a
b
a
b
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
90
determinação da massa do recipiente com CCR e o preenchimento do vazio superior com
água para determinação da massa unitária.
Figura 4.7 : Massa unitária. (a) colocação de água; (b) massa final com água.
4.4.1.2. Massa Unitária e Teor de Água Unitária Através do Aparelho de DMA
O aparelho DMA – Dispositivo Medidor de Água - é um dispositivo cilíndrico de
acrílico, provido de um sifão, cujo volume de água até este nível é conhecido, denominado
volume de equilíbrio. Este equipamento permite a medição da massa unitária teórica do CCR
e da água unitária na mistura (ANDRADE et al., 2003).
Nas Figuras 4.8 a 4.10 está mostrada a execução do ensaio utilizando o aparelho DMA
com a amostra de CCR. Conhecendo-se a massa da água e o volume de equilíbrio, calcula-se
o volume da amostra de concreto, cuja massa foi anteriormente determinada, conforme
mostrado nestas Figuras, permitindo a obtenção da massa unitária do CCR. Através de curvas
de calibração (Massa Unitária × Água Unitária, Massa Unitária × Massa Específica Teórica,
Massa Unitária × Umidade Teórica) para cada dosagem a ser utilizada, obtém-se o teor de
água unitária. Estas curvas são definidas a partir de ensaios em que se mantêm constantes o
consumo de cimento e o teor de areia do CCR, variando o consumo de água.
A execução deste ensaio é muito simples, não necessitando de nenhum equipamento
especial, podendo ser utilizado com precisão na obra. Como é importante o controle rigoroso
do teor de umidade do CCR, a utilização do DMA nas várias fases da execução fornece uma
ferramenta importante para o controle de qualidade do campo (ANDRADE et al., 2003).
Primeiramente, define-se o volume de equilíbrio preenchendo o dispositivo com água
até aproximadamente 20 cm acima do sifão, logo em seguida, abre-se o sifão para liberar o
excesso de água e nivelar com o mesmo. A água remanescente no DMA corresponde ao
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
91
volume de equilíbrio. Com o dispositivo limpo e isento de qualquer partícula de água, coloca-
se uma amostra representativa de CCR de aproximadamente 3.500 gramas, conforme
apresentado na Figura 4.8 (a) e (b).
Figura 4.8 : DMA. (a) determinação do volume de equilíbrio; (b) determinação da massa da
amostra.
Adiciona-se a metade do volume de equilíbrio e através de uma agitação manual
procura-se eliminar o máximo de bolhas de ar, conforme está apresentado na Figura 4.9 (a) e
(b).
Figura 4.9 : DMA. (a) preenchimento com água; (b) agitação manual da mistura.
Logo em seguida, é colocado o restante da água de equilíbrio no DMA, deixando-o em
repouso por um período de 5 a 10 minutos para que possa ocorrer a sedimentação dos finos do
CCR e, por último, abre-se o sifão para coletar o volume de água deslocado, que corresponde
numericamente ao volume de CCR presente no dispositivo, conforme está apresentado na
Figura 4.10 (a) e (b).
a
b
b
a
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
92
Figura 4.10 : DMA. (a) repouso para sedimentação; (b) abertura do sifão para determinação
do volume deslocado.
De posse da massa do CCR e do volume deslocado correspondente ao volume do
concreto no dispositivo, pode-se determinar a massa unitária utilizando a equação (2):
deslocado
V
c
esp
M
M =
(Equação 2)
Onde:
M
esp
= Massa específica do CCR.
M
c
= Massa específica do concreto inserida no DMA.
V
deslocado
= Volume de água deslocado.
4.4.1.3. Permeabilidade à Água do Concreto Fresco
A permeabilidade é a propriedade que permite a passagem de um fluído através de
sólidos sobre pressão. A sua determinação no estado fresco possibilita uma análise prévia do
comportamento de misturas de concreto, analisando o fechamento do esqueleto granular,
fornecendo um parâmetro auxiliar à dosagem e ao controle de campo (VICARI et al., 1998).
O método de ensaio foi desenvolvido pelo Laboratório de Concreto de FURNAS
Centrais Elétricas S.A., procedimento de ensaio FURNAS 01.011.002 (FURNAS, 2006),
sendo este uma adaptação do ensaio de permeabilidade em solos finos, em permeâmetro de
carga variável (ABGE, 1996).
b
a
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
93
Os passos para execução do ensaio incluem a moldagem e adensamento de corpos-de-
prova cilíndricos, com dimensões de 15,4 cm de diâmetro por 17,6 cm de altura, em mesa
vibratória por 120 segundos; instalação do corpo-de-prova no conjunto de equipamentos que
forma o permeâmetro; aplicação de água sob pressão e medição dos tempos necessários para a
percolação de volumes pré-determinados de água.
Nas Figuras 4.11 a 4.13 está apresentada a execução do ensaio desde a sua moldagem
em corpo-de-prova, colocação do feltro e do seixo rolado, colocação de água na bureta e o
conjunto que forma o permeâmetro de carga variável utilizado no ensaio.
Figura 4.11 : Permeabilidade do concreto fresco. (a) moldagem de corpo-de-prova; (b)
adensamento de Corpo-de-prova.
Figura 4.12 : Permeabilidade do concreto fresco. (a) filtro com cascalho; (b) colocação de
água na bureta.
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
94
Figura 4.13 : Ensaio de permeabilidade do concreto fresco em andamento.
A duração do ensaio é de 30 minutos e o valor do coeficiente de permeabilidade é
calculado, segundo a Lei de Darcy, pela equação (3):
Δ
=
2
1
ln..
h
h
tA
aL
Ck
(Equação 3)
Onde:
K = Coeficiente de permeabilidade, em m / s;
C = Correção pela temperatura da água;
a = Área da seção transversal da bureta, em m
2
;
L = Altura do corpo-de-prova ensaiado, em m;
A = Área da seção transversal do corpo-de-prova, em m
2
;
h
1
= Carga hidráulica inicial, em m;
h
2
= Carga hidráulica final, em m;
Δt = Tempo necessário para a carga hidráulica passar de h
1
para h
2
, em segundos.
4.4.1.4. Moldagem de corpos-de-prova cilíndricos de CCR
A moldagem de corpos-de-prova cilíndricos de CCR, com dimensões de 15 cm de
diâmetro e 30 cm de altura, deve ser realizada de forma a se obter o máximo de similaridade
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
95
com o material compactado no campo e nos maciços experimentais. Os corpos-de-prova são
moldados em mesa vibratória com uma freqüência de 3600 rpm e com a aplicação de um
contrapeso, devido a sua consistência mais seca que impossibilita o seu adensamento
manualmente ou com vibradores de imersão, semelhante aos concretos convencionais.
Nestes procedimentos, o aparecimento de argamassa no topo dos corpos-de-prova,
correlações de tempo de adensamento e grau de compactação e treinamento da mão-de-obra
são parâmetros que devem ser considerados.
Os corpos-de-prova são moldados em duas camadas, sendo que cada camada é vibrada
por 120 segundos. Nas Figuras 4.14 (a) e (b) e 4.15 (a) e (b) está apresentada a seqüência de
moldagem.
Figura 4.14 : Moldagem de corpo-de-prova. (a) preenchimento dos moldes - 1a camada;
(b) preenchimento da 2a camada.
Figura 4.15 : Moldagem de corpo-de-prova. (a) vibração com contrapeso (b) Acabamento
com contrapeso e desempenadeira.
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
96
4.4.1.5. Determinação da Densidade, Umidade e Água Unitária com o Densímetro Nuclear
Desde o final da década de 50 tem sido testado, utilizado e aperfeiçoado o método de
determinação de umidade e densidade de solos através da energia nuclear - Densímetro
Nuclear. Ele apresenta duas grandes vantagens: rapidez e confiabilidade. Na prática está se
comprovando que o método é de seis a dez vezes mais rápido do que os tradicionais,
possibilitando assim uma grande economia na obra. Os resultados são gerados através de um
processo que elimina toda uma série de erros humanos ou de equipamento e material (balança
descalibrada, materiais fora das especificações, entre outros) (TRABOULSI, 2004).
Além da utilização em solos, nos últimos anos o densímetro nuclear vem sendo
utilizado com grande freqüência em concreto compactado com rolo (CCR), para a construção
de UHE’s (Usinas Hidrelétricas), barragens e pavimentos rígidos. Neste contexto, a utilização
do equipamento passou a ser de grande importância para realizar o controle de qualidade
durante a construção, antes da pega inicial e para a pesquisa tecnológica, avaliando as
propriedades (massa unitária, água unitária e umidade) do CCR durante o lançamento
(TRABOULSI, 2004).
A utilização do densímetro nuclear é fundamental visando contemplar o sistema de
controle e garantia da qualidade compatível com a responsabilidade da estrutura, além de
utilizar claramente parâmetros identificados com os fenômenos a serem controlados e
fornecendo padrões para análise de segurança.
Segundo a NBR NM 4 (ABNT, 2000), existem dois métodos não destrutivos para a
determinação da densidade "in situ" de CCR, mediante o uso de densímetro nuclear:
Método A - por transmissão direta: O método de transmissão direta é "pseudo" não
destrutivo, já que a fonte de raios gama é introduzida no material através de um
pequeno furo, conforme a Figura 4.16.
Figura 4.16 : Método para determinação da densidade "in situ" através do densímetro nuclear
– Transmissão direta.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
97
Método B - por retrodispersão: O método de retrodispersão não é destrutivo e pode ser
realizado rapidamente. Neste caso, tanto a fonte de raios gama quanto seu detector
ficam na superfície do material, confome a Figura 4.17.
Figura 4.17 : Método para determinação da densidade "in situ" através do densímetro nuclear
– Retrodispersão.
Relativo à constituição deste equipamento, tem-se uma fonte radioativa de Césio (Cs
137), uma de Amerício (Am 241) e uma de Belírio (Be), sendo a medição realizada através da
emissão de raios gama, por essas fontes radioativas. Estes raios são contados por um detector
após terem atravessado o material que, dependendo da densidade, o número de raios que
chegam ao detector será maior ou menor. Na Figura 4.18 (a) e (b) está apresentado um
densímetro nuclear, marca TROXLER, Modelo 3440, de propriedade do Laboratório de
Concreto de FURNAS.
Figura 4.18 : (a) Densímetro nuclear; (b) detalhe do painel do densímetro.
Na Figura 4.19 (a) e (b) está ilustrada a aplicação do densímetro nuclear em maciços
experimentais executados em laboratório utilizando o Método A da NBR NM 4 (ABNT,
b
a
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
98
2000) - por transmissão direta.
Figura 4.19 : Ensaio com densímetro nuclear. (a) execução de furo no maciço; (b) medição
da massa específica.
4.4.2. Ensaios com Concreto Endurecido
Para os corpos-de-prova moldados e para os testemunhos extraídos dos maciços
experimentais foram realizados os seguintes ensaios para caracterizar o CCR:
Resistência à compressão axial – NBR 5739/1994
Massa específica - NBR 9778/2005
Resistência à tração simples – Dispositivo Leroy – Método desenvolvido em
FURNAS
Resistência à tração por compressão diametral - NBR 7222/1994
Módulo de elasticidade – NBR 8522/1984
Permeabilidade – NBR 10786/1989.
Cisalhamento direto – Procedimento FURNAS Nº 04.007.006.
4.4.2.1. Resistência à Compressão e Massa Específica
Os ensaios de resistência à compressão e massa específica foram conduzidos conforme
os métodos NBR 5739 (ABNT, 1994) e NBR 9778 (ABNT, 2005), utilizando corpos-de-
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
99
prova moldados e testemunhos extraídos dos maciços experimentais.
4.4.2.2. Resistência Tração Simples – Dispositivo Leroy
Segundo Marques Filho (2005), os ensaios de tração direta em concreto geram uma
série de incertezas quanto aos efeitos da dificuldade de manutenção da sua axialidade durante
a realização do ensaio e, devido à facilidade de se realizar o ensaio de resistência à tração por
compressão diametral, o ensaio de tração direta não teve boa aceitação.
Com o desenvolvimento da aplicação do CCR em grandes empreendimentos, surgiu a
necessidade de fazer investigações ainda mais refinadas. Devido a este fato, com as incertezas
quanto aos parâmetros mecânicos para caracterização das juntas começaram a surgir
pesquisas procurando desenvolver o ensaio de resistência à tração direta (CASTRO, et al.
1998; RIBEIRO et al., 1998; RIBEIRO, 1998; RIBEIRO et al., 2001).
Atualmente no Brasil existem dois procedimentos para a realização do ensaio e são
diferentes entre si pelos dispositivos para fixação e aplicação da carga. O primeiro método
utiliza o equipamento criado por Guilherme Leroy e foi desenvolvido e patenteado pelo
Laboratório de concreto de FURNAS, em Goiânia (CASTRO et al., 1998). O segundo foi
desenvolvido no LAME - Laboratório de Materiais e Estruturas do LACTEC – Instituto de
Pesquisa para o Desenvolvimento localizado na cidade de Curitiba, Paraná, onde duas placas
de aço com Rótulas acopladas são fixadas às extremidades do corpo-de-prova através do
emprego de resina epóxi (RIBEIRO et al., 1998).
Nesta pesquisa, os ensaios de tração direta executados foram realizados de acordo com
o modelo proposto por Leroy. O dispositivo de ensaio é um conjunto de dois elementos que,
providos de molas circulares, prendem firmemente o corpo-de-prova, propiciando assim que
seja tracionado. Cada elemento é composto basicamente de uma peça cilíndrica, com uma
tampa rosqueada, que é acoplada ao sistema de transmissão de carga de tração. A peça
cilíndrica tem em seu interior um trecho cônico, onde fica alojada uma mola cilíndrica não
contínua, ou seja, que se abre ou se fecha de acordo com o corpo-de-prova. A mola cilíndrica
consiste de um anel de aço temperado, de seção transversal triangular, isto é, na parte interna
é cilíndrica e na parte externa é cônica. Esta disposição provoca uma pressão de confinamento
do corpo-de-prova, tanto maior quanto for a carga de tração.
Nas Figuras 4.20 (a) e (b) e 4.21 (a) e (b) está ilustrado o dispositivo de tração, assim
como as fases de execução do ensaio.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
100
Figura 4.20 : Ensaio de tração direta. (a) conjunto de molas, tampas e tubo cônico;
(b) montagem na prensa.
Figura 4.21 : Ensaio de tração direta. (a) equipamento de Ensaio; (b) ruptura do corpo-de-
prova.
Ainda há dúvidas sobre os dois procedimentos utilizados no Brasil para a
determinação da resistência à tração direta, pois, os dispositivos de fixação podem provocar
pequenas distorções com relação a horizontal. Alguns pesquisadores vêm estudando novas
técnicas para a determinação da tração direta utilizando corpos-de-prova com dimensões de
15 cm x 30 cm para a simulação de uma junta, onde a fôrma é preenchida em duas etapas e,
segundo Ribeiro et al. (2002) e Olivares et al. (2003), os resultados obtidos são bastante
satisfatórios e confiáveis.
4.4.2.3. Resistência à Tração por Compressão Diametral
O ensaio de tração por compressão diametral é um método indireto de obtenção da
resistência à tração do concreto, ou seja, é aplicada uma tensão de compressão na geratriz do
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
101
cilindro, o qual é colocado apoiado em duas taliscas de madeira (contato com os pratos da
prensa). O corpo-de-prova fratura devido à tração desenvolvida em planos diametralmente
opostos. Este ensaio foi desenvolvido pelo Engº Lobo Carneiro e é conhecido mundialmente
como “Método Brasileiro” (FURNAS, 1997).
A concepção de uma estrutura de CCR traz consigo, durante a construção, uma série
de juntas que devem ser avaliadas no que tange à resistência das mesmas entre as camadas.
Com a confecção de maciços experimentais em laboratório, pode-se obter testemunhos
extraídos horizontalmente e paralelos ao plano das juntas, operação esta de difícil execução
em campo, permitindo assim, a possibilidade de se realizar o ensaio de tração por compressão
diametral.
Na Figura 4.22 está apresentado o processo de extração horizontal de um testemunho
entre camadas, ou seja, na junta.
Figura 4.22 : Extração de testemuhos horizontalmente entre camadas.
Os ensaios de resistência à tração por compressão diametral foram realizados
conforme o método NBR 7222/1994 da ABNT. Na Figura 4.23 (a) e (b) está apresentado um
ensaio de tração por compressão diametral em andamento.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
102
Figura 4.23 : Ensaio de tração por compressão diametral. (a) corpo-de prova apoiado sobre as
taliscas; (b) corpo-de-prova fraturado após a execução do ensaio.
4.4.2.4. Módulo de Elasticidade
Considerando-se que o concreto não seja verdadeiramente um material elástico, e o
gráfico tensão-deformação para incrementos contínuos de carga em geral tem a forma de uma
linha com uma suave curvatura, para fins práticos é considerado linear, dentro do campo das
tensões normalmente adotadas (FURNAS, 1997).
No CCR os consumos de cimento são relativamente baixos e conseqüentemente as
resistências obtidas também são baixas, principalmente se este for comparado com o concreto
convencional. Portanto deve-se realizar uma análise bem cuidadosa dos resultados obtidos no
ensaio do módulo de elasticidade, uma vez que nos testemunhos extraídos, pode-se esperar
uma dispersão em relação aos corpos-de-prova moldados. Este fato pode ser atribuído ao
próprio processo de obtenção dos testemunhos que provoca um traumatismo na sua estrutura
(MARQUES FILHO, 2005).
Os ensaios de módulo de elasticidade foram realizados de acordo com o método NBR
8522/84 da ABNT. Na Figura 4.24 (a) e (b) está ilustrada a realização de dois ensaios de
módulo de elasticidade, um utilizando extensômetro elétrico (externo) e o outro com
extensômetro mecânico.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
103
Figura 4.24 : (a) Módulo de elasticidade com extensômetro elétrico (externo); (b) módulo de
elasticidade com extensômetro mecânico.
4.4.2.5. Permeabilidade à Água do Concreto Endurecido
Permeabilidade é a propriedade que indica a facilidade que um fluido tem em
passar através da estrutura interna de um determinado corpo sobre pressão. No concreto, esta
propriedade é medida pelo volume de água que passa através de corpos-de-prova.
A permeabilidade, juntamente com a absorção, são parâmetros importantes devido
às suas relações com elementos agressivos que podem causar danos ao concreto.
Segundo Mehta e Monteiro (1994), a permeabilidade do concreto à água depende
principalmente da relação água / cimento, a qual determina o tamanho, volume e continuidade
dos espaços capilares, e da dimensão máxima do agregado que influencia as microfissuras na
zona de transição entre o agregado graúdo e a pasta de cimento.
O método utilizado pelo Laboratório de Concreto de FURNAS é o da determinação
do coeficiente de permeabilidade do concreto pelo método de percolação da água sob pressão.
De acordo com a NBR 10786/1989, o ensaio é realizado utilizando-se 03 (três) corpos-de-
prova cilíndricos, de relação altura / diâmetro igual a 1 (um). O equipamento é o mesmo
desenvolvido pelo U. S. Bureau of Reclamation, conforme pode ser observado na Figuras
4.25 e 4.26.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
104
Figura 4.25 : Equipamentos para determinção da permeabilidade
Figura 4.26 : Desenho esquematico do sistema de carga
O coeficiente de permeabilidade é calculado a partir da Lei de Darcy (escoamento
em meios porosos, em regime permanente), medindo-se a quantidade de água que atravessa o
corpo-de-prova de seção transversal A, durante um intervalo de tempo (t). A vazão Q
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
105
(cm
3
/hora) será obtida através da divisão do volume de água pelo tempo decorrido entre as
leituras. O coeficiente de permeabilidade será então calculado pela equação 4:
H
A
LQ
K
.
.
=
(Equação 4)
onde:
K = coeficiente de permeabilidade, em cm/s;
Q = vazão de entrada no painel de ensaio (fase linear), em cm
3
/s;
L = altura do corpo de prova, em cm;
A = Área da seção transversal do corpo de prova, em cm
2
;
H = pressão manométrica do ensaio, em cm.
4.4.2.6. Cisalhamento Direto
Levando-se em consideração que a envoltória de Mohr-Coulomb possa ser aplicada
adequadamente ao concreto, o ensaio de cisalhamento direto possibilita a sua determinação
para estado duplo de tensões, através da execução de ensaios para diferentes forças normais
(MARQUES FILHO, 2005). Na Figura 4.27 está apresentada a envoltória característica de
Mohr-Coulomb, cujo comportamento admitido quando em diagrama tensão normal × tensão
tangencial é linear, sendo obtido no ensaio pela determinação da resistência ao cisalhamento
sob três tensões normais distintas (HESS, 1999).
Figura 4.27 : Envoltória de Mohr-Coulomb (HESS, 1999).
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
106
Os ensaios foram realizados em prensa servo-controlada, com capacidade máxima de
50 t de carga normal e 100t de carga cisalhante. Para definição da envoltória de resistência
foram utilizados em cada ensaio no mínimo 03 (três) corpos-de-prova, aplicando-se tensões
normais entre 900 kPa e 2700 kPa.
Na Figura 4.28 é mostrado um desenho esquemático da execução do ensaio, utilizando
o equipamento do Laboratório de Concreto de FURNAS Centrais Elétricas S. A. existente em
Goiânia, onde foram executados todos os ensaios.
Figura 4.28 : Desenho esquemático do arranjo para ensaio de cisalhamento.
Na Figura 4.29 (a) e (b) está apresentada a prensa servo-controlada e a montagem do
ensaio de um corpo-de-prova confinado em argamassa não retrátil, mantendo-se apenas a
junta ou a região que será ensaiada exposta ao esforço cisalhante.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
107
Figura 4.29 : Ensaio de cisalhamento direto. (a) prensa servo-controlada; (b) corpo-de-prova
confinado.
O equipamento permite a obtenção de curvas do tipo tensão cisalhante × deslocamento
horizontal, deslocamento horizontal × deslocamento vertical e a envoltória de resistência
utilizando regressões lineares sobre os resultados obtidos. Na Figura 4.30 estão apresentadas,
a título de ilustração, as curvas supracitadas que o equipamento fornece durante a execução do
ensaio.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
108
Figura 4.30 : Curvas tensão cisalhante x deslocamento horizontal, deslocamento horizontal x
deslocamento vertical e a envoltória de resistência.
4.5. PROJETO DE EXPERIMENTOS
Os maciços experimentais desenvolvidos em laboratório representam uma pequena
fatia de uma estrutura de CCR e devem ter a capacidade de reproduzir as mesmas condições
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
109
de campo, permitindo, assim, utilizar as informações obtidas de forma confiável, tanto na fase
de projeto quanto na fase de construção da obra.
Para a definição da matriz experimental foram levadas em consideração as seguintes
variáveis controláveis: o tipo de tratamento da superfície antes do lançamento da próxima
camada, a utilização ou não de argamassa de ligação, o intervalo de tempo de lançamento
entre as camadas e a temperatura ambiente de exposição da superfície.
Na Tabela 4.5 estão apresentados as variáveis controláveis e os intervalos admitidos
durante o programa experimental.
Tabela 4.5 : Variáveis controláveis.
VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS PARÂMETROS ANALISADOS
Tipo de tratamento da superfície (*)
Limpeza com ar comprimido
Jato de alta pressão/apicoamento
Argamassa de ligação
com
sem
sem argamassa
0h
4h
8h
12h
Intervalo de
Lançamento
com argamassa
8h
12h
24h
48h
Temperatura ambiente de exposição
25
º
C
45
º
C
(*) Tratamentos simulados em Laboratório e com grande aproximação dos executados em campo
Alguns tratamentos realizados em juntas no campo são difíceis de serem reproduzidos
em Laboratório. Caso específico esse é o do tratamento da superfície da camada com jato de
alta pressão, o qual foi substituído, na pesquisa, por apicoamente utilizando escarificador de
agulhas pneumático, o mesmo utilizado para a preparação dos corpos-de-prova de
permeabilidade do concreto endurecido. Na Figura 4.31 (a) e (b) está ilustrada uma junta com
a metade apicoada e outra metade tratada com jato de ar comprimido (soprada).
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
110
Figura 4.31 : Preparação da superfície. (a) Apicoamento com escarificador pneumático;
(b) vista geral dos dois tratamentos da superfície do concreto.
Foram confeccionados 11 (onze) maciços experimentais ao todo. Cada maciço teve 04
(quatro) camadas executadas com a mesma dosagem, sendo que a primeira camada é de
regularização e com espessura 0,20 m e as outras três com espessura de 0,30 m, com as
condições de exposição e tratamento de junta apresentadas na Tabela 4.5. Na Figura 4.32 está
apresentada uma representação esquemática de um maciço experimental, utilizada para o
controle de execução.
Figura 4.32 : Desenho esquemático do maciço experimental.
4.5.1. Resumo dos Maciços Experimentais - Matriz Experimental
Durante a execução da pesquisa os maciços receberam uma identificação de acordo
com o seqüencial do laboratório, porém em todas as referências deste trabalho foi adotada a
nomenclatura de maciços do projeto de experimento proposto na Tabela 4.6 e as camadas
Interface dos dois
Tratamento:
Tratamento:
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
111
foram numeradas na seqüência de execução no maciço com algarismos romanos de I a IV.
Tabela 4.6 : Resumo dos Maciços Experimentais – Matriz Experimental.
Juntas entre Camadas
Maciço
I/II II/III III/IV
Proj. Lab. Δt (h) Argam. Tratam. T(ºC) Δt (h) Argam. Tratam. T(ºC) Δt (h) Argam. Tratam. T(ºC)
1 4 24 Com Ar comp. 25 0 Sem Ar comp.
25 0 Sem Ar comp.
25
2 7 115 Com Ar comp. 25 0 Sem
Ar comp.
25 04 Sem
Ar comp.
25
3 12 24 Com Ar comp. 25 08 Sem
Ar comp.
25 12 Sem
Ar comp.
25
4 8 24 Com Ar comp. 25 04 Sem
Ar comp.
45 08 Sem
Ar comp.
45
5 13 24 Com Ar comp. 25 12 Sem
Ar comp.
45 08 Com
Ar comp.
25
6 14 24 Com Ar comp. 25 12 Com Ar comp.
25 24 Com
Ar comp.
25
7e 15 04 Sem Apicoam. 25 08 Com Apicoam. 25 48 Com
Ar comp.
25
7d 15 04 Sem Apicoam.
25 08 Sem Apicoam.
25 48 Com
Apicoam. 25
8e 16 24 Com Apicoam.
25 08 Com Apicoam.
45 12 Com
Apicoam.
25
8d 16 24 Com Apicoam.
25 08 Sem Apicoam.
45 12 Sem
Apicoam.
25
9e 17 04 Sem
Apicoam.
45 48 Com Ar comp.
45 24 Com
Ar comp.
45
9d 17 04 Sem
Apicoam.
45 48 Com Apicoam. 45 24 Com Apicoam. 45
10e 18 08 Com Ar comp. 45 12 Com Ar comp.
45 0 Sem
Apicoam.
25
10d 18 08 Com Ar comp. 45 12 Com Apicoam. 45 0 Sem
Apicoam.
25
11 35 04 Sem Ar comp. 25 04 Sem Ar comp. 25 04 Sem Ar comp. 25
LEGENDA:
I, II, III, IV:
I/II, II/III, III/IV:
Δt:
T:
e:
d:
Proj.
Lab.
Nomenclatura das camadas de concretagem na seqüência de execução.
Nomenclatura das Juntas entre camadas.
Intervalo de lançamento entre camadas.
Temperatura de exposição da junta
Lado esquerdo da camada.
Lado direito da camada.
Número de identificação do maciço adotado no projeto de pesquisa
Número de identificação do maciço adotado no laboratório
4.5.2. Ensaios nos Maciços Experimentais
De acordo com o proposto na matriz experimental, são realizados ensaios de
caracterização do CCR fresco e endurecido de todas as camadas lançadas em todos os
maciços. Este procedimento permite o treinamento e aperfeiçoamento da mão-de-obra,
calibração dos equipamentos utilizados e cria um banco de dados de todos os processos
estudados em laboratório e que poderão ser correlacionados com os resultados obtidos em
campo (MARQUES FILHO, 2005).
Ao longo de todas as camadas executadas nos maciços experimentais, foram
realizados os seguintes ensaios para a determinação das propriedades do concreto fresco.
trabalhabilidade (tempo de vibração) através do consistômetro VeBê (Cannon Time);
massa unitária do CCR compactado através do aparelho de VeBê;
massa unitária do CCR solta através do aparelho de VeBê;
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
112
massa unitária e teor de água unitária através do Dispositivo para Determinação da
Massa unitária e Água Unitária (aparelho de DMA);
determinação da umidade do CCR integral e peneirado (peneira # 4,8 mm);
permeabilidade do concreto fresco utilizando permeâmetro de carga variável;
densidade –determinada através da utilização de um Densímetro Nuclear.
Na Tabela 4.7 está apresentado o quantitativo de ensaios realizados com o CCR no
estado fresco, referente aos ensaios acima relacionados.
Tabela 4.7 : Quantidade de ensaios realizados com o CCR fresco
Maciço Ensaios Realizados com Concreto Fresco
Massa Específica Umidade
Proj. Lab.
Cannon
Time
Compactada
VeBê
Solta
VeBê
Densímetro
Nuclear
DMA Integral Peneirado
Permea-
bilidade
1 4
04 04 04 12 04 03 03 04
2 7
04 04 04 12 03 03 03 04
3 12
04 04 04 12 04 01 01 04
4 8
04 04 04 12 04 --- --- 04
5 13
04 04 04 12 04 --- --- 04
6 14
04 04 04 11 04 04 04 04
7 15
06 06 06 14 06 04 04 06
8 16
06 06 06 16 06 06 05 ---
9 17
06 06 06 18 06 04 04 04
10 18
06 06 06 16 06 05 05 05
11 35
04 04 04 12 03 03 02 ---
Total
52 52 52 147 50 33 31 39
Total de ensaios realizados com o CCR Fresco
456
Simultaneamente ao lançamento do CCR em todos os maciços experimentais, foram
moldados corpos-de-prova para a realização dos seguintes ensaios:
9 resistência à compressão axial – 07, 28, 90, 120, 180 e 365 dias;
9 resistência à tração simples - 07, 28, 90, 120, 180 e 365 dias;
9 resistência à tração por compressão diametral - 07, 28, 90, 120, 180 e 365 dias;
9 módulo de elasticidade - 07, 28, 90, 120, 180 e 365 dias;
9 cisalhamento direto - 28, 90, 120, 180 e 365 dias;
9 permeabilidade;
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
113
Após um período mínimo de 90 dias, os maciços são submetidos à extração de
testemunhos no sentido horizontal e vertical, pois, o CCR já adquiriu resistência suficiente
para suportar o desgaste da sondagem rotativa. Logo em seguida, estes testemunhos são
cortados e retificados para a obtenção de corpos-de-prova para a realização dos seguintes
ensaios:
9 Resistência à compressão axial (extraídos na vertical e na horizontal) – 120 e
180 dias;
9 Resistência à tração simples (extraídos na vertical, na junta e fora da mesma) - 120
e 180 dias;
9 Resistência à tração por compressão diametral (extraídos na horizontal na junta) -
120 e 180 dias;
9 Módulo de elasticidade - 120 e 180 dias;
9 Cisalhamento direto - 120 e 180 dias;
9 Permeabilidade (extraídos na vertical e horizontal na junta).
Para os ensaios com o concreto endurecido, nas Tabelas 4.8 e 4.9 estão apresentados
os quantitativos dos ensaios realizados com os corpos-de-prova moldados e com os
testemunhos extraídos dos maciços de CCR, respectivamente.
Tabela 4.8 : Quantidade de ensaios realizados com o CCR endurecido – corpos-de-prova
moldados
Maciço Ensaios Realizados com Concreto Endurecido - Corpos-de-Prova Moldados
Proj. Lab. Compressão
Massa
Específica
Módulo de
Elasticidade
Tração
Simples
Compressão
Diametral
Cisalhamento
1 4
14 03 --- 03 --- ---
2 7
17 10 04 08 05 18
3 12
19 15 04 13 05 15
4 8
17 13 05 08 05 12
5 13
19 15 04 14 05 21
6 14
19 15 04 14 05 24
7 15
03 03 --- 15 --- 42
8 16
02 02 --- 15 --- 45
9 17
02 02 --- 13 --- 45
10 18
03 03 --- 12 --- 24
11 35
--- --- --- --- --- ---
Total
115 81 21 115 25 246
Total Geral de cp´s do estudo
603
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
114
Tabela 4.9 : Quantidade de ensaios realizados com o CCR endurecido – testemunhos
extraídos
Maciço Ensaios Realizados com Concreto Endurecido - Testemunhos Extraídos
Proj. Lab. Compressão
Massa
Específica
Módulo de
Elasticidade
Tração
Simples
Compressão
Diametral
Cisalhamento Permeabilidade
1 4
18 17 18 18 12 09 18
2 7
17 17 17 25 14 15 09
3 12
24 24 23 32 17 12 06
4 8
09 09 08 33 15 17 09
5 13
13 07 13 19 14 12 06
6 14
15 14 15 30 18 12 06
7 15
05 05 05 17 23 27 10
8 16
01 03 01 08 11 30 12
9 17
03 03 03 17 24 36 12
10 18
04 04 04 28 24 33 12
11 35
35 35 35 36 --- 47 ---
Total
144 138 142 263 172 250 100
Total Geral de testemunhos do estudo
1209
4.6. CONFECÇÃO DE MACIÇOS EXPERIMENTAIS DE CCR EM
LABORATÓRIO
4.6.1. Equipamento para Compactação de CCR em Laboratório (Rolo
Compactador)
O concreto compactado com rolo, por ser um concreto de baixa consistência e
adensado por meio de vibração externa utilizando rolo vibratório, tem sua moldagem em
laboratório dificultada, pois para sua consolidação efetiva, o CCR deve ser seco o suficiente
para suportar o peso do rolo compactador e permitir fácil adensamento sob sua ação,
apresentando no final, depois de endurecido, as características comumente obtidas no
concreto massa convencional.
O laboratório de CCR de FURNAS abriga uma série de equipamentos, dentre os quais,
está instalado um que permite variar todas as grandezas envolvidas com a execução de um
pequeno maciço experimental, simulando a ação dos vários rolos comerciais existentes.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
115
Este equipamento foi desenvolvido numa parceria entre FURNAS E EMIC baseado no
modelo instalado no CRIEPI – Centro de Pesquisas da Indústria de Energia Elétrica -
localizado no Japão (MARQUES FILHO, 2005).
Durante o 52
th
Executive Meeting of the ICOLD, realizado no Japão em 1984, o
engenheiro Walton Pacelli de Andrade, em visita realizada ao CRIEPI, obteve algumas fotos
do equipamento. Posteriormente, em 1986, foram realizados alguns contatos através de cartas
ao CRIEPI, com o objetivo de aquisição de um equipamento similar, e descobriu-se que o
mesmo foi fabricado por encomenda exclusivamente para esta entidade, através de um projeto
por ela desenvolvido.
No final dos anos 80, iniciou-se uma busca por uma empresa capacitada para
desenvolver o projeto do equipamento a partir das fotos tiradas pelo engenheiro Walton
Pacelli de Andrade. Um anteprojeto foi realizado pelas empresas ENGECON de Poços de
Caldas e VIBREX de Itajubá.
No início dos anos 90, foi firmada a parceria entre FURNAS e EMIC, e em 1997 foi
instalado no laboratório de CCR o segundo equipamento para confecção de maciços
experimentais no mundo, o qual foi batizado com o nome do Engenheiro Antonio Rodrigues
Gallego, diretor da EMIC – Equipamentos e Sistemas de Ensaio Ltda.
Atualmente não se tem registro de nenhum equipamento similar em funcionamento,
sendo que o do CRIEPI encontra-se desativado.
O controle do equipamento é totalmente digital e integrado em uma única CPU PC
compatível, com o sistema tendo uma taxa de atualização de 2000 vezes por segundo. O
sistema digital pode receber programações separadas de posicionamento e aplicação de
carregamento. No controle por carga, o sistema impõe uma condição de força estática e
dinâmica pré-definida, ficando a cargo do sistema as correções necessárias para a manutenção
dessas condições, ou seja, variação da posição e amplitude de curso do atuador em função da
maior ou menor rigidez da região que está sendo trabalhada e das irregularidades da
superfície.
Para a confecção de um maciço experimental em laboratório são necessários
aproximadamente 4 m³ de CCR. Devido ao grande volume, o laboratório também está
equipado com uma pequena central de britagem, uma betoneira com capacidade efetiva de 1,5
m³, duas pontes rolantes para o manuseio e transporte de estruturas e peças de até 20
toneladas, e uma câmara úmida com abertura do teto para permitir a estocagem dos maciços,
que possuem dimensões de 3,0 m de comprimento, 1,2 m de altura e 0,9 m de largura. Possui,
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
116
ainda, uma área industrial para armazenamento de materiais, extração e corte de testemunhos
com serra com disco diamantado ou com fio diamantado.
4.6.1.1. Descrição do Equipamento
O equipamento é composto de um sistema de trilhos sobre o qual se movimenta a
estrutura do pórtico de sustentação do rolo compactador. Em uma área central aos trilhos
existe um poço, na qual, se encaixa um molde. O molde fica totalmente abaixo da linha do
piso e possui dimensões de 900 mm de largura, 1200 mm de altura e com comprimento
máximo de 3000 mm (ANDRADE et al., 2003). Na Figura 4.33 está apresentado o
equipamento que é composto basicamente por três sistemas, um de movimentação horizontal,
um de movimentação vertical e um de aplicação de carga que estão descritos a seguir.
Figura 4.33 : Vista geral do equipamento para compactação de CCR.
a) Sistema de movimentação horizontal
A movimentação horizontal do rolo é efetuada através de um sistema de correntes e
rodas dentadas, acionadas por um servomotor elétrico acoplado a um redutor. O sistema de
correntes foi projetado de forma a não somente imprimir o movimento básico de ida e volta,
como também fazer com que o rolo gire de forma sincronizada com este movimento de
translação, evitando que haja escorregamento entre o rolo e o concreto. Esta é a condição
que melhor simula a atuação de um rolo compactador comercial. A utilização de um
servomotor permite o controle da velocidade em ambos os sentidos, na faixa de 0 km/h à 0,5
km/h, podendo variar de forma contínua.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
117
b) Sistema de movimentação vertical
O sistema de movimentação vertical destina-se a ajustar o conjunto rolo com atuador
hidráulico à melhor altura para a execução das várias camadas. Esta movimentação é possível
com a utilização de um servomotor com redutor de velocidade. Com um curso útil de 1400
mm, permite a execução de corpos-de-prova de até 1200 mm de altura.
c) Sistema de aplicação de carga
O elemento responsável pela aplicação de carga é um atuador hidráulico de alta
performance, com capacidade para 15 tf, que, em conjunto com a servoválvula diretamente
montada sobre ele, permitindo a aplicação de cargas estáticas e dinâmicas de até 70 Hz. O
atuador hidráulico é também responsável por uma parcela da movimentação vertical do rolo
no sentido de fazê-lo acompanhar as irregularidades da superfície do concreto ao longo do
comprimento do corpo-de-prova. Por esta razão foi utilizado um atuador com curso de 200
mm, que permite absorção de irregularidades na superfície do concreto de até 200 mm.
4.6.1.2. Regularização da superfície da camada
Dada a largura de o rolo ser de 650 mm, ou seja, menor que a largura dos moldes, isto
implica que apenas a região central equivalente à largura do rolo poderá ser considerada como
útil, ou compactada com o rolo, sendo os bordos compactados com compactador manual ou
vibro soquete pneumático (perereca), conforme apresentado nas Figuras 4.34 (a) e (b) e 4.35
(a) e (b).
Figura 4.34 : Confecção de um maciço. (a) Compactação das extremidades; (b) medição da
altura camada após compactação das extremidades.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
118
Figura 4.35 : Confecção de um maciço. (a) Detalhe da lateral durante a compactação; (b) rolo
compactador em operação.
Da mesma maneira, no sentido longitudinal, não são compactados com o rolo os
trechos inicial e final correspondentes ao raio do rolo de 450 mm. Este trecho pode ser
utilizado para testes com concretos de face, simulando o concreto convencional de face ou
CCR de paramento de montante (enriquecido com material cimentício ou com pasta de
cimento).
As irregularidades apresentadas na camada após o término de aplicação da carga são
eliminadas com o auxílio de uma vibro-acabadora elétrica de placa manual, conforme
apresentado na Figura 4.36.
Figura 4.36 : Regularização da superfície da camada com vibro-acabadora.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
119
4.6.2. Dispositivo de Cura (Climatizador)
Com o objetivo de simular as diversas condições de exposição de camada, variar a
temperatura e manter a umidade ideal de cura do concreto foi desenvolvido no Laboratório de
Concreto de FURNAS, pelo técnico Guilherme Leroy, um dispositivo que permite o controle
de umidade e de temperatura na camada de ar superior do molde.
Tal dispositivo é fabricado em estrutura composta em perfilado de madeira, onde
estão acoplados um nebulizador e um equipamento para condicionamento de ar com
resfriamento e aquecimento com regulador termoestático.
Nas Figuras 4.37 (a) e (b) e 4.38 está apresentada uma vista geral do equipamento para
controle ambiental da superfície da camada e o detalhe do seu interior com os acessórios de
climatização embutidos e o equipamento instalado na fôrma.
Figura 4.37 : Dispositivo de cura. (a) vista Geral; (b) acessórios acoplados.
Figura 4.38 : Dispositivo de cura instalado na fôrma.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
120
4.6.3. Seqüência de Execução dos Maciços Experimentais
O CCR é produzido em betoneira estacionária com capacidade para 1,5 m³. A
homogeneização do concreto é feita com mini pá-carregadeira e lançado na fôrma metálica de
uma altura não superior a 1,00 m.
O espalhamento é executado manualmente e as extremidades são compactadas com
vibro soquete pneumático em duas subcamadas de 15 cm (para as camadas com 30cm de
espessura). Após o espalhamento do concreto, é medida a altura da camada antes da
compactação em três pontos: no terço inicial, no meio e no terço final.
Nas Figuras 4.39 (a) e (b) e 4.40 (a) e (b) estão apresentados os procedimentos de
abastecimento da betoneira de 1,5 m³ com o auxílio da mini pá-carregadeira e logo em
seguida a descarga e homogeneização do CCR após mistura.
Figura 4.39 : Sala de dosagem. (a) pesagem dos materiais para execução do CCR; (b)
Abastecimento da betoneira de 1,5 m³.
Figura 4.40 : Sala de dosagem. (a) descarga do CCR; (b) homogeneização do CCR pós-
mistura.
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
121
Nas Figuras 4.41 (a) e (b) e 4.42 (a) e (b) estão apresentados o lançamento e
espalhamento do CCR na fôrma, a compactação das extremidades com vibro soquete
pneumático e o rolo vibratório em operação.
Figura 4.41 : Confecção do maciço. (a) lançamento e espalhamento do CCR;
(b) compactação das extremidades do CCR.
Figura 4.42 : Confecção do maciço. (a) medição da altura da camada após a compactação das
extremidades; (b) vista Geral do equipamento em operação.
Na Figura 4.43 (a) e (b) estão ilustrados os procedimentos de medição da massa
específica do CCR com o auxílio do Densímetro Nuclear.
a
b
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
122
Figura 4.43 : Ensaio com Densímetro Nuclear. (a) execução do furo no maciço;
(b) determinação da massa específica do CCR.
No intervalo entre uma camada e outra, as juntas são submetidas às condições de
temperatura e umidade já estabelecidas no projeto de experimentos e com o auxílio do
dispositivo de cura, conforme já mostrado no item 4.6.2, e imediatamente antes do
lançamento da camada seguinte é executado o tratamento da superfície com jato de ar
comprimido ou apicoamento e com ou sem utilização de argamassa de ligação.
Após 7 dias do lançamento da última camada, as condições de estocagem dos maciços
após a desforma são em câmara úmida, com umidade relativa do ar acima de 96% e
temperatura ambiente de 23ºC ± 2ºC, por um período mínimo de 30 dias. O transporte dos
maciços até a câmara úmida é realizado com o auxílio de duas pontes rolantes com
capacidade de 10 toneladas cada uma.
Nas Figuras 4.44 (a) e (b) a 4.46 (a) e (b) estão mostrados as tarefas de transporte,
estocagem em câmara úmida, desforma e o aspecto final de um maciço experimental de CCR
produzido em laboratório.
Figura 4.44 : Armazenamento do maciço. (a) transporte do maciço de CCR; (b) maciço de
CCR na Câmara úmida.
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
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123
Figura 4.45 : Desforma do maciço. (a) desforma lateral do maciço; (b) continuação da
desforma do maciço de CCR.
Figura 4.46 : Desforma do maciço. (a) vista lateral do maciço; (b) vista geral do maciço após
desforma.
Após 90 dias de idade, é realizada uma campanha de extração de testemunhos dos
maciços nos sentidos horizontal e vertical para a caracterização das propriedades do CCR. A
extração dos testemunhos, o corte com fio diamantado para descarte dos maciços e o aspecto
do CCR após corte do maciço estão ilustrados nas Figuras 4.47 (a) e (b) e 4.48 (a) e (b).
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
124
Figura 4.47 : Extração de testemunhos. (a) vista geral da extração de testemunhos;
(b) retirada do testemunho extraído.
Figura 4.48 : Corte com fio diamantado. (a) corte com fio diamantado do maciço; (b) vista da
seção transversal do maciço após corte com fio diamantado.
4.6.4. Extração de Testemunhos
Normalmente, o controle de qualidade de obras em construção é realizado através de
um processo de caracterização dos materiais e do concreto aplicado. Quando surgem dúvidas
sobre a qualidade do concreto de obras já existentes, sugere-se que se faça uma campanha de
extração de testemunhos para avaliar o seu desempenho na estrutura, pois trata-se de uma
técnica já consagrada e de grande confiabilidade no meio técnico. Em grandes
empreendimentos a extração de testemunhos, aliada ao controle de qualidade, é de suma
importância para garantir e certificar o sistema de garantia da qualidade.
O surgimento do CCR intensificou ainda mais a necessidade de se realizar controles
de qualidade utilizando testemunhos extraídos da estrutura, pois há a necessidade de verificar
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
125
os resultados de campo simulados em ensaios com corpos-de-prova moldados, além de testar
o material com as características que lhe são conferidas durante todo processo construtivo
(MARQUES FILHO, 2005).
Segundo recomendações da ASTM C 42/C43M (2004), a relação entre o diâmetro dos
testemunhos e a Dimensão Máxima Característica dos Agregados deve ser, preferencialmente,
superior ou igual a 3 (três). A altura dos testemunhos também é muito importante, pois de
acordo com as pesquisas realizadas por BARLETT e MACGREGOR (1994), a relação altura
/ diâmetro deve ser superior a 1,5. Diversas normas nacionais e internacionais recomendam
correções para os resultados de ensaio à compressão para relações altura / diâmetro inferiores
a 2,0 (ASTM C42, 2004; BS 1881, 1983; BS 1880, 1988; NBR 6118, 2003).
Muitas vezes existem limitações no campo que impossibilitam a realização de uma
campanha de extração de testemunhos e os maciços experimentais confeccionados em
laboratório tornam essa tarefa mais simples, devido à facilidade de manuseio e transporte das
mesmas. Deve-se levar em consideração o tamanho e a forma dos testemunhos (AHMED,
1999; MARQUES FILHO et al., 1999).
De acordo com as pesquisas realizadas por Ahmed (1999), onde foram realizados
vários ensaios com testemunhos extraídos de um concreto convencional com agregado de
Dimensão Máxima Característica de 19 mm, os resultados com os testemunhos de 75 mm
foram até 30 % inferiores aos obtidos com os de 100 mm
Não se pode esquecer que o CCR com alto teor de finos possui um consumo de
aglomerante relativamente baixo, se comparado aos concretos convencionais usados em
estruturas de edificações e normalmente são utilizados cimentos pozolânicos em combinação
de uma adição mineral, onde o ganho de resistência se dá em idades mais avançadas. Durante
o processo de extração são aplicadas tensões laterais nas partículas dos agregados em função
do atrito ao longo da superfície de corte que são transmitidas à zona transição, que representa
o ponto de menor resistência mecânica. Devido a este fato pode-se considerar que a perda de
resistência seria acentuada em testemunhos de menor diâmetro (MARQUES FILHO, 2005).
Levando-se em consideração a perda de resistência devido às dimensões do
testemunho, aliada a um possível alívio das tensões de confinamento no testemunho, e as
diferenças de cura entre o campo e o laboratório, admite-se que o coeficiente de variação
obtido em programa de ensaios em testemunhos deva ser maior que programas equivalentes
em corpos-de-prova moldados (MARQUES FILHO, 2005).
Pesquisas realizadas com concreto convencional por PORTLAND CEMENT
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
126
ASSOCIATION (1987) e AHMED (1999) apresentaram uma queda entre 10% e 25% da
resistência à compressão nos ensaios realizados em testemunhos em relação a corpos-de-
prova moldados.
De acordo com Marques Filho (2005), para iniciar o processo de extração de
testemunhos, o CCR deve ter idade mínima de 90 dias, uma vez que o teor de aglomerante é
relativamente baixo e nas primeiras idades, durante a sondagem, o concreto é facilmente
lavado, provocando a separação do agregado da pasta e a destruição da superfície lateral.
Existem ainda as rupturas que ocorrem ao longo do testemunho devido aos esforços de tração
e torção provocados pelo peso do próprio do testemunho e pela alta rotação do equipamento
de extração.
Uma vez que os maciços atingem a idade de 90 dias, os testemunhos são extraídos
conforme um plano de extração previamente estudado e procura-se maximizar a quantidade
de testemunhos sem que um furo interfira nos demais. Nas Figuras 4.49 e 4.50 estão
apresentados os planos de extração elaborados para esta pesquisa e na Figura 4.51 (a) e (b) o
aspecto dos maciços devidamente marcados conforme os planos de extração.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
127
Figura 4.49 : Plano de extração dos maciços experimentais números de 01 a 06.
Argamassa de ligação ( 1:5 )
300.0
200.0
18.0
64.0
7.5 7.515.015.0 15.0
300.0
200.0
PLANTA
PROGRAMA 1017
PISTA EXPERIMENTAL 7
ESTUDO DE ADERÂNCIA ENTRE CAMADAS DE CCR - PESQUISA
32.0
116.0
17.0 1.0 32.0 32.0 2.0
10.0
50.0
REGULARIZAÇÃO DO TOPO
32.0
116.0
VISTA D-D
17.0 1.0 32.0
CAMADA I
CAMADA II
25.525.5
50.0
CORTE B-B
10.0
32.0
CAMADA III
CAMADA IV
2.0
INÍCIO
18.018.0 18.018.0 18.0
CORTE A-A
18.0 18.0
90.0
60.0
CAMADA II
CAMADA I
15.0
CAMADA III
DO TOPO
REGULARIZAÇÃO
CAMADA IV
50.0
60.0
90.0
32.0
116.0
32.017.0
15.0
1.0 32.0
15.0
INÍCIO
2.0
15.0
INÍCIO
25.5
18.018.010.0 18.0 18.0 18.018.0 18.0
15.0
NOTAS:
- Dimensões cotadas em centímetro.
- Diâmetro dos furos: 15,0 cm.
32.0
116.0
10.018.0 18.0
17.0 1.0
32.0
50.0
32.0 2.0
FIM
CORTE C-C
REGULARIZAÇÃO
DO TOPO
CAMADA IV
CAMADA III
CAMADA II
CAMADA I
50.0
FIM
32.0
60.0
90.0
32.0
17.0
15.0
1.0 32.0
15.0
2.0
FIM
50.050.0
Argamassa de
ligação ( 1:5 )
Argamassa de
ligação ( 1:5 )
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29 31 33
30 32 34
36
35
35
37
38
39
37
38
39
36
3536
37
38
39
Intervalo de
lançamento: 0 h
Intervalo de
lançamento:
4 h ( soprando )
10.525.525.554.5
15.0 25.5 49.5
4
5
.
0
°
4
5
.
0
°
Argamassa de ligação ( 1 : 5 )
116.0
10.554.5
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
128
Figura 4.50 : Plano de extração dos maciços experimentais números de 07 a 10.
300.0
200.0
7.5 7.515.015.0 15.0
300.0
200.0
PLANTA
PROGRAMA 1017/1459
PISTA EXPERIMENTAL 15
ESTUDO DE ADERÊNCIA ENTRE CAMADAS DE CCR - PESQUISA
11.0
50.0
30.0
110.0
20.0 30.0 30.0
FIM
CORTE A-A
50.0
60.0
90.0
15.0 15.0
FIM
11.0
NOTAS:
- Dimensões cotadas em centímetro.
- Diâmetro dos furos: 15,0 cm.
50.0
INÍCIO
CORTE B-B
CAMADA IV
CAMADA III
CAMADA II
CAMADA I
50.0
INÍCIO
30.0
60.0
90.0
30.020.0
15.0
30.0
15.0
50.0
ISOMÉTRICO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
31 34
32
35
Intervalo de
lançamento:
48 h - jato
( Temperatura 25° ) com
argamassa de ligação 1:5
Regularização de Topo
Regularização de Topo
110.0
CAMADA II
CAMADA I
CAMADA III
CAMADA IV
Intervalo de
lançamento:
8 h - jato
( Temperatura 25° ) sem
argamassa de ligação
33
36
18.5 18.0 18.0 25.0 18.0 18.0 18.5 22.0 11.0 50.022.0
Intervalo de
lançamento:
48 h - soprando
( Temperatura 25° ) com
argamassa de ligação 1:5
Intervalo de
lançamento:
8 h - jato
( Temperatura 25° ) com
argamassa de ligação
Intervalo de
lançamento:
4 h - jato
( Temperatura 25° ) sem
argamassa de ligação
Intervalo de
lançamento:
4 h - jato
( Temperatura 25° ) sem
argamassa de ligação
25 28
26
29
27
30
22.0 18.5 18.0 18.0 25.0 18.0 18.0 18.5 22.0 11.0 50.0
Intervalo de
lançamento:
4 h - jato
( Temperatura 25° ) sem
argamassa de ligação
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
129
Figura 4.51 : Maciço experimental. (a) vista superior do maciço; (b) vista lateral do maciço.
Após a extração, os testemunhos foram cortados, retificados seus topos e preparados para
que atendessem as exigências preconizadas de norma, para a realização dos ensaios de
caracterização física.
Para as campanhas de extração de testemunhos foram utilizadas duas sondas diferentes.
Nos primeiros 6 (seis) maciços experimentais executados nesta pesquisa, foi utilizada perfuratriz
elétrica com avanço manual Mach 920; e nos demais foi utilizada Perfuratriz Hilti DD 250, que
possui motor de alto desempenho com quatro velocidades variando entre 275 e 1800 rotações
por minuto, e potência nominal de 2400 W. Os dois equipamentos utilizaram coroa diamantada
de 6” (150 mm) acoplada a um barrilete de 1,2 m de comprimento. Na Figura 4.52 (a) e (b)
estão apresentadas as sondas Mach 920 e a Hilti DD 250.
Figura 4.52 : Sondas de extração de testemunhos. (a) sonda Mach 920 em operação;
(b) detalhe da sonda Hilti DD 250.
Nas Figuras 4.53 a 4.56 está apresentada uma seqüência de procedimentos de extração de
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
130
testemunhos na vertical e na horizontal, corte de testemunhos cilíndricos com serra circular,
corte do maciço com o auxílio de fio diamantado, preparação e reparo dos topos dos
testemunhos com argamassa danificados durante o processo de extração e corte.
Figura 4.53 : Extração de testemunhos. (a) extração vertical; (b) detalhe da retirada do
testemunho.
Figura 4.54 : Extração horizontal.
a
b
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
131
Figura 4.55 : Corte do testemunho. (a) corte em serra circular; (b) Corte do maciço com fio
diamantado.
Figura 4.56 : Preparação dos testemunhos. (a) reparo e acabamento nos topos;
(b) testemunhos após o acabamento com argamassa.
a
b
a
b
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
132
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste Capítulo estão apresentados e discutidos os resultados dos ensaios realizados no
programa experimental.
Inicialmente são discutidos os resultados dos ensaios de caracterização do concreto
fresco no intuito de mostrar a uniformidade e o controle de qualidade do CCR produzido.
Em seguida são apresentados os resultados dos ensaios de caracterização realizados com
concreto endurecido (resistência à compressão, resistência à tração por compressão diametral,
resistência à tração simples, módulo de elasticidade, resistência ao cisalhamento direto e
permeabilidade à água), utilizando corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos das
camadas dos maciços experimentais.
E finalmente são apresentados os resultados dos ensaios do concreto endurecido
realizados em corpos-de-prova moldados com junta (executados em duas etapas simulando as
juntas dos maciços) e testemunhos extraídos na junta entre camadas de CCR do maciço
experimental, sendo apresentadas as respectivas análises estatísticas, realizadas com o intuito de
dar sustentação matemática às interpretações expostas.
5.1. PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Para garantir o controle de qualidade e a uniformidade do CCR produzido para a
confecção dos maciços experimentais, foram realizados ensaios em concreto fresco (Cannon
Time, Massa Específica – VeBê, Massa Específica – DMA, Massa Específica – Densímetro
Nuclear, Massa Específica – Estado Solto, Grau de Compactação, Umidade do CCR – Integral e
Peneirado e Permeabilidade do CCR Fresco) em todas as camadas lançadas. Os resultados dos
ensaios com concreto fresco encontram-se no Anexo A (CD-ROM).
Na Tabela 5.1 estão apresentados os valores médios, desvios padrões e coeficientes de
variação dos ensaios realizados em concreto fresco.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
133
Tabela 5.1 : Propriedades do concreto fresco
Propriedade Média Desvio Padrão
Coeficiente de
Variação (%)
Número de
Ensaios
Cannon Time (s) 20 3 13,70 52
Massa Específica – VeBê (kg/m³) 2523 16 0,62 52
Massa Específica – DMA (kg/m³) 2559 22 0,86 50
Massa Específica – Densímetro (kg/m³) 2531 24 0,97 147
Massa Específica – Solto (kg/m³) 1694 67 3,96 52
Grau de Compactação (%) 98,9 0,5 0,50 52
Umidade do CCR integral (%) 7,1 0,55 7,73 33
Umidade do CCR peneirado (%) 8,76 0,74 8,48 31
Permeabilidade do CCR fresco (m/s)x10
-8
3,238 0,88 27,21 39
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 5.1, nota-se que o CCR utilizado
para a confecção dos maciços experimentais apresentou uma boa homogeneidade para cada
propriedade do concreto fresco determinada, garantindo, assim, o bom controle de qualidade no
processo de produção.
Apenas o ensaio de permeabilidade do CCR fresco teve um coeficiente de variação
relativamente alto (27,21%), pois os valores mínimos e máximos obtidos para esta propriedade
foram de 1,81x10
-8
(m/s) e 6,85x10
-8
(m/s), este fato pode ser atribuído a alta sensibilidade do
ensaio. Porém, destaca-se que ambos estão na oitava casa decimal (x10
-8
), assim, a análises desta
propriedade deve ser feita levando-se em consideração o ponto de vista técnico, pois a
determinação do coeficiente de permeabilidade do CCR fresco possibilita a realização de uma
análise expedita do proporcionamento da mistura, fornecendo subsídios para os estudos de
dosagem e controle de campo. Nascimento et al. (1996) e Botassi et al. (s.d.) determinaram
coeficientes de permeabilidade do CCR fresco em amostras de concreto integral e de argamassa
(concreto peneirado passante na # 4,8 mm) da mesma dosagem, e obtiveram resultados muito
semelhantes aos obtidos neste trabalho, ou seja, resultados também na oitava casa decimal
(x10
-8
).
O grau de compactação (relação entre a massa específica teórica e a massa específica
obtida) é outra técnica utilizada para controlar a densidade em campo. Utilizando agregado
granítico, Graça et al. (2004) investigaram a influência do grau de compactação utilizando CCR
com alto teor de finos, onde verificaram a sua importância para melhorar o desempenho do CCR
nas propriedades mecânicas, mostrando uma tendência de convergir para graus de compactação
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
134
crescentes, inclusive nos resultados em testemunhos.
A massa específica foi determinada através de três metodologias diferentes - VeBê,
DMA e Densímetro nuclear – todos os três processos apresentaram resultados satisfatórios com
coeficientes de variação baixos, cujos valores levam à obtenção de graus de compactação
superiores a 98 %, limite este estabelecido para o CCR utilizado neste trabalho.
5.2. PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO
São apresentados e discutidos neste item os resultados de resistência à compressão, massa
específica, resistência à tração simples, resistência à tração por compressão diametral, módulo de
elasticidade, permeabilidade e cisalhamento direto, considerados como propriedades de
caracterização do CCR.
Conforme descrito anteriormente, juntamente com a execução dos maciços experimentais
em laboratório foi efetuado o controle de qualidade do concreto, através da moldagem de corpos-
de-prova cilíndricos de 15 cm de diâmetro por 30 cm de altura, para as idades de 7dias, 28dias,
90dias, 120dias, 180dias, 365dias, que permitem uma comparação com os resultados obtidos
com os testemunhos extraídos dos maciços confeccionados em laboratório.
No decorrer do processo de obtenção de testemunhos para caracterizar o CCR, tanto na
camada quanto na junta, notou-se que a idade mínima de espera para extração é de 90 dias. Este
fato é devido ao baixo consumo de cimento no CCR (90 kg/m³) e ao cimento pozolânico (CP IV-
32) utilizado para a confecção dos maciços, o qual tem um ganho de resistência significativo a
partir de 90 dias de idade, que lhe permite suportar o desgaste provocado pelo equipamento de
extração sem haver desagregação ou lavagem do concreto extraído. Portanto, foram adotadas as
idades de controle de 120dias, 180dias e 365dias. Este tipo de procedimento é normalmente
adotado durante o controle de qualidade de uma obra em construção, conforme mencionado e
descrito por MOSER et al. (2003).
5.2.1. Resistência à compressão e massa específica
Nas Tabelas 5.2 e 5.3 estão apresentados os valores médios, desvios padrões e
coeficientes de variação dos ensaios de resistência à compressão e massa específica realizados
em corpos-de-prova moldados e em testemunhos extraídos dos maciços experimentais. Os
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
135
resultados dos ensaios de resistência à compressão e massa específica encontram-se no Anexo B
(CD-ROM).
Tabela 5.2 : Resistência à compressão e massa específica em corpos-de-prova moldados.
Resistência à Compressão
Idade (dia) 7 28 90 120 180 365
Média (MPa) 2,29 4,40 8,15 10,33 10,40 12,57
Desvio Padrão (MPa) 0,25 0,40 0,66 0,85 1,14 0,65
Coeficiente de Variação (%) 10,8 9,1 8,1 8,2 10,9 5,2
Número de Ensaios 9 23 20 18 14 3
Massa Específica
Idade (dia) 7 28 90 120 180 365
Média (kg/m³) 2524 2542 2538 2528 2539 2542
Desvio Padrão (kg/m³) 16,66 14,40 15,15 14,09 25,02 18,15
Coeficiente de Variação (%) 0,7 0,6 0,6 0,6 1,0 0,7
Número de Ensaios 5 20 17 15 15 3
Tabela 5.3 : Resistência à compressão e massa específica em testemunhos extraídos.
Resistência à Compressão (MPa) Massa Específica (kg/m³)
Idade (dia) 120 180 365 120 180 365
Média 7,56 7,60 8,62 2530 2515 2500
Desvio Padrão 1,45 1,34 1,89 21,47 41,58 51,08
Coeficiente de Variação (%) 19,2 17,6 22,0 0,8 1,7 2,0
Número de Ensaios 79 48 17 80 40 16
Na Figura 5.1 está apresentada a evolução da resistência à compressão do CCR em
função do tempo para corpos-de-prova moldados a partir de 7 dias até 365 dias de idade e de
testemunhos extraídos a partir de 120 dias até 365 dias de idade.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
136
0
2
4
6
8
10
12
14
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Idade (dia)
Resistência à Compressão (MPa)
Extraído Moldado
Figura 5.1 : Resistência à compressão e massa específica em testemunhos extraídos.
Conforme já mencionado no capítulo 4, para o concreto convencional, a PORTLAND
CEMENT ASSOCIATION (1987) e AHMED (1999) afirmaram que há uma queda entre 10% e
25% da resistência à compressão nos ensaios realizados em testemunhos em relação a corpos-de-
prova moldados. Fazendo-se uma análise dos resultados obtidos nesta pesquisa, nota-se que para
o CCR, também há uma queda de resistência dos testemunhos extraídos em relação aos corpos-
de-prova moldados, porém, de aproximadamente 20% a 30%. O aumento da queda de resistência
em testemunhos de CCR também pode ser atribuído ao baixo consumo de cimento.
A determinação da massa específica no concreto endurecido é de suma
importância para garantir a determinação do grau de compactação mínimo de 98% e a qualidade
do CCR pós-lançamento. Os resultados dos ensaios apresentaram coeficientes de variação
consideravelmente baixos (máximo de 1% para os corpos-de-prova moldados e 2% para os
testemunhos extraídos), assegurando, assim a homogeneidade do concreto utilizado.
5.2.2. Resistência à tração simples
Na Tabela 5.4 estão apresentados os valores médios, desvios padrões e coeficientes de
variação dos ensaios de resistência à tração simples, realizados em corpos-de-prova moldados e
em testemunhos extraídos dos maciços experimentais. Os resultados dos ensaios de resistência à
tração simples encontram-se no Anexo C (CD-ROM).
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
137
Tabela 5.4 : Resistência à tração simples em corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos
Corpos-de-prova moldados
Idade (dia) 7 28 90 120 180 365
Média (MPa) 0,25 0,54 0,90 0,99 1,03 1,15
Desvio Padrão (MPa) 0,18 0,31 0,31 0,13 0,12 0,05
Coeficiente de Variação (%) 71,1 58,3 34,5 12,9 11,3 4,3
Número de Ensaios 6 6 6 3 5 2
Testemunhos extraídos
Média (MPa) --- --- --- 0,64 0,65 0,67
Desvio Padrão (MPa) --- --- --- 0,16 0,15 0,04
Coeficiente de Variação (%) --- --- --- 24,4 23,3 6,6
Número de Ensaios --- --- --- 16 17 4
Na Figura 5.2 está apresentada a evolução da resistência à tração simples do CCR em
função do tempo para corpos-de-prova moldados a partir de 7 dias até 365 dias de idade e de
testemunhos extraídos a partir de 120 dias até 365 dias de idade. De posse dos dados estatísticos,
nota-se que o coeficiente de variação diminuiu de acordo com a evolução da idade.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Idade (Dia)
Resistência à Tração Direta (MPa)
Moldado Extraído
Figura 5.2 : Resistência à Tração Direta x Idade.
Segundo Marques Filho (2005), tanto para os corpos-de-prova moldados como para os
testemunhos extraídos, as altas dispersões no ensaio de tração simples está sujeita à dificuldade
de manutenção da axialidade do dispositivo utilizado durante a execução do ensaio e pelo
traumatismo do processo de obtenção.
Assim, como na resistência à compressão, os testemunhos extraídos tiveram uma queda
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
138
significativa de resistência à tração em relação aos corpos-de-prova moldados, de
aproximadamente 35% a 42%.
5.2.3. Resistência à tração por compressão diametral
Na Tabela 5.5 estão apresentados os valores médios, desvios padrões e coeficientes de
variação dos ensaios de resistência à tração por compressão diametral, realizados em corpos-de-
prova moldados e em testemunhos extraídos dos maciços experimentais. Os resultados dos
ensaios de resistência à tração por compressão diametral encontram-se no Anexo D (CD-ROM).
Tabela 5.5 : Resistência à tração por compressão diametral em corpos-de-prova moldados
e testemunhos extraídos
Corpos-de-prova moldados
Idade (dia) 7 28 90 120 180 365
Média (MPa) 0,23 0,64 1,24 1,53 1,66 1,86
Desvio Padrão (MPa) 0,07 0,07 0,10 0,16 0,12 0,06
Coeficiente de Variação (%) 30,3 11,2 7,9 10,4 7,3 3,0
Número de Ensaios 5 5 5 18 5 2
Testemunhos extraídos
Média (MPa) --- --- --- 1,25 1,29 1,36
Desvio Padrão (MPa) --- --- --- 0,27 0,20 0,37
Coeficiente de Variação (%) --- --- --- 21,3 15,2 27,2
Número de Ensaios --- --- --- 12 11 3
Na Figura 5.3 está apresentada a evolução da resistência à tração por compressão
diametral do CCR em função do tempo para corpos-de-prova moldados a partir de 07 dias até
365 dias de idade e de testemunhos extraídos a partir de 120 dias até 365 dias de idade.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
139
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Idade (Dia)
Resistência à Tração Diametral
(MPa)
Moldado Extrdo
Figura 5.3 : Resistência à Tração por Compressão Diametral x Idade.
Na análise dos resultados obtidos para concretos com as idades de 120 dias, 180 dias e
365 dias, nota-se um comportamento semelhante às outras propriedades mecânicas, ou seja,
houve um decréscimo da resistência à tração por compressão diametral dos testemunhos
extraídos em relação aos corpos-de-prova moldados, na faixa de 18% a 30%.
5.2.4. Módulo de Elasticidade
Na Tabela 5.6 estão apresentados os valores médios, desvios padrões e coeficientes de
variação dos ensaios de módulo de elasticidade, realizados em corpos-de-prova moldados e em
testemunhos extraídos dos maciços experimentais. Os resultados dos ensaios de módulo de
elasticidade encontram-se no Anexo E (CD-ROM).
Tabela 5.6 : Módulo de Elasticidade em corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos
Corpos-de-prova moldados
Idade (dia) 7 28 90 120 180 365
Média (GPa) 5,60 16,88 27,84 32,21 33,87 37,14
Desvio Padrão (GPa) 2,76 5,41 2,81 3,37 4,05 5,71
Coeficiente de Variação (%) 49,3 32,0 10,1 10,5 12,0 15,4
Número de Ensaios 5 5 3 18 3 2
Testemunhos extraídos
Média (GPa) --- --- --- 14,29 15,10 17,17
Desvio Padrão (GPa) --- --- --- 2,87 3,78 4,44
Coeficiente de Variação (%) --- --- --- 20,1 25,0 25,8
Número de Ensaios --- --- --- 69 34 9
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
140
Na Figura 5.4 está apresentada a evolução do módulo de elasticidade do CCR em função
do tempo para corpos-de-prova moldados a partir de 07 dias até 365 dias de idade e de
testemunhos extraídos a partir de 120 dias até 365 dias de idade.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Idade (Dia)
Módulo de Elasticidade (GPa)
Moldado Extraído
Figura 5.4 : Módulo de Elasticidade x Idade.
O CCR é um concreto com características de dosagem peculiares e com consumo de
cimento relativamente pobre, principalmente se comparado ao concreto convencional. Porém, o
comportamento do módulo de elasticidade, utilizando corpos-de-prova moldados, assemelha-se
muito ao concreto convencional com consumos de cimento mais elevados, embora o
comportamento das curvas seja parecido com o comportamento das curvas do concreto massa
convencional (FURNAS, 1997).
Este elevado módulo de elasticidade do CCR em relação ao concreto convencional é
devido, principalmente, à redução da porosidade da argamassa, em função do melhor
adensamento e ao baixo teor de água de amassamento no concreto. Outro fator que influencia
fortemente o módulo de elasticidade, tanto do concreto convencional como do CCR, é o módulo
de elasticidade do agregado (FURNAS, 1997).
Fazendo-se uma análise da Figura 5.4, observa-se que o comportamento desta
propriedade, comparando-se corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos, é semelhante à
resistência à compressão, uma vez que estas duas propriedades estão diretamente ligadas. Nota-
se também, que há um comportamento similar à resistência à tração direta e a tração por
compressão diametral. Portanto, foi verificada, assim como nas outras propriedades, uma queda
nos resultados dos módulos de elasticidade dos testemunhos em relação aos corpos-de-prova
moldados, porém, numa faixa mais elevada, entre 50% e 56%.
A alta dispersão e a queda dos resultados podem ser atribuídas ao processo de obtenção
do testemunho que provoca um traumatismo na sua estrutura (MARQUES FILHO, 2005).
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141
5.2.5. Cisalhamento
Os ensaios de cisalhamento direto foram realizados de acordo com o Procedimento
FURNAS Nº 04.007.006, conforme a seqüência de atividades e o equipamento descrito no
Capítulo 4. Para a definição da envoltória de resistência de Mohr-Coulomb são realizados
ensaios para determinação das resistências tangenciais utilizando três valores de tensão normal,
900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa.
Antes de se realizar uma análise do comportamento de resistência das juntas surge a
necessidade de se caracterizar o CCR fora da junta, pois, estes resultados de cisalhamento
servirão de balizamento ou até mesmo de referência para avaliar o desempenho de todos os
processos de tratamento das juntas entre camadas, adotados neste trabalho.
Na Tabela 5.7 e Figura 5.5 estão apresentados os valores médios, desvio padrão e
coeficiente de variação das tensões cisalhantes para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e
2700 kPa, realizados em corpos-de-prova moldados para as idades de 90 dias, 120 dias, 180 dias
e 365 dias. Os resultados dos ensaios de cisalhamento direto encontram-se no Anexo F (CD-
ROM).
Tabela 5.7 : Tensões cisalhantes em corpos-de-prova moldados.
Tensão Normal 900 kPa
Idade (dia) 90 120 180 365
Média (kPa) 1984,0 2196,0 2522,5 2519,5
Desvio Padrão (kPa) 211,2 201,4 211,4 292,0
Coeficiente de Variação (%) 10,6 9,2 8,4 11,6
Número de Ensaios 4 5 2 2
Tensão Normal 1800 kPa
Idade (dia) 90 120 180 365
Média (kPa) 2942,8 3065,2 3187,0 3504,5
Desvio Padrão (kPa) 134,9 383,9 273,1 27,6
Coeficiente de Variação (%) 4,6 12,5 8,6 0,8
Número de Ensaios 4 5 3 2
Tensão Normal 2700 kPa
Idade (dia) 90 120 180 365
Média (kPa) 3675,3 3612,3 3948,3 4323,0
Desvio Padrão (kPa) 158,9 148,1 230,8 56,6
Coeficiente de Variação (%) 4,3 4,1 5,8 1,3
Número de Ensaios 4 4 3 2
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
142
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Idade (Dia)
Tensão Cisalhante (kPa)
900 kPa 1800 kPa 2700 kPa
Figura 5.5 : Tensão Cisalhante x Idade corpos-de-prova moldados.
Na Figura 5.6 estão apresentadas as envoltórias de resistência de Mohr-Coulomb,
determinadas a partir do ensaio de cisalhamento direto, aplicando-se as tensões normais
supracitadas para as idades de 90 dias, 120 dias, 180 dias e 365 dias para corpos-de-prova
moldados e para efeito de comparação, para a idade de 180 dias com testemunhos extraídos. Na
Tabela 5.8 estão apresentados os valores de coesão, ângulo de atrito e a correlação do ajuste
linear das envoltórias.
y = 0,94x + 1176,08
R
2
= 0,95
y = 0,74x + 1669,52
R
2
= 0,79
y = 0,80x + 1783,51
R
2
= 0,89
y = 1,00x + 1645,50
R
2
= 0,97
y = 0,96x + 1000,67
R
2
= 1,00
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Te ns ão Normal ( k Pa)
Tensão Cisalhante (kPa)
90 dias 120 dias 180 dias 365 dias Extraído 180 dias
Figura 5.6 : Envoltórias de Resistência do CCR dos Maciços.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
143
Tabela 5.8 : Valores da coesão, ângulo de atrito e correlação das envoltórias de resistência.
Idade (dia) Coesão (kPa) Ângulo de Atrito (º) Correlação (R²)
90 1176,1 43,2 0,95
120 1669,5 36,4 0,79
180 1783,51 38,5 0,89
365 1645,5 45,1 0,97
180 (Extraído) 1000,7 43,7 1,00
A análise desta propriedade foi realizada em função das tensões cisalhantes obtidas para
cada tensão normal aplicada. Segundo Marques Filho (2005), este tipo de análise é realizado
devido à sensibilidade dos parâmetros da reta da envoltória em relação às variações que podem
surgir durante a execução do ensaio, e conseqüentemente, podem levar à obtenção de valores de
coesão e ângulo de atrito (Figura 5.6 e Tabela 5.8), que não correspondem satisfatoriamente aos
valores das tensões cisalhantes obtidas. Os valores das tensões cisalhantes estão apresentados na
Tabela 5.7 e nota-se um ganho de resistência entre 90 dias e 365 dias de aproximadamente 21%
para carga normal de 900 kPa e de 15% para as cargas normais de 1800 kPa e 2700 kPa. Estes
incrementos são inferiores aos obtidos para as resistências à tração simples, à tração por
compressão diametral e à compressão no mesmo período.
De forma similar às outras propriedades mecânicas, está apresentado também na Figura
5.6, a envoltória de resistência ao cisalhamento direto de testemunhos extraídos ensaiados aos
180 dias de idade e nota-se um decréscimo médio da ordem de 18% em relação à envoltória
obtida no ensaio realizado com corpos-de-prova moldados para a mesma idade.
5.3. ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DAS JUNTAS
A avaliação das propriedades das juntas dos maciços experimentais de CCR foi realizada
mediante os ensaios de resistência à tração por compressão diametral, tração simples, resistência
ao cisalhamento direto e permeabilidade à água. A seqüência de análise desenvolvida é descrita a
seguir.
Inicialmente, devido ao elevado número de combinações entre as diferentes variáveis
estudadas e seus respectivos níveis, tornou-se impraticável moldar e extrair testemunhos de todas
as situações estudadas. Em razão disto, foram geradas quantidades de resultados diferentes para
os dois tipos de corpos-de-prova (moldado e extraído), impossibilitando incluir esta variável
juntamente com os demais em uma só análise global. Por este motivo, realizou-se uma análise
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
144
em separado para a variável tipo de corpo-de-prova (One-way ANOVA) e na análise das demais
variáveis os resultados foram separados em dois grupos: moldados e extraídos.
Em seguida, foi realizada uma análise da variável idade (One-way ANOVA), com o
intuito de identificar as idades de referência mais adequadas para a análise das demais variáveis
principais: Intervalo de Lançamento, Temperatura de Exposição, Utilização de Argamassa de
Ligação e Tipo de Tratamento da Superfície. Como resultado principal, verificou-se que não há
diferenças significativas entre as idades analisadas, 120 dias e 180 dias. Em virtude disto, todos
os dados obtidos foram reunidos em um único grupo de análise.
Posteriormente realizou-se uma ANOVA multifatorial para as quatro variáveis principais
citadas no parágrafo anterior, particularmente para os níveis em comum da variável Intervalo de
Lançamento, ou seja, 8 h e 12 h.
De acordo com o descrito no programa experimental, as juntas foram executadas com
intervalos de lançamento diferentes para as situações com e sem utilização de argamassa de
ligação, ou seja, intervalos de 0h, 4h, 8h e 12 h para juntas sem argamassa e 8h, 12h, 24h e 48 h
para juntas com argamassa. Para que se possa fazer uma análise consistente da evolução das
propriedades em função do intervalo de lançamento é necessário fazê-lo separadamente para as
juntas com e sem argamassa de ligação. Deve-se ressaltar que este procedimento não prejudica a
análise global do experimento, uma vez que a influência da variável Utilização de Argamassa já
foi avaliada na ANOVA do passo anterior.
Finalmente, realizou-se a análise da evolução das propriedades em função do intervalo de
lançamento em duas etapas. Na primeira etapa realizou-se uma ANOVA multifatorial para as
juntas sem utilização de argamassa, contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo
de Tratamento e Intervalo de Lançamento, que nesta fase apresenta os níveis de 0h, 4h, 8h e
12 h. Na segunda, realizou-se igual procedimento para as juntas com utilização de argamassa,
ressaltando-se que nesta fase o Intervalo de Lançamento apresenta os níveis de 8h, 12h, 24h e
48 h.
Nas situações em que a variável Intervalo de Lançamento apresentou efeito significativo,
foram realizadas comparações múltiplas de médias pelo método de Duncan (CENTENO, 1982),
com o intuito de agrupar as médias que não diferem significativamente entre si e separar as que
diferem, formando assim os grupos. Em todas as análises estatísticas realizadas foi mantido
constante o nível de confiança em 95%.
Na Figura 5.7 está apresentado um fluxograma para descrever a seqüência das análises
realizadas para as propriedades das juntas.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
145
Figura 5.7 : Fluxograma de análise das propriedades das juntas
Os resultados obtidos nos ensaios nas juntas, bem como as análises estatísticas realizadas
são apresentados e discutidos a seguir.
5.3.1. Resistência à Tração por Compressão Diametral
Os dados de resistência à tração por compressão diametral foram submetidos a análises
de variância (ANOVA). Os resultados individuais de resistência à tração por compressão
diametral são mostrados no Anexo H (CD-ROM). Nesta propriedade foram estudados apenas
testemunhos extraídos horizontalmente entre camadas dos maciços experimentais.
5.3.1.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h e 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as quatro variáveis principais, com intervalos
de lançamento de 8 h e 12 h. estão resumidos na Tabela 5.9.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
146
Tabela 5.9 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração por compressão diametral para os intervalos de lançamento de 8 h e 12 h
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,00830 1 0,00830 0,14 4,00 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,06087 1 0,06087 1,03 4,00 não-signif.
Utilização de Argamassa 0,75161 1 0,75161 12,80 4,00 significativo
Tipo de Tratamento 0,25827 1 0,25827 4,40 4,00 significativo
Erro (resíduo) 3,46692 59 0,05876 -- -- --
Total 4,54597 63
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
A análise de variância evidenciou que os efeitos individuais das variáveis principais
Intervalo de Lançamento e Temperatura de Exposição mostraram-se não-significativos. Por
outro lado, as variáveis, Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento da Junta apresentaram
influência estatisticamente significativa sobre a resistência à tração por compressão diametral.
Uma informação de grande importância para a tomada de decisão é a avaliação de qual
variável apresenta maior influência sobre a propriedade em análise. Neste sentido, tomando-se
como base de comparação o valor de Fcal, constata-se que a variável de maior influência foi a
Utilização de Argamassa na junta entre camadas. Como informação adicional, ressalta-se que
juntas com utilização de argamassa apresentaram um acréscimo médio de resistência da ordem
de 30,6% em relação às juntas sem utilização de argamassa.
Nas Figuras 5.8 e 5.9 são apresentados os valores médios de resistência à tração por
compressão diametral, com seus respectivos desvios padrões e intervalos de confiança da média
em função das variáveis Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
147
Média Média+95% intervalo de confiança Média+Desvio Pado
não sim
Utilização de Argamassa
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
Tração Diametral (MPa)
Figura 5.8 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função da
Utilização de Argamassa. Intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio Padrão
Ar comprimido Apicoamento
Tipo de tratamento
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
Tração Diametral (MPa)
Figura 5.9 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função do Tipo
de Tratamento. Intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
Da análise dos gráficos das Figuras 5.8 e 5.9 conclui-se que as situações que
apresentaram o melhor desempenho foram com a utilização de argamassa de ligação e com o
processo de apicoamento da junta entre camadas. Portanto, pode-se inferir que a combinação
destas duas situações resulte em um desempenho otimizado da junta.
5.3.1.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas sem utilização de argamassa,
contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de
Lançamento que nesta fase apresenta os níveis de 0h, 4h, 8h e 12 h, estão resumidos na Tabela
5.10.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
148
Tabela 5.10 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração por compressão diametral em juntas sem utilização de argamassa para os intervalos de
lançamento de 0 h a 12 h
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,23995 3 0,07998 2,336 2,753 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,09363 1 0,09363 2,734 3,996 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,81121 1 0,81121 23,690 3,996 significativo
Erro (resíduo) 2,12303 62 0,03424 -- -- --
Total 3,26782 67
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
A análise de variância evidenciou que o único efeito significativo foi a variável Tipo de
Tratamento da junta.
Na Figura 5.10 são apresentados os valores médios de resistência à tração por
compressão diametral, com seus respectivos desvios padrões e intervalos de confiança da média
em função da variável Tipo de Tratamento. Analisando o gráfico da Figura 5.10 observa-se que
juntas tratadas com apicoamento apresentaram resistências à tração superiores àquelas sopradas
com ar comprimido.
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio Pado
Ar comprimido Apicoamento
Tipo de tratamento
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
Trão Diametral (MPa)
Figura 5.10 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função do
Tipo de Tratamento. Juntas sem argamassa para intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.
Deve-se destacar que, apesar de não ser um efeito estatisticamente significativo, a
resistência à tração apresentou uma tendência de redução com o aumento do intervalo de
lançamento, conforme pode ser observado na Figura 5.11. Vale salientar que este
comportamento é similar aos resultados obtidos nos estudos realizados por Marques Filho,
(2005).
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149
Média Média + 95% intervalo de Confiança Média + Des vio Pado
0h 4h 8h 12h
Intervalo de lançamento (h)
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
Tração Diametral (MPa)
Figura 5.11 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função do
Intervalo de Lançamento. Juntas sem argamassa.
5.3.1.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas com utilização de argamassa, contemplando
as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de Lançamento que
nesta fase apresenta os níveis de 8h, 12h, 24h e 48 h, estão resumidos na Tabela 5.11.
Tabela 5.11 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração por compressão diametral em juntas com utilização de argamassa para os intervalos de
lançamento de 8 h a 48 h.
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,23809 3 0,07936 1,744 2,764 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,03580 1 0,03580 0,787 4,007 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,08040 1 0,08040 1,767 4,007 não-signif.
Erro (resíduo) 2,63960 58 0,04551 -- -- --
Total 2,99389 63
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Conforme foi constatado na análise de variância, nenhuma das variáveis avaliadas
apresentou influência significativa. O que equivale dizer que para juntas com utilização de
argamassa de ligação entre camadas, a variação do Intervalo de Lançamento, da Temperatura de
Exposição e do Tipo de Tratamento – dentro dos limites estudados – não altera
significativamente a resistência à tração por compressão diametral.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
150
Nas Figuras 5.12 e 5.13 são apresentados os valores médios de resistência à tração por
compressão diametral, com seus respectivos desvios padrões e intervalos de confiança da média
em função das variáveis Intervalo de Lançamento, Temperatura de Exposição e Tipo de
Tratamento.
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio padrão
8h 12h 24h 48h
Intervalo de lançamento (h)
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
Tração Diametral (MPa)
Figura 5.12 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função do
Intervalo de Lançamento. Juntas com argamassa.
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio Pado
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
Tração Diametral (MPa)
Média Média + 95% intervalo de Confiança Média + Desvio Padrão
Ar comprimido Apicoamento
Tipo de tratamento
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
Tração Diametral (MPa)
Figura 5.13 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função da
Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento das juntas. Juntas com argamassa.
5.3.1.4. Considerações Gerais
Por fim, fez-se uma análise da resistência à tração por compressão diametral em função
do Intervalo de Lançamento, abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Figura 5.14). Esta análise
proporciona uma visão ampla da influência do Intervalo de Lançamento e da Utilização de
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
151
Argamassa de ligação na resistência à tração.
Observa-se, como apresentado anteriormente, uma leve tendência de redução da
resistência à tração com o aumento do intervalo de lançamento para juntas sem argamassa (0 h a
12). Contrariamente, para juntas com utilização de argamassa (8 h a 48 h), nota-se uma ligeira
tendência de acréscimo de resistência. Deve-se salientar que os efeitos de ambos os intervalos
supracitados não são estatisticamente significativos (Tabelas 5.10 e 5.11).
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
-4 0 4 8 1216202428323640444852
Intervalo de Lançamento (h)
Tração Diametral (MPa)
Sem Argamassa Com Argamassa
Figura 5.14 : Valores médios de resistência à tração por compressão diametral em função do
Intervalo de Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h.
Deve-se destacar o efeito positivo no acréscimo da resistência à tração quando da
utilização de argamassa de ligação. Este efeito é claramente evidenciado na Figura 5.14 e
confirma a análise estatística realizada anteriormente (Tabela 5.9).
5.3.2. Resistência à Tração Simples
Um parâmetro importante deste estudo é a comparação dos resultados obtidos com
corpos-de-prova moldados e extraídos. Na ANOVA realizada para a variável Tipo de Corpo-de-
prova foram evidenciadas diferenças significativas entre corpos-de-prova moldados e
testemunhos extraídos, conforme apresentado na Figura 5.15. Adicionalmente, foi realizada uma
comparação das médias, a partir da qual conclui-se que os corpos-de-prova extraídos tiveram um
decréscimo médio de resistência à tração simples de 35,4% em relação aos corpos-de-prova
moldados. Os resultados individuais são mostrados no Anexo I (CD-ROM).
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
152
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio Padrão
Extraído
Moldado
Tipo de corpo-de-prova
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
Tração Simples (MPa)
Figura 5.15 : Valores médios de resistência à tração simples em função do Tipo de corpo-de-
prova com seus respectivos desvios padrões e intervalos de confiança da média de 95%.
5.3.2.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h e 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as variáveis principais, com Intervalos de
Lançamento de 8 h e 12 h. estão resumidos na Tabela 5.12.
Tabela 5.12 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração simples em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,06305 1 0,06305 2,5760 4,023 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,00963 1 0,00963 0,3933 4,023 não-signif.
Argamassa 0,13100 1 0,13100 5,3522 4,023 significativo
Tipo de Tratamento 0,09832 1 0,09832 4,0170 4,023 não-signif.
Erro (resíduo) 1,29720 53 0,02448 -- -- --
Total 1,5992 57 -- -- --
--
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,00081 1 0,00081 0,0174 4,113 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,16435 1 0,16435 3,5316 4,113 não-signif.
Argamassa 0,01410 1 0,01410 0,3030 4,113 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,25078 1 0,25078 5,3889 4,113 significativo
Erro (resíduo) 1,67534 36 0,04654 -- -- --
Total 2,10538 40
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
153
Nas Figuras 5.16 a 5.19 são apresentados os valores médios de resistência à tração direta,
com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição, Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento. Destaca-se que
apenas os efeitos da Utilização de Argamassa para corpos-de-prova extraídos e do Tipo de
Tratamento para corpos-de-prova moldados foram significativos.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
6 7 8 9 10 11 12 13 14
Intervalo de Lançamento (h)
Tração Simples (MPa)
Extraído Moldado
Moldado (NS)
Extraído (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.16 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tração Simples (MPa)
Ex t r a ído Moldado
Moldado (NS)
Extrdo (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.17 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura de
Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
Assim como constatado para a resistência à tração por compressão diametral, a utilização
de argamassa trouxe benefícios significativos para a resistência à tração simples em testemunhos
extraídos. O mesmo efeito não foi observado para corpos-de-prova moldados (Figura 5.18).
A variável Tipo de Tratamento teve um efeito significativo para corpos-de-prova
moldados, porém o comportamento verificado é contrário ao das outras propriedades, ou seja,
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
154
juntas tratadas com ar comprimido tiveram um desempenho superior àquelas tratadas com
apicoamento (Figura 5.19).
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
Não Sim
Utilização de Argamassa
Tração Simples (MPa)
Ex t r aíd o Mold ado
Moldado (NS)
Extrdo (S)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.18 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Utilização de
Argamassa em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tração Simples (MPa)
Ex tr aíd o Molda do
Moldado (S)
Extraído (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.19 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de Tratamento em
juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h
5.3.2.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas sem utilização de argamassa,
contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de
Lançamento, que nesta fase apresenta os níveis de 0h, 4h, 8h e 12 h, estão resumidos na
Tabela 5.13.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
155
Tabela 5.13 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração simples em juntas sem utilização de argamassa para os intervalos de lançamento de
0 h a 12 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,11826 3 0,03942 1,8267 2,715 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,19689 1 0,19689 9,1248 3,956 significativo
Tipo de Tratamento 0,00021 1 0,00021 0,0099 3,956 não-signif.
Erro (resíduo) 1,79095 83 0,02158 -- -- --
Total 2,10631 88 -- -- --
--
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,18540 3 0,06180 1,7966 3,587 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,00603 1 0,00603 0,1752 4,844 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,24203 1 0,24203 7,0360 4,844 significativo
Erro (resíduo) 0,37840 11 0,03440 -- -- --
Total 0,81186 16
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Nas Figuras 5.20 a 5.22 são apresentados os valores médios de resistência à tração direta,
com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento. Salienta-se que apenas os efeitos das variáveis
Temperatura de Exposição para corpos-de-prova extraídos e Tipo de Tratamento para corpos-de-
prova moldados foram significativos.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
-4 0 4 8 12 16
Intervalo de Lançamento (h)
Tração Simples (MPa)
Ex t aíd o Moldado
Moldado (NS)
Extrdo (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.20 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
156
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tração Simples (MPa)
Extrdo Moldado
Moldado (NS)
Extrdos (S)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.21 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura de
Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.
Novamente a variável Tipo de Tratamento teve um efeito significativo para corpos-de-
prova moldados e semelhante ao observado para o intervalo de 8 h e 12 h, ou seja, juntas tratadas
com ar comprimido tiveram um desempenho superior àquelas tratadas com apicoamento
(Figura 5.22).
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tração Simples(MPa)
Extrdo Moldado
Moldado (S)
Extrdos (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.22 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de Tratamento em
juntas com intervalos de lançamento de 0 h a 12 h.
5.3.2.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas com utilização de argamassa,
contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de
Lançamento, que nesta fase apresenta os níveis de 8h, 12h, 24h e 48 h, estão resumidos na
Tabela 5.14.
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Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
157
Tabela 5.14 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
à tração simples em juntas com utilização de argamassa para os intervalos de lançamento de 8 h
a 48 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,04078 3 0,01359 1,039 2,701 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,01815 1 0,01815 1,388 3,942 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,12605 1 0,12605 9,634 3,942 significativo
Erro (resíduo) 1,22990 94 0,01308 -- -- --
Total 1,41488 99 -- -- --
--
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 0,07189 3 0,02396 0,7218 3,019 não-signif.
Temperatura (ºC) 0,03617 1 0,03617 1,0894 4,260 não-signif.
Tipo de Tratamento 0,03072 1 0,03072 0,9253 4,260 não-signif.
Erro (resíduo) 0,79680 24 0,03320 -- -- --
Total 0,93558 29
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Nas Figuras 5.23 a 5.25 são apresentados os valores médios de resistência à tração direta,
com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento. O único efeito comprovadamente significativo
foi o da variável Tipo de Tratamento para corpos-de-prova extraídos.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52
Intervalo de Lançamento (h)
Tração Simples MPa)
Extrdo Moldado
Moldado (NS)
Extrdo (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.23 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Intervalo de
Lançamento em juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
158
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tração Simples (MPa)
Extraído Moldado
Moldado (NS)
Extrdo (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.24 : Valores médios de resistência à tração direta em função da Temperatura de
Exposição em juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h.
Como observado nos dois itens anteriores, nota-se que juntas tratadas com ar comprimido
têm resistência à tração simples superior àquelas tratadas utilizando apicoamento (Figuras 5.19 e
5.22), no entanto, diferentemente ao constatado anteriormente, este efeito mostrou-se
significativo em corpos-de-prova extraídos (Figura 5.25).
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tração Simples (MPa)
Extraído Moldado
Moldado (NS)
Extrdo (S)
Figura 5.25 : Valores médios de resistência à tração direta em função do Tipo de Tratamento em
juntas com intervalos de lançamento de 8 h a 48 h.
5.3.2.4. Considerações Gerais
Similar ao realizado para a resistência à tração por compressão diametral, fez-se uma
análise da resistência à tração simples em função do Intervalo de Lançamento, abrangendo
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
159
intervalos de 0 h a 48 h (Figura 5.26). Esta figura possibilita uma visão ampla da influência do
Intervalo de Lançamento, da Utilização de Argamassa de ligação e do Tipo de Corpo-de-prova.
De posse das análises estatísticas, constatou-se que a resistência à tração simples não
sofre influência do intervalo de lançamento, independente do intervalo avaliado. Foi constatado
o efeito positivo no acréscimo da resistência ao cisalhamento direto quando da utilização de
argamassa de ligação, porém de forma menos incisiva que na resistência à tração diametral, pois
este efeito ocorreu apenas em corpos-de-prova extraídos (Tabela 5.12).
O efeito mais intenso foi do tipo do corpo-de-prova, onde foi constatado que corpos-de-
prova moldados apresentaram resultados de resistências à tração simples superiores aos de
testemunhos extraídos.
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
-4 61626364656
Intervalo de Lançamento (h)
Tração Simples (MPa)
Sem Arg.Ext. Com Arg.Ext. Sem Arg.Mold. Com Arg.Mold.
Figura 5.26 : Valores médios de resistência à tração simples em função do Intervalo de
Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h.
5.3.3. Resistência ao Cisalhamento Direto
Na ANOVA realizada para a variável Tipo de Corpo-de-prova foram evidenciadas
diferenças significativas entre corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos, conforme
apresentado na Figura 5.27. Posteriormente, foi realizada uma comparação das médias, a partir
da qual conclui-se que os corpos-de-prova extraídos tiveram um decréscimo médio de resistência
ao cisalhamento direto de 17,3% em relação aos corpos-de-prova moldados. Os resultados
individuais são mostrados no Anexo J (CD-ROM).
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Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
160
Média Média + 95% Intervalo de Confiança Média + Desvio Pado
Extraído
Moldado
Tipo de corpo-de-prova
1400
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
3000
3200
3400
3600
3800
4000
Tensão Cisalhante (kPa)
Figura 5.27 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo de corpo-
de-prova com seus respectivos desvios padrões e intervalos de confiança da média de 95%.
Analogamente ao realizado para a resistência ao cisalhamento direto na camada de
concreto, os resultados dos ensaios nas juntas foram analisados separadamente para cada tensão
normal, ou seja, 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa.
5.3.3.1. Juntas Com e Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h e 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as variáveis principais, com Intervalos de
Lançamento de 8 h e 12 h, estão resumidos na Tabela 5.15.
Tabela 5.15 Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
ao cisalhamento direto em juntas com intervalos de lançamento de 8 h e 12 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 151450 1 151450 3,263 4,351 não-signif.
Temperatura (ºC) 925338 1 925338 19,939 4,351 significativo
Utilização de Argamassa 2775213 1 2775213 59,799 4,351 significativo
Tipo de Tratamento 230385 1 230385 4,964 4,351 significativo
Erro (resíduo) 928188 20 46409 -- -- --
Total 5010574 24
-- -- -- --
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 97286 1 97286 0,5312 4,325 não-signif.
Temperatura (ºC) 229489 1 229489 1,2532 4,325 não-signif.
Utilização de Argamassa 1744098 1 1744098 9,5239 4,325 significativo
Tipo de Tratamento 4355 1 4355 0,0238 4,325 não-signif.
Erro (resíduo) 3845705 21 183129 -- -- --
Total 5920933 25
-- -- -- --
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
161
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 41 1 41 0,000 4,351 não-signif.
Temperatura (ºC) 1463373 1 1463373 13,115 4,351 significativo
Utilização de Argamassa 1805095 1 1805095 16,178 4,351 significativo
Tipo de Tratamento 403938 1 403938 3,620 4,351 não-signif.
Erro (resíduo) 2231598 20 111580 -- -- --
Total 5904045 24
-- -- -- --
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 46525 1 46525 0,4760 4,543 não-signif.
Temperatura (ºC) 127982 1 127982 1,3093 4,543 não-signif.
Utilização de Argamassa 992897 1 992897 10,1574 4,543 significativo
Tipo de Tratamento 131277 1 131277 1,3430 4,543 não-signif.
Erro (resíduo) 1466269 15 97751 -- -- --
Total 2764950 19
-- -- -- --
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 270045 1 270045 2,887 4,543 não-signif.
Temperatura (ºC) 23661 1 23661 0,253 4,543 não-signif.
Utilização de Argamassa 1211131 1 1211131 12,948 4,543 significativo
Tipo de Tratamento 51735 1 51735 0,553 4,543 não-signif.
Erro (resíduo) 1403067 15 93538 -- -- --
Total 2959639 19
-- -- -- --
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 12040 1 12040 0,174 4,543 não-signif.
Temperatura (ºC) 47838 1 47838 0,692 4,543 não-signif.
Utilização de Argamassa 1577605 1 1577605 22,821 4,543 significativo
Tipo de Tratamento 612356 1 612356 8,858 4,543 significativo
Erro (resíduo) 1036945 15 69130 -- -- --
Total 3286784 19
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Nas Figuras 5.28 a 5.31 são apresentados os valores médios de resistência ao
cisalhamento direto, com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de
Lançamento, Temperatura de Exposição, Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento. Nos
gráficos as curvas são traçadas para os diferentes tipos de corpo-de-prova e tensões normais,
assinalando-se se o efeito é ou não significativo.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
162
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
6 8 10 12 14
Intervalo de Lançamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
E.900 (NS)
M.900 (NS)
E.1800 (NS)
M.1800 (NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.28 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento de 8h e 12h para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tensão de Cisalhamento (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
E.900 (S)
M.900 (NS)
E.1800 (NS)
M.1800 (NS)
E.2700 (S)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.29 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da Temperatura
de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Intervalo de
Lançamento de 8h e 12h.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
163
Figura 5.30 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da Utilização de
Argamassa para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Intervalo de Lançamento
de 8h e 12h.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
E.900 (S)
M.900 (NS)
E.1800 (NS)
M.1800 (NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (S)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.31 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo de
Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Intervalo de
Lançamento de 8h e 12h.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Não Sim
Utilização de Argamassa
Tensão de Cisalhamento (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
E.900 (S)
M.900 (S)
E.1800 (S)
M.1800 (S)
E.2700 (S)
M.2700 (S)
````
S-Significativo
NS-Não Significativo
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
164
A partir da análise das Figuras 5.28 a 5.31, conclui-se que as variáveis Intervalo de
Lançamento, Temperatura de exposição da camada e Tipo de Tratamento não apresentam
influência significativa na resistência ao cisalhamento direto, porém, vale salientar que para os
corpos-de-prova extraídos predomina o efeito significativo da variável Temperatura. Por outro
lado, a variável Utilização de Argamassa mostrou-se significativa em todas as análises
realizadas, sendo que juntas com utilização de argamassa apresentaram um acréscimo médio de
resistência da ordem de 20% em relação às juntas sem utilização de argamassa.
5.3.3.2. Juntas Sem Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 0h a 12h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas sem utilização de argamassa,
contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de
Lançamento que nesta fase apresenta os níveis de 0h, 4h, 8h e 12 h, estão resumidos na
Tabela 5.16.
Tabela 5.16 Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
ao cisalhamento direto em juntas sem utilização de argamassa para os intervalos de lançamento
de 0 h a 12 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 830896 3 276965 2,9973 2,874 significativo
Temperatura (ºC) 5808 1 5808 0,0629 4,121 não-signif.
Tipo de Tratamento 98585 1 98585 1,0669 4,121 não-signif.
Erro (resíduo) 3234123 35 92404 -- -- --
Total 4169412 40 -- -- --
--
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 2791201 3 930400 5,0972 2,859 significativo
Temperatura (ºC) 200661 1 200661 1,0993 4,105 não-signif.
Tipo de Tratamento 5508 1 5508 0,0302 4,105 não-signif.
Erro (resíduo) 6753608 37 182530 -- -- --
Total 9750978 42
-- -- -- --
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 1610342 3 536781 3,898 2,859 significativo
Temperatura (ºC) 317029 1 317029 2,302 4,105 não-signif.
Tipo de Tratamento 208812 1 208812 1,516 4,105 não-signif.
Erro (resíduo) 5095174 37 137707 -- -- --
Total 7231357 42
-- -- -- --
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
165
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 322102 2 161051 1,3075 3,634 não-signif.
Temperatura (ºC) 159 1 159 0,0013 4,494 não-signif.
Tipo de Tratamento 26410 1 26410 0,2144 4,494 não-signif.
Erro (resíduo) 1970734 16 123171 -- -- --
Total 2319405 20
-- -- -- --
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 490935 2 245468 5,706 3,634 significativo
Temperatura (ºC) 73933 1 73933 1,719 4,494 não-signif.
Tipo de Tratamento 33959 1 33959 0,789 4,494 não-signif.
Erro (resíduo) 688252 16 43016 -- -- --
Total 1287079 20
-- -- -- --
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 26910 2 13455 0,197 3,634 não-signif.
Temperatura (ºC) 31867 1 31867 0,467 4,494 não-signif.
Tipo de Tratamento 258695 1 258695 3,788 4,494 não-signif.
Erro (resíduo) 1092744 16 68297 -- -- --
Total 1410216 20
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Nas Figuras 5.32 a 5.34 são apresentados os valores médios de resistência ao
cisalhamento direto, com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de
Lançamento, Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
166
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
-4 0 4 8 12 16
Intervalo de Lançamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext. 900kPa Ext. 1800kPa Ext. 2700kPa
Mold. 900kPa Mold. 1800kPa Mold. 2700kPa
E. 900 (S)
M.900 (NS)
E. 1800 (S)
M.1800 (S)
E.2700 (S)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.32 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento de 0h a 12h para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa.
Juntas sem argamassa.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext. 900kPa Ext. 1800kPa Ext. 2700kPa
Mold. 900kPa Mold. 1800kPa Mold. 2700kPa
E.900(NS)
M.900(NS)
E.1800(NS)
M.1800(NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.33 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da Temperatura
de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Juntas sem
argamassa.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
167
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext. 900kPa Ext. 1800kPa Ext. 2700kPa
Mold. 900kPa Mold. 1800kPa Mold. 2700kPa
E.900 (NS)
M.900 (NS)
E.1800 (NS)
M.1800 (NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.34 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo de
Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa.
Juntas sem argamassa.
Com base na análise das Figuras 5.32 a 5.34, constata-se que as variáveis Temperatura de
exposição da camada e Tipo de Tratamento não apresentam influência significativa na
resistência ao cisalhamento direto. Em contrapartida, o variável Intervalo de Lançamento
apresentou, na maioria dos casos, efeito significativo. No entanto, ressalta-se que para os corpos-
de-prova moldados predomina o efeito não significativo (Figura 5.32).
Adicionalmente, realizou-se uma análise da influência do intervalo de lançamento apenas
para àqueles intervalos comuns a ambos os tipos de corpo-de-prova, ou seja, 4h, 8h e 12h. Nesta
análise constatou-se a predominância do comportamento não-significativo. Portanto,
restringindo-se a análise aos intervalos de 4h a 12h, a resistência ao cisalhamento não é alterada
de forma relevante quando não se utiliza argamassa de ligação.
A análise de agrupamento de médias pelo método de Duncan resultou na formação de
dois grupos de comportamento complexo, ou seja, com os níveis intermediários (4h e 8h)
presentes em ambos os grupos. No entanto deve-se destacar que há uma tendência de redução da
resistência ao cisalhamento direto com aumento do intervalo de lançamento, o que pôde ser
constatado pelo fato dos intervalos de 0h e 12 h sempre formarem grupos distintos.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
168
5.3.3.3. Juntas Com Utilização de Argamassa (Intervalo de Lançamento de 8h a 48h)
Os resultados principais da ANOVA para as juntas com utilização de argamassa,
contemplando as variáveis Temperatura de Exposição, Tipo de Tratamento e Intervalo de
Lançamento, que nesta fase apresenta os níveis de 8h, 12h, 24h e 48 h, estão resumidos na
Tabela 5.17.
Tabela 5.17 : Resultado da análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de resistência
ao cisalhamento direto em juntas com utilização de argamassa para os intervalos de lançamento
de 8 h a 48 h.
Tipo de corpo-de-prova Testemunho Extraído
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 387211 3 129070 0,6245 2,922 não-signif.
Temperatura (ºC) 243994 1 243994 1,1806 4,171 não-signif.
Tipo de Tratamento 110471 1 110471 0,5345 4,171 não-signif.
Erro (resíduo) 6200268 30 206676 -- -- --
Total 6941944 35 -- -- --
--
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 404457 3 134819 0,951 2,922 não-signif.
Temperatura (ºC) 37450 1 37450 0,264 4,171 não-signif.
Tipo de Tratamento 68081 1 68081 0,480 4,171 não-signif.
Erro (resíduo) 4252883 30 141763 -- -- --
Total 4762871 35
-- -- -- --
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 338571 3 112857 0,605 2,922 não-signif.
Temperatura (ºC) 560574 1 560574 3,006 4,171 não-signif.
Tipo de Tratamento 30 1 30 0,000 4,171 não-signif.
Erro (resíduo) 5595404 30 186513 -- -- --
Total 6494579 35
-- -- -- --
Tipo de corpo-de-prova Corpo-de-prova Moldado
Tensão Normal de 900 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 229617 3 76539 1,243 3,098 não-signif.
Temperatura (ºC) 33404 1 33404 0,542 4,351 não-signif.
Tipo de Tratamento 603537 1 603537 9,800 4,351 significativo
Erro (resíduo) 1231650 20 61583 -- -- --
Total 2098208 25
-- -- -- --
Tensão Normal de 1800 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 353229 3 117743 1,108 3,098 não-signif.
Temperatura (ºC) 238181 1 238181 2,242 4,351 não-signif.
Tipo de Tratamento 279944 1 279944 2,635 4,351 não-signif.
Erro (resíduo) 2124560 20 106228 -- -- --
Total 2995914 25
-- -- -- --
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
169
Tensão Normal de 2700 kPa SQ GL MQ F
cal
F
tab
Resultado
Intervalo de Lançamento (h) 116967 3 38989 0,492 3,098 não-signif.
Temperatura (ºC) 108084 1 108084 1,364 4,351 não-signif.
Tipo de Tratamento 1011754 1 1011754 12,769 4,351 significativo
Erro (resíduo) 1584704 20 79235 -- -- --
Total 2821509 25
-- -- -- --
Onde:
SQ = Soma dos quadrados; GL = Graus de liberdade; MQ = Média dos quadrados;
F
cal
= Parâmetro de Fisher calculado para cada efeito da ANOVA;
F
tab
= Parâmetro de Fisher para o teste de significância dos efeitos;
Resultado = Resultado da análise, com a indicação se o efeito é significativo ou não;
Nas Figuras 5.35 a 5.37 são apresentados os valores médios de resistência ao
cisalhamento direto, com seus respectivos desvios padrões em função das variáveis Intervalo de
Lançamento, Temperatura de Exposição e Tipo de Tratamento.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
0 102030405060
Intervalo de Laamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
E.900 (NS)
M.900 (NS)
E.1800(NS)
M.1800 (NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.35 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento de 8h a 48h para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Juntas com
argamassa.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
170
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
25ºC 45ºC
Temperatura (ºC)
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
M.1800
E.900 (NS)
M.900 (NS)
E.1800 (NS)
E.2700 (NS)
M.2700 (NS)
M.1800 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.36 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função da Temperatura
de Exposição das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Juntas com
argamassa.
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Ar Comprimido Apicoado
Tipo de Tratamento
Tensão Cisalhante (kPa)
Ext.900kPa Ext.1800kPa Ext.2700kPa
Mold.900kPa Mold.1800kPa Mold.2700kPa
M.1800
E.900 (NS)
M.900 (S)
E.1800
(
NS
)
E.2700
(
NS
)
M.2700 (S)
M.1800 (NS)
S-Significativo
NS-Não Significativo
S-Significativo
NS-Não Significativo
Figura 5.37 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Tipo de
Tratamento das juntas para as cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa. Juntas com
argamassa.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
171
Observa-se, a partir da análise das Figuras 5.35 a 5.37, que há um comportamento
predominantemente não significativo para todas as variáveis. Porém, para corpos-de-prova
moldados a variável Tipo de Tratamento apicoado mostra-se significativamente superior ao com
ar comprimido, conforme apresentado na Figura 5.37. Fica evidenciado que, uma vez que opta-
se em utilizar argamassa de ligação, nenhuma das variáveis estudadas (Intervalo de Lançamento,
Temperatura e Tipo de Tratamento), nos níveis avaliados, é capaz de causar variações
significativas, quer sejam reduções ou acréscimos, na resistência ao cisalhamento direto.
5.3.3.4. Considerações Gerais
Analogamente ao realizado para as propriedades anteriores (resistência à tração por
compressão diametral e tração simples), fez-se uma análise da resistência ao cisalhamento direto
em função da variável Intervalo de Lançamento, abrangendo intervalos de 0 h a 48 h para as
cargas normais de 900 kPa, 1800 kPa e 2700 kPa (Figuras 5.38 a 5.40). Estas figuras
proporcionam uma visão ampla da influência do Intervalo de Lançamento, da Utilização de
Argamassa de ligação e do Tipo de Corpo-de-prova na resistência ao cisalhamento direto.
Observa-se, comprovado pela análise estatística, uma tendência de redução significativa
da resistência ao cisalhamento direto com o aumento do intervalo de lançamento para juntas sem
argamassa (0h a 12h), independente do nível de carga e do tipo de corpo-de-prova. Por outro
lado, para juntas com utilização de argamassa (8h a 48h), os valores de resistência ao
cisalhamento não apresentam variação significativa ao longo do tempo, permanecendo
praticamente inalterados para cada patamar de carga normal, independente do tipo de corpo-de-
prova.
Destaca-se, novamente, o efeito positivo no acréscimo da resistência ao cisalhamento
direto quando da utilização de argamassa de ligação. Este efeito é facilmente evidenciado nas
Figuras 5.387 a 5.40 e confirma a análise estatística realizada anteriormente (Tabela 5.15).
Percebe-se ainda, claramente, que corpos-de-prova moldados apresentaram resultados de
resistências ao cisalhamento direto superiores aos de testemunhos extraídos.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
172
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
-4 0 4 8 1216202428323640444852
Intervalo de Lançamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Sem Arg. Ext. Sem Arg. Mold. Com Arg. Ext. Com Arg. Mold.
Normal 900kPa
Figura 5.38 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal 900 kPa).
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
-4 0 4 81216202428323640444852
Intervalo de Lançamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Sem Arg. Ext Sem Arg.Mold. Com Arg. Ext. Com Arg.Mold.
Normal 1800kPa
Figura 5.39 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal 1800 kPa).
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
-4 6 16 26 36 46 56
Intervalo de Lançamento (h)
Tensão Cisalhante (kPa)
Sem Arg.Ext. Sem Arg. Mold. Com Arg. Ext. Com A rg. Mold.
Norma 2700kPa
Figura 5.40 : Valores médios de resistência ao cisalhamento direto em função do Intervalo de
Lançamento. Abrangendo intervalos de 0 h a 48 h (Normal 2700kPa).
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
173
5.3.4. Permeabilidade
Os ensaios de permeabilidade com concreto endurecido, realizados nos corpos-de-prova
extraídos verticalmente para a caracterização do CCR na camada, e nos extraídos
horizontalmente para a caracterização da junta entre camadas, seguiram a metodologia prescrita
na NBR 10786/89 e desenvolvida pelo US Bureau of Reclamation (Determinação do Coeficiente
de Permeabilidade à Água - Método de Ensaio). Para o caso do CCR estudado, os ensaios foram
realizados com idade de 120 dias, devido à dificuldade de obtenção dos testemunhos com idade
inferiores. Porém, a idade do corpo de prova a ser ensaiado pode variar, bastando corrigir a
permeabilidade através de um fator de correção em função da idade em que se encontra o
concreto (FURNAS, 1997).
Durante o ensaio o fluxo de água é aplicado no concreto endurecido de forma gradativa
até alcançar uma pressão constante específica, pressão esta mantida por aproximadamente 21
dias. Segundo o procedimento de ensaio FURNAS 01.011.001 (FURNAS, 2003) é utilizado uma
pressão de 2,1 MPa para o concreto convencional (CCV) e para o CCR, 0,7 MPa.
Na Tabela 5.18 são apresentados os resultados médios dos coeficientes de
permeabilidade com seus respectivos desvios, contemplando as variáveis Intervalo de
Lançamento, Temperatura de Exposição, Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento para os
corpos-de-prova extraídos nas juntas entre camadas, bem como os resultados dos coeficientes de
permeabilidade do CCR extraído na camada.
Na Tabela 5.18 é apresentado, também, uma predição da penetração de água para uma
barragem de CCR com um horizonte de projeto de 50 anos, onde foram considerados os
coeficientes de permeabilidade obtidos experimentalmente e uma estrutura de CCR sem
aplicação de concreto de face. Nesta predição não foram consideradas a presença de fissuras,
falhas executivas, grandes heterogeneidades, descontinuidades e etc, ou seja, considerou-se uma
estrutura totalmente monolítica. Os resultados individuais dos ensaios realizados em corpos-de-
prova extraídos na camada estão apresentados no Anexo G (CD-ROM) e os extraídos na junta
estão mostrados no Anexo K (CD-ROM).
Tabela 5.18 : Permeabilidade do CCR endurecido.
Intervalo
(h)
Temp.
(°C)
Utiliz.
Argam.
Tipo de
Tratamento
Média
(10
-10
m/s)
Desvio
Padrão
(10
-10
m/s)
C.V.
(%)
N°de
Ensaios
Penetração
(cm)
Concreto extraído na camada 1,556 1,484 95% 25 25
0h 25ºC não Ar comprimido 3,673 1,434 39% 7 45
0h 25ºC não Apicoado 3,791 1,960 52% 4 101
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
174
Intervalo
(h)
Temp.
(°C)
Utiliz.
Argam.
Tipo de
Tratamento
Média
(10
-10
m/s)
Desvio
Padrão
(10
-10
m/s)
C.V.
(%)
N°de
Ensaios
Penetração
(cm)
4h 25ºC não Ar comprimido 4,720 1,723 37% 2 55
4h 45ºC não Ar comprimido 1,597 0,327 20% 3 22
4h 25ºC não Apicoado 4,057 0,000 0% 1 64
4h 45ºC não Apicoado 1,334 0,492 37% 4 32
8h 45ºC não Ar comprimido 1,125 0,287 26% 2 15
8h 25ºC não Apicoado 4,418 0,258 6% 2 67
8h 45ºC não Apicoado 1,270 0,777 61% 2 11
12h 25ºC não Ar comprimido 0,508 0,070 14% 2 7
12h 45ºC não Ar comprimido 2,092 0,824 39% 3 26
12h 25ºC não Apicoado 3,569 1,502 42% 2 73
8h 25ºC sim Ar comprimido 2,916 1,244 43% 3 27
8h 45ºC sim Ar comprimido 2,475 1,233 50% 4 56
8h 25ºC sim Apicoado 4,082 1,281 31% 2 50
8h 45ºC sim Apicoado 1,941 0,619 32% 2 24
12h 25ºC sim Ar comprimido 1,087 0,386 36% 3 19
12h 45ºC sim Ar comprimido 1,479 0,305 21% 2 27
12h 25ºC sim Apicoado 3,291 0,789 24% 2 43
12h 45ºC sim Apicoado 2,742 0,415 15% 2 39
24h 25ºC sim Ar comprimido 1,191 0,839 70% 3 13
24h 45ºC sim Ar comprimido 1,542 1,380 89% 2 9
24h 25ºC sim Apicoado 1,521 1,154 76% 4 6
24h 45ºC sim Apicoado 0,657 0,152 23% 2 12
48h 25ºC sim Ar comprimido 3,454 0,212 6% 2 52
48h 45ºC sim Ar comprimido 0,760 0,007 1% 2 12
48h 25ºC sim Apicoado 3,208 0,139 4% 2 49
48h 45ºC sim Apicoado 0,953 0,145 15% 2 13
Nota-se na Tabela 5.18 resultados com coeficientes de variação elevados, entretanto, de
acordo com Neville (1997), são grandes as dispersões dos resultados nos ensaios de
permeabilidade realizados em concretos de características similares. Portanto, pode-se dizer que
concretos que possuem permeabilidade de mesma ordem de grandeza (mesma unidade de
potência) são considerados de mesmo desempenho quanto à penetração de água sob pressão.
Fazendo-se uma análise dos resultados apresentados na tabela supracitada, nota-se que a grande
maioria encontra-se na décima casa decimal, ou seja, com o mesmo comportamento.
Adicionalmente, a ordem de grandeza dos valores é a mesma observada nos concretos extraídos
na camada.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
175
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivos estudar algumas propriedades básicas para caracterizar
o concreto compactado com rolo (CCR) e avaliar a eficiência do tipo de tratamento realizado em
juntas entre camadas, utilizando corpos-de-prova moldados e testemunhos extraídos de maciços
experimentais confeccionados em laboratório.
Neste capítulo, são apresentadas as conclusões referentes à pesquisa em questão de forma
a complementar as analises e discussões discorridas no capítulo 05, além de fornecer algumas
perspectivas para futuras pesquisas que pretendem dar enfoque aos estudos com CCR
As conclusões apresentadas neste capítulo referem-se única e exclusivamente aos
resultados obtidos com os materiais utilizados nesta pesquisa e às técnicas de execução de
maciços experimentais e obtenção de corpos-de-prova.
Apesar das conclusões deste trabalho estarem alinhadas com a grande maioria da
bibliografia existente, deve-se ressaltar a necessidade de se realizar novas pesquisas relacionadas
a este assunto que apresentem resultados que possam complementar e confirmar os obtidos neste
estudo, com o objetivo de dar-lhe uma maior representatividade.
6.1. CONCLUSÕES
A partir das análises e discussões dos resultados apresentados no capítulo 05, pode-se
enumerar várias conclusões, as quais estão listadas nos itens a seguir.
6.1.1. Ensaios de caracterização com concreto endurecido na camada
Nos ensaios de resistência à compressão, à tração simples, à tração por compressão
diametral e módulo de elasticidade os testemunhos extraídos apresentaram uma queda de
desempenho considerável em relação aos corpos-de-prova moldados de 20% a 30%, 35%
a 42%, 18% a 30% e 50% a 56%, respectivamente.
Para a resistência à tração simples nota-se uma alta dispersão dos resultados (C.V. de
6,6% a 71,1%). Tal fato pode ser atribuído à dificuldade de manutenção do dispositivo de
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
176
ensaio na posição axial. Já para o módulo de elasticidade a elevada dispersão (C.V. de
10,1% a 49,3%) e o decréscimo nos resultados podem ser atribuídos ao traumatismo
provocado no testemunho durante o processo de extração, corte e a preparação em
retifica industrial, visando garantir a planicidade e o paralelismo das faces.
Os resultados dos ensaios de resistência ao cisalhamento direto foram realizados em
função das tensões cisalhantes obtidas para cada nível de tensão normal aplicada, pois
durante a definição das envoltórias de resistência de Mohr-Coulomb, qualquer variação
em um dos níveis das tensões normais pode alterar significativamente os valores de
coesão e ângulo de atrito. Com base neste tipo de análise, nota-se um ganho de
resistência entre 90 dias e 365 dias de aproximadamente 21% para carga normal de
900 kPa e de 15% para as cargas normais de 1800 kPa e 2700 kPa. Estes incrementos são
inferiores aos obtidos para as resistências à compressão, à tração por compressão
diametral e à tração simples no mesmo período. De forma similar às outras propriedades
mecânicas, a resistência ao cisalhamento direto de testemunhos extraídos, ensaiados aos
180 dias de idade, são inferiores aos obtidos com corpos-de-prova moldados. Este
decréscimo é variável em função da carga normal aplicada e encontra-se na faixa de 8% a
25%.
6.1.2. Ensaios com concreto endurecido na junta
Fazendo-se uma análise estatística das variáveis, tipo de corpo-de-prova (moldado e
extraído) e idade de ensaio, conclui-se que o tipo de corpo-de-prova tem influência
significativa. Porém, para a variável idade de ensaio, verificou-se que não há diferenças
significativas entre as idades analisadas, 120 dias e 180 dias. Em virtude desta análise,
todos os dados obtidos para as idades supracitadas foram reunidos em um único grupo de
análise.
6.1.2.1. Resistência à Tração por compressão Diametral
As variáveis Utilização de Argamassa e Tipo de Tratamento da Junta apresentaram
influência estatisticamente significativa sobre a resistência à tração por compressão
diametral. A variável de maior influência foi a Utilização de Argamassa.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
177
Ressalta-se que juntas com utilização de argamassa apresentaram um acréscimo médio de
resistência da ordem de 30% em relação às juntas sem utilização de argamassa. Enquanto
que juntas tratadas utilizando apicoamento tiveram um desempenho superior àquelas
sopradas com ar comprimido.
Apesar da variável Intervalo de Lançamento não ter efeito estatisticamente significativo,
para juntas sem argamassa, nota-se uma tendência de queda da resistência à tração por
compressão diametral em função do aumento do intervalo.
6.1.2.2. Resistência à Tração Simples
Para a resistência à tração simples na junta, foi constatado, de forma geral, que os corpos-
de-prova extraídos tiveram um decréscimo médio de 35,4% de resistência em relação aos
corpos-de-prova moldados.
Similarmente ao constatado para a resistência à tração por compressão diametral, a
utilização de argamassa trouxe benefícios significativos para a resistência à tração
simples em testemunhos extraídos, porém, este efeito não foi observado para corpos-de-
prova moldados.
O Tipo de Tratamento teve uma influência significativa para corpos-de-prova moldados e
extraídos, porém, o comportamento é contrário ao observado na resistência à tração por
compressão diametral, ou seja, juntas sopradas com ar comprimido tiveram um
desempenho superior àquelas tratadas utilizando apicoamento.
6.1.2.3. Resistência ao Cisalhamento Direto
Semelhante ao constatado na resistência à tração simples, os ensaios com corpos-de-
prova extraídos tiveram um decréscimo médio de resistência ao cisalhamento direto de
17,3% em relação aos corpos-de-prova moldados.
A Utilização de Argamassa mostrou-se benéfica em todas as análises realizadas, sendo
que, juntas com utilização de argamassa apresentaram um acréscimo médio de resistência
da ordem de 20% em relação às juntas sem utilização de argamassa.
Para juntas tratadas sem utilização de argamassa (0h a 12h), nota-se uma tendência de
redução significativa da resistência ao cisalhamento direto com o aumento do intervalo
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
178
de lançamento. Por outro lado, para juntas com utilização de argamassa (8h a 48h), os
valores de resistência ao cisalhamento não apresentaram variação significativa ao longo
do tempo, permanecendo praticamente inalterados para cada patamar de carga normal,
independente do tipo de corpo-de-prova.
6.1.2.4. Permeabilidade à água
No ensaio de permeabilidade, notou-se que o CCR, tanto na camada quanto na junta
possui coeficientes de permeabilidade de mesma ordem de grandeza (mesma unidade de
potência). Portanto, pode-se considerar que o tratamento dado às juntas foi eficiente, sem
haver interferência de nenhuma das variáveis principais (Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição da Junta, Utilização de Argamassa de Ligação e Tipo de
Tratamento da Junta).
6.1.3. Conclusões gerais
No tocante às variáveis principais adotadas nesta pesquisa, vale salientar que:
O Intervalo de Lançamento entre camadas, levando-se em consideração todas as
propriedades estudadas, não interfere de forma significativa no desempenho da junta,
porém, mostra uma tendência de decréscimo quando da não utilização de argamassa. Isto
vem a confirmar que os limites já utilizados no meio técnico para o lançamento de CCR
sem utilização de argamassa, de até 04 h, possam ser considerados conservadores e que
merecem uma investigação mais detalhada.
As Temperaturas de Exposição estudadas não apresentaram influência significativa no
desempenho das juntas. Recomenda-se que sejam realizadas pesquisas focando a
variação da temperatura de exposição da superfície da junta.
Vale destacar o efeito positivo da utilização de argamassa, pois oferece benefícios e
aumento de desempenho da junta, uniformizando os resultados de cada uma das
propriedades ensaiadas, independente do intervalo de lançamento, da temperatura de
exposição e do tipo de tratamento, ou seja, a partir do momento em que se opta em
utilizar argamassa de ligação, nenhuma das variáveis principais tem efeito significativo
sobre o comportamento da junta.
__________________________________________________________________________________________
Maurice Antoine Traboulsi. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: PPGEC/UFRGS
179
Quanto ao tipo de tratamento, a boa prática de lançamento faz recomendações para que
se faça um tratamento com jato de alta pressão nas juntas onde o CCR está com um
intervalo de lançamento superior a 04 h ou que o mesmo já esteja endurecido. Nesta
pesquisa o jato de alta pressão foi substituído por um escarificador de agulhas
pneumático e as juntas que tiveram a superfície apicoada com o equipamento supracitado
apresentaram resultados superiores e dispersões inferiores aos obtidos com ar
comprimido.
De forma geral, apesar do processo de extração provocar uma queda nos resultados dos
testemunhos em relação aos corpos-de-prova moldados, a confecção de um maciço experimental
em laboratório torna-se uma ferramenta essencial para prever parâmetros confiáveis a serem
aplicados durante a elaboração de um projeto. Entretanto, não exclui totalmente a necessidade de
sua construção em campo, e pode minimizar as suas dimensões e o número de camadas a serem
lançadas, refletindo economicamente de forma significativa no orçamento da obra.
6.2. SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
Investigar qual o intervalo máximo de lançamento entre camadas de CCR que possibilite
a não utilização de argamassa de ligação.
Determinar o menor grau de compactação aceitável sem comprometer o desempenho da
estrutura.
Determinar a altura máxima da camada de lançamento de CCR sem comprometer a
densidade e, consequentemente, o grau de compactação.
Investigar a influência da temperatura de exposição da superfície da junta em níveis mais
baixos.
Determinar a idade mínima de extração do CCR confeccionado com diversos tipos de
cimento.
Caracterizar as propriedades mecânicas, elásticas, visco elásticas e térmicas do CCR com
diferentes tipos de cimento e adições.
Investigar novos métodos de obtenção de testemunhos sem comprometer em excesso sua
integridade.
__________________________________________________________________________________________
Análise do comportamento de juntas de CCR com alto teor de finos.
180
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ANEXO A – CONCRETO FRESCO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS
Nas Tabelas A.1 e A.2 são apresentados os resultados dos ensaios individuais
realizados com o concreto compactado com rolo no estado fresco.
Tabela A.1 Ensaios com CCR Fresco
Massa Específica
(kg/m³)
M.E.Densímetro Nuclear
(kg/m³)
Profundidade (mm)
Pista
Dosagem
E-
Cannon
Time
(s)
Teórica
(
γ
t
)
Obtida
(
γ
c
)
Solto 50 100 150 200
DMA
(kg/m³)
Relação
γ
c
/
γ
t
Umidade
Integral
(%)
Umidade
Argamassa
(%)
Permeab.
(m/s) x 10
-8
Pista 04 8289 20 2549 2565 1708 2506 2555 2561 2570 1,000 6,98 7,70 3,175
Pista 04 7780 22 2549 2525 1653 -- 2505 2540 2538 2538 0,990 6,02 9,59 2,625
Pista 04 7781 20 2549 2526 1659 -- 2549 2572 2564 2587 0,990 6,82 8,77 3,175
Pista 04 7782 20 2549 2529 1660 -- 2530 2533 2536 2559 0,990 -- -- 2,947
Pista 07 8289 23 2549 2520 1695 2506 2555 2561 -- 2542 0,989 6,98 7,70 3,175
Pista 07 8301 20 2549 2535 1872 -- 2481 2531 2547 2542 0,990 6,02 9,59 3,000
Pista 07 8302 23 2549 2524 1781 -- 2489 2507 2543 2543 0,990 6,82 8,77 3,400
Pista 07 8303 20 2549 2518 1810 -- 2523 2524 2540 -- 0,990 -- -- 3,400
Pista 08 8289 23 2549 2520 1695 -- 2518 2518 2552 2542 0,989 6,98 7,70 3,700
Pista 08 8323 28 2549 2504 1654 -- 2499 2508 2562 2537 0,982 -- -- 2,300
Pista 08 8324 28 2549 2548 1686 -- 2474 2506 2542 2576 1,000 -- -- 2,300
Pista 08 8325 28 2549 2541 1631 -- 2474 2522 2592 2512 0,997 -- -- 2,300
Pista 12 8289 22 2549 2518 1608 -- 2490 2552 2534 2501 0,988 -- -- 3,700
Pista 12 9259 23 2549 2528 1652 -- 2505 2540 2538 2538 0,992 -- -- 2,400
Pista 12 9260 19 2549 2504 1635 -- 2514 2540 2523 2560 0,982 -- -- 3,400
Pista 12 9261 19 2549 2516 1670 -- 2556 2525 2514 2528 0,987 -- -- 3,400
Pista 13 8289 22 2549 2518 1608 -- 2490 2552 2534 2501 0,988 -- -- 3,175
Pista 13 9526 23 2549 2500 1619 -- 2485 2514 2539 2567 0,981 -- -- 6,847
Pista 13 9541 19 2549 2499 1736 -- 2549 2572 2564 2587 0,980 -- -- 3,632
Pista 13 9542 18 2549 2578 1703 -- 2511 2538 2577 2578 1,000 -- -- 2,492
Pista 14 8289 23 2549 2547 1689 -- 2511 2528 -- 2565 0,999 7,01 8,60 3,175
Pista 14 9608 20 2549 2521 1625 -- 2536 2523 2516 2570 0,989 7,39 7,61 2,720
Pista 14 9610 21 2549 2536 1687 -- 2550 2563 2528 2590 0,995 6,74 9,33 2,720
Pista 14 9612 16 2549 2513 1695 -- 2530 2533 2536 2559 0,986 7,66 11,08 2,720
Pista 15 9657 20 2549 2509 1736 2485 2495 2503 -- 2544 0,984 -- -- 4,089
Pista 15 9658 20 2549 2509 1736 -- 2485 2495 -- 2544 0,984 -- -- 4,089
Tabela A.2 Ensaios com CCR Fresco
Massa Específica
(kg/m³)
M.E.Densímetro Nuclear
(kg/m³)
Profundidade (mm)
Pista
Dosagem
E-
Cannon
Time
(s)
Teórica
(
γ
t
)
Obtida
(
γ
c
)
Solto 50 100 150 200
DMA
(kg/m³)
Relação
γ
c
/
γ
t
Umidade
Integral
(%)
Umidade
Argamassa
(%)
Permeab.
(m/s) x 10
-8
Pista 15 9659 20 2549 2521 1684 -- 2542 2566 2552 2564 0,989 7,51 8,14 3,175
Pista 15 9660 20 2549 2521 1684 -- 2542 2566 2552 2564 0,989 7,51 8,14 3,175
Pista 15 9661 22 2549 2557 1686 -- 2491 2519 2507 2565 1,000 7,34 9,36 2,720
Pista 15 9662 19 2549 2526 1669 -- -- -- -- 2547 0,991 6,08 8,38 2,265
Pista 16 9693 18 2549 2522 1730 -- 2550 2520 2521 2576 0,989 7,64 8,81 --
Pista 16 9694 18 2549 2522 1730 -- 2550 2520 2521 2576 0,989 7,64 8,81 --
Pista 16 9695 17 2549 2515 1783 -- 2531 2506 -- 2579 0,987 7,95 9,16 --
Pista 16 9696 17 2549 2515 1783 -- 2531 2506 -- 2579 0,987 7,95 9,16 --
Pista 16 9697 19 2549 2532 1724 -- 2535 2556 2527 2573 0,993 7,18 -- --
Pista 16 9698 18 2549 2537 1827 -- 2514 2546 2528 2576 0,995 6,61 7,39 --
Pista 17 9799 16 2549 2511 1833 -- 2504 2532 2525 2569 0,985 7,49 9,20 1,810
Pista 17 9800 16 2549 2511 1833 -- 2504 2532 2525 2569 0,985 7,49 9,20 1,810
Pista 17 9801 18 2549 2528 1746 -- 2558 2540 2526 2588 0,992 7,74 8,55 3,632
Pista 17 9802 18 2549 2528 1746 -- 2558 2540 2526 2588 0,992 7,74 8,55 3,632
Pista 17 9824 16 2549 2528 1771 -- 2507 2574 2530 2539 0,992 -- -- --
Pista 17 9825 20 2549 2527 1655 -- 2524 2524 2538 2562 0,991 -- -- --
Pista 18 9892 20 2549 2510 1626 -- 2543 2549 -- 2569 0,985 6,67 8,59 4,089
Pista 18 9893 20 2549 2510 1626 -- 2543 2549 -- 2569 0,985 6,67 8,59 4,089
Pista 18 9901 18 2549 2511 1652 -- 2508 2505 2526 2558 0,985 6,97 9,20 3,632
Pista 18 9902 18 2549 2511 1652 -- 2508 2505 2526 2558 0,985 6,97 9,20 3,632
Pista 18 9903 19 2549 2518 1628 -- 2512 2552 2506 2534 0,988 6,62 8,49 4,547
Pista 18 9903 20 2549 2518 1616 -- 2544 2566 2545 2577 0,989 -- -- --
Pista 35 11125 20 2549 2502 1608 -- 2512 2523 -- 2575 0,982 6,23 -- --
Pista 35 11126 19 2549 2510 1618 2508 2536 2555 2590 2525 0,985 7,40 8,95 --
Pista 35 11127 19 2549 2519 1665 -- 2501 2552 2569 2580 0,989 7,61 9,26 --
Pista 35 11128 19 2549 2527 1632 2559 2513 2586 -- -- 0,992 -- -- --
ANEXO B – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO SIMPLES E MASSA ESPECÍFICA – NA
CAMADA
Nas Tabelas B.1 e B.2 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência à compressão simples para caracterização do CCR na camada, realizados em
corpos-de-prova moldados e extraídos.
Tabela B.1 Resistência à Compressão simples - Corpos-de-prova moldados.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 04 E-8289 2,70
Pista 04 E-7780 2,00
Pista 04 E-7781 2,40
Pista 04 E-7782 2,10
Pista 07 E-8303 2,00
Pista 08 E-8324 2,60
Pista 12 E-9261 2,20
Pista 13 E-9542 2,30
Pista 14 E-9612
7
2,30
Pista 04 E-8289 4,90
Pista 04 E-7780 4,40
Pista 04 E-7781 3,80
Pista 04 E-7782 3,70
Pista 07 E-8301 3,70
Pista 07 E-8302 3,90
Pista 07 E-8303 3,70
Pista 08 E-8323 4,30
Pista 08 E-8324 4,40
Pista 08 E-8325 4,50
Pista 12 E-9259 4,80
Pista 12 E-9260 4,90
Pista 12 E-9261 4,70
Pista 13 E-9526 4,60
Pista 13 E-9541 4,60
Pista 13 E-9542 4,50
Pista 14 E-9608 4,30
Pista 14 E-9610 4,50
Pista 14 E-9612 4,50
Pista 15 E-9657 4,40
Pista 16 E-9693 4,60
Pista 17 E-9799 4,50
Pista 18 E-9892
28
5,10
Pista 04 E-8289 9,30
Pista 07 E-8301 7,40
Pista 07 E-8302 6,80
Pista 07 E-8303 7,70
Pista 08 E-8323 8,00
Pista 08 E-8324 9,30
Pista 08 E-8325 9,20
Pista 12 E-9259 8,10
Pista 12 E-9260 8,40
Pista 12 E-9261 8,30
Pista 13 E-9526 8,20
Pista 13 E-9541 8,50
Pista 13 E-9542 7,60
Pista 14 E-9608
90
7,30
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 14 E-9610 7,70
Pista 14 E-9612 7,70
Pista 15 E-9657 8,20
Pista 16 E-9693 8,50
Pista 17 E-9799 8,30
Pista 18 E-9892
90
8,50
Pista 12 E-9261 8,80
Pista 13 E-9542 8,80
Pista 14 E-9612 8,60
Pista 35 E-11125 11,10
Pista 35 E-11125 11,40
Pista 35 E-11125 11,30
Pista 35 E-11126 10,80
Pista 35 E-11126 10,70
Pista 35 E-11126 10,60
Pista 35 E-11126 10,30
Pista 35 E-11126 10,70
Pista 35 E-11126 10,70
Pista 35 E-11127 10,50
Pista 35 E-11127 10,80
Pista 35 E-11127 10,70
Pista 35 E-11128 9,40
Pista 35 E-11128 10,30
Pista 35 E-11128
120
10,50
Pista 04 E-8289 12,30
Pista 07 E-8303 10,10
Pista 08 E-8324 12,30
Pista 12 E-9259 10,30
Pista 12 E-9260 10,20
Pista 12 E-9261 9,40
Pista 13 E-9526 11,10
Pista 13 E-9541 11,30
Pista 13 E-9542 10,60
Pista 14 E-9608 8,00
Pista 14 E-9610 9,40
Pista 14 E-9612 9,80
Pista 15 E-9657 10,40
Pista 18 E-9892
180
10,40
Pista 04 E-8289 13,20
Pista 07 E-8303 11,90
Pista 08 E-8324
365
12,60
Tabela B.2 Resistência à Compressão simples - Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 07 P7F2CP2 8,20
Pista 07 P7F3CP1 6,80
Pista 07 P7F4CP1 5,90
Pista 07 P7F5CP1 7,40
Pista 07 P7F5CP2 8,00
Pista 07 P7F6CP1 6,50
Pista 07 P7F7CP1 7,20
Pista 07 P7F12CP1 6,00
Pista 07 P7F12CP2 5,80
Pista 08 P8F1CP3 10,90
Pista 08 P8F2CP3 10,10
Pista 08 P8F7CP2 9,80
Pista 12 P12F1CP1 5,40
Pista 12 P12F2CP1 5,40
Pista 12 P12F11CP1 5,80
Pista 12 P12F15CP1 5,40
Pista 12 P12F18CP1 5,40
Pista 12 P12F20CP1 6,40
Pista 12 P12F22CP1 5,70
Pista 12 P12F23CP1 5,60
Pista 12 P12F25CP1 6,70
Pista 12 P12F27CP1 6,00
Pista 12 P12F28CP1 7,00
Pista 12 P12F28CP2 9,10
Pista 13 P13F1CP1 6,90
Pista 13 P13F2CP1 7,00
Pista 13 P13F10CP1 6,70
Pista 13 P13F15CP1 5,80
Pista 13 P13F21CP2 6,00
Pista 13 P13F26CP1 6,30
Pista 13 P13F28CP1 6,70
Pista 14 P14F7CP1 6,00
Pista 14 P14F8CP1 5,90
Pista 14 P14F14CP1 5,30
Pista 14 P14F16CP1 5,50
Pista 14 P14F17CP1 5,70
Pista 14 P14F25CP1 6,20
Pista 14 P14F27CP1 5,60
Pista 14 P14F28CP2 8,40
Pista 15 P15F2CP2 6,80
Pista 15 P15F12CP1 6,40
Pista 17 P17F19CP2 5,90
Pista 18 P18F23CP1 6,50
Pista 18 P18F23CP2 6,60
Pista 35 P35F9CP1 9,90
Pista 35 P35F9CP2 8,90
Pista 35 P35F9CP3 8,60
Pista 35 P35F10CP1 9,10
Pista 35 P35F10CP2 8,70
Pista 35 P35F10CP3 7,90
Pista 35 P35F11CP1 9,30
Pista 35 P35F11CP2 8,50
Pista 35 P35F11CP3 8,40
Pista 35 P35F12CP1
120
8,50
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 35 P35F12CP2 8,70
Pista 35 P35F12CP3 7,90
Pista 35 P35F13CP1 9,20
Pista 35 P35F13CP2 9,30
Pista 35 P35F13CP3 8,30
Pista 35 P35F14CP1 9,10
Pista 35 P35F14CP2 8,40
Pista 35 P35F14CP3 7,90
Pista 35 P35F29CP1 8,40
Pista 35 P35F29CP2 8,80
Pista 35 P35F29CP3 8,40
Pista 35 P35F30CP1 8,60
Pista 35 P35F30CP2 8,70
Pista 35 P35F30CP3 7,80
Pista 35 P35F31CP1 8,90
Pista 35 P35F31CP2 8,50
Pista 35 P35F31CP3 7,70
Pista 35 P35F32CP1 9,00
Pista 35 P35F32CP2 9,30
Pista 35 P35F32CP3 9,20
Pista 35 P35F33CP1 9,20
Pista 35 P35F33CP2 9,10
Pista 35 P35F34CP1 9,10
Pista 35 P35F34CP2 8,80
Pista 35 P35F34CP3
120
8,60
Pista 04 P4F2BCP3 7,10
Pista 04 P4F3BCP1 6,90
Pista 04 P4F3CCP1 7,50
Pista 04 P4F4CCP1 6,80
Pista 04 P4F5DCP2 7,50
Pista 04 P4F7DCP2 6,40
Pista 04 P4F8DCP1 4,90
Pista 04 P4F10GCP2 5,10
Pista 04 P4F11GCP2 7,30
Pista 07 P7F11CP3 6,50
Pista 07 P7F1CP1 8,20
Pista 07 P7F2CP1 8,40
Pista 08 P8F8CP1 10,40
Pista 08 P8F9CP1 9,20
Pista 08 P8F10CP3 10,90
Pista 12 P12F3CP1 6,40
Pista 12 P12F3CP2 5,70
Pista 12 P12F4CP1 6,70
Pista 12 P12F12CP1 5,40
Pista 12 P12F16CP1 5,80
Pista 12 P12F19CP1 9,10
Pista 12 P12F20CP2 10,00
Pista 12 P12F22CP2 8,40
Pista 12 P12F24CP1 7,60
Pista 12 P12F26CP1 6,90
Pista 12 P12F27CP2 9,10
Pista 12 P12F28CP3 10,50
Pista 13 P13F3CP1 7,60
Pista 13 P13F5CP1 7,70
Pista 13 P13F11CP1
180
7,10
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 13 P13F16CP1 7,60
Pista 13 P13F19CP2 7,70
Pista 13 P13F23CP2 7,90
Pista 14 P14F12CP2 8,90
Pista 14 P14F13CP1 5,90
Pista 14 P14F14CP2 8,40
Pista 14 P14F16CP2 8,80
Pista 14 P14F21CP1 7,10
Pista 14 P14F25CP2 8,40
Pista 14 P14F28CP1 6,60
Pista 15 P15F22CP1 7,60
Pista 15 P15F22CP2 7,50
Pista 15 P15F23CP2 8,50
Pista 16 P16F16CP1 7,50
Pista 17 P17F18CP3 7,00
Pista 17 P17F22CP2 7,20
Pista 18 P18F24CP1 8,00
Pista 18 P18F23CP3
180
7,30
Pista 04 P4F1BCP2 11,80
Pista 04 P4F2ACP1 7,00
Pista 04 P4F2ACP2 9,60
Pista 04 P4F3ACP1 7,60
Pista 04 P4F8BCP1 7,70
Pista 04 P4F8BCP2 9,90
Pista 04 P4F8DCP3 8,40
Pista 04 P4F9GCP2 7,30
Pista 04 P4F9GCP3 7,80
Pista 07 P7F12CP3 7,20
Pista 07 P7F13CP1 6,60
Pista 07 P7F14CP1 6,80
Pista 07 P7F15CP1 6,40
Pista 07 P7F17CP1 8,70
Pista 08 P8F12CP1 10,50
Pista 08 P8F13CP1 10,60
Pista 08 P8F14CP3
365
12,60
Nas Tabelas B.3 e B.4 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
massa específica do concreto endurecido para caracterização do CCR na camada,
realizados em corpos-de-prova moldados e extraídos.
Tabela B.3 Massa Específica - Corpos-de-prova moldados.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Massa Específica
(Kg/m³)
Pista 07 E-8303 2550
Pista 08 E-8324 2532
Pista 12 E-9261 2515
Pista 13 E-9542 2511
Pista 14 E-9612
7
2513
Pista 07 E-8289 2542
Pista 07 E-8301 2549
Pista 07 E-8302 2555
Pista 07 E-8303 2535
Pista 08 E-8323 2545
Pista 08 E-8324 2529
Pista 08 E-8325 2536
Pista 12 E-9259 2542
Pista 12 E-9260 2560
Pista 12 E-9261 2541
Pista 13 E-9526 2550
Pista 13 E-9541 2533
Pista 13 E-9542 2531
Pista 14 E-9608 2560
Pista 14 E-9610 2543
Pista 14 E-9612 2530
Pista 15 E-9657 2539
Pista 16 E-9693 2562
Pista 17 E-9799 2500
Pista 18 E-9892
28
2557
Pista 08 E-8289 2543
Pista 08 E-8323 2561
Pista 08 E-8324 2538
Pista 08 E-8325 2542
Pista 12 E-9259 2541
Pista 12 E-9260 2558
Pista 12 E-9261 2527
Pista 13 E-9526 2535
Pista 13 E-9541 2517
Pista 13 E-9542 2515
Pista 14 E-9608 2550
Pista 14 E-9610 2548
Pista 14 E-9612 2519
Pista 15 E-9657 2540
Pista 16 E-9693 2557
Pista 17 E-9799 2515
Pista 18 E-9892
90
2548
Pista 12 E-9261 2518
Pista 13 E-9542 2532
Pista 14 E-9612
120
2530
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Massa Específica
(Kg/m³)
Pista 35 E-11125 2517
Pista 35 E-11125 2519
Pista 35 E-11125 2517
Pista 35 E-11126 2541
Pista 35 E-11126 2524
Pista 35 E-11126 2529
Pista 35 E-11127 2549
Pista 35 E-11127 2525
Pista 35 E-11127 2558
Pista 35 E-11128 2500
Pista 35 E-11128 2530
Pista 35 E-11128
120
2524
Pista 07 E-8289 2620
Pista 07 E-8303 2539
Pista 08 E-8324 2518
Pista 12 E-8289 2559
Pista 12 E-9259 2529
Pista 12 E-9260 2544
Pista 12 E-9261 2526
Pista 13 E-9526 2540
Pista 13 E-9541 2530
Pista 13 E-9542 2518
Pista 14 E-9608 2543
Pista 14 E-9610 2530
Pista 14 E-9612 2530
Pista 15 E-9657 2537
Pista 18 E-9892
120
2520
Pista 07 E-8289 2559
Pista 07 E-8303 2523
Pista 08 E-8324
365
2545
Tabela B.4 Massa Específica - Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 07 P7F2CP2 2517
Pista 07 P7F3CP1 2505
Pista 07 P7F4CP1 2493
Pista 07 P7F5CP1 2512
Pista 07 P7F5CP2 2515
Pista 07 P7F6CP1 2510
Pista 07 P7F7CP1 2502
Pista 07 P7F12CP1 2543
Pista 07 P7F12CP2 2500
Pista 08 P8F1CP3 2565
Pista 08 P8F2CP3 2541
Pista 08 P8F7CP2 2529
Pista 12 P12F1CP1 2522
Pista 12 P12F2CP1 2535
Pista 12 P12F11CP1 2517
Pista 12 P12F15CP1 2537
Pista 12 P12F18CP1 2508
Pista 12 P12F20CP1 2525
Pista 12 P12F22CP1 2532
Pista 12 P12F23CP1 2517
Pista 12 P12F25CP1 2510
Pista 12 P12F27CP1 2511
Pista 12 P12F28CP1 2508
Pista 12 P12F28CP2 2520
Pista 13 P13F1CP1 2492
Pista 13 P13F2CP1 2500
Pista 13 P13F10CP1 2509
Pista 13 P13F15CP1 2523
Pista 13 P13F21CP2 2527
Pista 13 P13F26CP1 2509
Pista 13 P13F28CP1 2518
Pista 14 P14F7CP1 2490
Pista 14 P14F8CP1 2514
Pista 14 P14F14CP1 2489
Pista 14 P14F16CP1 2520
Pista 14 P14F17CP1 2488
Pista 14 P14F25CP1 2511
Pista 14 P14F27CP1 2491
Pista 14 P14F28CP2 2539
Pista 15 P15F2CP2 2509
Pista 15 P15F12CP1 2539
Pista 17 P17F19CP2 2538
Pista 18 P18F23CP1 2528
Pista 18 P18F23CP2 2505
Pista 35 P35F9CP1 2573
Pista 35 P35F9CP2 2559
Pista 35 P35F9CP3 2542
Pista 35 P35F10CP1 2542
Pista 35 P35F10CP2 2529
Pista 35 P35F10CP3 2538
Pista 35 P35F11CP1 2528
Pista 35 P35F11CP2 2528
Pista 35 P35F11CP3 2552
Pista 35 P35F12CP1
120
2539
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 35 P35F12CP2 2539
Pista 35 P35F12CP3 2568
Pista 35 P35F13CP1 2572
Pista 35 P35F13CP2 2566
Pista 35 P35F13CP3 2558
Pista 35 P35F14CP1 2549
Pista 35 P35F14CP2 2546
Pista 35 P35F14CP3 2547
Pista 35 P35F29CP1 2545
Pista 35 P35F29CP2 2544
Pista 35 P35F29CP3 2543
Pista 35 P35F30CP1 2548
Pista 35 P35F30CP2 2541
Pista 35 P35F30CP3 2541
Pista 35 P35F31CP1 2529
Pista 35 P35F31CP2 2538
Pista 35 P35F31CP3 2559
Pista 35 P35F32CP1 2557
Pista 35 P35F32CP2 2549
Pista 35 P35F32CP3 2557
Pista 35 P35F33CP2 2550
Pista 35 P35F34CP1 2528
Pista 35 P35F34CP2 2560
Pista 35 P35F34CP3
120
2552
Pista 04 P4F2BCP3 2412
Pista 04 P4F3BCP1 2456
Pista 04 P4F3CCP1 2441
Pista 04 P4F4CCP1 2441
Pista 04 P4F5DCP2 2440
Pista 04 P4F7DCP2 2423
Pista 04 P4F8DCP1 2454
Pista 04 P4F10GCP2 2441
Pista 07 P7F11CP3 2542
Pista 07 P7F1CP1 2532
Pista 07 P7F2CP1 2532
Pista 08 P8F8CP1 2574
Pista 08 P8F9CP1 2550
Pista 08 P8F10CP3 2529
Pista 12 P12F3CP1 2520
Pista 12 P12F3CP2 2539
Pista 12 P12F4CP1 2567
Pista 12 P12F12CP1 2535
Pista 12 P12F16CP1 2547
Pista 12 P12F19CP1 2531
Pista 12 P12F20CP2 2563
Pista 12 P12F22CP2 2522
Pista 12 P12F24CP1 2527
Pista 12 P12F26CP1 2525
Pista 12 P12F27CP2 2546
Pista 12 P12F28CP3 2533
Pista 14 P14F12CP2 2528
Pista 14 P14F13CP1 2510
Pista 14 P14F14CP2 2538
Pista 14 P14F16CP2 2538
Pista 14 P14F25CP2
180
2533
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à
Compressão (MPa)
Pista 14 P14F28CP1 2521
Pista 15 P15F22CP1 2507
Pista 15 P15F22CP2 2518
Pista 15 P15F23CP2 2526
Pista 16 P16F16CP1 2532
Pista 17 P17F18CP3 2536
Pista 17 P17F22CP2 2528
Pista 18 P18F24CP1 2550
Pista 18 P18F23CP3
180
2524
Pista 04 P4F1BCP2 2455
Pista 04 P4F2ACP1 2431
Pista 04 P4F2ACP2 2479
Pista 04 P4F3ACP1 2454
Pista 04 P4F8BCP1 2456
Pista 04 P4F8BCP2 2443
Pista 04 P4F8DCP3 2437
Pista 04 P4F9GCP3 2465
Pista 07 P7F12CP3 2569
Pista 07 P7F13CP1 2546
Pista 07 P7F14CP1 2540
Pista 07 P7F15CP1 2532
Pista 07 P7F17CP1 2538
Pista 08 P8F12CP1 2569
Pista 08 P8F13CP1 2546
Pista 08 P8F14CP3
365
2540
ANEXO C – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
SIMPLES – NA CAMADA
Nas Tabelas C.1 e C.2 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência à tração simples para caracterização do CCR na camada, realizados em
corpos-de-prova moldados e extraídos.
Tabela C.1 Resistência à Tração Simples – Corpos-de-prova moldados.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Resistência à Tração
Simples (MPa)
Pista 07 E-8290 0,58
Pista 07 E-8303 0,12
Pista 08 E-8324 0,12
Pista 12 E-9261 0,15
Pista 13 E-9542 0,23
Pista 14 E-9612
7
0,28
Pista 07 E-8290 1,15
Pista 07 E-8303 0,25
Pista 08 E-8324 0,46
Pista 12 E-9261 0,43
Pista 13 E-9542 0,41
Pista 14 E-9612
28
0,53
Pista 07 E-8290 1,51
Pista 07 E-8303 0,65
Pista 08 E-8324 0,80
Pista 12 E-9261 0,87
Pista 13 E-9542 0,76
Pista 14 E-9612
90
0,79
Pista 12 E-9261 1,06
Pista 13 E-9542 1,06
Pista 14 E-9612
120
0,84
Pista 07 E-8303 0,85
Pista 08 E-8324 1,07
Pista 12 E-9261 1,14
Pista 13 E-9542 1,11
Pista 14 E-9612
180
0,99
Pista 07 E-8303 1,11
Pista 08 E-8324
365
1,18
Tabela C.2 Resistência à Tração Simples – Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à Tração
Simples (MPa)
Pista 07 P7F8CP1 0,40
Pista 07 P7F7CP2 0,33
Pista 07 P7F8CP2 0,39
Pista 08 P8F24CP1 0,72
Pista 12 P12F5CP1 0,82
Pista 12 P12F13CP1 0,78
Pista 12 P12F21CP1 0,61
Pista 12 P12F16CP2 0,87
Pista 12 P12F24CP2 0,64
Pista 13 P13F11CP2 0,71
Pista 13 P13F12CP1 0,52
Pista 13 P13F16CP2 0,72
Pista 13 P13F24CP2 0,69
Pista 14 P14F19CP1 0,72
Pista 14 P14F19CP2 0,70
Pista 14 P14F27CP2
120
0,64
Pista 04 P4F8CCP1 0,41
Pista 04 P4F11GCP1 0,59
Pista 04 P4F12GCP1 0,51
Pista 07 P7F9CP1 0,42
Pista 08 P8F25CP1 0,55
Pista 08 P8F26CP1 0,65
Pista 12 P12F6CP1 0,66
Pista 12 P12F7CP1 0,59
Pista 12 P12F14CP1 0,90
Pista 12 P12F17CP1 0,64
Pista 12 P12F22CP3 0,57
Pista 12 P12F24CP3 0,84
Pista 13 P13F13CP2 0,63
Pista 13 P13F25CP2 0,89
Pista 14 P14F22CP1 0,85
Pista 14 P14F22CP2 0,57
Pista 14 P14F27CP3
180
0,73
Pista 04 P4F4DCP1 0,60
Pista 04 P4F6DCP2 0,69
Pista 04 P4F7ACP2 0,69
Pista 08 P8F28CP3
365
0,68
ANEXO D – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
POR COMPRESSÃO DIAMETRAL – NA CAMADA
Nas Tabelas D.1 e D.2 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência à tração por compressão diametral para caracterização do CCR na camada,
realizados em corpos-de-prova moldados e extraídos.
Tabela D.1 Resistência à Tração por Compressão Diametral – corpos-de-prova moldados.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Resistência à Tração
Diametral (MPa)
Pista 07 E-8303 0,24
Pista 08 E-8324 0,12
Pista 12 E-9261 0,25
Pista 13 E-9542 0,22
Pista 14 E-9612
7
0,31
Pista 07 E-8303 0,53
Pista 08 E-8324 0,64
Pista 12 E-9261 0,64
Pista 13 E-9542 0,65
Pista 14 E-9612
28
0,73
Pista 07 E-8303 1,14
Pista 08 E-8324 1,40
Pista 12 E-9261 1,20
Pista 13 E-9542 1,24
Pista 14 E-9612
90
1,21
Pista 12 E-9261 1,31
Pista 13 E-9542 1,33
Pista 14 E-9612 1,30
Pista 35 E-11125 1,40
Pista 35 E-11125 1,54
Pista 35 E-11125 1,71
Pista 35 E-11126 1,60
Pista 35 E-11126 1,54
Pista 35 E-11126 1,51
Pista 35 E-11126 1,40
Pista 35 E-11126 1,68
Pista 35 E-11126 1,29
Pista 35 E-11127 1,73
Pista 35 E-11127 1,57
Pista 35 E-11127 1,49
Pista 35 E-11128 1,68
Pista 35 E-11128 1,76
Pista 35 E-11128
120
1,65
Pista 07 E-8303 1,5
Pista 08 E-8324 1,78
Pista 12 E-9261 1,60
Pista 13 E-9542 1,78
Pista 14 E-9612
180
1,64
Pista 07 E-8303 1,82
Pista 08 E-8324
365
1,90
Tabela D.2 Resistência à Tração por Compressão Diametral – Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Resistência à Tração
Diametral (MPa)
Pista 07 P7F22CP1 0,87
Pista 07 P7F23CP1 0,83
Pista 08 P8F14CP1 1,44
Pista 08 P8F14CP2 1,36
Pista 12 P12F1CP3 1,51
Pista 12 P12F5CP3 1,20
Pista 12 P12F23CP2 0,86
Pista 13 P13F1CP2 1,35
Pista 13 P13F1CP3 1,17
Pista 14 P14F18CP1 1,42
Pista 14 P14F18CP2 1,56
Pista 14 P14F25CP3
120
1,47
Pista 04 P4F7BCP2 1,20
Pista 04 P4F8ACP2 1,39
Pista 07 P7F24CP1 0,90
Pista 08 P8F17CP2 1,48
Pista 08 P8F23CP1 1,50
Pista 12 P12F8CP1 1,44
Pista 12 P12F9CP1 1,37
Pista 14 P14F20CP1 1,18
Pista 14 P14F20CP2 1,35
Pista 14 P14F26CP1
180
1,07
Pista 07 P7F27CP1 1,07
Pista 07 P7F26CP2 1,24
Pista 08 P8F27CP1
365
1,78
ANEXO E – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE MÓDULO DE
ELASTICIDADE – NA CAMADA
Nas Tabelas E.1 e E.2 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
módulo de elasticidade para caracterização do CCR na camada, realizados em corpos-
de-prova moldados e extraídos.
Tabela E.1 Módulo de Elasticidade – Corpos-de-prova moldados.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Módulo de
Elasticidade (GPa)
Pista 07 E-8303 3,15
Pista 08 E-8324 2,51
Pista 12 E-9261 9,06
Pista 13 E-9542 6,02
Pista 14 E-9612
7
7,24
Pista 07 E-8303 10,14
Pista 08 E-8324 13,76
Pista 12 E-9261 17,08
Pista 13 E-9542 18,95
Pista 14 E-9612
28
24,46
Pista 07 E-8303 24,60
Pista 08 E-8324 29,30
Pista 14 E-9612
90
29,63
Pista 12 E-9261 27,10
Pista 13 E-9542 33,43
Pista 14 E-9612 35,40
Pista 35 E-11125 33,60
Pista 35 E-11125 34,60
Pista 35 E-11125 34,80
Pista 35 E-11126 35,90
Pista 35 E-11126 30,20
Pista 35 E-11126 31,90
Pista 35 E-11126 31,10
Pista 35 E-11126 33,70
Pista 35 E-11126 33,60
Pista 35 E-11127 33,10
Pista 35 E-11127 36,90
Pista 35 E-11127 34,10
Pista 35 E-11128 25,80
Pista 35 E-11128 26,60
Pista 35 E-11128
120
27,9
Pista 08 E-8324 38,29
Pista 12 E-9261 30,33
Pista 13 E-9542
180
33,00
Pista 07 E-8303 33,10
Pista 08 E-8324
365
41,17
Tabela E.2 Módulo de Elasticidade – Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Módulo de
Elasticidade (GPa)
Pista 07 P7F3CP1 9,65
Pista 07 P7F6CP1 11,31
Pista 07 P7F12CP1 10,01
Pista 07 P7F12CP2 14,92
Pista 08 P8F1CP3 14,92
Pista 08 P8F2CP3 12,87
Pista 12 P12F1CP1 17,39
Pista 12 P12F2CP1 12,80
Pista 12 P12F11CP1 13,11
Pista 12 P12F15CP1 18,11
Pista 12 P12F18CP1 17,74
Pista 12 P12F20CP1 16,16
Pista 12 P12F22CP1 15,75
Pista 12 P12F23CP1 16,04
Pista 12 P12F25CP1 15,46
Pista 12 P12F27CP1 16,70
Pista 12 P12F28CP1 15,78
Pista 12 P12F28CP2 15,02
Pista 13 P13F1CP1 9,86
Pista 13 P13F2CP1 13,48
Pista 13 P13F10CP1 11,89
Pista 13 P13F15CP1 9,92
Pista 13 P13F21CP2 10,97
Pista 13 P13F26CP1 11,03
Pista 13 P13F28CP1 9,46
Pista 14 P14F7CP1 9,38
Pista 14 P14F8CP1 10,93
Pista 14 P14F14CP1 13,83
Pista 14 P14F16CP1 11,71
Pista 14 P14F17CP1 12,07
Pista 14 P14F25CP1 11,28
Pista 14 P14F27CP1 16,56
Pista 15 P15F2CP2 13,53
Pista 17 P17F19CP2 10,70
Pista 18 P18F23CP2 18,40
Pista 35 P35F9CP1 17,20
Pista 35 P35F9CP2 14,70
Pista 35 P35F9CP3 19,50
Pista 35 P35F10CP1 14,90
Pista 35 P35F10CP2 12,40
Pista 35 P35F10CP3 19,10
Pista 35 P35F11CP1 13,30
Pista 35 P35F11CP2 15,30
Pista 35 P35F11CP3 16,10
Pista 35 P35F12CP1 15,60
Pista 35 P35F12CP2 13,60
Pista 35 P35F12CP3 17,60
Pista 35 P35F13CP1 20,00
Pista 35 P35F13CP2 15,20
Pista 35 P35F13CP3 16,80
Pista 35 P35F14CP1 11,20
Pista 35 P35F14CP2 11,00
Pista 35 P35F14CP3 16,50
Pista 35 P35F29CP1
120
15,30
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Módulo de
Elasticidade (GPa)
Pista 35 P35F29CP2 15,80
Pista 35 P35F29CP3 16,70
Pista 35 P35F30CP1 9,50
Pista 35 P35F30CP2 12,00
Pista 35 P35F30CP3 16,00
Pista 35 P35F31CP1 11,90
Pista 35 P35F31CP2 13,40
Pista 35 P35F31CP3 17,80
Pista 35 P35F32CP1 19,80
Pista 35 P35F32CP2 16,70
Pista 35 P35F32CP3 13,10
Pista 35 P35F33CP1 15,50
Pista 35 P35F33CP2 18,30
Pista 35 P35F34CP1 11,30
Pista 35 P35F34CP2
120
14,40
Pista 04 P4F2BCP3 14,56
Pista 04 P4F3BCP1 17,52
Pista 04 P4F7DCP2 12,00
Pista 04 P4F8DCP1 12,00
Pista 04 P4F10GCP2 22,15
Pista 04 P4F11GCP2 19,55
Pista 07 P7F1CP1 18,81
Pista 07 P7F2CP1 19,05
Pista 07 P7F11CP3 21,89
Pista 08 P8F8CP1 20,28
Pista 08 P8F9CP1 18,54
Pista 12 P12F3CP1 13,79
Pista 12 P12F3CP2 11,20
Pista 12 P12F4CP1 10,97
Pista 12 P12F16CP1 11,01
Pista 12 P12F19CP1 20,16
Pista 12 P12F20CP2 12,23
Pista 12 P12F26CP1 11,41
Pista 12 P12F27CP2 14,58
Pista 12 P12F28CP3 10,48
Pista 13 P13F16CP1 16,10
Pista 13 P13F19CP2 16,34
Pista 13 P13F23CP2 16,64
Pista 14 P14F12CP2 11,54
Pista 14 P14F13CP1 15,23
Pista 14 P14F14CP2 14,32
Pista 14 P14F16CP2 11,11
Pista 14 P14F21CP1 14,59
Pista 14 P14F25CP2 14,10
Pista 15 P15F22CP2 10,20
Pista 15 P15F23CP2 22,70
Pista 16 P16F16CP1 15,00
Pista 17 P17F18CP3 12,50
Pista 18 P18F24CP1
180
10,80
Pista 04 P4F1BCP2 11,10
Pista 04 P4F2ACP2 14,93
Pista 04 P4F3ACP1 12,96
Pista 04 P4F9GCP2 18,94
Pista 04 P4F9GCP2
365
23,86
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Módulo de
Elasticidade (GPa)
Pista 04 P4F9GCP3 12,41
Pista 07 P7F17CP1 19,10
Pista 08 P8F12CP1 20,70
Pista 08 P8F13CP1
365
20,50
ANEXO F – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO
CISALHAMENTO DIRETO – NA CAMADA
Na Tabelas F.1 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência ao cisalhamento direto para caracterização do CCR na camada, realizados
em corpos-de-prova moldados e extraídos.
Tabela F.1 Cisalhamento Direto – Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Dosagem
E-
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 07 E-8303 900 1963
Pista 07 E-8303 1800 2926
Pista 07 E-8303 2700 3869
1488 46,0 0,981
Pista 12 E-9261 900 2276
Pista 12 E-9261 1800 2817
Pista 12 E-9261 2700 3490
1646 34,0 1,000
Pista 13 E-9542 900 1924
Pista 13 E-9542 1800 3133
Pista 13 E-9542 2700 3715
1133 45,0 0,980
Pista 14 E-9612 900 1773
Pista 14 E-9612 1800 2895
Pista 14 E-9612
90
2700 3627
903 46,0 0,993
Pista 08 E-8324 900 2321
Pista 08 E-8324 1800 3207
Pista 08 E-8324 2700 3809
1428 45,2 1,000
Pista 12 E-9261 900 2408
Pista 12 E-9261 1800 3094
Pista 12 E-9261 2700 3586
1815 34,0 0,995
Pista 13 E-9542 900 1981
Pista 13 E-9542 1800 2802
Pista 13 E-9542 2700 3450
1272 40,0 0,998
Pista 14 E-9612 900 2074
Pista 14 E-9612 1800 2614
Pista 14 E-9612
120
2700 3604
1208 41,0 0,986
Pista 07 E-8303 900 2373
Pista 07 E-8303 1800 3369
Pista 07 E-8303 2700 3758
1569 43,7 0,991
Pista 08 E-8324 900 2672
Pista 08 E-8324 1800 3319
Pista 08 E-8324 2700 3882
1936 39,0 0,998
Pista 14 E-9612 900 1790
Pista 14 E-9612 1800 2873
Pista 14 E-9612
180
2700 4205
519 53,0 0,997
Pista 07 E-8303 900 2313
Pista 07 E-8303 1800 3485
Pista 07 E-8303 2700 4283
1126 53,2 1,000
Pista 08 E-8324 900 2726
Pista 08 E-8324 1800 3524
Pista 08 E-8324
365
2700 4363
1714 47,5 0,992
Pista 07 P7F18CP1* 900 1896
Pista 07 P7F19CP1* 1800 2654
Pista 07 P7F16CP2*
180
2700 3618
811 48,7 0,983
* Corpos-de-prova extraídos
ANEXO G – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE PERMEABILIDADE – NA
CAMADA
Na Tabela G.1 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
permeabilidade à água do CCR na camada, realizados em corpos-de-prova extraídos.
Tabela G.1 Permeabilidade à Água – Corpos-de-prova extraídos.
Pista
Identificação
doCP
Idade
(dia)
Permeabilidade
(m/s)
Pista 04 P4F1BCP1 1,204E-10
Pista 04 P4F1CCP3 5,270E-11
Pista 04 P4F1DCP3 8,124E-11
Pista 04 P4F8CCP2 2,684E-10
Pista 04 P4F2BCP2 1,672E-10
Pista 04 P4F3CCP2 1,371E-10
Pista 04 P4F3DCP2 7,800E-11
Pista 04 P4F4BCP1 1,509E-10
Pista 04 P4F5CCP2 1,130E-10
Pista 04 P4F8DCP2 1,458E-10
Pista 04 P4F2DCP1 2,707E-10
Pista 04 P4F3DCP1 6,942E-11
Pista 07 P7F2CP3 7,407E-11
Pista 07 P7F7CP3 4,337E-10
Pista 07 P7F10CP2 5,295E-10
Pista 07 P7F11CP2 5,449E-10
Pista 07 P7F20CP1 1,602E-10
Pista 08 P8F1CP1 1,279E-10
Pista 08 P8F10CP1 1,297E-10
Pista 08 P8F2CP1 9,159E-11
Pista 08 P8F4BCP1 1,079E-10
Pista 12 P12F23CP3 9,710E-12
Pista 12 P12F27CP3 1,282E-11
Pista 12 P12F5CP2 1,157E-11
Pista 12 P12F8CP2
120
2,100E-12
ANEXO H – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
POR COMPRESSÃO DIAMETRAL – NA JUNTA
Nas Tabelas H.1 a H.8 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência à tração por compressão diametral em função das variáveis, Intervalo de
Lançamento, Temperatura de Exposição da Junta, Utilização de Argamassa de ligação e
Tipo de Tratamento da Junta, realizados em corpos-de-prova extraídos nas juntas entre
camadas dos maciços experimentais.
Tabela H.1 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 0h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 04 2C III / IV P4F2CCP1 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,79
Pista 04 5B II / III P4F5BCP2 0h 25ºC não Ar Comprimido 1,09
Pista 04 11E III / IV P4F11ECP2 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,62
Pista 04 12E III / IV P4F12ECP2 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,63
Pista 04 10F II / III P4F10FCP2 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,93
Pista 04 11F II / III P4F11FCP2 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,73
Pista 04 12F II / III P4F12FCP1 0h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,80
Pista 07 F30 II / III P7F30CP1 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,68
Pista 07 F32 II / III P7F32CP2 0h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,85
Pista 07 F34 II / III P7F34CP1 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,88
Pista 07 F34 II / III P7F34CP2 0h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,79
Pista 18 F25 III / IV P18F25CP1 0h 25ºC não Apicoamento 0,87
Pista 18 F25 III / IV P18F25CP2 0h 25ºC não Apicoamento 1,04
Pista 18 F31 III / IV P18F31CP1 0h 25ºC não Apicoamento 0,83
Pista 18 F31 III / IV P18F31CP3 0h 25ºC não Apicoamento
120
0,73
Pista 18 F28 III / IV P18F28CP1 0h 25ºC não Apicoamento 0,92
Pista 18 F28 III / IV P18F28CP2 0h 25ºC não Apicoamento 0,80
Pista 18 F34 III / IV P18F34CP1 0h 25ºC não Apicoamento 1,01
Pista 18 F34 III / IV P18F34CP3 0h 25ºC não Apicoamento
180
1,02
Tabela H.2 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 4h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 07 F29 III / IV P7F29CP1 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,34
Pista 07 F31 III / IV P7F31CP1 4h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,31
Pista 07 F31 III / IV P7F31CP2 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,57
Pista 07 F33 III / IV P7F33CP1 4h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,67
Pista 08 F30 II / III P8F30CP1 4h 45ºC não Ar Comprimido 120 0,68
Pista 08 F32 II / III P8F32CP1 4h 45ºC não Ar Comprimido 0,76
Pista 08 F32 II / III P8F32CP2 4h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,60
Pista 08 F32 II / III P8F32CP3 4h 45ºC não Ar Comprimido 365 0,93
Pista 08 F30 II / III P8F30CP1 4h 45ºC não Ar Comprimido 120 0,68
Pista 08 F32 II / III P8F32CP1 4h 45ºC não Ar Comprimido 0,76
Pista 08 F32 II / III P8F32CP2 4h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,60
Pista 08 F32 II / III P8F32CP3 4h 45ºC não Ar Comprimido 365 0,93
Pista 15 F27 I / II P15F27CP1 4h 25ºC não Apicoamento 0,76
Pista 15 F27 I / II P15F27CP2 4h 25ºC não Apicoamento 0,75
Pista 15 F33 I / II P15F33CP1 4h 25ºC não Apicoamento 0,91
Pista 15 F33 I / II P15F33CP2 4h 25ºC não Apicoamento
120
0,88
Pista 15 F30 I / II P15F30CP1 4h 25ºC não Apicoamento 0,70
Pista 15 F36 I / II P15F36CP1 4h 25ºC não Apicoamento 0,95
Pista 15 F36 I / II P15F36CP2 4h 25ºC não Apicoamento
180
0,98
Pista 17 F27 I / II P17F27CP1 4h 45ºC não Apicoamento 0,89
Pista 17 F27 I / II P17F27CP2 4h 45ºC não Apicoamento 0,79
Pista 17 F33 I / II P17F33CP1 4h 45ºC não Apicoamento
120
0,48
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 17 F33 I / II P17F33CP2 4h 45ºC não Apicoamento 120 0,79
Pista 17 F30 I / II P17F30CP1 4h 45ºC não Apicoamento 0,97
Pista 17 F30 I / II P17F30CP2 4h 45ºC não Apicoamento 0,94
Pista 17 F36 I / II P17F36CP1 4h 45ºC não Apicoamento 1,43
Pista 17 F36 I / II P17F36CP2 4h 45ºC não Apicoamento
180
0,97
Tabela H.3 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 8h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 12 F30 II / III P12F30CP1 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,96
Pista 12 F32 II / III P12F32CP1 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,72
Pista 12 F34 II / III P12F34CP1 8h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,42
Pista 12 F30 II / III P12F30CP2 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,31
Pista 12 F32 II / III P12F32CP2 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,82
Pista 12 F34 II / III P12F34CP2 8h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,65
Pista 08 F29 III / IV P8F29CP1 8h 45ºC não Ar Comprimido 0,42
Pista 08 F29 III / IV P8F29CP2 8h 45ºC não Ar Comprimido
120
0,62
Pista 08 F31 III / IV P8F31CP1 8h 45ºC não Ar Comprimido 0,95
Pista 08 F31 III / IV P8F31CP2 8h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,59
Pista 08 F33 III / IV P8F33CP1 8h 45ºC não Ar Comprimido 1,05
Pista 08 F33 III / IV P8F33CP2 8h 45ºC não Ar Comprimido
365
0,68
Pista 15 F32 II / III P15F32CP1 8h 25ºC não Apicoamento 0,74
Pista 15 F32 II / III P15F32CP2 8h 25ºC não Apicoamento
120
0,90
Pista 15 F35 II / III P15F35CP1 8h 25ºC não Apicoamento 1,34
Pista 15 F35 II / III P15F35CP2 8h 25ºC não Apicoamento 1,15
Pista 16 F35 II / III P16F35CP1 8h 45ºC não Apicoamento 1,36
Pista 16 F35 II / III P16F35CP2 8h 45ºC não Apicoamento
180
1,39
Tabela H.4 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 8h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 13 F29 III / IV P13F29CP1 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,99
Pista 13 F31 III / IV P13F31CP1 8h 25ºC sim Ar Comprimido 1,10
Pista 13 F33 III / IV P13F33CP1 8h 25ºC sim Ar Comprimido
120
1,02
Pista 13 F29 III / IV P13F29CP2 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,79
Pista 13 F31 III / IV P13F31CP3 8h 25ºC sim Ar Comprimido 1,19
Pista 13 F33 III / IV P13F33CP2 8h 25ºC sim Ar Comprimido
180
1,19
Pista 18 F27 I / II P18F27CP1 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,92
Pista 18 F27 I / II P18F27CP2 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,90
Pista 18 F33 I / II P18F33CP1 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,76
Pista 18 F33 I / II P18F33CP2 8h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,59
Pista 18 F30 I / II P18F30CP1 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,67
Pista 18 F30 I / II P18F30CP2 8h 45ºC sim Ar Comprimido 1,05
Pista 18 F36 I / II P18F36CP1 8h 45ºC sim Ar Comprimido 1,33
Pista 18 F36 I / II P18F36CP2 8h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,64
Pista 15 F26 II / III P15F26CP1 8h 25ºC sim Apicoamento 0,80
Pista 15 F26 II / III P15F26CP3 8h 25ºC sim Apicoamento
120
0,70
Pista 15 F29 II / III P15F29CP1 8h 25ºC sim Apicoamento 0,93
Pista 15 F29 II / III P15F29CP2 8h 25ºC sim Apicoamento 0,57
Pista 16 F29 II / III P16F29CP1 8h 45ºC sim Apicoamento
180
1,09
Tabela H.5 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 12h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 12 F29 III / IV P12F29CP1 12h 25ºC não Ar Comprimido 0,67
Pista 12 F31 III / IV P12F31CP1 12h 25ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 12 F33 III / IV P12F33CP1 12h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,74
Pista 12 F29 III / IV P12F29CP2 12h 25ºC não Ar Comprimido 0,53
Pista 12 F31 III / IV P12F31CP2 12h 25ºC não Ar Comprimido 0,77
Pista 12 F33 III / IV P12F33CP2 12h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,76
Pista 13 F30 II / III P13F30CP1 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,80
Pista 13 F32 II / III P13F32CP1 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,76
Pista 13 F34 II / III P13F34CP1 12h 45ºC não Ar Comprimido
120
0,74
Pista 13 F30 II / III P13F30CP3 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,99
Pista 13 F32 II / III P13F32CP2 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,65
Pista 13 F34 II / III P13F34CP3 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,40
Pista 16 F34 III / IV P16F34CP1 12h 25ºC não Apicoamento 0,45
Pista 16 F34 III / IV P16F34CP2 12h 25ºC não Apicoamento
180
0,81
Tabela H.6 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 12h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 14 30 II / III P14F30CP1 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,08
Pista 14 32 II / III P14F32CP1 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,05
Pista 14 34 II / III P14F34CP1 12h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,85
Pista 14 30 II / III P14F30CP2 12h 25ºC sim Ar Comprimido 0,90
Pista 14 32 II / III P14F32CP2 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,02
Pista 14 34 II / III P14F34CP2 12h 25ºC sim Ar Comprimido
180
1,16
Pista 18 F26 II / III P18F26CP1 12h 45ºC sim Ar Comprimido 1,20
Pista 18 F26 II / III P18F26CP2 12h 45ºC sim Ar Comprimido
120
1,31
Pista 18 F29 II / III P18F29CP1 12h 45ºC sim Ar Comprimido 1,11
Pista 18 F29 II / III P18F29CP2 12h 45ºC sim Ar Comprimido 1,21
Pista 16 F28 III / IV P16F28CP1 12h 25ºC sim Apicoamento 1,11
Pista 16 F28 III / IV P16F28CP2 12h 25ºC sim Apicoamento
180
0,90
Pista 18 F32 II / III P18F32CP1 12h 45ºC sim Apicoamento 1,21
Pista 18 F32 II / III P18F32CP2 12h 45ºC sim Apicoamento
120
1,18
Pista 18 F35 II / III P18F35CP1 12h 45ºC sim Apicoamento 1,31
Pista 18 F35 II / III P18F35CP2 12h 45ºC sim Apicoamento
180
0,74
Tabela H.7 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 24h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 14 F29 III / IV P14F29CP1 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,99
Pista 14 F31 III / IV P14F31CP1 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,99
Pista 14 F33 III / IV P14F33CP1 24h 25ºC sim Ar Comprimido
120
1,16
Pista 14 F29 III / IV P14F29CP2 24h 25ºC sim Ar Comprimido 1,18
Pista 14 F31 III / IV P14F31CP2 24h 25ºC sim Ar Comprimido 1,27
Pista 14 F33 III / IV P14F33CP2 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
1,27
Pista 17 F25 III / IV P17F25CP1 24h 45ºC sim Ar Comprimido 1,28
Pista 17 F25 III / IV P17F25CP2 24h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,98
Pista 17 F28 III / IV P17F28CP1 24h 45ºC sim Ar Comprimido 1,16
Pista 17 F28 III / IV P17F28CP2 24h 45ºC sim Ar Comprimido 0,97
Pista 16 F30 I / II P16F30CP1 24h 25ºC sim Apicoamento 0,67
Pista 16 F30 I / II P16F30CP2 24h 25ºC sim Apicoamento 1,03
Pista 16 F36 I / II P16F36CP1 24h 25ºC sim Apicoamento 1,03
Pista 16 F36 I / II P16F36CP2 24h 25ºC sim Apicoamento
180
1,13
Pista 17 F31 III / IV P17F31CP1 24h 45ºC sim Apicoamento 120 0,81
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 17 F31 III / IV P17F31CP2 24h 45ºC sim Apicoamento 120 0,87
Pista 17 F34 III / IV P17F34CP1 24h 45ºC sim Apicoamento 1,21
Pista 17 F34 III / IV P17F34CP2 24h 45ºC sim Apicoamento
180
0,94
Tabela H.8 Resistência à Tração por Compressão Diametral com Intervalo de Lançamento de 48h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova extraídos.
Pista Furo Camada Identif. do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utiliz.
Arg.
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Diam.
(MPa)
Pista 15 F25 III / IV P15F25CP1 48h 25ºC sim Ar Comprimido 1,43
Pista 15 F25 III / IV P15F25CP2 48h 25ºC sim Ar Comprimido
120
1,58
Pista 15 F28 III / IV P15F28CP1 48h 25ºC sim Ar Comprimido 1,26
Pista 15 F28 III / IV P15F28CP2 48h 25ºC sim Ar Comprimido
180
1,03
Pista 17 F26 II / III P17F26CP1 48h 45ºC sim Ar Comprimido 1,20
Pista 17 F26 II / III P17F26CP2 48h 45ºC sim Ar Comprimido
120
1,12
Pista 17 F29 II / III P17F29CP1 48h 45ºC sim Ar Comprimido 0,67
Pista 17 F29 II / III P17F29CP2 48h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,99
Pista 15 F31 III / IV P15F31CP1 48h 25ºC sim Apicoamento 1,19
Pista 15 F31 III / IV P15F31CP2 48h 25ºC sim Apicoamento
120
0,56
Pista 15 F34 III / IV P15F34CP1 48h 25ºC sim Apicoamento 1,73
Pista 15 F34 III / IV P15F34CP2 48h 25ºC sim Apicoamento
180
1,53
Pista 17 F32 II / III P17F32CP1 48h 45ºC sim Apicoamento 1,17
Pista 17 F32 II / III P17F32CP2 48h 45ºC sim Apicoamento
120
0,98
Pista 17 F35 II / III P17F35CP1 48h 45ºC sim Apicoamento 0,78
Pista 17 F35 II / III P17F35CP2 48h 45ºC sim Apicoamento
180
0,99
ANEXO I – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
SIMPLES – NA JUNTA
Nas Tabelas I.1 a I.8 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência à tração simples em função das variáveis, Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição da Junta, Utilização de Argamassa de ligação e Tipo de
Tratamento da Junta, realizados em corpos-de-prova moldados e extraídos nas juntas
entre camadas dos maciços experimentais.
Tabela I.1 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 0h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 04 1D III / IV P4F1DCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,42
Pista 04 2B III / IV P4F2BCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
365
0,29
Pista 04 5B III / IV P4F5BCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,21
Pista 04 8A III / IV P4F8ACP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,36
Pista 04 1 D II / III P4F1DCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,50
Pista 04 2C II / III P4F2CCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,19
Pista 04 5A II / III P4F5ACP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
365
0,25
Pista 04 6A II / III P4F6ACP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,49
Pista 04 6B II / III P4F6BCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,46
Pista 07 F23 II / III P7F23CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 07 F24 II / III P7F24CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,47
Pista 07 F25 II / III P7F25CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 0,43
Pista 07 F27 II / III P7F27CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,46
Pista 07 F28 II / III P7F28CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 365 0,23
Pista 18 F10 III / IV P18F10CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 0,74
Pista 18 F11 III / IV P18F11CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 0,59
Pista 18 F12 III / IV P18F12CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 0,29
Pista 18 F19 III / IV P18F19CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 0,52
Pista 18 F20 III / IV P18F20CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento
120
0,59
Pista 18 F21 III / IV P18F21CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 0,74
Pista 18 F22 III / IV P18F22CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento
180
0,69
Pista 18 F7 III / IV P18F7CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 0,64
Pista 18 F8 III / IV P18F8CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento
120
0,65
Pista 18 F8 III / IV P18F9CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 0,21
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 0,86
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento
120
1,06
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 180 1,15
Tabela I.2 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 4h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 07 F28 III / IV P7F28CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 180 0,27
Pista 35 F15 I / II P35F15CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,54
Pista 35 F16 I / II P35F16CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,64
Pista 35 F17 I / II P35F17CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,50
Pista 35 F18 I / II P35F18CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,38
Pista 35 F19 I / II P35F19CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,59
Pista 35 F20 I / II P35F20CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,57
Pista 35 F35 I / II P35F35CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,53
Pista 35 F36 I / II P35F36CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,42
Pista 35 F37 I / II P35F37CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,59
Pista 35 F38 I / II P35F38CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,43
Pista 35 F39 I / II P35F39CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,49
Pista 35 F40 I / II P35F40CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 35 F15 II / III P35F15CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,49
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 35 F16 II / III P35F16CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,28
Pista 35 F17 II / III P35F17CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,53
Pista 35 F18 II / III P35F18CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,44
Pista 35 F19 II / III P35F19CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,50
Pista 35 F20 II / III P35F20CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,14
Pista 35 F35 II / III P35F35CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,49
Pista 35 F36 II / III P35F36CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,67
Pista 35 F37 II / III P35F37CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,50
Pista 35 F38 II / III P35F38CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 35 F39 II / III P35F39CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,48
Pista 35 F40 II / III P35F40CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,52
Pista 35 F15 III / IV P35F15CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,55
Pista 35 F16 III / IV P35F16CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,61
Pista 35 F17 III / IV P35F17CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,49
Pista 35 F18 III / IV P35F18CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,54
Pista 35 F19 III / IV P35F19CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,55
Pista 35 F20 III / IV P35F20CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,58
Pista 35 F35 III / IV P35F35CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,44
Pista 35 F36 III / IV P35F36CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,70
Pista 35 F37 III / IV P35F37CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,66
Pista 35 F38 III / IV P35F38CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 35 F39 III / IV P35F39CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,43
Pista 35 F40 III / IV P35F40CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 0,43
Pista 08 F9 II / III P8F9CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido
120
0,45
Pista 08 F12 II / III P8F12CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 0,25
Pista 08 F23 II / III P8F23CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,41
Pista 08 F26 II / III P8F26CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 08 F27 II / III P8F27CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido
365
0,36
Pista 15 F19 I / II P15F19CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 0,37
Pista 15 F20 I / II P15F20CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento
120
0,36
Pista 15 F21 I / II P15F21CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 0,50
Pista 15 F22 I / II P15F22CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento
180
0,36
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 90 0,74
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 120 0,79
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 180 0,98
Pista 17 F11 I / II P17F11CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 0,55
Pista 17 F24 I / II P17F24CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 0,54
Pista 17 F9 I / II P17F9CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento
120
0,34
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 90 0,79
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 120 0,99
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 180 1,18
Tabela I.3 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 8h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 12 F12 II / III P12F12CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,41
Pista 12 F13 II / III P12F13CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,70
Pista 12 F17 II / III P12F17CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,78
Pista 12 F19 II / III P12F19CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,42
Pista 12 F25 II / III P12F25CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido
120
0,70
Pista 12 F15 II / III P12F15CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,92
Pista 12 F18 II / III P12F18CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,82
Pista 12 F21 II / III P12F21CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 0,85
Pista 12 F26 II / III P12F26CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido
180
0,63
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 90 0,96
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 1,05
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 180 1,09
Pista 08 F4 III / IV P8F4CP2 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 0,32
Pista 08 F5 III / IV P8F5CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido
120
0,31
Pista 08 F6 III / IV P8F6CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 0,19
Pista 08 F15 III / IV P8F15CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,47
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 08 F16 III / IV P8F16CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 180 0,24
Pista 08 F17 III / IV P8F17CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 0,48
Pista 08 F22 III / IV P8F22CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido
365
0,34
Pista 15 F13 II / III P15F13CP2 extraído 8h 25ºC não Apicoamento 120 0,42
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 90 0,66
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 120 0,93
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 180 1,07
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 90 0,50
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 120 0,60
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 180 0,62
Tabela I.4 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 8h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 13 F20 III / IV P13F20CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,57
Pista 13 F21 III / IV P13F21CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,62
Pista 13 F25 III / IV P13F25CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,57
Pista 13 F18 III / IV P13F18CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,67
Pista 13 F19 III / IV P13F19CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 0,59
Pista 13 F27 III / IV P13F27CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,50
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 90 0,91
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1,03
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 1,32
Pista 18 F10 I / II P18F10CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,61
Pista 18 F11 I / II P18F11CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,61
Pista 18 F19 I / II P18F19CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,62
Pista 18 F20 I / II P18F20CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,72
Pista 18 F21 I / II P18F21CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,82
Pista 18 F24 I / II P18F24CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,70
Pista 18 F7 I / II P18F7CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 0,62
Pista 18 F8 I / II P18F8CP2 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,76
Pista 18 F9 I / II P18F9CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 180 0,85
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 90 0,34
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 0,40
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 180 0,79
Pista 15 F11 II / III P15F11CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 0,42
Pista 15 F12 II / III P15F12CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento
120
0,35
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 90 0,92
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 120 0,96
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 1,04
Pista 16 F12 II / III P16F12CP2 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento
180
0,75
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 90 0,62
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 120 0,75
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 180 0,80
Tabela I.5 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 12h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 12 --- III / IV E-9613 moldado 12h 25ºC não Ar Comprimido 90 0,64
Pista 12 --- III / IV E-9613 moldado 12h 25ºC não Ar Comprimido 0,87
Pista 13 F5 II / III P13F5CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,37
Pista 13 F10 II / III P13F10CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,66
Pista 13 F22 II / III P13F22CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,51
Pista 13 F28 II / III P13F28CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido
120
0,64
Pista 13 F12 II / III P13F12CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 0,86
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 13 F17 II / III P13F17CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 0,55
Pista 13 F27 II / III P13F27CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido
180
0,69
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 90 0,96
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 1,23
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 1,30
Pista 16 F22 III / IV P16F22CP1 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 0,54
Pista 16 F23 III / IV P16F23CP1 extraído 12h 25ºC não Apicoamento
180
0,51
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 90 0,61
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 120 0,65
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 180 0,89
Tabela I.6 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 12h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 14 F1 II / III P14F1CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 0,74
Pista 14 F23 II / III P14F23CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 0,64
Pista 14 F2 II / III P14F2CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,46
Pista 14 F15 II / III P14F15CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 0,79
Pista 14 F17 II / III P14F17CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 0,73
Pista 14 F26 II / III P14F26CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,74
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 90 0,76
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 0,80
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,13
Pista 18 F10 II / III P18F10CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 0,72
Pista 18 F11 II / III P18F11CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,67
Pista 18 F12 II / III P18F12CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 0,80
Pista 18 F7 II / III P18F7CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 0,57
Pista 18 F9 II / III P18F9CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,87
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 90 0,80
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 0,83
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 0,95
Pista 16 F12 III / IV P16F12CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento
180
0,57
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 90 0,61
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 120 0,67
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 180 0,84
Pista 18 F20 II / III P18F20CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 0,58
Pista 18 F21 II / III P18F21CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento
120
0,68
Pista 18 F22 II / III P18F22CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 0,71
Pista 18 F24 II / III P18F24CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento
180
0,61
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 90 0,54
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 120 0,63
Pista 14 F1 II / III P14F1CP2 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 180 0,95
Tabela I.7 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 24h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 08 F3 I / II P8F3CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,56
Pista 08 F4 I / II P8F4CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,49
Pista 08 F5 I / II P8F5CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,62
Pista 08 F6 I / II P8F6CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,54
Pista 08 F9 I / II P8F9CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,59
Pista 08 F11 I / II P8F11CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,62
Pista 08 F12 I / II P8F12CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,67
Pista 08 F13 I / II P8F13CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,39
Pista 08 F15 I / II P8F15CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,50
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 08 F16 I / II P8F16CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,63
Pista 08 F21 I / II P8F21CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,47
Pista 08 F22 I / II P8F22CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,51
Pista 08 F23 I / II P8F23CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,47
Pista 08 F25 I / II P8F25CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,76
Pista 08 F26 I / II P8F26CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,49
Pista 08 F27 I / II P8F27CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
365
0,50
Pista 12 F2 I / II P12F2CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,61
Pista 12 F3 I / II P12F3CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,53
Pista 12 F10 I / II P12F10CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,50
Pista 12 F16 I / II P12F16CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,67
Pista 12 F18 I / II P12F18CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,58
Pista 12 F25 I / II P12F25CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,76
Pista 12 F4 I / II P12F4CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,91
Pista 12 F6 I / II P12F6CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,58
Pista 12 F14 I / II P12F14CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,57
Pista 12 F17 I / II P12F17CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,86
Pista 12 F20 I / II P12F20CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,85
Pista 12 F26 I / II P12F26CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,58
Pista 14 F1 III / IV P14F1CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,65
Pista 14 F3 III / IV P14F23CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,64
Pista 14 F2 III / IV P14F2CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,72
Pista 14 F11 III / IV P14F11CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,79
Pista 14 F15 III / IV P14F15CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,80
Pista 14 F24 III / IV P14F24CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,72
Pista 14 F13 I / II P14F13CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,76
Pista 14 F1 I / II P14F1CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,81
Pista 14 F2 I / II P14F2CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,70
Pista 14 F5 I / II P14F5CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,81
Pista 14 F8 I / II P14F8CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,85
Pista 14 F11 I / II P14F11CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,82
Pista 14 F15 I / II P14F15CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,73
Pista 14 F3 I / II P14F3CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,65
Pista 14 F4 I / II P14F4CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 0,76
Pista 14 F6 I / II P14F6CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido
180
0,77
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 90 0,95
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 0,75
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 1,05
Pista 17 F10 III / IV P17F10CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido
180
0,64
Pista 17 F11 III / IV P17F11CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 0,33
Pista 17 F12 III / IV P17F12CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 0,78
Pista 17 F7 III / IV P17F7CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 0,65
Pista 17 F8 III / IV P17F8CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido
120
0,67
Pista 17 F9 III / IV P17F9CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 0,74
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 90 0,94
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 1,22
Pista 16 F12 I / II P16F12CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 0,59
Pista 16 F21 I / II P16F21CP2 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 0,55
Pista 16 F22 I / II P16F22CP2 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 0,79
Pista 16 F24 I / II P16F24CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento
180
0,78
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 90 0,82
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 120 0,95
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 180 1,03
Pista 17 F19 III / IV P17F19CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 0,64
Pista 17 F20 III / IV P17F20CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento
120
0,54
Pista 17 F21 III / IV P17F21CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 0,57
Pista 17 F22 III / IV P17F22CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento
180
0,35
Pista 17 F23 III / IV P17F23CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 120 0,53
Pista 17 F24 III / IV P17F24CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 180 0,68
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 90 0,68
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 180 0,85
Tabela I.8 Resistência à Tração Simples com Intervalo de Lançamento de 48h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tração
Simpl.
(MPa)
Pista 15 F10 III / IV P15F10CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 0,56
Pista 15 F11 III / IV P15F11CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 0,56
Pista 15 F7 III / IV P15F7CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 0,64
Pista 15 F8 III / IV P15F8CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido
120
0,76
Pista 15 F9 III / IV P15F9CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 0,62
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 90 0,92
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 0,92
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 0,97
Pista 17 F9 II / III P17F9CP2 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 0,66
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 90 0,68
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1,00
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1,04
Pista 15 F19 III / IV P15F19CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 0,65
Pista 15 F20 III / IV P15F20CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento
120
0,67
Pista 15 F21 III / IV P15F21CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 0,59
Pista 15 F23 III / IV P15F23CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 0,56
Pista 15 F24 III / IV P15F24CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento
180
0,60
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 90 0,68
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 120 0,83
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 180 0,92
Pista 17 F24 II / III P17F24CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 120 0,36
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 90 0,72
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 120 0,97
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 180 1,05
ANEXO J – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA AO
CISALHAMENTO DIRETO – NA JUNTA
Nas Tabelas J.1 a J.8 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
resistência ao cisalhamento direto em função das variáveis, Intervalo de Lançamento,
Temperatura de Exposição da Junta, Utilização de Argamassa de ligação e Tipo de
Tratamento da Junta, realizados em corpos-de-prova moldados e extraídos nas juntas
entre camadas dos maciços experimentais.
Tabela J.1 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 0h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlão
(R²)
Pista 04 F1A II / III P4F1ACP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 897 777
Pista 04 F1C II / III P4F1CCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 2218 3449
Pista 04 F2D II / III P4F2DCP3 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 --- ---
Pista 04 F3A II / III P4F3ACP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 --- ---
Pista 04 F4A II / III P4F4ACP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 2664 3706
Pista 04 F4B II / III P4F4BCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 --- ---
Pista 04 F1A III / IV P4F1ACP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 889 1883
Pista 04 F2D III / IV P4F2DCP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 1335 3123
Pista 04 F5A III / IV P4F5ACP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 1778 3183
Pista 04 F6A III / IV P4F6ACP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 1337 2886
Pista 04 F6B III / IV P4F6BCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 887 1710
Pista 04 F7D III / IV P4F7DCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 1778 3143
938 47,7 0,961
Pista 07 F13 II / III P7F13CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 900 2023
Pista 07 F15 II / III P7F15CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 1800 3000
Pista 07 F17 II / III P7F17CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 180 2700 3433
696 50,2 0,976
Pista 07 F22 II / III P7F22CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 365 900 1275
Pista 07 F21 II / III P7F21CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 365 1800 2236
Pista 07 F20 II / III P7F20CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 365 2700 3219
320 47,1 0,992
Pista 07 F3 II / III P7F3CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 120 900 1875
Pista 07 F4 II / III P7F4CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 120 1800 2790
Pista 07 F6 II / III P7F6CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 120 2700 2812
1080 38,6 0,874
Pista 18 F13 III / IV P18F13CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 900 1381
Pista 18 F14 III / IV P18F14CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2127
Pista 18 F15 III / IV P18F15CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 2700 3386
283 48,0 0,989
Pista 18 F16 III / IV P18F16CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 900 1755
Pista 18 F17 III / IV P18F17CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2614
Pista 18 F18 III / IV P18F18CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3304
1013 41,0 0,999
Pista 18 F1 III / IV P18F1CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 900 2212
Pista 18 F2 III / IV P18F2CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2455
Pista 18 F3 III / IV P18F3CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 120 2700 3066
1723 26,0 0,972
Pista 18 F4 III / IV P18F4CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 900 1731
Pista 18 F5 III / IV P18F5CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2264
Pista 18 F6 III / IV P18F6CP1 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3580
664 46,0 0,973
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 90 900 2734
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 90 1800 2926
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 90 2700 3163
2512 13,4 0,996
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 120 900 3198
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 120 1800 3444
Pista 18 --- III / IV E-9903 moldado 0h 25ºC não Apicoamento 120 2700 4409
2457 35,0 0,947
Tabela J.2 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 4h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 07 F11 III / IV P7F11CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 180 900 1532
Pista 07 F16 III / IV P7F16CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 180 1800 2348
Pista 07 F26 III / IV P7F26CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 180 2700 2615
542 42,5 0,963
Pista 35 F1 I / II P35F1CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 880 1140
Pista 35 F2 I / II P35F2CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1795 2155
Pista 35 F3 I / II P35F3CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2652 1994
Pista 35 F4 I / II P35F4CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 873 1227
Pista 35 F5 I / II P35F5CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1771 1513
Pista 35 F7 I / II P35F7CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2643 2679
Pista 35 F21 I / II P35F21CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 888 902
Pista 35 F22 I / II P35F22CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1774 1906
Pista 35 F23 I / II P35F23CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2656 2908
Pista 35 F24 I / II P35F24CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 880 1208
Pista 35 F25 I / II P35F25CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1778 1719
Pista 35 F26 I / II P35F26CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2652 2522
288 43,1 0,907
Pista 35 F1 II / III P35F1CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 909 1625
Pista 35 F2 II / III P35F2CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1775 1157
Pista 35 F3 II / III P35F3CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2667 2848
Pista 35 F4 II / III P35F4CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 892 1193
Pista 35 F5 II / III P35F5CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1774 2880
Pista 35 F7 II / III P35F7CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2646 1795
Pista 35 F21 II / III P35F21CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 893 1133
Pista 35 F22 II / III P35F22CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1751 1628
Pista 35 F23 II / III P35F23CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2649 2028
Pista 35 F24 II / III P35F24CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 878 979
Pista 35 F25 II / III P35F25CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1754 2104
Pista 35 F27 II / III P35F27CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2670 2403
590 35,3 0,633
Tabela J.2 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 4h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 35 F1 III / IV P35F1CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 892 1188
Pista 35 F2 III / IV P35F2CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1775 1958
Pista 35 F3 III / IV P35F3CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2651 3801
Pista 35 F4 III / IV P35F4CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 892 1701
Pista 35 F5 III / IV P35F5CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1755 1655
Pista 35 F6 III / IV P35F6CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2656 2630
Pista 35 F21 III / IV P35F21CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 888 1324
Pista 35 F22 III / IV P35F22CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1766 1562
Pista 35 F23 III / IV P35F23CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2644 2802
Pista 35 F24 III / IV P35F24CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 883 1573
Pista 35 F25 III / IV P35F25CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 1771 1726
Pista 35 F27 III / IV P35F27CP1 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 120 2670 2381
475 40,5 0,745
Pista 08 F3 II / III P8F3CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 120 900 1482
Pista 08 F8 II / III P8F8CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 120 1800 3000
Pista 08 F6 II / III P8F6CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 120 2400 3150
553 49,2 0,972
Pista 15 F13 I / II P15F13CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 120 900 1546
Pista 15 F14 I / II P15F14CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2437
Pista 15 F15 I / II P15F15CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 120 2700 2749
1056 34,0 0,960
Pista 15 F16 I / II P15F16CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 900 1675
Pista 15 F17 I / II P15F17CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2320
Pista 15 F18 I / II P15F18CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 2700 2873
1086 34,0 0,999
Pista 15 F8 I / II P15F8CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 900 1926
Pista 15 F9 I / II P15F9CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2679
Pista 15 F10 I / II P15F10CP2 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3096
1392 34,0 0,986
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 90 900 1848
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 90 1800 2731
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 90 2700 3724
867 47,0 0,999
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 120 900 2065
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2384
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 120 2700 3591
1154 40,3 0,899
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 180 900 1827
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2461
Pista 15 --- I / II E-9658 moldado 4h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3450
957 42,0 0,992
Tabela J.2 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 4h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 17 F13 I / II P17F13CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 900 1301
Pista 17 F16 I / II P17F16CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 1800 1814
Pista 17 F17 I / II P17F17CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 2700 3136
249 46,0 0,970
Pista 17 F20 I / II P17F20CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 900 1565
Pista 17 F21 I / II P17F21CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 1800 2066
Pista 17 F23 I / II P17F23CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 2700 3002
786 39,0 0,986
Pista 17 F2 I / II P17F2CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 900 1129
Pista 17 F4 I / II P17F4CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 1800 1902
Pista 17 F5 I / II P17F5CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 120 2700 2900
206 45,0 0,997
Pista 17 F6 I / II P17F6CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 900 1295
Pista 17 F7 I / II P17F7CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 1800 2008
Pista 17 F8 I / II P17F8CP2 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 180 2700 2829
520 41,0 0,999
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 90 900 1828
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC o Apicoamento 90 1800 2883
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC o Apicoamento 90 2700 3683
944 46,0 0,997
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 120 900 2233
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 120 1800 3114
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 120 2700 3755
1507 41,0 0,996
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 180 900 2638
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 180 1800 2877
Pista 17 --- I / II E-9800 moldado 4h 45ºC não Apicoamento 180 2700 3569
2093 28,0 0,962
Tabela J.3 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 8h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 12 F7 II / III P12F7CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 180 900 1135
Pista 12 F11 II / III P12F11CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 180 1800 2686
Pista 12 F14 II / III P12F14CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 180 2700 2732
587 41,5 0,772
Pista 12 F2 II / III P12F2CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 900 1569
Pista 12 F4 II / III P12F4CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 1800 1814
Pista 12 F6 II / III P12F6CP2 extraído 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 2700 3094
632 41,0 0,932
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 90 900 1590
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 90 1800 2785
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 90 2700 3274
612,6 49,2 0,971
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 900 2135
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 1800 2913
Pista 12 --- II / III E-9260/J moldado 8h 25ºC não Ar Comprimido 120 2700 3368
1556,1 34,9 0,955
Pista 08 F7 III / IV P8F7CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 180 900 1768
Pista 08 F10 III / IV P8F10CP2 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 180 1800 2523
Pista 08 F11 III / IV P8F11CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 180 2400 2954
1066 38,9 0,999
Pista 08 F19 III / IV P8F19CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 365 900 1622
Pista 08 F20 III / IV P8F20CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 365 1800 2210
Pista 08 F18 III / IV P8F18CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 365 2400 2835
866 39,0 0,992
Pista 08 F1 III / IV P8F1CP2 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 120 900 1751
Pista 08 F2 III / IV P8F2CP2 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 120 1800 2343
Pista 08 F3 III / IV P8F3CP1 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 120 2400 2648
1217 31,5 1,000
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 90 900 1895
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 90 1800 2855
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 90 2700 3850
893 48,0 1,000
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 120 900 1584
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2673
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 120 2700 4070
345 53,0 0,999
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 180 900 2584
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 180 1800 3305
Pista 15 --- II / III E-9660 moldado 8h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3715
2068 33,0 0,988
Pista 16 F13 II / III P16F13CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 120 900 1193
Pista 16 F14 II / III P16F14CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 120 1800 2937
Pista 16 F16 II / III P16F16CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 120 2700 3777
57 55,1 0,961
Pista 16 F17 II / III P16F17CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 180 900 1708
Pista 16 F20 II / III P16F20CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 180 1800 2280
Pista 16 F24 II / III P16F24CP2 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 180 2700 3122
937 39,0 0,995
Tabela J.3 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 8h e sem
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 90 900 1462
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 90 1800 2874
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 90 2700 3170
780 44,0 0,935
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 120 900 1645
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 120 1800 2748
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 120 2700 3224
953 42,0 0,973
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 180 900 2094
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 180 1800 3026
Pista 16 --- II / III E-9696 moldado 8h 45ºC não Apicoamento 180 2700 3944
1165 46,0 1,000
Tabela J.4 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 8h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 13 F22 III / IV P13F22CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 1909
Pista 13 F23 III / IV P13F23CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3417
Pista 13 F24 III / IV P13F24CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3424
1402 40,1 0,754
Pista 13 F4 III / IV P13F4CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 1921
Pista 13 F8 III / IV P13F8CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2723
Pista 13 F13 III / IV P13F13CP1 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3494
1138 42,0 0,999
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 90 900 2250
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 90 1800 2883
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 90 2700 3715
1477 40,0 0,997
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 2253
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2971
Pista 13 --- III / IV E-9626 moldado 8h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 4056
1256 46,0 0,992
Pista 18 F13 I / II P18F13CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 2615
Pista 18 F14 I / II P18F14CP2 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3013
Pista 18 F15 I / II P18F15CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3563
2109 28,0 0,996
Pista 18 F1 I / II P18F1CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 2530
Pista 18 F2 I / II P18F2CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2890
Pista 18 F3 I / II P18F3CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3592
2039 33,0 0,998
Pista 18 F4 I / II P18F4CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 180 900 2431
Pista 18 F5 I / II P18F5CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3033
Pista 18 F6 I / II P18F6CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3628
1373 47,0 0,989
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 90 900 1727
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 90 1800 3080
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 90 2700 3372
1056 43,0 0,942
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 1756
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3937
Pista 18 --- I / II E-9893 moldado 8h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 4085
929 52,0 0,896
Pista 15 F1 II / III P15F1CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 120 900 1822
Pista 15 F3 II / III P15F3CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2575
Pista 15 F4 II / III P15F4CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3158
1158 37,0 0,998
Pista 15 F5 II / III P15F5CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 180 900 1602
Pista 15 F8 II / III P15F8CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 2222
Pista 15 F9 II / III P15F9CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 180 2570 3028
806 40,0 0,995
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 90 900 2052
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 90 1800 3088
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 90 2700 3648
1322 42,0 0,985
Tabela J.4 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 8h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilizão
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2515
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2936
Pista 15 --- II / III E-9659 moldado 8h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3966
1678 39,0 0,972
Pista 16 F1 II / III P16F1CP2 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2308
Pista 16 F2 II / III P16F2CP2 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 2103
Pista 16 F4 II / III P16F4CP2 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 3896
1181 41,4 0,655
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 90 900 2045
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 90 1800 2990
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 90 2700 3742
1221 44,0 0,998
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2353
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 3244
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4347
1309 48,0 0,998
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 180 900 2538
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 3643
Pista 16 --- II / III E-9695 moldado 8h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 4358
1683 46,0 0,992
Tabela J.5 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 12h e sem Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 12 --- III / IV E-9613 moldado 12h 25ºC não Ar Comprimido 90 900 1518
Pista 12 --- III / IV E-9613 moldado 12h 25ºC não Ar Comprimido 90 1800 2364
Pista 12 --- III / IV E-9613 moldado 12h 25ºC não Ar Comprimido 90 2700 3230
650 44,0 1,000
Pista 13 F2 II / III P13F2CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 900 1291
Pista 13 F3 II / III P13F3CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 1800 1864
Pista 13 F4 II / III P13F4CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 2700 2947
376 43,0 0,985
Pista 13 F6 II / III P13F6CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 900 1439
Pista 13 F7 II / III P13F7CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 1800 2234
Pista 13 F8 II / III P13F8CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 2700 2913
711 40,0 0,999
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 90 900 1380
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 90 1800 2347
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 90 2700 2920
668 41,0 0,989
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 900 1315
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 1800 2691
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 120 2700 3570
283 51,0 0,991
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 900 2134
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 1800 2402
Pista 13 --- II / III E-9526/J moldado 12h 45ºC não Ar Comprimido 180 2500 3401
1310 38,0 0,926
Pista 16 F17 III / IV P16F17CP1 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 180 900 1257
Pista 16 F18 III / IV P16F18CP1 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2576
Pista 16 F19 III / IV P16F19CP1 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 180 2700 2853
633 41,6 0,876
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 90 900 1826
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 90 1800 2431
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 90 2700 3633
813 45,0 0,982
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 120 900 1701
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 120 1800 2530
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 120 2700 3287
911 42,0 1,000
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 180 900 1714
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 180 1800 2692
Pista 16 --- III / IV E-9698 moldado 12h 25ºC não Apicoamento 180 2700 3710
705 48,0 1,000
Tabela J.6 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 12h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 14 F8 II / III P14F8CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 1855
Pista 14 F10 II / III P14F10CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 2066
Pista 14 F11 II / III P14F11CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 2541
1465 21,0 0,977
Pista 14 F3 II / III P14F3CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 1589
Pista 14 F4 II / III P14F4CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3141
Pista 14 F7 II / III P14F7CP2 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 2910
1226 36,6 0,622
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 90 900 1375
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 90 1800 2267
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 90 2700 2868
673 40,0 0,994
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 2287
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2982
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3611
1633 37,0 1,000
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 2275
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 2888
Pista 14 --- II / III E-9609 moldado 12h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3641
1553 38,0 0,998
Pista 18 F1 II / III P18F1CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 2647
Pista 18 F2 II / III P18F2CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3155
Pista 18 F3 II / III P18F3CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3809
2039 33,0 0,998
Pista 18 F4 II / III P18F4CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 180 900 2269
Pista 18 F5 II / III P18F5CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3485
Pista 18 F6 II / III P18F6CP2 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 180 2700 4191
1373 47,0 0,989
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 2009
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3033
Pista 18 --- II / III E-9902 moldado 12h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3826
1125 46,0 0,997
Pista 16 F1 III / IV P16F1CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 120 900 1885
Pista 16 F2 III / IV P16F2CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2911
Pista 16 F5 III / IV P16F5CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3872
897 48,0 1,000
Pista 16 F6 III / IV P16F6CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 180 900 1828
Pista 16 F8 III / IV P16F8CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 2797
Pista 16 F9 III / IV P16F9CP1 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 3264
1194 39,0 0,980
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 90 900 2208
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 90 1800 2886
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 90 2700 4027
1216 46,0 0,990
Tabela J.6 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 12h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2671
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 3498
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 4271
1864 42,0 1,000
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2287
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 3499
Pista 16 --- III / IV E-9697 moldado 12h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 4528
1189 51,0 0,998
Pista 18 F13 II / III P18F13CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 120 900 1821
Pista 18 F15 II / III P18F15CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 3182
Pista 18 F16 II / III P18F16CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4160
712 53,0 0,996
Pista 18 F17 II / III P18F17CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 180 900 1899
Pista 18 F18 II / III P18F18CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 3448
Pista 18 F19 II / III P18F19CP2 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 3868
1106 48,0 0,950
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 90 900 2046
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 90 1800 3004
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 90 2700 3929
1106 47,0 1,000
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2342
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 2998
Pista 18 --- II / III E-9901 moldado 12h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4515
1090 51,0 0,976
Tabela J.7 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 24h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 12 F11 I / II P12F11CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 1702
Pista 12 F12 I / II P12F12CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3200
Pista 12 F13 I / II P12F13CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 4214
523 54,0 0,994
Pista 12 F7 I / II P12F7CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 1964
Pista 12 F8 I / II P12F8CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2954
Pista 12 F9 I / II P12F9CP2 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 4004
930 49,0 1,000
Pista 14 F6 III / IV P14F6CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 2481
Pista 14 F10 III / IV P14F10CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 2824
Pista 14 F12 III / IV P14F12CP1 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3676
1787 34,0 0,971
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 90 900 2298
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 90 1800 2803
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 90 2700 4053
1295 45,0 0,972
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 2315
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2905
Pista 14 --- III / IV E-9611 moldado 24h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3894
1452 42,0 0,990
Pista 17 F1 III / IV P17F1CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 1425
Pista 17 F2 III / IV P17F2CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2585
Pista 17 F3 III / IV P17F3CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3280
575 46,0 0,990
Pista 17 F4 III / IV P17F4CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 900 1695
Pista 17 F5 III / IV P17F5CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3198
Pista 17 F6 III / IV P17F6CP1 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3943
718 51,0 0,982
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 90 900 2140
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 90 1800 2955
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 90 2700 3428
1555 36,0 0,988
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 2160
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 3442
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 4348
1130 51,0 0,995
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 900 2932
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3269
Pista 17 --- III / IV E-9825 moldado 24h 45ºC sim Ar Comprimido 180 2700 4359
2083 39,0 0,956
Pista 16 F13 I / II P16F13CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2206
Pista 16 F14 I / II P16F14CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2901
Pista 16 F15 I / II P16F15CP2 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3705
1432 40,0 0,999
Tabela J.7 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 24h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 16 F16 I / II P16F16CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2322
Pista 16 F17 I / II P16F17CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 3411
Pista 16 F18 I / II P16F18CP2 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 3769
1725 39,0 0,960
Pista 16 F1 I / II P16F1CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2284
Pista 16 F2 I / II P16F2CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2634
Pista 16 F5 I / II P16F5CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3365
1681 31,0 0,980
Pista 16 F6 I / II P16F6CP2 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2067
Pista 16 F7 I / II P16F7CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 2947
Pista 16 F8 I / II P16F8CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 3858
1155 45,0 1,000
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 90 900 1907
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 90 1800 3250
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 90 2700 4836
378 58,0 0,999
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2337
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 3085
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 4416
1187 50,0 0,988
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2593
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 3704
Pista 16 --- I / II E-9694 moldado 24h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 4617
1605 49,0 0,999
Pista 17 F13 III / IV P17F13CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 120 900 1916
Pista 17 F14 III / IV P17F14CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 2798
Pista 17 F15 III / IV P17F15CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 3632
1052 44,0 1,000
Pista 17 F16 III / IV P17F16CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 180 900 1942
Pista 17 F17 III / IV P17F17CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 2900
Pista 17 F18 III / IV P17F18CP1 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 3705
1092 45,0 0,999
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 90 900 2314
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 90 1800 3641
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 90 2700 4550
1249 52,0 0,993
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2988
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 3586
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4497
2171 40,0 0,993
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 180 900 2322
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 4033
Pista 17 --- III / IV E-9824 moldado 24h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 3799
1908
39,4 0,634
Tabela J.8 Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 48h e com Utilização de
Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 15 F1 III / IV P15F1CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 1903
Pista 15 F2 III / IV P15F2CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2630
Pista 15 F3 III / IV P15F3CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3973
748 49,0 0,984
Pista 15 F4 III / IV P15F4CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 2319
Pista 15 F5 III / IV P15F5CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3480
Pista 15 F6 III / IV P15F6CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 4027
1555 44,0 0,979
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 90 900 2100
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 90 1800 3177
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 90 2700 3701
1379 42,0 0,980
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 2157
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2933
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3892
1255 44,0 0,999
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 900 2544
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 1800 3403
Pista 15 --- III / IV E-9662 moldado 48h 25ºC sim Ar Comprimido 180 2700 3568
2148 29,6 0,867
Pista 17 F1 II / III P17F1CP2 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 1974
Pista 17 F2 II / III P17F2CP2 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2357
Pista 17 F3 II / III P17F3CP2 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 2738
1591 23,0 1,000
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 90 900 1638
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 90 1800 2628
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 90 2700 3025
1030 38,0 0,971
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 900 1941
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2819
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3553
1160 42,0 0,999
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 180 900 2134
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 180 1800 2978
Pista 17 --- II / III E-9802 moldado 48h 45ºC sim Ar Comprimido 180 2700 4280
975 50,0 0,992
Pista 15 F13 III / IV P15F13CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2043
Pista 15 F14 III / IV P15F14CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2526
Pista 15 F15 III / IV P15F15CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 3348
1340 36,0 0,989
Pista 15 F16 III / IV P15F16CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2003
Pista 15 F17 III / IV P15F17CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 2993
Pista 15 F18 III / IV P15F18CP1 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 3225
1518 34,2 0,886
Tabela J.8 (Continuação) Resistência ao Cisalhamento Direto com Intervalo de Lançamento de 48h e com
Utilização de Argamassa de ligação – Corpos-de-prova moldados e extraídos.
Pista Furo Camada
Identificação
do CP
Tipo
do CP
Interv.
Lanç.
(h)
Temp.
(ºC)
Utilização
de
Argamassa
Tipo de
Tratamento
Idade
(dia)
Tensão
Normal
(kPa)
Tensão
Cisalhante
(kPa)
Coesão
(kPa)
Ângulo
de Atrito
(º)
Correlação
(R²)
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 90 900 2557
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 90 1800 3172
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 90 2700 3919
1841 38,0 0,998
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 120 900 2720
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 120 1800 2663
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 120 2700 4157
1743 38,6 0,720
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 180 900 2578
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 180 1800 3364
Pista 15 --- III / IV E-9661 moldado 48h 25ºC sim Apicoamento 180 2700 4310
1686 44,0 0,997
Pista 17 F13 II / III P17F13CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2185
Pista 17 F14 II / III P17F14CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 2948
Pista 17 F15 II / III P17F15CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4111
1142 47,0 0,993
Pista 17 F16 II / III P17F16CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 180 900 2155
Pista 17 F18 II / III P17F18CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 2945
Pista 17 F21 II / III P17F21CP2 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 3292
1648 33,0 0,976
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 90 900 2135
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 90 1800 3259
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 90 2700 3661
1486 41,0 0,964
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 120 900 2591
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 120 1800 3320
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 120 2700 4115
1804 41,0 1,000
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 180 900 2680
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 180 1800 3412
Pista 17 --- II / III E-9801 moldado 48h 45ºC sim Apicoamento 180 2700 4728
1555 49,0 0,987
Pista 15 F1 III / IV P15F1CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 900 1903
Pista 15 F2 III / IV P15F2CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 1800 2630
Pista 15 F3 III / IV P15F3CP1 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 120 2700 3973
748 49,0 0,984
ANEXO K – CONCRETO ENDURECIDO - RESULTADOS
INDIVIDUAIS DOS ENSAIOS DE PERMEABILIDADE À
ÁGUA – NA JUNTA
Na Tabela K.1 são apresentados o resultados individuais dos ensaios de
permeabilidade à água em função das variáveis, Intervalo de Lançamento, Temperatura
de Exposição da Junta, Utilização de Argamassa de ligação e Tipo de Tratamento da
Junta, realizados em corpos-de-prova extraídos nas juntas entre camadas dos maciços
experimentais. Todos os ensaios foram realizados com idade de 120 dias
Tabela K.1 Permeabilidade à Água - Corpos-de-prova extraídos – Idade de ensaio 120 dias .
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Permeabilidade
(m/s)
Pista 04 F11F II / III P4F11FCP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 6,418E-10
Pista 04 F9F II / III P4F9FCP3 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 4,860E-10
Pista 04 F10E III / IV P4F10ECP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 2,494E-10
Pista 04 F11E III / IV P4F11ECP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 2,163E-08
Pista 04 F12E III / IV P4F12ECP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 2,863E-10
Pista 04 F9E III / IV P4F9ECP1 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 3,255E-10
Pista 07 F30 II / III P7F30CP2 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 2,953E-10
Pista 07 F34 II / III P7F34CP3 extraído 0h 25ºC não Ar Comprimido 2,867E-10
Pista 18 F25 III / IV P18F25CP3 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 1,788E-10
Pista 18 F28 III / IV P18F28CP3 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 3,076E-10
Pista 18 F31 III / IV P18F31CP2 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 3,863E-10
Pista 18 F34 III / IV P18F34CP2 extraído 0h 25ºC não Apicoamento 6,437E-10
Pista 07 F29 III / IV P7F29CP2 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 5,938E-10
Pista 07 F31 III / IV P7F31CP3 extraído 4h 25ºC não Ar Comprimido 3,501E-10
Pista 08 F30 II / III P8F30CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 1,973E-10
Pista 08 F30 II / III P8F30CP3 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 1,436E-10
Pista 08 F34 II / III P8F34CP2 extraído 4h 45ºC não Ar Comprimido 1,382E-10
Pista 15 F27 I / II P15F27CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 1,146E-09
Pista 15 F36 I / II P15F36CP3 extraído 4h 25ºC não Apicoamento 4,057E-10
Pista 17 F27 I / II P17F27CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 1,101E-10
Pista 17 F30 I / II P17F30CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 9,701E-11
Pista 17 F33 I / II P17F33CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 1,206E-10
Pista 17 F36 I / II P17F36CP3 extraído 4h 45ºC não Apicoamento 2,058E-10
Pista 08 F29 III / IV P8F29CP3 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 1,328E-10
Pista 08 F33 III / IV P8F33CP3 extraído 8h 45ºC não Ar Comprimido 9,217E-11
Pista 15 F32 II / III P15F32CP3 extraído 8h 25ºC não Apicoamento 4,600E-10
Pista 15 F35 II / III P15F35CP3 extraído 8h 25ºC não Apicoamento 4,235E-10
Pista 16 F32 II / III P16F32CP3 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 1,819E-10
Pista 16 F35 II / III P16F35CP3 extraído 8h 45ºC não Apicoamento 7,201E-11
Pista 13 F29 III / IV P13F29CP3 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 2,894E-10
Pista 13 F31 III / IV P13F31CP2 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 2,433E-10
Pista 13 F33 III / IV P13F33CP3 extraído 8h 25ºC sim Ar Comprimido 1,705E-10
Pista 18 F27 I / II P18F27CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 3,496E-10
Pista 18 F30 I / II P18F30CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 1,818E-10
Pista 18 F33 I / II P18F33CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 1,063E-10
Pista 18 F36 I / II P18F36CP3 extraído 8h 45ºC sim Ar Comprimido 3,521E-10
Pista 15 F26 II / III P15F26CP2 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 4,987E-10
Pista 15 F29 II / III P15F29CP3 extraído 8h 25ºC sim Apicoamento 3,176E-10
Pista 16 F26 II / III P16F26CP3 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento 2,378E-10
Pista 16 F29 II / III P16F29CP2 extraído 8h 45ºC sim Apicoamento 1,503E-10
Pista 12 F31 III / IV P12F31CP3 extraído 12h 25ºC não Ar Comprimido 5,570E-11
Pista 12 F33 III / IV P12F33CP3 extraído 12h 25ºC não Ar Comprimido 4,585E-11
Pista 13 F30 II / III P13F30CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 3,043E-10
Pista 13 F32 II / III P13F32CP3 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 1,585E-10
Pista 13 F34 II / III P13F34CP2 extraído 12h 45ºC não Ar Comprimido 1,649E-10
Pista 16 F31 III / IV P16F31CP3 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 2,507E-10
Pista 16 F34 III / IV P16F34CP3 extraído 12h 25ºC não Apicoamento 4,631E-10
Pista 14 F30 II / III P14F30CP3 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,074E-10
Pista 14 F32 II / III P14F32CP3 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 5,747E-11
Pista 14 F34 II / III P14F34CP3 extraído 12h 25ºC sim Ar Comprimido 1,198E-10
Pista Furo Camada
Identif. do
CP
Tipo do
CP
Interv
Lanç
(h)
Temp
(ºC)
Utiliz
Arg
Tipo de
Tratamento
Permeabilidade
(m/s)
Pista 18 F26 II / III P18F26CP3 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 1,263E-10
Pista 18 F29 II / III P18F29CP3 extraído 12h 45ºC sim Ar Comprimido 1,695E-10
Pista 16 F25 III / IV P16F25CP3 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 3,849E-10
Pista 16 F28 III / IV P16F28CP3 extraído 12h 25ºC sim Apicoamento 2,733E-10
Pista 18 F32 II / III P18F32CP3 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 3,035E-10
Pista 18 F35 II / III P18F35CP3 extraído 12h 45ºC sim Apicoamento 2,448E-10
Pista 14 F29 III / IV P14F29CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 7,146E-11
Pista 14 F31 III / IV P14F31CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 7,918E-11
Pista 14 F33 III / IV P14F33CP3 extraído 24h 25ºC sim Ar Comprimido 8,110E-11
Pista 17 F25 III / IV P17F25CP3 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 2,518E-10
Pista 17 F28 III / IV P17F28CP3 extraído 24h 45ºC sim Ar Comprimido 5,668E-11
Pista 16 F27 I / II P16F27CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 3,111E-10
Pista 16 F30 I / II P16F30CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 1,410E-10
Pista 16 F33 I / II P16F33CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 1,203E-10
Pista 16 F36 I / II P16F36CP3 extraído 24h 25ºC sim Apicoamento 3,580E-11
Pista 17 F31 III / IV P17F31CP3 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 5,493E-11
Pista 17 F34 III / IV P17F34CP3 extraído 24h 45ºC sim Apicoamento 7,646E-11
Pista 15 F25 III / IV P15F25CP3 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 3,604E-10
Pista 15 F28 III / IV P15F28CP3 extraído 48h 25ºC sim Ar Comprimido 3,304E-10
Pista 17 F26 II / III P17F26CP3 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 7,553E-11
Pista 17 F29 II / III P17F29CP3 extraído 48h 45ºC sim Ar Comprimido 7,647E-11
Pista 15 F31 III / IV P15F31CP3 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 3,306E-10
Pista 15 F34 III / IV P15F34CP3 extraído 48h 25ºC sim Apicoamento 3,109E-10
Pista 17 F32 II / III P17F32CP3 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 1,055E-10
Pista 17 F35 II / III P17F35CP3 extraído 48h 45ºC sim Apicoamento 8,505E-11
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