97
Originalmente alocada na secção Arachis (Krapovickas & Gregory, 1994),
esta espécie, com 2n=2x=20 cromossomos, foi caracterizada como não portadora
do par de cromossomos A (Fernández & Krapovickas, 1994), o que, de modo
simplista, a colocaria entre aquelas mais associadas ao genoma B de A. hypogaea
(Holbrook & Stalker, 2003; Milla et al., 2005). Estudos genéticos baseados em
marcadores microssatélites e AFLP apoiaram esta classificação (Moretzsohn et al.,
2004; Tallury et al., 2005). Porém, análises da filogenia do gênero Arachis
baseados em ITS (Bechara, 2001) e em seqüências trnT-F (Tallury et al., 2005)
posicionam a espécie como mais associada àquelas com o par A (Cunha et al.,
2008). Diante dessas incongruências, a espécie ainda não teve seu genoma
definitivamente confirmado e os acessos identificados por este nome necessitam
de mais estudos, inclusive para verificar se são, realmente, conspecíficos.
O quarto grupo engloba três acessos de A. magna (V 13751, V 13765 e V
14707). Os dois últimos correspondem a coletas realizadas em épocas diferentes,
mas no mesmo local, no município de Cáceres – MT, e representam a população
mais oriental que se conhece da espécie. No entanto, o acesso V 13751 foi
coletado bastante próximo de outro que se enquadra no primeiro grupo (V 13748).
Os 13 acessos analisados de A. magna se mostraram heterogêneos e talvez não
sejam todos conspecíficos, enquanto os 13 de A. gregoryi, mesmo com o
distanciamento do acesso V14760, se mostraram bastante mais coesos.
No quinto grupo, com bootstrap de 40,80, estão os acessos de A. decora, A.
palustris e A. praecox, as três espécies da secção Arachis que apresentam
2n=2x=18 cromossomos (Lavia, 1996, 1998; Peñaloza & Valls, 1997). Enquanto os
acessos das duas primeiras, originários de Goiás e Tocantins, se mostraram mais
próximos, A. praecox, do Mato Grosso, situou-se distante, o que poderia ser
explicado pela disjunção de mais de 1000 km entre esta e as outras duas espécies.
Estudos baseados em marcadores moleculares têm situado as espécies com x=9,
alternativamente, mais próximo daquelas associadas ao genoma A de A.
hypogaea, ou a seu genoma B (Creste et al., 2005; Milla et al., 2005).
No sexto grupo, próximos às espécies com 18 cromossomos situam-se os
dois acessos de A. vallsii. Esta espécie foi originalmente descrita como pertencente