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ANÁLISE DA DEMANDA INTERNACIONAL DE
PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA
FRANCISCO FERNANDES BERNARDES
2009
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FRANCISCO FERNANDES BERNARDES
ANÁLISE DA DEMANDA INTERNACIONAL DE
PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras, como parte das exigências do Curso
de Mestrado em Engenharia Florestal, área de
concentração em Ciências Florestais, para a
obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Dr. Antônio Donizette de Oliveira
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2009
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Bernardes, Francisco Fernandes.
Análise da demanda internacional de painéis de fibra de madeira
/ Francisco Fernandes Bernardes. – Lavras : UFLA, 2009.
83 p. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2009.
Orientador: Antônio Donizette de Oliveira.
Bibliografia.
1. Comércio Internacional. 2. Produtos florestais. 3. Análise
econômica. 4. Modelo de Armington. I. Universidade Federal de
Lavras. II. Título.
CDD – 382.41349
– 634.9
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
FRANCISCO FERNANDES BERNARDES
ANÁLISE DA DEMANDA INTERNACIONAL DE
PAINÉIS DE FIBRA DE MADEIRA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras, como parte das exigências do Curso
de Mestrado em Engenharia Florestal, área de
concentração em Ciências Florestais, para a
obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 18 de fevereiro de 2009
Prof. Dr. José Luiz Pereira de Rezende UFLA
Prof. Dr. José Márcio de Mello UFLA
Prof. Dr. Antônio Donizette de Oliveira
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2009
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por me dar energias e inspiração para
a realização deste trabalho.
À minha família que me incentivou e me fez acreditar e lutar pelos meus
sonhos.
Ao DCF e a toda a equipe de funcionários, professores-educadores e
amigos.
Aos amigos professores que fizeram parte, direta ou indiretamente, da
realização deste, especialmente professores José Roberto Scolforo, Jose Luís
Rezende, José Márcio Mello.
Ao professor e orientador, pai e amigo conselheiro Antônio Donizette de
Oliveira, pelas idéias e apoio indispensáveis à realização deste trabalho.
Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudo e de recursos financeiros
para a realização desse trabalho.
Aos professores participantes da banca, pelas considerações que
enriqueceram o trabalho.
Às secretárias Chica e Gláucia e a Rose, que são pessoas sensacionais.
Aos meus amigos de ontem e sempre, Rafael, Leonel, Júlio, Guilherme
Carneiro, André Luis, Totonho, Ijaci, Rato, Arthur Monteiro, Nory,Bel,Mary e
Rafinha. Também aos que aqui não foram citados, mas que tiveram papel
importante em minha vida.
A uma pessoa muito especial e maravilhosa minha amiga e companheira
de várias batalhas, Maíra Dzedzej.
Aos meus pais: Edize, Expedito, minhas irmãs Franciele e Flaviane.
Dedico
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................... i
ABSTRACT ......................................................................................................... ii
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 4
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 5
3.1 Painéis de madeira .......................................................................................... 5
3.1.1 Painéis laminados ........................................................................................ 7
3.1.2 Painéis particulados ..................................................................................... 9
3.1.3 Painéis de fibra de madeira ........................................................................ 11
3.2 O mercado internacional de painéis de fibra de madeira .............................. 15
3.2.1 Produção mundial ...................................................................................... 15
3.2.2 Importações mundiais ................................................................................ 16
3.2.3 Exportações mundiais ................................................................................ 18
3.3 Tendências do mercado brasileiro de produtos florestais ............................. 20
3.4 Comércio brasileiro de painéis de fibra de madeira ...................................... 21
3.5 Modelos que representam o comércio para os produtos florestais ............... 23
3.5.1 Modelo Armington .................................................................................... 30
3.6 Microeconomia ............................................................................................. 32
3.7 Teoria da demanda ........................................................................................ 33
3.8 Elasticidade ................................................................................................... 35
3.8.1 Elasticidade-preço da demanda.................................................................. 36
3.8.2 Elasticidade-renda da demanda.................................................................. 36
3.8.3 Elasticidades-preço direta e cruzada da demanda ...................................... 37
3.8.4 Elasticidade de substituição ....................................................................... 37
4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 39
5 RESULTADOS E DICUSSÕES ..................................................................... 48
5.1 Elasticidades de substituição da importação de painéis de fibra de madeira 48
5.2 Demanda total de importação de painéis de fibra de madeira ...................... 51
País importador ................................................................................................... 53
5.3 Elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda, diferenciadas por país de
origem ................................................................................................................. 54
6 CONCLUSÕES ............................................................................................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 67
ANEXO .............................................................................................................. 73
i
RESUMO
BERNARDES, Francisco Fernandes. Análise da demanda internacional de
painéis de fibra de madeira. 2009. 83p. Dissertação (Mestrado em Ciências
Florestais) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
Este estudo foi realizado com o objetivo de estimar, para os diversos
países importadores de painéis de fibra de madeira, as elasticidades de
substituição, as elasticidades-renda e as elasticidades-preço da demanda total de
importação e as elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda por painéis
de fibra de madeira, diferenciados por país de origem. Utilizaram-se dados de
séries temporais referentes aos fluxos comerciais dos maiores exportadores e
importadores mundiais de painéis de fibra de madeira. O modelo de demanda
utilizado considera que os produtos não são substitutos perfeitos. Concluiu-se
que há baixa substitutibilidade entre os painéis de fibra de madeira ofertados
pelos países exportadores considerados. Na Alemanha, na China e no Reino
Unido, a demanda total de importação de painéis de fibra de madeira foi mais
sensível às variações no preço que na renda, enquanto nos outros países
importadores ocorreu o contrário. A elasticidade-preço direta da demanda por
painéis de fibra de madeira, diferenciada por país de origem, foi maior que um
em quase todos os mercados, com exceção da Alemanha e do Reino Unido. O
valor negativo das elasticidades-preço cruzadas sugere que os painéis de fibra de
madeira importados dos outros países exportadores são produtos
complementares.
Orientador: Antônio Donizette de Oliveira - UFLA
ii
ABSTRACT
BERNARDES, Francisco Fernandes. Analysis of the international demand
for wooden fiber boards. 2009. 83p. Dissertation (Master of Forest Sciences) –
Federal University of Lavras, Lavras, MG.
This study was conducted with the purpose of estimating, for the several
wooden fiber board -importing countries, the replacement elasticities, the
income elasticities and the price-elasticities of the total demand of importation
and the direct and crossed price-elasticities of the damand for wooden fiber
boards, distinguished by country of origin. Data of temporal series concerning
the commercial fluxes of the greatest world exporters and importers of wooden
fiber boards were used. It follows that there is a poor replacement among the
wooden fiber boards offered by the exportera in issue. In Germany, China and
the United Kingdon, the total demand of importation of wooden fiber boards
was more sensitive to the variations in price than in income, distinguished by
country of origin, it was greater than one in almost all the markets, with the
exception of both Germany and the United kingdon. The negative value of the
crossed price-elasticities suggest that wooden fiber boards imported from other
exporting countries are complementar products.
Adviser: Antônio Donizette de Oliveira - UFLA
1
1 INTRODUÇÃO
Os painéis de madeira se caracterizam como um produto de estrutura
altamente homogênea e isotrópica. Seu processo de produção confere ao produto
vantagens, em termos de homogeneidade das propriedades. Podem ser definidos
como produtos compostos de elementos de madeira lâminas, sarrafos, partículas
e fibras, obtidos a partir da redução da madeira sólida, e reconstituídos por meio
de ligação adesiva.
Há diversos tipos de painéis de madeira, podendo ser classificados em
grupos: os compostos laminados e os compostos particulados. No primeiro
grupo estão o compensado laminado e o compensado sarrafeado. No segundo
grupo estão os painéis minerais (flake e excelsior), os painéis de fibras de
madeira (fibra dura - hardboard, fibra de média densidade ou MDF e fibras
isolantes – insulating board) e os painéis aglomerados (convencional,
fibreboard, wafeboard e oriented strand board ou OSB).
Segundo Iwakiri (2005), há dois tipos básicos de painéis de fibras de
madeira: o isolante e o prensado. Esta classificação se baseia na densidade do
painel e no método de produção. Os painéis isolantes podem ser dos tipos
semirrígidos ou rígidos. Os semirrígidos têm densidade considerada muito baixa,
na faixa de 0,02 a 0,15 g/cm
3
, sendo empregados para isolamento e proteção. Os
painéis isolantes rígidos possuem densidade mais elevada, na faixa de 0,15 a
0,40 g/cm
3
, sendo destinados à aplicação estrutural (paredes), em revestimentos,
no isolamento e como forro de teto decorativo. Os painéis prensados podem ser
do tipo duro, de densidade alta, na faixa de 0,80 a 1,20 g/cm
3
e o MDF, com
densidade média na faixa de 0,50 a 0,85 g/cm
3
.
Os painéis de fibras duras possuem diversas aplicações, tais como forma
de concreto, painéis com pré-acabamento, mobiliário, base para piso e
divisórias, entre outras. A produção e o consumo dos painéis MDF têm crescido
em todo o mundo. Eles apresentam vantagens relacionadas à estrutura mais
2
homogênea, usinabilidade e qualidade quanto ao acabamento e aplicação de
materiais de revestimento. São utilizados principalmente para a produção de
móveis, molduras, portas, etc.
Os painéis de fibra de alta densificação possuem densidade na faixa de
1,20 a 1,45 g/cm
3
, sendo um produto de custo elevado, devido à alta proporção
de resina na prensagem de alta capacidade. Portanto, sua produção se torna
justificável apenas para propósitos especiais.
Em 2007, a produção mundial de painéis de fibra de madeira foi de 72,4
milhões de metros cúbicos. O maior produtor desse tipo de painel foi a China,
com 37,76% da produção mundial. No mercado internacional, os maiores
exportadores são: China, Alemanha, Canadá, Tailândia, Malásia e Polônia.
Juntos eles responderam por cerca de 50,76% do comércio internacional desse
produto. Estados Unidos, China, Itália, Reino Unido, França e Canadá são os
maiores compradores, com cerca de 38% do total comercializado (Food and
Agriculture Organization - FAO, 2008).
No Brasil, as indústrias de painéis de fibras de madeira foram instaladas
a partir da década de 1950, para a produção de painéis isolantes e duros. Por
outro lado, os painéis MDF passaram a ser produzidos somente a partir de 1998,
com a entrada em operação de uma unidade industrial localizada no estado de
São Paulo. A partir daí, mais três unidades industriais iniciaram suas operações
no estado do Paraná (Iwakiri, 2005).
A produção brasileira de painéis de fibras, em 2007, atingiu 2,4 milhões
de metros cúbicos, tendo o Brasil se situado em quinto lugar no ranking dos
maiores produtores mundiais. Já em relação às exportações, o Brasil situou-se
em 10
o
lugar, com um total de 681 mil metros cúbicos comercializados (FAO,
2008).
Oliveira et al. (1996) afirmam que conhecer a estrutura da demanda de
importação é importante para todos os países que participam do mercado
3
internacional de determinado produto. Estas informações empíricas sobre as
elasticidades da demanda podem auxiliar os países exportadores na definição de
políticas de preço e no planejamento da produção. Questões como as alterações
na participação de determinado importador em um mercado específico, dado um
aumento no seu preço de venda ou no preço de venda dos países competidores,
podem ser respondidas de forma mais adequada conhecendo-se as equações de
demanda de importação por produtos diferenciados por país de origem.
A análise econométrica torna-se cada dia mais importante na economia
moderna, dada a necessidade de se conhecer as respostas de um mercado, a curto
e a longo prazos, do sistema econômico às diversas mudanças a ele impostas das
mais variadas formas. A avaliação das possíveis consequências das políticas
adotadas é fundamental, mesmo antes que elas sejam tomadas (Barros, 1987).
4
2 OBJETIVOS
Este trabalho foi realizado com o objetivo de estimar, para o diversos
países importadores de painéis de fibra de madeira:
- a elasticidade de substituição dos painéis de fibra de madeira;
- as elasticidades-renda e as elasticidades-preço da demanda total de
importação de painéis de fibra de madeira;
- as elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda de painéis de
fibra de madeira, diferenciados por país de origem.
5
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Painéis de madeira
Os painéis surgiram, principalmente, para atender à necessidade gerada
pela escassez e pelo encarecimento da madeira maciça. São estruturas fabricadas
com madeiras em lâminas ou em diferentes estágios de desagregação, que são
aglutinadas pela ação de pressão e temperatura, com a utilização de resinas em
alguns casos. Os painéis substituem a madeira maciça em diferentes usos, como
na fabricação de móveis e pisos. Na fabricação de móveis, guardam algumas
particularidades, por poderem ser empregados os diferentes tipos de painéis; o
custo e o preço do produto final variam de acordo com a quantidade de cada tipo
de painel no mix (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -
BNDES, 2008).
Para BNDES (2008), esse mercado vem sofrendo mudanças em função
dos seguintes fatores: busca de alternativas para a madeira maciça;
modernização tecnológica do parque fabril, que proporcionou a oferta de novos
produtos medium density particleboard (MDP), oriented strand board (OSB) e a
melhoria da qualidade a evolução do aglomerado para medium density fiberboard
(MDF) e redução dos juros e melhoria da renda, que deram forte impulso à
construção civil e ao setor de móveis, ambos consumidores de painéis de madeira.
As perspectivas são bastante positivas para o setor de painéis de madeira,
de forma geral. Os segmentos de MDP e MDF são os que apresentam um cenário
mais positivo, pois o aumento da oferta se direciona para o mercado interno,
podendo o seu excedente ser absorvido pelo mercado externo. O segmento de
chapa de fibra deve manter-se estável, enquanto o de compensado deverá
trabalhar para vencer os desafios que se impõem com a queda ocorrida nas
exportações nos últimos anos BNDES (2008).
6
Segundo Mendes et al. (2001), os painéis de madeira podem ser
divididos em laminados e particulados. A classificação dos painéis de madeira
pela FAO é mostrada na Figura 1. Os primeiros se subdividem em compensado
laminado, compensado sarrafeado, vigas laminadas e laminated veneer lumber
ou LVL. Já os painéis particulados se subdividem em aglomerado
(convencional, OSB e waferboard), fibras (dura, isolante e chapa de fibra de
média densidade ou MDF) e minerais (flake, excelsior). Nesse estudo, as
análises foram realizadas para o agregado “painéis de fibra de madeira”
(fibreboard), que envolve chapa isolante (insulating board), chapa de fibra (hard
board) e MDF.
FIGURA 1 Divisões dos painéis de madeira, segundo FAO.
Fonte: United Nations Economic Commission for Europe - UNECE (2001).
7
O consumo dos painéis de madeira reconstituída foi largamente
incrementado, no Brasil, a partir da metade da década de 1990, quando os
fabricantes de aglomerado e chapa de fibra investiram em modernização e na
ampliação de suas plantas, implantaram fábricas com produtos novos e os
investidores estrangeiros se aliaram aos existentes (BNDES, 2008).
3.1.1 Painéis laminados
O compensado laminado, ou compensado convencional, foi o primeiro
painel de madeira produzido em escala industrial e de consumo universal
(Tomaselli, 1999). Ele pode ser utilizado na construção civil e na produção de
móveis, de formas para concreto e de embalagens. Características mecânicas,
grandes dimensões e variedades de tipos adaptáveis a cada uso constituem os
principais atributos para justificar a ampla utilização desse material.
Para Keinert Júnior (1996), o compensado é composto de várias lâminas
de madeira, coladas por meio de um adesivo de forma que a direção da grã
esteja em ângulos retos em relação à camada adjacente. Isso faz do painel
compensado um produto superior e versátil na engenharia. A laminação cruzada
confere altas resistências, tanto ao longo como através da grã, o que o torna à
prova de rachaduras, perfurações e resistente ao impacto, permitindo que painéis
leves e delgados tenham performance igual em relação à grã. Ela também
restringe a expansão ou a contração, conferindo ao painel estabilidade
dimensional.
Os painéis de compensado são formados por um número ímpar de
lâminas (3, 5, 7, 9 ou mais) e são produzidos sob duas principais especificações:
1) para uso interno, com colagem à base de resina de uréia-formol, utilizado
basicamente em móveis e 2) para uso externo, com colagem à base de resina de
fenol-formol, sendo, normalmente, utilizado na construção civil (Tomaselli,
1999).
8
No compensado sarrafeado o miolo é formado por ripas (ou sarrafos) de
madeiras coladas ou simplesmente juntadas lateralmente. Esse miolo de ripas é
revestido por lâminas de madeira, conferindo rigidez e estabilidade (Tomaselli,
1999).
O laminated venner lumber (LVL) é um material estrutural, composto
de lâminas de madeira dispostas com as fibras orientadas na mesma direção, o
que o diferencia dos compensados. As lâminas podem ter espessura entre 2,5
mm e 4 mm. Os painéis têm colagem à prova d’água, são quimicamente estáveis
e são materiais mais resistentes mecanicamente, podendo ser fabricado em
grandes variedades de espessura, largura e comprimento. Na Austrália é
utilizado para a fabricação de móveis (Nahauz & Waitai, 1998).
As vigas laminadas são parecidas com o LVL, com a diferença de serem
formadas por chapas de madeira colada.
A produção mundial de compensado, em 2007, foi em torno de 76,1
milhões de m
3
. Na Figura 2 estão relacionados os 15 maiores produtores
mundiais de compensado. A China, com 32 milhões de metros cúbicos, que
representaram 42% da produção mundial, é o maior produtor, seguida por
Estados Unidos e Malásia, com 16% e 7% da produção mundial,
respectivamente.
9
Qde
0
5
10
15
20
25
30
35
China
Eua
Malasia
Indonesia
Japão
Brasil
Rússia
India
Canadá
Finlandia
Chile
Korea do
sul
Espanha
Polônia
FIGURA 2 Principais produtores mundiais de compensado (em milhões de m
3
),
em 2007.
Fonte: FAO (2008).
3.1.2 Painéis particulados
O aglomerado convencional é também chamado de chapa de partículas,
por ser um painel de madeira formado por partículas de madeira. Para a sua
fabricação, a madeira é picada, sendo transformada em partículas que são
submetidas à secagem. O material já seco recebe resina sintética e é
encaminhado à prensa, onde, por aplicação de calor e pressão, é formado o
painel. Este pode ser revestido por vários materiais, como papéis impregnados
com resinas, papéis envernizados e lâminas ou folhas de madeira natural
(Tomaselli, 1999).
O OSB é um painel de partículas de madeira orientadas e coladas com
resina a prova d´água sob prensagem a quente. Foi desenvolvido para aplicações
estruturais, sendo considerado uma segunda geração dos painéis waferboard. As
partículas da camada interna podem estar dispostas aleatoriamente ou
perpendicularmente em relação às camadas externas. A diferenciação em relação
aos aglomerados tradicionais se refere à impossibilidade de utilização de
10
resíduos de serraria na sua fabricação, devido às dimensões das partículas
(Mendes et al., 2001).
As principais diferenças entre o waferboard e o OSB consistem: (a) na
dimensão das partículas (strands e wafer), que são mais curtas nos waferboard e
mais alongadas no OSB e (b) na maneira como o colchão é formado. No
waferboard, as partículas são distribuídas aleatoriamente, durante o processo de
formação do colchão, numa camada homogênea, enquanto no OSB o colchão é
formado por algumas camadas de partículas strands, as quais, nas camadas
internas, podem ser aleatórias ou alinhadas perpendicularmente à direção da
formação do colchão e, nas camadas externas, o alinhamento é paralelo à direção
de formação. Essas modificações proporcionaram ao OSB maior resistência
mecânica e estabilidade dimensional (Mendes et al., 2001).
Segundo Nahauz & Waitai (1998), os OSB foram dimensionados para
suprir a necessidade de resistência mecânica exigida para fins estruturais, que
não é encontrada na madeira aglomerada e na chapa de fibra dura de média
densidade (MDF). A resistência à flexão estática é alta, não como a da madeira
sólida original, mas tanto quanto nos compensados estruturais, substituindo-os.
O seu custo é mais baixo devido ao emprego de madeira menos nobre. Nos
Estados Unidos está sendo utilizado na construção de paredes internas e
externas, pisos e forros na construção de casas.
Em 2007, a produção mundial de chapa de partículas foi de 9 milhões de
m
3
(Figura 3). O maior produtor mundial, naquele ano, foi a China, com 1,89
milhão de m
3
, ou 19,46% da produção mundial, seguida da Alemanha, com
19,16% e dos Estados Unidos, com 11,64% do total.
11
Qde
0
500
1000
1500
2000
China
A
lemanha
Eua
ssia
Brasil
V
enezuela
Ponia
Turquia
Eslovênia
França
Ukrania
Malásia
Aústria
Canadá
Irlanda
FIGURA 3 – Principais produtores mundiais de chapa de partículas (em 1000
m
3
), em 2007.
Fonte: FAO (2008).
3.1.3 Painéis de fibra de madeira
Os painéis de fibra (fibreboard) são manufaturados utilizando-se fibras
de madeira ou outro material lignocelulósico em que a primeira colagem é feita
com a feltragem (felting) das fibras e seu adesivo inerente (embora outros
materiais de colagem e ou aditivos possam ser adicionados no processo de
manufatura). São painéis de fibra lisos, moldados, chapa isolante (insulating
board), chapa de fibra (hardboard) e MDF (FAO, 2008).
No Brasil, o MDF começou a ser fabricado em setembro de 1997, pela
Duratex, unidade Agudos, SP. Posteriormente, começaram a operar a Tafisa (no
final do ano de 1998), localizada em Pien, PR; a unidade da Masisa (no início de
2001), situada em Ponta Grossa, PR e a Placas do Paraná (no final de 2001),
localizada em Jaguariaíva, PR (BNDES, 2008).
O fato de a produção de MDF ter se iniciado, no Brasil, apenas em 1997
demonstra que há uma grande defasagem em relação ao início do processo de
fabricação mundial da maioria dos demais produtos usinados de madeira (Tabela
1). Em relação ao início do processo de fabricação no mundo, levaram 29 anos
para que o MDF passasse a ser fabricado no Brasil, o que pode ser justificado
12
pela falta de incentivo tecnológico e científico no país (Coelho Júnior et al.,
2008).
TABELA 1 Defasagem, quanto à fabricação de produtos de madeiras
reconstituídas, no Brasil em relação a outros países.
Produtos Mundo Brasil Defasagem
Compensado 1913 1940 27
Chapa de fibra 1930 1955 25
Madeira aglomerada 1950 1966 16
MDF 1970 1997 29
Waferboard 1975 - 33*
OSB 1975 2002 27
Homogeneous board 1980 1990 10
LVL 1972 - 36*
Madeira Cimento 1914 - 94*
Fonte: Coelho Junior et al. (2008).
O MDF é um produto homogêneo, uniforme, estável, de superfície plana
e lisa que oferece boa trabalhabilidade, alta usinabilidade para encaixar,
entalhar, cortar, parafusar, perfurar e moldurar, além de apresentar ótima
aceitação para receber revestimentos com diversos acabamentos (BNDES,
2008).
Conforme Tomaselli (1999), o MDF constitui-se em transformar a
madeira em cavacos os quais são desfibrados em refinadores. A pasta obtida
recebe uma resina sintética e, a seguir, é submetida à secagem. As fibras secas,
já impregnadas com resina, são levadas ao formador e prensadas, formando uma
chapa extremamente homogênea e isotrópica.
O MDF possui densidade entre 0,5g/cm
3
e 0,80 g/cm
3
.
São painéis de
composição homogênea, de alta qualidade, com superfície plana e lisa, adequada
a diferentes acabamentos, como pintura, envernizamento, impressão,
13
revestimento, etc. Esse tipo de painel pode ser serrado, torneado, lixado, furado,
trabalhado em encaixes, malhetes e espigas, recebendo bem pregos, parafusos e
colas. É utilizado para molduras, móveis de todos os tipos, em especial aqueles
que demandam usinagem e acabamento nas bordas (Nahuz & Waitai, 1998).
A chapa dura de fibra é um produto mais antigo. Seu processo de
produção é similar à produção do MDF, com diferenças na fase de produção das
fibras e na prensagem, que é feita a úmido (Tomaselli, 1999).
Os painéis de fibra de madeira são classificados como painéis
(compostos) particulados e podem ser destinados a uma ampla gama de
aplicações, tais como: painéis de isolamento térmico e acústico, divisórias
internas, móveis, portas, molduras e revestimentos em geral, entre outros, em
função da densidade do painel e do processo de produção (Iwakiri, 2005).
Segundo Iwakiri (2005), o processo de produção de painéis de fibras de
madeira se inicia com o desfibramento da madeira, podendo ser realizado por
meio de vários métodos e equipamentos, sendo o termomecânico o mais
utilizado. As etapas posteriores de produção se diferenciam principalmente em
termos de processo de formação das chapas, que pode ser úmido ou seco.
O MDF é utilizado na fabricação de móveis, mas, por permitir
usinagem, presta-se a usos que o aglomerado/MDP não admite, como a
confecção de portas usinadas, pés torneados de mesas, caixas de som, fundos
de gaveta e de armários. Também é utilizado na construção civil, como piso
fino, rodapé, almofadas de portas, divisórias, batentes e peças torneadas em
geral. O MDF e seus correlatos de pequena espessura e alta densidade, o high
density berboard (HDF) e o super density berboard (SDF) têm preços mais
altos e maior versatilidade do que o aglomerado/MDP e a chapa de fibra
(BNDES, 2008).
Como se observa no gráfico da Figura 4, a produção mundial de MDF
foi que teve o maior crescimento dentre os produtos de madeiras reconstituídas,
14
passando de 12 m
3
cúbicos, em 1997, para mais de 55 milhões de m
3
, em 2007,
o que representou um crescimento médio de 15%. Com essa evolução, sua
situação em relação aos demais tipos de painéis passou de 15%, em 1997, para
37%, em 2007. No período entre 2000-2003, a produção mundial de MDF
cresceu, em média, 20%.
Ainda de acordo com o gráfico da Figura 4, em 1997, o compensado
respondia por 69,33% da produção mundial de painéis de madeira, com 50
milhões de m
3
. Em 2007, sua participação caiu para 51,26%, apesar de a
produção ter aumentado para 71 milhões de m
3
.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Anos
Qde
Chapa de fibra Chapa isolante MDF Compensado
FIGURA 4 Produção dos painéis de madeira no período de 1997-2007 (em
milhões de m
3
).
Fonte: FAO (2008).
15
3.2 O mercado internacional de painéis de fibra de madeira
3.2.1 Produção mundial
A produção mundial de painéis de fibra de madeira atingiu, em 2007,
72,4 milhões de m
3
. No período 1975-2007, o crescimento médio anual desta
produção situou-se na faixa de 4,4% (Tabela 2).
Em relação aos 15 maiores produtores de painéis de fibra de madeira,
apresentados na Tabela 2 e ranqueados em função do ano de 2007, a China
ocupou a primeira posição, com produção de 27 milhões de m
3
, ou 37,76% do
total produzido. Entre 2006 e 2007, a produção chinesa cresceu 10,6%. A
segunda e a terceira posições foram ocupadas por Estados Unidos e Alemanha
que, juntos, produziram cerca de 19% do total mundial.
A China foi o país onde houve maior aumento na produção de painéis de
fibra de madeira, passando de 187 mil m
3
, em 1975, para 27 milhões de m
3
em
2007, resultando em um crescimento médio anual de 16,86%. Em contraste, os
Estados Unidos, que em 1975 detinham cerca de 40% da produção mundial e
foram os maiores produtores mundiais, cresceram apenas 0,46% ao ano, no
período 1975-2007. Em consequência, sua posição no ranking caiu para segundo
lugar, com participação de cerca de 10% do total produzido no mundo.
Em 2007, o Brasil foi o quinto maior produtor de painéis de fibra de
madeira, com 2,4 milhões de m
3
. Considerando o período 1975-2007, a taxa de
crescimento médio anual da produção brasileira foi de 13,33%, bem acima da
taxa de crescimento mundial (4,91% ao ano).
16
TABELA 2 Quantidade de painéis de fibra de madeira produzidos (em 1000 m
3
)
pelos principais países produtores, no período de 1975-2007.
Países produtores 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2006 2007
China
187 506 895 1.172 1.792 5.144 20.642 24.702 27.336
EUA
6.236 6.006 6.287 6.438 6.508 6.990 7.719 7.933 7.221
Alemanha
496 560 537 753 854 2.974 5.539 5.933 6.636
Polônia
504 670 603 536 650 1.265 2.326 2.413 2.675
Brasil
45 694 694 698 617 1.001 1.966 2.294 2.467
Turquia
764 70 70 70 131 422 1.742 2.100 2.200
Canadá
10 723 793 774 717 1.833 1.912 1.947 1.936
Coreia do sul
0 14 14 167 614 943 1.659 1.648 1.723
Espanha
80 376 347 430 600 1.185 1.247 1.298 1.585
Rússia
2.617
1
3.002
1
3.590
2
4.140
2
748
2
890
2
1.296
2
1.452
2
1.578
2
França
241 266 195 275 477 1.015 1.310 1.390 1.410
Malásia
699 0 0 0 260 82 2.598 2.624 1.394
Itália
233 200 220 240 815 1.325 1.156 1.211 1.211
Chile
14 45 42 122 344 510 843 1.136 1.122
Japão
497 668 727 923 1.070 998 874 895 937
Subtotal
12.623 13.800 15.014 16.738 16.197 26.576 52.829 58.976 61.430
Resto do mundo
2.979 3.162 3.039 3.478 4.194 7.522 10.331 10.944 10.964
Total mundial
15.602 16.961 18.053 20.216 20.391 34.099 63.160 69.921 72.394
1
USSR – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
2
Rússia
Fonte: FAO (2008).
3.2.2 Importações mundiais
Em 2007, o comércio internacional de painéis de fibras de madeira
movimentou um volume total de 23 milhões de m
3
, sendo cerca de 45%
importado por 9 países: Estados Unidos, China, Itália, Reino Unido, França,
Canadá, Bélgica, Rússia e Alemanha. No período 1975-2007, houve um
crescimento médio anual de 8,5% no volume comercializado (Tabela 3).
Em meados da década de 1970, a Polônia e a Alemanha eram os grandes
compradores de painéis de fibra de madeira no mercado internacional,
respondendo por mais de 27% das importações. Em 2007, Estados Unidos e
17
China assumiram a primeira e a segunda posição no ranking dos maiores
importadores mundiais, participando com 14% e 7% da consumo de painéis de
fibra de madeira, respectivamente. Países como a Iran, Turquia, México e Coreia
do Sul que, em 1975, não importavam painéis de fibra de madeira, entraram no
mercado e, em 2007, responderam por 11% do total transacionado no comércio
internacional.
TABELA 3 Quantidade de painéis de fibra de madeira importada (1000 m
3
) dos
principais países importadores, no período de 1975-2007.
Países
importadores 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2006 2007
EUA
155,4 237,6 510,3 463,9 507,2 1.982,0 3.299,9 3.292,1 3.292,1
China
3,3 19,6 4,0 278,8 960,4 2.190,0 1.943,5 1.690,5 1.673,0
Itália
33,7 101,2 81,0 212,0 313,0 525,0 705,2 672,0 1.269,0
Reino Unido
56,3 316,4 315,7 329,0 463,0 868,0 891,9 1.056,0 1.038,0
França
46,5 124,5 91,6 241,4 156,1 537,3 660,8 839,5 912,5
Canadá
71,5 71,4 76,5 123,0 171,3 528,6 707,0 821,0 858,0
Bélgica
62,2
3
74,8
3
61,6
3
117,2
3
191,0
3
543,0
4
965,0
4
927,0
4
777,0
4
Rússia
3,2
1
0
1
0
2
0
2
0
2
104,0
2
493,0
2
668,0
2
756,0
2
Alemanha
292,4 380,9 372,5 354,5 441,0 1.320,0 1.168,0 754,6 752,9
Turquia
0 0 0 0 16,9 274,0 727,4 549,0 719,0
México
0 6,8 0 0 33,2 174,0 642,1 764,0 662,6
Iran
0 0,0 0 0 1,1 32,4 275,6 396,6 601,6
Espanha
1,5 1,3 1,2 84,1 131,7 565,4 657,0 764,0 588,8
Corea do Sul
0 0 0 82,0 2,2 380,0 416,0 453,0 582,0
Polônia
184,2 159,6 82,7 37,6 44,2 244,3 436,5 404,4 500,9
Subtotal
910,2 1.494,1 1.597,1 2.323,5 3.432,3
10.267,
9
13.988,
8
14.051,
6
14.983,
3
Resto do mundo
813,7 582,1 689,3 1.047,9 2.331,2 5.261,8 8.421,0 8.185,9 8.532,4
Total mundial
1.723,9 2.076,2 2.286,4 3.371,4 5.763,6
15.529,
7
22.409,
8
22.237,
6
23.515,
7
1
USSR – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
2
Rússia
3
Belgica + Luxemburgo
4
Bélgica
Fonte: FAO (2008).
18
3.2.3 Exportações mundiais
Os principais países exportadores de painéis de fibra de madeira são
China, Alemanha, Canadá e Tailândia que, juntos, exportaram cerca de 10,2
milhões de m
3
desse produto em 2007, representando 40,83% do total
comercializado no mercado internacional (Tabela 4). A China triplicou suas
exportações em 2007, em relação a 2006. Com isso, assumiu o primeiro lugar do
ranking mundial, elevando a sua participação para 18,12% do mercado
internacional.
A Alemanha situa-se em segundo lugar no ranking mundial. Seu market
share, que era de 16% em 2006, caiu para 10,4% em 2007. Isso ocorreu
principalmente devido à queda em suas importações de 3,5 milhões de m
3
em
2006, para 2,6 milhões em 2007.
Em 1975, Malásia, Turquia, China e Tailândia ainda não vendiam
painéis de fibra de madeira no mercado internacional. Em 2007, cerca de
30,81% do total de painéis de fibra de madeira vendido no comércio mundial foi
fornecido por esses países.
A Suécia, que, em 1975, era a maior exportadora mundial de painéis de
fibra de madeira (market share = 16,36%), caiu para o 28
o
lugar no ranking
mundial (market share = 0,5%). Os Estados Unidos, a França, o Brasil e a
Noruega também são exemplos de países que tiveram sua participação reduzida
no mercado internacional.
As exportações de painéis de fibra de madeira do Brasil passaram de 111
mil m
3
, em 1975, para mais de 681 mil m
3
, em 2007, o que representou um
crescimento médio anual de 5,8% no período. Apesar disso, a participação
brasileira no mercado internacional caiu, de 6,0%, em 1975, para 2,7%, em
2007.
TABELA 4 Quantidade de painéis de fibra de madeira exportada (1000 m
3
) pelos principais países exportadores, no período 1975-2007.
Ranking
Países
exportadores 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2006 2007
1
o
China
0 0,7 0 20,1 100,9 227,5 1.774,6 1.502,2 4.552,5
2
o
Alemanha
44,6 45,9 89,6 166,3 270,0 2.215,0 3.772,0 3.567,0 2.618,6
3
o
Canadá
49,1 92,8 189,1 227,0 364,8 1.033,1 1.468,0 1.381,0 1.723,0
4
o
Tailândia
0 6,2 18,2 3,7 61,3 433,0 840,9 1.056,8 1.366,9
5
o
Malásia
0 0 0 0 251,0 458,0 1.167,0 1.278,0 1.251,0
6
o
Polônia
120,3 201,4 174,0 293,0 286,8 563,7 1.248,9 1.045,9 1.244,6
7
o
Espanha
16,3 117,7 100,8 172,3 250,5 656,4 940,0 661,0 1.065,0
8
o
França
120,9 128,2 136,5 200,5 472,5 737,9 1.304,2 1.425,9 978,9
9
o
EUA
168,7 199,6 266,5 440,2 726,0 498,0 693,0 817,1 817,1
10
o
Brasil
111,6 182,8 171,1 251,9 320,7 198,0 486,8 505,4 681,0
11
o
Bélgica
37,2 45,9 13,1 73,0 79,7 338,0 478,8 777,0 674,0
12
o
Áustria
48,8 71,5 50,5 70,4 59,0 377,0 568,0 601,0 671,0
13
o
Turquia
0 0 0 0 2,1 19,0 183,3 343,0 571,0
14
o
Nova Zelândia
2,5 19,4 20,4 275,0 372,0 607,0 676,0 712,0 564,0
15
o
Itália
22,0 19,4 66,0 205,0 400,0 587,0 345,2 346,0 549,0
19
o
Rússia
240,9 303,0 239,3 294,0 134,0 279,0 380,0 448,0 468,0
21
o
Suíça
4,4 18,0 28,0 29,0 50,0 304,0 463,5 403,3 433,5
24
o
Reino Unido
18,5 14,5 24,0 38,9 94,8 110,0 217,3 222,0 276,0
28
o
Suécia
304,3 280,3 206,0 97,3 157,1 89,0 32,0 121,3 126,8
29
o
Holanda
35,0 17,6 12,3 25,4 80,0 115,0 161,3 158,0 124,8
40
o
Noruega
114,8 59,9 88,9 14,8 24,0 64,1 52,2 45,8 43,1
Subtotal
1.459,9 1.824,8 1.894,3 2.897,8 4.557,2 9.909,6 17.253,0 17.417,6 20.799,8
Resto do mundo
400,0 491,0 375,1 562,8 1.358,1 2.750,4 4.439,3 4.875,4 4.330,0
Total mundial
1.859,8 2.315,8 2.269,4 3.460,6 5.915,3 12.660,0 21.692,2 22.293,0 25.129,8
1
Bélgica- Luxemburgo;
2
Bélgica
Fonte: FAO (2008).
19
20
3.3 Tendências do mercado brasileiro de produtos florestais
As florestas plantadas no Brasil, especialmente com espécies dos
gêneros Pinus e Eucalyptus, são a principal fonte de matéria-prima para os
setores industriais que utilizam a madeira e que se caracterizam por produção em
grande escala. Entre esses setores, os que absorvem a maior parte da produção
florestal são de celulose e papel, carvão vegetal e madeira processada
mecanicamente, tanto as serrarias quanto as indústrias de painéis à base de
madeira (Nahuz, 2004).
Conforme Nahuz (2004), a demanda por matérias-primas nestes setores
industriais flutua ao longo dos anos, devido à estrutura e às condições dos
mercados dos vários produtos e ao perfil da comercialização. Estas flutuações da
demanda têm reflexo também na oferta da matéria-prima, especialmente em face
da redução verificada na implantação de novas áreas florestais e do conseqüente
acirramento da competição por ela. Exemplos claros dessa situação podem ser
vistos nas variações cíclicas no setor de celulose e papel, que causam aumentos e
reduções na produção e na comercialização destes produtos, o que afeta
diretamente a área de florestas em exploração e em reposição anual.
Outro exemplo é a concentração na manufatura de produtos de maior
valor agregado, numa clara tendência à melhor utilização da matéria-prima
produzida e à busca da melhor remuneração. A
indústria moveleira,
especialmente de móveis seriados, se caracteriza por alta velocidade e grande
produção. Essas características são típicas do segmento e garantem a sua
competitividade. Para mantê-las, a indústria moveleira requer matéria-prima
com propriedades uniformes, principalmente a densidade e a cor. Também são
importantes as características tecnológicas, como trabalhabilidade, colagem,
retenção de conectores metálicos e acabamento, com produtos como tintas,
vernizes e outros (Nahuz, 2004).
21
Segundo Tuoto (2003), em relação aos produtos florestais oriundos de
florestas plantadas, o Brasil figura como o maior exportador mundial de
compensado de pinus e o maior exportador mundial de celulose de fibra curta
(Eucalyptus). No caso dos produtos florestais baseados em madeiras tropicais, é
o terceiro maior exportador, tanto de madeira serrada como de compensado.
As exportações brasileiras de produtos de base florestal atingiram novo
recorde no ano de 2007. No conjunto, os segmentos de madeira, móveis, papel e
celulose exportaram 9,07 bilhões de dólares, representando um crescimento de
10% sobre os 8,2 bilhões de dólares exportados no ano anterior. O volume
também é expressivo no conjunto das exportações brasileiras, representando
cerca de 7% do total nacional exportado. As vendas externas de papel e celulose
ainda são as mais destacadas, com valor de US$ 4,72 bilhões, representando um
aumento de 18% em relação ao ano anterior. Na sequência está o setor da
madeira, com um valor de US$ 3,33 bilhões, também com um crescimento de
5,7% em relação ao ano anterior e o de móveis, que atingiu US$ 1 bilhão, com
aumento de 3,8% (BNDES, 2008).
3.4 Comércio brasileiro de painéis de fibra de madeira
O uso dos produtos derivados de madeira, em especial os painéis à base
de madeira, tem se expandido, considerando-se que em sua fabricação ocorre um
maior aproveitamento da madeira, o que faz com que seu uso seja mais racional
que o uso da madeira em si. Os painéis à base de madeira surgem como uma
proposta cada vez mais interessante para a redução da heterogeneidade da
madeira, sendo, em geral, obtidos de diversas fontes. Tais produtos apresentam
qualidades análogas às da madeira, reduzem suas limitações e podem ser
aplicados em situações antes restritas a outros tipos de materiais (Campos &
Rocco, 2004).
22
De acordo com o BNDES (2008), o consumo mundial de produtos
florestais apresentou, nos últimos anos, taxas médias de crescimento em torno de
1,5% a.a. As exportações brasileiras de produtos florestais têm crescido
significativamente, devendo-se ressaltar que o Brasil já se mostra expressivo no
comércio internacional de compensados tropicais, chapas de fibra, celulose de
eucalipto e de papéis para imprimir e escrever.
As perspectivas futuras são bastante positivas para o setor de painéis de
madeira, de forma geral. Os segmentos de MDP e MDF são os que apresentam
um cenário mais positivo, pois o aumento da oferta se direciona para o
mercado interno, podendo o seu excedente ser absorvido pelo mercado
externo. O segmento de chapa de fibra deve manter-se estável, enquanto o
segmento de compensado deverá trabalhar para vencer os desafios que se
impõem com a queda ocorrida nas exportações nos últimos anos (BNDES,
2008).
O dinamismo do mercado interno, o potencial de oferta de matéria-prima e
as dimensões do Brasil colocam a indústria nacional de painéis em situação
privilegiada para expansão. O segmento produtor de painéis de madeira tem
demonstrado elevado dinamismo, com reflexo das altas taxas de crescimento da
indústria moveleira e da construção civil, principalmente demandante de painéis.
A estabilização da economia incorporou ao mercado novas parcelas de
consumidores, particularmente dos estratos representados pelas famílias de
menor renda. O país dispõe de condições bastante especiais para se tornar um
importante produtor mundial de painéis de madeira, uma vez que é detentor de
tecnologia que permite a utilização de extensas plantações de florestas de rápido
crescimento (pinus e eucalipto). Essa característica, associada ao dinamismo do
mercado interno e internacional, tem sido um dos principais alavancadores dos
novos investimentos. A indústria de painéis de madeira é de relevante
importância para a economia brasileira, não só pela geração de divisas e
23
empregos, como também pelo dinamismo que irradia, especialmente para os
setores moveleiros e de construção civil (BNDES, 2008).
O uso de espécie de madeira de reflorestamento de curta rotação é a
grande tendência para o sucesso na produção, não somente do MDF como dos
demais painéis à base de madeira. Com base em vários estudos já desenvolvidos
anteriormente, tem-se observado que, embora diferentes espécies tenham sido
testadas na fabricação do MDF, o Pinus ainda continua sendo a espécie que tem
apresentado os melhores resultados, tanto em propriedades físicas como
mecânicas do material. Isso pode ser justificado, segundo alguns pesquisadores,
pelo fato de que as fibras das coníferas possuem a vantagem de serem longas, o
que lhes proporciona maior linearidade, assim proporcionando um produto final
com melhor resistência mecânica, devido ao bom entrelaçamento entre elas.
Além disso, também o aumento do número de ligações entre as fibras reduz a
probabilidade de movimentação entre as mesmas. A partir de todos os fatores
positivos apresentados por pesquisadores ao longo dos anos, ainda confirma-se
que o Pinus é a espécie ideal para a obtenção de fibras empregadas na produção
do MDF (Campos & Rocco, 2004).
3.5 Modelos que representam o comércio para os produtos florestais
A utilização de modelos econômicos para análises no setor florestal é
recente e bastante diferenciada, no que diz respeito aos métodos utilizados e às
aplicações realizadas (Ribeiro, 2003). Segundo Grennes et al. (1979), o que
diferencia um modelo do outro são as restrições a que estão associados, sejam
elas relacionadas à teoria econômica ou à própria especificação funcional do
modelo.
O desenvolvimento de modelos do setor florestal deveu-se, em grande
parte, à evolução agrícola, em que já se incluíram representações da oferta e
procura, tratamento espacial da produção e consumo, e distinção de mercados de
24
fatores e de produtos. Há diversos tipos de modelos que podem ser utilizados
para estudar o comércio internacional, podendo-se destacar os modelos do tipo
market share, os modelos espaciais de equilíbrio de mercado e os modelos para
produtos diferenciados (Ribeiro, 2003).
Segundo Sadoulet & Janvry (1995), os modelos aplicados de equilíbrio
geral (MAEG) retratam o funcionamento de uma economia por meio das
relações matemáticas de comportamento dos agentes econômicos nos diversos
mercados de bens, serviços e fatores de produção. Dessa forma, são bastante
úteis por captarem as relações entre os agentes econômicos e examinarem os
efeitos diretos e indiretos advindos de alterações nas políticas públicas, como
choques tarifários, modificações nas alíquotas de impostos e ou subsídios e,
mesmo, alterações de natureza tecnológica
Para Tourinho et al. (2002), a avaliação dos efeitos econômicos de
acordos regionais de livre-comércio pode ser feita utilizando-se modelos
computáveis de equilíbrio parcial e de equilíbrio geral e, em ambos, a política
comercial afeta a produção por meio das mudanças nos preços dos bens e dos
fatores de produção. Nos modelos do primeiro tipo examina-se, isoladamente, o
efeito direto das reduções tarifárias sobre importações e exportações setoriais.
Nos do segundo tipo, leva-se também em consideração a realimentação dos
impactos setoriais sobre o conjunto da economia e vice-versa. Isso permite
incorporar à análise as restrições de natureza macroeconômica à política
comercial, bem como explicitar o impacto macroeconômico delas. Por exemplo,
pode-se calcular não só seu impacto sobre a inflação, o crescimento econômico e
o déficit público, como também de que modo aquelas variáveis afetam o
desempenho comercial. Em suma, os modelos de equilíbrio geral permitem
avaliar como os aspectos setorial e macroeconômico das alternativas de política
interagem, no sentido de atenuar ou potencializar o efeito inicialmente desejado.
25
Ainda segundo Tourinho et al. (2002), nos dois tipos de modelos
mencionados, as alterações tarifárias na importação alteram o preço interno do
bem importado, relativamente ao do bem doméstico, e essa mudança de preços
relativos afeta a fração da demanda total atendida pelas importações. Para
analisar esse efeito e tentar prevê-lo, são necessárias informações sobre a
intensidade desse efeito, ou seja, a elasticidade de substituição entre bens de
origem doméstica e importada, denominada elasticidade de Armington na
literatura. Ademais, essas elasticidades devem ser desagregadas por setor
produtivo, para considerar a diversidade de situações quanto à possibilidade de
substituição da produção interna pelas importações.
Conforme Campus & Gurgel (2004), a maior dificuldade na formulação
de modelos de equilíbrio geral diz respeito à definição da elasticidade-preço da
demanda a ser utilizada para determinar o markup ótimo. Hoffman (2001)
discute que, usualmente, utilizam-se as elasticidades-preço da demanda
marshaliana. Tais elasticidades introduziriam um erro no cálculo do número de
firmas, uma vez que estas não consideram todas as inter-relações que ocorrem
num modelo de equilíbrio geral. As elasticidades de equilíbrio geral apropriadas
para tais estudos, porém, não podem ser descritas de forma explícita, sendo
possível apenas o cálculo dessas a partir de métodos numéricos com uma
aproximação.
A teoria de equilíbrio geral, também conhecida como teoria walrasiana
dos mercados, tem sido utilizada para a formulação de modelos aplicados
utilizados no estudo de diversos campos da ciência econômica, como relações de
comércio, tributação, mudança tecnológica e crescimento econômico, entre
outros. Modelos de equilíbrio geral são capazes de trazer um realismo maior, em
comparação com os de equilíbrio parcial, no que diz respeito à avaliação de
políticas e choques que afetam um grande número de mercados
simultaneamente, que apresentam ligações entre si. Contudo, a teoria de
26
equilíbrio geral walrasiana considera um sistema de mercados perfeitamente
competitivos e, portanto, desconsidera questões relacionadas com economias de
escala e competição imperfeita nos mercados (Campus & Gurgel, 2004).
Estes autores apresentaram um trabalho em que utilizam um modelo
aplicado de equilíbrio geral para quantificar os impactos de políticas comerciais
para o Brasil e seus principais parceiros comerciais, sob pressuposições
alternativas de retornos constantes e competição perfeita e de economias de
escala e competição imperfeita. Os resultados revelam que os efeitos sobre o
bem-estar são de maior intensidade quando economias de escala e competição
imperfeita estão presentes no modelo. O maior aproveitamento de economias de
escala, por meio de efeitos racionalização è pró-competitivo nos segmentos
industriais brasileiros.
Ainda afirmam Campus & Gurgel (2004) que as mudanças nas políticas
comerciais simuladas promovem mudanças nos preços internacionais das
mercadorias explicitamente representadas no modelo. As mudanças nos preços
internacionais promovem reajustes nos fluxos comerciais e produções
domésticas, de acordo com o padrão de vantagens competitivas de cada região e
interações setoriais no modelo de equilíbrio geral
.
Segundo Domingues (2009), a estrutura de modelos de equilíbrio geral
computável pode ser classificada considerando-se três características principais:
analítica, funcional e numérica. A estrutura analítica, ou corpo teórico básico,
pode ser o paradigma walrasiano de equilíbrio geral, em que são identificadas as
variáveis de interesse e determinadas as relações causais. A estrutura funcional
é composta pelas equações algébricas do modelo implementado, formando a
representação matemática do arcabouço analítico. A estrutura numérica
representa o conjunto dos coeficientes (sinais e magnitudes) que compõe a
estrutura funcional do modelo.
27
Uma simulação em modelos de equilíbrio geral computável pode ser
tratada como um problema de integração numérica. A vantagem dessa
abordagem é lidar simultaneamente com a solução do modelo e a aleatoriedade
das variáveis exógenas. Esta abordagem tende a ser mais precisa que a
tradicional, baseada apenas nos valores médios das variáveis exógenas e, além
disso, estimativas do desvio padrão podem ser facilmente obtidas a partir das
médias estimadas A partir de hipóteses sobre a distribuição das variáveis
exógenas, esta abordagem permite a investigação sistemática do impacto da
incerteza a respeito dos valores de variáveis exógenas fundamentais em uma
simulação (Domingues, 2009).
Em um estudo realizado por Domingues (2009), utilizou-se a chamada
hipótese de Armington, que implica na adoção da diferenciação de produtos para
a utilização de funções de elasticidade de substituição constante (CES) na
tecnologia de produção. Por essa hipótese, bens de diferentes origens são
tratados como substitutos imperfeitos. Por exemplo, bens agropecuários
paulistas são diferenciados dos bens agropecuários do resto do Brasil, na
utilização no processo produtivo. Este tratamento permite que o modelo exiba
padrões de comércio intrassetoriais não-especializados, uma importante
regularidade empírica encontrada na literatura. Sendo assim, neste estudo
ilustra-se a aplicação da análise de sensibilidade sistemática num modelo de
equilíbrio geral computável (EGC) inter-regional para a economia brasileira,
para uma simulação do impacto da implementação da Área de Livre Comércio
das Américas (ALCA).
Valverde et al. (1996) também realizaram um estudo no qual utilizaram
a analise econômica de equilíbrio geral, que foi aplicada por meio do modelo de
Global Trade Analyses Project (GTAP). Observou-se que, com a globalização, o
Brasil tem ganhos com o aumento na quantidade produzida e exportada das
commodities florestais, enquanto outros países, como a Argentina, o México e o
28
Canadá, apresentam perdas. Em geral, observa-se que os impactos da
globalização tendem a favorecer mais os países desenvolvidos que os em
desenvolvimento. Aumentos de 15% nas tarifas de importações dos produtos
florestais na Europa reduzem o volume das exportações brasileiras em 7,36%.
Nos modelos market share é feita uma associação entre as mudanças nas
exportações relativas dos países competidores em determinado mercado e os
preços relativos dos produtos vendidos por aqueles países. Segundo Shahwahid
& Othman (1991), a aplicação desse modelo é recomendada, principalmente,
quando os produtos em questão podem ser diferenciados por local de produção.
Segundo Coelho & Berger (2004), para entender o modelo market share
desenvolvido por Richardson (1971) é necessário levar em consideração o
conceito de competitividade. Numa definição bem simples, a competitividade é
associada ao desempenho das exportações industriais. Assim, são competitivas
as indústrias que ampliam sua participação no comércio mundial de
determinados produtos. A definição abrange, além das condições de produção,
os outros fatores que inibem ou estimulam as exportações. Essa noção de
competitividade foi utilizada por Horta (1983), na análise das exportações de
manufaturados.
De acordo com Pinheiro & Horta (1992) e Coelho & Berger (2004), o
conceito de competitividade das exportações pode ser entendido a partir de três
visões diferentes, que têm como base critérios também diferentes. São eles: a
visão desempenho avalia a competitividade das exportações, tomando como
base o desempenho das exportações de um país no mercado internacional; a
visão macro avalia a competitividade das exportações, levando em conta as
decisões políticas, as quais, segundo Pinheiro & Horta (1992), são de grande
relevância para o resultado e a visão eficiência associa a competitividade das
exportações à capacidade de um país de produzir bens com níveis de eficiência e
qualidade superiores aos de seus competidores no mercado.
29
Em um estudo proposto por Coelho & Berger (2004), realizou-se uma
análise para o desempenho das exportações de móveis brasileiros na década de
1990, para verificar em que medida as elevadas taxas de crescimento das
exportações estariam refletindo apenas uma tendência de crescimento do
comércio mundial ou, em parte, poderiam ser explicadas pelos ganhos de
competitividade da indústria nacional. Aplicou-se o modelo de comércio
internacional market-share na análise do desempenho das exportações de
móveis brasileiros e, assim, quantificar a competitividade das mesmas.
Em um outro estudo realizado por Noce et al. (2003), utilizou-se uma
simplificação do modelo Constant Market Share, para decompor a variação nas
exportações de madeira serrada dos exportadores considerados, o que permitiu
avaliar a contribuição de cada um dos componentes para o aumento ou o
decréscimo das exportações,
Segundo Silva et al. (2007), um outro modelo para retratar o comercio
internacional seria o modelo de gravidade básico. Tal modelo relaciona os fluxos
bilaterais de comércio de forma direta com as rendas nacionais e de forma
inversa com a distância entre os parceiros comerciais. A renda do país
exportador indicaria uma oferta potencial total, enquanto a renda do país
importador indicaria a demanda potencial daquele país. A distância representaria
um fator de resistência ao comércio entre os países, refletindo os efeitos dos
custos de transporte, de informação e outros empecilhos (p.ex. distância cultural)
que encarecem as trocas entre eles.
Silva et al. (2007) estimaram o efeito doméstico do comércio entre os
estados brasileiros, utilizando dados sobre as atividades do setor florestal, de
acordo com a classificação nacional de atividades econômicas fiscais (CNAE-F).
Para tanto, fez-se uso de um modelo geral de gravidade, que leva em
consideração os efeitos das vantagens comparativas advindos das diferentes
dotações de fatores. Os resultados encontrados indicam que o tamanho do
30
mercado tem efeito positivo na razão exportações/importações, com exceção da
atividade de silvicultura. O efeito doméstico é maior nas atividades com maior
intensidade de capital, apesar de variar entre as diferentes indústrias. A atividade
de fabricação de produtos de madeira utiliza mão-de-obra intensiva. Os
coeficientes estimados permitem classificar as atividades do setor florestal no
Brasil, de maneira geral, como intensivas em capital e produzindo bens de
necessidade.
3.5.1 Modelo Armington
Segundo Welsch (2006), a teoria da demanda de produtos distinguidos
por local de produção (Armington, 1969a,b) presume que os bens importados e
os produtos nacionais são bens incompletos para serem substitutos perfeitos.
Este pressuposto é o sustentáculo da economia para modelagem de modelos de
equilíbrio geral (CGE). As elasticidades de substituição entre produtos
importados e nacionais, são chamadas de elasticidades de Armington,
parâmetros essenciais nesses modelos.
Os modelos de Armington, inevitavelmente, implicam viés (ou
diferença) de comportamento das variáveis em estudo em relação a um modelo
que compara homogeneamente os produtos. As oscilações dos preços (ou uma
tarifa, por exemplo) não são totalmente transmitidas para os preços no mercado
interno e do comércio internacional, em que os impactos são menores do que nos
bens homogêneos. Sob a forma de Armington para a avaliação de um modelo
para retratar o comércio, existem vários níveis de alinhamento e,
consequentemente, mais de um tipo de modelo viés pode estar presente
(Whalley & Xin, 2008).
Os modelos de equilíbrio geral utilizados para examinar políticas
comerciais são sensíveis ao comércio das elasticidades. Mais especificamente
com a elasticidade de Armington. O grau de substituição entre os produtos
31
nacionais e importados, é um dos principais parâmetros comportamentais que
impulsiona os resultados políticos quando se utiliza parâmetros quantitativos e
qualitativos. Uma abordagem para a estimativa econométrica por meio das
elasticidades, são vistos por muitos pesquisadores como demasiado comércio
economistas.
Segundo Karanauskas (2002), uma vez que as políticas comerciais
tendem a mudar os preços relativos dos bens transacionáveis, são utilizadas as
elasticidades Armington, que são parâmetros essenciais nas análises de políticas
comerciais em um país. Em um estudo realizado pelo mesmo autor, por meio do
modelo de equilíbrio geral, analisou-se o impacto das políticas comerciais na
Colômbia, sendo sensível a este tipo de elasticidade. Isso não significa uma
novidade, como vários autores concordam que esta classe de modelos que são
quase universalmente sensíveis a estas elasticidades.
No comércio de produtos agrícolas há diversos exemplos de aplicação
do modelo de Armington, podendo ser citados os trabalhos de Grennes et al.
(1979), Johnson et al. (1979), Sarris (1983), Abbott & Paarlberg (1986),
Figueroa & Webb (1986), Babula (1987), Penson & Babula (1988) e Silva
(1990, 1993). Contudo, em relação ao comércio de produtos florestais, a teoria
de Armington foi pouco aplicada, valendo mencionar os estudos de Chou &
Buongiorno (1983), Oliveira et al. (1996), Cruz (2001) e Ribeiro (2003). No
primeiro caso, o estudo consistiu na estimativa da demanda dos Estados Unidos
por compensado feito de madeira de folhosas, importado da Coreia, de Taiwan,
do Japão, das Filipinas e de outros países que foram agregados em uma região
denominada resto do mundo. A diferenciação do compensado por país de origem
permitiu estimar, para cada país exportador, as elasticidades-preço diretas e
cruzadas da demanda de importação desse produto pelos Estados Unidos. Já no
segundo caso, os autores analisaram a evolução dos preços e dos fluxos da
celulose no mercado internacional, considerando os principais países
32
exportadores e importadores. Para isso, formularam um modelo de comércio
internacional de celulose para simular diversos choques em variáveis exógenas,
como mudanças nos deslocadores da demanda e da oferta de celulose e cobrança
de tarifas nas importações. Cruz (2001) e Ribeiro (2003) estudaram o comércio
de celulose e papel e o comércio de compensado, respectivamente.
3.6 Microeconomia
Microeconomia, ou teoria de preços, é a parte da teoria econômica que
estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais
operam. Preocupa-se mais com a análise parcial, com as unidades (consumidor,
firmas, mercados específicos), enquanto a macroeconomia estuda os grandes
agregados (produto nacional, nível geral de preços, etc.), dentro de um enfoque
de análise global (Vasconcelos & Troster, 1998).
A microeconomia analisa a formação de preços de mercado a partir de
dois mercados: o de bens e serviços (preços de bens e serviços) e o dos serviços
dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros).
A condição ceteris paribus, muito utilizada em microeconomia, é uma
expressão latina que significa “tudo o mais constante”. A microeconomia é
parcial e, para poder analisar um mercado isoladamente, supõe todos os demais
mercados constantes. Ou seja, supõe que o mercado em estudo não afeta nem é
afetado pelos demais. Essa condição serve também para verificar o efeito de
variáveis isoladas, independente dos efeitos de outras variáveis, ou seja, quando
se quer, por exemplo, saber o efeito isolado de uma variação de preço sobre a
procura de determinado bem, independente de outras variáveis que afetam a
procura, como renda do consumidor, gastos e preferências, etc. (Vasconcelos &
Troster, 1998).
33
3.7 Teoria da demanda
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço
que os consumidores desejam adquirir, em um dado período de tempo.
A teoria da demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do
consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa
procura individual seria determinada pelo preço do bem, o preço de outros bens,
a renda do consumidor e seu gosto ou preferência. Quase todas as mercadorias
obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a quantidade procurada
diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os indivíduos estarem,
geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais baixos
(Pindyck & Rubinfeld, 1994).
Segundo os mesmos autores, as curvas de demanda de um produto
específico relaciona as quantidades de equilíbrio de determinada mercadoria,
comprada ao preço de mercado, mantendo-se constantes a renda monetária
nominal e os preços nominais das demais mercadorias, por unidade de tempo.
Ela tem a inclinação para baixo porque os consumidores, geralmente, estão
dispostos a comprar quantidades maiores se os preços forem mais baixos.
Assim, os preços mais baixos poderão estimular consumidores que já estão
adquirindo tal mercadoria a consumir quantidades maiores, podendo,
eventualmente, permitir que outros consumidores, que anteriormente não
dispunham de poder aquisitivo para comprar tal mercadoria, comecem a adquiri-
la.
A relação estática utilizada para explicar a demanda de bens e serviços
deriva da teoria do comportamento do consumidor. A teoria baseia-se na
maximização da utilidade do consumidor, dada uma restrição orçamentária
(Silvestrini Júnior, 1994).
Assim, a função geral da demanda pode ser representada por:
(, , ,,)
dics
i
qfpppRG=
34
em que:
d
i
q = quantidade demandada do bem i/t (t = período de tempo);
i
p
= preço do bem i/t;
c
p
= preço dos bens complementares /t;
s
p
= preço dos bens substitutos /t;
R = renda dos consumidores /t;
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor /t.
Tanto nas funções de demanda quanto de oferta, podem-se considerar
outras variáveis, tais como fatores climáticos e sazonal, propaganda, expectativa
sobre futuro, facilidades de crédito, tecnologia, riqueza (e sua distribuição),
risco, variáveis políticas, etc. Todas essas variáveis, tanto para demanda quanto
para oferta, são utilizadas frequentemente para explicar a demanda de um bem
ou serviço. Entretanto, o mercado de cada bem tem suas particularidades e
algumas dessas variáveis podem não afetar a demanda e ou a oferta. Podem
existir, ainda, variáveis que não foram incluídas na relação mostrada, como, por
exemplo, a localização dos consumidores. Devido ao grande número de
variáveis, recorre-se à hipótese ceteris paribus (Vasconcelos & Troster, 1998).
A relação entre a procura e o preço pode se dar de duas maneiras:
A) um aumento no preço do bem Y acarreta um aumento na demanda do
bem X: isso significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um
exemplo é a relação entre o chá e o café, ou seja, um aumento no preço do café
faz com que os consumidores passem a consumir mais chá.
B ) um aumento no preço do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem
X: os bens em questão, nesse caso, são complementares. São bens consumidos
conjuntamente, como o café e o açúcar, ou seja, um aumento no preço do café
levará a uma diminuição no consumo do açúcar.
35
Em relação à procura de um bem e à renda do consumidor, têm-se os
seguintes tipos de bens:
A) bem normal: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta
quando a renda aumenta;
B) bem de luxo ou superior: ao se aumentar a renda, a quantidade
demandada aumenta em maior proporção;
C) bem de primeira necessidade ou essencial: ao se aumentar a renda, a
quantidade demanda mantém-se inalterada, pois, ao se tratar de algo de primeira
necessidade, torna-se uma prioridade para as aquisições dos indivíduos;
D) bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui
quando a renda aumenta.
3.8 Elasticidade
Por meio das leis da oferta e da procura é possível apontar a direção de
uma resposta em relação à mudança de preços, mas não se conhece quanto mais
os consumidores demandarão ou os produtores oferecerão. O conceito de
elasticidade é utilizado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em
variáveis econômicas. Por exemplo, para alguns bens, os consumidores reagem
prontamente quando o preço sobe ou desce e, para outros, a demanda fica quase
inalterada. No primeiro caso, se diz que a demanda é elástica e, no segundo, que
ela é inelástica. Do mesmo modo, os produtores também têm suas reações e a
oferta pode ser elástica ou inelástica (Sullivan & Sheffrin, 2000).
O conhecimento empírico das elasticidades de substituição e de
demanda de fatores pode ser empregada no esclarecimento de problemas
relacionados com desemprego estrutural, subsídios aos insumos e distribuição de
renda entre fatores de produção (Dias, 1982).
Há diversas formas de expressar a elasticidade, que estão relacionadas a
seguir.
36
3.8.1 Elasticidade-preço da demanda
Elasticidade-preço da demanda é a variação porcentual na quantidade
demandada, dada uma variação porcentual no preço dos bens, ceteris paribus;
mede a intensidade de resposta dos consumidores à variação no preço de um
bem ou serviço. O valor da elasticidade-preço pode ser igual, maior ou menor
que 1, indicando demanda unitária, elástica (os consumidores são bastante
sensíveis a variação do preço) ou inelástica (os consumidores são praticamente
insensíveis a variação do preço). Alguns dos fatores que afetam a elasticidade-
preço são: disponibilidade de bens substitutos, essencialidade do bem e
importância relativa do bem no orçamento do consumidor (Cruz, 2001).
Segundo Sullivan & Sheffrin (2000), a elasticidade-preço da demanda
(Ed) mede a reação dos consumidores às mudanças no preço. Essa reação é
calculada pela razão entre dois percentuais: a variação percentual na quantidade
demandada dividida pela mudança percentual no preço, ou seja:
%
%
d
Epd
p
Δ
=
Δ
Epd = elasticidade-preço da demanda;
%dΔ = variação percentual na quantidade demandada;
%
p
Δ
= variação percentual no preço.
3.8.2 Elasticidade-renda da demanda
Elasticidade-renda da demanda é a variação percentual na quantidade
demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, ceteris
paribus, podendo apresentar valores iguais, maiores ou menores que zero,
indicando, respectivamente, bens de consumo saciado, bens inferiores ou bens
normais. Para os casos em que a elasticidade-renda apresentar-se maior que 1,
classifica-se o bem como superior (Cruz, 2001).
37
A elasticidade-renda da demanda pode ser representada da seguinte
forma:
%
%
d
Erd
r
Δ
=
Δ
Erd = elasticidade-renda da demanda;
%dΔ
= variação percentual na quantidade demandada;
%rΔ
=
variação percentual na renda.
Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos
manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como
alimentos. Isso porque quanto mais elevada a renda, a tendência é aumentar mais
o consumo de produtos como eletrônicos, relativamente aos alimentos, cujo
consumo tem um limite fisiológico (Vasconcelos & Troster, 1998).
3.8.3 Elasticidades-preço direta e cruzada da demanda
A elasticidade-preço direta da demanda de um bem de serviço indica a
sensibilidade de seu uso a alterações no seu preço, enquanto a elasticidade-preço
cruzada mede a reação relativa da quantidade demandada de um fator provocado
pela variação no preço de outro recurso. A importância econômica desses
conceitos está na possibilidade de visualizar maior ou menor independência no
mercado de fatores. Para valores de elasticidade-preço cruzada maiores que zero,
os bens são ditos substitutos ou concorrentes e, para valores menores que zero,
são bens complementares (Dias, 1982).
3.8.4 Elasticidade de substituição
O conceito de elasticidade de substituição, originado na teoria
econômica da produção, tem sido utilizado com frequência nos estudos de
comércio internacional, para analisar a competitividade dos preços, a
38
desvalorização da moeda e a participação nos mercados mundiais e regionais de
um dado país (Dias, 1982).
Segundo Ferguson (1986), a elasticidade de substituição, representada
por σ, mede a variação relativa da relação capital-trabalho a alterações
proporcionais na taxa marginal de substituição técnica de trabalho por capital.
Segundo Pindyck & Rubinfeld (1994), se σ = 0, os produtos são
complementares, e se σ = , os produtos são substitutos perfeitos.
Segundo Varian (1984), a elasticidade de substituição entre recursos
mede a variação relativa na proporção entre os fatores, causada por alterações na
relação de preços desses fatores. Tal medida é válida, visto que os demais preços
dos fatores produtivos são mantidos fixos e as quantidades dos fatores são
ajustadas aos níveis ótimos. Tanto a elasticidade de substituição entre fatores
quanto a elasticidade cruzada da demanda permitem que se avaliem as relações
de substituição ou complementaridade entre recursos. A diferença está no fato de
que a primeira reflete o processo produtivo, enquanto a segunda permite que se
façam inferências sobre o mercado de fatores.
39
4 MATERIAL E MÉTODOS
Para analisar a demanda de importação de painéis de fibra de madeira,
diferenciados por país de origem, utilizou-se o modelo desenvolvido por
Armington (1969a,b). Nesse modelo, considera-se que os produtos não são
substitutos perfeitos. Assim, se o preço de um deles for menor que o dos demais,
não significa que o país importador deixará de comprar os produtos com preços
mais altos, pelo fato de o importador necessitar exclusivamente do produto em
questão, não podendo ser substituído por um outro de origem diferente.
A estimação das equações de demanda foi obtida por meio de um
processo de maximização em dois estágios. No primeiro estágio, a utilidade total
de determinado país foi maximizada pela alocação do dispêndio total (E), nas
quantidades demandadas de cada tipo de bem (X
i
). Um desses bens é o painel de
fibra de madeira, enquanto os painéis de fibra de madeira das diferentes origens
(X
ij
) são considerados “produtos” diferenciados. O preço de cada bem (P
i
) é
representado por uma função dos preços dos produtos (P
ij
), no mercado i. No
segundo estágio, o país importador aloca suas compras de forma a maximizar o
dispêndio (E
i
) em cada quantidade predeterminada de X
i
. Os dois processos
foram resumidos da seguinte maneira:
Max U = U (X
i
, ...,X
m
) sujeito a E =
=
n
i
ii
PX
1
(1)
X
i
= X
i
(E, P
i
, ...,P
n
)
Min
ij
m
i
ij
XP
=1
sujeito a X
i
=
θ
(X
i1
, ..., X
im
(2)
=
im
ij
i
ij
iijij
P
P
P
P
XXX ,...,,
1
40
Agrupando-se (1) e (2), obtém-se:
=
im
ij
i
ij
nijij
P
P
P
P
PPEXX ,...,,,...,,
1
1
(3)
em que n representa o número de bens e m, o número de produtos em cada
mercado.
Se um processo de maximização único fosse utilizado, seriam
necessários n x m preços e, sob a maximização em dois estágios, somente n + m
preços seriam requeridos. No entanto, essa simplificação tem seu custo. Na
maximização em dois estágios, pressupõe-se a propriedade de separabilidade
fraca da função de utilidade e do grau de prioridade, para a obtenção das
equações de demanda da equação (2).
A separabilidade fraca diz que a taxa marginal de substituição entre dois
produtos que competem no mesmo mercado do bem i é independente de
quaisquer outros bens. Isso significa uma restrição na preferência do país
importador.
O modelo adotado assume também que a elasticidade de substituição é
constante e igual entre qualquer par de produtos, no mesmo mercado. Com essas
últimas pressuposições, considera que a demanda de cada bem (Xi) é função da
elasticidade de substituição constante (CES):
[
]
i
ii
i
imimii
XbXbX
ρ
ρρ
1
1
...
1
++= (4)
A partir de (4), pôde-se mostrar que as equações de demanda de
importação de produtos (painéis de fibra de madeira) têm a forma:
i
i
i
ij
iijij
P
P
XbX
σ
σ
=
(5)
ou
41
i
i
i
ij
ij
i
ij
P
P
b
X
X
σ
σ
=
(6)
em que
X
i
= índice de quantidade de painéis de fibra de madeira demandados
pelo país i
X
ij
= quantidade de painéis de fibra de madeira do país j que vão para o
país i
P
i
= índice de preços dos painéis de fibra de madeira no país i
P
ij
= preço dos painéis de fibra de madeira do país j no país i;
σ
i
= elasticidade de substituição entre qualquer par de painéis de fibra de
madeira no país i;
b
ij
= proporção do valor das exportações de painéis de fibra de madeira
do país j que vão para o país i, em relação ao valor total da exportação mundial
de painéis de fibra de madeira.
Diferenciando-se a equação (5), obtém-se uma equação expressa pelas
mudanças percentuais:
)
(
[
]
[
]
hih
h
hiihiih
jh
ijiijiijiij
PdPdSSPdSSdXd lnlnln1lnln
1
η
η
σ
η
σ
ε
==
Σ
+
Σ
+
+Ε=
(7)
em que
ε
i
= elasticidade-renda de X
ij
;
- [(1 S
ij
) σ
i
+ S
ij
η
i
] = η
ijj
é a elasticidade-preço direta da demanda por
painéis de fibra de madeira do país j no país i; (8)
[S
ih
σ
i
S
ih
η
i
] = η
ijh
é a elasticidade-preço cruzada da demanda por
painéis de fibra de madeira do país j, em relação ao preço dos painéis de
fibra de madeira do país h, no país; (9)
42
η
i
= elasticidade-preço da demanda total de importação de painéis de
fibra de madeira no país i;
η
ih
= elasticidade-preço cruzada da demanda por painéis de fibra de
madeira do país j no país i, com relação ao preço de produtos de outros grupos;
S
ij
= parcela do país j nas importações do bem X
i
do país i, ou seja,
participação relativa das despesas com painéis de fibra de madeira do país j no
país i.
O número de parâmetros que formam as elasticidades direta e cruzada
da demanda de importação é pequeno. Para obter os valores de Sij, serão
utilizados os dados sobre o fluxo de comércio mundial de painéis de fibra de
madeira. Os valores de ηi serão estimados por meio de uma função de demanda
de importação de painéis de fibra de madeira, em nível agregado, ajustada para
cada país importador, sem referência à fonte de origem. No primeiro estágio,
quando deve ser maximizada a utilidade total, o país importador decide a
quantidade de painéis de fibra de madeira que vai comprar com base no preço
dos painéis de fibra, nos preços dos bens competitivos, no nível de renda e em
outras variáveis específicas para aquele país. Contudo, pelas pressuposições do
modelo, os preços e as quantidades nesse estágio devem ser tais que a demanda
por painéis de fibra de madeira seja consistente com a seleção ótima de produtos
de cada mercado. Assim, para estimar a demanda total de importação de painéis
de fibra de madeira, devem ser utilizados os índices de quantidade e preço,
determinados com base nas elasticidades de substituição estimadas no segundo
estágio. As pressuposições do modelo de Armington permitem especificar estes
índices como sendo funções de elasticidade de substituição constante (índices
CES), cujas fórmulas são:
43
()
i
i
m
j
ijiji
XbX
ρ
ρ
1
1
=
=
(10)
()()
i
i
ij
m
j
iji
PbP
σ
σ
=
=
1
1
1
1
(11)
em que
()
i
i
ρ
σ
+
=
1
1
X
i
= índice CES de quantidade de painéis de fibra de madeira no país i
P
i
= índice CES do preço do painéis de fibra de madeira no país i.
Como indicador da renda em cada país importador, foi utilizado o
Produto Interno Bruto (PIB) per capita, enquanto o efeito dos preços dos bens
competitivos foi implicitamente captado pelo uso de preços e PIB reais. Assim,
o modelo de demanda total de importação de painéis de fibra de madeira pode
ser expresso como:
() ()
3
1
21
0
βββ
β
=
t
iii
t
i
XYPX (12)
em que Y
i
representa o PIB per capita e (X
i
)
t-1
é a variável dependente defasada,
que foi introduzida no modelo sob a pressuposição de que existe rigidez no
mercado e que as importações de painéis de fibra de madeira em dado ano quase
sempre correspondem aos contratos feitos no ano anterior.
Segundo Oliveira (1995), a utilização de variáveis defasadas em estudos
de demanda é comum na literatura especializada e autores como Turnovsky
(1968), Khan (1974), Yadav (1975), Goldstein & Khan (1976) e Wilson &
44
Takacs (1979) consideram que a demanda não se ajusta instantaneamente às
mudanças em nenhum dos parâmetros considerados para a sua determinação.
Segundo Malinvaud (1970), citado por Oliveira (1995), uma das justificativas
para explicar o uso de equações de demanda que incluem variáveis defasadas é
que as importações são feitas por meio de contratos entre países distantes, que
não respondem de imediato às mudanças da demanda.
O modelo (12) foi ajustado na forma log-linear para que as
elasticidades-preço e as elasticidades-renda da demanda total de importação de
painéis de fibra de madeira sejam obtidas diretamente dos coeficientes das
variáveis, índice de preços (P
i
) e PIB per capita (Y
i
), respectivamente.
Para a obtenção das elasticidades de substituição (σ
i
), foram estimadas
as equações de demanda por produtos, especificadas em (5) e (6), e um terceiro
modelo, que contém a variável dependente defasada como variável explicativa.
Para obter a elasticidade de substituição constante, que é uma pressuposição
fundamental do modelo de Armington, as equações foram ajustadas na forma
log-linear, sendo expressas como:
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
ε
σ
σ
lnlnlnlnln
+
+=
iijiiijiij
PPXbX
(13)
(
)
(
)
(
)
(
)
ε
σ
σ
lnlnlnln
+
=
iijiijiiij
PPbXX
(14)
(
)
(
)
(
)
(
)
(
)
ε
σ
σ
lnlnlnlnln
1
+
+
=
t
iijiijiiji
t
iij
XXPPbXX (15)
em que:
X
i
= quantidade total de painéis de fibra de madeira consumido pelo país i;
P
i
= preço médio dos painéis de fibra de madeira no mercado mundial,
igual à média do preço de exportação da Alemanha, da Áustria, da Bélgica, do
45
Brasil, do Canadá, da China, dos EUA, da França, da Itália, da Holanda, da
Noruega, da Suíça, da Polônia, do Reino Unido, da Rússia e da Suécia,
ponderado pelas respectivas proporções do valor das exportações de painéis de
fibra de madeira desses países no comércio mundial.
Segundo Ball (1973), esses valores de X
i
e P
i
representam bem os
verdadeiros índices CES de quantidade e preço, calculados pelas fórmulas (10) e
(11), respectivamente, e têm sido utilizados com frequência nas estimativas das
equações de demandas por produtos no modelo de Armington. Os trabalhos de
Oliveira (1995) e Cruz (2001), sobre o comércio internacional de celulose e de
papel e o de Ribeiro (2003), sobre o comércio internacional de compensado, são
exemplos de uso desses valores de X
i
e P
i
em substituição aos dos índices CES.
Para satisfazer à pressuposição de que as elasticidades de substituição
são constantes e iguais entre qualquer par de produtos, em um dado mercado,
utilizou-se o valor médio das elasticidades de substituição de cada conjunto de
equações.
Os modelos utilizados foram ajustados pelo método dos mínimos
quadrados ordinário (MQO). Para testar a significância estatística das
regressões, utilizou-se o teste F, enquanto o grau de ajustamento das equações
foi avaliado por meio do coeficiente de determinação corrigido (
2
R
). Também
foi verificada a significância estatística dos coeficientes estimados, pelo teste t
de Student.
A análise da existência de autocorrelação serial dos resíduos foi feita
com base nos testes “d”, de Durbin-Watson e “h”, de Durbin, sendo este último
utilizado para os modelos nos quais existiu uma variável endógena defasada
como variável explicativa. A existência de correlação serial nos resíduos
significa que os parâmetros são ineficientes, mas não são viesados.
46
Para os casos em que foi detectada a presença de autocorrelação,
utilizou-se o método interativo de Cochrane-Orcutt para solucionar tal problema,
conforme apresentado por Gallant & Goebel (1976).
Para estudar a demanda de painéis de fibra de madeira no mercado
internacional, foram selecionados, como países importadores, Estados Unidos
(EUA), China (CH), Alemanha (AL), Canadá (CA), Itália (IT), Reino Unido
(RE), França (FR), e Rússia (RU), além de uma região chamada resto do mundo
(RDM
1
), que abrange todos os demais países importadores. Como exportadores,
foram selecionados Áustria (AU), Alemanha (AL), Bélgica (BE), Brasil (BR),
Canadá (CA), China (CH), França (FR), Itália (IT), Holanda (HO), Noruega
(NO), Polônia (PO), Rússia (RU), Espanha (ES), Suécia (SUE), Suíça (SU),
Reino Unido (RE) e Estados Unidos (EUA). Os demais países exportadores
foram agregados em uma região denominada resto do mundo (RDM
2
).
Apesar de Tailândia, Malásia, Turquia e Nova Zelândia se situarem em
4
o
, 5
o
, 13
o
e 14
o
lugar no ranking dos maiores exportadores de painéis de fibra de
madeira, respectivamente, os mesmos não foram considerados individualmente
na análise, uma vez que não se dispunha dos dados sobre os fluxos comerciais
para esses países em todos os anos compreendidos no período 1997-2006,
condição indispensável para se aplicar o modelo de Armington.
Os dados sobre os fluxos comerciais (valor, em US$, quantidade em m
3
de painéis de fibra de madeira que cada exportador vende anualmente a cada
importador) referem-se às séries temporais anuais que cobrem o período 1997-
2006 e foram extraídas do site da FAO (2008). Séries temporais mais longas não
estão disponíveis no site para aquele período e não se dispunha de outra fonte de
dados no formato requerido pelo modelo de Armington.
47
A população, o PIB, as taxas de câmbio e os índices de preços ao
consumidor (IPC) para cada país foram obtidos do International Financial
Statistics Yearbook (International Monetary Fund, 1989).
48
5 RESULTADOS E DICUSSÕES
5.1 Elasticidades de substituição da importação de painéis de fibra de
madeira
Os dados das Tabelas de 1 a 9 do Anexo mostram as elasticidades de
substituição da importação de painéis de fibra de madeira estimadas para os oito
países importadores e para o resto do mundo. Mais de um terço dos coeficientes
foi significativo, a 5% ou menos, de acordo a estatística t, de Student. O sinal
das elasticidades de substituição foi negativo em 363 das 462 equações
estimadas. Em termos de sinal esperado para a elasticidade de substituição,
houve equivalência entre os modelos 13, 14 e 15 (Tabelas de 1 a 9), com 79%
dos valores apresentando o sinal negativo. Em 192 dos 462 modelos ajustados,
foi detectada a existência de correlação serial nos resíduos.
O baixo valor da elasticidade de substituição encontrado indica que
existe baixa substitutibilidade entre os painéis de fibra de madeira importados
por determinado país.
Nas Tabelas de 5 a 7 constam os valores da elasticidade de substituição
dos três modelos ajustados. Os valores do coeficiente de determinação ajustado
(
2
R
) desses modelos tiveram o seguinte comportamento: modelo 13: 47,40% dos
valores situaram-se acima de 0,50; modelo 14: 26,62% dos valores situaram-se
acima de 0,50; modelo 15: 40,91% dos valores situaram-se acima de 0,50.
Assim, escolheu-se o modelo 13 como o mais adequado para fornecer os valores
médios das elasticidades de substituição a serem utilizados nas etapas seguintes,
uma vez que, em geral, foi o que apresentou o melhor ajuste.
49
TABELA 5 Valores das elasticidades de substituição da importação de painéis
de fibra de madeira, estimadas para o modelo 13.
Países exportadores
Países importadores
AL
1
CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Alemanha
-
-3,316 -0,819 -2,357 -1,530 -0,605 -0,106 -0,570 0,148
Áustria
-0,480 -2,401 -0,213 -1,494 -0,808 -1,517 1,361 0,221 -1,836
Bélgica
-0,548 -2,334 -0,933 -0,027 -1,198 0,168 0,094 -0,226 -1,450
Brasil
-0,012 -0,226 0,836 -0,170 -1,109 -1,564 -1,736 -2,275 -1,520
Canadá
-0,982
-
-0,882 -0,821 -0,948 -0,743 -1,096 0,738 0,644
China
0,172 -3,176
-
-0,322 -0,882 -0,441 -2,815 2,241 4,952
Espanha
-3,431 -1,067 -1,260 -0,371 -0,794 0,640 -1,517 -0,782 -0,881
Estados Unidos
-1,367 1,304 -0,626
-
-0,210 -1,263 -0,534 0,971 1,562
França
-1,639 -1,523 -1,150 -0,725
-
-0,783 -1,304 -1,529 -0,596
Holanda
-1,815 -2,171 -0,626 1,273 -0,692 -1,275 -1,922 -1,327 -1,821
Itália
-1,364 -0,457 -0,981 -0,656 -0,559
-
-1,532 -1,947 -0,284
Noruega
-1,036 -0,840 0,307 -0,234 -2,000 0,946 -0,494 -0,937 -0,078
Polônia
0,553 3,055 -0,222 2,425 -0,635 -0,966 -0,399 -1,364 -1,142
Reino Unido
-0,295 -6,313 -0,736 -1,368 0,233 -0,812
-
-0,485 -1,223
Rússia
-1,847 0,954 -0,941 -0,613 -0,788 -1,746 -2,062
-
-1,520
Suécia
-0,364 2,767 -1,594 -0,430 0,995 -0,394 0,132 0,376 0,215
Suíça
-0,839 0,843 -2,169 1,085 -1,190 -2,409 0,148 -2,506 -1,180
Resto do mundo
-0,998 -1,003 0,106 -0,605 -0,760 -0,148 -0,918 0,376 -0,164
Média
-0,958 -0,936 -0,700 -0,318 -0,711 -0,760 -0,865 -0,531 -0,343
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos
(EUA), França (FR), Itália (IT), Reino Unido (RE), Rússia (RU) e resto do mundo
(RDM
1
).
50
TABELA 6 Valores das elasticidades de substituição da importação de painéis
de fibra de madeira, estimadas para o modelo 14.
Países exportadores
Países importadores
AL
1
CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Alemanha
- -3,455 1,662 -2,161 -1,612 -0,483 -0,171 -1,333 -0,605
Áustria
-0,619 -2,658 2,028 -0,591 -1,179 -1,322 0,229 0,746 -2,294
Bélgica
-0,239 -3,152 -1,134 -0,190 -0,832 0,309 0,085 0,102 -0,976
Brasil
0,282 0,121 0,685 -0,073 -1,392 -1,465 -1,607 12,005 -1,410
Canadá
-1,082 - -0,830 -1,016 -0,937 -0,777 -0,997 0,756 0,635
China
0,599 -2,935 - -0,476 -0,961 -0,399 -4,173 2,518 -1,600
Espanha
-3,706 -1,011 -1,190 -0,328 -0,916 -0,250 -1,446 -0,897 -1,016
Estados Unidos
-0,336 -7,686 0,572 - -0,006 -0,990 0,151 -0,892 0,843
França
-1,326 -1,675 -1,124 -0,656 - -0,734 -1,336 -1,470 -0,549
Holanda
-1,825 -1,588 0,582 1,265 -0,450 -2,565 -1,947 -1,044 -1,539
Itália
-1,166 -0,044 -0,572 -1,001 -1,390 - -2,169 -1,860 0,590
Noruega
-0,859 -0,685 1,201 0,783 -2,434 -2,033 -0,507 -0,799 -0,184
Polônia
0,478 4,431 0,056 2,104 -0,574 -0,604 -0,551 -1,156 -0,843
Reino Unido
-0,407 -4,595 -0,483 -1,461 -0,628 -0,981 - -0,796 -1,188
Rússia
-1,777 1,192 -0,789 -0,240 -0,805 -1,675 -2,917 - -1,410
Suécia
-0,293 -2,277 -1,417 -0,494 0,908 -0,618 -0,301 1,473 -0,090
Suíça
-0,918 -0,735 -1,301 0,323 -0,881 -2,916 -0,151 -1,460 -0,903
Resto do mundo
-1,022 -0,940 0,064 -1,197 -0,729 -0,281 -0,886 -0,152 -0,410
Média
-0,836 -1,629 -0,117 -0,318 -0,824 -1,046 -1,100 0,338 -0,762
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos
(EUA), França (FR), Itália (IT), Reino Unido (RE), Rússia (RU) e resto do mundo
(RDM
1
).
51
TABELA 7 Valores das elasticidades de substituição da importação de painéis
de fibra de madeira, estimadas para o modelo 15.
Países exportadores
Países importadores
AL
1
CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Alemanha
- -0,946 1,310 -1,448 -2,340 -0,362 -0,206 -1,025 -0,213
Áustria
-0,280 -2,630 4,473 1,047 -0,213 -1,550 0,772 0,822 -0,824
Bélgica
-0,202 -5,919 -0,967 0,005 -0,869 0,304 0,284 0,259 -1,047
Brasil
-5,650 -0,376 0,858 -0,357 -2,208 -1,497 -1,518 12,578 -1,702
Canadá
-1,539 - -0,947 -0,654 -0,886 -0,746 -1,517 1,347 0,927
China
0,230 -2,381 - -0,234 -0,931 -0,663 -2,763 1,678 -2,078
Espanha
-3,562 1,243 -1,480 -0,391 -1,224 -1,647 -1,114 -1,085 -0,877
Estados Unidos
-1,287 -7,746 0,560 - -0,029 -0,872 0,062 -0,843 0,870
França
-1,297 -1,873 -2,080 -0,641 - -0,708 -1,561 -1,661 -0,698
Holanda
-1,630 -2,452 1,385 1,561 -0,427 -1,505 -2,299 -1,071 -1,642
Itália
-1,087 -0,096 -0,760 -0,719 -0,372 - -1,437 -1,869 0,171
Noruega
-0,943 -1,357 1,073 0,679 -2,103 -1,661 -0,708 -0,819 -0,092
Polônia
0,138 5,880 2,102 2,271 -0,714 -0,792 -0,513 -0,842 -1,370
Reino Unido
-0,364 -4,582 -0,451 -1,299 -1,206 -1,310 - -0,651 -1,567
Rússia
-1,490 1,584 -0,873 -1,148 -0,836 -2,280 -3,052 - 0,441
Suécia
-0,001 -2,093 -1,148 -0,543 0,314 0,243 -0,186 0,433 -0,057
Suíça
-1,288 -1,666 -1,179 0,999 -0,783 -2,816 -0,383 -2,172 -1,162
Resto do mundo
-1,161 -0,970 -0,072 -0,732 -0,772 -0,151 -0,875 -0,113 -0,334
Média
-1,260 -1,552 0,106 -0,094 -0,868 -1,060 -1,001 0,292 -0,662
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos
(EUA), França (FR), Itália (IT), Reino Unido (RE), Rússia (RU) e resto do mundo
(RDM
1
).
5.2 Demanda total de importação de painéis de fibra de madeira
A demanda total de importação foi estimada por meio do modelo 12 e os
resultados encontram-se na Tabela 8. Para as estimativas dos índices CES de
quantidade e preço (fórmulas 10 e 11), utilizaram-se os valores médios das
elasticidades de substituição referentes ao modelo 13 (Tabela 5). O Produto
Interno Bruto (PIB) per capita, deflacionado pelo índice de preços ao
52
consumidor dos Estados Unidos, tomando por base o ano de 2005, foi utilizado
para representar o nível de renda.
As elasticidades-preço e as elasticidades-renda da demanda total de
importação de painéis de fibra de madeira são expressas pelos coeficientes das
variáveis Pi e PIB, respectivamente. O modelo ajustado para o Canadá
apresentou autocorrelação, que foi corrigida por meio do método de Cochrane-
Orcutt.
Para Alemanha, Estados Unidos e França, os modelos não tiveram bom
ajuste estatístico, já que os valores de R
2
foram baixos. O modelo ajustado para a
China apresentou o maior coeficiente de determinação (0,954), indicando que
95,4% das variações ocorridas na demanda total de painéis de fibra de madeira
naquele país são explicadas pelas variáveis independentes inseridas para o ajuste
do modelo.
A análise da significância estatística dos coeficientes pelo teste t, de
Student, mostrou que cinco das elasticidades-preço foram significativas, a 10%
ou menos e cinco elasticidades-renda foram significantes, a 5% ou inferiores.
O coeficiente da variável dependente defasada do Canadá, Itália e Reino
Unido foi significativo, a 10% ou menos, indicando que, nesses países, a
demanda de painéis de fibra de madeira não se ajusta de modo instantâneo, em
face das variações nos preços de importação e nos níveis de renda.
O sinal das elasticidades-preço foi negativo em todas as equações, o que
está de acordo com o indicado pela teoria da demanda. Com exceção dos
Estados Unidos, todas as elasticidades-preço foram maiores que 1, indicando
que, nesses países, uma mudança no preço dos painéis de fibra de madeira,
ceteris paribus, causaria alterações mais que proporcionais nas quantidades
demandadas desse produto, caracterizando demanda elástica em relação ao
preço.
53
Nos Estados Unidos, o valor de -0,396 para a elasticidade-preço indica
que a demanda total de importação de painéis de fibra de madeira é pouco
sensível às variações no preço, já que se o preço desse produto aumentar em
10%, ceteris paribus, haverá queda de apenas 3,96% na quantidade importada
por aquele país. É importante ressaltar que os Estados Unidos são os maiores
importadores mundiais de painéis de fibra de madeira, tendo respondido pela
aquisição de cerca de 14% do total mundial comercializado em 2007. Devido a
essa condição de maior importador mundial de painéis, pode-se supor que esse
país afete o preço desse produto, ao escolher sua fonte de oferta.
TABELA 8 Equações de demanda total de importação de painéis de fibra de
madeira.
País
importador
Intercepto
Coeficiente
de P
i
1
Coeficiente do
PIB per capita
2
Coeficiente da variável
dependente defasada
R
2
Alemanha
19,634
(1,065)
-1,301
(-1,132)
0,151
(0,105)
0,056
(0,128)
0,223
Canadá
7,350
(1,144)
-1,053
(-2,039)
1,848
(2,430)
-0,602
(-1,644)
0,613
China
43,889
(9,632)
-2,277
(-6,893)
-1,946
(-6,509)
-0,138
(-0,939)
0,954
EUA
-83,709
(-1,262)
-0,396
(-0,421)
9,427
(1,492)
-0,388
(-1,119)
0,342
França
-5,059
(-0,458)
-1,368
(-1,794)
2,274
(1,548)
0,316
(1,089)
0,422
Itália
-10,590
(-1,678)
-1,036
(-2,804)
2,379
(2,663)
0,488
(2,351)
0,842
Reino Unido
5,446
(0,752)
-1,177
(-2,028)
1,105
(2,258)
0,590
(2,316)
0,719
Rússia
6,917
(1,385)
-1,340
(-1,943)
1,760
(3,068)
-0,100
(-0,304)
0,806
Resto Mundo
-35,120
(-2,256)
-1,361
(-1,156)
7,575
(3,091)
-0,101
(-0,337)
0,890
Os valores entre parênteses referem-se às estimativas da estatística t, de Student.
”indica presença de autocorrelação, conforme apontado pela estatística h de Durbin
1
Referem-se às elasticidades-preço da demanda total de importação de painéis de fibra.
2
Referem-se às elasticidades-renda da demanda total de importação de painéis de fibra.
O sinal das elasticidades-renda dos países importadores foi positivo,
exceto no caso da China, contrariando o que preconiza a teoria da demanda.
54
A magnitude da maioria dos coeficientes estimados (valores maiores que
um) evidenciou que a demanda total de importação de painéis de fibra de
madeira dos países considerados é muito sensível às variações na renda, o que
caracteriza uma procura elástica por esse produto. Um aumento de 10% no PIB
per capita do Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido, Rússia e
Resto do Mundo, ceteris paribus, causa um incremento de 18,48%, 94,27%,
22,74%, 23,79%, 11,05%, 17,60% e 75,75%, respectivamente.
No caso da Alemanha, a demanda mostrou-se inelástica em relação à
renda. Assim, o valor da elasticidade-renda de 0,151 indica que um aumento de
10% na renda per capita desse país, ceteris paribus, aumenta a quantidade
demandada em apenas 1,51%.
5.3 Elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda, diferenciadas por
país de origem
As elasticidades-preço diretas e cruzadas da demanda de painéis de fibra
de madeira diferenciadas por país de origem foram obtidas por meio das
fórmulas 8 e 9. Utilizaram-se as elasticidades de substituição médias do modelo
(13) (equações do segundo estágio), as elasticidades-preço da demanda total de
importação de painéis de fibra de madeira (equações do primeiro estágio) e as
proporções dos gastos com a importação desse produto pelos diversos
importadores, apresentados na Tabela 9.
De acordo com os dados da Tabela 9, do valor total que a Alemanha
gastou para adquirir os painéis de fibra de madeira consumidos no período
2004/2006, 63,81% devem-se à compra de painéis produzidos pelo próprio país.
O restante dos painéis consumidos foram adquiridos de outros países nas
seguintes percentagens: Áustria: 5,17%; Bélgica: 2,00%; Estados Unidos:
0,01%; Itália: 0,31%; Suécia: 0,13%; França: 3,21%; Canadá: 0,003%; Brasil:
0,11%; China: 0,02%; Holanda: 1,27%; Noruega: 0,21%; Polônia: 2,53%
55
Rússia: 0,06%; Espanha 0,32%; Suíça: 2,15%; Reino Unido: 0,08% e resto do
mundo: 18,51%.
TABELA 9 Proporção dos gastos com a importação de painéis de fibra de
madeira produzido nos diversos países exportadores, referente ao
período 2004-2006.
Países
exportadores
Países importadores
AL
1
CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Áustria
0,05173 0,00172 0,00028 0,00042 0,03729 0,03838 0,01205 0,00575 0,01866
Bélgica
0,02007 0,01776 0,00056 0,01002 0,09706 0,01902 0,07331 0,01390 0,02945
Brasil
0,00116 0,00440 0,00216 0,00939 0,00238 0,00287 0,00145 0,00079 0,00753
Canadá
0,00003 0,43095 0,00044 0,06228 0,00399 0,00008 0,00087 0,00105 0,00211
China
0,00029 0,04175 0,91716 0,01170 0,00042 0,00329 0,00229 0,02153 0,03099
França
0,03211 0,00317 0,00006 0,00289 0,30471 0,04380 0,01641 0,00639 0,03969
Alemanha
0,63816 0,08180 0,00125 0,02713 0,08314 0,06705 0,07975 0,08488 0,13165
Itália
0,00316 0,00025 0,00221 0,00039 0,00790 0,45908 0,00114 0,00476 0,01314
Holanda
0,01271 0,00010 0,00001 0,00021 0,00207 0,00968 0,00245 0,00015 0,00207
Noruega
0,00215 0,00022 0,00002 0,00016 0,00341 0,00499 0,00457 0,00083 0,00398
Polônia
0,02533 0,01392 0,00006 0,00110 0,00225 0,00995 0,00994 0,02192 0,02797
Rússia
0,00069 0,00004 0,00072 0,00001 0,00005 0,00013 0,00020 0,63272 0,01340
Espanha
0,00326 0,00092 0,00002 0,00853 0,02140 0,02385 0,03626 0,00225 0,02335
Suécia
0,00136 0,00020 0,00030 0,00137 0,02016 0,00341 0,00821 0,00566 0,01259
Suíça
0,02156 0,00174 0,00217 0,00152 0,00532 0,00967 0,01237 0,00061 0,01245
Reino Unido
0,00089 0,00003 0,00009 0,00016 0,00164 0,00011 0,28312 0,00011 0,00743
Estados Unidos
0,00017 0,09489 0,00057 0,68011 0,00262 0,00038 0,00427 0,00057 0,00831
Resto do
mundo 2
0,18517 0,30615 0,07192 0,18261 0,40421 0,30425 0,45132 0,19613 0,61523
Fonte: FAO (2008).
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos
(EUA), França (FR), Itália (IT), Reino Unido (RE), Rússia (RU) e resto do mundo
(RDM
1
).
As elasticidades-preço diretas da demanda de importação de painéis de
fibra de madeira diferenciadas por país de origem, para os mercados
importadores considerados, são mostradas na Tabela 10. A demanda foi
56
inelástica em todos os mercados, exceto no caso do Reino Unido, em que os
países agregados na região denominada resto do mundo (RDM
2
) tiveram
demanda elástica.
Considerando como exemplo o caso em que a Alemanha seja a
importadora de painéis e o Brasil o exportador desse produto para aquele país, o
valor de -0,9584 para a elasticidade-preço direta da demanda relacionada às
exportações brasileiras indica que, se os painéis brasileiros aumentarem de preço
em 10%, a demanda da Alemanha por esse produto vindo do Brasil cai em
9,584%. Assim, pode-se dizer que as alterações no preço dos painéis brasileiros
provocam alterações menos que proporcionais nas quantidades desse produto
demandadas pela Alemanha.
Situações em que a elasticidade de substituição é menor que a
elasticidade-preço da demanda total de importação, como ocorre para todos os
mercados considerados nesse estudo, o esperado é que haja uma relação direta
entre a proporção dos gastos com a importação dos painéis e as elasticidades-
preço direta e cruzada. Isso pode ser comprovado comparando, por exemplo, as
elasticidades da Bélgica e da Rússia em relação ao mercado francês, em que as
elasticidades de substituição e preço foram de 0,711 e -1,368,
respectivamente. A Bélgica, com participação de 9,706% no valor total
importado pela França, é o maior fornecedor de painéis para esse país. Por causa
disso, as elasticidades-preço direta (-0,77477) e cruzada (-0,06377) francesa são
as maiores entre os países considerados. Por outro lado, a Rússia tem a menor
participação no mercado da França (0,0005%). Assim, suas elasticidades-preço
direta (-0,71103) e cruzada (-0,0003) são as menores no mercado francês.
TABELA 10 Elasticidades-preço diretas (η
ijj
) da demanda de importação de painel de fibra de madeira dos países
considerados.
Países exportadores
Países importadores
AL CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Áustria
-0,975743 -0,936202 -0,700446 -0,318032 -0,735499 -0,770594 -0,868760 -0,535650 -0,361994
Bélgica
-0,964884 -0,938078 -0,700876 -0,318782 -0,774768 -0,765250 -0,887873 -0,542246 -0,372975
Brasil
-0,958398 -0,936514 -0,703411 -0,318733 -0,712566 -0,760791 -0,865453 -0,531636 -0,350666
Canada
-0,958011 - -0,700687 -0,322858 -0,713622 -0,760022 -0,865272 -0,531851 -0,345148
China
-0,958101 -0,940884 - -0,318912 -0,711274 -0,760909 -0,865715 -0,548416 -0,374543
França
-0,969015 -0,936371 -0,700089 -0,318225 - -0,772090 -0,870121 -0,536168 -0,383403
Alemanha
- -0,945570 -0,701974 -0,320116 -0,765620 -0,778507 -0,889881 -0,599670 -0,477024
Itália
-0,959084 -0,936029 -0,703478 -0,318031 -0,716190 - -0,865357 -0,534848 -0,356376
Holanda
-0,962361 -0,936011 -0,700021 -0,318016 -0,712358 -0,762672 -0,865764 -0,531123 -0,345108
Noruega
-0,958739 -0,936025 -0,700027 -0,318013 -0,713242 -0,761378 -0,866426 -0,531675 -0,347056
Polônia
-0,966690 -0,937629 -0,700102 -0,318085 -0,712480 -0,762746 -0,868102 -0,548734 -0,371475
Rússia
-0,958235 -0,936005 -0,701135 -0,318001 -0,711031 -0,760036 -0,865061 - -0,356643
Espanha
-0,959118 -0,936108 -0,700036 -0,318666 -0,725062 -0,766582 -0,876313 -0,532817 -0,366765
Suécia
-0,958465 -0,936024 -0,700467 -0,318107 -0,724244 -0,760942 -0,867561 -0,535579 -0,355817
Suíça
-0,965396 -0,936203 -0,703430 -0,318119 -0,714493 -0,762669 -0,868860 -0,531493 -0,355673
Reino Unido
-0,958305 -0,936003 -0,700136 -0,318012 -0,712075 -0,760031 - -0,531087 -0,350562
EUA
-0,958057 -0,947102 -0,700903 - -0,712718 -0,760104 -0,866334 -0,531463 -0,351462
RDM 2
2
-1,021514 -0,971820 -0,813416 -0,332244 -0,976567 -0,843973 -1,005812 -0,689673 -
Fonte: FAO (2008).
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos (EUA), França (FR), Itália (IT),
Reino Unido (RE), Rússia e resto do mundo importador (RDM).
2
País exportador: resto do mundo (RDM 2).
57
58
Caso a elasticidade de substituição seja maior que a elasticidade-preço
da demanda total de importação, o que não ocorreu neste estudo, o esperado
seria uma relação inversa entre a proporção dos gastos com a importação do
produto em análise e a elasticidade-preço direta e uma relação direta entre essa
proporção e a elasticidade-preço cruzada.
As elasticidades-preço cruzadas da demanda de painéis de fibra de
madeira, diferenciadas por país de origem, são mostradas na Tabela 11. Os
valores negativos dessas elasticidades indicam haver certa complementaridade
em relação ao uso dos painéis de fibra de madeira nos mercados estudados.
Assim, espera-se que o aumento no preço do painel vindo de determinado país,
ceteris paribus, reduza a procura por painel ofertado por outro país competidor.
Tomando como exemplo o caso da China como importadora, o valor de -0,0034
para a elasticidade-preço cruzada do Brasil naquele mercado indica que,
havendo aumento de 10% no preço do painel brasileiro, ceteris paribus, a
demanda da China por painéis exportados pelos países competidores caem
0,034%.
Analisando-se a fórmula utilizada para calcular as elasticidades-preço
cruzadas (η
ijh
= S
ih
.σ
i
+ S
ih
.η
i
) pode-se entender melhor o sinal negativo desses
valores. O primeiro termo dessa fórmula (S
ih
.σ
i
) avalia o efeito da substituição
do painel oriundo do país j para o país i, devido à mudança no preço do painel
ofertado por outro país competidor (h). Utilizando, como exemplo, a China (i)
como país importador e o Brasil (h) como país exportador, o efeito substituição
será de 0,001512. O segundo termo da fórmula (S
ih
.η
i
) se refere ao efeito da
redução da quantidade total de painéis de fibra de madeira importada pela China
e seu valor, no caso do exemplo em questão, é igual a -0,004918. Assim, um
aumento de 10% no preço dos painéis brasileiros, ceteris paribus, reduz em
0,04918% o total de painéis que a China adquire do Brasil, havendo, portanto,
uma diminuição do mercado chinês naquela proporção.
TABELA 11 Elasticidades-preço cruzadas (η
ijh
) da demanda de importação de painel de fibra de madeira dos países
considerados.
Países exportadores
Países importadores
AL CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Áustria
-0,017743 -0,000201 -0,000442 -0,000033 -0,024500 -0,010593 -0,003760 -0,004652 -0,018996
Bélgica
-0,006884 -0,002078 -0,000883 -0,000782 -0,063768 -0,005250 -0,022873 -0,011245 -0,029980
Brasil
-0,000398 -0,000515 -0,003406 -0,000732 -0,001564 -0,000792 -0,000452 -0,000639 -0,007666
Canadá
-0,000010 - -0,000694 -0,004858 -0,002621 -0,000022 -0,000271 -0,000849 -0,002148
China
-0,000099 -0,004885 - -0,000913 -0,000276 -0,000908 -0,000714 -0,017418 -0,031548
França
-0,011014 -0,000371 -0,000095 -0,000225 - -0,012089 -0,005120 -0,005170 -0,040404
Alemanha
- -0,009571 -0,001971 -0,002116 -0,054623 -0,018506 -0,024882 -0,068668 -0,134020
Itália
-0,001084 -0,000029 -0,003485 -0,000030 -0,005190 - -0,000356 -0,003851 -0,013377
Holanda
-0,004360 -0,000012 -0,000016 -0,000016 -0,001360 -0,002672 -0,000764 -0,000121 -0,002107
Noruega
-0,000737 -0,000026 -0,000032 -0,000012 -0,002240 -0,001377 -0,001426 -0,000671 -0,004052
Polônia
-0,008688 -0,001629 -0,000095 -0,000086 -0,001478 -0,002746 -0,003101 -0,017733 -0,028473
Rússia
-0,000237 -0,000005 -0,001135 -0,000001 -0,000033 -0,000036 -0,000062 - -0,013641
Espanha
-0,001118 -0,000108 -0,000032 -0,000665 -0,014060 -0,006583 -0,011313 -0,001820 -0,023770
Suécia
-0,000466 -0,000023 -0,000473 -0,000107 -0,013245 -0,000941 -0,002562 -0,004579 -0,012817
Suíça
-0,007395 -0,000204 -0,003422 -0,000119 -0,003495 -0,002669 -0,003859 -0,000493 -0,012674
Reino Unido
-0,000305 -0,000004 -0,000142 -0,000012 -0,001077 -0,000030 - -0,000089 -0,007564
EUA
-0,000058 -0,011102 -0,000899 - -0,001721 -0,000105 -0,001332 -0,000461 -0,008460
RDM 2
2
-0,063513 -0,035820 -0,113418 -0,014244 -0,265566 -0,083973 -0,140812 -0,158669 -0,96931
Fonte: FAO (2008).
1
Países importadores: Alemanha (AL), Canadá (CA), China (CH), Estados Unidos (EUA), França (FR), Itália (IT),
Reino Unido (RE), Rússia (RU) e resto do mundo importador (RDM).
2
País exportador: resto do mundo (RDM 2).
59
60
Por outro lado, o efeito substituição de importações indica que
0,01512% do total de painéis que a China importava do Brasil deveria passar a
ser comprada do outro país competidor. Contudo, o mercado chinês se reduziu a
uma proporção (0,004918) maior que a proporção da substituição das
importações (0,001512), resultando em uma queda na proporção das vendas de
painéis do(s) país(es) competidor(es) para a China da ordem de 0,0034. Isso
explica a magnitude e o sinal negativo da elasticidade-preço cruzada do Brasil
em relação à China.
Deve-se atentar para o fato de que o efeito líquido depende claramente
da magnitude da elasticidade de substituição (σ
i
) e da elasticidade-preço da
demanda total de importação de painéis (η
i
). Como, no caso deste estudo, σ
i
foi
menor que η
i
em todos os mercados analisados, a elasticidade-preço cruzada foi
negativa em todos eles. Assim, em um determinado mercado, havendo aumento
no preço dos painéis oriundos do país exportador h, ceteris paribus, a queda na
quantidade total de painéis importada por esse mercado será maior que o
aumento da quantidade importada, que é proporcionado pela substituição dos
painéis do país h pelos painéis do país j. Os efeitos substituição e redução (ou
expansão) do mercado para todos os mercados considerados são mostrados na
Tabela 12.
Na fórmula utilizada para calcular as elasticidades-preço diretas
(η
ijj
= -(1 S
ij
) σ
i
+ S
ij
η
i
), o efeito substituição de importações é dado pelo
primeiro termo e o efeito expansão ou redução do mercado é dado pelo segundo.
Os valores calculados para todos os países importadores considerados são
mostrados na Tabela 13. Por exemplo, no caso do mercado canadense, os
Estados Unidos foram os maiores exportadores de painéis, com 9,49% do total
importado (Tabela 9). Dessa forma, os efeitos substituição de importações e
redução (ou expansão) do mercado são iguais a -0,84718 e a -0,09992,
respectivamente. Um aumento de 10% no preço dos painéis ofertados pelos
61
Estados Unidos, ceteris paribus, provoca redução de 0,9992% nas importações
do produto vindo do Canadá, em virtude da redução da quantidade total de
painéis comprado pelo Canadá (esse é o efeito redução do mercado). Por outro
lado, 8,4718% do total de painéis que os canadenses importavam dos
americanos agora serão importados do(s) país(es) competidor(es) (esse é o efeito
de substituição de produtos). O efeito resultante será uma queda de 9,471% nas
vendas de painéis dos Estados Unidos para o Canadá, explicando, assim, que o
sinal é a magnitude da elasticidade-preço dos Estados Unidos em relação ao
mercado canadense (-0,9471).
Por outro lado, considerando o caso do Reino Unido, que é o país com a
menor participação no valor total dos painéis importados pelo mercado
canadense (0,0003%), um aumento de 10% no preço dos painéis oriundos
daquele país, ceteris paribus, reduzirá em apenas 0,00032% o total importado
pelo Canadá. O maior impacto será proporcionado pela substituição dos painéis
do Reino Unido pelos ofertados por outros países, ou seja, 9,3597% dos painéis
que o Canadá importam do Reino Unido serão comprados de outros ofertantes.
Com isso, haverá uma diminuição de 9,36% nas vendas de painéis do Reino
Unido para o Canadá, explicando, assim, o sinal e a magnitude da elasticidade-
preço do Reino Unido em relação ao mercado canadense.
TABELA 12 Decomposição das elasticidades-preço cruzadas da demanda de importação de painéis de fibra de madeira dos países
importadores em efeitos substituição de importações (S) e expansão (E/R) do mercado.
Países exportadores Efeito
Países importadores
AL CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Áustria
S 0,049557 0,001610 0,000196 0,000134 0,026513 0,029169 0,010423 0,003053 0,006400
E/R -0,067301 -0,001811 -0,000638 -0,000166 -0,051013 -0,039762 -0,014183 -0,007705 -0,025394
Bélgica
S 0,019227 0,016623 0,000392 0,003186 0,069010 0,014455 0,063413 0,007381 0,010100
E/R -0,026111 -0,018701 -0,001275 -0,003968 -0,132778 -0,019705 -0,086286 -0,018626 -0,040075
Brasil
S 0,001111 0,004118 0,001512 0,002986 0,001692 0,002181 0,001254 0,000419 0,002583
E/R -0,001509 -0,004633 -0,004918 -0,003718 -0,003256 -0,002973 -0,001707 -0,001059 -0,010248
Canadá
S 0,000029 - 0,000308 0,019805 0,002837 0,000061 0,000753 0,000558 0,000724
E/R -0,000039 - -0,001002 -0,024663 -0,005458 -0,000083 -0,001024 -0,001407 -0,002872
China
S 0,000278 0,039078 - 0,003721 0,000299 0,002500 0,001981 0,011432 0,010628
E/R -0,000377 -0,043963 - -0,004633 -0,000575 -0,003408 -0,002695 -0,028850 -0,042171
França
S 0,030761 0,002967 0,000042 0,000919 - 0,033288 0,014195 0,003393 0,013613
E/R -0,041775 -0,003338 -0,000137 -0,001144 - -0,045377 -0,019315 -0,008563 -0,054016
Alemanha
S - 0,076565 0,000875 0,008627 0,059113 0,050958 0,068984 0,045071 0,045158
E/R - -0,086135 -0,002846 -0,010743 -0,113736 -0,069464 -0,093866 -0,113739 -0,179182
Itália
S 0,003027 0,000234 0,001547 0,000124 0,005617 - 0,000986 0,002528 0,004507
E/R -0,004111 -0,000263 -0,005032 -0,000154 -0,010807 - -0,001342 -0,006378 -0,017883
Holanda
S 0,012176 0,000094 0,000007 0,000067 0,001472 0,007357 0,002119 0,000080 0,000710
E/R -0,016536 -0,000105 -0,000023 -0,000083 -0,002832 -0,010028 -0,002884 -0,000201 -0,002819
(...continua...)
62
TABELA 12, Cont.
Noruega
S 0,002060 0,000206 0,000014 0,000051 0,002425 0,003792 0,003953 0,000441 0,001367
E/R -0,002797 -0,000232 -0,000046 -0,000063 -0,004665 -0,005170 -0,005379 -0,001112 -0,005423
Polônia
S 0,024266 0,013029 0,000042 0,000350 0,001600 0,007562 0,008598 0,011640 0,009594
E/R -0,032954 -0,014658 -0,000137 -0,000436 -0,003078 -0,010308 -0,011699 -0,029373 -0,038069
Rússia
S 0,000661 0,000037 0,000504 0,000003 0,000036 0,000099 0,000173 - 0,004597
E/R -0,000898 -0,000042 -0,001639 -0,000004 -0,000068 -0,000135 -0,000235 - -0,018239
Espanha
S 0,003123 0,000861 0,000014 0,002617 0,015215 0,018126 0,031365 0,001195 0,008007
E/R -0,004241 -0,000969 -0,000046 -0,003259 -0,029275 -0,024709 -0,042678 -0,003015 -0,031773
Suécia
S 0,001303 0,000187 0,000210 0,000436 0,014334 0,002592 0,007102 0,003005 0,004318
E/R -0,001769 -0,000211 -0,000683 -0,000543 -0,027579 -0,003533 -0,009663 -0,007584 -0,017135
Suíça
S 0,020654 0,001629 0,001519 0,000483 0,003783 0,007349 0,010700 0,000324 0,004270
E/R -0,028050 -0,001832 -0,004941 -0,000602 -0,007278 -0,010018 -0,014559 -0,000817 -0,016944
Reino Unido
S 0,008526 0,000028 0,000063 0,000051 0,001166 0,000084 - 0,000058 0,002548
E/R -0,011579 -0,000032 -0,000205 -0,000063 -0,002244 -0,000114 - -0,000147 -0,010110
EUA
S 0,000163 0,088817 0,000399 - 0,001863 0,000289 0,003694 0,000303 0,002851
E/R -0,000221 -0,099919 -0,001298 - -0,003584 -0,000394 -0,005026 -0,000764 -0,011313
Resto do mundo 2
S 0,177393 0,286556 0,050344 0,058070 0,287393 0,231230 0,390392 0,104145 0,211025
E/R -0,240906 -0,322376 -0,163762 -0,072314 -0,552959 -0,315203 -0,531204 -0,262814 -0,837334
63
TABELA 13 Decomposição das elasticidades-preço diretas da demanda de importação de painéis de fibra de madeira dos países
importadores em efeitos substituição de importações (S) e expansão (E/R) do mercado.
Países exportadores Efeito
Países importadores
AL CA CH EUA FR IT RE RU RDM1
Áustria
S -0,908443 -0,934390 -0,699804 -0,317866 -0,684487 -0,730831 -0,854577 -0,527947 -0,336600
E/R -0,067301 -0,001811 -0,000638 -0,000166 -0,051013 -0,039762 -0,014183 -0,007705 -0,025394
Bélgica
S -0,938773 -0,919377 -0,699608 -0,314814 -0,641990 -0,745545 -0,801587 -0,523619 -0,332900
E/R -0,026111 -0,018701 -0,001275 -0,003968 -0,132778 -0,019705 -0,086286 -0,018626 -0,040075
Brasil
S -0,956889 -0,931882 -0,698488 -0,315014 -0,709308 -0,757819 -0,863746 -0,530581 -0,340417
E/R -0,001509 -0,004633 -0,004918 -0,003718 -0,003256 -0,002973 -0,001707 -0,001059 -0,010248
Canadá
S -0,957971 - -0,699692 -0,298195 -0,708163 -0,759939 -0,864247 -0,530442 -0,342276
E/R -0,000039 - -0,001002 -0,024663 -0,005458 -0,000083 -0,001024 -0,001407 -0,002872
China
S -0,957722 -0,896922 - -0,314279 -0,710701 -0,757500 -0,863019 -0,519568 -0,332372
E/R -0,000377 -0,043963 - -0,004633 -0,000575 -0,003408 -0,002695 -0,028850 -0,042171
França
S -0,927239 -0,933033 -0,699958 -0,317081 - -0,726712 -0,850805 -0,527607 -0,329387
E/R -0,041775 -0,003338 -0,000137 -0,001144 - -0,045377 -0,019315 -0,008563 -0,054016
Alemanha
S -0,958000 -0,859435 -0,699125 -0,309373 -0,651887 -0,709042 -0,796016 -0,485929 -0,297842
E/R - -0,086135 -0,002846 -0,010743 -0,113736 -0,069464 -0,093866 -0,113739 -0,179182
Itália
S -0,954973 -0,935766 -0,698453 -0,317876 -0,705383 - -0,864014 -0,528472 -0,338493
E/R -0,004111 -0,000263 -0,005032 -0,000154 -0,010807 - -0,001342 -0,006378 -0,017883
Holanda
S -0,945824 -0,935906 -0,699993 -0,317933 -0,709528 -0,752643 -0,862881 -0,530920 -0,342290
E/R -0,016536 -0,000105 -0,000023 -0,000083 -0,002832 -0,010028 -0,002884 -0,000201 -0,002819
(...continua...)
64
TABELA 13, Cont.
Noruega
S -0,955940 -0,935794 -0,699986 -0,317949 -0,708575 -0,756208 -0,861047 -0,530559 -0,341633
E/R -0,002797 -0,000232 -0,000046 -0,000063 -0,004665 -0,005170 -0,005379 -0,001112 -0,005423
Polônia
S -0,933734 -0,922971 -0,699958 -0,317650 -0,709400 -0,752438 -0,856402 -0,519360 -0,333406
E/R -0,032954 -0,014658 -0,000137 -0,000436 -0,003078 -0,010308 -0,011699 -0,029373 -0,038069
Rússia
S -0,957339 -0,935963 -0,699496 -0,317997 -0,710964 -0,759901 -0,864827 - -0,338403
E/R -0,000898 -0,000042 -0,001639 -0,000004 -0,000068 -0,000135 -0,000235 - -0,018239
Espanha
S -0,954877 -0,935139 -0,699986 -0,315383 -0,695785 -0,741874 -0,833635 -0,529805 -0,334993
E/R -0,004241 -0,000969 -0,000046 -0,003259 -0,029275 -0,024709 -0,042678 -0,003015 -0,031773
Suécia
S -0,956697 -0,935813 -0,699790 -0,317564 -0,696666 -0,757408 -0,857898 -0,527995 -0,338682
E/R -0,001769 -0,000211 -0,000683 -0,000543 -0,027579 -0,003533 -0,009663 -0,007584 -0,017135
Suíça
S -0,937346 -0,934371 -0,698481 -0,317517 -0,707217 -0,752651 -0,854300 -0,530676 -0,338730
E/R -0,028050 -0,001832 -0,004941 -0,000602 -0,007278 -0,010018 -0,014559 -0,000817 -0,016944
Reino Unido
S -0,949474 -0,935972 -0,699937 -0,317949 -0,709834 -0,759916 - -0,530942 -0,340452
E/R -0,011579 -0,000032 -0,000205 -0,000063 -0,002244 -0,000114 - -0,000147 -0,010110
EUA
S -0,957837 -0,847183 -0,699601 - -0,709137 -0,759711 -0,861306 -0,530697 -0,340149
E/R -0,000221 -0,099919 -0,001298 - -0,003584 -0,000394 -0,005026 -0,000764 -0,011313
Resto do mundo 2
S -0,780607 -0,649444 -0,649656 -0,259930 -0,423607 -0,528770 -0,474608 -0,426855 -0,131975
E/R -0,240906 -0,322376 -0,163762 -0,072314 -0,552959 -0,315203 -0,531204 -0,262814 -0,837334
65
66
6 CONCLUSÕES
Na maioria dos casos, os valores das elasticidades de substituição foram
baixos, indicando haver baixa substitutibilidade entre os painéis de fibra
de madeira ofertados pelos países exportadores considerados.
Na Alemanha, Canadá, China, França, Itália, Reino Unido e China, a
demanda foi preço-elástica, enquanto, nos Estados Unidos, ela foi preço-
inelástica, sugerindo que, dada a sua grande participação no mercado
internacional como comprador de painéis de fibra de madeira, esse país
pode afetar os preços, ao escolher a fonte de oferta.
Exceto no caso da Alemanha e dos Estados Unidos, nos demais países
importadores as elasticidades-preço e renda foram maiores que um,
sugerindo que, nesses mercados, o painel de fibra de madeira pode ser
considerado como um bem superior.
Na Alemanha, China e Reino Unido, a demanda total de importação de
painéis de fibra de madeira foi mais sensível às variações no preço que na
renda, enquanto nos outros países importadores ocorreu o contrário.
A elasticidade-preço direta da demanda por painéis de fibra de madeira,
diferenciada por país de origem, foi maior que um em quase todos os
mercados, com exceção da Alemanha e do Reino Unido.
O valor negativo das elasticidades-preço cruzadas sugere que os painéis
de fibra de madeira importados dos outros países exportadores são
produtos complementares.
67
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73
ANEXO
TABELA 1 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painéis de fibra de madeira pela Alemanha, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................75
TABELA 2 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pelo Canadá, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................76
TABELA 3 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pela China, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................77
TABELA 4 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pelo Estados Unidos da
América, para os três modelos propostos, através do
método dos mínimos quadrados ordinários.....................78
TABELA 5 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pela França, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................79
TABELA 6 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pela Itália, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................80
TABELA 7 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de
painel de fibra de madeira pelo Reino Unido, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários..............................................................81
TABELA 8 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pelo Rússia, para os três
modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................82
74
TABELA 9 Estimativa das elasticidades de substituição da importação
de painel de fibra de madeira pela Resto do Mundo, para os
três modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários...........................................................83
TABELA 1 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pela Alemanha, para os três modelos propostos, por meio do método dos mínimos
quadrados ordinários
a
.
País Exportador Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente de
Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Áustria*
12,583
(3,069)
-0,480
(-1,835)
-0,033
(-0,122)
0,185
-2,728
(-15,503)
-0,619
(-1,413)
0,110
-2,760
(-3,446)
-0,280
(-0,529)
0,033
(0,137)
-0,274
Bélgica* -27,552
(-1,276)
-0,548
(-0,609)
2,640
(1,784)
0,174
-3,409
(-8,949)
-0,239
(-0,344)
-0,108
-2,325
(-1,622)
-0,202
(-0,243)
0,319
(0,822)
-0,187
Brasil
46,112
(1,337)
-0,012
(-0,004)
-2,463
(-1,052)
-0,109
-4,855
(-3,071)
0,282
(0,091)
-0,123
-4,846
(-2,387)
-5,650
(-1,143)
0,635
(1,345)
-0,011
Canada*
36,479
(0,745)
-0,982
(-3,021)
-2,009
(-0,607)
0,549
-7,994
(-4,466)
-1,082
(-3,611)
0,600
-0,200
(-0,063)
-1,539
(-3,479)
0,784
(2,561)
0,562
China* -2,645
(-0,046)
0,172
(0,108)
0,515
(0,134)
-0,324
-10,331
(-10,150)
0,599
(0,442)
-0,098
-9,030
(-2,039)
0,230
(0,136)
0,081
(0,177)
-0,325
Espanha* 9,494
(0,590)
-3,431
(-8,354)
-0,050
(-0,045)
0,895
-6,127
(-24,410)
-3,706
(-7,260)
0,851
-7,472
(-6,582)
-3,562
(-7,487)
-0,269
(-1,321)
0,872
Estados Unidos* 5,989
(0,338)
-1,367
(-2,122)
0,051
(0,043)
0,416
-7,705
(33,544)
-0,336
(-0,628)
-0,072
-4,091
(-1,277)
-1,287
(-1,708)
0,505
(1,178)
0,103
França* 16,358
(4,419)
-1,639
(-8,990)
-0,327
(-1,298)
0,930
-3,208
(-22,963)
-1,326
(-4,555)
0,686
-3,067
(-4,502)
-1,297
(-3,662)
0,052
(0,231)
0,638
Holanda* 4,022
(0,474)
-1,815
(-5,298)
0,427
(0,745)
0,781
-4,429
(-39,206)
-1,825
(6,631)
0,826
-3,747
(-2,118)
-1,630
(-2,651)
0,150
(0,395)
0,803
Itália *
8,965
(1,328)
-1,364
(-3,646)
0,065
(0,143)
0,591
-5,065
(-15,959)
-1,166
(-3,232)
0,541
-1,852
(-1,955)
-1,087
(-2,039)
0,649
(3,052)
0,694
Noruega *
7,546
(1,369)
-1,036
(-6,189)
0,126
(0,339)
0,819
-5,383
(-22,730)
-0,859
(-2,944)
0,460
-4,658
(-2,188)
-0,943
(-2,493)
0,117
(0,359)
0,418
Polônia
14,465
(3,421)
0,553
(2,275)
-0,143
(-0,50)
0,267
-2,449
(-10,029)
0,4782
(1,162)
0,037
-2,178
(-2,250)
0,138
(0,253)
0,182
(0,520)
-0,253
Reino Unido
-18,438
(-0,772)
-0,295
(-0,525)
1,728
(1,077)
0,041
-7,607
(-17,06)
-0,407
(-0,85)
-0,031
-9,655
(-2,988)
-0,364
(-0,558)
-0,255
(-0,627)
-0,212
Rússia*
-5,347
(-0,211)
-1,847
(-2,211)
0,764
(0,446)
0,266
-8,437
(-6,174)
-1,777
(-2,803)
0,461
-5,191
(-1,676)
-1,490
(-1,351)
0,432
(1,271)
0,324
Suécia *
-22,819
(-1,638)
-0,364
(-0,990)
2,056
(2,179)
0,270
-7,236
(-13,900)
-0,293
(-0,849)
-0,036
-1,737
(-0,740)
-0,001
(-0,002)
0,779
(2,227)
0,514
Suíça
10,201
(1,208)
-0,839
(-2,926)
0,085
(0,150)
0,426
-3,312
(-22,57)
-0,918
(-2,97)
0,465
-2,239
(-1,960)
-1,288
(-2,633)
0,387
(0,976)
0,477
Resto mundo * 7,518
(2,373)
-0,998
(-15,094)
0,411
(1,909)
0,965
1,120
(-8,58)
-1,022
(-13,054)
0,949
-1,389
(-7,890)
-1,161
(-12,133)
-0,173
(-1,869)
0,968
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e
” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto “”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
75
TABELA 2 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pelo Canadá, para os três modelos propostospor meio do método dos mínimos quadrados ordináriosª.
País
exportador
Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente de
Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha
-8,035
(-0,493)
-3,316
(-3,018)
1,439
(1,265)
0,587
-1,766
(-2,080)
-3,455
(-3,523)
0,559
-0,226
(-0,264)
-0,946
(-0,885)
0,676
(2,725)
0,737
Áustria
-13,133
(-0,778)
-2,401
(-1,856)
1,702
(1,457)
0,409
-3,011
(-2,451)
-2,658
(-2,268)
0,315
-2,757
(-1,534)
-2,630
(-1,629)
0,026
(0,069)
0,23
Bélgica *
20,915
(1,229)
-2,334
(-1,183)
-0,601
(-0,495)
0,009
-0,429
(-0,142)
-3,152
(-1,705)
0,192
7,272
(1,292)
-5,919
(-1,575)
0,912
(3,774)
0,606
Brasil *
14,804
(1,538)
-0,226
(-0,206)
-0,433
(-0,636)
-0,243
-5,371
(-8,745)
0,121
(0,110)
-0,14
-3,069
(-1,481)
-0,376
(-0,276)
0,449
(1,167)
-0,086
China *
7,049
(0,351)
-3,176
(-1,786)
0,616
(0,503)
0,28
8,022
(0,651)
-2,935
(-2,005)
0,274
1,049
(0,488)
-2,381
(-0,878)
0,963
(3,492)
0,569
Espanha *
2,552
(0,366)
-1,067
(-2,992)
0,362
(0,749)
0,48
-6,776
(-14,187)
-1,011
(-2,329)
0,356
-10,994
(-1,985)
1,243
(0,791)
-0,405
(-0,620)
-0,206
Estados Unidos * -34,094
(-1,683)
1,304
(0,529)
3,294
(2,326)
0,396
-2,861
(-3,567)
-7,686
(-3,659)
0,579
-0,828
(-1,204)
-7,746
(-1,390)
0,532
(4,013)
0,642
França *
-23,155
(-1,601)
-1,523
(-3,054)
2,315
(2,276)
0,606
-3,992
(-3,836)
-1,675
(-3,520)
0,587
1,486
(0,933)
-1,873
(-4,548)
0,894
(4,432)
0,765
Holanda
34,765
(3,277)
-2,171
(-6,325)
-2,154
(-2,857)
0,808
-9,601
(-18,189)
-1,588
(-2,89)
0,45
-12,584
(-6,155)
-2,452
(-4,454)
-0,247
(-1,225)
0,759
Itália * 5,532
(0,500)
-0,457
(-1,021)
-0,023
(-0,031)
-0,11
-9,473
(-20,513)
-0,044
(-0,118)
-0,123
-8,390
(-1,811)
-0,096
(-0,210)
0,104
(0,222)
-0,315
Noruega
-1,049
(-0,083 )
-0,840
(-1,483)
0,503
(0,567)
0,21
-8,163
(-15,90)
-0,685
(-1,45)
0,109
-8,126
(-3,046)
-1,357
(-2,260)
-0,034
(-0,115)
0,281
Polônia *
14,743
(0,590)
3,055
(1,042)
-0,421
(-0,244)
-0,008
-5,900
(-4,754)
4,431
(1,737)
0,201
-2,550
(-1,779)
5,880
(1,878)
0,624
(3,406)
0,7
Reino Unido * -39,404
(-1,594)
-6,313
(-5,773)
3,540
(1,983)
0,826
-4,816
(-4,615)
-4,595
(-3,805)
0,599
-1,773
(-0,877)
-4,582
(-3,654)
0,324
(1,253)
0,737
Rússia *
-0,918
(-0,097)
0,954
(1,441)
0,496
(0,735)
0,009
-7,908
(-12,400)
1,192
(2,123)
0,304
-0,563
(-0,246)
1,584
(2,221)
0,816
(3,619)
0,602
Suécia *
-81,683
(-5,824)
2,767
(1,747)
5,997
(6,295)
0,832
-7,109
(-4,137)
-2,277
(-1,196)
0,051
-3,851
(-1,128)
-2,093
(-0,899)
0,393
(1,326)
0,05
Suíça *
-13,117
(-0,500)
0,843
(0,740)
1,397
(0,758)
-0,215
-6,728
(-6,782)
-0,735
(-0,429)
-0,113
-0,436
(-0,142)
-1,666
(-0,738)
0,838
(2,437)
0,379
Resto mundo *
13,498
(4,028)
-1,003
(-6,912)
-0,002
(-0,011)
0,856
-1,082
(-1,390)
-0,940
(-3,239)
0,542
0,019
(0,021)
-0,970
(-2,053)
0,276
(0,910)
0,667
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
76
TABELA 3 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pela China, para os três modelos propostos, por meio do método dos mínimos quadrados
ordinários
a
.
País exportador
Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente de Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha *
44,719
(4,920)
-0,819
(-1,304)
-2,061
(-3,753)
0,604
-6,156
(-7,696)
1,662
(1,335)
0,089
-1,885
(-1,247)
1,310
(1,766)
0,8144
(3,279)
0,776
Áustria *
70,468
(3,669)
-0,213
(-0,206)
-3,711
(-3,202)
0,549
-8,848
(-2,724)
2,028
(1,517)
0,139
-1,477
(-0,805)
4,473
(1,922)
1,156
(3,175)
0,503
Bélgica *
6,893
(8,318)
-0,933
(-10,447)
0,120
(2,339)
0,935
-7,573
(-11,665)
-1,134
(-3,418)
0,571
-3,889
(-1,468)
-0,967
(-1,932)
0,4437
(1,241)
0,343
Brasil
-14,565
(-1,855)
0,836
(0,860)
1,482
(2,984)
0,439
-6,977
(-8,699)
0,685
(0,716)
-0,057
-5,538
(-1,894)
0,858
(0,730)
0,165
(0,425)
-0,169
Canadá *
1,584
(0,183)
-0,882
(-1,637)
0,399
(0,747)
0,122
-8,174
(-18,128)
-0,830
(-1,709)
0,193
-6,107
(-3,233)
-0,947
(-1,632)
0,262
(1,088)
0,238
Espanha
12,120
(1,625)
-1,260
(-2,254)
-0,363
(-0,778)
0,287
-9,943
(-12,433)
-1,190
(-1,793)
0,216
-6,251
(-1,640)
-1,480
(-1,591)
0,366
(0,917)
0,147
Estados Unidos
17,393
(3,993)
-0,626
(-0,959)
-0,493
(-1,808)
0,183
-7,109
(-23,377)
0,572
(1,562)
0,152
-2,186
(-2,963)
0,560
(1,315)
0,694
(6,038)
0,811
França *
42,815
(2,898)
-1,150
(-3,287)
-2,177
(-2,406)
0,619
-9,704
(-7,202)
-1,124
(-2,547)
0,406
1,608
(0,579)
-2,080
(-2,366)
1,152
(3,735)
0,6
Holanda *
15,819
(2,147)
-0,626
(-0,826)
-0,606
(-1,324)
-0,027
-10,058
(-24,65)
0,582
(0,831)
-0,035
-6,228
(-1,766)
1,385
(1,480)
0,380
(1,068)
0,104
Itália *
2,527
(0,497)
-0,981
(-2,193)
0,464
(1,455)
0,694
-6,042
(-28,225)
-0,572
(-1,522)
0,127
-8,293
(-3,591)
-0,760
(-1,450)
-0,374
(-0,979)
0,042
Noruega *
15,675
(3,049)
0,307
(0,600)
-0,552
(-1,700)
0,316
-9,014
(-17,522)
1,201
(1,475)
0,128
-3,110
-2,516
1,073
(2,073)
0,652
(4,470)
0,83
Polônia
-2,329
(-0,219)
-0,222
(-0,358)
0,568
(0,858)
0,047
-9,237
(-28,441)
0,056
(0,131)
-0,122
-11,337
(-3,586)
2,102
(2,104)
-0,266
(-0,763)
0,237
Reino Unido
-4,675
(-0,516)
-0,736
(-0,628)
0,707
(1,226)
0,109
- 9,277
(-20,440)
-0,483
(-0,478)
-0,93
-9,722
(-2,567)
-0,451
(-0,363)
-0,047
(-0,118)
-0,303
Rússia *
7,627
(0,341)
-0,941
(-0,624)
0,040
(0,029)
-0,251
-7,723
(-6,533)
-0,789
(-0,832)
-0,037
-5,133
(-0,839)
-0,873
(-0,400)
0,398
(0,576)
-0,081
Suécia *
-15,173
(-4,253)
-1,594
(-3,531)
1,444
(6,020)
0,812
-8,231
(-21,23)
-1,417
(-3,65)
0,577
-10,416
(-4,489)
-1,148
(-1,865)
-0,202
(-0,856)
0,222
Suíça
2,521
0,300
-2,169
(-2,154)
0,440
(0,866)
0,684
-6,719
-20,997
-1,301
(-2,051)
0,262
-7,468
(-3,108)
-1,179
(-1,065)
-0,101
(-0,296)
-0,121
Resto mundo
7,443
(3,281)
0,106
(2,830)
0,398
(0,250)
0,411
-2,731
(-4,615)
0,064
(0,153)
-0,139
-0,445
(-0,496)
-0,072
(-0,110)
0,878
(2,040)
0,214
a
Os modelos 1, 2 e 3 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e
” indicam que os modelos 1 e 2, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto “”indica presença de
autocorrelação no modelo 3, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
77
TABELA 4 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pelos Estados Unidos, para os três modelos propostos, por meio do método dos mínimos
quadrados ordinários
a
.
País exportador Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente de
Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha
15,098
(0,672)
-2,357
(-4,750)
-0,110
(-0,079)
0,753
-2,694
(-8,349)
-2,161
(-5,142)
0,738
-2,044
(-2,746)
-1,448
(-2,308)
0,236
(1,062)
0,66
Áustria
95,839
(4,027)
-1,494
(-1,968)
-5,328
(-3,625)
0,559
-7,153
(-3,697)
-0,591
(-0,684)
-0,071
-1,533
(-0,704)
1,047
(0,935)
0,984
(2,717)
0,406
Bélgica *
-62,391
(-0,761)
-0,027
(-0,028)
4,511
(0,880)
-0,174
-6,555
(-5,518)
-0,190
(-0,176)
-0,12
-5,121
(-1,760)
0,005
(0,004)
0,193
(0,506)
-0,278
Brasil
-2,196
(-0,809)
-0,170
(-0,517)
0,880
(5,135)
0,786
-4,086
(-97,501)
-0,073
(-0,255)
-0,116
-5,774
(-3,729)
-0,357
(-1,063)
-0,401
(-1,068)
-0,021
Canadá
-32,828
(-2,192)
-0,821
(-1,908)
2,892
(3,073)
0,617
-2,715
(-13,151)
-1,016
(-2,061)
0,265
-1,608
(-1,594)
-0,654
(-0,987)
0,405
(1,114)
0,268
China *
-116,476
(-7,058)
-0,322
(-0,339)
7,920
(7,598)
0,909
-5,117
(-5,946)
-0,476
(-0,490)
-0,104
1,041
(0,541)
-0,234
(-0,190)
1,089
(4,009)
0,694
Espanha *
-21,659
(-1,403)
-0,371
(-3,142)
2,033
(2,117)
0,533
-4,695
(-9,719)
-0,328
(-3,413)
0,571
-0,421
(-0,384)
-0,391
(-2,732)
0,862
(4,560)
0,731
França *
-62,568
(-3,271)
-0,725
(-2,371)
4,514
(3,763)
0,661
-5,923
(-9,225)
-0,656
(-2,313)
0,352
-2,854
(-1,931)
-0,641
(-1,674)
0,514
(2,565)
0,488
Holanda
-11,694
(-0,408)
1,273
(2,903)
1,283
(0,719)
0,527
-7,099
(-15,594)
1,265
(3,418)
0,571
-3,310
(-1,331)
1,561
(2,465)
0,469
(1,652)
0,414
Itália
13,907
(0,750)
-0,656
(-1,378)
-0,339
(-0,289)
0,195
-7,256
(-29,500)
-1,001
(-2,680)
0,407
-5,874
(-3,364)
-0,719
(-2,038)
0,209
(0,922)
0,316
Noruega
65,350
(1,924)
-0,234
(-0,319)
-3,512
(-1,641)
0,159
-6,231
(-15,981)
0,783
(1,182)
0,423
-3,900
(-1,678)
0,679
(0,811)
0,366
(0,990)
0,03
Polônia *
-11,851
(-0,549)
2,425
(3,347)
1,291
(0,961)
0,857
-7,152
(-32,306)
2,104
(4,954)
0,746
-5,103
(-3,212)
2,271
(4,534)
0,276
(1,318)
0,878
Reino Unido *
5,006
(0,291)
-1,368
(-7,988)
0,181
(0,168)
0,898
-8,083
(-40,365)
-1,461
(-10,219)
0,928
-9,693
(-10,621)
-1,299
(-8,932)
-0,211
(-1,819)
0,926
Rússia *
162,321
(17,526)
-0,613
(-1,472)
-9,720
(-16,983)
0,979
-23,113
(-3,456)
-0,240
(-0,390)
-0,118
-0,854
(-0,588)
-1,148
(-1,423)
1,089
(7,354)
0,887
Suécia
3,006
(0,071)
-0,430
(-0,818)
0,382
(0,143)
-0,155
-6,788
(-13,815)
-0,494
(-1,182)
0,042
-6,004
(-2,003)
-0,543
(-1,042)
0,103
(0,260)
-0,128
Suíça *
-143,621
(-6,479)
1,085
(2,653)
9,491
(6,833)
0,867
-7,498
(-8,538)
0,323
(0,455)
-0,109
-3,187
(-1,632)
0,999
(1,187)
0,564
(2,617)
0,494
Resto Mundo *
-27,832
(-2,343)
-0,605
(-3,637)
2,610
(3,556)
0,875
-1,316
(-3,234)
-1,197
(-5,081)
0,733
0,151
(0,446)
-0,732
(-5,621)
0,626
(5,542)
0,939
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
78
TABELA 5 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pela França, para os três modelos propostos, por meio do método dos mínimos quadrados
ordinários.
País exportador Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente
de Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha
4,522
(0,712)
-1,530
(-1,155)
0,555
(0,276)
0,058
-1,470
(-4,809)
-1,612
(-1,228)
0,053
-0,775
(-0,817)
-2,340
(-1,361)
0,331
(0,787)
-0,017
Áustria *
4,023
(0,516)
-0,808
(-0,813)
0,484
(0,813)
-0,162
-2,743
(-3,622)
-1,179
(-1,375)
0,1
-2,271
(-1,308)
-0,213
(-0,217)
0,340
(0,876)
-0,18
Bélgica *
-13,289
(-1,392)
-1,198
(-2,876)
1,861
(2,571)
0,427
-1,940
(-5,914)
-0,832
(-2,886)
0,448
-1,797
(-1,564)
-0,869
(-2,456)
0,035
(0,084)
0,342
Brasil *
5,526
(0,707)
-1,109
(-2,270)
0,207
(0,360)
0,321
-5,201
(-18,618)
-1,392
(-3,142)
0,525
-8,235
(-6,378)
-2,208
(-4,591)
-0,631
(-2,401)
0,73
Canada
-3,078
(-0,589)
-0,948
(-7,250)
0,894
(2,329)
0,892
-4,518
(-25,560)
-0,937
(8,041)
0,876
-5,272
(-7,906)
-0,886
(-7,425)
-0,145
(-1,222)
0,885
China *
-26,093
(-1,686)
-0,882
(-1,643)
2,285
(2,020)
0,472
-8,472
(-11,625)
-0,961
(-1,857)
0,234
-5,882
(-1,808)
-0,931
(-1,609)
0,295
(0,826)
0,258
Espanha * 8,988
(1,962)
-0,794
(-1,920)
0,117
(0,360)
0,223
-3,055
(-17,741)
-0,916
(-1,696)
0,264
-2,955
(-2,939)
-1,224
(-1,775)
0,074
(0,204)
0,135
Estados Unidos
2,858
(0,889)
-0,210
(-1,415)
0,465
(1,967)
0,583
-4,410
(-40,997)
-0,006
(-0,045)
-0,124
-4,776
(-1,864)
-0,029
(-0,129)
-0,084
(-0,142)
-0,328
Holanda
9,614
(4,482)
-0,692
(-4,836)
-0,058
(-0,362)
0,76
-4,733
(-10,986)
-0,450
(-0,905)
-0,023
-2,503
(-1,178)
-0,427
(-1,084)
0,502
(1,017)
0,048
Itália *
8,875
(10,600)
-0,559
(-2,610)
0,072
(1,168)
0,401
-3,621
(-22,811)
-1,390
(-1,398)
0,095
-2,529
(-1,588)
-0,372
(-0,281)
0,338
(0,756)
-0,166
Noruega *
-11,507
(-0,840)
-2,000
(-3,677)
1,460
(1,466)
0,651
-4,723
(-7,09)
-2,434
(-4,50)
0,681
-2,601
(-1,607)
-2,103
(-3,642)
0,332
(1,467)
0,724
Polônia
-4,587
(-0,484)
-0,635
(-0,408)
0,918
(1,275)
0,048
-5,656
(-7,09)
-0,574
(-0,42)
-0,1
-6,516
(-2,203)
-0,714
(-0,413)
-0,146
(-0,324)
-0,288
Reino Unido
5,102
(0,492)
0,233
(0,303)
-0,849
(-2,426)
0,516
-5,195
(-18,636)
-0,628
(-2,327)
0,329
-6,421
(-8,704)
-1,206
(-7,227)
-0,152
(-1,107)
0,875
Rússia
-2,040
(-0,234)
-0,788
(-4,625)
0,456
(0,707)
0,683
-9,379
(-31,644)
-0,805
(-4,846)
0,714
-8,362
(-4,670)
-0,836
(-5,237)
0,116
(0,661)
0,767
Suécia *
0,176
(0,010)
0,995
(1,512)
0,449
(0,349
0,379
-7,250
(-12,991)
0,908
(2,187)
0,321
-3,926
(-1,147)
0,314
(0,404)
0,398
(1,012)
0,375
Suíça *
3,971
(0,764)
-1,190
(-1,991)
0,410
(1,070)
0,345
-4,009
(-18,497)
-0,881
(-1,401)
0,107
-1,663
(-1,051)
-0,783
(-1,239)
0,615
(1,508)
0,32
Resto Mundo *
2,759
(0,935)
-0,760
(-3,424)
0,759
(3,607)
0,771
-0,580
(-1,756)
-0,729
(-3,220)
0,539
0,128
(0,454)
-0,772
(-3,798)
0,400
(3,042)
0,829
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
79
TABELA 6 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pela Itália, para os três modelos propostos, através do método dos mínimos quadrados
ordinários
a
.
País exportador Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente
de Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha *
15,289
(1,117)
-0,605
(-1,476)
-0,284
(-0,295) 0,022
-2,959
(-8,794)
-0,483
(-1,134) 0,034
-1,927
(-1,594)
-0,362
(-0,671)
0,349
(0,882) -0,111
Áustria * -20,610
(-0,879)
-1,517
(-2,738)
2,228
(1,342) 0,469
-3,174
(-16,804)
-1,322
(-2,471) 0,362
-2,863
(-3,368)
-1,550
(-2,702)
0,138
(0,508) 0,411
Bélgica *
25,753
(1,159)
0,168
(0,190)
-1,141
(-0,726) -0,221
-4,413
(-10,472)
0,309
(0,392) -0,118
-1,562
(-1,331)
0,304
(0,352)
0,642
(2,541) 0,378
Brasil * 35,721
(2,618)
-1,564
(-5,675)
-1,957
(-2,020) 0,796
-5,886
(-17,185)
-1,465
(-3,779) 0,596
-7,401
(-7,168)
-1,497
(-4,151)
-0,302
(-1,536) 0,665
Cana
1,183
(0,078)
-0,743
(-2,682)
0,238
(0,219) 0,368
-9,435
(-21,960)
-0,777
(-2,943) 0,459
-12,985
(-5,266)
-0,746
(-2,868)
-0,342
(-1,425) 0,513
China *
6,454
(0,207)
-0,441
(-0,369)
0,029
(0,013) -0,299
-4,687
(-1,335)
-0,399
(-0,456) -0,109
3,522
(0,834)
-0,663
(-0,467)
1,333
(2,846) 0,448
Espanha *
25,638
(2,998)
0,640
(1,188)
-1,036
(-1,743) 0,13
-3,641
(-9,212)
-0,250
(-0,331) -0,125
-0,796
(-0,548)
-1,647
(-1,636)
0,920
(2,049) 0,228
Estados Unidos
28,858
(2,932)
-1,263
(-2,850)
-1,603
(-2,274) 0,414
-7,955
(-22,874)
-0,990
(-1,801) 0,219
-6,028
(-2,919)
-0,872
(-1,740)
0,232
(0,850) 0,273
França * 19,347
(1,521)
-0,783
(-4,595)
-0,585
(-0,651) 0,729
-2,974
(-21,905)
-0,734
(-3,594) 0,569
-3,482
(-5,695)
-0,708
(-3,791)
-0,146
(-0,723) 0,651
Holanda * -9,575
(-0,130)
-1,275
(-1,152)
1,156
(0,223) -0,052
-7,790
(-11,254)
-2,565
(-2,42) 0,351
-0,293
(-0,196)
-1,505
(-2,438)
0,887
(5,139) 0,839
Noruega
-3,964
(-0,413)
0,946
(1,402)
-2,043
(-5,710) 0,829
-4,725
(-10,924)
-2,033
(-6,481) 0,82
-2,644
(-2,270)
-1,661
(-4,470)
0,340
(1,884) 0,857
Polônia *
18,972
(1,703)
-0,966
(-1,644)
-0,670
(-0,849) 0,099
-4,546
(-7,896)
-0,604
(-0,890) -0,026
-2,194
(-1,194)
-0,792
(-0,918)
0,584
(1,619) 0,259
Reino Unido *
-50,248
(-1,790)
-0,812
(-1,824)
3,953
(1,993) 0,477
-8,529
(-18,315)
-0,981
(-2,292) 0,347
-3,997
(-1,609)
-1,310
(-2,481)
0,506
(1,794) 0,382
Rússia *
0,224
(0,014)
-1,746
(-3,389)
0,372
(0,349) 0,543
-9,266
(-13,377)
-1,675
(-4,083) 0,662
-3,958
(-4,554)
-2,280
(-4,031)
0,707
(5,699) 0,859
Suécia *
32,752
(0,901)
-0,394
(-0,273)
-1,830
(-0,717) -0,199
-7,563
(-4,153)
-0,618
(-0,424) -0,114
-3,226
(-0,960)
0,243
(0,168)
0,617
(1,733) 0,125
Suíça *
23,346
(4,946)
-2,409
(-5,061)
-0,987
(-3,013) 0,835
-5,207
(-10,105)
-2,916
(-2,524) 0,401
-3,819
(-3,262)
-2,816
(-2,495)
0,330
(1,224) 0,404
Resto Mundo
5,976
(1,911)
-0,148
(-0,561)
0,450
(1,991) 0,18
-1,608
(-6,459)
-0,281
(-0,857) -0,03
-2,280
(-4,163)
-0,151
(-0,602)
-0,290
(-1,045) -0,046
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
80
TABELA 7 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pelo Reino Unido, para os três modelos propostos, através do método dos mínimos
quadrados ordinários
ª
.
País exportador
Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente
de Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha
-29,443
(-5,734)
-0,106
(-0,416)
2,881
(8,035) 0,882
-2,234
(-9,177)
-0,171
(-0,695) -0,069
-0,390
(-0,697)
-0,206
(-0,753)
0,762
(3,638) 0,657
Áustria * 1,007
(0,131)
1,361
(1,883)
0,499
(0,868) 0,89
-5,180
(-40,826)
0,229
(1,534) 0,13
-5,881
(-2,403)
0,772
(1,239)
-0,044
(-0,105) 0,006
Bélgica *
-9,631
(-0,598)
0,094
(0,442)
1,460
(1,308) -0,025
-3,004
(-8,852)
0,085
(0,411) -0,115
-1,213
(-1,603)
0,284
(1,042)
0,656
(2,762) 0,452
Brasil
28,218
(1,674)
-1,736
(-3,404)
-1,407
(-1,186) 0,52
-6,243
(-12,493)
-1,607
(-3,381) 0,566
-4,475
(-2,790)
-1,518
(-2,616)
0,291
(1,033) 0,389
Cana
12,517
(0,648)
-1,096
(-1,522)
-0,313
(-0,231) 0,033
-6,211
(-19,216)
-0,997
(-1,404) 0,097
-8,931
(-3,940)
-1,517
(-1,866)
-0,420
(-1,160) 0,158
China
-43,448
(-1,055)
-2,815
(-1,515)
3,578
(1,257) 0,665
-6,154
(-10,396)
-4,173
(-3,842) 0,604
-3,671
(-1,862)
-2,763
(-2,014)
0,352
(1,375) 0,513
Espanha
-7,713
(-0,513)
-1,517
(-1,404)
1,321
(1,255) 0,093
-3,121
(-11,676)
-1,446
(-1,455) 0,11
-3,258
(-2,789)
-1,114
(-0,791)
-0,046
(-0,108) -0,144
Estados Unidos
50,405
(5,530)
-0,534
(-2,698)
-2,820
(-4,423) 0,663
-4,699
(-17,304)
0,151
(0,841) -0,037
-2,308
(-2,979)
0,062
(0,317)
0,509
(2,813) 0,459
França
-0,966
(-0,114)
-1,304
(-2,870)
0,817
(1,373) 0,429
-3,559
(-27,332)
-1,336
(-3,211) 0,508
-2,409
(-2,126)
-1,561
(-3,085)
0,296
(0,988) 0,507
Holanda * -3,419
(-0,196)
-1,922
(-1,535)
0,795
(0,662) 0,05
-6,370
(-7,648)
-1,947
(-1,743) 0,203
-6,741
(-2,114)
-2,299
(-1,371)
-0,033
(-0,072) 0,125
Itália
35,554
(3,790)
-1,532
(-5,078)
-1,839
(-2,759) 0,951
-4,768
(-17,518)
-2,169
(-6,396) 0,833
-2,720
(-7,118)
-1,437
(-6,040)
0,435
(5,037) 0,974
Noruega
-7,007
(-1,063)
-0,494
(-2,024)
1,141
(2,464) 0,529
-5,002
(-41,976)
-0,507
(-2,232)
0,306 -6,425
(-2,888)
-0,708
(-1,939)
-0,274
(-0,626) 0,263
Polônia * -12,655
(-3,832)
-0,399
(-1,826)
1,618
(6,951) 0,876
-3,921
(-18,570)
-0,551
(-1,705) 0,192
-2,980
(-12,274)
-0,513
(-3,113)
0,240
(4,255) 0,767
Rússia
63,368
(3,202)
-2,062
(-1,237)
-4,016
(-2,926) 0,511
-9,394
(-6,075)
-2,917
(-1,682) 0,186
-6,459
(-1, 771)
-3,052
(-1,160)
0,420
(1,376) 0,434
Suécia *
29,742
(3,907)
0,132
(0,827)
-1,428
(-2,679) 0,588
-5,054
(-28,969)
-0,301
(-1,903) 0,246
-2,481
(-1,970)
-0,186
(-1,013)
0,516
(1,971) 0,588
Suíça
-18,676
(-0,745)
0,148
(0,101)
2,007
(1,147) -0,068
-4,251
(-8,863)
-0,151
(-0,115) -0,123
-3,896
(-2,111)
-0,383
(-0,264)
0,040
(0,103) -0,317
Resto Mundo * -3,015
(-4,012)
-0,918
(-14,308)
1,181
(22,483) 0,988
-0,445
(-5,452)
-0,886
(-9,381) 0,906
-0,399
(-2,518)
-0,875
(-8,184)
0,043
(0,377) 0,891
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin.Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
81
TABELA 8 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pela Rússia, para os três modelos propostos, através do método dos mínimos quadrados
ordinários
ª
.
País exportador
Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente
de Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha *
-15,296
(-1,193)
-0,570
(-0,647)
1,935
(2,122) 0,645
-2,131
(-7,232)
-1,333
(-2,331)
0,356
-0,450
(-0,945)
-1,025
(-2,574)
0,653
(3,458) 0,826
Áustria *
-37,913
(-4,810)
0,221
(0,601)
3,309
(5,682) 0,863
-6,436
(-13,149)
0,746
(1,528)
0,143
-2,763
(-1,809)
0,822
(1,897)
0,611
(2,735) 0,655
Bélgica
-45,310
(-5,424)
-0,226
(-0,774)
3,891
(6,363) 0,81
26,716
(1,100)
0,102
(0,433)
-0,112
1,044
(0,642)
0,259
(0,804)
1,166
(4,334) 0,678
Brasil *
-54,088
(-1,781)
-2,275
(-0,984)
4,399
(1,993) 0,234
-8,770
(-2,455)
12,005
(1,038)
0,009
-12,442
(-2,149)
12,578
(0,894)
-0,645
(-1,713) 0,104
Cana
-20,880
(-1,302)
0,738
(1,095)
2,001
(1,709) 0,199
-7,162
(-18,531)
0,756
(1,141)
0,032
-4,895
(-1,707)
1,347
(1,292)
0,302
(0,775) -0,024
China
-13,055
(-0,764)
2,241
(3,345)
1,613
(1,318) 0,872
-4,502
(-14,764)
2,518
(6,991)
0,841
-1,650
(-1,357)
1,678
(3,620)
0,519
(2,342) 0,909
Espanha *
-28,327
(-1,537)
-0,782
(-1,140)
2,587
(1,931) 0,318
-6,339
(-7,257)
-0,897
(-1,492)
0,132
-2,676
(-1,492)
-1,085
(-1,705)
0,609
(2,217) 0,39
Estados Unidos
3,733
(0,402)
0,971
(-1,952)
0,238
(0,351) 0,197
-6,706
(-29,130)
-0,892
(-1,783)
0,194
-3,967
(-1,927)
-0,843
(-1,748)
0,410
(1,371) 0,286
França *
-32,271
(-4,868)
-1,529
(-8,815)
3,028
(6,217) 0,9
-4,071
(-13,261)
-1,470
(-11,884)
0,946
-1,264
(-0,848)
-1,661
(-4,813)
0,548
(2,388) 0,745
Holanda * -12,409
(-0,738)
-1,327
(-1,548)
1,253
(1,025) 0,104
-8,800
(-18,786)
-1,044
(-1,278)
0,065
-9,792
(-2,735)
-1,071
(-1,122)
-0,106
(-0,265) -0,102
Itália
3,226
(0,286)
-1,947
(-3,703)
0,425
(0,518) 0,604
-4,687
(-13,542 )
-1,860
(-3,762)
0,593
-4,422
(-2,776)
-1,869
(-3,046)
0,044
(0,171) 0,487
Noruega
-2,104
(-0,114)
-0,937
(-1,177)
0,640
(0,484) 0,179
-7,110
(-14,717)
-0,799
(-1,388)
0,093
-2,603
(-0,917)
-0,819
(-1,441)
0,581
(1,612) 0,259
Polônia *
-23,222
(-2,719)
-1,364
(-4,483)
2,422
(3,929) 0,75
-3,336
(-6,451)
-1,156
(-4,215)
0,676
-2,009
(-1,783)
-0,842
(-1,458)
0,445
(1,410) 0,205
Reino Unido * 39,758
(4,037)
-0,485
(-1,047)
-2,540
(-3,535) 0,595
-8,537
(-12,488)
-0,796
(-1,072)
0,016
-8,058
(-2,252)
-0,651
(-0,813)
0,088
(0,216) -0,185
Suécia * -54,814
(-2,886)
0,376
(0,715)
4,372
(3,116) 0,673
-9,820
(-13,104)
1,473
(2,464)
0,360
-2,466
(-0,722)
0,433
(0,641)
0,716
(2,137) 0,593
Suíça
-36,785
(-2,361)
-2,506
(-1,521)
3,134
(2,750) 0,398
-7,618
(-17,981)
-1,460
(-0,822)
-0,037
-6,249
(-1,182)
-2,172
(-0,677)
0,149
(0,229) -0,183
Resto Mundo *
-54,814
(-2,886)
0,376
(0,715)
4,372
(3,116) 0,673
-2,524
(-8,181)
-0,152
(-0,189)
-0,045
-1,556
(-1,972)
-0,113
(-0,563)
0,383
(1,696) 0,104
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto”indica presença
de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
82
TABELA 9 Estimativa das elasticidades de substituição da importação de painel de fibra de madeira pelo resto do mundo, para os três modelos propostos, através do método dos mínimos quadrados ordinários
ª
.
País exportador Modelo 13 Modelo 14 Modelo 15
Intercepto
σ
Coeficiente de
Q
i
R
2
Intercepto
σ
R
2
Intercepto
σ
Demanda
defasada
R
2
Alemanha *
-18,188
(-12,561)
0,148
(1,071)
1,925
(22,724)
0,995
-2,458
(-28,338)
-0,605
(-2,335)
0,357
-0,488
(-1,558)
-0,213
(-1,302)
0,765
(6,180)
0,922
Áustria
-20,900
(-4,187)
-1,836
(-3,464)
2,002
(6,773)
0,889
-3,990
(-12,434)
-2,294
(-2,943)
0,459
-1,994
(-5,129)
-0,824
(-2,782)
0,498
(5,613)
0,905
Bélgica
-14,720
(-2,366)
-1,450
(-3,586)
1,648
(4,359)
0,662
-4,053
(-27,790)
-0,976
(-2,966)
0,464
-4,837
(-4,059)
-1,047
(-2,783)
-0,187
(-0,686)
0,421
Brasil
-2,275
(-0,352)
-1,520
(-4,026)
0,808
(2,055)
0,834
-5,423
(-32,233)
-1,410
(-4,902)
0,719
-5,063
(-8,691)
-1,702
(-8,203)
0,123
(0,095)
0,912
Canadá *
0,362
(0,033)
0,644
(0,990)
0,558
(1,718)
0,153
-5,618
(-30,879)
0,635
(1,985)
0,268
-2,608
(-2,487)
0,927
(3,682)
0,522
(2,948)
0,684
China
-71,509
(-4,547)
4,952
(5,201)
-0,521
(-0,584)
0,774
1,386
(0,181)
-1,600
(-2,349)
0,361
-1,693
(-1,239)
-2,078
(-2,226)
0,873
(3,763)
0,659
Espanha
-13,870
(-2,341)
-0,881
(-2,299)
1,577
(4,452)
0,783
-4,215
(-34,77)
-1,016
(-2,44)
0,382
-3,468
(-2,656)
-0,877
(-1,753)
0,176
(0,574)
0,317
Estados Unidos *
-17,437
(-2,374)
1,562
(3,135)
1,775
(4,016)
0,639
-4,550
(-39,860)
0,843
(2,065)
0,266
-4,840
(-3,116)
0,870
(1,743)
-0,063
(-0,189)
0,118
França *
-10,462
(-1,232)
-0,596
(-1,857)
1,401
(2,777)
0,429
-3,637
(-17,743)
-0,549
(-2,689)
0,437
-0,911
(-1,605)
-0,698
(-4,057)
0,774
(4,959)
0,782
Holanda *
24,252
(3,075)
-1,821
(-1,746)
-1,821
(-5,632)
0,791
-6,180
(-20,876)
-1,539
(-2,665)
0,404
-7,252
(-4,051)
-1,642
(-2,723)
-0,150
(-0,556)
0,423
Itália *
11,595
(5,977)
-0,284
(-0,662)
0,070
(0,578)
0,341
-3,6
(-8,70)
0,590
(0,592)
-0,088
-1,455
(-1,309)
0,171
(0,160)
0,623
(1,824)
0,29
Noruega *
-7,599
(-0,657)
-0,078
(-0,107)
1,120
(1,620)
0,478
-5,584
(-45,588)
-0,184
(-0,484)
-0,105
-2,459
(-1,091)
-0,092
(-0,385)
0,557
(1,385)
-0,004
Polônia *
-20,752
(-2,881)
-1,142
(-1,610)
1,988
(4,739)
0,732
-3,763
(-14,014)
-0,843
(-2,048)
0,285
-1,343
(-2,968)
-1,370
(-2,207)
0,752
(5,671)
0,792
Reino Unido
-4,334
(-0,637)
-1,223
(-3,249)
0,939
(2,279)
0,821
-5,327
(-40,403)
-1,188
(-4,408)
0,671
-5,110
(-8,500)
-1,567
(-8,003)
0,088
(0,750)
0,893
Rússia
-2,275
(-0,352)
-1,520
(-4,026)
0,808
(2,055)
0,834
-5,423
(-32,233)
-1,410
(-4,902)
0,719
-4,877
(-2,754)
0,441
(0,889)
-0,180
(-0,467)
-0,141
Suécia
9,480
(2,082)
0,215
(1,313)
0,106
(0,389)
0,385
-5,458
(-58,487)
-0,090
(-0,649)
-0,077
-3,301
(-2,034)
-0,057
(-0,404)
0,397
(1,308)
0,14
Suíça *
-22,299
(-3,247)
-1,180
(-3,054)
2,036
(4,977)
0,823
-4,751
(-21,268)
-0,903
(-3,065)
0,512
-2,304
(-2,509)
-1,162
(-2,262)
0,513
(2,869)
0,692
Resto Mundo *
-4,449
(-0,963)
-0,164
(-0,453)
1,164
(4,136)
0,88
-1,781
(-20,838)
-0,410
(-1,867)
0,303
-2,004
(-3,503)
-0,334
(-1,202)
-0,156
(-0,479)
-0,063
a
Os modelos 13, 14 e 15 são conforme especificados em Material e Métodos
“*” e “” indicam que os modelos 13 e 14, respectivamente, apresentam autocorrelação, a 5% de probabilidade, de acordo com a estatística de Durbin-Watson, enquanto
”indica presença de autocorrelação no modelo 15, conforme apontado pela estatística h de Durbin. Valores entre parênteses são estimativas da estatística t de Student
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