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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
DESEMPENHO OPERACIONAL DE SEMEADORA-ADUBADORA DE
PRECISÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE MARTELETE E VELOCIDADE
DE DESLOCAMENTO NA CULTURA DO MILHO
MARÍSIA CRISTINA DA SILVA
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de
Botucatu, para obtenção do título de Mestre em
Agronomia (Energia na Agricultura)
BOTUCATU-SP
Maio 2009
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
DESEMPENHO OPERACIONAL DE SEMEADORA-ADUBADORA DE
PRECISÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE MARTELETE E VELOCIDADE
DE DESLOCAMENTO NA CULTURA DO MILHO
MARÍSIA CRISTINA DA SILVA
Orientador: Prof. Dr. Carlos Antonio Gamero
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agronômicas da Unesp - Campus de
Botucatu, para obtenção do título de Mestre em
Agronomia (Energia na Agricultura)
BOTUCATU-SP
Maio 2009
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II
III
IV
Acender a luz, iluminar, vem chegado à hora
De tudo enfim se clarear;
Na lida dos dias meus, que só querem ver o vento e viajar;
Voar, voar no som. Porque será que o pensamento;
Esse eterno viajante, nos carrega a todo instante,
Sempre a procurar horizontes...”
(Almir Sater e Renato Teixeira)
V
Para
Sonia e Julio, meus pais
Dedico.
Para
Maybi e Julio, meus irmãos
Ofereço.
VI
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela vida e por sua incondicional proteção;
Ao Prof. Dr. Carlos Antonio Gamero, pela confiança, amizade,
dedicação e disposição em me orientar;
Ao Prof. Dr. Silvio José Bicudo, por sua paciência, amizade e
companheirismo;
Ao Prof. Dr. Paulo Roberto Arbex Silva, pela atenção, disposição e
ensinamentos;
Ao Prof. Dr. Marco A. M. Biaggioni, pelo apoio e compreensão;
Aos docentes, Prof. Dr. Sergio Lázaro de Lima, Prof. Dr. Zacarias
Xavier de Barros e Prof. Dr. Carlos Alexandre C. Crusciol, pelas conversas profissionais,
ensinamentos e conselhos;
A todos os docentes das disciplinas cursadas pelo programa;
À Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, Campus de
Botucatu, ao Departamento de Engenharia Rural e à coordenação do Curso de Pós-graduação
em Agronomia, Área de Concentração em Energia na Agricultura, pela oportunidade;
Aos funcionários da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção (FEPP)
do Lageado, em especial a Mario de Oliveira Munhoz, Manuel Lopes dos Santos e Acássio
Tavares por toda ajuda e amizade durante o desenvolvimento do experimento;
Ao laboratório de Sementes do Departamento de Agricultura e
Melhoramento Vegetal, em nome do Prof. Dr. Cláudio Cavariani, por possibilitar a realização
das análises com sementes.
Às funcionárias da Seção de Pós-Graduação;
A todos os funcionários da biblioteca Prof. Paulo de Carvalho Mattos;
À Márcia Maria L. da C. Gamero, pela amizade e sugestões
ortográficas.
À Alessandra Costa Gamero, Ângela Billar de Almeida, Reni Saath,
Rodrigo Domingues Barbosa, Jairo Costa Fernandes, Tassiana de Souza, Camila Maitan,
Elissa Ap. Brisola, Michelle Cardoso dos Santos, Marina Moura Morales, Maíra Uliana e
Maíra dos Santos Fiori;
Ao meu estagiário Henrique Trevisanuto, pelo companheirismo e
trabalho;
Ao amigo Engº Agrº Msc. José Guilherme Lança Rodrigues, que
tornou possível a realização desse trabalho, estando presente em todos os momentos
importantes desta trajetória. Meus agradecimentos serão eternos e levo sua amizade dentro do
peito, por onde quer que eu vá;
Á minha família que acreditou no meu potencial por uma vida toda, e
continua presente em todos os momentos valiosos. Obrigada pela paciência e amor.
À Roni Ap. Videschi, pela dedicação integral ao projeto, nos períodos
mais difíceis. Pelo seu trabalho, amizade, companheirismo, carinho, amor e por acreditar em
mim, meu sincero agradecimento será por toda minha vida.
VIII
SUMÁRIO
Página
1. RESUMO..........................................................................................................................
01
2. SUMMARY......................................................................................................................
03
3. INTRODUÇÃO................................................................................................................
05
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................
07
4.1 A cultura do milho.......................................................................................................
07
4.2 Sistema Plantio Direto..................................................................................................
08
4.3 Semeadora-Adubadora.................................................................................................
09
4.4 Velocidade de deslocamento........................................................................................
11
4.5 Distribuição de sementes e fertilizantes.......................................................................
12
4.6 Demanda energética e operacional...............................................................................
14
4.7 Testes de vigor, danos mecânicos em sementes, germinação de sementes e
emergência de plântulas de milho..............................................................................
16
4.8 Produtividade do milho................................................................................................
18
5. MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................................
21
5.1 Material........................................................................................................................
21
5.1.1 Localização da área experimental.......................................................................
21
5.1.2 Caracterização do solo........................................................................................
22
5.1.3 Descrição do clima e precipitação pluvial..........................................................
24
5.1.4 Equipamentos e insumos agrícolas.....................................................................
26
5.1.4.1 Máquinas agrícolas.................................................................................
26
5.1.4.1.1 Trator.......................................................................................
26
5.1.4.1.2 Equipamentos agrícolas...........................................................
26
5.1.4.2 Insumos agrícolas...................................................................................
27
5.1.4.2.1 Caracterização do híbrido de milho utilizado.........................
27
5.1.4.2.2 Fertilizantes..............................................................................
28
5.1.4.2.3 Defensivos agrícolas................................................................
28
5.1.5 Materiais utilizados para coleta de amostras dos parâmetros de caracterização
do solo.................................................................................................................
29
IX
5.1.5.1 Determinação do teor de água e densidade do solo................................
29
5.1.5.2 Determinação da matéria seca da cobertura vegetal...............................
29
5.1.5.3 Determinação da porcentagem de cobertura do solo..............................
29
5.1.5.4 Determinação da resistência do solo à penetração..................................
29
5.1.6 Materiais utilizados para coleta de dados dos parâmetros de avaliação.............
30
5.1.6.1 Sistema eletrônico de aquisição de dados...............................................
30
5.1.6.2 Determinação da profundidade de deposição de sementes.....................
30
5.1.6.3 Determinação da área de solo mobilizado e profundidade de sulco de
semeadura................................................................................................
31
5.1.6.4 Determinação do consumo horário e operacional de combustível..........
31
5.1.6.5 Determinação de força de tração na barra...............................................
32
5.1.7 Materiais utilizados para os parâmetros avaliados após a semeadura.................
32
5.1.7.1 Determinação da distribuição longitudinal de plantas............................
32
5.1.7.2 Avaliações na cultura do milho...............................................................
33
5.1.7.2.1 Componentes morfológicos......................................................
33
5.1.7.2.2 Componentes de produção.......................................................
33
5.1.7.2.3 Determinação de danos mecânicos nas sementes....................
33
5.1.7.2.4 Produtividade...........................................................................
34
5.2 Métodos........................................................................................................................
34
5.2.1 Delineamento experimental.................................................................................
34
5.2.2 Descrição dos tratamentos...................................................................................
34
5.2.3 Instalação e condução do experimento................................................................
35
5.2.4 Cronograma de condução do experimento..........................................................
36
5.2.5 Métodos de determinação dos parâmetros de caracterização do solo.................
38
5.2.5.1 Determinação do teor de água e densidade do solo................................
38
5.2.5.2 Determinação da matéria seca da cobertura vegetal...............................
39
5.2.5.3 Determinação da porcentagem de cobertura do solo..............................
39
5.2.5.4 Determinação da resistência do solo à penetração..............................
39
5.2.5.5 Determinação da granulometria e das análises químicas do solo...........
40
5.2.6 Métodos de determinação dos parâmetros de avaliação durante a operação de
X
semeadura...…………………………..................................................................
40
5.2.6.1 Determinação da profundidade de deposição de sementes......................
40
5.2.6.2 Determinação da área de solo mobilizado e profundidade de sulco de
semeadura......………………...................................................................
41
5.2.6.3 Determinação do consumo horário de combustível.................................
41
5.2.6.4 Determinação do consumo operacional de combustível..........................
42
5.2.6.5 Determinação da força média na barra de tração.....................................
42
5.2.6.6 Determinação da força máxima na barra de tração..............................
43
5.2.6.7 Velocidade de deslocamento.………………...........................................
43
5.2.6.8 Capacidade de campo efetiva.………………..........................................
44
5.2.7 Métodos utilizados para os parâmetros avaliados após a semeadura..................
44
5.2.7.1 Determinação da distribuição longitudinal de plantas.........................
44
5.2.7.2 Número médio de dias para emergência de plântulas..............................
45
5.2.7.3 Na cultura do milho.......……………………….......................................
45
5.2.7.3.1 Componentes morfológicos…..……….....................................
45
5.2.7.3.2 Componentes de produção…….………...................................
46
5.2.7.3.3 Determinação de danos mecânicos nas sementes....................
47
5.2.7.4 Produtividade..............………………………….....................................
48
5.2.7.5 Análise estatística dos dados..…………………......................................
49
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO................…………………………...........…................
50
6.1 Matéria seca e porcentagem de cobertura do solo........................................................
51
6.2 Profundidade de deposição de sementes e de sulco de semeadura e área de solo
mobilizado...........................................…...................................................................
51
6.3 Consumo horário e operacional de combustível.……………….................................
53
6.4 Força máxima e média de tração na barra.………………...…................................
55
6.5 Velocidade de deslocamento e capacidade de campo efetiva......................................
57
6.6 Distribuição longitudinal de plantas....………………………….................................
58
6.7 Número médio de dias para emergência de plântulas...………...................................
61
6.8 Altura de planta............................................................................................................
62
6.9 Altura de inserção da primeira espiga....………………………..................................
62
XI
6.10 Número de espigas por planta....………………………………................................
63
6.11 Diâmetro do colmo....………………………………………….................................
64
6.12 Estande inicial e final de plantas e índice de sobrevivência.....................................
64
6.13 Massa de mil grãos...………………………………………….................................
66
6.14 Teste de coloração rápida (tintura de iodo) e germinação……................................
67
6.15 Produtividade………………………………………………………………………
69
7. CONCLUSÕES….……………………………………………………………………….
71
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………...
72
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1.
Distribuição granulométrica do solo na área experimental.............................
22
Tabela 2.
Parâmetros de propriedades e características físicas do solo..........................
22
Tabela 3.
Análise química do solo antes da implantação do experimento......................
23
Tabela 4
Teor de água no solo no momento da semeadura do milho e da
determinação da resistência do solo à penetração...........................................
23
Tabela 5.
Resistência do solo à penetração (MPa) por bloco, sob diferentes
profundidades..................................................................................................
24
Tabela 6.
Descrição dos fatores e dos tratamentos estudados.........................................
35
Tabela 7.
Cronograma de atividades desenvolvidas para a execução do
experimento.....................................................................................................
37
Tabela 8.
Profundidade de deposição de sementes (m), de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
51
Tabela 9.
Profundidade do sulco de semeadura (m), de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
52
Tabela 10.
Área de solo mobilizado (m) de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
53
Tabela 11.
Consumo horário de combustível (L ha
-1
), de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
54
Tabela 12.
Consumo operacional de combustível (L ha
-1
), de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
54
Tabela 13.
Força máxima (kN) de tração na barra, de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)......................................................................................
56
Tabela 14.
Força média de tração na barra (N), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
56
Tabela 15.
Velocidade de deslocamento (km h
-1
), de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)......................................................................................
57
XIII
Tabela 16.
Capacidade de campo efetiva (ha h
-1
), de acordo com os fatores 2
marteletes e 5 velocidades (km h
-1
).................................................................
58
Tabela 17.
Espaçamento falho (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)............................................................................................................
59
Tabela 18.
Espaçamento múltiplo (%), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
59
Tabela 19.
Espaçamento normal (%), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
60
Tabela 20.
Número de dias para emergência de plântulas, de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
61
Tabela 21.
Altura de plantas (m), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)............................................................................................................
62
Tabela 22.
Altura de inserção da primeira espiga (m), de acordo com os fatores,
marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................................
63
Tabela 23.
Número de espigas por planta, de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
63
Tabela 24.
Diâmetro do colmo (m), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)............................................................................................................
64
Tabela 25.
Estande inicial e final de plantas e índice de sobrevivência, de acordo com
os fatores marteletes e velocidades (km h
-1
)....................................................
65
Tabela 26.
Massa de mil grãos (g), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)............................................................................................................
66
Tabela 27.
Teste de coloração rápida (%), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
67
Tabela 28.
Teste de germinação (%), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)........................................................................................
68
Tabela 29.
Produtividade (kg), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)............................................................................................................
70
XIV
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1.
Resistência do solo à penetração (MPa) sob diferentes profundidades.........
24
Figura 2.
Dados mensais (abril de 2007 a maio de 2008) de precipitação
pluviométrica (mm)........................................................................................
25
Figura 3.
Dados mensais (abril de 2007 a maio de 2008) de temperatura do ar
(°C).................................................................................................................
25
Figura 4.
Vista do painel com instrumentos eletrônicos indicadores dos dados
coletados para a realização do experimento...................................................
30
Figura 5.
Fluxômetro instalado no trator para determinação do consumo de
combustível (acoplamento ao sistema de aquisição de dados (1),
fluxômetro (2) e filtro de combustível (3)......................................................
31
Figura 6.
Conjunto utilizado para a determinação da força de tração na barra
(suporte metálico “berço” (1) e célula de carga (2) ......................................
32
Figura 7.
Marteletes de 4 e 5 dentes..............................................................................
35
Figura 8.
Esquema da disposição dos tratamentos e dos blocos no campo...................
36
1
1 RESUMO
Na operação de semeadura, o estande adequado e a uniformidade de
distribuição de sementes são componentes de grande influência na produtividade do milho.
Esses fatores podem ser afetados por inúmeras variáveis, sendo a velocidade de operação da
semeadora-adubadora uma das mais importantes, além da adequação semente/orifício no
disco dosador. A velocidade de deslocamento e a regulagem da semeadora, sendo
inadequadas, podem proporcionar baixa população de plantas, acarretando em uma
produtividade não desejada. O presente trabalho teve como objetivo analisar o desempenho
operacional de uma semeadora-adubadora de precisão, em função de cinco velocidades de
deslocamento e dois tipos de martelete, utilizada para a semeadura da cultura do milho em
sistema plantio direto. O experimento foi instalado e conduzido em área experimental
pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP Botucatu, SP, no período de
dezembro de 2007 a maio de 2008. O solo da área experimental foi classificado como
Nitossolo Vermelho Distroférrico, textura muito argilosa. O delineamento experimental
utilizado foi de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, em esquema fatorial 2x5, sendo
dois tipos de marteletes (4 e 5 dentes) e cinco velocidades de deslocamento (3,0; 4,5; 5,0; 7,0
e 9,0 km h
-1
) com quatro repetições. Assim, o experimento teve 10 tratamentos, totalizando
2
40 parcelas experimentais. Foram avaliados os dados referentes à porcentagem de cobertura
do solo, profundidade do sulco de semeadura, área de solo mobilizado e de deposição de
sementes, consumo horário e operacional de combustível, força na barra de tração do trator,
velocidade de deslocamento, capacidade de campo efetiva, distribuição longitudinal de
sementes, número médio de dias para emergência de plântulas, componentes morfológicos e
componentes de produção da planta de milho, danos mecânicos nas sementes e produtividade
de grãos. Foi constatado o efeito da velocidade de deslocamento nas variáveis: consumo
horário e operacional de combustível, capacidade de campo efetiva, distribuição longitudinal
de plantas, número médio de dias para emergência de plântulas, altura de plantas, altura de
inserção da primeira espiga, estande inicial e final de plantas, danificação mecânica e
produtividade. À medida que se aumentou a velocidade de deslocamento, foi diminuída a
profundidade de deposição de semente e do sulco de semeadura. Para a emergência de
plântulas, quanto maior foi a profundidade de deposição de sementes, maior foi o tempo para
que ocorresse o processo de germinação. Não se verificou influência dos marteletes neste
parâmetro. O índice de sobrevivência de plantas de milho para todas as velocidades e
marteletes estudados foi elevado. Entre as velocidades estudadas, a de 5,0 km h
-1
foi a que
apresentou a maior produtividade.
3
THE OPERATIONAL PERFORMANCE OF A PRECISION PLANTER DUE TO THE
TYPE OF JUMPERS AND DISPLACEMENT VELOCITY ON THE CORN
CULTIVATION.
Botucatu, 2009. 95p. Dissertation (Master Science in Agronomy/Energy in Agriculture)
College of Agricultura Science, Sao Paulo State University
Author: Marísia Cristina da Silva
Adviser: Carlos Antonio Gamero, Ph. D
2 SUMMARY
In the sowing operation, the appropriate stand and the uniformity on
the distribution of seeds are mentioned as factors of great influence on the corn yield.. These
factors can be affected by several variables, being the planter displacement velocity one of
the most important of them, besides the adjustment of seeds in the perforated disc device for
seed dosage. The inadequate displacement velocity and adjustment of the planter may provide
low population of plants, leading to an undesired yield. The current paper had as its objective
to analyze the precision planter’s operational and energetically performances according to
five different displacement velocities and two types of jumpers used for planting no-tillage
corn.The experiment was installed and conducted at the experimental area belonging to the
College of Agricultural Science - UNESP located in Botucatu, Sao Paulo state, in the period
comprised between December, 2007 and May, 2008. The experimental soil area was
classified as Nitossolo Vermelho Distroférrico presenting a deep argillaceous texture. The
experimental design consisted of blocks at random with parcels subdivided in factorial
scheme 2x5, two types of jumpers (4 and 5 staples) and 5 different displacement velocities
(3,0; 4,5; 5,0; 7,0 e 9,0 Km h
-1
) with four repetitions. Thus, the experiment was composed by
10 treatments, totalizing 40 experimental plots. The evaluated data regarded to the percentage
of soil coverage, the sowing line depth, mobilized soil and seed overthrown area, horal and
4
operational fuel consumption, force on the tractor traction bar, displacement velocity,
effective field capacity, longitudinal distribution of seeds, average number of days for the
emergence of seedlings, morphological and corn production components, mechanical harm
on seeds and grain production. The displacement velocity effect was verified on the following
variables: horal and operational fuel consumption, effective field capacity, longitudinal
distribution of plants, average number of days for the emergence of seedlings, plants height,
first ear insertion height, initial and final plant stand, mechanical harm and yield. In as much
as the displacement velocity increased, the seed overthrown area and the sowing line depth
were diminished, by other hand increasing the period for the germination process. The
jumpers had no influence on this parameter. The survival index related to the studied
velocities and jumpers were high. Among the studied velocities, the one of 5.0 km h
-1
was the
one which presented the highest yield.
Key Words: corn, no-tillage, displacement velocities, jumpers and precision planter.
5
3 INTRODUÇÃO
Na agricultura moderna a necessidade de se produzir cada vez
mais alimentos, minimizar custos operacionais e reduzir a movimentação do solo. Assim
muitos agricultores substituíram o sistema convencional pelo sistema plantio direto,
objetivando a implantação da cultura sem preparo prévio. Isto proporcionou melhores
condições de acomodação das sementes no solo de forma a atender aos requisitos fisiológicos
para germinação e emergência das plântulas. Esse sistema envolve, geralmente, conjuntos de
órgãos ativos que realizam operações de corte de resteva, abertura dos sulcos para
distribuição das sementes e do fertilizante, cobertura e compactação.
No sistema plantio direto, a rotação de culturas torna-se um dos
primeiros quesitos a ser considerado. Neste contexto, a cultura do milho contribui de forma
relevante, reduzindo a incidência de pragas e doenças, fornecendo elevadas quantidades de
matéria seca e aproveitando nutrientes que não foram utilizados por outras culturas. Para que
a cultura do milho possa atingir o seu máximo potencial produtivo, deve-se levar em
consideração a população de plantas por unidade de área recomendada para cada híbrido,
assim como a qualidade da distribuição longitudinal das sementes nas linhas de semeadura.
6
A baixa produtividade das culturas pode ser decorrente de problemas
relacionados com a regulagem da semeadora, dentre os quais, a velocidade em que a
operação de semeadura é realizada e a adequação semente/orifício do disco dosador.
Atualmente, por meio de testes, pode-se avaliar o nível de dano que as sementes sofreram
durante o processo de semeadura em termos de qualidade e porcentagem de germinação.
O presente trabalho teve como objetivo analisar o desempenho
operacional de uma semeadora-adubadora de precisão, em função de cinco velocidades de
deslocamento (3,0; 4,5; 5,0; 7,0 e 9,0 km h
-1
) e de dois tipos de martelete (4 e 5 dentes),
utilizada para a semeadura da cultura do milho em sistema plantio direto.
Como a qualidade da operação de semeadura influencia na
produtividade da cultura em questão, podendo ser afetada tanto pela velocidade de
deslocamento como pelo mecanismo dosador de sementes e pela ação dos marteletes, a
hipótese deste trabalho consiste em avaliar se a utilização de um martelete de 4 ou 5 dentes
pode interferir no desempenho da semeadora no momento da semeadura.
7
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 A cultura do milho
De acordo com Cruz (2004), o aumento da produção de milho no
Brasil, se deve mais ao aumento da produtividade do que ao incremento da área cultivada, e
também pelo maior cultivo do cereal no período denominado “safrinha” a qual, de acordo
com dados do Agrianual (2006), é responsável por aproximadamente 22% da produção. Os
resultados da safra 2006/2007 da cultura do milho foram muito positivos. O clima favorável
propiciou altas produtividades, tanto na safra de verão quanto na safrinha, sendo que a
colheita foi recorde, refletindo, inclusive, nas exportações; mês a mês os números superaram
as expectativas. As vendas externas sustentaram as cotações do cereal durante todo o ano,
mesmo com a super safra.
Segundo o “Food and Agricultural Policy Research Institute”
(Instituto de Pesquisa de Política Agrícola e Alimentar), o uso de milho para a produção de
etanol deverá saltar de 40 milhões de toneladas em 2005 para 105 milhões em 2015 nos
Estados Unidos (AGRIANUAL, 2007).
8
Na safra 2006/2007 o mercado brasileiro foi fortemente influenciado
pela conjuntura internacional. As projeções mostraram-se conservadoras, tanto em termos de
preço quanto de volume exportado. Até setembro de 2007, o Brasil havia quebrado o
recorde de exportações atingido em 2001. O montante exportado na safra 2006/2007 foram
superados mensalmente, sobretudo no segundo semestre. De julho a setembro, os embarques
superaram 1 milhão de toneladas/mês, correspondendo a um valor total projetado acima de
9,5 milhões de toneladas (AGRIANUAL, 2008).
A cultura do milho se mantém em destaque no cenário nacional de
produção de grãos, contribuindo significativamente para a balança comercial brasileira e com
perspectivas cada vez mais promissoras para exportação. Segundo Corrêa et al. (2004), a
produção de milho no Brasil é estimulada pelo alto consumo do produto como fonte de
alimentação animal, principalmente para a avicultura, suinocultura e bovinocultura.
Esta cultura apresenta importância tanto no aspecto econômico,
social, como também no agronômico. Sua utilização está presente em rotação de culturas,
constituindo-se numa alternativa econômica devido à elevada produção de matéria seca em
relação ao mínimo de 5 toneladas por hectare exigido pelo sistema plantio direto. Como
apresenta uma decomposição mais lenta em função da maior relação C/N, protege o solo por
tempo prolongado (MELLO FILHO; RICHETTI, 1997). Fancelli (2002) aponta a relação de
dependência entre a cultura do milho e o sistema plantio direto.
4.2 Sistema Plantio Direto
Os sistemas de manejo do solo são classificados como intensivo
(convencional com a utilização de arados e grades), mínimo ou reduzido e plantio direto,
sendo os dois últimos denominados também de manejos conservacionistas. Para o sistema de
preparo reduzido, utiliza-se de equipamentos de hastes, tais como escarificadores, cinzéis,
assim como equipamentos descompactadores, como subsoladores. No sistema plantio direto
apenas a operação de semeadura é realizada, sendo assim, foi convencionado pela Federação
de Associações de Plantio Direto na Palha que o sistema seria denominado Plantio Direto
(DALLMEYER, 2001).
9
Castro (1990), afirma que os agricultores têm se preocupado em
reduzir o número de operações de preparo de solo, como forma de economizar tempo e
trabalho, bem como combustível, controlar a erosão e o teor de água no solo, mudando do
sistema convencional para sistemas conservacionistas, como o preparo reduzido e sistema
plantio direto.
Uma das melhores alternativas, para impedir que ocorram perdas
tanto de solo e água, é o sistema plantio direto. O conceito, inicialmente adotado, para plantio
direto, foi derivado da expressão “no-tillage”, que significa sem preparo. É um procedimento
de plantio sobre uma cobertura morta quimicamente ou sobre resíduos da cultura anterior,
sem preparo mecânico do leito de semeadura (JONES et al., 1968). O sistema plantio direto
no Brasil foi inserido no início dos anos 70 (DENARDIN; KOCHHANN, 1993), sendo que o
seu objetivo principal era controlar a erosão nas lavouras cultivadas com sucessão soja/trigo.
A evolução do sistema plantio direto tem sido notável, principalmente nos últimos anos. Na
safra de 2005/2006 foram cultivados aproximadamente 25,5 milhões de hectares sob esse
sistema (FEBRAPDP, 2007), representando mais de 50% da produção com culturas
produtoras de grãos.
Para Casão Júnior et al. (2000), a consolidação do sistema plantio
direto depende da necessidade de solucionar problemas por ocasião da sua instalação, como,
por exemplo, os de compactação do solo, baixos teores de matéria orgânica, baixa fertilidade,
presença de plantas daninhas e elevado consumo energético em função de seleção inadequada
das máquinas existentes.
4.3 Semeadora-Adubadora
As semeadoras-adubadoras podem ser providas de diferentes
mecanismos dosadores de sementes, sendo os mais utilizados: disco perfurado, rotor
acanalado, dedo prensor, copo distribuidor e dosador pneumático. Geralmente, estes
mecanismos são posicionados na máquina numa altura distante do solo, fazendo com que as
sementes, após serem dosadas, tenham de percorrer uma grande distância em queda livre,
dentro de um tubo condutor até o solo (SILVA et al., 2000). De acordo com Rocha et al.,
(1998), a altura de queda das sementes afeta o desempenho dos mecanismos dosadores.
10
Durante o deslocamento dentro do tubo condutor, as sementes sofrem
vibrações provocadas pela movimentação da máquina, o que altera o tempo de queda até o
solo e, conseqüentemente, a uniformidade no espaçamento no sulco de semeadura. Essa
vibração, associada à possibilidade de ocorrer o repique da semente ao ser descarregada no
solo, é fortemente influenciada pela velocidade de operação da semeadora-adubadora
(MAHL, 2006).
Pacheco et al. (1996) afirmam que as sementes, liberadas do
mecanismo dosador, adquirem, em queda livre, um componente vertical de velocidade por
causa da aceleração da gravidade, e um componente horizontal decorrente da velocidade de
avanço da semeadora. O componente horizontal faz com que, normalmente, as sementes
rolem ou saltem para fora do local de destino, no momento do impacto com o solo. Levando
em consideração essas informações, é sempre desejável que o componente horizontal seja
minimizado ou eliminado, de modo que qualquer salto da semente seja essencialmente
vertical e que ela seja depositada regularmente no sulco.
Oliveira et al. (2000), estudando o desempenho de uma semeadora-
adubadora para plantio direto, notaram que o aumento da velocidade apresentou influência
significativa sobre o número de sementes por hectare, população final de plantas,
profundidade de semeadura e distribuição longitudinal.
Butierres e Caro (1983) e Kurachi et al. (1989) constataram que a
uniformidade de distribuição longitudinal das sementes é uma das características que mais
contribui para a obtenção de estande adequado de plantas e uma boa produtividade das
culturas.
Santos et al. (2000), avaliando o efeito da velocidade de deslocamento
da semeadora, provida de mecanismo distribuidor de sementes (tipo pneumático), verificaram
que o aumento da velocidade de operação influenciou, significativamente, na distribuição de
sementes. Assim, pode-se ressaltar que não se a troca de uma semeadora por outra de
melhor projeto que irá garantir um processo de semeadura ideal, e sim um conjunto de fatores
a serem considerados e avaliados antes de sua aquisição.
11
4.4 Velocidade de deslocamento
Vieira e Reis (2001) afirmaram que a velocidade de deslocamento
ideal para a semeadura é aquela em que o sulco é aberto e fechado sem remover
exageradamente o solo, permitindo distribuir as sementes com espaçamentos e profundidades
constantes.
Delafosse (1986) afirmou que a velocidade de deslocamento,
dentre vários fatores, era o que mais interferia tanto no desempenho de semeadoras-
adubadoras como na distribuição longitudinal das sementes no sulco de semeadura.
Furlani et al. (1999) concluíram que, quando a velocidade de
semeadura passou de 3 para 5 km h
-1
, o estande final e a produtividade de grãos foram
reduzidos.
Garcia et al. (2006) afirmaram que a velocidade de semeadura
afeta a produtividade quando há alteração significativa da população com espiga no momento
da colheita.
Silva et al. (2000) conduziram trabalho em solo com sistema plantio
direto para verificar o estabelecimento da cultura do milho com semeadora-adubadora
equipada com dosador de sementes do tipo disco horizontal perfurado, nas velocidades de
deslocamento de 3,0; 6,0; 9,0 e 11,2 km h
-1
. O número de plantas de milho na linha de
semeadura foi menor nas velocidades mais altas de operação da máquina. A uniformidade
dos espaçamentos entre as sementes de milho na linha de semeadura foi considerada
excelente para a velocidade de 3,0 km h
-1
, regular para 6,0 e 9,0 km h
-1
e insatisfatória para
11,2 km h
-1
. As velocidades da semeadora-adubadora de até 6,0 km h
-1
propiciaram maiores
estandes de plantas e número de espigas por metro, sendo responsáveis pela maior
produtividade de grãos.
Mahl (2004) concluiu que o número de plantas na linha de semeadura
foi reduzido com o acréscimo da velocidade de deslocamento. Entretanto, Silva (2000)
concluiu que a uniformidade de distribuição de sementes não foi influenciada pela velocidade
de deslocamento na implantação de culturas de milho e soja. Klein et al. (2002), avaliaram o
efeito da velocidade (de 3,0 km h
-1
a 11,0 km h
-1
) na operação de semeadura direta de soja,
utilizando uma semeadora com mecanismo dosador de sementes do tipo discos alveolados
12
horizontais, apresentam resultados semelhantes e afirmam que o aumento de velocidade não
afetou o porcentual de espaçamentos duplos e falhos e nem a produtividade.
Fey et al. (2000) constataram, também, que o aumento da velocidade
de deslocamento, na operação de semeadura para a cultura do milho, influenciou a
uniformidade de distribuição longitudinal de plantas, não afetando a população de plantas e a
produtividade de grãos. A exceção, encontrada na revisão bibliográfica, é a conclusão obtida
por Silva (2000), que testando duas semeadoras de precisão; uma com discos de corte lisos
com sulcadores tipo guilhotina para fertilizantes e sulcadores de discos duplos defasados para
sementes; e outra com discos de corte lisos com dois conjuntos de sulcadores e discos duplos
para sementes e fertilizantes; não verificou influencia da velocidade de deslocamento na
semeadura.
Tais resultados reforçam o consenso entre os pesquisadores
(DELAFOSSE, 1986, FEY et al., 2000, SILVA et al., 2000 e MAHL et al., 2004) de que a
elevação da velocidade de semeadura reduz a qualidade da distribuição de sementes.
Branquinho et al. (2004), estudando o uso de triturador de palhas
tratorizado, rolofaca e herbicida com duas velocidades de deslocamento da semeadora-
adubadora (5,2 e 7,3 km h
-1
), observaram que não houve diferença na decomposição da massa
de milheto após os manejos. Esses fatores, juntamente com a velocidade de deslocamento do
conjunto trator-semeadora-adubadora, não influenciaram no número de dias para a
emergência das plântulas de soja e na distribuição longitudinal das sementes. A capacidade
de campo efetiva da semeadora-adubadora foi maior na velocidade mais alta. O rendimento
de grãos não diferiu significativamente nos tratamentos estudados.
4.5 Distribuição de sementes e fertilizantes
Kepner et al. (1982) afirmaram que a porcentagem de enchimento dos
orifícios era influenciada pelos fatores: tamanho máximo das sementes em relação ao
tamanho dos orifícios; amplitude do tamanho das sementes; forma das sementes; forma dos
orifícios e tempo de expulsão das sementes pelos orifícios. O tamanho dos orifícios dos
discos deveria ser 10% maior que a máxima dimensão das sementes e a espessura dos discos,
igual ao diâmetro ou espessura média das sementes.
13
Mohsenim (1974) afirmou que a distribuição longitudinal das
sementes com disco perfurado horizontal, assim como sua qualidade, estaria relacionada com
o ângulo de repouso das sementes no depósito, o teor de água, a presença de material
estranho, a orientação das partículas e, principalmente, a rugosidade da superfície da semente.
Mantovani et al. (1999) afirmaram que o tratamento fitossanitário de
sementes ocasionava alterações na distribuição de sementes por disco perfurado horizontal,
devido ao fato de que os principais produtos do mercado conferiam certa aderência às
sementes, dificultando o enchimento das lulas e, conseqüentemente, o desempenho desse
sistema.
Jasper et al. (2006) afirmaram que o tratamento fitossanitário
aumentava os espaçamentos falhos e múltiplos e reduzia os espaçamentos aceitáveis. Assim,
o emprego de grafite reduz os espaçamentos falhos e múltiplos e eleva os espaçamentos
aceitáveis.
Butierres e Caro (1983) e Kurachi et al. (1989) constataram que a
uniformidade de distribuição longitudinal das sementes foi uma das características que mais
contribuiu para a obtenção de estande adequado de plantas e de uma boa produtividade das
culturas.
Dambrós (1998) concluiu que a uniformidade de distribuição de
plantas foi reduzida com o aumento da velocidade na operação de semeadura e verificou que
a semeadora-adubadora pneumática apresentou maior percentual de espaçamentos aceitáveis
e menor coeficiente de variação na menor velocidade testada (5,0 km h
-1
).
Trabalhando com velocidades de deslocamento de 4,5 e 8,0 km h
-1
,
Araújo et al. (1999) verificaram que houve uniformidade na profundidade de semeadura de
milho e soja em todas as linhas. Já para a uniformidade de distribuição longitudinal de plantas
de milho, para as duas velocidades obteve-se desempenho semelhante, com espaçamentos
normais entre plantas superiores a 60%. Também observaram que com o aumento da
velocidade houve redução nos espaçamentos normais e aumento nos duplos.
Reis e Alonço (2001), comparando a precisão funcional de vários
mecanismos dosadores estudados no Brasil, entre os anos de 1989 e 2000, concluíram que,
com velocidades de semeadura acima de 7,5 km h
-1
, a qualidade da distribuição de sementes
com mecanismos pneumáticos e disco horizontal perfurado se assemelha.
14
Estudando a qualidade na semeadura de milho com dosador do tipo
disco perfurado horizontal, Mahl et al. (2004) concluíram que, nas velocidades de semeadura
de 4,4 e 6,1 km h
-1
, obteve-se eficiência semelhante na distribuição de sementes de milho e
significativamente melhor que na velocidade de 8,1 km h
-1
. A maior velocidade proporcionou
menor percentual de espaçamentos normais e aumento no percentual de espaçamentos
múltiplos e falhos, maior coeficiente de variação e pior índice de precisão. A variação da
velocidade não interferiu na população inicial de plantas.
Branquinho et al. (2004) constataram que a distribuição longitudinal
de sementes não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Porém, nota-se que
os espaçamentos aceitáveis possuem média de 44,8%, os falhos 23,1% e os múltiplos 32,1%;
isso se assemelha aos dados de Klein et al. (2002), demonstrando que menos da metade das
sementes foram depositadas com espaçamentos adequados
Garcia et al. (2006) constataram que houve aumento na percentagem
de espaçamentos falhos e múltiplos e queda de espaçamentos aceitáveis ao se elevar a
velocidade de deslocamento da semeadora-adubadora.
4.6 Demanda energética e operacional
Estudando o desempenho de uma semeadora-adubadora de precisão
na semeadura de milho em preparo convencional de solo e em semeadura direta, Marques et
al. (1999) não encontraram diferença no requerimento de força de tração na operação de
semeadura em função dos diferentes manejos da vegetação espontânea (plantas daninhas). O
valor médio obtido foi de 8,5 kN (quatro linhas de semeadura e mecanismo de deposição de
adubo tipo disco duplo concêntrico).
Mahl et al. (2004), realizando semeadura com seis linhas com
espaçamento de 0,45 m, com três velocidades de deslocamento (4,4; 6,1 e 8,1 km h
-1
),
constataram que a variação da velocidade interferiu no desempenho do conjunto, pois
conforme houve acréscimo na velocidade, houve aumento na capacidade operacional e
redução no consumo de combustível por área trabalhada de 86% e 26%, respectivamente.
15
Marques (2002) encontrou valores médios de 19,53; 22,97 e 20,30 kN
de exigência de força de tração na operação de semeadura de soja (seis linhas), em preparo
convencional, plantio direto e preparo reduzido, respectivamente.
Levien et al. (1999) obtiveram média de 2,1 ha h
-1
de capacidade de
campo e 5,9 L ha
-1
de consumo de combustível por área trabalhada, enquanto Marques et al.
(1999) encontraram 1,45 ha h
-1
e 7,3 L ha
-1
, respectivamente, utilizando o mesmo tipo de
semeadora.
Siqueira et al. (2001), trabalhando com semeadora-adubadora (plantio
direto) de seis linhas e haste parabólica, obtiveram 13,14 kN de exigência de força de tração
na barra. Marques (1999) encontrou valores de 8,47 kN de força de tração na barra para
semeadora de quatro linhas, com mecanismo de deposição de adubo tipo disco duplo
concêntrico.
A força de tração na barra requerida por linha de semeadura está na
faixa de 1,1 a 2,0 kN (ASAE, 1996). Silva (2000) constatou que, na semeadura direta de
milho (quatro linhas), os maiores valores de força de tração (16,12 kN) ocorreram na maior
velocidade. Na média do ensaio, o autor encontrou 1,65 kN (semeadura da soja) e 2,92 kN
(semeadura de milho) de exigência de força de tração na barra por linha.
Avaliando-se o requerimento de força de tração de uma semeadora de
fluxo contínuo com 14 linhas, na semeadura da aveia preta com duas profundidades de
deposição de sementes e duas velocidades (5,24 km h
-1
e 7,09 km h
-1
)
em plantio direto,
Silveira et al. (2005) constataram que com o aumento da profundidade de deposição de
sementes de 1,97 para 2,68 cm, o requerimento de força de tração também aumentou de 3,78
para 5,51 kN.
Ao se comparar o sistema plantio direto com o preparo convencional
e reduzido, Nagaoka e Nomura (2003) verificaram que o consumo horário de combustível no
plantio direto foi de 4,6 L h
-1
, mostrando a vantagem desse método em relação aos demais.
Mahl (2006) encontrou, em média, 12% de aumento no consumo
horário de combustível para cada km h
-1
de aumento na velocidade de deslocamento, na
operação de semeadura. Resultado semelhante foi encontrado por Furlani et al. (2007) que,
estudando desempenho operacional de semeadora-adubadora em diferentes manejos da
cobertura e da velocidade, constataram um aumento do consumo horário de combustível de
16
6,8%, da velocidade de deslocamento 4,0 para a velocidade de deslocamento de 5,0 km h
-1
, e
11,5% de 5,0 para 6,0 km h
-1
. Também encontraram efeito da velocidade de deslocamento
sobre o aumento do consumo horário de combustível Mahl et al. (2005), Mahl (2002) e
Oliveira (1997).
Oliveira et al. (2000) observaram diferença significativa no consumo
horário de combustível ao variar a velocidade de deslocamento. Também houve diferença
significativa para o consumo operacional, onde o maior valor foi verificado na velocidade de
5 km h
-1
. Esse valor na menor velocidade justifica-se pela redução da capacidade operacional
do conjunto trator-semeadora em relação à maior velocidade. Comportamento semelhante
também foi encontrado por Mahl e Gamero (2003).
4.7 Testes de vigor, danos mecânicos em sementes, germinação de sementes e
emergência de plântulas de milho
De acordo com Marcos Filho et al. (1987), a germinação de uma
semente sadia é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do
embrião, manifestando sua capacidade para dar origem a uma plântula normal sob condições
ambientais favoráveis.
Em relação aos danos mecânicos ocasionados nas sementes pelos
mecanismos dosadores de semeadoras, a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT
(1994) descreve que a danificação total das sementes pode ser subdividida em danificação
física (constituída de danos visíveis) e fisiológica (não visíveis), sendo que a identificação e
quantificação exigem o emprego de métodos laboratoriais.
Avaliando os efeitos de danificação mecânica em sementes de soja
que ocorreram no momento da semeadura, Razera (1979) avaliou três semeadoras comerciais
em bancada de testes, simulando quatro velocidades de deslocamento (4,0; 5,0; 8,0 e 10 km h
-
1
), concluindo que as três semeadoras ensaiadas causaram danos mecânicos nas sementes.
Mantovani et al. (1992), avaliando nove semeadoras de milho em
condições de campo, concluíram que, apesar do efeito dos mecanismos serem significativos,
a qualidade da semente ficou dentro do limite aceitável de germinação e de vigor.
17
Ensaiando nove semeadoras de milho em laboratório, sendo sete de
disco horizontal, uma de disco inclinado e uma pneumática pressurizada, Kurachi et al.
(1993) observaram a não ocorrência de porcentagens muito elevadas de sementes danificadas.
Silva et al. (1998), estudando a influência da velocidade de
deslocamento na danificação das sementes que passaram pelo mecanismo dosador da
máquina, verificaram que não houve dano significativo nas sementes, discordando de
Butierres (1980) na soja, Mantovani et al. (1992) e Kurachi et al. (1993) no milho, e Silva et
al. (1998) no arroz, em estudos relacionados com a velocidade de operação, constatando
diferença estatística entre os tratamentos.
O teste de tetrazólio tem sido considerado como uma alternativa
promissora, devido à rapidez e à eficiência na caracterização da viabilidade, do vigor, da
deterioração por umidade, dos danos mecânicos, entre outros. Os dados obtidos, através do
teste, auxiliam no processo de controle de qualidade durante as etapas de colheita, transporte,
beneficiamento e armazenamento de sementes. Essas informações possibilitam estabelecer
bases sólidas para fins de comercialização (CARVALHO, 1986).
Dias e Barros (1995) descreveram dois testes: o verde rápido e a
coloração com tintura de iodo. Em ambos, as sementes são colocadas em contato com a
solução “fast green FCF” e iodo, respectivamente, sendo as injúrias identificadas pelas
colorações (verde e azul) na região danificada. Desta forma, pode-se determinar, também, se
a qualidade de um lote de sementes foi reduzida na hora da semeadura (coleta de sementes
para análise futura em laboratório) ou se este lote apresentava danos sofridos por
beneficiamento e armazenamento inadequados.
De acordo com Ritchie et al. (2003), sob condições adequadas no
campo, a semente absorve água e começa seu crescimento. A radícula é a primeira a
apresentar elongação seguida pelo coleóptilo com a plúmula fechada e três a quatro raízes
seminais laterais. O estádio de emergência é finalmente atingido pela pida elongação do
mesocótilo, que empurra o coleóptilo, em crescimento, para a superfície do solo. Em boas
condições de calor e umidade, a emergência da plântula ocorrerá dentro de quatro a cinco
dias após a semeadura, mas sob condições de baixas temperaturas ou de secas, podem ser
necessárias duas semanas ou mais.
18
Devido à presença da cobertura vegetal e ao adensamento natural das
partículas do solo, o processo de semeadura foi à operação que sofreu as maiores
transformações no sistema plantio direto. Dentro do processo de semeadura, Liu et al. (2004)
relataram haver maior correlação do rendimento do milho com a variabilidade de emergência
do que com a distribuição de plantas. Estudando a emergência de milho, Gupta et al. (1988)
observaram que, em temperaturas favoráveis, existe correlação linear positiva entre a
profundidade de deposição da semente e o tempo necessário para a emergência das plântulas.
Prado et al. (2001) não encontraram diferenças para a velocidade de emergência em
diferentes profundidades de semeadura, em experimento com suplementação hídrica.
Mello et al. (2007), trabalhando com diferentes híbridos, constataram
que o número médio de dias para emergência de plântulas de milho variou de sete a nove e
não sofreu influência dos híbridos nem das velocidades em solo preparado
convencionalmente. Já em solo também com preparo convencional, Furlani et al. (2001)
obtiveram valor médio de 4,2 dias, e Mello et al. (2004) encontraram valores entre 6,4 e 7,5.
Faganello et al. (1998), que trabalharam com o híbrido de milho AG
9014 (simples) e duas velocidades de semeadura (3,5 e 7,0 km h
-1
) sobre resteva de ervilhaca
(Vicia sativa) dessecada, não encontraram influência de híbridos e/ou velocidades na
emergência de plântulas.
Para germinação e emergência mais rápidas em semeaduras com
datas antecipadas, a semeadura rasa se beneficia das temperaturas do solo mais favoráveis
perto da superfície. Em semeaduras mais tardias, as temperaturas do solo são geralmente
adequadas para todas as profundidades de semeadura e o teor de água torna-se o fator
limitante para o rápido crescimento. As maiores profundidades de semeadura geralmente
proporcionam melhor teor de água para as sementes tardias, a menos que tenha ocorrido
chuva recentemente (RITCHIE et al., 2003).
4.8 Produtividade do milho
Vários trabalhos citam que a velocidade contribui de maneira decisiva
para a distribuição longitudinal das sementes no momento da semeadura (MANTOVANI et
al., 1992, PACHECO et al., 1996, JUSTINO et al., 1998.). Porém, observa-se que, nem
19
sempre, esse arranjo causa diminuição na produtividade de grãos da cultura em estudo, o que
pode ser verificado no trabalho de Mello et al. (2003). Rizzardi et al. (1994) avaliaram a
influência da distribuição de plantas na linha de semeadura sobre a produtividade de grãos e
componentes da produção, de híbrido de milho precoce Pioneer 3230 (simples), com
população ajustada, por desbaste, para 65 mil plantas ha
-1
. Concluíram que a variação na
distribuição das plantas na linha de semeadura não alterou as variáveis citadas, desde que
mantida a mesma população de plantas.
Por outro lado, Argenta et al. (2001) verificaram a redução nos
valores do número de espigas por planta, número de grãos por espiga e massa de mil grãos
com o aumento da densidade de plantas, de 50 para 65 mil plantas ha
-1
. Porém, tais reduções
foram compensadas pelo aumento do número de plantas, pois não foi afetada a produtividade
de grãos. Os autores ressaltam a importância do híbrido de milho escolhido.
Mantovani e Bertaux (1990) afirmaram que os fabricantes de
semeadoras-adubadoras, com a finalidade de proteger o mecanismo dosador de sementes, têm
optado pela sua colocação o mais distante possível do solo. Isto implica em tubos mais
compridos, proporcionando às sementes um caminho mais longo para percorrer, aumentando
a possibilidade de rebotes, o que contribui para aumentar a desuniformidade na distribuição
das sementes e, posteriormente, afetar a produtividade. Nessa situação, as plantas apresentam
um sistema radicular de baixo volume, além de ser superficial, com pouca capacidade de
explorar a fertilidade natural do solo, sofrendo grandes perdas de produtividade quando
ocorrer à estiagem, sendo isto, o fator mais grave.
Barber (1985), Alonço e Ferreira (1992) verificaram aumento na
produtividade do milho devido à incorporação mais profunda do fertilizante.
Alguns autores citam as profundidades consideradas adequadas para a
deposição de sementes; Fancelli e Dourado Neto (2000) apontam como a ideal entre 3 e 5 cm,
para solos argilosos e 4 e 6 cm para solos arenosos. Weirich Neto (2004), estudando 60
pontos em uma lavoura comercial, relatou 3,9 cm como a ideal, sendo que abaixo ou acima
dessa profundidade, as sementes necessitaram de tempo maior para emergir. Embora a
profundidade de semeadura seja importante, Mantovani e Bertaux (1990) relataram
dificuldade no controle da mesma pelos mecanismos disponíveis nas semeadoras.
Considerando o discutido, Sattler (1992) idealizou e testou um dispositivo, alcançando
20
controle eficiente da profundidade regulada; porém, até o presente, o mesmo não se encontra
disponível comercialmente, lembrando que, no sistema plantio direto, existem agravantes,
como a presença de resíduos, irregularidade da superfície e grande variabilidade da
resistência do solo. Casão Junior et al. (2000) observaram a influência da velocidade de
deslocamento na profundidade do sulco de semeadura, onde a maior velocidade apresentou
profundidade menor. Discordando deste fato, Mahl (2002) constatou que a velocidade mais
baixa foi a que apresentou profundidade do sulco de semeadura menor.
Em relação à produtividade, o aumento de velocidade pode resultar
em maior capacidade de campo efetiva sem prejudicar a produtividade da cultura (KLEIN et
al., 2002). Possamai et al. (2001) admitiram que o florescimento antecipado das plantas de
milho, na semeadura direta, resultou das melhores condições climáticas para o
estabelecimento e posterior desenvolvimento da cultura, proporcionando maior produtividade
do milho.
Salton e Mielniczuk (1995) constataram maior produtividade no
sistema de semeadura direta, que apresentou, também, maiores populações de plantas e
espigas por hectare. O aumento deve-se, provavelmente, à cobertura vegetal inerente a este
sistema de produção, à diminuição das perdas de água e das variações na temperatura do solo.
Branquinho et al. (2004) verificaram que, em relação à produtividade,
os resultados não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Isso evidencia
que o aumento de velocidade pode resultar em maior capacidade de campo efetiva sem
prejudicar a produtividade da cultura da soja, concordando com os relatos de Klein et al.
(2002).
21
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Material
5.1.1 Localização da área experimental
O experimento foi instalado e conduzido em área experimental
pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP Botucatu, SP, no período de
dezembro de 2007 a maio de 2008, localizando-se geograficamente nas coordenadas 22
o
49’
Latitude Sul e 48
o
25’ Longitude Oeste, com altitude média de 786 m e declividade entre 2 a 6
% de exposição Oeste.
Esta área experimental vem sendo cultivada em sistema plantio direto
desde 1997, em rotação de culturas com aveia preta, soja, triticale e milho. O presente
trabalho foi conduzido sob restevas de milho seguido de aveia preta.
22
5.1.2 Caracterização do solo
O solo da área experimental foi classificado, segundo Embrapa
(1999), como Nitossolo Vermelho Distroférrico. A Tabela 1 apresenta os resultados da
distribuição granulométrica do solo na camada de 0-0,20 m de profundidade e a Tabela 2,
alguns parâmetros de propriedades físicas do solo na camada de 0-0,20 m. A Tabela 3
apresenta as propriedades químicas nas camadas de 0-0,20 e de 0,20-0,40 m.
Tabela 1. Distribuição granulométrica do solo na área experimental
Profundidade
m
Areia
grossa
Areia fina
Areia total
Argila
Silte
Textura do
solo
---------------------------------g kg
-1
---------------------------
0 0,20
31
112
143
506
351
Argilosa
Tabela 2. Parâmetros de propriedades e características físicas do solo
Propriedade do solo
Resultado
Limite de liquidez (%)
42,21
Limite de plasticidade (%)
29,84
Índice de liquidez
11,03
Porosidade total (%)
52,23
Densidade de partículas (g cm
-3
)
2,84
Densidade do solo: 0-10 cm (g cm
-3
)
1,29
Densidade máxima do solo: 10-20 cm (g cm
-3
)
1,45
Teor de água ótimo proctor (g kg
-3
)
32,05
Densidade do solo proctor (g cm
-3
)
1,92
23
Tabela 3. Análise química do solo antes da implantação do experimento
Profundidade
m
pH
M.O.
P
resina
Al
3+
H+Al
K
Ca
Mg
SB
CTC
V%
S
CaCl
2
g dm
-3
mg dm
-3
-------------------------mmol
c
dm
3
------------------
mg dm
-3
0 0,20
6,2
24
28
0
20
2,1
57
30
89
109
81
19
0,20 0,40
5,4
18
60
1
32
2,1
40
18
61
93
65
9
Profundidade
m
B
Cu
Fe
Mn
Zn
------------------------------------------------mg dm
-3
---------------------------------------------
0 0,20
0,25
9,8
17
52,2
2,7
0,20 0,40
0,25
8,5
20
55,1
2,2
A Tabela 4 apresenta os valores de teor de água, no dia da semeadura
do milho, nas camadas de 0-0,10; 0,10-0,20 e de 0,20-0,30 m de profundidade.
Tabela 4. Teor de água no solo no momento da semeadura do milho e da determinação da
resistência do solo à penetração
Camada (m)
Teor de água (g kg
-1
)
0- 0,10
27,95
0,10-0,20
27,86
0,20-0,30
27,35
Para caracterizar o solo, quanto a indicativos de compactação,
determinou-se a resistência à penetração, cujos valores são apresentados na Tabela 5 e na
Figura 1.
24
Tabela 5. Resistência do solo à penetração (MPa) por bloco, em diferentes profundidades
Profundidade (m)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
Bloco 1
0
2,8
3,1
3,1
3,1
Bloco 2
0
2,6
2,8
3,2
2,9
Bloco 3
0
2,4
2,9
3,0
3,1
Bloco 4
0
2,6
2,9
3,0
2,9
Figura 1. Resistência do solo à penetração (MPa) em diferentes profundidades.
5.1.3 Descrição do clima e precipitação pluvial
No período em que se realizou o experimento, as condições climáticas
foram consideradas normais para a região. Porém, devido a precipitações mais intensas no
mês de novembro, não foi possível realizar a semeadura, pois não havia condição ideal de
teor de água no solo, o que adiou a execução do experimento para o final do mês de
dezembro (Figuras 2 e 3).
25
Figura 2. Dados mensais (abril de 2007 a maio de 2008) de precipitação pluviométrica (mm).
Figura 3. Dados mensais (abril de 2007 a maio de 2008) de temperatura do ar (°C).
26
5.1.4 Equipamentos e insumos agrícolas
1
5.1.4.1 Máquinas agrícolas
5.1.4.1.1 Trator
Para a condução do experimento, utilizaram-se os seguintes tratores:
- Trator marca Ford New Holland, modelo 3030 (4x2), potência no
motor de 38,5 kW (52 cv): na operação de dessecação da vegetação existente na área
experimental antes da semeadura do experimento e também para a pulverização de herbicida
e inseticida;
-Trator Massey Ferguson, modelo 235 (4x2), potência no motor de
33,1 kW (40 cv): para aplicação de uréia;
- Trator marca John Deere, modelo 6600, com potência no motor de
89 kW (121 cv) e tração dianteira auxiliar (4x2 TDA): na operação de semeadura do milho.
5.1.4.1.2 Equipamentos agrícolas
Foram utilizadas as seguintes máquinas agrícolas:
- Pulverizador marca Jacto, modelo Condor M12-75, tanque com
capacidade para 600 L de calda, barra com 12 m de comprimento, 24 bicos (tipo leque),
espaçados com 0,5 m, tendo a pressão do manômetro de 40 libras: para dessecação da aveia
preta na área experimental antes da semeadura da cultura do milho; sendo que para a
aplicação de inseticida, trocou-se os tipos de bicos (tipo cone), juntamente com a pressão do
manômetro para 50 libras;
1
A citação de marcas comerciais não indica recomendação pelo autor.
27
- Triturador de resíduos vegetais marca Jan, modelo Tritton 2300,
com largura de corte de 2,3 m, equipado com 32 pares de facas curvas oscilantes e
reversíveis, para a limpeza dos carreadores;
- Cultivador/adubador marca Marchesan, modelo CPD (sem enxadas,
utilizando-se somente o adubador), com dois tambores de capacidade para 50 kg de uréia
cada;
- Semeadora-adubadora de precisão marca Semeato, modelo PS-6,
ano de fabricação 1992, em bom estado de conservação, com espaçamento entre linhas de
0,85 m, com sistema de disco duplo desencontrado para abertura de sulco para deposição de
fertilizante e semente, sistema dosador de fertilizante com transportador tipo rotor dentado e
abertura tipo porta basculante e sistema dosador de sementes do tipo disco perfurado
horizontal, disco de corte de resíduo (palha) liso.
Para melhorar contato entre solo e semente, conseqüentemente
germinação e a emergência, a semeadora possuía duas rodas laterais que através de uma mola
helicoidal, pressionava o solo do sulco de deposição da semente, com ângulo aproximado de
60 graus.
- Trilhadora estacionária de cereais marca NUX Máquina agrícola,
modelo BC-30 Junior.
Para a regulagem da semeadora-adubadora, foram levados em conta
os resultados obtidos nas análises do solo e da semente, considerando o seu grau de pureza e
poder germinativo. A semeadura foi realizada a 0,06 m de profundidade, estando os
reservatórios de sementes e fertilizantes completamente abastecidos (600 kg de fertilizantes e
120 kg de sementes de milho, 30 kg por linha).
5.1.4.2 Insumos agrícolas
5.1.4.2.1 Caracterização do híbrido de milho utilizado
Foram utilizadas, para a implantação do experimento, sementes de
milho com as seguintes características e qualidades:
28
- Sementes de milho (Zea mays L.) Dow Agrosciences, híbrido
simples, ciclo precoce 2B710 e com poder germinativo de 98,2 % (obtido em teste de
germinação em laboratório antes da semeadura).
Com o intuito de obter aproximadamente 60.000 plantas de milho por
hectare, a semeadora foi regulada de acordo com as recomendações agronômicas, de forma
que as combinações de engrenagens pudessem distribuir 5,97 sementes m
-1
.
5.1.4.2.2 Fertilizantes
Durante a condução do experimento, foram utilizadas as seguintes
quantidades de fertilizantes:
- 300 kg ha
-1
de fertilizante com formulação 08-28-16 no momento da
semeadura.
- 250 kg ha
-1
de adubação em cobertura com uréia (112,5 kg de
nitrogênio) em superfície.
5.1.4.2.3 Defensivos agrícolas
Foram utilizados os seguintes defensivos agrícolas durante a
condução do experimento:
- Herbicida de princípio ativo Glifosate (Roundup WG, 720 g kg
-1
) na
dosagem de 1,8 kg ha
-1
, volume de calda de 230 L ha
-1
na dessecação da vegetação existente
na área experimental;
- Herbicida atrazine (Siptran 500 SC, 500 g L
-1
i.a.) na dosagem de
3,0 L ha
-1
e nicosulfuron (Sanson 40 SC, 40 g L
-1
i.a.) na dosagem de 0,4 L ha
-1
, com volume
de calda de 230 L ha
-1
, para o controle de plantas daninhas em pós-emergência na área
experimental. Devido à presença de Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho), foi
realizada aplicação conjugada com o inseticida deltamethrin (Decis 25 CE, 25 g L
-1
i.a.) na
dosagem de 0,38 L ha
-1
. Foram feitas aplicações adicionais de inseticidas, em função da alta
incidência da lagarta do cartucho.
29
5.1.5 Materiais utilizados para coleta de amostras dos parâmetros de
caracterização do solo
5.1.5.1 Determinação do teor de água e densidade do solo
Para a coleta de amostras e determinação do teor de água e densidade
do solo foram utilizados: enxadão, cápsulas de alumínio, fita adesiva e etiquetas para
identificação do material coletado, sacos plásticos, parafina, vidrarias, barbante, balança
digital de precisão de 0,01g e estufa elétrica com temperatura de 105
o
C.
5.1.5.2 Determinação da matéria seca da cobertura vegetal
A matéria seca de cobertura vegetal presente na área foi determinada
através da metodologia do quadrado de madeira com dimensões de 0,5 x 0,5m (0,25 m
2
)
descrita por Chaila (1986), faca serrilhada, sacos de papel previamente identificados, estufa
elétrica com temperatura de 65
o
C e balança digital de precisão de 0,01g.
5.1.5.3 Determinação da porcentagem de cobertura do solo
A porcentagem de cobertura do cobertura do solo foi determinada de
acordo com Laflen et al. (1981), que recomendam a utilização de uma corda com 100 pontos,
onde cada ponto representa 1% de cobertura.
5.1.5.4 Determinação da resistência do solo à penetração
Para a determinação da resistência do solo à penetração, foi utilizado
um penetrógrafo, de haste com cone padronizado pela Asae (1996), com ângulo de 30°, área
basal de 0,13 m
2
, profundidade máxima de 0,6 m, resistência máxima admissível de 76 MPa
e cartões padronizados para registrar os dados.
30
5.1.6 Materiais utilizados para coleta de dados dos parâmetros de avaliação
5.1.6.1 Sistema eletrônico de aquisição de dados
Para armazenamento e monitoramento dos sinais obtidos pelos
sensores instalados nos rodados pneumáticos, no sistema de alimentação de combustível e na
barra de tração, foi utilizado um painel com instrumentos eletrônicos indicadores, além de um
indicador de força instantânea tipo “MICRO-P”, como pode ser observado na Figura 4.
Figura 4. Vista do painel, com instrumentos eletrônicos indicadores dos dados coletados na
realização do experimento.
5.1.6.2 Determinação da profundidade de deposição de sementes
Na determinação da profundidade de deposição de sementes foram
utilizados faca, enxadão e régua graduada em milímetro.
31
5.1.6.3 Determinação da área de solo mobilizado e profundidade de sulco de
semeadura
Foi utilizado um perfilômetro em madeira, composto por 37 hastes de
0,5 m, espaçadas em 0,15 m, para avaliar a área de solo mobilizado e a profundidade do sulco
de semeadura.
5.1.6.4 Determinação do consumo horário e operacional de combustível
O consumo horário de combustível foi determinado, utilizando um
fluxômetro da marca “Flowmate” oval, modelo M-III (Figura 5), instalado próximo ao filtro
de combustível do trator, com precisão de 0,01 mL. A cada mL de combustível consumido
pelo trator, que passava pelo mecanismo, era registrada uma unidade de pulso.
Figura 5. Fluxômetro instalado no trator para determinação do consumo de combustível
(acoplamento ao sistema de aquisição de dados (1), fluxômetro (2) e filtro de
combustível (3)). (Fonte: Seki, A.S, 2007).
32
5.1.6.5 Determinação de força de tração na barra
A determinação da força na barra de tração foi obtida com uma célula
de carga de marca “Sodmex”, modelo N-400, com capacidade de 100000 N e sensibilidade
de 2,16 mV/V, instalada numa estrutura metálica (“berço”) entre o trator e o equipamento
tracionado (Figura 6).
Figura 6. Conjunto utilizado para a determinação da força de tração na barra (suporte
metálico “berço” (1) e célula de carga (2)). (Fonte: Seki, A.S, 2007)
5.1.7 Materiais utilizados para os parâmetros avaliados após a semeadura
5.1.7.1 Determinação da distribuição longitudinal de plantas
Para a determinação da distância entre as plantas de milho na linha de
semeadura, foi utilizada uma régua de madeira (3 metros) graduada em mm e planilha de
anotações.
33
5.1.7.2 Avaliações na cultura do milho
Nas plantas de milho foram avaliados os componentes morfológicos e
de produção, os danos mecânicos ocorridos nas sementes e a produtividade obtida.
5.1.7.2.1 Componentes morfológicos
A altura das plantas e a altura de inserção de espigas foram obtidos
pela utilização de uma régua graduada em centímetros (3,0 m) e planilha de anotações.
Para obtenção dos valores de diâmetro do colmo, utilizou-se de
paquímetro eletrônico de precisão de 0,1 milímetro e planilha de anotações.
5.1.7.2.2 Componentes de produção
Para a determinação dos componentes de produção (índice de
sobrevivência, estande inicial e final de plantas, o número de espiga por planta, massa de
1000 grãos e produtividade) foram utilizadas planilha de anotações e balança digital de
precisão de 0,01g.
5.1.7.2.3 Determinação de danos mecânicos nas sementes
Para a determinação dos danos mecânicos nas sementes, ocorridos
durante a operação de semeadura, foram utilizados os seguintes testes:
-Teste de germinação: para este teste foram utilizados os seguintes
materiais: 100 sementes de cada tratamento recolhidas no instante da semeadura; papel
germitest; tabuleiro; caneta pincel e elásticos.
-Teste de coloração rápida (tintura de iodo): utilizaram-se duas
repetições de 100 sementes para cada tratamento, copos plásticos, solução de tintura de iodo a
4% em quantidade suficiente para cobrir as sementes.
34
5.1.7.2.4 Produtividade
Para a obtenção da produtividade da cultura do milho, foram
utilizados sacas de ráfia, etiquetas de identificação, trilhadora, balança digital de precisão de
0,001g e estufa regulada para 105°C.
5.2 Métodos
5.2.1 Delineamento experimental
O trabalho proposto foi instalado e conduzido na Fazenda
Experimental Lageado da UNESP, empregando-se o delineamento em blocos ao acaso, com
esquema fatorial 2x5: dois tipos de marteletes e cinco velocidades de deslocamento com
quatro repetições. Assim, o experimento teve 10 tratamentos totalizando 40 parcelas
experimentais distribuídas em 4 blocos.
5.2.2 Descrição dos tratamentos
Os tratamentos compostos da combinação dos fatores descritos no
subitem 5.2.1 são apresentados na Tabela 6, sendo que os marteletes que definiram os
tratamentos são ilustrados na Figura 7.
35
Tabela 6. Descrição dos fatores e dos tratamentos estudados
FATORES
TRATAMENTOS
M1 = Martelete com 4 dentes
M2 = Martelete com 5 dentes
T1 = M1V1
T6 = M2V1
V1 = Velocidade de 3,0 km h
-1
T2 = M1V2
T7 = M2V2
V2 = Velocidade de 4,5 km h
-1
T3 = M1V3
T8 = M2V3
V3 = Velocidade de 5,0 km h
-1
T4 = M1V4
T9 = M2V4
V4 = Velocidade de 7,0 km h
-1
T5 = M1V5
T10 = M2V5
V5 = Velocidade de 9,0 km h
-1
Figura 7. Marteletes de 4 e 5 dentes
5.2.3 Instalação e condução do experimento
Cada unidade experimental possuía 20 m de comprimento e largura
de 10 m sendo que, entre os blocos, foi deixado um carreador com 50 m de largura a fim de
permitir as manobras e estabilização dos equipamentos antes do início da aquisição dos
dados. A Figura 8 mostra o esquema da implantação do experimento em campo.
36
Figura 8. Esquema da disposição dos tratamentos e dos blocos no campo
Vale ressaltar que foram definidas áreas de amostragens (parcelas
úteis) dentro de cada parcela experimental, sendo que na região central foram demarcados 3,0
m nas duas linhas centrais, onde foram realizadas avaliações de emergência, estande inicial e
final, espaçamento entre plantas, altura de planta e de inserção de espiga, diâmetro de colmo,
massa de 1000 grãos e produtividade.
5.2.4 Cronograma de condução do experimento
A instalação e condução do experimento seguiram a seqüência da
Tabela 7:
37
Tabela 7. Cronograma de atividades desenvolvidas para a execução do experimento
Data
Atividade
12/11/07
Coleta de solo para análise de fertilidade.
14/11/07
Montagem do teste de germinação em laboratório da cultivar de milho utilizado no
experimento.
18/11/07
Dessecação da massa vegetal existente.
20/11/07
Demarcação das parcelas experimentais.
24/11/07
Coleta de solo para determinação de parâmetros físicos e de textura.
Coleta de dados de teor de água no solo e resistência do solo à penetração.
10/12/07
Regulagem da semeadora-adubadora.
11/12/07
Instrumentação do trator e da semeadora-adubadora.
15/12/07
Coleta de dados de porcentagem de cobertura do solo antes da operação de
semeadura.
Coleta de amostras de material vegetal para determinação de matéria seca.
18/12/07
Dessecação da massa vegetal existente na área experimental no período da
semeadura do milho.
19/12/07
Semeadura do milho.
Coleta de dados de teor de água no solo.
Coleta de dados de consumo de combustível, força de tração na barra e velocidade
de deslocamento.
Coleta de dados de área de solo mobilizado e profundidade do sulco.
20/12/07
Demarcação em cada parcela experimental da área de coleta de dados (parcela
útil).
28/12/07
Coleta de dados de profundidade de deposição de sementes.
28/12/07
Início da contagem de emergência de plântulas e de estande inicial.
04/01/08
Coleta de dados de espaçamento entre plantas.
10/01/08
Pulverização com inseticida.
19/01/08
Aplicação de adubação de cobertura.
Continuação.
38
29/01/08
Pulverização com inseticida.
24/03/08
Coleta de dados de diâmetro do colmo, altura de inserção da primeira espiga e
altura de plantas de milho.
28/04/08
Coleta de dados de estande final de plantas.
29/04/08
Colheita do milho, coleta de dados de diâmetros de espiga, comprimento de espiga
e número de grãos por espiga.
05/05/08
Trilhagem, pesagem e determinação do teor de água nos grãos de milho colhidos.
5.2.5 Métodos de determinação dos parâmetros de caracterização do solo
5.2.5.1 Determinação do teor de água e densidade do solo
O teor de água no solo foi determinado pelo método gravimétrico,
conforme Embrapa (1979). As amostras de solo na semeadura do milho foram coletadas nas
camadas de 0-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,30 m de profundidade, realizando-se quatro repetições
por bloco experimental. O solo foi coletado com o uso de enxadão e, posteriormente,
acondicionado em cápsula de alumínio vedada com fitas adesivas para transporte ao
laboratório, sendo então pesadas em balança digital de precisão de 0,01 g e levadas à estufa
elétrica, com temperatura de aproximadamente 105ºC por 24 horas, sendo que após este
processo foram submetidas à nova pesagem.
Para a determinação da densidade do solo, foram coletadas quatro
amostras por bloco experimental nas camadas de 0-0,1 e 0,1-0,2 m de profundidade do solo,
que foram acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados, levadas até o
laboratório, onde a densidade do solo foi obtida pelo método do torrão parafinado, de acordo
com a metodologia descrita no Manual de Métodos de Análise do Solo ( Embrapa 1979).
Tabela 7. Cronograma de atividades desenvolvidas para a execução do experimento.
39
5.2.5.2 Determinação da matéria seca da cobertura vegetal
Para a avaliação da cobertura vegetal, foram coletadas aleatoriamente,
quatro amostras por bloco experimental de material vegetal presente na superfície do solo no
período de cinco a seis semanas antes da semeadura do milho, em virtude da alta incidência
de chuvas nesse período. As amostras foram retiradas, cortando-se, com faca serrilhada, o
material existente na área do quadrado de madeira, conforme a metodologia descrita por
Chaila (1986). O material colhido na área do quadrado foi colocado em sacos de papel,
levado à estufa com circulação forçada de ar e temperatura de 65ºC e deixado por um período
de pelo menos 24 h. Após a secagem, o material foi pesado em balança digital de precisão de
0,01 g, cujos valores foram transformados em kg ha
-1
.
5.2.5.3 Determinação da porcentagem de cobertura do solo
Para a determinação da porcentagem de cobertura, seguiu-se
metodologia descrita por Laflen et al. (1981), fazendo-se contagem nas direções diagonais de
cada parcela experimental, antes e após a passagem da semeadora-adubadora. Para se obter o
porcentual de cobertura vegetal, realizou-se a contagem dos pontos sem cobertura vegetal e
subtraiu-se de 100. Essa porcentagem foi obtida pela equação:
PMC = PC
ds
100 PC
as
-1
(1)
Em que:
PMC = porcentagem de manutenção de cobertura na superfície do solo (%);
PC
ds
= porcentagem de cobertura na superfície do solo depois da semeadura (%);
PC
as
= porcentagem de cobertura na superfície do solo antes da semeadura (%).
5.2.5.4 Determinação da resistência do solo à penetração
A resistência mecânica do solo à penetração no período de semeadura
foi determinada com a utilização do penetrógrafo nas camadas de 0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-
0,30 e 0,30-0,40 m realizando-se quatro repetições por bloco experimental. Os dados de
40
resistência do solo à penetração, obtidos nos registros, foram classificados (a cada 0,05 m) até
0,4 m de profundidade, sendo registrados em MPa. Foram feitas aleatoriamente oito
amostragens por bloco experimental.
5.2.5.5 Determinação da granulometria e das análises químicas do solo
Foram coletadas quatro amostras simples do solo na camada de 0 a
0,25 m de profundidade para análise granulométrica e de 0-0,20 e 0,20-0,40 m de
profundidade, para análise química, por bloco experimental, formando uma amostra
composta, que foi encaminhada ao Laboratório de Análise Química do Departamento de
Recursos Naturais Setor de Ciência do Solo da FCA/UNESP. A análise granulométrica
consistiu em determinar as frações de areia, silte e argila. A análise química consistiu em
determinar os níveis dos elementos do solo. As análises seguiram a metodologia descrita por
Raij et. al. (2001) e descrita no Manual de Métodos de Analise do Solo Embrapa (1979) e
respectivamente.
5.2.6 Métodos de determinação dos parâmetros de avaliação durante a operação
de semeadura
5.2.6.1 Determinação da profundidade de deposição de sementes
A deposição de sementes foi determinada nove dias após a
semeadura, cortando-se a parte aérea das plantas rente ao solo, com o uso de uma faca,
coletando-se com um enxadão a semente com o mesocótilo. Utilizando-se de gua graduada
em milímetros, determinou-se a distância entre a parte inferior da semente e a superfície onde
se efetuou o corte, correspondendo esta medida à profundidade de deposição de sementes.
Foram coletadas cinco plantas nas duas linhas centrais de cada parcela
experimental.
41
5.2.6.2 Determinação da área de solo mobilizado e profundidade de sulco de
semeadura
Para essa determinação, foi utilizado um perfilômetro de madeira.
Após a passagem da semeadora-adubadora, o perfil natural do solo foi marcado em folhas de
papel tamanho 0,4 x 0,6 m, com o uso de canetas porosas, virando-se em seguida o
perfilômetro num ângulo de 90º, mantendo-se a base fixa ao solo, para a retirada manual do
solo mobilizado no sulco de semeadura e, voltando-se novamente o perfilômetro na posição
vertical, remarcou-se o perfil do sulco na mesma folha.
Para determinar a área de solo mobilizado, foi traçada uma linha,
ligando as extremidades dos pontos coletados em cada folha, os quais forneceram o perfil
natural do solo em cada linha de semeadura. A área de solo mobilizado correspondeu à área
existente entre a união dos pontos demarcados após a abertura do sulco e a linha que
representou o perfil natural do solo em cada linha de semeadura, obtida por meio de
digitalização em escala real por uma mesa digitalizadora, sendo codificada e calculada em
cm
2
pelo “software” SPLAN - Sistema de Planimetria, desenvolvido pelo CINAG Centro
de Informática na Agricultura da FCA/UNESP.
A profundidade de sulco de semeadura foi obtida do perfil demarcado
no item 5.1.6.2 correspondendo à medida em metros obtida com o uso de uma régua
graduada em milímetros, entre a linha que representou o perfil natural do solo e o ponto
extremo do sulco aberto.
5.2.6.3 Determinação do consumo horário de combustível
Para avaliar o consumo horário de combustível, foi utilizado um
fluxômetro, instalado em um suporte próximo ao filtro de combustível do trator. O gerador
registrou uma unidade de pulso a cada mL de combustível que passou pelo mesmo. Após a
contabilização da quantidade de pulsos e o tempo gasto para percorrer a parcela, o consumo
horário de combustível foi calculado por meio da equação:
C
HC
= (Σp. 3,6) Δt
-1
(2)
42
Em que:
C
HC
= consumo horário de combustível (L ha
-1
);
Σp = somatório de pulsos, equivalente ao somatório de mL de combustível gasto para
percorrer a parcela experimental (mL);
Δt = tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s);
3,6 = fator de conversão.
5.2.6.4 Determinação do consumo operacional de combustível
O consumo operacional de combustível ou consumo de combustível
por unidade de área foi obtido da relação entre o consumo horário de combustível e a
capacidade de campo efetiva, pela equação:
C
OC
= C
HC
CCE
-1
(3)
Em que:
C
OC
= consumo operacional de combustível (L ha
-1
);
C
HC
= consumo horário de combustível (L h
-1
);
CCE = capacidade de campo efetiva (ha h
-1
).
5.2.6.5 Determinação da força média na barra de tração
Para a determinação de força de tração em cada parcela, utilizou-se a
célula de carga descrita no subitem 5.1.6.5, a qual foi instalada em um suporte entre o trator e
o equipamento, de forma a mantê-la na posição horizontal, permitindo que toda a tração
exigida pela semeadora fosse detectada pela célula de carga.
A exigência de força média na barra de tração correspondeu à média
aritmética de todos os valores obtidos durante o deslocamento do conjunto trator/implemento
pela parcela experimental.
43
5.2.6.6 Determinação da força máxima na barra de tração
A força máxima de tração, ou pico de força, correspondeu ao valor
máximo de força de tração, armazenado pelo sistema de aquisição de dados durante o
deslocamento do conjunto trator/equipamento na parcela experimental, sendo este expressa
em N.
5.2.6.7 Velocidade de deslocamento
A velocidade média de deslocamento foi determinada,
cronometrando-se o tempo necessário para percorrer cada parcela de 20 m de comprimento,
sendo calculada de acordo com a equação 4. O sistema de aquisição de dados foi acionado
mediante auxílio de balizamento no início e final do comprimento de cada parcela, para
cronometrar o tempo exato em que o trator iniciou e terminou o percurso.
Vel = (L
t
.
-1
).3,6 (4)
Em que:
Vel = velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora (km h
-1
);
L = comprimento da parcela experimental (20 m);
t
= Tempo gasto para percorrer a parcela experimental (s);
3,6 = fator de conversão.
As velocidades de deslocamento, que compuseram os tratamentos em
estudo, foram definidas em função do escalonamento de marchas do trator utilizado,
operando com rotação no motor, variando entre 1900 e 2200 rpm, para proporcionar níveis de
variação de velocidade eqüidistantes. Assim, foram utilizadas as marchas A2, A3, B1, B2 e
B3 para a obtenção de níveis de velocidade de deslocamento de aproximadamente 3,0; 4,5;
5,0; 7,0 e 9,0 km h
-1
, respectivamente.
44
5.2.6.8 Capacidade de campo efetiva
A capacidade de campo efetiva foi determinada pela relação entre a
área útil da parcela trabalhada e o tempo gasto no percurso da parcela, conforme Mialhe
(1974), de acordo com a equação:
CE = (Atr
t
-1
).0,36 (5)
Em que:
CE = capacidade de campo efetiva (ha h
-1
);
At = área útil da parcela trabalhada (m
2
);
t
. = tempo gasto no percurso da parcela experimental (s);
0,36 = fator de correção.
5.2.7 Métodos utilizados para os parâmetros avaliados após a semeadura
5.2.7.1 Determinação da distribuição longitudinal de plantas
A regularidade de distribuição longitudinal de plantas, na linha de
semeadura, foi determinada após a estabilização da emergência das plântulas de milho.
Mensurou-se a distância entre todas as plântulas de milho existentes em três metros da linha
semeada, nas duas linhas centrais de cada parcela experimental. Os espaçamentos entre
plântulas (X
i
) foram analisados mediante classificação adaptada de Kurachi et al. (1989).
Baseado em espaçamento (X
ref
) de acordo com a regulagem da semeadora-adubadora,
determinou-se o percentual de espaçamentos entre as sementes:
-correspondentes às classes aceitáveis ou normais (0,5. X
ref
< X
i
< 1,5. X
ref
);
-múltiplos (X
i
< 0,5. X
ref
);
- falhos (X
i
>1,5. X
ref
).
45
5.2.7.2 Número médio de dias para emergência de plântulas
Para a determinação do número médio de plântulas emergidas,
realizou-se a contagem diária desde a primeira plântula até a estabilização da contagem, em
3,0 m de linha semeada, nas duas linhas centrais de cada parcela experimental, onde se
calculou o número médio de dias para a emergência de plântulas de milho de acordo com a
equação 6 proposta por Edmond e Drapala (1958):
M = {(N
1
G
1
) + (N
2
G
2
) ++... (N
n
G
n
)} (G
1
+ G
2
++...+ G
n
)
-1
(6)
Em que:
M = número médio de dias para a emergência das plântulas de milho;
N
1
= número de dias decorridos entre a semeadura e a primeira contagem;
G
1
= número de plântulas emergidas na primeira contagem;
N
2
= número de dias decorridos entre a semeadura e a segunda contagem;
G
2
= número de plântulas emergidas entre a primeira e a segunda contagem;
N
n
= número de dias decorridos entre a semeadura e a última contagem;
G
n
= número de plântulas emergidas entre a penúltima e a última contagem.
5.2.7.3 Na cultura do milho
5.2.7.3.1 Componentes morfológicos
- Altura das plantas e altura de inserção de espigas:
Para a determinação da altura de cada planta foi considerada a
distância entre o nível do solo até o ponto de inserção da folha bandeira. A determinação da
altura de inserção da espiga foi obtida pela distância a partir do nível do solo até a inserção da
primeira espiga.
- Índice de espigas:
Foi calculado dividindo-se o número de espigas pelo número de
plantas, presentes na área útil de cada parcela.
46
- Diâmetro do colmo:
O diâmetro do colmo foi medido no final do ciclo com paquímetro
eletrônico no primeiro entrenó acima do solo (duas medidas), nas duas linhas centrais do
experimento, utilizando todas as plantas.
5.2.7.3.2 Componentes de produção
- Índice de sobrevivência
A porcentagem de sobrevivência correspondeu à proporção média de
plantas que atingiu sua maturação, em relação ao estande médio inicial de plantas, sendo
obtido pela equação:
IS = (P
f
P
i
-1
)
.
100 (7)
Em que:
IS = índice de sobrevivência médio de plantas de milho (%);
P
f
= estande médio final de plantas de milho (plantas ha
-1
);
P
i
= estande médio inicial de plantas de milho (plantas ha
-1
).
- Estande inicial e final de plantas:
Para a determinação do estande inicial de plantas, foram contadas
todas as plantas da área útil de cada parcela, sendo consideradas apenas as duas linhas
centrais, 5,10 m
2
(4 x 1,70).
Para a determinação do estande final de plantas, foram contadas
também todas as plantas da área útil de cada parcela e o resultado extrapolado para plantas
por hectare.
- Massa de 1000 grãos:
Para a determinação desta variável, fez-se a contagem de oito
repetições de 100 grãos, que tiveram suas massas determinadas e ajustadas para 13% de teor
47
de água, possibilitando estimar assim, a massa de 1000 grãos, baseada nas Regras de Análise
de Sementes (BRASIL 1992), utilizando a equação:
P1000 = (P amostra. 1000). N
O
Total de sementes
-1
(8)
5.2.7.3.3 Determinação de danos mecânicos nas sementes
As sementes foram submetidas ao teste de germinação e de coloração
rápida para detectar possíveis danos mecânicos em sua estrutura.
- Teste de germinação:
Para a determinação de plântulas normais e anormais, foi realizado o
teste de rolo de papel (RP), de acordo com Brasil (1992). Estas foram recolhidas após a
instalação do experimento, em uma faixa de 50 metros, mediante uso de tampão com fita
adesiva na saída do tubo de descarga, em todas as unidades de semeadura, em parcelas
experimentais distintas.
As sementes coletadas foram colocadas em sacos de papel
devidamente identificados e acondicionados em câmara seca à temperatura de
aproximadamente 30ºC, até a realização do teste. O teste decorreu da seguinte maneira: papel
tipo germitest que foi umedecido anteriormente com água destilada; as sementes foram
colocadas sobre o papel com o auxílio de um tabuleiro de madeira com 25 furos. Assim, cada
tratamento teve 100 sementes distribuídas em quatro rolos de papel (04 repetições para cada
tratamento). Esses rolos de papel foram levados para um germinador com a temperatura ideal
para a cultura do milho.
Após o período de 07 dias foi feita a primeira contagem de plântulas
normais, anormais e de sementes que não germinaram. Após o término das contagens foi
obtida a porcentagem de plântulas normais e, conseqüentemente, a determinação do vigor das
sementes utilizadas.
- Teste de coloração rápida (tintura de iodo):
As sementes de milho utilizadas foram adquiridas do montante
coletado para o teste de germinação. Para o teste de coloração com tintura de iodo, o objetivo
48
foi determinar a porcentagem de sementes que apresentassem danificações no pericarpo e no
embrião.
Este teste foi realizado em sementes provenientes da amostra média
dos dez tratamentos, após algumas reduções, retirando-se ao acaso duas repetições de 100
sementes, que foram colocadas em copos plásticos, com a adição de solução de tintura de
iodo a 4% (40 ml de tintura de iodo comercial e 960 ml de água destilada), em quantidade
suficiente para cobri-las. Assim, as sementes ficaram embebidas durante 5 minutos, sendo
eliminado o excesso da solução. Logo após, as sementes foram lavadas em água corrente e
colocadas em folha de papel toalha de germinação para secar. Após a embebição, a região
danificada da semente apresentou coloração azul escuro, devido à reação do iodo com o
amido endospermático.
A contagem das sementes danificadas foi realizada, considerando:
1. Trincas profundas, independente da posição em que ocorreram.
2. Trincas leves na região próxima e/ou no embrião da semente.
3. Trincas leves na região superior da semente representando na maioria das vezes, pequenas
trincas de pericarpo.
5.2.7.4 Produtividade
A produtividade foi obtida a partir da massa dos grãos na área útil de
cada parcela, mediante pesagem, e expressa em kg ha
-1
, ajustadas para 13% de teor de água,
baseadas nas Regras de Análise de Sementes (BRASIL 1992), utilizando a equação:
PROD = (P A
-1
).10000 (9)
Em que:
PROD = produtividade média de grãos de milho (kg ha
-1
);
P = produção média de grãos da parcela (kg);
A = área da parcela colhida (m
2
);
10000 = fator de conversão.
49
5.2.7.5 Análise estatística dos dados
As variáveis obtidas foram analisadas estatisticamente através de teste
de médias, em esquema fatorial 2 x 5 e um delineamento em blocos ao acaso com parcelas
subdivididas, tanto para os efeitos dos marteletes como para os efeitos das velocidades.
Adotou-se o nível de significância de 5% para os testes. O sistema computacional utilizado
foi o SAS 9.1 (The SAS System-Release 9.1. SAS Institute Inc., Cary, NC, USA. 2002-
2003).
50
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos de todas as variáveis avaliadas são apresentados
na forma de tabelas e figuras. Nas tabelas os dados apresentam-se na forma de comparação de
médias, sendo que para as análises entre os marteletes (coluna) as comparações são
representadas por letras maiúsculas e para as velocidades (linha) por letras minúsculas.
No corpo do texto, das tabelas e figuras, para efeito de abreviações,
foram utilizadas as seguintes terminologias: “M1” martelete de 4 dentes; “M2” martelete
de 5 dentes e “CV1 coeficiente de variação para o martelete de 4 dentes e “CV2
coeficiente de variação para o martelete de 5 dentes.
A seqüência de apresentação dos resultados e as discussões são feitas
agrupando-se as variáveis por afinidade e, sempre que possível, dentro da seqüência
cronológica de execução das atividades.
51
6.1 Matéria seca e porcentagem de cobertura do solo
Observou-se uniformidade de matéria seca na área utilizada para o
desenvolvimento do experimento, com média de 7.600 kg ha
-1
, assim superior ao
recomendado pela literatura, para a implantação do Sistema Plantio Direto, sendo esta de
4.000 a 6.000 kg ha
-1
. Para a porcentagem de cobertura do solo no momento da semeadura do
milho, os valores mostraram-se superiores aos recomendados pela literatura, tendo como
média geral de 97 %.
6.2 Profundidade de deposição de sementes e de sulco de semeadura e área de solo
mobilizado
A Tabela 8 apresenta os resultados obtidos para a profundidade de
deposição de sementes na operação de semeadura do milho.
Tabela 8. Profundidade de deposição de sementes (m), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
0,060 a
0,063 a
0,043 c
0,050 b
0,038 d
0,051
M2
0,065 a
0,055 a
0,043c
0,045 b
0,035 b
0,049
Média
0,063
0,059
0,043
0,048
0,036
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 16,68% e CV 2= 17,61%.
Verificou-se que entre os marteletes 1 e 2 não houve diferença
estatisticamente significativa entre as velocidades. Para ambos os marteletes, as velocidades
de 3,0 e 4,5 km h
-1
foram as que apresentaram as maiores profundidades. Para o martelete 2
houve um decréscimo para essa variável à medida que a velocidade de deslocamento foi
acrescida. Na velocidade, 5,0 km h
-1
, para ambos os marteletes obteve-se os mesmos valores.
Pode-se ressaltar que com o aumento da velocidade de deslocamento, a tendência é a
obtenção de menores valores para as profundidades de deposição de sementes, o que prova a
52
existência do efeito da velocidade de deslocamento sobre essa variável. Mahl (2006)
observou o efeito da velocidade de deslocamento sobre a profundidade de semeadura em solo
argiloso, em que a menor velocidade (5,5 km h
-1
) proporcionou maior profundidade de
deposição de sementes em relação às demais estudadas. Justino (1998) e Silva et al. (2000)
constataram a não interferência da velocidade de deslocamento sobre a profundidade de
deposição de sementes em solo arenoso.
Nas Tabelas 9 e 10, são apresentados os resultados de profundidade
do sulco de semeadura e área de solo mobilizado na operação de semeadura do milho,
respectivamente.
Tabela 9. Profundidade do sulco de semeadura (m), de acordo com os fatores marteletes e
velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
0,07 Aa
0,07 a
0,06 b
0,06 Ab
0,05 c
0,06
M2
0,06 Bb
0,07 a
0,06 b
0,05 Bc
0,05 c
0,06
Média
0,06
0,07
0,06
0,06
0,05
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 11,62% e CV 2= 14,94%.
De acordo com os resultados obtidos, constatou-se que a
profundidade do sulco de semeadura entre os marteletes apresentou diferença significativa
apenas para as velocidades de deslocamento de 3,0 e 7,0 km h
-1
. Em relação às velocidades,
quando relacionadas ao martelete 1, as de 3,0 e 4,5 km h
-1
foram as que apresentaram maiores
profundidades do sulco de semeadura diferindo das demais. Avaliando-se os tratamentos com
o martelete 2, a velocidade de 4,0 km h
-1
foi a que mostrou maior valor em relação às demais,
com destaque para as velocidades de 7,0 e 9,0 km h
-1
que apresentaram menores
profundidades do sulco de semeadura. Todavia, este efeito não é apresentado pela ação do
martelete e sim pelas velocidades estudadas.
Estes resultados concordam com os obtidos por Casão Junior et al.
(2000) que observaram tendências de redução da profundidade do sulco de semeadura com o
53
acréscimo da velocidade de deslocamento. Mahl (2002) verificou que a menor velocidade
apresentou menor profundidade do sulco de semeadura, porém, Mahl (2006) observou
ausência de efeito da velocidade de deslocamento sobre a profundidade do sulco. Oliveira et
al. (2000) verificaram que, em Latossolo Vermelho-Amarelo, não houve diferença
significativa entre os tratamentos em relação a variável profundidade do sulco de semeadura,
constatando porém que na velocidade de 5,0 km h
-1
foi obtida a menor profundidade, o que
possibilitou maior estande final de plantas.
Tabela 10. Área de solo mobilizado (m) de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
0,73
0,74
0,78
0,77
0,81
0,76
M2
0,72
0,73
0,76
0,79
0,85
0,77
Médias
0,72
0,73
0,77
0,78
0,83
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 3,78% e CV 2= 2,29%.
De acordo com a Tabela 10, os resultados de área de solo mobilizado
não diferiram estatisticamente tanto entre os marteletes quanto entre todas as velocidades de
deslocamento. Tais resultados discordam dos obtidos por Mahl (2006) que encontrou
diferença significativa apenas para velocidade de deslocamento em solo argiloso, quando
comparado com solo arenoso, sendo que a velocidade de 10,1 km h
-1
mobilizou maior área de
solo no sulco de semeadura em relação aos demais níveis de velocidade. Resultados
semelhantes foram encontrados por Silva et al. (2000), que não observaram efeito da
velocidade de deslocamento na área de solo mobilizado no sulco.
6.3 Consumo horário e operacional de combustível
Nas Tabelas 11 e 12, são apresentados os resultados do consumo
horário e operacional de combustível.
54
Tabela 11. Consumo horário de combustível (L ha
-1
), de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
9,44 Ae
10,04 d
10,55 Ac
11,50 b
12,56 Aa
10,82
M2
9,04 Be
10,14 d
10,27 Bc
11,40 b
12,35 Ba
10,64
Média
9,24
10,09
10,41
11,45
12,46
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 8,65% e CV 2= 6,68%.
Analisando os resultados obtidos entre os marteletes 1 e 2 encontrou-
se diferenças estatisticamente significativas para as velocidades 3,0; 5,0 e 9,0 km h
-1
; porém o
efeito verificado não é apresentado pela ação do martelete e sim pela pelas velocidades
estudadas. Nas velocidades estudadas relacionadas ao martelete 1, constatou-se diferença
significativa, com maior valor para a velocidade de 9,0 km h
-1
seguindo a mesma tendência
para o martelete 2, ou seja, à medida que se aumentou a velocidade de deslocamento, houve
acréscimo significativo no consumo horário de combustível. Da menor para a maior
velocidade, houve um aumento de 74% para o martelete 1 e de 73% para o martelete 2.
Furlani et al. (2007) estudaram o desempenho de uma semeadora-adubadora em plantio direto
com as velocidades 4,5; 5,0 e 6,0 km
-1
, observando que com o aumento da velocidade de
deslocamento, houve aumento no consumo horário de combustível. Mahl (2002 e 2006),
Mahl et al. (2005) e Oliveira (1997) também encontraram efeito da velocidade de
deslocamento sobre o aumento do consumo horário de combustível.
Tabela 12. Consumo operacional de combustível (Lha
-1
), de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
7,74 a
6,64 b
6,51 c
5,63 d
4,95 e
6,29
M2
7,41 a
6,71 b
6,14 c
5,18 d
4,09 e
5,91
Médias
7,57
6,67
6,33
5,41
4,52
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 13,10% e CV 2= 6,19%.
55
Verificou-se que entre os marteletes 1 e 2 não foi encontrada
diferença significativa para os valores do consumo operacional de combustível. Com relação
às velocidades, ambos os marteletes sofreram influência desta, proporcionando um
decréscimo nos valores do consumo operacional de combustível à medida que a velocidade
de deslocamento foi aumentada. Da velocidade 3,0 km h
-1
para a velocidade 9,0 km h
-1
,
houve um decréscimo de 69,69%. Mahl et al. (2004) constataram que esta variável, em
relação à variação de velocidade de deslocamento do conjunto trator/semeadora-adubadora,
apresentou influência sobre o consumo operacional de combustível. Constatado que com o
aumento da velocidade, houve redução significativa dessa variável. Comportamento
semelhante também foi encontrado por Mahl e Gamero (2003). Oliveira et al. (2000)
observaram diferença significativa no consumo operacional de combustível ao variar a
velocidade de deslocamento, sendo que o maior valor foi verificado para a velocidade de 5,0
km h
-1
que foi a menor utilizada. Furlani et al. (2007) verificaram, também, que houve
diminuição no consumo operacional de combustível da menor para a maior velocidade de
deslocamento estudada, apresentando diferença significativa. O acréscimo do consumo
horário de combustível pode ser explicado pela alta exigência do conjunto trator-semeadora
devido ao aumento da velocidade. Quanto ao decréscimo do consumo operacional de
combustível o mesmo será menor pelo fato da semeadura ser realizada com mais rapidez.
6.4 Força máxima e média de tração na barra
As Tabelas 13 e 14 apresentam os resultados de força máxima e
média de tração na barra na operação de semeadura do milho.
56
Tabela 13. Força máxima (kN) de tração na barra, de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
11,62
11,65
11,72
11,73
11,74
11,69
M2
11,63
11,64
11,73
11,74
11,75
11,70
Média
11,62
11,64
11,72
11,73
11,74
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 0,93% e CV 2= 0,97%.
Os resultados, apresentados na Tabela 13, mostram que os valores
obtidos de força máxima de tração na barra não diferiram estatisticamente tanto entre os
marteletes quanto entre as velocidades de deslocamento. Silveira et al. (2005) constataram
que, apesar da profundidade de deposição de sementes não afetar significativamente o
requerimento de força de tração, a velocidade de deslocamento provocou aumento no
requerimento de força de 12,08 e 3,70%, para ambas as profundidades (1,97 cm e 2,68 cm),
quando esta passou de 5,24 para 7,09 km h
-1
. Mahl et al. (2004), avaliando a demanda
energética e a eficiência da distribuição de sementes de uma semeadora-adubadora para
semeadura direta, verificaram que, em relação à velocidade de deslocamento, a força de
tração nas duas velocidades menores (4,4 e 6,1 km h
-1
) foi semelhante, e essas diferiram da
maior velocidade testada (8,1 km h
-1
).
Tabela 14. Força média de tração na barra (N), de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
9,59
9,62
9,65
9,67
9,71
9,65
M2
9,59
9,62
9,62
9,65
9,72
9,64
Média
9,59
9,62
9,64
9,66
9,71
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 1,10% e CV 2= 1,03%.
57
Verifica-se na Tabela 14, que os resultados de força média de tração
na barra não diferiu estatisticamente, tanto entre os marteletes quanto entre as velocidades de
deslocamento. Silva (2000), também não encontrou diferença significativa entre os
tratamentos em função das velocidades de deslocamento. Porém Mahl (2006) observou que a
velocidade de 5,5 km h
-1
, demandou menor esforço médio em relação às velocidades
7,9 km h
-1
e 10,1 km h
-1
. Casão Junior (2000b) e Siqueira et al. (2001) também observaram
aumento de força média sob o efeito da velocidade de deslocamento. Silveira et al. (2005),
constataram o requerimento de força de tração 5,51 kN.
6.5 Velocidade de deslocamento e capacidade de campo efetiva
Os resultados de velocidade de deslocamento e da capacidade de
campo efetiva na operação de semeadura do milho são apresentados nas Tabelas 15 e 16.
Tabela 15. Velocidade de deslocamento (km h
-1
), de acordo com os fatores marteletes
e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
3,10e
4,14d
4,87c
6,82b
8,68a
5,52
M2
3,13e
4,24d
4,82c
6,88b
8,62a
5,54
Médias
3,11
4,19
4,85
6,85
8,65
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 =3,43% e CV2 = 3,33%.
Os níveis de velocidade de deslocamento que foram propostos para
avaliação de seus efeitos no presente trabalho, apresentaram diferença significativa entre si.
58
Tabela 16. Capacidade de campo efetiva (ha h
-1
), de acordo com os fatores 2 marteletes e
5 velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
1,22 e
1,52 d
1,63 Bc
2,07 Bb
2,59 Ba
1,81
M2
1,22 e
1,52 d
1,67 Ac
2,20 Ab
3,02 Aa
1,93
Média
1,22
1,51
1,65
2,14
2,81
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 11,82% e CV 2= 4,97%.
Verificou-se que em relação aos marteletes estudados houve diferença
estatística para as velocidades de 5,0; 7,0 e 9,0 km h
-1
, sendo que martelete 1 e 2
apresentaram o maior desempenho com a velocidade 9,0 km h
-1
, sendo que esta diferença não
foi ocasionada pelo efeito do martelete, mas sim pelas s velocidades estudadas. À medida que
aumentou a velocidade, a capacidade de campo apresentou resultados diretamente
proporcionais. Branquinho et al. (2004), estudando três tipos de manejos com duas
velocidades de deslocamento da semeadora-adubadora (5,2 e 7,3 km h
-1
), observaram que a
capacidade de campo efetiva da semeadora-adubadora foi maior na velocidade mais alta. O
efeito da velocidade de deslocamento sobre o aumento da capacidade de campo efetiva foi
verificado também por Levien et al. (1999) que obtiveram média de 2,1 ha h
-1
de capacidade
de campo para a maior velocidade, enquanto Marques et al. (1999) encontraram 1,45 ha h
-1
.
6.6 Distribuição longitudinal de plantas
Os resultados de espaçamento falho, múltiplo e normal são
apresentados nas Tabelas 17, 18 e 19.
59
Tabela 17. Espaçamento falho (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
0,31 c
7,30 Ab
6,19 b
7,72 Bb
14,22 a
7,14
M2
2,21 c
0,31 Bd
5,87 b
15,70 Aa
13,81 a
7,58
Média
1,26
3,80
6,03
11,71
14,02
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 25,79% e CV 2= 30,69%.
Verifica-se na Tabela 17 que entre os marteletes houve diferença
estatisticamente significativa para as velocidades 4,5 km h
-1
e 7,0 km h
-1
quando se avaliou a
porcentagem de espaçamento falho entre plantas na linha de semeadura. Analisando-se as
velocidades de deslocamento, pode-se constatar, que o aumento das mesmas implicou, de
maneira geral, em acréscimo da porcentagem de espaçamentos falhos nas linhas de
semeadura, sendo que para o martelete 1 a velocidade de 3,0 km h
-1
e para o martelete 2 a de
4,5 km h
-1
, foram as que apresentaram menores valores porcentuais de falhos com diferenças
estatisticamente significativas.
Tabela 18. Espaçamento múltiplo (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
18,31 Ab
23,46 Aa
19,61 Ab
12,47 c
4,24 d
15,61
M2
6,37 Bb
2,54 Bc
3,01 Bc
12,65 a
1,21 d
5,15
Média
12,34
13.00
11,31
25,12
2,72
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 28,95% e CV 2= 23,61%.
Verifica-se, na Tabela 18, que entre os marteletes 1 e 2, houve
diferença estatística nas velocidades 3,0; 4,5 e 5,0 km h
-1
para o espaçamento múltiplo entre
plantas na linha de semeadura o que infere que o martele 1, em baixas velocidades,
proporcionou maiores porcentagens deste tipo de espaçamento. Em relação às velocidades
60
estudadas, para o martelete 1, a velocidade 4,5 km h
-1
foi a que proporcionou o maior valor
entre as demais, sendo que a velocidade de 9,0 km h
-1
, apresentou o menor valor, com
diferença significativa estatisticamente. Para o martelete 2, a velocidade que apresentou o
maior valor foi a de 7,0 km h
-1
e o menor a de 9,0 km h
-1
.
Tabela 19. Espaçamento normal (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
85,64 a
73,01 Bbc
69,01 Bd
79,8 b
79,31 Bb
77,35
M2
89,91 b
83,2 Ac
92,42 Aa
75,05 d
90,96 Aa
86,31
Média
87,77
78,10
80,72
77,42
85,14
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 8,16% e CV2= 9,65%.
Verifica-se na Tabela 19 que quando efetuada a comparação entre os
marteletes 1 e 2 para o espaçamento normal entre plantas, obteve-se diferença estatística para
as velocidades 4,5; 5,0 e 9,0 km h
-1
. Nas velocidades de deslocamento que interagiram com o
martelete 1, observou-se diferença significativa, sendo que a velocidade 3,0 km h
-1
foi a que
apresentou o maior valor. Para o martelete 2 também foi encontrada diferença significativa
entre as velocidades de 5,0 e 9,0 km h
-1
diferindo-as das demais. Na velocidade de
deslocamento de 5,0 km h
-1
para o martelete 2, obteve-se a maior porcentagem de
espaçamento normal na linha de semeadura, o que discorda de Oliveira et al. (2000) e Santos
et al. (2003) que constataram a não influência da velocidade sobre a porcentagem de
espaçamentos normais, quando essa variou de 5 para 7 km h
-1
. Mahl et al. (2004) concluíram
que o aumento da velocidade de deslocamento na operação de semeadura de milho reduziu o
porcentual de espaçamentos normais e, conseqüentemente, aumentou o porcentual de
espaçamentos múltiplos e falhos. Entretanto, Silva (2000) concluiu que a uniformidade de
distribuição de sementes não foi influenciada pela velocidade de deslocamento na implantação da
cultura do milho e soja, porém Klein et al. (2002) apresentam resultados semelhantes e
afirmam que o aumento de velocidade não afetou o porcentual de espaçamentos duplos e
falhos.
61
6.7 Número médio de dias para emergência de plântulas
A Tabela 20 apresenta o número médio de dias para a emergência das
plântulas de milho, após a realização da semeadura.
Tabela 20. Número de dias para emergência de plântulas, de acordo com os fatores
marteletes e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
10,60 a
10,44 a
9,51 b
9,09 bc
8,52 cd
9,63
M2
10,48 a
10,32 a
8,63 b
8,39 b
8,41 b
9,24
Média
10,54
10,38
9,07
8,74
8,46
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 3,38% e CV 2= 6,54%.
Verifica-se na Tabela 20 que entre os marteletes 1 e 2 não houve
diferença significativa em todas as velocidades avaliadas. Para ambos os marteletes, as
velocidades de 3,0 e 4,5 km h
-1
, foram as que mais se destacaram na média do número de dias
para emergência de plântulas. Isto pode ser explicado pela profundidade de deposição da
semente, ou seja, quanto mais profunda estiver a semente, mais tempo é necessário para
desencadear o processo de germinação e conseqüentemente a emergência da plântula. No
presente trabalho, as velocidades de deslocamento mais baixas do conjunto trator/semeadora-
adubadora apresentaram valores mais altos para profundidade de deposição de semente, com
diferença de 43% do valor obtido pela velocidade 3,0 km h
-1
para a velocidade de 9,0 km h
-1
,
discordando de Mello et al. (2007), que afirmaram que o número médio de dias para
emergência variou de sete a nove e não sofreu influência dos híbridos utilizados e nem das
velocidades de deslocamento do trator. Faganello et al. (1998), trabalhando com um híbrido
de milho e duas velocidades de semeadura (3,5 e 7,0 km h
-1
) sobre resteva de ervilhaca
dessecada, não encontraram influência de híbridos e/ou velocidades na emergência de
plântulas.
62
6.8 Altura de planta
Os resultados da variável altura de planta da cultura do milho são
apresentados na Tabela 21.
Tabela 21. Altura de plantas (m), de acordo com os fatores marteletes e velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
2,06 Aa
2,05 Ba
2,02 Bb
2,06 a
2,05 a
2,04
M2
2,00 Bc
2,08 Aa
2,10 Aa
2,06 b
2,05 b
2,06
Médias
2,03
2,07
2,06
2,06
2,05
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 0,90% e CV 2= 0,99%.
Verifica-se na Tabela 21 que a comparação dos resultados obtidos
entre os marteletes mostrou diferenças estatisticamente significativas apenas para as
velocidades de 3,0; 4,5 e 5,0 km h
-1
. Observa-se também que apenas a velocidade de 5,0 km
h
-1
apresentou menores alturas de planta em relação às demais velocidades estudadas, quando
se analisou o martelete 1.
Este efeito da velocidade sobre a altura de plantas na cultura do
milho, foi constatado por Silva et al. (2000) que obtiveram plantas com alturas inferiores nas
velocidades de deslocamento mais altas. Araújo et al. (1999) constataram a mesma influência.
Tais resultados discordam de Mahl (2002 e 2006), que não observou o efeito da velocidade
de deslocamento sobre a altura de plantas na cultura do milho.
6.9 Altura de inserção da primeira espiga
A Tabela 22 apresenta os resultados obtidos para a altura de inserção
da primeira espiga da cultura do milho em função das variáveis estudadas.
63
Tabela 22. Altura de inserção da primeira espiga (m), de acordo com os fatores, marteletes e
velocidades (km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
1,07 Ac
1,10 Bb
1,13 Aa
1,06 Bd
1,07c
1,08
M2
1,04 Bd
1,12 Aa
1,08 Bb
1,08 Ab
1,07c
1,08
Médias
1,05
1,11
1,10
1,07
1,07
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 1,32% e CV 2= 0,88%.
Verifica-se na Tabela 22 que, embora tenha ocorrido diferenças
estatisticamente significativas entre os tratamentos estudados, houve, em todos, certa
uniformidade da altura de inserção da primeira espiga, cujos valores variaram de 1,04 a 1,13
m. Estes resultados estão de acordo com Silva et al. (2000), que constataram o efeito da
velocidade de deslocamento na operação da semeadora-adubadora sobre a altura de inserção
de espigas do milho, mas discordam dos de Mahl (2002 e 2006) que não observou este efeito.
6.10 Número de espigas por planta
A Tabela 23 apresenta os resultados do número de espigas por planta
na cultura do milho.
Tabela 23. Número de espigas por planta, de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
1,03
1,04
1,04
1,03
1,03
1,03
M2
1,02
1,03
1,04
1,03
1,04
1,03
Médias
1,02
1,03
1,04
1,03
1,03
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 1,09% e CV 2= 1,06%.
64
Pode-se constatar na Tabela 23 que o número de espigas por planta
não sofreu efeito de nenhum dos fatores estudados no presente trabalho. Mahl (2006)
encontrou resultados semelhantes.
6.11 Diâmetro do colmo
Os resultados de diâmetro do colmo são apresentados na Tabela 24.
Tabela 24. Diâmetro do colmo(m), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Médias
M1
0,16
0,14
0,14
0,15
0,16
0,15
M2
0,15
0,16
0,15
0,17
0,17
0,16
Médias
0,15
0,15
0,14
0,16
0,17
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 1,32% e CV 2= 0,88%.
Verifica-se, na Tabela 24, que os resultados obtidos para o diâmetro
do colmo não diferiram estatisticamente tanto entre os marteletes, quanto entre as velocidades
de deslocamento estudadas. A ausência do efeito da velocidade de deslocamento sobre essa
variável corrobora os resultados obtidos por Mahl (2002 e 2006) e diverge daqueles
encontrados por Silva et al. (2000) onde as maiores velocidades proporcionaram diâmetros de
colmo com valores menores.
6.12 Estande inicial e final de plantas e índice de sobrevivência
Os resultados do estande inicial e final de plantas e índice de
sobrevivência na cultura do milho são apresentados na Tabela 25.
65
Tabela 25. Estande inicial e final de plantas e índice de sobrevivência, de acordo com os
fatores marteletes e velocidades (km h
-1
)
Estande inicial
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
62380 b
62381 Ab
63263 Aa
60958 Bc
60864 Bc
61969
M2
62248 a
61891 Bb
62153 Ba
62218 Aa
61327 Ab
61967
Média
62314
62136
62708
61588
61095
CV1 = 1,32% e CV 2= 0,88%.
Estande final
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
62088 ab
62273 a
62436 a
60921 c
60851 c
61714
M2
61443 b
61443 b
61997 a
62117 b
61155 b
61842
Média
62142
61858
62217
61519
61153
CV1 = 0,87% e CV 2= 0,96%.
Índice de sobrevivência
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
99,53
99,82
98,69
99,93
99,97
99,59
M2
99,91
99,27
99,74
99,83
99,71
99,69
Média
99,72
99,55
99,22
99,88
99,84
CV1 = 0,86% e CV 2= 0,81%.
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade.
Quando se comparou os marteletes 1 e 2 para a variável estande
inicial de plantas, constatou-se que houve diferença estatisticamente significativa nas
velocidades de 4,5; 5,0; 7,0 e 9,0 km h
-1
, sendo que a velocidade de 3 km h
-1
não apresentou
diferença (tabela 25).
À respeito do fator velocidade, verificou-se que houve diferença
significativa entre os tratamentos conforme descrito na Tabela 25, sendo que na velocidade
de 5,0 km h
-1
em conjunto com o martelete 1 foi o tratamento que apresentou a maior
população inicial de plantas. No martelete 2 também foi constatada diferença estatisticamente
significativa entre as velocidades, sendo que a velocidade de 3,0 km h
-1
foi a que apresentou
maior população de plantas não diferindo, porém, das velocidades de 5,0 e 7,0 km h
-1
. Estes
resultados discordam daqueles obtidos por Garcia et al. (2006) que, estudando a influência da
velocidade de deslocamento na semeadura de milho, variando de 3,0 a 9,0 km h
-1
, em quatro
66
condições, verificaram que a população pode ser mantida mesmo com o incremento da
velocidade. Fey et al. (2000) e Mahl et al. (2004) constataram decréscimo da população com
a elevação da velocidade, concordando com os dados obtidos na Tabela 25.
Para a variável estande final de plantas, constatou-se que não houve
diferença estatisticamente significativa entre os marteletes. Para o martelete 1, as velocidades
3,0; 4,5 e 5,0 km h
-1
apresentaram valores superiores em relação aos demais tratamentos. Para
o martelete 2 a velocidade 5,0 km h
-1
apresentou o maior valor para o estande final de plantas.
Silva et al (2000) verificaram que o estande final de plantas de milho foi maior nas
velocidades de 3,0 km h
-1
e 6,0 km h
-1
e menor na de 11,2 km h
-1
. Observaram também que as
maiores quedas no estande final de plantas de milho foram proporcionadas pelas velocidades
superiores a 6 km h
-1
, chegando a 28,6% na 11,2 km h
-1
.
Pode-se constatar na Tabela 25 que entre os tratamentos, a variável
índice de sobrevivência não apresentou diferença estatística, sendo que a porcentagem de
perda de plantas foi mínima em todos os tratamentos. Mahl (2006) também não verificou
diferença estatística para esta variável.
6.13 Massa de mil grãos
A Tabela 26 apresenta os resultados obtidos para a massa de mil grãos
da cultura do milho.
Tabela 26. Massa de mil grãos (g), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
329,14
329,40
329,68
329,28
329,51
329,40
M2
328,98
329,74
329,88
329,43
329,38
329,48
Média
329,06
329,57
329,78
329,35
329,44
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 0,53% e CV 2= 0,60%.
67
Para a variável massa de mil grãos não foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas nos tratamentos estudados, corroborando os resultados obtidos
por Silva et al. (2000), que constataram que a massa de mil grãos não foi influenciada pela
velocidade de operação. Garcia et al. (2006) verificaram que a variável peso de mil grãos não
apresentou diferença significativa em todas as áreas onde o experimento foi instalado; sendo
as médias de 0,458; 0,376; 0,427 e 0,382 kg nas quatro propriedades.
6.14 Teste de coloração rápida (tintura de iodo) e germinação
As Tabelas 27 e 28 apresentam os resultados de danos mecânicos
causados às sementes, durante a passagem pelos mecanismos dosadores da semeadora-
adubadora e as porcentagens de plântula normal, anormal e semente morta, respectivamente.
Tabela 27. Teste de coloração rápida (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
2,50 a
3,50 Aa
0,50 Bc
2,75 a
2,25 b
2,30
M2
2,25 b
1,00 Bc
3,50 Aa
3,00 a
2,00 b
2,35
Média
2,37
2,25
2,00
2,87
2,12
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 3,32% e CV 2= 2,78%.
Entre os marteletes 1 e 2 somente foram encontradas diferenças
significativas para as velocidades 4,0 e 5,0 km h
-1
. Em relação às velocidades, o martelete 1
apresentou maiores porcentagens de danos mecânicos para os tratamentos com 3,0; 4,0 e 7,0
km h
-1
e para o martelete 2 as velocidades que apresentaram destaque foram 5,0 e 7,0 km h
-1
.
Estes resultados discordam daqueles obtidos por Silva et al. (2000), que constataram que as
sementes de milho distribuídas com mecanismo dosador de disco horizontal perfurado não
são sensivelmente danificadas pelo aumento da velocidade de operação da semeadora-
adubadora. Mahl (2002) também não constatou efeito significativo da velocidade de
68
deslocamento sobre a ocorrência de danos nas sementes, corroborando os dados obtidos por
Dambrós (1998).
Tabela 28. Teste de germinação (%), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Plântula normal
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
95,00 Bc
96,50 Ab
97,50 Aa
84,50 Bd
82,5 Ae
91,20
M2
97,00 Aa
83,00 Bd
92,00 Bc
95,00 Ab
81,5 Be
89,7
Média
96,00
89,75
94,75
89,75
82,00
CV1 = 7,4% e CV2 = 6,98%.
Plântula anormal
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
2,50 d
2,50 Ad
1,50 Bc
13,50 Ab
15,50 Ba
7,10
M2
3,00 d
15,00 Ba
7,00 Ab
4,00 Bc
3,00 Ad
6,40
Média
2,75
8,5
4,25
8,75
9,25
CV1 = 9,65% e CV2 = 8,45%.
Semente morta
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
2,50 Aa
1,00 Bc
1,00 c
2,00 Ab
2,00 b
1,70
M2
0,00 Bc
2,00 Aa
1,00 b
1,00 Bb
2,00 a
1,20
Média
1,25
1,50
1,00
1,50
2,00
CV1 = 1,85% e CV2 = 2,03%.
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade.
Os resultados apresentados na Tabela 28 mostram que ocorreram
diferenças estatisticamente significativas entre ambos os marteletes para a variável plântula
normal, não permitindo, porém, uma discussão mais profunda sobre o tema, devido à forma
como as diferenças se manifestaram. Em relação às velocidades, constatou-se que para o
martelete 1, a velocidade que apresentou melhor resultado de plântula normal foi a de
69
5 km h
-1
e para o martelete 2, foi a de 3,0 km h
-1
. Este efeito pode estar relacionado com o
número de dentes de cada martelete analisado.
Observando-se os resultados obtidos para a porcentagem de plântulas
anormais, também contidos na Tabela 28, pode-se observar uma tendência do martelete 1
apresentar maiores valores desta variável para as velocidades mais altas e, o martelete 2, para
as velocidades intermediárias.
Quanto aos resultados obtidos para a porcentagem de sementes
mortas, embora se possa constatar a presença de diferenças estatisticamente significativas
entre os valores, não é possível estabelecer nenhum tipo relação e/ou influência dos tipos de
marteletes e velocidades estudadas sobre o comportamento deste parâmetro.
Silva et al. (2000) verificaram diferença estatística entre as médias,
para os percentuais de danos visuais, de plântulas normais e anormais e de sementes mortas.
Também constataram redução média de 1,7 pontos no percentual de plântulas normais, em
relação à média de quatro amostras de sementes que não passaram pela máquina, indicando
que o mecanismo dosador de sementes, utilizado na semeadora-adubadora, é adequado para o
milho. Resultados semelhantes foram obtidos por Butierres (1980) na soja, Mantovani et al.
(1992) e Kurachi et al. (1993) no milho, e Silva et al. (1998) no arroz em estudos
relacionados com a velocidade de operação. Por outro lado estes resultados discordam de
Oliveira et al. (2000), que constataram diferença entre os valores encontrados no teste de
germinação e de vigor para as sementes nas velocidades de 5,0 e 7,0 km h
-1
em relação às
sementes do depósito (sementes que não passaram pelo mecanismo dosador), porém essa
diferença não foi significativa.
6.15 Produtividade
A Tabela 29 apresenta os resultados da produtividade da cultura do
milho.
70
Tabela 29. Produtividade (kg), de acordo com os fatores marteletes e velocidades
(km h
-1
)
Velocidade
Martelete
3,0
4,5
5,0
7,0
9,0
Média
M1
9679 Bc
9724 Bb
9812 Ba
9426 Bd
9415 Ad
9611
M2
9776 Ab
9790 Ab
9997 Aa
9524 Ac
9312 Bd
9680
Média
9727
9757
9905
9475
9364
Médias seguidas de mesma letra não diferem ao nível de 5% de probabilidade. CV1 = 3,62% e CV 2= 2,43%.
Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 29, constata-se
que, entre os marteletes 1 e 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas
para todas as velocidades sendo que o martelete 2 foi o que apresentou melhores valores de
produtividades de grãos para todas as velocidades, exceto para a de 9,0 km h
-1
. Para ambos os
marteletes, a velocidade 5,0 km h
-1
foi a que mais se destacou, apresentando diferença
estatisticamente significativa em relação às demais velocidades estudadas.
O efeito da velocidade de deslocamento influenciou a produtividade
de grãos no presente trabalho, discordando de Mahl (2002, 2006) e KLEIN et al. (2002), que
não encontraram diferenças para o rendimento de grãos por hectare em função do aumento na
velocidade de semeadura. Porém Silva et al (2000) constataram que a produtividade do milho
diferiu significativamente de acordo com a velocidade de operação e com a profundidade de
adubação. As velocidades 3,0 km h
-1
e 6,0 km h
-1
proporcionaram produções superiores à
verificada em 9,0 e 11,2 km h
-1
e, Furlani et al. (1999), trabalhando com um híbrido e
velocidades do conjunto trator-semeadora-adubadora de 3 e 5 km h
-1
, encontraram o maior
valor de produtividade para a menor velocidade estudada.
71
7 CONCLUSÕES
- Foi constatado o efeito da velocidade de deslocamento nas variáveis:
consumo horário e operacional de combustível, capacidade de campo efetiva, distribuição
longitudinal de plantas, número médio de dias para emergência de plântulas, altura de
plantas, altura de inserção da primeira espiga, estande inicial, final de plantas, danificação
mecânica e produtividade.
- O aumentou da velocidade de deslocamento diminui a profundidade
de deposição de semente e do sulco de semeadura.
- O tempo para a emergência de plântulas é maior para as maiores
profundidades de deposição de sementes. Não se verificou influência dos marteletes neste
parâmetro.
- Diferentes velocidades e marteletes não alteram o índice de
sobrevivência de plantas.
- Entre as velocidades estudadas, a de 5,0 km h
-1
foi a que apresentou
a maior produtividade.
72
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