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UFRRJ
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CIÊNCIA DO SOLO
TESE
Desempenho Agronômico e Alterações
Morfofisiológicas de Hortaliças Submetidas a
Sombreamento para o Cultivo Orgânico
com Faixas Intercalares
Viviane Fernandes Moreira
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CIÊNCIA DO SOLO
DESEMPENHO AGRONÔMICO E ALTERAÇÕES
MORFOFISIOLÓGICAS DE HORTALIÇAS SUBMETIDAS A
SOMBREAMENTO PARA O CULTIVO ORGÂNICO COM FAIXAS
INTERCALARES
VIVIANE FERNANDES MOREIRA
Sob a Orientação do Pesquisador
José Guilherme Marinho Guerra
e Co-orientação do Professor
Leonardo Oliveira Médici
Tese submetida como requisito parcial
para obtenção do grau de Doutor em
Ciências, no Curso de Pós-Graduação
em Agronomia, Área de Concentração
em Ciência do Solo.
Seropédica, RJ
Setembro de 2008
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ii
641.35
M838d
T
Moreira, Viviane Fernandes, 1977-
Desempenho agronômico e alterações
morfofisiológicas de hortaliças
submetidas a sombreamento para o cultivo
orgânico com faixas intercalares /
Viviane Fernandes Moreira – 2008.
117f. : il.
Orientador: José Guilherme Marinho
Guerra.
Tese (doutorado) Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Curso de
Pós-Graduação em Agronomia.
Inclui bibliografias
1. Hortaliças - Cultivo Teses. 2.
Rúcula Adubos e fertilizantes Teses.
3. Alface Adubos e fertilizantes
Teses. 4. Rabanete - Adubos e
fertilizantes - Teses. 5. Agricultura
orgânica Teses. I. Guerra, Jo
Guilherme Marinho, 1958-. II.
Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro. Curso de Pós-Graduação em
Agronomia. III. Título.
É permitida a cópia parcial ou total desta tese, desde que seja citada a fonte.
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA - CIÊNCIA DO SOLO
VIVIANE FERNANDES MOREIRA
Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Ciências em
Agronomia no Curso de Pós-Graduação em Agronomia, área de Concentração em Ciência do
Solo.
TESE APROVADA EM 29/02/2008.
_________________________________________________
José Guilherme Marinho Guerra. Dr. Embrapa-Agrobiologia
(Orientador)
________________________________________
Leonardo Oliveira Médici. Dr. UFRRJ
Co-orientador
____________________________________________
Adriana Maria de Aquino. Dra. Embrapa-Agrobiologia
__________________________________________
Francisco Vilela Resende. Dr. Embrapa Hortaliças
________________________________________
Lucia Helena Cunha dos Anjos. Ph.D. UFRRJ
iv
Ao meu pai Valdecir de Araújo Moreira e a minha mãe Ana Lúcia Fernandes Moreira
por terem me proporcionado uma boa educação, permitindo o meu desenvolvimento e a
minha formação até os dias de hoje.
As minhas irmãs, aos meus avós, a minha tia Maria do Carmo de Araújo Fernandes e a
todos os meus familiares, pelo amor e compreensão.
Ao meu namorado Arison José Pereira, pela amizade, companheirismo e paciência.
E a todas as pessoas que acreditam em uma agricultura socialmente justa, tecnicamente
possível, ecologicamente correta e economicamente viável.
Dedico este trabalho
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me concedido a vida e estar presente em todos os momentos.
À Embrapa Agrobiologia, pelo aporte técnico, estrutural, financeiro e pessoal, que
possibilitou a realização deste trabalho.
À Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e seus Mestres, pelo apoio e
ensinamentos durante o decorrer do curso.
Ao Curso de Pós-graduação em Agronomia Ciência do Solo.
A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.
Aos pesquisadores orientadores, José Guilherme Marinho Guerra, Marcelo Grandi
Teixera, Raul de Lucena Duarte Ribeiro, Dejair Lopes de Almeida pela valorosa orientação
técnica e pessoal, contribuindo para a minha formação e conclusão deste trabalho.
Aos pesquisadores do CNPAB e da UFRRJ, Bruno, Dejair, Janaína, José Antonio,
José Ivo, Marcelo, Robert e Segundo, Gorete, Abboud, Lúcia Helena C. dos Anjos, Eduardo
Lima, pelos ensinamentos científicos.
A todos os funcionários de campo e de laboratórios da Embrapa Agrobiologia, pois
sem os serviços, o carinho e a atenção deles, seria impossível a realização deste trabalho.
Aos meus colegas de trabalho e amigos: Ilzo Arthur, Aijânio, Silver, Hernandes,
Priscila, Ana Paula e Vinícius, por terem feito parte da minha história e deste trabalho,
contribuindo para a minha formação.
Em especial a todos os meus familiares pelo amor, carinho, compreensão e dedicação.
vi
BIOGRAFIA
Viviane Fernandes Moreira, nascida em 02 de fevereiro de 1977, em Belo Horizonte,
Minas Gerais, filha de Valdecir de Araújo Moreira e Ana Lúcia Fernandes Moreira. Graduou-
se em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em
fevereiro de 2001. Durante a graduação, estagiou nos Departamentos de Ciências
Fisiológicas e Genética da UFRRJ, onde obteve seu primeiro contato com a área de pesquisa.
Em abril de 1998, ingressou como estagiária na Empresa de Pesquisa agropecuária do Estado
do Rio de Janeiro PESAGRO RIO/ Estação experimental de Itaguaí/ Área de Olericultura,
onde desenvolveu atividades relacionadas a controle biológico de doenças e produção de
caldas alternativas para o controle de pragas e doenças. Finalizou o Curso de Mestrado em
Agronomia, Ciência do Solo, em março de 2003, começando o doutorado em 2004, na mesma
instituição e departamento.
vii
RESUMO GERAL
MOREIRA, Viviane Fernandes. Desempenho agronômico e alterações morfofisiológicas
de hortaliças submetidas a sombreamento para o cultivo orgânico com faixas
intercalares. 2008. 117f. Tese (Doutor em Agronomia, Ciência do Solo). Instituto de
Agronomia, Departamento de Solos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica, RJ, 2008.
Os objetivos deste trabalho foram avaliar o efeito de diferentes níveis de sombreamento em
características morfofisiológicas de rúcula [Eruca sativa (Mill.)], rabanete (Raphanus sativus
L.) e alface lisa e crespa (Lactuca sativa L.), cultivada no inverno e primavera, e alface crespa
(Lactuca sativa), cultivada no inverno e verão, e analisar o comportamento destas hortaliças,
sob manejo orgânico, no sistema de cultivo em faixas intercalares com crotalária (Crotalaria
juncea L.). Os experimentos foram instalados no município de Seropédica, no Sistema
Integrado de Produção Agroecológica (SIPA - “Fazendinha Agroecológica km 47”), no
município de Seropédica, Rio de Janeiro. No primeiro experimento, conduzido em um
Planossolo, o delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com 4 tratamentos
e 4 repetições. Os tratamentos constaram de quatro níveis de sombreamento (30%, 50% e
70% de restrição da radiação solar, e a testemunha a pleno sol), obtidos artificialmente por
meio de armações galvanizadas em formato semicircular (túneis baixos) revestidas com
sombrite. Os resultados demonstraram que em rúcula e alface lisa (plantio de primavera e
inverno), o aumento dos teores de clorofila a e b, da altura, do número de folhas, da área foliar
específica e total, em função do aumento do nível de sombreamento, não foram suficientes
para promover aumento de matéria seca e fresca da parte aérea e, assim, estimular o
crescimento das plantas. No rabanete, embora o aumento do nível de sombreamento tenha
estimulado alterações morfofisiológicas na planta, que resultaram em maior produção de
matéria seca e fresca da parte aérea, estas modificações não compensaram a redução do
diâmetro, da produção de matéria fresca e seca, e produtividade de raízes. As alfaces crespas,
cultivadas no verão e no inverno, apresentaram acréscimo na produção de matéria fresca da
parte aérea até os níveis de 25% e 32% de sombreamento, respectivamente. Quando cultivada
no verão, mostrou aumento da produção de matéria seca até o nível de 22% de sombreamento.
Os resultados comprovam a capacidade adaptativa da alface crespa (plantio de verão) às
condições utilizadas de restrição solar. O segundo experimento foi conduzido em um
Argissolo Vermelho-Amarelo, série Itaguaí, adotando-se o delineamento experimental de
blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com 4 tratamentos e 4 repetições. Os
tratamentos constaram do cultivo de hortaliças na ausência e presença de faixas intercalares
de crotalária e de cobertura morta, formada pela palhada desta leguminosa. A produção de
matéria fresca e seca da parte aérea da rúcula e a produção de matéria fresca da raiz do
rabanete não foram influenciadas pelas faixas intercalares e pela cobertura morta. A presença
de cobertura morta contribuiu para redução do número de plantas e diâmetro de raiz do
rabanete e a maior produção de matéria seca foi observada no tratamento presença de faixas e
ausência de cobertura morta. A produção de matéria fresca da alface lisa e crespa foi
influenciada positivamente pela presença de cobertura morta, enquanto que a produção de
matéria seca da alface lisa foi beneficiada e da alface crespa foi prejudicada pela presença das
faixas intercalares de crotalária.
Palavras chave: Níveis de sombreamento. Hortaliças. Alterações morfofiológicas. Sistema de
faixas intercalares.
viii
GENERAL ABSTRACT
MOREIRA, Viviane Fernandes. Morphophysiological alterations and yeld of vegetables
submitted at different irradiance levels fot the organic cultivation in alley cropping
system. 2008. 117p. Thesis (Doctor Science in Agronomy, Soil Science) Instituto de
Agronomia, Departamento de Solos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica, RJ, 2008.
Shading effects on morphophisiological characteristics and performance under organic
cultivation with sunnhemp (Crotalaria juncea L.) hedgerows were evaluated on rocket plant
[Eruca sativa (Mill)], radish (Raphanus sativus L.) and butter head and crisp head lettuce
(Lactuca sativa L.), cultivated in different seasons. The experiments were carried out in
Seropédica municipality, Rio de Janeiro, Brazil, in the Integrated Agro ecological Production
System (IAPS Agro ecological farm, km 47”). In the first experiment, carried out on a
Fragiudult soil, treatments consisted of plants under four shading levels (30%, 50% and 70%
of reducing light and a control with plants kept at full sun), arranged in a complete
randomized block design with four replications. Shading was obtained artificially by means of
semicircular galvanized steel frames (low tunnel) covered with black screen (sombrite).
Although rocket plant and spring and winter butter head lettuce showed increase of
chlorophyll a and b content, height, leaf number and specific and total leaf area, caused by
shading levels, dry and fresh matter values were not sufficiently increased to improve plant
growth. In radish, plant morphophisiological changes induced by shading, promoted aerial dry
and fresh matter growth production. However, those modifications did not compensate
reductions in diameter, yield and dry and fresh matter production of roots. Summer and winter
crisp head lettuce presented augmented aerial fresh matter production at shading levels up to
25% and 32%, respectively. Crisp head lettuce planted in summer presented increases in dry
matter yield at shading levels up to 22%, denoting best conditions to adapt to sunlight
restrictions. The second experiment was conducted on an Ultisol, series Itaguai. Four
treatments were allocated in a complete randomized block design in a split-plot arrangement
with four replications. Treatments consisted of vegetables cropped with or without sunnhemp
hedgerows, and mulch with sunnhemp straw. Aerial dry and fresh matter production of rocket
plant and root fresh matter production of radish were not influenced by sunnhemp hedgerows
and by mulching. In radish, mulch contributed to reduction of plant number and root diameter
and the highest dry matter yield was obtained in the presence of sunnhemp hedgerows and
absence of mulching. Fresh matter production of butter head and crisp head lettuce was
positively affected by mulching, while sunnhemp hedgerows improved dry matter yield of
butter head lettuce and diminished dry matter production of crisp head lettuce.
Key words: Shading levels. Vegetables. Morphophisiological alterations. Hedgerows system.
ix
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL ......................................................................................................... 1
CAPÍTULO I - DESEMPENHO AGRONÔMICO E ALTERAÇÕES
MORFOFISIOLÓGICAS DE HORTALIÇAS SUBMETIDAS A DIFERENTES
NÍVEIS DE SOMBREAMENTO............................................................................................ 3
RESUMO ................................................................................................................................... 4
ABSTRACT............................................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 6
2 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 9
2.1 Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental. .............................. 9
2.2 Caracterização dos Experimentos e Delineamento Experimental. .................................... 9
2.3 Avaliações ....................................................................................................................... 21
2.3.1 Quantificação de pigmentos foliares fotossintetizantes. ........................................... 21
2.3.2 Parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças. ............................................. 22
2.3.3 Análises estatísticas................................................................................................... 22
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 23
3.1 Quantificação de Pigmentos Foliares Fotossintetizantes. ............................................... 23
3.2 Parâmetros Morfológicos e Produtivos das Hortaliças. .................................................. 29
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 41
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 42
CAPÍTULO II - DESEMPENHO AGRONÕMICO DE HORTALIÇAS NO SISTEMA
DE MANEJO ORGÂNICO COM FAIXAS INTERCALARES DE CROTALÁRIA..... 49
RESUMO ................................................................................................................................. 50
ABSTRACT............................................................................................................................. 51
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 52
2 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 54
2.1 Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental. ............................ 54
2.2 Caracterização dos Experimentos e Delineamento Experimental. .................................. 54
2.3 Avaliações ....................................................................................................................... 55
2.3.1 Determinação da biomassa aérea seca e análise química de tecido da crotalária. .... 55
2.3.2 Determinação da taxa de decomposição e liberação de nutrientes da cobertura morta
dos resíduos vegetais de crotalaria. ....................................................................................... 55
2.3.3 Teor de nutrientes presente no tecido vegetal das hortaliças. ................................... 56
2.3.4 Quantificação de pigmentos foliares fotossintetizantes. ........................................... 56
2.3.5 Parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças. ............................................. 57
2.3.6 Análise Estatística ..................................................................................................... 57
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 58
3.1 Produtividade de Biomassa Aérea Seca e Estoque de Nutrientes da Parte Aérea da
Crotalária. .............................................................................................................................. 58
3.2 Decomposição “in situ” dos Resíduos Vegetais da Parte Aérea de Crotalária. .............. 58
3.3 Teor de Nutrientes Presentes no Tecido Vegetal das Hortaliças..................................... 60
3.4 Quantificação de Pigmentos Foliares Fotossintetizantes. ............................................... 61
3.5 Parâmetros Morfológicos e Produtivos das Hortaliças. .................................................. 66
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 82
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 83
CONCLUSÕES FINAIS ........................................................................................................ 86
ANEXOS.................................................................................................................................. 87
INTRODUÇÃO GERAL
O cultivo de hortaliças no Estado do Rio de Janeiro é feito, predominantemente, em
pequenos estabelecimentos com características de produção familiar, mas com nível,
normalmente, avançado de utilização de tecnologias industrializadas, notadamente
fertilizantes sintéticos concentrados e agrotóxicos.
Entretanto, apesar da utilização destas inovações tecnológicas ter impulsionado a
produção de alimentos, a partir da revolução verde, o uso indiscriminado deste pacote
tecnológico, promoveu a degradação excessiva dos recursos naturais dos quais a agricultura
depende - o solo, reservas de água e a diversidade genética natural. Além disto, também
criaram dependência de combustíveis fósseis não renováveis e ajudaram a intensificar um
sistema que cada vez mais retira a responsabilidade de cultivar alimentos das mãos de
pequenos produtores e agricultores familiares (GLIESSMAN, 2001).
Contudo, atualmente, segundo NEVES et al. (2001) tem-se notado aumento do nível
de conscientização quanto às relações da agricultura com o meio ambiente, com os recursos
naturais e com a qualidade dos alimentos, o que vem gerando uma busca de soluções e
alternativas para os problemas gerados pelo uso intensivo e inadequado dos recursos naturais.
Neste contexto, a agricultura orgânica surge como uma alternativa em expansão a
nível mundial, que visa auxiliar o desenvolvimento rural, principalmente de comunidades de
agricultores familiares, em decorrência da baixa dependência por insumos externos, pela alta
conservação ambiental que proporciona e pelo aumento de valor agregado ao produto com
conseqüente aumento de renda do agricultor.
Entre as técnicas de manejo utilizadas na agricultura orgânica, destaca-se a adubação
verde, que consiste no plantio de espécies nativas ou introduzidas, cultivadas em rotação, ou
em consórcio, com culturas de interesse econômico, de forma a contribuir para a cobertura do
solo e fornecimento de nutrientes (COSTA et al., 1993). De acordo com DE-POLLI et al.
(1996) e ESPÍNDOLA et al. (1997), esta prática agrícola permite, de maneira geral, uma
melhoria das características químicas, físicas e biológicas do solo, além de conferir ao
agricultor uma certa autonomia em relação à disponibilidade de matéria orgânica (GUERRA
et al., 2004).
Os efeitos sobre as propriedades físicas estão relacionados, principalmente, a proteção
contra erosão e manutenção da estrutura do solo. Segundo IGUE (1984) a adubação verde
aumenta a estabilidade de agregados estáveis em água, aumenta a capacidade de retenção de
água, favorece a infiltração de água e troca de gases no solo.
Em relação às características químicas, pode-se dizer que a adubação verde está
relacionada às mudanças decorrentes da decomposição dos resíduos vegetais, com acúmulo
de matéria orgânica e nutriente no solo. A liberação de CO
2
e ácidos orgânicos durante a
decomposição do adubo verde favorecem a solubilização dos minerais no solo, alterando o pH
(liberação ou consumo de prótons durante a decomposição dos resíduos vegetais) através da
formação de ácidos orgânicos e das interações com fração mineral do solo (YAN et al., 1996),
contribuindo conseqüentemente, para diminuição dos efeitos tóxicos do alumínio
(KRETZSCHMAR et al., 1991).
A presença de adubos verdes auxilia, também, a atividade dos organismos do solo, o
que pode ser explicado através do fornecimento de resíduos vegetais que servem como fonte
de energia e nutrientes, além de reduzir as oscilações térmicas e de umidade do solo (FILSER,
1995; SIDIRAS et al., 1986), contribuindo para que estes organismos atuem na reciclagem de
nutrientes.
2
Conquanto espécies de várias famílias botânicas sejam cultivadas como adubos
verdes, destacam-se aquelas da família Leguminosae. As leguminosas, além de
proporcionarem benefícios similares aos obtidos com espécies de outras famílias, têm como
particularidade o fato de formarem associações simbióticas com bactérias fixadoras de
nitrogênio atmosférico dos gêneros Rhizobium e Bradyhizobium. Como resultado da simbiose,
quantidades expressivas desse nutriente, essencial às plantas cultivadas, tornam- se
disponíveis após o corte da leguminosa, acarretando, se adequadamente manejada, auto-
suficiência em N (GUERRA et al., 2004). Outra característica de grande importância nesta
família de plantas é a de apresentar baixa relação C:N quando comparada com plantas de
outras famílias (gramíneas, etc.). Este aspecto, aliado a grande presença de compostos
solúveis, favorece sua decomposição e mineralizacão por microorganismos do solo
(ZOTARELLI et al., 1997).
Embora a adubação verde seja de grande importância para as unidades de produção
agrícola, para os produtores, principalmente os pequenos produtores, a reserva de área para a
utilização desta técnica é limitada, fato decorrente do reduzido tamanho e intensiva
exploração de suas terras cultiváveis. Deste modo, uma alternativa viável seria a adoção do
cultivo consorciado entre um adubo verde e uma cultura de interesse econômico, como é o
caso do sistema de faixas intercalares (aléias).
Este sistema de plantio, também conhecido “alley cropping”, vem sendo comumente
praticado por pequenos produtores da África e da Ásia (WILSON & KANG, 1981; KANG et
al., 1984; VERGARA, 1982), visando, principalmente, a manutenção da fertilidade do solo e
o controle da erosão, além de ser considerado como alternativa para diversificação de renda
por produtores de madeira (JOSE & GILLESPIE, 1998).
Apesar das inúmeras vantagens apresentadas por este sistema, a utilização de espécies
arbóreas ou arbustivas modifica os fatores físicos deste ambiente, com principal relevância
para a radiação solar, que desempenha papel fundamental na regulação da produção primária,
contribuindo de forma efetiva para o crescimento das plantas (ONG et al, 1981; WILLEY &
REDDY, 1981).
Desta forma, o sucesso da adaptação de uma espécie a diferentes condições de
irradiância, está relacionado com a eficiência e velocidade com que os comportamentos
morfológicos e fisiológicos são ajustados. A maior ou menor adaptação das espécies a
diferentes condições de radiação solar depende do ajuste de seu aparato fotossintético, de
modo a garantir maior eficiência na conversão da energia radiante em carboidratos e,
conseqüentemente, maior crescimento (NAVES et al., 1994; DIAS-FILHO, 1997;
ALVARENGA et al., 1998; VILELA e RAVETA, 2000; CAMPOS & UCHIDA, 2002).
Face ao exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as alterações
morfofisiológicas de hortaliças cultivadas sob diferentes níveis de irradiância, visando o
cultivo orgânico em sistema de faixas intercalares de crotalaria (Crotalaria juncea).
3
CAPÍTULO I
DESEMPENHO AGRONÔMICO E ALTERAÇÕES
MORFOFISIOLÓGICAS DE HORTALIÇAS SUBMETIDAS A
DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO
4
RESUMO
O efeito de diferentes níveis de sombreamento foi avaliado em características
morfofisiológicas de rúcula [Eruca sativa (Mill)], rabanete (Raphanus sativus L.) e alface
(Lactuca sativa L.) lisa e crespa. Os experimentos foram instalados na baixada fluminense, no
município de Seropédica, no Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA-
Fazendinha Agroecológica km 47”), adotando-se o delineamento experimental de blocos ao
acaso com 4 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos constaram de três níveis de
sombreamento (30%, 50% e 70%), obtidos artificialmente por meio de armações galvanizadas
em formato semicircular (túneis baixos) revestidos de sombrite, mais um tratamento
testemunha (0% de sombreamento), no qual as plantas forma cultivadas a pleno sol. Os
resultados demonstraram que apesar da rúcula e da alface lisa (plantio de primavera e
inverno) terem apresentado alterações morfofisiológicas, em função do aumento do nível de
sombreamento, estas alterações não foram suficientes para promover aumento nos valores de
matéria seca e fresca e, assim, estimular o crescimento das plantas. No rabanete, o aumento do
nível de sombreamento estimulou alterações morfofisiológicas nas plantas, que resultaram em
maior produção de matéria seca e fresca da parte aérea. No entanto, estas modificações não
compensaram a redução do diâmetro, da produção de matéria fresca e seca, e da
produtividade de raízes. A alface crespa (plantio de inverno) apresentou aumento da produção
de matéria fresca até o nível de 25% de sombreamento. Este comportamento não foi
verificado na produção de matéria seca, embora a cultura tenha apresentado aumento do teor
de clorofilas. A alface crespa cultivada no verão foi à única hortaliça a se adaptar às condições
de restrição da radiação solar, apresentando alterações morfofisiológicas que levaram ao
aumento da produção de matéria seca e fresca até os níveis de 22% e 32% de sombreamento,
respectivamente.
Palavras chaves: Hortaliças. Níveis de sombreamento. Alterações morfofisiológicas.
5
ABSTRACT
Shading effects on morphophisiological characteristics of rocket plant [Eruca sativa (Mill)],
radish (Raphanus sativus L.) and butter head and crisp head lettuce (Lactuca sativa L.) were
examined. The experiments were carried out in Seropédica, Rio de Janeiro, Brazil, in the
Integrated Agro ecological Production System (IAPS Agro ecological farm, km 47”).
Treatments consisted of plants under three shading levels (30%, 50% and 70% of reducing
light) and control plants kept at full sun (0% shading), arranged in a complete randomized
block design with four replications. Shading was obtained artificially by means of
semicircular galvanized steel frames (low tunnel) covered with black screen (“sombrite).
Although rocket plant and spring and winter butter head lettuce showed morphophisiological
alterations caused by shading levels, dry and fresh matter values were not sufficiently
increased to improve plant growth. In the radish, plant morphophisiological changes induced
by shading promoted above-ground dry and fresh matter highest production. However, those
modifications did not compensate reductions in diameter, yield and dry and fresh matter
production of roots. Winter crisp head lettuce showed enhanced chlorophyll content and fresh
matter production at shading levels up to 25%. This pattern was not verified in the dry weight
production. Crisp head lettuce planted in summer presented increases in dry and fresh matter
yield at shading levels up to 22% and 32%, respectively, denoting best conditions to hold
sunlight restrictions.
Key words: Vegetables. Shading levels restriction. Morpho-physiologic alterations.
6
1 INTRODUÇÃO
A vida na Terra é mantida por um fluxo de radiação proveniente do sol e que por meio
do processo fotossintético é fixada em energia química potencial, onde é utilizada por todos
os componentes da cadeia alimentar para seus processos vitais (RAVEN et al., 1996).
Para as espécies vegetais, a radiação solar, além de ser utilizada como fonte de
energia, é também um estímulo que vai governar o desenvolvimento das plantas de inúmeras
formas, por meio dos processos de fotoestimulação da biossíntese (por exemplo, a formação
de clorofila, síntese enzimática, etc.), de fototropismo e fotoindução, atuando na estrutura da
planta a nível sub-celular (diferenciação do cloroplasto, por exemplo) e a nível celular e de
órgãos (fotomorfogênese) (LARCHER, 2000). Sendo assim, modificações nos níveis de
radiação solar (excesso ou restrição) a que uma espécie é submetida, podem funcionar como
fator de estresse, acarretando diferentes respostas fisiológicas e morfológicas, além de
bioquímicas e anatômicas (ATROCH et al., 2001), as quais irão predizer o grau de tolerância
ou adaptação da planta ao novo ambiente.
Entre as respostas fisiológicas, o teor de pigmentos fotossintetizantes (clorofila a, b e
carotenóides) é o parâmetro mais utilizado para avaliar o potencial fotossintético das plantas
submetidas a diferentes níveis de radiação solar, por sua ligação direta com a absorção e
transferência de energia luminosa, de modo a garantir maior eficiência na conversão de
energia radiante em carboidratos e, conseqüentemente, na partição de fotoassimilados para
diferentes partes da planta, impedindo a redução do vigor e favorecendo desenvolvimento das
plantas (NAVES et al., 1994; DIAS-FILHO, 1997; ALVARENGA et al., 1998; VILELA &
RAVETTA, 2000; CAMPOS & UCHIDA, 2002; ALMEIDA et al., 2004).
De acordo com BOARDMAN (1977), ao serem submetidas a altos níveis de
sombreamento, as plantas tendem de maneira geral, a apresentar maior teor de pigmentos
fotossintetizantes, quando comparadas a plantas cultivadas a pleno sol. Essa resposta
fisiológica visa aumentar a capacidade de absorção de radiação solar e, consequentemente,
prover desenvolvimento das plantas sob estas condições.
Atualmente, muitos trabalhos científicos são direcionados ao estudo comportamental
de diferentes espécies arbóreas sob condições de baixa intensidade luminosa, objetivando
determinar a adaptabilidade, o potencial de ocorrência e a capacidade competitiva destas
espécies sob condições restritas de radiação solar. Para NAKAZONO et al. (2001), o
conhecimento sobre os requerimentos de radiação solar para espécies arbóreas tropicais é de
suma importância tanto para a recomposição de florestas como para o desenvolvimento de
plantações de espécies economicamente importantes.
REGO & POSSAMAI (2006), ao avaliarem o efeito de diferentes níveis de
sombreamento (30% 36%, 56% e 66% e pleno sol) na concentração de pigmentos
fotossintetizantes em mudas de jequitibá-rosa (Cariniana legalis), verificaram que os teores
de clorofila “a” e “b” foram maiores nas folhas das mudas sombreadas, o que acarretou maior
produção de matéria seca total até o nível de 64% de restrição da radiação solar. Resultados
semelhantes foram encontrados por CARVALHO (1996), que observou maior teor de
clorofila b nos níveis mais altos de sombreamento para as espécies arbóreas Cabralea
canjarana e Centrolobium robustum.
Ao avaliar o efeito de três níveis de sombreamento (30, 50% e sem redução) nos teores
de clorofila total de plantas jovens de Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud. (clímax
exigente em luz), Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barn. (pioneira) e Hymenaea
courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Lee et Lang. (clímax tolerante a sombra) e Acacia
mangium Willd. (espécie exótica pioneira), ALMEIDA et al. (2005) identificaram o mesmo
7
padrão de comportamento para todas as espécies, ou seja, maior acúmulo de clorofila total à
medida que se reduziu o nível de radiação solar incidente.
DIAS et al. (2007), ao compararem o teor de pigmentos fotossintetizantes em folhas
de Lithraea molleoides (Vell.), popularmente conhecida como aroeira, expostas a pleno sol e
a sombra, também observaram maiores teores de clorofila ‘a’, ‘b’ e total nas folhas expostas à
baixa radiação solar. Em relação ao teor de carotenóides, PASTENES et al. (2003) ao
estudarem a influência de dois regimes de radiação (sol pleno e 50% de sombreamento) nos
teores de carotenóides e clorofilas da murta (Ugni molinae Tuurcz.), arbusto nativo de
florestas do sul do Chile, demonstrou que a redução do nível de radiação solar causou
aumento de 68% no teor de carotenóides, de 70% no teor de clorofila ‘a’ e de 48% no teor de
clorofila ‘b’, quando comparado ao tratamento pleno sol.
GONÇALVES et al. (2001) objetivando avaliar o efeito de dois níveis de radiação
solar, pleno sol (2000 umol.m
2
.s
-1
) e sombra (260 umol.m
2
.s
-1
), na concentração de pigmentos
fotossintetizantes (carotenóides e clorofilas) do mogno (Swietenia macrophylla king) e do
cumaru (Dipteryx odorata Aubl. Willd), constataram que para o mogno, a concentração de
carotenóides foi maior no tratamento pleno sol e, para o cumaru o maior teor foi obtido no
ambiente de baixa radiação solar incidente. Em relação aos teores de pigmentos
fotossintetizantes, os autores identificaram para ambas espécies, maiores concentrações de
clorofila ‘a’, ‘b’ e total no ambiente sombreado.
Em relação às alterações morfológicas ocasionadas pela a exposição das plantas a
diferentes níveis de sombreamento, a altura, o número de folhas, a área foliar específica e
total, a produção de matéria fresca e seca são os parâmetros mais utilizados para a
determinação do padrão de crescimento e adaptação das plantas, a diferentes níveis de
restrição de radiação solar (CHAVES & PAIVA, 2004; GIVNISH, 1988).
Ao avaliar o crescimento de mudas de Psidium cattleianum Sabine, sob diferentes
níveis de sombreamento (30, 50 e 70% de sombreamento e pleno sol), ORTEGA et al. (2006),
constataram que plantas cultivadas a pleno sol, apresentaram maior acúmulo de matéria seca,
mesmo não expressando diferença estatística para os parâmetros altura, diâmetro e área foliar.
Segundo os autores, o maior acúmulo de matéria aérea seca nas plantas com o maior nível de
radiação decorreu da maior ramificação nessas plantas, em relação aos demais tratamentos.
DIAS-FILHO (1997) ao investigar o crescimento e a morfologia de Solanum crinitum,
(espécie arbórea pioneira de porte médio, comum como invasora de pastagens, em áreas
agrícolas abandonadas e clareiras de floresta na Amazônia brasileira) sob dois níveis de
radiação solar, alto (800-1000 µmol m
-
2
s
-
1
) e baixo (200-350 µmol m
-
2
s
-
1
) constatou que
sob baixo regime de radiação solar as plantas apresentaram maior área foliar específica.
Estudando o desenvolvimento da Castanha americana (Castanea dentata) sob quatro
níveis de sombreamento (68%, 88% e 96% de sombreamento e pleno sol), WANG et al.
(2006) observaram aumento da área foliar específica com a redução da radiação solar
incidente. Ainda, independentemente do nível de sombreamento a que as plantas foram
submetidas, mais de 70% da biomassa total foi alocada para o crescimento da parte aérea.
FANTI et al. (2003), ao avaliarem dois níveis de sombreamento (40% e 70% de
sombreamento) na produção de mudas de Adenanthera pavonina L., observaram que mudas
com 30 e 90 dias de plantio (DAP) apresentaram incremento da área foliar total quando
cultivadas sob 70% de sombreamento. Porém a partir dos 150 dias após o plantio, os maiores
valores de área foliar total foram obtidos em plantas cultivadas sob 30% de sombreamento.
Ao analisar o crescimento inicial de mudas de Enterolobium contortisiliquum (Vell.)
Morong (orelha de macaco) sob diferentes níveis de sombreamento (30% e 50% de restrição
da radiação solar e pleno sol), SCALON et al. (2005) constataram maior área foliar total e
maior acúmulo de matéria seca aérea com 30% de sombreamento, comprovando a
necessidade de ambiente mais sombreado, para melhor desenvolvimento inicial das mudas.
8
ANDRADE et al (2004) avaliando acúmulo de matéria seca em três leguminosas
forrageiras (Arachis pintoi cv. Belmonte, A. pintoi BRA-031143 e Pueraria phaseoloides)
submetidas a diferentes níveis de sombreamento (30%, 50% e 70%, e pleno sol), no período
chuvoso, constataram para as cultivares BRA-031143 e a puerária, houve um decréscimo
médio de 31%, 51% e 72% de matéria seca nos níveis de 30%, 50% e 70% de redução da
radiação, respectivamente, em relação à condição de pleno sol. Para a cultivar Belmonte, os
autores verificaram redução de 5%, 26% e 60% nos níveis de 30%, 50% e 70%,
respectivamente, demonstrando maior tolerância desta cultivar à redução de radiação.
Ainda que a maioria dos trabalhos científicos esteja relacionada ao estudo da
adaptação de espécies florestais a diferentes condições de sombreamento, recentemente, têm-
se observado crescente demanda por pesquisas que avaliem a capacidade adaptativa de
hortaliças, entre elas a alface (Lactuca sativa), o rabanete (Raphanus sativus) e a rúcula
(Eruca sativa), sobretudo, por se tratarem de hortaliças originárias de clima temperado, e sua
adaptação a locais de temperatura e radiação solar elevadas tem gerado obstáculos ao seu
crescimento, impedindo, assim, a expressão de todo seu potencial genético.
Estudos sobre a capacidade adaptativa de espécies a condições de restrição da radiação
solar têm sido realizados com sombreamento artificial, usando telas de polipropileno, as quais
fornecem condições uniformes de sombreamento, isolando o efeito da radiação solar de
interferências como competição por água e nutrientes, quando comparadas aos estudos em
condições naturais (ENGEL, 1989). Embora o uso de telas possa trazer vantagens para avaliar
a capacidade adaptativa a condições de sombreamento, o uso do sombrite, segundo
ANDRADE et al. (2004), causa alguns inconvenientes. Entre eles, o fato das telas reduzirem
apenas a intensidade da radiação solar e não alterarem a qualidade da radiação, como acontece
em condições naturais de sub-bosque, onde a radiação é alterada tanto em sua intensidade
quanto em sua qualidade. Além disto, o sombreamento artificial pode alterar o microclima,
reduzindo, por exemplo, a evapotranspiração das plantas (WILSON & LUDLOW, 1991).
Particularmente para alface, o uso de telas de sombreamento e de cultivares adequadas
às condições de temperatura e luminosidade elevadas pode contribuir para diminuição dos
efeitos extremos da radiação, promovendo, consequentemente, o desenvolvimento de uma
planta mais vigorosa e de boa qualidade (RAMOS, 1995; SILVA, 1998). Assim, os estudos
podem fornecer informações para alternativas de produção na entressafra, garantindo
melhores preços ao agricultor. Além de indicativos de comportamento para cultivo em
sistemas de produção agroecológica, como o cultivo em faixas intercalares, que por
apresentarem árvores ou arbustos intercalados com a cultura de interesse econômico, alteram
o balanço de energia solar, favorecendo a formação de ambientes sombreados, o que torna de
suma importância o estudo da adaptação de hortaliças a estas condições.
Portanto, informações sobre as respostas morfofisiológicas das plantas a distintas
condições de radiação solar, podem ser críticas para determinar seu potencial adaptativo sob
diferentes condições nos sistemas de cultivo, como é o caso das faixas intercalares. Já que
apesar de todas as plantas possuírem capacidade de modificar os seus padrões de
desenvolvimento em resposta a diferentes condições de irradiância, a natureza dessas
respostas pode variar consideravelmente entre espécies, de acordo com a capacidade de
aclimatação e com a quantidade e qualidade da luz (DIAS FILHO, 1995a, 1995b; GIVNISH,
1988). Segundo WILLEY & REDDY (1981) e ONG et al. (1996), o entendimento dos
processos e mecanismos envolvidos na captura e uso da radiação solar é de fundamental
importância para o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis.
Face ao exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as alterações
morfofisiológicas e a produção de rúcula, rabanete, alface lisa e crespa em cultivo orgânico,
sob diferentes níveis de sombreamento.
9
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental.
Foram conduzidos seis experimentos no SIPA (Sistema Integrado de Produção
Agroecológica), um espaço de pesquisa em produção orgânica, criado através do convênio
entre a UFRRJ, EMBRAPA/Agrobiologia, EMBRAPA/SOLOS e a PESAGRO-RIO, desde
1993. O SIPA está localizado em área de aproximadamente 60ha, na Baixada Fluminense,
Município de Seropédica (22º 45' S e 43º 42' W e altitude de 33m), no Rio de Janeiro.
O clima segundo a classificação de Köppen, enquadra-se no tipo Aw. A estação
chuvosa inicia-se em outubro, sendo os maiores índices pluviométricos observados nos meses
de novembro a fevereiro. Em meados do ano, a precipitação diminui alcançando seu mínimo
em julho. As temperaturas mais elevadas distribuem-se entre os meses de janeiro a março,
enquanto as médias mensais mais baixas ocorrem nos meses de maio a agosto.
O solo da área experimental foi classificado como Planossolo Háplico (EMBRAPA,
2006), e a área vem sendo cultivada com diversas espécies de interesse econômico,
notadamente hortaliças.
Os resultados das análises químicas das amostras de terra, coletadas a profundidade de
0-20 cm, de cada experimento, encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1. Resultados das análises químicas de terra, coletadas a profundidade de 0-20 cm,
dos seis experimentos. Seropédica RJ, 2006/2007.
Experimento*
pH
em H
O
Al
+++
Ca
++
+ Mg
++
Ca
++
Mg
++
P
K
-----------------
cmol
c
.dm
-
----------------
---
mg.dm
-
3
---
Rucula
(inverno/2006)
6,2 0,0 4,1 2,9 1,2 187,7 115,4
Alface lisa
(primavera/2006)
6,3 0,0 4,3 3,1 1,2 196,4 118,6
Alface crespa
(verão/2007)
6,4 0,0 4,8 3,8 1,0 205,1 121,3
Rabanete
(outono/2007)
6,2 0,0 4,9 3,8 1,1 199,7 127,2
Alface lisa
(inverno/2007)
6,0 0,0 4,8 3,8 1,0 201,2 117,5
Alface crespa
(inverno/2007)
6,1 0,0 4,9 3,8 1,1 206,5 124,5
* Valores médios de quatro blocos.
No SIPA não são utilizados fertilizantes sintéticos concentrados e agrotóxicos, de
acordo com a Lei nº 10831, de 23 de dezembro de 2003, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
2.2 Caracterização dos Experimentos e Delineamento Experimental.
O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com quatro tratamentos
e quatro repetições. Os tratamentos constituíram-se de quatro níveis de sombreamento (0%,
30%, 50% e 70% de sombreamento), obtidos artificialmente por meio de armações
10
galvanizadas em formato semicircular (túneis baixos) revestidas de tela polipropileno preto
(sombrite), sendo o tratamento testemunha (sem sombreamento) mantido em ambiente
externo, ou seja, a pleno sol.
Cada parcela apresentou área total de 1,0 m
2
, onde para o cultivo da alface lisa e
crespa utilizou-se espaçamento de 0,25 x 0,25 m, totalizando 16 plantas em cada parcela,
sendo 4 plantas da área útil. Para a rúcula o espaçamento utilizado foi de 0,125 x 0,125 m,
totalizando 64 plantas em cada parcela, sendo 20 plantas na área útil. No cultivo do rabanete,
o espaçamento adotado foi de 0,20 x 0,10 m, totalizando 50 plantas em cada parcela, sendo 15
plantas na área útil.
O preparo da área de plantio consistiu de uma aração e uma gradagem. Logo após
foram levantados 4 canteiros com 20 m de comprimento e 1,20 m de largura. A semeadura
das hortaliças foi realizada, aproximadamente, vinte cinco dias antes do plantio de cada
cultura, em bandejas de polietileno expandido, contendo 200 células. As cultivares semeadas
em bandejas foram: Cultivada para a rúcula, Regina para a alface lisa, Vera para a alface
crespa.
O substrato utilizado nas bandejas foi preparado no SIPA, misturando-se duas partes
de subsolo de textura argilosa, uma parte de esterco de curral e uma parte de composto
orgânico. Acrescentou-se a esta mistura, casca de arroz semi carbonizada (20% v/v) e cama
de frango (5% v/v). O transplante das mudas para o local definitivo foi realizado quando as
mudas apresentavam quatro folhas definitivas.
Para o rabanete, utilizou-se a cultivar Rabanito nº
19 procedendo à semeadura direta
nos canteiros, onde foi utilizada população superior, com posterior desbaste manual, para
ajuste populacional.
O plantio das hortaliças nos sistemas de túneis baixos se deu inicialmente com a
cultura da rúcula no dia 13/07/2006, seguida da alface lisa em plantio de primavera
(11/092006), alface crespa em plantio de verão (07/02/2007), rabanete (30/05/2007), alface
lisa em plantio de inverno (19/06/2007) e alface crespa em plantio de inverno (22/08/2007).
Anteriormente, a cada ciclo de cultivo realizou-se uma adubação de plantio na dose de
100 kg de N.ha
-1
, utilizando como fonte o esterco bovino curtido (1,5 % de nitrogênio)
incorporado aos canteiros e, aproximadamente aos dez dias após o plantio, uma adubação de
cobertura, utilizando-se a mesma dose de adubação utilizada no plantio (100 kg de N.ha
-1
),
empregando como fonte a torta de mamona (5% de nitrogênio).
Os elementos meteorológicos, temperatura média, umidade relativa média e radiação
solar média, durante a execução dos seis experimentos, foram obtidos da estação
meteorológica que se encontra no SIPA. Durante a condução do experimento de alface crespa
(período de inverno), também foi realizado o monitoramento dos elementos meteorológicos
no interior dos túneis referentes aos tratamentos avaliados.
Os dados provenientes do interior dos túneis foram ajustados em uma função linear
aos dados obtidos na estação meteorológica do SIPA, para obtenção dos coeficientes que
foram utilizados para estimativa dos parâmetros climáticos dentro dos túneis, durante a
condução dos demais experimentos (Figuras 1 a 18). Na Tabela 2, encontram-se os
coeficientes obtidos.
11
Tabela 2. Coeficientes estimados a partir da função linear, para temperatura média, radiação
solar média e umidade relativa média no interior dos túneis cobertos com três telas
de sombreamento. Seropédica RJ, 2006/2007.
Tela
Coeficientes da função linear
1
R
2
a
ß
Temperatura média (ºC)
30%
3,6867*
0,8411*
0,94
50%
4,9532*
0,8158*
0,92
70%
5,5157*
0,7757*
0,94
Radiação Solar média (W.m
-
2
30%
-
0,0034*
0,7008*
0,99
50%
-
0,0301*
0,5004*
0,99
70%
-
0,2185*
0,3010*
0,99
Umidade Relativa média (%)
30%
-
0,7006*
1,0236*
0,99
50%
-
3,0619*
1,0429*
0,99
70%
3,6404*
0,9311*
0,99
1
Y = a + ß * X
* Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste “t” de student.
17
20
23
26
29
32
14/7/2006
21/7/2006
28/7/2006
4/8/2006
11/8/2006
18/8/2006
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 1. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo da rúcula (Inverno/2006)
Seropédica-RJ.
12
0
50
100
150
200
250
300
350
400
14/7/2006
21/7/2006
28/7/2006
4/8/2006
11/8/2006
18/8/2006
Radiação Solar (W.m
-2
)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 2. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo da rúcula (Inverno/2006)
Seropédica-RJ.
20
40
60
80
100
14/7/2006
21/7/2006
28/7/2006
4/8/2006
11/8/2006
18/8/2006
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 3. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo da rúcula
(Inverno/2006) Seropédica-RJ.
13
16.0
20.0
24.0
28.0
32.0
36.0
4/9/2006
11/9/2006
18/9/2006
25/9/2006
2/10/2006
9/10/2006
16/10/2006
23/10/2006
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 4. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Primavera/2006) Seropédica-RJ.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
4/9/2006
11/9/2006
18/9/2006
25/9/2006
2/10/2006
9/10/2006
16/10/2006
23/10/2006
Radiação Solar (W.m-2)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 5. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Primavera/2006) Seropédica-RJ.
14
30
40
50
60
70
80
90
100
4/9/2006
11/9/2006
18/9/2006
25/9/2006
2/10/2006
9/10/2006
16/10/2006
23/10/2006
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 6. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Primavera/2006) Seropédica-RJ.
24
26
28
30
32
34
7/2/2007
14/2/2007
21/2/2007
28/2/2007
7/3/2007
14/3/2007
21/3/2007
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 7. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Verão/2007) Seropédica-RJ.
15
0
50
100
150
200
250
300
350
7/2/2007
14/2/2007
21/2/2007
28/2/2007
7/3/2007
14/3/2007
21/3/2007
Radiação solar (W.m-2)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 8. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Verão/2007) Seropédica-RJ.
52
56
60
64
68
72
76
80
84
7/2/2007
14/2/2007
21/2/2007
28/2/2007
7/3/2007
14/3/2007
21/3/2007
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 9. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Verão/2007) Seropédica-RJ.
16
16
20
24
28
32
21/4/2007
28/4/2007
5/5/2007
12/5/2007
19/5/2007
26/5/2007
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 10. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo de rabanete
(Outono/2007) Seropédica-RJ.
0
50
100
150
200
250
21/4/2007
28/4/2007
5/5/2007
12/5/2007
19/5/2007
26/5/2007
Radiação solar (W.m-2)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 11. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo de rabanete
(Outono/2007) Seropédica-RJ.
17
55
65
75
85
21/4/2007
28/4/2007
5/5/2007
12/5/2007
19/5/2007
26/5/2007
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 12. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo de rabanete
(Outono/2007) Seropédica-RJ.
16
20
24
28
19/6/2007
26/6/2007
3/7/2007
10/7/2007
17/7/2007
24/7/2007
31/7/2007
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 13. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Inverno/2007) Seropédica-RJ.
18
0
50
100
150
200
19/6/2007
26/6/2007
3/7/2007
10/7/2007
17/7/2007
24/7/2007
31/7/2007
Radiação Solar (W.m-2)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 14. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Inverno/2007)Seropédica-RJ.
40
50
60
70
80
90
19/6/2007
26/6/2007
3/7/2007
10/7/2007
17/7/2007
24/7/2007
31/7/2007
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 15. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo da alface lisa
(Inverno/2007) Seropédica-RJ.
19
18
21
24
27
30
22/8/2007
29/8/2007
5/9/2007
12/9/2007
19/9/2007
26/9/2007
3/10/2007
Temperatura média (°C)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 16. Temperatura média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Inverno/2007) Seropédica-RJ.
0
50
100
150
200
250
300
22/8/2007
29/8/2007
5/9/2007
12/9/2007
19/9/2007
26/9/2007
3/10/2007
Radiação Solar (W.m-2)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 17. Radiação solar média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Inverno/2007) Seropédica-RJ.
20
50
60
70
80
90
22/8/2007
29/8/2007
5/9/2007
12/9/2007
19/9/2007
26/9/2007
3/10/2007
Umidade relativa (%)
EXTERNA TELA30% TELA50% TELA70%
Figura 18. Umidade relativa média (ºC) referente ao período de cultivo da alface crespa
(Inverno/2007)Seropédica-RJ.
Na Tabela 3 apresentam-se os valores médios de temperatura média, radiação solar e
umidade relativa, no período de execução de cada experimento.
Tabela 3. Valores médios de temperatura, radiação solar e umidade relativa, do período de
cada experimento. Seropédica RJ, 2006/2007.
Tratamentos
Experimentos (Período/Ano)
Rúcula
(inv/2006)
Alface lisa
(prim/2006)
Alface
crespa
(ver/2007)
Rabanete
(out/2007)
Alface lisa
(inv/2007)
Alface
crespa
(inv/2007)
Temperatura média (ºC)
Externa
27,1
26,2
31,2
25,5
23,3
25,5
30%
26,5
25,7
29,9
25,2
23,3
25,2
50%
27,0
26,3
30,4
25,8
24,0
25,8
70%
26,5
25,9
29,7
25,3
23,6
25,3
Radiação solar média (W.m
-
)
Externa
204,6
187,7
278,4
192,4
163,6
203,0
30%
143,3
131,4
194,9
134,7
114,5
142,1
50%
102,3
93,8
139,2
96,2
81,8
101,5
70%
61,4
56,3
83,5
57,7
49,1
60,9
Umidade relativa média (%)
Externa
67,9
76,6
68,8
76,8
73,8
68,8
30%
68,8
77,7
69,7
77,9
74,8
69,7
50%
67,7
76,8
68,7
77,0
73,9
68,6
70%
66,8
74,9
67,7
75,1
72,3
67,7
O sistema de irrigação adotado nos experimentos foi um tipo específico de
gotejamento, muito utilizado por pequenos agricultores no Nordeste e conhecido por “xique-
xique”. Este sistema de irrigação caracteriza-se por ser um sistema de fácil manejo e baixo
custo, podendo-se utilizar mangueiras plásticas recicladas as quais são perfuradas
manualmente, sem a necessidade de mão de obra especializada (MELLO & CUNHA, 1982).
21
Para a instalação do sistema de irrigação foram utilizadas 3 mangueiras pretas de
polietileno (1/2” de diâmetro) em cada canteiro, espaçadas de 0,25 m umas das outras,
conectadas a uma tubulação do sistema de irrigação alimentado por uma motobomba de 1 CV.
Orifícios foram abertos a cada 0,20 m em cada mangueira e, envolvendo cada orifício, foi
colocada uma luva (pequeno pedaço de mangueira) feita do mesmo material, evitando desta
forma o esguicho da água e favorecendo maior homogeneidade na distribuição e quantidade
de água aplicada.
2.3 Avaliações
2.3.1 Quantificação de pigmentos foliares fotossintetizantes.
A determinação dos teores de clorofila a, b, total (a + b) e carotenóides foi realizada
em 4 plantas da área útil, ao final de cada ciclo de plantio. De cada planta foram retiradas
duas folhas completamente expandidas, as quais foram, de imediato, acondicionadas em sacos
plásticos e mantidas em caixa de isopor.
No laboratório, foram eliminadas as nervuras mais grossas das folhas sendo
posteriormente, retirada uma sub-amostra de 0,5 g de tecido foliar fresco de cada tratamento.
Em seguida, estas sub-amostras foram acondicionadas em frascos plásticos (capacidade de 50
ml), contendo 20,0 mL de acetona pura. Os frascos foram fechados e lacrados com filme
plástico e armazenados em geladeira, até a finalização do processo de extração, o qual foi
considerado completo quando, por meio de exame visual, as folhas das amostras
apresentaram-se transparentes (ARNON, 1949, citado por REGO et al., 2006).
Alíquotas de 5 mL das soluções foram transferidas para uma cubeta de vidro de 3 cm
3
e, posteriormente, foram realizadas, colorimetricamente, as leituras de absorbância,
utilizando-se como o branco apenas acetona pura. A absorbância dos extratos foi medida em
espectrofotômetro marca Shinadzu, modelo UV - 601. A absorbância (A) da clorofila a foi
obtida com comprimento de onda de 661,6 nm, a da clorofila b em 644,8 nm e a dos
carotenóides em 470 nm. O cálculo da concentração da clorofila a (Cla), da clorofila b (Clb),
clorofila total (a + b) e carotenóides (Cc) foi realizado de acordo com as equações definidas
em LICHTENTHALER (1987), sendo o teor de clorofilas presente nos tecidos, expresso em
µg do pigmento por grama de matéria fresca.
De acordo com metodologia descrita por LICHTENTHALER (1983), os teores de
clorofila a, b, total (a + b) e carotenóides foram determinados através das seguintes fórmulas:
- Clorofila a: 2 * Vol. total * diluição * ((11,24*A
661,6
) (2,04*A
644,8
));
- Clorofila b: 2 * Vol. total * diluição * (( 20,13*A
644,8
) (4,19*A
661,6
));
- Clorofila total (a + b): 2 * Vol. total * diluição * ((7,05*A
661,6
) + (18,09*A
644,8
));
- Carotenóides: ((1000 * A470 * 2 * Vol. total * diluição)/214)-((1,9* teor clorofila a)/214))-
(63,14*teor de clorofila b)/214)).
Sendo: - Vol. Total o volume final da extração (ml);
- Diluição para leitura no espectrofotômetro. Para as culturas da rúcula, rabanete,
alface lisa (plantio de inverno) e alface crespa (plantio de verão) utilizou-se diluição de 5
vezes. Já para a alface lisa (plantio de primavera) e alface crespa (plantio de inverno) usou-se
diluição de 3,33 vezes.
- A
470
, A
644,8
e A
661,6
: absorbância como indicada no comprimento de onda.
22
2.3.2 Parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças.
Os parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças avaliados foram:
a) Para a alface lisa e crespa: altura, número de folhas, área foliar específica e área
foliar total e, produção de matéria fresca e seca.
b) Para o rabanete: altura das plantas, número de folhas, produção de matéria fresca e
seca da parte aérea e de raiz, diâmetro e produtividade de raiz.
c) Para a rúcula: altura, número de folhas, produção de matéria fresca e seca e
produtividade.
Para a determinação de todos os parâmetros avaliados das hortaliças, foram adotados
os critérios de comercialização descritos por FILGUEIRA (2000).
A determinação da matéria seca da parte aérea das hortaliças avaliadas e da raiz de
rabanete foi realizada através da secagem das folhas em estufa de ventilação forçada de ar à
65ºC, até o material alcançar massa constante.
Por ocasião da colheita das hortaliças, foi realizado o desmembramento das plantas em
folhas e caule, para a determinação da área foliar, utilizando-se um medidor de área foliar LI-
COR, modelo LI-3100. Posteriormente, calculou-se a área foliar específica (AFE em cm
2
.g
-1
)
através da divisão da área foliar total pela massa seca das folhas (referência).
2.3.3 Análises estatísticas
Os dados foram submetidos a testes de normalidade e homogeneidade da variância dos
erros. Atendidas as pressuposições, realizou-se a análise de variância, adotando-se o teste F.
As variáveis cujo “teste F” foi significativo (p = 0,05), foram submetidas à análise de
regressão simples para a escolha do modelo matemático mais ajustável às observações.
Os critérios utilizados para a escolha do modelo matemático foram: expectativa
biológica, a não significância do desvio da regressão, o maior ajuste do modelo aos dados (r
2
)
e a significância dos parâmetros do modelo.
O programa estatístico utilizado para a realização das análises foi o SISVAR, versão
5.0, da Universidade Federal de Lavras.
23
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Quantificação de Pigmentos Foliares Fotossintetizantes
Os resultados relativos ao teor de clorofila ‘a’ demonstraram que, com exceção da
alface lisa cultivada no inverno (Figura 19D), as demais hortaliças, rúcula, rabanete, alface
lisa (plantio de primavera) e alface crespa (plantio de verão e inverno), foram influenciadas
pelos níveis de sombreamento avaliados (Figura 19A, B, C, E e F).
A rúcula e alface lisa (plantio de primavera) demonstraram tendência similar, com
aumento do teor de clorofila ‘a’ em função do aumento do nível de sombreamento (Figura
19A e C). O modelo matemático que melhor se ajustou aos dados foi o linear, com acréscimo
de 31% e 25%, no teor de clorofila ‘a’, à medida que se reduziu o nível de radiação solar de 0
para 70%, respectivamente.
O rabanete, a alface crespa (plantio de verão) e a alface crespa (plantio de inverno)
também apresentaram aumento do teor de clorofila ‘a’ com aumento do nível de
sombreamento, só que, de acordo com a análise de regressão, o modelo matemático mais
ajustável aos dados foi o quadrático, com pontos de máxima de 1196,50, 310,81 e 430,53 mg
de clorofila ‘a’ por grama de matéria fresca, alcançado nos níveis de 57%, 33% e 53% de
sombreamento, respectivamente (Figura 19B, E e F).
A avaliação do teor de clorofila ‘b’ mostrou que o aumento do nível de sombreamento
influenciou a concentração deste pigmento nas culturas do rabanete, alface lisa (plantio
primavera), alface crespa (plantio de verão e inverno) (Figura 20B, C, E e F). Rúcula e alface
lisa (plantio de inverno) não foram afetadas pela redução de radiação solar (Figura 20A e D).
De acordo com os resultados, notou-se que rabanete e alface crespa (plantio de verão e
inverno) apresentaram mesma tendência, ou seja, aumento quadrático do teor de clorofila ‘b’
com o aumento do nível de sombreamento (Figura 20B, E e F), com pontos de máxima de
437,95, 120,78 e 260,55 mg de clorofila ‘b’ por grama de matéria fresca, alcançados nos
níveis de 32%, 41% e 45% de sombreamento, respectivamente (Figura 20B, E e F).
Para a alface lisa (plantio de primavera), este aumento foi linear, com acréscimo de
22% no teor de clorofila ‘b’, à medida que se aumentou o nível de sombreamento de 0 para
70% (Figura 20C). Quanto ao teor de clorofila total (a + b), os resultados mostraram o mesmo
padrão de comportamento para as culturas da rúcula, rabanete, alface lisa (plantio de
primavera), alface crespa (plantio de verão) e alface crespa (plantio de inverno), ou seja,
aumento do teor de clorofila total à medida que se restringiu o nível de radiação solar (Figura.
21A, B, C, E e F).
Rúcula e alface lisa (plantio de primavera) apresentaram resposta linear ao aumento do
nível de sombreamento, com acréscimo de 25% e 26% no teor de clorofila total, à medida que
se reduziu o nível de radiação solar de 0 para 70%, respectivamente (Figura. 21A e C). Já o
rabanete e alface crespa (plantio de verão e inverno) apresentaram resposta quadrática à este
aumento, com pontos de máxima de 1609,60, 430,37 e 689,01 mg de clorofila total por grama
de matéria fresca, alcançados no níveis de 40%, 36% e 48% de sombreamento,
respectivamente (Figura. 21B, E e F). Para a alface lisa cultivada no inverno, os resultados
indicaram ausência de resposta para o teor de clorofila total, em relação ao aumento do nível
de sombreamento (Figura. 21D).
Analisando-se conjuntamente os resultados de clorofila ‘a’, ‘b’ e total, observou-se
que a alface lisa (plantio de inverno) foi à única espécie que não ajustou seu aparato
fotossintético (teores de pigmentos) em resposta ao aumento do nível de sombreamento.
24
Rúcula
y = 772,94 + 4,6965x
R2 = 0,96*
600
800
1000
1200
0 20 40 60 80
Níveis de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Rabanete
y = 1013,8 + 6,42x - 0,0564x
2
R2 = 0,73*
800
900
1000
1100
1200
1300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (primavera)
y = 388,95 + 1,9716x
R
2
= 0,89*
200
300
400
500
600
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (inverno)
500
600
700
800
900
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (verão)
y = 259,94 + 3,1025x - 0,0473x
2
R
2
= 0,68*
150
200
250
300
350
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (inverno)
y = 262,36 + 6,3952x - 0,0608x
2
R
2
= 0,99*
200
300
400
500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila a
(mg.g matéria fresca-1)
Figura 19. Teor de clorofila ‘a’ presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface lisa e
crespa, em função do nível de sombreamento.
Rúcula e alface lisa (plantio de primavera) apresentaram aumento constante dos teores
de clorofila avaliados, com exceção da clorofila ‘b’ para a rúcula (Figura. 20A), independente
do nível de sombreamento a que foram submetidas. De acordo com os percentuais, 31% e
25% para o teor de clorofila ‘a’, 23% para o teor de clorofila ‘b’ na alface lisa (primavera) e
25% e 26% para a clorofila total, respectivamente. De acordo com estes resultados, percebe-
se que independentemente da espécie e da época que estas hortaliças foram cultivadas, ambas
apresentaram acréscimos similares para estes pigmentos.
Já para o rabanete e a alface crespa cultivada tanto no verão quanto no inverno, os
acréscimos nos teores de clorofila ‘a’ foram de 15%, 16% e 39%, obtidos até os níveis de
57%, 33% e 53% de sombreamento. Para a clorofila ‘b’, estes acréscimos foram de 30%, 44%
e 49%, obtidos até os níveis de 32%, 41% e 45% e, para o teor de clorofila total, este aumento
foi de 18%, 14% e 44%, obtidos até os níveis de 40%, 29% e 48% de sombreamento,
respectivamente.
De acordo com os percentuais apresentados para as culturas do rabanete e da alface
crespa (plantio de verão e inverno), pode-se notar de maneira geral, que a alface crespa
cultivada no inverno apresentou maiores acréscimos percentuais destes pigmentos, seguida do
rabanete e da alface crespa (plantio de verão).
A B
C D
E F
25
Rúcula
390
420
450
480
510
0 20 40 60 80
Níveis de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Rabanete
y = 305,35 + 8,3419x - 0,1312x
2
R2 = 0,90*
150
250
350
450
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (primavera)
y = 162,65 + 0,6919x
R
2
= 0,80*
50
100
150
200
250
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (inverno)
200
220
240
260
280
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (verão)
y = 67,845 + 2,6058x - 0,0321x
2
R
2
= 0,88*
40
60
80
100
120
140
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (inverno)
y = 134,29 + 5,6809x - 0,0639x
2
R
2
= 0,97*
100
150
200
250
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila b
(mg.g matéria fresca-1)
Figura 20. Teor de clorofila ‘b’ presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface lisa e
crespa, em função do nível de sombreamento.
O acréscimo do teor de pigmentos fotossintetizantes em plantas submetidas a níveis
crescentes de sombreamento é amplamente relatado na literatura (ENGEL & POGGIANI,
1991; CHARTZOULAKIS et al., 1995; ATROCH et al., 2001; ALMEIDA et al., 2005;
GONÇALVES et al., 2005) e, segundo BOARDMAN (1977), o aumento relativo (por
unidade de massa) dos teores de clorofila ‘a’, ‘b’ e total, além de carotenóides, é uma
adaptação das espécies vegetais a condições de baixa irradiância, utilizada para maximizar a
captura de radiação solar e, desta forma, acumular, eficientemente, matéria seca para
crescimento satisfatório da planta.
PINTO et al. (2007), ao avaliar o comportamento da alfazema-do-Brasil (Aloysia
gratissima [Gilles & Hook.] Tronc.) sob diferentes níveis de sombreamento (pleno sol, 40 e
80% de sombreamento), também constataram aumento significativo do teor de clorofila ‘a’,
‘b’ e total com a redução de nível de radiação solar incidente.
Em relação à razão clorofila a/b, os resultados demonstraram que apenas as culturas do
rabanete e da alface crespa (plantio de verão) foram influenciadas pelos níveis de
sombreamento avaliados (Figura. 22B e E).
B
C
D
E
F
A
26
De acordo com análise de regressão, tanto o rabanete quanto a alface crespa (plantio
de verão) apresentaram mesmo padrão de comportamento, ou seja, redução da razão clorofila
a/b com o aumento do nível de sombreamento. O modelo matemático que melhor se ajustou
aos dados foi o quadrático, com pontos de mínima de 2,78 e 2,4, alcançados nos níveis de
25% e 54% de sombreamento, respectivamente (Figura. 22B e C).
Ao contrário do que foi observado para os teores de clorofila ‘a’, ‘b’ e total, a
proporção entre clorofilas ‘a’ e ‘b’, de maneira geral, tende a diminuir com o aumento do
nível de sombreamento, fato decorrente da maior proporção relativa de clorofila ‘b’ em
relação à clorofila ‘a’ (BOARDMAN, 1977). O aumento relativo do teor de clorofila ‘b’ em
plantas submetidas à ambientes de baixa radiação solar, segundo NAKAZONO et al. (2001)
pode estar associado a uma maior proporção do fotossistema II, que é mais rico em clorofila
‘b’ que ‘a’, em relação ao fotossistema I.
Desta forma, segundo WHATLEY & WHATLEY (1982) o maior teor de clorofila ‘b’
em relação à ‘a’ torna-se uma vantagem sob condições de baixa irradiância, uma vez que a
clorofila ‘b’ permite uma maior eficiência de absorção de radiação menos intensa, ampliando
assim, o espectro de ação da fotossíntese. Segundo CRITCHLEY (1999), citado por LIMA
JÚNIOR et al. (2005), a razão clorofila a/b é muito utilizada como índice para avaliar a
capacidade adaptativa das plantas à ambientes sombreados, pois se relaciona diretamente com
a capacidade que as plantas têm de maximizar a captura de irradiância nestas condições.
ALMEIDA et al. (2004) estudando crescimento inicial de plantas de Cryptocaria
aschersoniana Mez., sob diferentes níveis de radiação solar (pleno sol, 70%, 50% e 30%),
constataram diminuição da razão clorofila a e b com a redução do nível de radiação solar. Ao
avaliar crescimento de Cupania vernalis Camb. em diferentes condições de restrição de
radiação solar (pleno sol, 30%, 50% e 70% de restrição), LIMA JÚNIOR et al. (2005)
também observaram o mesmo comportamento identificado para a alface crespa (plantio de
verão) e rabanete, ou seja, diminuição da razão clorofila ‘a’ e ‘b’ com o aumento do nível de
sombreamento.
Alguns estudos envolvendo o comportamento de plantas crescidas sob condições de
alto sombreamento, entretanto, têm demonstrado comportamento contrário ao identificado
para a alface crespa (plantio de verão) e rabanete, com aumento da razão clorofila a e b à
medida que se restringiu o nível de radiação solar (KAPPEL & FLORE, 1983; CASTRO et
al., 1996; LEE et al., 2000), fato relacionado à menor capacidade adaptativa das plantas.
Os resultados referentes ao teor de carotenóides revelaram que apenas a cultura da
alface crespa (plantio de verão) foi influenciada pelos diferentes níveis de sombreamento
(Figura 23E). De acordo com a análise de regressão, notou-se comportamento quadrático do
teor de carotenóides em função do aumento do nível de sombreamento, com ponto de mínima
de 33,31 mg de carotenóides por grama de matéria fresca, alcançado no nível de 30% de
redução da radiação solar incidente.
Para LARCHER (2000), a síntese e a degradação de pigmentos fotossintetizantes
ocorrem naturalmente na presença da radiação solar. No entanto, o excesso de radiação pode
causar degradação destas moléculas e conseqüentemente, promover redução do teor destes
pigmentos, o que leva, conseqüentemente, ao comprometimento do crescimento das plantas.
27
Rúcula
y = 1185,7 + 5,519x
R2 = 0,95*
1000
1200
1400
1600
1800
0 20 40 60 80
Níveis de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Rabanete
y = 1319,2 + 14,762x - 0,1876x
2
R2 = 0,73*
1000
1200
1400
1600
1800
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (primavera)
y = 551,6 + 2,6635x
R
2
= 0,87*
200
400
600
800
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (inverno)
600
800
1000
1200
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (verão)
y = 327,78 + 5,7083x - 0,0794x
2
R
2
= 0,95*
250
300
350
400
450
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (inverno)
y = 396,65 + 12,076x - 0,1247x
2
R
2
= 0,98*
200
400
600
800
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de clorofila total
(mg.g matéria fresca-1)
Figura 21. Teor de clorofila total presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface lisa e
crespa, em função do nível de sombreamento.
Sendo assim, uma das maneiras encontradas pelas espécies vegetais de se proteger dos
altos níveis de radiação solar é produzir maior teor de carotenóides, pigmentos acessórios, que
além de auxiliarem na absorção de energia luminosa e contribuir para o processo
fotossintético, previnem a ação fotoxidativa das clorofilas (MORAIS et al., 2007).
Diversos autores como KITAO et al. (2000), GONÇALVES et al. (2001), MARENCO
et al. (2001) e KULL et al. (2002) têm demonstrado que o excesso de radiação pode reduzir a
produtividade das plantas, fato este, atribuído ao fenômeno da fotoinibição.
A
B
C
D
E
F
28
Rúcula
1.5
2.0
2.5
0 20 40 60 80
Redução da radiação solar (%)
Razão clorofila a/b
Rabanete
y = 4,005 - 0,099x + 0,002x
2
R2 = 0,97*
2
3
4
5
6
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Razão clorofila a/b
Alface lisa (primavera)
2.2
2.5
2.8
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Razão clorofila a/b
Alface lisa (inverno)
2.5
2.7
2.9
3.1
3.3
3.5
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Razão clorofila a/b
Alface crespa (verão)
y = 3,8836 - 0,0543x + 0,0005x
R
2
= 0,79*
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Razão clorofila a/b
Alface crespa (inverno)
100
150
200
250
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Figura 22. Razão clorofila a/b das hortaliças, em função do nível de sombreamento.
Portanto, de acordo com os resultados obtidos para a alface crespa (plantio de verão) e,
corroborando com o que foi exposto, nota-se que até o nível 30% de sombreamento as plantas
apresentaram uma redução do teor de carotenóides, efeito que pode estar atrelado a menor
necessidade de pigmentos fotoprotetores, ou seja, nestas condições as plantas encontraram
ambiente menos favorável ao fenômeno da fotoinibição. Entretanto, com o aumento do nível
de sombreamento, as plantas começaram a produzir maior quantidade de carotenóides
visando, provavelmente, sob estas condições, maximização da absorção de energia luminosa.
A B
C D
E
F
29
Rúcula
140
144
148
152
156
0 20 40 60 80
Níveis de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Rabanete
80
100
120
140
160
180
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (primavera)
100
104
108
112
116
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Alface lisa (inverno)
200
220
240
260
280
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (verão)
y = 63,9 - 2,0486x + 0,0343x
2
R
2
= 0,83*
15
45
75
105
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Alface crespa (inverno)
100
150
200
250
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Teor de carotenóides
(mg.g matéria fresca-1)
Figura 23. Teor de carotenóides presentes no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface lisa e
crespa, em função do nível de sombreamento.
3.2 Parâmetros Morfológicos e Produtivos das Hortaliças.
Os resultados relativos à altura das plantas demonstraram que apenas a cultura da
rúcula não foi influenciada pelo aumento do nível de sombreamento (Figura 24A).
Para o rabanete e alface lisa (plantio de primavera e inverno) observou-se o mesmo
comportamento, com aumento linear da altura das plantas em função da redução do nível de
radiação solar. Essas culturas apresentaram aumento de 26%, 13% e 21% na altura à medida
que aumentou o nível de sombreamento de 0 para 70%, respectivamente (Figura 24B, C e D).
Nas Figuras 24E e 24F, pode-se notar que a alface crespa cultivada tanto no verão
quanto no inverno, também apresentou aumento da altura com a redução do nível de radiação
solar, sendo o modelo quadrático o mais ajustável a estes dados, com pontos de máxima de 27
e 35 cm de altura, alcançados nos níveis de 62% e 60% de sombreamento, respectivamente.
Apesar dos diferentes comportamentos que as espécies vegetais apresentam em
relação ao aumento do nível de sombreamento, para MORELLI & RUBERTI (2000), o
crescimento em altura é uma das respostas mais características e rápidas à redução da
radiação solar incidente.
A B
C
D
F
E
30
Esta capacidade das plantas em ajustar seus padrões de alocação de biomassa para
promover crescimento em altura, em detrimento do aumento do nível de sombreamento,
promove segundo GIVNISH (1988), aumento do potencial para a captura de radiação solar, o
que pode manter de certa forma, a sobrevivência das espécies à baixa radiação solar
(MORAES-NETO et al., 2000).
Resultados similares aos encontrados para as hortaliças em estudo foram observados
por BARRELLA et al (2005), ao avaliar o efeito de diferentes níveis de atenuação da radiação
solar (0%, 18%, 30% e 50% de atenuação) na cultura da mandioquinha-salsa (Arracacia
esculenta), e por LI et al (1996) ao analisar o comportamento da sálvia (Salvia officinalis) e
do tomilho (Thymus vulgaris) sob condições distintas de irradiância.
Em relação ao número de folhas, verificou-se que apenas o rabanete não foi
influenciado pela exposição aos diferentes níveis de restrição da radiação solar (Figura 25B).
A redução do nível de radiação solar de 0 para 70% promoveu diminuição do número
de folhas na rúcula e na alface lisa (plantio de primavera), sendo o modelo quadrático o mais
ajustável aos dados, com pontos de mínima de 11 e 27 folhas, alcançados nos níveis de 53% e
77% de sombreamento (Figura 25A e C).
Alfaces lisa e crespa cultivadas no inverno também apresentaram diminuição do
número de folhas em função do aumento do nível de sombreamento, só que para estas
hortaliças, o modelo de regressão que melhor se ajustou aos dados foi o linear, com queda de
34% e 19% no número de folhas à medida que se reduziu o nível da radiação solar de 0 para
70%. (Figura 25D e F).
Para a alface crespa cultivada no verão os resultados indicaram aumento do número de
folhas à medida que se reduziu o nível de radiação solar de 0 para 70% (Figura 25E). O
modelo matemático que melhor representou estes dados foi o quadrático, com ponto de
máxima de 19 folhas, alcançado no nível de 29% de sombreamento.
Possivelmente, a redução do número de folhas identificada nas hortaliças em estudo
esteja atrelada ao maior investimento da planta em altura, resposta identificada na alface lisa
(plantio de primavera e inverno) e na alface crespa (plantio de inverno) (Figura 24C, D e F), e
em outras alterações morfológicas como área foliar específica, modificações estas que visam
maximizar a absorção de radiação solar.
Para alface crespa (plantio de verão), apesar da redução do nível de radiação solar ter
propiciado aumento da altura das plantas (Figura 24E), tendência contrária foi observada para
o número de folhas (Figura 25E). Provavelmente, este resultado esteja associado ao fato de
que sob sol pleno (0% de restrição de irradiância), as plantas ficaram expostas a maiores
níveis de radiação solar e temperatura, o que desfavoreceu conseqüentemente, o
desenvolvimento da cultura, em relação ao plantio sob restrição de radiação solar.
Resultados similares ao da alface crespa (plantio de verão) foram encontrados por
PELACANI et al (2006) ao avaliarem o crescimento inicial de plantas de licuri (Syagrus
coronata (Mart.) Becc.) sob dois níveis de restrição de radiação solar (0% e 30% de
restrição). De acordo com estes autores, o desenvolvimento da licuri a pleno sol, época de
verão, causou alterações prejudiciais no processo fotossintético, o que por sua vez, favoreceu
a redução do número de folhas, comparando-se com o ambiente de 30% de sombreamento.
31
Rúcula
15
20
25
30
35
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Altura das plantas (cm)
Rabanete
y = 23,645 + 0,105x
R
2
= 0,76*
0
10
20
30
40
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Altura das plantas (cm)
Alface lisa (primavera)
y = 37,623 + 0,078x
R
2
= 0,97*
36
38
40
42
44
0 20 40 60 80
Redução da radiação solar (%)
Altura das plantas (cm)
Alface lisa (inverno)
y = 27,542 + 0,102x
R
2
= 0,86
0
10
20
30
40
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Altura das plantas (cm)
Alface crespa (verão)
y = 19,226 + 0,236x - 0,002x
2
R
2
= 0,98*
10
15
20
25
30
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Altura das plantas (cm)
Alface crespa (inverno)
y = 26,614 + 0,288x - 0,002x
2
R
2
= 0,98*
15
20
25
30
35
40
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Altura das plantas (cm)
Figura 24. Altura das plantas de rúcula, rabanete, alface lisa e crespa, em função do nível de
sombreamento.
Os resultados relativos à área foliar específica indicaram que com exceção da alface
lisa cultivada no inverno (Figura 26D), as demais hortaliças, incluindo as duas épocas nas
quais a alface crespa foi cultivada, foram influenciadas pelo aumento do nível de
sombreamento (Figura 26A, B, C, E e F).
De acordo com a análise de regressão, verificou-se aumento da área foliar específica,
em função da redução do nível de radiação solar, para as culturas da rúcula, do rabanete, da
alface lisa (plantio de primavera) e da alface crespa (plantio de verão). O modelo matemático
que melhor se ajustou aos dados foi o linear, com acréscimo de 63%, 53%, 43% e 36% na
área foliar específica, à medida que se aumentou o nível de sombreamento de 0 para 70%,
respectivamente (Figura 26A, B, C e E).
B
C
D
E
F
A
32
Rúcula
y = 13,514 - 0,107x + 0,001x
2
R
2
= 0,99*
10
11
12
13
14
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Rabanete
4
5
6
7
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Alface lisa (primavera)
y = 44,245 - 0,459x + 0,003x
R
2
= 0,98
10
20
30
40
50
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Alface lisa (inverno)
y = 35,792 - 0,1697x
R
2
= 0,98*
15
20
25
30
35
40
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Alface crespa (verão)
y = 16,823 + 0,144x - 0,003x
2
R
2
= 0,97*
10
12
14
16
18
20
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Alface crespa (inverno)
y = 21,152 - 0,0624x
R
2
= 0,79*
10
15
20
25
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Número de folhas
Figura 25. Número de folhas da rúcula, rabanete, alface lisa, alface crespa, em função do
nível de sombreamento.
Para a alface crespa cultivada no inverno, verificou-se aumento inicial da área foliar
específica com a redução da radiação solar, só que neste caso, o comportamento foi
quadrático com ponto de máxima de 261,13 cm
2
.g
-1
, alcançado no nível de 61% de
sombreamento (Figura 26F).
A área foliar específica, segundo VIEIRA et al. (2005), é uma razão alométrica,
relacionada à expansão e espessura das folhas e, como a altura e o número de folhas,
modificam-se com a exposição a diferentes níveis de radiação solar.
Segundo GORDON (1989), em geral, espécies vegetais condicionadas a baixos níveis
de radiação solar tendem a apresentar aumento da superfície fotossintetizante e redução da
espessura das folhas, ou seja, aumento da área foliar específica, para maximizar o processo de
absorção de energia solar. Em contrapartida, espécies cultivadas em ambientes de alta
irradiância, caso das heliófitas, apresentam menor área foliar específica, caracterizada por
folhas menores e mais espessas, o que confere maior proteção do aparelho fotossintético, aos
possíveis danos fotooxidativos, promovidos pelo excesso de radiação solar (HANBA et al.,
2002).
A B
C D
E F
33
Para MEDRI et al. (1980), o aumento da área foliar específica é decorrente da menor
compactação mesofílica, representada pela redução do parênquima palissádico em relação ao
lacunoso, pouca presença de tecidos mecânicos como colênquima e esclerênquima, pouco
espessamento cuticular e, aumento dos espaços intercelulares (PIEL et al., 2002).
Em geral, de acordo NOBEL (1991) citado por CARVALHO (2006b), folhas de
plantas desenvolvidas sob baixos níveis de radiação solar podem apresentar aumento de 20%
a 80% da área superficial, em relação às folhas crescidas a pleno sol.
Diversos autores como CAMPOS & UCHIDA (2002); ALVARENGA et al. (2003);
VIEIRA et al. (2005) têm demonstrado que plantas crescidas sob baixos níveis de radiação
solar formam folhas com maior área foliar específica.
Rúcula
y = 143,72 + 3,3431x
R
2
= 0,85*
0
100
200
300
400
500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar específica
(cm2.g-1)
Rabanete
y = 229,45 + 2,4679x
R
2
= 0,94*
0
100
200
300
400
500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar específica
(cm2.g-1)
Alface lisa (primavera)
y =283,46 + 1,589x
R
2
= 0,56*
0
100
200
300
400
500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar específica
(cm2.g-1)
Alface lisa (inverno)
120
135
150
165
180
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento(%)
Área foliar específica
(cm2.g-1)
Alface crespa (verão)
y =206,678 + 1,855x
R
2
= 0,80*
0
100
200
300
400
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar específica
(m2.g-1)
Alface crespa (inverno)
y = 178,880 + 2,691x - 0,022x
2
R
2
= 0,97*
0
100
200
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar específica
(cm2.g-1)
Figura 26. Área foliar específica da rúcula, rabanete, alface lisa, alface crespa, em função do
nível de sombreamento.
A área foliar total das hortaliças avaliadas demonstrou que com exceção da rúcula
(Figura 27A), as demais hortaliças foram influenciadas pela redução do nível de radiação
solar (Figura 27B, C, D, E e F).
Para o rabanete e a alface crespa, cultivada no verão e inverno (Figura 27B, E e F)
observou-se mesmo padrão de comportamento, com aumento inicial da área foliar total em
função da redução do nível de radiação solar . O modelo de regressão que melhor se ajustou
aos dados foi o quadrático, com pontos de máxima de 305,51, 2147,32 e 2141,53 cm2,
A B
C
D
E F
34
alcançados nos níveis de 33%, 36% e 32% de sombreamento, respectivamente. Tendência
contrária foi observada para alface lisa (plantio de primavera e inverno), com redução linear
da área foliar total e, queda de 37% e 48% à medida que se aumentou o nível de
sombreamento de 0% para 70%, respectivamente (Figura 27C e D).
SOUZA et al. (1999), avaliando o desenvolvimento e a produção de rabanete
(Raphanus sativus) sob diferentes condições de restrição da radiação solar, verificaram que o
número de fo11lhas e área foliar total das plantas não foi afetado significativamente pelo
aumento do nível de sombreamento, contrariando o trabalho de HANADA (1990) que
verificou diminuição significativa do número de folhas de plantas de rabanete com
sombreamento superior a 37%.
Analisando-se conjuntamente os resultados referentes à altura de plantas, número de
folhas, área foliar específica e área foliar total, verificou-se que apesar da alface lisa (plantio
de primavera) ter apresentado aumento da área foliar específica (Figura 26C), este aumento
não foi suficiente para compensar a redução do número de folhas (Figura 25C) e,
conseqüentemente, aumentar a área foliar total das plantas com a redução do nível de radiação
solar (Figura 27C).
Em relação a alface lisa cultivada no inverno, observou-se uma redução mais
acentuada da área foliar total (Figura 27D), fato este, que pode estar associado à maior
dificuldade das plantas em alterar os padrões de distribuição de biomassa para prover maior
investimento em expansão foliar e, desta forma, compensar a redução do número de folhas.
Para a alface crespa (plantio de inverno), observou-se comportamento contrário, onde
apesar da redução da radiação solar ter promovido à diminuição do número de folhas (Fig.
25F), o aumento da área foliar específica até o nível de 61% de sombreamento, identificado
nesta cultura (Figura 26F), compensou esta redução, favorecendo o aumento da área foliar
total (Figura 27F).
Em relação ao rabanete, embora esta cultura também tenha apresentado aumento da
área foliar específica e total (Figura 26B e 27B), os resultados indicaram ausência de resposta
para o número de folhas em relação à redução do nível de irradiância.
Já para a alface crespa (plantio de verão), o aumento da área foliar total (Figura 27E)
foi resultado não só do aumento da área foliar específica (Figura 26E) como também, do
aumento número de folhas (Figura 25E).
CARVALHO et al. (2006), analisando o crescimento e metabolismo da artemísia
(Tanacetum parthenium (L). Schultz-Bip) em função de distintos níveis de sombreamento
(0%, 30% e 50% de sombreamento), verificaram que a redução do nível de radiação solar
promoveu não só aumento da área foliar, mas também, o crescimento em alturas das plantas
de artemísia.
35
Rúcula
400
440
480
520
560
600
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar total (cm2)
Rabanete
y = 236,76 + 4,113x - 0,062x
2
R
2
= 0,73*
0
100
200
300
400
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar total (cm2)
Alface lisa (primavera)
y = 4103,800 - 23,675x
R
2
= 0,92*
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar total (cm2)
Alface lisa (inverno)
y = 4559,9 - 28,152x
R
2
= 0,84*
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar total (cm2)
Alface crespa (verão)
y = 1779,600 + 20,605x - 0,2885x
2
R
2
= 0,70*
0
500
1000
1500
2000
2500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento(%)
Área foliar total (cm2)
Alface crespa (inverno)
y = 1676,100 + 28,912x - 0,445x
2
R
2
= 0,79*
0
500
1000
1500
2000
2500
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Área foliar total (cm
2
)
Figura 27. Área foliar total da rúcula, rabanete, alface lisa e crespa, em função do nível de
sombreamento.
Com relação à produção de matéria fresca de parte aérea das plantas, notou-se de
acordo com os resultados da análise estatística, que o aumento do nível de sombreamento
influenciou os resultados de produção de matéria fresca de todas as hortaliças em estudo
(Figura. 28A, B, C, D, E e F).
Comparando-se os resultados da análise de regressão da área foliar total e da produção
de matéria fresca de parte aérea, pode-se verificar que a matéria fresca apresentou mesmo
padrão de comportamento identificado para área foliar total das culturas (Figura 27B, C, D, E
e F), com exceção da área foliar da rúcula, que não foi influenciada pela redução do nível de
radiação solar (Figura 27A).
Para rúcula e alface lisa (plantio de primavera e inverno) observou-se diminuição da
matéria fresca de parte aérea com o aumento do nível de sombreamento (Figura 28A, C e D).
De acordo com a análise de regressão, o modelo matemático que melhor se ajustou aos dados
foi o linear, com queda de 25%, 39% e 21% na matéria fresca de parte aérea, à medida que se
reduziu o nível de radiação solar de 0% para 70%, respectivamente.
Tendência contrária à verificada para as culturas citadas acima foi notada no rabanete
e na alface crespa (plantio de verão e inverno), que apresentaram aumento inicial da matéria
fresca de parte aérea, à medida que se reduziu o nível de radiação solar (Figura 28B, E e F).
A
B
C
D
E
F
36
Segundo a análise de regressão, o modelo matemático que melhor se ajustou aos dados foi o
quadrático, com pontos de máxima de 6,86, 138,59 e 228,27 g de matéria fresca de parte
aérea, alcançados nos níveis de 40%, 32% e 25% de sombreamento, respectivamente (Figura
28B, E e F).
Resultados semelhantes ao do rabanete e da alface crespa (plantio de verão e inverno)
foram encontrados por SANTANA et al. (2000) ao avaliarem o efeito de diferentes tipos de
telas de sombreamento (pleno sol, sombrite de 50% e 75%; telha de polietileno) na produção
da alface (cultivar Grand rapids), sob condições climáticas do semi-árido nordestino. Os
resultados deste estudo indicaram que sob as telas de 50% e 75%, as plantas apresentaram
maior produção de matéria fresca e seca da parte aérea quando comparadas ao cultivo a pleno
sol (sem redução da irradiância). Segundo os autores, estes efeitos estão associados às
condições climáticas de verão no semi-árido nordestino, as quais prejudicaram o
desenvolvimento destas hortaliças sob condições de alta radiação solar.
Rúcula
y = 39,645 - 0,137x
R
2
= 0,99*
10
20
30
40
50
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Rabanete
y = 4,769 + 0,104x - 0,001x
2
R
2
= 0,68*
0
2
4
6
8
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Alface lisa (primavera)
y = 262,740 - 1,574x
R
2
= 0,91*
0
100
200
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento(%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Alface lisa (inverno)
y = 242,740 - 1,376x
R
2
= 0,94*
0
100
200
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Alface crespa (verão)
y = 121,340 + 1,081x - 0,017x
2
R
2
= 0,97*
40
80
120
160
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Alface crespa (inverno)
y = 202,480 + 2,052x - 0,041x
2
R
2
= 0,86*
0
100
200
300
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria fresca da parte
aérea (g)
Figura 28. Produção de matéria fresca da parte aérea da rúcula, rabanete, alface lisa e crespa,
em função do nível de sombreamento.
A B
C D
E F
37
Em relação à produção de matéria seca da parte aérea das plantas os resultados
demonstraram que todas as culturas foram influenciadas pela redução do nível de radiação
solar (Figura 29A, B, C, D, E, e F).
A rúcula e alface lisa (plantio de primavera) apresentaram mesmo padrão de
comportamento, ou seja, diminuição da matéria seca da parte aérea em função da redução do
nível de radiação solar. De acordo com a análise de regressão, o modelo matemático que
melhor se ajustou aos dados foi o quadrático, com pontos de mínima de 1,18 e 7,12 g de
matéria seca, alcançados nos níveis de 71% e 60% de sombreamento, respectivamente (Figura
29A e C).
Apesar de também terem apresentado diminuição da matéria seca da parte aérea com a
redução do nível de radiação solar, alface lisa e crespa cultivadas no inverno tiveram seus
dados mais bem ajustados pelo modelo linear, apresentando queda de 53% e 36% na matéria
seca da parte aérea em função do aumento do nível de sombreamento 0 para 70%,
respectivamente (Figura 29D e F).
Para o rabanete e alface crespa (plantio de verão), observou-se aumento inicial da
produção de matéria seca da parte aérea à medida que se reduziu o nível de radiação solar. O
modelo matemático que melhor se ajustou aos dados foi o quadrático, com pontos de máxima
de 1,02 e 8,28 g de matéria seca da parte aérea, alcançados nos níveis de 33 e 22% de
sombreamento, respectivamente (Figura 29B e E).
Segundo SALISBURY & ROSS (1969), citado por ORTEGA et al. (2006), a
diminuição da produção de matéria seca identificada nas culturas da rúcula, alface lisa
(plantio de primavera e verão) e alface crespa (plantio de inverno), em função da redução do
nível de radiação solar, pode ser explicada com base no ponto de compensação luminoso. De
acordo com estes autores, espécies tolerantes a redução do nível de radiação solar apresentam
baixo ponto de compensação, sendo capazes de produzirem assimilados suficientes para
favorecerem o desenvolvimento das plantas, em condições de restrição de radiação solar.
Em contrapartida, espécies intolerantes, de maior ponto de compensação luminoso, ao
serem cultivadas em ambientes de alto sombreamento, ou seja, abaixo do ponto de
compensação, de maneira geral, tendem a reduzir a produção de matéria seca, conseqüência
da menor produção de fotoassimilados pela fotossíntese e, do maior consumo de carboidratos
pela respiração.
Em relação ao rabanete e a alface crespa (plantio de verão) que apresentaram
acréscimo da matéria seca da parte aérea com o aumento do nível de sombreamento, tal
tendência pode ser interpretada pela exposição prolongada ao ambiente de alta radiação solar
(plantio de verão) ao qual as plantas cultivadas a pleno sol foram submetidas (tratamento de
0% de redução da irradiância). Por conseguinte, este ambiente promoveu absorção excedente
de fótons de luz, o que favoreceu o processo de fotoinibição da fotossíntese, reduzindo desta
forma, a produção de matéria seca destas plantas (KITAO et al., 2000b), em relação ao plantio
em cultivo protegido (até 33% e 22% de redução da radiação, respectivamente).
Segundo HOLMES & COWLING (1993) a redução da matéria seca é uma resposta
que costuma ocorrer em plantas que não se adaptam ao novo ambiente a que estão sendo
submetidas.
38
Rúcula
y = 3,734 - 0,076x + 0,0005x
R
2
= 0,99*
1.0
2.0
3.0
4.0
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Rabanete
y = 0,704 + 0,019x - 0,0003x
2
R
2
= 0,91*
0.0
0.4
0.8
1.2
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Alface lisa (primavera)
y = 16,124 - 0,300x + 0,0025x
2
R
2
= 0,97*
0
4
8
12
16
20
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Alface lisa (inverno)
y = 32,848 - 0,2262x
R
2
= 0,91*
0
10
20
30
40
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento(%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Alface crespa (verão)
y = 7,676 + 0,056x - 0,0013x
2
R
2
= 0,91*
2
4
6
8
10
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Alface crespa (inverno)
y = 10,161 - 0,0512x
R
2
= 0,86*
2
4
6
8
10
12
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Matéria seca da parte
aérea (g)
Figura 29. Produção de matéria seca da parte aérea da rúcula, rabanete, alface lisa e crespa,
em função do nível de sombreamento.
Em relação à matéria seca, diâmetro, matéria fresca e produtividade de raiz da cultura
do rabanete, os resultados indicaram que a redução do nível de radiação solar afetou
significativamente os resultados de todos estes parâmetros (Fig. 30A, B, C e D).
De acordo com a análise de regressão observou-se mesmo padrão de comportamento
para todas estas variáveis, com redução da matéria seca, fresca, do diâmetro e da
produtividade de raiz em função do aumento do nível de sombreamento (Fig. 30A, B, C e D).
O modelo matemático que melhor se ajustou aos dados destes parâmetros foi o linear, com
queda de 94% na matéria seca, 93% na matéria fresca, 80% no diâmetro e 94% na
produtividade de raiz, à medida que se aumentou o nível de sombreamento de 0% para 70%.
A redução da matéria seca na raiz com o aumento do nível de sombreamento é
amplamente citada na literatura (THOMPSON et al., 1992; WALTERS et al., 1993; DIAS-
FILHO et al., 1996; FELFILI, 1999; CAMPOS & UCHIDA., 2002) e, segundo DIAS-
FILHO (1999) esta redução esta atrelada ao fato de que sob baixos níveis de radiação solar as
plantas, de maneira geral, tendem a distribuir mais biomassa para a parte aérea em detrimento
do sistema radicular, fato que favorece o aumento de área foliar e de altura, ajustes estes, que
permitem a busca de maiores níveis de radiação solar, na tentativa de se maximizar o
A
B
C
D
E F
39
potencial fotossintético (ganho de carbono), garantindo desta forma, a continuidade do
desenvolvimento da planta.
Para WARDLAW (1976) o alto nível de sombreamento pode influenciar a distribuição
de assimilados dos órgãos fotossintéticos de diferentes maneiras. Nas condições de baixa
incidência de radiação solar, a translocação dos assimilados para a raiz pode aumentar, como
é o caso do Lolium tumelentum e Sorghum sudanense, ou diminuir como no caso de
Raphanus sativus (STARCK, 1973).
Ao avaliar a produção de tubérculos de batata (Solanum tuberosum L.),
GRAWRONSKA et al. (1989), verificaram queda de produção quando as plantas foram
submetidas a condições de 21 a 28% de sombreamento.
SOUZA et al. (2005) ao avaliarem o desenvolvimento do rabanete (Raphanus sativus
L. cv. Vermelho Redondo) cultivado sob três níveis de restrição de radiação solar (0%, 30% e
50% de redução) verificaram tendência similar à observada neste estudo, com redução da
distribuição de matéria seca para a raiz em relação à parte aérea.
Em um estudo realizado com Amburana cearensis (Allemao) A.C. Smith (cerejeira),
sob diferentes condições de redução da radiação solar (0%, 50%, 70% e 90% de redução),
RAMOS et al (2004), observaram que a cerejeira, leguminosa arbórea de elevado valor
comercial (exploração de madeira), apresentou maiores valores de matéria seca de raiz, caule,
folhas e total, no tratamento pleno sol (0% de redução) e, menor média no tratamento de 90%
de redução da radiação solar. Em relação à distribuição de biomassa, os autores verificaram
que em plantas cultivadas a pleno sol, 80% da biomassa total foi alocada para o sistema
radicular, o que comprova a restrição da capacidade desta espécie em tolerar ambientes de
alto sombreamento.
Resultados contrários foram obtidos por CHAVES & PAIVA (2004), ao estudarem o
efeito de dois níveis de restrição de radiação solar (0% e 50% de restrição) no
desenvolvimento de mudas de (Senna macranthera (Collad.) Irwin et Barn.). De acordo com
os autores, a produção de matéria seca da parte aérea, de raiz e total aumentou com o
acréscimo do nível de sombreamento.
Ao avaliar o efeito de diferentes níveis de redução da radiação solar (0, 25, 50 e 75%
de restrição) no acúmulo de matéria seca da parte aérea e das raízes do taro (Colocasia
esculenta L. schott) OLIVEIRA et al. (2004) constataram que as plantas submetidas ao maior
nível de sombreamento apresentaram médias superiores em termos de produção de biomassa
aérea, em detrimento de biomassa radicular, sendo o tratamento de 50% de sombreamento, o
que propiciou melhor desenvolvimento vegetativo do taro, considerando parte aérea e raízes.
Para OSUNKOYA (1994) o maior investimento de fotoassimilados na raiz, sob nível
de radiação solar não limitante para as espécies, visa maior eficiência do uso de nutrientes
pelas plantas, objetivando desta forma, melhor desenvolvimento das espécies vegetais.
Analisando-se os resultados de maneira geral, observa-se que as alterações
morfofisiológicas ocorridas nas hortaliças cultivadas em períodos de menor radiação solar e
temperatura (outono, inverno e início da primavera), sob condições de redução da radiação
solar, não foram suficientes para garantir a adaptação a estes ambientes, prejudicando assim, a
produção de matéria seca e o desenvolvimento das culturas estudadas.
Fato esse que demonstra que em períodos de menor radiação e temperatura, o cultivo
destas hortaliças sob condições de restrição de radiação, como é o caso de sistema
agroflorestais e telados, torna-se inviável.
40
y = 1,207 - 0,0173x
R
2
= 0,95*
-0.3
0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento
Produção de matéria seca de raiz
(g)
y = 11,49 - 0,1619x
R
2
= 0,91*
0
3
6
9
12
15
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Produção de matéria fresca (g)
y = 2,3177 - 0,0307x + 0,00005x
2
R
2
= 0,95*
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Diâmetro de raiz (cm)
y = 8,663 - 0,1245x
R
2
= 0,94*
-3
0
3
6
9
12
0 20 40 60 80
Nível de sombreamento (%)
Produtividade de raiz do rabanete
(t.ha-1)
Figura 30. Produção de matéria fresca, seca, diâmetro e produtividade de raiz de rabanete, em
função do nível de sombreamento.
A B
C D
41
4 CONCLUSÕES
Alterações morfofisiológicas foram detectadas na rúcula e na alface lisa (plantio de
primavera e inverno) em função da redução do nível de radiação solar, todavia isto não
refletiu no aumento de matéria fresca e seca.
O aumento do nível de sombreamento no cultivo de rabanete acarretou acréscimo do
teor de clorofilas, da altura, área foliar específica e área foliar total. Contudo, a redução do
nível de radiação solar provocou redução do diâmetro da raiz, determinando queda da
produção de matéria fresca e seca, e produtividade desta cultura.
Em relação à alface crespa, no cultivo de inverno, as alterações morfológicas
contribuíram para o aumento da produção de matéria fresca até o nível de 25% de
sombreamento, no entanto, o mesmo comportamento não foi verificado para a produção de
matéria seca.
No cultivo de verão a alface crespa foi à única hortaliça estudada a se adaptar à
redução do nível de radiação solar, haja vista, apresentar alterações morfofisiológicas que
culminaram com o aumento da produção de matéria fresca e seca de parte aérea, até os níveis
de, respectivamente, 32% e 22% de sombreamento.
42
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49
CAPÍTULO II
DESEMPENHO AGRONÕMICO DE HORTALIÇAS NO SISTEMA DE
MANEJO ORGÂNICO COM FAIXAS INTERCALARES DE
CROTALÁRIA
50
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de rúcula [Eruca sativa (Mill.)], rabanete
(Raphanus sativus) L.) e alface lisa e crespa (Lactuca sativa L.), sob manejo orgânico, no
sistema de faixas intercalares de crotalária (Crotalaria juncea L.). Os experimentos foram
instalados na baixada fluminense, no município de Seropédica, no Sistema Integrado de
Produção Agroecológica (SIPA- “ Fazendinha Agroecológica km 47”). O delineamento
experimental adotado foi o de blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com 4
tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos constaram do cultivo das hortaliças na ausência e
presença de faixas intercalares de crotalária e da cobertura morta, formada pela palhada desta
leguminosa. A produção de matéria fresca e seca da parte aérea da rúcula e a produção de
matéria fresca de raiz do rabanete não foram influenciadas pelas faixas intercalares de
crotalária e pela cobertura morta. A presença de cobertura morta contribuiu para a redução do
número de plantas e do diâmetro de raiz do rabanete, sendo a maior produção de matéria seca
observada no tratamento presença de faixas e ausência de cobertura morta. A produção de
matéria fresca de alface lisa e crespa foi influenciada positivamente pela presença de
cobertura morta, enquanto que a produção de matéria seca,da alface lisa foi beneficiada e a da
alface crespa foi prejudicada pela presença das faixas de crotálaria. A velocidade de
decomposição “in situ” da palhada proveniente do corte de crotalária, diminuiu na medida que
se restringiu o acesso de grupos da fauna do solo, independentemente da ausência ou presença
de faixas. Já a velocidade de decomposição e conseqüente liberação de C e N da palhada de
crotalária foi reduzida na presença das faixas desta leguminosa.
Palavras chaves: Hortaliças. Sistema de cultivo em faixas. Cobertura morta.
51
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the performance of rocket plant [Eruca sativa
(Mill)], radish (Raphanus sativus L.) and butter head and crisp head lettuce (Lactuca sativa
L.) intercropped with sunnhemp (Crotalaria juncea L.) hedgerows in organic system. The
experiments were carried out in Seropédica, Rio de Janeiro, Brazil, in the Integrated Agro
ecological Production System (IAPS Agro ecological farm, km 47”). Four treatments were
allocated in a complete randomized block design in a split-plot arrangement with four
replications. Treatments consisted of vegetables cropped with or without sunnhemp
hedgerows and mulch with sunnhemp straw. Aerial part dry and fresh matter production of
rocket plant and root fresh matter production of radish were not influenced by sunnhemp
hedgerows and by mulching. In the radish crop, mulch contributed to reduction of plant
number and root diameter, and the highest dry matter yield was obtained in the presence of
sunnhemp hedgerows and absence of mulching. Fresh matter production of butter head and
crisp head lettuce was positively affected by mulching while sunnhemp hedgerows improved
dry matter yield of butter head lettuce and diminished dry matter production of crisp head
lettuce. “In situ” decomposition rate of sunnhemp straw was reduced as soil microorganisms’
access was restricted, independently of sunnhemp hedgerows. Decomposition rate and C and
N liberation rates from sunnhemp straw was reduced in the presence of sunnhemp hedgerows.
Key words: Vegetables. Alley cropping system. Organic mulch.
52
1 INTRODUÇÃO
O sistema de cultivos em faixas intercalares (aléias) começou a ser estudado por volta
de 1978, na Nigéria, pelo IITA (Internacional Institute of Tropical Agriculture) e pelo IICA
(Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura). Desde então, o cultivo em aléias
vem sendo usado tradicionalmente em regiões montanhosas na Ásia, como método de
controle de erosão e como alternativa para a diversificação de renda por produtores de
madeira (JOSE & GILLESPIE, 1998).
Segundo RAO et al. (1998), o cultivo em faixas intercalares passou a ser muito
explorado a partir dos anos 80 com a busca da sustentabilidade dos sistemas. Desde então,
esse sistema tem sido alvo de pesquisa, principalmente nos trópicos úmidos e sub-úmidos,
visando avaliar a combinação de benefícios para as características do solo.
O sistema de plantio conhecido como “alley cropping” é um dos sistemas
agroflorestais (SAF) mais simples, sendo comumente praticado por pequenos produtores da
África e Ásia (WILSON & KANG, 1981; KANG et al.,1984; VERGARA, 1982), uma vez
que alguns agricultores dos trópicos reconhecem a necessidade de usar certas espécies de
plantas para manter a fertilidade do solo em suas terras. É definido como sistema que integra
um plantio comercial entre faixas cultivadas com arbustos ou árvores, preferencialmente,
leguminosas. As árvores ou arbustos são estabelecidos em fileiras espaçadas de 4,0 a 6,0 m,
sendo podadas, periodicamente, para fornecimento de matéria orgânica e, conseqüentemente,
nutrientes ao sistema, para minimizar o sombreamento e a competição por água e nutrientes
com a cultural principal (WILSON & KANG, 1981), Além disso, parte da folhagem também
pode ser colhida para alimentação animal (PEREIRA, 1985).
Embora se possa incorporar ao solo toda a matéria orgânica proveniente da poda das
árvores e arbustos, a manutenção da biomassa vegetal em cobertura irá promover vários
benefícios como maior eficiência no controle da erosão, maior conservação de umidade,
aumento da agregação e porosidade, bem como redução e menor variação da temperatura
superficial. Além disto, minimiza-se a perda de nutrientes, pela menor velocidade de
mineralização da matéria orgânica (GIRMA & ENDALE, 1995; PERIN et al., 2000).
BRAGAGNOLO & MIELNICNZUK (1990), investigando o efeito da cobertura com
resíduos de oito diferentes seqüências de culturas e seu relacionamento com temperatura e
umidade do solo, no crescimento inicial do milho, em um Podzólico Vermelho Escuro,
verificaram ser possível reduzir evaporação d’água e temperatura, propiciando melhores
condições para as plantas.
CORAK et al. (1991), avaliando a influência de leguminosas em cobertura sobre o
armazenamento de água no solo e sobre a produção de milho em plantio direto, evidenciaram
que o principal beneficio do adubo verde relacionou-se ao suprimento de nitrogênio.
Ainda que várias espécies vegetais possam ser empregadas neste sistema de cultivo,
merecem destaque às espécies pertencentes à família Fabaceae, por formarem associações
simbióticas com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico dos gêneros Rhizobium e
Bradyhizobium e, por fornecerem após o corte, quantidades expressivas desse nutriente
essencial ao desenvolvimento das plantas.
Dentre as várias espécies que podem ser empregadas no sistema de faixas intercalares,
merece destaque a crotalária (C. juncea), espécie de crescimento rápido e agressivo
(CALEGARI, 1998), que além de fornecer grande quantidade de matéria orgânica rica em
nutrientes (PEREIRA, 2007), também, é utilizada, com eficiência, no controle de
fitonematóides (HUANG & SILVA, 1980; JAEHN, 1984; JAEHN & REBEL, 1984;
SHARMA & SCOLARI, 1984; ESPINDOLA, 1996; RESENDE, 2000)
53
Segundo SILVA et al (1989), C. juncea não apenas controla nematóides como
também algumas plantas daninhas. ESPINDOLA (1996) encontrou que a crotalária promoveu
um aumento na taxa de colonização radicular da batata-doce e no número de propágulos
infectivos de fungos micorrízicos (MA) indígenas, quando comparados com tratamentos
ausentes de vegetação.
Ainda que o sistema de faixas intercalares seja uma tecnologia viável para ser adotada
em países de clima tropical e subtropical, principalmente por pequenos produtores, que não
dispõem de área para a adoção de pousio com adubos verdes, poucos são os projetos de
pesquisa relacionados ao estudo da adaptação de hortaliças neste sistema de cultivo. Portanto,
de acordo com o que foi exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a adaptação de
hortaliças no sistema de faixas intercalares de crotalária, sob manejo orgânico.
54
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental.
O experimento foi conduzido no SIPA (Sistema Integrado de Produção
Agroecológica), um espaço de pesquisa em produção orgânica, criado através do convênio
entre a UFRRJ, EMBRAPA/Agrobiologia, EMBRAPA/SOLOS e a PESAGRO-RIO, desde
1993. O SIPA está localizado em área de aproximadamente 60ha, na Baixada Fluminense,
Município de Seropédica (22º 45' S e 43º 42' W e altitude de 33m), Rio de Janeiro, Brasil.
O clima, segundo a classificação de Köppen, enquadra-se no tipo Aw. A estação
chuvosa inicia-se em outubro, sendo os maiores índices pluviométricos observados nos meses
de novembro a fevereiro. Em meados do ano, a precipitação diminuiu alcançando mínimo em
julho. As temperaturas mais elevadas distribuem-se entre os meses de janeiro a março,
enquanto as médias mensais mais baixas ocorrem nos meses de maio a agosto. A temperatura
média do ar e a radiação solar, quando da condução do experimento, estão na Figura 31.
15
20
25
30
35
1/3/2007
15/3/2007
29/3/2007
12/4/2007
26/4/2007
10/5/2007
24/5/2007
Temperatura média (°C)
50
100
150
200
250
300
350
Radiação solar (W.m
-2
)
Temperatura média
Radiação solar
Figura 31. Temperatura média do ar e radiação solar durante a condução do experimento
O solo da área experimental foi classificado como Argissolo, série Itaguaí (Embrapa,
2006), e a área vem sendo cultivada com diversas espécies de interesse econômico,
notadamente hortaliças. A análise química de amostras retiradas na camada de 0-20 cm da
área experimental forneceu os seguintes resultados: pH= 6,8; Al
+3
= 0,0 cmolc.dm
-3
; Ca
+2
= 5,5
cmolc.dm
-3
; Mg
+2
= 1,0 cmolc.dm
-3
; P= 85,0 mg.dm
-3
e K= 156
mg.dm
-3
.
2.2 Caracterização dos Experimentos e Delineamento Experimental.
O desenho experimental adotado foi o de blocos ao acaso, em esquema de parcelas
subdivididas, com 4 tratamentos e 5 repetições. Foram casualizadas nas parcelas, faixas
intercalares de crotalária (ausência ou presença) e, nas sub-parcelas a cobertura morta
(ausência ou presença), formada pela palhada desta leguminosa.
55
Antes do início do preparo do solo, procedeu-se ao corte da crotalária em uma área
central equivalente a 125 m
2
(área destinada aos canteiros) e, a biomassa proveniente deste
corte foi remanejada para outra área. Em seguida, realizou-se a aração e a gradagem desta
terra, para a formação de 3 canteiros, com dimensões de 25 m de comprimento e 1,20 m de
largura, com espaçamento de 0,5 m entre canteiros.
Foram implantadas duas faixas (aléias), compostas por quatro linhas de crotalária,
espaçadas 0,5 m, com intervalo entre faixas de 6,0 metros, o que levou a formação de um
corredor, com comprimento total de 25 metros. No intervalo entre as faixas de crotalária,
foram erguidos três canteiros, com dimensões de 25 metros de comprimento e 1,20 m de
largura, sendo os canteiros externos, próximos das faixas, destinados ao plantio das hortaliças
e o canteiro central destinado ao estudo de decomposição dos resíduos vegetais de crotalária.
Cada parcela apresentou área de 4,0 m
2
(considerando os canteiros externos ao canteiro
central), totalizando área de 1,0 m
2
para cada hortaliça.
Para o plantio, utilizou-se, para a alface lisa e crespa, espaçamento de 0,25 x 0,25 m,
totalizando 16 plantas em cada parcela, sendo 4 plantas da área útil. Para a rúcula o
espaçamento utilizado foi de 0,20 x 0,7 m, adotando o plantio de duas plantas por cova, o que
totalizou 140 plantas em cada parcela, sendo 42 plantas da área útil. No cultivo do rabanete, o
espaçamento adotado foi de 0,20 x 0,07 m, para obter população de 70 plantas em cada
parcela, com 21 plantas da área útil.
A semeadura da rúcula e da alface lisa e crespa foi realizada, aproximadamente, vinte
dias antes do plantio de cada cultura, em bandejas de poliestireno expandido, contendo 200
células e, utilizando-se substrato comercial. O transplante das mudas para o local definitivo
foi realizado quando estas apresentaram quatro folhas definitivas.
As cultivares selecionadas para o plantio foram: Cultivada para a rúcula, Regina para a
alface lisa e, Vera para a alface crespa. Para o rabanete, utilizou-se a cultivar Rabanito n
0
19 a
qual foi semeada diretamente nos canteiros, utilizando densidade superior de sementes com
posterior desbaste manual, para ajuste populacional (0,20 x 0,07 m). O plantio da rúcula e do
rabanete ocorreu em 30/03/07 e, da alface lisa e crespa em 01/04/07.
Antes do plantio das hortaliças, foi feita adubação com 100 kg de N.ha
-1
, usando como
fonte esterco bovino curtido (1,5 % de nitrogênio), o qual foi incorporado aos canteiros. Para
se verificar o efeito da adubação de cobertura com palhada de crotalária, não se realizou neste
experimento, outra adubação a não ser a adubação de plantio, com esterco de boi.
2.3 Avaliações
2.3.1 Determinação da biomassa aérea seca e análise química de tecido da crotalária.
Conforme apresentado no Capítulo I.
2.3.2 Determinação da taxa de decomposição e liberação de nutrientes da cobertura
morta dos resíduos vegetais de crotalaria.
A avaliação da decomposição dos resíduos vegetais foi iniciada após o corte da parte
aérea da plantas, aproximadamente, aos 200 DAP (dias após a semeadura da crotalária). Logo
após o corte, pesou-se 50 gramas de material, obedecendo ao valor da relação haste/folha
(3:1) desta leguminosa. Em seguida, estas amostras foram acondicionadas em sacolas de
nylon (dimensões de 25 x 25 cm) de diferentes aberturas de malha (45 µm, 1mm e 5mm), o
que permitiu o acesso da biota de distintos tamanhos, para a realização da decomposição da
palhada da crotalaria (SWIFT et al., 1979).
56
As sacolas foram dispostas entre o solo e cobertura morta. Foram preparadas sacolas
para a realização de coletas aos 3, 10, 20, 46, 78 dias após o início do ensaio. Em cada data de
coleta o conteúdo remanescente das sacolas foi levado ao laboratório, procedendo-se à
limpeza e separação da palhada e das partículas de solo, com auxílio de um pincel.
Após esta etapa, o resíduo vegetal remanescente foi acondicionado em sacos de papel,
levados à estufa de ventilação forçada de ar, à 65
o
C. até o material alcançar massa constante,
para determinação da matéria seca.
O material seco foi processado em moinho do tipo Willey (abertura de peneira de 20
mesh), e em seguida, procedeu-se a análise de N de acordo com o método preconizado por
BREMNER & MULVANEY (1982), enquanto, o teor de C foi determinado pela queima em
mufla à temperatura de 550
0
C (EMBRAPA, 1997).
Os dados de decomposição dos resíduos e liberação de C e N, foram transformados em
porcentagem relativa ao peso da matéria seca e ao teor de nutriente do início da decomposição
(X
0
), apresentando estes resultados, melhores ajustes de acordo com modelo exponencial
simples (X= Xo e
-kt
), como utilizado por REZENDE et al (1999); onde X é a quantidade de
matéria seca ou nutriente remanescente após um período de tempo, em dias; Xo é a
quantidade de matéria seca ou nutriente inicial; e K é uma constante de decomposição.
Reorganizando os termos da equação, calculou-se a constante de decomposição ou valor K;
descrito como K= -ln (X/X0)/t. Estimou-se também, a partir do modelo tempo de meia vida,
que expressa o período de tempo necessário para que a metade dos resíduos se decomponha
ou para que a metade dos nutrientes contidos nesses resíduos seja liberada. De acordo com
REZENDE et al. (1999), é possível calcular os tempos de meia vida através da equação: t
1/2
=
ln 0,5/K, onde t
1/2
é o tempo de meia vida de matéria seca ou nutriente.
2.3.3 Teor de nutrientes presentes no tecido vegetal das hortaliças.
Após a colheita da rúcula, rabanete, alface lisa e crespa, aos 28, 30 40 e 45 dias, após o
plantio, respectivamente, a parte aérea das folhosas, assim como a raiz do rabanete, foi seca
em estufa de ventilação forçada de ar, à 65
o
C, até o material alcançar massa constante. Em
seguida, sub-amostras destas hortaliças foram coletadas, para serem processadas em moinho
tipo Willey (peneira de 2mm), a fim de proceder-se à análise química de tecido, para
determinação dos teores de N, P, K, Ca e Mg. O N foi determinado após digestão sulfúrica e
destilação em Kjeldahl, adaptado da determinação conduzida para solo (BREMNER &
MULVANEY, 1982), enquanto o P, o K, o Ca e o Mg foram determinados a partir de
digestão nítrico - perclórica (BATAGLIA et al., 1983). A determinação do P foi feita por
colorimetria através da formação da cor azul do complexo fosfato molibdato em presença de
ácido ascórbico, e do K, Ca e Mg por espectrofometria de absorção atômica. Por sua vez, as
determinações de Ca e Mg no extrato nítrico perclórico foram feitas por espectrofotometria
de absorção atômica (BATAGLIA et al., 1983).
2.3.4 Quantificação de pigmentos foliares fotossintetizantes.
Os teores de clorofila a, b, total (a + b) e carotenóides foram detreminados em 4
plantas da bordadura, ao final de cada ciclo de plantio. De cada planta foram retiradas duas
folhas completamente expandidas, as quais foram de imediato acondicionadas em sacos
plásticos e mantidas em caixa de isopor.
No laboratório, foram eliminadas as nervuras mais grossas das folhas sendo
posteriormente, retirada uma sub-amostra de 0,5 g de tecido foliar fresco de cada tratamento.
Em seguida, estes fragmentos foram acondicionados em potes plásticos (capacidade de 50
ml), embebidos em acetona pura, fechados, lacrados com filme plástico e armazenados em
geladeira, até finalização do processo de extração, o qual foi considerado completo quando,
57
por meio de exame visual, as folhas das amostras apresentaram-se transparentes (ARNON,
1949, citado por REGO et al., 2006).
Alíquotas de 15 mL das soluções foram transferidas para cubeta de vidro de 3 cm
3
,
onde, por colorimetria, foram feitas leituras de absorbância, usando-se como o branco apenas
acetona pura. A absorbância dos extratos foi medida em espectrofotômetro marca Shinadzu,
modelo UV - 601. A absorbância (A) da clorofila ‘a’ foi lida em 661,6 nm, a da clorofila ‘b’
em 644,8 nm e, a dos carotenóides em 470 nm. O cálculo da concentração da clorofila a (Cla),
da clorofila b (Clb), clorofila total (a + b) e carotenóides (Cc) foi realizado de acordo com as
equações definidas em LICHTENTHALER (1987), sendo o teor de clorofilas presentes nos
tecido das hortaliças expresso em µg do pigmento por grama de matéria fresca.
De acordo com metodologia descrita por LICHTENTHALER (1987), os teores de
clorofila a, b, total (a + b) e carotenóides foram determinados através das seguintes fórmulas:
- Clorofila a: 2 * Vol. total * diluição * ((11,24*A
661,6
) (2,04*A
644,8
));
- Clorofila b: 2 * Vol. total * diluição * (( 20,13*A
644,8
) (4,19*A
661,6
));
- Clorofila total (a + b): 2 * Vol. total * diluição * ((7,05*A
661,6
) + (18,09*A
644,8
));
- Carotenóides: ((1000 * A470 * 2 * Vol. total * diluição)/214)-((1,9*teor clorofila a)/214))-
(63,14*teor de clorofila b)/214)).
Sendo: - Vol. Total o volume final da extração (ml);
- Diluição para leitura no espectrofotômetro. Para as culturas da rúcula e da alface lisa
utilizou-se diluição de 6 vezes. Já para a alface crespa e rabanete usou-se diluição de 5 vezes.
- A
470
, A
644,8
e A
661,6
: absorbância como indicada no comprimento de onda.
2.3.5 Parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças.
Os parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças avaliados foram:
a) Para a alface lisa e crespa: altura, número de folhas, área foliar específica e área
foliar total, produção de matéria fresca e seca e produtividade.
b) Para a rúcula: altura, número de folhas, área foliar específica e total, produção de
matéria fresca e seca de raiz e produtividade.
Em ambas, foram adotados os critérios de comercialização descritos por FILGUEIRA
(2000) para avliar parâmetros morfológicos e produtivos das hortaliças. A matéria seca foi
determinada através da secagem das raízes em estufa de ventilação forçada de ar à 65
0
C até o
material alcançar massa constante.
A área foliar total (cm
2
) das hortaliças foi determinada utilizando-se medidor de área
foliar LI-COR, modelo LI-3100. Posteriormente, calculou-se a área foliar específica (AFE em
cm
2
.g
-1
) por meio da divisão da área foliar total pela massa seca das folhas (HUNT, 1982).
2.3.6 Análise Estatística
Os dados foram submetidos a testes de normalidade e homogeneidade da variância dos
erros. Atendidas as pressuposições, realizou-se a análise de variância, adotando-se o teste F.
As variáveis cujo “teste F” foi significativo (p = 0,05) foram submetidas à análise de
comparação múltipla, adotando-se o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade,
com o auxílio do programa estatístico SAEG versão 9.0 (Universidade Federal de Viçosa).
As curvas de perdas de matéria seca e nutrientes dos resíduos vegetais, assim como as
equações matemáticas, que melhor representam o fenômeno foram obtidas por meio de
análises no programa Sigma Plot.
58
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Produtividade de Biomassa Aérea Seca e Estoque de Nutrientes da Parte Aérea da
Crotalária.
A produtividade média de biomassa aérea seca de crotalária ficou foi de 7,6 t.ha
-1
. Em
relação ao teor de nutrientes, obteve-se 33 g.kg
-1
para N, 1,76 g.kg
-1
para P, 32,8 g.kg
-1
para K,
9,13 g.kg
-1
para Ca e 3,18 g.kg
-1
para o Mg.
Em relação ao acúmulo total de nutrientes, verificou-se os seguintes resultados: 255,3
kg.ha
-1
de N, 13,4 kg.ha
-1
de P, 249,9 kg.ha
-1
de K, 69,6 kg.ha
-1
de Ca e 24 kg.ha
-1
de Mg.
3.2 Decomposição “in situ” dos Resíduos Vegetais da Parte Aérea de Crotalária.
A constante de decomposição (k) e o tempo de meia vida (t
1/2
) da matéria seca da
palhada de crotalária variaram em decorrência das faixas intercalares e dos diferentes tipos
malhas (Tabela 4).
De acordo com os resultados, pode-se constatar que, tanto na ausência quanto na
presença de faixas, os valores K
2
e de t
1/2
da matéria seca foram, respectivamente, direta e
inversamente influenciados pelo aumento da abertura de malha, notando-se de maneira geral,
uma ligeira redução do tempo de meia vida à medida que se aumentou a abertura de malha.
Tabela 4. Constante de decomposição (K), tempo de meia vida (t
1/2
) e equação de
decomposição da matéria seca de crotalária, em função do tipo de tela e da
presença e ausência de aléias.
Telas de diferentes
malhas
Parâmetros da equação
1
de decomposição
Aléias
K
(g.g
-1
dia
-1
)
t
½
(3)
(dias)
Equação
Coef. de
determ. (r
2
)
------------------------------------------
Ausência
de faixas intercalares
----------
-----------------
Malha
pequena
(45µm)
0,0175
40
Y= 77,548e
-
0,0175
0,86
Malha
média
(1mm)
0,0179
39
Y= 81,259e
-
0,0179
0,90
Malha g
rande
(5mm)
0,0185
37
Y= 81,997e
-
0,0185
0,95
----------------------------------------
Presença
de faixas intercalares
---------
------------
----------
Malha
pequena
(45µm)
0,0159
44
Y=73,736e
-
0,0159
0,78
Malha
média
(1mm)
0,0177
40
Y= 80,049e
-
0,0177
0,88
Malha g
rande
(5mm)
0,0174
40
Y= 77,656e
-
0,0174
0,87
1
Equação
:
C=Co e
-kt
;
2
Constante de decaimento;
3
Tempo de meia vida.
Em relação às taxas de decomposição e liberação de C e N contidos nos resíduos
vegetais da crotalária (Tabela 5 e 6), identificou-se mesmo padrão de comportamento ao
observado para matéria seca, ou seja, o aumento da abertura de malha promoveu a redução
expressiva do tempo de meia vida (t
1/2
), tanto na ausência quanto na presença de faixas
intercalares.
Para o carbono (Tabela 5), ao se comparar o (t
1/2
)
da malha pequena com a grande nos
tratamentos ausência e presença de faixas, notou-se queda de 27 % e 58% no tempo de
permanência dos resíduos vegetais de crotalária na superfície do solo, respectivamente. Já
para o N (Tabela 6), a redução do tempo de meia vida foi de 44% na ausência de faixas e de
59
36% na presença de faixas intercalares de crotalária. Possivelmente, estes resultados estão
ligados à restrição do contato da macrofauna (diâmetro corporal entre 2 mm e 20 mm) com os
resíduos contidos no interior das sacolas de decomposição, nas malhas pequena e média, fato
que retardou a velocidade de decomposição e liberação de C e N.
Segundo SEASTED (1984), como a macrofauna é a principal responsável pela
fragmentação inicial dos resíduos vegetais e pelo estímulo da atividade microbiana, a barreira
criada pela malha pequena e média, desfavoreceu a fragmentação ou quebra da matéria
orgânica em substratos passíveis de serem explorados (degradadas bioquimicamente) pelos
microorganismos, que são os decompositores primários da matéria orgânica (CAMARGO et
al., 1999), levando conseqüentemente, ao retardamento do processo de decomposição e
liberação de nutrientes das malhas pequena e média (malhas mais fechadas), em relação à
malha mais aberta (5mm).
Tabela 5. Parâmetros da função C = Co e
-kt
, tempo de meia vida (t
1/2
) da taxa de liberação de
C contido nos resíduos vegetais de crotalária, e equação de decomposição, em
função da ausência e presença de faixas intercalares e da abertura de malha.
Malhas
Parâmetros da equação
1
de decomposição
Aléias
K
(g.g
-1
dia
-1
)
t
½
(3)
(dias)
Equação
Coef. de determ.
(R
2
)
------------------
------------------------
Ausência
de faixas intercalares
----------
------------------
Malha
pequena
(45µm)
0,0099
70
y = 84,288e
-
0,
0099x
0,85
Malha
média
(1mm)
0,0106
65
y = 92,456e
-
0,
0106x
0,97
Malha g
rande
(5mm)
0,0135
51
y = 95,547e
-
0,
0135x
0,95
-----
-----------------------------------
Presença
de faixas intercalares
---------
----------------------
Malha
pequena
(45µm)
0,0055
126
y = 80,432e
-
0,005x
0,62
Malha
média
(1mm)
0,006
0
116
y = 86,162e
-
0,006x
0,83
Malha g
rande
(5mm)
0,01
32
53
y = 101,37
e
-
0,0
1
32
0,99
1
Equação
:
C=Co e
-kt
;
2
Constante de decaimento;
3
Tempo de meia vida.
Tabela 6. Parâmetros da função C = Co e
-kt
, tempo de meia vida (t
1/2
) da taxa de liberação de
N contido nos resíduos vegetais de crotalária, e equação de decomposição, em
função da ausência e presença de faixas intercalares e da abertura de malha.
Malhas
Parâmetros da equação
1
de decomposição
Aléias
K
(g.g
-1
dia
-1
)
t
½
(3)
(dias)
Equação
Coef. de determ.
(r
2
)
------------------------------------------
Ausência
de faixas int
ercalares
----------
------------------
Malha
pequena
(45µm)
0,016
43
y = 91,305e
-
0,
0016x
0,97
Malha
média
(1mm)
0,019
36
y = 99,437e
-
0,
0019x
0,96
Malha g
rande
(5mm)
0,0287
24
y = 99,277e
-
0
,
0287x
0,87
----------------------------------------
Presença
de
faixas intercalares
---------
----------------------
Malha
pequena
(45µm)
0,0132
53
y = 86,759e
-
0,0132x
0,94
Malha
média
(1mm)
0,0176
39
y = 92,861e
-
0,0176x
0,96
Malha g
rande
(5mm)
0,0203
34
y = 81,081e
-
0,0203x
0,83
1
Equação
:
C=Co e
-kt
;
2
Constante de decaimento;
3
Tempo de meia vida.
Considerando os resultados apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6, outro aspecto que
merece destaque diz respeito ao efeito que as faixas intercalares causaram no tempo de meia
60
vida referentes à decomposição da matéria seca e liberação de C e N dos resíduos vegetais de
crotalária, nas diferentes aberturas de malha.
De acordo com a Tabela 4, notou-se que na presença de faixas intercalares, os valores
do tempo de meia vida da matéria seca foram de 9%, 3% e 8% superiores aos valores
identificados na ausência de faixas, para as malhas pequena, média e grande, respectivamente.
Já para os valores de t
½
do C e do N (Tabela 5 e 6), os resultados da análise revelaram
percentuais mais discrepantes entre os tratamentos ausência e presença de faixas.
Para o C (Tabela 5) os valores do tempo de meia vida foram 44%, 43% e 4%
superiores aos valores identificados na ausência de faixas e, para o N (Tabela 6), este
acréscimo foi da ordem de 19%, 8% e 29% no (t
1/2
), para as malhas pequena, média e grande,
respectivamente.
Apesar de não ter sido realizado monitoramento das condições ambientais do
experimento, principalmente, em relação a irradiância, a redução da radiação solar causada
pela presença das faixas intercalares de crotalária, mesmo que temporária, provavelmente,
deve ter contribuído para redução da temperatura do solo, o que levou conseqüentemente, a
redução da velocidade de decomposição dos resíduos vegetais desta leguminosa,
principalmente da malha pequena e média.
De acordo com BRADY (1989), à medida que se reduz 10
o
C na temperatura do solo,
em áreas que apresentam condições de umidade uniforme, há um aumento de 2 a 3 vezes no
tempo de permanência dos resíduos vegetais no solo.
3.3 Teor de Nutrientes Presentes no Tecido Vegetal das Hortaliças
Em relação à análise química de tecido das hortaliças estudadas, os resultados
demonstraram ausência de influência dos fatores isolados faixas intercalares e cobertura
morta, assim como da interação entre os fatores. Os teores médios dos nutrientes presentes na
rúcula, rabanete, alface lisa e crespa apresentam-se na Tabela 7.
Tabela 7. Teor médio de nutrientes presentes no tecido vegetal de rúcula, rabanete, alface lisa
e crespa cultivadas no sistema de faixas intercalares de Crotalaria juncea, com e
sem a presença de cobertura morta.
Nutrientes
Hortaliças
Rúcula Rabanete Alface lisa
Alface
Crespa
Teor médio de nutrientes (g.
k
g
-
1
ns
N
4,7
2,5
3,3
31
,0
P
38
,0
6,0
6,2
5,7
K
70,2
56,6
27,4
52,9
Ca
28,1
9,1
11,5
11,7
Mg
5,5
5,6
3,6
1,0
ns
Não significativo ao nível de 5% de probabilidade.
Resultados contrários foram obtidos por MOREIRA (2003), em relação ao teor de N,
ao avaliar o desempenho do brócolis no sistema de faixas intercalares de feijão-guandu
(Cajanus cajan L. Millsp.). De acordo com o autor, a incorporação da biomassa aérea do
guandu, que por ocasião do corte apresentava 174 kg de N.ha
-1
, e possivelmente, a rápida
decomposição dos resíduos vegetais desta leguminosa, promoveu o aumento do teor de N
desta cultura.
61
FERRAZ JR. (2000), ao avaliar o desempenho do arroz de sequeiro no sistema de
cultivo entre aléias com diferentes espécies de leguminosas (Cajanus cajan; Inga edullis,
Clitoria fairchildiana e Leucaena leucocephala), também observou maior teor de N nas
plantas que foram adubadas com resíduos vegetais de leguminosas.
MACHADO (1993), avaliando o desempenho do sorgo no sistema de cultivos com e
sem aléias, observou que o conteúdo de N e Ca nos grãos, foi significativamente superior no
sistema de aléias com Albizia julibrissin, devido à adição de biomassa aérea no solo, com alta
concentração destes nutrientes.
3.4 Quantificação de Pigmentos Foliares Fotossintetizantes.
O teor de clorofila ‘a’, para a cultura da rúcula, foi influenciado pelo fator isolado
cobertura morta e pela interação entre os fatores (faixas intercalares e cobertura morta), sendo
o maior teor, 1068,4 µg de clorofila ‘a’ por grama de matéria fresca, identificado no
tratamento ausência de faixas intercalares e presença de cobertura morta (Tabela 8).
Para o rabanete, não foi observada influência nem dos fatores isolados nem da
interação entre os fatores no teor de clorofila ‘a’, apresentando esta hortaliça valor médio de
1138,8 µg de clorofila ‘a’ por grama de matéria fresca (Tabela 8). Já para a alface lisa, os
resultados mostraram que o teor de clorofila ‘a’ presente na alface lisa foi influenciado apenas
pelo fator isolado cobertura morta, enquanto que para a alface crespa, notou-se, de acordo
com a análise de variância, influência de ambos fatores isolados (faixas e cobertura morta).
Na alface lisa, a ausência de cobertura morta promoveu aumento de 13% no teor de
clorofila ‘a’, em relação ao tratamento presença de cobertura morta, enquanto que na alface
crespa estes aumentos foram de 8% e 9%, em comparação com os tratamentos ausência de
faixas intercalares e ausência de cobertura morta (Tabela 8).
Em relação ao teor de clorofila ‘b’ (Tabela 9), a análise de variância mostrou que para
a rúcula, tanto o efeito dos fatores isolados faixas intercalares e cobertura morta quanto à
interação entre estes fatores afetaram a concentração deste pigmento (Tabela 9). De acordo
com os resultados, verificou-se que as plantas cultivadas na ausência de faixas e na presença
de cobertura morta apresentaram maior teor de clorofila ‘b’, 601,4 µg de clorofila ‘b’ por
grama de matéria fresca, em relação aos demais tratamentos.
Para o rabanete, alface lisa e crespa, observou-se apenas efeito da cobertura morta no
teor de clorofila ‘b’ (Tabela 9). No rabanete e na alface lisa, a ausência de cobertura morta
promoveu aumento de 4% e 18% no teor de clorofila ‘b’, em relação ao tratamento presença
de cobertura morta. Já para a alface crespa, notou-se comportamento contrário ao identificado
para estas hortaliças, com maior teor de clorofila ‘b’ verificado no tratamento presença de
cobertura morta (182,1 µg de clorofila ‘b’ por grama de matéria fresca), o que representou um
acréscimo de 7% no teor de clorofila ‘b’, em relação ao tratamento ausência de cobertura.
A análise do teor de clorofila total (a + b) demonstrou que para a rúcula, tanto os
fatores isolados (faixas intercalares e cobertura morta) quanto à interação entre fatores
influenciaram os resultados da concentração de clorofila total, sendo a maior média (1669, 8
µg de clorofila total por grama de matéria fresca), obtida no tratamento ausência de faixas
intercalares e presença de cobertura morta (Tabela 10).
Os teores de clorofila total na cultura do rabanete mostraram que nem os fatores
isolados (faixas intercalares e cobertura morta) nem a interação entre os fatores (Tabela 10)
alteraram a concentração total de clorofila, apresentando esta hortaliça valor médio de 1549,8
µg de clorofila total por grama de matéria fresca. Para a alface lisa (Tabela 10), o teor de
clorofila total foi influenciado apenas pelo fator cobertura morta, com acréscimo de 15% da
concentração total de clorofilas em relação ao tratamento com ausência de cobertura morta.
62
Tabela 8. Teor de clorofila a presente no tecido vegetal das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria
juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Teor de clorofila ‘a’ (µg de clorofila a por grama de matéria fresca)
Faixa
RUCULA
RABANETE
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
Cobertura Coberturas
ns
Cobertura
ns
Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
719,4 Ab
*
1068,4 Aa 893,9 1147,6 1122,0 1134,8 245,1 217,5 231,3 261,1 290,9
276,0
B
Presença
815,3 Ab 954,2 Ba 884,7 1141,8 1143,8 1142,8 261,7 225,2 243,5 284,7 311,7
298,2
A
media
767,4 b 1011,3 a 889,3 1144,7 1132,9 1138,8 253,4 a 221,3 b 237,4 272,9 b 301,3 a 287,1
C.V.
8,5
5,1
5,6
7,2
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
Tabela 9. Teor de clorofila ‘b’ presente no tecido vegetal das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria
juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Teor de clorofila ‘b’ (µg
de clorofila a por grama de matéria fresca)
Faixa
RUCULA RABANETE
ns
ALFACE LISA ALFACE CRESPA
Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media
Ausência 364,1 Ab 601,4 Aa 482,8 429,7 398,9 414,3 161,2 126,0 143,6 163,5 175,0 169,3
Presença 332,7 Ab 412,2 Ba 372,5 410,6 404,6 407,6 154,4 132,0 143,2 175,3 189,2 182,2
media 348,4 506,8 427,6 420,2 a 401,7 b 410,9 157,8 a 129,0 b 143,4 169,4 b 182,1 a 175,8
C.V.
9,9
3,9
5,6
5,1
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
63
Já para a alface crespa (Tabela 10), os resultados da análise de variância indicaram
influencia das faixas intercalares e da cobertura morta, com aumento de 9% e 7% no teor de
clorofila total, em relação aos tratamentos ausência de faixas intercalares e ausência de
cobertura morta, respectivamente.
Em relação ao teor de carotenóides (Tabela 11), os resultados demonstraram que tanto
para a rúcula quanto para a alface lisa, o fator isolado cobertura morta e a interação entre os
fatores influenciaram os resultados deste pigmento.
Na rúcula, o maior teor de carotenóides (498,0 µg de carotenóides por grama de
matéria fresca), foi identificado no tratamento ausência de faixas intercalares e presença de
cobertura morta e, na alface lisa, a maior média (185,3 µg de carotenóides por grama de
matéria fresca) foi obtida no tratamento presença de faixas intercalares e ausência de
cobertura morta.
Para o rabanete e alface crespa, não foram identificadas influências dos fatores
isolados (faixas intercalares e cobertura morta) e da interação entre estes fatores, apresentando
estas culturas, valores médios de 302,3 e 145,5 µg de carotenóides por grama de matéria
fresca, respectivamente (Tabela 11).
Os resultados referentes à razão clorofila ‘a’ e ‘b’ demonstraram que para a rúcula,
apenas o fator isolado faixas intercalares influenciou esta relação, sendo a melhor média (2,4)
obtida no tratamento presença de faixas intercalares (Tabela 12).
Para o rabanete e a alface crespa (Tabela 12), a análise estatística demonstrou que
tanto os fatores isolados (faixas intercalares e cobertura morta) quanto a interação entre estes
não influenciaram os resultados da razão colorila a/b, obtendo estas culturas valores médios
de 2,8 e 1,6, respectivamente.
Para a alface lisa, observou-se influencia do fator cobertura morta e da interação entre
os fatores (Tabela 12), sendo a menor razão clorofila a/b (1,5) notada no tratamento ausência
de faixas intercalares e ausência de cobertura morta.
De maneira geral, analisando-se os resultados referentes aos teores de pigmentos
fotossintetizantes, nota-se que cada uma das hortaliças avaliadas teve comportamento similar,
em relação aos teores de clorofila a, b, total e carotenóides (Tabelas 8, 9, 10 e 11).
A rúcula apresentou médias superiores no tratamento ausência de faixas intercalares e
presença de cobertura morta, para todos os pigmentos fotossintetizantes analisados. Já o
rabanete demonstrou maiores teores de clorofila ‘b’ na ausência de cobertura morta. A alface
lisa demonstrou maiores teores de pigmentos fotossintetizantes na ausência de cobertura
morta e, a alface crespa apresentou teores superiores na presença de faixas intercalares e na
presença de cobertura morta.
De acordo com os resultados apresentados acima, pode-se atribuir a resposta que a
rúcula e alface crespa tiveram a presença de cobertura morta, por ter disponibilizado para as
plantas maior quantidade de nutrientes, em relação à ausência de cobertura (lembrar que não
foi realizada adubação de cobertura), o que conseqüentemente, estimulou a produção de
pigmentos fotossintetizantes.
Além da cobertura morta, outro fator que também contribuiu para aumento do teor de
clorofilas, na alface crespa, foi à presença de faixas intercalares, por promover redução do
nível de radiação solar. O sombreamento, proporcionado pela presença de faixas intercalares
de crotalária, como discutido no primeiro capítulo, estimulou nesta cultura, maior produção de
clorofilas visando maximização do processo de captura de energia solar. Desta forma, estes
resultados apontam para a maior adaptação da alface crespa às condições de restrição de
radiação, apresentadas neste experimento, em relação às demais culturas.
64
Tabela 10. Teor de clorofila total (a + b) presente no tecido vegetal das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com
Crotalaria juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Teor de clorofila total (a + b) (µg de clorofila a por grama de matéria fresca)
Faixa
RUCULA
RABANETE
ns
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Prese
nça
media
Ausência
1083,5 Ab 1669,8 Aa 1376,7
1577,3 1520,9 1549,1
406,3 343,5 374,9
424,6 465,9 445,3 B
Presença
1148,0 Ab 1366,4 Ba 1257,2 1552,4 1548,4 1550,4 416,2 357,2 386,7 459,9 500,9 480,4 A
media 1115,8 1518,1 1316,9
1564,9 1534,6 1549,8
411,3 a 350,4 b 380,8
442,3 b 483,4 a 462,8
C.V.
7,8
4,3
5,2
5,9
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
Tabela 11. Teor de carotenóides presente no tecido vegetal das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria
juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Teor de carotenóides (µg de clorofila a por grama de matéria fresca)
Faixa
RUCULA
RABANETE
ns
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
ns
Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
354,9 Ab 498,0 Aa 426,5 309,4 293,1 301,3 159,3 Ba 160,8 Aa 160,1 140,4 144,7 142,6
Presença
388,4 Ab 397,2 Ba 392,8 305,5 301,2 303,3 185,3 Aa 144,5 Bb 164,9 149,8 147,1 148,4
media
371,7 447,6 409,6 307,5 297,1 302,3 172,3 152,7 162,5 145,1 145,9 145,5
C.V.
6,9
4,2
3,6
7,0
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
65
Tabela 12. Razão clorofila ‘a’ e ‘b’ das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e
presença de cobertura morta.
Razão clorofila ‘a’ e ‘b’
Faixa
RUCULA
RABANETE
ns
ALFACE LIS
A
ALFACE CRESPA
ns
Cobertura Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência 2,0 1,8 1,9 B 2,7 2,8 2,7 1,5 Bb 1,7 Aa 1,6 1,6 1,7 1,6
Presença 2,5 2,3 2,4 A 2,8 2,8 2,8 1,7 Aa 1,7 Aa 1,7 1,6 1,7 1,6
media 2,2 2,1 2,1 2,7 2,8 2,8 1,6 1,7 1,7 1,6 1,7 1,6
C.V. 10,2 4,9 3,8 5,7
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
66
3.5 Parâmetros Morfológicos e Produtivos das Hortaliças.
Em relação à altura das plantas (Tabela 13), os resultados da análise de variância
demonstraram que, para todas as hortaliças avaliadas, a ausência ou presença de faixas
intercalares e cobertura morta, assim como a interação entre os fatores, não afetaram o
crescimento em altura das plantas, apresentando a rúcula, o rabanete, a alface lisa e crespa,
valores médios de 27,40, 31,27, 26,80 e 25,75 cm de altura, respectivamente.
Para o número de folhas (Tabela 14), observou-se que rúcula, rabanete e alface lisa,
não foram influenciadas nem pelos fatores isolados (faixas e cobertura morta), nem pela
interação entre os fatores, apresentando estas culturas número de folhas médio de 7, 6 e 31
folhas, respectivamente. Já para a alface crespa, notou-se influência apenas das faixas
intercalares, com maior número de folhas identificado no tratamento ausência de faixas
intercalares (Tabela 14).
Os resultados relativos à área foliar específica (Tabela 15), demonstraram que para
rúcula e rabanete, as faixas intercalares, a cobertura morta, assim como a interação entre estes
fatores, não influenciaram a área foliar específica destas culturas, apresentando a rúcula média
geral de 170,6 cm
2
.g
-1
e, o rabanete média de 165,0 cm
2
.g
-1
.
Para a alface lisa, os resultados indicaram influência apenas dos fatores isolados, com
acréscimo de 7% e 17% na área foliar específica, em relação ao cultivo das plantas na
presença de faixas intercalares e na presença de cobertura morta (Tabela 15). Já para a alface
crespa, notou-se efeito apenas da cobertura morta, obtendo esta cultura aumento de 20% na
área foliar específica, em relação ao tratamento presença de cobertura morta (Tabela 15).
Em relação à área foliar total das hortaliças, os resultados da análise de variância
demonstraram que os fatores isolados e a interação entre os fatores não influenciaram a área
foliar da rúcula, alface lisa e crespa, apresentando estas culturas, valores médios de 264,7,
3351,2 e 1824,2 cm
2
de área foliar total, respectivamente (Tabela 16).
Para o rabanete (Tabela 16), evidenciou-se influência apenas da interação entre faixas
e cobertura mortos nos resultados de área foliar, com valores médios superiores de 394,4 cm
2
e 390,5 cm
2
, identificados nos tratamentos ausência de faixas intercalares e ausência de
cobertura morta e presença de faixas e presença de cobertura morta, respectivamente.
67
Tabela 13. Altura das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença de
cobertura morta.
Altura de plantas (cm)
Faixa
RUCULA
ns
RABANETE
ns
ALFACE LISA
ns
ALFACE CRESPA
ns
Cobertura
Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
27,6
28,5
28,05
30,6
30,6
30,57
26,0
27,3
26,65
25,2
26,8
26,00
Presença 26,8 26,7 26,75 31,0 32,9 31,96 24,7 29,2 26,95 25,5 25,5 25,50
media 27,20 27,60 27,40 30,77 31,76 31,27 25,35 28,25 26,80 25,35 26,15 25,75
C.V. 9,9 8,2 11,5 5,5
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
Tabela 14. Número de folhas das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e
presença de cobertura morta.
Número de folhas
Faixa
RUCULA
ns
RABANETE
ns
ALFACE LISA
ns
ALFACE CRESPA
Cobertura
Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
med
ia
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência 6 7 7 6 5 6 31 32 32 16 17 16 A
Presença 7 8 8 5 5 5 29 31 30 15 16 15 B
media 7 8 7 6 5 6 30 31 31 16 16 16
C.V. 19,5 9,2 7,5 7,9
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
68
Tabela 15. Área foliar específica das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e
presença de cobertura morta.
Área foliar específica (cm
2
.g
-
1
)
Faixa
RUCULA
RABANET
E
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
Cobertura
Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
165,9 192,5 179,2
185,2 158,1 171,65
633,6 561,0 597,3A
405,1 316,1 360,6
Presença 161,6 162,5 162,0
170,8 157,9 164,35
636,3 480,7 558,5B
450,1 370,7 410,4
media 163,7 177,5 170,6
178 158 168
634,9 a 520,8 b 577,9
427,6 b 343,4 a 385,5
C.V.
14
24,9
17,07
15,6
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% e significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
Tabela 16. Área foliar total das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença
de cobertura morta.
Área foliar total (cm
.g
-
)
Faixa
RUCULA
ns
RABANETE ALFACE LISA ALFACE CRESPA
ns
Cobertura
Cobertura
Cobertura
Cobertura
Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media
Ausência 277,3 296,3 286,8 394,4 Aa 356,2 Bb 375,3 3406,4 3060,5 3233,5 1929,5 1829,3 1879,4
Presença 239,4 245,7 242,6 371,8 Ab 390,5 Aa 381,15 3507,9 3429,9 3468,9 1763,6 1774,4 1769,0
media 258,4 271,0 264,7 383,1 373,35 378,23 3457,2 a 3245,2 b 3351,2 1846,5 1801,8 1824,2
C.V.
13,2
6,3
16,3
6,2
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% de
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
69
Os resultados relativos ao número de plantas e ao diâmetro de raiz do rabanete (Tabela
17) indicaram influência apenas do fator isolado cobertura morta, com acréscimo de 33% e
36% no número de plantas e diâmetro, respectivamente, em relação aos valores apresentados
pelas plantas cultivadas sobre palhada de crotalária.
Tabela 17. Número de plantas na área útil e diâmetro de raiz comercial de rabanete cultivado
em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença
de cobertura morta.
Faixa
Número de plantas
(0,3 m
2
Diâmetro de raiz (cm)
Cobertura
1
Cobertura
Ausência
Presença
Média
Ausência
Presença
Média
Ausên
cia
18
13
16
2,2
1,5
1,8
Presença
17
10
14
2,3
1,4
1,8
Média
18 a
12 b
15
2,2 a
1,4 b
1,8
C.V.
24,6
15,2
*
Valores seguidos pela mesma letra, minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível
de 0,05% de significância.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
A redução do número de plantas de rabanete cultivado sob presença de palhada de
crotalaria, possivelmente, está relacionada a forte influência que a cobertura morta exerceu
sobre a germinação destas plantas. Para BUZATTI (1999), a cobertura morta formada por
resíduos vegetais apresenta maior refletividade de radiação, em relação a um solo desnudo, o
que leva, conseqüentemente, a redução de temperatura próxima à superfície do solo, inibindo
desta forma, a germinação das plantas. Além disto, a barreira física formada pela cobertura
morta e a liberação de substâncias químicas denominadas aleloquímicos, (substâncias
liberadas pelos tecidos e órgãos das plantas em decomposição), também podem afetar a taxa
de germinação de plantas.
Em relação à produção de matéria fresca da parte aérea das folhosas e da raiz do
rabanete (Tabela 18), os resultados indicaram que os fatores isolados ou sua interação entre os
fatores não alteraram a produção de matéria fresca da parte aérea da rúcula e da raiz do
rabanete, alçando estas culturas valores média de 19,2 e 20,5 gramas de matéria fresca,
respectivamente.
Os resultados relativos à alface lisa demonstraram influência apenas do fator isolado
cobertura morta, com acréscimo de 34% na produção de matéria fresca das plantas cultivadas
sobre palhada de crotalária, em relação ao cultivo sem cobertura morta (Tabela 18). Já para
alface crespa, a análise de variância demonstrou que além da cobertura morta, a interação
entre os fatores influenciou os resultados de produção de matéria fresca desta cultura (Tabela
18), verificando-se maior produção de matéria fresca (133,2 gramas) no tratamento ausência
de faixas intercalares e presença de cobertura morta (Tabela 18).
As faixas intercalares e a cobertura morta, assim como a interação entre estes dois
fatores, não influenciaram a produção de matéria seca de parte aérea da rúcula apresentando,
esta cultura, valor médio de 1,6 gramas de matéria seca (Tabela 19). Em contrapartida, para a
produção de matéria seca de raiz do rabanete, a análise de variância indicou influência apenas
da interação entre os fatores, com maior produção de matéria seca de raiz, 0,55 e 0,45 gramas,
identificada nos tratamentos presença de faixas intercalares e ausência de cobertura morta e
ausência de faixas e presença de cobertura morta(Tabela 19).
Para a alface lisa, observou-se efeito da cobertura morta e da interação entre os fatores
(Tabela 19), apresentando esta cultura média superior de 7,1 gramas no tratamento presença
de faixas intercalares e presença de cobertura morta. Já para alface crespa (Tabela 19), os
70
resultados apontaram para influência apenas dos fatores isolados faixas intercalares e
cobertura morta, com aumento de 17% e 16% na produção de matéria seca, em relação ao
cultivo das plantas na presença de faixas intercalares e na presença de cobertura morta,
respectivamente.
Em relação ao parâmetro produtividade (Tabela 20), a análise estatística demonstrou
para rúcula, influência apenas do fator isolado faixas intercalares, com acréscimo de 43% na
produtividade em relação às plantas cultivadas na ausência de faixas intercalares.
Para o rabanete (Tabela 20), observou-se influência de ambos fatores isolados (faixas
e cobertura morta), com acréscimos de 39% e 31% na produtividade, em relação às plantas
cultivadas na ausência de faixas intercalares e na ausência de cobertura morta,
respectivamente.
A produtividade da alface lisa também foi influenciada pelas faixas intercalares e pela
cobertura morta, apresentando esta cultura aumento de 32% e 25% na produtividade, em
relação aos resultados verificados na ausência de faixas e na presença de cobertura morta. Já
para alface crespa, além dos fatores isolados, a interação entre os fatores afetou os resultados
de produtividade desta cultura, com média superior de 21,32 t.ha
-1
, identificada no tratamento
ausência de faixas e presença da cobertura morta (Tabela 20).
Analisando-se os resultados de produtividade da rúcula, rabanete, alface lisa e crespa
(Tabela 20), ressalta-se que para todas as culturas estudadas, a produtividade ficou abaixo da
média (20-30 t.ha
-1
, para rúcula; 30 a 40 t.ha
-1
para o rabanete; 20-30 t.ha
-1
para as alfaces),
mesmo na presença de cobertura morta, fato que, possivelmente, pode estar atribuído a falta
de sincronia entre a demanda das culturas e taxa de decomposição e liberação de nutrientes.
De acordo com YOUNG (1997) os sistemas de cultivo em faixas apresentam
resultados cumulativos que surtirão efeitos a longo prazo, por isso suas avaliações devem ser
feitas ao longo dos anos, para se caracterizar os benefícios promovidos, inclusive os ganhos
em produtividade das culturas de interesse econômico.
Segundo PRINZ (1986), ao avaliar o efeito residual da palhada proveniente da poda de
feijão guandu, em sistema de faixas intercalares, o aumento de produção (55%) só ocorreu
após 3 anos de cultivo neste sistema.
Analisando-se conjuntamente os resultados referentes às variáveis fisiológicas e
morfológicas da rúcula, detectou-se efeito das faixas intercalares e da cobertura morta apenas
no teor de pigmentos fotossintetizantes (Tabela 8, 9, 10 e 11), com maior concentração de
pigmentos observada no tratamento ausência de faixas intercalares e presença de cobertura
morta. Entretanto, a resposta observada para o teor de pigmentos fotossintetizantes não
representou aumento de produção de matéria seca de parte aérea das plantas (Tabela 19).
A produção de matéria fresca da rúcula não foi influenciada pelas faixas e pela
cobertura morta, em contrapartida, identificou-se maior produtividade no tratamento ausência
de faixas intercalares (Tabela 18 e 20).
Para o rabanete, de maneira geral, não se observou efeito das faixas intercalares, da
cobertura morta e da interação entre estes fatores no teor de pigmentos fotossintetizantes, nos
parâmetros morfológicos e na produção de matéria fresca de raiz. Contudo, identificou-se
efeito marcante da presença de cobertura morta no diâmetro de raiz (Tabela 17), fato este que
influenciou para maior produção de matéria seca de raiz no tratamento presença de faixas e
ausência de cobertura morta.
71
Tabela 18. Produção de matéria fresca da parte aérea da rúcula, alface lisa e crespa e da raiz do rabanete, cultivadas em sistema de
faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Produção de matéria fresca (g)
Faixa
RUCULA
ns
RABANETE
ns
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
Cobertura
Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Aus
ência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência 18,6 20,0 19,3 20,0 21,0 20,5 122,2 148,6 135,4 99,1 Ab 133,2 Aa 116,2
Presença 18,4 19,8 19,1 21,3 19,6 20,4 105,2 158,2 131,7 99,7 Ab 111,8 Ba 105,8
media 18,5 19,9 19,2 20,7 20,3 20,5 113,7b 153,4a 133,6 99,4 122,5 111,0
C.V. 11,59 8,9 16,1 8,9
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% de
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância, pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
Tabela 19. Produção de matéria seca da parte aérea da rúcula, alface lisa e crespa e da raiz do rabanete, cultivadas em sistema de
faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença de cobertura morta.
Produção de matéria seca (g)
Faixa
RUCULA
ns
RABANETE
ALFACE LISA
ALFACE CRESPA
Cobertura
Cobertura Cobertura Cobertura
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
Presença
media
Ausência
1,7 1,6 1,6
0,43 Bb 0,45 Ab 0,44
5,4 Ab 6,2 Ba 5,8
4,9 5,8 5,3 A
Presença
1,5 1,5 1,5
0,55 Aa 0,41 Ab 0,48
4,8 Ab 7,1 Aa 6,0
4,0 4,8 4,4 B
media
1,6 1,5 1,6
0,49 0,43 0,46
5,1 6,7 5,9
4,4b 5,3a 4,9
C.V. 8,3 15,6 9,1 15,5
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% de
significância.
ns
Não significativo ao nível de 0,05% de significância, pelo teste de Scott-Knott.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
72
Tabela 20. Produtividade das hortaliças cultivadas em sistema de faixas intercalares com Crotalaria juncea, na ausência e presença
de cobertura morta.
Produtividade das culturas (t.ha
-
)
Faixa
RUCULA RABANETE ALFACE LISA ALFACE CRESPA
Cobertura
Cobertura
Cob
ertura
Cobertura
Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media Ausência Presença media
Ausência
22,15 22,92 22,54 A
12,2 9,4 10,8 A
19,55 23,78 21,66 A
15,86 Ab 21,32 Aa 18,59
Presença 13,64 12,13 12,9 B
8,5 4,8 6,6 B
11,78 17,72 14,75 B
11,16 Bb 12,53 Ba 11,84
media
17,9 17,5 17,7
10,3 a 7,1 b 8,7
15,67 b 20,75 a 18,21
13,51 16,92 15,22
C.V.
16,9
20,6
16,5
9,1
*
Valores seguidos pela mesma letra, maiúscula nas colunas e minúscula nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 0,05% de
significância.
1
Formada pela palhada da C. juncea após o corte e mantida em cobertura sobre o solo.
81
Apesar da matéria fresca de raiz de rabanete não ter sido influenciada pelos
tratamentos, observou-se maior produtividade de raiz no tratamento ausência de faixas
intercalares e na ausência de cobertura morta (Tabela 20).
Em relação à alface lisa, apesar da ausência de cobertura morta ter promovido
aumento dos teores de pigmentos fotossintetizantes (Tabela 8, 9, 10 e 11), a maior produção
de matéria seca (Tabela 19) foi observada no tratamento presença de faixas intercalares e
presença de cobertura morta. Os parâmetros morfológicos não foram influenciados pelos
fatores faixas intercalares e cobertura morta sendo, a maior produção de matéria fresca
(Tabela 18) alcançada na presença de cobertura morta. Já o resultado de produtividade desta
cultura revelou maior média na ausência de faixas intercalares e na presença de cobertura
morta (Tabela 20).
Para a alface crespa, embora a presença de faixas intercalares e de cobertura morta
tenha proporcionado maior teor de clorofilas (Tabelas 8, 9 e 10), resultado associado à
adaptação do aparato fotossintético desta cultura a redução de radiação solar e, possivelmente,
a maior disponibilidade de nutrientes contidos na palhada de crotalária, a maior produção de
matéria seca foi notada na ausência de faixas e na presença de cobertura morta (Tabela 19).
Possivelmente, este resultado esteja relacionado ao fato de que o aumento do teor de
clorofilas na ausência de faixas intercalares não foi suficiente para impedir a redução da taxa
fotossintética, o que acabou contribuindo para queda de matéria seca das plantas de alface
crespa crescidas sob influência das faixas intercalares, resultado que demonstra a intolerância
desta cultura à redução de radiação solar, nas condições de inverno da baixada fluminense.
Já a produção de matéria fresca e produtividade da alface crespa apresentaram mesmo
comportamento, com média superior identificada no tratamento ausência de faixas e presença
de cobertura morta (Tabela 18 e 20).
Comparando-se os resultados de produtividade da rúcula, rabanete e alface lisa
(Tabela 20) com os resultados de produção de matéria fresca (Tabela 18), pode-se notar que
apesar destas hortaliças não terem apresentando influência das faixas intercalares na produção
de matéria fresca, a produtividade mostrou-se superior na ausência de faixas intercalares, em
decorrência do espaço ocupado pelas aléias de crotalaria (30% da área), que favoreceram a
redução do número de plantas.
Em relação ao efeito positivo que a cobertura morta proporcionou na produção de
matéria fresca, seca e produtividade da alface lisa e crespa (somente na ausência de faixas),
provavelmente, pode-se atribuir este resultado, a maior disponibilidade de nutrientes, oriundos
da decomposição da cobertura morta, embora não se tenha verificado influência dos
tratamentos no teor de nutrientes presentes no tecido vegetal das hortaliças (Tabela 7), fato
que está relacionado à diluição de nutrientes em conseqüência do aumento da biomassa
vegetal.
Para a rúcula, o efeito positivo da presença de cobertura morta não foi observado,
possivelmente, pela falta de sincronia entre o tempo de decomposição e liberação de
nutrientes da palhada de crotalaria e o ciclo da cultura (28 dias até a colheita), fato que pode
ser comprovado pelo tempo de meia do nitrogênio na ausência e presença de faixas
intercalares, 24 e 34 dias, respectivamente (Tabela 6).
Segundo STUTE & POSNER (1995), para que um adubo verde seja eficaz no
fornecimento de nutrientes, deve haver sincronia entre o nutriente liberado pelos resíduos da
planta de cobertura e a demanda da cultura de interesse comercial. Segundo os autores, se
houver alta taxa de mineralização do nitrogênio contido na leguminosa antes do período de
rápido crescimento da cultura, pode haver perdas de N por lixiviação ou denitrificação. Por
outro lado, se a mineralização ocorrer após esse período, a cultura não será beneficiada.
82
4 CONCLUSÕES
Os estudos da decomposição “in situ” da palhada oriunda do corte das faixas
intercalares de crotalária revelaram que, quando o acesso de grupos da fauna responsáveis
pela fragmentação inicial dos resíduos foi restringido, isto acarretou redução da velocidade de
decomposição, independentemente, da ausência ou presença das faixas intercalares formadas
pela crotalária.
A velocidade de decomposição determinada “in situ” e a conseqüente liberação de C e
N da palhada oriunda do corte das faixas de crotalária foi reduzida na presença das faixas
desta leguminosa.
A produção de matéria fresca e seca da rúcula não foi influenciada pela presença de
faixas intercalares de crotalária e de cobertura morta, formada pela palhada desta leguminosa,
todavia, verificou-se maior produtividade da cultura na ausência de faixas.
A produção de matéria fresca de raiz de rabanete não foi influência pelos fatores faixas
e cobertura morta, entretanto, a presença de faixas e ausência de cobertura morta beneficiou a
produção de matéria seca e produtividade desta cultura, em relação aos demais tratamentos.
A presença de faixas intercalares e cobertura morta favoreceram a produção de matéria
fresca, seca e produtividade da alface lisa. Entretanto, em relação à alface crespa, observou-se
efeito positivo apenas da cobertura morta.
83
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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85
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86
CONCLUSÕES FINAIS
O aumento do nível de sombreamento afetou de forma drástica a produção de matéria
fresca e seca das culturas da rúcula e da alface lisa (plantio de primavera e inverno), todavia,
em relação à cultura do rabanete. Embora se tenham observado alterações morfofisiológicas
que proporcionaram aumento da produção de matéria fresca e seca da parte aérea, estas
adaptações não foram suficientes para impedir a redução do diâmetro da raiz e, evitar,
conseqüentemente, a queda de produtividade desta cultura.
O aumento do nível de sombreamento proporcionou alterações morfofisiológicas na
cultura da alface crespa cultivada tanto no inverno quanto no verão, fato que contribuiu para
aumento da produção de matéria fresca até os níveis de 25% e 32% de restrição da radiação
solar. Entretanto, em relação à produção de matéria seca, verificou-se aumento da matéria
seca apenas no cultivo de verão, até o nível de 22% de sombreamento. Sendo assim, conclui-
se que a única cultura que se adaptou as condições de redução do nível de radiação estudadas
foi à alface crespa.
A produção de matéria fresca e seca da parte aérea de rúcula e de matéria fresca de
raízes de rabanete não foi afetada pela presença das faixas intercalares e pela cobertura morta
formada pela palhada da crotalária. Em contrapartida, a produção de matéria seca de raiz de
rabanete foi positivamente influenciada pela presença de faixas e negativamente pela
cobertura morta.
As produções de matéria seca de parte aérea das alfaces lisa e crespa foram afetadas de
forma distinta pela presença das faixas intercalares, formadas pela crotalária, sendo a alface
lisa beneficiada e a crespa prejudicada pela presença das faixas. Em contrapartida, a presença
de cobertura morta formada pela palhada da crotalária beneficiou a produtividade de matéria
fresca de ambas as cultivares desta olerícola.
87
ANEXOS
CAPÍTULO I
Figura 32. Detalhe do sistema de irrigação (xique-xique).
Figura 33. Vista geral da disposição dos túneis baixos onde foram cultivadas todas as
hortaliças.
88
Resumo da análise de variância da regressão, referentes aos teores de pigmentos
fotossintetizantes e dos parâmetros morfológicos.
-1) TEOR DE CLOROFILA A:
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
245959
,
536650
81986
,
512217
13
,
209
0
,
0012
Bloco
3
68468
,
415150
22822
,
805050
3
,
677
0
,
0561
Erro
9
55860,661900
6206,740211
Total corrigido
15
370288,613700
CV (%)
8,30
Média Geral
949,0525000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
b
o
772,936028
34,69356634
22,279
0,0000
b
1
4,6964
39
0,76162273
6,166
0,0002
R^2
=
95,95%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
236004,995664
236004,995664
38,024
0,000
Desvio
2
9954,540986
4977,270493
0,802
0,478
Resíduo
9
55860,66
1900
6206,740211
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV GL SQ QM FC Pr>Fc
Trat
3
116609,147319
38869,715773
10,385
0,0028
Bloco
3
3316,916469
1105,638823
0,295
0,8279
Erro
9
33685,624356
3742,847151
Total corrigido
15
153611,688144
C
V (%)
5,38
Média Geral
1137,5131250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1013,826840
30,28931919
33,471
0,0000
b1
6,419935
1,98816426
3,229
0,0103
b2
-
0,056415
0,02763303
-
2,0
42
0,0716
R^2 =
72,80%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
69287,498752
69287,498752
18,512
0,002
b2
1
15600,392920
15600,392920
4,168
0,072,
Desvio
1
31721,255646
31721,255646
8,4
75
0,017
Resíduo
9
33685,624356
3742,847151
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
46932,794225
15644,264742
9,441
0,0038
Bloco
3
10907,195425
3635,731808
2,194
0,1584
Erro
9
14912,933325
1656,99259
2
Total corrigido
15
72752,922975
CV (%)
8,79
Média Geral
462,8912500
Número de observações
16
89
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
388,955093
17,92575453
21,698
0,0000
b1
1,971631
0,39352144
5,0
10
0,0007
R^2
=
88,63%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
41594,411458
41594,411458
25,102
0,001
Desvio
2
5338,382767
2669,191383
1,611
0,252
Resíduo
9
14912,933325
1656,992592
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
84432,166325
28144,055442
1,373
0,3123
Bloco
3
37381,751725
12460,583908
0,608
0,6264
Erro
9
184479,058725
20497,673192
Total corrigido
15
306292,976775
CV (
%)
19,59
Média Geral
730,8987500
Número de observações
16
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
16375,930619
5458,643540
10,869
0,0024
Bloco
3
1773,981169
591,327056
1,177
0,3715
Erro
9
4519,883456
502,209273
Total corrigido
15
22669,795244
CV (%) =
8,06
Média Geral
278,1981250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
259,940450
11,09509000
23,428
0,0000
b1
3,102455
0,
72827196
4,260
0,0021
b2
-
0,047270
0,01012208
-
4,670
0,0012
R^2 =
68,25%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
223,628249
223,628249
0,445
0,521
b2
1
10952,382309
10952,382309
21,80
8
0,001
Desvio
1
5199,920061
5199,920061
10,354
0,011
Resíduo
9
4519,883456
502,209273
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
71864,662619
23954,887540
44,234
0,0000
Bloco
3
1521,616219
507,205406
0,
937
0,4624
Erro
9
4873,984406
541,553823
Total corrigido
15
78260,263244
CV (%) =
6,19
Média Geral
376,0218750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
292,819977
10,2497305
28,573
0,0000
b1
2,218717
0,22497224
9,862
0,0000
R^2 =
73,29%
90
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
262,361808
11,52150676
22,771
0,0000
b1
6,395351
0,75626157
8,457
0,0000
b2
-
0,060803
0,01051110
-
5,785
0,0003
R^2 =
98,51%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
52672,958605
52672,958605
97,263
0,000
b2
1
18121,357075
18121,357075
33,462
0,000
Desvio
1
1070,346939
1070,346939
1,976
0,193
Resíduo
9
4873,9844
06
541,553823
2) TEOR DE CLOROFILA B:
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
12478,579719
4159,526573
1,435
0,2960
Bloco
3
1218,476419
406,158806
0,140
0,9335
Erro
9
26093,833806
2899,314867
Total corrigido
15
3979
0,889944
CV (%)=
12,14
Média Geral
443,6331250
Número de observações
16
- RABANETE
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
98638,366550
32879,455517
9,305
0,0040
Bloco
3
27139,684150
9046,561383
2,560
0,1200
Erro
9
31801
,114700
3533,457189
Total corrigido
15
157579,165400
CV (%)
=
17,18
Média Geral
346,0150000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
371,052383
26,17683157
14,175
0,0000
b1
-
0,667664
0,57465611
-
1,162
0,2752
R^2 =
4,84%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
305,349533
29,42987265
10,375
0,0000
b1
8,341962
1,93175095
4,318
0,0019
b2
-
0,131161
0,02684895
-
4,885
0,0009
R^2 =
90,32%
Somas de quadr
ados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
4769,788411
4769,788411
1,350
0,275
b2
1
84324,067266
84324,067266
23,864
0,001
Desvio
1
9544,510873
9544,510873
2,701
0,135
Resíduo
9
31801,114700
3533,457189
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
6402,797919
2134,265973
4,976
0,0264
Bloco
3
1641,275819
547,091940
1,276
0,3403
Erro
9
3860,043056
428,893673
Total corrigido
15
11904,11
6794
CV (%) =
10,98
Média Geral
188,5943750
Número de observações
16
91
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
162,649720
9,11994001
17,835
0,0000
b1
0,691857
0,20020869
3,456
0,0072
R^2 =
79,99%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
5121,734417
5121,734417
11,942
0,007
Desvio
2
1281,063501
640,531751
1,493
0,275
Resíduo
9
3860,043056
428,893673
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA
DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
8708,256050
2902,752017
1,673
0,2413
Bloco
3
5238,685650
1746,228550
1,007
0,4336
Erro
9
15611,883220
1734,653689
Total corrigido
15
29558,824900
CV (%)=
16,86
Média Geral
247,0575000
Núm
ero de observações
16
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV GL SQ QM FC Pr>Fc
Trat
3
7711
,
679525
2570
,
559842
26
,
416
0
,
0001
Bloco
3
674
,
217025
224
,
739008
2
,
310
0
,
1449
Erro
9
875
,
790625
97
,
310069
Total corrigido
15
9261
,
687175
C
.
V
.
(%) =
9
,
97
Média Geral
98
,
9712500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
83
,
921659
4
,
34406238
19
,
319
0
,
0000
b1
0
,
401322
0
,
09536456
4
,
208
0
,
0023
R^2 =
22,35%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
67
,
845493
4
,
88390668
13
,
892
0
,
0000
b1
2
,
605797
0
,
32057534
8
,
129
0
,
0000
b2
-
0
,
032092
0
,
00445560
-
7
,
203
0
,
0001
R^2 =
87,81%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
1723
,
338712
1723
,
338712
17
,
710
0
,
002
b2
1
5048
,
334287
5048
,
334287
51
,
879
0
,
000
Desvio
1
940
,
006526
940
,
006526
9
,
660
0
,
013
Resíduo
9
875
,
790625
97
,
310069
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
S
Q
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
38956
,
279400
12985
,
426467
15
,
052
0
,
0007
Bloco
3
2023
,
250450
674
,
416817
0
,
782
0
,
5334
Erro
9
7764
,
181850
862
,
686872
Total corrigido
15
48743
,
711700
CV (%) =
13
,
68
Média Geral
214
,
6325000
Número de observações
16
92
Modelos
reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
166
,
321285
12
,
93432462
12
,
859
0
,
0000
b1
1
,
288299
0
,
28394531
4
,
537
0
,
0014
R^2 =
45,59%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
134
,
288845
14
,
54169598
9
,
235
0
,
000
0
b1
5
,
680807
0
,
95450413
5
,
952
0
,
0002
b2
-
0
,
063945
0
,
01326643
-
4
,
820
0
,
0009
R^2
= 97,04%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
17758
,
944957
17758
,
944957
20
,
586
0
,
001
b2
1
20043
,
02
0244
20043
,
020244
23
,
233
0
,
001
Desvio
1
1154
,
314199
1154
,
314199
1
,
338
0
,
277
Resíduo
9
7764
,
181850
862
,
686872
3) TEOR DE CLOROFILA TOTAL ( A+ B):
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
344980
,
024469
114993
,
341490
10
,
795
0
,
0024
Bloco
3
85995
,
548469
28665
,
182823
2
,
691
0
,
1091
Erro
9
95868
,
030856
10652
,
003428
Total corrigido
15
526843
,
603794
CV (%)
7
,
41
Média Geral
1392
,
6843750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1185
,
720911
45
,
44988728
26
,
089
0
,
0000
b1
5
,
519026
0
,
99775465
5
,
531
0
,
0004
R^2 =
94,47%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de
Variação
G.L. S.Q. Q.M. Fc Prob.<F
b1
1
325918
,
198157
325918
,
198157
30
,
597
0
,
000
Desvio
2
19061
,
826312
9530
,
913156
0
,
895
0
,
442
Resíduo
9
95868
,
030856
10652
,
003428
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
286225
,
577325
95408
,
525775
20
,
953
0
,
0002
Bloco
3
24061
,
90952
5
8020
,
636508
1
,
761
0
,
2242
Erro
9
40981
,
597325
4553
,
510814
Total corrigido
15
351269
,
084175
CV (%) =
4
,
55
Média Geral
1483
,
5287500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
14
13
,
141425
29
,
71599987
47
,
555
0
,
0000
b1
1
,
876995
0
,
65235095
2
,
877
0
,
0183
R^2 =
13,17%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1319,178824
33,40885965
39,486
0,0000
b1
14,761792
2,19292815
6,732
0,0001
b2
-
0,187575
0,03047899
-
6,154
0,0002
R^2 =
73,42%
93
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
37697,292600
37697,292600
8,279
0,018
b2
1
172461,910453
172461,910453
37,874
0,000
Desvio
1
76066,374272
76066,374272
16,70
5
0,003
Resíduo
9
40981,597325
4553,510814
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
87689
,
076619
29229
,
692206
8
,
918
0
,
0046
Bloco
3
19699
,
192369
6566
,
397456
2
,
003
0
,
1841
Erro
9
29498
,
489356
3277
,
609928
Total corrigido
15
136886
,
758344
CV (%)
8,79
Média Geral
651,4868750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
551,603785
25,21133220
21,879
0,0000
0,00
1
b1
2,663549
0,55346064
4,813
0,0010
0,221
R^2 =
86,57%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
75911,081776
75911,081776
23,160
0,001
Desvio
2
11777,994843
5888,997421
1,797
0,221
Re
síduo
9
29498,489356
3277,609928
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
144906
,
364169
48302
,
121390
1
,
425
0
,
2985
Bloco
3
69418
,
534669
23139
,
511556
0
,
683
0
,
5847
Erro
9
305082
,
322006
33898
,
035778
Total
corrigido
15
519407
,
220844
CV (%)
18
,
83
Média Geral
977
,
9581250
Número de observações
16
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
33296
,
941025
11098
,
980342
14
,
933
0
,
0008
Bloco
3
4008
,
107625
1336
,
03
5875
1
,
798
0
,
2176
Erro
9
6689
,
180125
743
,
242236
Total corrigido
15
43994
,
228775
CV (%) =
7
,
23
Média Geral
377
,
1687500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
367,539136
12,0
0555806
30,614
0,0000
b1
0,256790
0,26355624
0,974
0,3554
R^2 =
2,12%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
327,783491
13,49750996
24,285
0,0000
b1
5,708357
0,88596468
6,443
0,0001
b2
-
0,079363
0,01231381
-
6,445
0,0001
R^2 =
9
4,84%
94
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
705,568273
705,568273
0,949
0,355
b2
1
30873,133960
30873,133960
41,538
0,000
Desvio
1
1718,238792
1718,238792
2,312
0,163
Resíduo
9
6689,18
0125
743,242236
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
212327
,
081350
70775
,
693783
52
,
600
0
,
0000
Bloco
3
6635
,
366550
2211
,
788850
1
,
644
0
,
2474
Erro
9
12109
,
907800
1345
,
545311
Total corrigido
15
23107
2
,
355700
CV (%) =
6
,
21
Média Geral
590
,
6525000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
459
,
140000
16
,
15348844
28
,
424
0
,
0000
b1
3
,
507000
0
,
35461514
9
,
890
0
,
0000
R^2 =
61,98%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
396,650134
18,16091098
21,841
0,0000
b1
12,076039
1,19206622
10,130
0,0000
b2
-
0,124747
0,01656825
-
7,529
0,0000
R^2 =
97,90%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de
Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
131599,824300
131599,824300
97,804
0,000
b2
1
76278,529796
76278,529796
56,690
0,000
Desvio
1
4448,727254
4448,727254
3,306
0,102
Resíduo
9
12109,907800
1345,545311
4) RAZÃO CLOROFILA A e B
- RÚCULA:
TABELA D
E ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
0,617469
0,205823
2,752
0,1044
Bloco
3
0,178019
0,059340
0,793
0,5276
Erro
9
0,673056
0,074784
Total corrigido
15
1,468544
CV (%)
12,74
Média Geral
2,1468750
Número de observações
16
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
15
,
869369
5
,
289790
4
,
603
0
,
0324
Bloco
3
6
,
978469
2
,
326156
2
,
024
0
,
1811
Erro
9
10
,
343856
1
,
149317
Total corrigido
15
33
,
191694
CV (%) =
28
,
90
Média Geral
3
,
7093750
Número d
e observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
3
,
183411
0
,
47210342
6
,
743
0
,
0001
b1
0
,
014026
0
,
01036402
1
,
353
0
,
2090
R^2 =
13,26%
95
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
4
,
010064
0
,
5
3077254
7
,
555
0
,
0000
b1
-
0
,
099331
0
,
03483944
-
2
,
851
0
,
0191
b2
0
,
001650
0
,
00048423
3
,
408
0
,
0078
R^2 =
97,38%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
2,104907
2,104907
1,831
0,209
b2
1
13,348408
13,348408
11,614
0,008
Desvio
1
0,416054
0,416054
0,362
0,562
Resíduo
9
10,343856
1,149317
1,831
0,209
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
0,042650
0,014217
0,447
0,7254
Bloco
3
0,083350
0,027783
0,874
0,4900
Erro
9
0,286200
0,031800
Total corrigido
15
0,412200
CV (%)
7,25
Média Geral
2,4600000
Número de observações
16
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
0,174519
0,058173
2,
652
0,1122
Bloco
3
0,102569
0,034190
1,559
0,2659
Erro
9
0,197406
0,021934
Total corrigido
15
0,474494
CV (%)
5,00
Média Geral
2,9593750
Número de observações
16
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>F
c
Trat
3
5
,
890869
1
,
963623
8
,
098
0
,
0063
Bloco
3
0
,
756969
0
,
252323
1
,
041
0
,
4204
Erro
9
2
,
182306
0
,
242478
Total corrigido
15
8
,
830144
CV (%) =
16
,
62
Média Geral
2
,
9631250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
3
,
613505
0
,
21684717
16
,
664
0
,
0000
b1
-
0
,
017343
0
,
00476041
-
3
,
643
0
,
0054
R^2 =
54,64%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
3,883170
0,24379515
15,928
0,0000
b1
-
0,054322
0,01600250
-
3,395
0,007
9
b2
0,000538
0,00022241
2,420
0,0386
R^2 =
78,75%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
3,218512
3,218512
13,273
0,005
b2
1
1,420470
1,420470
5,858
0,039
Desvio
1
1,251886
1,25188
6
5,163
0,049
Resíduo
9
2,182306
0,242478
96
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
0,308869
0,102956
1,523
0,2742
Bloco
3
0,059419
0,019806
0,293
0,8295
Erro
9
0,608356
0,067595
Total corrigido
15
0
,976644
CV (%)
14,46
Média geral
1,7981250
Número de observações
16
5) TEOR DE CAROTENÓIDES:
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
245,224369
81,741456
0,239
0,8670
Bloco
3
556,904169
185,634723
0,543
0,6649
Erro
9
3076,965956
341,885106
Total corrigido
15
3879,094494
CV (%)
12,41
Média Geral
148,9793750
Número de observações
16
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
8492,958369
2830,986123
0,899
0,4785
Bloco
3
3650,254319
1216,751440
0,387
0,7654
Erro
9
28327,083406
3147,453712
Total corrigido
15
40470,296094
CV (%)
40,90
Média Geral
137,1693750
Número de observações
16
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr
>Fc
Trat
3
260
,
161669
86
,
720556
1
,
007
0
,
4333
Bloco
3
543
,
820069
181
,
273356
2
,
106
0
,
1697
Erro
9
774
,
703906
86
,
078212
Total corrigido
15
1578,685644
CV (%)
8,43
1578,685644
Média Geral
110,0981250
Número de observações
16
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
7836,830069
2612,276690
0,766
0,5415
Bloco
3
1836,193419
612,064473
0,179
0,9078
Erro
9
30711,026406
3412,336267
Total corrigido
15
40384,049894
CV (%)
21,97
Média Geral
265,8
593750
Número de observações
16
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
8104,455969
2701,485323
39,366
0,0000
Bloco
3
160,437269
53,479090
0,779
0,5346
Erro
9
617,621556
68,624617
Total corrigido
15
888
2,514794
CV (%) =
14,23
Média Geral
58,2056250
Número de observações
16
97
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
46,728785
3,64801932
12,809
0,0000
b1
0,306049
0,08008443
3,822
0,0041
R^2 =
12,37%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
63,899854
4,10136512
15,580
0,0000
b1
-
2,048566
0,26921000
-
7,610
0,0000
b2
0,034278
0,00374169
9,161
0,0000
R^2 =
83,43%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variaç
ão
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
1002,226526
1002,226526
14,604
0,004
b2
1
5759,407039
5759,407039
83,926
0,000
Desvio
1
1342,822404
1342,822404
19,568
0,002
Resíduo
9
617,621556
68,624617
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
5914,306819
1971,435606
2,929
0,0922
Bloco
3
871,417619
290,472540
0,432
0,7355
Erro
9
6058,163256
673,129251
Total corrigido
15
12843,887694
CV (%)
13,89
Média Geral
186,7606250
Número de observações
16
6) ALTURA
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
85,171875
28,390625
2,361
0,1393
Bloco
3
19,743275
6,581092
0,547
0,6623
Erro
9
108,219825
12,024425
Total corrigido
15
213,134975
CV (%)
11,89
Média Geral
29,156250
0
Número de observações
16
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
155,318019
51,772673
6,331
0,0134
Bloco
3
76,557569
25,519190
3,121
0,0807
Erro
9
73,593206
8,177023
Total corrigido
15
305
,468794
CV (%)
10,37
Média Geral
27,5756250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
23,644696
1,25925815
18,777
0,0000
b1
0,104825
0,02764431
3,792
0,0043
R^2 =
75,70%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
117,574079
117,574079
14,379
0,004
Desvio
2
37,743940
18,871970
2,308
0,155
Resíduo
9
73,593206
8,177023
98
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLI
SE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
66,381825
22,127275
9,464
0,0038
Bloco
3
10,546825
3,515608
1,504
0,2788
Erro
9
21,041725
2,337969
Total corrigido
15
97,970375
CV (%)
3,77
Média Geral
40,5362500
Número d
e observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
37,622640
0,67334335
55,874
0,0000
b1
0,077696
0,01478181
5,256
0,0005
R^2 =
97,30%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de
Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
64,592787
64,592787
27,628
0,001
Desvio
2
1,789038
0,894519
0,383
0,693
Resíduo
9
21,041725
2,337969
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
128,827225
42,94
2408
16,332
0,0005
Bloco
3
48,264725
16,088242
6,119
0,0148
Erro
9
23,663625
2,629292
Total corrigido
15
200,755575
CV (%)
5,17
Média Geral
31,3537500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
27,541893
0,71406302
38,571
0,0000
b1
0,101650
0,01567572
6,485
0,0001
R^2 =
85,82%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
110,559114
110,559114
4
2,049
0,000
Desvio
2
18,268111
9,134055
3,474
0,076
Resíduo
9
23,663625
2,629292
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
134,455025
44,818342
42,834
0,0000
Bloco
3
4,293075
1,431025
1,368
0,3138
Erro
9
9,416875
1,046319
Total corrigido
15
148,164975
CV (%) =
4,25
Média Geral
24,0462500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
20,195491
0,45045282
44,834
0,0000
b1
0,102687
0,00988872
10,384
0,0000
R^2 =
83,91%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
19,226118
0,50643139
37,964
0,0000
b1
0,235614
0,03324171
7,088
0,0001
b2
-
0,001935
0,00046202
-
4,188
0,0023
R^2 =
97,57%
99
Somas de quadrados seqüen
ciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
112,827249
112,827249
107,833
0,000
b2
1
18,355432
18,355432
17,543
0,002
Desvio
1
3,272344
3,272344
3,127
0,111
Resíduo
9
9,416875
1,046319
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABE
LA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
201
,
626019
67
,
208673
32
,
620
0
,
0000
Bloco
3
3
,
813569
1
,
271190
0
,
617
0
,
6212
Erro
9
18
,
543206
2
,
060356
Total corrigido
15
223
,
982794
CV (%) =
4
,
41
Média Geral
32
,
5243750
Número de observa
ções
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
27
,
791752
0
,
63210368
43
,
967
0
,
0000
b1
0
,
126203
0
,
01387648
9
,
095
0
,
0000
R^2 =
84,52%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
26
,
614587
0
,
7106563
2
37
,
451
0
,
0000
b1
0
,
287624
0
,
04664686
6
,
166
0
,
0002
b2
-
0
,
002350
0
,
00064833
-
3
,
625
0
,
0055
R^2 =
97,95%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
170
,
421742
170
,
421742
82
,
715
0
,
000
b2
1
27
,
068135
27
,
068135
13
,
138
0
,
006
Desvio
1
4
,
136142
4
,
136142
2
,
007
0
,
190
Resíduo
9
18
,
543206
2
,
060356
7) NÚMERO DE FOLHAS
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
12,250000
4,083333
4,200
0,0408
Bloco
3
8,750000
2,9166
67
3,000
0,0877
Erro
9
8,750000
0,972222
Total corrigido
15
29,750000
CV (%) =
8,13
Média Geral
12,1250000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
12,878505
0,43421011
29,66
0
0,0000
b1
-
0,020093
0,00953215
-
2,108
0,0643
R^2 =
35,27%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
13,514033
0,48817017
27,683
0,0000
b1
-
0,107241
0,03204306
-
3,347
0,0086
b2
0,001269
0,00044536
2,849
0,0191
R^2 =
99,57%
S
omas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
4,320093
4,320093
4,444
0,064
b2
1
7,889562
7,889562
8,115
0,019
Desvio
1
0,040345
0,040345
0,041
0,843
Resíduo
9
8,750000
0,972222
100
- RABANETE:
TABEL
A DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
2,187500
0,729167
3,182
0,0775
Bloco
3
2,687500
0,895833
3,909
0,0486
Erro
9
2,062500
0,229167
Total corrigido
15
6,937500
CV (%)
7,90
Média Geral
6,0625000
Número de observações
16
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
643,250000
214,416667
29,575
0,0000
Bloco
3
23,250000
7,750000
1,069
0,4097
Erro
9
65,250000
7,250000
Total corrigido
15
731,750000
CV (%) =
7,95
Média Ge
ral
33,8750000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
42,584112
1,18573097
35,914
0,0000
b1
-
0,232243
0,02603018
-
8,922
0,0000
R^2 =
89,72%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
44,244661
1,33308386
33,190
0,0000
b1
-
0,459949
0,08750245
-
5,256
0,0005
b2
0,003315
0,00121618
2,726
0,0234
R^2 =
98,09%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
577,1
23832
577,123832
79,603
0,000
b2
1
53,862517
53,862517
7,429
0,023
Desvio
1
12,263652
12,263652
1,692
0,226
Resíduo
9
65,250000
7,250000
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
305,250000
101,75000
0
19,381
0,0003
Bloco
3
7,250000
2,416667
0,460
0,7168
Erro
9
47,250000
5,250000
Total corrigido
15
359,750000
CV (%)
7,73
Média Geral
29,6250000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
35,880841
1,00901312
35,560
0,0000
b1
-
0,166822
0,02215072
-
7,531
0,0000
R^2 =
97,55%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
297,778037
297,778037
56,7
20
0,000
Desvio
2
7,471963
3,735981
0,712
0,517
Resíduo
9
47,250000
5,250000
-
101
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
37,250000
12,416667
34,385
0,0000
Bloco
3
1,250000
0,416667
1,154
0,3794
Erro
9
3
,250000
0,361111
Total corrigido
15
41,750000
CV (%) =
3,51
Média Geral
17,1250000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
18,053738
0,26462909
68,223
0,0000
b1
-
0,024766
0
,00580936
-
4,263
0,0021
R^2 =
17,62%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
16,822605
0,29751502
56,544
0,0000
b1
0,144055
0,01952862
7,377
0,0000
b2
-
0,002458
0,00027142
-
9,055
0,0000
R^2 =
97,10%
Somas de quadrados seqüenc
iais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
6,563084
6,563084
18,175
0,002
b2
1
29,606913
29,606913
81,988
0,000
Desvio
1
1,080003
1,080003
2,991
0,118
Resíduo
9
3,250000
0,361111
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
52,687500
17,562500
7,879
0,0069
Bloco
3
23,687500
7,895833
3,542
0,0611
Erro
9
20,062500
2,229167
Total corrigido
15
96,437500
CV (%)
7,94
Média Geral
18,8125000
Núm
ero de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
21,151869
0,65748891
32,171
0,0000
b1
-
0,062383
0,01443376
-
4,322
0,0019
R^2 =
79,03%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Cau
sas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
41,640771
41,640771
18,680
0,002
Desvio
2
11,046729
5,523364
2,478
0,139
Resíduo
9
20,062500
2,229167
8) ÁREA FOLIAR ESPECÍFICA
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
140593,563650
46864,521217
29,756
0,0000
Bloco
3
8345,047850
2781,682617
1,766
0,2233
Erro
9
14174,413700
1574,934856
Total corrigido
15
163113,025200
CV (%)
14,75
Média Geral
269,0900000
Número de observações
16
Model
os reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
143,722593
17,47625846
8,224
0,0000
102
b1
3,343131
0,38365372
8,714
0,0000
R^2 =
85,06%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
119588,804883
119588,804883
75,933
0,000
Desvio
2
21004,758767
10502,379383
6,668
0,017
Resíduo
9
14174,413700
1574,934856
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
69417,370869
23139,123623
5,00
8
0,0259
Bloco
3
9728,076519
3242,692173
0,702
0,5744
Erro
9
41583,121406
4620,346823
Total corrigido
15
120728,568794
CV (%)
21,11
Média Geral
321,9956250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
229,450794
29,93328978
7,665
0,0000
b1
2,467862
0,65712108
3,756
0,0045
R^2 =
93,88%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
65166,676403
6516
6,676403
14,104
0,005
Desvio
2
4250,694465
2125,347233
0,460
0,645
Resíduo
9
41583,121406
4620,346823
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
48387,199750
16129,066583
3,932
0,0479
Bloco
3
2468,898200
822,966067
0,201
0,8934
Erro
9
36920,114150
4102,234906
Total corrigido
15
87776,212100
CV (%)
18,67
Média Geral
343,0775000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
283,459159
28,20508576
10,050
0,0000
b1
1,589822
0,61918207
2,568
0,0303
R^2 =
55,89%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
27044,628337
27044,628337
6,593
0,030
Des
vio
2
21342,571413
10671,285706
2,601
0,128
Resíduo
9
36920,114150
4102,234906
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
1138,309350
379,436450
0,818
0,5160
Bloco
3
502,595150
167,531717
0,361
0,7828
Erro
9
4176,581500
464,064611
Total corrigido
15
5817,486000
CV (%)
14,67
Média Geral
146,8750000
Número de observações
16
103
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
45904,583400
15301,527800
81,
984
0,0000
Bloco
3
965,563350
321,854450
1,724
0,2312
Erro
9
1679,756450
186,639606
Total corrigido
15
48549,903200
CV (%)
4,95
Média Geral
276,2500000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
206,678037
6,01615568
34,354
0,0000
b1
1,855252
0,13207178
14,047
0,0000
R^2 =
80,23%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
36828,985181
36828,9
85181
197,327
0,000
Desvio
2
9075,598219
4537,799109
24,313
0,000
Resíduo
9
1679,756450
186,639606
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
17724
,
085525
5908
,
028508
88
,
311
0
,
0000
Bloco
3
94
,
959225
31
,
6
53075
0
,
473
0
,
7085
Erro
9
602
,
099625
66
,
899958
Total corrigido
15
18421
,
144375
CV (%) =
3
,
49
Média Geral
234
,
2162500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
189
,
879159
3
,
601
88701
52
,
717
0
,
0000
b1
1
,
182322
0
,
07907169
14
,
953
0
,
0000
R^2 =
84,39%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
178
,
880930
4
,
04949987
44
,
174
0
,
0000
b1
2
,
690475
0
,
26580561
10
,
122
0
,
0000
b2
-
0
,
021955
0
,
00369437
-
5
,
943
0
,
0002
R^2 =
9
7,72%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
14957
,
383712
14957
,
383712
223
,
578
0
,
000
b2
1
2362
,
808920
2362
,
808920
35
,
319
0
,
000
Desvio
1
403
,
892893
403
,
892893
6
,
037
0
,
036
Resíduo
9
602
,
0
99625
66
,
899958
9) ÁREA FOLIAR TOTAL DAS HORTALIÇAS
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
12232,184219
4077,394740
0,848
0,5018
Bloco
3
11392,365719
3797,455240
0,790
0,5295
Erro
9
12232,184219
4808,908623
Total co
rrigido
15
66904,727544
CV (%)
14,01
Média Geral
494,9731250
Número de observações
16
104
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
25648.687500
8549.562500
7.324
0.0087
Bloco
3
222.687500
74.229167
0.064
0.9779
Er
ro
9
10506.062500
1167.340278
Total corrigido
15
36377.437500
CV (%) =
12.98
Média Geral
263.3125000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
267.649533
15.04582122
17.789
0.0
000
b1
-
0.115654
0.33029869
-
0.350
0.7343
R^2 =
0,56%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
236.820012
16.91559199
14.000
0.0000
b1
4.111901
1.11032457
3.703
0.0049
b2
-
0.061544
0.01543214
-
3.988
0.0032
R^2 =
72,94%
Somas
de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
143.122079
143.122079
0.123
0.734
b2
1
18565.928371
18565.928371
15.904
0.003
Desvio
1
6939.637050
6939.637050
5.945
0.037
Resíduo
9
10506.062500
1167.34027
8
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
6545163
,
741369
2181721
,
247123
10
,
269
0
,
0029
Bloco
3
1880114
,
887969
626704
,
962656
2
,
950
0
,
0908
Erro
9
1912100
,
599406
212455
,
622156
T
otal
corrigido
15 10337379,228744
CV (%)
14,33
Média Geral
3215,9931250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
4103,816402
202,97907815
20,218
0,0000
b1
-
23,675287
4,45596966
-
5,313
0,0005
R^2 =
91,63%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de
Variação
G.L. S.Q. Q.M. Fc Prob.<F
b1
1
5997555,789634
5997555,789634
28,230
0,000
Desvio
2
547607,951735
273803,975868
1,289
0,322
Resíduo
9
1912100,599406
212455,622156
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
10141748,727619
3380582,909206
33,087
0,0000
Bloco
3
2535805,685419
845268,561806
8,273
0,0059
Erro
9
919558,846756
102173,205195
Total corrigido
15
13597113,259794
CV (%) =
9,12
Média Geral
3504,2243750
Número de observações
16
105
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
4559,914650
140,76207831
32,394
0,0000
b1
-
28,151741
3,09012907
-
9,110
0,000
0
R^2 =
83,61%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
4268,811109
158,25483035
26,974
0,0000
b1
11,766375
10,38770782
1,133
0,2866
b2
-
0,581121
0,14437631
-
4,025
0,0030
R^2 =
99,94%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (
Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
8479969,369920
8479969,369920
82,996
0,000
b2
1
1655305,299953
1655305,299953
16,201
0,003
Desvio
1
6474,057746
6474,057746
0,063
0,807
Resíduo
9
919558,846756
102173,205195
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
596470
,
441869
198823
,
480623
8
,
658
0
,
0051
Bloco
3
48593
,
931069
16197
,
977023
0
,
705
0
,
5725
Erro
9
206685
,
753806
22965
,
083756
Total corrigido
15
851750
,
126744
CV (%) =
7,76
M
édia Geral
1953,5968750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1924,191706
66,73461795
28,833
0,0000
b1
0,784138
1,46501519
0,535
0,6055
R^2 =
1,10%
Parâmetro Estimativa SE
T p
ara
HO: Par=o
Pr>t
bo
1779,649776
75,02784677
23,720
0,0000
b1
20,604720
4,92476185
4,184
0,0024
b2
-
0,288545
0,06844811
-
4,216
0,0023
R^2 =
69,52%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<
F
b1
1
6579,132203
6579,132203
0,286
0,605
b2
1
408103,977792
408103,977792
17,771
0,002
Desvio
1
181787,331874
181787,331874
7,916
0,020
Resíduo
9
206685,753806
22965,083756
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
F
C
Pr>Fc
Trat
3
1272940,179275
424313,393092
155,764
0,0000
Bloco
3
28481,539525
9493,846508
3,485
0,0634
Erro
9
24516,684975
2724,076108
Total corrigido
15
1325938,403775
CV (%) =
2,84
Média Geral
1837,0712500
Número de observações
16
Mod
elos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1898,975864
22,98406178
82,621
0,0000
b1
-
1,650790
0,50456571
-
3,272
0,0097
R^2 =
2,29%
106
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1676,094983
25,84033172
64,8
64
0,0000
b1
28,912167
1,69613664
17,046
0,0000
b2
-
0,444930
0,02357420
-
18,874
0,0000
R^2 =
78,52%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
29158,641673
29158,641673
10,704
0,010
b2
1
970350,787676
970350,787676
356,213
0,000
Desvio
1
273430,749926
273430,749926
100,376
0,000
Resíduo
9
24516,684975
2724,076108
11) PRODUÇÃO DE MATÉRIA FRESCA DA PARTE AÉREA DAS HORTALIÇAS
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
P
r>Fc
Trat
3
203,027069
67,675690
7,734
0,0073
Bloco
3
42,762369
14,254123
1,629
0,2506
Erro
9
78,757456
8,750828
Total corrigido
15
324,546894
CV (%)
8,57
Média Geral
34,5093750
Número de observações
16
Modelos red
uzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
39,647313
1,30269200
30,435
0,0000
b1
-
0,137012
0,02859780
-
4,791
0,0010
R^2 =
98,93%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
P
rob.<F
b1
1
200,862551
200,862551
22,954
0,001
Desvio
2
2,164517
1,082259
0,124
0,885
Resíduo
9
78,757456
8,750828
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
15
,
881419
5
,
293806
9
,
080
0
,
0044
Bloco
3
0
,
254619
0
,
084873
0
,
146
0
,
9300
Erro
9
5
,
247156
0
,
583017
Total corrigido
15
21,383194
CV (%) =
12,74
Média Geral
5,9956250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
5,415514
0,33624660
16,106
0,00
00
b1
0,015470
0,00738157
2,096
0,0656
R^2 =
16,12%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
4,768414
0,37803256
12,614
0,0000
b1
0,104204
0,02481372
4,199
0,0023
b2
-
0,001292
0,00034488
-
3,746
0,0046
R^2 =
67,63%
Somas de q
uadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
2,560610
2,560610
4,392
0,066
b2
1
8,179493
8,179493
14,030
0,005
Desvio
1
5,141316
5,141316
8,818
0,016
Resíduo
9
5,247156
0,583017
107
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
29055,645419
9685,215140
12,554
0,0014
Bloco
3
2776,465419
925,488473
1,200
0,3642
Erro
9
6943,576256
771,508473
Total corrigido
15
38775,687094
CV (%)
13,63
Média Geral
203,7293750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
262,739743
12,23171946
21,480
0,0000
b1
-
1,573610
0,26852113
-
5,860
0,0002
R^2 =
91,19%
Somas de quadrados s
eqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
26495,851929
26495,851929
34,343
0,000
Desvio
2
2559,793490
1279,896745
1,659
0,244
Resíduo
9
6943,576256
771,508473
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂ
NCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
22170,625469
7390,208490
13,427
0,0011
Bloco
3
81,041069
27,013690
0,049
0,9848
Erro
9
4953,520706
550,391190
Total corrigido
15
27205,187244
CV (%)
12,28
Média Geral
191,1218750
Núm
ero de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
242,739136
10,33125065
23,496
0,0000
b1
-
1,376460
0,22680042
-
6,069
0,0002
R^2 =
91,44%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
C
ausas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
20272,679067
20272,679067
36,833
0,000
Desvio
2
1897,946402
948,973201
1,724
0,232
Resíduo
9
4953,520706
550,391190
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
1534
,
627819
511
,
542606
25
,
925
0
,
0001
Bloco
3
64
,
311819
21
,
437273
1
,
086
0
,
4033
Erro
9
177
,
586006
19
,
731778
Total corrigido
15
1776
,
525644
CV (%) =
3,51
Média Geral
126,6281250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
129,848131
1,95614155
66,380
0,0000
b1
-
0,085867
0,04294289
-
2,000
0,0766
R^2 =
5,14%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
121,338371
2,19923471
55,173
0,0000
b1
1,081050
0,14435583
7,4
89
0,0000
b2
-
0,016988
0,00200637
-
8,467
0,0000
R^2 =
97,32%
108
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
78,892290
78,892290
3,998
0,077
b2
1
1414,548173
1414,548173
71,689
0,000
Desvio
1
41,187356
41,187356
2,087
0,182
Resíduo
9
177,586006
19,731778
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
16355,681319
5451,893773
7,334
0,0086
Bloco
3
2416,573669
805,524556
1,084
0,4043
Erro
9
6690,35
0306
743,372256
Total corrigido
15
25462,605294
CV (%) =
13,99
Média Geral
194,8393750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
222,900327
12,00660812
18,565
0,0000
b1
-
0,74
8292
0,26357929
-
2,839
0,0194
R^2 =
36,63%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
202,482538
13,49869051
15,000
0,0000
b1
2,051535
0,88604217
2,315
0,0458
b2
-
0,040759
0,01231489
-
3,310
0,0091
R^2 =
86,42%
Somas de quadrados
seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
5991,368713
5991,368713
8,060
0,019
b2
1
8143,302199
8143,302199
10,955
0,009
Desvio
1
2221,010407
2221,010407
2,988
0,118
Resíduo
9
6690,350306
743,372256
12) PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA DAS HORTALIÇAS
- RÚCULA:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
14
,
148950
4
,
716317
26
,
748
0
,
0001
Bloco
3
0
,
543650
0
,
181217
1
,
028
0
,
4254
Erro
9
1
,
586900
0
,
176322
Total corrigido
15
16
,
279500
CV (%) =
19
,
42
Média Geral
2
,
1625000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
3
,
424533
0
,
18491438
18
,
520
0
,
0000
b1
-
0
,
033654
0
,
00405940
-
8
,
290
0
,
0000
R^2 =
85,65%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
3,733456
0,20789402
17,958
0,0000
b1
-
0,076016
0,01364598
-
5,571
0,0003
b2
0,000617
0,00018966
3,252
0,0100
R^2 =
98,83%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q
.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
12,118879
12,118879
68,731
0,000
b2
1
1,864170
1,864170
10,573
0,010
Desvio
1
0,165901
0,165901
0,941
0,357
Resíduo
9
1,586900
0,176322
109
- RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
0,585725
0,195242
12
,540
0,0014
Bloco
3
0,097925
0,032642
2,097
0,1710
Erro
9
0,140125
0,015569
Total corrigido
15
0,823775
CV (%) =
15,82
Média Geral
0,7887500
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
0,862173
0,05494823
15,691
0,0000
b1
-
0,001958
0,00120627
-
1,623
0,1390
R^2 =
7,00%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
0,704340
0,06177675
11,401
0,0000
b1
0,019685
0,00405497
4,855
0,0009
b2
-
0,000315
0,00005636
-
5,5
91
0,0003
R^2 =
90,08%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
0,041019
0,041019
2,635
0,139
b2
1
0,486610
0,486610
31,254
0,000
Desvio
1
0,058096
0,058096
3,731
0,085
Resíduo
9
0,140
125
0,015569
- ALFACE LISA (PRIMAVERA):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
218
,
422100
72
,
807367
57
,
519
0
,
0000
Bloco
3
8
,
443850
2
,
814617
2
,
224
0
,
1548
Erro
9
11
,
392150
1
,
265794
Total corrigido
15
238
,
258100
CV (%) =
11
,
26
Média Geral
9
,
9925000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
14
,
887477
0
,
49544877
30
,
048
0
,
0000
b1
-
0
,
130533
0
,
01087651
-
12
,
001
0
,
0000
R^2 =
83
,
47%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
16
,
124314
0
,
55701906
28
,
948
0
,
0000
b1
-
0
,
300136
0
,
03656224
-
8
,
209
0
,
0000
b2
0
,
002469
0
,
00050817
4
,
859
0
,
0009
R^2 =
97
,
15%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Pr
ob.<F
b1
1
182
,
315036
182
,
315036
144
,
032
0
,
000
b2
1
29
,
881889
29
,
881889
23
,
607
0
,
001
Desvio
1
6
,
225175
6
,
225175
4
,
918
0
,
054
Resíduo
9
11
,
392150
1
,
265794
110
- ALFACE LISA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
60
2,784469
200,928156
10,948
0,0023
Bloco
3
187,629569
62,543190
3,408
0,0667
Erro
9
165,179356
18,353262
Total corrigido
15
955,593394
CV (%)
17,58
Média Geral
24,3656250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenci
ais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
32,850701
1,88657377
17,413
0,0000
b1
-
0,226269
0,04141567
-
5,463
0,0004
R^2 =
90,88%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
54
7,813472
547,813472
29,848
0,000
Desvio
2
54,970996
27,485498
1,498
0,275
Resíduo
9
165,179356
18,353262
- ALFACE CRESPA (VERÃO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
21,527850
7,175950
93,728
0,0000
Bloco
3
0,691400
0,230467
3,010
0,0871
Erro
9
0,689050
0,076561
Total corrigido
15
22,908300
CV (%) =
3,90
Média Geral
7,0975000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
8,321332
0,12184881
68,292
0,
0000
b1
-
0,032636
0,00267493
-
12,201
0,0000
R^2 =
52,94%
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
7,676585
0,13699117
56,037
0,0000
b1
0,055777
0,00899198
6,203
0,0002
b2
-
0,001287
0,00012498
-
10,299
0,0000
R^2 =
90,66%
Soma
s de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
11,396321
11,396321
148,853
0,000
b2
1
8,120107
8,120107
106,060
0,000
Desvio
1
2,011422
2,011422
26,272
0,001
Resíduo
9
0,689050
0,076561
- ALFACE CRESPA (INVERNO):
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
32
,
725950
10
,
908650
10
,
396
0
,
0028
Bloco
3
0
,
033050
0
,
011017
0
,
010
0
,
9986
Erro
9
9
,
443400
1
,
049267
Total corrigido
15
42
,
202400
CV (%)
12,43
M
édia Geral
8,2400000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
10,160911
0,45108678
22,525
0,0000
b1
-
0,051224
0,00990264
-
5,173
0,0006
R^2 =
85,79%
111
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
28,076038
28,076038
26,758
0,001
Desvio
2
4,649912
2,324956
2,216
0,165
Resíduo
9
9,443400
1,049267
12) PRODUÇÃO DE MATÉRIA FRESCA DE RAIZ DO RABANETE
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂN
CIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
309,212275
103,070758
25,899
0,0001
Bloco
3
9,500075
3,166692
0,796
0,5265
Erro
9
35,816825
3,979647
Total corrigido
15
354,529175
CV (%)
36,81
Média Geral
5,4187500
Número de observa
ções
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
11,490421
0,87849531
13,080
0,0000
b1
-
0,161911
0,01928548
-
8,395
0,0000
R^2 =
90,72%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variaçã
o
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
280,503084
280,503084
70,484
0,000
Desvio
2
28,709191
14,354595
3,607
0,071
Resíduo
9
35,816825
3,979647
13) PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE RAIZ DO RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
3,398919
1,132973
40,049
0,0000
Bloco
3
0,058319
0,019440
0,687
0,5822
Erro
9
0,254606
0,028290
Total corrigido
15
3,711844
CV (%)
30,14
Média Geral
0,5581250
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
1,207453
0,07406797
16,302
0,0000
b1
-
0,017315
0,00162600
-
10,649
0,0000
R^2 =
94,39%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
3,20811
5
3,208115
113,403
0,000
Desvio
2
0,190804
0,095402
3,372
0,081
Resíduo
9
0,254606
0,028290
14) DIÂMETRO DE RAIZ DE RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
880,477200
293,492400
128,504
0,0000
Bloco
3
12,134450
4,044817
1,771
0,2225
Erro
9
20,555250
2,283917
Total corrigido
15
913,166900
CV (%)
12,13
Média Geral
2,4625000
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
22,
932360
0,66551414
34,458
0,0000
b1
-
0,279196
0,01460993
-
19,110
0,0000
R^2 =
94,73%
112
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
834,070912
834,070912
365,193
0,000
Desvio
2
46,406288
23,2
03144
10,159
0,005
Resíduo
9
20,555250
2,283917
15) PRODUTIVIDADE DE RAIZ DE RABANETE:
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
FV
GL
SQ
QM
FC
Pr>Fc
Trat
3
175,616869
58,538956
20,384
0,0002
Bloco
3
4,742619
1,580873
0,550
0,6604
Erro
9
25,846306
2,871812
Total corrigido
15
206,205794
CV (%)
42,43
Média Geral
3,9943750
Número de observações
16
Modelos reduzidos sequenciais
Parâmetro Estimativa SE
T para
HO: Par=o
Pr>t
bo
8,662687
0,74626857
11,608
0,0000
b1
-
0,1244
88
0,01638272
-
7,599
0,0000
R^2 =
94,42%
Somas de quadrados seqüenciais
-
Tipo I (Type I)
Causas de Variação
G.L.
S.Q.
Q.M.
Fc
Prob.<F
b1
1
165,821551
165,821551
57,741
0,000
Desvio
2
9,795317
4,897659
1,705
0,235
Resíduo
9
25,846306
2,871812
113
ANEXOS - CAPÍTULO II
Figura 34. Visão da área experimental, no início da formação das faixas intercalares.
Figura 35. Visão geral da área experimental, depois de derrubada de toda crotalária que
estava plantada na área central do terreno.
Figura 36. isposição dos canteiros e distribuição de cobertura morta nas sub-parcelas.
114
Figura 37. Detalhe da disposição das sacolas de decomposição sob a cobertura morta
formada pela palhada de crotalária.
1- Análise de variância do teor de nitrogênio presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete,
alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 1,270666
ns
0,4232132E-01
ns
0,6382128E-01
ns
0,3188849*
Faixa 0,8039120E-01
ns
0,1296050E-02
ns
0,6139008E-02
ns
0,2765952
ns
Erro (a) 2,145735 0,3596992E-01 0,2394898E-01 0,7736757E-01
Cobertura 0,8380418
ns
0,8120450E-02
ns
0,8803208E-02
ns
0,3057620E-01
ns
Faixa x Cobertura 2,183283
ns
0,3354050E-02
ns
0,1119008E-02
ns
0,1397792
ns
Erro (b) 1,751212 0,4686162E-01 0,2861368E-01 0,8525433E-01
Ns
Não significativo (p>0,05)
*
Significativo (p=0,05)
2- Análise de variância do teor de fósforo presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface
Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 0,1141800
ns
1,665150*
1,118980* 0,2450300
ns
Faixa 0,4805000E-02
ns
1,665150
ns
0,2244500E-01
ns
0,5000000E-01
ns
Erro (a) 0,8333000E-01 0,1403550 0,2383450 0,2834750
Cobertura 0,1824050
ns
0,1692800
ns
1,346805
ns
0,8000000E-02
ns
Faixa x Cobertura 0,1566450
ns
0,7527200
ns
0,1786050
ns
0,2645000
ns
Erro (b) 0,6975000E-01 0,7729375 0,6135675 0,3973125
Ns
Não significativo (p>0,05).
*
Significativo (p=0,05)
3- Análise de variância do teor de potássio presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface
Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 42,01875* 59,56250
ns
16,98125
ns
61,18750*
Faixa 19,01250
ns
11,25000
ns
0,2000000
ns
0,6125000
ns
Erro (a) 9,856250 96,12500 11,48125 6,862500
Cobertura 7,812500
ns
0,3125000
ns
1,250000
ns
13,61250
ns
Faixa x Cobertura 15,31250
ns
45,00000
ns
14,45000
ns
43,51250
ns
Erro (b) 23,43750 24,71875 28,06875 18,12500
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
115
4- Análise de variância do teor de cálcio presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete, alface
Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 11,56487
ns
2,261750
ns
2,191093
ns
1,159068
ns
Faixa 5,100500
ns
12,56112
ns
3,370205
ns
0,1860500E-01
ns
Erro (a) 47,17550 5,084250 0,7493925 3,144293
Cobertura 8,978000
ns
0,8611250
ns
8,077205
ns
0,1740500E-01
ns
Faixa x Cobertura 1,458000
ns
1,431125
ns
1,090445
ns
1,357205
ns
Erro (b) 7,453313 1,781750 1,064762 2,249805
Ns
Não significativo (p>0,05)
5- Análise de variância do teor de magnésio presente no tecido vegetal da rúcula, rabanete,
alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 0,6859375
ns
3,845645
ns
0,7495325* 0,1919200
ns
Faixa 0,3200000E-01
ns
5,512500
ns
0,5000000E-01
ns
0,2247200
ns
Erro (a) 0,4035625 2,864650 0,3656250E-01 0,4397200
Cobertura 0,2420000
ns
0,7761800
ns
0,2247200
ns
0,2592000E-01
ns
Faixa x Cobertura 0,2000000
ns
4,569680
ns
0,2888000E-01
ns
0,5511200
ns
Erro (b) 0,2472500 2,891218 0,2946125 0,3272700
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
6- Análise de variância do teor de clorofila ‘a’ da rúcula, rabanete, alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 733,8116
ns
6364,999
ns
872,1746
ns
51,66677
ns
Faixa 422,5570
ns
320,8622
ns
737,3417
ns
2461,431*
Erro (a) 1649,646 7218,044 651,7058 156,5421
Cobertura 297446,6* 692,4830
ns
5149,970* 4043,759*
Faixa x Cobertura 55168,63* 947,6043
ns
99,19884
ns
9,596117
ns
Erro (b) 5684,185 3376,230 178,5834 430,9975
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
7- Análise de variância do teor de clorofila ‘b’ da rúcula, rabanete, alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 725,2493
ns
738,8882
ns
146,5322
ns
159,8372
ns
Faixa 60797,87* 225,3525
ns
0,6576671
ns
839,7976
ns
Erro (a) 1229,043 776,1273 169,8959 623,0359
Cobertura 125459,3* 1700,331* 4151,435* 806,7828
ns
Faixa x Cobertura 31138,64* 772,8687
ns
205,5737
ns
7,24898*
Erro (b) 1809,141 259,3224 63,41918 81,60201
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
8- Análise de variância do teor de clorofila total (a + b) da rúcula, rabanete, alface Lisa e alface
Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 2479,591
ns
11398,73
ns
1465,307
ns
264,8181
ns
Faixa 71357,60* 8,415119
ns
693,9573
ns
6176,714*
Erro (a) 5061,912 8112,481 1406,321 1259,104
Cobertura 809260,3* 4563,02
ns
18549,06* 8462,984*
Faixa x Cobertura 169201,8* 3432,050
ns
19,16671
ns
0,1643221
ns
Erro (b) 10486,0 4499,254 389,5646 734,2358
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
116
9- Análise de variância do teor de carotenóides da rúcula, rabanete, alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 1220,488
ns
459,3483
ns
31,64921
ns
176,1471
ns
Faixa 5664,552
ns
21,08102
ns
117,9398
ns
172,8622
ns
Erro (a) 1259,
023
569,9878 47,52473 256,8262
Cobertura 28832,81* 534,3175
ns
1926,186* 3,513222
ns
Faixa x Cobertura 22582,48* 180,8118
ns
2249,631* 60,37373
ns
Erro (b) 805,9692 163,8237 34,94169 103,7478
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
10- Análise de variância relativa a razão clorofila a e b da rúcula, rabanete, alface Lisa e alface
Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 0,1382130E-01
ns
0,1123439E-02
ns
0,2383349E-01
ns
0,1372018E-01
ns
Faixa 1,342080* 0,1847387E-01
ns
0,3181796E-01
ns
0,5931916E-03
ns
Erro (a) 0,1886062E-01 0,7938723E-01 0,7272081E-02 0,3657074E-01
Cobertura 0,1480573
ns
0,4745055E-01
ns
0,5418655E-01* 0,5611736E-02
ns
Faixa x Cobertura 0,2790856E-02
ns
0,1369780E-01
ns
0,4942243E-01* 0,2888585E-02
ns
Erro (b) 0,4739912E-01 0,1887659E-01 0,4028195E-02 0,8640213E-02
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
11- Análise de variância relativa à altura das plantas de rabanete, alface Lisa e alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 26,28500
ns
38,60575
ns
20,92500
ns
7,406250
ns
Faixa 8,450000
ns
9,660500
ns
0,4500000
ns
1,250000
ns
Erro (a) 35,04500 14,44675
4,387500 3,218750
Cobertura 0,8000000
ns
4,900500
ns
42,05000
ns
3,200000
ns
Faixa x Cobertura 1,458000
ns
4,704500
ns
12,80000
ns
3,200000
ns
Erro (b) 7,384000 6,533750 9,456250 2,012500
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
12- Análise de variância relativa ao número de folhas das plantas de rabanete, alface Lisa e
alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 1,040000
ns
0,8500000E-01
ns
16,91875
ns
1,968000*
Faixa 4,608000
ns
0,2000000
ns
22,05000
ns
3,200000*
Erro (a) 1,318000 0,9550000 5,581250
0,4675000
Cobertura 5,832000
ns
0,1280000
ns
8,450000
ns
1,922000
ns
Faixa x Cobertura 0,7200000E-01
ns
0,1280000
ns
3,200000
ns
0,7220000
ns
Erro (b) 2,077000 0,2580000 5,20000
1,578250
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
13- Análise de variância relativa à área foliar específica das plantas de rabanete, alface Lisa e
alface Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 2494,255
ns
2076,467
ns
12485,02* 307,2480
ns
Faixa 1474,229
ns
265,8218
ns
7525,515* 12395,13
ns
Erro (a) 920,3008 1120,768 1072,559 8702,897
Cobertura 941,1635
ns
1993,085
ns
65120,24* 35412,29*
Faixa x Cobertura 820,4846
ns
253,2138
ns
8631,633
ns
115,0311
ns
Erro (b) 571,9658 1748,824 9357,495 3620,060
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
117
14- Análise de variância relativa à área foliar total das plantas de rabanete, alface Lisa e alface
Crespa.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 4059,691
ns
1626,715
ns
561399,5
ns
136242,8
ns
Faixa 9788,941
ns
170,0903
ns
224592,8
ns
60906,14
ns
Erro (a) 2041,094 1215,203 155693,9 79186,87
Cobertura 801,0615
ns
474,3477
ns
277209,4
ns
9988,930
ns
Faixa x Cobertura 198,2044
ns
4052,619* 89725,07
ns
15386,60
ns
Erro (b) 1218,459 559,3258 297546,4 12907,20
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
15- Análise de variância relativa ao número de plantas e ao diâmetro de raiz do rabanete.
Parâmetros
Quadrado Médio
Número de plantas Diâmetro de raiz
Bloco 29,42500
ns
0,7400750E-01
ns
Faixa 16,20000
ns
0,2000000E-02
ns
Erro (a) 17,07500 0,7123750E-01
Cobertura 156,8000* 3,104720*
Faixa x Cobertura 7,200000
ns
0,3872000E-01
ns
Erro (b) 5,000000 0,2012575
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
16- Análise de variância relativa à produção de matéria fresca da parte aérea da rúcula, alface
lisa, alface crespa e matéria fresca de raiz do rabanete.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 22,98952
ns
8,834308
ns
483,8000
ns
421,1245
ns
Faixa 0,1360343
ns
0,3528000E-01
ns
68,45000
ns
542,8820
ns
Erro (a) 10,69092 6,591167 449,7000 155,3495
Cobertura 9,186479
ns
0,6480000
ns
7880,450* 2681,928*
Faixa x Cobertura 0,5098286E-02
ns
8,978000
ns
884,4500
ns
602,8020*
Erro (b) 4,941899 3,342188
465,0750 97,23500
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
17- Análise de variância relativa à produção de matéria seca da parte aérea da rúcula, alface
lisa, alface crespa e matéria seca de raiz do rabanete.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 0,4384260E-01
ns
0,3293332E-02
ns
0,2045695
ns
0,7771344
ns
Faixa 0,6183329E-01
ns
0,7680671E-02
ns
0,6923535E-01
ns
4,469379*
Erro (a) 0,2027863E-01
0,1976236E-02 0,2805437 0,3630300
Cobertura 0,1152612E-01
ns
0,1635551E-01
ns
12,06094* 3,886534*
Faixa x Cobertura 0,2215328E-01
ns
0,3428454E-01* 2,711257* 0,6300031E-01
ns
Erro (b) 0,1674428E-01 0,5081720E-02 0,2859519 0,5697373
Ns
Não significativo (p>0,05);
*
Significativo (p=0,05)
18- Análise de variância relativa à produtividade da rúcula, alface lisa, alface crespa e de raiz do
rabanete.
Parâmetros
Quadrado Médio
Rúcula Rabanete Alface Lisa Alface Crespa
Bloco 28,50154
ns
19,52710
ns
11,84168
ns
9,206245
ns
Faixa 465,4565* 86,81972* 238,9893* 227,3537*
Erro (a) 16,80180 8,558922 11,23061 4,443557
Cobertura 0,6790603
ns
53,04307* 129,0320* 58,25240*
Faixa x Cobertura 6,443019
ns
1,085252
ns
3,663680
ns
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