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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
DESENVOLVIMENTO DE Aechmea fasciata (BROMELIACEAE) EM FUNÇÃO DE
DIFERENTES SATURAÇÕES POR BASES NO SUBSTRATO E MODOS DE
APLICAÇÃO DA FERTIRRIGAÇÃO
LUIZ VITOR CREPALDI SANCHES
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciên-
cias Agronômicas da UNESP Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Mestre em
Agronomia (Irrigação e Drenagem).
BOTUCATU – SP
Fevereiro - 2009
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
DESENVOLVIMENTO DE Aechmea fasciata (BROMELIACEAE) EM FUNÇÃO DE
DIFERENTES SATURAÇÕES POR BASES NO SUBSTRATO E MODOS DE
APLICAÇÃO DA FERTIRRIGAÇÃO
LUIZ VITOR CREPALDI SANCHES
Orientador: Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Bôas
Co-Orientadora: Profª. Drª. Denise Laschi
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciên-
cias Agronômicas da UNESP Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Mestre em
Agronomia (Irrigação e Drenagem).
BOTUCATU – SP
Fevereiro - 2009
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III
AGRADECIMENTOS
À Deus pela minha vida.
Aos meus pais Luiz Antônio e Lucylena e, minha irmã Lucilaine pelo
amor, compreensão, apoio e força;
À Maria Júlia pela amizade, carinho, amor e sobre tudo compreensão
durante o curso de pós-graduação;
Aos meus familiares e amigos que estiveram presentes no decorrer de
toda essa caminhada, com apoio, incentivo e amor;
À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
especialmente ao Departamento de Engenharia Rural, pela oportunidade de realização do
curso;
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
(CNPq) pela concessão de bolsa de estudos;
Ao meu orientador, Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Bôas, pelas valiosas
transmissões de conhecimento, incentivo, apoio, motivação, oportunidades, excelentes
discussões e sugestões, por acreditar no meu trabalho e, sobretudo, pela amizade;
À minha co-orientadora, Profª. Drª. Denise Laschi pelos ensinamen-
tos, oportunidades, e amizade;
À Empresa EcoFlora Bromélias pelas condições e oportunidades
oferecidas durante a realização deste trabalho;
IV
A todos os funcionários e docentes do Departamento de Recursos
Naturais/Ciência do Solo pela colaboração nos momentos necessários, pela amizade, e pelos
inúmeros momentos de agradável convívio;
À Camila Braga pelo auxilio na condução do experimento, e pela
amizade;
Aos estagiários Marcel Angelin Paulino, Thaís Felício Copola, Aline
Sergeren Fonseca, Tainara Santos e, Marina Gouvêa, pela dedicação e sobretudo amizade;
À Clarice Backes pela amizade e contribuição na parte estatística deste
trabalho;
Aos colegas que fazem o GEMFER (Grupo de Estudos em Manejo de
Fertilizantes e Resíduos) pelos excelentes momentos de convívio e crescimento no decorrer
dessa caminhada;
Aos amigos da pós-graduação pela união, amizade e pelos momentos
de excelente convívio;
E por fim a todos que, de uma forma ou de outra, me apoiaram e
incentivaram no decorrer desses anos e contribuíram para a realização deste trabalho, meus
mais sinceros agradecimentos;
V
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. VII
LISTA DE TABELAS ...........................................................................................................VIII
RESUMO ....................................................................................................................................2
SUMMARY ................................................................................................................................4
3. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................6
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................9
4.1. Bromélias: origem, história e distribuição geográfica.....................................................9
4.2. Classificação taxonômica ..............................................................................................11
4.3. Aspectos botânicos e morfológicos ...............................................................................11
4.4. Importância das bromélias em seu habitat natural.........................................................14
4.5. Reprodução ....................................................................................................................15
4.6. Mercado brasileiro de flores ..........................................................................................15
4.7. Produção comercial de bromélias..................................................................................16
4.8. Substrato ........................................................................................................................18
4.9. Nutrição mineral de bromélias.......................................................................................22
4.10. Fertirrigação.................................................................................................................28
4.11. Uso do clorofilômetro SPAD-502 como indicativo de manejo da adubação
nitrogenada ..................................................................................................................28
4.12. Ambiente protegido .....................................................................................................30
5. MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................33
5.1. Localização da área experimental..................................................................................33
5.2. Delineamento experimental e tratamentos.....................................................................33
5.3. Procedimento experimental: implantação e condução...................................................34
5.4. Caracterização do substrato de casca de pinus ..............................................................40
5.5. Avaliações realizadas durante o experimento................................................................42
5.5.1. Altura da planta ........................................................................................................43
5.5.2. Diâmetro da roseta....................................................................................................44
5.5.3. Diâmetro do caule ....................................................................................................44
5.5.4. Número de folhas e largura da folha ........................................................................45
5.5.5. Índice Relativo de Clorofila (IRC)...........................................................................47
5.5.6. Inclinação da planta..................................................................................................48
5.5.7. Massa seca................................................................................................................49
5.5.8. Exploração radicular.................................................................................................50
5.5.9. Teores de macronutrientes e micronutrientes nas folhas, caule e raízes..................50
5.5.10. Área foliar...............................................................................................................51
5.5.11. Análise estatística...................................................................................................52
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................................53
6.1. Altura das plantas de A. fasciata....................................................................................53
6.2. Diâmetro da roseta de plantas de A. fasciata .................................................................56
VI
6.3. Diâmetro do caule de plantas de A. fasciata..................................................................58
6.4. Número de folhas nas plantas de A. fasciata .................................................................59
6.5. Largura das folhas nas plantas de A. fasciata ................................................................60
6.6. Área foliar de A. fasciata em função dos tratamentos ...................................................62
6.7. Índice de cor verde nas folhas da bromélia de A. fasciata.............................................64
6.8. Massa seca dos órgãos de A. fasciata ............................................................................67
6.8.1. Massa seca das folhas de A. fasciata........................................................................67
6.8.2. Massa seca do caule de A. fasciata...........................................................................69
6.8.3. Massa seca das raízes de A. fasciata ........................................................................70
6.8.4. Massa seca total de plantas de A. fasciata................................................................72
6.9. Exploração radicular no recipiente de Aechmea fasciata ..............................................73
6.10. Grau de inclinação de plantas de Aechmea fasciata ....................................................75
6.11. Teores de nutrientes nos órgãos de planta de A. fasciata ............................................76
6.11.1. Teores de nitrogênio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................76
6.11.2. Teores de fósforo nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................78
6.11.3. Teores de potássio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................81
6.11.4. Teores de cálcio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................83
6.11.5. Teores de magnésio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................85
6.11.6. Teores de enxofre nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................87
6.11.7. Teores de boro nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................90
6.11.8. Teores de cobre nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................92
6.11.9. Teores de ferro (Fe) nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................95
6.11.10. Teores de manganês nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos..............................................................................................................98
6.11.11. Teores de zinco nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função dos
tratamentos............................................................................................................100
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................103
8. CONCLUSÃO.....................................................................................................................105
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................106
VII
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Bromélia Aechmea fasciata Baker.............................................................................10
Figura 2. Folhas de A. fasciata em forma cilíndrica..................................................................39
Figura 3. Relação sólidos – ar – água da casca de pinus. Botucatu/SP, 2008...........................41
Figura 4. Medida da altura de plantas de A. fasciata.................................................................43
Figura 5. Medida da roseta das plantas de A. fasciata...............................................................44
Figura 6. Medida da base do caule de plantas de A. fasciata. ...................................................45
Figura 7. Folha desconsiderada na contagem............................................................................46
Figura 8. Medida da largura das folhas da A. fasciata. .............................................................47
Figura 9. Aparelho clorofilômetro SPAD-502 da Minolta........................................................47
Figura 10. Medida do Índice de Cor Verde nas folhas de A. fasciata.......................................48
Figura 11. Caracterização do grau de inclinação da planta. ......................................................49
Figura 12. Corte dos órgãos de A. fasciata................................................................................49
Figura 13. Partes da planta após o corte com a lâmina de aço inox..........................................50
Figura 14. Caracterização da folha de A. fasciata.....................................................................51
Figura 15. Vista frontal das plantas de A. fasciata em função dos tratamentos........................55
Figura 16. Vista superior das plantas de A. fasciata em função dos tratamentos......................57
VIII
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Fases de desenvolvimento de Aechmea Fasciata......................................................17
Tabela 2. Caracterização dos tratamentos. ................................................................................34
Tabela 3. Altura da planta e diâmetro da roseta de A. fasciata, em cm, que determinaram o
momento do transplante. Botucatu/SP, 2008............................................................35
Tabela 4. Densidade de plantas por m
2
, nas diferentes fases de cultivo de A. fasciata
.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................36
Tabela 5. Volume de fertirrigação aplicada, em ml planta
-1
, nas diferentes fases de cultivo.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................37
Tabela 6. Teores de nutrientes nas soluções nutritivas. Botucatu/SP, 2008..............................38
Tabela 7. Valores médios da distribuição do tamanho das partículas (%), em substrato de casca
de pinus. Botucatu, 2008...........................................................................................40
Tabela 8. Valores de pH, condutividade elétrica (EC), soma das bases (SB), capacidade de
troca de cátions (CTC) determinada, e saturação por bases (V%) em substrato de
casca de pinus. Botucatu/SP, 2008............................................................................41
Tabela 9. Concentrações de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K) na casca de pinus
extraídos pelo método descrito por Brasil (2007). Botucatu/SP, 2008.....................42
Tabela 10. Componentes da análise estatística fatorial.............................................................52
Tabela 11. Análise de variância para altura de plantas de Aechmea fasciata em função dos
tratamentos................................................................................................................53
Tabela 12. Altura de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm, em função da saturação
por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................54
Tabela 13. Análise de variância para o diâmetro da roseta de plantas de A. fasciata em função
dos tratamentos. ........................................................................................................56
Tabela 14. Avaliação do diâmetro da roseta de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em
cm, em função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três
épocas de cultivo. Botucatu/SP, 2008.......................................................................56
IX
Tabela 15. Análise de variância para o diâmetro do caule de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................58
Tabela 16. Diâmetro do caule de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em mm, em função
da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008. ..................................................................................59
Tabela 17. Análise de variância para o número de folhas nas plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................59
Tabela 18. Número de folhas em plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em função da
saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008. ..................................................................................60
Tabela 19. Análise de variância para a largura das folhas de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................61
Tabela 20. Largura das folhas de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm, em função
da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008. ..................................................................................61
Tabela 21. Análise de variância para área foliar das folhas acima do nível da água da cisterna,
das folhas que formam a cisterna e a área total das folhas de plantas de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................62
Tabela 22. Área foliar das folhas acima do nível da água da cisterna, das folhas que formam a
cisterna e a área total das folhas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm
2
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................63
Tabela 23. Análise de variância para o índice de cor verde em folhas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................65
Tabela 24. Índice de cor verde de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em Índice Spad, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................67
Tabela 25. Análise de variância para a massa seca de folhas de Aechmea fasciata em função
dos tratamentos. ........................................................................................................67
X
Tabela 26. Massa seca das folhas de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................68
Tabela 27. Análise de variância para massa seca do caule de Aechmea fasciata em função dos
tratamentos................................................................................................................69
Tabela 28. Massa seca do caule de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................70
Tabela 29. Análise de variância para matéria seca das raízes de Aechmea fasciata em função
dos tratamentos. ........................................................................................................70
Tabela 30. Massa seca das raízes de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................71
Tabela 31. Análise de variância para massa seca total de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................72
Tabela 32. Massa seca total de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008...............................................................................73
Tabela 33. Análise de variância para exploração radicular de Aechmea fasciata no recipiente
de cultivo em função dos tratamentos.......................................................................74
Tabela 34. Exploração radicular de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) nos recipientes de
cultivo, em função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................74
Tabela 35. Análise de variância para o grau de inclinação da planta de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos. ............................................................................................75
Tabela 36. Grau de inclinação de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em graus ), em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação. Botucatu/SP,
2008...........................................................................................................................76
Tabela 37. Análise de variância para nitrogênio (N) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................77
XI
Tabela 38. Concentração de nitrogênio nas folhas, caule e sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................78
Tabela 39. Análise de variância para fósforo (P) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................79
Tabela 40. Concentração de fósforo (P) nas folhas, caule e sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................80
Tabela 41. Análise de variância para potássio (K) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................81
Tabela 42. Concentração de potássio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................82
Tabela 43. Análise de variância para cálcio (Ca) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................83
Tabela 44. Concentração de cálcio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................84
Tabela 45. Análise de variância para magnésio (Mg) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................85
Tabela 46. Concentração de magnésio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................87
Tabela 47. Análise de variância para enxofre (S) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................88
XII
Tabela 48. Concentração de enxofre nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................89
Tabela 49. Análise de variância para boro (B) nos vários órgãos da planta de Aechmea fasciata
em função dos tratamentos........................................................................................90
Tabela 50. Concentração de boro nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................91
Tabela 51. Análise de variância para cobre (Cu) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................93
Tabela 52. Concentração de cobre nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................94
Tabela 53. Análise de variância para ferro (Fe) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................95
Tabela 54. Concentração de ferro nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................97
Tabela 55. Análise de variância para manganês (Mn) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos..........................................................................98
Tabela 56. Concentração de manganês nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em mg kg
-1
de matéria seca, em função da saturação
por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.....................................................................................................99
Tabela 57. Análise de variância para zinco (Zn) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos........................................................................100
XIII
Tabela 58. Concentração de zinco nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008...................................................................................................101
2
RESUMO
O experimento foi conduzido no período de 22 de novembro de 2007 a
10 de dezembro de 2008 sob túnel plástico com 20 metros de comprimento, 6 metros de
largura e 2,5 metros de altura no Departamento de Recursos Naturais/Ciência do Solo na
Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (UNESP FCA) Campus de Botucatu/SP. O objetivo deste trabalho foi
avaliar o efeito no desenvolvimento da bromélia A. fasciata cultivada em substrato de casca de
pinus com saturação por bases de 20 e 40% e da combinação entre duas formas de aplicação
da fertirrigação. Aplicou-se a fertirrigação via cisterna (C) e via sistema radicular (SR) nas
combinações de 100% C e 0% SR; 75% C e 25% SR; 50% C e 50% SR; 25% C e 75% SR e;
0% C e 100% SR. As plantas utilizadas no experimento foram obtidas por meio de sementes, e
foram trazidas do produtor com 300 dias após a semeadura. As plantas foram transplantadas
para o vaso plástico (pote) 11 após 77 dias da instalação do experimento, do pote 11 para o
pote 15 após 176 dias do início do experimento e do pote 15 para o pote 17 após 304 dias. A
variação na saturação foi realizada a partir do transplante para pote 11. Os volumes das
combinações entre as formas de aplicação da fertirrigação foram determinadas a partir do
volume máximo que a planta conseguia reter em sua cisterna em cada fase de cultivo nos
diversos recipientes. Foi avaliado a altura de planta, diâmetro da roseta, diâmetro do caule,
número de folhas, largura das folhas e o Índice Relativo de Clorofila (IRC), teores de
nutrientes e massa seca em folhas, caule, raízes, área foliar, exploração radicular e o grau de
3
inclinação das plantas. O estudo mostrou que plantas cultivadas em substrato com saturação
por bases de 20% e que receberam aplicação de solução contendo nutrientes 100% via cisterna
ou 75% via cisterna e 25% via substrato, apresentaram melhor resultado para os parâmetros
de: altura de plantas, área foliar total, índice de cor verde, massa seca total, exploração
radicular no recipiente de cultivo, e concentrações de nutrientes (P, K, S, e Cu).
________________________
Palavras-chave: bromélia; clorofilômetro; nutrição; cultivo; produção
4
DEVELOPMENT OF Aechmea fasciata (BROMELIACEAE) IN FUNCTION OF
DIFFERENT BASIS SATURATION LEVELS IN SUBSTRATE AND WAYS OF
APPLICATION OF THE FERTIRRIGATION.
Dissertação (Mestrado em Agronomia/Irrigação e Drenagem) Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Author: LUIZ VITOR CREPALDI SANCHES
Adviser: ROBERTO LYRA VILLAS BÔAS
Co-Adviser: DENISE LASCHI
SUMMARY
The experiment was lead in the period between november, 22, 2007
and december, 10, 2008 under plastic tunnel with 20 meters of length, 6 meters of width and
2,5 meters of height in the Department of Natural resources/Science of the Soil in the
Experimental Farm Lageado, pertaining to the State University São Paulo “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP - FCA) Campus of Botucatu/SP. The objective of this work was to evaluate
the effect in the development of the bromeliad. A. fasciata cultivated in substrate of rind of
pinus with basis saturation levels of 20 and 40% and of the combination between two forms of
fertirrigation application. The fertirrigation was applied at cistern (C) and at substrate (S) in
the combinations of 100% C and 0% S; 75% C and 25% S; 50% C and 50% S; 25% C and
75% S and; 0% C and 100% S. The plants used in the experiment were obtained through
seeding, and had been brought of the producer with 300 days after the seeding. The plants
were transplanted for the plastic vase (pot) 11 after 77 days of the installation experiment,
of the pot 11 for pot 15 after 176 days of the beginning experiment and the pot 15 for pot 17
after 304 days. The variation in the saturation was carried through from the transplant for pot
11. The volumes of the combinations between the forms of application fertirrigation had been
determined from the maximum volume that the plant obtained to hold back in its cistern in
each stage of culture in the diverse recipient. It was evaluated the height of plant, diameter of
the rosette, diameter of stem, leaf number, width of leves and the Relative Index of
5
Chlorophyll, texts of nutrients and dry mass in leves, stem, roots, leves area, exploration to
roots and the degree of inclination of the plants. The study showed that plants cultivate in
substrate with basis saturation levels of 20% and that solution application contend nutrients
100% saw cistern or 75% saw cistern and 25% saw substrate, had presented better resulted for
the parameters of: height of plant; total leves area; Relative Index of Chlorophyll; total dry
mass; exploration to roots in the vase of cultivate, and texts of nutrients (P, K, S, e Cu).
________________________
Keywords: bromeliad; chlorophyll meter; nutrition; culture; production
6
3. INTRODUÇÃO
O uso ornamental de bromélias no Brasil foi iniciado a partir da década
de setenta, quando a Aechmea fasciata (Lindley) Baker, uma planta nativa da Mata Atlântica,
despertou grande procura por parte de consumidores de plantas ornamentais. A insuficiência
de produção de plantas desta espécie provocou o extrativismo, que também se difundiu para
outras espécies de menor expressão comercial (Coffani-Nunes, 1997). Atualmente a A.
fasciata é a bromélia ornamental mais conhecida e comercializada em todo o globo terrestre.
Dada a sua rusticidade e grande variedade de cores, formas e texturas,
as bromélias vêm, a cada dia, tornando-se presença constante nos jardins em todo o Brasil.
Facilmente se encontra bromélias em jardins projetados, tanto residenciais como públicos. O
uso de bromélias no paisagismo teve como marco inicial os projetos paisagísticos de Burle
Marx, que revolucionaram o paisagismo brasileiro e mundial (Paula, 2000).
As epífitas necessitam de diferentes combinações de luminosidade,
nutrientes e volume de água, variando de espécie para espécie (Went, 1940; Pittendrigh, 1948;
Johansson, 1974).
As bromélias são plantas epífitas em sua maioria, ou seja, vivem
apoiadas em outras plantas sem retirar nutrientes delas diretamente, podendo ser também
rupícolas, apoiadas em rochas, retirando nutrientes do solo existente entre suas fendas ou
ainda terrestres, desenvolvendo-se no solo (Aragão, 1999).
7
Em relação à nutrição das plantas, Kämpf (1992) divide a família
Bromeliaceae em quatro grupos quanto a estratégias de absorção de nutrientes: terrestres sem
escamas sugadoras, terrestres com escamas, epífitas formadoras de cisterna e epífitas que não
formam cisternas. No primeiro grupo, a nutrição é realizada pelas raízes; no segundo, um
sistema alternativo de absorção de nutrientes entre raízes e folhas através das escamas. Nos
demais grupos, as folhas são as principais estruturas responsáveis pelo processo nutritivo,
cabendo às raízes a função de sustentação.
De acordo com Englert (2000), as folhas das bromélias estão adaptadas
para absorverem nutrientes e água por meio de estruturas na forma de pêlos ou tricomas
foliares (escamas). Assim, a adubação das bromélias deve ser feita criteriosamente, uma vez
que elas possuem capacidade ímpar de absorver nutrientes pelas folhas (Paula, 2000). As
raízes funcionam primordialmente para fixação da planta ao substrato, com exceção das
bromélias terrestres em que as raízes estão capacitadas a absorver água e nutrientes (Englert,
2000).
Em função das possibilidades de absorção de nutrientes e água pelo
tricoma foliar ou pelas raízes, nota-se na prática grande variabilidade de possibilidades de
adubação. Andrade & Demattê (1999) realizaram um estudo sobre a produção e
comercialização de bromélias nas maiores regiões produtoras do Brasil (Sul e Sudeste), onde
observaram que 67% dos produtores do Sudeste utilizam tanto adubação radicular quanto
foliar nos cultivos. Aproximadamente 16% utilizam apenas adubação via radicular e outros
17%, somente foliar. No Sul, cerca de 50% dos produtores utilizam as duas formas de
fornecimento do adubo, 25% usam somente a adubação radicular e outros 25%, somente
foliar.
Com relação à absorção radicular, pode haver maior ou menor
dificuldade em função da característica do substrato. As bromélias apreciam um substrato com
condições de aeração de 20 a 30%, pH 3,5-6,5 e suportam níveis de salinidade médios
(Jimenez Mejias & Caballero Ruano, 1990; Baensch, 1994; Kämpf, 2000b).
No Brasil, são poucos os trabalhos de pesquisa que estudam as
metodologias e parâmetros ligados ao aspecto nutricional de bromélias. Atualmente
analisando todo o processo produtivo, percebe-se que a maior dificuldade encontrada pelos
produtores está relacionada à parte nutricional, pois as bromélias são plantas que absorvem
8
boa parte de seus nutrientes pelos tricomas foliares, não necessitando de raízes, o que acarreta
um desenvolvimento radicular insatisfatório, onde a planta não se fixa no vaso, ocorrendo o
tombamento da planta e a depreciação do produto. Assim, fica evidente a necessidade de se
realizar estudos para que haja um equilíbrio nutricional tanto na parte aérea como radicular,
promovendo um maior desenvolvimento radicular e melhor qualidade do produto.
Em geral as folhas das bromélias são dispostas em camadas circular
espiralada. A denominação botânica dessa estrutura é roseta, onde a planta armazena toda a
água que nela é aplicada, o que faz com que pouca água e nutrientes cheguem até o substrato e
conseqüentemente a raiz. Assim a não formação de um sistema radicular volumoso pelo vaso
pode ser causada por: captação de toda fertirrigação pela roseta, não chegando ao substrato,
desequilíbrio nutricional no sistema substrato-planta; concentrações de cálcio e fósforo na
adubação de base insatisfatória; e por fim pode-se estar aplicando uma quantidade excessiva
de água na planta, não causando um nível mínimo de stress hídrico, desta forma a planta não é
estimulada a desenvolver raízes para captação de água.
Em função da fertirrigação ser realizada via aspersão um outro
obstáculo para que a água atinja o sistema radicular são as folhas, que praticamente fecham no
vaso a superfície do substrato, permitindo que pouca solução atinja o mesmo, o que dificulta o
desenvolvimento do sistema radicular, bem como a absorção de nutrientes pela planta.
O que se observa na prática é que a solução nutritiva acumulada na
roseta da planta pode chegar até o substrato, por meio de escoamento, porém, o umedecimento
ocorre num volume de substrato muito restrito a base da planta, o que além de limitar os
nutrientes a esse local, dificultando a absorção radicular, pode também promover o aumento
de salinidade.
Os objetivos deste trabalho foram diminuir os problemas nutricionais
com que o produtor se depara no cultivo da bromélia Aechmea fasciata, proporcionando uma
planta de maior qualidade e valor comercial.
9
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. Bromélias: origem, história e distribuição geográfica
A origem do nome bromélia é atribuída ao padre explorador francês
Charles Plumier (1646-1704). No final do século XVII, quando percorria a região das
Antilhas, Plumier se deparou com um conjunto de plantas que os nativos chamavam de
‘Karatas’. Em homenagem ao botânico sueco Olav Bromel (1639-1705), foi escolhido o nome
bromélia. A história das bromélias teve início em 1493 com a segunda viagem de Cristóvão
Colombo ao Novo Mundo. Segundo a narrativa de seu filho Fernando, Colombo teria visto na
ilha de Guadalupe, no mar das Antilhas, a planta que viria a ser a mais famosa e difundida da
família Bromeliaceae, o Ananas comosus, o popular abacaxi. A maioria das bromélias é
altamente decorativa e hoje são conhecidas mais de 3.200 espécies, sendo que 70% dos
gêneros e mais de 40% das espécies ocorrem no Brasil (Luther & Sieff, 1996; Grant &
Zijlstra, 1998; Englert, 2000; Paula, 2000).
A família Bromeliaceae distribui-se ao longo de toda a zona tropical e
subtropical das Américas, sendo a América do Sul considerada como o centro de grande
diversidade (Leme, 1998). Existe somente uma espécie fora das Américas, que foi descoberta
na África (Benzing, 1984; Leme & Marigo, 1993; Zomleffer 1994).
Com um número tão grande de espécies, não chega a surpreender o
fato das bromélias serem encontradas em situações geográficas e condições climáticas
diferentes. Como resultados variam enormemente de aparência, tamanho e floração. Estes
10
aspectos são responsáveis pelo aumento de produção e comercialização (Padilha, 1973;
Martin, 1994; Roriz, 1998; Rocha, 2002).
O uso ornamental de bromélias no Brasil foi iniciado a partir da década
de setenta, quando a Aechmea fasciata (Lindley) Baker, uma planta nativa do Rio de Janeiro,
despertou grande procura por parte de consumidores de plantas ornamentais. A insuficiência
de produção de plantas desta espécie provocou o extrativismo, que também se difundiu para
outras espécies de menor expressão comercial. Iniciava-se nesta época, portanto, o ciclo de
extrativismo de bromélias com finalidade lucrativa no Brasil. Este processo, primeiramente
observado no Rio de Janeiro, também ocorreu em vários outros Estados (Coffani-Nunes,
1997). Grande parte dessas plantas coletadas é comercializada no mercado interno e externo
para colecionadores e produtores estrangeiros (Mendonça, 2002; RMA, 2007).
Figura 1. Bromélia Aechmea fasciata Baker.
A espécie mais conhecida no mundo é a A. fasciata Baker (Figura 1),
exclusiva da Floresta Tropical Atlântica do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Reitz, 1983;
Willians & Hodgson, 1990). O gênero Aechmea foi estabelecido pelos estudiodosos
portugueses Ruiz & Pavon, em 1793, e provém do grego - aichmé - que significa ponta de
lança. As Aechmeas distribuem-se desde o México e as Antilhas até o Uruguai e o norte da
Argentina. Está constituído por cerca de 220 espécies, sendo a espécie mais conhecida a
11
Aechmea fasciata, que foi introduzida na Europa em 1826, e hoje pode ser encontrada em
inúmeros países do mundo (Paula, 2000).
4.2. Classificação taxonômica
A família Bromeliaceae é, predominantemente, Neotropical, e estão
classificadas em três subfamílias: Pitcairnioideae, Bromelioideae e Tillandsioideae (Smith &
Downs, 1974; Smith & Downs, 1977; Smith & Downs, 1979; Cronquist, 1981; Reitz, 1983;
Dahjgren et al., 1985; Judd, et al. 1999; Paula, 2001).
As bromélias são divididas em mais de 50 gêneros, que requerem
diferentes variações de luminosidade, rega e substrato. Nos cultivos comerciais, os gêneros
mais comumente encontrados são: Aechmea, Billbergia, Cryptanthus, Dyckia, Guzmania,
Neoregelia, Nidularium, Tillandsia e Vriesea (Grant & Zijlstra, 1998; SBBr, 2007).
4.3. Aspectos botânicos e morfológicos
As Bromeliaceae são notáveis pela sua diversidade ecológica,
apresentando espécies terrestres e epífitas, adaptadas aos ambientes mésicos, semimésicos e
xéricos (Benzing et al., 1976). No Brasil encontra-se em todas as regiões, sendo a Mata
Atlântica o maior centro de diversidade (Paula, 2001).
As bromélias são classificadas morfologicamente como monocárpicas.
Durante o ciclo vital, que pode variar de alguns meses a muitos anos, de acordo com a espécie
e/ou condições ambientais, o indivíduo floresce e frutifica somente uma vez. As folhas das
bromélias possuem distribuição alterna espiralada e os entrenós são muito curtos, dando à
planta uma forma característica de roseta. Em geral, o caule fica totalmente envolvido pelas
folhas, e a formação em roseta possibilita o acúmulo de água e detritos por esses vegetais, em
uma estrutura denominada tanque ou cisterna. Os tricomas foliares desempenham importante
função na absorção de água e nutrientes. Estas estruturas são formadas por pêlos peltados
(escamosos), com um escudo central de células, circundado por um anel de lulas mortas,
com paredes espessadas. Além da função de absorção, os tricomas, em espécies xerofíticas,
são importantes na reflexão da luz e na proteção da planta contra a transpiração excessiva
12
(Tomlinson, 1969; Reitz, 1983; Benzing, 1990; Leme, 1993; Cândido, 1995; Cândido, 1996;
Paula, 2001).
A Aechmea faciata é uma bromélias herbácea, epífita, acaule, de
folhagem e florescimento vistoso, de 30 a 40 cm de altura. Apresenta folhas em roseta foliar
aberta com cisterna, laminares, coriáceas. São marmorizadas de verde com escamas cinza-
prateadas, principalmente na face inferior das folhas. O subgênero caracteriza-se por
apresentar inflorescência simples, do tipo espiga ou capítulo ou composta, em racemo de
espigas, neste caso, apresentando 2 a 20 espigas por inflorescência. Apresenta bráctea floral
rígida, sépalas e pétalas conatas na base e pétalas formando ou não um tubo acima do hipanto.
As pétalas apresentam na face interna um par de apêndices, Apresentam ovário ínfero, fruto
baga, vivamente colorido (Reitz, 1983; Lorenzi, 1999; Paula, 2000; Sousa, Estelita &
Wanderley, 2005).
De acordo com Magalhães (1979), Loeschen et al. (1993), Medina et
al. (1994), Laube & Zotz (2003), Popp et al. (2003) e Londers et al. (2005), as bromélias, com
exceção das espécies com mecanismo facultativo, são plantas que apresentam reações de
assimilação do carbono do tipo CAM (Metabolismo Ácido Crassuláceos). O ganho de CO
2
da
atmosfera ocorre à noite. Este é conservado sob a forma de malato, sendo descarboxilado
durante o dia em presença de maior fluxo de energia na folha, sob a forma de NADP e ATP.
Este mecanismo aumenta a eficiência no uso da água, proporcionando uma elevada vantagem
na sobrevivência em ambientes secos.
Um fato que comprova que as bromélias são plantas CAM é que
aproximadamente 45–50% dos estômatos se encontram abertos por volta das 4:00 A.M. e de
5–10% no período da tarde (Londres et al., 2005).
Aoyama & Sajo (2003), estudando a estrutura foliar de algumas
espécies do nero de Aechmea (A. andersonii, A. corymbosa, A. farinosa, A. fulgens, A.
glandulosa, A. racinae, A. victoriana) constataram que as paredes celulares não são
lignificadas e que os estômatos em sua maioria se encontram na face abaxial da folha.
Segundo Aoyama & Sajo (2003), na maioria das espécies de Aechmea
os estômatos possuem câmaras subestomáticas ocluídas. Esta estrutura tem a função de
suporte mecânico, mantendo o poro aberto mesmo quando a folha está flácida (Krauss, 1949).
13
No interior das células epidérmicas, localizadas principalmente na face
adaxial, observa-se com freqüência corpúsculos silicosos, que estão associados diretamente ao
controle da luminosidade que chega às células fotossintetizantes (Krauss, 1949).
Aoyama & Sajo (2003) e Proença & Sajo (2004) observaram a
presença de uma hipoderme localizada de forma adjacente às duas superfícies foliares, onde
esse tecido, mais desenvolvido na face adaxial, é constituído por várias camadas celulares e,
dependendo da forma e grau de espessamento parietal, ele pode ser caracterizado por um
tecido com função mecânica e/ou armazenador de água (aqüífero). Na região apical, ele é
formado por duas a quatro camadas de células arredondadas ou elípticas e ocupa 25-40% do
mesofilo nas regiões mediana e basal, suas células são isodiamétricas ou desenvolvidas
anticlinalmente e o tecido corresponde a 25-70% do mesofilo, dependendo da espécie
considerada. na bainha as células são arredondadas ou elípticas, e preenchem 20-40% da
espessura do órgão. As células que envolvem os feixes vasculares e que formam as extensões
de bainha não possuem paredes lignificadas e sim celulósicas.
As folhas de inúmeras bromélias apresentam grande quantidade de
escamas peltadas em ambas as superfícies, porém a maior concentração encontra-se na
superfície abaxial (Sousa, Estelita & Wanderley, 2005).
Em Bromeliaceae a presença de escamas peltadas é considerada uma
sinapomorfia para a família (Gilmartin & Brown, 1987). Tais escamas têm a função de
absorver água e nutrientes da atmosfera. Oferecem, também, proteção mecânica e restrição à
transpiração (Tomlinson, 1969, Benzing & Burt, 1970; Benzing et al., 1976; Benzing et al.
1985; Souza & Neves, 1996), além de protegerem contra predadores e atraírem polinizadores
e dispersores por formarem um denso indumento sobre inflorescências e frutos, refletindo a
luz e secretando enzimas digestivas (Benzing, 2000).
Segundo Brighigna et al. (1984) a água absorvida pelas escamas é
armazenada no parênquima aqüífero, protegendo o parênquima clorofiliano contra a
dessecação favorecendo a fotossíntese.
14
4.4. Importância das bromélias em seu habitat natural
As bromélias são consideradas essenciais para a garantia da
biodiversidade nos locais onde ocorrem. Sua roseta, tipo tanque em algumas espécies, forma
um micro habitat para diversos grupos de organismos, o que lhes confere uma importante
função ecológica (Oliveira, et al., 1994). Além disso, ao longo da sucessão ecológica, muitas
são consideradas como espécies pioneiras (Leme & Marigo, 1993).
A Mata Atlântica está entre as mais importantes florestas tropicais do
mundo, sendo considerada prioridade em termos de conservação devido a seu grau de ameaça
e megadiversidade. Nesta floresta, Bromeliaceae é um dos grupos taxonômicos mais
relevantes, devido ao alto grau de endemismo e expressivo valor ecológico decorrente
principalmente de sua interação com a fauna (Yanoviak et al., 2003; Martinelli et al., 2008).
As epífitas são as plantas que mais ciclam água e nutrientes (Coxson &
Nadkarni, 1995; Bruijhzeel, 2001), são um componente importante para a biodiversidade nas
florestas Tropicais (Gentry & Dodson, 1987).
Os estados da Região Sudeste somados ao sul da Bahia são os que
abrigam a maior riqueza de espécies. Quanto ao status de ameaça, constatou-se que 338 táxons
de Bromeliaceae encontram-se citados em listas oficiais de espécies ameaçadas (Martinelli et
al., 2008).
As epífitas com tanque também têm associações com uma extensa
microflora, diversos invertebrados e alguns vertebrados geralmente procuram essas plantas
como um local de proteção, alimentação e/ou reprodução (Benzing, 2000). Essas associações
possibilitam um aumento na disponibilidade de nutrientes nitrogenados inorgânicos como
amônio, secretado por cianobactérias (Inselsbacher et al., 2007), ou orgânicos, como a uréia,
excretada pelos anfíbios viventes em bromélias com tanque (Benzing, 1990; Inselsbacher et
al., 2007).
As bromélias que possuem cisterna, em sua grande maioria podem
reter até 45 litros de água por dia quando adultas (Zahl, 1975), podendo acumular até 50.000
litros de água por dia em um único hectare de Mata Atlântica (Williams, 2006).
A bromélia Alcantarea imperialis, pode reter em sua roseta até 30
litros de água. Recentemente foi descoberto que mais de 900 organismos vivem dentro da
roseta desta espécie, dentre eles insetos, anfíbios, caranguejos, vermes e microorganismos
15
(Martinelli, 2000). Estima-se que de 20 a 500 animais por metro quadrado dependem de
alguma forma das bromélias que acumulam água (Cotgreave, Hill & Middleton, 1993).
Mais de 400 espécies de insetos e anfíbios dependem estritamente do
tanque das bromélias para sobreviver (Kitching, 2000; Greeney, 2001).
4.5. Reprodução
A Aechmea fasciata propaga-se por rizomas a partir da base ou por
sementes. Os dados obtidos no estudo de Andrade & Demattê (1999) mostram que os
produtores menos especializados e que usam menos tecnologia optam pelo cultivo por meio de
sementes colhidas de matrizes próprias; os que buscam especialização e melhores recursos
tecnológicos trabalham com material de propagação mais tecnificado, como aquele
proveniente de cultivo de meristemas, ou de sementes selecionadas. Esta opção, além de
uniformizar as plantas, pois normalmente são híbridas, diminui o ciclo de produção.
Segundo Cândido (1995, 1996), a propagação vegetativa é uma
estratégia comum na família e constitui a forma mais rápida de obtenção de mudas, pois a
propagação sexuada em algumas espécies é muito demorada, podendo levar anos.
4.6. Mercado brasileiro de flores
A cadeia de flores brasileira em 2006 foi responsável por um capital de
giro de R$ 2,5 bilhões, valor que envolve todos os elos do processo produtivo e comercial
(Vencato, 2006).
A floricultura se destaca por ser uma atividade de alta rentabilidade
por área, que contribui para a diminuição do êxodo rural e aproveitamento dos minifúndios.
Outras características relevantes são o elevado emprego de mão-de-obra na atividade e a
contribuição para o orçamento doméstico (Smorigo, 1999).
De acordo com Kyuna (2004a), a floricultura brasileira está localizada,
em termos de área cultivada, em todos os Estados embora, ocorra grande concentração em
16
termos de valor da produção em alguns municípios e estados produtores. Estima-se que cerca
de 7.600 produtores em 1.500 municípios brasileiros dediquem-se à floricultura em tempo
integral ou parcial.
Considerando que o Estado de São Paulo produz 70% do valor da
produção brasileira de flores, plantas ornamentais e gramas, e apresenta a maior produtividade
por hectare (quase o dobro), devido ao maior nível tecnológico em relação aos demais estados,
pode-se inferir que os restantes 30% do valor da produção são produzidos em cerca de 4.000
hectares com floricultura (Kyuna, 2004b). Entretanto, 95% de toda a produção brasileira é
destinada ao comércio interno, onde o Estado de São Paulo se destaca no cenário nacional pelo
consumo de 40% da produção, sendo 25% somente para a capital do Estado (Vencato, 2006).
De forma geral, o segmento da floricultura apresenta ainda uma rie de problemas. Dentre
eles, Marques (2002) destaca: a pequena capacidade de gestão do produtor, a desorganização
da cadeia de comercialização, o desconhecimento do perfil do consumidor, a insuficiência de
instituições e recursos humanos dedicados ao ensino e à pesquisa em floricultura, entre outros.
4.7. Produção comercial de bromélias
Segundo estudo de Andrade & Demattê (1999), nas regiões Sul e
Sudeste do Brasil encontram-se as maiores produção e comercialização de bromélias, sendo o
Estado de São Paulo responsável por quase 70% da produção nacional, seguido por Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O cultivo comercial de bromélias em casas de vegetação é um
problema, pois muitas vezes não atendem as necessidades específicas que a cultura exige. As
condições desfavoráveis causam perdas de qualidade. Um destes problemas é a ocorrência de
necroses nas folhas de diversas espécies de Aechmea, especialmente durante o verão, tanto no
cultivo como durante o transporte das plantas para a comercialização (Poole & Conover, 1992;
Poole & Henley, 1992; Londers et al., 2004; Ceusters et al. 2008).
Segundo Larcher (1995), Lambers et al. (1998) e Londers et al. (2004,
2005a,b) as necroses foliares são formadas pela alta pressão interna das células que se
17
rompem. O sintoma inicial de necrose foliar em Aechmea fasciata são pequenos pontos
marrons na face superior da folha e manchas na parte inferior.
Para o bom desenvolvimento das plantas há necessidade de se tentar
reproduzir as condições do seu habitat natural pois as bromélias são plantas que apreciam alta
umidade relativa do ar, entretanto não toleram excesso de água junto ao sistema radicular.
Deve-se manter o copo ou cisterna constantemente com água (Paula, 2000).
O ciclo de desenvolvimento da A. fasciata cultivada por meio de
sementes leva em média 2 anos e 2 meses (780 dias), sendo divididos em 5 fases
1
(Tabela 1).
O ciclo de desenvolvimento da cultura varia de acordo com a época de
inicio do cultivo. Cultivos iniciados no verão tendem a encurtar o ciclo, sendo que no inverno
tendem a prolongá-lo
1
.
Após a indução floral a planta leva mais 4 meses para florescer e ser
comercializada
1
.
Na época mais quente do ano ocorre um aumento nas atividades
metabólicas das plantas ocasionando uma maior exigência nutricional, sendo necessárias três
aplicações de fertirrigação por semana. no período mais frio do ano ocorre o inverso, a
planta reduz o seu metabolismo necessitando de menos nutrientes, que no caso será aplicado
uma ou duas vezes por semana
1
.
Tabela 1. Fases de desenvolvimento de Aechmea Fasciata.
Meses Dias
Semeadura/Coletivo 1 8 240
Bandeja 34 células 2 4 120
Vaso (Pote) nº11 3 4 120
Vaso (Pote) nº15 4 4 120
Vaso (Pote) nº17 5 6 180
Total - 26 780
Forma de cultivo Fase
Período de desenvolvimento
1
Comunicação pessoal com o resp. técnico de produção da Ecoflora bromélias - Carlos Marangon.
18
Com o desenvolvimento da cultura as folhas de A. fasciata tendem a
crescerem em forma cilíndrica, como trato cultural se faz necessário passar os dedos entre as
folhas da cisterna para que elas não fiquem grudadas uma as outras devido ao acúmulo de sais,
uma vez que a maior evaporação da solução nutritiva produz a formação de um encrostamento
de cálcio e carbonatos de magnésio na superfície do solo ou substrato (Wendling et al., 2002).
No caso de bromélias com cisterna pode ocorrer o mesmo processo, porém dentro da cisterna,
onde a base das folhas fica grudada e com o desenvolvimento foliar deformam a estrutura de
roseta para cilíndrica.
4.8. Substrato
De acordo com Bataglia & Furlani (2004), a demanda por substrato
para o mercado da floricultura estaria em torno de 30 mil toneladas ou 60 mil m
3
mensais.
Atualmente é impossível estimar o quanto de substrato se utiliza no Brasil, porém o que
ocorre é a falta de muitas matérias primas para formulação, provocando assim o uso de novos
materiais pelas empresas, o que acarreta problemas nas espécies a serem cultivadas, pois cada
material utilizado como substrato possui uma característica específica, tendo assim um tipo de
manejo correto.
Segundo Wendling et al. (2002), o substrato ideal para a produção de
mudas de plantas ornamentais é aquele que apresenta uniformidade em sua composição, baixa
densidade, boa capacidade de absorção e retenção de água e de fornecimento dos nutrientes
necessários às plantas, boa aeração, drenagem suficiente e isenção de pragas, organismos
patogênicos e sementes de plantas indesejáveis. Aliado a isso deve apresentar facilidade de ser
trabalhado (peneirado, misturado, colocado nos recipientes) a qualquer tempo, ser abundante,
economicamente viável e formar torrões que não se desintegrem durante o transporte e
retirada da embalagem que envolve a muda.
O substrato pode ser formado de matéria-prima de origem mineral,
orgânica ou sintética, de um material ou mistura de diversos, cujas características diferem
marcadamente das do solo (Guerrero & Polo, 1989; Kanashiro, 1999).
Os materiais orgânicos mais usados como substratos ou como
componentes para substratos são turfa, casca de árvore picada, fibra de coco e os materiais de
19
origem mineral são vermiculita e perlita (Kämpf, 2000). Entretanto, não existe um material ou
uma mistura de materiais considerada universalmente válida como substrato para todas as
espécies vegetais (Abad, 1991).
Minami (2000) relata como vantagens do cultivo em substrato a
possibilidade de cultivo em áreas restritas com melhor monitoramento da irrigação e adubação
e deste pode ser manuseado, melhorado e reutilizado após desinfestação.
O cultivo em recipientes requer irrigações e fertilizações freqüentes e,
para tanto, faz-se necessário o conhecimento das propriedades químicas e físicas dos
substratos, por serem fatores determinantes no manejo e controle de qualidade dos cultivos
(Schmitz, Souza & Kämpf, 2002; Abreu et al., 2007).
O substrato deve ser suficientemente poroso para permitir trocas
gasosas eficientes, evitando falta de oxigênio para as raízes e para a atividade dos
microrganismos do meio. Quando se cultiva em recipientes, uma alta concentração de raízes é
observada, devido ao volume restrito dos recipientes, exigindo com maior velocidade a troca
de gases. De Boodt e Verdonck (1972), em seus estudos caracterizando substratos para
horticultura, consideram que o substrato ideal deve possuir 85% de seu volume em poros.
Segundo Milner (2001), a escolha do tipo de substrato a ser utilizado
varia de acordo com as necessidades de cada espécie, todavia, ressalta que se deve ter uma
maior atenção em relação às propriedades físicas do que as químicas do mesmo, que as
primeiras não podem ser fácil e simplesmente modificadas.
Os parâmetros físicos demonstram como fatores limitantes à cultura a
baixa condição de aeração e baixa disponibilidade de água, o que pode prejudicar
principalmente o desenvolvimento do sistema radicular da planta. Entretanto, a escolha de um
substrato com pouca retenção de água justifica-se devido à cultura ser altamente susceptível a
podridões de colo que causa a morte da planta, contudo Kämpf, (1994) descreve que a
Aechmea fasciata utiliza o substrato somente para fixação, pois pode absorver até 90% da sua
necessidade de água e nutrientes via cisterna (folhas justa postas que promovem o acúmulo de
água) por meio dos tricomas localizados na bainha das folhas.
As bromélias apreciam um substrato com condições de aeração de 20 a
30% (Kämpf, 2000a; Jimenez Mejias & Caballero Ruano, 1990; Baensch, 1994).
20
Airhart et al. (1978), estudando a estrutura da casca de pinus curada e
moída observaram numerosas aberturas externas, paredes celulares rompidas e conexões
internas das células que possibilitam a entrada da água, caracterizando o seu potencial como
substrato.
O substrato para bromeliáceas deve ser bem drenado, arejado, não
compactado e levemente ácido para permitir bom desenvolvimento do sistema radicular
(Paula, 2001).
Segundo Kämpf (1992), o cultivo de bromélias epífitas exige
substratos de baixa densidade, alta permeabilidade e aeração. A adição de matéria orgânica ao
substrato pode melhorar estas características. Misturas com solo mineral podem ser usadas
para o cultivo em recipientes, desde que sejam adicionados condicionadores para diminuir o
peso e/ou aumentar a porosidade do substrato.
Em relação às propriedades químicas existem dois tipos de substratos,
os quimicamente ativos, com a propriedade de disponibilizar e/ou adsorver tions na fase
sólida, como os substratos que possuem componentes orgânicos; e os substratos com materiais
com atividade praticamente nula ou inexistente. A atividade química baixa ou nula do
substrato pode proporcionar a não alteração da solução de nutrientes, mantendo seu equilíbrio
iônico (Bezerra & Rosa, 2002; Martinez, 2002; Rosa et al., 2002).
As características químicas geralmente utilizadas em nível mundial
para a caracterização de um substrato são: o pH, a capacidade de troca de cátions (CTC), a
salinidade e o teor percentual de matéria orgânica nele presente (Bilderback et al., 1982;
Conover, 1967; Bunt, 1973; De Boodt & Verdonck, 1972; Kämpf, 2000; Penningsfeld, 1983;
Verdonck et al., 1981; Verdonck & Gabriels, 1988; Gonçalves, 1995; Gauland, 1997; Kämpf,
Hammer & Kirk, 1999; Minami, 2000; Bataglia & Furlani, 2004).
O pH pode influenciar tanto na disponibilidade de nutrientes como na
biologia dos microrganismos do substrato. Nos solos minerais a faixa de pH, onde maior
disponibilidade de nutrientes, está entre 6 e 7, em substratos a base de componentes orgânicos
a faixa recomendada está em média 0,5 a 1,0 unidade abaixo da do solo mineral (Kämpf,
2000b; Kämpf, 2000a). Desta forma a faixa ideal está entre 5,2 e 5,5 (Kämpf, 2000a).
Em meios com pH abaixo de 5,0 podem aparecer sintomas de
deficiência de N, K, Ca, Mg e B, enquanto em pH acima de 6,5 poderá ocorrer problemas com
21
a disponibilidade de P e dos micronutrientes Fe, Mn, Zn e Cu. O pH recomendado para o
cultivo de bromélias deve estar entre 4,5 e 5,0 (Kämpf, 2000a). No entanto, Amaral et al.
(2003) e Jasmim et al. (2006) não tiveram problemas com o crescimento das espécies de
bromélias Quesnelia quesneliana e Cryptanthus sinuosus, respectivamente, quando cultivadas
em fibra de coco com pH 3,6, recebendo adubações foliares.
Os substratos a base de cascas deve ser adequadamente compostado,
antes de sua utilização como substrato, para evitar a imobilização de nitrogênio e a toxicidade
de alguns elementos, como o Mn (Martinez, 2002). Abad et al. (1993) observaram que a
relação C/N ideal para os substratos com casca de pinus está na faixa de 20 a 40.
Segundo Martinez (2002) o ideal para o substrato de casca de pinus é
apresentar na análise granulometrica de 20 a 40% de suas partículas sejam inferiores a 8 mm.
A salinidade do substrato é outro fator que deve ser observado. A
sensibilidade à concentração de sais varia com a espécie e a idade da planta, quanto mais
jovem a muda, mais sensível. A salinidade de um meio é avaliada com base na condutividade
elétrica dos íons dissolvidos. As plantas são divididas em três grupos quanto à sensibilidade
aos sais: sensíveis, tolerantes e muito tolerantes a salinidade (Kämpf, 2000b).
Mesmo ocorrendo divergências entre algumas características físico-
químicas encontradas em literatura, o sucesso no cultivo está no manejo correto da
fertirrigação, levando-se em consideração a EC da solução para não salinização do meio de
cultivo, capacidade de retenção de água e nutrientes do material para um melhor planejamento
de aplicação.
Quando cultivadas em vasos, as raízes das bromélias epífitas retomam
suas funções de absorção de nutrientes e água, levando à necessidade de se encontrar um
substrato com características que atendam as atuais funções das raízes (Kämpf, 1995).
Em estudos sobre efeitos de diferentes substratos na produção de
Aechmea fasciata (Lindley) Baker, Kanashiro (1999) obteve os melhores resultados com os
substratos formulados com casca de pinus, quando comparado com casca de eucalipto, fibra
de coco ou coxim, turfa e perlita.
Rodrigues (2003) observou melhores resultados do crescimento de
mudas de Alcantarea imperialis (Carrière) Harms, provenientes de germinação in vitro, no
substrato constituído de 50% de terra e 50% de casca de arroz carbonizada.
22
D'Andrea & Dematte (2000) e Vitoria (2005), trabalhando com
diferentes substratos na cultura da A. fasciata constataram que a planta obteve um melhor
desenvolvimento vegetativo quando o substrato era composto por fibra de coco (45%) + casca
de pinus (45%) + húmus (10%).
Rocha (2002) cultivou A. fasciata com sucesso em substrato que
possuía uma composição de 65% de casca de pinus, com diâmetro de 12 mm e 35% de xaxim
compostado, enriquecido com super fosfato simples purificado, nitrato de cálcio e MAP
(monoamônio fosfato) granulado.
Os experimentos realizados por D'Andrea & Dematte (2000), Rocha
(2002), Rodrigues (2003) e Vitoria (2005) não analisaram as características hídricas dos
materiais testados, onde os tratamentos em avaliação receberam uma lâmina única, sendo que
cada material possui característica particular de liberação e retenção de água.
4.9. Nutrição mineral de bromélias
Entre as mais importantes características de adaptação das plantas
estão aquelas que se relacionam a nutrição mineral dos membros das famílias de epífitas.
Dentre as famílias de angiospermas, as bromeliáceas se destacam pela ocorrência em uma
grande diversidade de habitats e pela habilidade em ocupar ambientes áridos e pobres em
nutrientes (Pittendrigh, 1948; Leme, 1998). As bromélias possuem algumas características
como: tolerância a baixas quantidades de elementos essenciais em tecidos vivos, sem
sacrificar o vigor e capacidade de reprodução; capacidade para explorar fontes de minerais
geralmente inacessíveis para plantas superiores; entre outras (Benzing & Renfrow, 1974).
As epífitas da família Bromeliaceae evoluíram de espécies terrestres
para as matas úmidas, e destas para o dossel, cuja atmosfera, servindo como fonte de água e
nutrientes, permitiu que essas plantas se desligassem do solo (Pittendrigh, 1948; Brighigna et
al. 1997).
As adaptações que caracterizam tal evolução consistem na redução
estrutural e funcional das raízes e na especialização dos tricomas foliares, as escamas, que
podem suprir parcial ou totalmente a função de absorção das raízes (Gilmartin, 1972; Benzing,
1973a; Benzing et al., 1978; Nadkarni & Primack 1989).
23
Segundo Benner & Votousek (2007), plantas epífitas podem
desenvolver-se no solo, desde que haja fertilidade, sendo o fósforo (P) um dos nutrientes mais
importantes para esta se adaptar. Matteo (2002), em trabalho com fungos micorrízicos
arbusculares (FMA), em associação com bromélias, relata que Aechmea nudicaulis, espécie de
bromélia epífita, inoculada com Entrophospora colombiana aumentou sua concentração
interna de P e apresentou maior crescimento.
Existe uma preocupação por parte dos produtores em estabelecer as
proporções ideais de N, P e K para cada gênero e/ou espécie em virtude, como por exemplo,
de alguns gêneros, como Neoregelia e Billbergia, quando adubados com formulações ricas em
nitrogênio poderem perder o colorido das folhas (Paula, 2001).
As bromélias absorvem nutrientes de acordo com seu hábito. Espécies
terrestres adquirem os nutrientes via absorção pelas raízes em contato com o solo; as epífitas
adquirem os nutrientes da água da chuva e de partículas provenientes da atmosfera pelos
tricomas, um anexo epidérmico localizado na base das folhas. O sistema tanque é a
denominação do mecanismo que armazena água, o fitotelmo. As espécies chamadas
atmosféricas, pertencentes ao gênero Tillandsia, são plantas epífitas que não apresentam
tanque e absorvem água e nutrientes diretamente da atmosfera através dos tricomas foliares,
que são muito desenvolvidos e numerosos (Leme & Marigo, 1993; Kämpf, 1992; Benzing,
1990).
A folha é o principal órgão do corpo vegetativo dos membros da
família Bromeliaceae (Benzing, 2000; Englert, 2000; Takahashi, 2007). Nas bromélias epífitas
com tanque, elas possuem tanto a função de absorção quanto assimilação dos nutrientes
(Benzing, 2000). A folha de uma bromélia tanque pode ser dividida em pelo menos três
regiões principais: a porção da base da folha, a qual é o tanque/cisterna e, portanto está em
contato com a água e os nutrientes (Benzing, 1990) e as porções medianas e do ápice que estão
mais expostas à luz do que a base (Popp et al., 2003).
Pouco se conhece sobre a nutrição dessas bromélias, contudo, algumas
evidências (Takahashi, 2007) indicaram a possibilidade de haver uma absorção preferencial do
nitrogênio na porção basal e a assimilação desse nutriente na porção apical foliar. A região
apical pode estar envolvida, referencialmente, com a assimilação do nitrogênio, enquanto que
a basal, com a sua absorção, redução do nitrato e hidrólise da uréia. Além disso, sugere-se que
24
ocorra o transporte de amônio da base para a região de sua assimilação em aminoácidos
(ápice) através do xilema e apoplasto (Takahashi, 2007).
Sakai & Sandford (1980), ao estudarem os tricomas presentes nas
superfícies foliares de Ananas comosus (Bromeliaceae), observaram que os tricomas presentes
no ápice apresentavam-se não funcionais, diferentemente dos tricomas da base.
O tanque é uma estrutura importante na obtenção de nutrientes pelas
bromélias epífitas, pois a disposição das folhas permitiu com que os nutrientes, como
minerais, íons e até mesmo aminoácidos pudessem ser acumulados e posteriormente ser
absorvidos pelos tricomas foliares (Benzing, 1990).
Os fatores atmosféricos como o vento, a neblina e a chuva transportam
minerais sólidos até a cisterna, contribuem para a riqueza nutricional do tanque (Leme, 1993).
A planta hospedeira também tem um importante papel no fornecimento de nutrientes para as
bromélias, além de ser um substrato para a sua fixação. Durante os momentos de chuva, os
íons e aminoácidos presentes nos troncos e folhas da planta hospedeira são levados pela água
até o interior das cisternas, onde são acumulados (Benzing, 1973b). Os detritos vegetais
depositados no tanque, como material foliar e camadas superficiais de troncos e galhos do
hospedeiro, formam um tipo de solo orgânico (húmus) que também tem grande valor
nutricional para as bromélias (Benzing, 1973a; Leme, 1993).
As bromélias formadoras de tanque são capazes de acumular água e
matéria orgânica tanto de origem vegetal quanto animal. Após a decomposição deste material
os nutrientes liberados por eles podem ser absorvidos pelos tricomas foliares (Benzing &
Renfrow, 1974). A importância das raízes na absorção de nutrientes nas bromélias formadoras
de tanque ainda é pouco conhecida (Nievola & Mercier, 1996). As raízes das espécies de
bromélias epífitas possuem como principal função a sustentação e para absorção de água e
nutrientes utilizam os tricomas foliares (Braga, 1977; Benzing, 1990; Englert, 2000).
Na natureza as plantas epífitas têm um crescimento muito lento,
podendo alcançar a maturidade em até uma década ou mais (Benzing, 1984; Larson, 1992;
Zotz, 1995; Zotz, 1998; Hietz, et al., 2002; Schidt & Zotz, 2002; Laube & Zotz, 2003).
Segundo Benzing (1990), Zotz & Hietz (2001), o crescimento é lento por causa da baixa e
irregular disponibilidade de água e dos nutrientes.
25
Alguns estudos indicaram o potencial da bromélia T. usneoides como
vegetal para a biomonitoração de metais pesados (Calasans & Malm 1997; Amado Filho et al.
2002; Figueiredo et al. 2007). Esta espécie inclusive, foi proposta por Arndt and Schweizer
(1991) como bioindicador acumulativo universal, pois é uma epífita aérea e depende
exclusivamente da atmosfera para sobreviver (Brighigna et al. 1997).
Tavares et al. (2008) estudando a aplicação foliar de nitrogênio e
potássio em forma de nitrato de potássio (KNO
3
) em mudas de Aechmea blanchetiana, relatam
que as plantas tratadas nas maiores concentrações de nitrogênio apresentaram os menores
valores em todos os parâmetros avaliados (comprimento foliar, comprimento da maior raiz,
número de folhas, fitomassa seca e fresca de plantas e porcentagem de plantas vivas).
Em geral, as epífitas obtêm o nitrogênio de diferentes formas, como
precipitação, decomposição de matéria orgânica, associações com a fauna ou/e simbiose com
microrganismos fixadores de N
2
(Brighigna et al., 1992; Janos, 1993; Stewart et al., 1995).
A utilização de colônias de fungos micorrizicos em simbiose com
bromélias epífitas, está em estudo devido à baixa capacidade de dispersão dos propágulos do
fungo (Allen, 1991) e devido à grande heterogeneidade espacial em que as epífitas habitam
(Janos, 1993). Contudo, Grippa, Hoeltgebaum & Stümer (2007) cultivaram em uma casa de
vegetação algumas espécies de aechmea, após 3-4 meses de cultivo foi detectado a presença
de fungos micorrizicos no sistema radicular das plantas.
Nievola et al. (2001) afirmaram que a aplicação de uréia em bromélias
com cisterna aumenta a disponibilidade de nitrogênio, todavia, é fundamental conhecer as
necessidades nutricionais de cada espécie para evitar problemas com toxidez.
Segundo Tavares et al. (2008) o uso de pequenas concentrações de
nitrogênio no cultivo in vitro de Aechmea blanchetiana é suficiente para asseguram um
desenvolvimento satisfatório da planta tanto no cultivo in vitro como no ex vitro. Entretanto,
maiores concentrações são eficientes na amenização dos efeitos estressantes causados pelo
novo ambiente, sendo o ideal utilizar as maiores concentrações de KNO
3
no início do processo
de aclimatização e diminuir as doses gradativamente.
Ewel et al. (2003) avaliaram o potencial da absorção de nitrogênio
através do solo e por meio da deposição na roseta. Os autores constataram que a deposição na
26
roseta contribuiu com 77-80% de aproveitamento do N, e o solo contribuiu com 64-72% do N
absorvido pela planta.
As folhas da bromélia Vriesea gigantea foram capazes de absorver e
assimilar rapidamente o nitrogênio, tanto inorgânico quanto o orgânico, assim que ele foi
disponibilizado no interior do tanque (Takahashi, 2008).
Na porção apical das folhas de Vriesea gigantea em resposta ao
fornecimento de NO
3
-
/NH
4
+
(3:2) ou uréia sugerem que a região apical pode estar envolvida
preferencialmente, com a assimilação do nitrogênio amoniacal, enquanto que a basal com a
absorção de compostos nitrogenados, redução do nitrato e hidrólise da uréia. (Takahashi,
2008). Essa hipótese de divisão de funções em diferentes partes da folha de uma bromélia,
torna-se mais plausível quando se considera ainda a correlação inversa obtida para as
densidades de tricomas e estômatos entre essas duas porções foliares, existindo um gradiente
de aumento de tricomas e diminuição de estômatos do ápice para a base (Takahashi, 2008).
Além da água e de nutrientes, a luminosidade é um terceiro fator
ecológico limitante que influencia no crescimento das plantas (Adams, et al., 1997; Lambers,
et al., 1998). Para incorporar todos estes fatores em um estudo, Laube & Zotz (2003) realizou
uma análise em nível de campo com um fatorial triplo em que a luz, a água e os nutrientes
foram combinados com o tamanho da planta. Os resultados mostram que a nutrição das
plantas é o maior fator limitante de crescimento em epífitas, seguido pela água e luminosidade,
assim fica evidente que a adubação em Bromélias é fundamental.
Em função das possibilidades de absorção de nutrientes e água pelo
tricoma foliar ou pelas raízes, nota-se na prática grande variabilidade de possibilidades de
adubação. Andrade & Demattê (1999) realizaram um estudo sobre a produção e
comercialização de bromélias nas maiores regiões produtoras do Brasil (Sul e Sudeste), onde
observaram que 67% dos produtores do Sudeste utilizam tanto adubação radicular quanto
foliar nos cultivos. Aproximadamente 17% utilizam apenas adubação via radicular e outros
17%, somente foliar. No Sul, cerca de 50% dos produtores utilizam as duas formas de
fornecimento do adubo, 25% usam somente a adubação radicular e outros 25%, somente
foliar.
Com relação à absorção radicular, pode haver maior ou menor
dificuldade em função da característica do substrato.
27
Segundo Kämpf (1984), mesmo a A. fasciata sendo uma planta epífita,
suas raízes desempenham papel muito importante na nutrição da planta, os resultados
mostraram que a absorção de nitrogênio, fósforo e potássio foram mais eficientes quando os
fertilizantes foram fornecidos pelas raízes ou de forma combinada, pelas raízes e folhas.
Examinando três gêneros de Bromeliaceae, Kämpf (1984), percebeu
que a sensibilidade das plantas à adubação foliar e radicular é variável. A Aechmea absorve
por via foliar até 80% do total de nutrientes oferecido, enquanto Nidularium absorve, no
máximo, 10%. Portanto, para Nidularium, recomenda-se apenas a adubação radicular em
cultivo. Aechmea e Guzmania podem ser adubadas tanto por via foliar quanto radicular, sendo
a combinação das duas é vantajosa. Em Guzmania, a absorção foliar é mais intensa do que a
radicular. Também foi confirmada a alta absorção e grande necessidade de potássio pelas
bromélias, fato a considerar na escolha da fórmula mineral a ser aplicada.
Em estudo posterior, Kämpf (1994) concluiu que, em condições de
cultivo, a adubação radicular em A. fasciata contribui de forma significativa para a otimização
do cultivo comercial, devendo ser somada à adubação foliar, pois a A. fasciata, absorve por
via foliar, até 80 % dos nutrientes fornecidos.
Nievola & Mercier (1995) estudando a atividade enzimática da
redutase do nitrito nas folhas da bromélia Vriesea fosteriana, observaram uma maior atividade
enzimática nas folhas quando comparadas às raízes (relação 3:1), comprovando-se que as
raízes possuem certa importância na assimilação do nitrogênio, devendo ser consideradas
funcionalmente ativas e, dessa forma, adubações nitrogenadas radiculares combinadas à foliar
podem levar a um melhor desenvolvimento da espécie em cultivo.
Trevor (1990) observou a importância da fertilização tanto no
substrato quanto via foliar em outras bromeliáceas como a Vriesea hieroglyphica. Mudas que
receberam adubações freqüentes cresceram com maior velocidade e produziram
inflorescências bem densas e mais coloridas, enquanto as não adubadas produziram
inflorescências simples. Pascal (1991) confirma as afirmações de Trevor. Plantas do gênero
Vriesea devem ser fertilizadas via radicular e foliar, com atenção a quantidade e concentrações
utilizadas.
28
4.10. Fertirrigação
Para se alcançar êxito na fertirrigação, deve-se utilizar fontes de alta
solubilidade para que a concentração de nutrientes na solução aplicada seja de fato, aquela
calculada. Outro aspecto importante da solubilidade é que alguns fertilizantes que não
apresentam dissolução completa podem causar entupimento nos emissores, principalmente dos
gotejadores. À medida que os sais se acumulam no solo, as raízes apresentam maior
dificuldade em absorver água, pois precisarão requerer maior energia, possivelmente
desviando de processos metabólicos essenciais (Villas Bôas et al., 1999).
Com a técnica da fertirrigação as plantas podem receber pequenas
quantidades de fertilizantes no início do desenvolvimento da cultura, e na fase vegetativa,
podendo essa dosagem ser aumentada com o avanço do ciclo da planta, em função da fase de
floração (Mota, 2004).
Contudo, muitos produtores têm obtido produtividades maiores quando
utilizado a fertirrigação, no entanto, produtores onde os resultados com o uso da
fertirrigação foi pior, pois não empregou a metodologia correta, e quando isso ocorre os
resultados podem ser desastrosos. Portanto, a fertirrigação é mais técnica e deve ser utilizada
apenas por produtores conscientes e técnicos (Villas Bôas et al., 2006).
4.11. Uso do clorofilômetro SPAD-502 como indicativo de manejo da adubação
nitrogenada
Segundo Engel & Poggiani (1991), um dos fatores ligados à eficiência
fotossintética de plantas e conseqüentemente ao crescimento e adaptabilidade a diversos
ambientes é a clorofila, que está presente em todas as espécies vegetais.
De acordo com Didonet et al. (2005), a suplementação adequada de N
em cobertura, normalmente é realizada pelos produtores que utilizam conhecimentos práticos
e, muitas vezes por observação da tonalidade da coloração verde das plantas. Esses critérios
fazem com que a quantidade de adubo a ser aplicado em cobertura possa ser superior ou
inferior à quantidade que proporcione maior ganho de produtividade. Assim, a tomada de
decisão sobre a quantidade e o momento da aplicação do adubo nitrogenado, necessita ser em
tempo real, e com menor risco possível. Na falta de um índice do N disponível no solo para
29
auxiliar na tomada de decisão da adubação durante o ciclo da cultura, um dos métodos
utilizados é a avaliação do comportamento da planta. Entretanto, a análise química do tecido
vegetal, normalmente utilizada para avaliar o estado nutricional da planta, pode ser demorada
e de limitada utilização (Godoy, 2003).
Segundo Argenta et al. (2001), os métodos tradicionais utilizados para
determinar a quantidade de clorofila na folha requerem destruição de amostras de tecido e
muito trabalho nos processos de extração e quantificação. O desenvolvimento de um medidor
portátil de clorofila, que permite medições instantâneas do valor correspondente ao seu teor na
folha sem destruí-la, constitui uma alternativa para estimar o teor relativo desse pigmento.
De acordo com Leite Júnior (2003), o teste de clorofila baseia-se na
determinação do Índice Relativo de Clorofila (IRC), onde o mesmo é verificado utilizando-se
um medidor portátil, o clorofilômetro Chlorophyll Meter, modelo SPAD-502 (Soil and Plant
Analysis Development) da empresa Minolta Co., Osaka, Japão.
A determinação do teor relativo de clorofila por meio do
clorofilômetro, está sendo utilizada para predizer a necessidade de adubação nitrogenada em
várias culturas, dentre as principais: feijão (Silveira & Didonet, 2003; Zotarelli et al., 2002;
Didonet et al., 2005); batata (Gil et al.,2002); pimentão (Godoy et al., 2003); tomate
(Guimarães et al., 1999), crisântemo (Mota, 2004), gérbera (Ludwig, 2007) entre outros. O
teor de clorofila na folha é utilizado para predizer o nível nutricional de nitrogênio (N) em
plantas, devido ao fato da quantidade desse pigmento correlacionar-se positivamente com teor
de N na planta. Essa relação é atribuída principalmente, ao fato de que 50 a 70 % do N total
das folhas serem integrante de enzimas que estão associadas aos cloroplastos.
A vantagem da medição do teor de clorofila é de não ser influenciada
pelo consumo de luxo de N pela planta, sob forma de nitrato. A baixa sensibilidade do
medidor de clorofila ao consumo de luxo de N pelas plantas de milho, é atribuída à forma com
que esse nutriente se encontra na folha. Quando absorvido em excesso, acumula-se como
nitrato. Nessa forma, o N não se associa à molécula de clorofila e, portanto, não pode ser
detectado pelo medidor de clorofila. Por apresentar baixa sensibilidade ao consumo de luxo de
N, a medição efetuada pelo registrador de clorofila está sendo considerada melhor indicadora
do nível desse nutriente na planta do que seu próprio teor (Argenta et al., 2001).
30
4.12. Ambiente protegido
Entre as culturas produzidas em ambientes protegidos, destaca-se a
floricultura como a atividade que mais tem investido em tecnologia no país, devido,
principalmente, ao alto valor econômico que os produtos atingem e ao elevado nível de
exigência do mercado consumidor (Furlan, 2001).
Segundo Mendes (2005), o cultivo protegido é uma tecnologia em
expansão no Brasil. Com ela, produtores de hortaliças, leguminosas, flores e mudas estão
obtendo ganhos de produtividade de até 200 %. Este resultado é possível porque o plantio em
"estufas" permite:
• Controle de temperatura e umidade;
• Controle de iluminação e insolação;
• Proteção contra pragas e doenças;
• Melhoria na aparência/qualidade da planta;
• Fertirrigação na raiz (economia de insumos);
• Mecanização/automação de tarefas;
• Controle do teor de O
2
e CO
2
e fertilizantes;
• Produção o ano inteiro (fora de época);
• Aumento de produtividade por área plantada;
• Encurta o ciclo de produção (mais colheitas);
• Conserva estrutura do solo (dos efeitos da chuva e do sol direto);
• Introdução de novas espécies com exigências climáticas.
De acordo com Oliveira (1995), em levantamento realizado em todas
as regiões brasileiras sobre o uso de ambientes protegidos, os maiores problemas enfrentados
pelos agricultores, eram as altas temperaturas; a elevada umidade; a ocorrência freqüente de
doenças e pragas e, principalmente, a falta de informações a respeito do manejo do micro
clima.
Segundo Guiselini (2002), as alternativas mais simples e baratas
utilizadas com o intuito de melhorar as condições do ambiente interno é a ventilação natural,
31
uso de telas de sombreamento (forro e lateral) e a utilização de plásticos opacos (branco
leitoso).
Segundo Rocha (2002), dentre as dificuldades que os produtores têm
encontrado, observa-se a carência de informações sobre a influência da estrutura dos
ambientes protegidos, em relação ao micro clima gerado no seu interior, e do sombreamento a
ser utilizado para um melhor desenvolvimento das plantas de bromélias.
A radiação solar é a principal responsável pelas modificações
microclimáticas ocorridas no interior dos ambientes protegidos, influenciando diretamente na
temperatura e na umidade relativa do ar (Rocha, 2002).
Para Cermeño (1994), a luminosidade possui importância decisiva em
todos os processos vitais das plantas. Existem funções de grande importância no
desenvolvimento dos vegetais, que são influenciadas pela energia luminosa, tais como a
fotossíntese, o fotoperiodismo, o crescimento dos tecidos, a floração, o amadurecimento dos
frutos, entre outras.
Tanto a falta, quanto o excesso de luz podem prejudicar as bromélias.
Os sintomas de falta de luz são folhas macias, caídas, mais longas que o normal; os de
excesso de luz são folhas amareladas ou amarronzadas, ressecadas, mais curtas que o normal
da espécie e queimaduras diversas (Reitz, 1983; Paula, 2000).
Carvalho et al. (1998), Carvalho & Rocha (1999), e Laube & Zotz
(2003) provaram existir relação direta entre a intensidade de luz do ambiente e as
características das folhas de bromélias. Dependendo da quantidade de luz que incida sobre a
planta, ela poderá ter determinada coloração, tamanho e formato.
Essa capacidade de adaptação dos vegetais a ambientes heterogêneos é
conhecida como “plasticidade”. As características do local onde a planta está fixada (seu
micro habitat) determinam o grau de insolação ou de sombreamento sobre ela. As bromélias
que habitam locais mais sombreados têm folhas mais compridas e mais estreitas (mas com
maior superfície) do que as que vivem em áreas expostas ao sol. As plantas fixadas em áreas
de sombra aumentam sua superfície foliar para receber maior quantidade de luz solar, que é
essencial para certas atividades metabólicas vegetais. as bromélias que vivem sob sol direto
não precisam se ‘esticar’ em busca de luz. Ao contrário, elas reduzem a área foliar, para evitar
32
que a insolação e a temperatura do seu micro habitat causem um excesso de evaporação da
água presente nas folhas (Carvalho, et al., 1998; Carvalho & Rocha, 1999).
Laube & Zotz (2003) relatam que plantas de bromélias que recebem
diretamente 60% da radiação solar têm seu desenvolvimento comprometido, quando
comparado com o desenvolvimento de plantas que recebem diretamente somente 30% da
radiação solar.
Para Head (1997), a luminosidade ótima é o máximo de luz solar que a
planta consegue receber, sem que provoque queimaduras ou perda de coloração das folhas.
Durante a aclimatização de mudas a atividade fotossintética tende a
cair, impedindo a produção de metabólicos até o momento que suas folhas estão
completamente adaptadas ao novo ambiente (Larcher, 2000; Raven et al., 2001; Kerbauy,
2004).
33
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1. Localização da área experimental
O experimento foi conduzido sob túnel plástico com 20 metros de
comprimento, 6 metros de largura e 2,5 metros de altura no Departamento de Recursos
Naturais/Ciência do Solo na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP – FCA) Campus de Botucatu/SP.
O ambiente de estudo reproduziu as condições ótimas para o cultivo de
A. fasciata, onde no túnel plástico continha em seu interior uma camada de aluminet e outra de
sombrite de 70% para filtrar a radiação solar para uma faixa entre 8.000 e 9.000 Lux, que
segundo Benzing & Renfrow (1974) é o ideal para a cultura. Também foram instaladas
cortinas plásticas transparentes nas laterais da estufa, para amenizar o vento e manter, por um
período maior, a temperatura no interior do túnel nos meses de inverno.
5.2. Delineamento experimental e tratamentos
Adotou-se o delineamento experimental fatorial em blocos
casualizados. Os tratamentos foram arranjados em esquema 2 x 5 (2 porcentuais de saturação
por bases x 5 combinações entre as formas de aplicação da fertirrigação) com 4 repetições,
sendo cada parcela composta por 7 plantas, totalizando 280 plantas no experimento.
34
A saturação por bases (V%) estimada foi de 20 (V1) e 40% (V2) e a
forma de aplicação da fertirrigação via cisterna da planta e diretamente no substrato ocorreu
conforme apresentado na Tabela 2.
Tabela 2. Caracterização dos tratamentos.
Formas de aplicação da fertirrigação
Via Cisterna
Via Substrato
Tratamentos
Saturação por Bases
(V%)
% da solução contendo nutrientes
T1 20 100 0
T2 20 75 25
T3 20 50 50
T4 20 25 75
T5 20 0 100
T6 40 100 0
T7 40 75 25
T8 40 50 50
T9 40 25 75
T10
40
0 100
A variação na saturação por bases (V%) foi realizada a partir do
transplante para pote 11.
Os volumes das combinações entre as formas de aplicação da
fertirrigação foram determinadas a partir do volume máximo que a planta conseguia reter em
sua cisterna em cada fase de cultivo nos diversos recipientes.
Para se determinar o volume máximo de solução que a planta
conseguia reter na cisterna foram utilizadas 3 plantas por parcela como referência. Os vasos
foram deitados e descartando toda a água retida na cisterna, em seguida com o auxilio de uma
proveta graduada a cisterna era preenchida com água até o ponto de inicio de escorrimento da
água para o substrato. Tal procedimento foi realizado a cada 20 dias.
5.3. Procedimento experimental: implantação e condução
O experimento foi iniciado no dia 22 de novembro de 2007, com as
mudas de A. fasciata que foram fornecidas pela empresa Ecoflora Bromélias localizada no
35
município de Holambra/SP. As plantas estavam em bandejas plásticas de 34 células (38 cm x
58 cm, 16 ml por célula), com 60 dias após o transplante em bandeja (coletivo) para as
bandejas de 34 células. Considerando que as mudas levam em média 240 dias da semeadura
até o transplante para as bandejas de 34 células, as mudas tinham 300 dias de idade no início
do experimento.
No momento de transplante das bandejas para o pote 11 foi realizado
uma padronização das mudas por meio do tamanho das plantas, sendo as melhores mudas
plantadas no bloco 1 e as demais sucessivamente, sendo o bloco 4 formado por plantas
menores. Esta padronização foi necessária devido à grande heterogeneidade das mudas
oriundas de sementes.
Após o transplante das mudas para o pote 17, as mesmas se
desenvolveram até o ponto de indução floral, este ponto em média ocorre 2 meses após o
transplante.
Neste experimento foi considerado como desenvolvimento vegetativo
da cultura o período de cultivo em pote 11, 15 e 17 até o ponto de indução floral.
Na fase de desenvolvimento da muda até a fase de indução floral e
florescimento, as plantas passaram por três processos de transplante, sendo: da bandeja para o
pote 11 após 77 dias da instalação do experimento, do pote 11 para o pote 15 após 176 dias do
início do experimento e do pote 15 para o pote 17 após 304 dias.
Tabela 3. Altura da planta e diâmetro da roseta de A. fasciata, em cm, que determinaram o
momento do transplante. Botucatu/SP, 2008.
Altura Diâmetro da roseta
Coletivo para pote 11 7 4
Pote 11 para pote 15 15 12
Pote 15 para pote 17 20 18
Ponte 17 – indução floral 28 24
------------------ cm -------------------
Transplante
36
O transplante das mudas foi realizado por uma única pessoa para se
manter um padrão. O momento do transplante foi determinado pela altura da planta e diâmetro
de roseta utilizando informações do cultivo comercial de A. fasciata. A evolução da planta
para se determinar o momento do replantio nas várias etapas de desenvolvimento (Tabela 3).
Quando mais que 80% das plantas atingiram as medidas apresentadas
na Tabela 3 era realizado o transplante para um vaso maior.
As densidades de plantas por metro quadrado utilizado durante os
diferentes estádios de desenvolvimento e recipientes são apresentadas na Tabela 4.
Tabela 4. Densidade de plantas por m
2
, nas diferentes fases de cultivo de A. fasciata.
Botucatu/SP, 2008.
Forma de cultivo
Densidade de plantas por m
2
Bandeja 35 células 245
Pote 11 70
Pote 15 42
Pote 17 9
Neste experimento o volume aplicado de fertirrigação nas bandejas de
34 células foi de 890 ml por bandeja utilizando-se um regador, aplicando-se a cada dois dias.
A partir do cultivo em pote 11 houve uma diferenciação na fertirrigação, aplicando as
diferentes porcentagens de solução nutritiva descritos na Tabela 2 e Tabela 5.
Ao final do cultivo no pote 11, foi verificado que os volumes aplicados
via cisterna e substrato eram excessivos, mantendo sempre o substrato demasiadamente
úmido, prejudicando o desenvolvimento radicular. Desta maneira a estratégia de aplicação da
solução nutritiva foi alterada de forma que o volume máximo (100%) aplicado de fertirrigação
foi baseado no máximo volume de água que a planta conseguia reter na cisterna. Os volumes
de fertirrigação aplicados no experimento encontram-se na Tabela 5.
37
Tabela 5. Volume de fertirrigação aplicada, em ml planta
-1
, nas diferentes fases de cultivo.
Botucatu/SP, 2008.
Via Cisterna Via Substrato
1 57 (100%) -
2 43 (75%) 14 (25%)
3 29 (50%) 29 (50%)
4 14 (25%) 43 (75%)
5 - 57 (100%)
1 75 (100%) -
2 56 (75%) 19 (25%)
3 38 (50%) 38 (50%)
4 19 (25%) 56 (75%)
5 - 75 (100%)
1 120 (100%) -
2 90 (75%) 30 (25%)
3 60 (50%) 60 (50%)
4 30 (25%) 90 (75%)
5 - 120 (100%)
Pote 11
Pote 15
Pote 17
Volume de Fertirrigação Aplicado
----------------ml planta
-1
----------------
Fase de Cultivo Forma de Aplicação
Os volumes de fertirrigação aplicados tanto via cisterna como via
sistema radicular foram realizados com o auxilio de uma proveta graduada para melhor
precisão e controle da aplicação.
Em todo o ciclo de cultivo foi aplicado somente solução nutritiva. As
plantas que recebiam a aplicação de 100% do volume de fertirrigação via cisterna não
recebiam água ou solução nutritiva via sistema radicular, sendo o mesmo realizado para o
tratamento com 100% do volume da solução aplicado via sistema radicular. Mesmo em dias
com temperatura elevada não foi utilizado aplicação de água, para não ocorrer lixiviação de
nutrientes da cisterna e do substrato.
Após a mudança da estratégia de aplicação da fertirrigação, observou-
se que no volume máximo aplicado via cisterna não ocorreu escorrimento de solução para o
38
substrato e aplicando do mesmo modo no substrato não houve percolação de solução para fora
do vaso.
Foram aplicadas duas soluções nutritivas (Tabela 6) durante o período
de desenvolvimento vegetativo, sendo a solução 1 utilizada duas vezes por semana (segunda e
quarta-feira) e a solução 2 uma vez por semana (sexta-feira). A solução não foi aplicada
quando a cisterna das plantas ainda apresentava solução nutritiva devido a temperaturas
amenas e diminuição no metabolismo. O volume aplicado de solução nutritiva foi aumentando
(Tabela 5) conforme o desenvolvimento da cultura.
Tabela 6. Teores de nutrientes nas soluções nutritivas. Botucatu/SP, 2008.
Solução
1
Solução
2
Total
Solução
1
Solução
2
Total
Solução
1
Solução
2
Total
N-Nítrico 23 107 130 23 107 130 23 51 74
N-Amoniacal 11 7 18 11 7 18 11 - 11
N-Uréia 79 - 79 79 - 79 79 - 79
P 49 77 126 49 77 126 49 77 126
K 93 239 332 93 239 332 93 239 332
Ca - 78 78 - 78 78 - - -
Mg 6,5 - 6,5 6,5 - 6,5 6,5 - 6,5
S 9,4 - 9,4 9,4 - 9,4 9,4 - 9,4
Fe 0,6 - 0,6 0,6 - 0,6 0,6 - 0,6
B 0,1 - 0,1 0,1 - 0,1 0,1 - 0,1
Cu 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3
Mn 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3
Mo 0,03 - 0,03 0,03 - 0,03 0,03 - 0,03
Zn 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3 0,3 - 0,3
Nutriente
---------------------------------------mg L
-1
---------------------------------------------
Pote 11 Pote 15 Pote 17
Quando ocorreram os transplantes entre vasos, a aplicação de
fertirrigação era paralisada durante 72 horas para que as plantas não sofressem estresse.
Uma vez ao mês foi aplicado Efosite via foliar na concentração de 1g
L
-1
como forma de prevenção a entrada de patógenos. O Efosite ou Fosetyl-Al ( Aliete, Trill) é
39
um fungicida sistêmico, translocando-se tanto pelo xilema como pelo floema. Nas bromélias
controla com eficiência doenças causadas por Phytophthora e dificilmente ocasiona
fitotoxidez.
Durante todo o experimento não houve incidência de pragas e
patógenos e também de ervas invasoras.
Como trato cultural, durante o período de cultivo, foi necessário passar
os dedos entre todas as folhas da cisterna uma a duas vezes por semana para que o acúmulo de
cálcio não afetassem as folhas, fazendo com que estas se desenvolvessem de forma cilíndrica,
ocasionando assim perdas de qualidade e problemas na comercialização do produto (Figura 2).
Este trato cultural é o mais trabalhoso no ciclo de produção.
Figura 2. Folhas de A. fasciata em forma cilíndrica.
40
5.4. Caracterização do substrato de casca de pinus
A caracterização física e química da casca pinus foi realizada no
laboratório de pesquisa de solos no Departamento de Recursos Naturais/Ciência do Solo na
Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (UNESP – FCA) Campus de Botucatu/SP.
Foram determinadas as seguintes características: físicas - a densidade
do material, granulometria e relação entre sólidos - ar - água; químicas - pH, condutividade
elétrica (CE), e capacidade de trocas catiônicas (CTC) determinada. As análises de pH, CE,
CTC determinada, macronutrientes, densidade e granulometria foram realizadas segundo
metodologia descrita por Brasil (2007).
A casca de pinus apresentou uma densidade seca de 220 kg m
-3
. O
material possui 57,3% de lascas de cascas grandes (Tabela 7), o que justifica a baixa
densidade.
Tabela 7. Valores médios da distribuição do tamanho das partículas (%), em substrato de casca
de pinus. Botucatu, 2008.
> 4 mm 4 a 2 mm 2 a 1 mm 1 a 0,5 mm 0,5 a 0,25 mm
< 0,25 mm
Casca de Pinus 10,48 23,7 23,12 22,86 13,07 6,77
Substrato
Tamanho de partículas
---------------------------------------------- % -------------------------------------------
Com base na análise de capacidade de retenção de água pode-se
caracterizar a relação entre Sólidos – Ar – Água (Figura 3).
Nota-se que o material apresenta um volume de 61,5% de partículas
sólidas e uma porosidade total de 38,5% (Espaço de Aeração + Água Disponível + Água
Tamponante + Água remanescente), sendo que o espaço de aeração foi de apenas 14%.
O potencial máximo de retenção de água do material foi de 24,4%,
subdivida em três tipos: água disponível (AD), água tamponante (AT) e água remanescente
(AR).
41
61,5 14,0
3
,
7
3
,
5
17,2
0 20 40 60 80 100
Porcentagem (%)
Sólidos Espaço de Aerão Água Disponível
Água Tamponante Água Remanescente
Figura 3. Relação sólidos – ar – água da casca de pinus. Botucatu/SP, 2008.
Ficou evidente que o material poderia armazenar e dispor a cultura
apenas 7,2% de água, acarretando a necessidade de uma maior freqüência da irrigação.
Os resultados de análise química do substrato utilizado no experimento
são apresentados na Tabela 8.
Tabela 8. Valores de pH, condutividade elétrica (EC), soma das bases (SB), capacidade de
troca de cátions (CTC) determinada, e saturação por bases (V%) em substrato de
casca de pinus. Botucatu/SP, 2008.
Substrato pH EC SB CTC determinada V%
----dS m
-1
----
Casca de Pinus 5,2 1,12 25,5 470 5
---------------mmol
c
dm
-3
--------------
Conforme as análises químicas da casca de pinus (Tabela 8) houve a
necessidade de se realizar calagem para elevação da saturação de bases. Para chegar à
quantidade de calcário a ser aplicado para elevar a saturação de bases para 20 e 40% foi
analisado no substrato a concentração de Ca, Mg, K e a CTC determinada, onde os valores
obtidos (Tabela 9) foram adaptados ao cálculo de necessidade de calagem descrito por
Malavolta (2006).
42
O calcário utilizado foi o do tipo dolomítico (CaO 39% + MgO 13%)
com PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) de 91,5%. Foram aplicados 90 g m
-3
para
a saturação de 20% e 200 g m
-3
para a de 40%. A mistura foi realizada em betoneira,
deixando-se agitar o substrato com o calcário durante 1 hora para melhor homogeneização.
Desta forma as quantidades de calcário aplicadas elevaram as saturações por bases para
próximo de 20 e 40%, tendo assim um V% estimado.
Tabela 9. Concentrações de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K) na casca de pinus
extraídos pelo método descrito por Brasil (2007). Botucatu/SP, 2008.
K Ca Mg
Casca de pinus 0,54 18 7
Substrato
Nutriente
------------mmol
c
dm
-3
----------
A calagem foi realizada no dia 26 de dezembro de 2007, umedecendo
as pilhas de substrato e deixando-se em repouso para reação durante 45 dias, até o momento
em que as mudas foram transplantadas das bandejas para o pote 11.
5.5. Avaliações realizadas durante o experimento
As avaliações de altura de planta, diâmetro da roseta, diâmetro do
caule, número de folhas, largura das folhas e o Índice Relativo de Clorofila (IRC) foram
determinadas nas mesmas plantas durante todo o experimento entre intervalos de 15 dias. Os
teores de macro e micronutrientes e massa seca de folhas, caule, raízes e a área foliar foram
determinadas somente em dois momentos: no início e final do pote 17. Não foram avaliados
no pote 11 devido os tratamentos não terem se diferenciado por causa da percolação da
solução nutritiva da cisterna para o substrato. A exploração radicular e o grau de inclinação
das plantas foram avaliados somente ao fim do cultivo em pote 17.
43
5.5.1. Altura da planta
A medida da altura de planta foi verificada por meio de uma régua
graduada posicionada verticalmente no nível do substrato, medindo-se assim da base do caule
até a dobra da última folha da planta, conforme se demonstra na Figura 4.
Figura 4. Medida da altura de plantas de A. fasciata.
44
5.5.2. Diâmetro da roseta
O diâmetro da roseta foi observado com o auxílio de uma régua
graduada medindo-se entre duas folhas opostas no ponto em que elas se dobram (Figura 5).
Figura 5. Medida da roseta das plantas de A. fasciata.
5.5.3. Diâmetro do caule
Com o auxílio de um paquímetro digital (Figura 6) determinou-se o
diâmetro do caule na posição mais próxima possível do substrato, tomando-se o cuidado para
não medir junto partículas de casca de pinus.
45
Figura 6. Medida da base do caule de plantas de A. fasciata.
5.5.4. Número de folhas e largura da folha
Para se determinar o número de folhas foi realizada uma simples
contagem, desconsiderando as folhas em senescência e as folhas que no momento não estavam
acima do nível da cisterna (Figura 7).
46
Figura 7. Folha desconsiderada na contagem.
A medida da largura das folhas foi realizada com o auxilio de uma
régua graduada (Figura 8), onde para padronizar as medidas era dada uma distância da
inserção da folha no caule até o ponto de medição. Para pote 11 e 15 a distância utilizada foi
de 2 cm, para o pote 17 adotou-se a medida de 5 cm.
As leituras foram realizadas em 3 folhas superiores totalmente
expandidas por planta, avaliando-se 5 plantas por parcela.
47
Figura 8. Medida da largura das folhas da A. fasciata.
5.5.5. Índice Relativo de Clorofila (IRC)
Utilizou-se o equipamento clorofilômetro modelo SPAD-502 (Figura
9) da empresa japonesa Minolta Co., sendo
realizadas determinações quinzenais, onde foram
escolhidas a primeira e segunda folhas totalmente
abertas fazendo-se 5 leituras por folha (Figura 10),
em 3 folhas por planta e 5 plantas por parcela. As
avaliações ocorreram no período da manhã, sempre
com a posição do sol nas costas do avaliador para
não influenciar nas leituras geradas pelo aparelho.
Figura 9. Aparelho clorofilômetro SPAD-502 da
Minolta.
48
Figura 10. Medida do Índice de Cor Verde nas folhas de A. fasciata.
5.5.6. Inclinação da planta
Com o auxilio de um transferidor e uma régua ambos graduados, foi
observado o ângulo de inclinação que a planta atinge ao se movimentar no vaso em relação à
posição ereta da planta.
De forma qualitativa o ângulo de inclinação da planta foi caracterizado
(Figura 11) ao fim do cultivo em pote 17 como ótimo quando ocorreu entre 0 e 2º, bom entre 3
e 4º, e ruim para ângulos maiores que 4 graus. Tal caracterização foi necessária tanto para se
definir se há ou não tombamento da planta bem como a estética do vaso.
49
Ótimo
Bom
Ruim
Figura 11. Caracterização do grau de inclinação da planta.
5.5.7. Massa seca
Ao final do pote 15 e também do pote 17, as plantas de bromélia foram
separadas em folhas, caule e raízes com o auxilio de uma lâmina de aço inox (Figura 12). As
partes da planta foram acondicionadas separadamente em saco de papel e levadas para
secagem em uma estufa com circulação de ar forçada, aquecido à 65ºC, até o material atingir
massa constante. No caso da bromélia A. fasciata a massa constante foi verificada após 72
horas de secagem, sendo posteriormente determinada sua massa por meio de uma balança
semi-analítica.
Figura 12. Corte dos órgãos de A. fasciata.
50
Figura 13. Partes da planta após o corte com a lâmina de aço inox.
5.5.8. Exploração radicular
No fim do cultivo em pote 17 ao se retirar as plantas dos recipientes
para se realizar o corte dos órgãos para a análise química, foi observada a exploração do
sistema radicular no vaso, dando uma nota em porcentagem (%) para cada planta de acordo
com a área enraizada.
5.5.9. Teores de macronutrientes e micronutrientes nas folhas, caule e raízes
Após a determinação da massa seca das diferentes partes da planta, as
mesmas foram trituradas em um moinho elétrico e enviadas para determinação de macro e
micronutrientes ao Laboratório de Nutrição de Plantas “Prof.ª Dr.ª Leonia Aparecida de
Lima”, localizado no Departamento de Recursos Naturais/Ciência do Solo na Fazenda
Experimental Lageado, pertencente à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP FCA) Campus de Botucatu/SP. As análises foram realizadas segundo
metodologia descrita por Malavolta, Vitti & Oliveira (1997). Os resultados foram expressos
em g kg
-1
para os macronutrientes e mg kg
-1
para os micronutrientes.
51
5.5.10. Área foliar
As folhas de A. fasciata foram divididas em duas partes, uma
considerando a folha acima do nível de água na cisterna e uma segunda que considera as
folhas que armazenam a água na cisterna. Tal divisão se devido à folha ter duas colorações
na parte interna da cisterna (Figura 14). Da base até ao vel da água a folha possui coloração
arroxeada, e acima do nível da água já se torna verde.
A medição foi realizada com o uso de um medidor de área foliar
eletrônico da marca Li-Cor, modelo L1-3100, em cm
2
.
Figura 14. Caracterização da folha de A. fasciata.
52
5.5.11. Análise estatística
Para a análise estatística utilizou-se o programa Sisvar versão 4.6
(2003). Os efeitos das saturações de base, das formas de aplicação e da interação entre eles
(Tabela 10) foram submetidas à análise de variância e teste F e comparação de médias pelo
Teste de Tukey ao nível de 1 e 5% de significância. Quando houve resposta para a interação
entre os fatores foi realizado o desdobramento das variáveis.
Tabela 10. Componentes da análise estatística fatorial.
CV GL
Saturação por Bases (SB) 1
Formas de Aplicação (FA) 4
Interação 4
Tratamentos 9
Blocos 3
Resíduo 27
Fatorial
53
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor entendimento e clareza os resultados serão apresentados
por meio da tabela de análise de variância seguida dos resultados obtidos para cada parâmetro
avaliado. As saturações por bases de 20 e 40% serão denominadas nas tabelas como V1 e V2.
6.1. Altura das plantas de A. fasciata
Na Tabela 11 são apresentados os resultados de análise de variância
para altura de plantas para 3 momentos diferentes do desenvolvimento.
Tabela 11. Análise de variância para altura de plantas de Aechmea fasciata em função dos
tratamentos.
Pote 11 Pote 15 Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%) 1 0,306 4,16 1,681
Formas de aplicação (FA) 4 1,836 0,291 4,088 *
V% x FA 4 1,393 1,940 1,293
Blocos 3 26,862 19,192 21,557
Erro 27 0,827 1,268 1,149
CV% - 6,10 5,36 4,62
Média geral - 14,9 21,0 23,2
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
54
Na mesma tabela, para o pote 17, foi notada diferença significativa
para as formas de aplicação da fertirrigação.
Na Tabela 12 são apresentados os resultados de altura de plantas em
função dos tratamentos.
Nota-se que a altura foi em média de 14,5 a 15,7 cm para o pote 11, de
20,8 a 21,2 cm para pote 15 e de 22,5 a 24,2 cm para pote 17. A altura observada no pote 17
está de acordo com os resultados de Reitz (1983) e Rocha (2002).
A maior altura de plantas foi observada para o tratamento onde toda a
solução nutritiva foi aplicada via cisterna. Porém, não foi notada diferença entre este
tratamento e os demais, exceto quando comparado com a aplicação 100% via substrato.
Tabela 12. Altura de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm, em função da saturação
por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 15,1 14,7 14,9 21,5 20,8 21,2 24,8 23,6 24,2 a
75/25 14,5 14,6 14,5 22,0 20,0 21,0 23,6 23,8 23,7 ab
50/50 15,2 14,6 14,9 20,4 21,1 20,8 22,4 23,0 22,7 ab
25/75 14,4 14,8 14,6 21,3 20,5 20,9 23,5 22,8 23,1 ab
0/100 15,0 16,5 15,7 21,4 21,1 21,2 23,0 21,9 22,5 b
Média 14,8 15,0 21,3 20,7 23,4 23,0
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
------------------------------------------------- cm ------------------------------------------------
Formas de
aplicação
Pote 11 Pote 15 Pote 17
A Figura 15 ilustra a diferença de altura de plantas entre o pote 15 e 17,
porém comparando os períodos de cultivo a diferença entre os tratamentos onde foram aplicados
100% da solução nutritiva via cisterna (T1 e T6) e os que receberam 100% da solução via
substrato (T5 + T10), que foi de 1,7 cm, é de difícil visualização.
55
Figura 15. Vista frontal das plantas de A. fasciata em função dos tratamentos.
56
6.2. Diâmetro da roseta de plantas de A. fasciata
Para o diâmetro da roseta não se observou (Tabela 13) diferenças entre
os tratamentos, exceto para o pote 15 quando se comparou a saturação por bases
Tabela 13. Análise de variância para o diâmetro da roseta de plantas de A. fasciata em função
dos tratamentos.
Pote 11 Pote 15 (F) Pote 17
Saturação por Bases (V%)
1
0,002
24,649 **
0,182
Formas de aplicação (FA)
4
1,873
0,926
3,934
V% x FA
4
1,614
4,009
0,384
Blocos
3
29,55
12,299
19,908
Erro
27
0,953
1,943
1,897
CV%
-
6,24
6,5
6,13
Média geral
-
15,7
21,5
22,5
CV
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
GL
Na Tabela 14 são apresentados os resultados de diâmetro de roseta em
função das épocas avaliadas.
Tabela 14. Avaliação do diâmetro da roseta de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em
cm, em função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três
épocas de cultivo. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 dia V1 V2 Média
100/0
15,8
15,4
15,6
22,8
21,4
22,1
23,7
23,5
23,6
75/25
15,9
15,4
15,7
23,4
19,3
21,3
22,2
22,8
22,5
50/50
15,8
14,8
15,3
21,9
21,0
21,4
22,5
22,1
22,3
25/75
14,9
15,7
15,3
21,7
20,8
21,2
22,4
22,3
22,4
0/100
15,9
17,0
16,5
21,6
21,0
21,3
21,9
21,4
21,7
Média
15,7
15,6
22,2 a
20,7 b
22,5
22,4
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Formas de
aplicação
-------------------------------------------------- cm -------------------------------------------------
Pote 11 Pote 17Pote 15
57
Nota-se que o maior crescimento em diâmetro ocorreu entre o pote 11
e 15, sendo o aumento de diâmetro de 5,8 cm. Este aumento promoveu um acúmulo maior de
solução nutritiva, muito semelhante ao observado no pote 17.
A diferença significativa observada para o pote 15 foi apenas entre os
níveis de saturação por bases, sendo o diâmetro maior para a saturação de 20%.
O diâmetro do copo variou de 15,4 a 23,7 cm, respectivamente para
pote 11 e 17. Essa variação em relação ao diâmetro da roseta de 8,3 cm promoveu a
duplicação do volume de água que a roseta conseguia reter, sendo de 57 ml (pote 11) para 120
ml (pote 17).
De forma geral pode-se observar que as plantas aumentaram o
diâmetro da roseta em 43,3% comparando o pote 11 com o 17.
Na Figura 16 é possível observar a diferença do diâmetro de roseta
entre os potes 15 e 17.
Figura 16. Vista superior das plantas de A. fasciata em função dos tratamentos.
58
6.3. Diâmetro do caule de plantas de A. fasciata
A análise de variância para diâmetro de caule da bromélia A. fasciata
(Tabela 15) indicou diferenças significativas apenas para blocos no pote 17. Tais diferenças se
devem ao fato da grande variabilidade genética das mudas oriundas da propagação via
sementes, de modo que na implantação do experimento foram selecionadas mudas
homogêneas para cada bloco em relação ao tamanho da muda, número de folhas, cor da muda,
etc.
Tabela 15. Análise de variância para o diâmetro do caule de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
Pote 11 Pote 15 Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%) 1 0,357 0,967 13,213
Formas de aplicação (FA) 4 1,561 1,251 1,177
V% x FA 4 1,67 3,098 13,099
Blocos 3 5,986 9,362 215,327**
Erro 27 0,844 1,488 11,246
CV% - 5,12 5,1 12,76
Média geral - 17,94 23,91 26,28
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Para os fatores de variação (Tabela 16) não foram observadas
diferenças significativas, o que indica que este parâmetro não foi adequado na discriminação
dos tratamentos, o que concorda com Carvalho & Rocha (1999) e Rocha (2002).
Deve-se considerar, no entanto, que no pote 17 houve um aumento
considerável no coeficiente de variação que atingiu 13%.
59
Tabela 16. Diâmetro do caule de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em mm, em função
da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
18,25 16,54 17,40 24,99 22,90 23,95 24,33 26,85 25,59
75/25
18,00 17,72 17,86 24,47 23,87 24,17 25,65 29,05 27,35
50/50
17,82 17,85 17,84 23,92 23,40 23,66 28,68 25,73 27,20
25/75
17,75 18,25 18,00 24,17 24,60 24,38 25,85 26,17 26,01
0/100
18,37 18,88 18,62 22,78 24,00 23,39 24,02 26,49 25,26
Média 18,04 17,85 24,07 23,75 25,71 26,86
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
------------------------------------------------- mm ------------------------------------------------
Formas de
aplicação
Pote 11 Pote 15 Pote 17
6.4. Número de folhas nas plantas de A. fasciata
De forma geral não foram obtidas diferenças entre os tratamentos para
o número de folhas (Tabela 17), o que não significa que a planta permaneceu a partir do início
do experimento com o mesmo número de folhas até o final do seu ciclo de desenvolvimento.
Foi observado que ao sair uma nova folha, a mais velha entrava em senescência.
Tabela 17. Análise de variância para o número de folhas nas plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
Pote 11 Pote 15 Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
1,6
0,9
5,625 *
Formas de aplicação (FA)
4
0,978
0,437
0,225
V% x FA
4
1,6
0,212
0,625
Blocos
3
1,666
2,466
4,091
Erro
27
0,777
0,485
1,276
CV%
-
7,67
6,06
9,28
Média geral
-
12
12
12
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e
* = a 5% de probabilidade.
60
Segundo Kämpf (1994), o número ideal de folhas para um adequado
desenvolvimento da planta está entre 10 e 20, portanto, o número de folhas observado (Tabela
18) se encontra dentro da faixa ótima.
De acordo com Rocha (2002), a iluminação (Lux) influencia
diretamente no número de folhas da bromélia A. fasciata, onde plantas cultivadas sob sombrite
de 18 40% apresentaram um número de folhas 35% maior comparado com plantas cultiva-
das sob sombrite de 60-80%.
Tabela 18. Número de folhas em plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em função da
saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
12
11
12
12
11
12
13
12
12
75/25
11
12
12
12
12
12
13
12
12
50/50
12
11
12
12
12
12
13
12
12
25/75
11
12
12
11
12
12
12
12
12
0/100
12
11
12
12
11
12
12
12
12
Média
12
11
12
12
13 a
12 b
-------------------------------------------------- cm -------------------------------------------------
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Formas de
aplicação
Pote 11 Pote 15 Pote 17
6.5. Largura das folhas nas plantas de A. fasciata
Houve diferenças significativas (Tabela 19) para as saturações por
bases, onde o tratamento com V% menor obteve maior largura de folhas quando submetido à
forma de aplicação da fertirrigação 100% via cisterna.
61
Tabela 19. Análise de variância para a largura das folhas de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
Pote 11 Pote 15 (F) Pote 17
Saturação por Bases (V%) 1 0,306 0,056 0,256
Formas de aplicação (FA) 4 0,115 0,051 0,124
V% x FA 4 0,334 0,245 * 0,029
Blocos 3 0,208 0,714 1,787
Erro 27 0,199 0,089 0,075
CV% - 10,3 4,45 3,82
Média geral - 4,3 6,7 7,2
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Na Tabela 20 se for comparado o aumento de largura da folha de 4,2
cm (pote 11) para 7,3 cm (pote 17), nota-se um incremento de 74% na largura, o que contribui
para maior área fotossintética e também volume do copo.
Tabela 20. Largura das folhas de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm, em função
da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas de
avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
4,5
3,9
4,2
7,0 aA
6,4 aB
6,7
7,4
7,0
7,2
75/25
4,8
4,1
4,4
6,7 aA
6,7 aA
6,7
7,5
7,3
7,4
50/50
4,3
4,3
4,3
6,7 aA
6,6 aA
6,7
7,3
7,1
7,2
25/75
4,2
4,4
4,3
6,7 aA
6,9 aA
6,8
7,2
7,0
7,1
0/100
4,4
4,6
4,5
6,7 aA
7,0 aA
6,9
7,0
7,0
7,0
Média
4,4 4,2 6,8 6,7 7,3 7,1
Pote 17
-------------------------------------------------- cm -------------------------------------------------
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Formas de
aplicação
Pote 11 Pote 15
62
Quando considerado o aumento de altura observado na Tabela 12,
pode-se computar um acréscimo de 56% entre pote 11 e 17. Desta forma, a largura de folha
apresentou um crescimento mais intenso se comparado com a altura da planta.
A largura de folhas de A. fasciata está de acordo com resultados
obtidos por Rocha (2002) para as mesmas condições de cultivo.
6.6. Área foliar de A. fasciata em função dos tratamentos
Na Tabela 21, pode-se observar que para as folhas acima da cisterna
houve diferença significativa para as saturações por bases no período de cultivo em potes 15 e
17. Para as formas de aplicação ocorreu diferença somente no pote 17. Houve interação entre
os fatores para o cultivo em potes 15 e 17.
Nas folhas da cisterna houve diferença significativa somente para as
formas de aplicação no cultivo em pote 17.
Tabela 21. Análise de variância para área foliar das folhas acima do nível da água da cisterna,
das folhas que formam a cisterna e a área total das folhas de plantas de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases
1 591301,89 ** 196749,71 ** 498,64 482,19 557458,07** 177751,55 **
(FA) 4 11203,61 135884,93 ** 6523,54 12517,88 * 31392,68 189453,66 **
V% x FA
4 121977,96 ** 63906,80 ** 6182,01 3361,08 167019,53 ** 75582,53 *
Blocos 3 24954,99 84928,25 ** 5867,12 6334,57 43871,76 * 136724,80 **
Erro 27 10248,48 8704,73 2671,17 4161,90 12817,64 22011,90
CV% - 7,99 6,11 16,55 12,78 7,17 7,30
Média geral - 1266,65 1527,05 312,27 504,62 1578,92 2031,67
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas acima cisterna Folhas cisterna Área foliar total
CV GL
QM QM
Para a área foliar total das plantas de A. fasciata nota-se variação
significativa para as saturações por bases ns potes 15 e 17, para as formas de aplicação no pote
17 e por fim ocorreu interação entre os fatores nos potes 15 e 17.
63
De forma geral houve um aumento de 21% na área foliar das partes
acima da cisterna (área fotossintetizante) e 62% na área das folhas da cisterna (absorção via
tricomas/escamas) entre o pote 15 e o 17. Tal fato reflete diretamente na área foliar total da
planta com um acréscimo de 29% na área total.
Na Tabela 22 observa-se que plantas cultivadas na saturação por bases
de 40% em potes 15 e 17 apresentaram uma menor área de folhas acima da cisterna e uma
maior área das folhas da cisterna.
Tabela 22. Área foliar das folhas acima do nível da água da cisterna, das folhas que formam a
cisterna e a área total das folhas de bromélia (Aechmea fasciata), em cm
2
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 1345,10 bcA 1238,80 aA 1291,95 1437,56 cA 1307,97 bcA 1372,76 c
75/25 1584,33 aA 995,15 bB 1289,74 1815,50 aA 1612,22 aB 1713,86 a
50/50 1412,88 abA 1117,89 abB 1265,38 1525,45 bcA 1632,29 aA 578,87 ab
25/75 1166,00 cB 1238,73 aA 1202,36 1568,53 bcA 1478,70 abA 1523,61 b
0/100 1432,84 abA 1134,75 abB 1283,79 1638,89 abA 1253,42 cB 1446,16 bc
Média
1388,23 a
1145,06 b
1597,19 a
1456,92 b
100/0
309,21 395,21 352,21 468,85 413,46 441,15 b
75/25
359,51 293,48 326,49 517,17 511,90 514,53 ab
50/50
315,24 297,74 306,49 505,09 560,10 532,59 ab
25/75
269,74 283,60 276,67 486,55 503,05 494,80 ab
0/100
290,01 308,99 299,50 528,10 551,96 540,03 a
Média
308,74
315,80
501,15
508,09
100/0
1654,32 bcA 1634,01 aA 1644,16 1906,41 bA 1721,43 bA 1813,92 c
75/25
1943,84 aA 1288,63 bB 1616,23 2332,67 aA 2124,12 aA 2228,39 a
50/50
1728,12 abA 1415,62 abB 1571,87 2030,54 abA 2192,39 aA 2111,47 ab
25/75
1435,73 cA 1522,32 abA 1479,03 2055,08 abA 1981,74 abA 2018,41 abc
0/100
1722,85 abA 1443,74 abB 1583,30 2166,99 abA 1805,38 bB 1986,19 bc
Média
1696,97 a
1460,83 b
2098,34 a
1965,01 b
seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas de aplicação. Médias
Pote 15 Pote 17
Área
foliar
total
Folhas
da
cisterna
Folhas
acima da
cisterna
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
------------------------------------------------- cm
2
--------------------------------------------------
64
De forma geral percebe-se que ao fim do cultivo no pote 17 as folhas
acima da cisterna representaram 75% da área foliar total da planta e as folhas da cisterna 25%.
Nas folhas acima da cisterna observa-se que os melhores resultados
foram obtidos tanto para o pote 15 como para o 17, na saturação por bases de 40%. Houve
interação entre os fatores para os potes 15 e 17, sendo que no pote 15 os melhores resultados
ocorreram quando se aplicou 75% da solução nutritiva via cisterna e 25% via substrato na
saturação de bases 20% e, para a saturação de 40% observa-se os melhores resultados quando
se aplicou 100% da solução via cisterna e a combinação 25% via cisterna e 75% via substrato.
Para o pote 17 destacam-se os tratamentos que receberam a aplicação de 50% da fertirrigação
via cisterna e 50% via sistema radicular para ambas as saturações.
Para a área foliar total da planta de A. fasciata os melhores resultados
foram obtidos na saturação de bases de 20% tanto para pote 15 como no 17, ocorrendo
interação para ambos os períodos de cultivo. No pote 15 para a saturação de 20% destaca-se o
tratamento onde se aplicou 75% do volume de fertirrigação via cisterna e 25% via substrato.
Na saturação de 40% o melhor resultado foi obtido quando se aplicou 100% da solução via
cisterna. No pote 17 ocorreu diferença significativa para as formas de aplicação da
fertirrigação, onde o melhor resultado foi obtido quando se aplicou 75% da solução nutritiva
via cisterna e 25% via substrato.
6.7. Índice de cor verde nas folhas da bromélia de A. fasciata
Para a bromélia A. fasciata foi obtido (Tabela 23) para o pote 15
diferenças entre as saturações por bases e para as formas de aplicação da fertirrigação,
enquanto que no pote 17 somente foi observado diferenças nas formas de aplicação.
65
Tabela 23. Análise de variância para o índice de cor verde em folhas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
Pote 11 Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
2,391
47,676 **
13,983
Formas de aplicação (FA)
4
15,073
92,004 **
230,892 **
V% x FA
4
4,336
2,103
0,713
Blocos
3
129,455
113,492
9,104
Erro
27
9,587
6,497
4,715
CV%
-
8,73
6,48
5,38
Média geral
-
35,46
39,66
40,38
CV
GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a
1% e * = a 5% de probabilidade.
A medida indireta de clorofila determinada pelo Índice Spad indica um
acentuado decréscimo nos valores em função da forma de aplicação, sendo que os valores
mais baixos foram obtidos quando aplicados 100% do volume de fertirrigação via substrato.
Isso denota uma maior eficiência de aproveitamento de nitrogênio via cisterna em relação à
absorção radicular. Nievola et al. (2001), Ewel et al. (2003) e Takahashi (2008) observaram tal
fato em bromélias com cisterna, entretanto, segundo Kämpf (1984), as raízes de A. fasciata,
mesmo sendo planta epífita, desempenham papel muito importante na nutrição da planta, os
resultados mostraram que a absorção de nitrogênio, fósforo e potássio foram mais eficientes
quando os fertilizantes foram fornecidos pelas raízes ou de forma combinada, pelas raízes e
folhas.
Algumas hipóteses podem justificar tal resultado, sendo:
a) A qualidade física do substrato (casca de pinus) que embora retenha
a solução aplicada não liberava a mesma quantidade para a planta. Tal afirmação se deve ao
fato da análise física do substrato (Tabela 6) indicar um maior volume de lascas grandes de
casca de pinus, o que influi diretamente na capacidade e retenção de água (Figura 3), que no
caso do material analisado conseguia reter 7,2% de água que a planta poderia absorver,
sendo deste apenas 3,7% sem que haja gasto de energia para isso.
b) Parte dos nutrientes aplicados via substrato podem ter sofrido
processos de indisponibilização, pela reação dos nutrientes com os colóides presentes no
66
mesmo. De acordo com a análise química do substrato (Tabela 7) nota-se um pH de 7,0.
Segundo Kämpf (2000a) a faixa ideal de pH para bromélias é de 4,5 -5,0, onde um pH acima
de 6,5 poderá ocorrer problemas com a disponibilidade de P e dos micronutrientes Fe, Mn, Zn
e Cu.
c) A presença de poeira, e outras substâncias presentes na cisterna
podem ter contribuído para o fornecimento de nutrientes para as plantas, lembrando que o
tratamento 5 onde a aplicação de fertirrigação ocorreu somente via substrato, em nenhum
momento recebeu água na cisterna o que inviabilizou a solubilização de nutrientes e
substâncias também presentes na cisterna. Tal fato se deve que as bromélias terem alta
afinidade com minerais em soluções muito diluídas, entre outras (Benzing & Renfrow, 1974).
Para a bromélia do gênero Aechmea, geralmente é observado uma
grande quantidade de escamas na superfície adaxial das folhas, que forma uma camada
acinzentada sob a mesma, com a função de regular a perda de água e a iluminação para a
realização da fotossíntese. Ainda que a princípio parecer que estas escamas comprometeriam a
qualidade da leitura do clorofilômetro, esta dificuldade não foi observada e, portanto pode
destacar as diferenças entre as formas de aplicação da fertirrigação.
Pode-se observar na Tabela 24 que os melhores resultados obtidos para
o Índice de Cor Verde foi quando se aplicou qualquer volume de fertirrigação via cisterna.
Nota-se de forma geral que houve um aumento de 35,22 Spad (pote 15) para 40,97 Spad (pote
17), cerca de 16%, entretanto, os tratamentos que receberam apenas a fertirrigação via
substrato apresentaram um decréscimo de 36,53 Spad (pote 15) para 29,92 Spad (pote 17)
aproximadamente 18%, o que pode caracterizar uma deficiência de nitrogênio. Tal fato pode
ser explicado pela A. fasciata poder absorver até 80% dos nutrientes que necessita via cisterna
(Kämpf, 1984; Kämpf, 1994), ou seja, a planta possui uma maior eficiência de absorção via os
tricomas foliares.
67
Tabela 24. Índice de cor verde de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em Índice Spad, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em três épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média V1 Média
100/0 35,62 35,72 35,67 43,91 42,67 43,29 a 44,75 43,79 44,27 a
75/25 32,84 35,03 33,93 42,77 40,72 41,74 ab 43,99 42,98 43,48 a
50/50 36,69 35,23 35,96 41,93 38,99 40,46 ab 42,52 41,45 41,98 a
25/75 34,41 34,33 34,37 38,86 37,68 38,27 bc 41,48 40,83 41,16 a
0/100 36,53 38,24 37,39 36,32 32,82 34,57 c 32,13 29,92 31,03 b
Média 35,22 35,71 40,76 a 38,57 b 40,97
39,79
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas
de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
---------------------------------- Índice Spad ---------------------------------------
Pote 17
V2
Formas
de
aplicação
Pote 11 Pote 15
6.8. Massa seca dos órgãos de A. fasciata
6.8.1. Massa seca das folhas de A. fasciata
Pode-se notar na Tabela 25 que houve diferenças significativas para
saturação por bases, formas de aplicação e a interação entre ambas para a massa seca das
folhas de A. fasciata.
Tabela 25. Análise de variância para a massa seca de folhas de
Aechmea fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1 11,384 ** 40,360 **
Formas de aplicação (FA) 4 29,641 ** 263,844 **
V% x FA 4 78,464 ** 193,559 **
Blocos 3 2,046 ** 1,827
Erro 27 0,638 0,745
CV% - 3,05 2,13
Média geral - 26,19 40,57
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; **
= Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
CV GL
QM
68
Os melhores resultados para o pote 15 (Tabela 26) foram obtidos pela
menor saturação por bases, o que não se repetiu no cultivo em pote 17. Houve um aumento na
massa seca de folhas de 25,65 g planta
-1
(pote 15) para 41,58 g planta
-1
(pote 17),
aproximadamente 62%. Tal acréscimo pode ser justificado relacionando-se o aumento da
altura de plantas (56%), do diâmetro da roseta (43%) e da largura das folhas (74%) entre os
diferentes períodos de cultivo.
Tabela 26. Massa seca das folhas de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 27,02 bA 21,08 dB 24,05 d 38,83 cA 29,12 dB 33,98 d
75/25 33,42 aA 24,97 cB 29,20 a 40,49 bcB 57,74 aA 49,11 a
50/50
25,20 cA
25,47 cA
25,33 c
41,08 abA
40,60 bcA
40,84 b
25/75 22,03 dB 29,35 aA 25,69 bc 35,01 dB 38,83 cA 36,92 c
0/100 25,92 bcB 27,39 bA 26,66 b 42,44 aA 41,60 bA 42,02 b
Média
26,72 a 25,65 b 39,57 b 41,58 a
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Formas de
aplicação
Pote 15 Pote 17
-------------------------------------g planta
-1
--------------------------------------
A maior massa seca de folhas foi observada no tratamento que recebeu
75% do volume da fertirrigação via cisterna e 25% via substrato no nível mais alto de
saturação por bases.
Quando comparado a massa seca das folhas com a massa seca total da
planta (Tabela 31), observa-se que em média as folhas representam 64% do peso total da
planta de A. fasciata tanto para o cultivo em pote 15 como no pote 17.
69
6.8.2. Massa seca do caule de A. fasciata
O quadro de variância (Tabela 27) demonstra que houve diferenças
significativas para todos os fatores, ressaltando a heterogeneidade entre os blocos devido às
diferenças genéticas e os efeitos dos tratamentos.
Tabela 27. Análise de variância para massa seca do caule de Aechmea fasciata em função dos
tratamentos.
Pote 11 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
7,267 **
16,281 **
Formas de aplicação (FA)
4
1,064 **
19,256 **
V% x FA
4
3,484 **
12,712 **
Blocos
3
0,764 *
1,45 **
Erro
27
0,192
0,277
CV%
-
5,11
4,85
Média geral
-
8,6
10,87
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F;
** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Observa-se na Tabela 28 que a maior massa de caule de A. fasciata foi
obtida na saturação por bases de 20%, quando a aplicação de fertirrigação ocorreu 100% via
cisterna (tratamento 1) para o pote 15, porém, para o pote 17 o melhor resultado ocorreu para a
saturação de 40% quando foi aplicado 50% via cisterna e 50% via sistema radicular.
Houve um incremento na massa do caule de 8,17 g planta
-1
do pote 15
para 11,51 g planta
-1
no pote 17, aproximadamente 41%.
Comparando a massa seca do caule com a massa seca total da planta
(Tabela 32), observa-se que em média o caule representa 21,3% do peso total da planta de A.
fasciata para o cultivo em pote 15, entretanto, para o resultado do cultivo em pote 17 houve
um decréscimo neste valor, passando para 17%. Tal redução na proporção da massa do caule
na massa total da planta pode ser explicado por um aumento significativo do sistema radicular
(Tabela 30).
70
Tabela 28. Massa seca do caule de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 9,49 aA 8,38 cB 8,93 a 10,58 abA 10,85 bcA 10,72 b
75/25 7,54 cB 8,44 bcA 7,99 b 10,73 aA 9,51 dB 10,12 bc
50/50 8,52 bA 9,12 abcA 8,82 a 10,82 aB 16,29 aA 13,56 a
25/75 7,35 cB 8,98 aA 8,62 ab 9,40 cA 9,86 cdA 9,63 b
0/100 7,97 bcB 9,29 abA 8,63 a 9,64 bcA 11,03 bB 10,33 bc
Média 8,17 b 9,02 a 10,23 b 11,51 a
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas
de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Formas de
aplicação
Pote 15 Pote 17
------------------------------------ g planta
-1
------------------------------------
6.8.3. Massa seca das raízes de A. fasciata
Observa-se no quadro de variância (Tabela 29), que houve diferenças
significativas para as diferentes saturações por bases, para as formas de aplicação e também
para a interação entre as saturações e formas de aplicação, tanto para pote 15 como pote 17.
Tabela 29. Análise de variância para matéria seca das raízes de Aechmea fasciata em função
dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
10,140 **
78,904 **
Formas de aplicação (FA)
4
1,090 **
13,336 **
V% x FA
4
1,581 **
48,530 **
Blocos
3
0,833 *
2,001 **
Erro
27
0,199
0,341
CV%
-
7,72
4,71
Média geral
-
5,79
12,41
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F;
** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
71
A maior massa de raiz (Tabela 30) foi obtida para a menor saturação,
sendo que para o pote 15 ocorreu para a aplicação de 100% via cisterna e para o pote 17 a
maior massa ocorreu quando 75% do volume da solução nutritiva foi aplicado via cisterna e
25% via substrato.
No pote 15 pode-se observar que a diferença das médias entre as
formas de aplicação é muito pequena, provavelmente porque a quantidade de nutrientes
aplicada supria a necessidade das plantas no determinado estádio de desenvolvimento.
Entretanto, no pote 17 é possível notar diferenças visíveis entre as formas de aplicação, pois
se notou ao retirar a planta do vaso que os tratamentos que receberam a solução nutritiva via
cisterna apresentaram um sistema radicular exuberante, porém restrito à base do caule. De
modo diferente aquelas que receberam a solução nutritiva via substrato apresentaram um
sistema radicular bem distribuído por todo o recipiente.
Tabela 30. Massa seca das raízes de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 6,84 aA 4,58 bB 5,71 ab 11,91 cdB 13,34 aA 12,62 b
75/25 6,06 abA 5,84 aA 5,95 a 19,67 aA 8,81 cB 14,24 a
50/50 6,54 aA 5,54 aB 6,04 a 13,97 bA 9,95 bcB 11,96 b
25/75 5,24 bA 5,12 abA 5,18 a 10,75 dA 10,58 bA 10,67 c
0/100 6,80 aA 5,35 abB 6,07 a 12,79 bcA 12,37 aA 12,58 b
Média 6,29 a 5,29 b 13,82 a 11,01 b
Formas de
aplicação
Pote 15 Pote 17
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade.
-------------------------------- g planta
-1
----------------------------------
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
Comparando a formação de raízes no pote 15 com o pote 17, nota-se
que em um curto espaço de tempo (51 dias) as raízes praticamente mais que dobraram de
massa, indicando que nesta fase de desenvolvimento as raízes são drenos importantes.
72
Em relação com a massa seca total da planta (Tabela 32), observa-se
que as raízes representavam em média 14,3% da massa seca total da planta no cultivo em pote
15, e aumentou para 19,5% no cultivo em pote 17.
6.8.4. Massa seca total de plantas de A. fasciata
No quadro de variância (Tabela 31) nota-se que não houve variações
para as saturações por bases para o cultivo em pote 17, porém houve diferenças significativas
para os demais fatores. Para o pote 15 notou-se diferenças significativas para todos os fatores.
Tabela 31. Análise de variância para massa seca total de plantas de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
14,920 **
2,265
Formas de aplicação (FA)
4
24,080 **
373,368 **
V% x FA
4
118,147 **
53,839 **
Blocos
3
9,104 **
14,870 **
Erro
27
1,155
1,161
CV%
-
2,65
1,69
Média geral
-
40,57
63,86
CV GL
QM
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Nota-se na Tabela 32 que no pote 15 a maior quantidade de massa seca
por planta de bromélia foi obtida na saturação por bases de 20% e quando se aplicou a
fertirrigação no volume de 75% via cisterna e 25% via substrato.
Para o pote 17 a maior produção de massa foi observada no tratamento
onde se aplicou 75% da solução via cisterna e 25% via substrato e para o maior índice de
saturação por bases. Esse resultado acompanhou a massa de folhas (Tabela 26) que
representou 75% da massa total da planta. Deve-se notar que tanto para o caule como para a
raiz, neste mesmo tratamento, os valores de massa foram inferiores aos outros tratamentos.
73
Tabela 32. Massa seca total de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em g planta
-1
, em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas
de avaliação. Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 43,34 bA 34,04 dB 38,69 c 61,32 dA 53,31 dB 57,31 c
75/25 47,02 aA 39,25 cB 43,13 a 70,89 aB 76,06 aA 73,47 a
50/50 40,25 cA 40,13 bcA 40,19 bc 65,87 bA 66,83 bA 66,35 b
25/75 34,62 dA 44,36 aB 39,49 c 55,16 dB 59,28 cA 57,22 c
0/100 40,69 cA 42,03 bA 41,36 b 64,86 bA 65,00 bA 64,93 b
Média 41,18 a 39,96 b 63,62 64,09
---------------------------------- g planta
-1
-----------------------------------
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas
de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Formas de
aplicação
Pote 15 Pote 17
Do pote 15 para o pote 17 ocorreu um aumento na massa seca das
plantas de 39,96 g planta
-1
para 64,09 g planta
-1
,
respectivamente, um acréscimo de 60% em
um intervalo de 180 dias.
6.9. Exploração radicular no recipiente de Aechmea fasciata
A análise de variância para a porcentagem de exploração radicular da
bromélia A. fasciata no pote 17 (Tabela 33), indicou diferenças significativas apenas para as
formas de aplicação da fertirrigação.
74
Tabela 33. Análise de variância para exploração radicular de Aechmea fasciata no recipiente
de cultivo em função dos tratamentos.
QM
Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
0,002
Formas de aplicação (FA)
4
0,039 **
V% x FA
4
0,007
Blocos
3
0,008
Erro
27
0,008
CV%
-
12,93
Média geral
-
72
CV GL
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Na Tabela 34 pode-se notar que houve uma maior exploração radicular
no recipiente quando se aplicou 100% do volume da solução nutritiva via cisterna.
Tabela 34. Exploração radicular de plantas de bromélia (Aechmea fasciata) nos recipientes de
cultivo, em função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média
100/0
80
85
83 a
75/25
68
73
70 ab
50/50
73
68
70 ab
25/75
78
73
75 ab
0/100
60
68
64 b
Média
72
73
Formas de
aplicação
Pote 17
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5%
de probabilidade.
----------------- %
------------------
Com o aumento da umidade no substrato houve uma redução na
exploração radicular no recipiente, sendo um indicativo que a bromélia A. fasciata não tolera
umidade próxima da capacidade de campo no meio de cultivo, tal fato também foi descrito por
Paula (2000).
75
Mesmo o substrato apresentando granulometria grossa (Tabela 7),
percebe-se que o sistema radicular da cultura (Tabela 34) se fixou.
6.10. Grau de inclinação de plantas de Aechmea fasciata
Na Tabela 35 observa-se que houve diferenças significativas somente
para as formas de aplicação da fertirrigação.
De forma geral, as plantas de A. fasciata apresentaram uma inclinação
de até 3 graus em relação a sua posição ereta.
Tabela 35. Análise de variância para o grau de inclinação da planta de Aechmea fasciata em
função dos tratamentos.
QM
Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1
0,900
Formas de aplicação (FA)
4
15,837 **
V% x FA
4
0,087
Blocos
3
1,000
Erro
27
0,666
CV%
-
24,01
Média geral
-
3
CV GL
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** =
Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
Observa-se na Tabela 36 que o pior resultado foi obtido quando se
aplicou 100% da solução nutritiva via cisterna em ambas as saturações por bases. Mesmo não
havendo diferença entre si para os demais tratamentos, pode-se considerar que, em geral, as
formas de aplicação 2 e 3 proporcionaram uma ótima (0 a 2º de inclinação) estabilidade para a
planta contra tombamentos, as formas 4 e 5 uma boa (3 a 4º) firmeza e por fim, a 1
proporcionou uma firmeza ruim (>4º) para a planta.
Comparando a massa seca das raízes (Tabela 30), com a exploração
radicular (Tabela 34) e a inclinação das plantas (Tabela 36) de A. fasciata, percebe-se que os
76
melhores resultados foram obtidos quando se aplicou 75% do volume da fertirrigação via
cisterna e 25% via sistema radicular.
Tabela 36. Grau de inclinação de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em graus ), em
função da saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação. Botucatu/SP,
2008.
V1 V2 Média
100/0
6
6
6 b
75/25
2
3
2 a
50/50
2
3
2 a
25/75
3
4
3 a
0/100
3
4
3 a
Média
3
4
Formas de
aplicação
Pote 17
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5%
de probabilidade.
--------------- graus ----------------
6.11. Teores de nutrientes nos órgãos de planta de A. fasciata
Os teores de nutrientes nos órgãos da planta de A. fasciata são
apresentados individualmente para cada nutriente. Deve-se atentar que os valores referem-se a
concentração em todas as folhas da planta e não somente na folha referência, que são tidos
como valores para expressar o teor adequado na planta.
6.11.1. Teores de nitrogênio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
Nota-se na Tabela 37 que houve diferença significativa na
concentração de N para saturação por bases no pote 15 e 17 nas folhas e raízes. Para as
diferentes formas de aplicação da fertirrigação houve diferenças significativas tanto para pote
15 como 17 em folhas e caule.
77
Tabela 37. Análise de variância para nitrogênio (N) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
(V%) 1 5,625 ** 11,025 ** 1,225 3,025 3,600 * 3,600 *
Formas de aplicação
(FA) 4 7,150 ** 11,462 ** 14,912 * 13,462 ** 1,000 0,837
V% x FA
4
0,750 0,837 6,912 1,962 0,100 0,537
Blocos 3 0,825 0,025 4,158 4,091 0,166 0,166
Erro 27 0,528 0,654 3,732 2,443 0,703 0,648
CV% - 6,94 7,72 12,52 9,63 10,17 9,88
Média geral - 10 11 15 16 8 8
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
O teor de N nas folhas variou de 9 a 12 g kg
-1
, e no caule variou de 13
a 18 g kg
-1
e, diferiram em relação às formas de aplicação e saturação por bases (Tabela 38).
Houve diferença muito pequena no teor de N entre as saturações por
bases, onde as maiores concentrações foram obtidas na saturação de 20% tanto no pote 15
como para 17.
As plantas de A. fasciata apresentaram uma maior concentração de N
no caule e nas folhas quando houve aplicação de fertirrigação via cisterna independente do
volume.
A concentração de N nas raízes variou entre as diferentes saturações
por bases nas duas épocas de cultivo.
Com o aumento da saturação por bases no substrato houve diminuição
no teor de N em todos os órgãos da planta.
78
Tabela 38. Concentração de nitrogênio nas folhas, caule e sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
12
11
12 a
11
11
11 a
75/25
11
10
11 a
12
11
12 a
50/50
11
11
11 a
12
10
11 a
25/75
12
10
11 a
11
11
11 a
0/100
9
9
9 b
9
8
9 b
Média
11 a
10 b
11 a
10 b
100/0
17
14
16 ab
18
18
18 a
75/25
16
17
17 a
17
16
17 ab
50/50
15
17
16 ab
17
16
17 ab
25/75
17
17
17 a
16
17
17 ab
0/100
13
14
14 c
15
14
15 b
Média
15
16
17
16
100/0
9
8
9
9
9
9
75/25
9
8
9
9
8
9
50/50
8
8
8
8
7
8
25/75
9
8
9
9
8
9
0/100
8
8
8
8
8
8
Média
9 a
8 b
9 a
8 b
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Pote 17
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Pote 15
Raízes
Caule
----------------------------------- g kg
-1
---------------------------------
Folhas
6.11.2. Teores de fósforo nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
Nota-se na Tabela 39 que houve diferença significativa na
concentração de P para saturação por bases no pote 15 em todos os órgãos da planta, para pote
17 a significância ocorreu apenas no caule.
79
Tabela 39. Análise de variância para fósforo (P) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases
1 1,681 ** 0,002 2,209 ** 1,640 * 0,676 ** 0,02
(FA) 4 2,110 ** 6,122 ** 2,504 ** 3,054 ** 0,087 0,800 *
V% x FA
4 0,284 0,577 0,109 0,26 0,037 0,760 *
Blocos 3 0,359 0,6 0,052 0,734 0,001 0,071
Erro 27 0,187 0,443 0,154 0,343 0,046 0,213
CV% - 12,82 17,17 7,03 8,86 20,79 22,28
Média geral
- 3,4 3,9 5,6 6,6 1 2,1
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
Com relação à forma de aplicação da solução houve diferença
significativa para todos os órgãos e nas diferentes épocas, exceto para pote 15 com relação às
raízes.
Houve interação entre os fatores saturação por bases e formas de
aplicação apenas para raízes no pote 17.
As maiores concentrações de P foram obtidas na saturação de 20% e
nos tratamentos que receberam fertilizantes via cisterna.
O teor de P nas folhas variou de 2,1 a 5,1 g kg
-1
e, diferiram em
relação às formas de aplicação e saturação por bases (Tabela 40).
80
Tabela 40. Concentração de fósforo (P) nas folhas, caule e sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média
V1
V2 Média
100/0
4,0
3,6
3,8 a
3,9
4,1
4,0 a
75/25
3,8
3,3
3,6 a
4,3
5,1
4,7 a
50/50
3,4
3,6
3,5 a
4,3
4,4
4,3 a
25/75
3,8
3,2
3,5 a
4,1
3,7
3,9 a
0/100
2,9
2,1
2,5 b
2,7
2,2
2,4 b
Média
3,6 a
3,2 b
3,9
3,9
100/0
6,0
5,4
5,7 ab
6,4
7,2
6,8 a
75/25
6,5
6,0
6,2 a
6,4
7,2
6,8 a
50/50
5,6
5,5
5,6 b
6,9
7,0
7,0 a
25/75
5,9
5,5
5,7 ab
6,9
7,0
7,0 a
0/100
5,0
4,4
4,7 c
5,5
5,6
5,5 b
Média
5,8 a
5,4 b
6,4 b
6,8 a
100/0
1,3
0,9
1,1
2,9 aA
1,9 aB
2,4 a
75/25
1,2
0,9
1,0
2,2 abA
2,4 aA
2,3 ab
50/50
1,3
1,0
1,1
1,9 aA
1,8 aA
1,9 ab
25/75
1,1
1,0
1,0
1,5 aA
1,8 aA
1,6 b
0/100
1,0
0,8
0,9
1,8 aB
2,5 aA
2,2 ab
Média
1,2 a
0,9 b
2,1
2,1
Pote 17
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas compa-ram as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade.
Raízes
Caule
----------------------------------- g kg
-1
----------------------------------
Folhas
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Pote 15
As menores concentrações de fósforo foram observadas quando se
aplicou 100% do volume via sistema radicular, tal fato se deve, pois o pH se encontra em
níveis de 7,0 a 7,5 e ocorre precipitação do fósforo para a forma de fosfato de cálcio, que é
pouco disponível para a planta (Osaki, 1991). Percebe-se que a adubação via cisterna
apresentou resultados positivos, pois a planta conseguiu absorver maiores teores de P.
As concentrações de P no caule variaram de 4,4 a 7,2 g kg
-1
, um
acréscimo de 64% entre o pote 15 e 17. Já nas raízes os teores variaram entre 0,8 a 2,9 g kg
-1
,
um aumento de 260%. Tal resultado demonstra que em um curto espaço de tempo entre o final
do pote 15 e o pote 17 houve uma maior absorção de P, indicando que a planta está passando
do estádio vegetativo para o reprodutivo.
81
Houve diminuição na concentração de P nos órgãos da planta na
medida em que se elevou a saturação por bases.
Comparando-se a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28)
e raízes (Tabela 30) com o teor de nutriente contido nelas, observa-se que as folhas
acumularam cerca de 62% de fósforo, seguido pelo caule com 31% e as raízes com 7%.
6.11.3. Teores de potássio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
Pode-se observar na Tabela 41 que houve diferença significativa para o
teor de potássio (K) nas folhas somente para as formas de aplicação da fertirrigação no
período de cultivo em pote 15. Para o caule houve interação entre os fatores saturação por
bases e formas de aplicação no pote 15. Nas raízes nota-se diferenças tanto para as saturações
por bases como para as diferentes formas de aplicação de fertirrigação ao fim do cultivo em
pote 17.
Tabela 41. Análise de variância para potássio (K) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%) 1 90,000 65,025 4,900 42,025 0,025 21,025 *
Formas de aplicação (FA) 4 81,350 * 46,775 13,4 32,725 10,25 22,350 **
V% x FA 4 15,375 2,65 23,525 * 2,275 1,9 3,15
Blocos 3 22,333 34,491 21,8 29,425 1,825 1,425
Erro 27 22,462 22,213 7,54 8,68 4,158 2,795
CV% - 15,96 15,47 13,14 13,6 25,1 16,19
Média geral - 30 31 21 22 8 10
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de
probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
Observa-se, de forma geral, na Tabela 42 que ocorreu um pequeno
aumento no teor de potássio nas folhas (3%) e no caule (5%) entre o cultivo em pote 15 e o 17.
Nas raízes houve um acréscimo de 25% no teor de K entre o cultivo nos potes 15 e 17.
82
Observa-se que os maiores teores de K nos órgãos da planta ocorreram
quando a planta recebeu nutrientes via cisterna.
O teor de K nas folhas variou de 23 a 35 g kg
-1
, uma variação de 52%.
No caule o teor variou de 17 a 25 g kg
-1
, uma diferença de 47%. Nas raízes variou de 6 a 13 g
kg
-1
, uma diferença de 116%.
De forma geral comparando o teor de K nos diferentes órgãos da
planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30)
percebe-se que as folhas foram responsáveis por 77% do total de potássio acumulado, o caule
17% e as raízes 6%.
Tabela 42. Concentração de potássio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
34
33
33 a
33
29
31
75/25
31
26
29 ab
34
33
33
50/50
29
30
29 ab
32
29
30
25/75
35
30
32 ab
33
30
31
0/100
27
23
25 b
28
26
27
Média
31
28
32
29
100/0
22 aA
18 aA
20
21
23
22 ab
75/25
22 aA
22 aA
22
22
25
24 a
50/50
18 aB
24 aA
21
22
22
22 ab
25/75
22 aA
23 aA
23
22
24
22 ab
0/100
19 aA
20 aA
19
17
20
18 b
Média
21
21
21 b
23 a
100/0
9
9
9
13
12
12 a
75/25
7
6
6
11
12
11 a
50/50
8
9
8
11
10
11 a
25/75
9
10
9
10
8
9 b
0/100
9
7
8
10
7
9 b
Média
8
8
11 a
10 b
Pote 17
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Raízes
Caule
-------------------------------- g kg
-1
-------------------------------------
Folhas
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Pote 15
83
Houve interação entre os fatores saturação por bases e as formas de
aplicação da fertirrigação no caule em cultivo no pote 15 para o tratamento em que se aplicou
50% do volume da fertirrigação via cisterna e 50% via substrato, sendo a saturação de 49% a
que apresentou o maior teor de K. No pote 17 as raízes apresentaram um menor teor de K
quando se aplicou 100% da solução nutritiva via substrato e na combinação de 75% da
solução via cisterna e 25% via sistema radicular.
6.11.4. Teores de cálcio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função
dos tratamentos
Na Tabela 43 pode-se observar que houve diferença significativa para
o teor de cálcio (Ca) em folhas de A. fasciata no pote 15 devido às formas de aplicação da
fertirrigação. Nas raízes ocorreu diferença significativa para saturação por bases no cultivo em
pote 15.
Ocorreu interação entre as diferentes saturações por bases e as formas
de aplicação da solução nutritiva para os teores de Ca no caule e raízes ambas no fim do
cultivo no pote 15.
Tabela 43. Análise de variância para cálcio (Ca) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1 11,025 3,025 10,000 30,625 32,400 ** 0,4
Formas de aplicação (FA) 4 43,437 * 0,587 3,837 15,85 3,062 2,212
V% x FA 4 6,962 3,962 39,562 ** 6,625 9,337 * 4,462
Blocos 3 4,291 1,691* 41,133 11,158 1,500 0,300 *
Erro 27 4,328 1,321 9,355 8,287 1,666 1,003
CV% - 21,07 11,82 14,63 15,01 17,81 20,66
dia geral - 10 10 21 19 7 5
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
84
Diferente do que era esperado, conforme se aumentou a saturação por
base o teor de cálcio na planta diminuiu (Tabela 44). Como o aumento da saturação
promovido pelo calcário, que contem carbonato de cálcio e magnésio era de se esperar que
isso promovesse um acréscimo no teor desses nutrientes. Houve uma pequena diminuição no
teor de Ca na planta entre o período de cultivo nos potes 15 e 17. Tal fato pode ser explicado
pelo efeito diluição entre a diminuição na absorção de Ca e o aumento de massa da planta.
Tabela 44. Concentração de cálcio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
13
11
12 a
11
9
10
75/25
11
8
10 ab
10
10
10
50/50
10
10
10 ab
9
10
10
25/75
10
10
10 ab
9
10
10
0/100
9
8
9 b
11
9
10
Média
11
9
10
10
100/0
23 aA
22 aA
23
18
18
18 a
75/25
25 aA
17 aB
21
17
16
17 ab
50/50
20 aA
21 aA
21
17
16
17 ab
25/75
19 aB
23 aA
21
16
17
17 ab
0/100
22 aA
20 aA
21
15
14
15 b
Média
22
21
17
16
100/0
9 aA
6 bB
8
6
4
5
75/25
10 aA
6 bA
8
4
4
4
50/50
8 aA
8 aA
8
6
5
6
25/75
7 aA
7 abA
7
5
5
5
0/100
7 aA
5 bB
6
4
6
5
Média
8 a
6 b
5
5
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas
de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Raízes
Caule
------------------------------- g kg
-1 -
-----------------------------
Folhas
Pote 17Pote 15
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Os maiores teores de cálcio ocorreram quando se aplicou fertirrigação
via cisterna nas diferentes combinações.
85
No caule e raízes ocorreu interação entre a saturação por bases e as
formas de aplicação no pote 15. Para o pote 17, no caule, o maior teor foliar foi obtido no
tratamento onde se aplicou 100% da solução nutritiva via cisterna.
Os teores de Ca nas folhas variaram de 14 a 25 g kg
-1
, cerca de 79% de
diferença e por fim nas raízes houve variação de 150% no teor de Ca de 4 a 10 g kg
-1
.
A planta acumulou lcio de forma geral em média 58% nas folhas,
33% no caule e 9% nas raízes. Tal fato é observado através da comparação do teor de Ca nos
diferentes órgãos da planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28), e
raízes (Tabela 30).
6.11.5. Teores de magnésio nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
De acordo com a Tabela 45 pode-se observar que houve diferenças
significativas no teor de magnésio (Mg) nas folhas somente no pote 17 para os fatores
saturação por bases, formas de aplicação e a interação entre ambas. No caule houve diferenças
para o cultivo em pote 15 para a saturação por bases e a interação entre as saturações e as
formas de aplicação da fertirrigação. Para as raízes nota-se diferenças para as saturações por
bases no pote 15.
Tabela 45. Análise de variância para magnésio (Mg) nos vários órgãos
da planta de Aechmea fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1 1,482 1,892 ** 17,556 * 0,462 2,601 * 0,012
Formas de aplicação (FA) 4 1,146 1,343 ** 6,213 4,740 0,275 0,073
V% x FA
4 1,352 0,714 * 14,871 * 1,201 0,836 0,188
Blocos 3 1,154 0,138 8,527 0,354 0,091 0,034 *
Erro 27 0,656 0,238 3,792 1,646 0,372 0,055
CV% - 24,46 15,62 15,91 12,94 28,39 13,06
Média geral
- 3,3 3,1 12,2 9,9 2,2 1,8
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
86
Na Tabela 46 nota-se que os teores de Mg nos órgãos da planta de A.
fasciata diminuíram com o desenvolvimento da planta. De forma geral houve uma redução de
6% do teor de Mg nas folhas, 30% no caule e, 22% nas raízes.
A concentração de Mg nas folhas variou de 2,4 a 4,9 g kg
-1
, uma
diferença de 100%, no caule de 8,7 a 14,6 g kg
-1
, uma variação de 68%, nas raízes houve uma
diferença de 1,5 a 3 g kg
-1
, 100% de variação.
Quando comparado o teor de Mg dos órgãos da planta com a massa
seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e, raízes (Tabela 30) observa-se que as folhas
foram responsáveis pelo acúmulo de 46% do total de Mg acumulado, o caule 47% e as raízes
apenas 7%.
Nota-se, para as folhas de forma geral, uma diminuição no teor de Mg
em todos os órgãos da planta com o aumento da saturação por bases e com o aumento no
volume aplicado de fertirrigação via sistema radicular. Houve também uma diminuição do teor
nos órgãos da planta conforme a cultura se desenvolveu, tal fato se deve ao efeito de diluição.
Pode-se observar na Tabela 46 que os melhores resultados para o teor
de Mg nas folhas, caule e raízes foram obtidos quando se cultivou a bromélia A. fasciata na
saturação por bases de 20%. Para a saturação de 20% nota-se que a aplicação de 100% da
solução nutriente via substrato foi a que apresentou maior teor de Mg nas folhas. Este fato
pode sugerir que o fornecimento do Mg via substrato deve ser incentivado, como forma de
melhorar a absorção desse nutriente pela planta. Também ocorreu interação entre os fatores,
onde os piores resultados foram obtidos quando se aplicou 100% da solução nutritiva tanto via
cisterna como via substrato, ambas na saturação de 40%.
No caule houve interação entre os fatores, onde para a saturação de
40% a aplicação de 75% da solução via cisterna e 25% via substrato apresentou o menor teor
de Mg.
87
Tabela 46. Concentração de magnésio nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 4,9 3,6 4,3 3,4 abA 2,4 aB 2,9 b
75/25 3,8 2,4 3,1 3,4 abA 3,1 aA 3,3 ab
50/50 3,0 3,1 3,1 2,7 bA 3,0 aA 2,9 b
25/75 2,7 3,5 3,1 2,9 bA 2,8 aA 2,9 b
0/100 3,8 3,1 3,5 4,3 aA 3,3 aB 3,8 a
Média 3,6 3,2 3,3 a 2,9 b
100/0
14,6 aA 12,8 aA 13,7 8,7 8,8 8,8
75/25
14,7 aA 9,4 aB 12,1 10,6 10,5 10,6
50/50
10,8 aA 11,7 aA 11,3 9,4 9,7 9,6
25/75
11,4 aA 12,9 aA 12,2 10,2 10,3 10,3
0/100
13,1 aA 11,1 aA 12,1 11,3 9,7 10,5
Média 12,9 a 11,6 ab 10 9,8
100/0
3,0 1,7 2,4 2,0 1,8 1,9
75/25
2,6 1,5 2,1 1,8 1,7 1,8
50/50
2,1 2,3 2,2 2,1 1,8 2,0
25/75
2,3 2,3 2,3 1,7 1,8 1,8
0/100
2,1 1,7 1,9 1,6 2,0 1,8
Média 2,4 a 1,9 b 1,8 1,8
Pote 15 Pote 17
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
------------------------------ g kg
-1
----------------------------
Parte da
Planta
Folhas
Caule
Raízes
Formas de
aplicação
6.11.6. Teores de enxofre nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
De acordo com a Tabela 47 nota-se que houve diferença significativa
no teor de enxofre (S) nas folhas para as diferentes formas de aplicação de fertirrigação tanto
no pote 15 como no 17. No caule as diferenças ocorreram somente no pote 17 para os fatores
saturação por bases e formas de aplicação. Nas raízes observa-se que houve diferenças entre as
88
saturações por bases tanto no cultivo em pote 15 como no 17. Também nas raízes ocorreu
interação entre os fatores no cultivo em pote 17.
Tabela 47. Análise de variância para enxofre (S) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases (V%)
1 0,049 0,0002 2,162 6,724 ** 0,420 ** 0,090 *
Formas de aplicação (FA)
4 0,095 ** 0,279 ** 0,846 0,862 * 0,009 0,020
V% x FA 4 0,014 0,009 0,782 0,339 0,020 0,087 *
Blocos 3 0,012 0,006 0,672 0,252 0,016 0,006
Erro 27 0,018 0,019 0,549 0,260 0,024 0,016
CV% - 9,64 9,37 15,26 10,29 11,14 10,26
Média geral
- 1,4 1,5 4,9 5,0 1,4 1,2
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
CV GL
QM QM QM
Folhas Caule Raízes
De forma geral, observa-se na Tabela 48 que com o desenvolvimento
da cultura houve um pequeno aumento no teor de S nas folhas e no caule, nas raízes ocorreu o
inverso.
O teor de S nas folhas variou entre 1,1 e 1,7 g kg
-1
(55% de variação),
no caule de 4,1 a 6,0 g kg
-1
(46% de variação) e nas raízes variou de 1,1 a 1,6 g kg
-1
(46% de
variação).
Ao comparar o teor de S nos órgãos de A. fasciata com a matéria seca
das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30) nota-se que as folhas foram
responsáveis pelo acúmulo de 45% do total de enxofre na planta, o caule também 45% e as
raízes 10%.
Na Tabela 48 pode se observar que de forma geral tanto para o período
de cultivo em pote 15 como no 17 os maiores teores de S nas folhas foram obtidos quando se
aplicaram nutrientes via cisterna independente do volume. Para ambas as saturações por bases
os teores de S foram iguais nas folhas de bromélia A. fasciata.
89
Tabela 48. Concentração de enxofre nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 1,4 1,4 1,4 a 1,5 1,6 1,6 a
75/25 1,6 1,4 1,5 a 1,6 1,6 1,6 a
50/50 1,4 1,4 1,4 a 1,6 1,7 1,7 a
25/75 1,5 1,4 1,5 a 1,6 1,5 1,6 a
0/100 1,3 1,1 1,2 b 1,2 1,2 1,2 b
Média 1,4 1,4 1,5 1,5
100/0
5,5 5,2 5,4 5,4 4,6 5,0 ab
75/25
5,7 4,1 4,9 5,2 4,9 5,1 ab
50/50
4,5 4,6 4,6 6,0 4,5 5,3 a
25/75
5,1 4,8 5,0 5,5 4,8 5,2 a
0/100
4,7 4,5 4,6 4,9 4,0 4,5 b
Média 5,1 4,6 5,4 a 4,6 b
100/0
1,6 1,2 1,4 1,4 aA 1,2 abB 1,3
75/25
1,5 1,3 1,4 1,2 abA 1,2 abA 1,2
50/50
1,5 1,3 1,4 1,4 abA 1,1 bB 1,2
25/75
1,5 1,4 1,5 1,3 abA 1,2 abA 1,3
0/100
1,4 1,3 1,4 1,2 bB 1,4 aA 1,3
Média 1,5 a 1,3 b 1,3 a 1,2 b
Pote 15 Pote 17
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Raízes
Caule
----------------------------- g kg
-1
----------------------------
Folhas
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
No caule os maiores teores de S foram obtidos na saturação por bases
de 20% e quando se aplicou solução nutritiva via cisterna independente do volume. Nas raízes
os melhores resultados foram obtidos também na menor saturação por bases tanto para o pote
15 como o 17. No pote 17 houve interação entre os fatores saturação por bases e as formas de
aplicação da fertirrigação, onde os melhores tratamentos foram a aplicação de 100% da
solução nutritiva via cisterna na saturação de 20% e quando se aplicou 100% do volume via
sistema radicular para a saturação de 40%.
90
6.11.7. Teores de boro nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função
dos tratamentos
No quadro de análise de variância (Tabela 49) para os teores de boro
(B) nos órgãos da planta da bromélia A. fasciata pode-se notar diferenças significativas nos
teores em folhas para as saturações por bases no cultivo em pote 15 e 17. Para as formas de
aplicação houve diferença significativa no pote 15. No caule foram notadas diferenças no pote
15 para os fatores saturação por bases e formas de aplicação. Nas raízes somente ocorreram
diferenças para as saturações por bases no pote 15.
Tabela 49. Análise de variância para boro (B) nos vários órgãos da planta de Aechmea fasciata
em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17
Saturação por Bases
1 102,400 ** 600,625 ** 102,400 ** 2,025 570,025 ** 46,225
(FA) 4 56,000 ** 2,812 130,412 ** 11,337 44,462 30,437
V% x FA
4 4,15 12,812 18,837 11,712 24,087 13,787
Blocos 3 7,066 3,491 5,766 5,025 10,758 17,758
Erro 27 11,325 6,917 8,118 3,099 18,425 22,406
CV% - 11,22 13,23 15,36 10,85 13,97 17,95
Média geral
- 30 20 19 16 31 26
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
De forma geral, comparando o teor de B nos diferentes órgãos da
planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30)
percebe-se que as folhas foram responsáveis por 66% do total de boro acumulado, o caule
14% e as raízes 21%.
Na Tabela 50 pode-se observar que no pote 15 os maiores teores de B
foram obtidos no cultivo na saturação por bases de 20%. No pote 17 pode se observar que
plantas cultivadas na saturação por bases de 40% apresentaram um maior teor de B nas folhas.
91
Nas folhas de plantas do pote 15 e no caule de plantas do pote 17 nota-
se que os maiores teores de B ocorreram quando foram aplicados nutrientes via cisterna
independente do volume.
Tabela 50. Concentração de boro nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0
31
30
31 ab
17
23
20
75/25
33
30
32 a
17
25
20
50/50
36
31
34 a
17
25
20
25/75
30
27
29 ab
17
24
21
0/100
28
25
27 b
17
21
19
Média
32 a
29 b
17 b
24 a
100/0
22
18
20 b
20
16
18 a
75/25
25
24
25 a
18
16
18 a
50/50
23
16
20 b
17
16
17 ab
25/75
19
13
16 bc
15
16
16 ab
0/100
13
14
14 c
14
16
15 b
Média
20 a
17 b
17
16
100/0
34
28
31
28
26
27
75/25
32
29
31
29
31
30
50/50
37
31
34
24
28
26
25/75
36
26
31
23
27
25
0/100
34
21
28
23
26
25
Média
35 a
27 b
25
28
Pote 15 Pote 17
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Raízes
Caule
------------------------------ mg kg
-1
--------------------------------
Folhas
No caule pode-se observar que no pote 15 o maior teor de B foi obtido
quando se aplicou a combinação de 75% da solução nutritiva via cisterna e 25% via sistema
radicular. De forma geral, tanto no pote 15 como no 17 os maiores teores de B no caule
ocorreram quando houve aplicação de fertirrigação via cisterna.
92
Observa-se na Tabela 50 que o teor de B nas diferentes partes da
planta diminui com o desenvolvimento da cultura. A diminuição do teor de B nas folhas entre
o cultivo em pote 15 e pote 17 pode ter sido causado segundo Camargo & Silva (1975) por
altas concentrações de nitrogênio nítrico ou amoniacal aplicadas no meio de cultivo que
reduzem os teores de boro nas folhas, ocorrendo antagonismo N/B no substrato. Tal fato
também pode ter ocorrido na planta se o substrato estiver com altos teores de potássio o que
pode levar a um aumento na adsorção de boro (Hadas & Hagin, 1972). Entretanto, o boro é um
nutriente imóvel, não podendo ser translocado pela planta, assim outra hipótese seria o efeito
diluição, onde a planta obteve um aumento em sua massa e uma menor absorção de B
resultando em um menor teor de B.
De acordo com Garavito & Leon (1978) a deficiência de umidade no
meio de cultivo dificulta a mineralização da matéria orgânica, diminuindo a liberação do boro
nela contido a quase zero. A diminuição na quantidade de água no substrato reduz o teor de
boro prontamente disponível para a planta e ainda quando ocorre secamento do substrato o
boro pode ser fortemente fixado. Entretanto, observa-se na Tabela 46 que ao se aumentar a
umidade no substrato os teores de boro diminuíram, tal fato comprova que a cisterna da
bromélia A. fasciata possui capacidade ímpar de absorver nutrientes, assimilando maior
quantidade de boro do que via sistema radicular.
6.11.8. Teores de cobre nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função
dos tratamentos
Na Tabela 51 observa-se que houve diferenças significativas na
concentração de cobre (Cu) para as saturações por bases nas folhas e caule no pote 17 e nas
raízes no pote 15. Para as diferentes formas de aplicação da fertirrigação houve diferença
significativa tanto no pote 15 como no 17 para as folhas e caule e, somente as raízes no pote
15.
93
Tabela 51. Análise de variância para cobre (Cu) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases
1 1,600 13,225 ** 0,100 11,025 * 126,025 ** 3,025
(FA) 4 1,100 ** 2,662 ** 11,712 ** 7,412 ** 14,650 * 1,900
V% x FA
4 0,600 0,912 3,787 0,837 13,650 * 9,150
Blocos 3 0,166 0,158 3,000 3,358 6,758 1,491 **
Erro 27 0,259 0,399 1,796 1,654 4,869 0,973
CV% - 8,86 10,66 13,27 12,05 22,01 11,64
Média geral
- 6 6 10 11 10 9
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
Pode-se observar na Tabela 52 os teores de cobre nos órgãos da planta
nas diferentes épocas de cultivo.
Segundo a Tabela 52 o teor de Cu nas folhas se manteve constante
com o desenvolvimento da planta entre o pote 15 e o 17. No caule houve um aumento de 10%
no teor, já nas raízes ocorreu uma redução de 10% na concentração de cobre.
Nota-se que o caule foi o órgão com maior teor de cobre.
Nas folhas os melhores resultados foram obtidos quando se aplicou
75% do volume de fertirrigação via cisterna e 25% via substrato no cultivo em pote 15 e, para
o pote 17 quando houve aplicação de solução nutritiva via cisterna independente do volume.
No caule os melhores resultados foram obtidos quando se aplicou de
50 a 100% do volume de fertirrigação via cisterna no pote 15 e, no pote 17 quando se aplicou
qualquer volume de fertirrigação via cisterna.
De forma geral, comparando o teor de Cu nos diferentes órgãos da
planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30) nota-se
que as folhas foram responsáveis por 50% do total de cobre acumulado, o caule 28% e as
raízes 22%.
Segundo Mengel & Kirkby (1982) os teores de cobre na matéria seca
de plantas variam, normalmente, de 2 a 20 mg kg
-1
, raramente excedendo 10 mg kg
-1
.
Conquanto pode-se notar que o caule de A. fasciata apresentou teores de até 13 mg kg
-1
de
cobre, sendo o caule o principal dreno de cobre para esta espécie de bromélia.
94
Tabela 52. Concentração de cobre nas folhas, caule e no sistema
radicular de plantas de bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da
saturação por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2
Média
V1 V2 Média
100/0 6 6 6 b 8 5 7 a
75/25 6 7 7 a 7 6 7 a
50/50 6 6 6 b 7 5 6 ab
25/75 6 6 6 b 6 5 6 ab
0/100 6 5 6 b 4 5 5 c
Média 6 6 6 a 5 b
100/0
10 11 11 ab 13 11 12 a
75/25
11 12 12 a 11 10 11 ab
50/50
11 10 11 ab 11 10 11 ab
25/75
9 10 10 c 11 11 11 ab
0/100
10 8 9 c 10 9 10 b
Média 10 10 11 a 10 b
100/0
13 abA 7 aB 10 ab 10 8 9
75/25
14 abA 9 aB 11 ab 8 7 8
50/50
15 aA 9 aB 12 a 9 9 9
25/75
9 bA 9 aA 9 b 7 10 9
0/100
9 bA 8 bA 9 b 8 10 9
Média 12 a 8 b 8 9
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas
comparam as formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
------------------------- mg kg
-1
------------------------
Pote 17
Raízes
Caule
Folhas
Pote 15
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
A elevação do pH por meio da prática da calagem tende diminuir a
disponibilidade de cobre para as plantas, onde se pode observar que na saturação por bases de
20% ocorreram maiores teores de cobre.
O teor de umidade no substrato também afeta diretamente a
disponibilidade de cobre para a planta (Sillanpää, 1980), entretanto quando não se aplicou
95
água e nutrientes no substrato a bromélia A. fasciata conseguiu suprir a falta de cobre por
meio da absorção via cisterna.
6.11.9. Teores de ferro (Fe) nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
Na Tabela 53 pode-se observar que houve diferença significativa nas
folhas para as diversas saturações por bases tanto no pote 15 como no 17. No pote 15 e 17
ocorreu interação entre os fatores. No caule ocorreu diferença significativa para as saturações
por bases, formas de aplicação e interação entre os fatores no cultivo em pote 15. Nas raízes
também houve diferença significativa para as saturações por bases, formas de aplicação e
interação entre os fatores no cultivo em pote 15, e para o pote 17 foram notadas diferenças
para as formas de aplicação da fertirrigação e a interação entre os fatores saturação por bases e
formas de aplicação.
De modo geral pode-se notar na Tabela 55 que durante o
desenvolvimento da planta entre os potes 15 e o 17 houve uma diminuição no teor de Fe nas
folhas em média 30%, no caule 4% e nas raízes 34%.
Tabela 53. Análise de variância para ferro (Fe) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17 (F)
Saturação por Bases
1 39375,63 * 106399,22 ** 44089,6 ** 20340,1 12372112,9 ** 616280,62
(FA) 4 12807,65 7627,78 58262,78 ** 56049,41 733974,27** 1103505,21 **
V% x FA
4 22629,50 * 14084,91 * 63870,16 ** 17439,53 479687,52** 1052708,43 **
Blocos 3 11279,29 5597,69 3341,26 121594,7 73861,36 51745,49
Erro 27 6597,29 3963,5 2831,67 38361,03 58173,88 204929,45
CV% - 18,46 20,13 14,00 53,36 12,52 24,32
Média geral - 440 313 380 367 2830 1861
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
96
Comparando o teor de Fe nos diferentes órgãos da planta com a massa
seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30) percebe-se que as folhas
foram responsáveis por 35% do total de Fe acumulado na planta, o caule 10% e as raízes 55%.
O alto teor de Fe nas raízes pode ser decorrente de uma contaminação no momento de
lavagem das mesmas.
Na Tabela 54 percebe-se que nas folhas para o período em pote 15 e 17
os maiores teores de ferro (Fe) foram obtidos quando se cultivou a bromélia A. fasciata na
saturação por bases de 40%. Para a interação entre os fatores saturação por bases e formas de
aplicação no pote 15 observa-se que na saturação de 20% o único tratamento que diferiu dos
demais foi no qual se aplicou 75% da solução nutritiva via cisterna e 25% via sistema
radicular. No pote 17 para a saturação de 20% o maior teor foi encontrado no tratamento em
que se aplicou 100% da solução via substrato. Tanto para o pote 15 como no 17 não houve
interação para a saturação de 40%.
No cultivo em pote 15 o maior teor de Fe no caule foi observado
quando se cultivou a bromélia A. fasciata na saturação de 20% e quando se aplicou 50% da
fertirrigação via cisterna e 50% via substrato. Na saturação por bases de 40% foi observado
um maior teor de Fe quando se aplicou 75% da solução nutritiva via cisterna e 25% via
substrato. Nas plantas cultivadas no pote 15 os maiores teores de Fe nas raízes ocorreram na
saturação por bases de 20% e quando se aplicou 50% da solução via cisterna e 50% da solução
via substrato. Houve interação entre os fatores no cultivo em pote 15, onde o maior teor para a
maior saturação por bases foi obtido quando se aplicou 50% da fertirrigação via cisterna e
50% via substrato. No pote 17 os maiores teores de Fe foram observados quando se aplicou as
formas de aplicação de 25% da solução via cisterna e 75% via sistema radicular; e 100% via
substrato.
Pode-se observar a interação entre os fatores para o pote 17, onde na
menor saturação os maiores teores foram obtidos quando se aplicou o volume de 50 a 100%
do volume de fertirrigação via cisterna, e para a saturação de 40% foi observada a maior
concentração quando se aplicou 100% da solução via sistema radicular.
97
Tabela 54. Concentração de ferro nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 dia
100/0 337 aA 454 abA 396 249 abA 296 aA 273
75/25 370 aB 582 aA 476 221 bB 361 aA 291
50/50 459 aA 518 abA 489 220 bB 422 aA 321
25/75 435 aA 407 bA 421 263 abB 398 aA 331
0/100 442 aA 397 bA 420 355 aA 345 aA 350
Média 409 b 472 a 262 b 364 a
100/0
400 bcA 338 bA 369 bc 502 510 506
75/25
332 cdB 532 aA 432 ab 254 464 359
50/50
611 aA 373 bB 492 a 310 321 316
25/75
448 bA 226 cB 337 cd 281 299 290
0/100
276 dA 266 bcA 271 d 376 354 365
Média 413 a
347 b
345 390
100/0
3363 bcA 1725 cB 2544 b 1961 aA 1647 bcA 1804 ab
75/25
3568 abA 2704 aB 3136 a 1349 aA 1195 cA 1272 b
50/50
3979 aA 2375 abB 3177 a 2057 aA 1707 bcA 1882 ab
25/75
2954 cA 2430 abB 2692 b 1686 aB 2562 abA 2124 a
0/100
3067 cA 2136 bcB 2602 b 1632 aB 2815 aA 2224 a
Média 3386 a 2274 b 1737 1985
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as formas de
aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
------------------------------- mg kg
-1
-----------------------------
Pote 15 Pote 17
Raízes
Caule
Folhas
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Comparando os teores de ferro na bromélia A. fasciata com teores
descritos por Carlucci, Haag & Bellote (1989) para orquídeas como Cattleyas e Laelias que
também são espécies epífitas, onde nas folhas de Cattleyas a concentração de Fe variou de 728
a 749 mg kg
-1
e para Laelias de 360 a 716 mg kg
-1
. No pseudocaule o teor de Fe para Cattleyas
variou de 1138 a 1258 mg kg
-1
e para Laelias de 1330 a 1491 mg kg
-1
. Tais teores demonstram
que a bromélia A. fasciata é uma planta epífita que absorve pouco ferro comparado com outras
epífitas. Entretanto a bromélia também apresentou maiores teores na raiz do que nas folhas.
98
Conforme aumentou a umidade do substrato por meio dos volumes
aplicados de fertirrigação ocorreu aumento no teor de ferro observado no pote 17 na folha e
raiz. Sabe-se que com o aumento da umidade no solo ocorre a passagem de Fe
+3
para Fe
+2
que
se apresenta solúvel para as plantas, diferente do Fe
+3
.
6.11.10. Teores de manganês nos vários órgãos de planta de A. fasciata em
função dos tratamentos
Na Tabela 55 pode-se observar que houve diferenças significativas
para as saturações por bases no pote 15 para as folhas e raízes. Para as formas de aplicação de
fertirrigação ocorreram mudanças significativas nas folhas e no caule no período de cultivo em
pote 15. Nota-se que de forma geral houve uma diminuição no teor de manganês nos órgãos
de A. fasciata conforme a planta se desenvolveu. Nas folhas ocorreu uma redução de 24% no
teor de Mn do pote 15 para o 17, 23% no caule e 27% nas raízes.
Tabela 55. Análise de variância para manganês (Mn) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17
Saturação por Bases (V%) 1 2250,00 * 555,02 4,9 435,6 3115,22 ** 4,9
Formas de aplicação (FA)
4 1378,15 * 286,37 1077,41 * 314,83 258,08 337,02
V% x FA 4 1114,12 160,58 340,73 382,41 318,16 144,4
Blocos
3
1012,86 771,35 1724,03 ** 448,56 205,02 21,1
Erro 27 470,44 304,08 289,1 214,1 349,43 152,63
CV% - 22,57 23,81 17,25 19,16 22,6 20,14
Média geral - 96 73 99 76 83 61
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de probabilidade.
QM
Folhas Caule Raízes
CV GL
QM QM
Na Tabela 56 percebe-se que conforme se aumentou a saturação por
bases os teores de Mn nos órgãos da planta foram menores, este efeito era esperado, pois com
o aumento do pH ocorre diminuição da disponibilidade de Mn.
99
Houve diferença significativa nas folhas e no caule para as diferentes
saturações por bases onde os melhores resultados foram obtidos na menor saturação no cultivo
em pote 15.
Tabela 56. Concentração de manganês nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em mg kg
-1
de matéria seca, em função da saturação
por bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
100/0 122 108 115 a 81 76 79
75/25 122 71 97 ab 80 62 71
50/50 105 93 99 ab 64 66 65
25/75 71 86 79 b 73 72 73
0/100 98 86 92 ab 87 72 80
Média 104 a 89 b 77 70
100/0
91 100 96 ab 74 81 78
75/25
119 100 110 a 71 72 72
50/50
109 102 106 a 71 70 71
25/75
73 87 80 b 61 91 76
0/100
104 103 104 ab 89 84 87
Média 99 98 73 80
100/0
90 66 78 64 54 59
75/25
98 73 86 53 50 52
50/50
99 78 89 65 64 65
25/75
84 89 87 64 73 69
0/100
87 64 76 59 68 64
Média 92 a 74 b 61 62
Médias seguidas de mesma letra ou sem letras não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
----------------------------- mg kg
-1
---------------------------
Pote 15 Pote 17
Raízes
Caule
Folhas
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
Para as formas de aplicação houve diferenças para as folhas e caule
onde os piores resultados foram provenientes da aplicação de 25% do volume da fertirrigação
via cisterna e 75% via sistema radicular.
100
De forma geral comparando o teor de Mn nos diferentes órgãos da
planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30)
percebe-se que as folhas foram responsáveis por 65% do total de Mn acumulado na planta, o
caule 20% e as raízes 15%.
6.11.11. Teores de zinco nos vários órgãos de planta de A. fasciata em função
dos tratamentos
Na Tabela 57 pode-se observar que houve diferença significativa nas
folhas para as formas de aplicação da fertirrigação tanto no pote 15 como no 17 e, no pote 17
ocorreu interação entre os fatores. No caule ocorreu diferença somente para as formas de
aplicação no pote 15.
Tabela 57. Análise de variância para zinco (Zn) nos vários órgãos da planta de Aechmea
fasciata em função dos tratamentos.
Pote 15 (F) Pote 17 (F) Pote 15 (F) Pote 17 Pote 15 (F) Pote 17
Saturação por Bases
1 5,625 1,225 390,625 67,60 2205,22 ** 19,60
(FA) 4 19,437 ** 5,025 308,787 * 19,225 312,78 291,15
V% x FA
4 6,562 38,725 ** 219,562 86,975 197,53 214,85
Blocos 3 64,091 19,358 439,825 387,366 219,82 102,30
Erro 27 4,684 8,210 100,936 171,014 245,62 217,87
CV% - 9,89 13,83 21,34 27,22 27,29 29,03
Média geral
- 22 21 47 48 57 49
CV = Coeficiente de variação; GL = Grau de liberdade; QM = Quadrado médio; F = Teste F; ** = Significativo a 1% e * = a 5% de
probabilidade.
QM
Folhas Caule Rzes
CV GL
QM QM
Não houve diferença significativa para saturação por bases e as formas
de aplicação da fertirrigação nas folhas para o período em pote 17. Houve interação entre os
fatores no pote 17 para as folhas (Tabela 58), onde para a saturação de 20% destaca-se o
tratamento onde se aplicou 100% da solução nutritiva via substrato e para a saturação de 40%
o melhor resultado foi obtido quando se aplicou 25% da fertirrigação via cisterna e 75% via
substrato.
101
Tabela 58. Concentração de zinco nas folhas, caule e no sistema radicular de plantas de
bromélia (Aechmea fasciata), em g kg
-1
de matéria seca, em função da saturação por
bases e formas de aplicação da fertirrigação em duas épocas de avaliação.
Botucatu/SP, 2008.
V1 V2 Média V1 V2 Média
1 24 23 24 a 22 abA 19 aA 20
2 23 21 22 ab 20 bA 21 aA 20
3 22 24 23 a 19 bA 22 aA 20
4 21 21 21 ab 19 bA 23 aA 21
5 21 19 20 b 26 aA 19 aB 22
Média 22 22 21 21
1 54 49 52 ab 49 49 49
2 62 45 54 a 50 49 50
3 55 41 48 ab 45 53 49
4 33 42 38 b 41 52 47
5 47 45 46 ab 49 44 47
Média 50 44 47 49
1 60 50 55 47 39 43
2 76 51 64 49 39 44
3 76 53 65 51 54 53
4 51 64 58 50 65 57
5 62 46 54 46 52 49
Média 65 53 48 50
----------------------------- mg kg
-1
----------------------------
Médias seguidas de letras maiúsculas comparam diferentes saturações por bases, letras minúsculas comparam as
formas de aplicação. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Folhas
Caule
Raízes
Pote 15 Pote 17
Parte da
Planta
Formas
de
aplicação
No caule ocorreu diferença para as formas de aplicação no pote 15,
onde o melhor resultado foi obtido quando se aplicou 75% da solução nutritiva via cisterna e
25% via sistema radicular.
De forma geral comparando o teor de Zn nos diferentes órgãos da
planta com a massa seca das folhas (Tabela 26), caule (Tabela 28) e raízes (Tabela 30)
percebe-se que as folhas foram responsáveis por 43% do total de Zn acumulado na planta, o
caule 28% e as raízes 29%.
102
A disponibilidade de zinco é diretamente afetada pelo pH, onde quanto
maior o pH menor é a disponibilidade (Ferreira & Cruz, 1991). Para a saturação por bases de
40% a planta absorveu menores teores de zinco, onde segundo Cavallaro & Mcbride (1984)
para a faixa de pH entre 5 e 7, cerca de 95% do zinco se encontra fixado.
Lucas & Knezek (1972) citam que maiores intensidades de luz
estimulam a uma maior absorção de zinco pela planta, desta maneira a baixa luminosidade no
ambiente de cultivo da A. fasciata pode ser um fator para a baixa absorção do micronutriente.
103
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visualmente, os vasos que receberam 100% da fertirrigação via
cisterna se mantiveram secos devido a coloração clara do substrato, e os que receberam o
volume total de solução apresentaram a casca-de-pinus com uma coloração marrom-escuro.
Com o aumento da umidade no substrato houve uma redução na
exploração radicular no recipiente, sendo um indicativo de que a bromélia A. fasciata não
tolera umidade próxima da capacidade de campo no meio de cultivo.
O máximo de volume de solução nutritiva que a planta conseguiu reter
foi no pote 15, 75 ml e no pote 17, 120 ml.
O menor ângulo de tombamento das mudas ocorreram a partir de 75%
via cisterna e 25% via substrato.
A utilização do cloroflilômetro SPAD-502 na bromélia, como
indicativo de clorofila das folhas demonstrou ser uma ferramenta adequada, mesmo com a
grande quantidade de escamas sobre as folhas.
Com a aplicação do volume adequado da fertirrigação, com a máxima
quantidade de água que a planta conseguia reter nos diferentes estádios de seu
desenvolvimento, ocorreu uma economia de 40% de água e fertilizantes em relação a lâmina
aplicada pelo produtor. Tal fato reflete diretamente na parte financeira da produção de
bromélias, devido a economia de água, energia e insumos, promovendo redução do custo de
produção e, possibilitando maior lucratividade.
Pode-se recomendar de forma prática, o cultivo da bromélia A. fasciata
em substrato com saturação de 20% e com a aplicação da fertirrigação via aspersão num
104
volume que encha a cisterna e possibilite o escorrimento de 25% do volume da solução
nutritiva para o recipiente em cada época de cultivo.
105
8. CONCLUSÃO
O estudo mostrou que plantas cultivadas no substrato em saturação por
bases de 20% e que receberam aplicação de solução contendo nutrientes 100% via cisterna ou
75% via cisterna e 25% via substrato, apresentaram melhor resultado para os parâmetros de:
altura de plantas, área foliar total, índice de cor verde, massa seca total, exploração radicular
no recipiente de cultivo, e concentrações de nutrientes (P, K, S, e Cu).
106
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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