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Portanto, observa-se que o número de matrículas de alunos com
necessidades educacionais especiais nas escolas da rede federal ainda é pouco
expressivo, fato que pode estar relacionado às condições de acesso desta população
nessas instituições, visto que só podem ingressar através de exame seletivo.
Além disso, observa-se que o número de alunos por escola variou
bastante, indicando ainda a concentração de matrículas em algumas poucas unidades.
Na verdade, apenas quatro das 29 escolas (E4, E5, E19 e E24) concentraram cerca de
71% do total das 379 matrículas de alunos com deficiências, porém, em cursos de
formação inicial e continuada. Considerando-se que em oito das 29 escolas não foram
notificados nenhuma matrícula de alunos com deficiência (E7, E14, E16, E18, E20,
E22, E23 e E29) e em uma das escolas o coordenador do núcleo não soube informar
(E10), conclui-se que o restante das matrículas estiveram pulverizadas nas demais
escolas.
Em relação ao número significativo de alunos nos cursos de formação
inicial e continuada, podemos constatar o que nos mostra a história dos primórdios da
Educação Profissional, ou seja, cursos de qualidade inferior para as classes menos
favorecidas e excluídas da sociedade.
Caber ressaltar, entretanto, que houve um avanço no número de escolas
com matrículas de alunos com deficiência mental, pois apenas três escolas (E1, E9 e
E28) informaram matrículas deste tipo de aluno antes do programa, e em 2005 este
número ampliou para nove escolas (E1, E4, E5, E13, E15, E19, E25, E27 e E28).
Por outro lado, houve uma diminuição no número de escolas com
matrículas de alunos com deficiência física, pois antes do programa eram 14 escolas
(E1, E2, E4, E5, E8, E9, E11, E12, E13, E19, E21, E27, E28, E29) e em 2005 passaram
a ser 11 as escolas com matrículas deste tipo de aluno (E1, E4, E5, E8, E9, E11, E12,
E13, E21, E27, E28).
No caso de alunos com deficiência auditiva, antes do programa havia
matrículas deles em oito escolas (E1, E2, E4, E9, E11, E17, E21 e E24) e em 2005 eles
se concentravam em dez escolas (E2, E4, E5, E8, E12, E17, E24, E25, E26 e E28).
O número de escolas com matrículas de alunos com deficiência visual
era igual a sete antes do programa (E4, E8, E9, E11, E13, E17, e E19), e aumentou para
nove escolas em 2005 (E1, E3, E4, E5, E6, E13, E17, E25 e E28).
Registra-se ainda o aparecimento em 2005 de uma escola com uma única
matrícula de um aluno classificado na categoria de portador de condutas típicas.