41
(interlíngua) relativa à particular TL (língua-alvo), não importa qual idade do aprendiz
ou a quantidade de explicação ou aulas que ele recebe na TL
23
(Corder, 1974:36).
A aparição de estruturas fossilizáveis pode acontecer influenciada pela situação
comunicativa em que se encontra o aprendiz quando este tem que fazer uso da L2:
Uma variável importante que deve ser levada em conta é o tipo de tarefa lingüística
com a qual se depara o falante: no caso de atuações que pode controlar e revisar, sem
pressão de tempo, ou seja, quando pode monitorar a produção, cometerá menos erros
gramaticais e léxicos, se interiorizou as regras que subjazem à geração dessas
estruturas. Esta situação se dá na prática formal na aula, na produção de textos escritos
que pode revisar e corrigir, ou quando dispõe de tempo suficiente para ler ou reler um
texto. Caso contrário, se se encontra em uma situação de comunicação oral, na qual
deve produzir e responder, sem dispor de tempo para controlar e corrigir, será mais
fácil e freqüente que produza algum tipo de erro que supúnhamos já superado (Baralo,
2004:45)
24
.
Como percebemos, Baralo compartilha com a mesma idéia de Corder e, podemos resumir
que, as estruturas fossilizáveis ressurgem com maior freqüência quando o aprendiz se encontra
em uma situação de não-controle sobre sua produção.
As estruturas fossilizáveis acontecem não só no nível fonético, embora seja mais
especialmente notada, e podem ser percebidas também na sintaxe, na morfologia e no léxico.
Conforme Lleó (1997:43) há uma grande variação individual, ou seja, há aprendizes que
fossilizam antes e outros depois. No que diz respeito à fonologia, o acento estrangeiro é mantido
por uns durante toda a vida e outros se desprendem em grande parte do acento.
Embora haja já muitos estudos sobre fossilização, as causas que explicitam o motivo pela
qual tal fenômeno ocorre, ainda não estão totalmente esclarecidas. As razões principais podem
ser devidas aos processos de transferência e da permeabilidade
25
, esclarecem Baralo (2004:47-
48) e Yokota (2001:39). A última autora ainda aponta que fatores afetivos e as características
individuais dos aprendizes devem ser também levados em consideração.
23
[...] Fossilizable linguistic phenomena are linguistic items, rules, and subsystems which speakers of a particular NL
will tend to keep in their IL relative to a particular TL, no matter what the age of the learner or amount of
explanation and instruction the receives in the TL (Corder, 1974:36).
24
Una variable importante a tener en cuenta es el tipo de tarea lingüística con la que se enfrenta el hablante: en el
caso de actuaciones que puede controlar y revisar, sin presión de tiempo, es decir, cuando puede monitorizar la
producción, cometerá menos errores gramaticales y léxicos, si ha interiorizado las reglas que subyacen a la
generación de esas estructuras. Esta situación se da en la práctica formal en clase, en la producción de textos escritos
que puede revisar y corregir, o cuando dispone de tiempo suficiente para leer o releer un texto. Por el contrario, si se
encuentra en una situación de comunicación oral, en la que debe producir y responder, sin disponer de tiempo para
controlar y corregir, será más fácil y frecuente que produzca algún tipo de error que suponíamos ya superado.
25
A permeabilidade, segundo Baralo (1996:16), se refere a uma propriedade da gramática que reflete a existência de
regras que não se fixaram de forma unívoca, e portanto, dão conta da variabilidade de intuições do falante de L2.