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pedagógicas: Frecuencia – L , Mosaico, Tecla, Carabela, Cuadernos
Cervantes de la Lengua Española, Materiales, Glosas Didácticas,
Revistas redELE, MarcoELE, etc. Otras, en cambio, se quedaron en
el camino: Signos y Cable (España), Spanish Applied Linguistics
(EE.UU), etc. (LACORTE, 2007, p. 33)
Em todo caso, a partir do reconhecimento do idioma espanhol como fator
de atividade econômica, a LA do Espanhol começou a dar sinais de mudança e
impulso rumo ao futuro. Um exemplo disso é o material elaborado a partir de uma
postura mais crítica, abrangente e inclusiva, onde se busca considerar não mais
uma perspectiva única e hegemônica de realização do idioma, mas sim, maneiras de
abarcar as variedades e diversidades existentes, possíveis, concretas, que
compõem o conjunto do idioma que, desde o final do século XV, vem ganhando
novas cores e formatos lexicais, sintáticos e contextuais. Já sabemos que estas
questões de diversidade não podem ser de forma alguma ignoradas se pretendemos
seguir, acompanhar e atender as necessidades humanas em favor da melhoria de
todos. Para concluir este ponto, é interessante citar, como exemplo dessa nova
etapa de esforço para superar perspectivas preconceituosas e obsoletas, algumas
obras que foram pensadas para reunir um conteúdo consensual com a participação
das vinte e uma academias de língua espanhola, representativas de cada um dos
vinte e um países que têm o espanhol como idioma oficial. Dessa forma, se espera
que este seja um bom começo, no intuito de alavancar estudos para uma LA crítica
e transgressiva (PENNYCOOK, 1998, 2006), no sentido em que transgride os limites
e fronteiras tradicionalmente impostos entre as variedades lingüísticas, as
diversidades culturais e os temas abordados em diferentes áreas do conhecimento e
territórios geográficos. As referidas publicações são: Ortografía de la lengua
española (com participação de todas as academias), Diccionario de la lengua
española (edição de 2001), Diccionario Panhispánico de dudas, lançado em 2005 e
a nova edição de Gramática hispânica, lançada em 2007. De qualquer forma, trata-
se de um começo que parece de fato apontar para uma trajetória mais crítica e
abrangente, no tocante a uso e estrutura da língua, mesmo que sua marca de
pênalti esteja localizada ainda no terreno do ensino/aprendizagem do idioma. Enfim,
é preciso começar, ou recomeçar, com pretensões de ampliar o campo e as
possibilidades de ultrapassar tais limites, estabelecendo uma consonância maior
com as necessidades políticas e sociais que o novo milênio nos está apresentando.