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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE QUÍMICA
Programa de Pós-Graduação em Química
ANA FLAVIA RAMIRES BRITO
Análise de variação sazonal e das atividades antifúngica
e antimicrobiana em óleos essenciais de Ocotea porosa
(Nees) Barroso e Nectandra megapotamica (Spreng.)
Mez
São Paulo
Data do Depósito na SPG
30/04/2009
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ANA FLAVIA RAMIRES BRITO
Análise de variação sazonal e das atividades antifúngica e
antimicrobiana em óleos essenciais de Ocotea porosa (Nees)
Barroso e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
Orientador: Prof.Dr. Paulo Roberto Hrihorowitsch Moreno
São Paulo
2009
Dissertação apresentada ao Instituto de
Química da Universidade de São Paulo
para obtenção do Título de Mestre em
Química Orgânica
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Ana Flavia Ramires Brito
Análise de variação sazonal e das atividades antifúngica e antimicrobiana em óleos essenciais
de Ocotea porosa (Nees) Barroso e Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
Aprovado em: ____________
Banca Examinadora
Prof. Dr. _______________________________________________________
Instituição: _______________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________
Prof. Dr. _______________________________________________________
Instituição: _______________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________
Prof. Dr. _______________________________________________________
Instituição: _______________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________
Dissertação apresentada ao Instituto
de Química da Universidade de São
Paulo para obtenção do Título de
Mestre em Química Orgânica.
Dedico este trabalho aos meus pais Nídia e Dirceu que me
ensinaram que o conhecimento é o único instrumento de
transformação do homem e do meio em que ele vive.
Aos meus irmãos André e Eitor por me mostrarem que
sempre há uma chance para aqueles que acreditam em um
sonho e não desistem nunca, mesmo que o mundo mostre
o contrário.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Paulo:
Todo o meu profundo respeito e gratidão pela a ajuda e dedicação ao meu trabalho, por
compartilhar seus conhecimentos, por toda a compreensão e por me orientar não somente no
mestrado, mas também para a vida.
À professora Daisy Rezende Brito que sempre esteve de prontidão para sanar as minhas
dúvidas, pelos ensinamentos em cromatografia, pelo interesse sobre o meu trabalho, por me
tornar uma pessoa mais apaixonada pela química e pela cromatografia.
Á Camila Eckert pela amizade e pelo encorajamento para o ingresso na pós-graduação.
Á Ludmila pela amizade, pelos intensos dias de estudo para o ingresso na pós-graduação e
para as disciplinas cursadas.
Aos meus grandes amigos Priscila Davanzo e André Ramos pela enorme amizade,
companheirismo e por sempre apoiarem o meu trabalho.
Á Maíra Mee pelas aulas de inglês, pela ajuda nas traduções e pela amizade.
À Amanda Souza pelo auxilio na espectrometria de massas, na identificação dos
componentes, indicações de leituras e por sua amizade.
Á Rosilene K. Ito pela ajuda no tratamento dos dados, pela indicação de literaturas, pela força
e amizade.
Ao Adalberto pelo enorme auxílio na técnica de cromatografia.
À Ingrit e Valéria pela amizade, companheirismo, troca de informações e conhecimento e
incentivo.
Ao Danilo pelo auxílio nas extrações.
Aos funcionários do Instituto Botânico pelo auxílio nas coletas
Ao Marcos E. L. Lima pelos ensaios biológicos.
Á Ludmila Raggi e Cíntia Murakami pelos ensaios antifúngicos
As minhas tias Deise, Rita, Darci, Dalva, Dialeide, minha avó Tereza, minhas primas Tatiana
e Thais pelas orações.
Á minha cunhada Melissa por todo o amor carinho e amizade.
Á Lívia Perez Davoli pela amizade e encorajamento nos momentos difíceis.
Á Viviane Carvalho pela amizade e ajuda nas traduções
Aos amigos do IPT Cláudia Bos, Érica Celani, Irene A.T. Bona, Liliane Pedral, Marcos Parise
e Maria Silva por toda a amizade e carinho.
Aos meus supervisores no IPT Patrícia Hama e Ricardo Zucchini pela compreensão nas
minhas ausências durante o período de elaboração deste trabalho.
Às amigas Cuca Pimentel, Ira Monteiro e Fernanda Gaban por todo o companheirismo,
paciência, compreensão e amizade.
Aos funcionários e professores do IQUSP por auxiliarem na minha formação.
Aos funcionários da biblioteca do conjunto das químicas por todo o auxílio prestado.
Ao CNPQ e a FAPESP pelo auxílio financeiro.
“... As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos
diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da
respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas e elas o podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para
dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e
menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Aquele que dominasse os odores, dominaria o coração das pessoas...”
Patrick Süskind
RESUMO
Brito, A. F. R. Análise de variação sazonal e das atividades antifúngica e antimicrobiana
em óleos essenciais de Ocotea porosa (Nees) Barroso e Nectandra megapotamica (Spreng.)
Mez. 2009. 105 p. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Química
Orgânica. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Os óleos essenciais das folhas e galhos de quatro indivíduos de O. porosa e três de N.
megapotamica foram avaliados durante doze meses através das técnica CG-EM e CG-DIC.
Os compostos majoritários encontrados nos óleos voláteis das folhas de O. porosa foram
durante esse período α-pineno, β-pineno, mirceno, nerolidol e espatulenol, enquanto nos
galhos predominavam nerolidol, óxido de cariofileno, α-muurolol, β-eudesmol e o
espatulenol, apenas em dois dos quatro indivíduos estudados. Em N. megapotamica, foram
observadas diferenças quanti e qualitativas entre os indivíduos para os óleos das folhas e
apenas quantitativas para os dos galhos. Nas folhas os componentes majoritários foram α-
santaleno, trans-α-bergamoteno, β-santaleno, γ-amorfeno, biciclogermacreno e alo-
himachalol para os indivíduos 1 e 2, enquanto no indivíduo 3 predominavam o δ-elemeno e
muurola-4, 10 (14)-dien-1-β-ol. Nos galhos desta espécie os componentes majoritários
identificados no indivíduo 1 foram α-santaleno, espatulenol, α- muurolol, e 5 iso cedranol; α-
santaleno, guaiol, 5 iso cedranol e α-bisabolol, no indivíduo 2; no indivíduo 3 predomina o α-
muurolol. A análise dos componentes ao longo dos meses mostrou que os componentes dos
óleos estudados não apresentaram uma variação estatisticamente significativa, a variabilidade
entre os indivíduos foi maior que aquela observada com a sazonalidade. Os óleos estudados
não apresentam atividade fungitóxica para C. sphaerospermum, C. cladosporioides, A. Níger,
C. albicans e também não foram ativos frente às bactérias E. coli e P. aeruginosa, somente
frente a S. aureus foi observada atividade antibacteriana.
Palavras chave: Lauraceae, Ocotea, Nectandra, óleos essenciais, variação sazonal, atividade
antimicrobiana.
ABSTRACT
Brito, A. F. R. Analisys of seasonal variation and antifungal and antimicrobial activities
in essential oils of Ocotea porosa (Nees) Barroso and Nectandra megapotamica (Spreng.)
Mez. 2009. 105 p. Masters Thesis - Graduate Program in Chemistry. Instituto de Química,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
Essential oils extracted from leaves and stems of four individuals of O. porosa and N.
megapotamica were evaluated during a period of 12 months using GC/MS and GC/FID
techniques. During this period the major compounds found in the volatile oils of O. porosa
leaves were α-pinene, β-pinene, myrcene, nerolidol, spathulenol, whereas in stems were
nerolidol, caryophyllene oxide, α-muurolol, β-eudesmol and spathulenol, only in two out of
the four studied individuals. Among the N. megapotamica specimens qualitative and
quantitative differences were observed in the leaf oils but only quantitative in the case of
stems. In the leaves of individuals 1 and 2 the major compounds were α-santalene, trans-α-
bergamotene, β-santalene, γ-amorphene, bicyclogermacrene and alo-himachalol, while for
individual 3 δ-elemene and muurola-4, 10 (14)-diene-1-β-ol were predominant. In the stems
of this species, the major compounds identified were α-santalene, spathulenol, α-muurolol and
5 iso cedranol in the individual 1; α-santalene, guaiol, 5 iso cedranol and α-bisabolol in
individual 2; and was the predominant compound α-muurolol in individual 3. The chemical
composition of the essential oils, during the analyzed period, did not present a statistically
significant variation. Variability among individuals was higher than the one observed with
seasonality. The studied oils did not present fungitoxic activity for C. sphaerospermum, C.
cladosporioides, A. niger, C. albicans and were also not active against the Gram-negative
bacteria E. coli e P. aeruginosa. However, both oils presented some activity against the
Gram-positive bacterium S. aureus.
Keywords: Lauraceae, Ocotea, Nectandra, essential oils, seasonal variation, antimicrobial
activity.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Síntese do DMAPP e IPP através da via clássica........................................................................................ 23
Figura 2: Síntese do DMAPP e IPP através da via alternativa. .................................................................................. 24
Figura 3: Formação dos monoterpenos, sesquiterpenos e diterpenos através da condensação do IPP com DMAPP. 25
Figura 4: Componentes majoritários dos óleos voláteis extraídos das folhas e dos galhos de O.porosa e N.
megapotamica.......................................................................................................................................................
54
Figura 5: variação da precipitação e da temperatura durante o período de coleta de ambas as espécies..................... 55
Figura 6: variação do rendimento dos óleos voláteis de O. Porosa durante o período estudado................................. 56
Figura 7: variação do rendimento dos óleos voláteis de N. megapotamica durante o período estudado..................... 56
Figura 8: Variação da concentração média dos componentes majoritários do óleo volátil das folhas de O. porosa... 58
Figura 9: Variação da concentração média dos componentes majoritários do óleo volátil dos galhos de O. porosa.. 58
Figura 10 Variação sazonal por classes de componentes do óleo volátil extraído das folhas de O. porosa................ 58
Figura 11: Variação sazonal por classes de componentes do óleo volátil extraído dos galhos de O. porosa.............. 58
Figura 12: Variação da concentração média dos componentes comuns aos quatro indivíduos do óleo volátil das
folhas de N. megapotamica ..................................................................................................................... 60
Figura 13: Variação da concentração média dos componentes comuns aos quatro indivíduos do óleo volátil dos
galhos de N. megapotamica .................................................................................................................... 60
Figura 14: Variação sazonal por classes de componentes do óleo volátil extraído das folhas de N. megapotamica... 60
Figura 15: Variação sazonal por classes de componentes do óleo volátil extraído dos galhos de N. megapotamica.. 60
Figura 16: Bioautografia dos óleos voláteis de O. porosa e N. megapotamica 62
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil das folhas de O. porosa.............. 46
Tabela 2. Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil dos galhos de O. porosa............. 47
Tabela 3. Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil das folhas de N. megapotamica.. 49
Tabela 4. Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil dos galhos N. megapotamica...... 51
Tabela 5: Inibição do crescimento de microrganismos pelos óleos extraídos das folhas de O. porosa 62
Tabela 6: Inibição do crescimento de microrganismos pelos óleos extraídos das folhas de N. megapotamica 62
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BDA: Batata dextrose Ágar
CG/DIC: cromatografia gasosa com detector de ionização de chamas
CG/EM: cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas
DAS: Ágar Sabouraud Dextrose
DMAPP : 3,3'-dimetilalil pirofosfato
DMSO: dimetilsulfóxido
DXP: desoxi-xilulose fosfato
FPP: difosfato de farnesila
GGPP: difosfato de geranilgeranila
GPP: difosfato de geranila
IK: índice de kovatz
Ind. Indivíduos
IPP: difosfato de isopentenila
MeOH: metanol
MVA: Ácido mevalônico
SDB: Sabouraud Dextrose
TSA: Agar Triptose Soja
TSB: Triptose soja
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 17
1.1. História do uso das fragrâncias......................................................................................................... 17
1.2 Óleos essenciais.................................................................................................................................. 18
1.3. Função dos óleos voláteis nas plantas............................................................................................... 20
1.4. Atividades farmacológicas dos óleos essenciais................................................................................ 21
1.5. Biossíntese de terpenos...................................................................................................................... 22
1.6. Variação sazonal de óleos voláteis.................................................................................................... 25
1.7. A família Lauraceae.......................................................................................................................... 26
1.8. O gênero Ocotea Aubl. .............................................. ...................................................................... 29
1.8.1 Ocotea porosa (Nees) Barroso ....................................................................................................... 31
1.9 O gênero Nectandra Rol. ex .Rottb.................................................................................................... 33
1.9.1 Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez ............. ......................................................................... 34
2. OBJETIVOS....................................................................................................................................................... 37
3.MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................................................ 38
3.1. Obtenção do material vegetal......................................................................................................... 38
3.2. Obtenção do óleo volátil ............................................................................................................... 38
3.3. Análise química............................................................................................................................. 39
3.3.1 Cromatografia a Gás.................................................................................................................... 40
3.3.2 Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massas (CG/EM)....................................... 40
3.4. Identificação dos componentes...................................................................................................... 41
3.4.1 Cálculo dos índices de retenção................................................................................................... 41
3.5 Ensaios Biológicos.......................................................................................................................... 42
3.5.1 Teste da atividade antimicrobiana. ...................................................................................... 42
3.5.1.1 Preparo da amostra............................................................................................................. 42
3.5.1.2 Determinação da atividade antimicrobiana....................................................................... 42
3.5.2 Bioautografia com Cladosporium sphaerospermum e C. cladosporioides para avaliação
preliminar da atividade antifúngica ........................................................................................................................ 44
3.5.2.1 Preparo da amostra ........................................................................................................... 44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................................................... 45
4.1. Composição química........................................................................................................................ 45
4.2. Análise do efeito da sazonalidade no rendimento dos óleos voláteis............................................... 55
4.3. Análise do efeito da sazonalidade na composição química dos óleos voláteis............................... 57
4.4. Atividades biológicas........................................................................................................................ 61
5. CONCLUSÃO 64
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................................... 66
APÊNDICE............................................................................................................................................................ 81
ANEXO 1 ............................................................................................................................................................. 96
17
1. INTRODUÇÃO
1.1 História do uso das fragrâncias
O uso de plantas aromáticas (inteiras ou suas partes como folhas, cascas, sementes e
seus produtos extrativos como as resinas) é tão antigo quanto à história da humanidade, sendo
empregadas na medicina, na cosmética e em cerimônias religiosas, sendo que a descoberta,
exploração e o uso de fragrâncias tiveram inicialmente uma conotação religiosa.
A palavra perfume deriva do latim per fumum, que significa “por” ou “através” do
fumo, isso por que a queima dos incensos por religiosos era feita para elevar aos céus sua
contemplação a Deus. As maiores religiões do mundo empregam fragrâncias nos “rituais”
como forma de reverenciar a Deus. Desta forma os religiosos foram responsáveis pelo enorme
crescimento que o uso dos perfumes teve através dos séculos. (PYBUS, 1999)
Na Bíblia existem vários relatos do uso de perfumes, a comprovação da importância
destes odores pode ser visto em Êxodos capítulo 30. Nos versículos 22 a 38 Deus dá a Moisés
instruções para a construção de um altar para a queima de incensos onde são encontrados
também os ingredientes e o modo de preparo do incenso e do perfume sagrado (azeite de
ungir).
Ainda segundo a Bíblia, Deus deixaria claro para Moisés que ninguém poderia fazer o
uso do incenso para outra finalidade que não fosse de dedicação a Deus, e quem o usasse
como perfume estaria expulso do seu povo, bem como o perfume seria de uso exclusivo para
sacerdotes, e que não poderiam utilizar esta fórmula sagrada para outra finalidade. Qualquer
18
pessoa que preparasse este perfume e não fosse sacerdote estaria expulso do seu povo
também.
Foi através das grandes civilizações encontradas entre 2000 e 4000 a.C. no Nilo no
Egito, na Mesopotâmia (onde hoje é o Iraque), no Vale de Hwang-Ho na China e os Hindus
de Mohenjo Daro e Harappa (Paquistão) que ao longo dos séculos o conhecimento do vidro,
álcool e dos aromas foram desenvolvidos. (PYBUS, 1999)
O desenvolvimento sistemático começou por volta do século XIII quando as farmácias
começaram a preparar os chamados óleos-remédios e a registrar as suas propriedades e os
seus efeitos fisiológicos nas farmacopéias. Muitos óleos essenciais atualmente utilizados por
perfumistas e aromistas foram originalmente preparados por destilação pelas farmácias nos
séculos XVI e XVII. Um passo importante na história dos ingredientes naturais das
fragrâncias foi na primeira metade do século XIX, quando a produção de óleos essenciais foi
industrializada devido ao aumento da demanda destes produtos. O passo seguinte foi à
utilização de compostos isolados, o cinamaldeído foi isolado em 1834 e o benzaldeído em
1837. O primeiro aroma sintético foi introduzido entre 1845 e 1850, esses aromas eram
constituídos por compostos de baixo peso molecular, ésteres e alcoóis e eram sintetizados
pelas indústrias por seu odor de frutas. (BAUER, 2001)
1.2 Óleos essenciais
Óleos voláteis, também chamados de óleos essenciais, constituem-se de uma mistura
complexa de substâncias voláteis de viscosidade semelhante à dos óleos, insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos, extraídas de vegetais através de destilação por vapor de
água. Sua composição envolve uma ampla gama de compostos, como hidrocarbonetos
19
terpênicos, alcoóis simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos,
peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas, até compostos contendo enxofre.
Plantas ricas em óleos voláteis são abundantes em angiospermas, dicotiledôneas, tais como
nas famílias Asteracea, Apiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Myristicaceae,
Piperaceae, Rutaceae, entre outras. (SIMÕES et al, 2001)
A ISO (International Organization for Standardization) define óleo essencial como:
"um produto obtido por destilação em água ou vapor, por destilação seca de materiais naturais
ou por processos mecânicos de extração de pericarpos de frutos cítricos. Após a destilação, o
óleo essencial é fisicamente separado da fase aquosa”. (ISO 9235:1997) Na literatura são
citadas outras técnicas de extração dos compostos aromáticos das plantas, entre elas a
extração com solventes orgânicos, enfloração (enfleurage), prensagem (espressão) ou
utilização de CO
2
supercrítico. (PYBUS, 1999, SIMÕES et al, 2001). Em função do método
de extração utilizado haverá variação na composição do óleo obtido, em função da grande
labilidade dos seus constituintes. (SIMÕES et al, 2001) A finalidade destas técnicas de
extração é a obtenção dos odores como um todo das plantas, não somente os óleos voláteis,
estes consistem apenas em uma parte do odor total emitido por uma espécie vegetal.
Em geral, os componentes dos óleos voláteis podem ser classificados em derivados
fenilpropanoídicos (aromáticos) ou de derivados terpenoídicos (unidades de isopreno), de
acordo com a sua origem biossintética. Os compostos terpênicos são mais freqüentes nos
óleos voláteis, se dividem em monoterpenos, sesquiterpenos, diterpenos, conforme o número
de unidades de isopreno em sua estrutura. (SIMÕES et al., 2001)
20
1.3 Função dos óleos voláteis nas plantas
Durante muito tempo a síntese de óleos essenciais foi considerada um desperdício
fisiológico; no entanto, sabe-se atualmente que eles possuem funções fisiológicas e ecológicas
específicas. (SIMÕES et al, 2001)
Muitas hipóteses foram levantadas ao longo dos anos para explicar a produção dos
óleos voláteis. Uma das primeiras propostas era que estes compostos eram de importância
secundária para as funções vitais das plantas, considerados como produto de resíduos
metabólicos. (GANG, 2005)
Esses compostos voláteis têm sua distribuição limitada no reino das plantas, a sua
biossíntese é restrita em tipos de tecidos específicos e em específicos estágios de
desenvolvimento e algumas vezes se restringindo a certos clados. (DUDAREVA et al, 2004;
PICHERSKY, 2000)
Os componentes voláteis das flores são os principais responsáveis pela atração e
orientação de polinizadores, tem sido documentado que esses compostos voláteis atraem não
somente polinizadores, mas também os dispersores de sementes, talvez até mesmo estejam
envolvidos na direção da co-evolução de ambos, polinizador e polinizado. (DUDAREVA e
PICHERSKY, 2006) Embora esses metabólitos não sejam requeridos para o processo do
metabolismo primário como, por exemplo, a síntese de proteínas, muitos são requeridos para
a manutenção da espécie e no processo de adaptação ao meio ambiente. (GANG, 2005) Em
muitas espécies as quais não são autopolinizáveis a atração de polinizadores é absolutamente
requerida para a reprodução destas espécies. (SCHIESTL, 2002)
Os óleos voláteis nas plantas também podem atuar como um mecanismo de defesa
contra seus inimigos naturais, os herbívoros, exemplos desta interação entre plantas,
21
herbívoros e parasitas têm sido descritas. (GANG, 2005) Alguns constituintes de óleos
essenciais podem atuar também na proteção de folhas e meristemas contra perda de água e
aumento da temperatura (DELL e McCOMB, 1987), na proteção contra predadores e
infestantes como é o caso do mentol e da mentona, inibidores do crescimento de vários tipos
de larvas (KELSEY et al, 1984). Alguns monos e sesquiterpenos, como mirceno, canfeno, α-
pineno e longifoleno retardam o crescimento de fungos decompositores (KELSEY et al,
1984; DELL e McCOMB, 1987).
Além disso, em diversas espécies de Salvia, Atemisia, Eucalyptus, Rosmarinus e
Thymus, foi observado o efeito alelopático de compostos presentes nos óleos essenciais (como
canfeno, cânfora, cineol, tujona, α e β-pineno) devido à atividade inibidora de respiração das
raízes e da germinação, afetando o espaçamento entre plantas e a composição da comunidade
(KELSEY et al, 1984)
1.4 Atividades farmacológicas dos óleos essenciais
Além de seu significado ecológico, o interesse no estudo de óleos essenciais está
relacionado à sua importância econômica. Diversos componentes são utilizados em escala
industrial para a produção de perfumes, cosméticos, produtos alimentares, farmacêuticos e de
higiene, devido às suas ações terapêuticas, flavorizantes e aromatizantes.
O uso de plantas aromáticas na medicina popular é bastante difundido, em especial no
tratamento de infecções microbianas, inflamações, dores, eczemas, etc. Entre as propriedades
farmacológicas encontradas em óleos voláteis estão às atividades antifúngica (TULIO, 2006),
antimicrobiana (WALACE, 2004; DORMAN e DEANS, 2000; DUARTE, 2007), inseticida
(SAMARASEKERA, 2006), antiinflamatória (JUERGENS et al., 1998), analgésica (SILVA
22
et al., 2003), antioxidante (SACCHETTI, 2005), etc.. Os óleos essenciais também podem ser
utilizados na indústria alimentícia por suas atividades antimicrobianas e antifúngicas como
aditivos nos alimentos e na ração animal. (WALACE, 2004).
A complexidade da composição dos óleos voláteis muitas vezes torna difícil o
estabelecimento da relação entre a atividade farmacológica e o respectivo princípio ativo, uma
vez esta atividade pode ser resultante de interações entre diferentes componentes do óleo.
(SETZER et al, 2006)
1.5 Biossíntese de terpenos
Os constituintes dos óleos essenciais são agrupados em duas classes quimicamente
distintas: terpenóides e fenilpropanóides. Os terpenóides são constituídos de duas ou mais
moléculas de isopreno e ocorrem de forma mais abundante nas espécies produtoras de óleo
essencial, sendo mais freqüente os monoterpenos e sesquiterpenos, portanto a biossíntese
destes compostos é mais estudada. Os fenilpropanóides caracterizam-se por derivados
benzênicos com uma cadeia lateral de três átomos de carbono originado de ácidos aminados
aromáticos, que se originam a partir do ácido chiquímico. (SIMÕES et al, 2001),
Os compostos do grupo dos terpenóides são derivados a partir do difosfato de
isopentenila (IPP). Este pode ser originado por duas rotas biossintéticas diferentes, porém
ambas oriundas da glicose: via do mevalonato (MVA) e rota da desoxi-xilulose fosfato
(DXP). (DEWICK, 2002; ADAM & ZAPP, 1998). Na rota clássica, via do mevalonato, o IPP
é formado a partir do ácido mevalônico, as reações biossintéticas desta via ocorrem no citosol
(Figura 1) enquanto que na rota alternativa, o IPP é formado a partir da 1-desoxi-xilulose-5-
fosfato (DXP), ocorrendo nos plastídios (Figura 2). (DUDAREVA et al., 2004)
23
Os metabólitos que se incluem neste grupo caracterizam-se por possuir estruturas que
resultam da união cabeça-cauda de unidades C
5
, 3-isopentenil pirofosfato (IPP) e 3,3'-
dimetilalil pirofosfato (DMAPP). A adição seqüencial de unidade IPP com DMPP formam o
difosfato de geranila (GPP), difosfato de farnesila (FPP) e difosfato de geranilgeranila
(GGPP). Esses três componentes servem como precursores dos monoterpenos, sesquiterpenos
e diterpenos, respectivamente (Figura 3) sendo aceito que a formação do GPP e GGPP ocorre
no plastídeo e, o FPP no citosol. Terpenos sintetases ou ciclases, catalizam as reações em que
os esqueletos primários de terpenos são formados desses substratos. (SIMÕES et al 2001;
BUCHANAN, 2000; DEWICK, 2002; DUDAREVA et al, 2004; McCASKILL, 1999)
Figura 1: Síntese do DMAPP e IPP através da via clássica. (DEWICK, 1997).
24
Figura 2: Síntese do DMAPP e IPP através da via alternativa. (BUCHANAN, 2000)
25
Figura 3: Formação dos monoterpenos, sesquiterpenos e diterpenos através da condensação do IPP com
DMAPP. (DEWICK, 2002)
1.6 Variação sazonal de óleos voláteis
A composição química e o teor de óleo volátil de uma planta são determinados
geneticamente, sendo geralmente especifica para um determinado órgão e característica para
seu estágio de desenvolvimento. O ciclo vegetativo numa determinada espécie influi na
concentração de cada um dos constituintes do óleo volátil, que pode variar durante o seu
desenvolvimento, um óleo volátil extraído do mesmo órgão de uma mesma espécie vegetal
pode variar significativamente, de acordo também com a época da coleta, condições
climáticas e de solo.
(OLIVEIRA, 1998) O metabolismo secundário de plantas pode variar
consideravelmente dependendo de vários fatores sendo que a constância de concentrações de
metabólitos secundários é praticamente uma exceção. (GOBBO-NETO e LOPES, 2007)
26
A natureza e a quantidade de metabólitos secundários produzidos durante o
desenvolvimento do vegetal podem ser afetadas pela radiação solar, temperatura, precipitação,
ventos fortes, altitude, solo, época de coleta, idade da planta, eventos fenológicos, acúmulo de
nitrogênio foliar, herbivoria, injúria física e outras formas de estresse. (LIMA et al 2003;
VITTI & BRITO, 1999; SIMÕES et al, 2001; GOUINGUENÉ e TURLINGS 2002)
A época em que uma droga é coletada é um dos fatores de maior importância, visto
que a quantidade e, às vezes, até mesmo a natureza dos constituintes ativos não é constante
durante o ano. São relatadas, por exemplo, variações sazonais no conteúdo de praticamente
todas as classes de metabólitos secundários incluindo os óleos essenciais. Especialmente em
estudos de campo anuais, os efeitos da sazonalidade podem ser confundidos com alterações
metabólicas sob controle do processo de desenvolvimento internamente (hormonalmente)
controlado pela planta, devendo assim ser considerados em conjunto. (GOBBO-NETO e
LOPES, 2007)
1.7 A família Lauraceae
A família Lauraceae é formada por cerca de 50 gêneros e 2.500 espécies, sendo que
no Brasil ocorrem 25 gêneros e cerca de 400 espécies. É uma família com distribuição
tropical e subtropical concentrada em florestas pluviais da Ásia e das Américas. Os gêneros
Ocotea juntamente com Nectandra concentram, nesta ordem, o maior número de espécies da
família no bioma mata Atlântica. Entre as Lauraceae estão algumas das principais espécies
consideradas como produtoras de madeira de lei, incluindo a Imbuia (Ocotea porosa)
(SOUZA, 2005).
27
As Lauraceae destacam-se entre as demais famílias pela sua importância econômica.
Algumas espécies têm sido utilizadas pelas indústrias para a fabricação de diversos produtos,
porém a maioria destas espécies tem seu uso restrito às comunidades tradicionais que detêm o
conhecimento empírico da utilização dessas plantas. Essas espécies possuem alto valor
comercial no mercado também por serem espécies aromáticas e produtoras de óleos
essenciais, sendo freqüentemente utilizadas como matéria prima nas indústrias. Os gêneros
Aniba, Nectandra e Ocotea são aqueles que apresentam o maior número de espécies de
importância econômica. (MARQUES, 2001) Os óleos essenciais da família Lauraceae podem
ser encontrados tanto nas folhas como na própria madeira, destacando-se o óleo do Pau-Rosa,
Sassafrás, Canela-da-China, entre outros. (CRAVEIRO, 1981)
Os primeiros registros relativos à utilização das espécies desta família datam de 2.800
a.C, sendo originários da Grécia antiga. Isso influenciou o nome de muitos gêneros que fazem
uma alusão àquela época. Laurus L., por exemplo, vem do celta “lauer” que significa verde
ou ainda “laus” que significa louvor e o gênero Phoebe, tem o seu nome relacionado ao deus
Apolo. Outras espécies utilizadas desde a Grécia antiga são as pertencentes ao gênero
Cinnamomum Schaeffer, que significa “caneleira” em grego (BARROSO et al., 1978; COE-
TEIXEIRA, 1980).
As espécies aromáticas de Lauraceae estão compreendidas principalmente nos
gêneros Aniba, Nectandra, Ocotea, Licaria e Dicypellium. As espécies aromáticas e as que
produzem óleos alcançam alto valor no mercado, pois são freqüentemente usadas como fonte
de matéria prima nas indústrias. Muitas espécies pertencentes à família Lauraceae estão entre
as mais utilizadas por essas indústrias.
Cinnamomum camphora (L.) Presl. e Lindera benzoin (L.) Blume são reconhecidas
como algumas das principais espécies produtoras de óleos essenciais da família. C. camphora,
28
popularmente conhecida como cânfora, é uma das espécies conhecidas desde a Grécia antiga.
Possui utilização na indústria de perfumaria e medicamentos, devido ao odor agradável
produzido pelo linalol. Da espécie L. benzoin se extrai o óleo de benjoim (COE-TEIXEIRA,
1980).
As espécies do gênero Aniba Aubl. Destacam-se pelo alto valor econômico, devido à
constituição do óleo essencial, encontrado em grande quantidade principalmente no lenho e
na casca. A.canellita (H.B. K) Mez e A. parviflora (Meissn) Mez também são usadas em
perfumaria, porém, esta última, é de ocorrência muito rara, o que restringe sua exploração. A
exploração de A. roseodora Ducke fez com que essas espécies fossem levadas à beira da
extinção. Cabe salientar, que o óleo de pau-rosa já chegou a ocupar o terceiro lugar na pauta
de exportação da região Amazônica, cabendo a borracha e à castanha, o primeiro e segundo
lugares, respectivamente. (CORRÊA, 1984)
Sassafras albidum Nutt. é uma espécie típica da América do Norte, muito utilizada na
indústria farmacêutica, em perfumaria e também na indústria química, tendo como
componente principal o safrol. (SIMIC, et al 2004)
O. costulata Mez é uma espécie cuja casca apresenta um odor agradável. O mesmo
acontece com a madeira, que possui aroma característico de cânfora. Por destilação, extrai-se
da madeira um óleo volátil que contem aproximadamente 45% de terebentina ou aguarrás.
Phoebe porphyria Mez é uma espécie comum ao sul do Brasil e Argentina subandina, cuja
casca é usada como tabaco pelos indígenas na forma de cachimbo ou cigarro (CORRÊA,
1984).
29
1.8 O gênero Ocotea Aubl.
O gênero Ocotea é um dos maiores da família Lauraceae, possuindo cerca de 350
espécies, entre árvores e arbustos, encontradas principalmente na região neotropical, porém
com algumas espécies na África e Madagascar. Esse gênero compreende árvores ou arbustos,
monóicos, dióicos ou ginodióicos. Folhas alternas, raramente subopostas ou verticiladas, sem
papilas na epiderme abaxial. (BAITELLO et al, 2003)
Diversas pesquisas têm sido conduzidas com diferentes espécies de Ocotea, visando o
isolamento e a caracterização de compostos químicos. Dentre os metabólitos vegetais
identificados, destacam-se os alcalóides benzoisoquinolínicos e aporfínicos (VILEGAS et al.,
1989; LÓPEZ et al., 1995; DIAS et al., 2003), as lignanas (MORAIS et al., 1999) e
neolignanas (AIBA et al, 1973; ROMOFF et al, 1984; DIAS, 1985; DIAS et al, 1986;
FELÍCIO et al, 1986; MARQUES et al, 1992; DREWES et al, 1995; LORDELLO, 1996), os
monoterpenos (DIAZ et al, 1980), os sesquiterpenos (AIBA et al, 1973; PALOMINO;
MANDONADO, 1996) e os fenilpropanóides (DIAZ et al, 1980).
Quanto ao óleo essencial, os estudos reportados compreendem a identificação da
composição química dos óleos e a verificação da atividade biológica. Um estudo comparativo
dos óleos essenciais das folhas de 10 espécies deste gênero (O. floribunda (Sw.) Mez , O.
holdridgeana W. Burger, O. meziana C.K. Allen, O. sinuata (Mez) Rohwer, O. toduzii
Standley, O. valeriana (Standl.) W.Burger, O. veraguensis (Meissn.) Mez, O. whitei
Woodson, e duas novas espécies de Ocotea denominadas “los llanos” e smal leaf Ira
Marañon”), mostrou que α-pineno, β-pineno, β-elemeno, β-cariofileno, α-humuleno,
germacreno D, γ-cadineno, δ-cadineno, e α-cadinol são componentes comuns às espécies
30
estudadas como componentes majoritários ou traços e estes componentes também estão
descritos em outras espécies de Ocotea. (TAKAKU et al, 2007).
Estes nove componentes foram identificados em O. brenesii Standl. (CHAVERRI et
al, 2005), O. austinii C. K. Allen (CHAVERRI e CICCÓ, 2007), O. comoriensis Kostermans
com exceção do β-elemeno, (MENUT et al, 2002) O. cymbarum Aubl. e O. longifolia H.B.K
com exceção de germacreno D (ZOGHBI et al, 2003), O. puberula (Rich.) Nees com
exceção do β-pineno e α-cadinol, (LORDELLO, 2001), O. bracteosa (Meisn.) Mez com
exceção do α-pineno, β-pineno, e α-cadinol (SILVA et al, 2007), O. quixos (Lam.) Kosterm
com exceção do germacreno D e α-cadinol no óleo extraído dos cálices (BRUNI et al, 2004) e
com exceção do β-pineno, α-humuleno, γ-cadineno e α-cadinol no óleo extraído das folhas,
(SACCHETTI et al, 2006) O. gadneri (Meisn.) Mez com exceção de β-elemeno, δ-cadineno,
e α-cadinol ( DIAS, 2006), O. bofo Kunth com exceção de γ-cadineno, δ-cadineno, e α-
cadinol (GUERRINI et al, 2006), O. duckei Vattimo, com exceção de β-cariofileno,
germacreno D e α-cadinol (BARBOSA FILHO et al, 2008)
Aparentemente estes nove componentes são comuns para as espécies de Lauraceae
incluindo Beilschmiedia, Cinnamomum, Laurus, Lindera, Nectandra e Persea. (TAKAKU, et
al, 2007). Entretanto existem espécies que possuem um perfil químico caracterizado pela
presença de fenilpropanóides como o safrol, O-metil eugenol e derivados do cinamaldeído e
outros benzenóides (GOTTILIEB et al, 1981). O. foetens (Alt.) Benth. et Hook possui como
componente majoritário metil p-cumarato, (PINO, 2004) e O. quixos (Lam.) Kosterm. que
apresenta no óleo extraído do cálice das flores trans-cinamaldeído e o éster metílico do ácido
cinâmico como componentes majoritários. (BRUNI et al, 2004)
Estudos mostram que os óleos voláteis do gênero Ocotea possuem atividades
biológicas diversas entre elas atividade moluscicida, (DIAS, et al 2006; SILVA et al, 2007)
31
larvicida, antimalárica (MENUT et al, 2002), antitrombótica, anticoagulante, vasodilatadora
(BALLABENI et al, 2007), antioxidante, antibacteriana e antifúngica (BRUNI et al, 2004;
GUERRINI, et al 2006) e antitripanossômica (SETZER et al, 2006)
1.8.1 Ocotea porosa (Nees) Barroso
O. porosa é conhecida vulgarmente por varias denominações; tais como imbuia,
canela imbuia, imbuia amarela, imbuia preta, imbuia zebrina, etc. Muitas espécies de Ocotea
são utilizadas como plantas medicinais, por exemplo, O. opifera Mart cujo óleo essencial dos
frutos é empregado para combater o reumatismo, artritismo e paralisias. (CORRÊA, 1984)
Árvore monóica de até 7 metros de altura, O. porosa apresenta diâmetro do caule de
50 a 150 cm na altura do peito, tronco grosso tortuoso, formando copa ampla, pouco densa de
folhagem verde-clara muito característica, folhas simples alternas. Inflorescência em racemos
simples ou subracemosos corimbosos; flores hermafroditas, pequenas, amareladas; estames
externos (típicos de Ocotea) quase sésseis. O fruto é uma baga globosa (esférica) de 13 a 17
mm de diâmetro, superfície parda e alveolada.
Ocorre nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
São Paulo. Sua maior concentração ocorre em vastas áreas no norte do Estado de Santa
Catarina, onde foi a árvore mais importante depois do pinheiro-brasileiro, imprimindo a
fisionomia à paisagem. A imbuia possivelmente seja a espécie arbórea mais longeva da
"floresta de araucária",podendo ultrapassar 500 anos de vida. (CARVALHO, 1994)
A dispersão das sementes é zoocórica (aves e mamíferos), suas flores são muito
atrativas para as abelhas e os frutos apreciados também por aves e formigas, que deixam a
32
semente livre da casca carnosa e realizam a sua disseminação. Floresce de agosto a dezembro,
os frutos amadurecem entre fevereiro e maio, é polinizada especialmente pelas abelhas.
(BAITELLO, 2003)
A madeira de imbuia pode ser usada para mobiliário de luxo, folhas faqueadas
decorativas, peças torneadas, painéis de compensado e em divisórias. É madeira para
movelaria, exportada em grande quantidade e suas qualidades estéticas são universalmente
apreciadas. Em construção civil, é usada como vigas, caibros, ripas, forro, tábuas e tacos para
assoalhos, marcos ou batentes de portas e janelas, venezianas, molduras e lambris. É também
usada em carpintaria, marcenaria, obras de entalhes, coronha de arma de fogo, estaca, piquete,
esquadrias, instrumentos musicais, escadarias, dormentes e hidráulica. (CORRÊA, 1969).
Como as flores da imbuia são muito atrativas para as abelhas, confere a esta espécie,
também, a qualidade de essência melífera. Essa espécie pode ser usada em arborização urbana
e no reflorestamento para recuperação ambiental, é recomendada para reposição de mata ciliar
para locais sem inundação. A imbuia é espécie símbolo do Estado de Santa Catarina, assim
reconhecida pela Lei Estadual Nº 4.984, de 07/12/1983. (CARVALHO, 1994).
Quanto ao estudo de identificação da composição química de óleos essenciais da
espécie O. porosa foram encontrados na literatura dois trabalhos com a sinonímia de Phoebe
porosa, (WEYERSTAHL, et al 1994; REYNOLDS, T.; KITE, G., 1995) um trabalho sobre a
identificação de um novo esqueleto de um sesquiterpeno álcool chamado de oreodafenol sob a
sinonímia de Oreodaphne porosa (WEYERSTAHL, P. et al, 1989) e um trabalho
denominado óleos de imbuia publicado em 1961 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de
São Paulo, cujo conteúdo se refere apenas as características físico-químicas como densidade,
índice de acidez, rotação óptica, etc. (MOLLAN, 1961)
33
Os componentes majoritários encontrados no óleo volátil dos galhos desta espécie
foram acetato de carquejil 2,1%, α-copaeno 5,6% γ-cadineno 3,5%, δ-cadineno 3,1%,
eremoligenol 8,4%, β-eudesmol 8,4%, α-bisabolol 3,6% e β-bisabolol 2,9%,
(WEYERSTAHL, et al 1994), além do sesquiterpeno álcool oerodafenol identificado pela
primeira vez também por estes autores em 1988 (WEYERSTAHL et al, 1989). Um estudo
realizado posteriormente com esta espécie reporta como componentes majoritários α-copaeno
6,25%, δ-cadineno 3,28%, β-eudesmol 6,86%, valerianol 7,55%, e α-bisabolol 3,33%. Neste
trabalho os autores não encontraram o sesquiterpeno oreodafenol previamente descrito.
(REYNOLDS e KITE, 1995) Embora a os óleos voláteis estudados por WEYERSTAHL
(1994) e REYNOLDS (1995) apresentem diferenças na composição química, em ambos os
trabalhos os óleos voláteis foram cedidos pela mesma empresa, Aripê Cítrica Agro Industrial
S/A que se localiza em Porto Alegre no Brasil. Vale ressaltar que no trabalho de
WEYERSTAHL foi publicado em 1994 e o óleo por eles analisados foi obtido em 1978 e
1988, segundo os autores, ambas as amostras possuíam as mesmas porcentagens na análise
por cromatografia gasosa.
1.9 O gênero Nectandra Rol. ex Rottb
Nectandra Rol. ex Rottb está entre os mais importantes gêneros da família, em
número de espécies. É um gênero restrito às Américas Tropical e Subtropical, representada
por 114 espécies reconhecidas até o presente e destas, 43 são brasileiras sendo 17 paulistas. O
gênero é composto por árvores monóicas de folhas peninérveas alternas, raras opostas e
subopostas. (BAITELLO et al., 2003).
34
Este gênero é caracterizado pela presença de alcalóides do grupo benzoquianolínicos
(BOHLKE et al, 1996) aporfínicos e indólicos, (SANTOS FILHO et al, 1975) lignanas
(SILVA FILHO et al, 2004) e neolignanas (BRAZ FILHO et al, 1980).
Algumas espécies de Nectandra são utilizadas com finalidade terapêutica, essas
espécies são extensivamente utilizadas na medicina tradicional por suas propriedades
digestivas, diuréticas, anti-reumáticas e anestésicas (CORREA, 1984). N. pichurim (Kunth)
Mez possui folhas e frutos aromáticos, usados contra cólicas e problemas gástricos, N. rodiaei
Schomb possui ação antipirética e tônica, (MARQUES, 2001), N. salicifolia Nees possui
propriedades antinflamatórias (MELO et al, 2006), relaxante vascular (SLISH et al l, 1999) e
atividade antimalárica (BOHLKE et al, 1996). N. grandiflora Nees & Mart. ex Nees possui
alcalóides aporfínicos no extrato da casca e atividade antitumoral. (MORENO et al l, 1993) e
o extrato etanólico possui atividade antioxidante atribuída aos flavonóides glicosilados
(RIBEIRO et al, 2005).
Os óleos essenciais deste gênero são pouco estudados. Na literatura são reportados os
estudos dos óleos voláteis de N. rigida (Kunth) Nees cujos componentes majoritários são α-
felandreno e β-felandreno (MORAIS et al, 1971), N. augustifolia Nees possui p-menta-1(7),
8-dieno e α–terpinoleno, (TORRES et al, 2005), em N. salicina C. K. Allen α-pineno,
viridifloreno β-cariofileno e o sesquiterpeno oxigenado atractilona foram os constituintes
majoritários encontrados nas folhas e nos galhos atractilona e germacreno D. (CHAVERRI e
CICCIÓ, 2009), em N. umbrosa (Kunth) Mez foi encontrado cadinol, germacreno B e
espatulenol no óleo essencial dos frutos. (VALLEY e SCORA, 1999).
35
1.9.1 Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
N. megapotamica pertence à família das Lauraceae, sendo vulgarmente conhecida
como canela-louro, canela-preta, canela-ferrugem e canela-fedorenta. Ocorre no Paraguai,
Argentina, Uruguai e Brasil nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Floresce entre Abril e
Outubro e frutifica de Outubro a Janeiro. Fornece madeira semelhante à Imbuia (Ocotea
porosa) sendo pouco aproveitada por seu odor desagradável, no entanto é amplamente
utilizada na arborização urbana. É uma que integra a lista das espécies ameaçadas de extinção.
(BAITELLO, 2003).
Apresenta ampla dispersão pela floresta ombrófila em geral, sendo menos freqüente
nas associações pioneiras e secundárias, e muito rara em sub-bosques de pinhais e capões. A
madeira é moderadamente pesada, fácil de trabalhar, porém com cheiro desagradável quando
fresca. Apresenta a superfície irregularmente lenhosa, de média durabilidade sob condições
naturais. A madeira é adequada para a construção civil, esquadrias e tabuados em geral.
Apesar das excelentes características xilotecnológicas, essa madeira tem sido relegada para
segundo plano devido ao cheiro desagradável, que pode voltar quando em lugares úmidos.
Seus frutos são muito procurados por inúmeras espécies de pássaros, sendo ótima para
reflorestamentos mistos de áreas de preservação permanente (LORENZI, 1998).
Os estudos fitoquímicos desta espécie revelam a presença de sesquiterpenos e
fenilpropanóides no extrato do tronco (GARCEZ et al, 2007) alcalóides (SANTOS FILHO,
1975) e lignanas tetrahidrofurânicas (da SILVA FILHO et al, 2004) com atividade
tripanocida e leishmanicida (da SILVA FILHO et al, 2008,), analgésica e antiinflamatória (da
SILVA FILHO et al, 2004; APEL et al, 2006) os quais confirmam as propriedades indicadas
pela medicina tradicional.
36
Em relação a estudos de composição química dos óleos voláteis desta espécie, até o
presente momento, foi encontrado na literatura um estudo com a sinonímia N. saligna Nees
cujos resultados deste trabalho mostram que existe variação na composição química de
indivíduos coletados em regiões diferentes. O indivíduo coletado em Presidente Venceslau
apresentou como constituintes majoritários δ-elemeno e seicheleno enquanto o indivíduo de
Presidente Prudente apresentou trans-cariofileno, biciclogermacreno e germacreno D como
majoritários. (MELO, 2003).
Os óleos essenciais de N. megapotamica possuem atividade antimicrobiana contra S.
aureus, atividade antiinflamatória e antitumoral indicando que este óleo essencial possui
potencial farmacológico. (APEL et al, 2006)
37
2. OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo principal determinar a composição química e o
rendimento de óleos essenciais das espécies Ocotea porosa e Nectandra megapotamica, e a
investigação da atividade biológica dos óleos extraídos. Tendo em vista que a quantidade e a
qualidade dos óleos essenciais das plantas variam de acordo com a sua localização, condições
climáticas, época do ano em que são colhidas e até mesmo durante o passar do dia, as análises
têm como objetivo determinar qualitativamente e quantitativamente a variação no rendimento
na composição química e as atividades antifúngicas e antimicrobianas ao longo de diferentes
épocas do ano.
38
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Obtenção do material vegetal
A coleta do material vegetal foi realizada no Parque Estadual Fontes do Ipiranga
(PEFI) que possui uma área de aproximadamente 5,43 milhões de metros quadrados,
caracterizando-se como o maior parque metropolitano do Estado de São Paulo. Os grandes
maciços florestais preservados destacam-se por serem os últimos remanescentes da Mata
Atlântica inseridos na metrópole.
As coletas foram realizadas sempre na terceira semana de cada mês e durante o
período da manhã, visto que alterações nos dias e horários das coletas poderiam influenciar no
resultado do rendimento do óleo volátil obtido com a hidrodestilação (NASCIMENTO,
2003). Os indivíduos de O. porosa foram coletados entre os meses de novembro de 2005 a
outubro de 2006 e os indivíduos de N. megapotamica foram coletados entre os meses de
fevereiro de 2006 a janeiro de 2007.
3.2 Obtenção do óleo volátil
O material vegetal foi seco à temperatura ambiente durante 15 dias, período no qual se
constatou não haver variações na massa do material vegetal devido à perda de água e desta
forma evitar variações no rendimento do óleo volátil em função da variação da massa da
amostra. As folhas foram separadas manualmente dos galhos após a secagem, sendo que as
folhas foram utilizadas inteiras e os galhos foram quebrados em pedaços de aproximadamente
dois centímetros.
39
O material vegetal foi submetido à hidrodestilação em processo contínuo com
aparelho do tipo Clevenger (FARMACOPÉIA, 2001; OMS, 1992). Aproximadamente 50 g
do material seco de cada amostra foram transferidos para balões de fundo redondo de
1000 mL de capacidade contendo 500 mL de água destilada. O sistema foi mantido em
destilação durante 4 horas. O óleo obtido no frasco coletor do aparelho foi diluído em
n-pentano e após a retirada do óleo procedeu-se a lavagem do frasco coletor com mais três
porções do solvente para total retirada do óleo. Foi utilizado sulfato de sódio como secante e o
solvente evaporado em aparelho rotaevaporador. O teor de óleo volátil foi obtido por pesagem
em balança analítica e posterior cálculo do rendimento (%) em função da massa utilizada de
folhas ou galhos secos. Os óleos obtidos foram armazenados sob refrigeração, em frascos de
vidro âmbar, até a análise dos constituintes.
3.3 Análise química
Os óleos voláteis obtidos por hidrodestilação foram diluídos em acetona na razão de
10µL de óleo em 990 µL de acetona. Os óleos diluídos foram acondicionados em frascos de
vidro hermeticamente fechados e sempre que possível, imediatamente analisados, ou então
guardados no freezer na ausência de luz.
Todo o material diluído foi quantificado por cromatografia a gás com detector de
ionização de chamas (CG/DIC) e identificado por cromatografia gasosa acoplada à
espectrometria de massas (CG/EM).
40
3.3.1 Cromatografia a Gás
Os óleos diluídos foram quantificados pelo cromatógrafo a gás HP 5890 equipado com
coluna capilar de sílica fundida DB5 (25 m de comprimento e 0,25mm de diâmetro interno,
preenchida com polidimetildifenilsiloxano, contendo 5% de grupamentos fenila com um filme
de 0,25 µm de espessura) para a separação dos constituintes. O injetor (com divisão de fluxo -
split/splitless) foi programado a 250ºC (razão de divisão 1:20) e a programação de
temperatura foi de 40ºC a 240ºC a 3ºC/min e 240ºC por 10 minutos (tempo total de análise 80
minutos), utilizando hélio como gás de arraste a uma pressão de 80 Kpa e velocidade linear de
1 ml por minuto. Nitrogênio, ar sintético e hidrogênio foram utilizados como gases auxiliares,
na razão de 1:1: 10, respectivamente e detector por ionização de chama (DIC, 250ºC). A
composição percentual foi obtida pelo integrador HP 3396A.
3.3.2 Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massas (CG/EM)
As amostras foram analisadas por CG/EM, utilizando o cromatógrafo Agilent 6890
acoplado com o espectrômetro de massas Agilent 5973 network mass selective detector com
quadrupolo cilíndrico, equipado com coluna DB5 (25 m, 0,25 mm de diâmetro interno e filme
de 0,25 µm de espessura), operando com energia de ionização de 70 eV e uma temperatura de
interface de 250ºC. A temperatura foi programada de 40ºC a 240ºC a 3ºC/min utilizando hélio
como gás de arraste a um fluxo de 1 ml/min.
41
3.4 Identificação dos componentes
A identificação dos componentes do óleo foi baseada na comparação entre o índice de
retenção, o espectro de massas, dados retirados da literatura (ADAMS, 2007) e por
comparação com espectros de massas registrados nos bancos de dados Willey 25 e Adams
2007.
3.4.1 Cálculo dos índices de retenção
A fim de permitir uma comparação entre os tempos de retenção dos diferentes
compostos obtidos com os dados da literatura, amostras autênticas e o banco de dados, foi
utilizado o índice de retenção de Kováts. Este índice utiliza uma série de compostos de
carbono (alcano saturado normal), para evitar erros devidos a variações do tempo de retenção
dos compostos decorrentes de alterações como temperatura, fluxo e operador.
O índice de retenção corrigido varia muito pouco e de maneira linear com a
temperatura. Os índices de retenção calculados foram, então, comparados com os da literatura
(SANDRA & BICCHI, 1987; COLLINS e BRAGA, 1988). O índice de retenção utilizado foi
obtido através da equação 1:
Equação 1
)'log)1('(log
)'log'(log100100
RZtZRt
RZtRXtz
I
+
+
=
Onde:
z = número de átomos de carbono com menor peso molecular.
t’RX = tempo de retenção do composto x, sendo que t’RX é intermediário a t’RZ e t’R(Z+1).
t’RZ e t’R(Z+1) = tempos de retenção ajustados dos alcanos de cadeia normal.
42
3.5 Ensaios Biológicos
Os testes antimicrobianos foram realizados na Faculdade e Ciências Farmacêuticas da
Universidade de São Paulo com a colaboração do biólogo Marcos E. Leite Lima, e os testes
antifúngicos foram realizados no Instituto Botânico com a colaboração das biólogas Ludmila
Raggi e Cínthia Murakami.
3.5.1 Teste da atividade antimicrobiana
3.5.1.1 Preparo da amostra
Os óleos voláteis foram diluídos na proporção de 1:4 (óleo: DMSO/MeOH - 1:1 V/V)
de modo que a concentração final no ensaio seja 3,125µl de óleo/ml. Foram utilizados para os
testes antifúngicos e antimicrobianos os óleos das folhas, obtidos nos meses de fevereiro,
maio agosto e outubro. Os óleos dos galhos não foram avaliados devido à baixa quantidade
obtida do material.
3.5.1.2 Determinação da atividade antimicrobiana
A atividade antimicrobiana dos óleos essenciais foi determinada através do método de
microdiluição. Os óleos essenciais foram testados em modelos para bactérias Gram Positivas,
Staphylococcus aureus subsp. Aureus (ATCC 6538), Gram Negativas, Escherichia coli
(ATCC 8739), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027) e dois fungos, um filamentoso
Aspegillus niger (ATCC 16404) e um leveduriforme Candida albicans (ATCC 10231). Para
cada ensaio, os microrganismos foram incubados em tubos inclinados Agar Triptose Soja
43
(TSA, Difco) para bactérias a 37
o
C e Agar Sabouraud Dextrose (SDA, Difco) para os fungos
a 25
o
C por 24 h.
Ao final deste período, os microrganismos foram re-suspendidos com solução salina
(0,85 %) e submetidos à padronização através de diluição seriada, onde as diluições 10
4
, 10
5
e
10
6
foram plaqueadas em duplicata, utilizando meio TSA para bactérias e SDA para os
fungos, em seguida incubados em estufa bacteriológica por 24h na temperatura de 35
o
C
bactérias e 48h na temperatura de 25
o
C os fungos.
As soluções microbianas padronizadas posteriormente foram diluídas com solução
salina e inoculadas em caldo triptose soja (TSB) e caldo Sabouraud Dextrose (SDB), de modo
que a concentração final de microrganismos em cada poço da microplaca apresentasse um
número de 200 a 400 UFC/200 µL.
A distribuição das substâncias nas microplacas obedeceram a um padrão pré-
estabelecido com a presença de branco (200 µL de meio TSB ou SDB sem microrganismos),
controle negativo (190 µL de meio TSB e SDB inoculado com microrganismos acrescido de
10 µL de Metanol:DMSO - 50:50) e 190 µL de meio TSB ou SDB inoculado com
microrganismos acrescentando 10 µL dos óleos ou antibiótico (Controle positivo: 10 µL de
Cloramfenicol 1mg/mL para S. aureus e E. coli e Amicacina 1mg/mL para P. aeruginosa, e
10 µL de Nistatina 1 mg/mL para C. albicans). Para se obter um controle do número de
colônias por poço, 200 µL do meio inoculado foi plaqueado em duplicata. As placas e
microplacas foram incubadas em estufa bacteriológica por 24h na temperatura de 35
o
C para as
bactérias e 48h na temperatura de 25
o
C para as leveduras. Após o período de incubação, as
microplacas foram lidas em espectrofotômetro de ELISA (SLT Spectra) em λ=630nm
(LENCZEWSKI et al, 1996; MATILA, 1987; SALIE et al 1996; WILLINGER et al 2000;
DEVIENNE et al 2002).
44
3.5.2 Bioautografia com Cladosporium sphaerospermum e C. cladosporioides para
avaliação preliminar da atividade antifúngica.
A espécie saprófita C. sphaerospermum Penzig SPC[1] - 1485[2] e a fitopatogênica C.
cladosporioides (Fresen) de Vries SPC - 140[3] foram utilizados como reveladores nos
bioensaios de detecção de substâncias fungitóxicas neste trabalho.
3.5.2.1 Preparo da amostra
Amostras dos óleos voláteis foram submetidas à cromatografia em camada delgada
com sistemas de solventes apropriados. Após desenvolvimento da cromatografia e completa
evaporação do solvente, as cromatoplacas foram nebulizadas com a suspensão de esporos dos
fungos e incubadas em câmara úmida a 25
º
C, no escuro, por 48 horas. (HOMANS & FUCHS,
1970)
Para a obtenção dos esporos, os fungos foram semeados com a ajuda de uma alça de
platina na superfície do meio de cultura Batata Dextrose Agar (BDA), incubadas a 24
o
C, no
escuro, por 14 dias. Os esporos foram extraídos com uma solução de sais minerais e glicose
(6:1) com o auxílio de um pincel. Essa suspensão é filtrada em um funil contendo gaze e
estocada à temperatura de –18
o
C para posterior nebulização das cromatografias em camada
delgada.
45
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Composição química
A análise da composição química por CG-EM dos óleos voláteis de O. porosa e N.
megapotamica foi realizada para as amostras obtidas na primeira coleta em novembro de
2005 e fevereiro de 2006 respectivamente.
A composição do óleo essencial determinada para estas amostras foi utilizada como
parâmetro comparativo para as demais amostras obtidas nos meses subseqüentes analisadas
através de CG-DIC. Não foram observadas mudanças qualitativas na composição química de
ambas as espécies durante o período de estudo.
O rendimento médio do óleo volátil das folhas dos quatro indivíduos de O. porosa em
novembro de 2005 foi de 0,75% e 0,08% para os galhos. Para os três indivíduos de N.
megapotamica obtidos em fevereiro de 2006 foi de 0,42% para as folhas e 0,036% para os
galhos. Esses rendimentos foram inferiores aos obtidos com outras espécies da família
Lauraceae, espécies de Cinnamomum apresentaram rendimentos nas folhas em torno de 1,5%
(WANG et al, 2009) A. rosaeodora em torno de 0,7-1,2% nas folhas (MAY & BARATA
2004), e Laurus nobilis 1,3% também nas folhas (BOUZOUITA et al., 2003), o cálice das
flores de O. quixos 1,9% ( BRUNI et al. 2004), nas cascas de Ocotea cymbarum Aubl, Aniba
citrifolia (Nees) Mez e Ocotea longifolia H.B.K os rendimentos foram 0,1%, 0,1% e 0,5%
respectivamente. (ZOGHBI, 2003)
A composição química dos óleos voláteis das folhas e dos galhos de O. porosa foi
muito semelhante entre os diferentes indivíduos estudados, entretanto alguns componentes
46
não foram detectados em todos os indivíduos devido à baixa concentração dos mesmos. Na
tabela 1 e 2 estão reunidos os compostos identificados e quantificados por CG-EM nos óleos
voláteis das folhas e dos galhos respectivamente, dos quatro indivíduos da espécie O. porosa
em novembro de 2005.
Tabela 1 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil das folhas
de quatro indivíduos O. porosa.
Concentração (%)
Componentes IK calc Ind 1 Ind 2 Ind 3 Ind 4
α-pineno 939 15,03 11,25 8,36 9,59
canfeno 951 - - 0,57 -
β-pineno 981 13,90 12,30 13,47 9,96
mirceno 996 9,80 5,24 5,94 5,74
limoneno 1034 2,28 0,66 1,73 3,64
1,8-cineol 1034 - 0,57 1,26 -
ni 1103 - - 0,4 -
α-terpineol 1193 - - 0,78 -
α-copaeno 1377 - - 0,27 -
β-cariofileno 1423 1,03 5,74 3,9 5,50
α-humuleno 1457 - 0,29 0,53 0,65
γ-gurjeneno 1465 - 0,27 - 1,25
germacreno D 1485 - 0,97 1,033 1,29
trans-muurola-4(14)5-dieno 1493 - - 0,32 -
biciclogermacreno 1500 2,08 3,17 3,83 5,03
δ-cadineno 1520 - 0,68 1,07 0,77
cis-calamaneno 1529 - 1,14 1,45 0,75
nerolidol 1577 42,57 35,93 26,88 29,33
espatulenol 1585 8,81 8,70 11,25 8,68
óxido de cariofileno 1589 1,44 2,93 3,38 2,81
guaiol 1596 - - 1,55 0,42
kusimone 1607 - 0,65 0,5 0,91
β-oplopenona 1613 - 0,73 0,57 0,90
1,10-di-epi-cubenol 1619 - 0,69 0,75 -
1-epi-cubenol 1628 - - 0,51 -
muurola-4,10(14)-dien-1-β-ol 1639 - 0,75 1,09 1,04
τ-cadinol 1642 - 1,17 1,31 1,06
β eudesmol 1657 - 1,67 2,96 2,04
α eudesmol 1661 - 2,09 2,01 2,73
cis-calamenen-10-ol 1673 - 0,64 0,58 0,61
ni 1679 - - - 2,91
10-nor-calamenen-10-one 1692 - - - 0,58
Total 96,94 98,23 98,25 98,19
ni: não identificado
IK: Índice de Kovats
47
Tabela 2 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil dos galhos
de quatro indivíduos O. porosa.
Concentração
Componentes IK Ind 1 Ind 2 Ind 3 Ind 4
α-pineno 939 - - 2,46 -
β-pineno 980 0,76 0,83 5,41 -
mirceno 996 1,14 0,56 2,45 -
limoneno 1038 1,03 - 0,69 -
1,8-cineol 1038 - - 2,24 -
allo ocimeno 1104 - - 0,91 -
terpinen-4-ol 1180 - - 0,85 -
p metil acetofenona 1182 - 1,80 - -
α-terpineol 1193 - - 0,97 -
β-cariofileno 1422 1,18 3,20 1,74 2,40
germacreno D 1485 - 1,32 0,85 -
biciclogermacreno 1498 - 1,04 0,63 -
γ-cadineno 1519 0,83 1,60 1,60 -
cis-calameneno 1529 0,82 3,70 2,73 -
α-calacoreno 1548 - 1,40 0,93 2,10
nerolidol 1576 30,29 9,70 8,46 16,07
espatulenol 1585 8,82 2,95 3,60 11,80
óxido de cariofileno 1589 10,16 10,01 7,07 13,86
cubeban-11-ol 1594 0,84 0,98 0,98 -
guaiol 1594 - 4,63 -
β-atlantol 1604 2,12 3,63 1,51 3,73
epóxido de humuleno II 1613 2,10 3,50 2,51 -
ni 1616 - 1,12 0,92 5,63
1,10-di-epi-cubenol 1619 4,41 4,80 3,40 -
1-epi-cubenol 1633 4,50 2,33 2,42 -
epi-α-cadinol 1643 4,50 5,10 3,84 4,70
α-muurolol (torreyol) 1651 9,10 4,68 15,27 19,93
β eudesmol 1653 5,80 10,14 6,72 13,19
α eudesmol 1655 4,10 9,43 0,91 -
cis-calamenenol 1656 2,14 2,18 0,82 -
trans calamenenol 1665 1,04 1,47 0,59 -
Z α-santalol 1666 - 1,94 2,39 -
cadaleno 1669 2,41 2,50 0,80 4,46
eudesma-4(15)7-dien-1-β-ol 1674 - 1,07 0,96 2,10
Amorfa-4,9-dien-2-ol 1680 - 0,98 0,81 -
ni 1682 - 1,56 0,76 -
10-nor-calamenen-10-one 1698 - 0,61 0,85 -
fenil hepta 1,3,5 trieno 1713 - 0,86 1,27 -
Total 98,089 96,99 95,95 99,97
ni: não identificado
IK: Índice de Kovats
No óleo volátil das folhas foram identificados 30 componentes, os componentes
majoritários e as concentrações médias são α-pineno (11,6%), β-pineno (12,41%), mirceno
(6,68%), nerolidol (33,68%) e espatulenol (9,36%), nos galhos foram identificados 36
48
componentes, os majoritários são nerolidol (16,13%), óxido de cariofileno (10,28%), α-
muurolol (12,25%) e β-eudesmol (8,96%). Nos indivíduos 1 e 4 o espatulenol (10,31%)
também pode ser considerado como majoritário. Dezenove componentes são comuns aos
óleos extraídos de ambas as partes do vegetal.
Na literatura os compostos α-pineno, β-pineno, β-elemeno, β-cariofileno, α-humuleno,
germacreno D, γ-cadineno, δ-cadineno, e α-cadinol são descritos como componentes
presentes em óleos voláteis das folhas de espécies de Ocotea, (TAKAKU et al, 2007), em O.
porosa estes componentes também estão presentes nas folhas, com exceção de β-elemeno, , γ-
cadineno e α-cadinol. Nos óleos voláteis dos galhos de O. porosa, os compostos acetato de
carquejil , α-copaeno, γ-cadineno, eremoligenol , α-bisabolol, β-bisabolol, valerianol e
oreodafenol previamente identificados não foram encontrados neste trabalho
(WEYERSTAHL et al, 1994; WEYERSTAHL et al, 1989; REYNOLDS e KITE, 1995)
Embora algumas espécies de Ocotea sejam caracterizadas pela presença de fenilpropanóides
(GOTTILIEB et al l, 1981; PINO, 2004; BRUNI et al, 2004), nas folhas e galhos de O.
porosa não foram encontrados componentes desta natureza.
Nos óleos voláteis extraídos das folhas de N. megapotamica foram identificados 48
componentes (tabela 3). Entre os indivíduos 1 e 2 não foi observada variação qualitativa,
entretanto no indivíduo 3, nove componentes não foram identificados e estes não foram
detectados nos demais indivíduos. O óleo volátil das folhas do indivíduo 3 aparentemente
possui uma composição química mais rica em relação aos demais indivíduos, inclusive alguns
componentes não puderam ser identificados devido ao grande número de picos sobrepostos no
cromatograma, indicando a existência de substâncias com tempos de retenção muito próximos
dificultando a separação na coluna utilizada e conseqüentemente a identificação através da
espectrometria de massas. O óleo extraído desse indivíduo apresenta uma coloração
49
diferenciada, enquanto que os óleos extraídos dos demais indivíduos possuem uma coloração
levemente amarelada, a coloração do indivíduo 3 varia entre amarelo claro, verde e azul
escuro nos diferentes meses de coleta.
Nos indivíduos 1 e 2 os componentes majoritários e as concentrações médias são o α-
santaleno (17,42%), trans α-bergamoteno (7,63%), β-santaleno (9,23%), γ-amorfeno (8,42%),
biciclogermacreno (6,25%) e alohimachalol (7,47%). No indivíduo 3 predominam o δ-
elemeno (11,16%) e muurola-4,10(14)-dien-1-β-ol (23,09%).
Tabela 3 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil das folhas
de três indivíduos N. megapotamica em fevereiro de 2006
Concentração (%)
Componente IK Ind 1 Ind 2 Ind 3
α-pineno 937 5,05 - 1,55
canfeno 951 1,09 - -
β-pineno 978 3,81 - 1,85
mirceno 994 1,15 - -
α -felandreno 1004 0,61 - -
δ 3-careno 1012 5,56 - 0,84
p- cimeno 1025 0,62 - -
limoneno 1031 1,61 - 2,02
terpinoleno 1088 1,66 - -
δ-elemeno 1343 4,23 3,76 11,16
α-copaeno 1376 - 1,74 -
β-elemeno 1392 1,79 2,13 4,43
α-gurjeneno 1414 - - 0,82
α-santaleno 1428 15,61 19,24 -
β-copaeno 1433 0,82 0,79 0,66
trans α-bergamoteno 1439 6,05 9,21 -
epi β-santaleno 1449 1,40 1,40 -
α-humuleno 1456 - 1,44 -
β-santaleno 1464 8,30 10,15 0,95
γ-muuroleno 1478 - - 1,15
germacreno D 1482 - - 1,40
γ-amorfeno 1486 8,20 8,64 0,68
biciclogermacreno 1497 6,44 6,07 1,50
β-bisaboleno 1511 1,22 1,74 -
γ-cadineno 1517 0,61 0,88 -
trans calameneno 1521 0,83 0,93 -
δ-cadineno 1526 1,34 2,90 1,06
E γ-bisaboleno 1534 - 0,56 -
copaen-11- ol 1549 0,71 0,54 -
elemol 1556 - 0,54 3,79
E nerolidol 1568 0,65 0,67 -
paulustrol 1579 2,47 2,68 2,71
Continua...
50
Tabela 3 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil das folhas
de três indivíduos N. megapotamica em fevereiro de 2006 (continuação)
Concentração (%)
Componente IK Ind 1 Ind 2 Ind 3
espatulenol 1585 1,22 1,02 0,63
globulol 1588 0,66 0,58 -
viridifolol 1592 - 0,84 -
cubeban-11-ol 1594 - - 3,08
Guaiol 1602 - 0,70 1,01
β- atlantol 1606 - - 0,71
1,10-di-epi cubenol 1609 - 0,55 4,71
1-epi-cubenol 1625 - 0,87 3,65
muurola-4,10(14)-dien-1-β-ol 1637 - - 23,09
epi-α-cadinol (tau) 1638 1,20 1,29 3,56
epi-α-murolol (tau) 1646 1,00 0,69 -
ni 1652 - - 2,07
ni 1662 6,89 8,06 -
alohimachalol 1667 6,89 8,06 -
ni 1670 1,05 1,03 -
Z α-santalol 1677 1,58 1,83 -
mayurone 1720 - - 0,64
ni
1724 - - 1,23
ni
1742 - - 1,20
ni
1764 - - 1,77
ni
1769 - - 0,63
benzoato de benzila 1772 - 0,71 -
ni
1784 - - 1,99
ni
1817 - - 2,21
ni
1826 - - 1,74
ni
1871 - - 4,88
caureno 1973 - - 3,93
Total 99,92 99,14 99,30
ni: não identificado
IK: Índice de Kovats
No óleo extraído dos galhos de N. megapotamica foram identificados 46 componentes
(tabela 4), onde entre os indivíduos 1 e 2 não há variação qualitativa, entretanto existem
diferenças quantitativas. No indivíduo 1 os majoritários são o α-santaleno (7,08%) espatulenol
(6,90%), α- muurolol (11,28%), e 5 iso cedranol (12,07%), no indivíduo 2 α-santaleno
(7,91%), guaiol (8,40%) , 5 iso cedranol (10,30%) e α-bisabolol (13,19%), no indivíduo 3
predomina o α-muurolol (43,04%).
51
Semelhantemente às folhas o indivíduo 3 apresenta variação qualitativa em relação
aos indivíduos 1 e 2, doze componentes também não puderam ser identificados em função do
grande número de picos não resolvidos e estes compostos também não foram detectados nos
demais indivíduos, a coloração também segue o mesmo padrão das folhas observado ao longo
dos meses analisados.Vinte e oito componentes comuns foram detectados aos óleos das folhas
e dos galhos.
Tabela 4 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil dos galhos
de três indivíduos N. megapotamica
Concentração (%)
Componente IK Ind 1 Ind 2 Ind 3
α-pineno 937 0,60 - -
β-pineno 978 0,50 - -
δ-3-careno 1012 2,70 0,71 0,87
p- cimeno 1025 0,60 - -
limoneno 1031 0,60 - 0,96
terpinoleno 1088 1,14 - -
bicicloelemeno 1338 1,43 1,15 2,92
β-elemeno 1392 1,01 1,10 1,35
α funebreno 1418 - 1,05 -
α-santaleno 1425 7,08 7,91 -
ni 1435 - 1,13 -
trans-α-bergamoteno 1439 2,62 3,10 -
epi-β-santaleno 1449 - 0,62 -
α-humuleno 1453 - 0,59 -
β-santaleno 1464 4,00 5,07 0,73
dauca -5,8-dieno 1479 - - 0,67
germacreno D 1482 1,12 1,59 -
γ-amorfeno 1486 0,63 0,63 -
α-selineno 1495 - - 0,88
biciclogermacreno 1497 2,24 2,20 -
α-muuroleno 1500 0,61 0,67 -
β-bisaboleno 1511 2,71 0,91 -
δ-amorfeno 1507 - - 1,12
γ-cadineno 1516 - 0,62 -
α-alaskeno 1522 2,26 2,85 -
δ-cadineno 1527 4,46 2,84 0,79
γ-cupreneno 1531 - 0,64 -
copaen-11- ol 1545 4,26 3,19 1,29
elemol 1552 - 0,74 2,63
germacreno B 1560 0,93 0,76 -
nerolidol 1568 1,27 0,55 1,05
Continua...
52
Tabela 4 – Componentes identificados e quantificados por CG-EM do óleo volátil dos galhos
de três indivíduos N. megapotamica (continuação)
Concentração (%)
Componente IK Ind 1 Ind 2 Ind 3
espatulenol 1585 6,90 4,78 7,87
globulol 1589 3,49 3,06 1,86
ni 1590 - 1,11 -
cubeban-11-ol 1596 1,80 1,56 -
ni 1598 - - 5,79
ni 1602 - - 0,66
guaiol 1607 2,89 8,40 -
5-epi,7-epi-α-eudesmol 1611 0,64 1,32
1,10 di epi- cubenol 1615 1,31 1,00 0,86
ni 1624 - 2,58
eremoligenol 1625 0,61 0,59 -
muurola- 4,10(14)-dien-1-β-ol 1634 4,10 1,60 -
ni 1634 - 0,98 -
epi α-cadinol 1648 5,70 4,94 -
α-muurulol 1652 11,28 2,77 43,04
5-iso-cedranol 1663 12,07 10,30 -
ni 1665 - - 4,72
ni 1672 - - 2,01
α-bisabolol 1679 2,16 13,19 1,92
ni
1689 - 2,01 0,87
ni
1694 - 1,09 1,04
Z epi β-santalol 1696 - 0,66 -
ni 1697 1,13 - -
2z 6z farnesol 1689 0,80 - -
ni
1692 - - 1,06
ni
1697 - - 1,38
cis β- santalol 1701 - 0,71 -
amorfa-4 dien-2 ol 1704 1,89 1,69
ni
1707 - - 2,86
ni
1717 - - 0,68
ni
1723 - - 0,71
ni
1730 - - 0,58
ni
1738 0,59 - 0,58
ni
1745 - - 0,64
Total 99,49 100,00 99,98
ni: não identificado
IK: Índice de Kovats
A variação na composição química para indivíduos de N. megapotamica coletados em
duas regiões distintas do estado de São Paulo já foi anteriormente reportada. Nesse estudo os
compostos majoritários em um dos indivíduos foram δ-elemeno (29,36%) e seicheleno
53
(14,57%) e no outro indivíduo trans- cariofileno (25,1%), biciclogermacreno (18,46%),
germacreno D (12,65%) (MELO, 2003).
A composição química encontrada para N. megapotamica difere das já descritas para o
gênero Nectandra. Em N. rigida os majoritários encontrados foram α-felandreno e β-
felandreno (MORAIS et al, 1971), em N. augustifolia p-menta-1(7), 8-dieno e α–terpinoleno,
(TORRES et al, 2005), em N. salicina nas folhas α-pineno, viridifloreno β-cariofileno e o
sesquiterpeno oxigenado atractilona e nos galhos atractilona e germacreno D. (CHAVERRI e
CICCIÓ, 2009), em N. umbrosa cadinol, germacreno B e espatulenol no óleo essencial dos
frutos. (VALLEY e SCORA, 1999).
A figura 4 mostra as estruturas químicas dos componentes majoritários encontrados
nos óleos voláteis extraídos das folhas e dos galhos das espécies O. porosa e N.
Megapotamica.
54
OH
Z
HO
H
OH
H
H
O
H
H
HO
H
H
OH
H
OH
H
HO
HO
H
OH
α−Pineno
ß-pineno
Mirceno
nerolidol
espatulenol
ß-eudesmol
óxido de cariofileno
ß- santaleno
α muurolol
γ amorfeno
α santaleno
trans α-bergamoteno
biciclogermacreno
alohimachalol
δ elemeno
muurola-4 10-(14)-dien 1-ß-ol
5 iso cedranol
guaiol
α
b
isa
b
olol
H
H
Figura 4: Componentes majoritários encontrados nos óleos voláteis extraídos das folhas e dos galhos de
O.porosa e N. megapotamica.
55
4.2. Análise do efeito da sazonalidade no rendimento dos óleos voláteis
A variação do rendimento dos óleos voláteis das duas espécies foi avaliada em função
da variação dos dados meteorológicos obtidos com o IAG-USP para o período de novembro
de 2005 a fevereiro de 2006 (Fig. 5). Os óleos voláteis extraídos tanto das folhas quanto dos
galhos de O. Porosa e de N. megapotamica não apresentaram uma variação significativa (P<
0,05) nos rendimentos, segundo o teste de Tukey, e não indicam um padrão de variação em
função dos dados meteorológicos.
0
50
100
150
200
250
300
no
v
/
05
dez/0
5
jan/06
fev/06
mar/06
ab
r
/0
6
mai
/
0
6
ju
n
/06
jul/06
ag
o
/06
set/0
6
o
ut
/0
6
no
v
/
06
dez/0
6
jan/07
Precipitação média mensal (mm)
0
5
10
15
20
25
Temperatura média mensal (ºC)
precipitão Temperatura
Figura 5: Parâmetros meteorológicos de precipitação média mensal e temperatura média mensal durante o
período de coleta do material vegetal.
Conforme representado nas figuras (Fig. 6 e 7), em média durante o período analisado
o óleo extraído das folhas de ambas as espécies apresentaram um maior rendimento em
relação aos galhos durante o período analisado.
56
Rendimentos
O. porosa
-0,100
0,100
0,300
0,500
0,700
0,900
1,100
1,300
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
rendimento (%) do óleo
volátil das folhas
0,000
0,050
0,100
0,150
0,200
rendimento (%) do óleo
volátil dos galhos
Folhas Galhos
Figura 6: Rendimentos médios dos óleos voláteis de quatro indivíduos de O. Porosa durante o período de doze
meses
.
Rendimentos
N. megapotamica
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Rendimento (%) do óleo
volátil das folhas
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
Rendimento (%) do óleo
volátil dos galhos
Média folhas dia galhos
Figura 7: Rendimentos médios dos óleos voláteis de três indivíduos de N. megapotamica durante o período de
doze meses
A quantidade de óleo armazenado nas folhas de O. porosa apresentou um rendimento
máximo 0,82% e nos galhos 0,098% ambos durante o mês de Abril, período que coincide com
a queda na temperatura e na precipitação, além de coincidir com o período do
amadurecimento dos frutos. N. megapotamica apresentou um rendimento máximo 0,43%
durante o mês de outubro nas folhas, e nos galhos 0,075% durante o mês de dezembro,
períodos que coincidem respectivamente com o final da floração e frutificação. Não foi
observado um padrão em relação aos dados meteorológicos o que indica que a tendência
57
observada no aumento do rendimento dos óleos voláteis é mais suscetível ao ciclo vegetativo
que as variações climáticas observadas (GOBBO-NETO e LOPES, 2007).
Em A. roseodora foi observado um aumento no teor dos óleos voláteis nos períodos de
menor precipitação com conseqüente aumento da quantidade do componente majoritário
Linalol (LIMA, et al; 2007), ao contrário do observado em O. porosa, O. odorifera
apresentou variação sazonal no rendimento dos óleos voláteis extraídos das folhas e dos
galhos, enquanto que os óleos obtidos do tronco não apresentaram variação, os maiores
rendimentos foram encontrados durante o verão e a primavera, para os óleos extraídos das
folhas e galhos respectivamente e os menores rendimentos ocorreram durante o outono,
período de menor radiação e precipitação. (CASTELANI et al, 2006)
Entretanto, as pequenas variações observadas em O. porosa e N. megapotamica não
são estatisticamente significativas, é observado que as variações são maiores entre os
indivíduos do que entre os meses analisados. Sendo assim uma análise deve ser realizada com
um maior número de indivíduos a fim de minimizar os desvios entre indivíduos e estabelecer
uma melhor correlação dos rendimentos em função da variação sazonal.
4.3 Análise do efeito da sazonalidade na composição química dos óleos voláteis
As concentrações médias dos compostos majoritários de O. porosa, α-pineno, β-
pineno, mirceno, nerolidol e espatulenol encontrados no óleo extraído das folhas (Figura 8),
nerolidol, espatulenol, óxido de cariofileno, α-muurolol e β-eudesmol encontrado no óleo
extraído dos galhos (Figura 9) foram avaliados em função da variação sazonal. Foi realizada
também a análise da variação das classes dos componentes em todo o período estudado
(Figuras 10 e 11).
58
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Espatulenol
Nerolidol
Mirceno
β-Pineno
α-Pineno
Figura 8: Variação da concentração média (%) dos componentes majoritários dos
quatro indivíduos do óleo volátil extraído das folhas de O. porosa no período de
dozes meses.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Sesq. Ox.
Sesq.
Mono Ox
Mono
Mono: monoterpenos
Mono. Ox. : monoterpenos oxigenados
Sesq. : sesquiterpenos
Sesq. Ox. : Sesquiterpenos oxigenados
Figura 10 Variação da proporção relativa das diferentes classes de componentes
do óleo volátil das folhas de O. porosa ao longo de dozes meses.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
β eudesmol
α-muurolol (torreyol)
Óxido de cariofileno
Espatulenol
Nerolidol
Figura 9: Variação da concentração média (%) dos componentes majoritários dos
quatro indivíduos do óleo volátil extraído dos galhos de O. porosa no período de
dozes meses.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Sesq. Ox.
Sesq.
Mono. Ox.
Mono.
Mono: monoterpenos
Mono. Ox. : monoterpenos oxigenados
Sesq. : sesquiterpenos
Sesq. Ox. : Sesquiterpenos oxigenados
Figura 11: Variação da proporção relativa das diferentes classes de componentes
do óleo volátil dos galhos de O. porosa ao longo de doze meses.
59
A análise da variação dos componentes de N. megapotamica foi realizada em função
dos componentes comuns e representativos aos três indivíduos estudados, uma vez que
existem variações entre os compostos nos diferentes indivíduos. Os componentes avaliados no
óleo extraído das folhas foram o α-pineno, δ-3-careno, δ-elemeno, β-elemeno, α-santaleno, β-
copaeno, β-santaleno, γ-muuroleno, γ-amorfeno e epi α-Cadinol (Figura 12). No óleo extraído
dos galhos os componentes avaliados foram o α-bisabolol, 5 iso cedranol, α-muurulol,
espatulenol, β-santaleno, trans α-bergmoteno, α-santaleno e δ-3-careno.(Figura 13). As
figuras 14 e 15 mostram a variação sazonal por classes de componentes durante o período
estudado.
As variações médias dos componentes nos óleos voláteis das folhas e galhos de ambas
as espécies também não apresentam variação significativa (p<0,05) segundo o teste de Tukey,
como no rendimento dos óleos, também é observada uma grande variação na quantificação
dos componentes entre os indivíduos.
Essa variação qualitativa e quantitativa dos componentes entre indivíduos foi também
observada em O. nectandrifolia e O. puberula, onde também não foi observada variação
sazonal na composição química. (RAGGI, 2008) Em A. canelilla essa variação foi observada
entre indivíduos coletados em diferentes tipos de solo, além de apresentar variação sazonal
nos componentes majoritários metileugenol e 1-nitro-2-feniletano, este último predominando
em 95% no período de chuva e nos períodos de seca foi observado o aumento do metileugenol
em 40%.(TAVEIRA et al, 2003). Laurus nobilis apresentou variação sazonal para o
componente majoritário 1,8 cineol, a menor concentração é encontrada no mês de maio e a
maior concentração no mês de setembro. (MÜLLER-RIEBAU et al, 1997)
60
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
epi α-Cadinol
γ-Amorfeno
γ-Muuroleno
β-Santaleno
β-Copaeno
α-Santaleno
β-Elemeno
δ-Elemeno
δ 3-careno
α-Pineno
Figura 12: Variação da concentração média (%) dos componentes comuns aos
quatro indivíduos do óleo volátil extraído das folhas de N. megapotamica no
período de dozes meses.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Sesq Ox
Sesq.
Mono
Mono: monoterpenos
Sesq. : sesquiterpenos
Sesq. Ox. : Sesquiterpenos oxigenados
Figura 14: Variação da proporção relativa das diferentes classes de componentes
do óleo volátil das folhas de N. megapotamica ao longo de dozes meses.
0
10
20
30
40
50
60
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
α-Bisabolol
5 iso Cedranol
α-Muurulol
Espatulenol
β-Santaleno
trans α-Bergamoteno
α-Santaleno
δ 3-careno
Figura 13: Variação da concentração média (%) dos componentes comuns aos
quatro indivíduos do óleo volátil extraído dos galhos de N. megapotamica no
período de dozes meses
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
sesq ox
sesq
mono
Mono: monoterpenos
Sesq. : sesquiterpenos
Sesq. Ox. : Sesquiterpenos oxigenados
Figura 15: Variação da proporção relativa das diferentes classes de componentes
do óleo volátil dos galhos de N. megapotamica ao longo de dozes meses.
61
Embora a variação sazonal em O. porosa e N. megapotamica não seja
significativa, observa-se um aumento dos monoterpenos nos período que coincidem
com o amadurecimento dos frutos e com a floração em ambas as espécies. O aumento
dos componentes mais voláteis durante os períodos férteis pode estar relacionada com a
atração de polinizadores e dispersores de sementes. (DUDAREVA e PICHERSKY,
2006; SCHIESTL, 2002)
Observa-se também que na composição química por classes há um predomínio
de monoterpenos e sesquiterpenos oxigenados e no óleo extraído das folhas de O.
porosa e em N. megapotamica sesquiterpenos e sesquiterpenos oxigenados. Nos óleos
extraídos dos galhos predominam os sesquiterpenos oxigenados em ambas as espécies.
No apêndice encontram-se as tabelas a até n, que mostram as concentrações
acima de 1%, obtidas em pelo menos um dos meses estudados, através de CG-FID dos
diferentes componentes encontrados no óleo extraídos das folhas e dos galhos de O.
porosa e N. megapotamica durante o período estudado.
4.4 Atividades biológicas
Os testes antifúngicos realizados pelo método de bioautografia com
Cladosporium sphaerospermum e C. cladosporioides, para avaliação preliminar da
atividade antifúngica dos óleos extraídos das folhas e dos galhos de O. porosa e N.
megapotamica, não apresentaram inibição do crescimento desses microrganismos em
nenhuma das amostras testadas (Fig. 16)
62
a b
c d
Figura 16: Bioautografia dos óleos voláteis: O. porosa folhas (a) e galhos (b) ; N. megapotamica folhas
(c) e galhos (d)
A tabela 5 mostra os resultados obtidos para a inibição do crescimento de
bactérias e fungos com os óleos obtidos de O. porosa em diferentes épocas do ano e na
tabela 6 os mesmos resultados para os óleos da espécie N. megapotamica.
Tabela 5: Inibição do crescimento de vários microrganismos pelos óleos extraídos das
folhas de O. porosa em diferentes épocas do ano.
% Inibição
O. porosa* Fev Mai Ago Out
E. coli
0 0 0 0
P. aeruginosa
11 8 14 10
S. aureus
96 99 96 97
A. níger
47 48 45 45
C. albicans
33 42 45 0
*Conc: 3,1 µL/mL
Tabela 6: Inibição do crescimento de vários microrganismos pelos óleos extraídos das
folhas de N. megapotamica em diferentes épocas do ano.
% Inibição
N. megapotamica Fev Mai Ago Out
E. coli 0 0 0 0
P. aeruginosa 7 11 14 4
S. aureus 77 89 93 79
A. níger 60 60 50 36
C. albicans 17 19 23 20
*Conc: 3,1 µL/mL
63
A avaliação da atividade antimicrobiana para os óleos voláteis extraídos das
folhas de ambas as espécies não apresentaram atividade inibitória frente às bactérias
Gram negativas E.coli e P. aeruginosa, uma vez que maior porcentagem de inibição
obtida não ultrapassou 14%. As maiores porcentagens de inibição encontradas foram
frente à bactéria Gram positiva S. aureus que se mostrou praticamente constante em
todos os meses analisados, atingindo inibições acima de 96% para O. porosa e 77%
para N. megapotamica.
As bactérias Gram negativas são menos sensíveis aos óleos voláteis que as Gram
positivas devido a membrana de lipopolissacarídeos que restringem a difusão dos
compostos hidrofóbicos presentes nos óleos voláteis. (BURT, 2004, APEL et al, 2006)
A atividade bacteriana de óleos essenciais é atribuída principalmente à ação de
compostos fenólicos, (DORMAN e DEANS; 2000), contudo, tanto em O. porosa como
em N. megapotamica, não foram encontrados compostos desta natureza.
Para o fungo filamentoso A. niger a atividade fungitóxica não ultrapassou 48%
para O. porosa e 60% para N. megapotamica. Para o fungo leveduriforme C. albicans,
ambos os óleos estudados apresentam uma atividade inibitória muito fraca, não
ultrapassando 23% para N. megapotamica e 45% para O. porosa sendo que durante o
mês de outubro este não apresentou nenhuma atividade.
Hidrocarbonetos monoterpênicos apresentam fraca atividade antifúngica e
antibacteriana quando comparados aos compostos oxigenados (SIMIC et al 2004). Não
foi observada uma relação das atividades fungitóxicas em relação às variações
observadas entre as classes de componentes em ambas as espécies.
64
5. CONCLUSÃO
Os óleos voláteis de Ocotea porosa e Nectandra megapotamica apresentam
rendimentos abaixo dos encontrados em outras espécies de Lauraceae. O óleo extraído
das folhas de ambas as espécies apresentam maiores rendimentos em relação aos galhos.
Os componentes majoritários identificados nas folhas de O. porosa foram α-
pineno (11,6%), β-pineno (12,41%), mirceno (6,68%), nerolidol (33,68%) e espatulenol
(9,36%), e nos galhos nerolidol (16,13%) , óxido de cariofileno (10,28%), α-muurolol
(12,25%) e β-eudesmol (8,96%). Em dois indivíduos o espatulenol (10,31%) também
pode ser considerado como majoritário. Nos óleos voláteis das folhas de N.
megapotamica foi observada variação qualitativa no indivíduo 3 em relação aos
indivíduos 1 e 2 que apresentam como majoritários α-santaleno (17,42%), trans α-
bergamoteno (7,63%), β-santaleno (9,23%), γ-amorfeno (8,42%), biciclogermacreno
(6,25%) e alohimachalol (7,47%), no indivíduo 3 predominam o δ-elemeno (11,16%) e
muurola 4 10 (14) dien-1-β-ol (23,09%). Nos galhos de N. megapotamica foi observado
variações quantitativas entre os indivíduos além de variações qualitativas no indivíduo 3
em relação aos indivíduos 1 e 2. No indivíduo 1 os majoritários são o α-santaleno
(7,08%) espatulenol (6,90%), α-muurolol (11,28%), e 5 iso cedranol (12,07%), no
indivíduo 2 α-santaleno (7,91%), guaiol (8,40%) , 5 iso cedranol (10,30%) e α-bisabolol
(13,19%), no indivíduo 3 predomina o α-muurolol (43,04%).
A análise dos componentes ao longo das diferentes estações demonstrou que
tanto a composição química quanto os rendimentos não apresentaram uma variação
significativa em função das diferenças climáticas neste período, a variação entre os
indíviduos foi maior que aquela observada com a sazonalidade.
65
Os óleos estudados não apresentam atividade fungitóxica para C.
sphaerospermum, C. cladosporioides, A. Níger, C. albicans e também não foram ativos
frente às bactérias E. coli e P. aeruginosa, somente frente a S. aureus foi observada
certa atividade antibacteriana. Os óleos voláteis de O. porosa e N. megapotamica não
apresentam potencial para o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos devido
à baixa atividade inibitória obtida, apesar da alta concentração empregada no ensaio.
Normalmente em programas de triagens na busca de novos agentes antimicrobianos a
dose de corte é 100µg/mL para a inibição total do crescimento.
66
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82
APÊNDICE - CONCENTRAÇÕES DOS COMPONENTES DOS
ÓLEOS VOLÁTEIS DAS FOLHAS E GALHOS DE O. POROSA E N.
MEGAPOTAMICA QUANTIFICADOS POR CG-FID.
83
Tabela a: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 1 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 932 6,97 7,50 10,76 10,47 13,42 9,59 12,51 1,51 9,36 9,41 8,35 2,39
β-pineno 974 8,11 8,93 11,70 10,62 13,34 11,15 13,22 3,31 11,31 11,31 9,82 3,86
mirceno 990 6,18 8,73 8,43 7,97 8,92 9,28 9,18 3,59 7,78 7,50 8,72 4,55
limoneno 1027 2,26 2,62 3,25 2,77 3,43 3,09 3,41 1,80 3,29 3,27 2,83 1,54
ni 1335 0,87 1,36 1,48 1,53 1,33 1,28 1,17 1,58 1,09 1,58 0,93 2,12
E-cariofileno 1416 2,07 2,95 2,58 2,57 2,44 2,25 1,97 3,89 3,37 3,32 2,09 4,12
biciclogermacreno 1494 1,97 3,05 3,16 3,36 2,88 2,87 2,55 3,44 2,33 3,24 2,14 4,53
ni 1548 0,52 0,59 0,66 0,77 0,67 0,61 0,74 0,75 0,70 0,82 0,60 1,04
nerolidol 1572 41,89 40,70 35,01 37,93 33,16 38,10 35,52 50,89 36,84 38,65 40,43 50,10
espatulenol 1582 10,15 6,26 4,50 4,64 4,42 6,70 5,33 8,89 6,54 4,96 7,54 6,20
óxido de cariofileno 1584 1,02 0,98 0,67 1,07 0,92 0,47 0,87 0,59 0,82 1,00 0,77 0,48
muurola-4 10 (14) dien-1β-ol 1637 1,07 0,74 0,58 0,64 0,57 0,67 0,69 0,86 0,76 0,59 0,80 0,68
τ-cadinol 1642 1,06 1,02 0,96 0,95 0,82 0,83 0,85 1,22 0,93 0,97 0,93 1,13
β eudesmol 1650 1,03 0,97 0,91 0,92 0,77 0,80 0,85 1,00 0,86 0,85 0,93 1,10
α eudesmol 1655 2,54 2,13 2,74 2,13 1,82 2,21 1,84 3,11 1,80 1,99 2,35 2,29
cis-calamenen-10-ol 1675 0,69 0,44 0,08 0,89 0,77 0,58 0,88 0,39 0,51 0,46 0,54 1,05
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
84
Tabela b: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 2 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 934 14,29 11,68 15,11 13,70 17,19 14,92 7,18 12,55 7,33 11,47 14,65 10,58
β-pineno 974 15,56 13,02 16,25 14,73 17,82 15,67 9,86 13,89 9,28 12,47 15,80 13,46
mirceno 990 6,30 5,99 6,67 6,46 8,07 6,98 4,18 5,49 5,04 5,43 6,28 6,50
limoneno 1027 1,04 0,91 1,10 1,00 1,17 1,05 0,87 0,98 0,84 0,85 1,06 0,88
ni 1335 1,68 2,35 1,28 1,63 1,02 0,94 1,38 1,18 1,51 1,71 1,78 1,81
β-cariofileno 1418 4,89 8,81 3,85 5,39 3,63 3,42 5,86 5,70 7,10 8,25 4,97 6,55
α-humuleno 1451 0,68 1,08 0,60 0,77 0,56 0,59 0,85 0,21 1,06 1,02 0,68 0,85
γ-gurjeneno 1458 0,43 1,07 0,67 0,57 0,39 0,37 0,58 0,61 0,88 0,76 0,43 0,67
germacreno D 1478 0,65 0,96 0,48 0,62 0,43 0,37 0,58 0,50 0,73 1,00 0,67 1,05
biciclogermacreno 1494 3,17 4,50 2,48 3,01 1,99 1,96 2,65 2,33 2,87 2,66 3,27 3,44
δ-cadineno 1521 0,88 1,78 0,78 1,07 0,82 0,84 1,11 1,14 1,68 1,07 0,89 1,04
nerolidol 1570 30,29 25,37 27,56 26,60 24,81 28,20 33,20 28,02 32,18 29,73 29,42 31,18
espatulenol 1579 2,38 0,87 4,11 4,04 4,26 5,70 7,25 6,07 6,86 4,17 2,28 2,99
óxido de cariofileno 1583 1,15 1,16 1,34 1,20 1,15 1,70 1,91 2,04 1,90 1,41 1,11 1,30
muurola 4 10 (14) dien-1β-ol 1639 0,51 0,59 0,75 0,77 0,71 1,01 1,27 1,12 0,75 0,71 0,66 0,62
β eudesmol 1650 1,22 1,16 1,42 1,24 0,91 1,31 1,56 1,35 1,23 1,08 1,23 1,44
α eudesmol 1655 1,58 1,70 1,53 1,47 1,07 1,46 1,91 1,64 1,66 1,51 1,59 1,69
cis-calamenen-10-ol 1675 0,84 0,98 0,17 0,83 0,15 0,21 1,09 0,84 0,73 0,91 0,11 0,87
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
85
Tabela c: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 3 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 934 8,51 4,95 4,67 6,34 9,89 8,19 7,16 8,84 2,92 6,43 9,58 6,82
β-pineno 976 10,23 14,50 12,78 14,53 23,80 18,28 18,10 19,07 8,98 14,37 20,20 16,56
mirceno 993 6,50 6,38 4,55 4,85 7,49 4,86 5,79 6,46 3,71 4,81 7,02 5,93
limoneno 1030 2,75 1,48 1,31 1,27 1,97 1,40 1,71 1,70 1,11 1,17 1,57 1,45
1,8-cineol 1032 0,70 1,27 1,14 1,00 1,85 1,22 0,81 1,30 0,90 0,76 1,08 0,93
α-terpineol 1190 0,42 0,97 0,88 0,81 1,07 0,83 0,48 0,87 0,79 0,55 0,69 0,66
β-cariofileno 1418 2,99 2,92 2,90 5,24 1,06 3,19 2,34 2,54 3,68 6,73 3,21 4,42
germacreno D 1481 0,40 0,32 0,27 0,33 0,11 0,23 0,20 0,18 0,30 1,21 0,58 0,67
biciclogermacreno 1496 4,01 2,97 2,29 3,02 1,19 2,11 1,95 1,76 2,45 3,38 1,84 4,29
δ-cadineno 1513 0,32 0,44 0,55 1,17 0,15 0,53 0,36 0,43 0,72 0,91 0,41 0,61
cis-calamaneno 1523 0,58 1,24 1,43 2,55 0,63 1,38 1,04 1,16 1,81 1,64 0,95 1,22
nerolidol 1572 33,19 30,61 29,98 23,80 22,00 26,19 30,91 26,18 33,62 28,46 26,37 28,18
espatulenol 1581 5,48 7,60 11,28 7,18 9,10 9,90 9,65 9,04 12,52 6,08 7,52 6,16
óxido de cariofileno 1586 0,84 2,20 2,39 2,22 1,90 2,66 2,75 2,12 3,06 1,50 1,68 1,67
guaiol 1593 0,38 1,01 1,01 1,19 0,69 1,00 1,10 0,88 1,25 1,21 0,82 1,02
muurola 4 10 (14) dien-1β-ol 1639 0,78 1,13 1,44 1,27 1,04 1,40 1,18 1,32 1,75 0,87 0,07 0,80
τ-cadinol 1642 0,80 1,08 1,00 0,96 0,70 0,95 0,98 0,87 1,15 0,88 0,99 0,84
β eudesmol 1652 1,73 2,52 2,46 2,09 1,61 2,20 1,94 2,08 2,83 1,91 1,77 1,96
α eudesmol 1657 3,09 1,65 1,48 1,33 0,99 1,38 1,30 1,41 1,72 1,40 1,19 1,33
cis-calamenen-10-ol 1678 2,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
86
Tabela d: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 4 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componente IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 935 6,03 3,95 3,94 12,59 17,16 12,53 16,51 3,19 3,47 8,35 10,79 10,52
β-pineno 976 14,29 4,39 4,55 14,02 17,35 12,95 15,68 5,22 5,28 10,36 11,65 14,40
mirceno 992 5,40 3,18 3,15 6,89 8,01 6,22 8,02 3,32 3,02 5,61 6,47 6,87
limoneno 1030 1,34 1,67 1,65 3,28 3,66 3,01 3,46 1,87 1,92 2,49 2,69 2,78
ni 1337 2,29 2,21 2,20 0,78 0,91 0,95 0,87 1,92 1,38 1,36 1,77 2,62
E-cariofileno 1418 3,74 3,70 3,67 1,82 1,89 2,83 1,96 4,75 4,77 5,82 5,55 4,32
γ-gurjeneno 1460 0,52 1,06 1,06 0,51 0,47 0,88 0,64 1,52 1,53 1,91 1,56 1,13
biciclogermacreno 1496 4,07 4,09 4,05 1,61 1,80 1,92 1,77 3,61 2,66 4,37 3,22 4,56
cis-calamaneno 1523 1,35 0,70 0,69 0,31 0,34 0,47 0,38 0,76 0,68 0,87 0,75 0,69
nerolidol 1570 30,66 39,78 39,50 26,70 24,91 29,37 23,96 36,84 38,47 31,58 28,70 30,86
espatulenol 1582 7,09 8,54 8,44 9,42 6,14 9,07 8,06 10,45 11,73 8,01 6,38 5,05
óxido de cariofileno 1584 1,99 1,66 1,68 1,88 1,16 1,76 1,63 1,88 2,44 2,21 1,33 1,20
muurola 4 10 (14) dien-1β-ol 1639 1,00 1,16 1,17 1,15 0,73 1,09 0,97 1,40 1,47 0,74 0,84 0,64
τ-cadinol 1642 1,02 0,91 0,92 0,69 1,13 0,73 0,65 0,93 0,87 1,10 0,72 0,70
β eudesmol 1652 2,24 1,77 1,80 1,42 1,13 1,30 1,50 2,09 1,73 1,71 1,39 1,28
α eudesmol 1655 1,50 3,05 3,04 2,15 1,75 2,42 2,13 3,26 2,79 2,04 2,01 2,45
cis-calamenen-10-ol 1675 0,27 2,30 2,34 1,45 1,13 0,71 0,91 1,64 1,24 1,17 1,23 1,79
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
87
Tabela e: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 1 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componente IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 932 0,08 0,59 1,11 2,36 0,75 0,25 1,45 0,08 0,55 1,05 0,76 0,28
β-pineno 974 0,18 1,19 1,87 3,85 1,48 0,51 2,50 0,24 1,18 2,21 1,79 0,41
mirceno 990 0,24 1,71 2,70 4,82 1,91 0,73 2,68 0,47 1,74 2,77 1,77 0,44
limoneno 1027 0,31 1,69 2,08 3,67 1,81 0,74 2,26 0,53 1,70 2,39 1,56 0,16
1,8-cineol 1030 0,23 0,50 0,54 1,09 0,77 0,29 1,02 0,47 0,42 0,72 0,38 0,39
allo ocimeno 1098 0,00 0,85 0,87 1,10 0,91 0,82 1,36 0,82 0,38 0,86 0,66 0,64
terpinen-4-ol 1158 0,36 0,26 0,25 0,31 0,31 0,30 0,34 0,51 0,11 0,28 0,24 2,20
β-cariofileno 1418 0,35 0,74 1,10 1,05 0,78 1,08 0,54 0,80 1,43 1,48 1,85 1,04
biciclogermacreno 1494 0,40 0,34 0,66 0,71 0,37 0,74 0,36 0,34 0,70 0,69 0,47 1,26
γ-cadineno 1511 0,00 1,04 0,87 0,78 0,19 0,99 0,28 1,14 1,25 0,78 0,96 0,00
cis-calameneno 1523 0,60 0,89 0,94 0,79 0,78 0,82 0,81 0,77 0,00 0,94 0,00 1,80
α-calacoreno 1550 0,74 1,12 2,35 1,29 1,45 1,31 1,16 1,13 1,24 2,38 1,41 0,82
nerolidol 1570 20,65 16,52 20,36 19,90 17,76 26,12 17,74 15,46 20,15 20,05 24,12 5,59
espatulenol 1582 12,70 8,60 7,25 6,49 7,76 8,54 8,56 12,14 11,70 8,12 6,44 4,37
óxido de cariofileno 1584 3,48 5,66 4,61 5,08 5,42 6,28 6,11 4,85 4,27 4,31 5,65 7,27
cubeban-11 ol 1599 3,40 1,38 1,62 1,25 1,50 1,44 1,29 1,41 1,54 1,84 1,44 2,46
epóxido de humuleno II 1611 0,45 3,34 1,92 2,03 2,42 2,66 2,82 3,36 3,00 2,06 2,57 3,80
1,10 di epi-cubenol 1616 3,93 4,25 3,56 3,04 3,73 3,74 3,65 4,17 4,24 3,37 3,63 3,96
ni 1629 4,55 1,02 1,31 1,20 1,51 1,43 1,27 0,20 0,00 0,00 1,35 1,67
1-epi cubenol 1633 1,15 3,15 2,04 1,79 2,25 1,79 1,84 4,70 3,38 3,24 2,18 1,02
ni 1639 2,62 0,00 1,09 1,11 1,29 1,50 1,36 0,00 0,00 0,00 1,18 0,00
epi-α-cadinol 1645 4,67 4,68 3,64 2,61 3,05 3,12 2,73 4,58 4,23 4,60 3,66 4,41
α-muurolol (torreyol) 1650 0,00 0,00 1,05 0,78 0,97 0,93 0,84 0,00 0,00 0,00 1,15 0,00
β eudesmol 1652 8,44 8,21 5,94 5,22 6,55 6,27 6,09 7,46 6,84 6,52 6,30 5,24
α eudesmol 1657 6,42 6,98 8,28 6,17 7,25 7,05 6,27 7,43 7,22 4,29 7,17 9,04
ni 1660 0,00 0,00 0,00 0,00 0,85 1,39 1,07 0,00 0,00 4,96 0,85 5,61
cis-calamenenol 1662 0,86 0,91 0,00 0,75 0,36 0,00 0,00 0,47 0,32 0,00 0,32 1,46
continua.
88
Tabela e: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 1 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses. (continuação)
Componente IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
trans calamenenol 1669 2,71 1,00 1,07 0,77 0,96 0,93 0,93 0,96 0,96 1,29 1,03 1,25
Z α-santalol 1674 1,12 0,00 1,43 1,36 1,89 1,68 3,02 0,00 0,00 2,25 1,71 1,24
cadaleno 1675 1,14 3,72 0,86 0,93 0,97 1,26 0,77 3,30 2,94 0,00 1,14 2,86
eudesma-4 (15) 7-dien-1-β -ol 1683 0,37 1,08 0,52 0,53 0,68 0,00 0,13 1,01 0,58 0,00 0,70 1,18
amorfa 4,9 dien-2-ol 1690 0,11 0,95 0,74 0,65 0,85 0,80 0,78 1,06 0,75 0,69 0,81 1,01
10-nor-calamenen-10-one 1692 0,54 0,40 0,32 0,27 0,30 0,31 0,30 0,43 0,19 0,30 0,32 1,83
fenil hepta 1,3,5 trieno 1729 0,00 0,17 0,00 0,13 1,25 0,00 0,11 0,18 0,11 0,10 0,15 1,18
ni 1865 0,02 0,00 1,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,14 0,00 0,00 0,42
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
89
Tabela f: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 2 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
componente IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 932 0,15 0,25 0,73 1,53 1,13 0,00 0,03 0,75 0,32 0,57 0,44 0,41
β-pineno 974 0,27 0,29 0,73 3,29 1,98 0,00 0,14 1,45 0,79 1,24 1,10 0,88
mirceno 990 0,24 0,19 0,58 2,66 1,66 0,00 0,21 1,24 0,73 1,22 1,00 1,57
limoneno 1027 0,09 0,12 0,20 0,77 0,40 0,00 0,07 0,41 0,26 0,35 0,27 1,42
allo ocimeno 1100 0,48 0,33 0,39 0,24 0,13 0,25 0,05 0,75 0,31 0,64 0,11 1,14
terpinen-4-ol 1177 1,61 1,66 1,42 3,58 1,88 1,14 2,19 2,41 1,48 1,90 1,89 0,30
α-terpineol 1191 0,60 1,35 0,55 1,18 0,83 0,45 0,88 0,89 0,45 0,87 0,71 0,55
β-cariofileno 1418 1,42 2,08 0,82 1,31 1,11 0,84 0,97 1,34 1,63 2,30 2,72 0,86
germacreno D 1478 0,53 0,29 0,36 0,40 0,30 0,37 0,29 0,39 0,47 0,24 1,21 0,49
biciclogermacreno 1494 1,37 1,02 0,97 1,05 0,73 1,15 0,96 1,06 1,28 1,23 1,32 0,67
γ-cadineno 1513 0,68 1,15 0,58 0,63 0,83 0,86 0,69 0,72 0,93 0,89 0,84 0,94
cis-calameneno 1523 2,29 3,92 1,75 2,12 1,78 1,99 2,31 2,50 2,84 2,60 2,47 0,96
α-calacoreno 1543 1,69 1,94 1,69 1,91 1,44 1,98 2,22 2,34 2,04 1,79 1,86 0,44
ni 1550 1,05 0,62 0,57 0,60 0,96 1,08 0,94 0,47 0,45 0,63 0,54 1,74
nerolidol 1567 8,68 7,54 5,31 7,20 10,85 8,20 5,50 6,10 7,95 6,54 10,26 20,53
espatulenol 1579 3,25 2,69 2,17 2,33 4,34 2,87 3,46 2,47 2,27 2,37 2,62 0,38
óxido de cariofileno 1584 5,55 5,26 6,81 6,26 6,26 7,33 7,09 6,60 8,49 5,98 6,37 9,68
cubeban-11 ol 1603 2,56 2,58 2,54 2,20 1,62 2,69 2,55 2,56 2,69 2,61 2,43 2,84
epóxido de humuleno II 1608 2,94 3,16 3,32 2,98 2,97 3,40 3,82 3,54 3,56 3,10 3,18 1,53
1,10 di epi-cubenol 1616 4,10 4,55 3,81 3,38 4,19 4,32 4,30 4,27 4,34 3,84 3,82 2,53
1-epi-cubenol 1629 1,57 2,03 2,62 1,81 0,24 1,95 1,90 2,18 3,13 2,52 2,35 3,75
ni 1634 1,13 1,21 0,39 0,32 1,73 0,00 1,02 0,44 0,45 0,00 0,33 2,75
ni 1642 0,00 0,00 4,08 1,09 1,60 0,80 0,00 1,28 1,48 0,83 3,94 0,00
epi-α-cadinol 1645 4,67 0,00 0,00 3,57 4,67 4,16 5,01 4,28 4,15 4,02 0,00 4,49
α-muurolol (torreyol) 1650 0,66 5,43 3,95 2,47 2,37 3,78 0,00 3,30 2,68 3,00 2,69 0,00
ni 1652 0,00 0,89 12,94 8,66 8,56 10,93 4,99 11,24 10,48 10,03 9,14 0,00
continua
90
Tabela f: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 2 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses. (continuação)
componente IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
β eudesmol 1657 6,25 5,84 7,84 5,69 6,49 6,47 9,06 7,03 6,53 6,78 6,44 7,62
α eudesmol 1660 9,81 8,44 1,91 1,50 0,00 0,00 5,66 1,88 2,05 0,00 1,57 8,28
cis-calamenenol 1662 7,87 7,67 0,00 0,33 1,48 1,75 1,55 0,00 0,00 1,53 0,00 0,00
trans calamenenol 1668 0,00 0,00 0,97 0,82 0,53 1,53 1,50 0,95 0,34 1,28 1,24 0,35
cadaleno 1670 1,35 1,15 0,92 0,68 0,91 1,04 0,89 0,84 0,93 0,68 0,78 1,25
eudesma-4 (15) 7-dien-1-β -ol 1673 0,88 0,70 3,32 2,41 2,96 3,09 2,97 1,55 3,51 2,58 2,55 2,61
ni 1678 1,38 1,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
amorfa 4,9 dien-2-ol 1680 1,16 1,39 1,06 0,77 0,80 1,01 1,18 0,95 0,86 1,03 0,95 0,16
ni 1683 1,21 1,05 0,00 0,00 0,00 1,01 1,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,72
10-nor-calamenen-10-one 1690 2,22 0,98 3,59 2,80 2,37 2,54 2,05 3,42 3,08 3,03 3,04 0,82
fenil hepta 1,3,5 trieno 1717 0,59 1,78 0,99 0,57 0,65 1,01 1,01 0,97 0,00 0,68 0,67 0,52
ni 1722 0,70 0,46 1,08 0,59 0,23 1,11 1,02 0,99 0,29 0,80 0,85 0,54
ni 1726 0,84 0,45 1,42 0,98 0,86 1,20 1,17 1,10 0,19 1,10 1,02 0,18
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
91
Tabela g Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 3 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 934 0,08 0,34 1,90 0,53 1,22 0,00 0,00 0,71 1,73 1,18 0,98 0,18
β-pineno 976 0,29 0,87 4,85 1,42 2,91 0,00 0,23 1,97 4,96 3,23 3,04 0,37
mirceno 990 0,16 0,47 1,83 1,04 1,01 0,00 0,26 1,11 2,22 1,62 1,85 0,22
limoneno 1030 0,08 0,25 2,96 1,17 1,36 0,00 0,73 1,78 4,54 1,62 2,07 0,29
allo ocimeno 1100 0,91 0,80 1,13 0,79 1,18 0,39 0,78 1,21 1,28 1,02 1,87 0,35
terpinen-4-ol 1177 0,67 0,66 1,30 0,67 0,78 0,53 0,79 0,85 1,19 0,63 0,90 0,32
α-terpineol 1190 1,49 1,44 1,85 2,66 1,47 1,61 0,79 1,83 1,62 1,74 1,67 0,65
β-cariofileno 1418 0,47 3,32 0,61 1,18 0,47 0,39 0,98 0,71 1,55 1,38 1,89 0,50
biciclogermacreno 1494 0,69 1,05 0,57 0,56 0,65 0,59 0,95 0,78 0,90 0,42 1,11 0,71
γ-cadineno 1513 0,72 0,73 0,75 2,08 0,71 0,79 1,94 0,74 1,42 0,61 0,77 0,70
cis-calameneno 1523 1,99 1,89 2,98 4,27 1,82 1,84 4,58 2,08 3,12 2,28 2,05 1,94
α-calacoreno 1543 1,25 1,18 1,39 1,26 1,39 1,33 1,63 1,21 0,95 0,10 1,05 0,91
nerolidol 1567 5,19 5,74 4,23 5,22 6,02 6,82 7,44 5,79 19,26 6,96 10,80 6,14
espatulenol 1581 5,61 4,57 3,51 3,43 5,61 6,44 3,93 5,27 5,28 3,64 4,20 6,68
óxido de cariofileno 1586 7,26 7,08 6,16 4,43 7,36 7,85 9,75 7,51 5,34 6,14 5,70 5,81
cubeban-11 ol 1588 0,76 0,63 0,68 0,59 0,75 1,21 1,01 0,65 0,00 0,51 0,59 0,70
guaiol 1593 3,43 2,77 2,10 3,03 3,00 3,73 5,19 3,34 2,15 4,31 3,95 3,52
β-atlantol 1598 1,90 1,42 2,00 1,79 1,22 1,49 2,26 1,13 1,22 1,80 1,02 1,95
epóxido de humuleno II 1611 2,81 2,64 2,81 2,17 2,80 2,99 3,66 2,40 2,02 2,10 2,07 3,27
1, 10 di epi-cubenol 1616 3,83 4,34 3,41 4,36 3,14 3,82 5,45 3,36 2,98 3,03 2,87 4,29
1-epi-cubenol 1629 1,99 1,79 2,00 3,41 2,37 2,45 2,73 2,62 1,45 2,08 2,10 2,08
ni 1634 0,89 0,80 0,48 0,61 0,00 0,67 0,51 0,76 0,39 0,93 0,32 1,33
ni 1639 0,50 0,95 0,95 1,63 0,43 1,87 1,21 0,43 0,83 0,54 0,00 0,00
epi-α-cadinol 1645 3,59 3,24 3,04 3,78 3,69 2,87 3,87 5,07 2,29 3,43 3,51 4,36
ni 1650 0,00 0,00 0,00 2,83 0,00 1,76 1,93 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
α-muurolol (torreyol) 1655 19,17 16,34 14,72 13,65 15,55 16,82 14,08 14,69 7,98 14,97 13,35 6,75
β eudesmol 1657 6,59 5,53 5,24 6,26 5,14 6,67 5,75 6,39 3,41 8,34 5,22 12,01
continua
92
Tabela g: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 3 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses. (continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α eudesmol 1662 1,72 1,68 1,79 2,41 1,60 3,03 2,11 1,67 1,01 0,50 1,32 6,55
cis-calamenenol 1675 3,05 2,93 1,52 1,64 2,51 1,91 1,37 2,60 0,83 2,27 2,02 1,54
trans calamenenol 1678 0,00 0,86 1,35 2,35 0,70 1,80 1,26 0,00 0,71 0,82 0,00 1,29
eudesma-4 (15) 7-dien-1-β -ol 1680 0,77 0,86 0,79 0,00 0,70 1,32 0,00 0,79 0,00 0,86 0,62 0,24
amorfa 4,9 dien-2-ol 1690 1,18 1,16 1,22 1,10 0,97 1,33 0,53 0,93 0,36 0,34 0,83 1,22
10-nor-calamenen-10-one 1719 1,29 1,12 0,84 0,00 1,00 1,32 0,30 0,92 0,00 0,63 0,75 1,23
fenil hepta 1,3,5 trieno 1722 1,01 0,96 0,71 0,00 0,89 1,04 0,34 0,86 0,23 0,74 0,71 1,00
ni 1726 1,71 1,83 1,53 1,07 1,69 1,64 0,00 1,43 0,21 1,39 1,36 1,55
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
93
Tabela h: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 4 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 932 0,50 1,70 2,09 1,18 0,28 1,22 0,82 0,13 0,79 0,00 0,82 0,57
β-pineno 972 1,40 1,38 3,69 2,87 0,37 2,03 1,36 0,46 1,21 0,00 1,58 1,20
mirceno 988 1,08 0,50 2,36 1,57 0,22 1,02 0,75 0,51 0,66 0,00 0,93 0,89
limoneno 1025 1,31 0,40 2,10 1,66 0,19 1,26 0,88 0,33 0,79 0,00 0,93 0,10
terpinen-4-ol 1184 0,91 0,00 0,96 0,85 0,88 1,18 0,94 0,30 1,09 0,00 0,93 0,69
ni 1387 0,60 0,56 0,53 0,39 0,43 0,37 0,39 0,38 0,40 1,84 0,92 0,39
β-cariofileno 1416 1,09 0,46 1,27 0,95 0,95 1,03 0,81 2,98 1,05 5,04 2,64 0,73
ni 1451 0,39 0,00 0,43 0,32 0,36 0,35 0,29 0,53 0,31 1,64 0,70 0,55
ni 1458 0,98 0,41 1,24 0,75 0,75 1,25 0,89 1,06 0,98 5,00 1,48 0,75
germacreno D 1478 0,68 0,58 0,65 0,39 0,18 0,31 0,24 0,46 0,23 1,89 1,28 0,55
biciclogermacreno 1492 1,49 1,45 1,21 0,90 0,58 1,27 1,29 2,95 1,33 2,43 2,04 1,36
γ-cadineno 1511 0,70 0,98 1,05 1,09 0,55 0,97 0,82 0,72 0,76 5,70 0,59 0,48
cis-calameneno 1521 1,19 0,88 1,18 0,92 1,05 1,06 0,96 0,85 0,95 3,98 1,30 0,96
α-calacoreno 1543 1,56 2,07 1,02 0,95 1,17 0,72 1,16 0,81 1,08 1,51 2,47 1,73
nerolidol 1562 7,86 7,79 6,59 13,84 14,17 5,69 7,97 28,79 6,52 11,32 13,15 7,88
espatulenol 1577 10,22 9,04 7,92 10,61 13,04 9,77 10,58 11,80 11,24 5,11 9,41 12,49
óxido de cariofileno 1579 0,00 2,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28 2,60 3,37
cubeban-11 ol 1582 4,33 4,42 4,08 6,05 5,74 5,70 6,15 3,98 5,89 4,47 4,98 0,55
β-atlantol 1605 3,49 2,96 3,33 3,06 3,45 4,02 4,01 2,30 4,01 3,34 3,76 0,49
epóxido de humuleno II 1613 4,83 3,15 4,14 3,24 3,06 3,74 3,81 2,32 3,56 4,74 4,95 4,15
1, 10 di epi-cubenol 1626 1,79 1,71 1,70 1,62 0,82 0,86 1,94 1,17 2,21 1,24 1,77 4,54
1-epi-cubenol 1632 1,21 1,05 1,33 1,45 1,00 1,49 1,39 0,70 1,35 0,00 0,00 1,36
ni 1637 0,00 1,30 0,00 1,52 0,53 0,65 0,00 1,74 0,75 0,00 1,21 1,74
epi-α-cadinol 1639 5,47 3,16 0,00 2,78 0,00 0,00 0,00 2,25 3,79 8,23 3,18 0,00
α-muurolol (torreyol) 1645 1,72 1,30 4,24 1,12 3,79 4,22 5,12 0,87 0,00 8,42 1,18 4,59
β eudesmol 1650 12,06 10,56 12,55 8,46 11,75 12,87 13,58 7,42 12,82 4,89 12,47 12,63
α eudesmol 1652 8,01 6,66 6,36 5,80 5,35 5,71 6,30 5,53 5,58 5,36 7,82 6,51
Continuação
94
Tabela h: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 4 da espécie O. porosa durante um
período de doze meses.(continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
cis-calamenenol 1659 1,15 1,16 0,97 1,24 1,13 1,42 1,29 0,75 1,35 0,00 0,83 0,30
trans calamenenol 1670 4,91 4,60 4,91 3,95 4,65 5,74 5,31 2,72 5,44 0,00 3,97 4,98
eudesma-4(15),7-dien-1-β -ol 1685 0,66 0,70 0,69 0,73 0,81 0,96 0,89 0,55 1,01 0,00 0,00 0,91
amorfa 4,9 dien-2-ol 1688 2,49 1,74 1,88 1,41 1,85 1,86 2,15 1,48 1,97 0,00 2,85 2,20
10-nor-calamenen-10-one 1692 0,48 3,13 0,38 0,17 0,30 0,30 0,31 0,21 0,33 0,00 0,56 0,39
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
95
Tabela i: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 1 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 924 4,39 6,29 6,29 9,20 2,13 0,99 5,62 8,13 5,94 0,10 5,40 11,60
canfeno 944 0,91 1,14 1,27 2,54 0,22 0,21 1,31 1,53 1,21 0,00 0,92 2,39
β-pineno 972 3,37 5,27 4,05 7,85 2,42 1,05 4,26 6,80 5,41 0,20 3,96 8,46
mirceno 988 1,16 1,23 1,30 2,76 0,30 0,46 1,08 1,61 1,31 0,00 0,94 1,95
δ 3-careno 1005 8,60 8,25 9,54 17,15 1,15 3,12 8,40 10,84 8,94 0,17 6,87 13,20
limoneno 1025 1,05 1,16 1,07 2,19 2,37 0,46 1,01 1,50 1,41 0,44 0,92 1,70
terpinoleno 1083 1,04 0,87 0,94 1,98 0,94 0,48 0,85 1,08 1,01 0,00 0,09 1,23
δ-elemeno 1337 1,09 0,00 0,00 0,00 32,27 1,06 0,87 0,68 0,76 47,19 0,00 0,68
β-elemeno 1389 1,14 1,03 0,99 0,68 4,66 1,16 0,90 0,79 0,94 5,02 1,06 0,73
α-santaleno 1418 16,89 18,56 20,20 6,30 0,00 29,97 19,77 13,64 16,82 0,00 29,00 12,26
trans α-bergamoteno 1433 5,55 5,36 5,77 2,45 0,09 8,42 5,38 3,88 4,56 0,20 8,09 3,49
β-santaleno 1458 7,65 7,38 7,66 3,38 0,80 9,75 7,52 5,57 6,56 0,99 10,39 4,87
γ-amorfeno 1478 6,71 6,55 5,33 3,01 2,17 6,88 4,83 4,18 5,26 2,26 7,12 3,61
biciclogermacreno 1494 7,75 7,49 6,44 4,03 2,76 8,20 6,42 5,35 5,81 2,71 6,59 4,33
copaen-11- ol 1545 0,33 0,23 0,43 0,51 1,78 0,43 0,29 0,17 0,63 1,42 0,07 0,22
espatulenol 1575 1,96 1,58 1,20 2,22 0,97 1,33 2,03 2,45 2,33 0,93 0,43 1,98
globulol 1590 0,33 0,22 0,37 0,00 0,98 0,61 0,65 0,28 0,44 3,33 0,15 0,28
epi α-cadinol (tau) 1629 0,19 0,24 0,22 0,26 17,08 0,31 0,43 0,37 0,36 19,14 0,11 0,44
epi α-murolol (tau) 1639 0,70 0,67 0,68 0,61 1,63 0,81 0,84 0,63 0,85 1,07 0,23 0,56
ni 1652 1,43 2,29 2,14 2,50 0,40 2,34 2,62 1,39 1,70 0,53 0,83 2,43
alohimalachol 1668 6,95 5,41 4,63 6,51 0,18 4,95 6,07 6,42 7,62 0,00 1,14 5,73
benzil benzoato 1763 0,00 0,00 0,00 0,00 1,26 1,37 0,00 3,54 0,00 0,13 1,82 0,00
ni 1824 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
96
Tabela j: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 2 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 927 0,78 0,00 0,26 0,05 0,07 0,93 1,32 0,05 0,83 0,10 0,20 0,35
α -felandreno 1002 2,89 0,08 1,33 2,18 3,08 2,53 3,89 0,73 2,72 0,33 0,88 1,48
δ-elemeno 1333 0,93 1,02 0,95 0,35 0,93 0,83 0,78 0,78 0,81 0,99 1,01 0,80
α-copaeno 1372 1,06 1,17 1,25 0,38 1,15 1,43 1,24 1,00 1,13 1,57 1,46 1,07
β-elemeno 1387 1,16 1,17 1,14 0,74 1,13 1,07 1,03 1,76 1,11 1,20 1,28 1,08
α-santaleno 1418 22,46 27,31 28,02 10,19 24,87 29,17 24,30 21,58 24,60 33,71 30,29 23,03
β-copaeno 1433 6,40 7,74 7,95 2,75 7,05 8,09 6,83 6,46 6,81 9,03 8,36 6,32
trans α-bergamoteno 1444 0,84 0,96 0,98 0,48 0,87 1,03 0,87 0,00 0,87 1,17 1,12 0,87
epi β-santaleno 1449 1,06 0,89 0,95 0,46 1,01 1,02 1,08 1,32 1,02 1,05 1,23 1,15
α-humuleno 1456 1,11 1,32 1,30 0,36 1,14 1,27 1,01 2,13 1,06 1,44 1,38 1,01
β-santaleno 1458 8,89 10,68 10,59 4,41 9,69 10,71 9,25 1,10 9,45 12,11 11,46 9,10
γ-amorfeno 1478 6,73 7,12 6,85 1,69 6,29 5,53 5,43 6,04 5,59 7,10 6,90 5,40
germacreno D 1481 1,03 1,14 1,18 0,51 1,15 1,12 1,10 6,82 1,11 1,26 1,22 1,05
biciclogermacreno 1494 6,05 7,19 6,53 2,31 6,52 5,60 5,39 6,57 6,15 7,00 6,48 5,58
β-bisaboleno 1503 0,93 1,09 1,07 0,70 1,04 1,12 0,96 0,06 0,93 1,23 1,21 0,96
γ-cadineno 1516 1,54 0,46 0,63 2,06 0,84 0,42 0,86 1,22 0,98 0,27 0,71 2,30
trans calameneno 1521 1,40 1,53 1,43 1,22 1,50 1,86 1,74 1,56 1,46 2,09 1,92 1,49
copaen-11- ol 1538 0,34 0,24 0,23 2,07 0,30 0,26 0,38 0,40 0,36 0,06 0,08 0,37
elemol 1553 1,53 1,41 1,29 1,37 1,33 1,18 1,16 1,33 1,35 1,26 1,50 1,71
E nerolidol 1565 0,51 0,00 0,00 0,59 0,00 0,14 0,00 1,09 0,00 2,39 0,00 0,31
paulustrol 1574 2,19 1,67 1,75 5,04 2,17 0,14 2,49 0,00 2,77 0,93 1,26 3,47
espatulenol 1581 0,57 0,69 0,60 2,48 0,69 0,00 0,85 3,69 0,73 0,50 0,55 0,85
globulol 1584 1,47 0,46 0,58 1,41 0,67 0,31 0,55 1,50 0,72 0,24 0,78 2,17
viridifolol 1588 0,42 0,46 0,43 1,16 0,47 0,62 0,61 0,76 0,48 0,42 0,49 0,58
1 epi cubenol 1626 0,73 0,37 0,40 1,58 0,51 0,00 0,54 0,45 0,53 0,23 0,47 1,00
epi α-cadinol (tau) 1639 0,56 0,69 0,58 3,40 0,86 0,78 0,81 1,27 0,81 0,50 0,55 0,72
epi α-murolol (tau) 1645 0,23 0,26 0,22 1,12 0,39 0,27 0,29 0,00 0,44 0,12 0,16 0,28
Continua
97
Tabela j: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 2 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.(continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
ni 1647 0,42 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00
ni 1650 1,11 1,37 1,04 4,40 1,33 0,97 1,21 0,60 1,66 0,48 0,67 1,50
ni 1652 0,00 2,78 2,40 2,23 2,87 2,57 3,04 1,83 0,00 1,65 2,36 0,00
ni 1655 3,02 0,11 0,00 9,15 0,00 0,00 0,00 3,31 2,97 0,00 0,00 3,16
alohimalachol 1668 7,94 6,79 5,65 11,35 6,77 5,40 6,85 0,00 6,99 2,67 4,64 7,85
Z α-santalol 1675 0,66 0,57 0,51 0,52 0,54 0,50 0,60 9,01 0,64 0,12 0,23 0,00
ni 1688 0,30 0,34 0,23 1,88 0,25 0,18 0,17 0,80 0,28 0,00 0,06 0,25
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
98
Tabela k: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 3 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 927 4,32 2,40 0,45 1,47 6,19 2,39 1,96 2,06 0,72 0,10 2,36 1,08
canfeno 944 0,49 0,27 0,04 0,14 1,25 0,23 0,20 0,21 0,07 0,00 0,21 0,09
β-pineno 970 0,31 2,73 0,68 1,43 4,56 2,62 2,06 2,20 0,93 0,20 2,44 1,24
mirceno 988 5,38 0,24 0,08 0,25 1,39 0,30 0,23 0,25 0,09 0,03 0,22 0,12
α -felandreno 1002 2,55 1,02 0,46 1,22 9,67 1,31 1,09 1,25 0,45 0,17 1,24 0,52
limoneno 1025 5,39 2,84 1,12 1,35 1,20 2,63 1,86 2,23 1,12 0,44 2,21 1,41
δ-elemeno 1335 10,19 14,70 24,30 30,35 0,87 12,23 28,20 23,11 18,82 33,07 32,20 21,48
β-elemeno 1387 3,54 4,07 5,36 4,34 0,97 3,69 4,14 3,45 4,08 5,13 4,14 5,15
α-gurjeneno 1418 0,00 0,25 0,00 0,00 17,20 0,31 0,48 0,34 0,00 0,61 0,39 0,00
β-copaeno 1433 0,05 0,11 0,11 0,08 4,81 0,08 0,15 0,14 0,07 0,06 0,03 0,09
β-santaleno 1458 0,46 0,90 0,94 0,77 6,79 0,14 0,72 0,07 0,91 1,03 0,82 1,06
γ-muuroleno 1472 0,54 0,97 1,15 1,07 0,23 0,82 0,85 0,51 0,41 1,03 0,64 1,02
germacreno D 1476 1,15 0,72 1,57 1,76 5,10 0,97 1,84 1,29 1,44 2,07 1,48 1,66
γ-amorfeno 1487 0,48 0,24 0,82 1,06 0,04 0,47 0,95 0,66 0,51 1,10 0,85 0,79
biciclogermacreno 1492 1,61 0,80 2,56 2,28 6,33 1,72 2,19 1,77 1,78 2,46 2,06 1,95
elemol 1545 3,99 2,38 2,03 1,65 0,31 1,95 2,08 1,95 1,55 1,41 1,41 1,50
paulustrol 1574 1,28 2,26 1,04 0,67 2,00 2,78 1,49 2,36 2,81 1,08 1,63 1,52
espatulenol 1579 1,07 0,40 0,24 0,26 0,00 0,32 0,25 0,22 0,17 0,26 0,17 0,28
cubeban-11-ol 1588 2,30 2,04 1,60 1,70 0,43 3,62 2,33 3,40 3,74 2,36 2,74 2,29
1, 10 di epi-cubenol 1619 5,41 2,40 2,30 1,72 0,18 2,71 1,98 2,44 2,19 1,54 1,38 1,87
1 epi cubenol 1624 3,37 3,22 2,62 3,38 0,05 1,25 2,10 1,55 0,83 2,69 1,76 2,59
muurola 4 (14) dien 1 β ol 1632 22,66 26,42 21,42 14,38 0,14 41,43 24,05 36,41 41,58 23,63 25,57 30,16
epi α-cadinol (tau) 1639 0,93 0,59 0,92 1,54 0,67 0,32 1,29 0,44 0,36 1,61 0,23 0,38
ni 1650 1,08 0,95 0,58 0,75 1,31 0,00 0,80 0,69 0,00 0,54 0,47 0,51
ni 1652 1,11 1,14 0,77 0,64 2,70 1,09 0,48 0,00 0,75 0,59 0,37 0,59
ni 1668 0,34 0,38 0,41 0,00 6,36 0,20 0,00 0,24 0,14 0,00 0,11 0,29
ni 1714 0,49 0,56 0,25 0,50 0,08 1,15 0,80 1,17 1,17 0,72 0,84 0,77
Continuação
99
Tabela k: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído das folhas do indivíduo 3 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.(continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
ni 1756 3,35 0,14 2,73 6,82 1,98 0,07 3,04 0,00 3,60 2,74 1,73 2,34
ni 1764 0,36 0,66 2,25 1,66 0,00 1,03 1,03 0,00 0,18 0,32 0,16 0,62
ni 1785 0,72 1,18 1,10 0,08 0,00 0,19 0,14 0,00 0,14 0,29 0,13 0,70
caureno 1836 1,89 4,01 2,74 1,01 0,00 0,94 0,87 0,00 0,53 1,68 0,44 2,44
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
100
Tabela l : Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 1 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 927 1,18 0,43 0,36 1,80 0,32 0,79 3,37 1,20 0,22 1,00 1,76 1,15
ni 944 0,41 0,15 0,13 0,59 0,07 0,23 1,06 0,40 0,05 0,32 0,56 0,38
β-pineno 970 0,92 0,50 0,34 1,67 0,46 0,54 2,05 1,09 0,17 0,73 1,37 0,77
ni 986 0,92 0,49 0,37 1,07 0,15 0,43 1,41 0,78 0,21 0,56 0,94 0,68
δ 3-careno 1005 6,06 3,33 2,96 7,40 0,78 3,14 10,39 5,09 0,85 4,42 6,71 4,88
limoneno 1025 0,73 0,49 0,40 0,93 0,82 0,38 1,07 0,68 0,12 0,53 0,85 0,54
ni 1047 0,68 0,35 0,35 1,02 0,11 0,22 0,65 0,42 0,08 0,30 0,46 0,50
terpinoleno 1082 1,01 0,71 0,67 1,13 0,02 0,41 1,11 0,77 0,18 0,62 0,90 0,79
bicicloelemeno 1333 0,43 0,39 0,51 0,51 2,03 0,42 0,29 0,25 0,35 0,33 0,33 0,40
β-elemeno 1387 0,84 0,79 1,06 1,11 0,57 1,07 0,67 0,69 0,89 0,86 1,07 0,78
α-santaleno 1418 7,88 8,53 11,11 9,11 2,81 12,35 7,21 7,90 10,33 8,37 15,09 7,06
trans α-bergamoteno 1433 2,25 2,35 2,89 2,54 0,41 3,25 1,90 2,12 2,81 2,21 3,80 1,96
β-santaleno 1458 3,27 3,76 4,65 3,71 0,70 5,40 3,15 3,28 4,66 3,73 6,01 3,11
germacreno D 1478 1,20 1,05 1,18 2,29 0,34 1,38 0,78 0,43 1,23 1,05 1,53 1,04
γ-amorfeno 1494 2,29 2,71 3,50 3,06 0,37 3,30 2,18 0,34 2,69 2,42 2,65 2,25
β-bisaboleno 1503 2,43 1,50 2,00 1,50 0,32 1,38 1,15 1,90 1,61 1,62 1,46 2,45
α-alaskeno 1516 1,63 1,58 1,44 1,75 0,60 1,59 1,45 1,43 1,55 1,75 0,84 1,95
δ-cadineno 1521 0,34 1,13 0,25 0,86 2,28 1,28 1,04 0,24 0,22 1,10 1,27 0,39
copaen-11- ol 1538 2,78 2,27 2,39 1,89 1,03 2,10 2,10 2,36 2,39 2,44 1,67 2,86
germacreno B 1562 0,46 0,86 4,59 0,80 0,95 0,65 0,82 0,69 0,57 1,01 0,37 0,46
espatulenol 1574 5,96 5,43 3,19 4,87 7,89 6,23 5,22 8,08 7,93 8,42 4,61 5,21
globulol 1584 0,65 3,42 2,97 2,11 5,04 3,36 2,76 2,80 3,62 3,14 2,64 2,42
cubeban-11-ol 1591 0,74 1,18 1,17 0,62 3,80 1,24 1,04 0,77 1,17 0,90 0,86 0,81
guaiol 1600 2,13 2,42 2,29 1,73 1,40 2,19 2,02 2,08 2,42 2,30 1,64 2,38
muurola-4,10(14)-dien-1β-ol 1629 2,71 2,88 2,63 1,56 1,28 2,44 2,76 2,91 3,27 3,88 2,36 4,02
epi α-cadinol 1642 3,21 3,75 3,84 2,69 28,49 3,36 3,27 3,05 4,25 3,25 2,50 3,23
ni 1647 1,15 1,09 1,23 1,00 7,09 1,11 1,03 1,11 1,31 1,42 0,65 1,15
Continua.
101
Tabela l Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 1 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses (continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
ni 1650 7,72 1,20 1,41 5,78 1,60 7,85 6,90 1,32 9,35 8,00 0,81 8,49
α-muurulol 1659 0,65 8,79 8,13 0,43 2,77 0,57 6,90 6,57 0,63 0,59 6,19 0,70
5 iso cedranol 1668 10,99 11,34 9,04 9,76 5,53 9,75 8,67 11,73 11,95 10,87 8,56 11,93
α-bisabolol 1675 1,04 1,91 1,23 0,79 1,13 1,00 0,74 0,72 0,85 0,71 0,52 1,18
farnesol 2z 6z 1692 0,53 2,26 2,51 2,45 0,04 1,65 0,45 2,07 2,06 2,01 1,09 3,50
ni 1756 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
102
Tabela m: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 2 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
δ 3-careno 1005 2,22 0,61 0,76 1,28 3,23 0,04 1,46 0,55 0,95 0,94 0,25 0,57
ni 1372 0,33 0,33 0,37 1,24 0,43 0,27 0,42 0,25 0,25 0,56 0,42 0,27
β-elemeno 1387 0,69 0,83 0,80 1,14 0,93 0,71 0,93 0,72 0,42 0,98 0,92 0,62
α-santaleno 1418 7,56 10,29 11,59 27,86 11,78 9,31 13,08 8,45 8,18 14,83 12,64 7,32
trans α-bergamoteno 1433 2,07 2,70 3,23 7,89 3,17 2,59 3,44 2,30 1,30 3,76 3,33 1,91
α-humuleno 1456 0,29 0,40 0,49 1,30 0,44 0,38 0,44 0,32 0,28 0,45 0,40 0,24
β-santaleno 1458 3,43 4,61 4,84 10,55 5,17 4,88 5,82 3,83 3,47 6,61 6,04 3,53
germacreno D 1478 1,47 1,54 1,78 6,79 1,86 1,48 1,61 1,43 1,05 1,60 1,36 1,06
γ-amorfeno 1481 0,40 0,53 0,55 1,15 0,59 0,58 0,66 0,45 0,34 0,72 0,67 0,41
biciclogermacreno 1492 1,87 2,46 2,20 6,48 2,68 2,47 2,42 1,93 2,11 2,68 2,40 1,67
β-bisaboleno 1503 0,62 0,71 0,95 1,08 0,80 0,81 0,78 0,73 0,48 0,73 0,70 0,46
γ- cadineno 1516 2,93 1,48 1,82 0,65 1,54 1,42 1,27 2,84 2,69 1,75 3,09 6,36
α-alaskeno 1521 1,02 1,33 1,24 1,45 1,35 1,43 1,61 0,33 0,43 1,69 1,56 0,70
α- copaen 11 ol 1538 2,54 2,38 2,83 0,23 2,24 2,21 2,46 2,78 2,57 1,84 1,99 2,11
elemol 1553 1,39 1,10 1,09 1,27 1,21 1,27 1,05 1,39 1,58 1,48 1,74 2,38
espatulenol 1577 5,61 4,01 3,81 1,80 3,86 3,96 3,75 6,03 5,02 5,08 5,45 6,04
globulol 1581 2,64 2,55 2,28 0,62 2,39 2,83 2,23 2,66 2,48 2,61 2,68 2,81
ni 1586 2,40 0,87 1,03 0,59 1,04 0,91 0,77 1,86 1,28 1,29 2,78 5,83
cubeban-11-ol 1588 1,17 1,16 1,02 0,43 1,20 1,43 1,09 1,04 0,97 1,36 1,29 1,15
guaiol 1595 4,58 5,48 5,16 0,06 4,08 5,67 5,17 5,46 4,98 3,54 4,21 3,92
5-epi, 7-epi α-eudesmol 1600 2,41 2,49 2,38 0,38 0,00 2,48 2,27 2,57 3,58 2,20 2,23 2,19
ni 1605 1,01 0,54 0,57 0,18 2,21 0,56 0,51 0,91 0,42 0,68 0,95 1,62
eremoligenol 1626 1,93 0,97 0,44 0,37 1,59 1,29 1,09 1,89 1,55 1,36 2,10 3,26
muurola 4 10 (14) dien-1β-ol 1639 3,72 3,81 3,52 0,73 3,43 4,72 3,82 3,60 3,82 3,44 3,19 3,13
α-muurulol 1645 1,26 1,18 1,18 0,27 1,08 1,63 1,25 1,19 1,07 1,04 0,97 1,13
ni 1650 1,21 1,02 1,07 1,09 0,92 1,24 1,05 1,15 1,28 0,87 0,89 1,04
Continua
103
Tabela m: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 2 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses. (continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
5 iso cedranol 1655 9,85 10,07 9,63 2,48 8,99 11,91 9,46 9,94 9,46 8,26 8,86 8,81
α-bisabolol 1670 12,05 11,70 11,50 5,84 10,42 13,66 10,68 12,24 12,59 9,37 10,61 9,55
ni 1685 1,14 0,71 0,67 0,48 0,72 1,03 0,75 1,01 1,08 0,76 0,96 1,22
ni 1690 2,42 2,34 2,74 0,22 1,87 2,25 1,93 2,85 2,88 1,15 0,96 1,47
ni 1655 3,02 0,11 0,00 9,15 0,00 0,00 0,00 3,31 3,56 0,00 0,00 3,16
ni 1668 7,94 6,79 5,65 11,35 6,77 5,40 6,85 0,00 0,85 2,67 4,64 7,85
ni 1675 0,66 0,57 0,51 0,52 0,54 0,50 0,60 9,01 8,55 0,12 0,23 0,00
ni 1688 0,30 0,34 0,23 1,88 0,25 0,18 0,17 0,80 0,17 0,00 0,06 0,25
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
104
Tabela n: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 3 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
α-pineno 944 0,06 0,00 0,16 0,00 1,52 0,00 0,00 0,05 0,00 0,14 0,32 0,02
β-pineno 970 0,40 0,24 0,98 0,21 3,94 0,00 0,03 0,30 0,00 0,65 1,63 0,16
ni 986 0,22 0,11 0,24 0,09 1,67 0,06 0,01 0,13 0,07 0,20 0,20 0,08
δ 3-careno 1005 0,88 0,48 1,85 0,50 12,12 0,03 0,07 0,44 0,15 0,85 1,61 0,26
limoneno 1025 0,80 0,14 1,85 0,56 1,30 0,04 0,07 0,60 0,29 1,20 2,59 0,36
terpinoleno 1082 0,00 0,05 0,09 0,04 1,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
bicicloelemeno 1333 3,16 1,67 1,93 3,31 0,35 0,93 0,09 2,27 0,76 1,52 1,18 1,46
β-elemeno 1387 1,50 0,94 1,29 1,50 0,95 0,67 0,83 0,90 0,61 0,81 0,52 0,76
α-santaleno 1418 0,37 0,00 0,00 3,16 8,47 0,20 0,69 0,30 0,81 0,29 0,23 0,21
trans α-bergamoteno 1433 0,04 0,00 0,04 0,78 2,31 0,04 0,21 0,03 0,09 0,03 0,00 0,04
β-santaleno 1458 0,61 0,46 0,54 1,72 3,60 0,79 0,95 0,79 0,52 0,92 0,77 0,74
germacreno D 1478 0,22 0,47 0,15 1,11 1,87 0,34 0,51 0,23 0,31 0,30 0,30 0,23
α-selineno 1493 0,34 0,19 0,25 1,36 2,47 0,26 0,32 0,28 0,26 0,39 0,38 0,29
β-bisaboleno 1503 0,92 0,42 0,59 1,05 1,14 0,64 0,72 0,61 0,35 0,21 0,19 0,40
α-copaen-11- ol 1538 0,73 0,61 0,83 0,86 1,45 1,14 0,97 0,94 1,10 1,07 1,09 0,87
elemol 1548 1,46 1,41 1,40 1,15 0,15 0,83 1,27 0,94 1,00 0,77 0,48 0,97
espatulenol 1574 3,50 5,50 5,35 4,87 4,56 6,98 7,65 5,73 8,92 5,18 5,62 6,04
ni 1581 0,00 0,77 0,86 0,99 0,00 0,98 1,15 0,00 1,26 0,00 1,31 1,01
ni 1584 1,12 1,03 1,14 1,23 1,90 1,59 1,37 1,35 1,45 1,31 1,42 1,22
globulol 1591 4,64 4,12 4,18 4,09 0,69 4,76 4,60 4,14 4,63 4,08 3,94 4,48
1, 10 di epi-cubenol 1619 1,87 0,00 1,11 0,93 0,23 1,26 0,76 0,84 0,51 0,31 0,14 0,63
ni 1624 1,37 0,08 1,11 1,49 0,11 0,63 0,79 0,53 0,39 0,72 0,41 0,71
α-muurulol 1629 51,93 52,14 47,30 41,16 1,93 52,10 47,50 51,87 52,94 50,40 43,82 52,86
ni 1650 1,73 1,87 1,85 0,91 0,76 0,60 1,02 0,68 0,59 0,76 0,56 0,84
ni 1659 0,32 0,33 0,39 0,41 5,13 2,00 2,13 0,55 0,41 0,51 0,49 0,65
5 iso cedranol 1668 0,39 0,32 0,31 0,33 8,25 1,14 1,05 0,51 1,14 1,07 0,94 0,95
α-bisabolol 1692 0,17 0,19 0,79 0,05 1,20 0,28 0,00 0,19 0,10 0,04 0,06 0,33
Continua
105
Tabela n: Componentes quantificados por CG-DIC do óleo volátil extraído dos galhos do indivíduo 3 da espécie N. megapotamica
durante um período de doze meses.(continuação)
Componentes IK jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
amorfa-4 dien-2 ol 1705 0,59 0,68 0,58 0,66 0,10 1,09 0,86 0,97 0,97 0,93 1,01 1,01
ni 1714 0,93 0,74 0,73 0,82 0,43 1,01 0,95 1,07 0,95 1,13 1,07 1,01
ni 1717 0,93 1,87 1,53 1,76 0,27 2,45 0,99 1,18 2,09 2,38 2,11 2,25
ni 1756 0,55 4,28 0,43 0,60 0,00 0,15 0,27 0,66 1,52 0,23 0,52 0,33
ni: não identificado.
KI: Índice de kovats
106
ANEXO 1- CROMATOGRAMAS DOS ÓLEOS VOLÁTEIS DAS FOLHAS
E GALHOS DE O. POROSA E N. MEGAPOTAMICA OBTIDOS ATRAVÉS
DE CG-MS.
107
Anexo 1A - Cromatograma do óleo volátil das folhas de O. porosa extraído do indivíduo 1 em
novembro de 2005.
108
Anexo 1B- Cromatograma do óleo volátil dos galhos de O. porosa extraído do indivíduo 1 em
novembro de 2005.
109
Anexo 1C - Cromatograma do óleo volátil das folhas de O. porosa extraído do indivíduo 2 em
novembro de 2005.
110
Anexo 1D - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de O. porosa extraído do indivíduo 2 em
novembro de 2005.
111
Anexo 1E - Cromatograma do óleo volátil das folhas de O. porosa extraído do indivíduo 3 em
novembro de 2005.
112
Anexo 1 F - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de O. porosa extraído do indivíduo 3 em
novembro de 2005.
113
Anexo 1 G Cromatograma do óleo volátil das folhas de O. porosa extraído do indivíduo 4 em
novembro de 2005.
114
Anexo 1 H - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de O. porosa extraído do indivíduo 4 em
novembro de 2005.
115
Anexo 1 I - Cromatograma do óleo volátil das folhas de N. megapotamica extraído do indivíduo
1 em fevereiro de 2006.
116
Anexo 1 J - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de N. megapotamica extraído do indivíduo
1 em fevereiro de 2006.
117
Anexo 1 K - Cromatograma do óleo volátil das folhas de N. megapotamica extraído do indivíduo
2 em fevereiro de 2006.
118
Anexo 1 L - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de N. megapotamica extraído do indivíduo
2 em fevereiro de 2006.
119
Anexo 1 M - Cromatograma do óleo volátil das folhas de N. megapotamica extraído do indivíduo
3 em fevereiro de 2006.
120
Anexo 1 N - Cromatograma do óleo volátil dos galhos de N. megapotamica extraído do indivíduo
3 em fevereiro de 2006.
121
Dados Pessoais
Nome Ana Flávia Ramires Brito
Nascimento 07/07/1981 - São Paulo/SP - Brasil
Formação Acadêmica/Titulação
2005 - 2009 Mestrado em Química Orgânica.
Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, Brasil
Título: Análise da variação sazonal e das atividades antifúngica e antimicrobiana em
óleos voláteis de Ocotea porosa e Nectandra megapotamica.
Orientador: Paulo Roberto H. Moreno
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
2000 - 2004 Graduação em Bacharel em química.
Universidade Presbiteriana Mackenzie, MACKENZIE, Sao Paulo, Brasil
Título: Biomateriais Poliméricos para implantes e próteses
Orientador: Leila Figueredo Miranda
2001 - 2005 Graduação em Licenciatura em Química.
Universidade Presbiteriana Mackenzie, MACKENZIE, São Paulo, Brasil
1997 - 1999 Ensino Profissional de nível técnico.
Colégio São Judas Tadeu, CSJT, Brasil
Atuação profissional
2008 - Atual Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT
Cargo: Assistente de pesquisa
Função: Pesquisa e desenvolvimento de materiais de referência certificados.
2005 - 2007 Instituto de Química I.Q.USP
Bolsista de Mestrado - CNPQ
2004 - 2005 Colégio Poliedro
Professora de química
Participação em eventos
Apresentação de Pôster / Painel no IV Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais, 2007. Análise da
composição química e avaliação da atividade antifúngica do óleo essencial das folhas e galhos da
espécie Ocotea porosa (Lauraceae)
Livros Grátis
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