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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE MATEM
´
ATICA
PROGRAMA DE P
´
OS-GRADUAC¸
˜
AO EM MATEM
´
ATICA
A M
´
ETRICA DE SKOROHOD
Disserta¸ao de Mestrado
Adriana Neumann de Oliveira
Porto Alegre, 05 de mar¸co de 2007.
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Disserta¸ao submetida por Adriana Neumann de Oliveira
1
como requisito
parcial para a obten¸ao do grau de Mestre em Matem´atica pelo Programa de
os-Gradua¸ao em Matem´atica do Instituto de Matem´atica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Professor Orientador:
Dr. Artur Oscar Lopes
Banca Examinadora:
Dr. Alexandre Baraviera (PPGMat-UFRGS)
Dr. Artur Oscar Lopes (PPGMat-UFRGS)
Dr. Jairo Bochi (PPGMat-UFRGS)
Dr. Cl´audio Landim (IMPA)
Data da Apresenta¸ao: 05 de mar¸co de 2007.
1
Bolsista da Coordena¸ao de Aperfei¸coamento de Pessoal de N´ıvel Superior - CAPES
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Resumo:
Considere (E, r) espa¸co m´etrico completo e o espa¸co D
E
[0, ) das fun¸oes
x : [0, ) E cont´ınuas `a direita e com limite `a esquerda. Neste trabalho
vamos apresentar a etrica, d, de Skorohod no espa¸co D
E
[0, ). Vamos
mostrar que (D
E
[0, ), d) ´e completo.
Abstract:
Consider (E, r) a complete metric space and the space D
E
[0, ) of right
continuous functions x : [0, ) E with left limits. In this work we will
introduce the metric d of Skorohod on the space D
E
[0, ). We will show
that (D
E
[0, ), d) is complete.
`
A Alexandre Augusto Pereira Feij´o,
e aos meus av´os: Celda Sch¨afer Neumann
e Lindolpho Neumann (in memorian).
Agradecimentos
Primeiramente, gostaria de agradecer ao meu orientador Artur Lopes, que
acreditou em mim e me apoiou nesta etapa ao importante da minha forma¸ao:
sempre me dando desafios, que a princ´ıpio pareciam estar al´em da minha
competˆencia, mas que com muito trabalho podiam ser superados; sempre
respondendo minhas d´uvidas com muita paciˆencia e direcionando meu es-
tudo. Outro professor que merece minha gratid˜ao ´e o Alexandre Baraviera,
por todo o seu apoio e sua aten¸ao a mim dedicados. Agrade¸co, tamb´em,
aos professores Jairo Bochi e Luis Gustavo Mendes pelo trabalho realizado.
Na UFRGS fiz uma grande amizade com Cinthya Schneider, a qual agrade¸co
por todo o companherismo e apoio. Outros colegas da UFRGS pelos os quais,
tamb´em, tenho uma gratid˜ao especial ao: Guilherme Pumi, arcio Valk,
Edite Taufer, Antˆonio Jesus
´
Avila, Cleber Bisognin, Fl´avia Giordani, Jo˜ao
Francisco Prolo, Raquel Linhares, Taiane Prass, Paulo Sergio Costa Lino,
Joana Mohr, Patr´ıcia Cunha, Vilarbo J´unior, Lisandra Sauer e Lucineia Fa-
bris. Agrade¸co `as secret´arias Rosane Prates Reginatto dos Santos e Marta
Elias de Souza por todo apoio. Sou grata, tamb´em, aos colegas que encon-
trei na UFRGS, que, assim como eu, fizeram a gradua¸ao na UFPel: C´ıcero
Nachtigall, Maur´ıcio Zahn, Elismar Oliveira e Isabel Bonow.
Agrade¸co `a minha orientadora de inicia¸ao cient´ıfica Ludmila Bourchtein e
ao professor Andrei Bourchtein por terem me ajudado a dar os meus primei-
ros passos no estudo da Matem´atica e terem despertado em mim a paix˜ao
por esta ciˆencia. Tamb´em agrade¸co a eles e ao professor S´ergio Oliveira, o in-
centivo que me deram para eu continuar estudando. Na gradua¸ao, tamb´em,
encontrei uma grande amiga Bianca Herreira Capilheira, que foi e ´e compa-
nheira para todas as horas.
E, por ´ultimo e ao menos importante, agrade¸co a quem sempre me deu
base para enfrentar os obst´aculos:
minha dinda Wilma Ieda Blaas Corrˆea, pela a aten¸ao dedicada a mim,
principalmente na minha estadia em Porto Alegre;
minha cunhada Marciele uller Alves, que se revelou uma grande
amiga e companheira;
minha tia ucia Elena Neumann pelo exemplo de que atrav´es do estudo
e muito trabalho podemos obter bons resultados e por ela estar sempre
pronta a me ajudar;
minha afilhada Raquel Neumann Bortoluzzi por ser esta princesa que
ilumina a minha vida e me enche de alegria;
meus aos Celda Sch¨afer Neumann e Lindolpho Neumann (in memo-
rian), que sempre, com muito amor, me ensinaram os valores impor-
tantes, dentre eles a importˆancia da educa¸ao;
meus irm˜aos Andr´e Neumann de Oliveira e Maur´ıcio Neumann de Oli-
veira, que apesar de serem mais novos que eu sempre me protegeram;
meu grande amor Alexandre Augusto Perreira Feij´o, que nestes ´ultimos
8 anos tem me dado for¸cas nas batalhas que venho enfrentando, sendo
um companheiro insepar´avel e fiel, me ajudando a ser uma pessoa me-
lhor e mais feliz;
meus pais Vera L´ucia Neumann de Oliveira e Jo˜ao Gutknecht de Oli-
veira, que ao pessoas muito boas e sempre me deram muito amor,
carinho e se esfor¸cam muito para me ajudar;
Deus, pela minha vida.
Sum´ario
Introdu¸ao 2
1 A m´etrica de Skorohod 3
1.1 Considera¸oes iniciais e defini¸oes . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 A m´etrica de Skorohod . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.4 (D
E
[0, ), d) ´e completo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Apˆendice 51
Referˆencias Bibliogr´aficas 66
1
Introdu¸ao
Muitos processos estoasticos que surgem em aplica¸oes em a propriedade
de ter limite `a direita e `a esquerda em cada ponto do tempo para quase
toda amostra de caminho. Por conven¸ao vamos assumir que os caminhos
ao cont´ınuos `a direita, quando isto pode ser feito (normalmente pode) sem
alterar a distribui¸ao finito dimensional. Vamos denotar por D
E
[0, ) o
espa¸co das fun¸oes x : [0, ) → E cont´ınuas `a direita e com limite `a esquerda,
onde (E, r) ´e espa¸co m´etrico.
Muitos resultados de convergˆencia de medidas de probabilidade requerem que
espa¸cos etricos sejam separ´aveis e completos. Por isso, a importˆancia de
encontrarmos um m´etrica que tornasse D
E
[0, ) separ´avel e completo. Neste
trabalho vamos apresentar a m´etrica de Skorohod, d, que torna (D
E
[0, ), d)
um espa¸co m´etrico separ´avel e completo, se E ´e separ´avel e ( E, r) ´e completo,
respectivamente. Nossa apresenta¸ao vai trabalhar com bastante detalhes a
prova de que (D
E
[0, ), d) ´e completo, a qual ´e descrita na se¸ao 5 do cap´ıtulo
3 aginas 116 at´e 122 do livro [1]. Referimos o leitor, tamb´em, a [1] para
a prova deste espa¸co ser separ´avel. Cabe observar, que (D
E
[0, ), d) ao ´e
compacto, e indicar em [1] a se¸ao 6 do cap´ıtulo 3, onde os autores do livro
tratam de quest˜oes relacionadas a compacidade de certos subconjuntos de
(D
E
[0, ), d).
2
Cap´ıtulo 1
A m´etrica de Skorohod
1.1 Considera¸oes iniciais e defini¸oes
Seja (E, r) um espa¸co etrico e q denota a etrica r 1, onde significa
a b = min{a, b}, a, b. Tamb´em, vamos esclarecer que significa a b =
max{a, b}, a, b. D
E
[0, ) denota o espa¸co das fun¸oes x : [0, ) → E
cont´ınuas `a direita e com limite `a esquerda. Denotaremos para cada t 0 o
limite de x `a direita de t por lim
st+
x(s) = x(t+), onde s t+ significa que
s > t e s t e o limite de x `a esquerda de t por lim
st
x(s) = x(t), onde
s t significa que s < t e s t; por conven¸ao lim
s0
x(s) = x(0) = x(0).
Assim, com esta nota¸ao podemos escrever
D
E
[0, ) = {x : [0, ) → E; x(t), x(t+) = x(t)}
os come¸camos observando que as fun¸oes em D
E
[0, ) ao mais bem com-
portadas do que podemos suspeitar inicialmente.
Lema 1.1 Se x D
E
[0, ), ent˜ao x tem pontos de descontinuidade enu-
mer´aveis.
Demonstra¸ao
Seja x D
E
[0, ). Como x : [0, ) E ´e cont´ınua `a direita e tem limite `a
3
esquerda, as descontinuidades de x ao de 1
a
esp´ecie (salto) [2]. Definimos
A
n
= {t > 0; r(x(t), x(t)) 1/n}, n = 1, 2, ...,
ou seja, A
n
´e o conjunto dos pontos de descontinuidades de x com salto maior
que 1/n na m´etrica r.
Afirmamos que A
n
ao tem ponto de acumula¸ao, n = 1, 2, ... .
De fato, dado n {1, 2, ...}, vamos fix´a-lo temporariamente. Seja t A
n
.
Como existe o limite de x `a esquerda de t, temos que existe δ
1
> 0 tal que se
s (t δ
1
, t) enao r(x(s), x(t)) < 1/2n e r(x(s), x(t)) < 1/2n. Logo,
r(x(s), x(s)) r(x(s), x(t)) + r(x(t), x(s)) < 1/2n + 1/2n = 1/n.
Desta forma, (t δ
1
, t) A
n
= .
t
t
+
d
2
t
d
1
s
x(t)
x(s)=x(t-)
x(s-)
>1n
Analogamente, p elo fato de x ser cont´ınua `a direita existe δ
2
> 0 tal que
(t, t + δ
2
) A
n
= . Assim, encontramos uma vizinhan¸ca de t, (t δ
1
, t)
(t, t + δ
2
), que ao est´a em A
n
. Logo, t ´e ponto isolado em A
n
.
Vamos fixar que a nota¸ao q.t.p. t 0” significa que em quase todo ponto
t 0 vale uma determinada propriedade, ou melhor, A [0, ) tal que
m([0, )\A) = 0 e a propriedade vale em todo ponto de A .
4
Definimos
Λ
= {λ : [0, ) [0, ); λ ´e sobrejetora e estritamente crescente}.
Observe que se λ Λ
, ent˜ao λ(0) = 0, lim
t→∞
λ(t) = e λ ´e bije¸ao cont´ınua.
Definimos, para as fun¸oes λ Λ
que ao Lipschitz,
γ(λ) = sup ess
t0
| log λ
(t)|. (1.1)
De [6] agina 76, temos que o supremo essencial de log λ
´e definido por
sup ess
t0
| log λ
(t)| = inf{M > 0; |log λ
(t)| M em q.t.p. t 0}
e, tamb´em, pode ser denotado por [log λ
]
(que ´e a norma em L
). No
texto que segue vamos precisar das seguintes defini¸oes:
Defini¸ao 1.1: (Fun¸ao de varia¸ao limitada)
Seja f : [a, b] R. Dada uma parti¸ao P = {a = x
0
< x
1
< ... < x
k
= b}
de [a, b]. Seja
t
P
=
k
i=1
|f(x
i
) f(x
i1
)|.
Dizemos que f ´e de varia¸ao limitada se sup
P
t
P
< .
Defini¸ao 1.2: (Fun¸ao absolutamente cont´ınua)
Uma fun¸ao f : [a, b] R ´e dita absolutamente cont´ınua se > 0, δ > 0
tal que
n
i=1
(b
i
a
i
) δ
n
i=1
|f(b
i
) f(a
i
)| ε,
sempre que a
1
< b
1
< a
2
< b
2
< ... < a
n
< b
n
, n N.
Note que γ(λ) est´a bem definido, pois como λ ´e lipschitziana, por [6] agina
161 λ ´e absolutamente cont´ınua, ent˜ao do Teorema Fundamental do alculo
[6] agina 166, temos que existe λ
em q.t.p. t 0.
5
Agora, definimos
Λ = {λ Λ
; λ ´e lipschitziana e γ(λ) < ∞}.
Lema 1.2 Dada λ Λ
γ(λ) = sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
Este lema ser´a demonstrado no apˆendice.
Defini¸ao 1.3: (M´etrica de Skorohod)
Para x, y D
E
[0, ), definimos
d(x, y) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, y, λ, u)du
, (1.2)
onde
d(x, y, λ, u) = sup
t0
q(x(t u), y(λ(t) u)). (1.3)
Observao 1.1: Para termos uma id´eia de como se comporta esta etrica
apresentamos a seguir a proposi¸ao 1.5 que ser´a demonstrada na se¸ao 1.4:
Dados {x
n
} D
E
[0, ) e x D
E
[0, ). Ent˜ao ao equivalentes:
(a) lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0.
(b) Existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t))) = 0,
T > 0.
Observao 1.2: Antes de provarmos que (D
E
[0, ), d) ´e espa¸co m´etrico,
o qual ´e chamado de espa¸co etrico de Skorohod, vamos analisar alguns
exemplos com E = {0, 1, ..., N 1} e a etrica r tal que r(x(t), y(t)) = 1,
6
se x(t) = y(t) e r(x(t), y(t)) = 0, caso contr´ario, onde x, y D
E
[0, ) e
t 0 (esta etrica ´e conhecida como a etrica 0-1 ou etrica discreta).
Neste caso, dados x, y D
E
[0, ) e λ Λ, da defini¸ao de q, temos que
q(x(t u), y(λ(t) u)) o assume os valores 0 ou 1, t 0, ent˜ao d(x, y, λ, u)
o assume os valores 0 ou 1.
1.2 Exemplos
Nos exemplos desta se¸ao assumimos que ( D
E
[0, ), d) ´e espa¸co etrico
e consideramos E = {0, 1} e r a etrica 0-1, ent˜ao o leitor ir´a observar
que estes exemplos satisfazem a hip´otese da observao 1.2, ou seja, dados
x, y D
E
[0, ) e λ Λ, temos que d(x, y, λ, u) o assume os valores 0 ou 1.
Exemplo 1.1: Dado T > 0, sejam x, x
n
: [0, ) → {0, 1} tais que
x(t) =
0, se t < T
1, se t T
,
x
n
(t) =
0, se t < T + 1/n
1, se t T + 1/n
, onde n {1, 2, ...}.
1
0
x
T
1
0
x
n
T
T+1/n
7
Fixamos n {1, 2, ...}. Vamos estimar d(x, x
n
), que por defini¸ao ´e
d(x, x
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, x
n
, λ, u)du
.
Consideramos
λ
n
(t) =
1 +
1
T n
t , se 0 t < T
1
1
2n
t +
T +2
2n
, se T t < T + 2
t , se t T + 2
T
T+2
T+1/n
l
n
0
T+2
Vamos analisar o que acontece com d(x, x
n
, λ
n
, u) quando u varia e n est´a
fixo.
Se 0 u < T , ent˜ao λ
n
(t) u u < T e t u u < T , t 0. Pela
defini¸ao de x e x
n
, temos que x(t u) = 0 e x
n
(λ
n
(t) u) = 0, t 0.
Logo, q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = 0, t 0, de onde segue, que
d(x, x
n
, λ
n
, u) = sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = 0
Se T u < T + 1/n, como λ
n
T + 2 +
1
n
= T + 2 +
1
n
> T +
1
n
> u,
temos que λ
n
T + 2 +
1
n
u = u < T +1/n e
T + 2 +
1
n
u = u T .
Assim, x

T + 2 +
1
n
u
= 1 e x
n
λ
n
T + 2 +
1
n
u
= 0. Logo,
1 = q (x ((T + 2 + 1/n) u), x
n
(λ
n
(T + 2 + 1 /n) u))
8
sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = d(x, x
n
, λ, u) 1,
de onde segue, que d(x, x
n
, λ
n
, u) = 1.
Se u T + 1/n, dado t 0.
0 t < T
t u = t < T x(t u) = 0
e
λ
n
(t) u = λ
n
(t) < T +
1
n
x
n
(λ
n
(t) u) = 0
q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = 0, t [0, T ).
t T
t u T x(t u) = 1
e
λ
n
(t) u T +
1
n
x
n
(λ
n
(t) u) = 1
q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = 0, t [T, ).
Logo,
d(x, x
n
, λ
n
, u) = sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ
n
(t) u)) = 0
Desta forma, para cada n {1, 2, ...}, temos
d(x, x
n
, λ
n
, u) =
0, se 0 u < T
1, se T u < T +
1
n
0, se u T +
1
n
,
enao
0
e
u
d(x, x
n
, λ
n
, u)du =
T +
1
n
T
e
u
du = e
T
e
(
T +
1
n
)
, n {1, 2, ...}.
Assim,
d(x, x
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, x
n
, λ, u)du
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x, x
n
, λ
n
, u)du
= γ(λ
n
)
e
T
e
(
T +
1
n
)
.
9
Como
γ(λ
n
) = sup ess
t0
| log λ
n
(t)| = log
1 +
1
T n
,
temos que
d(x, x
n
)
log
1 +
1
T n

e
T
e
(
T +
1
n
)
, n {1, 2, ...}.
Pela Regra de L’Hˆopital, temos
lim
n→∞
log
1 +
1
T n
e
T
e
(
T +
1
n
)
= lim
n→∞
1
T +1/n
e
(
T +
1
n
)
=
e
T
T
> 1,
enao existe n
0
{1, 2, ...} tal que n n
0
vale
log
1 +
1
T n
e
T
e
(
T +
1
n
)
> 1 log
1 +
1
T n
e
T
e
(
T +
1
n
)
.
Assim,
d(x, x
n
)
log
1 +
1
T n

e
T
e
(
T +
1
n
)
= log
1 +
1
T n
, n n
0
.
Portanto, lim
n→∞
d(x, x
n
) = 0. Se tiv´essemos considerado a etrica do supremo,
que ´e dada por d
s
(x, y) = sup
t0
r(x(t), y(t)), x, y D
E
[0, ), neste caso ter´ıa-
mos que d
s
(x, x
n
) = 1, n {1, 2, ...}.
Exemplo 1.2: Analogamente ao exemplo 1.1 a sequˆencia de fun¸oes defini-
das por
x
n
(t) =
0, se t < T 1/n
1, se t T 1/n
,
onde n {1, 2, ...}, tamb´em, converge para
x(t) =
0, se t < T
1, se t T
,
na m´etrica d. Para provar isso, basta considerar
λ
n
(t) =
1
1
T n
t , se 0 t < T
1 +
1
n
t
T +1
n
, se T t < T + 1
t , se t T + 1
10
e, por racioc´ınios an´alogos aos do exemplo 1.1, obteremos
d(x, x
n
,
λ
n
, u) =
0, se 0 u < T
1
n
1, se T
1
n
u < T
0, se u T +
1
n
.
Assim,
d(x, x
n
)
log
1 +
1
n

e
(
T
1
n
)
e
T
,
o que nos dar´a que lim
n→∞
d(x, x
n
) = 0.
Exemplo 1.3: Dado T > 0, tome S > 0 tal que S > T + 1. Sejam
x, x
n
: [0, ) → {0, 1} tais que
x(t) =
1, se T t < S
0, se 0 t < T ou S t
,
x
n
(t) =
1, se T + 1/n t < S
0, se 0 t < T + 1/n ou S t
,
onde n {1, 2, ...}.
1
0
x
T
S
1
0
x
n
T
T+1/n
S
11
Fixamos n {1, 2, ...}. Vamos estimar d(x, x
n
). Consideramos
λ
n
(t) =
1 +
1
T n
t , se 0 t < T
1
1
n(ST )
t +
S
n(ST )
, se T t < S
t , se t S
Analogamente ao que fizemos no exemplo 1.1, analisamos o que acontece com
d(x, x
n
, λ
n
, u) quando u varia e n est´a fixo e obtemos que
d(x, x
n
, λ
n
, u) =
0, se 0 u < T
1, se T u < T +
1
n
0, se u T +
1
n
,
Assim, d(x, x
n
) tem a mesma limita¸ao que no exemplo 1.1, ent˜ao
lim
n→∞
d(x, x
n
) = 0.
Exemplo 1.4: Dado T 0, sejam x
n
, x : [0, ) → {0, 1} tais que
x
n
(t) =
1, se T t < T + 1/n
0, se 0 t < T ou T + 1/n t
,
onde n {1, 2, ...} e x(t) 0.
1
0
T T+1/n
x
n
Queremos calcular d(x, x
n
), que por defini¸ao ´e
d(x, x
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, x
n
, λ, u)du
. (1.4)
12
Dada λ Λ, vamos fix´a-la temporariamente para analisar o que acontece
com d(x, x
n
, λ, u) = sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) quando u varia e n est´a
fixo.
Se 0 u < T , enao λ(t) u u < T , t 0. Pela defini¸ao de
x e de x
n
temos que x(t u) = 0 e x
n
(λ(t) u) = 0, t 0. Logo,
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = 0, t 0, de onde segue que
d(x, x
n
, λ, u) = sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = 0
Se u T , como λ ´e sobrejetora, temos que existe t
0
0 tal que
λ(t
0
) = T . Enao λ(t
0
) u = T u = T . Assim, x(t
0
u) = 0 e
x
n
(λ(t
0
) u) = 1. Logo,
1 = q(x(t
0
u), x
n
(λ(t
0
) u))
sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = d(x, x
n
, λ, u) 1,
de onde segue, que d(x, x
n
, λ, u) = 1.
Desta forma,
d(x, x
n
, λ, u) =
0, se u < T
1, se u T
.
E, assim, lembrando que λ e n ao quaisquer, temos que
0
e
u
d(x, x
n
, λ, u)du =
T
e
u
du = e
T
, λ Λ, n {1, 2, ...}. (1.5)
De (1.4) e (1.5), obtemos que
d(x, x
n
) = inf
λΛ
γ(λ) e
T
=
1
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
=
2
0 e
T
= e
T
,
1
Afirma¸ao A.3 - veja no apˆendice.
2
0 inf
λΛ
γ(λ) γ(Id) = sup
s>t0
log
Id(s) Id (t)
s t
= sup
s>t0
log
s t
s t
= 0
inf
λΛ
γ(λ) = 0.
13
n {1, 2, ...}. Portanto, lim
n→∞
d(x, x
n
) = e
T
= 0. Apesar da sequˆencia
de fun¸oes x
n
convergir em q.t.p. t 0 para a fun¸ao x(t) 0. Como x
n
converge pontualmente para a fun¸ao
x(t) =
1, se t = T
0, se t = T
,
apesar de x / D
E
[0, ), surge a curiosidade sobre o que acontece com
lim
n→∞
d(x, x
x
). Para analisarmos isso, tomamos n {1, 2, ...} e λ Λ quais-
quer e os fixamos, para verificar o que acontece com d(x, x
n
, λ, u), quando u
varia.
Se 0 u T , ent˜ao λ(t) u u T , t 0. Pela defini¸ao
de x e de x
n
, temos que x(t u) = x
n
(λ(t) u), t 0. Logo,
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = 0, t 0, de onde segue que
d(x, x
n
, λ, u) = sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = 0
Se u > T , como λ ´e sobrejetora e estritamente crescente, temos que
existe t
0
0 tal que λ(t
0
) (T, T +
1
n
) e t
0
= T , ent˜ao t
0
u = T e
λ(t
0
) u (T, T +
1
n
). Assim, x(t
0
u) = 0 e x
n
(λ(t
0
) u) = 1. Logo,
1 = q(x(t
0
u), x
n
(λ(t
0
) u))
sup
t0
q(x(t u), x
n
(λ(t) u)) = d(x, x
n
, λ, u) 1,
de onde segue, que d(x, x
n
, λ, u) = 1.
Desta forma,
d(x, x
n
, λ, u) =
0, se 0 u T
1, se u > T
.
E, assim, lembrando que λ e n ao quaisquer, temos que
0
e
u
d(x, x
n
, λ, u)du =
T
e
u
du = e
T
, λ Λ, n {1, 2, ...},
14
enao
d(x, x
n
) = inf
λΛ
γ(λ) e
T
=
3
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
= 0 e
T
= e
T
,
n {1, 2, ...}. Portanto, lim
n→∞
d(x, x
n
) = e
T
= 0.
Na se¸ao 1.4 vamos mostrar que a sequˆencia {x
n
} ao ´e sequˆencia de Cauchy.
Exemplo 1.5: Seja r > 0, vamos definir σ
r
: D
E
[0, ) D
E
[0, ) tal que
para x D
E
(0, ), temos que
σ
r
(x) = y D
E
[0, ), onde y(t) = x(t + r),
mostraremos que esta fun¸ao ´e cont´ınua. Sejam x D
E
[0, ) e a sequˆencia
{x
n
} D
E
[0, ) tais que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0. Queremos mostrar que
lim
n→∞
d(σ
r
(x
n
), σ
r
(x)) = 0, para isso vamos utilizar a proposi¸ao 1.5 men-
cionada na observao 1.1. De fato, como lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0, temos que existe
{λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t))) = 0,
T > 0. Definimos, para cada n N, a fun¸ao
λ
n
(t) =
λ
n
(r)
r
· t, se 0 t < r
λ
n
(t) , se t r
.
Observamos que, para cada n N,
γ(
λ
n
) = γ(λ
n
)
log
λ
n
(r)
r
.
Assim, pelo fato de lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, da observao 1.4 (veja se¸ao 1.3),
tamb´em, temos que lim
n→∞
λ
n
(r) = r. Logo, lim
n→∞
γ(
λ
n
) = 0. Dado T > 0,
analisamos
lim
n→∞
sup
0tT
r
σ
r
(x
n
(t)) , σ
r
x
λ
n
(t)

3
Afirma¸ao A.3 - veja no apˆendice.
15
=
4
lim
n→∞
sup
0tT
r
x
n
(t + r), x
λ
n
(t + r)

=
5
lim
n→∞
sup
rsT +r
r
x
n
(s), x
λ
n
(s)
=
6
lim
n→∞
sup
rsT +r
r (x
n
(s), x (λ
n
(s))) lim
n→∞
sup
0sT +r
r (x
n
(s), x (λ
n
(s))) = 0
e obtemos que
lim
n→∞
sup
0tT
r
σ
r
(x
n
(t)) , σ
r
x
λ
n
(t)

= 0.
Logo, utilizando novamente a proposi¸ao 1.5, temos que lim
n→∞
d(σ
r
(x
n
), σ
r
(x)) =
0. Portanto σ
r
´e cont´ınua.
Exemplo 1.6: Seja X uma cadeia de Markov com tempo cont´ınuo e estados
discretos em {1, 2}. Vamos analisar que a fun¸ao caracter´ıstica de X
0
= 2,
I
X
0
=2
: D
E
[0, ) {0, 1}, ´e cont´ınua. De fato, sejam ω D
E
[0, ) e a
sequˆencia {ω
n
} D
E
[0, ) tais que lim
n→∞
d(ω
n
, ω) = 0. Queremos mostrar
que lim
n→∞
I
X
0
=2
(ω
n
) = I
X
0
=2
(ω). Como lim
n→∞
d(ω
n
, ω) = 0, da proposi¸ao 1.5,
temos que existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(ω
n
(t), ω(λ
n
(t))) = 0, T > 0.
E, como
r(ω
n
(0), ω(0)) = r(ω
n
(0), ω(λ
n
(0))) sup
0tT
r(ω
n
(t), ω(λ
n
(t))), T > 0,
temos que lim
n→∞
r(ω
n
(0), ω(0)) = 0. Recordamos que a m´etrica r que estamos
considerando nestes exemplos ´e a m´etrica 0 1, ent˜ao existe n
0
N tal que
r(ω
n
(0), ω(0)) = 0, n n
0
, ou melhor, ω
n
(0) = ω(0), n n
0
. Assim,
I
X
0
=2
(ω
n
) = I
X
0
=2
(ω), n n
0
, o que implica
lim
n→∞
I
X
0
=2
(ω
n
) = I
X
0
=2
(ω).
Portanto, I
X
0
=2
´e cont´ınua.
4
Usamos a defini¸ao de σ
r
e lembramos que x
λ
n
D
E
[0, ).
5
Mudan¸ca de vari´avel s = t + r.
6
Lembramos que
λ
n
(t) = λ
n
(t), t r.
16
1.3 A etrica de Skorohod
Agora vamos provar que d, cuja defini¸ao ´e dada por (1.2), ´e etrica. Para
isso, demostraremos os seguintes lemas e proposi¸oes:
Lema 1.3 Dadas {x
n
}
n
, {y
n
}
n
D
E
[0, ).
lim
n→∞
d(x
n
, y
n
) = 0
∃{λ
n
}Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε})=0,
ε > 0 e u
0
> 0,
onde m ´e a medida de Lebesgue.
Demonstra¸ao
() Supomos que ∃{λ
n
}Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε})=0, ε > 0 e u
0
> 0.
Queremos provar que lim
n→∞
d(x
n
, y
n
) = 0, onde
d(x
n
, y
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ, u)du
.
Dado ε > 0, tomamos u
0
> 0 tal que
u
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
u
0
e
u
du = e
u
0
<
ε
2
. (1.6)
Definimos
A
n
= {u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε/4}, n N.
Da hip´otese existe n
1
= n
1
(ε, u
0
) N tal que
m
(
A
n
) =
m
(
{
u
[0
, u
0
];
d
(
x
n
, y
n
, λ
n
, u
)
ε/
4
}
)
< ε/
4
,
n
n
1
.
Desta forma, obtemos
u
0
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
17
=
u
0
0
e
u
χ
A
n
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du +
u
0
0
e
u
χ
A
c
n
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
u
0
0
χ
A
n
du +
ε
4
u
0
0
e
u
du = m(A
n
) +
ε
4
1 e
u
0
<
ε
4
+
ε
4
=
ε
2
, (1.7)
onde χ
A
n
´e a fun¸ao caracter´ıstica de A
n
, n n
1
. De (1.6) e (1.7) podemos
avaliar que
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
=
u
0
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du+
u
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du < ε.
Tamb´em, das hip´oteses, temos que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, ent˜ao existe
n
2
= n
2
(ε
1
) N tal que γ(λ
n
) < ε, n n
2
.
Tomamos n
0
= max{n
1
, n
2
} e obtemos que
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du < ε, n n
0
.
Logo,
d(x
n
, y
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ, u) du
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du < ε, n n
0
.
Portanto, lim
n→∞
d(x
n
, y
n
) = 0.
() Supomos que lim
n→∞
d(x
n
, y
n
) = 0. Devemos mostrar que existe {λ
n
} Λ
tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε})=0, ε > 0
e u
0
> 0. Seja n N. Como
d(x
n
, y
n
) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ, u) du
< d(x
n
, y
n
) +
1
n
,
temos que existe λ
n
Λ tal que
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
< d(x
n
, y
n
) +
1
n
. (1.8)
Observamos que
0 γ(λ
n
)
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
< d(x
n
, y
n
) +
1
n
,
18
enao lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0. Assim, o est´a faltando provar que
lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε})=0, ε > 0 e u
0
> 0.
Vamos fazer a prova deste fato por contradi¸ao. Supomos que existem u
0
> 0
e ε
0
> 0 tais que
lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε
0
}) > 0,
enao existem α > 0 e n
1
N tais que
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε
0
}) α > 0, n n
1
.
Vamos denotar
B
n
= {u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε
0
}, n n
1
m(B
n
) α > 0, n n
1
.
Notamos que
0
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du <
7
d(x
n
, y
n
) +
1
n
,
enao da hip´otese temos que
lim
n→∞
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du = 0.
Assim, existe n
2
N tal que
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du < ε
0
e
u
0
α, n n
2
.
7
De (1.8).
19
Tomamos n
0
= max{n
1
, n
2
}. Enao n n
0
vale
ε
0
e
u
0
α >
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
=
u
0
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du +
u
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
u
0
0
e
u
d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
u
0
0
e
u
χ
B
n
(u)d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) du
ε
0
u
0
0
e
u
χ
B
n
(u)du
ε
0
e
u
0
u
0
0
χ
B
n
(u)du
= ε
0
e
u
0
m(B
n
)
ε
0
e
u
0
α.
Chegamos a um absurdo, o que nos leva concluir que nossa suposi¸ao era
falsa. E, portanto, lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, y
n
, λ
n
, u) ε}) = 0, ε > 0 e
u
0
> 0, o que completa a nossa demonstra¸ao.
Lema 1.4 Seja {λ
n
}Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, ent˜ao
lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0, T > 0.
Demonstra¸ao
Sejam T > 0 e n N, fixamos n temporariamente. Como λ
n
´e Lipschitz em
[0, ), podemos supor que c
n
seja constante de Lipschitz de λ
n
em [0, ).
Enao existe constante c
n
+ 1 tal que t, s [0, ), temos
|(λ
n
Id)(t) (λ
n
Id)(s)| = |λ
n
(t) t λ
n
(s) + s|
|λ
n
(t) λ
n
(s)| + |t s|
c
n
|t s| + |t s|
= (c
n
+ 1)|t s|,
20
ou seja, λ
n
Id ´e Lipschitz em [0, ). Por [6] agina 161, temos que λ
n
Id
´e absolutamente cont´ınua em [0, T ]. Seja t [0, T ], vamos fix´a-lo tempora-
riamente. De [6] agina 166, temos que
λ
n
(t) t = (λ
n
(t) t) (λ
n
(0) 0) =
t
0
(λ
n
(s) s)
ds =
t
0
(λ
n
(s) 1)ds.
(1.9)
Assim, de (1.9) e de [7] agina 43, temos que
|λ
n
(t) t| =
t
0
(λ
n
(s) 1)ds
t
0
|λ
n
(s) 1| ds.
De [8] teorema 20.14 agina 347, temos que
|λ
n
(s) 1| sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|, em q.t.p. s [0, T ]
e por [5] agina 83, obtemos
t
0
|λ
n
(s) 1| ds
t
0
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1| ds = t.
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|
.
Logo,
|λ
n
(t) t| t.
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|
. (1.10)
Fazemos variar t [0, T ] e observamos que (1.10) vale para todo t [0, T ],
enao tomamos o supremo sobre t [0, T ] e obtemos
sup
0tT
|λ
n
(t)t| sup
0tT
t.
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|

= T.
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|
.
(1.11)
Agora, variamos n e notamos que (1.11) vale n N.
Afirmamos que
lim
n→∞
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|
= 0.
De fato, dado ε > 0, tomamos ε
0
> 0 tal que (e
ε
0
1) (1 e
ε
0
) < ε.
Como γ(λ
n
) = sup ess
t0
|logλ
n
(t)|
n→∞
0, temos que n
0
0 tal que
sup ess
t0
| logλ
n
(t)| < ε
0
, n n
0
|logλ
n
(t)| < ε
0
em q.t.p. t 0 e n n
0
ε
0
< logλ
n
(t) < ε
0
em q.t.p. t 0 e n n
0
e
ε
0
< λ
n
(t) < e
ε
0
em q.t.p. t 0 e n n
0
21
|λ
n
(t) 1| =
λ
n
(t) 1 < e
ε
0
1 < ε
1 λ
n
(t) < 1 e
ε
0
< ε
em q.t.p. t 0 e n n
0
.
Assim,
sup ess
t0
|λ
n
(t) 1| < ε, n n
0
E, como,
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1| sup ess
t0
|λ
n
(t) 1|,
temos que
lim
n→∞
sup ess
0sT
|λ
n
(s) 1|
= 0.
Portanto, desta afirma¸ao e de (1.11), temos que
lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0.
Observao 1.3: Do lema 1.4 temos que se lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, enao λ
n
converge uniformemente `a identidade em intervalos limitados. a que, dado
[a, b] [0, ). Seja t [a, b], temos que
|λ
n
(t) t| sup
atb
|λ
n
(t) t| sup
0tb
|λ
n
(t) t|, n n
0
.
Dado ε > 0, do lema 1.4, temos que existe n
0
= n
0
(ε, b) N tal que
sup
0tb
|λ
n
(t) t| < ε, n n
0
. Assim, t [a, b] vale
|λ
n
(t) t| sup
0tb
|λ
n
(t) t| < ε, n n
0
.
Note que n
0
ao depende de t, enao temos convergˆencia uniforme de λ
n
`a
fun¸ao identidade no intervalo [ a, b ].
Observao 1.4: Se lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, ent˜ao λ
n
converge pontualmente `a
identidade. De fato, dado t 0, tomamos [a, b] [0, ) tal que t [a, b].
Da observao 1.3, temos que λ
n
converge uniformemente `a identidade em
[a, b], enao lim
n→∞
λ
n
(t) = t.
22
Lema 1.5 Dados x, y D
E
[0, ).
d(x, y, λ, u) = d(y, x, λ
1
, u), λ Λ e u 0.
Demonstra¸ao
Dados x, y D
E
[0, ), λ Λ e u 0, vamos fix´a-los temporariamente.
Primeiro observamos que existe λ
1
, pois λ ´e sobrejetora e estritamente cres-
cente. Seja t 0, denotamos λ(t) = s 0, ent˜ao t = λ
1
(s) 0. Assim,
d(x, y, λ, u) = sup
t0
q(x(t u), y(λ(t) u))
= sup
λ
1
(s)0
q(x(λ
1
(s) u), y(λ(λ
1
(s)) u))
=
8
sup
s0
q(x(λ
1
(s) u), y(s u)) =
9
sup
t0
q(x(λ
1
(t) u), y(t u)).
=
10
sup
t0
q(y(t u), x(λ
1
(t) u)) = d(y, x, λ
1
, u).
Lema 1.6 Se λ Λ, ent˜ao γ(λ) = γ(λ
1
) e λ
1
Λ.
Demonstra¸ao
λ
1
´e estritamente crescente, pois caso contr´ario existiriam t < s tais
que λ
1
(t) λ
1
(s), enao pelo fato de λ ser estritamente crescente e
bijetora, temos que t = λ(λ
1
(t)) λ(λ
1
(s)) = s, o que ´e absurdo.
λ
1
´e sobrejetora, pois λ
1
([0, )) = λ
1
(λ([0, ))) = [0 , ), a que
[0, ) = λ([0, )) e λ ´e bijetora.
λ
1
´e lipschitziana, pois das observoes acima, temos que λ
1
Λ
.
Como λ
1
est´a bem definida e ´e cont´ınua e, al´em disso, existe λ
(t) > 0
em q.t.p. t 0, de [2] agina 206, temos que
| log λ
(t)| = | log λ
(t)| =
log
1
λ
(t)
=
log(λ
1
)
(λ(t))
, (1.12)
8
Como λ est´a fixo o supremo pode ser tomado em s 0 e λ ´e bijetora.
9
Somente mudan¸ca de nota¸ao, i.e., s = t.
10
q(A, B) = q(B, A), A, B E, pois q = r 1 e r ´e etrica.
23
em q.t.p. t 0. Assim,
log(λ
1
)
(t)
log(λ
1
)
(t)
=
11
log(λ
1
)
(λ(s))
=
12
| log λ
(s)| γ(λ),
em q.t.p. t 0, ent˜ao
(λ
1
)
(t) e
γ(λ)
= constante, em q.t.p. t 0. (1.13)
Dados t, s [0, ), supomos que t < s. De acordo com a defini¸ao de
fun¸ao de varia¸ao limitada, temos que λ
1
´e de varia¸ao limitada em
[t, s]
13
. De [5] aginas 83 e 106 e de (1.13), temos que
|λ
1
(s) λ
1
(t)| = λ
1
(s) λ
1
(t) =
s
t
(λ
1
)
(τ)
e
γ(λ)
s
t
= e
γ(λ)
|s t|.
Logo, λ
1
´e lipschitziana.
γ(λ
1
) = γ(λ), pois
γ(λ
1
) = sup ess
t0
log
λ
1
(t)
=
14
sup ess
t0
| log λ
(s)| = γ(λ).
γ(λ
1
) < , pois γ(λ
1
) = γ(λ) <
11
Como λ ´e sobrejetora, temos que existe s 0 tal que t = λ(s).
12
De (1.12).
13
Dada uma parti¸ao P = {t = τ
0
< τ
1
< ... < τ
k
= s} de [t, s], temos que
k
i=1
|λ
1
(τ
i
) λ
1
(τ
i1
)| = λ
1
(τ
1
) λ
1
(τ
0
) + λ
1
(τ
2
) λ
1
(τ
1
) + ...
+λ
1
(τ
k
) λ
1
(τ
k1
) = λ
1
(b) λ
1
(a),
enao o supremo sobre todas as parti¸oes P de [s, t] nos a a varia¸ao de λ
1
em [t, s],
sup
P
k
i=1
|λ
1
(τ
i
) λ
1
(τ
i1
)| = sup
P
λ
1
(b) λ
1
(a)
= λ
1
(b) λ
1
(a),
que ´e limitada.
14
De (1.12), com t = λ(s).
24
Portanto, destas observoes, conclu´ımos que λ
1
Λ e γ(λ
1
) = γ(λ).
Proposi¸ao 1.1 Dados x, y D
E
[0, ), temos d(x, y) = d(y, x)
Demonstra¸ao
d(x, y) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, y, λ, u)du
=
15
inf
λ
1
Λ
γ(λ
1
)
0
e
u
d(y, x, λ
1
, u)du
= d(y, x)
Proposi¸ao 1.2 Dados x, y D
E
[0, ), d(x, y) = 0 x = y.
Demonstra¸ao
Supomos que d(x, y) = 0. Dado ε > 0. Seja t
0
um ponto de continuidade
de y e o fixamos. Queremos mostrar que q(x(t
0
), y(t
0
)) < ε. Tomamos T
tal que t
0
λ
n
(t
0
) < T, n N, podemos fazer isso, pois {λ
n
(t
0
)}
n
´e uma
sequˆencia convergente. Consideramos x
n
= x e y
n
= y, n N, ent˜ao
lim
n→∞
d(x
n
, y
n
) = lim
n→∞
d(x, y) = d(x, y) = 0.
Pelo lema 1.3, temos que existe {λ
n
}Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e lim
n→∞
m({u
[0, T ]; d(x, y, λ
n
, u) ε
0
}) = 0, ε
0
> 0, ou seja, a sequˆencia de fun¸oes de
vari´avel u, {d(x, y, λ
n
, u)}
n
, converge em medida no intervalo [0, T ]. De [6]
agina 92, temos que existe {n
k
} N tal que u [0, T ], temos
lim
n
k
→∞
d(x, y, λ
n
k
, u) = 0 (convergˆencia em q.t.p. t [0, T ] de uma sub-
sequˆencia de {d(x, y, λ
n
, u)}
n
). Tomamos u
0
[0, T ] tal que t
0
λ
n
(t
0
) < u
0
,
n N e lim
n
k
→∞
d(x, y, λ
n
k
, u
0
) = 0, ent˜ao existe n
1
N tal que
d(x, y, λ
n
k
, u
0
) < ε/2, n
k
n
1
. (1.14)
15
Dos lemas 1.5 e 1.6.
25
Como t
0
´e um ponto de continuidade de y, temos que existe δ > 0 tal que
s (t
0
δ, t
0
+ δ) temos q(y(s), y(t
0
)) < ε/2. (1.15)
E, pelo fato de lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, o lema 1.4 nos diz que
lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0.
Assim, lim
n
k
→∞
sup
0tT
|λ
n
k
(t)t| = 0 e a que t
0
[0, T ], temos que existe n
2
N
tal que
|λ
n
k
(t
0
) t
0
| < δ, n
k
n
2
. (1.16)
Por (1.15) e (1.16), temos que
q(y(λ
n
k
(t
0
)), y(t
0
)) < ε/2, n
k
n
2
(1.17)
Seja n
0
= max{n
1
, n
2
}, enao de (1.14) e de (1.17) vale que
d(x, y, λ
n
k
, u
0
) < ε/2 e q(y(λ
n
k
(t
0
)), y(t
0
)) < ε/2, n
k
n
0
. (1.18)
Assim,
q(x(t
0
), y(t
0
)) q(x(t
0
), y(λ
n
k
(t
0
) u
0
)) + q(y(λ
n
k
(t
0
) u
0
), y(t
0
))
=
16
q(x(t
0
u
0
), y(λ
n
k
(t
0
) u
0
)) + q(y(λ
n
k
(t
0
)), y(t
0
))
17
d(x, y, λ
n
k
, u
0
) + q(y(λ
n
k
(t
0
)), y(t
0
))
<
18
ε/2 + ε/2 = ε, n
k
n
0
.
Como ε ´e qualquer obtemos que q(x(t
0
), y(t
0
)) = 0. Lembre que q = r 1,
onde (E, r) ´e espa¸co etrico, enao x(t
0
) = y(t
0
). Desta forma, x(t) = y(t),
t 0 que ´e ponto de continuidade de y.
Seja, agora, t
1
ponto de descontinuidade de y. Vamos mostrar que
q(x(t
1
), y(t
1
)) < ε. Como x e y ao cont´ınuas `a direita, temos que existe
16
u
0
> t
0
λ
n
(t
0
), n N.
17
d(x, y, λ
n
k
, u
0
) = sup
t0
q(x(t u
0
), y(λ
n
k
(t) u
0
)).
18
De (1.18).
26
δ
0
> 0 tal que s (t
1
, t
1
+δ
0
) vale q(x(t
1
), x(s)) < ε/2 e q(y(s), y(t
1
)) < ε/2.
Do lema 1.1 as descontinuidades de y ao enumer´aveis, ent˜ao existe
t
1
+ δ (t
1
, t
1
+ δ
0
) que ´e um ponto de continuidade de y. Em particular,
q(x(t
1
), x(t
1
+ δ)) < ε/2 e q(y(t
1
+ δ), y(t
1
)) < ε/2. E, pelo fato de t
1
+ δ ser
ponto de continuidade de y, temos pelo o que fizemos na primeira parte desta
demonstra¸ao que x(t
1
+ δ) = y(t
1
+ δ). Logo, q(x(t
1
+ δ), y(t
1
+ δ)) = 0.
Assim,
q(x(t
1
), y(t
1
)) q(x(t
1
), x(t
1
+δ))+q(x(t
1
+δ), y(t
1
+δ))+q(y(t
1
+δ), y(t
1
)) < ε.
Portanto, x(t) = y(t), t 0.
Supomos que x = y.
0 d(x, y) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, y, λ, u)du
γ(Id)
0
e
u
d(x, y, Id, u)du = 0,
pois
γ(Id) = sup
s>t0
log
s t
s t
= 0
e
d(x, y, Id, u) = sup
t0
q(x(t u), y(t u)) = 0, u 0.
Portanto, d(x, y) = 0.
Lema 1.7 Sejam λ
1
, λ
2
Λ, ent˜ao λ
1
λ
2
Λ e γ(λ
1
λ
2
) γ(λ
1
) + γ(λ
2
).
Demonstra¸ao
λ
1
λ
2
([0, )) = λ
1
(λ
2
([0, ))) = λ
1
([0, )) = [0, ), ent˜ao λ
1
λ
2
´e sobrejetora.
Sejam t, s [0, ) tais que t < s. Como λ
1
, λ
2
ao estritamente
crescentes, temos que t < s λ
2
(t) < λ
2
(s) λ
1
(λ
2
(t)) < λ
1
(λ
2
(s)).
Logo, λ
1
λ
2
´e estritamente crescente.
27
Como λ
1
, λ
2
ao fun¸oes Lipschitz, temos que existem constantes c
1
,
c
2
tais que |λ
1
(s) λ
1
(t)| c
1
|s t| e |λ
2
(s) λ
2
(t)| c
2
|s t |,
t, s [0, ), enao |λ
1
(λ
2
(s)) λ
1
(λ
2
(t))| c
1
|λ
2
(s) λ
2
(t)|
c
2
c
1
|s t|, t, s [0, ). Assim, λ
1
λ
2
´e Lipschitz.
Agora, vamos analisar
γ(λ
1
λ
2
) = sup
s>t0
log
λ
1
(λ
2
(s)) λ
1
(λ
2
(t))
s t
= sup
s>t0
log
λ
1
(λ
2
(s)) λ
1
(λ
2
(t))
λ
2
(s) λ
2
(t)
·
λ
2
(s) λ
2
(t)
s t
= sup
s>t0
log
λ
1
(λ
2
(s)) λ
1
(λ
2
(t))
λ
2
(s) λ
2
(t)
+ log
λ
2
(s) λ
2
(t)
s t
sup
s>t0
log
λ
1
(λ
2
(s)) λ
1
(λ
2
(t))
λ
2
(s) λ
2
(t)
+ sup
s>t0
log
λ
2
(s) λ
2
(t)
s t
=
19
sup
λ
1
2
(v)
1
2
(u)0
log
λ
1
(v) λ
1
(u)
v u
+ sup
s>t0
log
λ
2
(s) λ
2
(t)
s t
=
20
sup
v>u0
log
λ
1
(v) λ
1
(u)
v u
+ sup
s>t0
log
λ
2
(s) λ
2
(t)
s t
= γ(λ
1
) + γ(λ
2
)
Como γ(λ
1
λ
2
) γ(λ
1
) + γ(λ
2
), γ(λ
1
) < e γ(λ
2
) < , temos que
γ(λ
1
λ
2
) < .
Destas observoes obtemos que λ
1
λ
2
Λ e γ(λ
1
λ
2
) γ(λ
1
) + γ(λ
2
).
Proposi¸ao 1.3 Dados x, y, z D
E
[0, ) vale a desigualdade triangular,
i.e.,
d(x, z) d(x, y) + d(y, z) .
19
Fazendo a seguinte mudan¸ca de vari´avel λ
2
(t) = u e λ
2
(s) = v.
20
Como λ
2
est´a fixa podemos tomar o supremo sobre u e v.
28
Demonstra¸ao
Dados x, y, z D
E
[0, ), λ
1
, λ
2
Λ e u 0. Como
d(x, z, λ
1
λ
2
, u) = sup
t0
q(x(t u), z(λ
1
(λ
2
(t)) u))
sup
t0
q(x(t u), y(λ
2
(t) u)) + sup
t0
q(y(λ
2
(t) u), z(λ
1
(λ
2
(t)) u))
=
21
sup
t0
q(x(t u), y(λ
2
(t) u)) + sup
w0
q(y(w u), z(λ
1
(w) u))
= d(x, y, λ
2
, u) + d(y, z, λ
1
, u),
temos que
0
e
u
d(x, z, λ
1
λ
2
, u)du
0
e
u
d(x, y, λ
2
, u)du+
0
e
u
d(y, z, λ
1
, u)du.
(1.19)
Assim,
d(x, z) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, z, λ, u)du
22
γ(λ
1
λ
2
)
0
e
u
d(x, z, λ
1
λ
2
, u)du
23
[γ(λ
1
) + γ(λ
2
)]
0
e
u
d(x, y, λ
2
, u)du +
0
e
u
d(y, z, λ
1
, u)du
γ(λ
2
)
0
e
u
d(x, y, λ
2
, u)du
+
γ(λ
1
)
0
e
u
d(y, z, λ
1
, u)du
,
(1.20)
λ
1
, λ
2
Λ. Vamos supor por contradi¸ao que
d(x, z) > d(x, y) + d(y, z).
Como
d(x, y) = inf
λ
2
Λ
γ(λ
2
)
0
e
u
d(x, y, λ
2
, u)du
e
d(y, z) = inf
λ
1
Λ
γ(λ
1
)
0
e
u
d(y, z, λ
1
, u)du
,
21
Fizemos a mudan¸ca de vari´avel w = λ
2
(t) e lembramos que λ
2
est´a fixa.
22
Esta desigualdade vale λ
1
, λ
2
Λ.
23
Do lema 1.7 e de (1.19).
29
temos que existem
λ
2
,
λ
1
Λ tais que
d(x, z) >
γ(
λ
2
)
0
e
u
d(x, y,
λ
2
, u)du
+
γ(
λ
1
)
0
e
u
d(y, z,
λ
1
, u)du
.
(1.21)
De (1.20) temos
d(x, z)
γ(
λ
2
)
0
e
u
d(x, y,
λ
2
, u)du
+
γ(
λ
1
)
0
e
u
d(y, z,
λ
1
, u)du
,
o que contraria (1.21). Portanto,
d(x, z) d(x, y) + d(y, z) .
Resumindo o que fizemos at´e aqui, obtemos que x, y, z D
E
[0, ) valem:
(i) d(x, y) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x, y, λ, u)du
0
(ii) d(x, y) = 0 x = y (Da proposi¸ao 1.2)
(iii) d(x, y) = d(y, x) (Da proposi¸ao 1.1)
(iv) d(x, z) d(x, y) + d(y, z) (Da proposi¸ao 1.3)
Portanto d ´e etrica no espa¸co D
E
[0, ), d ´e chamada de m´etrica de
Skorohod.
1.4 (D
E
[0, ), d) ´e completo
A seguir vamos demonstrar o Teorema 1.1 que nos diz que se E ´e completo,
enao (D
E
[0, ), d) ´e completo. Inicialmente consideraremos os seguintes
resultados que ser˜ao ´uteis na demonstra¸ao deste teorema.
30
Afirma¸ao 1.1: Sejam {x
n
} D
E
[0, ) e x D
E
[0, ) tais que
lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0. Dado u 0. Ent˜ao existem {λ
n
} Λ e {u
n
} (u, )
tais que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) = 0 e lim
n→∞
u
n
= .
Demonstra¸ao
Seja u 0 e o fixamos. Como lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0, temos pelo lema 1.3 que
∃{λ
n
}Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
m({u [0, u
0
]; d(x
n
, x, λ
n
, u) ε})=0, (1.22)
ε > 0 e u
0
> 0, onde m ´e a medida de Lebesgue. Primeiramente queremos
mostrar que dado ε > 0, existe n
0
N tal que n n
0
existe u
n
(u, ) tal
que d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) < ε. Vamos supor por contradi¸ao que ε
0
> 0 tal que
k N n
k
k tal que v (u, ), temos d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
0
. Assim,
m({v [0, u + 1]; d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
0
}) 1, n
k
. (1.23)
De onde segue, que
lim
n→∞
m({v [0, u + 1]; d(x
n
, x, λ
n
, v) ε
0
})
=
24
lim
n
k
→∞
m({v [0, u + 1]; d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
0
})
25
1,
o que contraria (1.22). Logo, ∃{u
n
}
n
(u, ) tal que lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) =
0. Agora, o falta mostrar que ∃{u
n
}
n
como acima e tal que lim
n→∞
u
n
= ;
vamos raciocinar novamente por contradi¸ao. Supomos que ∀{u
n
}
n
(u, )
tal que lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) = 0, temos que {u
n
}
n
´e limitada. Supomos, sem
perda de generalidade, que existe N
0
tal que para cada n N
0
, temos
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) < 1/n. Fixamos n > N
0
, sejam x
n
e λ
n
fixos e encontramos
um u
n
maximal tal que
d(x
n
, x, λ
n
, ˜u
n
) 1/n.
24
Este limite existe, ent˜ao o limite de uma subsequˆencia ´e igual ao da sequˆencia.
25
De (1.23).
31
Da nossa suposi¸ao, existe M > 0 tal que u
n
< M, n N. Ent˜ao ε
1
> 0
tal que k N n
k
k tal que d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
1
, v (M, M + 1].
Assim,
m({v [0, M + 1]; d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
1
}) 1, n
k
.
Logo,
lim
n→∞
m({v [0, M + 1]; d(x
n
, x, λ
n
, v) ε
1
})
= lim
n
k
→∞
m({v [0, M + 1]; d(x
n
k
, x, λ
n
k
, v) ε
1
}) 1,
o que contraria (1.22). Portanto, ∃{u
n
} (u, ) tal que lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
)
= 0 e lim
n→∞
u
n
= .
Afirma¸ao 1.2: Sejam {x
n
} D
E
[0, ), x D
E
[0, ), u 0, {λ
n
} Λ
e {u
n
} (u, ). Ent˜ao
sup
t0
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
, n N.
Demonstra¸ao
Seja n N. Dado t 0.
Se t > u, ent˜ao
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u)) = q(x(λ
n
(u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
= q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s)), onde u s = λ
n
(t) u λ
n
(u) u.
Logo,
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u)) sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s)).
(1.24)
32
Se 0 t u, enao
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u)) = q(x(λ
n
(t) u
n
), x(λ
n
(t) u))
=
q(x(λ
n
(t)), x(λ
n
(t))) , se λ
n
(t) u < u
n
q(x(λ
n
(t) u
n
), x(u)), se λ
n
(t) > u
q(x(λ
n
(t) u
n
), x(u)) sup
t0
q(x(λ
n
(t) u
n
), x(u))
=
26
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u)).
Logo,
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u)) sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u)). (1.25)
De (1.24) e de (1.25), temos que
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
,
t 0. Tomamos o supremo em t 0 na desigualdade acima e obtemos
sup
t0
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
.
Afirma¸ao 1.3: Sejam {x
n
} D
E
[0, ), x D
E
[0, ), u ponto de conti-
nuidade de x, {u
n
} (u, ) e {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0. Ent˜ao
lim
n→∞
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
= 0
26
Fizemos a mudan¸ca de vari´avel s = λ
n
(t) u
n
, onde
u s = λ
n
(t) u
n
λ
n
(u) u
n
λ
n
(u) λ
n
(u) u.
33
e
lim
n→∞
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
= 0.
Demonstra¸ao
Dado ε > 0 e lembrando que u ´e ponto de continuidade de x, temos que
δ > 0 tal que s (uδ, u+δ) vale q(x(s), x(u)) < ε/4. Como lim
n→∞
γ(λ
n
) =
0 e da observao 1.4, temos que lim
n→∞
λ
n
(u) = u. Assim, n
0
N tal que
λ
n
(u) (uδ, u+δ), n n
0
. Desta forma, λ
n
(u)u, λ
n
(u)u (uδ,u+δ),
n n
0
. Fixamos n n
0
e tomamos qualquer s [u, λ
n
(u) u], enao
s (u δ, u + δ). Pela continuidade de x em u, temos q(x(s), x(u)) < ε/4.
Logo,
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u)) ε/4 < ε. (1.26)
Agora, tomamos qualquer s [λ
n
(u)u, u]. Como λ
n
(u)u, s (uδ, u+δ)
e u ´e ponto de continuidade de x, temos que
q(x(λ
n
(u)u
n
), x(s)) q(x(λ
n
(u)u
n
), x(u))+q(x(u), x(s)) < ε/4+ε/4 = ε/2.
Assim,
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s)) ε/2 < ε. (1.27)
Como (1.26) e (1.27) valem n n
0
, temos que
lim
n→∞
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
= 0
e
lim
n→∞
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
= 0.
Proposi¸ao 1.4 Dados {x
n
} D
E
[0, ) e x D
E
[0, ). Ent˜ao
lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0
∃{λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0, u 0,
onde u ´e ponto de continuidade de x.
34
Em particular:
lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0, implica que lim
n→∞
x
n
(u) = lim
n→∞
x
n
(u) = x(u), u 0,
onde u ´e ponto de continuidade de x.
Demonstra¸ao
() Supomos que existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0, u 0 que ´e ponto de continuidade de x. Que-
remos mostrar que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0. Do lema 1.1 o conjunto dos pon-
tos de descontinuidade de x ´e enumer´avel, logo tem medida de Lebesgue
nula. Enao lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0 em q.t.p. u 0. E, tamb´em, temos que
d(x
n
, x, λ
n
, u) 1, n 0. Logo, pelo Teorema da Convergˆencia Dominada
[4] agina 75, segue que
lim
n→∞
0
e
u
d(x
n
, x, λ
n
, u)du = 0.
Como
d(x
n
, x) = inf
λΛ
γ(λ)
0
e
u
d(x
n
, x, λ, u)du
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, x, λ
n
, u)du
, n 0,
tomando o limite quando n , obtemos que
0 lim
n→∞
d(x
n
, x) lim
n→∞
γ(λ
n
)
0
e
u
d(x
n
, x, λ
n
, u)du
lim
n→∞
γ(λ
n
)
lim
n→∞
0
e
u
d(x
n
, x, λ
n
, u)du
= 0
Portanto,
lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0.
() Supomos lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0. Seja u um ponto de continuidade de x.
Da afirma¸ao 1.1, temos que existem {λ
n
} Λ e {u
n
} (u, ) tais que
lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) = 0. Assim,
d(x
n
, x, λ
n
, u) = sup
t0
q(x
n
(t u), x(λ
n
(t) u))
35
sup
t0
q(x
n
(t u), x(λ
n
(t u) u
n
)) + sup
t0
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
27
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) +
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
, n N.
(1.28)
Enao
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
)
+
lim
n→∞
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
lim
n→∞
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
(1.29)
Assim, de (1.29) e das afirma¸oes 1.1 e 1.3, obtemos que
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0.
Agora, o falta analisar que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0, implica que lim
n→∞
x
n
(u) =
lim
n→∞
x
n
(u) = x(u), u 0, onde u ´e ponto de continuidade de x. De
fato, pelo que provamos acima temos que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0, implica que
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0, u 0, onde u ´e ponto de continuidade de x. Assim,
dado ε > 0, n
0
tal que n n
0
vale
ε > d(x
n
, x, λ
n
, u) = sup
t0
q(x
n
(t u), x(λ
n
(t) u))
28
q(x
n
(t
0
u), x(λ
n
(t
0
) u)) = q(x
n
(u), x(u)).
27
Da afirma¸ao 1.2 e sup
t0
q(x
n
(tu), x(λ
n
(tu)u
n
)) sup
t0
q(x
n
(tu
n
), x(λ
n
(t)u
n
)) =
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
).
28
Tomamos t
0
> 0 tal que t
0
> u λ
n
(u), n n
0
, podemos fazer isso, pois {λ
n
(u)} ´e
uma sequˆencia convergente.
36
Logo,
lim
n→∞
x
n
(u) = x(u).
Ainda resta demonstrar que lim
n→∞
x
n
(u) = x(u), onde x
n
(u) = lim
tu
x
n
(t),
n N. Lembrando que u ´e ponto de continuidade de x, temos que δ > 0
tal que
s (u δ, u + δ) vale q(x(s), x(u)) < ε/4. (1.30)
Dado t (u δ, u).
q(x
n
(t), x(u)) = q(x
n
(t u), x(u))
q(x
n
(t u), x(λ
n
(t) u)) + q(x(λ
n
(t) u), x(u))
d(x
n
, x, λ
n
, u) + q(x(λ
n
(t) u), x(u))
(1.31)
a que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0 implica que lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0, temos que
n
1
N tal que n n
1
vale d(x
n
, x, λ
n
, u) < ε/4. Como lim
n→∞
λ
n
(t) = t,
temos que n
2
N tal que λ
n
(t) (u δ, u), n n
2
. Assim, de (1.30),
temos que q(x(λ
n
(t)u), x(u)) < ε/4, n n
2
. Tomamos n
3
= max{n
1
, n
2
}.
Enao q(x(λ
n
(t) u), x(u)) < ε/4 e d(x
n
, x, λ
n
, u) < ε/4, n n
3
. O que
juntamente com (1.31), implica que q(x
n
(t), x(u)) < ε/2, n n
3
. Como
x
n
(u) = lim
tu
t<u
x
n
(t), n N, temos que n N t
n
(u δ, u) tal que
q(x
n
(u), x
n
(t
n
)) < ε/2. Assim, n n
3
, t
n
(u δ, u) tal que
q(x
n
(u), x(u)) q(x
n
(u), x
n
(t
n
))+q(x
n
(t
n
), x(u)) < ε/2+ε/2 = ε, n n
3
.
Contra-exemplo: Este contra-exemplo ´e para a implicao () da proposi-
¸ao 1.4, quando u ao ´e ponto de continuidade de x, ou seja, queremos
mostrar que existem x e {x
n
} em D
E
[0, ) tais que lim
n→∞
d(x, x
n
) = 0, mas
para algum ponto u de descontinuidade de x, temos que lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) =
0, ∀{λ
n
}
n
Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0.
37
No exemplo 1.1, mostramos que para T > 0, as fun¸oes x, x
n
: [0, ) →
{0, 1} definidas por
x(t) =
0, se t < T
1, se t T
,
x
n
(t) =
0, se t < T + 1/n
1, se t T + 1/n
, onde n {1, 2, ...},
ao tais que lim
n→∞
d(x, x
n
) = 0. Tomamos qualquer {λ
n
}
n
Λ tal que
lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0. Dado n {1, 2, ...}, vamos fix´a-lo temporariamente.
d(x
n
, x, λ
n
, T ) = sup
t0
q(x
n
(t T ), x(λ
n
(t) T )) q(x
n
(t T ), x(λ
n
(t) T )),
t 0. Tomamos t
n
0 tal que t
n
λ
n
(t
n
) T (podemos fazer isso, pois
lim
t→∞
λ
n
(t) = ). Logo, x
n
(t
n
T ) = x
n
(T ) = 0 e x(λ
n
(t
n
) T ) = x(T ) = 1,
enao
d(x
n
, x, λ
n
, T ) q(x
n
(t
n
T ), x(λ
n
(t
n
) T )) = 1.
Variamos n e obtemos que d(x
n
, x, λ
n
, T ) 1, n {1, 2, ...}. Portanto,
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, T ) = 0, ∀{λ
n
}
n
Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0.
Exemplo: Com a proposi¸ao 1.4 podemos mostrar que a sequˆencia do exem-
plo 1.4 ao ´e sequˆencia de Cauchy. Supomos que x D
E
[0, ) tal que a
sequˆencia {x
n
} do exemplo 1.4 converge para esta fun¸ao x na etrica de
Skorohod. Pela proposi¸ao 1.4, temos que lim
n→∞
x
n
(u) = lim
n→∞
x
n
(u) = x(u),
u 0 ponto de continuidade de x, ent˜ao x
n
converge pontualmente `a x
em todos pontos de continuidade de x. Do lema 1.1, temos que o conjunto
dos pontos de continuidade de x tem medida total, ou seja, o conjunto dos
pontos de descontinuidade de x tem medida nula. Logo, x
n
converge `a x em
q.t.p. t 0, na m´etrica r, que neste exemplo ´e
r(x
n
(t), x(t)) =
0, se x
n
(t) = x(t)
1, se x
n
(t) = x(t)
Assim, se lim
n→∞
r(x
n
(t
0
), x(t
0
)) = 0, ent˜ao dado ε (0, 1) n
0
{1, 2, ...}
tal que r(x
n
(t
0
), x(t
0
)) < ε, n n
0
. De onde segue, que x
n
(t
0
) = x(t
0
),
38
n n
0
. Logo, x(t
0
) = 0 ou t
0
= T , pois se x(t
0
) = 1, enao x
n
(t
0
) = 1,
n n
0
, o que implicaria em t
0
= T . Desta forma, a fun¸ao x ´e nula num
conjunto de medida total. Lembrando que x deve ser cont´ınua `a direita e ter
limite `a esquerda, temos que a ´unica fun¸ao tal que x
n
converge em q.t.p.
t 0 para ela ´e a fun¸ao x(t) 0. Mas, no exemplo 1.4 mostramos que
x
n
ao converge na m´etrica de Skorohod `a fun¸ao x(t) 0. Logo, a nossa
suposi¸ao ´e falsa. Portanto, {x
n
} ao ´e uma sequˆencia convergente, ent˜ao
ao ´e uma sequˆencia de Cauchy.
Proposi¸ao 1.5 Dados {x
n
} D
E
[0, ) e x D
E
[0, ). Ent˜ao ao equi-
valentes:
(a) lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0.
(b) Existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t))) = 0, (1.32)
T > 0.
Observao 1.5: Notamos que {x
n
} D
E
[0, ), x D
E
[0, ) e {λ
1
n
}
n
Λ tais que lim
n→∞
γ(λ
1
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(λ
1
n
(t)), x(t)) = 0,
T > 0, implicam (b) na proposi¸ao 1.5. De fato, primeiramente observamos
que do lema 1.6 e da hip´oteses, temos lim
n→∞
γ(λ
n
) = lim
n→∞
γ(λ
1
n
) = 0. Seja
T > 0. Tamb´em, observamos que n N vale
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t))) =
29
sup
0sλ
n
(T )
r(x
n
(λ
1
n
(s)), x(s))
30
sup
0sT
0
r(x
n
(λ
1
n
(s)), x(s)).
29
s = λ
n
(t).
30
Como lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0, temos que {λ
n
(T )} ´e uma sequˆencia convergente, ent˜ao T
0
> 0
tal que λ
n
(T ) T
0
, n N.
39
Assim,
0 lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)) lim
n→∞
sup
0sT
0
r(x
n
(λ
1
n
(s)), x(s)) =
31
0.
Portanto vale a afirma¸ao (b) da proposi¸ao 1.5.
Observao 1.6: No apˆendice na proposi¸ao 1.6 vamos apresentar uma
outra afirma¸ao que ´e equivalente a estas afirma¸oes. Vamos apresena-la,
pois pode ter utilidade pr´atica na hora de demonstrar que uma sequˆencia
converge para determinada fun¸ao.
Demonstra¸ao
(a) (b) Supomos que lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0. Pela afirma¸ao 1.1, temos que exis-
tem {λ
n
} Λ e {u
n
} (u, ) tais que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
)
= 0. Como
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u
n
) =
32
lim
n→∞
sup
t0
q(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
))
=
33
lim
n→∞
sup
t0
[r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
)) 1]
=
lim
n→∞
sup
t0
r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
))

1,
temos que
lim
n→∞
sup
t0
r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
))
= 0. (1.33)
Dado T > 0. Como lim
n→∞
u
n
= (da afirma¸ao 1.1) e lim
n→∞
λ
n
(T ) = T (da
observao 1.4), temos que n
0
N tal que u
n
T λ
n
(T ), n n
0
. Enao,
para t [0, T ], vale r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
)) = r(x
n
(t), x(λ
n
(t))). Logo,
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)))
= lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
))
31
Da hip´otese.
32
Defini¸ao de d em (1.2).
33
Defini¸ao de q em (1.3).
40
lim
n→∞
sup
t0
r(x
n
(t u
n
), x(λ
n
(t) u
n
))
.
Portanto, por (1.33) temos
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)))
= 0.
(b) (a) Supomos que existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e (1.32).
Seja u um ponto de continuidade de x. Observe que
d(x
n
, x, λ
n
, u) = sup
t0
q(x
n
(t u), x(λ
n
(t) u))
sup
0tu
q(x
n
(t), x(λ
n
(t) u
n
)) + sup
t0
q(x(λ
n
(t u) u
n
), x(λ
n
(t) u))
34
sup
0tu
q(x
n
(t), x(λ
n
(t) u
n
))
+
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
35
sup
0tu
q(x
n
(t), x(λ
n
(t)))
+
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
36
sup
0tu
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)))
+
sup
λ
n
(u)usu
q(x(λ
n
(u) u
n
), x(s))
sup
usλ
n
(u)u
q(x(s), x(u))
n n
0
. Assim, de (1.32) e da afirma¸ao 1.3, temos que
lim
n→∞
d(x
n
, x, λ
n
, u) = 0,
34
Da afirma¸ao 1.2.
35
Como λ
n
´e estritamente crescente, temos que λ
n
(t) λ
n
(u), t [0, u]. Como
lim
n→∞
λ
n
(u) = u e lim
n→∞
u
n
= , temos que n
0
N tal que λ
n
(u) u
n
, n n
0
. Assim,
λ
n
(t) u
n
= λ
n
(t), n n
0
.
36
Lembramos que q = r 1.
41
enao, pela proposi¸ao 1.4, obtemos
lim
n→∞
d(x
n
, x) = 0.
Teorema 1.1: Se (E, r) ´e completo, ent˜ao (D
E
[0, ), d) ´e completo.
Demonstra¸ao
Seja {x
n
} D
E
[0, ) uma sequˆencia de Cauchy. Vamos mostrar que ela
tem subsequˆencia convergente, pois de [3] agina 162 teremos que {x
n
} ser´a
convergente. Como {x
n
} ´e sequˆencia de Cauchy, temos que dado k N,
N
k
1 tal que para m, n N
k
, temos
d(x
n
, x
m
)
1
2
k+1
e
k
(1.34)
Podemos supor, sem perda de generalidade, que 1 N
1
< N
2
< ... .
Definimos y
k
= x
N
k
, k N.
Desta defini¸ao e por (1.34) temos
d(y
k
, y
k+1
) = d(x
n
k
, x
n
k+1
)
1
2
k+1
e
k
<
1
2
k
e
k
, k N,
enao pela defini¸ao de d existe λ
k
Λ tal que
γ(λ
k
)
0
e
u
d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u)du
<
1
2
k
e
k
, k N.
Em particular,
0
e
u
d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u)du <
1
2
k
e
k
, k N. (1.35)
Queremos mostrar que k N u
k
> k tal que d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u
k
)
1
2
k
.
Para isso, supomos (por absurdo) que k
0
N tal que u > k
0
, temos
d(y
k
0
, y
k
0
+1
, λ
k
0
, u) >
1
2
k
0
. Ent˜ao
0
e
u
d(y
k
0
, y
k
0
+1
, λ
k
0
, u)du
42
=
k
0
0
e
u
d(y
k
0
, y
k
0
+1
, λ
k
0
, u)du +
k
0
e
u
d(y
k
0
, y
k
0
+1
, λ
k
0
, u)du
0 +
1
2
k
0
k
0
e
u
du =
1
2
k
0
e
k
0
,
o que contraria (1.35). Logo,
k N u
k
> k tal que d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u
k
)
1
2
k
. (1.36)
E, como
γ(λ
k
)
γ(λ
k
)
0
e
u
d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u)du
<
1
2
k
e
k
<
1
2
k
, k N,
temos que
[γ(λ
k
) d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u
k
)]
1
2
k
, k N. (1.37)
Definimos a sequˆencia de fun¸oes
µ
k
(t) = lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(t)], t 0, k N. (1.38)
Dado k N, vamos fix´a-lo para analisar algumas propriedades da fun¸ao µ
k
:
1) µ
k
´e estritamente crescente
Dados 0 a < b, queremos mostrar que µ
k
(a) < µ
k
(b), para isso fazemos
a seguinte an´alise: Seja A
l
[0, ) o conjunto de medida total onde λ
l
´e
deriv´avel, l N. Dado n N fixo. Observamos que λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
´e
deriv´avel em A
k
λ
1
k
(A
k+1
)λ
1
k
(λ
1
k+1
(A
k+2
))...λ
1
k
(...(λ
1
k+n1
(A
k+n
))...)
e este conjunto tem medida total. Assim, µ
k
´e deriv´avel em A
k
λ
1
k
(A
k+1
)
... λ
1
k
(...(λ
1
k+n1
(A
k+n
))...)..., que ´e um conjunto de medida total. Como
| log λ
l
(t)| γ(λ
l
), t A
l
e l N, temos que λ
l
(t) e
γ(λ
l
)
, t A
l
e
l N. Assim, de (1.37), obtemos que λ
l
(t) e
γ(λ
l
)
e
2
l
, t A
l
e
l N. Logo, t A
k
λ
1
k
(A
k+1
) ... λ
1
k
(...(λ
1
k+n1
(A
k+n
))...)... , temos
que
(λ
k+n
... λ
k
)
(t) = λ
k+n
((λ
k+n1
... λ
k
)(t)) · ... · λ
k
(t)
e
2
k+n
· ... · e
2
k
= e
n
l=0
2
k+l
e
2
k+1
. (1.39)
43
Como λ
k+n
... λ
k
´e deriv´avel em A
k
λ
1
k
(A
k+1
) ... , de [6] do teorema
fundamental do alculo, temos que
(λ
k+n
... λ
k
)(b) (λ
k+n
... λ
k
)(a) =
b
a
(λ
k+n
... λ
k
)
(t)dt. (1.40)
E, por (1.39), temos que
b
a
(λ
k+n
... λ
k
)
(t)dt
b
a
e
2
k+1
dt = e
2
k+1
(b a). (1.41)
De (1.40) e de (1.41), temos que
(λ
k+n
... λ
k
)(b) (λ
k+n
... λ
k
)(a) e
2
k+1
(b a).
Lembrando que n ´e qualquer e da defini¸ao de µ
k
(tomamos o limite quando
n tende a infinito na express˜ao acima), temos que
µ
k
(b) µ
k
(a) e
2
k+1
(b a) > 0 µ
k
(b) > µ
k
(a).
2) µ
k
´e sobrejetora
Seja n N. Observamos que
(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)([0, )) = (λ
k+n
... λ
k+1
)(λ
k
([0, )))
= (λ
k+n
... λ
k+1
)([0, )) = . . . = λ
k+n
([0, )) = [0, ).
Enao
µ
k
([0, )) = lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)([0, ))]
= lim
n→∞
[0, ) = [0, ).
3) As fun¸oes λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
, n N em constantes de Lipschitz
limitadas.
Seja c
i
= sup
s>t0
λ
i
(s) λ
i
(t)
s t
, i N. Enao c
i
´e constante de Lipschits de
44
λ
i
, i N. Observamos que λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
tem constante de Lipschitz
c
k+n
· ... · c
k+1
· c
k
, pois t, s [0, ) temos
|(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(s) (λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(t)|
c
k+n
· |(λ
k+n1
... λ
k+1
λ
k
)(s) (λ
k+n1
... λ
k+1
λ
k
)(t)|
. . .
c
k+n
· . . . · c
k+1
· |λ
k
(s) λ
k
(t)| c
k+n
· . . . · c
k+1
· c
k
· |s t|.
Vamos mostrar que essas constantes de Lipschitz de λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
ao
limitadas, i.e., n N
log(c
k+n
· ... · c
k+1
· c
k
) =
n
l=0
log c
k+l
l=0
| log c
k+l
|
=
l=0
log
sup
s>t0
λ
k+l
(s) λ
k+l
(t)
s t
l=0
sup
s>t0
log
λ
k+l
(s) λ
k+l
(t)
s t
=
37
l=0
γ(λ
k+l
)
38
l=0
1
2
k+l
=
1
2
k1
.
Logo,
c
k+n
· ... · c
k+1
· c
k
exp
2
k+1
, n N. (1.42)
4) µ
k
´e lipschitziana.
Sejam t, s [0, ), observamos que
|µ
k
(s) µ
k
(t)|
=
lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(s)] lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(t)]
= lim
n→∞
|[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(s)] [(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(t)]|
lim
n→∞
[c
k+n
· . . . · c
k+1
· c
k
· |s t|]
39
lim
n→∞
exp
2
k+1
· |s t|
= exp
2
k+1
· |s t|.
37
Do lema 1.2.
38
Por (1.37).
39
De (1.42).
45
5) γ(µ
k
)
1
2
k1
.
De fato,
γ(µ
k
) = sup
s>t0
log
µ
k
(s) µ
k
(t)
s t
= sup
s>t0
log
lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k
)(s)] lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k
)(t)]
s t
= sup
s>t0
lim
n→∞
log
(λ
k+n
... λ
k
)(s) (λ
k+n
... λ
k
)(t)
s t
= lim
n→∞
sup
s>t0
log
(λ
k+n
... λ
k
)(s) (λ
k+n
... λ
k
)(t)
s t
=
40
lim
n→∞
γ(λ
k+n
... λ
k
) = lim
n→∞
sup ess
t0
| log (λ
k+n
... λ
k
)
(t)|
= lim
n→∞
sup ess
t0
log
λ
k+n
((λ
k+n1
... λ
k
)(t)) · . . . · λ
k+1
(λ
k
(t)) · λ
k
(t)
lim
n→∞
sup ess
t0
log λ
k+n
(t)
+ ... + sup ess
t0
| log λ
k
(t)|
= lim
n→∞
[γ(λ
k+n
) + ... + γ(λ
k
)] =
l=k
γ(λ
l
)
41
l=k
1
2
l
=
1
2
k1
.
6) µ
k
Λ
Dos itens (1), (2), (3) e (5), temos que µ
k
Λ.
7) O limite (1.38) existe uniformemente em cada parte compacta de [0, ).
Vamos mostrar que {λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
}
n
´e eq¨uicont´ınua. Seja t 0. Dado
ε > 0. Tomamos δ =
ε
exp
(
2
k+1
)
> 0. Assim, s (t δ, t + δ) vale
|(λ
k+n
... λ
k
)(s) (λ
k+n
... λ
k
)(t)| c
k+n
· ... · c
k
· |s t|
exp
2
k+1
· |s t| < exp
2
k+1
· δ = ε, n N.
Logo, {λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
}
n
´e eq¨uicont´ınua em t 0. Como isto vale
t 0, temos que esta sequˆencia ´e eq¨uicont´ınua. Desta forma, de [3] agina
40
Do lema 1.2.
41
Por (1.37), temos γ(λ
k
) 2
k
, k N.
46
242, temos que {λ
k+n
...λ
k+1
λ
k
}
n
converge uniformemente em cada parte
compacta de [0, )
8) µ
1
k+1
= λ
k
µ
1
k
.
De fato, do item 6, temos que µ
k
, µ
k+1
Λ e pelo lema 1.6, temos que
µ
1
k
, µ
1
k+1
Λ. Ent˜ao
µ
1
k+1
= λ
k
µ
1
k
µ
k
= µ
k+1
λ
k
. (1.43)
Como s 0 vale µ
k+1
(s) = lim
n→∞
(λ
(k+1)+n
... λ
(k+1)+1
λ
(k+1)
)(s)
, te-
mos que t 0 vale
(µ
k+1
λ
k
)(t) = µ
k+1
(λ
k
(t))
= lim
n→∞
(λ
(k+1)+n
... λ
(k+1)+1
λ
(k+1)
)(λ
k
(t))
= lim
n→∞
[(λ
k+n+1
... λ
k+2
λ
k+1
λ
k
)(t))]
= lim
n→∞
[(λ
k+n
... λ
k+1
λ
k
)(t))]
= µ
k
(t). (1.44)
De (1.43) e de (1.44), temos que µ
1
k+1
= λ
k
µ
1
k
.
Agora, depois de demonstradas estas propriedades de {µ
k
}
k
, vamos mostrar
que para a sequˆencia de pontos {u
k
}
k
(que encontramos anteriormente em
(1.36)) e para a sequˆencia de fun¸oes {µ
k
}
k
vale
sup
t0
q(y
k
(µ
1
k
(t) u
k
), y
k+1
(µ
1
k+1
(t) u
k
))
=
42
sup
t0
q(y
k
(µ
1
k
(t) u
k
), y
k+1
(λ
k
(µ
1
k
(t)) u
k
))
=
43
sup
s0
q(y
k
(s u
k
), y
k+1
(λ
k
(s) u
k
))
= d(y
k
, y
k+1
, λ
k
, u
k
)
44
1
2
k
, k N. (1.45)
42
Do item 8 das observoes acima.
43
Mudan¸ca de vari´avel: s = µ
1
k
(t).
44
De (1.37).
47
Denotamos z
k
= y
k
µ
1
k
, k N.
Afirmamos que z
k
D
E
[0, ), k N.
De fato, sejam k N e t 0. Queremos mostrar que existem z
k
(t),
z
k
(t+) = z
k
(t). Dado ε > 0 e lembrando a defini¸ao de z
k
, temos
r(z
k
(s), z
k
(t)) = r(y
k
(µ
1
k
(s)), y
k
(µ
1
k
(t))).
Como y
k
D
E
[0, ), temos que existe o limite de y
k
`a esquerda de to-
dos pontos, enao δ
1
> 0 tal que v (µ
1
k
(t) δ
1
, µ
1
k
(t)) vale que
r(y
k
(v), y
k
(µ
1
k
(t))) < ε. Do fato de que µ
1
k
Λ, temos que δ
2
> 0 tal que
s (tδ
2
, t) vale que µ
1
k
(s) (µ
1
k
(t)δ
1
, µ
1
k
(t)) (pois µ
1
k
´e cont´ınua e es-
tritamente crescente). Assim, s (tδ
2
, t) vale que r(y
k
(µ
1
k
(s)), y
k
(µ
1
k
(t)))
< ε. Logo, existe z
k
(t). Analogamente, provamos que existe z
k
(t+). Falta
mostrar que z
k
(t+) = z
k
(t). Como existe z
k
(t+), temos que δ
3
> 0 tal que
se s (t, t + δ
3
), ent˜ao r(z
k
(t+), z
k
(s)) < ε/2. Pelo fato de y
k
ser cont´ınua `a
direita de todos pontos de [0, ) e µ
1
k
ser cont´ınua e estritamente crescente,
temos (analogamente ao que foi feito anteriormente) que δ
4
> 0 tal que
s (t, t + δ
4
) vale que
r(y
k
(µ
1
k
(s)), y
k
(µ
1
k
(t))) < ε/2
Tomamos δ
0
= min{δ
3
, δ
4
}. Assim, s (t, t + δ
0
), temos que
r(z
k
(t+), z
k
(t)) r(z
k
(t+), z
k
(s)) + r(z
k
(s), z
k
(t)) < ε/2 + ε/2 = ε.
Como ε ´e qualquer e r ´e etrica, temos que z
k
(t+) = z
k
(t). Logo, z
k
D
E
[0, ), k N.
Vamos mostrar a seguir que a sequˆencia de fun¸oes z
k
converge uniforme-
mente em intervalos limitados. Como µ
k
Λ, temos pelo lema 1.6 e pelo
item 5 das observoes feitas acima que lim
k→∞
γ(µ
1
k
) = lim
k→∞
γ(µ
k
) = 0. Da
observao 1.3, temos que µ
1
k
converge uniformemente `a identidade em in-
tervalos limitados. Assim, dados [a, b] [0, ) e ε > 0, k
1
= k
1
(ε, a, b) N
tal que t [a, b] vale
|µ
1
k
(t) t| < ε, k k
1
.
48
De onde segue, que t [a, b] vale µ
1
k
(t) µ
1
k
(b) < b + ε, k k
1
, a que
µ
1
k
´e estritamente crescente. Tomamos k
2
= k
2
(ε, b) N tal que b + ε < k
2
.
Seja k
3
= max{ k
1
, k
2
} (notamos que k
3
= k
3
(ε, a, b)). Assim, t [a, b] vale
µ
1
k
(t) < k, k k
3
. Ent˜ao por (1.36), temos que
µ
1
k
(t) < u
k
, k k
3
. (1.46)
Dado t [a, b].
q(z
k
(t), z
k+1
(t)) =
45
q(y
k
(µ
1
k
(t)), y
k+1
(µ
1
k+1
(t)))
=
46
q(y
k
(µ
1
k
(t) u
k
), y
k+1
(µ
1
k+1
(t) u
k
))
sup
t0
q(y
k
(µ
1
k
(t) u
k
), y
k+1
(µ
1
k+1
(t) u
k
))
47
1
2
k
, k k
3
. (1.47)
Agora, tomamos k
0
k
3
tal que n/2
k
< ε, n > k k
0
(notamos que
k
0
= k
0
(k
3
, ε) = k
0
(ε, a, b)). Ent˜ao
q(z
k
(t), z
n
(t))
q(z
k
(t), z
k+1
(t)) + q(z
k+1
(t), z
k+2
(t)) + . . . + q(z
n1
(t), z
n
(t))
<
48
1
2
k
+
1
2
k+1
+ . . . +
1
2
n1
<
n
2
k
< ε, n > k k
0
.
Podemos supor, sem perda de generalidade, que ε (0, 1), enao a desigual-
dade acima vale para
r(z
k
(t), z
n
(t)) < ε, n > k k
0
,
a que q = r 1. E, assim, como (E, r) ´e completo, pelo Crit´erio de Cau-
chy para convergˆencia uniforme de [3] agina 168, temos que a sequˆencia de
fun¸oes
z
k
: [0, ) E converge uniformemente em [a, b]. Logo, a sequˆencia de
fun¸oes z
k
converge uniformemente em intervalos limitados. Desta forma, a
45
o nota¸ao.
46
De (1.46).
47
De (1.45).
48
De (1.47).
49
sequˆencia de fun¸oes z
k
converge uniformemente em [0, N], N N. Seja
y
N
: [0, ) E tal que z
k
converge uniformemente para y
N
em [0, N],
N N.
Definimos y(t) = y
N
(t), se t [0, N], onde N N.
Observamos y est´a bem definida, pois se existem t 0 e N, N
0
N tais
que t [0, N], t [0, N
0
] e y
N
(t) = y
N
0
(t), ent˜ao z
k
(t) converge para dois
pontos diferentes, o que ´e absurdo. Tamb´em, observamos que z
k
converge
uniformemente em intervalos limitados para a fun¸ao y : [0, ) E definida
acima, pois dado [a, b], temos que existe N
1
N tal que [a, b] [0, N
1
] e pela
defini¸ao acima z
k
converge uniformemente em [0, N
1
].
Afirmamos que y D
E
[0, ).
De fato, sejam t 0 e ε > 0. Como z
k
converge uniformemente `a y em [0, t],
temos que k
0
N tal que r(y(s), z
k
0
(s)) < ε/3, s [0, t]. Pelo fato do
limite de z
k
0
existir `a esquerda de t, temos que δ
k
0
> 0 tal que s (tδ
k
0
, t)
vale r(z
k
0
(s), z
k
0
(t)) < ε/3. Assim, s (t δ
k
0
, t), temos que
r(y(s), y(t)) r(y(s), z
k
0
(s))+r(z
k
0
(s), z
k
0
(t))+r(z
k
0
(t), y(t)) <
ε
3
+
ε
3
+
ε
3
= ε.
Desta forma, y(t). Analogamente, mostramos que y(t+). Para comple-
tar a prova de que y D
E
[0, ), devemos mostrar que y(t+) = y(t). Por
existir y(t+), temos que s
1
> t tal que r(y(t+), y(s)) < ε/4, s (t, s
1
).
Da convergˆencia uniforme de z
k
`a y, obtemos k
1
N tal que
r(y(s), z
k
1
(s)) < ε/4, s [t, s
1
).
Como z
k
1
´e cont´ınua `a direita de t, s
0
(t, s
1
) tal que
r(z
k
1
(s
0
), z
k
1
(t)) < ε/4.
Desta forma,
r(y(t+), y(t))
r(y(t+), y(s
0
)) + r(y(s
0
), z
k
1
(s
0
)) + r(z
k
1
(s
0
), z
k
1
(t)) + r(z
k
1
(t), y(t))
50
<
ε
4
+
ε
4
+
ε
4
+
ε
4
= ε.
Logo, y(t+) = y(t), o que implica que y D
E
[0, ).
Da convergˆencia uniforme de z
k
= y
k
µ
1
k
`a y em intervalos limitados, temos
que
lim
k→∞
sup
0tT
r(y
k
(µ
1
k
(t)), y(t)) = 0, T > 0.
De onde segue, pelo lim
k→∞
γ(µ
1
k
) = 0 e pela observao 1.5, que vale a
afirma¸ao (b) da proposi¸ao 1.5 para as sequˆencias de fun¸oes {µ
k
} Λ,
{y
k
} D
E
[0, ) e y D
E
[0, ). Ent˜ao, por esta proposi¸ao, temos que
lim
k→∞
d(y
k
, y) = 0.
Portanto, D
E
[0, ) ´e completo.
51
Apˆendice
Agora vamos demonstrar o Lema 1.2, mas para isso necessitamos dos se-
guintes resultados.
Afirma¸ao A.1: Seja f : X R
sup
xX
|f(x)| = max
sup
xX
f(x), inf
xX
f(x)
Demonstra¸ao Como
sup
xX
|f(x)| sup
xX
f(x) e
sup
xX
|f(x)| sup
xX
[f(x)] = inf
xX
f(x),
temos que
sup
xX
|f(x)| max
sup
xX
f(x), inf
xX
f(x)
. (1.48)
Supomos por absurdo que a desigualdade em (1.48) seja estrita. Ent˜ao existe
x
0
X tal que |f(x
0
)| > max
sup
xX
f(x), inf
xX
f(x)
. Como |f(x
0
)| =
max {f(x
0
), f(x
0
)}, temos que
max {f(x
0
), f(x
0
)} > max
sup
xX
f(x), inf
xX
f(x)
max {f(x
0
), f(x
0
)} ,
o que ´e um absurdo. Portanto em (1.48) vale a igualdade.
52
Afirma¸ao A.2:
sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
= sup
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
inf
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
= inf
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
(As igualdades desta afirma¸ao ao as chamadas Identidades de Dini).
Demonstra¸ao Vamos provar a primeira igualdade (a prova da segunda
identidade ´e an´aloga). Como
sup
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
=
49
sup
t0
lim sup
st
+
λ(s) λ(t)
s t
50
sup
t0
sup
s>t
λ(s) λ(t)
s t
= sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
, (1.49)
para provar que vale a igualdade, vamos supor (por contradi¸ao) que a desi-
gualdade acima ´e estrita. Ent˜ao exite m 0 tal que
sup
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< m < sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
. (1.50)
Defina α(t) = mt λ(t). Observamos que α ´e crescente (estritamente), pois
t 0, temos
lim inf
h0
+
α(t + h) α(t)
h
= lim inf
h0
+
m.(t + h) λ(t + h) m.t + λ(t)
h
= lim inf
h0
+
m
(λ(t + h) λ(t)
h

51
m + lim inf
h0
+
(λ(t + h) λ(t)
h
=
52
m lim sup
h0
+
(λ(t + h) λ(t)
h
>
53
0.
49
Mudan¸ca de vari´avel: t + h = s.
50
lim sup
st+
f(s) sup
s>t
f(s), f .
51
De [2] (p´agina 123), temos lim inf(f + g) lim inf f + lim inf g.
52
De [2] (p´agina 123), temos lim inf(f) = lim inf f .
53
Da suposi¸ao de que sup
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< m.
53
Assim, dados t, s [0, ) tais que t < s, temos
m.t λ(t) = α(t) < α(s) = m.s λ(s)
λ(s) λ(t) < m.(s t)
λ(s) λ(t)
s t
< m.
Logo,
sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
m,
enao obtivemos uma contradi¸ao com (1.50). Portanto, vale a igualdade em
(1.49).
Demonstra¸ao (do Lema 1.2)
Da afirma¸ao A.1, temos que
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= (1.51)
= max
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
, inf
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t

.
Como log ´e uma fun¸ao estritamente crescente, temos que
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= log
sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
. (1.52)
Pela afirma¸ao A.2 e usando novamente o fato de log ser estritamente cres-
cente, obtemos
log
sup
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
= log
sup
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

= sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

. (1.53)
Enao de (1.52) e (1.53), temos
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

. (1.54)
Analogamente, usando que log ´e estritamente crescente, temos
inf
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= log
inf
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
. (1.55)
54
Novamente pela afirma¸ao A.2 e usando novamente o fato de log ser estrita-
mente crescente, obtemos
log
inf
s>t0
λ(s) λ(t)
s t
= log
inf
t0
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

= inf
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

. (1.56)
Enao de (1.55) e (1.56), temos
inf
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= inf
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

.
(1.57)
De 1.51, 1.54, 1.57 e afirma¸ao A.1, temos que
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
=
= max
sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

,
inf
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h

= sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
. (1.58)
Lembramos que sempre o supremo em t 0 ´e maior ou igual ao supremo
essencial, tamb´em, em t 0, ent˜ao
sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
.
(1.59)
Como
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
= log λ
(t),
em q.t.p. t 0, temos
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
= sup ess
t0
| log λ
(t)|. (1.60)
Por 1.58, 1.59, 1.60 e afirma¸ao A.1, temos que
sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
= sup
s>t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
55
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
= sup ess
t0
| log λ
(t)|
Vamos supor por contradi¸ao que a desigualdade acima seja estrita, ou seja,
que
K = sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
>sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
Primeiro observamos que K < , p ois pelo fato de λ ser lipschitziana, existe
uma constante c tal que
λ(t + h) λ(t)
h
=
|λ(t + h) λ(t)|
h
ch
h
= c,
t 0 e h > 0. Logo,
K = sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
c < .
Da nossa suposi¸ao de que
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< K,
existe r 0 tal que
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< r < K.
Como em q.t.p. t 0 vale
log λ
(t) sup ess
t0
| log λ
(t)| = sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< r,
temos que
λ
(t) < e
r
, em q.t.p. t 0. (1.61)
Anteriormente, mencionamos que λ ´e absolutamente cont´ınua, ent˜ao pode-
mos utilizar o Teorema Fundamental do alculo [6] (p´agina 166) e obter que
t 0 e h > 0 vale
λ(t + h) λ(t) =
t+h
t
λ
(s)ds.
56
Para estimar esta integral usamos (1.61) e a desigualdade para integrais de
[5] agina 83
t+h
t
λ
(s)ds
t+h
t
e
r
ds = e
r
h.
Assim,
λ(t + h) λ(t)
h
e
r
, t 0 e h > 0.
Tomamos o limite superior quando h 0
+
, aplicamos logaritmo na desi-
gualdade acima e chegamos `a
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
r, t 0.
Nesta desigualdade tomamos o supremo e obtemos
sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
sup
s>t0
r = r < K. (1.62)
Por outro lado, em quase todo ponto t 0 vale
log λ
(t) sup ess
t0
| log λ
(t)| = sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
< r,
temos que
λ
(t) > e
r
, em q.t.p. t 0.
E, analogamente ao que foi feito anteriormente, obtemos
λ(t + h) λ(t) =
t+h
t
λ
(s)ds
t+h
t
e
r
ds = e
r
h, t 0 e h > 0.
Logo,
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
log
lim sup
h0
+
e
r
h
h
= log e
r
= r, t 0.
Tomamos o ´ınfimo e obtemos
inf
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
inf
s>t0
r = r.
Desta forma,
inf
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
r < K. (1.63)
57
De (1.62), (1.63) e da afirma¸ao 2.1, temos que
sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
r < K.
Mas, isto contraria
sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
= K
Logo nossa suposi¸ao ´e falsa, ou seja, vale
sup ess
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
=sup
t0
log
lim sup
h0
+
λ(t + h) λ(t)
h
.
(1.64)
Portanto, de (1.1), (1.64), (1.60) e (1.58), temos que
γ(λ) = sup
s>t0
log
λ(s) λ(t)
s t
.
Afirma¸ao A.3: Dado T 0.
inf
λΛ
γ(λ) e
T
=
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
Demonstra¸ao
Se γ(λ) e
T
, λ Λ,
γ(λ) e
T
= γ(λ), λ Λ inf
λΛ
γ(λ) e
T
= inf
λΛ
γ(λ)
e
inf
λΛ
γ(λ) e
T
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
= inf
λΛ
γ(λ)
inf
λΛ
γ(λ) e
T
=
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
Se λ
0
Λ tal que γ(λ
0
) e
T
,
γ(λ
0
) e
T
= e
T
inf
λΛ
γ(λ) e
T
e
T
e
inf
λΛ
γ(λ) e
T
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
= e
T
58
inf
λΛ
γ(λ) e
T
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
Observando que λ Λ temos
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
γ(λ) e
T
.
Enao tomando o ´ınfimo sobre todas as fun¸oes λ Λ obtemos
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
inf
λΛ
γ(λ) e
T
.
Assim, vale a igualdade que quer´ıamos provar, i. e.,
inf
λΛ
γ(λ) e
T
=
inf
λΛ
γ(λ)
e
T
Proposi¸ao 1.6 Dados {x
n
} D
E
[0, ) e x D
E
[0, ). Ent˜ao ao equi-
valentes:
i) Existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)) = 0,
T > 0.
ii) Para cada T > 0, existe {λ
n
} Λ
(esta sequˆencia de fun¸oes pode
depender de T ) tais que valem lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)) = 0.
Demonstra¸ao
(i) (ii) Supomos que existe {λ
n
} Λ tal que lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0 e
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
n
(t)) = 0, T > 0. Para completar esta prova, basta
mostrarmos que para cada T > 0 vale lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0. Mas, isso
pode ser obtido do lema 1.4 pelo fato de lim
n→∞
γ(λ
n
) = 0.
59
(ii) (i) Supomos que para cada T > 0, existe {λ
n
} Λ
(esta sequˆencia
de fun¸oes pode depender de T ) tais que valem lim
n→∞
sup
0tT
|λ
n
(t) t| = 0 e
(1.32). Seja N N. Escolha {λ
N
n
} Λ
satisfazendo
lim
n→∞
sup
0tN
|λ
N
n
(t) t| = 0
e
lim
n→∞
sup
0tN
r(x
n
(t), x(λ
N
n
(t)) = 0
e, ainda, queremos que
λ
N
n
(t) = λ
N
n
(N) + t N, t > N.
Definimos a sequˆencia de pontos de [0, )
τ
N
0
= 0
τ
N
k
=
inf{t > τ
N
k1
; r(x(t), x(τ
N
k1
)) > 1/N}, se τ
N
k1
<
, se τ
N
k1
=
,
onde k = 0, 1, 2, ... .
Observoes sobre {τ
N
k
}
k
:
{τ
N
k
}
k
´e estritamente crescente nos termos que ao finitos.
De fato, dado k N tal que τ
N
k
< . Como x ´e cont´ınua `a direita
de τ
N
k1
, temos que existe δ
k1
> 0 tal que r(x(t), x(τ
N
k1
)) < 1/N,
t (τ
N
k1
, τ
N
k1
+ δ
k1
). Ent˜ao
τ
N
k
= inf{t > τ
N
k1
; r(x(t), x(τ
N
k1
)) > 1/N} τ
N
k1
+ δ
k1
> τ
N
k1
{τ
N
k
}
k
ao tem ponto de acumula¸ao finito
Pelo racioc´ınio feito acima cada ponto finito desta sequˆencia ´e um p onto
isolado.
60
Definimos, para cada n fixo, a sequˆencia de pontos de [0, ) por
u
N
k,n
= (λ
N
n
)
1
(τ
N
k
),
onde k = 0, 1, 2, ... e (λ
N
n
)
1
() = . Observamos que {u
N
k,n
}
k
´e uma
sequˆencia crescente, pois λ
N
n
Λ
, enao (λ
N
n
)
1
´e estritamente crescente, n,
e lembre que { τ
N
k
}
k
, tamb´em, ´e crescente. Agora, vamos definir a sequˆencia
de fun¸oes de Λ
µ
N
n
(t) =
τ
N
k
+
tu
N
k,n
u
N
k+1,n
u
N
k,n
(τ
N
k+1
τ
N
k
), se t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
) [0, n],
k = 0, 1, 2, ...
µ
N
n
(N) + t N , se t > N
,
por conven¸ao
1
=1. Com esta conven¸ao, afirmamos que
γ(µ
N
n
) = max
k=0,1,2,...
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]=
log
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
. (1.65)
De fato,
γ(µ
N
n
) = sup ess
t0
log(µ
N
n
)
(t)
= max
k=0,1,2,...
sup ess
t
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]
log(µ
N
n
)
(t)
, sup ess
t(N,)
log(µ
N
n
)
(t)
.
Seja t (N, ), ent˜ao µ
N
n
(t) ´e diferenci´avel, pois µ
N
n
´e linear neste intervalo.
Logo, podemos calcular
(µ
N
n
)
(t) = lim
h0
µ
N
n
(t + h) µ
N
n
(t)
h
= lim
h0
µ
N
n
(N) + t + h µ
N
n
(N) t
h
= 1.
Assim,
sup ess
t(N,)
log(µ
N
n
)
(t)
= 0.
De onde segue, que
γ(µ
N
n
) = max
k=0,1,2,...
sup ess
t
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]
log(µ
N
n
)
(t)
. (1.66)
61
Agora, tamem, fixamos k = 0, 1, 2, ... com [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
) [0, N] = . Obser-
vamos que µ
N
n
´e diferenci´avel em todo ponto t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
) [0, N], pois
µ
N
n
´e linear neste intervalo. Como t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
) [0, N], temos
(µ
N
n
)
(t) = lim
h0
µ
N
n
(t + h) µ
N
n
(t)
h
= lim
h0
1
h
τ
N
k
+
t + h u
N
k,n
u
N
k+1,n
u
N
k,n
(τ
N
k+1
τ
N
k
)
τ
N
k
+
t u
N
k,n
u
N
k+1,n
u
N
k,n
(τ
N
k+1
τ
N
k
)
= lim
h0
1
h
h
u
N
k+1,n
u
N
k,n
(τ
N
k+1
τ
N
k
)
=
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
.
Assim,
sup ess
t
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]
log(µ
N
n
)
(t)
= sup ess
t
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]
log
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
=
log
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
.
(1.67)
De (1.66) e (1.67), obtemos (1.65).
Agora, afirmamos que
sup
0tN
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t)))
2
N
, n. (1.68)
De fato,
sup
0tN
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t))) = max
k=0,1,2,...
sup
t[u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)[0,N]
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t)))
,
(1.69)
por isso basta analisar
sup
t[u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)[0,N]
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t))),
para cada k = 0, 1, 2, ..., onde [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
) [0, N] = . Novamente, fixamos
k = 0, 1, 2, ... com [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
)[0, N] = . Lembre que t [τ
N
k
, τ
N
k+1
), o que
62
implica que r(x(t), x(τ
N
k
)) 1/N, pois τ
N
k+1
= inf{t > τ
N
k
; r(x(t), x(τ
N
k
)) >
1/N}. Como λ
N
n
Λ
, temos que λ
N
n
´e estritamente crescente, ent˜ao
τ
N
k
= λ
N
n
(u
N
k,n
) λ
N
n
(t) < λ
N
n
(u
N
k+1,n
) = τ
N
k+1
, t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
).
De onde segue, que
r(x(λ
N
n
(t)), x(τ
N
k
)) 1/N, t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
). (1.70)
Como µ
N
n
´e linear em [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
), µ
N
n
(u
N
k,n
) = τ
N
k
e µ
N
n
(u
N
k+1,n
) = τ
N
k+1
, temos
que τ
N
k
µ
N
n
(t) < τ
N
k+1
, t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
). De onde segue, que
r(x(µ
N
n
(t)), x(τ
N
k
)) 1/N, t [u
N
k,n
, u
N
k+1,n
). (1.71)
Logo,
sup
t[u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)[0,N]
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t)))
sup
t[u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)[0,N]
r(x(λ
N
n
(t)), x(τ
N
k
)) + sup
t[u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)[0,N]
r(x(τ
N
k
), x(µ
N
n
(t)))
54
1/N + 1/N = 2/N. (1.72)
Assim, de (1.69) e de (1.72), temos (1.68). O que implica que
sup
0tT
r(x
n
(t), x(µ
N
n
(t)))
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
N
n
(t))) + sup
0tT
r(x(λ
N
n
(t)), x(µ
N
n
(t)))
55
sup
0tT
r(x
n
(t), x(λ
N
n
(t))) +
2
N
, n.
Da hip´otese, temos
lim
n→∞
sup
0tN
r(x
n
(t), x(λ
N
n
(t)) = 0,
enao
n
N
1
tal que sup
0tN
r
(
x
n
(
t
)
, x
(
λ
N
n
(
t
))
<
1
/N
,
n
n
N
1
. Logo
sup
0tT
r(x
n
(t), x(µ
N
n
(t)))
3
N
, n n
N
1
. (1.73)
54
De (1.70) e (1.71).
55
De (1.68).
63
Como lim
n→∞
γ(λ
N
n
) = 0 e pelo lema 1.6, temos que lim
n→∞
γ((λ
N
n
)
1
) = 0. Da
observao 1.4, temos que {(λ
N
n
)
1
}
n
converge pontualmente `a identidade,
de onde segue que
lim
n→∞
u
N
k,n
=
56
lim
n→∞
(λ
N
n
)
1
(τ
N
k
) =
57
τ
N
k
, k. (1.74)
Logo,
lim
n→∞
γ(µ
N
n
) = lim
n→∞
max
k=0,1,2,...
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]=
log
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
= max
k=0,1,2,...
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]=
lim
n→∞
log
τ
N
k+1
τ
N
k
u
N
k+1,n
u
N
k,n
= max
k=0,1,2,...
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]=
log
τ
N
k+1
τ
N
k
lim
n→∞
u
N
k+1,n
lim
n→∞
u
N
k,n
=
58
max
k=0,1,2,...
[
u
N
k,n
,u
N
k+1,n
)
[0,N]=
log
τ
N
k+1
τ
N
k
τ
N
k+1
τ
N
k
= 0 . (1.75)
Enao n
N
2
tal que γ(µ
N
n
) < 1/N, n n
N
2
. Tomamos n
N
= max{n
N
1
, n
N
2
, N}.
Assim, de (1.73), temos que
sup
0tN
r(x
n
(t), x(µ
N
n
(t)) < 3/N e γ(µ
N
n
) < 1/N, n n
N
.
Variamos N e observamos que a sequˆencia {n
N
}
N
pode ser tomada estrita-
mente crescente. Como N n
N
, temos que lim
N→∞
n
N
= , enao podemos
definir para todo n N
ˆ
λ
n
=
µ
N
n
, se n
N
n < n
N+1
, N 1
Id, se 1 n < n
1
.
Precisamos mostrar que
ˆ
λ
n
satisfaz a letra (b) desta proposi¸ao.
56
Da defini¸ao de u
N
k,n
57
Da convergˆencia pontual.
64
ˆ
λ
n
Λ, pois se n
N
n < n
N+1
, N 1, ent˜ao
ˆ
λ
n
= µ
N
n
Λ e se
1 n < n
1
, enao
ˆ
λ
n
= Id Λ.
lim
n→∞
γ(
ˆ
λ
n
) = 0, pois se n
N
n < n
N+1
, N 1, enao lim
n→∞
γ(
ˆ
λ
n
) =
lim
n→∞
γ(µ
N
n
) = 0 e se 1 n < n
1
, enao lim
n→∞
γ(
ˆ
λ
n
) = lim
n→∞
γ(Id) = 0 .
lim
n→∞
sup
0tT
r(x
n
(t), x(
ˆ
λ
n
(t))) = 0, T > 0. De fato, seja T > 0. Dado
ε > 0, N
0
N tal que T < N
0
e 3/N
0
< ε. Tomamos n
0
N tal
que n
N
0
n
0
< n
N
0
+1
, ent˜ao n n
0
temos que N
n
N
0
tal que
n n
N
n
n
0
n
N
0
e
ˆ
λ
n
= µ
N
n
n
. Assim,
sup
0tT
r(x
n
(t), x(
ˆ
λ
n
(t))) sup
0tN
n
r(x
n
(t), x(µ
N
n
n
(t))) <
3
N
n
3
N
0
< ε,
n n
0
.
Destas observoes obtemos que
ˆ
λ
n
satisfaz (i).
65
Referˆencias Bibliogr´aficas
[1] Stewart N. Ethier, Thomas G. Kurtz. Markov Processes - Characte-
rization and Convergence. Wiley Series in Probability and Statistics.
Wiley-Interscience, Hoboken, New Jersey, 2005.
[2] Elon Lages Lima. Curso de Aalise, Vol. 1. Projeto Euclides. IMPA, Rio
de Janeiro, 1995.
[3] Elon Lages Lima. Espcos etricos. Projeto Euclides. IMPA, Rio de
Janeiro, 1993.
[4] Pedro Jesus Fernandez. Medida e Integrao, 2
a
ed.. Projeto Euclides.
IMPA, Rio de Janeiro, 2002.
[5] H. L. Royden. Real Analysis. The Macmillam Company. New York, 1963.
[6] Augusto Armando de Castro unior. Curso de Teoria da Medida. Projeto
Euclides. IMPA, Rio de Janeiro, 2004.
[7] Robert G. Bartle. The Elements of Integration. John Wiley & Sons, Inc.,
New York, 1966.
[8] Edwin Hewitt, Karl Stromberg. Real and Abstract Analysis. Springer-
Veralg, New York, 1965.
66
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