Coelho também para a exposição de Farnese de Andrade- Objetos
e a crítica de
Juliana Monachesi para a exposição Polisemiose
foram bastante positivas. A
matéria
de capa da Revista Bravo! sobre a exposição Erotica também foi
bastante elogiosa e com vasta cobertura.
As críticas com ponderações preponderantemente negativas ficaram por
conta de Fabio Cypriano, que escreveu sobre as mostras Vik Muniz e Artes de Cuba,
classificando-as como regular
. No primeiro caso, a crítica dirigiu-se, sobretudo, ao
artista e à maneira considerada repetitiva por meio da qual elabora suas criações.
Contudo, envolveu também o curador:
Já há algum tempo, a fórmula se tornou uma máquina de
reproduções e pastichização ad infinitum de si mesmo, evidenciando
que ele abandonou o que possuía de melhor no início da carreira: o
caráter experimental aliado à inconteste erudição acerca da matéria
fotográfica. [...] Com as duas séries que apresenta no CCBB, Muniz
radicaliza ainda mais essa busca pelo popular e por uma explicação
simplista de sua obra. Agora são estrelas de cinema estrangeiras,
com Liz Taylor ou Catherine Deneuve, e personagens de filmes de
terror, como Drácula e Frankenstein. Os materiais usados para suas
construções é que mudaram, pois, em vez de elementos precários,
como papel, linhas e açúcar, agora são produtos de ostentação,
como diamantes no caso das divas, e caviar, para os monstros. A
metáfora aqui se torna gritante. Na montagem, tais elementos são
também ostensivamente divulgados: um texto informa que o valor do
caviar usado é de US$ 17 mil, e o dos diamantes, US$ 650 mil. Ora
a fórmula de sucesso criada aqui se apresenta mesmo redundante,
especialmente com os diamantes para as divas. Sua técnica
continua a impressionar pela precisão, mas isso, convenhamos, está
mais próximo do campo da publicidade do que da arte.
A crítica publicada sobre a mostra Artes de Cuba dirigiu-se, sobretudo, à
curadora:
Exposições sobre períodos abrangentes da cultura visual de um país
correm sempre o risco da superficialidade. (...) O conjunto
engenhosidade [da obra "Grupo rítmico de colunas: ascendente descendente"] permanece restrita à teoria
sem a contraparte interativa. (...) Para torná-las [as obras] atuais, o público deveria operar sobre as peças,
seja de modo a compreender intelectualmente o processo de derivação rigorosa das formas, seja pelo
deslocamento das partes móveis.”
Chaimovich, Felipe . Objetos de Farnese revelam universalidade, Folha de S. Paulo, São Paulo, 28/05/05,
Ilustrada, E7
Coelho, Marcelo. Ovos, bonecas e relicários, Folha de S. Paulo, São Paulo, 20/04/05, Ilustrada, E12
Monachesi, Juliana. Onde colocar o desejo. Bien´Art, São Paulo, novembro de 2005, 13-14.
Oliva, Fernando. Erotismo é alegria, movimento e transformação. Bravo!, São Paulo, outubro de 2005
A Folha de S. Paulo classifica suas críticas em seu rodapé com estrelas que quantificam a avaliação
efetuada em escala que vai de “bola preta” a quatro estrelas, sendo que “bola preta” equivale a péssimo; uma
estrela, ruim; duas estrelas, regular; três estrelas, bom e quatro estrelas, ótimo.