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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
AUSCULTAÇÃO POR INSTRUMENTAÇÃO DE
BARRAGENS DE TERRA E ENROCAMENTO PARA
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ESTUDO DE
CASO DAS BARRAGENS DA UHE SÃO SIMÃO
AUTOR: ALESSANDRA DA ROCHA FONSECA
ORIENTADOR: Prof. Dr. Romero César Gomes
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação do Departamento de Engenharia
Civil da Escola de Minas da Universidade
Federal de Ouro Preto, como parte integrante
dos requisitos para obtenção do título de
Mestre em Engenharia Civil, área de
concentração: Geotecnia.
Ouro Preto, dezembro de 2003
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ii
AUSCULTAÇÃO POR INSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS DE
TERRA E ENROCAMENTO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA – ESTUDO DE CASO DAS BARRAGENS DA UHE SÃO
SIMÃO
AUTOR: ALESSANDRA DA ROCHA FONSECA
Esta dissertação foi apresentada em sessão pública e aprovada em
dezembro de 2003, pela Banca Examinadora composta pelos seguintes
membros:
Prof. Dr. Romero César Gomes (Orientador / UFOP)
Prof. Dr. Adilson do Lago Leite (UFOP)
Prof. Dr. Judy Norka Rodo de Mantilla (UFMG)
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Catalogação : sisbin@sisbin.ufop.br
Fonseca, Alessandra da Rocha.
F676a Auscultação por instrumentação de barragens de terra e enrocamento
para geração de energia elétrica – estudo de caso das barragens da UHE São
Simão / Alessandra da Rocha Fonseca. – Ouro Preto : UFOP, 2003.
xxiii, 158p. : il. color. grafs., tabs.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto.
Escola de Minas. Departamento de Engenharia Civil. Programa de
pós-graduação em Engenharia Civil.
1. Usinas Hidrelétricas – São Simão. 2. Geotecnia. 3. Barragens.
4. Instrumentação Geotécnica. I. Universidade Federal de Ouro Preto.
Escola de Minas. Departamento de Engenharia Civil. II. Título.
CDU: 621.311.21
iii
Dedicatória
Especialmente aos meus pais pelo carinho, amizade e respeito
dedicados ao longo de toda a vida.
iv
Agradecimentos
A Deus por me dar e esperança, em quantidade tal, para que eu conseguisse finalizar
essa tese.
“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende da nossa
vontade e perseverança”. (Albert Einstein)
Ao meu pai, José, e a minha mãe, Juraci, por terem dado apoio, carinho, tranqüilidade e
amizade, e por terem me mostrado o que o poder da fé e da esperança podem fazer em
nossas vidas.
Ao meu irmão, José Darlan, e a minha cunhada, Luciene, pelo apoio, amizade e força.
Aos meus familiares pela torcida e orações no sucesso desta empreitada. Em especial a
Jussara, pela palavra amiga dada nos momentos mais delicados. Obrigada por ser mais
do que tia, ser a minha amiga querida!
Ao professor Romero César Gomes, pela ajuda prestada nessa caminhada tão árdua e
desejada em busca da realização deste sonho. Sem a sua ajuda e apoio nada disso seria
possível! Muito obrigada pela orientação, apoio, aprendizado, paciência, palavras de
incentivo e lições de vida, que contribuíram para a realização deste trabalho.
À professora Teresinha de Jesus Bonuccelli
que introduziu a Geotecnia no meu coração.
Agradeço enormemente pelo incentiva dado na época do meu ingresso no mestrado.
Pena que você não pode participar desse processo...
A CEMIG pelo apoio financeiro e pela disponibilidade total dos dados aqui publicados
permitindo assim o desenvolvimento do tema. Em especial gostaria de agradecer aos
engenheiros da GE/SM Gilson Furtado, Adelaide de Linhares Carvalho, Teresa Cristina
Fusaro e Reinaldo Campos Machado e demais funcionários do GE/SM e da CEMIG.
Obrigada pela amizade, força e orientação prestados neste período. Que saudade!
Ao Ernane pelo carinho mostrado, principalmente, nos momentos mais difíceis.
v
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Mestrado em
Geotecnia, Luís Gonzaga Araújo, Christianne Nogueira, Frederico Sobreira, Waldyr
Lopes Filho, Luís Fernando Martins e Saulo Gutemberg pelo apoio, pela convivência e
pela experiência compartilhada.
Aos colegas do mestrado, obrigada pela convivência e pelo companheirismo.
Principalmente ao Ednelson (meu quase irmão), Marcelo (Pajé), William, Roberto,
Bruno (Tumate), Luciana e Bernardo, meus amigos das horas mais incertas.
Obrigada pelo ombro amigo e pelos melhores momentos desta caminhada!
Ao Jânder Faria Leitão e a Ana Cristina Moreira, da Leme Engenharia pela ajuda na
busca de dados e informações de projeto, meu muito obrigada.
Aos examinadores da banca, Prof. Dr. Adilson do Lago Leite (UFOP), Prof. Dr. Judy
Norka Rodo de Mantilla (UFMG) e Msc. Hamilton França (Convidado especial) pela
contribuição tão valiosa neste trabalho e por terem se dispostos a participar da defesa
em uma época tão desfavorável.
Às amigas da República Serena, Kátia, Érika, Juliana, Milena, Gilmara e Thalyta pela
amizade, companheirismo e pelos momentos de descontração. Foi de fundamental
importância essa época que passei com vocês. Pena que o mestrado ocupou a maior
parte do tempo.
Aos amigos adquiridos ao longo do tempo, em especial aos amigos da Republica
Canaan, Franciely de Barros, Aldo, Flávio, Cleide, Viviane Bispo, Nilda e Débora.
Ao Professor Walter Dornelas, Róvia, Rosa e Josafá pela amizade e colaboração.
A todos os funcionários da UFOP, pessoal da biblioteca, faxineiros, porteiros, etc...
À Fundação Gorceix pelo apoio e auxílio financeiro.
A todos que contribuíram diretamente ou indiretamente na realização deste trabalho.
Resumo
Os procedimentos de controle e monitoramento de obras geotécnicas de grande porte
constituem parte integrante do projeto de tais estruturas, visando, entre outros objetivos,
a previsão do comportamento da obra ao longo de sua vida útil e a aferição das
premissas adotadas em projeto. Em projetos de barragens de terra e enrocamento,
destinadas a projetos de geração de energia elétrica, estes estudos abrangem a fase
construtiva, de enchimento e pós-enchimento do reservatório.
Este trabalho contempla as análises dos resultados da instrumentação instalada em
barragens de terra e enrocamento de um dos mais complexos e bem instrumentados
empreendimentos hidrelétricos do Brasil - UHE São Simão, implantado na divisa dos
estados de Minas Gerais e Goiás. Estas estruturas foram analisadas como estudo de caso
por comportar complexidades específicas em termos da geometria geral, materiais de
construção e condicionantes geológico-geotécnicos de fundação.
A auscultação por instrumentação geotécnica das barragens da UHE São Simão incluiu
piezômetros (Casagrande Modificado, pneumáticos Hall e corda vibrante tipo Maihak),
medidores de N.A., medidores de recalque IPT, caixas suecas, marcos de superfície,
inclinômetros, células de tensão total e medidores de vazão. As análises abrangeram os
principais resultados e conclusões deste monitoramento desde a fase construtiva até os
dias atuais, após 25 anos de plena operação das barragens, ratificando as premissas de
projeto e a segurança global destas estruturas.
vii
Abstract
The control and monitoring procedures constitute an integrant part of the design of large
geotechnical structures, aiming, among others things, a previous analysis of its future
behavior and the validation or not of the prescriptions adopted. In earth and rockfill
dams design for power generation impoundments, these studies include steps like
construction, filling and post-filling of the reservoir.
This work presents the main results from the instrumentation installed in earth and
rockfill dams of one of the most complex and well instrumented power impoundments
performed in Brazil - the São Simão Hydroeletric Project, located in South-Central
Brazil, between the states of Minas Gerais and Goiás. These structures were analyzed as
a case study for as they have complex and specific features in terms of the general
geometry, construction materials and foundation geological – geotechnical conditions.
The auscultation process via instrumentation from the São Simão dams included
piezometers (Modified Casagrande, pneumatic kind Hall and electrical kind Maihak),
water level measuring devices, IPT settlement devices, Swedish gauges, surface
landmarks, inclinometers, earth pressure cells and seepage measurements. The analyses
involved the main results and conclusions of this monitoring since the construction
stage up to current days, after 25 years of full operation of the dams. They ratified the
design premises and the global safety of these structures.
viii
Índice
Lista de Figuras
............................................................................................................. xii
Lista de Tabelas
........................................................................................................... xxi
Capítulo 1 - Introdução
.................................................................................................. 1
1.1 - Importância da Pesquisa.................................................................................. 2
1.2 - Objetivos do Trabalho..................................................................................... 3
1.3 - Metodologia dos Estudos................................................................................ 3
1.4 - Estruturação do Trabalho................................................................................ 3
Capítulo 2 - Instrumentação Geotécnica Aplicada a Barragens de Terra e
Enrocamento
................................................................................................................... 6
2.1. - Introdução ...................................................................................................... 6
2.2. - Instrumentação das Barragens de Terra e Enrocamento................................ 9
2.2.1. - Princípios e Instrumentos para a Medição de Vazões.......................... 12
2.2.2. - Princípios e Instrumentos para a Medição de Deslocamentos ............. 12
2.2.2.1 - Marcos de Deslocamento Superficial............................................ 12
2.2.2.2 - Placas de Recalque com Tubos Telescópicos................................ 12
2.2.2.3 - Medidores de Recalque Tipo KM ................................................. 12
2.2.2.4 - Medidores de Recalque Magnéticos.............................................. 12
2.2.2.5 - Medidores de Recalque Tipo USBR ............................................. 12
2.2.2.6 - Medidores de Recalques Tipo Caixa Sueca .................................. 12
2.2.2.7 - Medidores Pneumáticos Tipo Hall ................................................ 12
2.2.2.8 - Perfilômetro de Recalques............................................................. 12
2.2.2.9 - Inclinômetros de Recalques........................................................... 12
2.2.2.10 - Eletroníveis.................................................................................. 12
2.2.2.11 - Extensômetros de Hastes............................................................. 12
2.2.2.12 - Medidores Magnéticos ................................................................ 12
2.2.2.13 - Inclinômetros Horizontais ........................................................... 12
ix
2.2.3 - Princípios e Instrumentos para a Medição de Tensões ......................... 12
2.2.4 - Princípios e Instrumentos para a Medição do Nível D’água................. 12
2.2.5 - Princípios e Instrumentos para a Medição de Poropressões ................. 12
2.2.5.1 - Piezômetros de Tubo Aberto (Tipo Casagrande) .......................... 12
2.2.5.2 - Piezômetros Hidráulicos................................................................ 12
2.2.5.3 - Piezômetros Pneumáticos.............................................................. 12
2.2.5.4 - Piezômetros Elétricos .................................................................... 12
2.2.5.5 - Piezômetros de Corda Vibrante..................................................... 12
2.3 - Programas de Instrumentação das Barragens na CEMIG............................. 12
Capítulo 3 - Instrumentação Geotécnica das Barragens da UHE São Simão
......... 48
3.1. - Introdução .................................................................................................... 48
3.2. - Geologia Regional........................................................................................ 50
3.3. - Geologia Local............................................................................................. 53
3.4. - Concepção, Arranjo Geral e Materiais das Barragens da UHE São Simão 60
3.4.1. - Arranjo Geral........................................................................................ 60
3.4.2. - Materiais de Construção....................................................................... 62
3.4.3. - Geometria e Seções Típicas das Barragens.......................................... 64
3.5. - Auscultação por Instrumentação das Barragens da UHE São Simão .......... 73
3.5.1. - Descrição Geral dos Instrumentos Utilizados ...................................... 73
3.5.2 - Quantitativo da Instrumentação e Seções Instrumentadas .................... 76
3.6. - Valores Limites e Valores de Controle Propostos para a Instrumentação das
Barragens da UHE São Simão............................................................................... 81
3.6.1. - Valores de Projeto para a Piezometria ................................................. 81
3.6.2. - Valores de Projeto para Deslocamentos Verticais e Horizontais......... 85
3.6.3. - Valores de Projeto para Tensões Totais ............................................... 88
3.6.4. - Valores de Projeto para Vazões de Drenagem..................................... 89
Capítulo 4 - Análise dos Dados de Instrumentação das Barragens da UHE São
Simão - Parte I – Deslocamentos Verticais e Horizontais
......................................... 90
4.1. - Introdução .................................................................................................... 90
4.2. - Deslocamentos Verticais.............................................................................. 90
x
4.2.1. - Marcos de Superfície............................................................................ 91
4.2.2. - Medidores de Recalques IPT................................................................ 99
4.2.3. - Inclinômetros...................................................................................... 103
4.3. - Deslocamentos Horizontais........................................................................ 108
4.3.1. - Inclinômetros...................................................................................... 108
Capítulo 5 - Análise dos Dados de Instrumentação das Barragens da UHE São
Simão - Parte II – Poropressões, Tensões Totais e Vazões de Percolação
............. 122
5.1. - Introdução .................................................................................................. 122
5.2. - Piezometria................................................................................................. 122
5.3. - Células de Tensões Totais.......................................................................... 141
5.4. - Medidores de Vazão................................................................................... 143
Capítulo 6 - Conclusões e Sugestões para Futuras Pesquisas
................................. 146
6.1. - Considerações Finais.................................................................................. 146
6.2. - Conclusões ................................................................................................. 147
6.2.1. - Deslocamentos Verticais e Horizontais.............................................. 147
6.2.2. - Poropressões, Tensões Totais e Vazões ............................................. 149
6.3 - Sugestões para Futuras Pesquisas ............................................................... 151
Referência Bibliográfica
............................................................................................. 153
Anexo I - Seções Instrumentadas da UHE São Simão
Anexo II - Marcos de Superfície - Barragem de Terra - Margem Direita -
Anexo III - Marcos de Superfície - Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
Anexo IV - Medidores de Recalque Tipo IPT - Barragem de Terra
- Margem Direita -
xi
Anexo V - Medidores de Recalque Tipo IPT - Barragem de Terra e de Terra e
Enrocamento - Margem Esquerda -
Anexo VI - Inclinômetros de Recalque - Barragem de Terra - Margem Direita -
Anexo VII - Inclinômetros de Recalque - Barragem de Terra e de Terra e
Enrocamento - Margem Esquerda -
Anexo VIII - Inclinômetros de Deflexão - Barragem de Terra - Margem Direita -
Anexo IX - Inclinômetros de Deflexão - Barragem de Terra e de Terra e
Enrocamento - Margem Esquerda -
Anexo X - Piezômetros – Casagrande e Pneumático Tipo Hall - Barragem de Terra
- Margem Direita -
Anexo XI - Piezômetros – Casagrande, Pneumático Tipo Hall e Elétrico Tipo
Maihak - Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento - Margem Esquerda -
Anexo XII - Células de Tensão Total - Barragem de Terra e de Terra e
Enrocamento - Margem Esquerda -
Anexo XIII - Medidores de NA - Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
Anexo XIV - Medidores de Vazão - Barragem de Terra - Margem Direita -
Anexo XV - Medidores de Vazão - Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
xii
Lista de Figuras
Capítulo 2
Figura 2.1 - Auscultação de Barragens de Terra e Enrocamento (CBGB, 1996,
Adaptado).......................................................................................................................... 7
Figura 2.2 - Instalação de Marcos Superficiais............................................................... 16
Figura 2.3 - Medidor de Recalques de Tubos Telescópicos........................................... 17
Figura 2.4 - Medidores Magnéticos de Recalques.......................................................... 19
Figura 2.5 - Esquema Geral da Caixa Sueca .................................................................. 20
Figura 2.6 - (a) Perfilômetro de Recalques e (b) Torpedo de Medição.......................... 22
Figura 2.7 - Inclinômetro: (a) Horizontal, (b) Inclinado e (c) Vertical .......................... 23
Figura 2.8 - Princípio Geral de Funcionamento - Inclinômetro Instalado na
Horizontal ....................................................................................................................... 24
Figura 2.9 - Inclinômetro de Recalque - Pescador - Posição de Leitura ........................ 26
Figura 2.10 - Sensores Eletrolíticos................................................................................ 26
Figura 2.11 - Princípio Geral de Funcionamento - Inclinômetro Instalado na Vertical . 29
Figura 2.12 - Tipos Mais Comuns de Células de Tensões Utilizadas em Solos............. 31
Figura 2.13 - Distribuição Irregular de Tensões sobre Células de Medição................... 32
Figura 2.14 - Esquema do Medidor de Nível D’Água.................................................... 33
Figura 2.15 - Esquema do Piezômetro de Tubo Aberto ou Casagrande......................... 37
Figura 2.16 - Esquema Geral do Piezômetro Hidráulico................................................ 38
Figura 2.17 - Esquema e Detalhamento do Piezômetro Pneumático.............................. 40
Figura 2.18 - Esquema do Piezômetro Elétrico .............................................................. 42
Figura 2.19 - Esquema do Piezômetro de Corda Vibrante ............................................. 42
Figura 2.20 - Tela de Entrada no Programa MONITOR ................................................ 44
Figura 2.21 - Exemplo da Saída Gráfica do Programa MONITOR (Leituras de
Piezômetros da UHE Piau) ............................................................................................. 45
Figura 2.23 - Localização de Algumas Hidrelétricas Pertencentes a CEMIG................ 46
Capítulo 3
Figura 3.1 - Localização da UHE São Simão ................................................................. 48
xiii
Figura 3.2 - Posição Geográfica da UHE São Simão ..................................................... 49
Figura 3.3 - Localização da UHE São Simão ................................................................. 49
Figura 3.4 - Mapa Geológico Regional da UHE São Simão .......................................... 51
Figura 3.5 - Estratigrafia Local - Margem Direita (Viotti et al., 1983).......................... 56
Figura 3.6 - Arranjo Geral das Estruturas da UHE São Simão (Viotti et al., 1983)....... 61
Figura 3.7 - Barragem de Terra da Margem Direita - BTMD ........................................ 64
Figura 3.8 - Seção Típica da BTMD - Seção 5 - Estaca 1 + 240,0................................. 65
Figura 3.9 - Seção Típica da Zona de Transição N
0
1 - Seção 6 - Estaca 1 + 440,0 ...... 67
Figura 3.10 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - BTME................................... 67
Figura 3.11 - Seção Típica da BTME - Seção 5 - Estaca 2 + 780,0 ............................... 68
Figura 3.12 - Barragem de Terra e Enrocamento no Leito do Rio (Margem
Esquerda) ........................................................................................................................ 69
Figura 3.13 - Seção Típica da Barragem de Terra e Enrocamento - Estaca 2 + 410,0... 70
Figura 3.14 - Seção Típica da Transição N
0
2 - Seção 9 - Estaca 2 + 016,0 .................. 72
Figura 3.15 - Planta da Instrumentação Instalada na Barragem de Terra da Margem
Direita (BD) da UHE São Simão.................................................................................... 79
Figura 3.16 - Planta da Instrumentação Instalada na Barragem de Terra e na Barragem
de Terra e Enrocamento da Margem da UHE São Simão .............................................. 80
Capítulo 4
Figura 4.1 - Perfil dos Recalques Medidos pelos Marcos de Superfície Instalados na
Crista da BTMD (até maio/2003) ................................................................................... 92
Figura 4.2 - Perfil dos Recalques Medidos pelos Marcos de Superfície Instalados na
Crista da BTME (até maio/2003).................................................................................... 96
Figura 4.3 - Resultados Típicos dos Medidores de Recalques IPT .............................. 100
Figura 4.4 - Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR100/BTMD... 104
Figura 4.5 - Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR300/BTME... 107
Figura 4.6 - Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR400/BTME... 108
Figura 4.7 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita ...... 110
Figura 4.8 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase de Enchimento e Direção Montante-Jusante) ..................................................... 110
xiv
Figura 4.9 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase de Pós-Enchimento e Direção Montante-Jusante) .............................................. 111
Figura 4.10 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID200
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita ...... 112
Figura 4.11 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID200
(Fase de Enchimento):(a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita.. 113
Figura 4.12 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro
ID200 (Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-
Direita ........................................................................................................................... 114
Figura 4.13 - Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro
ID300 (Direção Montante-Jusante:Fase Construtiva (a), Enchimento (b) e Pós-
Enchimento (c)) ............................................................................................................ 115
Figura 4.14 - Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME (Fase
Construtiva e Direção Montante-Jusante): a-d: ID100-ID200-ID300 e ID400............ 117
Figura 4.15 - Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME (Fase
de Enchimento e Direção Montante-Jusante): a-d: ID100-ID200-ID300 e ID400 ...... 119
Figura 4.16 - Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME
(Fase de Pós-Enchimento e Direção Montante-Jusante): a-d: ID100 - ID200 - ID300 e
ID400 ............................................................................................................................ 121
Capítulo 5
Figura 5.1 - Registros Típicos das Leituras dos Piezômetros Instalados na BTMD .... 127
Figura 5.2 - Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 3 - BTMD . 128
Figura 5.3 - Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 5 - BTMD . 130
Figura 5.4 - Esquema da Localização dos Piezômetros Pneumáticos -
Transição N
0
1 .............................................................................................................. 131
Figura 5.5 - Registros das Leituras de Alguns Piezômetros Instalados na
Transição N
0
1 .............................................................................................................. 132
Figura 5.6 - Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 1 - BTME.. 135
Figura 5.7 - Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 6 - BTME.. 137
Figura 5.8a - Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 8 - BTME.. 138
Figura 5.8b - Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 8 - BTME.. 139
xv
Figura 5.9 - Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 9 - BTME.... 140
Figura 5.10 - Leituras das Células de Tensões Totais Instaladas na Seção 9 - BTME. 142
Figura 5.11 - Registros das Leituras de Vazões dos Medidores Instalados na BTME. 145
Anexo I
Figura I.1 - Arranjo Geral - UHE São Simão
Figura I.2 - Locação dos Marcos de Superfície e Medidores de Vazão - MD e ME
Figura I.3 - Localização dos Instrumentos na Barragem de Terra da Margem
Direita - BTMD
Figura I.4 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 1 - Estaca 0 + 460,0
Figura I.5 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0
Figura I.6 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0
Figura I.7 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 4 - Estaca 0 + 870,0
Figura I.8 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 5 - Estaca 1 + 240,0
Figura I.9 - Barragem de Terra da Margem Direita - Seção 6 - Estaca 1 + 440,0
Figura I.10 - Localização dos Instrumentos na Barragem de Terra e de Terra e
Enrocamento da Margem Esquerda - BTME
Figura I.11 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 0 - Estaca 3 + 485,0
Figura I.12 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0
Figura I.13 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 2 - Estaca 2 + 963,0
Figura I.14 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 3 - Estaca 2 + 913,0
Figura I.15 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 4 - Estaca 2 + 863,0
Figura I.16 - Barragem de Terra da Margem Esquerda - Seção 5 - Estaca 2 + 780,0
Figura I.17 - Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda - Seção 6 -
Estaca 2 + 500,0
Figura I.18 - Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda - Seção 7 -
Estaca 2 + 460,0
Figura I.19 - Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda - Seção 8 -
Estaca 2 + 410,0
Figura I.20 - Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda - Seção 8A -
Estaca 2 + 325,0
xvi
Figura I.21 - Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda - Seção 9 -
Estaca 2 + 016,0
Anexo II
Figura II.1 - Marcos de Superfície - BTMD (Distância ao eixo: 49,6 e 100,0 m à
Jusante (a) e 5,0 e 25,0 m à Jusante (b))
Figura II.2 - Marcos de Superfície - BTMD - Instalados à Montante do Eixo
Anexo III
Figura III.1 - Marcos de Superfície - BTME (Distância ao eixo: 5,0 m à Jusante (a),
25,0 à Jusante (b) e 50,0 e 57,0 m à Jusante (c))
Figura III.2 - Marcos de Superfície - BTME (Distância ao eixo: 25,0 m à Montante (a) e
5,0 m à Montante (b))
Anexo IV
Figura IV.1 - Medidores de Recalque IPT - BTMD - Seção 1 - Estaca 0 + 460,0
Figura IV.2 - Medidores de Recalque IPT - BTMD - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0
Figura IV.3 - Medidores de Recalque IPT - BTMD - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0
Figura IV.4 - Medidores de Recalque IPT - BTMD - Seção 4 - Estaca 0 + 870,0
Figura IV.5 - Medidores de Recalque IPT - BTMD - Seção 5 - Estaca 1 + 240,0
Anexo V
Figura V.1 - Medidores de Recalque IPT - BTME - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0
Figura V.2 - Medidores de Recalque IPT - BTME - Seção 6 - Estaca 2 + 500,0
Anexo VI
Figura VI.1 - Inclinômetro de Recalque - IR100 - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0
(Segmentos: IR102 - IR113 (a) e IR114 - IR125 (b))
Figura VI.2 - Inclinômetro de Recalque - IR200 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0
(Segmentos: IR205 - IR214 (a), IR215 - IR222 (b) e IR223 - IR231 (c))
Figura VI.3 - Inclinômetro de Recalque - IR300 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0
(Segmentos: IR309 - IR316 (a) e IR317 - IR325 (b))
xvii
Anexo VII
Figura VII.1 - Inclinômetro de Recalque - IR100 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0
(Segmentos: IR102 - IR112 (a), IR113 - IR122 (b) e IR123 - IR132 (c))
Figura VII.2 - Inclinômetro de Recalque - IR200 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0
(Segmentos: IR202 - IR209 (a) e IR210 - IR219 (b))
Figura VII.3 - Inclinômetro de Recalque - IR300 - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0
(Segmentos: IR302 - IR313 (a), IR314 - IR325 (b), IR326 - IR337 (c), IR338 - IR350
(d), IR351 - IR363 (e) e IR364 - IR375(f))
Figura VII.4 - Inclinômetro de Recalque - IR400 - Seção 8A - Estaca 2 + 325,0
(Segmentos: IR403 - IR414 (a), IR415 - IR428 (b), IR429 - IR439 (c) e IR440 - IR451
(d))
Anexo VIII
Figura VIII.1 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.2 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.3 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.4 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.5 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (a) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.6 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.7 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.8 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura VIII.9 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
xviii
Anexo XI
Figura XI.1 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.2 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.3 - Inclinômetro de Deflexão - ID100 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.4 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.5 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.6 - Inclinômetro de Deflexão - ID200 - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.7 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.8 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0 (Fase de
Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.9 - Inclinômetro de Deflexão - ID300 - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0 (Fase de
Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.10 - Inclinômetro de Deflexão - ID400 - Seção 8A - Estaca 2 + 325,0 (Fase
Construtiva): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.11 - Inclinômetro de Deflexão - ID400 - Seção 8A - Estaca 2 + 325,0 (Fase
de Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Figura IX.12 - Inclinômetro de Deflexão - ID400 - Seção 8A - Estaca 2 + 325,0 (Fase
de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante - Jusante; (b) Direção Esquerda - Direita
Anexo X
Figura X.1 - Piezômetros de Casagrande - Seção 1 - Estaca 0 + 460,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.2 - Piezômetros de Casagrande - Seção 2 - Estaca 0 + 670,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
xix
Figura X.3 - Piezômetros de Casagrande - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.4 - Piezômetros Pneumático (PH301-PH305) - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0: (a)
Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.5 - Piezômetros Pneumático (PH306-PH311) - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0: (a)
Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.6 - Piezômetros Pneumático (PH312-PH316) - Seção 3 - Estaca 0 + 810,0: (a)
Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.7 - Piezômetros de Casagrande - Seção 5 - Estaca 1 + 240,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.8 - Piezômetro de Casagrande - Seção 6 - Estaca 1 + 440,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.9 - Piezômetros Pneumáticos (PH602-PH603, PH605-PH606) - Seção 6 -
Estaca 1 + 440,0: (a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura X.10 - Piezômetros Pneumáticos (PH608-PH609, PH611-PH612) - Seção 6 -
Estaca 1 + 440,0: (a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Anexo XI
Figura XI.1 - Piezômetros de Casagrande - Seção 0 - Estaca 3 + 485,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.2 - Piezômetros de Casagrande - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.3 - Piezômetros Pneumáticos (PH101-PH105) - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.4 - Piezômetros Pneumáticos (PH106-PH112) - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.5 - Piezômetros Pneumáticos (PH113-PH116) - Seção 1 - Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.6 - Piezômetros de Casagrande - Seção 5 - Estaca 2 + 780,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.7 - Piezômetros de Casagrande - Seção 6 - Estaca 2 + 500,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
xx
Figura XI.8 - Piezômetros de Casagrande - Seção 7 - Estaca 2 + 460,0: Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.9 - Piezômetros de Casagrande - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0: (a) Cota
Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.10 - Piezômetros Pneumáticos (PH801-PH805) - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.11 - Piezômetros Pneumáticos (PH806-PH810) - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.12 - Piezômetros Pneumáticos (PH811-PH815) - Seção 8 - Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.13 - Piezômetros Pneumáticos (PH910-PH915) - Seção 9 - Estaca 2 + 016,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.14 - Piezômetros Pneumáticos (PH916-PH921) - Seção 9 - Estaca 2 + 016,0:
Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Figura XI.15 - Piezômetros Maihak (PM901-PM906) - Seção 9 - Estaca 2 + 016,0: (a)
Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
Anexo XII
Figura XII.1 - Células de Tensão Total - Seção 9 - Estaca 2 + 016,0
Anexo XIII
Figura XIII.1 - Medidor de NA - Seção 0 - Estaca 3 + 485,0
Figura XIII.2 - Medidores de NA - Seção 2 - Estaca 2 + 963,0
Figura XIII.3 - Medidores de NA - Seção 3 - Estaca 2 + 913,0
Figura XIII.4 - Medidores de NA - Seção 4 - Estaca 2 + 863,0
Anexo XIV
Figura XIV.1 - Medidores de Vazão - BTMD
Anexo XV
Figura XV.1 - Medidores Vazão (VV004-VV007 e VV009) - BTME
Figura XV.2 - Medidores Vazão (VV010-VV013) - BTME
xxi
Lista de Tabelas
Capítulo 2
Tabela 2.1 - Características Gerais dos Instrumentos de Medida................................... 11
Tabela 2.2 - Situação Geral da Instrumentação Instalada nas Principais Hidrelétricas
Pertencentes a CEMIG até 2003..................................................................................... 47
Capítulo 3
Tabela 3.1 - Seqüência Estratigráfica dos Diversos Derrames e Interderrames da Área
de Projeto (IESA, 1980a)................................................................................................ 54
Tabela 3.2 - Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento - Solos Transportados .......... 59
Tabela 3.3 - Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento - Solos Residual Denso e
Vesicular de Fundação.................................................................................................... 60
Tabela 3.4 - Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento - Areia Argilosa do Núcleo das
Barragens ........................................................................................................................ 62
Tabela 3.5 - Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento - Areia Argilosa do Núcleo das
Barragens (Ensaios Complementares)............................................................................ 66
Tabela 3.6 - Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento - Cascalho de Terraço .......... 66
Tabela 3.7a - Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra / Margem Direita.. 77
Tabela 3.7b - Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra / Margem
Esquerda.......................................................................................................................... 77
Tabela 3.7c - Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra e Enrocamento /
Leito do Rio (ME)........................................................................................................... 78
Tabela 3.7d - Quantitativo da Instrumentação - Transições N
0
1 (MD) e N
0
2 (ME) .... 78
Tabela 3.8a - Valores Limites e de Controle: Piezometria da BTMD............................ 82
Tabela 3.8b - Valores Limites e de Controle: Piezometria da BTME............................ 83
Tabela 3.9 - Valores dos Recalques Previstos - Fundações da BTMD .......................... 85
Tabela 3.10 - Valores dos Recalques Previstos - Crista da BTMD................................ 86
Tabela 3.11 - Valores dos Recalques Previstos - Crista da BTME ................................ 86
Tabela 3.12 - Valores de Controle - Marcos Superficiais - Jusante do Eixo - BTMD
(Silveira e Ávila, 1995)................................................................................................... 87
xxii
Tabela 3.13 - Valores de Controle - Marcos Superficiais - Montante do Eixo - BTME
(Silveira e Ávila, 1995)................................................................................................... 87
Tabela 3.14 - Valores de Controle - Inclinômetros (Silveira e Ávila, 1995).................. 88
Tabela 3.15 - Vazões Previstas - Silveira e Ávila (1995)............................................... 89
Capítulo 4
Tabela 4.1 - Recalques por Fases - Marcos Superficiais da BTMD - Crista.................. 91
Tabela 4.2 - Recalques Medidos x Recalques Previstos - Marcos Superficiais da
BTMD............................................................................................................................. 93
Tabela 4.3 - Recalques Diferenciais Longitudinais - Marcos Superficiais da BTMD ... 94
Tabela 4.4 - Recalques Diferenciais Transversais - Marcos Superficiais da BTMD ..... 94
Tabela 4.5 - Recalques por Fases - Marcos Superficiais das Barragens de Terra e de
Terra e Enrocamento - Crista.......................................................................................... 95
Tabela 4.6 - Recalques Medidos x Recalques Previstos - Marcos Superficiais da
BTME ............................................................................................................................. 97
Tabela 4.7 - Recalques Diferenciais Longitudinais - Marcos Superficiais da BTME.... 98
Tabela 4.8 - Recalques Diferenciais Transversais - Marcos Superficiais da BTME...... 98
Tabela 4.9 - Recalques Acumulados Totais - Medidores IPT ........................................ 99
Tabela 4.10 - Recalques Acumulados Totais - Inclinômetro IR100 / BTMD.............. 104
Tabela 4.11 - Recalques Acumulados Totais Inclinômetros IR200 e IR300 /
BTMD........................................................................................................................... 104
Tabela 4.12 - Recalques Acumulados Totais - Inclinômetros IR100 e IR200 /
BTME ........................................................................................................................... 106
Tabela 4.13 - Recalques Acumulados Totais - Inclinômetro IR300/BTME ................ 106
Tabela 4.14 - Recalques Acumulados Totais - Inclinômetro IR400/BTME ................ 107
Tabela 4.15 - Deslocamentos Horizontais Máximos Medidos pelos Inclinômetros .... 108
Capítulo 5
Tabela 5.1 Níveis Piezométricos Medidos x Níveis Piezométricos Previstos
- Piezômetros da BTMD............................................................................................... 123
Tabela 5.2 - Níveis Piezométricos Medidos x Níveis Piezométricos Previstos
- Piezômetros da BTME ............................................................................................... 125
xxiii
Tabela 5.3 - Características Gerais dos Piezômetros Pneumáticos - Transição N
0
1 ... 131
Tabela 5.4 - Distribuição de Tensões na Área da Transição N
0
2 - Seção 9 ................ 141
Tabela 5.5 - Valores de Vazões nas Barragens da UHE São Simão ............................ 144
Tabela 5.6 - Vazões Totais e Específicas das Barragens da UHE São Simão.............. 144
Capítulo 6
Tabela 6.1 - Correlação Entre Valores de Recalques - Seção 2 da BTMD .................. 148
Capítulo 1
Introdução
1.1. – Importância da Pesquisa
A instrumentação geotécnica de obras de engenharia constitui uma das ferramentas
empregadas para a observação, detecção e caracterização de eventuais deteriorações que
constituem risco potencial às condições da segurança global do empreendimento. Ela
permite fazer um processo de aquisição, registro e processamento sistemático dos dados
obtidos, a partir dos instrumentos de medida instalados em diferentes seções e zonas
dos maciços investigados. Nessas análises são incluídos valores limites no programa de
instrumentação de forma a facilitar a detecção imediata de possíveis anomalias. Assim,
em condições adequadas, um programa de instrumentação tende a garantir acurácia,
bem como fornecer parâmetros relacionados à confiabilidade das leituras, e à
compatibilidade em relação às metodologias construtivas e às premissas de projeto.
Os instrumentos geotécnicos são instalados em vários tipos de obras como barragens,
taludes, encostas, túneis, aterros, estruturas de contenção, etc, com o intuito de medir
grandezas de interesse (tensões, deslocamentos, poropressões e vazões), verificando-se,
assim, a adequabilidade destes dados relativamente ao comportamento global previsto
para as estruturas. Em túneis, por exemplo, o monitoramento das tensões dos maciços
no entorno da escavação e/ou atuantes nos revestimentos adotados, permitem a
adequação do projeto às seções subseqüentes, com base na avaliação dos resultados
obtidos nas seções concluídas. Um outro exemplo clássico desta metodologia refere-
se à adoção de aterros experimentais instrumentados para se obter os parâmetros de
projeto da obra final a ser implantada.
Especificamente para o caso de obras civis de grande porte, como é o caso das
barragens de terra e enrocamento para fins de aproveitamento hidrelétrico, as bases e os
procedimentos de auscultação por instrumentação constitui parte integrante do projeto
2
de tais estruturas, visando, entre outros objetivos, a previsão do comportamento da obra
e a aferição das premissas adotadas em projeto. Nessas estruturas os instrumentos são
instalados nos aterros e espaldares da barragem, nas fundações, em interfaces solos
estruturas, em obras auxiliares (ensecadeiras, vertedores, etc) ou ao longo do próprio
reservatório.
Assim, com os dados obtidos em campo pela instrumentação é feito um processamento
dessas leituras envolvendo freqüência e abrangência, de forma a desenvolver uma
sistemática para a composição e interpretação dos resultados, possibilitando, desta
forma, a criação de diretrizes para eventuais intervenções no comportamento da obra.
Neste contexto, impõe-se estabelecer determinados procedimentos para aferição e
comparações destes dados com os critérios prescritos em projeto.
1.2. – Objetivos do Trabalho
Este trabalho pretende estabelecer comparações entre os dados relativos ao
comportamento geotécnico das estruturas com os respectivos critérios adotados em
projeto, bem como o espectro de suas eventuais reavaliações. O estudo foi realizado a
partir da análise detalhada dos dados de instrumentação geotécnica instalada num
estudo de caso completo, no caso as barragens de terra e de terra e enrocamento da UHE
São Simão, pertencente à CEMIG Centrais Energéticas de Minas Gerais S.A., uma
das obras geotécnicas mais bem instrumentadas do Brasil.
Estas barragens representam diferentes condições de projeto, envolvendo variações
singulares dos condicionantes geológico-geotécnicos da fundação, dos materiais de
construção, da geometria geral das estruturas e dos quantitativos e períodos de medições
das grandezas de controle via instrumentação. As análises permitiram caracterizar estas
variáveis de projeto e a avaliação global da metodologia de auscultação por
instrumentação adotada em cada uma destas barragens, bem como as diretrizes que se
revelaram adequadas e aquelas que conduziram a resultados pouco relevantes e/ou
inconclusivos. Mais ainda, estes estudos propuseram subsidiar eventuais reorientações
de projetos de instrumentação de barragens de terra e enrocamento.
3
1.3. – Metodologia dos Estudos
A metodologia adotada consistiu em uma ampla abordagem dos documentos técnicos
do empreendimento, buscando associar, de forma sistêmica e integrada, os princípios da
instrumentação adotada com as características específicas de cada projeto das barragens
envolvidas.
Numa etapa preliminar, foram levantados detalhadamente os aspectos gerais de cada
barragem, tais como arranjo geral, geologia regional e local, seções típicas, materiais de
construção, critérios de projeto e instrumentação instalada. Este trabalho desenvolveu-se
a partir de ampla pesquisa do acervo técnico do GE/SM (Gerência de Segurança de
Barragem e Manutenção Civil) da CEMIG, relativo aos empreendimentos e barragens
analisadas. Muitos dos dados, praticamente históricos, encontravam-se “perdidos” ou
inacessíveis, exigindo, portanto, um longo período de garimpagem” de documentos,
organização de acervos e triagem de dados técnicos.
Os registros de instrumentação propriamente ditos foram sistematizados e plotados em
gráficos e/ou tabelas, até meados de 2003, com base no Programa MONITOR 1.2.0 de
auscultação de barragens. Com base nos valores de referência adotados em projeto e nos
registros de instrumentação, procedeu-se a uma análise global do comportamento das
barragens correlacionando resultados previstos e efetivamente observados. O estudo foi
concluído mediante o estabelecimento das diretrizes propostas para a futura auscultação
destas barragens a partir das análises implementadas.
1.4. – Estruturação do Trabalho
O trabalho foi subdividido em 6 capítulos, de acordo com a seguinte abordagem:
Na Introdução, são caracterizados a importância da pesquisa, os objetivos e a
metodologia adotada nos trabalhos, bem como a estruturação e subdivisão dos assuntos
abordados nos diferentes capítulos.
4
No Capítulo 2, faz-se uma extensa revisão bibliográfica relativa à instrumentação
geotécnica aplicada a barragens de terra e enrocamento, em termos de medidores de
deslocamentos, de tensões, de poropressões, de vazões e de NA. Nesta abordagem, são
descritos os princípios e as características gerais dos principais instrumentos utilizados
na auscultação, enfatizando-se suas vantagens e desvantagens e potenciais aplicações no
âmbito dos projetos de barragens de terra e enrocamento.
No Capítulo 3, faz-se uma abordagem geral e abrangente dos condicionantes
geotécnicos das barragens da UHE São Simão. No capítulo, são expostos os aspectos
gerais das barragens, incluindo o arranjo geral, geologia regional e local, seções típicas,
materiais de construção, critérios de projeto e instrumentação instalada.
Adicionalmente, são apresentados os valores limites e de controle previstos para as
grandezas de referência e a reavaliação destes dados durante a fase de operação das
barragens.
Nos Capítulos 4 e 5, são apresentados os resultados obtidos pela instrumentação
geotécnica das barragens de terra e de terra e enrocamento da UHE São Simão, bem
como a sua representação através do Programa MONITOR. Estes resultados são, então,
interpretados distintamente para as etapas de construção, primeiro enchimento e pós-
enchimento do reservatório e posteriormente comparados com as premissas de projeto.
No Capítulo 4, estes estudos foram efetuados inicialmente em termos das medições dos
deslocamentos verticais, obtidos por meio de marcos superficiais, medidores de
recalques tipo IPT e inclinômetros, e de deslocamentos horizontais, através das
medições de inclinômetros.
No Capítulo 5, as análises foram complementadas em termos das medições de
poropressões (registradas pelos piezômetros tipo Casagrande e pneumáticos tipo Hall),
tensões totais (através de células de tensões totais) e vazões de percolação através dos
aterros, sistemas drenantes, fundações e ombreiras das barragens (quantificadas através
de medidores dotados de vertedor triangular).
5
No Capítulo 6, são feitas as considerações relativas à síntese dos resultados obtidos da
instrumentação, integrando-se aos estudos em termos de análises globais, comparações
dos resultados e propostas de eventuais reorientações das diretrizes paras as etapas
subseqüentes da auscultação e/ou outros projetos. O capítulo é concluído com a
apresentação das principais conclusões do trabalho e com algumas sugestões de
pesquisas complementares.
Capítulo 2
Instrumentação Geotécnica Aplicada a Barragens de Terra e Enrocamento
2.1. - Introdução
Chama-se auscultação de uma barragem ao conjunto de processos que visam a
observação, detecção e caracterização de eventuais deteriorações que constituem risco
potencial às condições de sua segurança global. A auscultação pode ser feita por:
Inspeções Visuais : é o processo da auscultação qualitativa, através de vistorias
periódicas de campo (FERC, 2003).
Instrumentação: é o processo de aquisição, registro e processamento sistemático
dos dados obtidos a partir dos instrumentos de medida instalados no aterro ou
nas fundações da barragem.
Estes processos devem ser realizados em conjunto durante toda a vida útil da barragem,
de forma a fornecer subsídios necessários para uma eventual revisão (Kuperman et al.,
2005a) ou adaptação dos procedimentos adotados na construção, operação ou
manutenção da barragem, definindo a etapa de controle do empreendimento, permitindo
ainda verificar se uma dada condição de risco está se desenvolvendo ou se é
potencialmente viável de ocorrer (Fusaro, 2005).
As inspeções podem ter diferentes níveis de abordagem, detalhamento e periodicidade,
constituindo elementos fundamentais no controle de uma barragem, normalmente elas
são divididas em: rotineiras ou informais, periódicas, supervisão e extraordinárias.
Essas inspeções são realizadas a partir de uma análise prévia dos resultados da
instrumentação, de forma a verificar problemas específicos nas áreas auscultadas e
observar o estado de conservação dos aparelhos de medição, além disso é feito o
acompanhamento dos problemas pré-existentes na área, bem como, a detecção de novas
anomalias que possam prejudicar a segurança da obra (Balbi et al., 2005).
7
Surgências d´água, fissuras superficiais, erosões e abatimentos localizados são
exemplos de problemas que somente podem ser detectados por meio de inspeções de
campo, normalmente, essas inspeções são realizadas por meio de caminhadas ao longo
da barragem e do reservatório, bem como em áreas próximas a região do barramento.
Muitos problemas, entretanto, não são passíveis de caracterização tão simples,
demandando uma maior abordagem de gerenciamento, em termos de dados e do tempo
das observações. Assim, o controle eficiente das condições de segurança de uma
barragem exige a adoção de práticas de monitoramento sistemático da magnitude e das
faixas de variação de certas grandezas físicas, que permitem a auscultação prévia destes
problemas, mediante a implantação de um programa específico de instrumentação.
A Figura 2.1 mostra uma correlação entre os diversos tipos de instrumentos, instalados
para a auscultação das barragens de terra e enrocamento, ao longo do aterro e da
fundação, conjuntamente com as inspeções visuais, e os possíveis problemas passíveis
de serem detectados ao longo de toda a sua vida útil. A partir dessa figura é possível
observar a importância das inspeções visuais neste tipo de estrutura.
Figura 2.1 Auscultação de Barragens de Terra e Enrocamento (CBGB, 1996,
Adaptado)
8
Assim, para uma ascultação adequada das barragens é necessário um plano completo de
monitoramento que abranja todas as fases da vida da barragem, bem como as atividades
a serem realizadas (Piasentini, 2005):
projeto de instrumentação que contenple desde a concepção do arranjo até os
detalhes e as especificações da instalação e montagem;
fixação dos valores de alerta e de controle para todos os instrumentos instalados
e para as diversas fases de sua vida;
plano de operação da instrumentação, abrangendo freqüências das leituras nas
diversas fases da vida da obra e durante possíveis eventos excepcionais;
planos de observação visuais e inspeções in situ;
plano de análise e interpretação do comportamento da obra com bases nos
resultados da instrumentação e das inspeções visuais.
Portanto, um programa de auscultação por instrumentação de barragem apresetam
objetivos que dependem basicamente da fase operacional considerada: construção,
enchimento do reservatório e pós-enchimento (Vaughan, 1975). Em termos gerais, na
fase construtiva, estes objetivos podem ser resumidos nos seguintes pontos:
obtenção de parâmetros geotécnicos mais realistas e representativos das
condições in situ;
aferição de soluções técnicas menos conservadoras adotadas na fase de projeto,
que resultaram em economia significativa para a obra;
previsão de possíveis zonas de risco durante a fase de construção;
avaliação de eventos não previstos ou detecção de eventuais anomalias durante a
construção;
possibilidade de revisões ou reavaliações das premissas de projeto ou das
metodologias construtivas então adotadas.
Na fase operacional da barragem, o monitoramento e controle da barragem através da
instrumentação têm os seguintes objetivos:
verificação do desempenho geral da estrutura em conformidade ou não com as
especificações de projeto;
9
caracterização do comportamento dos materiais dos aterros compactados e das
fundações ao longo do tempo, monitorando a evolução das tensões,
deslocamentos, vazões e poropressões;
previsão de possíveis zonas de risco durante o período de operação;
avaliação de eventos não previstos ou detecção de eventuais anomalias pós-
construção;
reavaliação das condições de segurança da estrutura e/ou alterações e/ou
extrapolações do projeto original.
A evolução das técnicas de instrumentação geotécnica de barragens está diretamente
associada ao aprimoramento tecnológico dos instrumentos de medida e à incorporação
das especificações técnicas de projeto de metodologias padronizadas para a avaliação e
controle das condições gerais de segurança das estruturas. No Brasil, até cerca de 30 ou
40 anos atrás, predominava a sistemática de diagnóstico através de inspeções visuais
realizadas por grupos de consultores independentes de nível internacional. No caso de
detecção de anomalias graves do comportamento da barragem, as observações do
problema eram intensificadas e, eventualmente, eram feitos os reparos e/ou correções
recomendadas pelos especialistas.
Nas décadas seguintes, a formulação de planos gerais de monitoramento e controle das
barragens brasileiras levou a adoção de sistemas integrados, incorporando a aquisição
automática e a análise sistemática de dados de poropressões, tensões totais, vazões,
deslocamentos horizontais e verticais obtidos ao longo das seções mais representativas
do comportamento global da estrutura. Este processo levou à substituição dos
instrumentos inicialmente importados, ao desenvolvimento de instrumentos nacionais
cada vez mais confiáveis e a uma reestruturação geral dos princípios e das metodologias
a serem adotadas num plano de auscultação por instrumentação de uma barragem.
As barragens de Santa Branca (Light), Euclides da Cunha, Limoeiro, Graminha (CESP)
e Três Marias (CEMIG) são consideradas as primeiras barragens a serem
instrumentadas de forma adequada no Brasil, e a de Ilha Solteira, a referência em
10
termos dos projetos de instrumentação geotécnica das barragens brasileiras (CBGB,
1996). Em barragens de terra e enrocamento, adotou-se recentemente a prática de se
instrumentar também os enrocamentos, a exemplo do monitoramento convencional do
aterro compactado e das fundações. Dentre as barragens de terra e enrocamento melhor
instrumentadas no Brasil, destacam-se as de Salto Osório, Foz do Areia, Salto Santiago
e Emborcação (Marques Filho, 1983; Maurer, 1983).
Nas condições atuais, esta reestruturação dos princípios da instrumentação de barragens
pode ser caracterizada nos seguintes pontos (Rosso e Piasentin, 1996):
o número de instrumentos deve ser o mínimo possível, representativo da
compartimentação da barragem e suficiente para garantir uma avaliação global
do desempenho da estrutura;
cuidados especiais devem ser tomados com a instrumentação das fundações,
mais susceptíveis a incertezas, comportamentos ou desvios imprevistos;
a escolha deve privilegiar instrumentos com menor interferência sobre as
atividades de construção e que permitam facilidade de acesso para manutenção e
eventual substituição;
a localização dos instrumentos deve aproveitar ao máximo as instalações pré
existentes (galerias, dutos, poços, etc);
para a escolha do tipo de instrumento, os seguintes aspectos devem ser
priorizados:
- simplicidade;
- confiabilidade;
- sensibilidade e faixa de medição;
- durabilidade;
- resistência;
- estabilidade;
- custos de aquisição, instalação, operação e manutenção;
- experiência prévia com a sua utilização;
- disponibilidade e assistência técnica do fabricante.
A Tabela 2.1 sumariza as principais características de um instrumento de medida.
11
Tabela 2.1 – Características Gerais dos Instrumentos de Medida
Acurácia
Essa característica expressa a diferença entre a medição nele efetuada e
o valor de referência aceito como verdadeiro. O valor da exatidão de um
instrumento é definido pelos limites dos erros intrínsecos e pelos limites
da variação da indicação. Ela está diretamente relacionada com as
características próprias dos instrumentos, ou seja, como ele foi projetado
e construído. Além disso, essa característica é avaliada durante a sua
calibração. Quanto maior a exatidão do instrumento, mais caro ele custa
e mais cuidados ele requer para a sua utilização
Precisão
Característica que expressa o afastamento mútuo entre as diversas
medidas obtidas de uma dada grandeza, em relação à média aritmética
dessas medidas. Esta grandeza expressa o grau de consciência ou
reprodução nas indicações de uma medida sob as mesmas condições
Resolução
É a menor divisão na escala de leitura do instrumento, ou seja, é o
menor incremento que se pode assegurar na leitura de um instrumento
Sensibilidade
É a característica que expressa a relação entre o valor da grandeza
medida e o deslocamento da indicação. Alta sensibilidade não indica
alta acurácia ou alta precisão
Linearidade
Carcterística que traduz uma condição de proporcionalidade direta entre
as leituras fornecidas pelo instrumento e os valores da grandeza que está
sendo medida
Histerese
Um instrumento apresenta histerese quando a grandeza medida está
sujeita a variações cíclicas, tendo seu valor variável com as tendências
distintas de aumento ou de redução da grandeza medida.
Ruído Termo utilizado para relatar medidas aleatórias induzidas por fatores
externos, gerando falta de precisão e acurácia
Conformidade
Característica que expressa a influência específica da implantação do
instrumento em relação aos valores da grandeza a ser medida. Uma
maior conformidade implica em uma acurácia maior do instrumento.
Erro
É definido como o desvio entre o valor medido e o valor real ou o valor
admitido como correto (erro grosseiro). O erro relativo é o quociente
entre o erro absoluto e o valor real da leitura.
- Erros grosseiros: geralmente causados por descuido, fatiga ou
inexperiência do operador;
- Erros sistemáticos: causados por calibração imprópria, alterações da
calibração com o tempo, histerese e não-linearidade;
- Erros de conformidade: causados pela seleção errada dos procedimentos
de instalação ou pelas limitações no projeto do instrumento;
- Erros ambientais: causados pelos efeitos de calor, umidade, vibrações,
pressão, etc sobre o instrumento de medida;
- Erros observacionais: causados pela atuação de diferentes observadores
(equipes de medições) usando diferentes técnicas observacionais;
- Erros de amostragem: causados pela instalação do instrumento em local
inadequado e pela variabilidade do material sendo instrumentado;
- Erros acidentais: erros imponderáveis, essencialmente variáveis e não
susceptíveis de prevenção.
12
A regra essencial, entretanto, é a garantia de um projeto criterioso e integrado da
instrumentação da barragem. Neste sentido, não existe uma única formulação e nem
mesmo uma metodologia ideal, mas alguns princípios podem ser estabelecidos, devendo
os mesmos ser devidamente adaptados às complexas e diversificadas condições de
campo.
Estes princípios gerais incluem um projeto elaborado por especialistas em
instrumentação geotécnica e compatibilizado com as condições do projeto da própria
barragem, uma instalação por equipes experientes de campo e a adoção de
especificações claras e adequadas em relação aos procedimentos de aquisição, registro e
apresentação dos dados das grandezas a ser medidas, incluindo-se os valores limites
prescritos para detecção imediata de eventuais anomalias / desvios dos valores
admissíveis.
De forma complementar, a análise dos dados da instrumentação deverá ser realizada por
uma equipe técnica treinada e especializada, concomitantemente com a execução das
leituras, devendo os dados ser continuamente correlacionados com os parâmetros
adotados em projeto. Adicionalmente, procedimentos de reavaliação e manutenção dos
instrumentos e inspeções de campo devem ser feitas periodicamente, devendo ser
entendidas como atividades indissociáveis e complementares às análises dos dados da
instrumentação.
2.2. - Instrumentação das Barragens de Terra e Enrocamento
Os instrumentos geotécnicos são compostos geralmente por um transdutor, um sistema
de aquisição de dados e de um sistema de comunicação entre eles. O transdutor, de
forma geral, é o dispositivo que faz a conversão da variação física de uma dada
grandeza (como uma subpressão ou um deslocamento horizontal, por exemplo) em um
sinal de saída correspondente. Estes transdutores podem ser mecânicos, resistivos,
acústicos, indutivos, hidráulicos ou pneumáticos, apresentando princípios de
funcionamento específicos e diferentes campos de aplicabilidade (Cruz, 1966;
Lindquist, 1983; Hanna, 1985; Dunnicliff e Green, 1988; Palmeira, 1996).
13
Em barragens de terra e de enrocamento, os instrumentos podem ser instalados nos
aterros e espaldares da barragem, nas fundações, nas ombreiras, em interfaces solos
estruturas, em obras auxiliares (ensecadeiras, vertedores, etc) ou ao longo do próprio
reservatório. No escopo do presente trabalho, o contexto da instrumentação geotécnica
de barragens de terra e enrocamento será abordado apenas em relação ao aterro e às
fundações da barragem. Os instrumentos são instalados basicamente para permitir o
monitoramento das vazões, dos deslocamentos, das tensões e das poropressões.
2.2.1. – Princípios e Instrumentos para a Medição de Vazões
Medidas de vazões constituem um dos parâmetros de correlação direta com a análise do
desempenho de uma barragem. Com efeito, as características de locação, quantidade e
qualidade da água de percolação ao longo da barragem ou da sua fundação e,
particularmente, variações bruscas destas características, podem indicar problemas
associados à obstrução dos drenos, erosão interna e aumento de poropressões. Isto é
particularmente evidente na fase operacional, a partir da caracterização dos valores de
referência das vazões de percolação.
O procedimento típico para a medida de vazões é promover a concentração do fluxo em
caixas ou galerias de concreto, às quais se incorporam vertedores de seção triangular ou
trapezoidal ou calhas Parshall. Os vertedores triangulares possibilitam maior precisão de
leituras no caso de vazões mais reduzidas, até 30,0 l/s (CPRH, 2000). Assim, a saída da
drenagem é forçada a passar através de uma chapa metálica com abertura triangular em
V, com lados iguais e ortogonais, medindo-se, então, a altura da lâmina d’água passante.
As vazões são quantificadas de forma simples e direta pela fórmula de Thomson dada
por:
2
5
.4,1 Hq = (2.1)
onde q é a vazão em m³/s e H é a altura da lâmina d’água em m, medida a partir do
vértice da abertura triangular. A rigor, o coeficiente numérico pode variar entre 1,40 e
1,46.
14
O medidor Parshall é constituído por um dispositivo para a medição de vazões em
canais abertos. Esse medidor é composto por três partes: uma seção convergente, uma
seção estrangulada intermediária e uma seção divergente, obedecendo a relações
geométricas padronizadas e tendo o nível do fundo do canal na secção convergente
mais alto do que o nível na secção divergente (Azevedo Netto e Alvarez, 1977). A partir
da altura da lâmina d’água medida na secção convergente é possível medir a vazão
aproximada pela seguinte relação:
2
3
.2,2 WHq = (2.2)
onde q é a vazão em m³/s; W é a largura da garganta em m e H é a altura da lâmina
d’água em m.
Em geral, as vazões pelas fundações tendem a ser significativamente maiores que
aquelas que percolam através do aterro compactado da barragem. Um aspecto de
especial interesse é o de se estabelecer a individualização das medições, de modo a se
aferir às contribuições distintas das diferentes fontes de infiltração (drenos, ombreiras,
etc). Por outro lado, correlações diretas podem ser estabelecidas entre a magnitude das
vazões de percolação com as correspondentes variações das cotas do nível do
reservatório, levando-se em conta, naturalmente, o tempo de retardo destas influências.
Cuidados específicos devem ser tomados em termos do isolamento das zonas de saída
dos sistemas de drenagem em relação à infiltração de possíveis águas superficiais. É
recomendável também a antecipação das leituras das vazões em relação à fase de
enchimento do reservatório (cerca de um a dois meses) para aferição de possíveis
captações advindas do lençol freático das ombreiras. Complementarmente, amostras das
águas efluentes podem ser coletadas para a execução de análises físico-químicas e
medição dos teores de sólidos em suspensão e em dissolução. Variações abruptas da
turbidez da água podem ser, eventuais, sinais de
“piping” na barragem ou na fundação
ou indicarem lixiviação de materiais solúveis ou de preenchimento ao longo de
descontinuidades geológicas.
15
2.2.2. – Princípios e Instrumentos para a Medição de Deslocamentos
O monitoramento dos deslocamentos ocorridos ao longo de seções críticas do conjunto
barragem/fundação é particularmente importante em termos da quantificação e distinção
dos recalques oriundos do próprio maciço compactado e da fundação (principalmente
no caso de estruturas assentes em solos compressíveis), da locação de superfícies
críticas de ruptura em profundidade e da avaliação do potencial de desenvolvimento de
trincas de tração na barragem por recalques diferenciais ou de trincas de cisalhamento
induzidas por deslocamentos horizontais diferenciais.
Os deslocamentos verticais são comumente verificados ao longo de uma seção paralela
ou longidutinal ao eixo da barragem, uma vez que a variação da forma destas curvas de
recalques, após a construção da barragem, permite a extrapolação do comportamento
observado, em termos da definição da magnitude dos recalques finais e dos respectivos
tempos de estabilização.
Em fundações de baixa resistência, é imprescindível o controle sistemático dos
deslocamentos horizontais e verticais ao longo de algumas seções normais ao eixo da
barragem, de forma a se caracterizar as zonas mais críticas de instabilização.
Deslocamentos horizontais devem ser medidos sistematicamente nas fases de
construção, enchimento e operacionais da barragem, ao longo de verticais pelo talude de
montante, nos casos de previsão de rebaixamentos periódicos do reservatório ou, em
diferentes seções do maciço na fase construtiva, no caso da necessidade de se executar o
aterro compactado com solos com umidades superiores à umidade ótima.
Diversos instrumentos podem ser utilizados para a quantificação dos deslocamentos
ocorridos em uma barragem. Estes deslocamentos podem ser medidos em termos
absolutos ou relativos. As características principais e os princípios gerais de
funcionamento dos instrumentos para medidas de deslocamentos verticais (itens 2.2.2.1
a 2.2.2.10) e horizontais (itens 2.2.2.1 e 2.2.2.11 a 2.2.2.13), convencionalmente usados
na auscultação de barragens de terra e enrocamento, são apresentados resumidamente a
seguir.
16
Medidores de Deslocamentos Verticais
2.2.2.1. - Marcos de Deslocamento Superficial
São instrumentos destinados à determinação dos deslocamentos verticais (e também
horizontais) dos maciços de terra e enrocamento, bem como das estruturas de concreto.
Os marcos de superfície são construídos com vergalhões de aço CA-50 1½” de diâmetro
e 1,1 m de comprimento. Na parte superior do vergalhão é instalada uma semi-esfera de
15 mm de diâmetro. Esta estrutura é então chumbada com um bloco de concreto com
0,3 m de diâmetro e 1,2 m de profundidade, nas regiões da crista, bermas e talude de
jusante. A Figura 2.2 mostra o esquema da locação e instalação dos marcos superficiais.
Figura 2.2 – Instalação de Marcos Superficiais
Os deslocamentos são medidos de forma bastante simples, através de levantamentos
topográficos periódicos, em relação a marcos fixos (marcos de referência) instalados em
locais ou pontos indeformáveis fora da região de influência da barragem. As leituras
obtidas por esses instrumentos são consideradas satisfatórias e o seu custo é
relativamente baixo para um número não muito elevado de marcos. Para uma seleção
maior de marcos superficiais, as campanhas de monitoramento topográfico podem
implicar custos muito elevados, que podem inviabilizar a sua utilização.
17
2.2.2.2. – Placas de Recalque com Tubos Telescópicos
Constituem os medidores de recalques mais utilizados em barragens brasileiras, sendo
instalados durante a construção da barragem tanto nas fundações como ao longo do
aterro compactado. No modelo convencional, as placas são solidarizadas a hastes ou
tubos rígidos concêntricos (Figura 2.3), cujos deslocamentos são as referências para as
medidas dos recalques.
Figura 2.3 – Medidor de Recalques de Tubos Telescópicos
Para instrumentos instalados na fundação, a placa é colocada sobre a superfície do
terreno e é soldada a um tubo de aço que envolve verticalmente outro tubo de diâmetro
inferior, cravado ou chumbado em rocha ou em camada resistente em profundidade. Os
recalques da fundação são determinados diretamente pela distância vertical entre os
topos destes tubos, que podem ser sucessivamente emendados, de acordo com o avanço
da obra. Problemas específicos referem-se ao elevado potencial de danos passíveis de
ocorrer a estes tubos durante as fases de terraplenagem.
18
Analogamente, estes medidores de placas acopladas a tubos telescópicos, envolvendo
verticalmente um tubo de referência, podem ser utilizados para a medição de
deslocamentos verticais em pontos específicos dos maciços compactados de barragens
de terra. Nestas condições, as limitações óbvias são representadas pela necessidade de
aumento crescente dos diâmetros dos tubos coaxiais com o número de medições. Na
prática, estes medidores (também conhecidos como tipo IPT) podem incorporar até 4
placas, uma na fundação e outras três em cotas distintas do aterro da barragem (Cruz,
1996).
De forma a minimizar os efeitos dos esforços axiais de compressão nos tubos externos,
utiliza-se comumente cobrir os tubos com graxa e fita de material plástico, colocando-se
também anéis de material de elevada deformabilidade nas zonas das luvas de emendas
dos vários segmentos dos tubos.
2.2.2.3. – Medidores de Recalque Tipo KM
Os medidores de recalque tipo KM (desenvolvidos pioneiramente por técnicos da
CESP) constituem uma variante do processo anterior, em que os tubos telescópicos são
substituídos por um sistema de hastes conjugadas. A instalação tem início pelo chumba-
mento, na rocha sã, de um tubo galvanizado de 25,0 mm, tomado como referência. À
medida que o aterro é executado, são instaladas chapas de aço solidarizadas a hastes de
10 mm de diâmetro, conectada em segmentos contínuos, com o avanço da construção
do aterro. Cada uma dessas hastes é mantida na vertical, em torno do tubo de referência,
através da utilização de discos perfurados que funcionam como espaçadores.
As leituras dos deslocamentos são realizadas através de um paquímetro adaptado, cujo
corpo se encaixa adequadamente no tubo de referência e cujo bico móvel é apoiado na
extremidade superior da cada haste. O número de estações de leituras pode ser
sensivelmente maior que no caso anterior, podendo chegar a até 12 ao longo de uma
dada vertical. No caso, porém, de um número maior de placas, aumentam os efeitos de
interação em função do atrito lateral e das tensões de compressão no tubo externo.
19
2.2.2.4. – Medidores de Recalque Magnéticos
Neste tipo de medidores de recalques, anéis magnéticos (“aranhas magnéticas”) são
instalados em profundidade e ao longo de um tubo vertical de PVC rígido, dotado de
emendas telescópicas dispostas de 1,5 m em 1,5 m e protegido externamente por um
tubo corrugado (Figura 2.4).
Figura 2.4 – Medidores Magnéticos de Recalques
As leituras são obtidas por um conjunto torpedo (sonda eletromagnética), trena e alarme
em superfície. A sonda, com a trena afixada à mesma, é descida através do tubo interno
até a posição de um anel magnético. Nesse instante, o campo magnético local aciona um
contato no interior da sonda, fazendo soar o alarme em superfície.
Os recalques são obtidos pela diferença entre as medidas obtidas pela trena e pela
distância fixa entre o topo do tubo e a posição de um anel magnético de referência,
instalado em profundidade e em zona do terreno não passível de deslocamentos (Figura
2.4). O número de pontos de medida é praticamente ilimitado e o controle dos
recalques, portanto, não exige campanhas periódicas de nivelamento topográfico.
20
2.2.2.5. – Medidores de Recalque Tipo USBR
Como alternativa ao processo anterior, os medidores de recalques desenvolvidos pelo
United States Bureau of Reclamation (USBR,1987) utilizam também um sistema de
torpedo e trena para efetuar medidas de deslocamentos em relação a posições pré-
determinadas ao longo de um tubo-guia. Neste caso, porém, os elementos de referência
são constituídos por um sistema mecânico de cunhas móveis que se fixam às juntas
telescópicas do tubo - guia. As leituras são feitas de cima para baixo sendo que, na base
do tubo de acesso, é instalada uma conexão especial que, ao final das medições, permite
a retração das cunhas e a livre retirada do torpedo ao longo do tubo.
2.2.2.6. – Medidores de Recalques Tipo Caixa Sueca
Este instrumento é utilizado para determinar recalques em pontos pré-determinados no
interior do maciço, tanto no núcleo da barragem como nos espaldares de enrocamento
de jusante. O seu princípio de funcionamento é o dos vasos comunicantes, mas, mesmo
tendo um funcionamento bastante simples, cuidados especiais devem ser tomados na
sua locação e instalação em campo.
A caixa sueca (Figura 2.5) é constituída por uma célula metálica ou de PVC dotada de
quatro tubos e inserida em uma caixa de concreto armado.
Figura 2.5 – Esquema Geral da Caixa Sueca
21
Os tubos instalados no topo e na base da célula funcionam como duto de aeração e
ladrão, respectivamente, enquanto os outros dois tubos, internos à célula, são
conectados ao painel de leituras localizado no talude de jusante da barragem. Estes
tubos são saturados com água deaerada de forma a estabelecer no seu interior uma
pressão atmosférica. As medições de recalques são obtidas através da diferença nas
leituras dos níveis d’água no interior de cada um dos tubos internos, medidos por meio
de uma régua graduada afixada junto às extremidades finais destes tubos no painel de
leitura, em relação a uma referência situada no terminal de leitura (cabine). Ambos os
tubos encontram-se em elevações diferentes e a partir das medidas calcula-se, de forma
independente, as cotas da célula, permitindo, assim, a aferição do funcionamento da
célula ao longo do tempo. Periodicamente deve-se aferir o referencial topográfico da
cabine para se detectar eventual recalque.
A confiabilidade dos intrumentos está diretamente associada à garantia da integridade
do conjunto. Atualmente, são muito utilizados tubos de polietileno como conexões com
proteção especial de resina epóxi nas emendas (Gonçalves et al. 1996) e devidamente
inseridos em tubos rígidos de proteção, com declividades superiores a 5% da célula até
a cabine de leitura, tal procedimento evita a formação de bolhas no interior dos tubos
internos. Problemas específicos destes medidores referem-se à formação de bolhas ou
acúmulo de lodo no interior dos tubos de conexão.
2.2.2.7. – Medidores Pneumáticos Tipo Hall
O medidor de recalques tipo Hall utiliza um processo pneumático (expresso em termos
da injeção de um gás, geralmente nitrogênio) que consiste basicamente em um
transdutor de pressão de aço colocado dentro de um tubo de PVC especial, dotado de
diafragma interno. O transdutor é conectado por meio de dois tubos flexíveis a um
medidor externo de pressões (painel com buretas) localizado na casa de leituras. Um dos
tubos é preenchido com água e exerce uma pressão correspondente a esta coluna de
água sobre uma das faces do diafragma. Pelo outro tubo, injeta-se o gás sob pressão.
Quando ocorre o equilíbrio das pressões, o gás passa pelo diafragma e retorna por um
outro tubo ligado a um painel portátil de leitura, que acusa o valor da pressão injetada.
22
Assim, conhecendo-se a pressão de gás aplicada e o peso específico da água, determina-
se a altura da coluna d’água que, neste caso, representa a diferença entre a cota do
instrumento e a cota do painel de leituras. As leituras obtidas devem ser corrigidas com
base nos valores dos recalques da própria casa de leituras, obtidos por meio de
nivelamento topográfico.
2.2.2.8. – Perfilômetro de Recalques
São medidores que permitem a determinação de perfis de recalques ao longo de um tubo
horizontal ou sub-horizontal de PVC, utilizando o princípio dos vasos comunicantes
(Figura 2.6). No caso geral, o tubo de acesso, totalmente preenchido com água, é
conectado por uma de suas extremidades ao painel de leitura externa (referenciado a um
RN absoluto ou relativo) e, pela outra, a uma câmara de compensação (reservatório de
água dotado de um transdutor de pressão). As pressões de água são convertidas em
alturas de ascenção de água em uma bureta graduada acoplada à extremidade externa do
medidor (unidade de leitura) que são, então, diretamente correlacionadas com a
magnitude dos recalques. Estes medidores permitem a obtenção de recalques em
diferentes seções do tubo (perfis de recalques) e são especialmente indicados no caso de
recalques excessivos (barragens sobre fundações muito compressíveis, por exemplo).
Este equipamento admite, entretanto, variantes diversas deste princípio geral de
medição.
Figura 2.6 – (a) Perfilômetro de Recalques e (b) Torpedo de Medição
23
Uma destas variantes consiste na inserção no tubo de acesso de um torpedo preenchido
com água e contendo uma bolsa interna de borracha, que é conectada a um sistema de
aplicação de pressões de ar (Figura 2.6b). Quando se aumenta a pressão de ar na bolsa
de borracha e esta se iguala à pressão de água no interior do torpedo, a bolsa de
borracha infla, produzindo o deslocamento da água. Estes deslocamentos são detectados
através das alturas de ascensão do nível de água na bureta graduada presente no painel
externo de leituras e são, no contexto do princípio geral destes instrumentos,
correlacionados diretamente com a magnitude dos recalques (Palmeira e Ortigão, 1981).
2.2.2.9. – Inclinômetros de Recalques
Os inclinômetros são instrumentos destinados a determinação dos perfis de recalques e
dos deslocamentos horizontais, mediante a movimentação de um torpedo, pescado e / ou
aranha ao longo do tubo-guia. Este instrumento pode ter a sua tubulação guia instalada
na horizontal, num plano inclinado e na vertical (Figura 2.7), sendo diferenciado apenas
a forma como é realizada a medição da grandeza de interesse.
Figura 2.7 – Inclinômetro: (a) Horizontal, (b) Inclinado e (c) Vertical
O tubo-guia é formado por segmentos de 1,5 m de tubo ranhurado de alumínio, aço ou
PVC, emendados entre si com luvas telescópicas, contendo 4 rebites por seção,
diametralmente opostos, que impedem inicialmente a movimentação entre os
segmentos. Após algum tempo os rebites são rompidos, devido à solicitação do aterro
no tubo-guia, permitindo o movimento de um segmento de tubo em relação ao outro.
24
Ainda, com o intuito de preencher o espaço entre o segmento e a luva telescópica, são
utilizados solo, cimento e bentonito (traço 8:1:1), com o intuito de impedir a entrada de
solo no interior do tubo-guia, durante o processo de compactação do aterro.
Normalmente esse instrumento começa a ser instalado logo no início da construção do
aterro, através da fixação do primeiro tubo-guia em rocha ou em um ponto
considerado indeslocável. Outra forma é a instalação do tubo-guia ao final da
construção do aterro, onde todos os tubos são instalados em um furo de sondagem
estando fixados em um ponto considerado indeslocável.
Inclinômetro de Recalque – Tubo-Guia Instalado na Horizontal
O torpedo é o instrumento utilizado para determinar o recalque, quando a tubulação está
instalada na horizontal (Figura 2.8) ou em um plano inclinado. Trata-se de uma peça
cilíndrica de aço ou alumínio, que aloja em seu interior sensores de inclinação, e dois
pares de rodas externas, sendo conectado a uma unidade de leitura exterior.
Figura 2.8 – Princípio Geral de Funcionamento – Inclinômetro Instalado na Horizontal
No processo de monitoramento, o torpedo é guiado ao longo de duas das ranhuras do
tubo por meio de rodas fixas, que giram sobre rolamentos de esferas, selados e
preenchidos com óleo. Duas outras rodas, opostas às anteriores, são forçadas, por meio
de molas, contra as ranhuras diametralmente opostas das faces internas do tubo-guia.
25
Em cada ponto de medição, os recalques são estimados com base na integração dos
deslocamentos calculados a partir das leituras das deflexões dadas pelos acelerômetros,
em relação à horizontal e a um ponto fixo. Os ângulos são obtidos pela média de duas
leituras em cada ponto, efetuadas com as rodas fixas do torpedo posicionadas, de cada
vez, em ranhuras opostas do tubo de acesso CEMIG (1982).
O deslocamento vertical (δ
i
) em um dado ponto do tubo é calculado pela expressão:
i
i
senL θ=δ (2.3)
sendo L o segmento de leitura (a chamada bitola do instrumento, ou seja, a distância
padronizada entre as rodas-guias do torpedo) e θ é o valor do ângulo de inclinação
correspondente, dado pelo acelerômetro. O deslocamento vertical total (δ
T
i
) na seção
genérica i será dado, então, pela seguinte relação:
θ=δ
i
T
i
senL (2.4a)
No caso de baixos valores de θ
i
(senθ
i
θ
i
), a relação anterior pode ser reescrita como:
θ=δ
i
T
i
L (2.4b)
Inclinômetro de Recalque Tubo-Guia Instalado na Vertical e / ou num
Plano Inclinado
O pescador é utilizado para medir o recalque em cada segmento do tubo-guia quando
quando instalado totalmente na vertical . a aranha, apresenta a mesma função do
pescador, mas é utilizada apenas quando o tubo-guia for instalado num plano inclinado.
Assim, as medidas de recalque são realizadas mecanicamente introduzindo a aranha e o
pescador no tubo-guia, estando estes preso na ponta de uma trena .
Para a situação do tubo-guia instalado totalmente na vertical (Figura 2.9), o pescador, na
posição de leitura, fica preso na base inferior de cada segmento do tubo, e a trena é lida
na boca do tubo. O recalque é a variação da cota de cada segmento do tubo-guia.
26
Figura 2.9 – Inclinômetro de Recalque – Pescador – Posição de Leitura
Para a situação do tubo-guia instalado num plano inclinado, o recalque corresponde a
associação entre as leituras obtidas pela aranha e pelas leituras de inclinação fornecidas
pelo torpedo LEME ENGENHARIA (1981).
2.2.2.10. – Eletroníveis
Os eletroníveis são essencialmente similares aos inclinômetros horizontais, mas
baseados em um sistema resistivo de medição, usando um torpedo dotado de sensores
eletrolíticos em vez de acelerômetros. Os sensores eletrolíticos são instrumentos
elétricos utilizados para obter a inclinação através da variação da resistência entre dois
trechos (Figura 2.10).
Figura 2.10 – Sensores Eletrolíticos
27
Todos os procedimentos de medição e estimativa dos recalques são similares à
metodologia utilizada para os resultados obtidos com inclinômetros. Estes medidores
têm sido utilizados com muito sucesso em programas de instrumentação de
deslocamentos da face de concreto em barragens de enrocamento (Cavalcanti et al.
1994; Freitas Jr. et al., 1999).
Medidores de Deslocamentos Horizontais
Os medidores de deslocamentos horizontais comumente utilizados em barragens de
terra e enrocamento, além dos próprios marcos superficiais (item 2.2.2.1), constituem
basicamente variações limitadas de instrumentos convencionalmente adotados para a
medição de recalques.
2.2.2.11. – Extensômetros de Hastes
O princípio de funcionamento dos extensômetros de hastes é análogo para a medição
tanto de deslocamentos horizontais como verticais. No caso de deslocamentos horizon-
tais, placas de aço quadradas são dispostas horizontalmente no terreno e conectadas a
hastes de 6 mm de diâmetro, capazes de se movimentar livremente no interior de tubos
de proteção, também dispostos horizontalmente ao longo do terreno.
As medidas de deslocamentos horizontais entre placas contíguas (deformações
específicas) são feitas a partir da movimentação relativa das extremidades externas das
hastes de conexão, por meio de nivelamentos topográficos convencionais, utilizando-se
bases fixas de concreto como referências de nível. Alternativamente, blocos de
concreto, instalados junto às interfaces aterro/fundação da barragem e conectados por
meio de hastes às bases de referência, podem atuar também como elementos de medida
das deformações específicas (Werneck, 1975; Mercolin et al., 2005).
Variantes deste processo são empregados comumente para a medição de deslocamentos
horizontais em maciços rochosos. Embora de baixo custo e operação simples, estes
instrumentos têm propiciado excelentes resultados em obras geotécnicas.
28
2.2.2.12. – Medidores Magnéticos
Trata-se também de um medidor com princípios de funcionamento essencialmente
semelhantes ao seu equivalente para a medida de deslocamentos verticais, utilizando,
entretanto, placas quadradas com ímãs em vez das aranhas magnéticas usadas nos
medidores magnéticos de recalques. As placas são afixadas por meio de flanges ao
longo do tubo de acesso, normalmente segmentado e de PVC rígido.
Os procedimentos de leitura são bastante semelhantes ao processo utilizado com os
medidores de recalques. Um sensor magnético é deslocado através do tubo de acesso,
por meio de uma corda fina de nylon ou por uma coluna de hastes. As leituras são
obtidas por um conjunto torpedo (sonda eletromagnética), trena e alarme em superfície.
Os deslocamentos das placas internas ao maciço são estabelecidos em função da posição
de uma placa magnética de referência, instalada numa zona do terreno externa às
solicitações e não passível de deslocamentos.
2.2.2.13. – Inclinômetros Horizontais
Estes medidores permitem a determinação de deslocamentos horizontais em
profundidade, com base nos mesmos equipamentos e princípios dos inclinômetros
relatados no item 2.2.2.9. Os tubos dos inclinômetros podem ser de alumínio, plástico
ou PVC rígido, com diâmetros entre 48 e 85 mm. A leitura de defleção é obtida
introduzindo o torpedo no tubo-guia até o fundo do furo e, após sua estabilização à
temperatura ambiente (10 a 20 minutos), o mesmo é puxado através do cabo de ligação
que passa por uma polia no topo do furo (para centralização do cabo do torpedo) e por
uma catraca (que permite a fixação do cabo e impede a queda da sonda).
Analogamente, em cada ponto de medição, os deslocamentos horizontais são estimados
com base na integração dos deslocamentos relativos a um ponto fixo em profundidade.
As inclinações com a vertical são obtidas pelos indicadores de inclinação, efetuadas
com as rodas fixas do torpedo posicionadas, de cada vez, em ranhuras opostas do tubo
de acesso (Figura 2.11).
29
Figura 2.11 – Princípio Geral de Funcionamento – Inclinômetro Instalado na Vertical
O tubo-guia dos inclinômetros utilizados em barragens é instalado de maneira que as
direções das medidas dos deslocamentos horizontais coincidam com as direções paralela
e perpendicular ao eixo da barragem. Assim, a partir da composição de movimentos,
pode-se determinar a direção geral dos deslocamentos resultantes em cada ponto de
medição.
Estes dados, analisados em conjunto com as premissas de projetos e as características
geológico-geotécnicas das fundações, permitem análises das evoluções dos
deslocamentos e mesmo análises expeditas da estabilidade da barragem. Outro cuidado
essencial é garantir o perfeito alinhamento das ranhuras durante a instalação do tubo, de
forma a garantir o pleno funcionamento do inclinômetro durante toda a vida útil da
barragem.
Inclinômetros podem também utilizar diversos acelerômetros, com espaçamentos
variáveis (usualmente de 1,0 a 4,0 m), instalados ao longo do tubo. Estes inclinômetros
são chamados de fixos em contraposição aos inclinômetros convencionais, que utilizam
os mesmos acelerômetros para medir os deslocamentos ao longo de todo o tubo.
30
Eletroníveis podem também ser usados para a medição de ângulos de inclinação do
torpedo com a vertical. A utilização conjugada de torpedos fixos com eletroníveis, em
várias profundidades, permite o monitoramento remoto dos deslocamentos horizontais
ao longo de uma dada vertical, sem a necessidade de medições in situ. Esta alternativa é
particularmente interessante em situações de risco ou em locais de difícil acesso.
2.2.3. – Princípios e Instrumentos para a Medição de Tensões
Em projetos de barragens, medidas de tensões totais são comumente feitas em encontros
e/ou interfaces do maciço compactado com estruturas de concreto, galerias ou condutos
enterrados. Também em zonas de interface entre diferentes materiais, entre materiais do
aterro e materiais da fundação ou entre materiais do aterro e as ombreiras, estas medidas
são particularmente interessantes, pois visam quantificar os efeitos de interação entre
eles na distribuição global dos esforços atuantes. Estes efeitos podem gerar zonas de
tração, zonas de plastificação e/ou causar fissuramentos do maciço compactado.
Medidas de tensões em pontos específicos de maciços compactados têm interesse
apenas para finalidades de pesquisa.
Os instrumentos utilizados para a medição destas grandezas em barragens de terra e
enrocamento são as chamadas células de tensões totais. Estes medidores consistem
basicamente em uma almofada de aço inoxidável, circular ou retangular, contendo
sensores internos dotados de extensômetros elétricos, de corda vibrante ou pneumáticos.
(Palmeira, 1996). Os tipos de células de tensões mais comumente utilizadas em solos
estão indicadas na Figura 2.12: pistão (Figura 2.12a), em que as tensões são calculadas
com base em correlações com os esforços de compressão medidos ao longo de um eixo
central dotados de extensômetros elétricos ou de dispositivos de corda vibrante; com
diafragmas dotados de extensômetros elétricos ou inseridos em fluido (óleo) confinante
(Figuras 2.12b,c) e pneumáticas (Figura 2.12d). Neste último caso, a almofada é
totalmente preenchida com óleo deaerado e acoplada a um transdutor pneumático de
pressão que permite medir a pressão do óleo no interior da célula, que é igual à tensão
total induzida pelo solo sobrejacente.
31
Figura 2.12 – Tipos Mais Comuns de Células de Tensões Utilizadas em Solos
As células de tensões totais distinguem-se das células de carga, destinadas
especificamente à medição de esforços concentrados de tração ou compressão que,
embora também de ampla utilização na engenharia geotécnica, têm aplicabilidade muito
restrita em projetos de auscultação geotécnica de barragens de terra e enrocamento.
Em “pontos” ou zonas estratégicas da barragem, a caracterização completa dos estados
de tensões atuantes implica a instalação de, no mínimo, quatro destas células: duas
verticais (dispostas nas direções paralela e normal ao eixo longitudinal do maciço), uma
horizontal e uma inclinada de 45° em relação à horizontal. Em geral, as medições de
tensões totais estão associadas a medidas de poropressões, de forma a se avaliar a
distribuição das tensões efetivas atuantes nas estruturas e os correspondentes gradientes
de pressões.
A instalação destas células requer cuidados especiais de forma a garantir a continuidade
das características do solo adjacente às células em relação ao maciço compactado e a
prevenção de eventuais deslocamentos das mesmas após sua instalação. Com efeito,
deslocamentos excessivos das células implicarão alterações significativas das direções
32
das tensões medidas conduzindo, conseqüentemente, a erros substanciais nas medidas
dos estados de tensões.
Um outro aspecto de extrema relevância na representatividade dos resultados refere-se à
compatibilidade das rigidezes entre o solo e o material das células, uma vez que, em
função destas diferenças, as células podem atuar como elementos singulares de
concentração ou de arqueamento das tensões no interior da massa de solo (Figura 2.13).
Figura 2.13 - Distribuição Irregular de Tensões sobre Células de Medição
Em relação à forma da célula (relação entre sua espessura T e seu diâmetro D, quanto
mais espessa for a almofada, maiores serão os efeitos de alteração sobre o estado de
tensões no solo adjacente, sendo recomendada uma relação T/D < 0,2 (Weiler e
Kulhawy, 1982) ou T/D < 0, 1 (Dunnicliff e Green, 1988). Estes autores apresentam
ainda uma série de outros procedimentos a serem adotados quando da instalação destas
células, de forma a minimizar as influências das alterações propiciadas pelos próprios
medidores nos estados de tensões in situ (por exemplo, devido a aspectos relacionados à
orientação da célula, excentricidades, efeitos de corrosão e de temperatura, etc).
33
2.2.4. – Princípios e Instrumentos para a Medição do Nível D’água
A determinação da posição exata da linha freática no interior do maciço compactado de
uma barragem constitui subsídio de grande relevância nas análises de sua estabilidade
ou na interpretação dos resultados de sua piezometria (item 2.2.5). O princípio geral
dos instrumentos para a medição do nível d’água em maciços de solo ou rocha consiste
basicamente em se acessar diretamente a água em profundidade (por meio da simples
execução de furos de trado ou sondagem, por exemplo) e medir a cota da sua superfície
por meio de um dispositivo qualquer (usualmente por cabo graduado dotado de um
sensor elétrico na extremidade inferior e um emissor sonoro ou luminoso na superfície).
Na prática de barragens, o medidor é constituído por um tubo de PVC perfurado que é
instalado no furo de sondagem, envolvido por material filtrante (geotêxtil) e drenante
(areia), neste caso visando garantir a completa integridade do furo. Uma camada selante
é utilizada para vedar o espaço anular superior entre o tubo e o furo e uma estrutura de
concreto é feita em superfície para proteção do instrumento contra atos de vandalismo
(Figura 2.14). As principais causas de perda ou comprometimento destes medidores
resultam da obstrução do tubo por objetos ou da colmatação dos sistemas filtrante e
drenante periféricos.
Figura 2.14 – Esquema do Medidor de Nível D’Água
34
Apresentam como principais vantagens a confiabilidade, simplicidade e a possibilidade
de verificação do seu desempenho através de ensaios de equalização (adição ou retirada
de água pelo tubo e leituras até próximo a estabilização). Em barragens de terra, os
medidores de N.A. são frequentemente utilizados nas zonas dos tapetes horizontais e
filtros verticais (com objetivos de avaliar a potencial colmatação ou detectar eventuais
cargas hidráulicas ao longo do sistema de drenagem interna da barragem), nas
ombreiras e nas zonas de jusante (monitoramento dos potenciais riscos de saturação,
com conseqüente redução das condições de estabilidade do talude de jusante).
2.2.5. – Princípios e Instrumentos para a Medição de Poropressões
A avaliação das condições de segurança de barragens de terra e enrocamento dependem,
em larga escala, do conhecimento da magnitude e da evolução das pressões intersticiais
que se desenvolvem nos maciços compactados e nos solos de fundação, durante as fases
contrutiva e de operação da barragem ou mesmo no caso de um rebaixamento do nível
do reservatório. É necessário também o controle e monitoramento dos registros das
poropressões nas zonas dos contatos com estruturas de concreto e ao longo do sistema
de drenagem interna da barragem, durante e após a formação do reservatório, de forma a
se avaliar criteriosamente o desempenho global das funções drenantes e filtrantes dos
materiais utilizados.
Nos maciços de terra, as pressões na água e no ar intersticiais são geradas pelas tensões
crescentes oriundas do próprio maciço em construção, pelo subseqüente adensamento
do material e pelo fluxo que se estabelece. Em geral, os solos compactados são
parcialmente saturados e as medidas das pressões dos fluidos intersticiais devem ser
feitas separadamente durante a construção da barragem, mesmo porque a água presente
nos poros pode estar submetida a pressões negativas (sucção). Para medir sucções, a
pedra porosa do piezômetro deve ser de cerâmica muito fina (ou seja, possuir elevada
pressão de borbulhamento) e saturada com água deaerada durante a instalação. Pressões
de ar impõem a instalação de pedras porosas mais grossas, de baixas pressões de
borbulhamento.
35
A condição de saturação prevalece somente após a dissolução das bolhas de ar na água a
partir de uma determinada cota do maciço. Por outro lado, esta saturação ocorre
progressivamente ao longo dos materiais situados à montante do filtro vertical ou
inclinado, à medida que se regularizam os fluxos de água através do maciço da
barragem.
Nas fundações, as pressões intersticiais são geradas tanto pelas tensões de carregamento
impostas pela construção do próprio maciço como pelos acréscimos das cargas
hidráulicas oriundas da subida do nível do reservatório. O controle e o monitoramento
destas poropressões permite a caracterização das condições reais de drenagem e a
avaliação da eficiência dos dispositivos de impermeabilização eventualmente adotados.
A abrangência e a distribuição espacial das medidas de pressões e subpressões, geradas
pela percolação da água no terreno de fundação, devem estar embasadas na escolha
estratégica de seções representativas dos condicionantes geológico-geotécnicos locais e
da variabilidade e anisotropia naturais dos solos presentes (contatos de derrames
basálticos, camadas fissuradas, interfaces maciço-fundação, etc).
Os instrumentos convencionalmente utilizados para a medida de poropressões em obras
geotécnicas são os piezômetros. Estes instrumentos podem ter diferentes naturezas e
princípios de funcionamento, compreendendo tanto a medição direta das poropressões
(expressa, por exemplo, pela altura da coluna d’ água no interior de um tubo de pequeno
diâmetro, nos chamados piezômetros de tubo aberto ou de Casagrande) como a medição
indireta através da correlação com medidas de outras grandezas (por exemplo, através
das medidas das deformações de uma membrana elástica inserida no interior de um
elemento poroso, nos chamados piezômetros de membrana).
De modo geral a escolha de um dado piezômetro é feita em função de características
como confiabilidade, simplicidade, robustez, durabilidade, sensibilidade, facilidade de
instalação, custo e possibilidade de monitoramento remoto. Em termos gerais,
entretanto, a caracterização geotécnica de um dado piezômetro é feita com base nos
seguintes parâmetros:
36
Tempo de resposta (“Time-Lag”): é o tempo (t) necessário para o piezômetro
detectar uma determinada variação na pressão ao nível da célula. Para efeitos
práticos, adota-se para a caracterização deste parâmetro o tempo (t
90%
)
correspondente a 90% da equalização da variação de pressão.
Fator de Volume (λ): é a quantidade de água (V
0
) que deve percolar pela célula
a célula de leitura para indicar uma variação unitária da pressão ao nível da
célula.
V
V
0
=λ (2.5)
Grau ou Porcentagem de Equalização (E): Es relacionada a variação de
pressão (V) indicada pelo sistema de medidas num dado tempo e a variação
real de pressão ocorrida ao nível da célula do piezômetro (V
0
) :
0
V
V
1E
= (2.6)
Tempo de retardo básico (T): é o tempo necessário para um piezômetro de tubo
aberto equalizar um acréscimo ou decréscimo de pressões, admitindo-se uma
vazão constante no início do fluxo.
O parâmetro T se correlaciona com a porcentagem de equalização através da seguinte
relação (Hvorslev, 1951):
T
t
e1E
= (2.7)
T corresponde ao tempo necessário para que haja a equalização de 63 % do acréscimo
V
0
aplicado ao nível da célula. Esta expressão permite a estimativa da porcentagem de
equalização do piezômetro após um dado tempo t (ou o valor de t para um dado E). Sua
aplicação pode ser extrapolada a outros tipos de piezômetros, considerando-os em
termos de piezômetros de tubo aberto equivalentes.
37
2.2.5.1. – Piezômetros de Tubo Aberto (Tipo Casagrande)
Estes piezômetros são constituídos por um tubo de PVC em cuja extremidade inferior é
acoplada uma célula (trecho perfurado de tubo envolvido com geotêxtil). A célula fica
inserida em um bulbo de material drenante e confinada num trecho limitado
(usualmente de 1,0 a 1,5 m) por uma camada selante (usualmente bentonita ou solo-
cimento), utilizada para vedar o espaço anular entre o tubo e o furo. Em superfície, o
instrumento deve ser devidamente protegido contra atos de vandalismo (Figura 2.15). A
pressão da água na região do bulbo é convertida diretamente em uma altura d’ água
equivalente. Os procedimentos de leitura são essencialmente similares àqueles descritos
anteriormente para os medidores de nível d’água.
Figura 2.15 – Esquema do Piezômetro de Tubo Aberto ou Casagrande
As principais vantagens deste tipo de instrumento são: elevada confiabilidade,
simplicidade, durabilidade e custos reduzidos, bem como a possibilidade de verificação
do seu desempenho. Como desvantagens principais, podem ser citadas as seguintes: alto
tempo de resposta para materiais de baixo valor de permeabilidade; interferência na
praça de construção; não é adequado para a determinação das poropressões no período
de construção; não permite a medição de pressões negativas; restrições de localização à
montante da linha d’água e maiores dificuldades de acesso aos terminais de leitura em
38
relação a outros tipos de instrumento. Em função do diâmetro do furo de sondagem,
podem ser instalados dois ou mais instrumentos em um mesmo furo, a diferentes
profundidades
Os piezômetros de tubo aberto são freqüentemente utilizados em programas de
auscultação de barragens de terra e enrocamento, sendo instalados convencionalmente
nas fundações, ombreiras e também em zonas específicas no próprio maciço da
barragem.
2.2.5.2. – Piezômetros Hidráulicos
Os piezômetros hidráulicos são constituídos por uma pedra porosa, conectada a um
painel de leitura externo por meio de dois tubos flexíveis de nylon revestidos de
polietileno, e de pequeno diâmetro (3 mm) (Figura 2.16), que são completamente
saturados com água destilada e deaerada. Por meio da pedra porosa, a água contida nos
poros do solo ou nas fraturas da fundação da barragem está em contato direto com a
água no interior da tubulação e no painel de leituras. Assim, qualquer variação de
poropressão junto à célula piezométrica será automaticamente registrada no indicador
externo de pressões (manômetros mecânicos ou de mercúrio, transdutores elétricos de
pressão, etc).
Figura 2.16 – Esquema Geral do Piezômetro Hidráulico
39
As medidas de pressões são feitas mediante a abertura dos registros que conectam cada
um dos tubos provenientes dos piezômetros ao medidor externo, aguardando-se a
completa estabilização das mesmas. Entretanto, ainda que a desaeração seja uma
premissa na fase de instalação dos instrumentos e mesmo utilizando pedras porosas
muito finas, é praticamente impossível garantir a condição de saturação do sistema ao
longo de toda a vida útil do medidor. Neste fato, reside a grande vantagem dos
piezômetros hidráulicos de tubos duplos em relação a outros tipos de piezômetros. Com
efeito, leituras diferentes de pressões em ambos os tubos constituem claro sinal da
presença de ar no sistema e a necessidade de trabalhos de desaeração in situ (Ortigão,
1975).
Como outras vantagens potenciais deste instrumento, podem ser citadas as seguintes:
simplicidade, confiabilidade, bom tempo de resposta mesmo em solos de baixa
permeabilidade, pode ser usado para ensaios de permeabilidade in situ (carga variável
ou constante), pode medir poropressões negativas e não causa interferência com as
atividades construtivas. Como desvantagem adicional, além daquelas inerentes às fases
de desaeração periódica do instrumento, apresenta a impossibilidade de medir pressões
quando o nível piezométrico (célula piezométrica) estiver muito abaixo do nível dos
medidores de pressão (este desnível deve ser, no máximo, de 6 m para finalidades
práticas, para se evitar problemas de cavitação no sistema) e serem instalados após a
construção da obra.
2.2.5.3. – Piezômetros Pneumáticos
As análises das condições de estabilidade e de segurança de uma barragem exigem que
os piezômetros nela instalados reflitam, com a máxima exatidão e rapidez possíveis, as
variações de poropressões geradas nos maciços compactados das barragens de terra ou
nos núcleos impermeáveis das barragens de enrocamento. Estes requisitos impõem a
utilização de instrumentos que exijem pouca drenagem da água intersticial para serem
plenamente ativados, característica principal dos chamados piezômetros de membrana.
Dentre estes, os piezômetros pneumáticos têm sido os mais utilizados atualmente,
basicamente por duas razões: por um lado, devido às limitações inerentes à locação das
40
cotas de instalação dos piezômetros hidráulicos e, por outro lado, aos freqüentes
problemas de danos associados à aplicação de outras células piezométricas do tipo
membrana. Para cumprir a contento estas condições, as pedras porosas dos medidores
devem ser bastante finas para permitir medidas de sucção.
Os piezômetros pneumáticos, como o próprio nome identifica, efetuam as medidas das
poropressões a partir de um processo pneumático (expresso em termos da injeção de um
gás, geralmente nitrogênio) que tem por objetivos propiciar um regime de equalização
de pressões internas na célula piezométrica e forçar a deflexão de um diafragma
associado à mesma. A célula piezométrica é conectada a um medidor externo de
pressões através de dois tubos flexíveis, designados como ‘tubo de alimentação’ e ‘tubo
de retorno’ (Figura 2.17a).
Figura 2.17 – Esquema e Detalhamento do Piezômetro Pneumático
Através do tubo de alimentação, o gás comprimido é injetado com pressão conhecida
(valor dado através de um manômetro instalado na caixa de leituras do instrumento) até
a célula piezométrica, atuando sobre uma das faces do diafragma flexível interno. No
lado oposto do diafragma, atua a pressão da água intersticial que se deseja medir,
atuando através da pedra porosa localizada na base da célula piezométrica.
41
Enquanto a pressão de gás aplicada (em estágios crescentes) for inferior à pressão da
água, o diafragma mantém-se fechado, não permitindo o fluxo de gás em direção ao
tubo de retorno (Figura 2.17b). Quando a pressão de gás torna-se maior que a pressão da
água, o diafragma se abre, permitindo o fluxo de gás pela tubulação de retorno, que é
detectado pelo operador em superfície. Neste momento, a injeção de gás é suspensa e a
pressão de injeção reduz-se gradualmente até ocorrer a equalização das pressões da água
e do gás no interior da célula piezométrica (diafragma fechado). O valor estabilizado da
pressão do gás injetado é a medida indireta da poropressão desejada.
As principais vantagens deste tipo de instrumento são: confiabilidade, simplicidade,
relativa rapidez das leituras, não interferência nas atividades construtivas, tempo de
resposta relativamente pequeno, livre localização do aparelho de medições, tecnologia
de construção não muito complexa, custo menor que o de outros piezômetros do tipo
membrana e poder ser instalados após a construção da obra. Como desvantagens
principais, citam-se os problemas decorrentes da sua inadequação ou menor
confiabilidade para medidas de pressões negativas, necessidade de recarregamento
periódico das ampolas de gás comprimido e menor sensibilidade que outros piezômetros
do tipo membrana.
2.2.5.4. – Piezômetros Elétricos
São piezômetros constituídos por um diafragma de aço inoxidável no qual são fixados
extensômetros elétricos de resistência (Figura 2.18), oferecendo os mais baixos tempos
de resposta entre os piezômetros de membrana. As deflexões do diafragma são
acompanhadas por variações imediatas da resistência dos extensômetros afixados na sua
superfície e uma conseqüente resposta diferenciada do sinal elétrico de saída (de
magnitude proporcional à poropressão medida) e captada em um medidor externo.
As potenciais vantagens deste intrumento são similares às dos demais piezômetros de
membrana, enfatizando-se o já citado menor tempo de resposta obtido. Os principais
inconvenientes estão associados aos custos elevados, impossibilidade de recuperação
42
em caso de danos e possibilidade de avarias devido a centelhamento (por sobretensões,
descargas elétricas, etc).
Figura 2.18 – Esquema do Piezômetro Elétrico
2.2.5.5. – Piezômetros de Corda Vibrante
Os piezômetros de corda vibrante são instrumentos constituídos por um corpo cilíndrico
de aço inox, alojando internamente uma pedra porosa e uma membrana de aço inox, em
cuja face é fixado um fio de aço (corda) tensionado e passando através de um eletro-imã
(Figura 2.19). A blindagem dos cabos elétricos de conexão entre a célula piezométrica e
o medidor externo constitui procedimento fundamental para garantir a integridade do
instrumento contra efeitos de sobretensões e/ou descargas elétricas.
Figura 2.19 – Esquema do Piezômetro de Corda Vibrante
43
A água intersticial passa através da pedra porosa e impõe uma determinada deformação
ao diafragma afetando, conseqüentemente, a tensão da corda que passa, então, a vibrar.
Esta vibração do fio induz na bobina magnética do eletro-imã uma oscilação elétrica de
igual freqüência que é, então, transmitida ao terminal das leituras através de cabos
elétricos blindados. Posteriormente, as medições das freqüências de oscilação da corda
vibrante são correlacionadas diretamente às poropressões atuantes sobre o diafragma.
Estes piezômetros apresentam a grande vantagem de trabalhar a volume quase constante
apresentando fatores de volume extremamente reduzidos, da ordem de alguns mm
3
por
décimo de MPa. Neste sentido, são instrumentos que oferecem respostas praticamente
instantâneas, mesmo em solos de permeabilidade muito baixa. As desvantagens destes
instrumentos estão associadas diretamente às limitações inerentes a dispositivos
elétricos muito sensíveis a interferências eletromagnéticas de quaisquer naturezas.
Para medir sucções, a pedra porosa do piezômetro deve ser de cerâmica muito fina (ou
seja, possuir elevadas pressões de borbulhamento) e saturadas com água deaerada. Para
medida de pressões de ar impõem-se a instalação de pedras porosas mais grossas, de
baixas pressões de borbulhamento. Após a saturação do solo, ambos os tipos de
piezômetros tenderão a indicar iguais valores de poropressão.
2.3. – Programas de Instrumentação das Barragens na CEMIG
O programa de ascultação das barragens da CEMIG é composto por inspeções
periódicas de campo e de uma análise detalhada do comportamento das suas estruturas
por instrumentação. Essas análises são avaliadas anualmente através da apresentação de
um relatório técnico de inspeção civil com o intuito de avaliar a segurança da barragem.
Anualmente são programados inspeções periódicas no local da barragem com o objetivo
de detectar deteriorações e / ou anomalias (fissuras superficiais, erosões, abatimentos
localizados, etc) que possam, porventura, comprometer a segurança da barragem. Estas
inspeções mostram de forma qualitativa os potenciais problemas que podem ocorrer na
barragem. Esses indícios podem ser prontamente detectados nas inspeções de campo e
nem sempre são passíveis de caracterização por instrumentos.
44
O processo de auscultação por instrumentação de uma barragem tem início com a coleta
manual de dados realizada por equipes técnicas de campo da CEMIG. Essa coleta segue
uma seqüência pré-estabelecida através do preenchimento de um formulário
padronizado. Estes formulários contemplam campos para dados de identificação da
usina e dos instrumentos, número de página e código emitido pelo sistema, valores
medidos, datas das leituras, horário da leitura para alguns instrumentos, observação
quanto ao tipo de leitura feita, identificação do leiturista e data do preenchimento do
formulário.
Após preenchimento, esses formulários são encaminhados para o GE/SM para serem
introduzidos no banco de dados do programa MONITOR. Essa operação é realizada em
ambiente de rede, de forma on-line, sendo possível verificar quaisquer tipos de alteração
de forma rápida e objetiva, facilitando a aquisição, processamento e análise dos dados.
Basicamente, o programa MONITOR consiste de um sistema que trata os dados através
de recursos de processamento automático, facilitando o gerenciamento e análise dos
dados da instrumentação. Este programa desempenha, entre outras funções, a geração de
gráficos dos dados dos instrumentos, em especial das séries históricas. A
Figura 2.20
mostra a tela de entrada no programa MONITOR.
Figura 2.20 – Tela de Entrada no Programa MONITOR
45
A partir dessa tela inicial, é possível selecionar uma dada barragem específica e assim
visualizar as estruturas que constituem a barragem, bem como o conjunto de
instrumentos nela instalados.
Para a visualização dos gráficos, deve ser selecionado um dado tipo de instrumento por
vez e até 15 instrumentos simultaneamente. A visualização do gráfico é obtida após a
seleção das grandezas desejadas, formato do gráfico, escalas e legendas. A Figura 2.21
mostra a saída gráfica dos dados da instrumentação de alguns piezômetros instalados na
UHE Piau. Nesta figura são mostradas as elevações piezométricas de 9 piezômetros de
Casagrande em função do tempo (série histórica) e do NA do reservatório.
Figura 2.21 – Exemplo da Saída Gráfica do Programa MONITOR
(Leituras de Piezômetros da UHE Piau)
Este sistema é de fácil utilização e de grande utilidade no processamento dos dados. Ele
permite o gerenciamento rápido e fácil do banco de dados. Com o intuito de melhorar o
gerenciamento das informações sobre as barragens da CEMIG, atualmente está sendo
implantado um novo programa denominado Sistema Inteligente de Controle e
Segurança de Barragens - INSPETOR. Este programa irá compilar as informações de
14 módulos em um único programa geral (Balbi et al., 2005): MONITOR,
46
DETECTOR, PHOTOR, GESTOR, EXECUTOR, RELATOR, CADASTOR,
PRETOR, PINTOR, GEDOC, GEOCEMIG, EDITOR e TUTOR.
A CEMIG, atualmente, possui um total de 46 hidrelétricas, sendo 15 de grande a médio
porte e 31 de pequeno porte. Muitas dessas barragens de pequeno porte são de
perenização. O monitoramento pelo programa MONITOR é realizado em 24
hidrelétricas. As principais usinas hidrelétricas da CEMIG encontram-se localizadas
conforme indicado na Figura 2.23, onde a UHE de São Simão se encontra na região do
triângulo mineiro, fronteira com o estado de Goiás.
Figura 2.23 – Localização de Algumas Hidrelétricas Pertencentes a CEMIG
Alguns dos instrumentos instalados em uma dada barragem, por acidentes, problemas
de fabricação ou instalação ou por recomendações de especialistas, são desativados após
alguns anos de uso. A CEMIG possui um controle destes dados, mostrando a quantidade
de instrumentos instalados e em operação para cada tipo de medidor, quantidade de
terminais de leituras, quantitativos anuais de leitura, etc. Na Tabela 2.2, indica-se a
situação geral da instrumentação instalada nos principais empreendimentos hidrelétricos
da CEMIG até 2003. Estes dados incluem a quantidade global dos instrumentos
geotécnicos instalados, número de instrumentos em operação, número de terminais de
leituras ativos e quantitativos anuais das leituras realizadas para cada barragem.
47
Tabela 2.2 – Situação Geral da Instrumentação Instalada nas Principais Hidrelétricas
Pertencentes a CEMIG até 2003
Nome da usina
Sigla
Quantidade
Instalada
Quantidade em
Operação
Terminais
de Leituras
Total Anual de
Leituras
Cajuru CJ 2 2 2 389
Camargos CA 15 15 15 1383
Emborcação EM 478 397 498 8490
Gafanhoto GF 2 2 2 389
Guilman Amorim
GU 16 16 16 725
Igarapava IG 72 72 72 2050
Jaguara JG 69 69 74 2911
Machado Mineiro
MM 27 27 27 1226
Martins MT 2 2 2 389
Miranda MR 154 118 315 6343
Nova Ponte NP 291 253 449 10479
Peti PE 12 12 15 1370
Piau PI 33 33 33 1133
Rio de Pedras RP 22 22 22 743
São Simão SS 816 625 1279 16331
Três Marias TM 146 106 106 1744
Volta Grande VG 384 224 224 3523
Xicão XI 2 2 2 389
Total 2543 1997 3153 60007
Capítulo 3
Instrumentação Geotécnica das Barragens da UHE São Simão
3.1. – Introdução
A UHE São Simão (Figura 3.1) é a maior hidrelétrica da CEMIG e constitui parte
integrante do sistema de aproveitamento hidrelétrico do Rio Paranaíba, fronteira entre
os estados de Minas Gerais e Goiás. Está localizada entre as coordenadas 19º 01’ 05’’ S
e 50º 29’ 57’’ W (Figura 3.2 e Figura 3.3) do trecho inferior do rio Paranaíba. As
empresas IESA/IECO (consórcio CIE) elaboraram os projetos básico e executivo da
barragem e a construção da mesma foi realizada pelo consórcio Impregilo/C.R.Almeida,
em quatro etapas distintas, no período entre junho de 1973 a junho de 1977.
Figura 3.1 – Vista Geral da UHE São Simão
O enchimento do reservatório foi realizado entre agosto de 1977 a dezembro de 1978,
com uma velocidade de enchimento do reservatório que variou entre 1,5 m/dia no
primeiro mês até 0,3 m/dia na parte final do processo. O reservatório apresenta uma área
de inundação de 722,25 km
2
, para um NA máximo normal de 401,0 m, com volume
total e útil de, respectivamente, 12,5 e 8,79 bilhões de m
3
de água (Viotti et al., 1983).
49
Figura 3.2 – Posição Geográfica da UHE São Simão
Figura 3.3 – Localização da UHE São Simão
50
A bacia hidrográfica referente a UHE São Simão é formada por uma área de
171.000,0 km
2
e corresponde a 72 % de toda a área da bacia do Paranaíba. Os principais
corpos d’água da bacia são constituídos pelo Rio Paranaíba e os seus tributários, Rios
Alegre, Rio Preto, São Francisco, da Prata, Tijuco e Verde, além do Ribeirão São
Jerônimo.
3.2. – Geologia Regional
A UHE São Simão encontra-se localizada na porção NE da Bacia do Paraná. Esta bacia
abrange, em território brasileiro, uma área superior a 1.000.000,0 km
2
, caracterizada
como uma bacia sedimentar subsidente, desde o período Paleozóico até o final do
Mesozóico. A tectônica regional condicionou diversos ambientes de sedimentação,
compreendendo depósitos marinhos, estuarinos, lacustres, glaciais, desérticos e fluviais,
recobertos, em grande parte, por um espesso pacote vulcânico representado pelas rochas
basálticas da formação Serra Geral. A cobertura sedimentar detrítica, correspondente
aos materiais inconsolidados do Grupo Bauru, encontra-se presente em toda a extensão
da bacia, ao norte do paralelo 24°.
Do ponto de vista das grandes obras de engenharia, as litologias mais relevantes são os
basaltos juro-cretáceos da Formação Serra Geral e os arenitos do Grupo Bauru, do
Cretáceo Médio a Superior (Figura 3.4), além dos depósitos coluvionares e aluvionares
cenozóicos (Bartorelli, 1983).
As rochas basálticas constituem o substrato das seqüências sedimentares mais recentes,
consistindo de sucessivos derrames sub-horizontais de lava, com espessuras individuais
variando desde menos de 10,0 m até dezenas de metros, conformando pacotes de até
1600,0 m de espessura total, na parte central da bacia. Nestas litologias, estão
localizadas geralmente as fundações das grandes barragens construídas na Bacia do
Paraná. De uma maneira geral, os basaltos constituem fundações de boa qualidade, uma
vez que as descontinuidades são quase sempre horizontais. Problemas específicos são
resolvidos, na maioria das vezes, simplesmente pelo rebaixamento das cotas de
escavação das fundações.
51
Figura 3.4 – Mapa Geológico Regional da UHE São Simão
SÃO SIMÃO
CACHOEIRA DOURADA
ITUMBIARA
EMBORCAÇÃO
ÁGUA VERMELHA
PORTO COLÔMBIA
VOLTA GRANDE
JAGUARA
ESTREITO
FURNAS
MARIMBONDO
PROMISSÃO
JUPIÁ
NOVA AVANHANDAVA
PEIXOTO
TRÊS IRMÃOS
CANAL PEREIRA BARRETO
52
Os basaltos apresentam fortes diaclasamentos na base e intercalações de brechas
sedimentares e/ou basálticas. No topo, tendem a apresentar inúmeras vesículas e/ou
amígdalas, preenchidas por diversos minerais como quartzo, calcitas e argilo-minerais.
As zonas de brechas podem atingir espessuras superiores a 10,0 m. Devido ao tamanho
dos blocos obtidos, estes materiais são freqüentemente utilizados em estruturas de
enrocamento das barragens. A presença de argilas expansivas na constituição das rochas
basálticas tem limitado sua utilização como material de enrocamento e como agregado.
Os arenitos do grupo Bauru, por sua vez, chegam a atingir espessuras de até 300,0 m,
abrangendo as formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina e Marília, que se
sobrepõem numa seqüência cronológica pouco diferenciada. Trata-se de uma unidade
composta por arenitos finos e médios, com intercalações de níveis de argilitos e siltitos,
conglomerados e rochas calcáreas, constituindo as litologias de apoio de ombreiras de
vários grandes barramentos da Bacia do Paraná. O elevado conteúdo de argilas
montmoriloníticas presentes, especialmente nos arenitos da Formação Caiuá, conferem
a estes materiais uma elevada desagregabilidade, inviabilizando geralmente o seu
emprego como materiais de enrocamento. Em algumas situações, têm constituído os
próprios materiais de fundação de barragens, embora, evidentemente, apresentem
resistências bastante inferiores às das rochas basálticas.
Os depósitos cenozóicos são compostos pelas coberturas coluviais e aluviais mais
antigas e pelos depósitos de terraço e planícies mais recentes. Os depósitos coluviais são
representados principalmente por argilas siltosas e arenosas, muitas vezes com níveis de
cascalho na base, sendo muito utilizados como materiais de empréstimo devido ao seu
excelente comportamento geotécnico em maciços compactados. Os sedimentos mais
recentes compõem-se principalmente de siltes, areias e cascalhos, largamente utilizados
como agregados de concreto e como materiais de filtros e transições.
Os cascalhos basais têm sido, às vezes, utilizados como agregados de concreto.
Entretanto, devido ao elevado teor de sílica contido nos seixos de grande parte destes
cascalhos, esta aplicação tem sido inviabilizada em função dos sérios problemas de
reatividade com o cimento.
53
3.3. – Geologia Local
Através de um programa de investigação de campo, foram determinadas as principais
condicionantes geológico-geotécnicas e caracterizadas as diferentes litologias presentes
no local da barragem. Esse programa de investigação consistiu basicamente de
sondagens convencionais e integrais, mapeamento geológico através das galerias de
inspeção e das superfícies de escavação (CEMIG, 1976).
Os solos de capeamento são formados por depósitos cenozóicos compostos por
cascalhos de terraço e solos transportados. Os cascalhos de terraço formam camadas de
até 17,0 m de espessura, em terraços elevados nas margens dos rios, acima da cota
400,0 m. Solos transportados ocorrem sobrejacentes ao cascalho ou contato direto com
o basalto, nas partes mais elevadas da ombreira direita e com espessuras de até 7,0 m.
Depósitos mais recentes (quaternários) ocorrem nas elevações mais baixas, até a cota
340,0 m, correspondentes à planície de inundação do rio. Nesta área ocorrem camadas
de uma mistura de areia fina argilosa e silte aluvionar, de até 5,0 m de espessura, e um
depósito de areia fina a média misturada com cascalho no leito do rio, com até 20,0 m
de espessura (IESA, 1980a).
As rochas basálticas na área do projeto compreendem sete derrames e seus respectivos
interderrames, apresentando uma espessura total de 200,0 m, entre as cotas 220,0 e
420,0 m. A Tabela 3.1 sistematiza a estratigrafia destas seqüências, mostrando as
características geométricas e as elevações aproximadas de ocorrência dos vários
derrames e inter- derrames.
Constata-se que o derrame 1 é o mais espesso e o segundo mais antigo. Os demais
apresentam uma espessura variando entre 25,0 a 30,0 m, exceto no caso do derrame 5,
que foge à regra geral. Viotti et al. (1983) enfatizam os principais aspectos
geomecânicos de toda a seqüência de derrames e interderrames. É relevante ainda
ressaltar a presença freqüente entre os derrames de uma camada de arenito ou siltito,
cuja espessura varia de poucos centímetros até 12,0 m (Figura 3.5).
54
Tabela 3.1 – Seqüência Estratigráfica dos Diversos Derrames e Interderrames da Área de Projeto (IESA, 1980a)
Nº Derrame/
Interderrame
Tipo de Material Espessura
Elevação Aproximada
de Ocorrência
7
Apresenta-se sob a forma de um solo residual e/ou rocha extremamente
decomposta de basalto denso com uma zona vesículo-amigdaloidal no topo.
25,0 a 30,0 m
Ombreira direita:
El.400 a El.370.
Ombreira Esquerda:
El.400 a El.375.
Interderrame 6 -
Ocorre raramente. É
mais comum o contato
direto entre os derrames
6 e 7.
Ombreira direita:
El.370.
Ombreira Esquerda:
El.375.
6
O topo do derrame é constituído de basalto vesicular amigdaloidal, às vezes
extremamente alterado. O basalto denso é, de um modo geral, são,
apresentando intenso fraturamento, com uma maior alteração nestas juntas
de baixa resistência ao cisalhamento. A base do derrame é constituída de
“spiracles” que o intrusões irregulares de gás, vapor d’água e material
clástico, de um modo geral alterados.
26,0 m
Ombreira direita:
El.370 a El.344.
Ombreira Esquerda:
El.380 a El.354.
Interderrame 5
A superfície do contato é constituída de 0,10 m de material brechóide
(matriz argilosa com fragmentos de basalto alterado). Apresenta-se
normalmente mal consolidado, aberto e permeável.
Ocorre muito
esparsamente
Ombreira direita:
El.344.
Ombreira Esquerda:
El.354.
5 Apresenta as mesmas características do derrame 6. 13,0 m
Ombreira direita:
El.344 a El.344.
Ombreira Esquerda:
El.354 a El.340.
55
Interderrame 4
Brecha sedimentar de siltito e arenito com fragmentos de basalto vesicular
do topo do derrame 4/3. A sua resistência é função do grau de alteração dos
fragmentos de basalto, sendo facilmente desagregável pela ciclagem natural
e é friável. Nivela irregularidades do topo do derrame 4/3, não o recobrindo
inteiramente.
Atinge espessura de a
3,0 m.
Ocorre nas Elevações
328 e 333.
4/3
É um complexo de subderrames. Basicamente cada subderrame tem uma
zona superior de basalto vesicular amigdaloide de até 3,0 m de espessura,
passando gradualmente para basalto denso. Na base ocorre uma camada de
até 0,20 m de basalto vesicular. O complexo 4 e 3 se apresenta são e dotado
de cavidades, cavernas e juntas horizontais. O subderrame superior apresenta
uma junta-falha no topo do basalto denso, sendo esta junta localmente
decomposta.
24,0 m El.334 a El. 310.
Interderrame 2
Brecha sedimentar composta de fragmentos de basalto vesicular englobados
por matriz de arenito e siltito. Apresenta contato nítido e irregular com a
base do derrame 4/3, sendo o contato inferior irregular e de difícil definição.
É impermeável, não tem fraturas e pouco ou não intemperizada.
3,0 a 4,0 m, podendo
atingir 12,0 m, se se
considera a ocorrência
nas escórias do topo do
derrame 2.
Base na El.312 po-
dendo atingir a El.298
(base das escórias do
derrame 2).
2
O basalto vesicular do topo do derrame 2 está quase totalmente incorporado
ao interderrame 2. Na seqüência, o derrame é constituído de basalto denso,
constituindo a litologia mais sã da área de projeto.
38,0 a 28,0 m
El.308 a 270 ou El.
298,0, caso a escória
sejaconsiderada como
interderrame 2.
Interderrame 1
É constituído de siltito ou arenito silicificado, altamente resistente,
envolvendo na base alguns fragmentos de basalto vesicular.
0,50 m 270
1
Teve apenas o topo de basalto vesicular pesquisado pelas sondagens
50,0 m 270 (topo).
0 - Desconhecido -
56
Figura 3.5 – Estratigrafia Local – Margem Direita (Viotti et al., 1983)
57
No caso da barragem de terra da margem esquerda e parte da barragem de enrocamento,
os principais condicionantes geológico-geotécnicos detectados foram os seguintes:
Existência de uma camada superficial de solo residual, com até 10,0 m de espessura,
compressível e de baixa resistência ao cisalhamento, governando a estabilidade do
aterro;
Existência de rocha junto a solo residual, entre as Est. 3 + 0,0 e Est. 3 + 500,0,
correspondentes ao derrame 6, com potencial risco de desenvolvimento de trincas no
maciço compactado das barragens;
Existência de camadas contínuas de baixa resistência, variando de solo residual a
rocha extremamente decomposta, correspondentes aos interderrames 4 e 5, ocorrendo
abaixo de material de boa resistência; aspecto também de grande relevância sobre as
condições de estabilidade do maciço de terra;
Ocorrência de derrames 5 e 6, rocha decomposta a e respectivos contatos,
permeáveis, com pequeno capeamento, no vale à montante da barragem;
Indícios de ocorrência de falhas escalonadas normais, cruzando-se em um esquema
ortogonal, na região da ombreira esquerda. Estes indícios foram obtidos a partir da
interpretação de levantamentos feitos a partir de fotografias aéreas; entretanto, estes
indícios não foram confirmados em campo, nem pelas sondagens e nem pelos trabalhos
de escavação;
Ocorrência de elevadas perdas d’água na parte superior da brecha do interderrame 2,
no contato com o derrame 4/3, entre as cotas 310,0 e 325,0 m, com potencial presença
de brecha basáltica sem cimentação.
No caso da barragem de enrocamento e ensecadeiras da seção do canal do rio, os fatores
geológico-geotécnicos mais relevantes foram os seguintes:
Existência de uma camada de areia fina a média junto a matacões e cascalho, com
espessura variável (até 20,0 m) e elevada permeabilidade nos eixos das ensecadeiras
“D” e “E”; a rocha, imediatamente abaixo da areia, apresenta-se com juntas abertas,
dotadas de alta permeabilidade até aproximadamente 7,0 m de sua superfície;
58
Os estudos de refração sísmica e os perfis batimétricos revelaram o formato íngreme
dos taludes da garganta do canal, bem como a presença de uma superfície irregular, que
exigiram um projeto de escavação específico, de forma a se evitar o desenvolvimento de
trincas no maciço.
Para as estruturas de concreto e parte da barragem de enrocamento, os condicionantes
geológico - geotécnicos críticos foram os seguintes:
O derrame 5 é o primeiro nesta área do projeto, apresentando alta permeabilidade
devido ao seu intenso grau de fraturamento e juntas sub-horizontais (“juntas-falhas”) de
grande extensão e baixa resistência, tornando-o impróprio como fundação das estruturas
de concreto;
O interderrame 4 é descontínuo e ocorre em bolsões de pouca espessura, tendo se
revelado também inadequado como fundação devido à sua qualidade mecânica e às
suas características de desagregação quando exposto ao ar e à água;
O derrame 4/3 revelou-se o mais apropriado para fundação devido a sua resistência,
apresentando, porém, alta permeabilidade em função das cavernas existentes no seu
interior, bem como devido à presença de juntas horizontais nos subderrames de maior
espessura, tendo sido registradas perdas d’água totais entre as cotas 310,0 e 325,0 m;
A brecha do interderrame 2 mostrou-se praticamente impermeável, apresentando
resistência mais baixa que os demais extratos da fundação, condicionando, assim, os
estudos de estabilidade;
Os derrames 2 e 1 e o inter-derrame 1 apresentaram elevada resistência e baixa
permeabilidade, não tendo influência nos estudos como fundação para as estruturas.
Em relação à barragem de terra da margem direita, o principal condicionante geológico-
geotécnico foi expresso pela presença de um perfil geológico envolvendo materiais de
baixa resistência, compressíveis e de alta permeabilidade, caracterizado por:
Solo transportado, com espessura média de 5,0 m, de baixa resistência, alta
permeabilidade e colapsível quando saturado;
59
Cascalho argiloso coluvionar, com espessura média entre 1,0 e 2,0 m;
Solos residuais e rochas extremamente decompostas, compressíveis, permeáveis e
de baixa resistência, com espessuras de até 20,0 m;
Existência de material de baixa resistência na base do derrame 5, suspeito de
apresentar continuidade suficiente para comprometer a estabilidade do trecho de jusante
da barragem de terra junto à Transição N
0
1; as análises de estabilidade exigiram uma
escavação de cerca de 8,0 m de profundidade em rocha.
A partir da coleta de amostras deformadas e indeformadas através de sondagens a trado
e a percussão e de poços manuais executados na área de projeto, foram realizados séries
de ensaios de caracterização e de ensaios especiais (triaxiais e ensaios de adensamento).
De modo geral, na margem direita foram ensaiadas amostras de solos transportados, de
solos residuais de basalto vesicular (BV) e de solos residuais de basalto denso (BD),
extremamente decomposto, que constituem parte integrante da fundação da barragem
nesse trecho. A fundação na margem esquerda apresentou pouca ou nenhuma presença
de solos transportados; os solos residuais presentes apresentaram resultados similares
aos obtidos para a ombreira direita.
Com a evolução dos estudos de estabilidade, foram implementadas outras séries de
ensaios triaxiais, incluindo, inclusive, diferentes condições de pré-adensamento, visando
reproduzir ao máximo as condições reais de campo. As Tabelas 3.2 e 3.3 sintetizam os
valores de referência de projeto para os parâmetros de resistência dos solos de fundação
das barragens da UHE São Simão.
Tabela 3.2 – Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento – Solos Transportados
Parâmetros Totais Parâmetros Efetivos
Ensaio
c (tf/m
2
)
φ (º)
c' (tf/m
2
)
φ’ (º)
UU 4,0 11 - -
CU - 10 - 23
CkU
1
- 18 - -
CD - - - 23
1: Relação σ
1
/ σ
3
= 1,6 e adensamento anisotrópico
60
Tabela 3.3 – Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento – Solos Residual Denso e
Vesicular de Fundação
Parâmetros Totais Parâmetros Efetivos
Ensaio
c (tf/m
2
)
φ (º)
c' (tf/m
2
)
φ’ (º)
UU 7,5 7,5 -
-
CU 7,5 7,5 - 25
CkU
1
10,0 12 - -
CkU
2
7,5 15 - -
CD - - - 25
1: Relação σ
1
/ σ
3
= 1,6 e adensamento anisotrópico; 2: Relação σ
1
/ σ
3
= 1,6 e adensamento isotrópico.
3.4. – Concepção, Arranjo Geral e Materiais das Barragens da UHE São Simão
3.4.1. – Arranjo Geral
O arranjo geral das estruturas da UHE São Simão (CBGB, 1982) é constituído,
basicamente, por barragens de terra nas margens direita e esquerda, uma barragem de
terra e enrocamento no leito do rio, uma barragem de gravidade em concreto, estruturas
hidráulicas, ensecadeiras, canal de descarga, canal de desvio e subestação (Figura 3.6).
Foram utilizados 21,5 milhões de m
3
de material compactado nas barragens, 4,0 milhões
de m
3
nas ensecadeiras e um volume de concreto de 12,0 milhões de m
3
. Os volumes de
escavação em solo e rocha totalizaram, respectivamente, 3.407,0 e 4.230,0 m
3
.
A barragem de concreto é do tipo gravidade e abrange as estruturas de concreto do
vertedor, canal de força e canal de fuga, tubulação forçada, tomada d’água e duas
transições laterais. O vertedor é do tipo superfície com nove comportadas de setor. A
casa de força é do tipo abrigada, estando em operação 6 turbinas do tipo Francis
(285 MW cada). A tomada d’água da barragem de concreto de gravidade é subdividida
em 10 blocos de 20,0 m de largura, com condutos forçados de 9,50 m de diâmetro. As
transições laterais, em concreto massa, encontram-se envolvidas parcialmente pelo
aterro compactado das barragens de terra e de terra e enrocamento.
61
Figura 3.6 – Arranjo Geral das Estruturas da UHE São Simão (Viotti et al., 1983)
62
O maciço compactado da barragem de terra e enrocamento é dividido em três trechos
distintos: margem direita, margem esquerda e leito do rio. Entre as barragens de terra
das margens e a barragem de terra e enrocamento no leito do rio, foram executadas
estruturas de transição. Além disso, duas ensecadeiras (designadas como “D” e “E”)
foram incorporadas ao corpo da barragem. Bermas de equilíbrio foram construídas nas
regiões em que as barragens de terra estão assentadas sobre solos de baixa resistência.
3.4.2. – Materiais de Construção
No processo de qualificação dos materiais de construção das barragens da UHE São
Simão, foram investigadas diferentes jazidas e pedreiras, com o objetivo de se obter:
materiais argilosos para o núcleo impermeável da barragem, materiais de transição,
materiais granulares graúdos para enrocamento, rip-rap e agregados e materiais
granulares finos para filtros, drenos e concreto (Geotécnica, 1978; IESA, 1980a).
O núcleo impermeável foi construído com solos provenientes das áreas de empréstimo 2
e 3, sendo caracterizados como areias argilosas (teores de areia variando entre 20 e
90 % na jazida 2 e, com maior homogeneidade, entre 45 e 85 % na jazida 3). Estes solos
foram submetidos a ensaios de caracterização e especiais (ensaios de adensamento e
triaxiais) em diferentes fases da implantação do projeto. Os parâmetros de projeto foram
definidos a partir de análises. A Tabela 3.4 mostra os valores de referência que foram
adotados em projeto como sendo os parâmetros de resistência ao cisalhamento do
material do núcleo das barragens.
Tabela 3.4 – Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento– Areia Argilosa do Núcleo das
Barragens
Parâmetros Totais Parâmetros Efetivos
Ensaio
c (tf/m
2
)
φ (º)
c' (tf/m
2
)
φ’ (º)
UU 8,0 32 - -
CU 10,0 12 - 30
CD - - - 30
63
Durante a execução do aterro, foram extraídos blocos indeformados de um poço de
inspeção junto à Transição N
0
1 e executadas novas séries de ensaios triaxiais drenados
e não-drenados, cujos resultados estão indicados na Tabela 3.5. Os parâmetros de
compactação foram definidos a partir de observações prévias efetuadas em aterros
experimentais, tendo sido realizadas algumas adaptações para as condições reais de
campo.
Tabela 3.5 – Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento – Areia Argilosa do Núcleo
das Barragens (Ensaios Complementares)
Parâmetros Totais
Bloco Ensaio
c (tf/m
2
)
φ (º)
UU 17,0 24 1
(El.353,14)
CU 11,0 14
UU 17,0 25 2
(El.352,87)
CU 8,0 16
UU 18,0 22 3
(El.352,60)
CU 12,0 15
O cascalho de terraço, proveniente das áreas de empréstimos 3 e 4, foi utilizado como
transição entre o núcleo argiloso e o rip-rap e nas ensecadeiras. Esse material foi
amplamente utilizado devido às suas excelentes características, tais como elevada
resistência, baixa deformabilidade e permeabilidade muito pequena, da ordem de
10
-6
cm/s depois de compactado. Trata-se de um solo bem graduado, com 30 a 70 % do
material sendo retido na # N
0
4 e cerca de 20 % passante na # 200. A Tabela 3.6 resume
os parâmetros de resistência que caracterizam este material.
Tabela 3.6 – Parâmetros de Resistência ao Cisalhamento – Cascalho de Terraço
Parâmetros Totais Parâmetros Efetivos
Ensaio
c (tf/m
2
)
φ (º)
c' (tf/m
2
)
φ’ (º)
UU
10,0 31
- -
CU 10,0 22 - 35
64
Das oito pedreiras analisadas como potenciais fontes de materiais graúdos para as
barragens, três forneceram materiais para a construção do enrocamento, rip-rap e
agregados de concreto. O material da pedreira A foi empregado como agregado para o
concreto, base superior do rip-rap e proteção de taludes. O material extraído da pedreira
C foi empregado no enrocamento, na base superior do rip-rap, na proteção de taludes e
como rocha alterada para as ensecadeiras. Finalmente, o material da pedreira G foi
utilizado como matéria prima nas zonas de enrocamento e no rip-rap.
O material proveniente da pedreira A também foi utilizado na obtenção de areia e brita
para os drenos. Os materiais de construção utilizados no filtro chaminé, no tapete
drenante e como areia de concreto foram obtidos junto a diversos depósitos de areia e
cascalho existentes no leito do rio.
3.4.3. – Geometria e Seções Típicas das Barragens
A barragem de terra da margem direita (Figura 3.7) apresenta um comprimento de crista
de 1.260,0 m, uma altura máxima de 71,0 m, e uma seção pica zoneada com argila e
cascalho. A crista encontra-se na El. 404,0 m e tem 10,0 m de largura. Para essa
estrutura, estabeleceu-se uma sobre-elevação de 0,30 m, com o intuito de compensar os
recalques a serem mobilizados na fase pós-construtiva.
Figura 3.7 – Barragem de Terra da Margem Direita – BTMD
65
A seção típica da barragem de terra da margem direita está situada na seção 5 (estaca 1
+ 240,0) e está representada na Figura 3.8. O núcleo impermeável (8A) é constituído
por uma areia argilosa até a cota 395,0 m. Acima dessa cota e até a cota de 401,0 m, o
maciço é formado por cascalho de terraço (5). A inclinação do talude de montante do
núcleo impermeável é de 0,8H:1V, enquanto a de jusante varia entre 0,4H:1V e
0,5H:1V.
Figura 3.8 – Seção Típica da BTMD – Seção 5 – Estaca 1 + 240,0
O sistema de drenagem interna é constituído por um filtro chaminé de areia (6A) ligado
ao nível do terreno natural através de um tapete drenante do tipo sanduíche de areia e
brita (4A). Um tapete drenante de enrocamento (10), ao longo do contato com a
superfície da escavação, encontra-se conectado a um trecho independente do filtro
chaminé. O filtro sanduíche e o tapete de enrocamento são separados por uma camada
de cascalho de terraço.
Os taludes externos de montante e jusante apresentam inclinações de 1,9H:1V e são
protegidos por um rip-rap (1) e uma base superior do rip-rap (9) de 1,3 m de espessura
total, localizado acima da cota 380,0 m no talude de montante e por uma “proteção de
talude” (2), de 1,0 m de espessura, ao longo de todo o talude de jusante e até o terreno
natural. A fundação da barragem, nessa seção, encontra-se totalmente apoiada em rocha
sã.
66
Em toda a extensão da barragem (Figura 3.6 e Figuras I.4 a I.9 do Anexo I), o solo de
assentamento da barragem varia bastante. Por exemplo, entre as estacas 0 e 0 + 890,0, a
fundação da barragem é constituída por depósitos de solo transportado e solo residual.
No sentido da ombreira direita para o leito do rio, a camada de solo transportado vai
diminuindo de espessura, propiciando, em alguns trechos, o contato do núcleo argiloso
apenas com o solo residual. Entre as estacas 0 + 890,0 a 1 + 330,0, por outro lado, a
fundação é constituída por rocha sã, exceto na região das bermas de equilíbrio. No caso
dos trechos entre as estacas 1 + 330,0 e 1 + 520,0, a fundação é constituída de rocha do
derrame 4/3. Esta geometria constitui alteração de projeto, que estabelecia
originalmente a fundação da barragem na cota de topo do derrame 5; entretanto, optou-
se posteriormente pela remoção deste horizonte, por este se mostrar muito decomposto.
Devido às características geotécnicas dos solos de assentamento, construiu-se um tapete
impermeabilizante entre as estacas 0 + 230,0 e 0 + 600,0, com a finalidade de reduzir a
infiltração de água através da fundação; de espessura de pelo menos 1,0 m e apoiado
sobre o solo transportado.
Além disso, executou-se um tratamento superficial entre o contato do núcleo argiloso e
toda a fundação rochosa. Esse tratamento consistia de uma limpeza do local e a
realização de um tratamento asfáltico ou com argamassa, para o caso da fundação ser,
respectivamente, em rocha decomposta e rocha sã muito fraturada. O tratamento feito na
fundação em solo tinha a única finalidade de correção dos teores locais de umidade.
A partir da estaca 1 + 270,0, ocorre a substituição gradual dos materiais constituintes do
maciço pelo enrocamento, como procedimento para atingir as seções de abraço à
Transição N
0
1 (Figura 3.9). O maciço que envolve a estrutura de concreto na Transição
N
0
1 tem a sua fundação assentada no topo do derrame 4/3. A seção transversal dessa
região é constituída por um núcleo impermeável (8A) de areia argilosa e uma transição
de cascalho de terraço (5) e enrocamento (3). O sistema de drenagem é composto por
um tapete drenante tipo sanduíche (4A), um filtro chaminé (6A) e um tapete drenante de
enrocamento (10), no contato com a face de jusante da estrutura de concreto e ao longo
da fundação.
67
Figura 3.9 – Seção Típica da Zona de Transição N
0
1 – Seção 6 – Estaca 1 + 440,0
A barragem de terra da margem esquerda (Figura 3.10) encontra-se localizada entre a
estaca 2 + 663,0 até, aproximadamente, a estaca 3 + 600,0. Essa barragem apresenta
uma extensão de 952,0 m, uma altura máxima de 64,0 m e uma seção típica zoneada em
argila e cascalho. A crista encontra-se na El. 404,0 m e também tem 10,0 m de largura.
Da mesma forma que na barragem de terra da margem direita, uma sobre-elevação de
0,30 m foi mantida para a compensação dos recalques futuros da barragem.
Figura 3.10 – Barragem de Terra da Margem Esquerda - BTME
68
A seção típica da barragem de terra da margem esquerda (Figura 3.11) encontra-se
localizada na seção 5 (estaca 2 + 780,0). O núcleo impermeável (8A) é constituído por
uma areia argilosa com topo na cota 395,0 m. Acima dessa cota e até a cota de 401,0 m ,
o maciço é composto por cascalho de terraço (5). Os taludes de montante e jusante do
núcleo apresentam, respectivamente, inclinações de 0,8H:1V e 0,4H:1V.
Figura 3.11 – Seção Típica da BTME – Seção 5 - Estaca 2 + 780,0
No talude de jusante do núcleo impermeável, existe um filtro chaminé (6A) de 1,0 m de
espessura, entre as cotas 401,0 e 395,0 m, e de 1,50 m de espessura, entre a cota
395,0 m e o tapete drenante tipo sanduíche (4A) assentado sobre a fundação.
Os taludes de montante e jusante apresentam uma inclinação de 1,9H:1V a partir da
crista da barragem. À montante da crista existe uma proteção de rip-rap (1) e uma base
superior de rip-rap (9) com 1,30 m de espessura total, que vai da crista até a cota
380,0 m e/ou o topo da berma. A jusante existe uma “proteção de talude” (2), de 1,0 m
de espessura, que vai da crista até a cota do terreno natural e/ou o topo da berma. As
bermas executadas à montante e à jusante da barragem são constituídas por random
compactado (13 C).
Implantou-se também um tapete impermeável à montante do eixo da barragem, entre as
estacas 2 + 150,0 e 3 + 200,0, com o intuito de impermeabilização do seu vale, e
constituído por um material argiloso.
69
A fundação do núcleo está apoiada em rocha e/ou alterada sobrejacente a camadas
extremamente decompostas, correspondente aos interderrames 4 e 5. Nas regiões das
bermas de equilíbrio, à montante e à jusante da barragem, a fundação é de basalto
extremamente fraturado dos derrames 5, 6 e 7. A grosso modo, a fundação de toda a
barragem pode ser dividida em três trechos (Figuras 3.10 e Figuras I.17 – I.21 do Anexo
I): próxima ao leito do rio, apresenta-se como rocha sem fraturas do derrame 4/3;
afastando-se do rio, a fundação passa a ser de basalto extremamente fraturado com
zonas de solo residual dos derrames 5, 6 e 7 e, nos trechos finais da barragem, a
fundação passa a ser em solo coluvionar.
Além disso, houve um tratamento superficial distinto para cada área de contato da
barragem de terra e a fundação. No caso do núcleo, fez-se a limpeza manual com
aplicação de jato de ar e água, enquanto a rocha fraturada nessa região recebeu uma
aplicação de argamassa. Quanto a rocha superficialmente exposta e envolvida com
material alterado, procedeu-se a um processo de tratamento com calda de cimento. O
tratamento com argamassa foi também realizado sob a rocha fraturada do derrame 5, na
zona de fundação do tapete impermeável (Viotti et al., 1983).
A Barragem de terra e enrocamento (Figura 3.12) encontra-se situada entre as estacas 2
+ 008,0 até a estaca 2 + 663,0 m.
Figura 3.12 – Barragem de Terra e Enrocamento no Leito do Rio (Margem Esquerda)
70
O comprimento dessa barragem é de, aproximadamente, 665,0 m, tendo uma altura
máxima de 127,0 m e seção típica zoneada em argila e cascalho. A crista da barragem
encontra-se na cota 404,0 m e largura de 10,0 m. Nesse trecho, a sobre-elevação
prevista em projeto foi de 0,50 m.
A seção típica da barragem de terra e enrocamento encontra-se na estaca 2 + 410,0 e
está representada na Figura 3.13. O núcleo impermeável (8A) é constituído por uma
areia argilosa com topo na cota 401,0 m. Os taludes de montante e jusante do núcleo
apresentam, respectivamente, uma inclinação de 0,5H:1V e 0,1H:1V.
Figura 3.13 – Seção Típica da Barragem de Terra e Enrocamento – Estaca 2 + 410,0
Com o intuito de reduzir os recalques diferenciais nesse trecho o núcleo impermeável
foi substituído por cascalho de terraço (5), em zonas abaixo da cota 310,0 m. Neste
caso, os taludes de montante e jusante apresentam, respectivamente, inclinações de
0,7H:1V e 0,4H:1V, a partir da crista da barragem.
No canal profundo do rio, o cascalho de terraço foi estendido à montante até a
ensecadeira “D” com topo na cota 320,0 m, com função impermeabilizante; e à jusante,
esta extensão se fez até a projeção do talude externo (2) da barragem com topo na cota
338,0 m, visando isolar as águas de percolação pelas margens direita e esquerda, de
modo a permitir medidas independentes de vazão. Esse cascalho de terraço funciona
também como um tapete impermeabilizante.
71
O enrocamento (3) apresenta um talude de montante igual a 1,8H:1V, e de jusante
variável igual a 1,6H:1V entre as cotas 404,0 e 383,0 m, 1,7H:1V, entre as cotas 383,0 e
354,0 m e 1,8H:1V, da cota 353,0 m até a fundação. Um rip-rap (1) e uma base superior
de rip-rap (9), de 1,30 m de espessura total, foi executado a partir da cota 390,0 m. A
fundação da barragem de terra e enrocamento é predominantemente em rocha do
derrame 2. Constatou-se ainda a presença de uma camada de aluvião (7) logo abaixo da
ensecadeira “E” , que acabou funcionando como um tapete drenante natural.
A zona existente entre a barragem de enrocamento e a ensecadeira “E” foi preenchida
por rocha alterada (12), sendo que, na cota 343,0 m, executou-se uma berma de 14,0 m
de largura, com o objetivo de permitir o acesso às estruturas de concreto. Por outro lado,
a zona existente entre a barragem de enrocamento e a ensecadeira “D”, até a cota
320,0 m, foi preenchida por rocha alterada (12) e/ou random compactado (13C)
Para diminuir a percolação de água pela fundação, foram executados uma cortina de
vedação, um tapete drenante (10) e um tapete impermeabilizante. A cortina de vedação
foi executada na fundação da margem esquerda da barragem de enrocamento, entre as
estacas 2 + 027,0 e 2 + 725,0, com o objetivo de preencher as fendas existentes na rocha
e melhorar as condições de suporte, reduzindo-se o fluxo e melhorando a estabilidade
por diminuição das subpressões geradas. Essa cortina foi implantada em duas linhas
através do derrame 4/3 e até 2,0 m no interderrame 2, dispostas paralelamente e à
montante ao eixo da barragem, tendo sido uma delas executada a partir da superfície do
terreno e a outra, a partir da galeria de drenagem.
O tapete drenante encontra-se situado no trecho do canal profundo da barragem de terra
e enrocamento e foi construído em rocha e limpa. O seu posicionamento estende-se
desde a base do canal profundo (cota 290,0) até a crista da ensecadeira “E” (cota 334,0).
A fundação de toda a barragem de terra e enrocamento pode ser dividida em dois
trechos (Figuras I.17 a I.21 do Anexo I): entre a Transição N
0
2 e a margem do rio
(trecho 1), ocorrem as rochas sã do derrame 4/3. No leito do rio (trecho 2), a barragem é
assentada sobre a brecha 2 e o derrame 2. Fez-se um tratamento superficial da fundação
72
em todo o canal profundo, através da execução de uma camada de concreto dental com
espessura superior a 0,30 cm. Esse tratamento tinha o objetivo de regularizar o canal da
fundação do canal e minimizar os trabalhos de lançamento do cascalho de terraço.
A seção típica da área de Transição N
0
2, representada pelo contato entre a estrutura de
concreto e o aterro compactado, está indicada na Figura 3.14. O núcleo impermeável
(8A), de areia argilosa, apresenta um talude de montante com uma inclinação de
0,4H:1V. A face do talude de jusante estende-se até o encontro da face de Transição
N
0
2, transversal ao eixo da barragem.
A zona de transição de cascalho de terraço (5) tem seu topo situado na cota 402,0 m e os
seus taludes de montante e jusante apresentam uma inclinação de 0,5H:1V. Entre a
parede vertical da Transição N
0
2 e o cascalho de terraço de jusante, existe uma camada
de areia (11), de 1,0 m de espessura, que tem como finalidade evitar um deslocamento
do maciço nesse contato.
Figura 3.14 – Seção Típica da Transição N
0
2 – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0
O enrocamento (3) apresenta uma inclinação variável de seus taludes: o de montante
entre 1,8H:1V e 1,5H:1V e o de jusante entre 1,6H:1V e 1,44H:1V. A fundação da
Transição N
0
2 foi assentada no topo do derrame 4/3.
73
3.5. – Auscultação por Instrumentação das Barragens da UHE São Simão
A auscultação por instrumentação geotécnica das barragens da UHE São Simão incluiu
piezômetros (Casagrande Modificado, pneumáticos Hall e corda vibrante tipo Maihak),
medidores de NA, medidores de recalque IPT, caixas suecas, marcos de superfície,
inclinômetros, células de pressão total e medidores de vazão (IESA, 1975; CEMIG,
1977a; CEMIG, 1977b). Estes instrumentos são apresentados resumidamente a seguir.
3.5.1. – Descrição Geral dos Instrumentos Utilizados
Medidores de Vazão
Os medidores de vazão utilizados foram do tipo dotado de vertedor triangular. No total,
11 medidores de vazão foram instalados em pontos estratégicos das diversas estruturas
da barragem, com o intuito de quantificar isoladamente as vazões percoladas pela
fundação e aterro. Deste total, apenas dois dispositivos encontram-se localizados na
ombreira direita.
Marcos de Superfície
Além dos medidores de recalques distribuídos no interior dos maciços, foram instalados
83 marcos de superfície ao longo da crista e do talude de jusante (35, 29 e 19 marcos
nas barragens de terra da margem direita, da margem esquerda e da barragem de terra e
enrocamento, respectivamente).
Medidores de Recalques Tipo IPT ou de Tubos Telescópicos
Foram utilizados estes dispositivos para a medição de recalques, em colunas formadas
por tubos galvanizados de 2”, 3” e 4” e placas de recalques quadradas de 1,0 m de lado
e ¼” de espessura, instaladas em diferentes posições nos aterros ou fundações. Nas
margens direita e esquerda existem, respectivamente, 9 e 3 medidores de recalque IPT.
74
Caixas Suecas
Os medidores instalados são constituídos por um tubo de aço com 101,0 mm de
diâmetro por 300,0 mm de altura. Os tubos de carga, descarga e aeração são também de
aço e de 400,0 mm de comprimento unitário, sendo que o tubo de carga tem 13,0 mm de
diâmetro e os de descarga e aeração têm 19,0 mm de diâmetro. Os tubos de conexão
entre as caixas suecas e as casas de leituras externas são de polietileno com diâmetros
de 13,0 e 19,0 mm (resistentes a pressões de até 6,0 kg/cm
2
). Foram instaladas 12 caixas
suecas em 3 seções diferentes, todas localizadas na barragem de terra e enrocamento.
Inclinômetros
Os instrumentos utilizados nas barragens da UHE São Simão foram os modelos 200B,
fabricados pela Slope Indicator, com precisão da ordem de 1:1000 (1,0 mm/m). Este
instrumento foi instalado na vertical, sendo formado por tubos de alumínio de 1,52 m de
comprimento unitário por 76,0 mm de diâmetro, possuindo juntas telescópicas de
30,5 cm de comprimento, que garantem uma separação de 15,0 cm entre os tubos. Na
margem direita e esquerda foram instalados, respectivamente, 3 e 4 inclinômetros.
Células de Tensão Total
As células de tensão total empregadas na UHE São Simão utilizaram o princípio de
funcionamento pneumático, sendo adotadas transdutores do tipo Hall, com diâmetro da
célula de 23,0 cm, capacidade de carga de 34,2 kg/cm
2
, sensibilidade de 0,005,
receptividade de 0,01mm em 300m e acurácia correspondente a 0,25 % da escala
completa, podendo atingir até 0,066 % da escala completa. Foram instaladas 7 células
de pressão total ao longo dos contatos das estruturas de terra e enrocamento com o
paramento de concreto da Transição N
0
2, formando pares com as células piezométricas,
com o objetivo de se determinar às tensões efetivas atuantes. Deste total, 6 células de
tensão total encontram-se disposta normalmente à face de concreto, e apenas 1 célula
encontra-se disposta horizontalmente contra o aterro.
75
Medidores de NA
Desde o início da construção da barragem foram instalados 29 medidores de NA
dispostos ao longo do das barragens de terra de terra e enrocamento a UHE São
Simão. Deste total, apenas 1 medidor de NA encontra-se em funcionamento.
Piezômetros Casagrande Modificados de Tubo Aberto
As células dos piezômetros tipo Casagrande utilizados foram constituídos por um tubo
de PVC de 50,0 mm de diâmetro interno, apresentando ranhuras de 0,8 mm a cada
4,0 mm ao longo do seu comprimento e uma envoltória de nylon (malha N
0
30) interna,
separando uniformemente duas camadas de areia. A primeira camada de areia, colocada
internamente à envoltória de nylon, foi preparada com granulometria compreendida
entre as # 8 e 20. A segunda camada de areia, colocada entre a face externa da
envoltória de nylon e a face interna do tubo de PVC, apresentava uma granulometria
compreendida entre as # 20 e 200. Os tubos de PVC estenderam-se até a superfície do
aterro sendo em todo o trecho protegido por dissipadores de recalque.
Os piezômetros do tipo Casagrande Modificado foram distribuídos ao longo de todo o
complexo da barragem (barragens de terra, barragem de terra e enrocamento e zonas de
transição), instalados à montante e à jusante do núcleo, em filtros e no dreno sanduíche,
nas fundações em rocha, em solo residual e em solo transportado e no random
compactado de jusante.
Piezômetros Pneumáticos Tipo Hall
As células piezométricas pneumáticas utilizadas na UHE São Simão apresentavam uma
proteção em fibra de vidro que a envolve totalmente, tendo no final uma pedra porosa
com pressão de borbulhamento de até 15,0 kg/cm
2
. As células foram calibradas para
uma temperatura de referência de 16,7º C. Estes instrumentos foram instalados também
ao longo de toda a seção da barragem, distribuídos nas fundações, aterros e contatos
entre as estruturas de terra e de concreto.
76
Piezômetros Elétricos de Corda Vibrante Tipo Maihak
Os piezômetros elétricos de corda vibrante utilizados na barragem de terra e
enrocamento da UHE o Simão foram do tipo Maihak, com células de 215,0 mm de
comprimento e 42,0 mm de diâmetro. O seu diafragma é protegido por uma fina pedra
porosa. Foram instalados 6 piezômetros elétricos na seção 9, estaca 2 + 035,0,
posicionados no núcleo argiloso da Transição N
0
2 da barragem de terra e enrocamento
da UHE São Simão.
3.5.2. – Quantitativo da Instrumentação e Seções Instrumentadas
A instrumentação geotécnica adotada nas barragens da UHE São Simão durante o
período construtivo tinha o objetivo de analisar o comportamento previsto das estruturas
e verificar as hipóteses adotadas em projeto. Conforme exposto previamente, esta
instrumentação foi bastante diversificada, compreendendo uma auscultação distribuída
ao longo de toda a seção do empreendimento (barragens de terra, barragem de terra e
enrocamento e transições), em termos da quantificação de recalques, poropressões,
tensões totais e efetivas atuantes, posição do NA e medidas das vazões de infiltração
pelos aterros e fundações das estruturas.
Com o enchimento do reservatório, constatou-se a necessidade da instalação adicional
de piezômetros, medidores de NA, medidores de recalque e medidores de vazão, em
função da detecção de importantes infiltrações ocorridas na ombreira esquerda. Foram
instalados também medidores de nível d’água ao longo do do talude da barragem de
terra da margem direita, com o objetivo de fornecer informações complementares às
obtidas pelos piezômetros instalados no aterro e na fundação da barragem.
Ao longo de toda a extensão da barragem, foram adotadas 17 seções instrumentadas que
representam situações picas das barragens, sendo 5 seções na barragem de terra da
margem direita, 6 seções na barragem de terra da margem esquerda, 4 seções na
barragem de terra e enrocamento do leito do rio (margem esquerda) e 2 seções no
contato do aterro com as estruturas de concreto das Transições N
0
1 e N
0
2.
77
As seções denominadas como instrumentadas recebem essa identificação por
conglomerar diferentes tipos de instrumentos instalados ao longo de sua seção
transversal, bem como em estacas adjacentes. Não são identificadas com essa notação as
estacas que apresentam instalados apenas marcos de superfície (Figura I.2 do Anexo I).
A Tabela 3.7 sintetiza o projeto final da instrumentação geotécnica adotada nas
barragens da UHE São Simão, indicando os quantitativos globais dos instrumentos
utilizados nas diferentes seções, exceto para os marcos de superfície.
As Figuras 3.15 e 3.16, por outro lado, indicam a localização em planta de todos os
instrumentos instalados na barragem de terra da margem direita (BTMD) e na barragem
de terra da margem esquerda (BTME) e na barragem de terra e enrocamento da UHE
São Simão, respectivamente. No Anexo I, são apresentadas todas as seções
instrumentadas das barragens que constituem a UHE São Simão, na Figura I.1 do
Anexo I, e no restante das figuras as seções com os instrumentos.
Tabela 3.7a – Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra / Margem Direita
Instrumentos – Seções
1 2 3 4 5 Total
Piezômetros Casagrande 02 03 05 - 05 15
Piezômetros Pneumáticos Hall
- - 16 - - 16
Medidores de Recalque IPT 02 06 06 04 03 21
Inclinômetros - 01 02 - - 3
Marcos de Superfície 35 35
Tabela 3.7b – Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra / Margem Esquerda
Instrumentos - Seções
0 1 2 3 4 5 Total
Piezômetros Casagrande 04 04 - - - 02 10
Piezômetros Pneumáticos Hall
- 16 - - - - 16
Medidores de Recalque IPT - 06 - - - - 6
Inclinômetros - 02 - - - - 2
Medidores de NA 01 - 04 04 04 - 13
Marcos de Superfície 29 29
78
Tabela 3.7c – Quantitativo da Instrumentação - Barragem de Terra e Enrocamento /
Leito do Rio (ME)
Instrumentos - Seções
6 7 8 8A Total
Piezômetros Casagrande 06 04 02 - 12
Piezômetros Pneumáticos Hall
- - 15 - 15
Medidores de Recalque IPT 03 - - - 3
Inclinômetros - - 01 01 2
Caixas Suecas 03 04 05 - 12
Marcos de Superfície 19 19
Tabela 3.7d – Quantitativo da Instrumentação - Transições N
0
1 (MD) e N
0
2 (ME)
Instrumentos - Seções
6* 9** Total
Piezômetros Casagrande 01 - 1
Piezômetros Pneumáticos Hall
08 12 20
Piezômetros Maihak - 06 6
Células de Tensão Total - 07 7
* Contato Barragem de Terra (MD)/ Transição N
0
1; **Contato Barragem de Terra e Enrocamento (ME) /
Transição N
0
2
79
Figura 3.15 – Planta da Instrumentação Instalada na Barragem de Terra da Margem Direita (BD) da UHE São Simão
80
Figura 3.16 – Planta da Instrumentação Instalada na Barragem de Terra e na Barragem de Terra e Enrocamento da Margem da UHE
São Simão
81
3.6. – Valores Limites e Valores de Controle Propostos para a Instrumentação das
Barragens da UHE São Simão
Os valores limites e de controle do conjunto das grandezas medidas na auscultação por
instrumentação de uma barragem são estabelecidos por hipóteses de projeto em função
da experiência prévia e/ou eventuais análises do comportamento anterior da mesma
(Kuperman et al., 2005b). Caso os valores medidos pela instrumentação ultrapassem o
valor de controle previsto, estudos específicos devem ser implementados para a
avaliação destes dados e dos potenciais problemas que poderão causar às estruturas.
Uma vez que os valores limites constituem parâmetros estabelecidos para as condições
limites de carregamento, os mesmos não podem ser superados em hipótese nenhuma.
Caso isto ocorra, a segurança da barragem estará formalmente comprometida, tornando-
se necessários estudos emergenciais para a avaliação global do problema e para a
imediata adoção de medidas corretivas.
Os valores de controle e limites adotados para as barragens da UHE São Simão
constavam do Relatório SS-RC-097 (Relatório Final do Projeto São Simão Estruturas
de Terra e Enrocamento). Infelizmente estes dados foram perdidos, uma vez que este
relatório não pôde ser recuperado, apesar do exaustivo trabalho de triagem e pesquisa
feito junto aos possíveis acervos técnicos que poderiam conte-lo, incluindo-se as fontes
do GEDOC (Gerenciamento Eletrônico de Documentos) e da biblioteca do GE/SM
(Gerência de Segurança de Barragem e Manutenção Civil) da CEMIG. Entretanto,
alguns destes dados foram citados em outros relatórios disponíveis e puderam, assim,
ser recuperados. Em trabalho posterior Silveira e Ávila (1995) propuseram novos
valores para estes limites, os quais serão comparados nesta dissertação.
3.6.1. – Valores de Projeto para a Piezometria
Para a obtenção dos valores de projeto das elevações piezométricas, estabeleceu-se uma
rede de fluxo bastante conservadora, considerando-se o conjunto aterro-fundação como
sendo homogêneo e isotrópico. Para o trecho da barragem junto à Transição N
0
2, a rede
82
de fluxo foi traçada de forma ainda mais simplificada, admitindo-se uma seção
bidimensional e aterro homogêneo e isotrópico, desconsiderando-se a influência do
trecho impermeável de montante, constituído de cascalho de terraço. Outro ponto de
relevância adotado nestes estudos foi admitir a reduzida influência que pequenas
elevações dos níveis piezométricos à montante do dreno acarretariam à estabilidade do
maciço, desde que o piezômetro instalado no sistema drenante permanecesse seco. Os
mesmos critérios adotados para a zona de Transição N
0
2 também foram aplicados para
a região do aterro próxima a Transição N
0
1.
Para o caso da barragem de terra da margem esquerda, o fator de segurança com relação
ao escorregamento obtido para a superfície de ruptura passando pela camada da
fundação (contato dos derrames 5 e 6), para as condições de subpressões previstas, foi
de 2,02. Entretanto, 2,5 anos após o enchimento do reservatório observou-se que as para
as condições de subpressões medidas na época, sensivelmente acima das previstas em
projeto, o fator de segurança com relação ao escorregamento foi de 1,8.
As Tabelas 3.8a e 3.8b apresentam os valores de controle (projeto) e limite para a rede
de piezometria instalada nas barragens das margens direita e esquerda da UHE São
Simão, respectivamente.
Tabela 3.8a – Valores Limites e de Controle: Piezometria da BTMD
Elevação Piezométrica
Limite (m)
Seção
Instrumentada
Piezômetro
Cota de
Instalação
(m)
Elevação Piezométrica
de Projeto (m)
(Controle)
Projeto
Silveira e Ávila
(1995)
Seção 1
Est. 0 + 460,0
PC101
PC102
389,25
389,29
399,0
396,0
399,0
396,0
399,0
397,0
Seção 2
Est. 0 + 670,0
PC201
PC202
PC203
374,50
374,50
374,50
398,5
395,5
391,5
398,5
395,5
391,5
396,0
393,0
390,0
Seção 3
Est. 0 + 810,0
PC301
PC303
PC303
PC304
PC305
PH301
PH302
PH303
PH304
PH305
363,55
363,30
363,30
388,45
382,75
358,13
363,11
358,08
362,20
358,11
395,5
389,0
381,5
Seco
Seco
399,5
400,0
398,0
398,0
395,5
395,5
389,0
381,5
Seco
Seco
399,5
400,0
398,0
398,0
395,5
393,6
385,5
378,0
Não indicado
Não indicado
401,0
401,0
397,0
395,0
389,0
83
seção 3
Est. 0 + 810,0
(cont.)
PH306
PH307
PH308
PH309
PH310
PH311
PH312
PH313
PH314
PH315
PH316
362,20
358,11
362,95
367,00
367,00
370,20
370,80
374,95
374,98
377,91
385,00
395,5
394,0
389,0
397,5
394,0
399,0
392,5
397,0
395,0
391,0
396,0
395,5
394,0
389,0
397,5
394,0
399,0
392,5
397,0
395,0
391,0
396,0
393,0
386,0
386,0
Não indicado
391,0
401,0
385,0
Não indicado
395,0
385,0
395,0
Seção 5
Est. 1 + 240,0
PC501
PC502
PC503
PC504
PC505
341,61
340,46
340,77
359,65
359,25
371,0
341,0 a 358,0
341,0 a 358,0
Seco
Seco
382,0
358,0
358,0
Seco
Seco
385,0
355,0
355,0
360,0
360,0
Seção 6
Estaca a 10m da
Transição N
0
1
PH602
PH606
PH609
PH612
368,00
368,01
388,66
385,00
382,4
377,2
394,0
386,8
384,0
382,0
395,0
388,0
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Seção 6
Contato com a
Transição N
0
1
PC601
PH603
PH605
PH608
PH611
368,00
368,01
368,20
388,70
385,00
Seco
379,4
376,4
394,0
387,0
Seco
384,0
383,0
397,5
388,0
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Tabela 3.8b – Valores Limites e de Controle: Piezometria da BTME
Elevação Piezométrica
Limite (m)
Seção
Instrumentada
Piezômetro
Cota de
Instalação
(m)
Elevação Piezométrica
de Projeto (m)
(Controle)
Projeto
Silveira e
Ávila (1995)
Seção 0
Est. 3 + 485,0
PC001
PC002
PC003
PC004
392,09
388,93
384,98
380,75
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Seção 1
Est. 3 + 160,0
PH101
PH102
PH103
PH104
PH105
PH106
PH107
PH108
PH109
PH110
PH111
PH112
PH113
PH114
PH115
PH116
PC101
PC102
PC103
PC104
354,71
352,64
352,63
352,66
354,13
351,82
352,31
354,39
363,00
364,00
365,45
358,07
370,00
370,00
365,00
380,00
355,65
354,56
353,25
361,18
399,5
399,5
394,0
381,0
371,0
369,0
368,5
368,5
384,5
369,0
399,0
368,5
388,5
376,0
368,5
388,0
380,0
370,0
368,5
372,0
399,5
399,5
394,0
386,0
385,0
384,0
384,0
381,0
387,0
372,5
391,0
384,0
388,5
381,0
370,0
388,0
386,0
385,0
382,0
378,0
401,0
401,0
391,0
385,0
383,0
380,0
380,0
379,0
385,5
380,0
375,0
375,0
390,0
382,0
375,0
390,0
383,5
Não indicado
379,0
Não indicado
84
Seção 5
Est. 2 + 780,0
PC501
PC502
341,10
338,30
Seco
341,0
342,0
344,0
Não indicado
342,0
Seção 6
Est. 2 + 500,0
PC601
PC602
PC603
PC604
PC605
PC606
293,27
281,48
288,66
279,04
310,04
309,59
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
334,0
342,0
343,0
342,0
343,0
342,0
342,0
Seção 7
Est. 2 + 460
PC701
PC702
PC703
PC704
280,25
285,25
302,62
285,40
334,5
334,5
334,5
334,0
334,5
334,5
334,5
334,0
342,0
342,0
342,0
342,0
Seção 8
Est. 2 + 410
PH801
PH802
PH803
PH804
PH805
PH806
PH807
PH808
PH809
PH810
PH811
PH812
PH813
PH814
PH815
PC801
PC803
271,00
271,00
270,50
282,34
286,39
290,00
290,00
310,01
310,00
310,04
329,69
329,74
350,00
350,00
373,90
312,32
322,87
392,0
375,0
353,0
353,0
335,0
395,0
370,0
385,0
363,0
342,0
380,0
353,0
382,0
363,0
391,0
334,5
334,0
392,0
375,0
374,0
364,0
335,0
395,0
375,0
386,0
363,0
342,0
385,0
353,0
382,0
363,0
391,0
334,5
334,0
380,0
380,0
380,0
360,0
345,0
385,0
380,0
395,0
360,0
350,0
390,0
350,0
Não indicado
390,0
390,0
342,0
342,0
Seção 9
Est. 2 + 016
PM901
PM902
PM903
PM904
PM905
PM906
PH910
PH911
PH912
PH913
PH914
PH915
PH916
PH917
PH918
PH919
PH920
PH921
357,00
357,00
357,00
357,00
374,04
373,99
354,34
354,40
354,34
357,00
374,04
373,99
374,03
374,04
374,01
383,92
383,77
360,00
390,8
373,2
364,0
360,0
396,4
388,0
366,5
394,4
382,6
390,8
396,4
388,0
378,8
394,5
385,0
398,8
394,5
381,2
396,5
378,5
364,0
360,0
401,0
395,0
366,5
401,0
389,0
396,5
401,0
395,0
383,0
394,5
389,0
401,0
394,5
381,2
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Não indicado
Silveira e Ávila (1995), procederam a uma retro-análise do comportamento da
piezometria da barragem. Estes autores consideraram uma rede de fluxo em regime
permanente, para a condição de nível máximo do reservatório. Os valores limites foram
estabelecidos admitindo-se a hipótese de uma linha freática sub-horizontal, traçada do
85
limite de montante do núcleo até o seu limite de jusante, que é então extrapolada
acompanhando o filtro chaminé entre o núcleo e as transições de jusante. As linhas
equipotenciais foram admitidas como sendo paralelas ao limite de montante do núcleo.
Como esses valores foram muito superiores aos observados pelos piezômetros naquela
ocasião adotaram-se valores mais baixos, correspondendo aos valores máximos obtidos
nas leituras dos instrumentos até aquela época, acrescidos de um valor residual
(“folga”). Assim os valores limites estabelecidos por Silveira e Ávila (1995), para esta
situação, estão apresentados também nas Tabelas 3.8.
3.6.2. – Valores de Projeto para Deslocamentos Verticais e Horizontais
Os valores dos recalques das fundações da barragem de terra da margem direita,
previstos em projeto, estão indicados na Tabela 3.9. Os valores indicados entre
parênteses referem-se, exclusivamente, à magnitude dos recalques estimados ao longo
do perfil geotécnico correspondente às camadas de solos transportados. Foi prevista
ainda uma sobre-elevação da crista de 15,0 cm na parte alta da margem direita, assente
sobre espesso depósito de solos transportados, de forma a compensar os recalques
excessivos observados ao final do período de enchimento do reservatório. No caso da
barragem de terra e enrocamento, o recalque de fundação máximo previsto, ao longo do
seu eixo, foi de 50,0 cm.
Tabela 3.9 – Valores dos Recalques Previstos – Fundações da BTMD
Recalques da Fundação
Recalques Previstos (cm)
Seção Instrumentada
Montante Eixo Jusante
Seção 1
Est. 0 + 460,0
-
57,0
(45,0)
-
Seção 2
Est. 0 + 670,0
90,0
(68,0)
81,0
(33,0)
69,0
(53,0)
Seção 3
Est. 0 + 810,0
91,0
(48,0)
60,0
(0,0)
74,0
(56,0)
Seção 4
Est. 0 + 870,0
89,0
(60,0)
9,0
(0,0)
63,0
(52,0)
* Valores entre (): Recalques da camada de solo transportado
86
Os valores dos recalques estimados em projeto, para a crista das barragens da margem
direita e esquerda, estão indicados nas Tabelas 3.10 e 3.11, respectivamente. O valor
limite de projeto para o recalque diferencial máximo, de acordo com as especificações
de projeto, foi de 1:100.
Tabela 3.10 – Valores dos Recalques Previstos – Crista da BTMD
Seção Instrumentada Recalques Previstos (cm)
Est. 0 + 420,0 19
Est. 0 + 560,0 22
Est. 0 + 670,0 24
Est. 0 + 810,0 27
Est. 0 + 870,0 29
Est. 1 + 070,0 30
Est. 1 + 270,0 30
Tabela 3.11 – Valores dos Recalques Previstos – Crista da BTME
Seção Instrumentada Recalques Previstos (cm)
Est. 2 + 060,0 32,0
Est. 2 + 240,0 46,0
Est. 2 + 500,0 50,0
Est. 2 + 650,0 45,0
Est. 2 + 800,0 40,0
Est. 2 + 970,0 35,0
Est. 3 + 060,0 32,0
Est. 3 + 160,0 29,0
Est. 3 + 260,0 26,0
Est. 3 + 360,0 23,0
Est. 3 + 460,0 19,0
Silveira e Ávila (1995) estipularam valores de controle para alguns marcos de
superfícies, conforme mostrado nas Tabelas 3.12 e 3.13. Esses valores foram
estabelecidos a partir da hipótese de um acréscimo de 10% em relação aos valores
87
máximos obtidos das leituras até aquela época, admitindo a premissa complementar de
que estes recalques já se encontravam praticamente estabilizados.
Tabela 3.12 – Valores de Controle – Marcos Superficiais – Jusante do Eixo – BTMD
(Silveira e Ávila, 1995)
Marcos Superficial Valores de Controle (cm)
MS023 20,1
MS024 12,6
MS025 8,4
MS026 1,2
MS026 1,2
MS028 4,3
MS029 4,7
Tabela 3.13 – Valores de Controle – Marcos Superficiais – Montante do Eixo – BTME
(Silveira e Ávila, 1995)
Marcos Superficial Valores de Controle (cm)
MS048 11,4
MS043 14,5
MS038 15,3
MS033 11,1
MS029 7,4
MS012 3,7
MS011 3,7
MS010 5,4
MS009 4,2
MS008 1,3
MS007 2,1
Adicionalmente, este critério foi estendido para a determinação dos valores de controle
dos deslocamentos horizontais, obtidos através dos inclinômetros, ou seja, valores
máximos observados acrescidos de 10% (Tabela 3.14).
88
Tabela 3.14 – Valores de Controle – Inclinômetros (Silveira e Ávila, 1995)
Estrutura Instrumento
Montante
(cm)
Jusante
(cm)
Esquerda
(cm)
Direita
(cm)
ID100 - -12,09 +6,40 -
ID200 +2,62 -2,84 +3,61 -8,25
Maciço
Direito
ID300 - -11,27 +1,04 -3,97
ID100 +2,25 -5,23 +4,78 -5,64
ID200 +1,85 -7.94 +2,57 -1,35
ID300 - -34,70 +15,20 -3,16
Maciço
Esquerdo
ID400 - -18,44 +13,17 -
3.6.3. – Valores de Projeto para Tensões Totais
As células de tensões totais são comumente instaladas de forma estratégica junto aos
piezômetros, permitindo, assim, a aquisição dos valores tanto das tensões totais como
das poropressões e a computação dos valores das tensões efetivas resultantes,
particularmente em zonas de interface aterro – estruturas de concreto.
Os critérios são baseados comumente em valores limites para a relação σ
h
/u, onde σ
h
representa a tensão total horizontal atuante e u, a poropressão correspondente. No caso
do projeto das barragens da UHE São Simão, os critérios adotados foram os seguintes:
Nível normal de tensões:
30,1
u
h
σ
(3.1)
Nível de alerta de tensões:
15,130,1
u
h
σ
(3.2)
Nível de emergência de tensões:
15,1
u
h
σ
(3.3)
89
3.6.4. – Valores de Projeto para Vazões de Drenagem
Os valores de controle para as vazões de drenagem estão apresentados na Tabela 3.15 e
foram estipulados com base em acréscimos de 30 % em relação aos valores observados
na época. A estimativa de projeto para a vazão do medidor localizado na Estaca 1 +
330,0 foi de 0,56 l/s e, para o medidor instalado no encontro da Transição N
0
1 e o
vertedor, de 0,6 l/s.
Tabela 3.15 – Vazões Previstas - Silveira e Ávila (1995)
Estrutura Medidor de Vazão Vazão de Controle (l/s)
VV001 25,5
Maciço Direito
VV002 3,4
VV004 9,3
VV005 8,3
VV006 11,3
VV007 5,9
VV009 1,0
VV010 29,2
VV011 49,8
VV012 1,0
Maciço Esquerdo
VV013 10,3
Capítulo 4
Análise dos Dados de Instrumentação das Barragens da UHE São Simão
Parte I – Deslocamentos Verticais e Horizontais
4.1. – Introdução
Neste capítulo, são descritos os procedimentos de aquisição e interpretação dos dados
de instrumentação das barragens da UHE São Simão, ao longo de um período que se
estende até 25 anos de sua plena operação. Estes registros são confrontados com os
valores de referência (valores limites e de controle) prescritos em projeto, de forma a se
estabelecer comparações entre comportamentos reais e previstos para o conjunto das
estruturas auscultadas. Estes estudos abrangem ainda uma interpretação detalhada dos
registros e a sua evolução ao longo do tempo, a exemplo de trabalhos anteriores em
períodos mais limitados (IESA, 1980b; CEMIG, 1986; CEMIG, 1994; Silveira, 1995).
As análises são divididas em quantificação dos deslocamentos verticais e horizontais,
poropressões, tensões totais e vazões de infiltração, de acordo com a natureza,
quantidade, distribuição e objetivos previstos para a instrumentação instalada. As seções
instrumentadas da barragem de terra da margem direita e das barragens de terra e de
terra e enrocamento da margem esquerda da UHE São Simão estão dadas no Anexo I.
Os gráficos correspondentes às variações de todas as grandezas medidas ao longo do
tempo (elaborados através do Programa MONITOR), até a data final das leituras
(junho/2003), são apresentados nos Anexos II ao Anexo XV.
4.2. – Deslocamentos Verticais ou Recalques
Os recalques da fundação e dos aterros foram registrados por marcos de superfície,
medidores de recalque tipo IPT, caixas suecas e inclinômetros, instalados em diferentes
seções e zonas das barragens. A maior parte destes instrumentos ainda se encontra em
perfeito funcionamento, com exceção das caixas suecas, que foram desativadas desde
1985, aproximadamente.
91
4.2.1. – Marcos de Superfície
Nas estruturas de terra e enrocamento da UHE São Simão, foram instalados 84 marcos
de superfície com o objetivo básico de se medir os recalques em várias seções da
barragem. Atualmente, faz-se apenas o monitoramento dos marcos de superfície
instalados na crista da barragem, tendo sido paralisadas as leituras relativas aos marcos
instalados nos taludes de jusante desde 1995, a partir de recomendação feita pela
comissão responsável pela inspeção periódica destas barragens. A aquisição das
medidas é feita em períodos semestrais; os dados são coletados por uma equipe que faz
o levantamento topográfico dos marcos instalados nas cristas das barragens.
Barragem de Terra da Margem Direita (BTMD)
Na barragem de terra da ombreira direita, foram instalados 35 marcos de superfície ao
longo da crista e dos taludes de montante e jusante. Deste total, apenas 14 marcos de
superfície ainda se encontram ativos, todos instalados na crista. Nesta ombreira, o
tratamento dos dados indica que os recalques ocorreram quase que totalmente durante o
primeiro enchimento do reservatório (cerca de 90 % dos recalques totais medidos até
maio/2003). A Tabela 4.1 apresenta os valores de recalques por fases, correspondentes
às etapas de enchimento e pós-enchimento do reservatório, dos 14 marcos de superfície
ativos
Tabela 4.1 – Recalques por Fases – Marcos Superficiais da BTMD – Crista
Recalques por Fases (cm)
Marco Superficial
Enchimento
% de
Recalque
Pós-
Enchimento
% de
Recalque
Recalque
Total
(cm)
Est. 0 + 420,0
MS016* 18,299 94,81 1,002 5,19 19,301
Est. 0 + 570,0
MS017 10,098 90,97 1,002 9,03 11,100
Est. 0 + 670,0
MS018 6,101 83,59 1,198 16,41 7,299
Est. 0 + 810,0
MS019 0,101 8,42 1,099 91,58 1,200
Est. 0 + 870,0
MS020 0,900 36,01 1,599 63,99 2,499
Est. 1 + 070,0
MS021 1,701 38,67 2,698 61,33 4,399
Jusante
Est. 1 + 440,0
MS022 1,600 34,79 2,999 65,21 4,599
92
Est. 0 + 420,0
MS023 17,301 94,55 0,998 5,45 18,299
Est. 0 + 570,0
MS24 9,900 85,35 1,700 14,66 11,599
Est. 0 + 670,0
MS025 6,400 84,22 1,199 15,78 7,599
Est. 0 + 810,0
MS026 0,000 0,00 1,299 100,00 1,299
Est. 0 + 870,0
MS027 0,900 37,48 1,501 62,52 2,401
Est. 1 + 070,0
MS028 1,602 37,26 2,697 62,74 4,299
Montante
Est. 1 + 440,0
MS029 1,500 33,33 3,001 66,67 4,501
* MSXXX: MS - Marco de Superfície / XXX - N
0
do Instrumento
Os valores atuais demonstram que os recalques da barragem estão praticamente
estabilizados (Figuras II.1 e II.2 do Anexo II), observando-se pequenos incrementos de
recalque após a fase de enchimento do reservatório (média de 0,115 cm/ano). A
magnitude destes recalques é compatível com a geometria da barragem e com as
características geotécnicas dos materiais empregados em sua construção.
A comparação entre os valores medidos dos recalques, ao longo do eixo da barragem,
está mostrada na Figura 4.1 (valores até maio/2003), observando-se uma perfeita
similaridade dos perfis de recalques medidos tanto à montante como à jusante do eixo
da barragem. Tal comportamento evidencia a não geração de esforços de tração ao
longo da crista da barragem.
0
5
10
15
20
25
0 + 420 0 + 570 0 + 670 0 + 810 0 + 870 1 + 070 1 + 270
Estaca
Recalque (cm)
Recalque - Crista - Montante Recalque - Crista - Jusante
Figura 4.1 – Perfil dos Recalques Medidos pelos Marcos de Superfície
Instalados na Crista da BTMD (até maio/2003)
93
Os maiores valores ocorreram entre as estacas 0 + 420,0 a 0 + 670,0, uma vez que, nesta
zona, quase toda a barragem encontrava-se apoiada em solo transportado, com
espessuras médias entre 4,0 a 6,0 m , elevados graus de porosidade (55 % a 65 %) e de
compressibilidade (0,5 a 0,7). A camada de solo transportado estende-se até,
aproximadamente, a estaca 0 + 900,0, sendo que, a partir da estaca 0 + 500,0, este solo
não ocorre mais na região central da barragem, mas apenas nas áreas de fundação das
bermas laterais de equilíbrio. A elevada magnitude dos recalques está, provavelmente,
associada ao processo de colapso deste solo durante o período de enchimento do
reservatório. A Tabela 4.2 apresenta a comparação entre estes valores medidos (até
maio/2003) e os valores previstos de recalques em projeto (Tabela 3.10).
Tabela 4.2 – Recalques Medidos x Recalques Previstos - Marcos Superficiais da BTMD
Marco Superficial
Recalque Previsto em Projeto
(cm)
Recalques Medidos
(cm)
Est. 0 + 420,0 MS016 19,0 19,301
Est. 0 + 570,0 MS017 22,0 11,100
Est. 0 + 670,0 MS018 24,0 7,299
Est. 0 + 810,0 MS019 27,0 1,200
Est. 0 + 870,0 MS020 29,0 2,499
Est. 1 + 070,0 MS021 30,0 4,399
Jusante
Est. 1 + 440,0 MS022 30,0 4,599
Est. 0 + 420,0 MS023 19,0 18,299
Est. 0 + 570,0 MS024 22,0 11,599
Est. 0 + 670,0 MS025 24,0 7,599
Est. 0 + 810,0 MS026 27,0 1,299
Est. 0 + 870,0 MS027 29,0 2,401
Est. 1 + 070,0 MS028 30,0 4,299
Montante
Est. 1 + 440,0 MS029 30,0 4,501
Em geral, os valores observados estão bastante distantes dos valores estimados, à
exceção dos valores obtidos para os marcos instalados na estaca 0 + 420,0, que indicam
valores muito próximos (sinal de alerta) ou mesmo superiores (exigindo, portanto,
monitoramento mais intensivo e seu potencial de impacto sobre a segurança da
barragem) aos valores previstos em projeto.
94
As Tabelas 4.3 e 4.4 apresentam os recalques diferenciais, longitudinais e transversais,
medidos pelos marcos instalados na crista da barragem de terra da margem direita; os
valores máximos foram obtidos para as seções situadas entre os marcos 016 / 017 e
023 / 016, respectivamente.
Tabela 4.3 – Recalques Diferenciais Longitudinais – Marcos Superficiais da BTMD
Marco Superficial
Distâncias entre Marcos
(m)
Recalque Diferencial Longitudinal entre
Estacas
MS016 / MS017 150,0 0,5470 (mm/m) 1:1829
MS017 / MS018 100,0 0,3801 1:2631
MS018 / MS019 140,0 0,4360 1:2295
MS019 / MS020 60,0 0,2160 1:4618
MS020 / MS021 200,0 0,0950 1:10526
Jusante
MS021 / MS022 200,0 0,0100 1:1000000
MS023 / MS024 150,0 0,447 1:2238
MS024 / MS025 100,0 0,4000 1:2500
MS025 / MS026 140,0 0,4500 1:2222
MS026 / MS027 60,0 0,1840 1:5445
MS027 / MS028 200,0 0,0950 1:10537
Montante
MS028 / MS029 200,0 0,0101 1:99010
Tabela 4.4 – Recalques Diferenciais Transversais – Marcos Superficiais da BTMD
Marco Superficial
Distância entre Estacas
(m)
Recalque Diferencial
Transversal entre Estacas
MS023 / MS016 Est. 0 + 420,0 10,0 1,002 (mm/m) 1:998
MS024 / MS017 Est. 0 + 570,0 10,0 0,499 1:2004
MS025 / MS018 Est. 0 + 670,0 10,0 0,300 1:3333
MS026 / MS019 Est. 0 + 810,0 10,0 0,099 1:10101
MS027 / MS020 Est. 0 + 870,0 10,0 0,098 1:10204
MS028 / MS021 Est. 1 + 1070,0
10,0 0,100 1:10000
MS029 / MS022 Est. 1 + 440,0 10,0 0,098 1:10204
Os valores obtidos foram muito reduzidos e estão muito longe dos valores limites
especificados em projeto (distorção angular máxima de 1:100 e recalque diferencial
máximo de 5,0 mm/m, conforme recomendação de Libby et al. ,1993). Estes dados,
mais uma vez, estão bastante consistentes com a geometria da barragem e com as
características pouco deformáveis dos materiais de construção utilizados.
95
Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda
Os marcos de superfície, instalados na barragem de terra e na barragem de terra e
enrocamento localizadas na margem esquerda do empreendimento, somaram um total
de 48 marcos, atualmente, 21 deles encontram-se ativos. A Tabela 4.5 apresenta os
valores de recalques por fases, correspondentes às etapas de enchimento e pós-
enchimento do reservatório, dos 21 marcos de superfície atualmente ativos.
Tabela 4.5 – Recalques por Fases – Marcos Superficiais das Barragens de Terra e de
Terra e Enrocamento – Crista
Recalques por Fase (cm)
Marco Superficial
Enchimento
% de
Recalque
Pós-
Enchimento
% de
Recalque
Recalque
Total
(cm)
Est. 3 + 460,0
MS007
0,501 27,85 1,298 72,15 1,799
Est. 3 + 360,0
MS008
0,098 6,12 1,503 93,88 1,601
Est. 3 + 280,0
MS009
1,700 38,64 2,700 61,36 4,400
Est. 3 + 160,0
MS010
2,398 42,81 3,203 57,19 5,601
Est. 3 + 060,0
MS011
1,099 28,19 2,800 71,81 3,899
Est. 2 + 970,0
MS012
1,199 32,40 2,502 67,60 3,701
Est. 2 + 800,0
MS029
2,799 37,83 4,600 62,17 7,399
Est. 2 + 650,0
MS033
5,399 50,46 5,301 49,54 10,700
Est. 2 + 500,0
MS038
8,200 55,79 6,499 44,21 14,699
Est. 2 + 240,0
MS043
6,598 47,13 7,402 52,87 14,000
Montante
Est. 2 + 060,0
MS048
4,599 40,35 6,800 59,65 11,399
Est. 3 + 460,0
MS013
0,598 29,89 1,403 70,11 2,001
Est. 3 + 360,0
MS014
1,102 42,40 1,497 57,60 2,599
Est. 3 + 280,0
MS015
1,501 41,71 2,098 58,29 3,599
Est. 3 + 060,0
MS017
1,502 40,59 2,198 59,41 3,700
Est. 2 + 970,0
MS018
1,199 37,47 2,001 62,53 3,200
Est. 2 + 800,0
MS028
2,600 36,12 4,599 63,88 7,199
Est. 2 + 650,0
MS032
4,999 49,01 5,200 50,99 10,199
Est. 2 + 500,0
MS037
8,499 56,66 6,500 43,34 14,999
Est. 2 + 240,0
MS042
5,600 52,83 5,001 47,17 10,601
Jusante
Est. 2 + 060,0
MS047
3,701 39,79 5,600 60,21 9,301
Constata-se que os valores dos recalques medidos durante o período de enchimento do
reservatório foram, no máximo, iguais a 60 % dos recalques totais (maio/2003), para os
marcos localizados na região do antigo leito do rio (032, 033, 037, 038, 042, 043, 047 e
048). Para os demais marcos, os recalques variaram de 55 a 94 % dos recalques totais.
96
Estes resultados evidenciam um processo de não estabilização dos recalques, que se
encontram ainda em franco desenvolvimento. Esse comportamento é mais intenso para
os marcos instalados na crista da barragem de terra e enrocamento (037, 038, 042, 043,
047 e 048) em relação aos marcos instalados na crista da barragem de terra. Estes
resultados são plenamente justificados, uma vez que, nesta região da barragem, as
fundações foram apoiadas em rocha ou no derrame 5-6. Eventuais acréscimos das
taxas de recalques podem até ocorrer, mas, em geral, não devem ser preocupantes.
A Figura 4.2 representa os valores de recalque registrados para os marcos instalados na
crista, à montante e à jusante do eixo, pela equipe topográfica em maio/2003. Os
maiores recalques ocorrem na região do antigo leito do rio, estaca 0 + 500,0, e é
também nessa região que foram registradas as maiores diferenças entre as parcelas de
recalque à montante e à jusante do eixo. Os recalques foram bem menores nas demais
seções e implicam também a exemplo da barragem de terra da margem direita, a não
geração de esforços de tração ao longo da crista das barragens.
0
5
10
15
20
25
2 + 060 2 + 240 2 + 500 2 + 650 2 + 800 2 + 970 3 + 060 3 + 160 3 + 260 3 + 360 3 + 460
Estacas
Recalque (cm)
Recalque -Crista - Montante Recalque - Crista - Jusante
Figura 4.2 – Perfil dos Recalques Medidos pelos Marcos de Superfície
Instalados na Crista da BTME (até maio/2003)
A Tabela 4.6 apresenta uma comparação entre os valores dos recalques medidos à
montante e à jusante da crista das barragens de terra e de terra e enrocamento da
ombreira esquerda (até maio/2003) e os valores previstos em projeto (Tabela 3.11).
97
A evolução completa dos recalques ao longo do tempo, para os marcos instalados na
crista destas barragens, foi obtida com base no tratamento dos registros de campo pelo
Programa MONITOR e os gráficos resultantes são apresentados no Anexo III.
Tabela 4.6 – Recalques Medidos x Recalques Previstos – Marcos Superficiais da BTME
Marco Superficial
Recalque Previsto em Projeto
(cm)
Recalques Medidos
(cm)
Est. 3 + 460,0 MS007 19,0 1,799
Est. 3 + 360,0 MS008 23,0 1,601
Est. 3 + 280,0 MS009 26,0 4,400
Est. 3 + 160,0 MS010 29,0 5,601
Est. 3 + 060,0 MS011 32,0 3,899
Est. 2 + 970,0 MS012 35,0 3,701
Est. 2 + 800,0 MS029 40,0 7,399
Est. 2 + 650,0 MS033 45,0 10,700
Est. 2 + 500,0 MS038 50,0 14,699
Est. 2 + 240,0 MS043 46,0 14,000
Montante
Est. 2 + 060,0 MS048 32,0 11,399
Est. 3 + 460,0 MS013 23,0 2,001
Est. 3 + 360,0 MS014 26,0 2,599
Est. 3 + 280,0 MS015 29,0 3,599
Est. 3 + 060,0 MS017 32,0 3,700
Est. 2 + 970,0 MS018 35,0 3,200
Est. 2 + 800,0 MS028 40,0 7,199
Est. 2 + 650,0 MS032 45,0 10,199
Est. 2 + 500,0 MS037 50,0 14,999
Est. 2 + 240,0 MS042 46,0 10,601
Jusante
Est. 2 + 060,0 MS047 32,0 9,301
Todos os valores observados estão bastante inferiores aos previstos, apresentando,
entretanto, taxas de variação maiores que as observadas para os marcos da barragem de
terra da margem direita. Ainda assim, estes incrementos são bastante reduzidos e não
acarretam problemas maiores quanto ao comprometimento da segurança da barragem.
Analogamente, considerou-se a mesma abordagem anterior em relação aos recalques
diferenciais, longitudinais e transversais. Os valores observados foram muito inferiores
aos estimados. As Tabelas 4.7 e 4.8 apresentam os resultados dos recalques diferenciais
medidos pelos marcos instalados nas cristas das barragens de terra e de terra e
enrocamento da ombreira esquerda.
98
Constata-se que os recalques diferenciais transversais máximos ocorreram para os
marcos 042 / 043 (estaca 2 + 240,0). Estes recalques foram bastante menores que os
valores previstos, em escala muito superior aos recalques observados na BTMD.
Tabela 4.7 – Recalques Diferenciais Longitudinais – Marcos Superficiais da BTME
Marco Superficial Distâncias entre Marcos (m)
Recalque Diferencial Longitudinal
entre Estacas
MS008 / MS007 100,0 0,0198 (mm/m) 1:50505
MS009 / MS008 100,0 0,2800 1:3573
MS010 / MS009 100,0 0,1200 1:8326
MS011 / MS010 100,0 0,1700 1:5875
MS012 / MS011 90,0 0,0220 1:45455
MS029 / MS012 170,0 0,2180 1:4597
MS033 / MS029 150,0 0,2200 1:4544
MS038 / MS033 150,0 0,2670 1:3751
MS043 / MS038 260,0 0,0270 1:37195
Montante
MS048 / MS043 180,0 0,1445 1:6920
MS014 / MS013 100,0 0,0600 1:16722
MS015 / MS014 100,0 0,1000 1:10000
MS017 / MS015 200,0 0,0051 1:198020
MS018 / MS017 90,0 0,0560 1:18000
MS028 / MS018 170,0 0,2350 1:4251
MS032 / MS028 150,0 0,2000 1:5000
MS037 / MS032 150,0 0,3200 1:3125
MS042 / MS037 260,0 0,1690 1:5912
Jusante
MS047 / MS042 180,0 0,0720 1:13846
Tabela 4.8 – Recalques Diferenciais Transversais – Marcos Superficiais da BTME
Marco Superficial
Distância entre Estacas
(m)
Recalque Diferencial Transversal
entre Estacas
Est. 3 + 460,0
MS007 / MS013
10,0 0,202 (mm/m)
1:4950
Est. 3 + 360,0
MS008 / MS014
10,0 0,998 1:1002
Est. 3 + 280,0
MS009 / MS015
10,0 0,801 1:1248
Est. 3 + 060,0
MS011 / MS017
10,0 0,199 1:5025
Est. 2 + 970,0
MS012 / MS018
10,0 0,501 1:1996
Est. 2 + 800,0
MS029 / MS028
10,0 0,2 1:5000
Est. 2 + 650,0
MS033 / MS032
10,0 0,501 1:1996
Est. 2 + 500,0
MS038 / MS037
10,0 0,3 1:3333
Est. 2 + 240,0
MS043 / MS042
10,0 3,4 1:294
Est. 2 + 060,0
MS048 / MS047
10,0 2,098 1:477
99
4.2.2. – Medidores de Recalques IPT
Estes instrumentos encontram-se instalados em sete seções, sendo 5 localizadas na
barragem de terra da margem direita e 2 nas barragens de terra e de terra e enrocamento
da margem esquerda da UHE São Simão. Todos os medidores encontram-se em perfeito
funcionamento e as suas leituras são realizadas periodicamente (todos os gráficos das
leituras dos recalques medidos ao longo do tempo por estes instrumentos estão também
apresentados nos Anexos IV e V), a cada 6 meses (as últimas leituras computadas nestas
análises foram feitas em janeiro/2003).
A Tabela 4.9 apresenta os valores dos recalques obtidos para cada um destes medidores,
cada um contendo uma, duas ou três placas de medição, diferenciados em termos das
parcelas totais acumulados medidas nas fases de construção, enchimento e pós-
enchimento.
Tabela 4.9 – Recalques Acumulados Totais – Medidores IPT
Recalque (cm)
Medidores IPT
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IP101*-BTMD
31,2 48,8 49,6
IP102-BTMD 11,4 13,5 14,2
IP201-BTMD 35,2 39,0 39,1
IP202-BTMD 34,7 40,8 41,0
IP203-BTMD 18,9 25,3 25,8
IP204-BTMD 40,1 45,8 46,1
IP205-BTMD 34,6 41,2 41,9
IP206-BTMD 24,8 31,7 32,3
IP301-BTMD 16,5 15,9 16,0
IP302-BTMD 22,2 22,2 22,0
IP303-BTMD 9,1 9,1 9,4
IP304-BTMD 14,0 14,0 14,0
IP305-BTMD 15,1 16,3 16,5
IP306-BTMD 13,4 16,5 16,8
IP401-BTMD 8,8 8,6 8,6
IP402-BTMD 12,4 13,1 13,0
IP403-BTMD 8,6 9,7 9,2
IP404-BTMD 30,7 36,6 36,7
100
IP501-BTMD 11,0 12,4 13,0
IP502-BTMD 27,4 28,7 29,6
IP503-BTMD 15,9 17,8 19,4
IP101-BTME 9,1 12,4 13,2
IP102-BTME 18,7 24,6 25,3
IP103-BTME 1,0 8,1 9,7
IP104-BTME 4,0 4,9 5,0
IP105-BTME 3,9 5,0 4,9
IP106-BTME 2,2 3,6 4,1
IP601-BTME 14,3 26,7 27,3
IP602-BTME 12,0 23,2 24,4
IP603-BTME 1,8 16,3 17,8
* IPXXX: IP - Medidor IPT / XXX - N
0
do Instrumento
Os valores iniciais contemplam os recalques imediatos quando da instalação de algumas
placas, que atingiram, em alguns casos, magnitudes de até 5,6 cm. Cerca de 90 % dos
recalques ocorreram até o final do período de enchimento do reservatório. Os
incrementos dos recalques mostram-se bastante reduzidos, sendo no máximo, iguais a ±
0,2 a ± 0,3 cm/ano. Estes dados ratificam o processo efetivo de estabilização dos
recalques (Figura 4.3), previamente demonstrado pelas análises dos resultados dos
marcos superficiais. Em todos os casos, os valores de projeto pré-estabelecidos foram
sensivelmente maiores que aqueles efetivamente registrados pela instrumentação.
UHEo Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Medidor de recalque IPT
SSMEIP101 SSMEIP102 SSMEIP103 SSMEIP104 SSMEIP105 SSMEIP106
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 4.3 – Resultados Típicos dos Medidores de Recalques IPT
101
Barragem de Terra da Margem Direita
Na BTMD, as 5 seções instrumentadas (seções 1, 2, 3, 4 e 5) contemplam 9 medidores
de recalque IPT e um total de 21 placas de registro. Na seção 1 (Figura I.4 do Anexo I),
existem dois medidores, cada um com uma única placa de registro (IP101 e IP102).
Esses instrumentos foram instalados na fundação, com o intuito de monitorar os
recalques devido às camadas dos solos residual e transportado existentes no local.
A placa IP101, encontra-se posicionada na interface entre o núcleo argiloso e o solo
transportado de fundação, que apresenta, localmente, uma espessura entre 4,0 a 6,0 m,
aproximadamente. Abaixo deste solo, ocorre uma lente laminar de cascalho de apenas
0,4 cm de espessura, sobrejacente a uma camada de solo residual com 25,0 m de
espessura. A placa IP102 encontra-se apoiada na camada de solo residual, em estaca
próxima à do medidor IP101 (cerca de 1,5 m). Os recalques totais acumulados nestas
placas, até janeiro/2003, foram de 49,6 cm e 14,2 cm, respectivamente (Figura IV.1 do
Anexo IV).
Os valores de projeto previstos nesta seção da barragem foram de 57,0 cm para o
recalque total, com uma contribuição estimada de 45,0 cm devido às deformações da
camada do solo transportado de fundação (Tabela 3.9). Os recalques medidos foram de
35,4 cm para a camada de solo transportado e de 14,2 cm para a camada de solo
residual, totalizando, portanto, 49,6 cm (Tabela 4.9), valor inferior ao prescrito em
projeto, conforme mencionado previamente.
Na seção 2 (Figura I.5 do Anexo I), foram instalados dois medidores de recalque IPT
com três placas de registro cada um, ambos localizados na mesma estaca, um a 5,0 m à
montante e o outro a 26,0 m à jusante do eixo da barragem. Em relação ao primeiro
medidor, a placa IP201 encontra-se assente na interface entre o núcleo argiloso e o solo
residual de fundação e as placas IP202 e IP203 encontram-se inseridas no núcleo
argiloso. Para o segundo medidor, as duas placas superiores (IP205 e IP206) estão
alocadas no cascalho de terraço e, portanto, medem os recalques ocorridos no domínio
do maciço da BTMD. Já a placa inferior (IP204) encontra-se instalada na fundação da
102
barragem, na zona de interface entre o maciço e a camada de solo transportado com
cerca de 3,0 m de espessura, abaixo da qual, ocorre uma camada de 10,0 m de espessura
de solo residual.
Na seção 3 (Figura I.6 do Anexo I), foram instalados dois medidores de recalque IPT,
cada um também com três placas de registro, ambos à jusante, um a 3,9 m e o outro a
50,0 m do eixo da barragem. No caso do primeiro medidor, a placa IP301, mais inferior,
encontra-se assente na interface do núcleo argiloso e da fundação em solo residual, que
apresenta, localmente, 13,0 m de espessura. As placas IP302 e IP303 encontram-se em
diferentes elevações do núcleo argiloso. O segundo medidor também possui três placas:
a placa IP304, posicionada na interface entre o cascalho de terraço e o solo residual
existente na fundação (espessura local de 16,0 m) e as placas IP305 e IP306 instaladas,
respectivamente, no cascalho de terraço e no random compactado. A diferença dos
valores dos recalques das placas IP301 e IP304 refere-se às deformações devidas apenas
ao solo residual de fundação (Figura IV.4 do Anexo IV).
Na seção 4 (Figura I.7 do Anexo I), foram instalados dois medidores à jusante do eixo
da barragem, a distâncias de 60,0 e 97,7 m do eixo, respectivamente. O primeiro
medidor possuía três placas de registro: a placa IP401 posicionada na interface entre o
cascalho de terraço e o solo residual de fundação (espessura local da ordem de 7,0 m) e
as placas IP402 e IP403 assentadas, respectivamente, no cascalho de terraço e no
random compactado. O segundo medidor apresentava uma única placa de registro, que
foi instalada na interface entre o random compactado e o solo transportado de fundação,
de espessura local muito reduzida e sobreposta a uma camada de solo residual de,
aproximadamente, 20,0 m de espessura. Os resultados registrados por esses medidores
mostram que os recalques estão estabilizados desde o final do enchimento do
reservatório. São observados incrementos de recalque com o tempo de, no máximo, ±
0,3 cm/ano (Figura IV.4 do Anexo IV).
Na seção 5 (Figura I.8 do Anexo I), foi instalado um único medidor dotado de três
placas de registro, todas posicionadas no núcleo argiloso do maciço compactado. A
fundação da barragem, nessa seção, é em rocha sã.
103
Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda
Na BTME, as duas seções instrumentadas (seções 1 e 6) contemplam três medidores de
recalque IPT e um total de nove placas de registro. Na seção 1 da BTME (Figura I.12 do
Anexo I), foram instalados dois instrumentos, cada um com três placas de registro, a
distâncias de 3,9 m e de 45,0 m à jusante do eixo da barragem. Todas as placas do
primeiro medidor - IP101 a IP103 - encontram-se localizadas no núcleo argiloso da
barragem, ao passo que todas as três placas de registro do segundo medidor - IP104 a
IP106 - encontram-se instaladas no cascalho de terraço. Apenas a placa IP103 vem
detectando ainda acréscimos graduais dos recalques nesta região da barragem (Figura
V.1 do Anexo V).
Na seção 6 (Figura I.17 do Anexo I), instalou-se um terceiro medidor de recalques tipo
IPT na BTME, dotado também de três placas - IP601 a IP603. Todas as placas
encontram-se assentadas no cascalho de terraço. Nesta região, a fundação da barragem é
em rocha e, assim, os valores medidos por esses instrumentos registram apenas os
recalques oriundos do aterro compactado da barragem, que se encontram praticamente
estabilizados.
4.2.3. – Inclinômetros
Barragem de Terra da Margem Direita
Foram instalados sete inclinômetros para medir recalques nos maciços das barragens da
UHE São Simão, sendo três na BTMD (designados por IR100, IR200 e IR300,
terminologia adotada também para os instrumentos instalados na BTME). O
inclinômetro IR100, instalado na seção 2 (estaca 0 + 670,0) da barragem de terra da
ombreira direita (Figura I.5 do Anexo I), possui 25 segmentos (com 9, 14 e 2 segmentos
em contato com os solos de fundação (solo transportado e solo residual), núcleo
argiloso e o cascalho de terraço, respectivamente (seqüência inversa do perfil)). A
Tabela 4.10 apresenta os valores dos recalques acumulados totais em três segmentos
típicos do perfil geotécnico analisado por este instrumento (leituras até março/2003).
104
Tabela 4.10 – Recalques Acumulados Totais – Inclinômetro IR100 / BTMD
Recalque (cm)
Inclinômetro
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IR109* 29,3 32,4 32,6
IR114 36,2 41,7 42,1
IR125 3,7 9,9 11,3
* IRXXX: IR – Inclinômetro de Recalque / XXX - N
0
do Instrumento
Constata-se, mais uma vez, que a magnitude quase que total dos recalques ocorreram
até o final do período de enchimento do reservatório e que os mesmos encontram-se
praticamente estabilizados atualmente. O recalque acumulado até o final do período de
enchimento do reservatório foi de 32,4 cm para as camadas locais de fundação (solo
transportado + solo residual), medido no segmento IR109 (interface aterro / fundação).
O recalque máximo ao longo da camada do aterro compactado foi de 42,1 cm (Figura
VI.1a do Anexo VI), registrado pelo segmento IR114 (localizado no interior do maciço
de solo compactado). No topo do perfil, o segmento IR125 indicou um valor de
11,3 cm. Os valores medidos foram bastante inferiores àqueles pré-estabelecidos em
projeto. A Figura 4.4 apresenta as curvas da evolução dos recalques com o tempo para
os segmentos IR108, IR114 e IR125 do inclinômetro IR100, da BTMD.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro recalque
SSMDIR108 SSMDIR114 SSMDIR125
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 4.4 – Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR100 / BTMD
105
Dois outros inclinômetros - IR200 e IR300 - encontram-se instalados na seção 3 (estaca
0 + 810,0), a 4,0 e 51,5 m à jusante do eixo da barragem, respectivamente. O primeiro
destes inclinômetros possui 31 segmentos de tubo, com 9, 18 e 4 segmentos inseridos
no solo residual, no núcleo argiloso e no cascalho de terraço, respectivamente.
Atualmente, este instrumento encontra-se obstruído até o segmento IR207. O
inclinômetro IR300 apresenta 25 segmentos (11, 6 e 8 segmentos localizados no solo
residual, no cascalho de terraço e no random compactado, respectivamente) e tem sua
cota de apoio na 352,3 m, encontrando-se também obstruído parcialmente. A Tabela
4.11 apresenta resultados típicos dos recalques acumulados totais medidos em
segmentos específicos destes inclinômetros.
Tabela 4.11 – Recalques Acumulados Totais – Inclinômetros IR200 e IR300 / BTMD
Recalque (cm)
Inclinômetro
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IR209 17,7 17,4 17,7
IR216 24,3 24,3 24,7
IR231 3,0 3,3 6,6
IR311 14,7 14,4 14,5
IR317 16,0 17,8 18,6
IR325 4,5 8,6 10,3
Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda
Na BTME, 4 inclinômetros foram instalados em 3 seções diferentes. Na estaca 3 +
158,5, foram instalados os inclinômetros designados como IR100 e IR200 da margem
esquerda, localizados, respectivamente a distâncias de 3,9 e 45,0 m à jusante do eixo.
O inclinômetro IR100 possui 32 segmentos de tubo, com 26 e 6 segmentos localizados,
respectivamente, no núcleo argiloso e no cascalho de terraço do maciço. O inclinômetro
IR200, por sua vez, foi instalado com 19 segmentos, sendo que, deste total, 2 e 17
segmentos estão localizados nas zonas do dreno e do cascalho de terraço. Os valores
medidos de recalques foram muito reduzidos nesta região da barragem, não excedendo
6,0 cm (segmento IR213 – Figura VII.2b do Anexo VII).
106
A Tabela 4.12 apresenta valores dos recalques acumulados totais medidos em
segmentos específicos destes inclinômetros.
Tabela 4.12 – Recalques Acumulados Totais – Inclinômetros IR100 e IR200 / BTME
Recalque (cm)
Inclinômetro
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IR119 13,9 23,3 25,2
IR132 - 2,0 4,7
IR202 1,9 2,8 3,3
IR219 1,8 2,1 4,0
Os valores dos recalques medidos foram em geral bastante reduzidos; valores maiores
foram obtidos apenas no terço central do núcleo argiloso e na seção próxima ao núcleo
da barragem, com os valores máximos iguais a 25,2 cm (Tabela 4.12). Os recalques
nesta região da barragem encontram-se praticamente estabilizados (Anexo VII).
O inclinômetro IR300 encontra-se localizado na seção 8 (estaca 2 + 410,0), e a 3,9 m à
jusante do eixo. Todos os 75 segmentos desse instrumento encontram-se localizados nas
zonas do cascalho de terraço. Trata-se de uma região da barragem ainda em processo
contínuo de deformação do maciço, principalmente na zona superior limitada pelo
segmento IR338, fato justificado pela maior altura da barragem nessa região e pelas
características geotécnicas do cascalho de terraço. O valor máximo dos recalques
atingiu 49,0 cm (no segmento IR334), sendo de 18,1 cm no topo do instrumento. A
Tabela 4.13 apresenta os valores dos recalques acumulados totais medidos em
segmentos específicos deste inclinômetro e a Figura 4.5 mostra a evolução dos
recalques com o tempo para os segmentos IR334 e IR375.
Tabela 4.13 – Recalques Acumulados Totais – Inclinômetro IR300 / BTME
Recalque (cm)
Inclinômetro
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IR334 31,6 44,8 49,0
IR375 - 10,9 18,1
107
O inclinômetro IR400 encontra-se localizado na seção 8A (estaca 2 + 325,0), possuindo
51 segmentos, integralmente inseridos no domínio do cascalho de terraço. Este
instrumento registra também uma continuidade dos processos de recalque,
particularmente na zona delimitada entre os segmentos IR415 e IR428, com valores
totais, entretanto, inferiores aos registrados pelo inclinômetro IR300. Os demais
segmentos, embora registrem incrementos de recalques, as taxas de variação observadas
são bastante inferiores às do trecho anterior. O valor máximo dos recalques foi de
33,9 cm (no segmento IR431), sendo de 13,4 cm no topo do instrumento.
UHEo Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro recalque
SSMEIR334 - Recalque (cm) SSMEIR375 - Recalque (cm)
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 4.5 – Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR300 / BTME
A Tabela 4.14 apresenta os valores dos recalques acumulados totais medidos em
segmentos específicos deste inclinômetro, e a Figura 4.6 mostra a evolução dos
recalques medidos com o tempo para os segmentos IR449 e IR451.
Tabela 4.14 – Recalques Acumulados Totais – Inclinômetro IR400 / BTME
Recalque (cm)
Inclinômetro
Construção Enchimento Pós-Enchimento
IR431 16,1 24,4 33,9
IR451 - 8,4 13,4
1
08
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro recalque
SSMEIR449 - Recalque (cm) SSMEIR451 - Recalque (cm)
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 4.6 – Curvas dos Recalques para Segmentos do Inclinômetro IR400 / BTME
4.3. – Deslocamentos Horizontais
4.3.1. – Inclinômetros
O controle dos deslocamentos horizontais tem sido feito, apenas, pelas leituras dos sete
inclinômetros instalados nas margens direita e esquerda da UHE São Simão, não se
utilizando os marcos superficiais para este tipo de monitoramento. A Tabela 4.15
apresenta os valores limites máximos dos deslocamentos horizontais, nas direções de
montante-jusante e esquerda-direita, registrados por cada instrumento ao longo das
diferentes fases (construtiva, enchimento e pós-enchimento do reservatório).
Tabela 4.15 – Deslocamentos Horizontais Máximos Medidos pelos Inclinômetros
Deslocamento Horizontal Acumulado (cm)
Construtivo Enchimento Pós-enchimento
Inclinômetro
Montante-
Jusante
Esquerda-
Direita
Montante-
Jusante
Esquerda-
Direita
Montante-
Jusante
Esquerda-
Direita
ID100-BTMD -3,526 +4,223 -4,346 +5,699 -10,988 +5,863
ID200-BTMD +2,378 +2,296 +2,665 +2,788
±2,624
-7,052
ID300-BTMD -2,542 2,542 -5,781 +2,665 -10,250 -3,608
ID100*-BTME +1,394** +0,943*** +2,501 +2,091 -6,068 -6,314
ID200-BTME -1,312 +1,107 -1,886 +1,681 -7,216 -2,542
ID300-BTME +1,886 +2,091 -14,432 +6,970 -28,823 +13,817
ID400-BTME -0,779 +0,820 -11,234 +6,970 -16,769 +12,628
* IDXXX: ID – Inclinômetro de Deflexão / XXX - N
0
do Instrumento
** (+) : Deslocamento para Montante; *** (+) : Deslocamento para a Esquerda
109
Registros típicos da evolução dos deslocamentos horizontais das barragens de terra e de
terra e enrocamento da UHE São Simão durante as fases, construtiva, de enchimento e
pós-enchimento do reservatório, obtidos através dos inclinômetros instalados em várias
regiões do maciço tiveram seus dados tratados pelo Programa MONITOR (Anexos VIII
e IX). Cada gráfico correspondente a um dado instrumento será analisado, em termos da
direção geral dos deslocamentos e das seções analisadas.
Barragem de Terra da Margem Direita
Conforme exposto no item anterior, foram instalados três inclinômetros na BTMD da
UHE São Simão. Os dados foram plotados e analisados para cada fase da vida útil da
barragem. A Figura 4.7 ilustra a evolução destes deslocamentos, para a fase construtiva,
conforme dados do inclinômetro ID100 (localizado próximo à ombreira direita).
Evidencia-se um comportamento bastante aleatório dos deslocamentos, fortemente
condicionado pela seqüência construtiva adotada, com tendência geral de movimentação
para jusante ao longo de todo o perfil (Figura 4.7a). Na direção esquerda-direita, a
tendência geral é de movimentação para a ombreira esquerda (zonas superficiais do
maciço), com movimentação inversa a maiores profundidades (Figura 4.7b).
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 17/03/75
SSMDID100 em 20/05/75
SSMDID100 em 02/06/75
SSMDID100 em 17/06/75
SSMDID100 em 24/02/76
SSMDID100 em 18/03/76
SSMDID100 em 22/04/76
SSMDID100 em 18/05/76
SSMDID100 em 15/06/76
SSMDID100 em 08/07/76
SSMDID100 em 18/08/76
SSMDID100 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,070
368,889
372,708
376,526
380,345
384,164
387,983
391,802
395,620
399,439
403,258
-3,526 0,000 3,526
(a)
110
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro defleo
SSMDID100 em 17/03/75
SSMDID100 em 20/05/75
SSMDID100 em 02/06/75
SSMDID100 em 30/07/75
SSMDID100 em 08/09/75
SSMDID100 em 18/03/76
SSMDID100 em 22/04/76
SSMDID100 em 15/06/76
SSMDID100 em 08/07/76
SSMDID100 em 18/08/76
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
365,070
368,560
372,049
375,539
379,028
382,518
386,007
389,496
392,986
396,475
399,965
-4,223 0,000 4,223
(b)
Figura 4.7 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante – Jusante ; (b) Direção Esquerda – Direita
Estes efeitos foram intensificados durante a fase de enchimento e pós-enchimento
(variações do NA), mantendo-se, entretanto, o comportamento geral observado em
termos da direção montante–jusante (Figuras 4.8 e 4.9) e esquerda-direita.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 24/08/77
SSMDID100 em 06/09/77
SSMDID100 em 07/10/77
SSMDID100 em 18/10/77
SSMDID100 em 02/11/77
SSMDID100 em 16/11/77
SSMDID100 em 30/11/77
SSMDID100 em 04/01/78
SSMDID100 em 10/02/78
SSMDID100 em 10/03/78
SSMDID100 em 10/04/78
SSMDID100 em 12/07/78
SSMDID100 em 19/09/78
SSMDID100 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,065
368,884
372,704
376,523
380,342
384,161
387,981
391,800
395,619
399,439
403,258
-4,346 0,000 4,346
Figura 4.8 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase de Enchimento e Direção Montante – Jusante)
111
UHE São Sio - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 16/02/79
SSMDID100 em 09/04/79
SSMDID100 em 13/06/79
SSMDID100 em 11/02/80
SSMDID100 em 15/04/80
SSMDID100 em 12/05/86
SSMDID100 em 08/02/91
SSMDID100 em 01/09/99
SSMDID100 em 06/09/01
SSMDID100 em 15/04/02
SSMDID100 em 02/08/02
SSMDID100 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,061
368,874
372,688
376,501
380,315
384,128
387,941
391,755
395,568
399,382
403,195
-10,988 0,000 10,988
Figura 4.9 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID100
(Fase de Pós-Enchimento e Direção Montante – Jusante)
Na condição mais recente, os deslocamentos máximos foram registrados no topo do
instrumento, sendo da ordem de 4,0 cm para jusante (valor bem inferior ao de projeto,
que é de 12,09 cm) e em torno de 5,0 cm em direção à ombreira esquerda, valor
próximo ao valor limite prescrito por Silveira e Ávila (1995), igual a 6,4 cm.
No caso do inclinômetro ID200 (posicionado praticamente na região central da
barragem), o comportamento observado é bastante distinto do anterior (Figura 4.10).
UHE São Sio - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro deflexão
SSMDID200 em 19/03/75
SSMDID200 em 17/04/75
SSMDID200 em 24/04/75
SSMDID200 em 01/07/75
SSMDID200 em 14/07/75
SSMDID200 em 15/10/75
SSMDID200 em 10/12/75
SSMDID200 em 26/02/76
SSMDID200 em 07/07/76
SSMDID200 em 18/08/76
SSMDID200 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
355,245
360,039
364,834
369,628
374,422
379,216
384,011
388,805
393,599
398,394
403,188
-2,378 0,000 2,378
(a)
112
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro defleo
SSMDID200 em 19/03/75
SSMDID200 em 17/04/75
SSMDID200 em 24/04/75
SSMDID200 em 27/08/75
SSMDID200 em 23/09/75
SSMDID200 em 15/10/75
SSMDID200 em 10/12/75
SSMDID200 em 26/02/76
SSMDID200 em 07/07/76
SSMDID200 em 18/08/76
SSMDID200 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
355,245
360,039
364,834
369,628
374,422
379,216
384,011
388,805
393,599
398,394
403,188
-2,296 0,000 2,296
(b)
Figura 4.10 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID200
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante – Jusante; (b) Direção Esquerda – Direita
Nesta seção, os deslocamentos horizontais ocorreram tipicamente para jusante e para a
esquerda, em uma distribuição quase regular ao longo do perfil geotécnico investigado
no primeiro caso (com valores máximos no terço médio do perfil) e predominantemente
para a esquerda no segundo caso, embora com oscilações aleatórias determinadas pelas
variações complexas dos procedimentos construtivos inerentes a uma barragem zoneada
e constituída por diferentes materiais de construção.
Nas fases seguintes, os registros do instrumento indicaram um comportamento bastante
complexo, ora caracterizando uma tendência definida, ora evidenciando uma gama de
variações aleatórias e irregularmente distribuídas ao longo do perfil (Figuras 4.11 e
4.12).
Aliado à própria variação dos registros, constata-se um claro deslocamento da base do
instrumento (de difícil justificativa, face à regularidade e consistência dos registros ao
longo do tempo).A repetibilidade dos registros na base do eixo dos deslocamentos
horizontais dos gráficos, relativos à última leitura realizada, constitui um problema
inerente ao próprio Programa MONITOR.
113
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 24/08/77
SSMDID200 em 08/09/77
SSMDID200 em 08/10/77
SSMDID200 em 18/10/77
SSMDID200 em 02/11/77
SSMDID200 em 19/11/77
SSMDID200 em 30/11/77
SSMDID200 em 05/01/78
SSMDID200 em 10/02/78
SSMDID200 em 10/03/78
SSMDID200 em 10/04/78
SSMDID200 em 13/07/78
SSMDID200 em 19/09/78
SSMDID200 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
364,465
368,337
372,210
376,082
379,954
383,826
387,699
391,571
395,443
399,316
403,188
-2,665 0,000 2,665
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 24/08/77
SSMDID200 em 08/09/77
SSMDID200 em 08/10/77
SSMDID200 em 18/10/77
SSMDID200 em 02/11/77
SSMDID200 em 19/11/77
SSMDID200 em 30/11/77
SSMDID200 em 05/01/78
SSMDID200 em 10/02/78
SSMDID200 em 10/03/78
SSMDID200 em 10/04/78
SSMDID200 em 13/07/78
SSMDID200 em 19/09/78
SSMDID200 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
364,465
368,337
372,210
376,082
379,954
383,826
387,699
391,571
395,443
399,316
403,188
-2,788 0,000 2,788
(b)
Figura 4.11 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID200
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante – Jusante; (b) Direção Esquerda – Direita
114
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 16/02/79
SSMDID200 em 09/04/79
SSMDID200 em 13/06/79
SSMDID200 em 09/05/85
SSMDID200 em 29/07/88
SSMDID200 em 08/02/91
SSMDID200 em 29/09/95
SSMDID200 em 28/08/96
SSMDID200 em 01/09/99
SSMDID200 em 05/09/01
SSMDID200 em 15/04/02
SSMDID200 em 02/08/02
SSMDID200 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
364,465
368,311
372,157
376,003
379,849
383,695
387,541
391,387
395,233
399,079
402,925
-2,624 0,000 2,624
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro defleo
SSMDID200 em 16/02/79
SSMDID200 em 09/04/79
SSMDID200 em 13/06/79
SSMDID200 em 13/08/79
SSMDID200 em 07/10/80
SSMDID200 em 24/04/81
SSMDID200 em 12/05/86
SSMDID200 em 14/11/86
SSMDID200 em 09/03/94
SSMDID200 em 19/03/99
SSMDID200 em 01/09/99
SSMDID200 em 01/09/00
SSMDID200 em 05/09/01
SSMDID200 em 02/08/02
SSMDID200 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
364,465
368,311
372,157
376,003
379,849
383,695
387,541
391,387
395,233
399,079
402,925
-7,052 0,000 7,052
(b)
Figura 4.12 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID200
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante–Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
O terceiro inclinômetro ID300 está localizado na mesma estaca do inclinômetro
anterior, mas deslocado de cerca de 50,0 m em direção ao talude de jusante. Os registros
obtidos por este instrumento, nas fases construtiva, de enchimento e s-enchimento
(indicados apenas na direção montante-jusante) estão dados nas Figuras 4.13a a 4.13c.
115
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 19/03/75
SSMDID300 em 17/04/75
SSMDID300 em 26/05/75
SSMDID300 em 14/09/75
SSMDID300 em 29/09/75
SSMDID300 em 24/10/75
SSMDID300 em 28/02/76
SSMDID300 em 18/03/76
SSMDID300 em 09/07/76
SSMDID300 em 24/08/76
SSMDID300 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,630
358,298
361,965
365,633
369,301
372,969
376,636
380,304
383,972
387,639
391,307
-2,542 0,000 2,542
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 24/08/77
SSMDID300 em 08/09/77
SSMDID300 em 07/10/77
SSMDID300 em 19/10/77
SSMDID300 em 20/01/78
SSMDID300 em 15/02/78
SSMDID300 em 15/03/78
SSMDID300 em 14/04/78
SSMDID300 em 13/07/78
SSMDID300 em 18/09/78
SSMDID300 em 20/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,630
358,295
361,961
365,626
369,292
372,957
376,622
380,288
383,953
387,619
391,284
-5,781 0,000 5,781
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 20/02/79
SSMDID300 em 09/04/79
SSMDID300 em 13/06/79
SSMDID300 em 12/05/86
SSMDID300 em 14/11/86
SSMDID300 em 20/02/90
SSMDID300 em 16/07/90
SSMDID300 em 26/08/98
SSMDID300 em 08/09/00
SSMDID300 em 10/09/01
SSMDID300 em 15/04/02
SSMDID300 em 02/08/02
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,629
358,444
362,260
366,075
369,890
373,706
377,521
381,336
385,151
388,967
392,782
-10,250 0,000 10,250
(c)
Figura 4.13 – Deslocamentos Horizontais da BTMD Medidos pelo Inclinômetro ID300
(Direção Montante-Jusante:Fase Construtiva (a), Enchimento (b) e Pós-Enchimento (c))
116
Os registros mostram uma forte tendência inicial de movimentação da barragem em
direções opostas ao longo do perfil investigado (Figura 4.13a), processo que se acentua
para os deslocamentos de montante e que se dilui para os deslocamentos de jusante nas
fases seguintes, particularmente nas zonas superiores do perfil (Figuras 4.13b e 4.13c).
Este processo, embora bastante aleatório e muito sensível às variações do nível do
reservatório, implicou, entretanto, valores de oscilações sempre limitadas, com folga
razoável, às faixas especificadas destas grandezas em termos de valores limites.
Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda
Os registros da evolução dos deslocamentos horizontais, medidos durante a fase
construtiva pelos 04 inclinômetros instalados na margem esquerda da UHE São Simão e
processados pelo Programa MONITOR, estão apresentados a seguir, em termos da
direção geral montante jusante dos deslocamentos ocorridos (a repetição incontrolada
dos dados relativos à última leitura é problema do programa). Estes dados são
apresentados para as fases de construção (Figura 4.14), enchimento (Figura 4.15) e pós-
construção (Figura 4.16).
Na fase inicial, os registros foram limitados por imposições das etapas construtivas,
sendo, em alguns casos, feitas apenas leituras parciais dos instrumentos. A
movimentação ocorreu, em geral, para montante, com oscilações para jusante.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 04/11/75
SSMEID100 em 17/11/75
SSMEID100 em 13/12/75
SSMEID100 em 17/01/76
SSMEID100 em 02/03/76
SSMEID100 em 17/03/76
SSMEID100 em 20/04/76
SSMEID100 em 11/05/76
SSMEID100 em 15/06/76
SSMEID100 em 05/07/76
SSMEID100 em 16/08/76
SSMEID100 em 29/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
351,177
356,181
361,184
366,188
371,191
376,195
381,199
386,202
391,206
396,209
401,213
-1,394 0,000 1,394
(a)
117
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 23/10/75
SSMEID200 em 04/11/75
SSMEID200 em 17/11/75
SSMEID200 em 15/12/75
SSMEID200 em 17/01/76
SSMEID200 em 09/03/76
SSMEID200 em 25/03/76
SSMEID200 em 19/04/76
SSMEID200 em 10/05/76
SSMEID200 em 11/06/76
SSMEID200 em 05/07/76
SSMEID200 em 17/08/76
SSMEID200 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,789
355,636
358,483
361,330
364,177
367,025
369,872
372,719
375,566
378,413
381,260
-1,312 0,000 1,312
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 19/04/76
SSMEID300 em 15/05/76
SSMEID300 em 27/06/76
SSMEID300 em 11/07/76
SSMEID300 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,833
293,853
305,873
317,893
329,913
341,933
353,953
365,973
377,993
390,013
402,033
-1,886 0,000 1,886
(c)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 11/07/76
SSMEID400 em 22/08/76
SSMEID400 em 22/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
315,485
324,327
333,169
342,012
350,854
359,696
368,538
377,380
386,223
395,065
403,907
-0,779 0,000 0,779
(d)
Figura 4.14 – Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME (Fase
Construtiva e Direção Montante – Jusante): a - d: ID100 – ID200 – ID300 e ID400
118
Na fase de enchimento do reservatório, os resultados mostram uma movimentação geral
da barragem ora para jusante ora para montante. Este comportamento está
intrinsecamente associado à magnitude dos recalques ocorridos nas zonas do maciço à
montante, durante o enchimento.
A regra geral é de uma movimentação para jusante como se verifica para as seções
instrumentadas com os inclinômetros ID200, ID300 e ID400, todos localizados ao longo
do cascalho de terraço. Entretanto, no caso de recalques de magnitude elevada, ocorre
uma tendência inversa, ou seja, de movimentação da barragem para montante. Isto é
evidenciado pelas leituras do inclinômetro ID100 (Figura 4.15a), inserido quase que
totalmente no núcleo argiloso da barragem.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 10/09/77
SSMEID100 em 05/10/77
SSMEID100 em 19/10/77
SSMEID100 em 02/11/77
SSMEID100 em 15/11/77
SSMEID100 em 02/12/77
SSMEID100 em 17/01/78
SSMEID100 em 17/02/78
SSMEID100 em 21/03/78
SSMEID100 em 15/04/78
SSMEID100 em 15/07/78
SSMEID100 em 20/09/78
SSMEID100 em 17/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,828
357,834
362,839
367,845
372,851
377,857
382,862
387,868
392,874
397,879
402,885
-2,501 0,000 2,501
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 25/08/77
SSMEID200 em 06/09/77
SSMEID200 em 05/10/77
SSMEID200 em 20/10/77
SSMEID200 em 20/01/78
SSMEID200 em 15/02/78
SSMEID200 em 15/03/78
SSMEID200 em 17/04/78
SSMEID200 em 19/07/78
SSMEID200 em 20/09/78
SSMEID200 em 21/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,783
355,657
358,531
361,406
364,280
367,154
370,028
372,902
375,777
378,651
381,525
-1,886 0,000 1,886
(b)
119
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 25/08/77
SSMEID300 em 07/09/77
SSMEID300 em 10/11/77
SSMEID300 em 21/01/78
SSMEID300 em 23/02/78
SSMEID300 em 30/03/78
SSMEID300 em 27/04/78
SSMEID300 em 24/07/78
SSMEID300 em 27/09/78
SSMEID300 em 24/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,812
293,998
306,184
318,370
330,556
342,743
354,929
367,115
379,301
391,487
403,673
-14,432 0,000 14,432
(c)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/08/77
SSMEID400 em 09/09/77
SSMEID400 em 20/09/77
SSMEID400 em 06/10/77
SSMEID400 em 20/10/77
SSMEID400 em 03/11/77
SSMEID400 em 18/11/77
SSMEID400 em 03/12/77
SSMEID400 em 20/01/78
SSMEID400 em 20/02/78
SSMEID400 em 04/04/78
SSMEID400 em 03/05/78
SSMEID400 em 21/07/78
SSMEID400 em 25/09/78
SSMEID400 em 22/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
323,694
331,715
339,737
347,758
355,780
363,801
371,823
379,844
387,866
395,887
403,909
-11,234 0,000 11,234
(d)
Figura 4.15 – Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME (Fase
de Enchimento e Direção Montante – Jusante): a - d: ID100 – ID200 – ID300 e ID400
Na fase de pós-enchimento (Figura 4.16), observa-se uma tendência geral de
movimentação da barragem para jusante, embora com oscilações diversas em função
das variações do nível do reservatório. Os valores acumulados dos deslocamentos
horizontais, entretanto, em todas as condições analisadas, mostraram-se sempre muito
inferiores aos valores prescritos em projeto, à exceção do inclinômetro ID100, que
registra atualmente um valor de 5,0 cm (esquerda) contra 4,8 cm previsto em projeto. A
distribuição dos deslocamentos obtidos não configura também a possibilidade de
concentração de deslocamentos cisalhantes na base do perfil, eliminando-se, assim, a
possibilidade de potenciais zonas de ruptura nas fundações das barragens.
120
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclimetro deflexão
SSMEID100 em 17/02/79
SSMEID100 em 11/04/79
SSMEID100 em 14/10/80
SSMEID100 em 16/02/90
SSMEID100 em 28/01/93
SSMEID100 em 02/09/98
SSMEID100 em 06/09/99
SSMEID100 em 12/09/00
SSMEID100 em 11/09/01
SSMEID100 em 17/04/02
SSMEID100 em 02/08/02
SSMEID100 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,830
357,868
362,906
367,944
372,982
378,020
383,058
388,096
393,134
398,172
403,210
-6,068 0,000 6,068
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclimetro deflexão
SSMEID200 em 21/02/79
SSMEID200 em 11/04/79
SSMEID200 em 14/06/79
SSMEID200 em 15/08/79
SSMEID200 em 16/02/90
SSMEID200 em 30/08/96
SSMEID200 em 02/09/98
SSMEID200 em 06/09/99
SSMEID200 em 08/09/00
SSMEID200 em 10/09/01
SSMEID200 em 17/04/02
SSMEID200 em 03/06/02
SSMEID200 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,776
355,625
358,474
361,323
364,172
367,021
369,870
372,719
375,568
378,417
381,266
-7,216 0,000 7,216
(b)
UHE o Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 24/02/79
SSMEID300 em 18/04/79
SSMEID300 em 25/06/79
SSMEID300 em 05/11/82
SSMEID300 em 24/11/83
SSMEID300 em 28/01/93
SSMEID300 em 03/08/93
SSMEID300 em 16/03/94
SSMEID300 em 06/09/99
SSMEID300 em 13/09/00
SSMEID300 em 12/09/01
SSMEID300 em 16/04/02
SSMEID300 em 02/08/02
SSMEID300 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,792
293,973
306,154
318,335
330,516
342,697
354,878
367,059
379,240
391,421
403,602
-28,823 0,000 28,823
(c)
121
UHE o Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/02/79
SSMEID400 em 21/04/79
SSMEID400 em 20/06/79
SSMEID400 em 22/10/80
SSMEID400 em 27/05/86
SSMEID400 em 21/02/91
SSMEID400 em 05/09/97
SSMEID400 em 06/09/99
SSMEID400 em 18/09/00
SSMEID400 em 13/09/01
SSMEID400 em 16/04/02
SSMEID400 em 02/08/02
SSMEID400 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
323,690
331,702
339,715
347,727
355,740
363,752
371,764
379,777
387,789
395,802
403,814
-16,769 0,000 16,769
(d)
Figura 4.16 Deslocamentos Horizontais Medidos pelos Inclinômetros na BTME (Fase
de Pós-Enchimento e Direção Montante–Jusante): a - d: ID100 ID200 ID300 e
ID400
Capítulo 5
Análise dos Dados de Instrumentação das Barragens da UHE São Simão
Parte II – Poropressões, Tensões Totais e Vazões de Percolação
5.1. – Introdução
Neste capítulo, será dada continuidade na descrição dos procedimentos de aquisição e
interpretação dos dados de instrumentação das barragens da UHE São Simão, quanto a
poropressões, tensões totais e vazões de percolação medidas ao longo dos 25 anos de
sua plena operação. Os registros de campo foram tratados pelo Programa MONITOR,
até junho/2003, os gráficos resultantes são apresentados nos Anexos X ao Anexo XV.
5.2. – Piezometria
Nas estruturas de terra e enrocamento da UHE São Simão, a instrumentação
piezométrica foi composta pela instalação de 38 piezômetros tipo Casagrande (PC’s), 67
piezômetros pneumáticos tipo Hall (PH’s) e 6 piezômetros elétricos tipo Maihak
(PM’s), instalados ao longo dos maciços e fundações da barragem, nas seguintes seções:
(i) BTMD:
Seção 1 – Estaca 0 + 460: PC101 e PC102;
Seção 2 – Estaca 0 + 670: PC201, PC202 e PC203;
Seção 3 – Estaca 0 + 810: PC301-PC305; PH301-PH316;
Seção 5 – Estaca 1 + 240: PC501-PC505;
Seção 6 – Estaca 1 + 428,7: PH602, PH606, PH609 e PH612;
Estaca 1 + 439,7: PC601, PH603, PH605, PH608 e PH611.
(ii) BTME:
Seção 0 – Estaca 3 + 485: PC001-PC004;
Seção 1 – Estaca 3 + 160: PC101-PC104; PH101-PH116;
123
Seção 5 – Estaca 2 + 780: PC501-PC502;
Seção 6 – Estaca 2 + 500: PC601-PC606;
Seção 7 – Estaca 2 + 460: PC801 e PC803; PH801-PH815;
Seção 8 – Estaca 2 + 410: PC701-PC704;
Seção 9 – Estaca 2 + 016: PH910-PH921; PM901-PM906.
As principais características destes instrumentos estão apresentadas nas Tabelas 5.1 e
5.2 a seguir, incorporando os seguintes dados: identificação do piezômetro, cotas de
instalação, elevações piezométricas atuais (junho/2003) e valores de projeto. Alguns
piezômetros encontram-se danificados e foram, portanto, abandonados. Entre estes,
encontram-se todos os piezômetros Maihak, que sofreram danos irrecuperáveis (Figura
XI.13 do Anexo XI).
A interpretação dos resultados da piezometria das barragens da UHE São Simão é feita
a partir da consideração das premissas de fluxo geral sob regime permanente e NA
invariável (correspondente ao NA máximo do reservatório, uma vez que as variações
são muito pequenas e sem impacto significativo nas leituras piezométricas). Neste
sentido, a análise global dos dados ratifica esta hipótese, caracterizando uma rede de
fluxo uniforme ao longo da barragem, sem descontinuidades ou anomalias das perdas de
carga detectadas. Na concepção dos valores de projeto, além destas condições, adotou-
se ainda uma condição de homogeneidade e isotropia para o conjunto aterro fundação
(item 3.6.1). As sínteses dos registros de todos os piezômetros instalados nas barragens
da UHE São Simão encontram-se nos Anexos X e XI do trabalho.
Tabela 5.1 – Níveis Piezométricos Medidos x Níveis Piezométricos Previstos –
Piezômetros da BTMD
El. Piezométrica Limite
(m)
Piezômetro
Cota de Instalação
(m)
El. Piezométrica
de Projeto
(m)
Projeto (m)
Silveira e Ávila
(1995)
El. Piezométrica
Atual (m)
(junho/2003)
PC101* 389,25 399,0 399,0 399,0 393,830
PC102 389,29 396,0 396,0 397,0 392,132
PC201 374,50 398,5 398,5 396,0 391,971
PC202 374,50 395,0 395,0 393,0 388,031
124
PC203 374,50 391,5 391,5 390,0 384,512
PC301 363,55 395,5 395,5 393,6 388,015
PC302 363,30 389,0 389,0 385,5 377,444
PC303 363,30 381,5 381,5 378,0 375,879
PC304 388,45 Seco Seco Não indicado Seco
PC305 382,75 Seco Seco Não indicado Seco
PH301** 358,13 399,5 399,5 401,0 393,787
PH302 363,11 400,0 400,0 401,0 395,691
PH303 358,08 398,0 398,0 397,0 390,748
PH304 362,20 398,0 398,0 395,0 389,994
PH305 358,11 395,5 395,5 389,0 380,833
PH306 362,20 395,5 395,5 393,0 388,722
PH307 358,11 394,0 394,0 386,0 383,777
PH308 362,95 389,0 389,0 386,0 377,403
PH309 367,00 397,5 397,5 Danificado Danificado
PH310 367,00 394,0 394,0 391,0 380,169
PH311 370,20 399,0 399,0 401,0 395,845
PH312 370,80 392,5 392,5 385,0 378,826
PH313 374,95 397,0 397,0 Danificado Danificado
PH314 374,98 395,0 395,0 395,0 391,693
PH315 377,91 391,0 391,0 385,0 379,497
PH316 385,00 396,0 396,0 395,0 392,147
PC501 341,61 371,0 382,0 385,0 383,622
PC502 340,46 341,0 a 358,0 358,0 355,0 Seco
PC503 340,77 341,0 a 358,0 358,0 355,0 342,329
PC504 359,65 Seco Seco 360,0 Seco
PC505 359,25 Seco Seco 360,0 Seco
PC601 368,00 Seco Seco Não indicado 369,790
PH602 368,00 382,4 384,0 Não indicado 382,917
PH603 368,01 379,4 384,0 Não indicado 382,117
PH605 368,20 376,4 383,0 Não indicado 381,918
PH606 368,01 377,2 382,0 Não indicado 381,816
PH608 388,70 394,0 397,5 Não indicado 396,052
PH609 388,66 394,0 395,0 Não indicado 392,131
PH611 385,00 387,0 388,0 Não indicado 385,656
PH612 385,00 386,8 388,0 Não indicado 385,538
* PCXXX: PC – Piezômetro de Casagrande / XXX - N
0
do instrumento
** PHXXX: PH – Piezômetro Pneumático Tipo Hall / XXX - N
0
do instrumento
125
Tabela 5.2 – Níveis Piezométricos Medidos x Níveis Piezométricos Previstos –
Piezômetros da BTME
El. Piezométrica Limite (m)
Piezômetro
Cota de instalação
(m)
El. Piezométrica de
Projeto (m)
Projeto
Silveira e Ávila
(1995)
El. Piezométrica
Atual (m)
(junho / 2003)
PC001* 392,09 Não indicado Não indicado Não indicado Seco
PC002 388,93 Não indicado Não indicado Não indicado 392,040
PC003 384,98 Não indicado Não indicado Não indicado 385,490
PC004 380,75 Não indicado Não indicado Não indicado Seco
PH101** 354,71 399,5 399,5 401,0 378,350
PH102 352,64 399,5 399,5 401,0 379,924
PH103 352,63 394,0 394,0 391,0 378,011
PH104 352,66 381,0 386,0 385,0 374,273
PH105 354,13 371,0 385,0 383,0 375,257
PH106 351,82 369,0 384,0 380,0 373,232
PH107 352,31 368,5 384,0 380,0 374,016
PH108 354,39 368,5 381,0 379,0 372,202
PH109 363,00 384,5 387,0 385,5 383,783
PH110 364,00 369,0 372,5 380,0 369,497
PH111 365,45 399,0 391,0 375,0 384,208
PH112 358,07 368,5 384,0 375,0 373,788
PH113 370,00 388,5 388,5 390,0 379,729
PH114 370,00 376,0 381,0 382,0 376,389
PH115 365,00 368,5 370,0 375,0 368,058
PH116 380,00 388,0 388,0 390,0 380,903
PC101 355,65 380,0 386,0 383,5 392,632
PC102 354,56 370,0 385,0 Danificado Danificado
PC103 353,25 368,5 382,0 379,0 372,143
PC104 361,18 372,0 378,0 Não indicado 372,784
PC501 341,10 Seco 342,0 Não indicado Seco
PC502 338,30 341,0 344,0 342,0 342,268
PC601 293,27 334,0 334,0 342,0 332,140
PC602 281,48 334,0 334,0 343,0 332,620
PC603 288,66 334,0 334,0 342,0 331,910
PC604 279,04 334,0 334,0 343,0 332,420
PC605 310,04 334,0 334,0 342,0 329,050
PC606 309,59 334,0 334,0 342,0 330,820
PC701 280,25 334,5 334,5 342,0 333,280
PC702 285,25 334,5 334,5 342,0 333,420
126
PC703 302,62 334,5 334,5 342,0 332,690
PC704 285,40 334,0 334,0 342,0 332,640
PH801 271,00 392,0 392,0 380,0 376,161
PH802 271,00 375,0 375,0 380,0 Danificado
PH803 270,50 353,0 374,0 380,0 375,067
PH804 282,34 353,0 364,0 360,0 347,913
PH805 286,39 335,0 335,0 345,0 331,391
PH806 290,00 395,0 395,0 385,0 371,173
PH807 290,00 370,0 375,0 380,0 358,816
PH808 310,01 385,0 386,0 395,0 373,129
PH809 310,00 363,0 363,0 360,0 345,072
PH810 310,04 342,0 342,0 350,0 342,063
PH811 329,69 380,0 385,0 390,0 382,479
PH812 329,74 353,0 353,0 350,0 338,101
PH813 350,00 363,0 363,0 Não indicado
Leitura indeterminada
PH814 350,00 382,0 382,0 390,0 384,252
PH815 373,90 391,0 391,0 390,0 374,834
PC801 312,32 334,5 334,5 342,0 332,800
PC803 322,87 334,0 334,0 342,0 332,640
PH910 354,34 366,5 366,5 Não indicado Danificado
PH911 354,40 394,4 401,0 Não indicado 399,616
PH912 354,34 382,6 389,0 Não indicado 387,558
PH913 357,00 390,8 396,5 Não indicado Danificado
PH914 374,04 396,4 401,0 Não indicado 398,923
PH915 373,99 388,0 395,0 Não indicado 392,567
PH916 374,03 378,8 383,0 Não indicado 383,149
PH917 374,04 394,5 394,5 Não indicado 393,521
PH918 374,01 385,0 389,0 Não indicado 387,861
PH919 383,92 398,8 401,0 Não indicado 400,512
PH920 383,77 394,5 394,5 Não indicado 385,683
PH921 360,00 381,2 381,2 Não indicado 367,201
PM901***
357,00 390,8 396,5 Danificado Danificado
PM902 357,00 373,2 378,5 Danificado Danificado
PM903 357,00 364,0 364,0 Danificado Danificado
PM904 357,00 360,0 360,0 Danificado Danificado
PM905 374,04 396,4 401,0 Danificado Danificado
PM906 373,99 388,0 395,0 Danificado Danificado
* PCXXX: PC – Piezômetro de Casagrande / XXX - N
0
do instrumento
** PHXXX: PH – Piezômetro Pneumático tipo Hall / XXX - N
0
do instrumento
*** PMXXX: PM – Piezômetro Elétrico tipo Maihak / XXX - N
0
do instrumento
127
Barragem de Terra - Margem Direita
Nas cinco seções instrumentadas com piezômetros ao longo do aterro e fundações na
BTMD (seções 1, 2, 3, 5 e 6), as leituras piezométricas mostram-se estabilizadas, onde
as variações bruscas correspondem à fase do enchimento do reservatório e às oscilações
do nível de água na fase de pós-enchimento (Figura 5.1).
UHE São Sio - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneumático Hall
SSMDPH306 SSMDPH307 SSMDPH308 SSMDPH309 SSMDPH310 SSMDPH311 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 5.1 – Registros Típicos das Leituras dos Piezômetros Instalados na BTMD
No caso da seção 1 (Figura X.1 do Anexo X), as diferenças de elevação piezométricas
entre os valores registrados pelos piezômetros Casagrande instalados na fundação -
PC101 e PC102 e os valores de projeto (Tabela 5.1) justificam-se devido às
características geotécnicas dos solos locais de fundação. Com efeito, o solo transportado
existente nesta zona da barragem possui uma elevada permeabilidade (da ordem de 10
-5
a 10
-7
m /s, muito superiores à permeabilidade do aterro compactado, com valores
estimados entre 10
-8
e 10
-9
m/s), atua como um tapete drenante, favorecendo o fluxo e
contribuindo, assim, para a baixa geração de poropressões. Adicionalmente, a presença
do tapete impermeabilizante à montante contribui também para esta condição favorável,
indicando a boa eficiência deste sistema dispositivo (a perda de carga medida
atualmente indica uma coluna de 1,7 m.c.a. entre os dois instrumentos, em uma
distância horizontal de 29,0 m). As pequenas variações observadas nas leituras estão em
sintonia com as oscilações correspondentes do nível do reservatório.
128
Na seção 2 (Figura X.2 do Anexo X), os piezômetros Casagrande de fundação também
indicam leituras inferiores às de projeto, por razões similares às discutidas para a seção
1, em face dos fluxos concentrados em zonas mais permeáveis de solo transportado
(PC202 e PC203) e de solo residual de basalto (PC201). As perdas de carga atualmente
registradas entre os piezômetros PC201/PC202 e PC202/PC203 são de 3,94 m.c.a. e
3,52 m.c.a. em uma distância horizontal de 29,0 m e 25,0 m, respectivamente,
configurando-se, assim, um fluxo bem regularizado.
A seção 3 (Figura I.6 do Anexo I) está situada no trecho da ombreira no qual foram
executadas bermas de montante e de jusante, sem a implantação de sistema de drenagem
interna. A remoção dos materiais permeáveis de fundação ocorreu apenas no trecho
central da barragem, sendo mantidos, entretanto, nas zonas de fundação das bermas. A
influência deste fato é bem evidenciado pela resposta distinta dada pelos piezômetros
Casagrande instalados no trecho central PC301 e sob a berma de jusante PC302 e
PC303 (Tabela 5.1 e Figura 5.2).
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piemetro Casagrande
SSMDPC301 SSMDPC302 SSMDPC303 SSMDPC304 SSMDPC305 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 5.2 – Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 3 - BTMD
Para os piezômetros PC301 e PC302, ambos instalados em solo residual, a perda de
carga é de 10,57 m.c.a. em uma distância vertical de 46,1 m e isso se deve ao fato de
existir uma camada de solo transportado logo acima do bulbo drenante do PC302, que
funciona como um tapete drenante, ajudando a diminuir a carga piezométrica. Por outro
129
lado, a perda de carga medida atualmente é de apenas 1,57 m.c.a. entre os piezômetros
instalados na fundação sob a berma de jusante (PC302 e PC303), ao longo de uma
distância horizontal de 50,0 m.
Oito piezômetros pneumáticos tipo Hall (PH301-PH308) estão também instalados nas
zonas de fundação da seção 3 e ratificam os resultados anteriores, constatando-se a boa
confiabilidade das leituras mediante a correlação entre os valores medidos pelos pares
PH306/PC301 e PH308/PC302, instalados próximos entre si. Os registros demonstram
também problemas de leituras envolvendo os piezômetros PH305 e PH307, uma vez
que o segundo registra elevações piezométricas superiores às do primeiro, que se
encontra, entretanto, localizado mais à montante. Assim, através da comparação com as
leituras dos piezômetros vizinhos, constata-se que provavelmente isto se deve a erros de
identificação dos dados destes dois piezômetros, cujos registros devem estar trocados.
Outras possibilidades possíveis podem ser representadas pela quebra brusca do fluxo
condicionado por estruturas permeáveis locais de caráter tridimensional ou problemas
específicos de funcionamento do piezômetro PH305.
Três piezômetros pneumáticos (PH309 - PH311) estão instalados próximos à interface
aterro compactado/fundação, sendo que o PH309 encontra-se danificado. A diferença de
carga entre os piezômetros PH304 (fundação) e PH311 (aterro) é de 5,85 m.c.a. em uma
distância vertical de cerca de 8,0 m. Esta diferença, no caso dos piezômetros PH307
(fundação) e PH310 (maciço/fundação), é da ordem de 3,6 m.c.a. em uma distância
vertical de 8,9 m. Os gradientes correspondentes, 0,73 e 0,40, respectivamente, são
pequenos e aceitáveis, não sendo motivo de maiores preocupações. Os piezômetros
Casagrande PC304 e PC305, instalados no maciço de random compactado da berma de
jusante encontram-se sistematicamente secos, com exceção de leituras mínimas e
esporádicas em épocas de chuvas intensas (Figura 5.2). Outros cinco piezômetros
pneumáticos (PH312 - PH316) foram instalados ao longo do aterro, sendo que o PH309
encontra-se danificado. Nesta região, as diferenças de cargas entre os piezômetros
PH316 e PH314 e entre os piezômetros PH314 e PH310 são, respectivamente, de
0,45 m.c.a. em uma distância vertical de 10,0 m e de 11,52 m.c.a. em uma distância
vertical de 8,0 m, valores aceitáveis e sem maiores restrições.
130
Na seção 5 (Figura I.8 do Anexo I), na região do contato núcleo argiloso / fundação,
realizou-se um tratamento da fundação com argamassa e asfalto, estimando-se uma
permeabilidade pós-tratamento da fundação de 3 x 10
-8
m/s. Três piezômetros estão
instalados nas fundações (PC501 - PC503) e dois do maciço, imediatamente acima do
tapete drenante tipo sanduíche na zona do cascalho de terraço (PC504 e PC505).
O PC501 encontra-se no contato entre a rocha (fundação) e o núcleo argiloso e tem
indicado, sistematicamente (desde o enchimento), leituras piezométricas muito elevadas
(Figura 5.3) e superiores aos valores de projeto (Tabela 5.1). Ensaio de rebaixamento
executado neste piezômetro indicou um valor de permeabilidade da fundação da ordem
de 17 vezes superior ao valor previsto para a condição pós-tratamento. Entretanto, em
função de sua posição no maciço, estes efeitos são pouco significativos em termos da
estabilidade da barragem.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC501 SSMDPC502 SSMDPC503 SSMDPC504 SSMDPC505 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 5.3 – Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 5 - BTMD
O PC502 encontra-se seco atualmente, mas trata-se de um instrumento que tem
registrado um comportamento estranho desde a sua instalação; sendo assim, suas
leituras não são confiáveis e recomenda-se, portanto, sua lavagem e posterior aferição
de novas leituras.
131
O PC503 encontra-se em contato direto com o tapete drenante e suas leituras são
coerentes com os valores previstos e evidenciam o bom desempenho do tapete drenante.
Os piezômetros PC504 e PC505 encontram-se secos desde a sua instalação, ratificando
também o ótimo desempenho do filtro chaminé e do tapete drenante “sanduíche”.
A instrumentação das zonas de transição entre as estruturas de concreto e as barragens
da UHE São Simão consistiu basicamente na instalação de piezômetros posicionados
nas interfaces ou próximos às interfaces concreto / maciços de terra. Na Transição N
0
1
(BTMD), foram instalados 8 piezômetros pneumáticos tipo Hall, sendo 4 no contato
com a face da estrutura de concreto e 4 a distâncias de 10,0 m da mesma (Figura 5.4 e
Tabela 5.3).
Figura 5.4 – Esquema da Localização dos Piezômetros Pneumáticos - Transição N
0
1
Tabela 5.3 – Características Gerais dos Piezômetros Pneumáticos - Transição N
0
1
Piezômetro
Distância
à Face (m)
Estaca Afast. (m)
Cota da
Célula (m)
Cota Piez.
Atual (m)
PH603 0,0
1 + 436,5
2,5 Mont. 368,0 382,1
PH605 0,0
1 + 436,5
2,0 Jus. 368,0 381,9
PH608 0,0
1 + 439,2
5,0 Mont. 388,7 396,1
PH611 0,0
1 + 438,7
2,0 Jus. 385,0 385,7
PH602 10,0
1 + 426,5
7,5 Mont. 368,0 382,9
PH606 10,0
1 + 426,5
2,5 Jus. 368,0 381,8
PH609 10,0
1 + 428,7
7,5 Mont. 388,7 392,1
Seção 6
PH612 10,0
1 + 428,7
2,5 Jus. 385,0 385,5
132
Adicionalmente, instalou-se um piezômetro Casagrande (PC601) no interior do filtro
inclinado e junto ao paramento de jusante para controle de potenciais anomalias do
fluxo nesta região da interface (Figura I.9 do Anexo I deste trabalho).
Os dados dos piezômetros pneumáticos indicam uma condição geral de estabilidade, a
menos das variações decorrentes das oscilações do nível do reservatório (Figura 5.5).
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneumático Hall
SSMDPH608 SSMDPH609 SSMDPH611 SSMDPH612 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 5.5 – Registros das Leituras de Alguns Piezômetros Instalados na Transição N
0
1
Quase todos os valores das elevações piezométricas atuais são superiores aos de projeto,
exceto no caso dos piezômetros PH609, PH611 e PH612, sem que nenhum deles,
contudo, ultrapasse os valores limites prescritos de projeto (Tabela 3.8a). Em geral, as
diferenças de carga são reduzidas, a não ser no trecho mais elevado da interface, quando
são significativas (piezômetros PH608 e PH609). Isto se justifica devido à mobilização
crescente dos alívios de tensão por atrito ao longo do contato núcleo – concreto.
A condição quase que de equalização das leituras piezométricas no caso dos medidores
PH602, PH603, PH605 e PH606, todos instalados na mesma elevação, porém, a
diferentes distâncias da interface, contraria o previsto, em função de que deveria ocorrer
um gradiente maior de pressões no contato com a estrutura de concreto.
133
Uma possível explicação para isso é a existência de uma potencial intercomunicação
entre os pontos de medida, todos localizados numa zona muito restrita da barragem.
Tomando-se como referência a localização do piezômetro PH608 (Figura 5.5), as
diferenças de carga atuais indicaram os seguintes valores: 13,94 m.c.a. em uma
distância vertical de 30,0 m entre os piezômetros PH608 e PH603, 10,4 m.c.a. em uma
distância vertical de 7,0 m entre os piezômetros PH608 e PH611 e 3,92 m.c.a. em uma
distância horizontal de 10,0 m entre os piezômetros PH608 e PH609.
Os critérios de projeto estabeleceram que, mesmo registros da ordem de 5,0 m a 6,0 m
superiores aos valores pré-estabelecidos de projeto para as elevações piezométricas
destes instrumentos instalados nas zonas da Transição N
0
1, não implicariam em
problemas para as condições de segurança da barragem, desde que o medidor
Casagrande PC601 permanecesse sempre seco. Isto, entretanto, não se verifica
atualmente, uma vez que o piezômetro PC601 tem registrado cargas desde 1993, com
tendência de incremento futuro. Tal fato é preocupante, na medida em que traduz um
desempenho inadequado do filtro vertical, que apresenta potenciais efeitos de
colmatação. Assim, recomenda-se a imediata lavagem do piezômetro e a execução de
uma nova leitura; caso se confirme o indício de colmatação do sistema de drenagem
interna, torna-se imprescindível uma reavaliação das condições de estabilidade da
barragem para as novas condições operacionais.
Barragem de terra e enrocamento - Margem Esquerda
Do conjunto das dez seções instrumentadas da barragem de terra e da barragem de terra
e enrocamento da margem esquerda, sete (seções 0, 1, 5, 6, 7, 8 e 9) foram
instrumentadas com piezômetros Casagrande (maciço e fundações), Pneumáticos Hall
(fundações e filtro da barragem) e Maihak (maciço), estes últimos hoje totalmente
desativados. As seções principais são a seção 8, localizada no canal do rio, a seção 9
junto à Transição N
0
2 e a seção 1, situada na ombreira esquerda da barragem.
A seção 0 foi instrumentada posteriormente (1995) com o objetivo básico de se avaliar
potenciais fluxos oriundos da ombreira esquerda da barragem. Os registros comprovam
134
este fluxo e seu total condicionamento para o sistema de drenagem interna da barragem,
uma vez que o piezômetro PC004, localizado imediatamente acima do tapete drenante,
encontra-se em estado seco a maior parte do tempo (Figura XI.1 do Anexo XI).
Aliados à piezometria, medidores de NA foram instalados em quatro seções adicionais
(seções 0, 2, 3 e 4), ao longo da região da encosta lateral ao canal do rio (Figuras I.11 e
I.13-I15). Atualmente, somente o medidor MN004, localizado na Seção 0, fornece ainda
leituras sistemáticas, correspondentes às variações do NA do reservatório, com leitura
atual de 380,31 m (Figura XIII.1 do Anexo XIII).
A seção 1 (Figura I.11 do Anexo I) é composta por espaldares de cascalho de terraço
com núcleo central de argila, com tapete impermeabilizante à montante do eixo da
barragem (entre as estacas 3 + 207,0 a 2 + 700,0) e assentada sobre os derrames 5 e 6
(Tabela 3.1). Além disso, em toda a extensão da fundação, procedeu-se a um processo
de tratamento por injeção, ora pela aplicação de “slush-grout”, ora por calda de cimento.
Foram instalados 4 piezômetros Casagrande nas fundações da Seção 1 da BTME, sendo
3 ao longo do contato alterado entre os derrames 5 e 6 e o quarto - PC104 - próximo ao
contato aterro / fundação. O medidor PC102 encontra-se danificado desde 1982.
Ensaios de campo mostraram que os tempos de resposta obtidos para os piezômetros
PC101 e PC103 foram excessivamente altos, inviabilizando a utilização operacional
destes instrumentos para o monitoramento periódico da barragem. Mais ainda, as
leituras do medidor PC101 mostram uma variação repentina não justificável (ocorrida
em 1994), provavelmente relacionada a problemas com o próprio piezômetro (eventual
ruptura da tubulação de PVC do medidor), tornando não confiáveis as suas leituras
atuais (Figura XI.2 do Anexo XI).
Os dados dos piezômetros pneumáticos de fundação (PH101-PH108 e PH112) indicam
a existência de um fluxo limitado ao longo do contato entre os derrames 5 e 6, de forma
independente do fluxo através do maciço (Figuras XI.4-XI.5 do Anexo XI). Com efeito,
as leituras piezométricas na direção montante jusante, ao longo da fundação, indicam
reduções contínuas e perdas de carga muito pequenas, demonstrando, assim, que este
135
fluxo não é afetado pelo tapete drenante localizado no contato aterro / fundação. O
gradiente médio de fluxo na fundação comprova a eficiência do tapete
impermeabilizante e do sistema de tratamento por injeções nesta região da barragem.
Outro fator que ratifica estas análises corresponde às leituras discordantes em relação
aos piezômetros pneumáticos instalados no maciço (Tabela 5.2), notadamente no trecho
à jusante do eixo da barragem.
Por outro lado, a evolução das leituras indica uma contínua e generalizada redução ao
longo do tempo (Figura 5.6). Este comportamento geral da piezometria não está
associado a um aumento correspondente das vazões de percolação (Figuras XV.1-XV.2
do Anexo XV), medidos pelos medidores de vazão.
Assim, tal fato pode ser interpretado com base em uma mudança do mecanismo de
fluxo nas zonas de fundação da barragem, induzido por gradientes hidráulicos mais
elevados e associado a processos de carreamento de materiais alterados ao longo do
contato entre os derrames 5 e 6 e caráter multidirecional das descontinuidades locais.
Outra hipótese que justificaria tal comportamento seria uma provável siltagem do
reservatório. De qualquer forma, este comportamento é atípico e mereceria uma
avaliação específica, incluindo-se a instalação de piezômetros em seções adjacentes.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH101 SSMEPH102 SSMEPH103 SSMEPH104 SSMEPH105 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura 5.6 – Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 1 - BTME
136
No trecho à jusante, as leituras são sensivelmente superiores aos valores de projeto
(PH105 a PH108 e PH112), embora inferiores aos limites. Estes valores ,apesar de
elevados, não são críticos, pois as análises de estabilidade mostram valores de FS com
relação ao escorregamento em torno de 2,0 para superfícies de ruptura passantes pela
fundação para esta distribuição de subpressões. Assim, os critérios de projeto admitiram
valores de subpressões maiores que os valores previstos em projeto desde que os
piezômetros do aterro nesta área mantenham-se dentro dos valores limites prescritos. Na
situação atual, pode-se dizer que esta condição prevalece, uma vez que apenas os
medidores PH114, PH110 e PC104 indicam valores ligeiramente superiores aos de
projeto.
Por outro lado, as leituras atuais do piezômetro PH115, localizado imediatamente acima
do tapete drenante, confirmam as prescrições de projeto e, assim, comprovam o bom
desempenho desta estrutura drenante da barragem.
Na seção 5 (Figura I.16 do Anexo I), foram instalados apenas dois piezômetros: o
PC501, posicionado no tapete drenante, acusa valores piezométricos sempre nulos
desde a sua instalação e o PC502, posicionado nas rochas de fundação, registra uma
elevação piezométrica superior à estipulada em projeto, mas inferior ao valor limite.
Entretanto, a variação dos registros ao longo do tempo indica problemas de mau
funcionamento deste instrumento (Figura XI.6 do Anexo XI), fazendo-se necessária a
sua recuperação por lavagem para posterior retomada das leituras.
Na seção 6 (Figura I.17 do Anexo I), foram instalados 4 piezômetros Casagrande
(PC601 a PC604) na zona do derrame 2 da fundação e mais 2 (PC605 e PC606) na
camada de aluvião subjacente ao aterro da ensecadeira de jusante (ensecadeira “E”).
Todos os medidores apresentam níveis piezométricos próximos ou inferiores à cota do
topo da ensecadeira de jusante, evidenciando, então, que a camada de aluvião funciona
como um tapete drenante natural, contribuindo de forma decisiva no processo de
drenagem pela fundação.
137
Um outro aspecto interessante é que ambos os instrumentos, embora localizados bem à
jusante da barragem, apresentam tempos de resposta muito rápidos em relação a
variações do nível do reservatório (Figura 5.7), em função da conexão direta entre a
camada de aluvião e o enrocamento de base da barragem, com provável continuidade
através de feições ao longo da rocha de fundação, apesar da execução de uma cortina de
injeção sob o trecho central da barragem.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piemetro Casagrande
SSMEPC601 SSMEPC602 SSMEPC603 SSMEPC604 SSMEPC605 SSMEPC606 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
Figura 5.7 – Registros das Leituras dos Piezômetros Instalados na Seção 6 - BTME
Por outro lado, observa-se um comportamento discrepante entre as leituras dos
piezômetros PC605 e PC606, em que o segundo (mais à jusante) indica uma elevação
piezométrica maior que a do primeiro, tendo ambos a mesma cota de instalação. Neste
contexto, a anomalia das diferenças das leituras somente se justifica em função de uma
possível contribuição adicional ao piezômetro mais à jusante (PC606) através de
descontinuidades na fundação.
Na seção 7 (Figura I.18 do Anexo I), foram instalados 2 piezômetros Casagrande no
derrame 2 de fundação e 1 no enrocamento de base da barragem. Os níveis
piezométricos indicam uma condição essencialmente similar à da seção anterior, sendo
mantidos sempre abaixo da cota do topo da ensecadeira de jusante, bem estabilizados e
com valores muito próximos entre si, configurando-se, desta forma, um processo de
drenagem incipiente na fundação que é condicionada pela presença da camada de
138
aluvião (a perda de carga total entre os piezômetros PC701 e PC704 é da ordem de
0,64 m.c.a. ao longo de uma distância horizontal de 100,73 m).
A seção 8 (Figura I.20 do Anexo I) corresponde a uma seção no leito do rio e, por isso,
foi bem instrumentada, comportando piezômetros instalados na fundação, no maciço e
no tapete drenante da barragem. Na fundação, foram instalados os piezômetros
pneumáticos PH801, PH802 (danificado atualmente) e PH803 no interderrame 1 (trecho
central da barragem) e o piezômetro Casagrande PC801 nos basaltos do derrame 2
(trecho à jusante).
Logo em seguida ao enchimento do reservatório, os piezômetros pneumáticos da
fundação indicaram reduções bruscas de veis, que chegaram a valores da ordem de
10,0 m (Figura 5.8a), recuperando os níveis originais apenas em meados de 1983, cerca
de 5 anos de pós-enchimento. Como este comportamento não foi registrado pelo
piezômetro PH804, trata-se de um fato intrinsecamente vinculado ao processo de
tratamento da zona permeável delimitada pelo interderrame 1. Com a elevação do nível
do reservatório, os maiores gradientes hidráulicos devem ter propiciado o carreamento
de finos (materiais de preenchimento local de zonas mais susceptíveis à lixiviação no
interior do interderrame 1), resultando em uma maior permeabilidade da fundação, e,
conseqüentemente, a queda acentuada das subpressões medidas.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH801 SSMEPH802 SSMEPH803 SSMEPH804 SSMEPH805 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
Figura 5.8a – Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 8 - BTME
139
Os parâmetros de projeto consideraram uma perda de carga de, no mínimo, 19,0 m.c.a.
entre os piezômetros PH801 e PH803, espaçados de 67,1 m e admitidos como instalados
em zonas opostas da cortina de injeção. Nos valores atuais, entretanto, esta diferença de
carga é de apenas 1,09 m.c.a., indicando que a zona de injeção estendeu-se ao domínio
dos dois piezômetros. De qualquer forma, estes dados mostram que praticamente não se
tem nenhum fluxo pela fundação e que as injeções de impermeabilização apresentam
uma eficiência adequada.
Por outro lado, os piezômetros localizados na zona inferior do aterro e, portanto,
próximos ao domínio da injeção de fundação, apresentam comportamentos opostos aos
piezômetros de fundação, seja através de uma tendência contínua de redução das
pressões medidas ao longo do tempo, como ocorre no caso dos medidores PH806,
PH807 e PH808 (Figura 5.8b), seja através de uma redução mais rápida e brusca, como
no caso do piezômetro PH804, localizado na região de interface entre o aterro e a zona
tratada da fundação (Figura 5.8a). A diferença de carga entre os piezômetros PH804
(aterro) e PH803 (fundação) é de 27,15 m.c.a. em uma distância de apenas 12,0 m. Este
gradiente elevado somente se explica admitindo-se uma condição de fluxo independente
do maciço da barragem e o fluxo quase inexistente pela fundação, fato ratificado pelas
cargas hidráulicas (leituras do piezômetro PC803) medidas no tapete drenante à jusante.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH806 SSMEPH807 SSMEPH808 SSMEPH809 SSMEPH810 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
Figura 5.8b – Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 8 – BTME
140
Os demais piezômetros do aterro indicam valores consistentes com os previstos e
inferiores aos valores limites, demonstrando que o fluxo está concentrado praticamente
no aterro da barragem, corroborando ainda o desempenho adequado do núcleo argiloso
e do sistema de drenagem interna.
Na seção 9 (Figura I.21 do Anexo I), os estudos de piezometria visaram estudar o
comportamento das poropressões geradas na zona de interface entre as estruturas de
concreto e a BTME, através de 18 piezômetros (12 pneumáticos tipo Hall e 6 elétricos
tipo Maihak, estes últimos inoperantes muitos anos). Os piezômetros pneumáticos
estão instalados tanto na face como afastados da mesma, para montante ou para jusante.
Além dos piezômetros, foram instaladas 7 células de tensões, cujo comportamento é
analisado no item seguinte.
A Figura 5.9 apresenta os registros de alguns destes instrumentos. De um modo geral,
os piezômetros acusaram resposta imediata ao enchimento do reservatório e mostram-se
sensíveis às variações do nível d’água. Esta seção constitui a mais crítica da UHE São
Simão em termos do comprometimento e perda da instrumentação geotécnica. Com
efeito, além dos piezômetros PH910 e PH913 danificados, o piezômetro PH916 mostra
comportamento bastante atípico, ao passo que os piezômetros PH920 e PH921 indicam
leituras incompatíveis com os valores da piezometria local. Estes problemas implicam a
perda da confiabilidade nestes registros.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH916 SSMEPH917 SSMEPH918 SSMEPH919 SSMEPH920 SSMEPH921 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura 5.9 – Registros das Leituras de Piezômetros Instalados na Seção 9 - BTME
141
Por outro lado, as leituras atuais são genericamente superiores aos valores estimados em
projeto e, no caso particular do piezômetro PH916, superiores inclusive ao valor limite
prescrito. Os elevados níveis piezométricos indicados pelos piezômetros PH911, PH914
e PH919, localizados próximos à face de montante da Transição N
0
2, essencialmente
similares aos do reservatório, indicam problemas de eficiência da zona impermeável de
abraço da estrutura de concreto. Estes resultados tinham sido relatados previamente
(IESA II, 1980), sendo sugerido naquela ocasião as possibilidades de um descolamento
entre o aterro e a estrutura de concreto e/ou fraturamento hidráulico no trecho de
contato. As perdas estão concentradas nas faces laterais e uma discussão mais
abrangente das distribuições de tensões nesta zona da barragem é feita no item seguinte.
5.3. – Células de Tensões Totais
Foram instaladas 7 células de tensões totais na barragem de terra e enrocamento da
UHE São Simão, todas concentradas na Seção 9 da Transição N
0
2 (Tabela 5.4),
posicionadas de forma estratégica junto aos piezômetros descritos previamente (Figura
I.21 do Anexo I).
Assim, com base nas leituras das tensões totais horizontais das células (ou tensões totais
verticais, no caso da célula PT903) e das poropressões registradas pelos piezômetros,
torna-se possível estabelecer os valores correspondentes das tensões efetivas e a
distribuição de tensões locais.
Tabela 5.4 – Distribuição de Tensões na Área da Transição N
0
2 - Seção 9
* PTXXX: PT – Célula de Tensão Total / XXX - N
0
do instrumento; ? valores não confiáveis.
Piezômetro
Adjacente
PT901*
PH911
4,522
4,276
-0,246
0,94
PT902 PH910 - 1,896 - -
PT903
PH912
3,322
5,176
1,854
1,56
PT904
PH912
3,322
4,181
0,859
1,26
PT905
PH919
1,66
2,175
0,515
1,31
PT906
PH920
0,191?
1,403
1,212
7,14?
360
PT907
-
-
1,268
-
-
Tensão Efetiva
(kgf/cm
2
)
Tensão Total /
Poropressão
Aprox.
383,0
Aprox.
354,0
Elevação
(m)
Célula de
Tensão Total
Poropressão
(kgf/cm
2
)
Tensão Total
(kgf/cm
2
)
1
42
As células de tensão total PT901a PT904 foram instaladas na cota 354,0 m, no contato
entre o núcleo e o concreto, nas seguintes posições: a primeira na face de montante, a
segunda no contato de jusante entre o cascalho de terraço e o concreto, a terceira no
interior do núcleo e a 1,0 m de distância da face transversal e a quarta na face
transversal da estrutura de transição. Por outro lado, as células PT905, PT906 e PT907
foram instaladas, respectivamente, nas faces montante, transversal e jusante da estrutura
de concreto, na cota 384,0 m, estando as duas primeiras no contato do núcleo e a última
no contato do filtro. Somente a célula PT907 não possui um piezômetro adjacente à
mesma. Os valores registrados pelas células estão apresentados na Figura 5.10.
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Célula de pressão total
SSMEPT901 SSMEPT902 SSMEPT903 SSMEPT904 SSMEPT905 SSMEPT906 SSMEPT907
Pressão total (kgf/cm2)
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
4,000
4,500
5,000
5,500
6,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
Figura 5.10 – Leituras das Células de Tensões Totais Instaladas na Seção 9 – BTME
Constata-se que as leituras dos instrumentos são fortemente condicionadas pelas
variações do nível d’ água do reservatório. Pelos comentários anteriores, as leituras das
células não puderam ser associadas aos registros dos piezômetros PH910 (danificado) e
PH920 (não confiável). É razoável admitir que as poropressões das células PT903 e
PT904 sejam essencialmente iguais, uma vez que as mesmas estão interligadas por uma
camada de areia e que as poropressões na área de influência da célula PT907 sejam
nulas, pois a mesma está posicionada na região do filtro da barragem. Admite-se
adicionalmente que o domínio das tensões registradas é consistente e representativo das
condições in situ, apesar dos acentuados deslocamentos cisalhantes de interface.
143
Os valores de tensões horizontais efetivas virtualmente nulos junto á face de montante,
detectados pela célula PT901, ratificam a possibilidade de descolamento ou de
fraturamento hidráulico da interface solo/estrutura. De acordo com os critérios de
controle pré-estabelecidos (item 3.6.3), a relação σ
h
/u igual a 0,94 configura nível de
emergência e, conseqüentemente, intervenção para um completo entendimento do
problema e eventual intervenção.
Por outro lado, estes efeitos de movimentação do aterro e das estruturas de concreto
tendem a ser mais significativos nas zonas superiores da interface, fato não indicado
inicialmente pelas leituras da célula PT905. A partir de 1997, porém, os registros de
tensões totais desta célula (idem para a célula PT901) têm indicado reduções contínuas
dos valores de tensões totais horizontais, o mesmo ocorrendo para os valores das
tensões totais verticais medidas pela célula PT903.
5.4. – Medidores de Vazão
Foram instalados 11 medidores de vazão (Figuras I.2-I.3 e I.10 do Anexo I), dotados de
vertedor triangular, em pontos estratégicos das diversas estruturas, com o intuito de
quantificar as vazões percoladas pela fundação e aterro.
Todas as medidas de vazões têm sido, sistematicamente, inferiores aos parâmetros de
controle (Tabela 5.5) e acompanham as correspondentes oscilações do reservatório
(Figura XIV.1 do Anexo XIV e Figuras XV.1-XV.2 do Anexo XV). Variações bruscas
ou valores de pico das vazões estão associados comumente a épocas de chuvas elevadas.
Valores médios das vazões totais e específicas atuais (junho/2003), percoladas pelas
barragens da UHE São Simão, são dadas na Tabela 5.6.
Na BTMD, os medidores VV001 e VV002 estão posicionados, respectivamente, no
nível do terreno natural, quantificando as vazões pelo aterro acima do tapete drenante
tipo ‘sanduíche’, entre as estacas 0 + 900,0 e 1 + 444,5 (na área da Transição N
0
1) e no
nível de fundação, para a medida tanto das vazões pela fundação como aquelas
coletadas pelo tapete de enrocamento no contato aterro / fundação.
144
Tabela 5.5 – Valores de Vazões nas Barragens da UHE São Simão
Medidor de Vazão
Vazão de Controle
(l/s)
Vazão Medida (l/s)
(junho/2003)
VV004*-BTME 9,3 1,261
VV005-BTME 8,3 1,54
VV006-BTME 11,3 3,978
VV007-BTME 5,9 1,854
VV009-BTME 1,0 0,328
VV010-BTME 29,2 14,643
VV011-BTME 49,8 21,051
VV012-BTME 1,0 0,003
VV013-BTME 10,3 4,522
VV001-BTMD 25,5 5,109
VV002-BTMD 3,4 0,039
* VVXXX: VV – Medidor de vazão / XXX - N
0
do instrumento
Tabela 5.6 – Vazões Totais e Específicas das Barragens da UHE São Simão
Barragem
Extensão
(m)
Altura Máxima
(m)
Vazão Total
(l/min)
Vazão Específica
(l/min/m)
BTMD 1260 71 308,9 0,25
BTME 952 64 2950,8 3,10
Neste segundo caso, as vazões aumentam bastante na época de chuvas e chegaram a ser
cerca de 37 vezes superior ao valor inicial estimado em projeto (0,6 l/s). As baixas
leituras piezométricas dos medidores instalados nesta região da barragem demonstram,
entretanto, que a capacidade drenante do sistema de drenagem interna da BTMD é
muito superior à estimada em projeto e justifica a reavaliação substancial deste valor
limite adotado por Silveira e Ávila, em 1995 (25,5 l/s).
No caso da BTME, diferentes medidores foram instalados para garantir a medição das
vazões percoladas em diferentes zonas da barragem, captadas das fundações, aterro,
sistema drenante e ombreiras. Em todos os casos, as vazões medidas apresentam tida
tendência de redução ao longo do tempo (Figura 5.11).
145
Usina Hidrelétrica de São Simão - Vertedor para medir vazão
SSMEVV004 -
Vazão (l/s)
SSMEVV005 -
Vazão (l/s)
SSMEVV006 -
Vazão (l/s)
SSMEVV007 -
Vazão (l/s)
SSMEVV009 -
Vazão (l/s)
Vazão (l/s)
0,000
4,200
8,400
12,600
16,800
21,000
25,200
29,400
33,600
37,800
42,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura 5.11 – Registros das Leituras de Vazões dos Medidores Instalados na BTME
O sistema de captação, instalado na região da estaca 2 + 763,0 (medidores VV004 -
VV006), foi projetado para coletar as águas percoladas pela fundação e pelo aterro,
entre as estacas 2 + 763,0 e 2 + 944,5. Na região da estaca 3 + 200,0 (medidor VV007) ,
o sistema está localizado no pé do talude da berma de jusante e visa captar as vazões de
fundação e percoladas pelo aterro, entre as estacas 2 + 944,5 e 3 + 562,0. Os mesmos
comentários relativos à consistência dos procedimentos de reavaliação dos parâmetros
de controle das vazões dos medidores da BTMD aplicam-se também nestes casos
(Tabela 5.5).
Com o enchimento do reservatório, ocorreram uma série de infiltrações na parte alta da
ombreira esquerda, a partir da estaca 3 + 200,0 e nos taludes de escavação para acesso à
berma da barragem de enrocamento, próxima à estaca 2 + 690,0, que mereceram
estudos e avaliações específicas por parte de consultores internacionais (Casagrande,
1978; Low, 1978). Medidores específicos de vazões foram projetados, então,
especificamente para captar estas infiltrações (medidores VV009 - VV013).
Capítulo 6
Conclusões e Sugestões Para Futuras Pesquisas
6.1. – Considerações Finais
Este trabalho compreendeu a análise dos dados de auscultação por instrumentação de
uma obra geotécnica de grande porte, representada por uma barragem de terra e
enrocamento destinada à geração de energia elétrica. Neste contexto, os procedimentos
de auscultação constituem parte integrante de projeto, visando, entre outros objetivos, a
previsão do comportamento da obra e a aferição das premissas adotadas.
Preliminarmente, fez-se uma abordagem geral sobre os princípios, a natureza e as
características dos principais instrumentos utilizados para aferição do comportamento
geotécnico de uma barragem, durante suas fases de construção, enchimento e pós-
enchimento. Especificamente, foram enfatizados os campos de aplicação de cada um
destes instrumentos e a potencial localização dos mesmos neste tipo de estrutura, bem
como as principais vantagens e limitações dos mesmos. Fez-se ainda uma abordagem
geral sobre os princípios e metodologias adotadas num processo de auscultação por
instrumentação de uma barragem de terra e enrocamento no contexto de um
aproveitamento hidrelétrico.
A aplicação destes princípios a um estudo de caso caracterizou a síntese da proposta
deste trabalho. No caso, optou-se por um empreendimento hidrelétrico de grande porte
caracterizado pelos seguintes elementos (i) dotado de um excelente projeto de
instrumentação, compreendendo instrumentos de diferentes naturezas e concepções; (ii)
dotado de um histórico longo de medições, que contemplasse um registro
circunstanciado da vida útil do empreendimento; (iii) dotado de um processo direto e
consistente de aquisição de dados ao longo deste tempo; (iv) dotado de informações
técnicas adequadas e coerentes em relação ao próprio projeto, geometria dos maciços e
condicionantes geológico-geotécnicos das fundações; (v) disponibilidade e acesso a este
conjunto de dados de projeto.
147
Através do apoio da CEMIG Centrais Energéticas de Minas Gerais S.A., a escolha
recaiu em um dos mais importantes empreendimentos hidrelétricos do Brasil e o de
maior potencial de geração de energia elétrica do estado de Minas Gerais. Trata-se, na
verdade, não de uma barragem, mas de três barragens associadas numa estrutura de
barramento comum. Esta estrutura, com cerca de 3.600,0 m de extensão, engloba duas
barragens de terra, uma barragem de concreto, duas transições laterais e uma barragem
de terra e enrocamento. O trabalho proposto compreendeu a análise dos resultados da
instrumentação destas barragens, ao longo de 25 anos de operação da usina hidrelétrica,
em termos de deslocamentos verticais e horizontais, poropressões e tensões totais e
vazões de percolação, após a integração e sistematização dos dados que caracterizaram
a concepção e a implantação do projeto.
6.2. – Conclusões
6.2.1. – Deslocamentos Verticais e Horizontais
A comparação direta entre os recalques medidos pelos diferentes instrumentos
instalados nas barragens da UHE São Simão deve ser feita com bastante cautela,
levando-se em conta que os mesmos foram instalados em épocas distintas e, assim, a
magnitude relativa dos valores deve contemplar estas diferenças de leituras. A título de
ilustração, a Tabela 6.1 apresenta a comparação destes resultados para os medidores de
recalques situados numa mesma zona de instrumentação da Seção 2 da barragem de
terra da margem direita.
Assim, por exemplo, o inclinômetro IR116, instalado no núcleo argiloso da BTMD e
cuja primeira leitura foi realizada em 13/07/75, apresentava um recalque prévio igual a
+ 0,7 cm (leitura feita em 27/07/75), quando da instalação do medidor de recalques tipo
IPT designado como IP202, posicionado na mesma zona da barragem e próximo ao
inclinômetro IR116, em 28/07/75. Análises similares foram feitas para os demais
instrumentos e seções das barragens analisadas. Em todas as condições analisadas, os
valores medidos pelos diferentes instrumentos mostraram-se bastante aproximados e
consistentes com os valores previstos em projeto.
148
Tabela 6.1 – Comparações Entre Valores de Recalques – Seção 2 da BTMD
Instrumento
Segmento
do Tubo
Local Estaca
Recalque
Medido (cm)
Data da Primeira
Leitura
Recalque
Adicional* (cm)
07/03/03
IR110
Topo do Solo
Residual
0 + 668,5
33,8
20/05/1975
(0,0 cm)
-
IR116
Núcleo
Argiloso
0 + 668,5
07/03/03
40,0
13/07/1975
(0,0)
+ 0,7 (27/07/75)
IR120
Núcleo
Argiloso
0 + 668,5
07/03/03
33,8
21/09/1975
(0,0 cm)
-
IR100
IR125
Crista da
Barragem
0 + 668,5
07/03/03
11,3
16/09/76
(0,0 cm)
+ 3,7 (08/08/77)
27/01/03
IP201
Solo
Transportado
0 + 670,0
39,1
01/11/1974
(0,0 cm)
+ 3,3 (21/05/75)
IP202
Núcleo
Argiloso
0 + 670,0
27/01/03
41,0
28/07/1975
(0,0 cm)
-
IP203
Núcleo
Argiloso
0 + 670,0
27/01/03
25,8
21/09/1975
(5,6 cm)
-
13/05/03
MS025
Crista da
Barragem
0 + 670,0
7,6
20/08/1977
(0,0 cm)
-
* valor de recalque indicado pelo instrumento da linha correspondente quando foi instalado outro medidor
de recalque na mesma área da barragem, incluindo a leitura desta medição
Os valores atuais demonstram que os recalques da barragem estão praticamente
estabilizados e, em geral, bastante inferiores aos de projeto. Os maiores valores
ocorreram entre as estacas 0 + 420,0 a 0 + 670,0, uma vez que, nesta zona, quase toda a
fundação da barragem encontrava-se apoiada em solo transportado, com espessuras
médias entre 4,0 a 6,0 m. A elevada magnitude dos recalques é possível de estar
associado ao processo de colapso deste solo durante o período de enchimento do
reservatório.
Os marcos superficiais registraram pequenos incrementos de recalques após a fase de
enchimento do reservatório (média de 0,115 cm/ano ao longo de um período de 25 anos
pós-enchimento).Particularmente no caso da 0 + 420,0, os marcos superficiais indicam
magnitudes equivalentes ou mesmo superiores às previstas, demandando, assim,
procedimentos de controle futuro mais intensivos. Os medidores IPT e os inclinômetros
de recalque ratificam estes dados e tendências, mostrando que cerca de 90 % dos
recalques ocorreram até o final do período de enchimento do reservatório.
149
No caso dos inclinômetros de recalques instalados na BTMD, o recalque acumulado até
o final do período de enchimento do reservatório foi de 32,4 cm para as camadas locais
de fundação (solo transportado + solo residual) medido no segmento IR109 (interface
aterro / fundação). O recalque máximo ao longo da camada do aterro compactado foi de
42,1 cm, tendo sido registrado pelo segmento IR114 (localizado no interior do maciço
de solo compactado). Na fase de pós-enchimento, as leituras mostram-se essencialmente
estabilizadas. No caso da BTME, os valores registrados de recalques da fundação foram
muito reduzidos, mesmo na fase de enchimento do reservatório, não ultrapassando
6,0 cm (valor medido no segmento IR213).
Em termos do monitoramento dos deslocamentos horizontais, os dados indicam uma
tendência de movimentação bastante aleatória e fortemente condicionada pela seqüência
construtiva das barragens, com uma tendência geral de movimentação para jusante. Em
se tratando, porém, de zonas com recalques elevados, ocorre uma tendência inversa, ou
seja, de movimentação da barragem para montante.
Os valores acumulados dos deslocamentos horizontais, entretanto, em todas as
condições analisadas, mostraram-se sempre muito inferiores aos valores prescritos em
projeto, à exceção do inclinômetro ID100 da BTME, que registra atualmente um valor
de 5,0 cm (esquerda) contra 4,8 cm previsto em projeto. A distribuição dos
deslocamentos obtidos não configura, porém, concentrações de deslocamentos
cisalhantes na base do perfil, eliminando-se, assim, a possibilidade de potenciais zonas
de ruptura nas fundações das barragens.
6.2.2. – Poropressões, Tensões Totais e Vazões
A interpretação dos resultados da piezometria das barragens da UHE São Simão foi
feita a partir da hipótese de fluxo geral sob regime permanente e a partir da condição de
N.A. máximo do reservatório, uma vez que as variações do vel d’ água são muito
pequenas e sem impacto significativo nas leituras piezométricas. A análise global dos
dados é bastante consistente com esta hipótese, caracterizando uma rede de fluxo
uniforme, sem descontinuidades ou anomalias das perdas de carga detectadas.
150
A interpretação dos resultados é complexa e fortemente condicionada por aspectos de
natureza diversa e, por esta razão, foram discutidos separadamente para as diferentes
seções e transições das barragens, no capítulo 5. Em geral, os dados de piezometria
atestam o desempenho satisfatório e regularizado dos sistemas drenantes das barragens.
No caso da BTMD, em algumas seções caracterizadas pela forte presença do solo
transportado na fundação, o fluxo é concentrado em zonas mais permeáveis do mesmo.
Ao longo do aterro, o fluxo se mostra controlado e uniforme, apresentando gradientes
hidráulicos aceitáveis e consistentes. Problemas específicos foram detectados nas zonas
da Transição N
0
1, uma vez que o piezômetro Casagrande instalado no interior do filtro
inclinado e junto ao paramento de jusante tem registrado cargas desde 1993, com
tendência de incremento futuro, quando deveria permanecer sempre seco. Com efeito,
este piezômetro foi instalado nesta posição para desempenhar a função de controle de
potenciais anomalias do fluxo na região da interface solo-estrutura. Tal fato demonstra
um desempenho inadequado do filtro vertical, que apresenta potenciais efeitos de
colmatação. Assim, recomenda-se a imediata lavagem do piezômetro e a execução de
uma nova leitura; caso sejam confirmados os problemas de colmatação, recomenda-se
cuidados específicos e a reavaliação das condições de estabilidade da barragem para as
novas condições operacionais.
Os dados dos piezômetros pneumáticos instalados nas zonas da fundação da BTME,
submetidas a tratamentos por injeções, demonstram a eficácia do processo e a existência
de um fluxo limitado pela fundação, que ocorre de forma independente do fluxo através
do maciço. Entretanto, a evolução das leituras destes instrumentos indica uma contínua
e generalizada redução ao longo do tempo, comportamento que não tem similaridade
em termos de um aumento correspondente das vazões de percolação. Assim, tal fato
deve estar associado basicamente a uma mudança do mecanismo de fluxo nas zonas de
fundação da barragem, induzido por gradientes hidráulicos mais elevados e vinculado a
processos de carreamento de materiais alterados ao longo dos contatos entre diferentes
derrames e também ao possível caráter multidirecional das descontinuidades locais. De
qualquer forma, este comportamento é atípico e mereceria uma avaliação específica,
incluindo-se a instalação de piezômetros em seções adjacentes.
151
Na zona da ensecadeira de jusante da BTME, os níveis piezométricos medidos são
próximos ou inferiores à cota do topo da ensecadeira de jusante, evidenciando, assim,
que a camada de aluvião da fundação local funciona como um tapete drenante natural,
contribuindo de forma decisiva no processo de drenagem pela fundação.
Os valores das tensões fornecidas pelas células de tensões totais posicionadas na Seção
9 da Transição N
0
2 são consistentes e bastante sensíveis às variações do vel d’ água
do reservatório. O aspecto mais relevante destes dados são os valores essencialmente
nulos das tensões horizontais efetivas registradas junto à face de montante da estrutura
de concreto. Estas medições configuram a hipótese de descolamento ou de fraturamento
hidráulico da interface solo/estrutura. As leituras atuais registram uma relação σ
h
/u igual
a 0,94, que corresponde a uma condição de emergência. Este comportamento exige,
portanto, estudos específicos para a obtenção do completo entendimento do problema e
sua eventual correção.
Quanto às vazões de percolação, as medições têm sido, sistematicamente, inferiores aos
parâmetros de controle. Variações bruscas ou concentradas estão associadas comumente
a épocas de precipitações pluviométricas elevadas. Os dados de piezometria da BTMD
mostram que a capacidade drenante do sistema de drenagem interna é muito superior à
estimada em projeto. No caso da BTME, as vazões são igualmente controladas.
Sistemas específicos de captação foram projetados nesta seção da barragem para
captação e controle das infiltrações ocorridas na parte alta da ombreira esquerda,
durante a fase de enchimento do reservatório.
6.3. – Sugestões para Futuras Pesquisas
Como estudos complementares, recomenda-se a abordagem integrada e sistematizada
deste programa de auscultação a outros empreendimentos de geração de energia elétrica
ou a barragens de contenção de resíduos industriais e de mineração. Com efeito, o
Programa MONITOR mostrou-se uma ferramenta bastante prática para a aquisição,
tratamento e plotagem dos gráficos finais da evolução das medições ao longo do tempo.
Finalizando, é imperativo ressaltar a importância da conjugação destas análises com as
152
observações que são obtidas a partir das inspeções visuais, que constituem, também,
elemento fundamental para a garantia de um controle adequado e um monitoramento
abrangente do comportamento geotécnico de barragens de terra e de barragens de terra e
enrocamento associadas a aproveitamentos hidrelétricos de grande porte.
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ANEXO I
Seções Instrumentadas da UHE São Simão
Figura I.1 – Arranjo Geral – UHE São Simão
Figura I.2 – Locação dos Marcos de Superfície e Medidores de Vazão – MD e ME
Figura I.3 – Localização dos Instrumentos na Barragem de Terra da Margem Direita – BTMD
Figura I.4 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 1 – Estaca 0 + 460,0
Figura I.5 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
Figura I.6 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
Figura I.7 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 4 – Estaca 0 + 870,0
Figura I.8 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 5 – Estaca 1 + 240,0
Figura I.9 – Barragem de Terra da Margem Direita – Seção 6 – Estaca 1 + 440,0
Figura I.10 – Localização dos Instrumentos na Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – BTME
Figura I.11 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 0 – Estaca 3 + 485,0
Figura I.12 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
Figura I.13 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 2 – Estaca 2 + 963,0
Figura I.14 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 3 – Estaca 2 + 913,0
Figura I.15 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 4 – Estaca 2 + 863,0
Figura I.16 – Barragem de Terra da Margem Esquerda – Seção 5 – Estaca 2 + 780,0
Figura I.17 – Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – Seção 6 – Estaca 2 + 500,0
Figura I.18 – Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – Seção 7 – Estaca 2 + 460,0
Figura I.19 – Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0
Figura I.20 – Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – Seção 8A – Estaca 2 + 325,0
Figura I.21 – Barragem de Terra e Enrocamento da Margem Esquerda – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0
ANEXO II
Marcos de Superfície
Barragem de Terra
- Margem Direita -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita
SSMDMS001
SSMDMS002
SSMDMS003
SSMDMS004
SSMDMS005
SSMDMS006
SSMDMS007
SSMDMS008
SSMDMS009
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita
SSMDMS010
SSMDMS011
SSMDMS012
SSMDMS013
SSMDMS014
SSMDMS015
SSMDMS016
SSMDMS017
SSMDMS018
SSMDMS019
SSMDMS020
SSMDMS021
SSMDMS022
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
Figura II.1 – Marcos de Superfície – BTMD
(Distância ao eixo: 49,6 e 100,0 m à Jusante (a) e 5,0 e 25,0 m à Jusante (b))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita
SSMDMS023
SSMDMS024
SSMDMS025
SSMDMS026
SSMDMS027
SSMDMS028
SSMDMS029
SSMDMS030
SSMDMS031
SSMDMS032
SSMDMS033
SSMDMS034
SSMDMS035
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura II.2 – Marcos de Superfície –BTMD – Instalados à Montante do Eixo
ANEXO III
Marcos de Superfície
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMS013
SSMEMS014
SSMEMS015
SSMEMS017
SSMEMS018
SSMEMS028
SSMEMS032
SSMEMS037
SSMEMS042
SSMEMS047
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMS019
SSMEMS020
SSMEMS021
SSMEMS022
SSMEMS023
SSMEMS024
SSMEMS027
SSMEMS031
SSMEMS036
SSMEMS041
SSMEMS046
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMS025
SSMEMS026
SSMEMS035
SSMEMS040
SSMEMS045
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(c)
Figura III.1 – Marcos de Superfície – BTME
(Distância ao eixo: 5,0 m à Jusante (a), 25,0 à Jusante (b) e 50,0 e 57,0 m à Jusante (c))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMS001
SSMEMS002
SSMEMS003
SSMEMS004
SSMEMS005
SSMEMS006
SSMEMS030
SSMEMS034
SSMEMS039
SSMEMS044
SSMEMS049
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-0,600
2,360
5,320
8,280
11,240
14,200
17,160
20,120
23,080
26,040
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMS007
SSMEMS008
SSMEMS009
SSMEMS010
SSMEMS011
SSMEMS012
SSMEMS029
SSMEMS033
SSMEMS038
SSMEMS043
SSMEMS048
Recalque (cm)/Afundamento (+)
-1,000
2,000
5,000
8,000
11,000
14,000
17,000
20,000
23,000
26,000
29,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
Figura III.2 – Marcos de Superfície – BTME
(Distância ao eixo: 25,0 m à Montante (a) e 5,0 m à Montante (b))
ANEXO IV
Medidores de Recalque Tipo IPT
Barragem de Terra
- Margem Direita -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Medidor de recalque
IPT
SSMDIP101 SSMDIP102
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura IV.1 – Medidores de Recalque IPT – BTMD – Seção 1 – Estaca 0 + 460,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Medidor de recalque
IPT
SSMDIP201 SSMDIP202 SSMDIP203 SSMDIP204 SSMDIP205 SSMDIP206
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura IV.2 – Medidores de Recalque IPT – BTMD – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Medidor de recalque
IPT
SSMDIP301 SSMDIP302 SSMDIP303 SSMDIP304 SSMDIP305 SSMDIP306
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura IV.3 – Medidores de Recalque IPT – BTMD – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Medidor de recalque
IPT
SSMDIP401 SSMDIP402 SSMDIP403 SSMDIP404
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura IV.4 – Medidores de Recalque IPT – BTMD – Seção 4 – Estaca 0 + 870,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Medidor de recalque
IPT
SSMDIP501 SSMDIP502 SSMDIP503
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
2,980
5,960
8,940
11,920
14,900
17,880
20,860
23,840
26,820
29,800
1974 1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura IV.5 – Medidores de Recalque IPT – BTMD – Seção 5 – Estaca 1 + 240,0
ANEXO V
Medidores de Recalque Tipo IPT
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Medidor de recalque IPT
SSMEIP101 SSMEIP102 SSMEIP103 SSMEIP104 SSMEIP105 SSMEIP106
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura V.1 –Medidores de Recalque IPT – BTME– Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Medidor de recalque IPT
SSMEIP601 SSMEIP602 SSMEIP603
Recalque (cm)/Afundamento (+)
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
30,000
35,000
40,000
45,000
50,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
Figura V.2 – Medidores de Recalque IPT – BTME– Seção 6 – Estaca 2 + 500,0
ANEXO VI
Inclinômetros de Recalque
Barragem de Terra
- Margem Direita -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR102
SSMDIR103
SSMDIR104
SSMDIR105
SSMDIR106
SSMDIR107
SSMDIR108
SSMDIR109
SSMDIR110
SSMDIR111
SSMDIR112
SSMDIR113
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 19811984 198719901993 19961999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR114
SSMDIR115
SSMDIR116
SSMDIR117
SSMDIR118
SSMDIR119
SSMDIR120
SSMDIR121
SSMDIR122
SSMDIR123
SSMDIR124
SSMDIR125
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 19811984 198719901993 19961999 2002 2005
(b)
Figura VI.1 – Inclinômetro de Recalque – IR100 – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
(Segmentos: IR102-IR113 (a) e IR114-IR125 (b))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR205
SSMDIR206
SSMDIR207
SSMDIR208
SSMDIR209
SSMDIR210
SSMDIR211
SSMDIR212
SSMDIR213
SSMDIR214
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 19811984 198719901993 19961999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR215
SSMDIR216
SSMDIR217
SSMDIR218
SSMDIR219
SSMDIR220
SSMDIR221
SSMDIR222
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 19811984 198719901993 19961999 2002 2005
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR223
SSMDIR224
SSMDIR225
SSMDIR226
SSMDIR227
SSMDIR228
SSMDIR229
SSMDIR230
SSMDIR231
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 19811984 19871990 1993 19961999 20022005
(c)
Figura VI.2 – Inclinômetro de Recalque – IR200 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Segmentos: IR205-IR214 (a), IR215-IR222 (b) e IR223-IR231 (c))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR309
SSMDIR310
SSMDIR311
SSMDIR312
SSMDIR313
SSMDIR314
SSMDIR315
SSMDIR316
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 19841987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclimetro
recalque
SSMDIR317
SSMDIR318
SSMDIR319
SSMDIR320
SSMDIR321
SSMDIR322
SSMDIR323
SSMDIR324
SSMDIR325
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 19841987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura VI.3 –Inclinômetro de Recalque – IR300 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Segmentos: IR309-IR316 (a) e IR317-IR325 (b))
ANEXO VII
Inclinômetros de Recalque
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR102
SSMEIR103
SSMEIR104
SSMEIR105
SSMEIR106
SSMEIR107
SSMEIR108
SSMEIR109
SSMEIR110
SSMEIR111
SSMEIR112
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 19811984 19871990 19931996 19992002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR113
SSMEIR114
SSMEIR115
SSMEIR116
SSMEIR117
SSMEIR118
SSMEIR119
SSMEIR120
SSMEIR121
SSMEIR122
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 19811984 19871990 19931996 19992002 2005
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR123
SSMEIR124
SSMEIR125
SSMEIR126
SSMEIR127
SSMEIR128
SSMEIR129
SSMEIR130
SSMEIR131
SSMEIR132
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 19811984 19871990 19931996 19992002 2005
Figura VII.1 – Inclinômetro de Recalque – IR100 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Segmentos: IR102-IR112 (a), IR113-IR122 (b) e IR123-IR132 (c))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR202
SSMEIR203
SSMEIR204
SSMEIR205
SSMEIR206
SSMEIR207
SSMEIR208
SSMEIR209
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 19811984 19871990 19931996 19992002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR210
SSMEIR211
SSMEIR212
SSMEIR213
SSMEIR214
SSMEIR215
SSMEIR216
SSMEIR217
SSMEIR218
SSMEIR219
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 198119841987 19901993 19961999 20022005
(b)
Figura VII.2 –Inclinômetro de Recalque – IR200 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Segmentos: IR202-IR209 (a) e IR210-IR219 (b))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR302
SSMEIR303
SSMEIR304
SSMEIR305
SSMEIR306
SSMEIR307
SSMEIR308
SSMEIR309
SSMEIR310
SSMEIR311
SSMEIR312
SSMEIR313
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 198119841987 19901993 19961999 20022005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR314
SSMEIR315
SSMEIR316
SSMEIR317
SSMEIR318
SSMEIR319
SSMEIR320
SSMEIR321
SSMEIR322
SSMEIR323
SSMEIR324
SSMEIR325
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR326
SSMEIR327
SSMEIR328
SSMEIR329
SSMEIR330
SSMEIR331
SSMEIR332
SSMEIR333
SSMEIR334
SSMEIR335
SSMEIR336
SSMEIR337
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(c)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR338
SSMEIR339
SSMEIR340
SSMEIR341
SSMEIR342
SSMEIR343
SSMEIR344
SSMEIR345
SSMEIR346
SSMEIR347
SSMEIR348
SSMEIR349
SSMEIR350
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(d)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR351
SSMEIR352
SSMEIR353
SSMEIR354
SSMEIR355
SSMEIR356
SSMEIR357
SSMEIR358
SSMEIR359
SSMEIR360
SSMEIR361
SSMEIR362
SSMEIR363
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(e)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR364
SSMEIR365
SSMEIR366
SSMEIR367
SSMEIR368
SSMEIR369
SSMEIR370
SSMEIR371
SSMEIR372
SSMEIR373
SSMEIR374
SSMEIR375
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
19751978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 20022005
(f)
Figura VII.3 – Inclinômetro de Recalque – IR300 – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0
(Segmentos: IR302-IR313 (a), IR314-IR325 (b), IR326-IR337 (c), IR338-IR350 (d),
IR351-IR363 (e) e IR364-IR375(f))
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR403
SSMEIR404
SSMEIR405
SSMEIR406
SSMEIR407
SSMEIR408
SSMEIR409
SSMEIR410
SSMEIR411
SSMEIR412
SSMEIR413
SSMEIR414
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR415
SSMEIR416
SSMEIR417
SSMEIR418
SSMEIR419
SSMEIR420
SSMEIR421
SSMEIR422
SSMEIR423
SSMEIR424
SSMEIR425
SSMEIR426
SSMEIR427
SSMEIR428
Recalque (cm)
0,000
2,425
4,850
7,275
9,700
12,125
14,550
16,975
19,400
21,825
24,250
26,675
29,100
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(b)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR429
SSMEIR430
SSMEIR431
SSMEIR432
SSMEIR433
SSMEIR434
SSMEIR435
SSMEIR436
SSMEIR437
SSMEIR438
SSMEIR439
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(c)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro
recalque
SSMEIR440
SSMEIR441
SSMEIR442
SSMEIR443
SSMEIR444
SSMEIR445
SSMEIR446
SSMEIR447
SSMEIR448
SSMEIR449
SSMEIR450
SSMEIR451
Recalque (cm)
-2,000
6,000
14,000
22,000
30,000
38,000
46,000
54,000
62,000
70,000
78,000
86,000
94,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 19961999 20022005
(d)
Figura VII.4 – Inclinômetro de Recalque – IR400 – Seção 8A – Estaca 2 + 325,0
(Segmentos: IR403-IR414 (a), IR415-IR428 (b), IR429-IR439 (c) e IR440-IR451 (d))
ANEXO VIII
Inclinômetros de Deflexão
Barragem de Terra
- Margem Direita -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 17/03/75
SSMDID100 em 20/05/75
SSMDID100 em 02/06/75
SSMDID100 em 17/06/75
SSMDID100 em 24/02/76
SSMDID100 em 18/03/76
SSMDID100 em 22/04/76
SSMDID100 em 18/05/76
SSMDID100 em 15/06/76
SSMDID100 em 08/07/76
SSMDID100 em 18/08/76
SSMDID100 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,070
368,889
372,708
376,526
380,345
384,164
387,983
391,802
395,620
399,439
403,258
-3,526 0,000 3,526
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 17/03/75
SSMDID100 em 20/05/75
SSMDID100 em 02/06/75
SSMDID100 em 30/07/75
SSMDID100 em 08/09/75
SSMDID100 em 18/03/76
SSMDID100 em 22/04/76
SSMDID100 em 15/06/76
SSMDID100 em 08/07/76
SSMDID100 em 18/08/76
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
365,070
368,560
372,049
375,539
379,028
382,518
386,007
389,496
392,986
396,475
399,965
-4,223 0,000 4,223
(b)
Figura VIII.1 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 24/08/77
SSMDID100 em 06/09/77
SSMDID100 em 07/10/77
SSMDID100 em 18/10/77
SSMDID100 em 02/11/77
SSMDID100 em 16/11/77
SSMDID100 em 30/11/77
SSMDID100 em 04/01/78
SSMDID100 em 10/02/78
SSMDID100 em 10/03/78
SSMDID100 em 10/04/78
SSMDID100 em 12/07/78
SSMDID100 em 19/09/78
SSMDID100 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,065
368,884
372,704
376,523
380,342
384,161
387,981
391,800
395,619
399,439
403,258
-4,346 0,000 4,346
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 24/08/77
SSMDID100 em 06/09/77
SSMDID100 em 07/10/77
SSMDID100 em 18/10/77
SSMDID100 em 02/11/77
SSMDID100 em 16/11/77
SSMDID100 em 30/11/77
SSMDID100 em 04/01/78
SSMDID100 em 10/02/78
SSMDID100 em 10/03/78
SSMDID100 em 10/04/78
SSMDID100 em 12/07/78
SSMDID100 em 19/09/78
SSMDID100 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
365,065
368,884
372,704
376,523
380,342
384,161
387,981
391,800
395,619
399,439
403,258
-5,699 0,000 5,699
(b)
Figura VIII.2 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 16/02/79
SSMDID100 em 09/04/79
SSMDID100 em 13/06/79
SSMDID100 em 11/02/80
SSMDID100 em 15/04/80
SSMDID100 em 12/05/86
SSMDID100 em 08/02/91
SSMDID100 em 01/09/99
SSMDID100 em 06/09/01
SSMDID100 em 15/04/02
SSMDID100 em 02/08/02
SSMDID100 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
365,061
368,874
372,688
376,501
380,315
384,128
387,941
391,755
395,568
399,382
403,195
-10,988 0,000 10,988
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID100 em 16/02/79
SSMDID100 em 09/04/79
SSMDID100 em 13/06/79
SSMDID100 em 11/02/80
SSMDID100 em 24/04/81
SSMDID100 em 31/07/91
SSMDID100 em 09/03/94
SSMDID100 em 28/08/96
SSMDID100 em 01/09/00
SSMDID100 em 03/04/01
SSMDID100 em 06/09/01
SSMDID100 em 15/04/02
SSMDID100 em 02/08/02
SSMDID100 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
365,061
368,874
372,688
376,501
380,315
384,128
387,941
391,755
395,568
399,382
403,195
-5,863 0,000 5,863
(b)
Figura VIII.3 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 19/03/75
SSMDID200 em 17/04/75
SSMDID200 em 24/04/75
SSMDID200 em 01/07/75
SSMDID200 em 14/07/75
SSMDID200 em 15/10/75
SSMDID200 em 10/12/75
SSMDID200 em 26/02/76
SSMDID200 em 07/07/76
SSMDID200 em 18/08/76
SSMDID200 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
355,245
360,039
364,834
369,628
374,422
379,216
384,011
388,805
393,599
398,394
403,188
-2,378 0,000 2,378
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 19/03/75
SSMDID200 em 17/04/75
SSMDID200 em 24/04/75
SSMDID200 em 27/08/75
SSMDID200 em 23/09/75
SSMDID200 em 15/10/75
SSMDID200 em 10/12/75
SSMDID200 em 26/02/76
SSMDID200 em 07/07/76
SSMDID200 em 18/08/76
SSMDID200 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
355,245
360,039
364,834
369,628
374,422
379,216
384,011
388,805
393,599
398,394
403,188
-2,296 0,000 2,296
(b)
Figura VIII.4 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 24/08/77
SSMDID200 em 08/09/77
SSMDID200 em 08/10/77
SSMDID200 em 18/10/77
SSMDID200 em 02/11/77
SSMDID200 em 19/11/77
SSMDID200 em 30/11/77
SSMDID200 em 05/01/78
SSMDID200 em 10/02/78
SSMDID200 em 10/03/78
SSMDID200 em 10/04/78
SSMDID200 em 13/07/78
SSMDID200 em 19/09/78
SSMDID200 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
364,465
368,337
372,210
376,082
379,954
383,826
387,699
391,571
395,443
399,316
403,188
-2,665 0,000 2,665
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 24/08/77
SSMDID200 em 08/09/77
SSMDID200 em 08/10/77
SSMDID200 em 18/10/77
SSMDID200 em 02/11/77
SSMDID200 em 19/11/77
SSMDID200 em 30/11/77
SSMDID200 em 05/01/78
SSMDID200 em 10/02/78
SSMDID200 em 10/03/78
SSMDID200 em 10/04/78
SSMDID200 em 13/07/78
SSMDID200 em 19/09/78
SSMDID200 em 16/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
364,465
368,337
372,210
376,082
379,954
383,826
387,699
391,571
395,443
399,316
403,188
-2,788 0,000 2,788
(b)
Figura VIII.5 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (a) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 16/02/79
SSMDID200 em 09/04/79
SSMDID200 em 13/06/79
SSMDID200 em 09/05/85
SSMDID200 em 29/07/88
SSMDID200 em 08/02/91
SSMDID200 em 29/09/95
SSMDID200 em 28/08/96
SSMDID200 em 01/09/99
SSMDID200 em 05/09/01
SSMDID200 em 15/04/02
SSMDID200 em 02/08/02
SSMDID200 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
364,465
368,311
372,157
376,003
379,849
383,695
387,541
391,387
395,233
399,079
402,925
-2,624 0,000 2,624
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID200 em 16/02/79
SSMDID200 em 09/04/79
SSMDID200 em 13/06/79
SSMDID200 em 13/08/79
SSMDID200 em 07/10/80
SSMDID200 em 24/04/81
SSMDID200 em 12/05/86
SSMDID200 em 14/11/86
SSMDID200 em 09/03/94
SSMDID200 em 19/03/99
SSMDID200 em 01/09/99
SSMDID200 em 01/09/00
SSMDID200 em 05/09/01
SSMDID200 em 02/08/02
SSMDID200 em 10/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
364,465
368,311
372,157
376,003
379,849
383,695
387,541
391,387
395,233
399,079
402,925
-7,052 0,000 7,052
(b)
Figura VIII.6 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 19/03/75
SSMDID300 em 17/04/75
SSMDID300 em 26/05/75
SSMDID300 em 14/09/75
SSMDID300 em 29/09/75
SSMDID300 em 24/10/75
SSMDID300 em 28/02/76
SSMDID300 em 18/03/76
SSMDID300 em 09/07/76
SSMDID300 em 24/08/76
SSMDID300 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,630
358,298
361,965
365,633
369,301
372,969
376,636
380,304
383,972
387,639
391,307
-2,542 0,000 2,542
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 19/03/75
SSMDID300 em 17/04/75
SSMDID300 em 26/05/75
SSMDID300 em 14/09/75
SSMDID300 em 29/09/75
SSMDID300 em 24/10/75
SSMDID300 em 09/12/75
SSMDID300 em 26/04/76
SSMDID300 em 25/05/76
SSMDID300 em 24/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
354,630
358,295
361,961
365,626
369,291
372,956
376,622
380,287
383,952
387,618
391,283
-2,542 0,000 2,542
(b)
Figura VIII.7 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 24/08/77
SSMDID300 em 08/09/77
SSMDID300 em 07/10/77
SSMDID300 em 19/10/77
SSMDID300 em 20/01/78
SSMDID300 em 15/02/78
SSMDID300 em 15/03/78
SSMDID300 em 14/04/78
SSMDID300 em 13/07/78
SSMDID300 em 18/09/78
SSMDID300 em 20/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,630
358,295
361,961
365,626
369,292
372,957
376,622
380,288
383,953
387,619
391,284
-5,781 0,000 5,781
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 24/08/77
SSMDID300 em 08/09/77
SSMDID300 em 07/10/77
SSMDID300 em 19/10/77
SSMDID300 em 20/01/78
SSMDID300 em 15/02/78
SSMDID300 em 15/03/78
SSMDID300 em 14/04/78
SSMDID300 em 13/07/78
SSMDID300 em 18/09/78
SSMDID300 em 20/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
354,630
358,295
361,961
365,626
369,292
372,957
376,622
380,288
383,953
387,619
391,284
-2,665 0,000 2,665
(b)
Figura VIII.8 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 20/02/79
SSMDID300 em 09/04/79
SSMDID300 em 13/06/79
SSMDID300 em 12/05/86
SSMDID300 em 14/11/86
SSMDID300 em 20/02/90
SSMDID300 em 16/07/90
SSMDID300 em 26/08/98
SSMDID300 em 08/09/00
SSMDID300 em 10/09/01
SSMDID300 em 15/04/02
SSMDID300 em 02/08/02
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
354,629
358,444
362,260
366,075
369,890
373,706
377,521
381,336
385,151
388,967
392,782
-10,250 0,000 10,250
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Inclinômetro deflexão
SSMDID300 em 20/02/79
SSMDID300 em 09/04/79
SSMDID300 em 10/10/79
SSMDID300 em 07/10/80
SSMDID300 em 10/12/84
SSMDID300 em 20/02/90
SSMDID300 em 16/03/98
SSMDID300 em 13/03/00
SSMDID300 em 08/09/00
SSMDID300 em 17/04/01
SSMDID300 em 10/09/01
SSMDID300 em 15/04/02
SSMDID300 em 02/08/02
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
354,629
358,445
362,260
366,076
369,892
373,708
377,523
381,339
385,155
388,970
392,786
-3,608 0,000 3,608
(b)
Figura VIII.9 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
ANEXO IX
Inclinômetros de Deflexão
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 04/11/75
SSMEID100 em 17/11/75
SSMEID100 em 13/12/75
SSMEID100 em 17/01/76
SSMEID100 em 02/03/76
SSMEID100 em 17/03/76
SSMEID100 em 20/04/76
SSMEID100 em 11/05/76
SSMEID100 em 15/06/76
SSMEID100 em 05/07/76
SSMEID100 em 16/08/76
SSMEID100 em 29/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
351,177
356,181
361,184
366,188
371,191
376,195
381,199
386,202
391,206
396,209
401,213
-1,394 0,000 1,394
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 04/11/75
SSMEID100 em 17/11/75
SSMEID100 em 13/12/75
SSMEID100 em 17/01/76
SSMEID100 em 02/03/76
SSMEID100 em 17/03/76
SSMEID100 em 20/04/76
SSMEID100 em 11/05/76
SSMEID100 em 15/06/76
SSMEID100 em 05/07/76
SSMEID100 em 16/08/76
SSMEID100 em 29/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
351,177
356,181
361,184
366,188
371,191
376,195
381,199
386,202
391,206
396,209
401,213
-0,943 0,000 0,943
(b)
Figura XI.1 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 10/09/77
SSMEID100 em 05/10/77
SSMEID100 em 19/10/77
SSMEID100 em 02/11/77
SSMEID100 em 15/11/77
SSMEID100 em 02/12/77
SSMEID100 em 17/01/78
SSMEID100 em 17/02/78
SSMEID100 em 21/03/78
SSMEID100 em 15/04/78
SSMEID100 em 15/07/78
SSMEID100 em 20/09/78
SSMEID100 em 17/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,828
357,834
362,839
367,845
372,851
377,857
382,862
387,868
392,874
397,879
402,885
-2,501 0,000 2,501
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 10/09/77
SSMEID100 em 05/10/77
SSMEID100 em 19/10/77
SSMEID100 em 02/11/77
SSMEID100 em 15/11/77
SSMEID100 em 02/12/77
SSMEID100 em 17/01/78
SSMEID100 em 17/02/78
SSMEID100 em 21/03/78
SSMEID100 em 15/04/78
SSMEID100 em 15/07/78
SSMEID100 em 20/09/78
SSMEID100 em 17/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
352,828
357,834
362,839
367,845
372,851
377,857
382,862
387,868
392,874
397,879
402,885
-2,091 0,000 2,091
(b)
Figura IX.2 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 17/02/79
SSMEID100 em 11/04/79
SSMEID100 em 14/10/80
SSMEID100 em 16/02/90
SSMEID100 em 28/01/93
SSMEID100 em 02/09/98
SSMEID100 em 06/09/99
SSMEID100 em 12/09/00
SSMEID100 em 11/09/01
SSMEID100 em 17/04/02
SSMEID100 em 02/08/02
SSMEID100 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,830
357,868
362,906
367,944
372,982
378,020
383,058
388,096
393,134
398,172
403,210
-6,068 0,000 6,068
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID100 em 17/02/79
SSMEID100 em 11/04/79
SSMEID100 em 14/10/80
SSMEID100 em 07/12/84
SSMEID100 em 28/01/93
SSMEID100 em 02/09/98
SSMEID100 em 06/09/99
SSMEID100 em 12/09/00
SSMEID100 em 11/09/01
SSMEID100 em 17/04/02
SSMEID100 em 02/08/02
SSMEID100 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
352,830
357,868
362,906
367,944
372,982
378,020
383,058
388,096
393,134
398,172
403,210
-6,314 0,000 6,314
(b)
Figura IX.3 – Inclinômetro de Deflexão – ID100 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 23/10/75
SSMEID200 em 04/11/75
SSMEID200 em 17/11/75
SSMEID200 em 15/12/75
SSMEID200 em 17/01/76
SSMEID200 em 09/03/76
SSMEID200 em 25/03/76
SSMEID200 em 19/04/76
SSMEID200 em 10/05/76
SSMEID200 em 11/06/76
SSMEID200 em 05/07/76
SSMEID200 em 17/08/76
SSMEID200 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,789
355,636
358,483
361,330
364,177
367,025
369,872
372,719
375,566
378,413
381,260
-1,312 0,000 1,312
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 23/10/75
SSMEID200 em 04/11/75
SSMEID200 em 17/11/75
SSMEID200 em 15/12/75
SSMEID200 em 17/01/76
SSMEID200 em 09/03/76
SSMEID200 em 25/03/76
SSMEID200 em 19/04/76
SSMEID200 em 10/05/76
SSMEID200 em 11/06/76
SSMEID200 em 05/07/76
SSMEID200 em 17/08/76
SSMEID200 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
352,789
355,636
358,483
361,330
364,177
367,025
369,872
372,719
375,566
378,413
381,260
-1,107 0,000 1,107
(b)
Figura IX.4 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 25/08/77
SSMEID200 em 06/09/77
SSMEID200 em 05/10/77
SSMEID200 em 20/10/77
SSMEID200 em 20/01/78
SSMEID200 em 15/02/78
SSMEID200 em 15/03/78
SSMEID200 em 17/04/78
SSMEID200 em 19/07/78
SSMEID200 em 20/09/78
SSMEID200 em 21/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,783
355,657
358,531
361,406
364,280
367,154
370,028
372,902
375,777
378,651
381,525
-1,886 0,000 1,886
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 25/08/77
SSMEID200 em 06/09/77
SSMEID200 em 05/10/77
SSMEID200 em 20/10/77
SSMEID200 em 20/01/78
SSMEID200 em 15/02/78
SSMEID200 em 15/03/78
SSMEID200 em 17/04/78
SSMEID200 em 19/07/78
SSMEID200 em 20/09/78
SSMEID200 em 21/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
352,783
355,657
358,531
361,406
364,280
367,154
370,028
372,902
375,777
378,651
381,525
-1,681 0,000 1,681
(b)
Figura IX.5 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 21/02/79
SSMEID200 em 11/04/79
SSMEID200 em 14/06/79
SSMEID200 em 15/08/79
SSMEID200 em 16/02/90
SSMEID200 em 30/08/96
SSMEID200 em 02/09/98
SSMEID200 em 06/09/99
SSMEID200 em 08/09/00
SSMEID200 em 10/09/01
SSMEID200 em 17/04/02
SSMEID200 em 03/06/02
SSMEID200 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
352,776
355,625
358,474
361,323
364,172
367,021
369,870
372,719
375,568
378,417
381,266
-7,216 0,000 7,216
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID200 em 21/02/79
SSMEID200 em 11/04/79
SSMEID200 em 14/06/79
SSMEID200 em 16/02/90
SSMEID200 em 30/08/96
SSMEID200 em 02/09/98
SSMEID200 em 06/09/99
SSMEID200 em 08/09/00
SSMEID200 em 10/09/01
SSMEID200 em 17/04/02
SSMEID200 em 03/06/02
SSMEID200 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
352,776
355,625
358,474
361,323
364,172
367,021
369,870
372,719
375,568
378,417
381,266
-2,542 0,000 2,542
(b)
Figura IX.6 – Inclinômetro de Deflexão – ID200 – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 19/04/76
SSMEID300 em 15/05/76
SSMEID300 em 27/06/76
SSMEID300 em 11/07/76
SSMEID300 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,833
293,853
305,873
317,893
329,913
341,933
353,953
365,973
377,993
390,013
402,033
-1,886 0,000 1,886
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 19/04/76
SSMEID300 em 15/05/76
SSMEID300 em 27/06/76
SSMEID300 em 11/07/76
SSMEID300 em 25/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
281,833
293,853
305,873
317,893
329,913
341,933
353,953
365,973
377,993
390,013
402,033
-2,091 0,000 2,091
(b)
Figura IX.7 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 25/08/77
SSMEID300 em 07/09/77
SSMEID300 em 10/11/77
SSMEID300 em 21/01/78
SSMEID300 em 23/02/78
SSMEID300 em 30/03/78
SSMEID300 em 27/04/78
SSMEID300 em 24/07/78
SSMEID300 em 27/09/78
SSMEID300 em 24/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,812
293,998
306,184
318,370
330,556
342,743
354,929
367,115
379,301
391,487
403,673
-14,432 0,000 14,432
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 25/08/77
SSMEID300 em 07/09/77
SSMEID300 em 10/11/77
SSMEID300 em 21/01/78
SSMEID300 em 23/02/78
SSMEID300 em 30/03/78
SSMEID300 em 27/04/78
SSMEID300 em 24/07/78
SSMEID300 em 27/09/78
SSMEID300 em 24/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
281,812
293,998
306,184
318,370
330,556
342,743
354,929
367,115
379,301
391,487
403,673
-6,970 0,000 6,970
(b)
Figura IX.8 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 24/02/79
SSMEID300 em 18/04/79
SSMEID300 em 25/06/79
SSMEID300 em 05/11/82
SSMEID300 em 24/11/83
SSMEID300 em 28/01/93
SSMEID300 em 03/08/93
SSMEID300 em 16/03/94
SSMEID300 em 06/09/99
SSMEID300 em 13/09/00
SSMEID300 em 12/09/01
SSMEID300 em 16/04/02
SSMEID300 em 02/08/02
SSMEID300 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
281,792
293,973
306,154
318,335
330,516
342,697
354,878
367,059
379,240
391,421
403,602
-28,823 0,000 28,823
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID300 em 24/02/79
SSMEID300 em 18/04/79
SSMEID300 em 25/06/79
SSMEID300 em 05/11/82
SSMEID300 em 24/11/83
SSMEID300 em 28/01/93
SSMEID300 em 03/08/93
SSMEID300 em 16/03/94
SSMEID300 em 06/09/99
SSMEID300 em 13/09/00
SSMEID300 em 12/09/01
SSMEID300 em 16/04/02
SSMEID300 em 02/08/02
SSMEID300 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
281,792
293,973
306,154
318,335
330,516
342,697
354,878
367,059
379,240
391,421
403,602
-13,817 0,000 13,817
(b)
Figura IX.9 – Inclinômetro de Deflexão – ID300 – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 11/07/76
SSMEID400 em 22/08/76
SSMEID400 em 22/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
315,485
324,327
333,169
342,012
350,854
359,696
368,538
377,380
386,223
395,065
403,907
-0,779 0,000 0,779
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 11/07/76
SSMEID400 em 22/08/76
SSMEID400 em 22/08/77
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
315,485
324,327
333,169
342,012
350,854
359,696
368,538
377,380
386,223
395,065
403,907
-0,820 0,000 0,820
(b)
Figura IX.10 – Inclinômetro de Deflexão – ID400 – Seção 8A – Estaca 2 + 325,0
(Fase Construtiva): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/08/77
SSMEID400 em 09/09/77
SSMEID400 em 20/09/77
SSMEID400 em 06/10/77
SSMEID400 em 20/10/77
SSMEID400 em 03/11/77
SSMEID400 em 18/11/77
SSMEID400 em 03/12/77
SSMEID400 em 20/01/78
SSMEID400 em 20/02/78
SSMEID400 em 04/04/78
SSMEID400 em 03/05/78
SSMEID400 em 21/07/78
SSMEID400 em 25/09/78
SSMEID400 em 22/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
323,694
331,715
339,737
347,758
355,780
363,801
371,823
379,844
387,866
395,887
403,909
-11,234 0,000 11,234
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/08/77
SSMEID400 em 09/09/77
SSMEID400 em 20/09/77
SSMEID400 em 06/10/77
SSMEID400 em 20/10/77
SSMEID400 em 03/11/77
SSMEID400 em 18/11/77
SSMEID400 em 03/12/77
SSMEID400 em 20/01/78
SSMEID400 em 20/02/78
SSMEID400 em 04/04/78
SSMEID400 em 03/05/78
SSMEID400 em 21/07/78
SSMEID400 em 25/09/78
SSMEID400 em 22/02/79
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
323,694
331,715
339,737
347,758
355,780
363,801
371,823
379,844
387,866
395,887
403,909
-6,970 0,000 6,970
(b)
Figura IX.11 – Inclinômetro de Deflexão – ID400 – Seção 8A – Estaca 2 + 325,0
(Fase de Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/02/79
SSMEID400 em 21/04/79
SSMEID400 em 20/06/79
SSMEID400 em 22/10/80
SSMEID400 em 27/05/86
SSMEID400 em 21/02/91
SSMEID400 em 05/09/97
SSMEID400 em 06/09/99
SSMEID400 em 18/09/00
SSMEID400 em 13/09/01
SSMEID400 em 16/04/02
SSMEID400 em 02/08/02
SSMEID400 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão montante/jusante (cm) - Montante (+)
323,690
331,702
339,715
347,727
355,740
363,752
371,764
379,777
387,789
395,802
403,814
-16,769 0,000 16,769
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Inclinômetro deflexão
SSMEID400 em 22/02/79
SSMEID400 em 21/04/79
SSMEID400 em 20/06/79
SSMEID400 em 10/12/79
SSMEID400 em 21/01/88
SSMEID400 em 03/08/93
SSMEID400 em 30/08/96
SSMEID400 em 20/03/97
SSMEID400 em 22/03/00
SSMEID400 em 13/09/01
SSMEID400 em 16/04/02
SSMEID400 em 02/08/02
SSMEID400 em 22/04/03
Cota da deflexão (m)
Deflexão margem esquerda/direita (cm) - M.esq. (+)
323,688
331,701
339,713
347,726
355,738
363,751
371,764
379,776
387,789
395,801
403,814
-12,628 0,000 12,628
(b)
Figura IX.12 – Inclinômetro de Deflexão – ID400 – Seção 8A – Estaca 2 + 325,0
(Fase de Pós-Enchimento): (a) Direção Montante-Jusante; (b) Direção Esquerda-Direita
ANEXO X
Piezômetros – Casagrande e Pneumático Tipo Hall
Barragem de Terra
- Margem Direita -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC101 SSMDPC102 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC101 SSMDPC102
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.1 – Piezômetros de Casagrande – Seção 1 – Estaca 0 + 460,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC201 SSMDPC202 SSMDPC203 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC201 SSMDPC202 SSMDPC203
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.2 – Piezômetros de Casagrande – Seção 2 – Estaca 0 + 670,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC301 SSMDPC302 SSMDPC303 SSMDPC304 SSMDPC305 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC301 SSMDPC302 SSMDPC303 SSMDPC304 SSMDPC305
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.3 – Piezômetros de Casagrande – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH301 SSMDPH302 SSMDPH303 SSMDPH304 SSMDPH305 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH301 SSMDPH302 SSMDPH303 SSMDPH304 SSMDPH305
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.4 – Piezômetros Pneumático (PH301-PH305) – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH306 SSMDPH307 SSMDPH308 SSMDPH309 SSMDPH310 SSMDPH311 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH306 SSMDPH307 SSMDPH308 SSMDPH309 SSMDPH310 SSMDPH311
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.5 – Piezômetros Pneumático (PH306-PH311) – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH312 SSMDPH313 SSMDPH314 SSMDPH315 SSMDPH316 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH312 SSMDPH313 SSMDPH314 SSMDPH315 SSMDPH316
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.6 – Piezômetros Pneumático (PH312-PH316) – Seção 3 – Estaca 0 + 810,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC501 SSMDPC502 SSMDPC503 SSMDPC504 SSMDPC505 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC501 SSMDPC502 SSMDPC503 SSMDPC504 SSMDPC505
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.7 – Piezômetros de Casagrande – Seção 5 – Estaca 1 + 240,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC601 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro Casagrande
SSMDPC601
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura X.8 – Piezômetro de Casagrande – Seção 6 – Estaca 1 + 440,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH602 SSMDPH603 SSMDPH605 SSMDPH606 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH602 SSMDPH603 SSMDPH605 SSMDPH606
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
Figura X.9 – Piezômetros Pneumáticos (PH602-PH603, PH605-PH606) – Seção 6 –
Estaca 1 + 440,0: (a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH608 SSMDPH609 SSMDPH611 SSMDPH612 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem direita - Piezômetro pneutico Hall
SSMDPH608 SSMDPH609 SSMDPH611 SSMDPH612
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura X.10 – Piezômetros Pneumáticos (PH608-PH609, PH611-PH612) – Seção 6 –
Estaca 1 + 440,0: (a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
ANEXO XI
Piezômetros – Casagrande, Pneumático Tipo Hall e Elétrico Tipo Maihak
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC001 SSMEPC002 SSMEPC003 SSMEPC004 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC001 SSMEPC002 SSMEPC003 SSMEPC004
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
(b)
Figura XI.1 – Piezômetros de Casagrande – Seção 0 – Estaca 3 + 485,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC101 SSMEPC102 SSMEPC103 SSMEPC104 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC101 SSMEPC102 SSMEPC103 SSMEPC104
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura XI.2 – Piezômetros de Casagrande – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH101 SSMEPH102 SSMEPH103 SSMEPH104 SSMEPH105 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH101 SSMEPH102 SSMEPH103 SSMEPH104 SSMEPH105
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura XI.3 – Piezômetros Pneumáticos (PH101-PH105) – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH106
SSMEPH107
SSMEPH108
SSMEPH109
SSMEPH110
SSMEPH111
SSMEPH112
NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH106 SSMEPH107 SSMEPH108 SSMEPH109 SSMEPH110 SSMEPH111 SSMEPH112
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura XI.4 – Piezômetros Pneumáticos (PH106-PH112) – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH113 SSMEPH114 SSMEPH115 SSMEPH116 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH113 SSMEPH114 SSMEPH115 SSMEPH116
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura XI.5 – Piezômetros Pneumáticos (PH113-PH116) – Seção 1 – Estaca 3 + 160,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC501 SSMEPC502 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC501 SSMEPC502
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
Figura XI.6 – Piezômetros de Casagrande – Seção 5 – Estaca 2 + 780,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC601 SSMEPC602 SSMEPC603 SSMEPC604 SSMEPC605 SSMEPC606 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC601 SSMEPC602 SSMEPC603 SSMEPC604 SSMEPC605 SSMEPC606
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.7 – Piezômetros de Casagrande – Seção 6 – Estaca 2 + 500,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC701 SSMEPC702 SSMEPC703 SSMEPC704 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC701 SSMEPC702 SSMEPC703 SSMEPC704
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.8 – Piezômetros de Casagrande – Seção 7 – Estaca 2 + 460,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC801 SSMEPC803 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Piezômetro Casagrande
SSMEPC801 SSMEPC803
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.9 – Piezômetros de Casagrande – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH801 SSMEPH802 SSMEPH803 SSMEPH804 SSMEPH805 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH801 SSMEPH802 SSMEPH803 SSMEPH804 SSMEPH805
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.10 – Piezômetros Pneumáticos (PH801-PH805) – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH806 SSMEPH807 SSMEPH808 SSMEPH809 SSMEPH810 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH806 SSMEPH807 SSMEPH808 SSMEPH809 SSMEPH810
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.11 – Piezômetros Pneumáticos (PH806-PH810) – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH811 SSMEPH812 SSMEPH813 SSMEPH814 SSMEPH815 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH811 SSMEPH812 SSMEPH813 SSMEPH814 SSMEPH815
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.12 – Piezômetros Pneumáticos (PH811-PH815) – Seção 8 – Estaca 2 + 410,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH910 SSMEPH911 SSMEPH912 SSMEPH913 SSMEPH914 SSMEPH915 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH910 SSMEPH911 SSMEPH912 SSMEPH913 SSMEPH914 SSMEPH915
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
(b)
Figura XI.13 – Piezômetros Pneumáticos (PH910-PH915) – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH916 SSMEPH917 SSMEPH918 SSMEPH919 SSMEPH920 SSMEPH921 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPH916 SSMEPH917 SSMEPH918 SSMEPH919 SSMEPH920 SSMEPH921
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
(b)
Figura XI.14 – Piezômetros Pneumáticos (PH916-PH921) – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPM901 SSMEPM902 SSMEPM903 SSMEPM904 SSMEPM905 SSMEPM906 NA Mon (m)
Cota piezométrica (m)
N.A. Montante
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
280,000
290,000
300,000
310,000
320,000
330,000
340,000
350,000
360,000
370,000
380,000
390,000
400,000
410,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(a)
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEPM901 SSMEPM902 SSMEPM903 SSMEPM904 SSMEPM905 SSMEPM906
Pressão neutra (kg/cm²)
-1,000
0,000
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
10,000
11,000
12,000
1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002 2005
(b)
Figura XI.15 – Piezômetros Maihak (PM901-PM906) – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0:
(a) Cota Piezométrica e (b) Pressão Neutra
ANEXO XII
Células de Tensão Total
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda - Célula de pressão total
SSMEPT901 SSMEPT902 SSMEPT903 SSMEPT904 SSMEPT905 SSMEPT906 SSMEPT907
Pressão total (kgf/cm2)
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
4,000
4,500
5,000
5,500
6,000
1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 2006
Figura XII.1 – Células de Tensão Total – Seção 9 – Estaca 2 + 016,0
ANEXO XIII
Medidores de NA
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMN004 NA Mon (m)
Cota do nível d'água (m)
N.A. Montante
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002
1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004
Figura XIII.1 – Medidor de NA – Seção 0 – Estaca 3 + 485,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMN201 SSMEMN202 SSMEMN203 SSMEMN204 NA Mon (m)
Cota do nível d'água (m)
N.A. Montante
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002
1980 1984 1988 1992 1996 2000
Figura XIII.2 – Medidores de NA – Seção 2 – Estaca 2 + 963,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMN301 SSMEMN302 SSMEMN303 SSMEMN304 NA Mon (m)
Cota do nível d'água (m)
N.A. Montante
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002
1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004
Figura XIII.3 – Medidores de NA – Seção 3 – Estaca 2 + 913,0
UHE São Simão - Barragem de terra da margem esquerda
SSMEMN401 SSMEMN402 SSMEMN403 SSMEMN404 NA Mon (m)
Cota do nível d'água (m)
N.A. Montante
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
340,000
347,000
354,000
361,000
368,000
375,000
382,000
389,000
396,000
403,000
410,000
1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002
1980 1984 1988 1992 1996 2000
Figura XIII.4 – Medidores de NA – Seção 4 – Estaca 2 + 863,0
ANEXO XIV
Medidores de Vazão
Barragem de Terra
- Margem Direita -
Usina Hidrelétrica de São Sio - Vertedor para medir vazão
SSMDVV001 - Vazão (l/s) SSMDVV002 - Vazão (l/s)
Vazão (l/s)
0,000
4,200
8,400
12,600
16,800
21,000
25,200
29,400
33,600
37,800
42,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura XIV.1 – Medidores de Vazão - BTMD
ANEXO XV
Medidores de Vazão
Barragem de Terra e de Terra e Enrocamento
- Margem Esquerda -
Usina Hidrelétrica de São Sio - Vertedor para medir vazão
SSMEVV004 -
Vazão (l/s)
SSMEVV005 -
Vazão (l/s)
SSMEVV006 -
Vazão (l/s)
SSMEVV007 -
Vazão (l/s)
SSMEVV009 -
Vazão (l/s)
Vazão (l/s)
0,000
4,200
8,400
12,600
16,800
21,000
25,200
29,400
33,600
37,800
42,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura XV.1 – Medidores Vazão (VV004-VV007 e VV009) – BTME
Usina Hidrelétrica de São Sio - Vertedor para medir vazão
SSMEVV010 - Vazão
(l/s)
SSMEVV011 - Vazão
(l/s)
SSMEVV012 - Vazão
(l/s)
SSMEVV013 - Vazão
(l/s)
Vazão (l/s)
0,000
4,200
8,400
12,600
16,800
21,000
25,200
29,400
33,600
37,800
42,000
1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004
Figura XV.2 – Medidores Vazão (VV010-VV013) – BTME
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