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UFRRJ
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CIÊNCIA DO SOLO
TESE
Desempenho de Leguminosas Arbóreas no
Estabelecimento de um Sistema Agroflorestal com
Bananeiras
Patrícia Diniz de Paula
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CIÊNCIA DO SOLO
DESEMPENHO DE LEGUMINOSAS NO ESTABELECIMENTO DE
UM SISTEMA AGROFLORESTAL
PATRÍCIA DINIZ DE PAULA
Sob a Orientação de
Gabriel de Araújo Santos
e Co-orientação de
Eduardo Francia Carneiro Campello
José Guilherme Marinho Guerra
Tese
submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de
Doutor em Ciências, no Curso de
Pós-
Graduação em Agronomia, Área
de Concentração em Ciência do Solo
Seropédica, RJ
Maio de 2008
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ii
UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos
634.772
P324d
T
Paula, Patrícia Diniz de, 1973-
Desempenho de leguminosas arbóreas no
estabelecimento de um sistema
agroflorestal com bananeiras / Patrícia
Diniz de Paula – 2008.
80f. : il.
Orientador: Gabriel de Araújo Santos.
Tese (doutorado) Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, Curso de Pós-
Graduação em Agronomia.
Bibliografia: f. 59-78.
1. Bananeira Adubos e fertilizantes
Teses. 2. Agrossilvicultura Teses. 3.
Leguminosa Adubos e fertilizantes
Teses. 4. Adubação verde Teses. I
Santos, Gabriel de Araújo, 1949-. II.
Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro. Curso de Pós-Graduação em
Agronomia. III. Título.
É permitida a cópia parcial ou total desta Tese, desde que seja citada a fonte.
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA - CIÊNCIA DO SOLO
PATRÍCIA DINIZ DE PAULA
Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Ciências, no
Curso de Pós-Graduação em Agronomia, área de Concentração em Ciência do Solo.
TESE APROVADA EM 30/05/2008
_______________________________________
Gabriel de Araújo Santos. Ph.D. UFRRJ
(Orientador)
_______________________________________
José Guilherme Marinho Guerra. Dr. Embrapa Agrobiologia
(Co-orientador)
_______________________________________
Alexander da Silva Resende. Dr. Embrapa Agrobiologia
______________________________________
Aluísio Granato de Andrade. Dr. Embrapa Solos
_______________________________________
Silvio Nolasco de Oliveira Neto. Dr. UFV
_______________________________________
Dejair Lopes de Almeida. Dr. Embrapa Agrobiologia
iv
DEDICATÓRIA
À minha querida e amada Gabriela
dedico
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Dr. Eduardo F. C. Campello pelo estímulo e atenção dispensada.
Ao Dr. Gabriel de Araújo Santos pela orientação.
Aos pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, Dr. José Guilherme Marinho Guerra,
Dr. Bruno Alves, Dra. Elisabeth Correia, Dr. Alexander Resende e Dr. José Antônio
Espíndola, pelo apoio técnico.
A Dra. Lúcia Helena dos Anjos, pela compreensão e apoio em momentos difíceis.
Aos funcionários do Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia, Eugênio, Paulo,
Edílson, Silas, Samuel, Ébio, Enivaldo e José Pedro.
Ao técnico agrícola Ernani, pelo total e irrestrito apoio na condução do experimento
no campo.
Aos laboratoristas Altiberto, Roberto Gregio, Telmo, Fernando, Adriana, Monalisa e
Ana Paula.
Aos funcionários do Curso de Pós Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
(CPGA-CS), Luciene, Roberto e Marquinhos.
Aos colegas e amigos pelo auxílio nos estudos e momentos de descontração.
Ao CNPQ pela bolsa concedida.
A SEAPPA-RJ pela liberação parcial para conclusão do curso.
vi
BIOGRAFIA
PATRÍCIA DINIZ DE PAULA nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 02 de fevereiro
de 1973. No ano de 1992 ingressou no curso de Zootecnia da Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRuralRJ), transferindo-se para o curso de Engenharia Agronômica no ano
de 1995, durante o qual foi bolsista de Iniciação Científica, com bolsa cedida pelo Conselho
Nacional de Pesquisa Científica (CNPQ). Em 1998 graduou-se Engenheira Agrônoma. No
período entre 1999 e 2001 participou da 1
a
turma do programa de Residência em Engenharia
Agronômica da UFRuralRJ, com bolsa cedida pela Prefeitura Municipal de Barra Mansa/RJ.
No ano de 2001 iniciou o curso de Mestrado em Fitotecnia, área de concentração em
Agroecologia, do Instituto de Agronomia da UFRuralRJ, sendo bolsista da CAPES. Em 2004
ingressou no curso de Doutorado em Agronomia, área de concentração em Ciência do Solo,
do Instituto de Agronomia da UFRuralRJ, com bolsa cedida pelo CNPQ. Em janeiro de 2006
foi admitida, através de concurso público, pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária,
Pesca e Abastecimento (SEAPPA-RJ), do Estado do Rio de Janeiro, onde realiza atividades
na Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal.
vii
RESUMO
PAULA, Patrícia Diniz de. Desempenho de leguminosas arbóreas no estabelecimento de
um Sistema Agroflorestal com bananeiras. 2008. 80f. Tese (Doutorado em Agronomia,
Ciência do Solo). Instituto de Agronomia, Departamento de Solos, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2008.
Os Sistemas Agroflorestais (SAF) trazem benefícios múltiplos e constituem uma alternativa
para minimizar a degradação ambiental e alcançar um desenvolvimento sustentável, devido à
diversidade de espécies. O estudo avaliou a contribuição das leguminosas arbóreas, Gliricidia
sepium e Acacia angustissima, cultivadas em aléias intercaladas com banana (Musa sp.),
utilizadas como adubos verdes na implantação de Sistema Agroflorestal. Comparou-se a
produção de biomassa, ciclagem de nutrientes, aporte de N, atividade e diversidade da fauna
edáfica e produtividade da bananeira, no SAF e com a leguminosa herbácea Pueraria
phaseoloides e adubação nitrogenada. O SAF foi implantado em maio de 2004, no Campo
Experimental da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica, RJ. O sistema envolveu o plantio da
palmácea açaí (Euterpe oleraceae) e de bananeiras (Musa sp.), cujas mudas foram plantadas
em outubro de 2005. No ano seguinte foi plantada a espécie florestal mogno africano (Kaya
senegalensis), no centro das aléias de leguminosas. O delineamento experimental foi de
blocos casualizados com cinco tratamentos, constituídos das leguminosas acácia angustíssima
(Acacia angustissima), kudzu tropical (Pueraria phaseoloides), gliricidia (Gliricidia sepium)
dispostas nas entrelinhas da banana e do açaí; além de adubação nitrogenada, como uréia, e
cobertura viva oriunda da vegetação espontânea. Para quantificar a produção de biomassa e
liberação de N, P, Ca, Mg e K “in situ foram cortadas as leguminosas e roçado o kudzu
tropical e a vegetação espontânea. As determinações da matéria seca remanescente, liberação
de nutrientes, constantes de decomposição e os tempos de meia vida dos resíduos vegetais
foram realizadas acondicionando-se 50g de material fresco em “litterbags”, dispostos na
superfície do solo, tomando-se amostras aos 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 60 e 75 após o início
do experimento. Acácia angustíssima e kudzu tropical apresentaram maior produção de
biomassa seca, de e 10,8 Mg. ha
-1
. Os resíduos da gliricidia resultaram em maiores constantes
de decomposição, nas duas estações do ano. A atividade e a diversidade da fauna do solo
foram avaliadas através de armadilhas do tipo pitfall e pelo método TSBF, cuja serapilheira
foi removida e retiradas amostras de solo aos 0-10, 10-20 e 20-30cm. Na área com kudzu
tropical, foi verificado o maior número de indivíduos, 416 ind/arm/dia
-1
, seguido pela
gliricídia, vegetação espontânea e Acácia angustíssima, sem diferença estatística entre os
tratamentos. Pelo método TSBF, os tratamentos com as leguminosas, na camada de 0-10 cm,
foram superiores à vegetação espontânea, com maior número de grupos de fauna nas camadas
de 0-10 cm e 10-20 cm. Em relação ao desenvolvimento vegetativo da bananeira, aos 5 meses
e 11 meses após o plantio, houve diferença na altura média do pseudocaule, no tratamento sob
Acácia angustíssima, e do diâmetro médio do pseudocaule sob Acácia angustíssima e
gliricidia. Considerando o comprimento e o diâmetro médio dos frutos de bananeiras, assim
como a produtividade e peso do cacho, peso das pencas, número de frutos por cacho e número
de pencas por cacho não houve diferença decorrente da presença dos tratamentos. A
produtividade da bananeira alcançou média de 13Mg. ha
-1
no 1
o
ciclo produtivo. Destaca-se
que o desempenho produtivo inicial das bananeiras não foi prejudicado pela presença das
espécies arbóreas Acacia angustissima e Gliricidia sepium.
Palavras-chave: Cultivo em aléias. Adubação verde. Musa sp. Fauna de Solo.
viii
ABSTRACT
PAULA, Patrícia Diniz de. Performance of leguminous trees in establishing an
Agroforestry System with banana crop. 2008. 80p. Thesis (Doctor Science in Agronomy,
Soil Science) Instituto de Agronomia, Departamento de Solos, Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2008.
The Agroforestry Systems (SAF) bring multiple benefits and they are an alternative to
minimize environmental degradation, and to achieve a sustainable development, due to
greatest diversity of species. This study evaluated the contribution of the leguminous trees,
Gliricidia sepium and Acacia angustissima, grown in alley cropping of banana (Musa sp.),
used as green manure in the implantation of a Agroforestry System. They were compared the
production of biomass, nutrients cycling, nitrogen intake, activity and diversity of soil fauna,
and banana productivity in the SAF, and with the usage of the legume Pueraria phaseoloides
and nitrogen fertilization. The SAF implantation occurred in May 2004, at the Research
Center of Embrapa Agrobiologia, municipality of Seropédica, Rio de Janeiro State. It was
composed of açaí palm (Euterpe oleraceae) and banana tree (Musa sp.), whose seedlings
were planted in October 2005. The following year it was planted the forest African mahogany
specie (Kaya senegalensis), at the centre of the legumes alleys. The experimental design was
of randomized blocks with five treatments and four repetitions. The treatments consisted of
the leguminous trees arranged between the lines of bananas and the “açaí” palm, and they
were: acacia angustíssima (Acacia angustissima), tropical kudzu (Pueraria phaseoloides), and
gliricidia (Gliricidia sepium); besides application of nitrogen as urea and spontaneous
vegetation. To quantify the production of biomass, and the release of N, P, Ca, Mg and K, the
legumes branches were cut and the kudzu tropical and spontaneous vegetation were mowed,
in the rainy and dry seasons. The determination of remaining dry matter, releasing of
nutrients, decomposition rates, and half life time of plant residues were held to 50 grams of
fresh material from litterbags, placed on the soil surface, sampled at 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30,
40, 60 and 75 days after the installation of the experiment. Acacia angustíssima and kudzu
tropical showed higher dry biomass, 9.5 and 10.8 Mg.ha
-1
, respectively. The gliricidia residues
showed the highest decomposition rates, in the two year seasons. To assess the activity and
diversity of soil fauna there were installed traps of the type pitfall and TSBF. The litter was
removed and the soil blocks were divided into three layers: 0-10, 10-20 and 20-30cm. In the
kudzu tropical area, it was verified the greatest number of individuals, 416 ind/arm/dia
-1
,
followed by gliricidia, spontaneous vegetation and Acacia angustíssima, with no statistical
difference between treatments. By the TSBF method, the treatments with leguminous trees, in
the 0-10cm layer, showed higher numbers than the spontaneous vegetation, with more fauna
groups in the layers of 0-10 and 10-20cm. Regarding the growing development of banana, at 5
months and 11 months after planting, there was difference in average height of the pseudo
stem in Acácia angustíssima treatment, and in the average diameter of pseudo stem in Acácia
angustíssima and gliricidia. Taken the medium length and diameter of the fruit per banana
bunch, as well as the productivity and weight of the bunch, weight of hands, number of fruit
per bunch and number of hands per bunch, there was no difference between treatments. The
productivity of banana in the first cycle has averaged 13Mg.ha
-1
. It is noted that the initial
banana crop production was not affected by the presence of the Acacia angustissima e
Gliricidia sepium trees.
Keywords: Alley cropping. Green manure. Musa sp. Soil fauna.
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Análise da fertilidade do solo da área experimental, realizada em abril de 2004.... 17
Tabela 2. Categorias de inibição e estimulação dos grupos da fauna de solo em resposta ao
manejo (modificado de Wardle, 1995). ............................................................................. 23
Tabela 3. Análise da fertilidade do solo da área experimental, realizada em outubro de 2007.
............................................................................................................................................ 26
Tabela 4. Produção de biomassa seca, relação C/N e teores de nutrientes, das folhas três
diferentes leguminosas e vegetação espontânea em um SAF, por ocasião da estação seca,
em maio de 2005, no município de Seropédica/RJ. ........................................................... 29
Tabela 5. Produção de biomassa fresca e seca das folhas de três diferentes leguminosas e
vegetação espontânea em um SAF, por ocasião da estação chuvosa, nos meses de março,
junho e outubro de 2006, no município de Seropédica/RJ. ............................................... 29
Tabela 6. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de matéria seca e tempos de
meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação seca, e chuvosa, nos anos de
2005 e 2006, respectivamente, Seropédica/RJ................................................................... 30
Tabela 7. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de N, P, K, Ca e Mg e
respectivos tempos de meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação seca,
de três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica/RJ, 2005.................. 33
Tabela 8. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de N, P, K, Ca e Mg e
respectivos tempos de meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação
chuvosa, de três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica/RJ, 2006. . 36
Tabela 9. Capacidade de fixação de N calculada para kudzu tropical (Pueraria phaseoloides),
gliricidia (Gliricidia sepium) e acácia angustíssima (Acacia angustissima) utilizando-se
usando três diferentes espécies não fixadoras como referência para cada leguminosa,
Seropédica, 2007. ............................................................................................................... 40
Tabela 10. Biomassa seca, %N e N total das leguminosas e vegetação espontânea. .............. 40
Tabela 11. Resultados da Atividade (Ind/arm/dia), Índice de Shannon (IS), Índice V (V) e
Riquezas Total (RT) e Média (RM), dos grupos da macrofauna do solo. ......................... 41
Tabela 12. Atividade (Ind/arm/dia) dos grupos da macrofauna do solo, coletados através do
método TSBF, Seropédica, RJ. .......................................................................................... 44
Tabela 13. Índice V (V) dos grupos da macrofauna do solo. .................................................. 44
Tabela 14. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 0-10 cm em
estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais (% variância e
% variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem a ordenação
decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.......................................................................... 44
Tabela 15. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
), na camada de 0-10 cm. ............................................... 45
Tabela 16. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 10-20 cm em
estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais (% variância e
% variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem a ordenação
decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.......................................................................... 46
Tabela 17. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
) na camada de 10-20 cm. .............................................. 46
Tabela 18. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 20-30 cm em
estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais (% variância e
% variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem a ordenação
decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.......................................................................... 48
x
Tabela 19. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
), na camada de 20-30 cm de solo. ................................ 48
Tabela 20. Principais espécies de ervas espontâneas ocorrentes e suas respectivas famílias
(Lorenzi, 1982) em um SAF no campo experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica, RJ, 2005.......................................................................................................... 50
Tabela 21. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para os as ervas espontâneas
em estudo e, ainda, porcentagem da informação retida pelos componentes principais (%
variância e % variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem a
ordenação decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
. ....................................................... 51
Tabela 22. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
). ..................................................................................... 51
Tabela 23. Altura e diâmetro do pseudocaule de bananeiras consorciadas com três diferentes
leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica, 2007. .................................................. 53
Tabela 24. Proporção de cachos colhidos e época de colheita observados em bananeiras
consorciadas com três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica, 2007.
............................................................................................................................................ 54
Tabela 25. Comprimento e diâmetro médio dos frutos observados em bananeiras
consorciadas com três diferentes leguminosas, vegetação espontânea Seropédica, 2007. 54
Tabela 26. Produtividade do cacho, peso do cacho, peso das pencas, número de frutos por
cacho e número de pencas por cacho observados em bananeiras consorciadas com três
diferentes leguminosas, vegetação espontânea Seropédica, 2007. .................................... 54
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura. 1. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2004. ........................................ 18
Figura. 2. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2004. .......................................... 18
Figura. 3. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2005. ........................................ 18
Figura. 4. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2005. .......................................... 18
Figura. 5. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2006. ........................................ 18
Figura. 6. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2006. .......................................... 18
Figura. 7. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2007. ........................................ 18
Figura. 8. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2007. .......................................... 18
Figura 9. Representação esquemática do SAF implantado no Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia. ...................................................................................................... 20
Figura 10. Dimensões da parcela experimental do SAF implantado no Campo Experimental
da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ. ....................................................................... 21
Figura 11. Mapa de isolinhas para areia e umidade, e a distribuição dos tratamentos na área
de estudo: T1-Acácia angustíssima (Acacia angustissima), T2-Gliricídia (Gliricidia
sepium), T3-Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides), T4-vegetação espontânea, composta
basicamente por capim colonião (Panicum maximum) e T5-vegetação espontânea com
adubação nitrogenada......................................................................................................... 26
Figura 12. Liberação de matéria seca dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005. ................................................................................... 30
Figura 13. Liberação de matéria seca dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 31
Figura 14. Liberação de nitrogênio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005. ................................................................................... 34
Figura 15. Liberação de fósforo dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no município
de Seropédica/RJ, 2005...................................................................................................... 34
Figura 16. Liberação de potássio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005. ................................................................................... 35
Figura 17. Liberação de cálcio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no município
de Seropédica/RJ, 2005...................................................................................................... 35
Figura 18. Liberação de magnésio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005. ................................................................................... 36
Figura 19. Liberação de nitrogênio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 37
Figura 20. Liberação de fósforo dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 37
Figura 21. Liberação de potássio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 38
Figura 22. Liberação de cálcio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 38
Figura 23. Liberação de magnésio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006. ................................................................................... 39
Figura 24. Percentual de indivíduos coletados por armadilha/dia, do tipo Pitfall................... 42
Figura 25. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: larvas
de coleóptera (LC), casulos de minhoca (CM), Formicidae (Fo), Isoptera (It), Diplopoda
(Di), Isopoda (Ip), Oligochaeta (Ol), Gastropoda (Ga) para gliricidia (GL), Acácia
xii
angustíssima (AC), vegetação espontânea (VE) e kudzu tropical (KD), na camada de 0-10
cm de solo. ......................................................................................................................... 45
Figura 26. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: casulos
de minhoca (CM), Formicidae (Fo), Isoptera (It), Diplopoda (Di), Oligochaeta (Ol),
Gastropoda (Ga), Archaeognatha (Ar) e Coleóptera (Co), para gliricidia (GL), Acácia
angustíssima (AC), vegetação espontânea (VE) e kudzu tropical (KD), na camada de 10-
20 cm de solo. .................................................................................................................... 47
Figura 27. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: larvas
de coleóptera (LC), formicidae (Fo), casulos de minhoca (CM), Diplopoda (Di) e
Oligochaeta (Ol) para os tratamentos gliricidia, acácia angustíssima, kudzu tropical e
vegetação espontânea, na camada de 20-30 cm de solo. ................................................... 48
Figura 28. Análise de componentes principais (ACP) da vegetação espontânea: Panicum
maximum (CL); Echinochloa colonum (L.) Link (CN); Commelina benghalensis L. (TR);
Cyperus sp. (TI); Galinsoga parviflora Cav (FA); Arachis pintoi (AM); Botãozinho (BO);
Emilia sp. (SE); Indigofera sp. (IN); Ageratum conyzoides (BO); Cyathula prostrata
(CA); Sida carpinifolia (VA); Pueraria phaseoloides (KD); Phyllanthus niruri L. (QP);
Chloris sp. (PG); Momosdica charantia L (MC); Mimosa pudica L (DO); Malvastrum
coromandelianum (GU) para os tratamentos Gliricidia sepium (GL); Acacia angustíssima
(AC), vegetação espontânea (VE) e Pueraria phaseoloides (KD). ................................... 52
Figura 29. Parcelas de Acacia angustissima, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005........................................................................................................... 74
Figura 30. Parcelas de Pueraria phaseoloides, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005. .................................................................................. 74
Figura 31. Parcelas com vegetação espontânea, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005. .................................................................................. 75
Figura 32. Parcelas com Gliricidia sepium, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005........................................................................................................... 75
Figura 33. Poda da Acacia angustissima e confecção de “litter bags”, Campo Experimental
da Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005. .............................................................. 76
Figura 34. Poda da Gliricidia sepium e confecção de “litter bags”, Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.................................................................... 76
Figura 35. Roçada do Pueraria phaseoloides e confecção de “litter bags”, Campo
Experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005. ....................................... 77
Figura 36. Armadilhas do Tipo Pitfall, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005........................................................................................................... 77
Figura 37. Blocos “TSBF” para coleta de fauna de solo, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005. .................................................................................. 78
Figura 38. Bananeiras sob as aléias de Gliricidia sepium, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2006. ................................................................................. 78
Figura 40. Bananeiras sob as aléias de Acacia angustissima, Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2006. .................................................................. 79
Figura 41. Bananeira em produção nas parcelas com Pueraria phaseoloides, Campo
Experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2007. ...................................... 80
xiii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 2
2.1. Potencial de Utilização de Leguminosas Arbóreas em Sistemas Agrícolas Tropicais ... 2
2.2. O Estado da Arte dos Sistemas Agroflorestais no Brasil................................................ 4
2.3. O Aporte de Matéria Orgânica em Sistemas Agroflorestais (SAF) e o Papel da Fauna
do Solo na Ciclagem de Nutrientes e ................................................................................... 10
2.4. A Produção de Banana (Musa sp.) em Sistemas Agroflorestais (SAF)........................ 12
2.4.1. Aspectos gerais do mercado de banana ................................................................. 12
2.4.2. O cultivo e nutrição da bananeira (Musa sp.)........................................................ 14
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 17
3.1. Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental .......................... 17
3.2. Delineamento Experimental.......................................................................................... 19
3.3. Determinação da Produção de Biomassa Seca das Folhas e Análise Química de Tecido
das Espécies Vegetais .......................................................................................................... 21
3.4. Taxa de Decomposição “in situ” dos Resíduos Vegetais da Parte Aérea das Espécies
Vegetais................................................................................................................................ 21
3.5. Estimativa da Fixação Biológica de N
2
(FBN) ............................................................. 22
3.6. Determinação da Atividade e Diversidade da Fauna do Solo....................................... 23
3.7. Determinação da Comunidade de Plantas Espontâneas................................................ 24
3.8. Tratos Culturais............................................................................................................. 24
3.9. Determinação dos Atributos Físicos do Solo ................................................................ 24
3.10. Análise Estatística ....................................................................................................... 24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................ 25
4.1. Atributos Físicos e Fertilidade do Solo, realizados durante a condução do experimento
no campo, nos anos de 2005 e 2007, respectivamente. ....................................................... 25
4.2. Produção de Biomassa e Liberação de Nutrientes da Parte Aérea das três Leguminosas
e Vegetação Espontânea....................................................................................................... 27
4.3. Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) ....................................................................... 39
4.4. Determinação da Fauna de Solo.................................................................................... 40
4.5. Avaliação da Comunidade de Ervas Espontâneas ........................................................ 49
4.6. Componentes da Produção da Bananeira...................................................................... 52
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 55
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 56
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 57
8. ANEXOS.............................................................................................................................. 74
1. INTRODUÇÃO
A situação atual de devastação ambiental, explicitada pela erosão e a perda da
fertilidade natural dos solos, a diminuição da diversidade biológica, a diminuição das fontes
de água potável e mais recentemente o aquecimento global, vem mostrar que esses fatores
estão ligados direta ou indiretamente à retirada da cobertura florestal. Algumas linhas de
pesquisa em Agroecologia vêm aplicando práticas conservacionistas, que visam o equilíbrio e
a melhoria das condições químicas, físicas e biológicas do solo e do meio ambiente, aliados à
atividade da agricultura.
Os Sistemas Agroflorestais (SAF) fazem parte de uma dessas correntes da
agroecologia, onde há o resgate do componente arbóreo nos sistemas agrícolas, o que tornaria
esses sistemas do ponto de vista ambiental, mais próximos dos agroecossistemas sustentáveis.
Os estudos em SAF são, talvez, aqueles que exijam a maior mudança de paradigma
para serem devidamente compreendidos, em uma nova visão de mundo, onde não é apenas a
adoção de novas técnicas, mas numa mudança constante que começa no ser que irá fazer parte
desse diferente sistema de produção agrícola. A formação de um arranjo agroflorestal deve ser
criteriosa, para que as culturas de interesse agronômico expressem seu potencial de produção,
assegurando renda ao produtor.
Os SAF podem apresentar desenhos ou arranjos simples, com poucas espécies por
unidade de área, ou complexos, com grande diversidade de espécies, cujos benefícios nem
sempre são fáceis de quantificar. Podem ainda, se basear na sucessão natural das florestas,
desde as pioneiras, passando pelas secundárias, até atingir as espécies clímax, ou apenas se
caracterizar por consórcios ou cultivos em aléias, desde que se faça presente o componente
florestal em conjunto com as espécies agrícolas.
Por outro lado, a bananeira é uma espécie cultivada normalmente em grandes sistemas
monoculturais e também de forma extrativista, em locais adjacentes às áreas de proteção
ambiental, em áreas de capoeiras e de mata ciliar, e aparentemente mostra adaptabilidade
quando em consórcio com espécies arbóreas. Além disso, se configura como uma das culturas
mais importantes do estado do Rio de Janeiro, sendo produzida na maior parte dos municípios
fluminenses. Uma preocupação é como se deve conduzir a produção de banana em regiões
limítrofes aos parques de proteção ambiental e em regiões do Estado, outrora cobertas por
Mata Atlântica e que hoje se caracterizam por vastos campos de pastagens degradadas, como
no caso do Vale do Paraíba e das regiões Norte e Noroeste fluminenses. A implantação de
Sistemas Agroflorestais pode vir a ser uma alternativa para os cultivos agrícolas nessas áreas,
podendo se caracterizar por cultivos em aléias intercalares de arbóreas, ou em sistemas mais
complexos, com maior utilização de espécies diferentes numa mesma área.
Deve-se considerar que em os SAF são formados não apenas para que o ponto clímax
seja exclusivamente a recomposição da cobertura florestal, mas também para incentivar a
presença de espécies arbóreas em todas as fases dos processos de implantação do sistema.
Essas fases podem ser estanques, ou seja, uma produção agrícola em sistemas de aléias pode
se perpetuar, desde que satisfaça as necessidades sociais, econômicas e ambientais locais, ou
continuar evoluindo, sendo modificado, inserindo-se outras espécies, na medida em que se
adquira conhecimento, prática e sensibilidade, oferecendo assim um caráter dinâmico e
evolutivo ao sistema.
Face ao exposto o presente estudo objetivou avaliar a contribuição das leguminosas
arbóreas, Gliricidia sepium e Acacia angustissima cultivadas em aléias intercaladas com a
cultura da bananeira, utilizadas também como adubos verdes na implantação de um Sistema
Agroflorestal.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Potencial de Utilização de Leguminosas Arbóreas em Sistemas Agrícolas Tropicais
As fontes de nitrogênio para as plantas podem ser oriundas da adição de fertilizantes
minerais e orgânicos, pela água das chuvas ou pela fixação biológica de nitrogênio (FBN).
Em linhas gerais, a FBN envolve a redução do N2 atmosférico através da enzima nitrogenase,
que é encontrada em bactérias de vida livre ou em simbiose com algumas plantas. A
associação entre leguminosas e bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium apresenta-
se como uma das formas mais eficientes de acrescentar nitrogênio ao solo.
Segundo Derpsch et al. (1991) a quantidade de nitrogênio fixado por leguminosas
varia em função das espécies utilizadas e das condições de clima e de solo, podendo chegar a
mais de 100 kg de N/ha. Características edafoclimáticas podem influenciar diretamente na
fixação biológica de nitrogênio. A aplicação de fertilizantes nitrogenados e a elevada acidez
do solo tendem a inibir a nodulação e a atividade dos nódulos em leguminosas (Franco &
Neves, 1992).
As leguminosas utilizadas como adubos verdes podem ser perenes ou anuais.
Geralmente as espécies perenes são utilizadas em consórcios, pela sua capacidade de rebrota,
sendo fonte de matéria orgânica ao longo do ciclo das culturas consorciadas. Já as espécies
anuais, freqüentemente são utilizadas em pré-cultivos, ou seja, preparando o terreno para a
implantação de outras culturas.
Vários estudos relatam o uso leguminosas herbáceas perenes, especialmente
consorciadas com espécies frutíferas, utilizadas como cobertura viva do solo (Guerra &
Teixeira, 1997). Perin (2001) estudou os efeitos da cobertura viva sob os atributos físicos do
solo e Espíndola (2006), num ensaio utilizando as leguminosas herbáceas perenes Arachis
pintoi, Pueraria phaseoloides e Macroptilium atropurpureum, pesquisou os efeitos da
cobertura viva na produção de bananeira da cultivar Nanicão, demonstrando a viabilidade da
utilização dessas leguminosas, utilizadas como adubo verde na produção da bananeira.
A Gliricidia sepium é uma espécie arbórea pertencente à família Leguminosae, sub-
família Faboideae (Papilionoideae). Outras espécies associadas ao gênero Gliricidia são a G.
maculata que é nativa da península de Yucatán, no México e G. guatemalensis, nativa de
regiões altas da região do México Meridional, Guatemala, El Salvador, Honduras e,
possivelmente, a Nicarágua (Hughes, 1987). É uma espécie nativa, desde o México até o norte
da América do Sul e foi introduzida na região tropical da África, no sudeste da Ásia, na
América do Sul e no Caribe (National Academy of Sciences, 1980; Parrota, 1992). Parrota
(1992) relata que o nome do gênero Gliricidia, em latim significa "mata-ratos" e o nome
específico, sepium, significa "cercas vivas", indicando uma das possíveis formas de sua
utilização.
A Gliricidia sepium é uma árvore caducifólia, com folhagem sobre galhos grossos e
irregulares que, com freqüência, se curvam para baixo, podendo atingir de 12 a 15 metros de
altura, com um tronco curto, de diâmetro até 30 cm, sem espinhos (Parrota, 1992).
Apresenta flores reunidas em inflorescências axilares e terminais, as pétalas são de cor
lilás-rósea ou branca, (Hughes, 1987; Parrota, 1992; Kill & Drumond, 2000). As
inflorescências surgem no início da primavera (Hughes, 1987). As plantas em floração
apresentam um efeito paisagístico muito grande, cujas flores, são muito visitadas por insetos,
principalmente abelhas do gênero Apis. Os frutos são vagens chatas, que geralmente são de
cor verde pálido, podendo apresentar tonalidades róseo-arroxeadas em função da exposição
solar (Drumond et al., 1999). As sementes são elípticas, achatadas, brilhantes, de coloração
pardo clara a escura e 10 mm de largura (Little, 1983). Apresentam dormência tegumentar
3
quando armazenadas por mais de um ano (Drumond et al., 1999). Nas folhas há a presença de
cumarina, substância aromática encontrada em alguns condimentos, conferindo-lhes um odor
adocicado. Os folíolos são oblongo-ovalados, coniformes na base, agudos no ápice e de
comprimento médio de 4 a 6 cm (Drumond et al., 1999).
A Gliricidia sepium é conhecida comumente como gliricidia no Brasil, madre de
cacao em Honduras, Porto Rico e Costa Rica, provavelmente devido a sua utilização para
sombreamento em plantações de cacau, mata-ratón na Colômbia, por suas raízes serem
utilizadas como veneno para roedores e cocoite no México (National Academy of Sciences,
1980; Hughes, 1987; Parrota, 1992).
A Gliricidia sepium possui boa adaptabilidade, capacidade de rebrota e crescimento
rápido, se adapta às elevadas altitudes, que vão desde o nível do mar até 1.500 metros,
apresentando boa plasticidade a diferentes zonas ecológicas (Little, 1983). É uma espécie que
tolera a seca, mas não resiste a geadas (Little, 1983; Hughes, 1987; Franco, 1988).
Temperaturas anuais entre 22 e 28ºC são características das áreas de distribuição natural e
artificial da espécie, com temperaturas máximas entre 34 e 41ºC e mínimas variando entre 14
e 20ºC (Webb et al., 1984).
A gliricídia cresce em uma variedade de tipos de solo, desde solos arenosos e
pedregosos até Vertissolos profundos de cores escuras. Desenvolve-se em áreas de declives
acentuados e compete bem com ervas daninhas (Hughes, 1987; Neves et al., 2004). Tolera
solos ácidos, porem o pH na maioria de suas áreas de distribuição é de 5,5 a 7,0 (Baggio &
Heuveldop, 1982; Hughes, 1987).
Budowski & Russo (1993) listaram 92 espécies utilizadas como cercas vivas na Costa
Rica, onde buscaram resgatar parte do conhecimento empírico dos agricultores nesta prática.
As espécies mais indicadas para uso como moirão vivo são aquelas que apresentam
capacidade de enraizamento por estaquia, resistência a podas e ao fogo, boa capacidade de
rebrota, maior durabilidade e crescimento rápido, entre outras características. E concluíram
que existem poucas espécies de leguminosas com capacidade de enraizamento das estacas.
A Acacia angustissima é uma espécie arbórea da família Leguminosae, sub família
Mimosaceae. Teve a sua origem em Belize, na América Central (Dzowela, 1994). Embora
ainda haja pouco estudo sobre a A.angustissimahá um novo interesse na utilização desta
espécie em sistemas agroflorestais, devido ao seu elevado potencial de crescimento e fixação
de nitrogênio. Ela ocorre em regiões tropicais e subtropicais do México e no sul do Panamá
(Turner, 1996). Também é encontrada no sudeste da Ásia, especialmente Indonésia, Austrália,
onde é utilizada em experimentos. Há estudos para determinar o seu potencial como forragem
ou cobertura morta em países tropicais como Zimbabué, Etiópia, Haiti, Nova Guiné, Brasil e
Indonésia.
Turner (1996) realizou um estudo sobre Acacia angustissima e citou seis variedades
relacionadas (angustissima; hirta; suffruticosa; chisosiana; leucothrix e oaxacana). Ela pode
atingir 2 a 7 m de altura, possuindo um tronco curto (McVaugh, 1987). As folhas são
assimétricas (Turner, 1996). As inflorescências são elipsoidal, esbranquiçadas a rosadas
(McVaugh, 1987). Ocorrem durante todo o ano, e foram observadas no final da estação seca
em ensaios realizados no Zimbabué (Dzowela, 1994). A vagem é oblonga com 3 a 6 cm de
comprimento e 6 a 9 mm de largura, verdes, transformando em marrom café quando
amadurecem (Dzowela, 1994).
A A. Angustissima é encontrada em encostas, em encostas de pedras e em pastagens
com outros arbustos. É freqüentemente encontrada em florestas decíduas tropicais (McVaugh,
1987). Podendo crescer até 2600 metros do nível do mar (Brook et al., 1992). Tolera climas
frios e solos ácidos (Dzowela, 1994). Também a períodos de seca, possivelmente devido ao
seu substancial volume de raízes, mantendo uma folhagem verde, ao longo de 8 meses de
seca, observados na Indonésia (Gutteridge et al., 1994).
4
Acacia angustissima cresce rapidamente e responde bem ao corte regular. No entanto,
ela produz ramos fracos que podem quebrar com a ocorrência de ventos moderados (Brook et
al., 1992). Esta capacidade de crescer rapidamente resultou em estudos para composição de
cultivo em aléias e sistemas silvipastoris (McVaugh, 1987).
A capacidade de competição com ervas espontâneas é uma preocupação entre alguns
pesquisadores, sobre a conveniência de sua utilização em sistemas agroflorestais (Bray &
Palmer, 1997). As plantas daninhas podem suprimir precocemente o crescimento e o
estabelecimento das plântulas (Maasdorp & Gutteridge, 1986).
Acacia angustissima produz grandes quantidades de folhagem com potencial
forrageiro. A arquitetura da copa da árvore permite suportar freqüentes cortes com uma alta
taxa de crescimento e recuperação (Gutteridge et al., 1994). Na produção de biomassa
demonstrou-se o intervalo entre 10,3 a 11,4 toneladasde matéria seca por hectare (Brook et
al., 1992; Dzowela et al., 1997) no espaçamento de 2 metros. No espaçamento de 3 m, a
biomassa aumenta para um intervalo de 11,5 a 12,4 toneladasde matéria seca por hectare
(Brook et al., 1992). Estes números baseiam-se em podas na altura de 50 cm acima do solo.
Algumas pesquisas mostram que as estacas de A. Angustissima podem conter níveis
elevados de N, P, K, mas devido a um elevado teor taninos (6% sobre a massa seca), a
proteína é menos acessível para o gado, sendo mal degradadas no rúmen das vacas (Dzowela,
1994). Bray & Palmer (1997) encontraram resultados semelhantes observando que A.
angustissima produziu uma biomassa significativamente superior a outras leguminosas
arbustivas, Leucaena spp., Calliandra calothyrsus, Gliricidia sepium, Cajuns cajan, e
Sesbania spp. E concluiu que, embora A. Angustissima tenha o potencial para produzir um
alto rendimento foliar, o alto conteúdo de tanino limita o valor nutricional para animais.
Embora A. Angustissima não seja comumente utilizada em sistemas agroflorestais na
sua região nativa, é uma importante espécie medicinal para os índios Tzotzil e Tzeltal Maya
no México. Ela se configura como uma importante espécie utilizada na cura e tratamento de
diarréia. Ela também é usada como tratamento de reumatismo e lesões cutâneas, e é relatada
inibindo o crescimento de tumores malignos. Testes mostram também que A. Angustissima
possui um leve efeito antimicrobiano sobre Escherichia coli e Staphylococcus aureus, a casca
amarga e adstringente é também utilizada no México para fermentação na tomada de bebidas
alcoólicas (Graham, 1991). Em testes laboratoriais A. Angustissima demonstrou inibir
completamente o crescimento de Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Klebsiella
pneumoniae, e Candida albicans (Hoffman et al., 1993 citados por Brook et al., 1993). Isto
indica que a A. Angustissima tem o potencial para ser utilizado em aplicações contra doenças
humanas causadas por bactérias e leveduras.
A Gliricidia sepium e a A. angustissima são leguminosas arbóreas que possuem um
potencial de utilização em SAF, especialmente pelas características de ambas as espécies de
crescimento rápido e produção expressiva de biomassa. Elas podem fazer parte do sistema,
como adubos verdes, preparando o terreno para o estabelecimento de outras espécies ou em
consórcios, quando cultivadas em aléias intercalares.
2.2. O Estado da Arte dos Sistemas Agroflorestais no Brasil
A pesquisa e a promoção dos Sistemas Agroflorestais (SAF) começou no final da
década de 70 (Nair, 1989). Em 1977 foi criado o Centro Internacional de Pesquisa
Agroflorestal (ICRAF), em Nairobi, Kenya. Por volta de 1983, o agricultor suíço Ernst
Gotsch iniciou seus trabalhos no Brasil. A REBRAF, Instituto Rede Brasileira Agroflorestal
que promove a adoção no Brasil de alternativas agroflorestais, foi criada em 1990 (Hoffmann,
2005).
Inicialmente o enfoque foi sobre a descrição, as possíveis vantagens e desvantagens
biológicas e socioeconômicas e o inventário de SAF tradicionais (Budowski, 1982; Nair,
5
1989). Posteriormente começou-se a avaliar a produtividade dos SAF já existentes, e mais
recentemente as interações entre as espécies componentes do sistema, com o objetivo de
melhorar o manejo e a rentabilidade e reduzir os riscos (Beer et al., 2003).
No final dos anos 90, a crescente preocupação internacional sobre os temas
ambientais, resultou em tratados, como por exemplo, o Protocolo de Quioto, que dentre outras
premissas, enfatizou os serviços ambientais como um modo de uso alternativo da terra.
Imediatamente se reconheceu nos SAF inúmeras vantagens sobre os monocultivos, para
responder a essa demanda de uma agricultura multifuncional e provedora de serviços
ambientais importantes (Beer et al., 2003).
As práticas agroflorestais ocupam espaço tanto no preenchimento de lacunas
ambientais (aumento da biodiversidade, produção e qualidade da água, amparo à fauna,
reciclagem de nutrientes, produção de matéria orgânica) como sociais (oferta de empregos,
melhoria da saúde) e econômicas (diversificação na oferta de produtos, valorização da
paisagem e da produção) (Altieri, 2002).
Vivan (1998) afirma que os SAF são uma alternativa para minimizar a degradação
ambiental, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, devido à maior diversidade de
espécies no sistema. Dessa forma, há melhor utilização dos recursos naturais disponíveis
(nutrientes, água e luz), e o componente arbóreo, geralmente, contribui para proteção e
melhoria do solo e manutenção do processo de ciclagem direta de nutrientes.
Os SAF podem ainda prover um habitat e recursos para espécies de plantas e animais,
mantendo a conexão entre as diferentes paisagens, facilitando o movimento de animais,
sementes e pólen (Beer et al., 2003). São uma ferramenta complementar para a conservação,
ao ser incorporados no manejo das paisagens, para conservar e proteger os fragmentos de
bosques remanescentes, aumentar a cobertura arbórea das fazendas agrícolas e conectar áreas
de proteção ambiental, funcionando como corredores ecológicos (Beer et al., 2003; Schroth et
al., 2004).
O isolamento de áreas protegidas em unidades de conservação de uso restrito, muitas
vezes, não são capazes de manter as características dos principais habitats do mundo, sendo
necessário que estes ecossistemas possam ser conectados através de corredores de
biodiversidade, através de sistemas de produção que se caracterizem pelo uso sustentável da
biodiversidade, ao mesmo tempo em que sejam capazes de gerar alternativas de renda que
possam fazer frente aos sistemas de uso de solo tradicionais. Desse modo, os SAF seriam
capazes, em maior ou menor grau, de prover parte destes serviços, não da mesma forma que
os ecossistemas primários, mas sem dúvida, de maneira muito mais expressiva do que os
sistemas agrícolas ou florestais tradicionais, baseados em monoculturas (Fearnside, 2002).
Os SAF apresentam ainda várias vantagens frente aos sistemas monoculturais tais
como a utilização mais eficiente do espaço, a redução da erosão, sustentabilidade da produção
e estímulo à economia de produção, com base participativa e principalmente, o plantio de
árvores em lavouras e pastagens constitui uma forma de reposição, embora diminuta, da
cobertura florestal destruída durante o avanço da fronteira agrícola (Botero & Barker, 2002).
Uma prática muito utilizada em conservação do solo, as barreiras vivas podem ser
combinadas com outras práticas de conservação como terraços e cordões vegetados. Também,
podem ser usadas para recuperação ou estabilização de solos em terrenos muito inclinados ou
para proteção de fontes de água (Beer et al., 2003).
O melhoramento do solo em um SAF pode ser vinculado ao crescimento de árvores
fixadoras de nitrogênio, de árvores e arbustos com raízes extensas que aumentam a
disponibilidade de nutrientes por meio, respectivamente, da fixação biológica e da reciclagem
de nutrientes das camadas profundas até a superfície do solo, bem como devido a acumulação
de matéria orgânica no solo através da adição de serapilheira (Rao et al., 1998).
6
Os sistemas agroflorestais são classificados de diferentes maneiras, variando de acordo
com sua estrutura espacial, desenho no tempo, importância relativa e a função dos diferentes
componentes, objetivos da produção e características socioeconômicas predominantes. Por
exemplo, quanto à sua composição, esses sistemas podem ser classificados como sistemas
agrissilviculturais (árvores e culturas); silvipastoris (árvores e animais); agrissilvipastoris
(árvores, culturas e animais).
A classificação dos SAF adotada pelo ICRAF e Centro Agronômico Tropical de
Investigación y Enseñanza (CATIE) (OTS/CATIE, 1986) e pela Rede Brasileira Agroflorestal
(REBRAF), se baseia no tipo de componentes incluídos e na associação entre eles. Os
sistemas são classificados em seqüenciais, simultâneos ou complementares.
Nos SAF seqüenciais os cultivos agrícolas anuais e as plantações de árvores se
sucedem no tempo. Nesta categoria se incluem os sistemas de agricultura migratória com
intervenção e manejo de capoeiras; sistemas silvagrícolas rotativos (capoeiras melhoradas
com espécies arbóreas de rápido crescimento); sistema taungya (cultivos anuais consorciados
apenas temporariamente com árvores, durante os primeiros anos de implantação). Já nos SAF
simultâneos há integração espaço - temporal de cultivos anuais e perenes com árvores
madeiráveis ou de uso múltiplo e/ou pecuária, incluem as associações de árvores com cultivos
anuais ou perenes; hortos caseiros mistos e sistemas agrissilvipastoris (OTS/CATIE, 1986).
Os SAF complementares podem ser desenhados sob a forma de cercas vivas e cortinas
quebra-vento; fileiras de árvores para delimitar uma unidade de produção ou gleba ou servir
de proteção para outros componentes e outros sistemas. Nos sistemas simultâneos, os
componentes agropecuários e florestais sempre se encontram presentes em uma mesma
unidade do terreno. O mais comum é o sistema de cultivo em aléias, que associa renques de
árvores a faixas com culturas anuais ou perenes (OTS/CATIE, 1986).
No Brasil, os SAF são conhecidos e usados secularmente na Amazônia e na região
cacaueira do Sul da Bahia. Embora desenvolvidos empiricamente, dois outros sistemas são
tradicionalmente conhecidos, a agricultura de corte e queima que se intercala com um período
de pousio, e os pomares caseiros com arranjos variados (Yared, 2004).
Em um levantamento realizado por Vasconcelos et al. (2004), foram relatados a
existência de 133 trabalhos publicados sobre a região Amazônica, dos quais aproximadamente
70% corresponderam aos sistemas silviagrícolas.
Entre os assuntos abordados, os trabalhos sobre manejo de SAF e solos, biomassa e
nutrientes são os mais freqüentes.
Nos temas solo-biomassa-nutrientes muitos trabalhos referem-se à produção de
biomassa (Corrêa et al., 2004), exportação de nutrientes, (Correia & Oliveira, 2000),
caracterização e avaliação de plantas invasoras (Mota & Vieira, 2000). Também são
contemplados trabalhos na linha sócio econômica (Sá et al., 2004), serviços ambientais
(Russo & Pádua, 2001), revisão de literatura e ensino e capacitação agroflorestal (Dubois,
1989; Baggio, 1999; Miranda et al., 2004), e modelos estatísticos (Carvalho et al., 2001).
Entre as espécies frutíferas mais freqüentes nos trabalhos com SAF estão o
cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), seguido da pupunheira (Bactris gassipaes) com
aproveitamento dos frutos e palmito, bananeira (Musa sp.), açaizeiro (Euterpe oleraceae),
cacaueiro (Theobroma cacao) e capoerão (Colubrina glandulosa), genipapo (Genipa
americana), acerola (Malphigia glabra), castanha do pará (Berthollettia excelsa) e araça-boi
(Eugenia stipitata). Entre as anuais, mandioca, arroz, milho e caupi. As espécies florestais
mais citadas são a seringueira (Hevea brasiliensis), teca (Tectona grandis), mogno (Swietenia
macrophylla), eucalipto (Eucalyptus sp.), ingá (Inga edulis), Eugenia stipitata, Gliricidia
sepium, Vismia cayennensis, Acacia mangium, Sclerolobium paniculatum, Inga edulis, Acacia
angustissima (ligeirinha), Jacaranda copaia, Albizia guachapelle, Bagassa guianensis, Senna
reticulata e Acacia auriculiformis.
7
A pesquisa em SAF na Região Nordeste é incipiente. Siqueira et al. (2006),
publicaram um artigo, no qual revelam que nas regiões mais úmidas do Nordeste havia
tradicionalmente sistemas complexos de consórcios de culturas envolvendo frutíferas,
hortaliças e pequenos animais, mas nunca se caracterizaram como SAF, a exceção dos SAF
envolvendo a cultura do cacau (Theobroma cacau) no sul da Bahia.
Alvim e Nair (1986) e May et al. (1985), descreveram alguns cultivos envolvendo caju
(Anacardium occidentalis), coco (Cocos nucifera), babaçu (Orbignya martiniana), carnaúba
(Copernica prunifera) e dendê (Elaeis guianensis). Outras experiências agroflorestais no
Nordeste são relatadas por Peneireiro (2004 a b), Siqueira e Trindade Neto (2004), Bolfe et al.
(2005, a b); Dias & Soares (2006); Zaia (2006); Moreira et al. (2006) e Vaz (2006) cujos
trabalhos enfocam o manejo de SAF já estabelecidos, e outros trabalhos envolvendo
desenvolvimento participativo e associativismo (Siqueira et al., 2006; Blanes et al., 2006).
Na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus, BA, Sacramento (2001)
pesquisou o uso de especiarias em SAF, utilizando as espécies pimenta-do-reino (Piper
nigrum L.), cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.), canela (Cinnamomum zeylanicum),
noz moscada (Myristica fragrans L.), cardamomo (Elletaria cardamomum L.), pimenta-da-
jamaica (Pimenta dióica ), pimenta-horticola (Capsicum sp.) e baunilha (Vanilla fragrans).
Atualmente, destaca-se a condução de áreas com SAF sucessionais em uma unidade
de produção, localizada em Piraí do Norte, sul da Bahia, pertencente a Ernest Gotsch,
agrônomo e produtor rural, que há cerca de 20 anos vem investindo em SAF na região.
Segundo Siqueira et al. (2006), a fazenda encontra-se no bioma Mata Atlântica e serve para
estudos agroflorestais que resultam trabalhos acadêmicos, monografias, dissertações e teses.
Na região Centro Oeste, a pesquisa em SAF concentra-se em sistemas silvipastoris
(Miller & Pedroso, 2006), recuperação de áreas degradadas e de matas ciliares (Souza &
Araújo, 2000) e de capacitação agroflorestal (Bezerra et al., 2004). Segundo Daniel (2003),
em um diagnóstico realizado sobre a situação do desenvolvimento de SAF no Mato Grosso do
Sul, os resultados obtidos demonstraram que esta área de investigação é pouco prestigiada na
região, e que não há linha de pesquisa específica, além da pouca articulação de instituições
públicas e privadas.
As instituições de ensino que ministram a disciplina SAF são a Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul no Curso de Mestrado em Agronomia, a Universidade Federal de
Mato Grosso, no Curso de Engenharia Florestal, o qual possui em sua grade curricular a
disciplina optativa Agro-silvicultura, e a Escola Agrotécnica Federal de Cáceres (MT), onde
são desenvolvidos experimentos com SAF (Daniel, 2003). Alguns trabalhos em
assentamentos e comunidades indígenas também são descritos como parte de ações
governamentais, no entorno de Unidades de Conservação e Terras Indígenas (Bezerra et al.,
2004).
Segundo Daniel (2003) e Nicodemo et al. (2004), no que tange aos SAF, aqueles que
incluem componentes animais (Sistemas Agrissilvipastoris e Silvipastoris) apresentam maior
potencial de aplicação em Mato Grosso do Sul. Daniel (2003), também sugere sistemas que
incluam tanto espécies florestais nativas quanto exóticas (eucalipto, pinheiros, grevíleas,
cássias e outros) no componente lenhoso, associadas às culturas tradicionais como soja,
milho, arroz, mandioca, abacaxi, plantas medicinais, etc. As conclusões do diagnóstico
realizado por Daniel (2003) indicam que são raras as pesquisas concluídas ou em
desenvolvimento em SAF na região e que, a rigor, não há informações a respeito de SAF
suficientes para sustentar a adoção dos sistemas por parte dos agricultores e que há falta de
um planejamento de atividades de pesquisa relacionadas ao tema.
O uso de árvores em divisas, é talvez o tipo de sistema Silvipastoril mais encontrado
na Região Centro-Oeste e especialmente em Mato Grosso do Sul. O plantio de grevílea
(Grevillea robusta) também relatado por Silva et al. (1998), sansão-do-campo (sabiá),
8
guajuvira (Patagonula americana), tucum e a macaúba (Acrocomia aculeata), ou exóticas
como a gliricidia (Daniel, 2003).
Pott & Pott (2000) sugerem uma lista de plantas nativas potenciais para SAF em Mato
Grosso do Sul, formada de 116 espécies lenhosas nativas, principalmente frutíferas para
consumo humano e para a fauna, além de fins madeirreiros, forrageiros, medicinais, matéria
prima para artesanato, apícolas, mata ciliar e eventuais utilidades específicas como produção
de fibra, tanino, óleo comestível, aromática e ornamental. Os autores destacam como mais
importantes, por suas múltiplas utilidades: bocaiúva (Acrocomia aculeata), buriti (Mauritia
flexuosa), chico-magro (Guazuma ulmifolia), cumbaru (Dipteryx alata), embaúba (Cecropia
pachystachya), ingá (Inga vera), jatobás (Hymenaea courbaril e H. stigonocarpa), pequi
(Caryocar brasiliense), periquiteira (Trema micrantha) e tarumã (Vitex cymosa). São também
recomendados o cumbarú ou barú (Dipteryx alata), além do buriti (Mauritia flexuosa),
piaçava e gueroba (Ribeiro et al., 2001).
Por outro lado, a literatura indica várias espécies de potencial econômico da própria
fisionomia do cerrado, os exemplos destacados são: a sucupira preta (Bowdichia virgilioides),
a faveira (Dimorphandra mollis), o pacari (Lafoensia pacari), o pequi (Caryocar brasiliense),
a mama cadela (Brosimum gaudichaudii), a pimenta de macaco (Xylopia aromatica), o
gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), a mangaba (Hancornia speciosa) e o murici
(Byrsonima verbascifolia) (Ratter et al., 1997).
Por outro lado, no estado de Mato Grosso, Passos et al. (2000) relatam grande número
de trabalhos com SAF. Trabalhos desenvolvidos por Jurandir Melado na Fazenda Ecológica
Santa Fé do Moquém, em Nossa Senhora do Livramento, MT, que preconiza o melhoramento
de pastagens no interior da vegetação de cerrado são citados por Daniel et al. (1999).
Na região sudeste os trabalhos com SAF são realizadas com enfoques diversos.
Segundo Garcia et al. (2001), as pesquisas com sistemas silvipastoris estão concentradas no
Estado de Minas Gerais, em áreas de reflorestamento com Eucalyptus sp., com a utilização de
leguminosas forrageiras como o Calopogonium mucunoides consorciadas com gramíneas,
especialmente Panicum maximum, Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha. Estes
autores observaram que áreas de topografia acidentada da Zona da Mata de Minas Gerais, a
consorciação do eucalipto com B. decumbens tem proporcionado maior produção de madeira
em relação à monocultura de eucalipto.
Uma experiência realizada no município de Unaí, em Minas Gerais, consistiu de uma
modificação do sistema de reflorestamento da fazenda, que passou um sistema agroflorestal
em que o eucalipto (Eucalyptus urophylla) foi consorciado com grãos (CENTRO, 1992). Na
área experimental pertencente a CAF Florestal Ltda, no município de Dionísio, no Estado de
Minas Gerais, estudo sobre o plantio de leguminosas com eucalipto como alternativa para a
manutenção da produtividade florestal (Netto et al., 1992). No município de Peçanha, no Vale
do Rio Doce, no Estado de Minas Gerais, estudou-se o sistema agroflorestal com Eucalyptus
grandis (Passos et al., 1992). Tsukamoto Filho (2003) desenvolveu uma tese sobre fixação de
carbono em SAF com eucalipto, na região do cerrado de Minas Gerais. Na Universidade
Federal de Viçosa, algumas teses foram defendidas (Dubè, 1999; Daniel, 2000; Tsukamoto
Filho, 2003), cujo enfoque abrangeu os SAF.
As espécies arbóreas leucena (Leucaena leucocephala) e gliricídia (Gliricidia sepium)
são citadas na literatura, compondo SAF (Garcia et al., 2001).
Além dos sistemas silvipastoris, os SAF envolvendo a cultura do café também são
uma constante no Estado de Minas Gerais. Arato et al. (2000), pesquisaram a utilização de
sistema agroflorestal com café visando à recuperação de uma área degradada no município de
Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais.
9
Geralmente estes trabalhos enfocam inventário florestal, riqueza de espécies arbustivo-
arbóreas, restauração de áreas degradadas, controle biológico de pragas e doenças do cafeeiro
e consórcios com outras espécies agronômicas, como a bananeira.
No estado de São Paulo, Sampaio et al. (2001) estudaram a produção, partição e
biomassa do açaizeiro na fase juvenil em função da intensidade de irradiância disponível em
diferentes sistemas agroflorestais, utilizando fileiras de Leucena (Leucaena leucocephala),
cacaueiro (Theobroma cacao) e guarantã (Esenbeckia leiocarpa) e seringueiras (Hevea
brasiliensis).
A Certificação Agroflorestal foi alvo de uma palestra proferida por Pinto (2000) e
Jovchelevich (2000), que mostrou a atuação do Instituto Biodinâmico (IBD), na certificação
de sistemas de produção agroflorestais, principalmente a cultura do café. Segundo
Jovchelevich (2000), em São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Rondonia e Minas
Gerais existem exemplos de café agroflorestal em diferentes intensidades de manejo. Há
fazendas que estão trabalhando apenas com espécies de leguminosas exóticas, as quais são
plantadas na linha do café e podadas anualmente após a colheita. Outros produtores trabalham
com regeneração natural e plantio de espécies nativas. Outra parte do manejo é o uso de
espécies arbóreas para semi sombreamento do café.
Leão & Engel (2000) realizam pesquisas na Unesp de Botucatu sobre balanço de
carbono em SAF.
No Estado do Rio de Janeiro, destacam-se a Universidade Estadual do Norte
Fluminense (UENF), através do grupo liderado pelo pesquisador Antonio Carlos da Gama-
Rodrigues, cujos enfoques são ciclagem de nutrientes (Gama-Rodrigues, 2004), a Embrapa
Agrobiologia e Solos e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cujos enfoques são de
monitoramento de módulos agroflorestais (Reis et al., 2002; Paula et al., 2005; Silva et al,
2006; Nóbrega et al., 2006; Campello et al., 2006; Paula et al., 2006), uso de leguminosas
arbóreas consorciadas ou em aléias, visando recuperação de áreas degradadas (Dias et al.,
2002; Campello et al., 2005), manejo agroflorestal em áreas de reserva legal de Mata
Atlântica e sistemas silvipastoris, recomposição florestal e seqüestro de carbono (May et al.,
2005; Oliveira et al., 2005; Oliveira Neto et al., 2006).
As espécies florestais mais citadas em trabalhos desenvolvidos no Estado do Rio de
Janeiro são: Angustíssima (Acacia angustissima), Cedro (Cedrela sp.), Acácia (Acacia
mangium), Copaíba (Copaifera langsdorffii), Acácia (Acacia holosericia), Guapuruvu
(Schizolobium parahyba), Albízia (Albizia lebbek) Ipê (Tabebuia sp.), Angico vermelho
(Anadenanthera macrocarpa), Jacarandá (Dalbergia nigra), Bracatinga (Mimmosa floculosa),
Jatobá (Hymenaea courbaril), Cinamomo (Melia azedarach), Gliricídia (Gliricídia sepium),
Ingá (Inga uruguensis), Sombreiro (Clitoria fairchildiana), Ingá (Inga edulis), Urucum (Bixa
orelana) e Orelha de negro (Enterolobium contortisiliquum). E frutíferas: Abacaxi (Ananas
comosus), Açaí (Euterpe oleracea), Banana (Musa sp.), Cana-de-açúcar (Sacharum
officinarum), Biribá (Duguetia marcgraviana), Mamão (Carica papaya), Café (Coffea
arábica), Maracu(Passiflora sp.), Cajá manga (Spondias sp.), Cajá-mirim (Spondias
mombin), Camu-camu (Mirciaria dúbia), Fruta-do-conde (Anona squamosa), Graviola
(Annona muricata), Jaca (Artocarpus eterofolia), Palmito juçara (Euterpe edulis), e Pupunha
(Bactris gassipae).
Vieira et al. (2001) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avaliaram o
desempenho econômico de um sistema agroflorestal na região de Florianópolis SC, cujas
espécies arbóreas utilizadas foram: Tucaneira (Cytharexillium milliantum), Corticeira
(Eritrina falcata), Olandi (Calophyllum brasiliensis), Inga (Inga uruguensis e Inga sesselis) e
Licurana (Hyeronima alchorneoides). Entre as linhas de árvores foram plantadas culturas
agrícolas de feijão preto (Phaseolus vulgaris), e milho verde (Zea mays), em sistema de
plantio direto, usando como cobertura de solo a aveia preta (Avena sativa).
10
Vivan (2002), da EmaterRS, abordou em palestra a extensão rural em Sistemas
Agroflorestais e afirmou: “de todas as intervenções humanas nos sistemas naturais, os
Sistemas Agroflorestais são um exemplo de grande demanda de contextualização e
necessidade de incorporação do saber local em sua concepção, implantação e manejo. Mesmo
a mais simplificada das práticas agroflorestais, como a instalação e manejo de uma cerca-viva
em uma pastagem, necessita de um saber ecológico local e de uma rotina de manejo que pode
necessitar de modificações sutis, mas decisivas dentro mesmo de uma microregião. Talvez
seja por isso a grande dificuldade no desenvolvimento de pesquisas em SAF, a parceria com o
saber local”.
Castro et al. (1999) observam que o reconhecimento do valor potencial dos sistemas
agroflorestais está em crescimento no Brasil, mas a utilização desses sistemas ainda é muito
baixa, e depende da geração de maior volume de informações e da divulgação dos seus
benefícios sociais, econômicos e ambientais.
2.3. O Aporte de Matéria Orgânica em Sistemas Agroflorestais (SAF) e o Papel da
Fauna do Solo na Ciclagem de Nutrientes
A manutenção da produtividade dos agroecossistemas tropicais depende, em grande
parte, do processo de transformação da matéria orgânica e, por conseguinte, o componente
biológico ocupa papel preponderante deste processo. Neste contexto a fauna edáfica é o
reservatório definido como biomassa microbiana do solo e são responsáveis pela
decomposição e mineralização dos resíduos vegetais e pela imobilização temporária de macro
e micronutrientes (Gama-Rodrigues, 1999).
A população de organismos edáficos está relacionada à dependência direta dos fatores
ambientais e, quando favoráveis essa população aumenta (Silveira Neto et al., 1976).
Seguindo esse princípio, as populações da fauna edáfica manifestam, por meio das
características das suas comunidades, as condições do ambiente, podendo servir como
indicadores de qualidade do solo (Sautter, 1998). Dessa forma, o manejo antrópico do solo
modifica as características físico-químicas e a biota edáfica (Decaëns et al., 1994; Curry et al.,
1995; Coleman & Hendrix, 2000). Estas modificações geralmente ocorrem nos índices de
diversidade e densidade populacionais, características que têm sido utilizadas como
indicadores das condições do solo (Coleman & Hendrix, 2000). Um dos grupos da fauna
edáfica que tem merecido destaque como indicador biológico é a Ordem Collembola. Isto
porque colêmbolos são indivíduos extremamente sensíveis, o que permite que manifestem
rapidamente as conseqüências às variações ambientais em suas populações (Coleman &
Hendrix, 2000). Esta característica sugere que estes organismos sejam bons indicadores
biológicos.
Os ecossistemas de regiões temperadas e tropicais são muito diferentes e um dos
aspectos principais é com respeito à ciclagem de nutrientes. Nas regiões temperadas, os solos,
de uma maneira geral, são mais férteis e a maior parte dos nutrientes minerais está
armazenada no solo, inclusive a matéria orgânica, que se acumula naturalmente por causa das
taxas de decomposição mais baixas (Engel, 1999).
Nas regiões tropicais, a maior parte dos nutrientes não está disponível de forma
imediata, e encontra-se armazenada na própria biomassa, não há grande acúmulo de matéria
orgânica no solo, uma vez que a decomposição desta é muito rápida, os solos, em geral, são
pobres, muito lixiviados e tendem a ser ácido. Logo, a destruição da cobertura florestal e da
matéria orgânica do solo, por si só, remove a maior parte do estoque de nutrientes dos
ecossistemas, levando a uma diminuição de sua fertilidade e capacidade produtiva (Santos &
Camargo, 1999; Engel, 1999; Gama-Rodrigues, 2004).
11
As variações nas concentrações de nutrientes entre a folhagem e a serapilheira serão
indicadoras da intensidade de ciclagem biogeoquímica dos nutrientes contidos na serapilheira
(Reis & Barros, 1990; Leite et al., 1998; Gama-Rodrigues & Barros, 2002).
A biomassa dos ecossistemas florestais tropicais varia de acordo com as suas
condições edafoclimáticas, os processos de transferências dentro dos compartimentos
processam-se por meio da água (chuva, escorrimento dos troncos, lavagem das folhas e da
serapilheira, percolação e escorrimento lateral) e através da matéria orgânica (produção de
resíduos vegetais, decomposição e liberação de nutrientes) (Fassbender, 1993; Gama-
Rodrigues, 1997; Cunha, 2002).
Estes sistemas caracterizam-se por ser um mecanismo eficiente de ciclagem de
nutrientes, compondo sistemas de ciclo “fechado” de nutrientes com pequena perda ou ganho
relativo destes e altas taxas de ciclagem interna no sistema solo-planta. Ao contrário, muitos
sistemas agrícolas representam sistemas abertos, comparativamente, com altas perdas de
nutrientes, enquanto a ciclagem de nutrientes em sistemas agroflorestais situar-se-ia entre
esses “extremos” (Nair et al., 1999).
Na ciclagem de nutrientes em sistemas agroflorestais, é importante observar o conceito
de “sistemas”, posto que um sistema é uma entidade ou um todo, quando um dos
componentes se altera pode influir sobre todo o restante. Cada tipo de sistema agroflorestal
deve ser avaliado como um sistema único, pois sua adoção dependerá da demanda sócio-
econômica em nível local ou regional. A presença de árvores introduz novas interações e uma
dinâmica diferente em comparação aos sistemas agrícolas (Engel, 1999).
O melhoramento do solo em SAF está vinculado ao crescimento de árvores fixadoras
de nitrogênio, de árvores e arbustos de raízes profundas que aumentam a disponibilidade de
nutrientes através da fixação biológica de nitrogênio, ciclagem de nutrientes de camadas
profundas até a superfície do solo e acumulação de matéria orgânica no solo (Rao et al.,
1998).
Beer et al. (2003) descrevem sobre a pesquisa em SAF na África, onde inicialmente se
enfocou as formas de se manter a fertilidade do solo em sistemas de cultivos anuais, ao usar
espécies de leguminosas arbóreas, como por exemplo, nos SAF em zonas de savana, em
cultivos em aléias.
Entretanto, Carter (1995) considera que, apesar do incremento na produtividade e na
fertilidade do solo, a adoção dos sistemas de cultivo em aléias por parte dos agricultores é
incipiente devido à alta necessidade de mão de obra, a falta de mercado, o uso familiar dos
produtos provenientes dos cultivos e o longo tempo requerido para o retorno financeiro.
Em áreas onde se derruba e queima a vegetação, em curtos espaços de tempo, a
árvores podem evitar a perda da fertilidade do solo (Anderson & Sinclair, 1993). A
disponibilidade de N, determinada pelo conteúdo de N inorgânico do solo, a mineralização
aeróbica de N entre 0-20 cm de profundidade e o N fixado na biomassa, podem ser
significativamente mais altos depois de uma rotação de árvores fixadoras de N
2
, devido a
maior acumulação de material orgânico, armazenamento de nutrientes na biomassa, maior
densidade e distribuição vertical das raízes, que ajudam a manter as reservas de nutrientes ao
reduzir a lixiviação e/ou “bombear” os nutrientes das camadas mais profundas até a superfície
do solo (Beer et al., 2003). Szott & Palm (1994) citados por Beer et al. (2003), afirmam que as
árvores de crescimento rápido podem acelerar a restauração das reservas de P, K, Ca e Mg na
camada superior do solo, onde podem ser aproveitados pelos cultivos agrícolas.
As árvores sombreando os cultivos perenes, por exemplo, café e cacau, aportam folhas
e resíduos de podas que cobrem o solo, reduzem o impacto da chuva, a velocidade de
escorrimento e erosão, melhoram a estrutura, o conteúdo de N e a retenção de nutrientes no
solo (Beer et al., 2003).
12
Em função da importância da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) na ciclagem de
nutrientes, especialmente o nitrogênio, foram desenvolvidas diferentes metodologias para
quantificar tal processo (Peoples et al., 1989). Incluem-se aí aferições da diferença de N
acumulado entre planta fixadora e não fixadora (Urquiaga & Boddey, 1987), redução de
acetileno (Hardy et al., 1968), abundância relativa de ureídos na seiva das plantas (Alves,
1996) assim como técnicas isotópicas envolvendo N
2
marcado (Ruschel et al., 1975), diluição
isotópica, (Boddey et al., 1994) e abundância natural de
15
N (Shearer & Kohl, 1986).
Técnicas baseadas no
15
N possibilitam uma melhor compreensão da dinâmica do N no
sistema solo-planta-atmosfera. Na natureza, todos os elementos químicos possuem isótopos.
O nitrogênio possui somente dois isótopos estáveis de ocorrência natural, um de peso atômico
14 e outro 15. Na atmosfera, 96,337% e 0,3663% dos átomos são de
14
N e
15
N,
respectivamente. Uma planta fixadora de N
2
tem duas fontes principais de N, sendo o N
disponível no solo e o N do ar via FBN (Peoples et al., 1989).
Shearer & Kohl (1986) destacam como vantagem do método de abundância natural, o
fato de não haver necessidade da adição de nitrogênio marcado, evitando os problemas de
inibição da fixação biológica de nitrogênio e de estabilidade da marcação ao longo do tempo.
2.4. A Produção de Banana (Musa sp.) em Sistemas Agroflorestais (SAF)
A partir do contato com a tradição asiática de SAF, os portugueses já haviam instalado
no século XVII os sistemas multiestratificados, incluindo a bananeira e várias espécies do
trópico e subtrópico (Landauer, 1990; Anderson, 1993).
A bananeira se caracteriza por ser uma cultura amplamente utilizada em arranjos
agroflorestais. Numa pesquisa realizada no estado do Pará, Ribeiro et al. (2004) relataram que
a cultura da bananeira está presente em 66% das unidades de produção agroflorestais.
Segundo Vivan (2002), a sombra produzida pelos estratos dominantes atua como um
importante redutor dos danos ocasionados pelo fungo Mycosphaerella musicola, causador da
Sigatoka Amarela. As podas regulam o nível de sombra e o material resultante, juntamente
com adubações orgânicas e o manejo da cobertura herbácea, fertilizam o sistema. Avaliações
preliminares apontam para a eficiência desses SAF em melhorar os níveis de cobertura do
solo, reduzir impactos de doenças fúngicas e criar alternativas de renda, mantendo
produtividades niveladas com os padrões regionais (Vivan, 2000).
Os Sistemas Agroflorestais envolvendo bananeiras, quando manejados de forma
adequada, podem se configurar como alternativas eficientes de uso da terra, devido a
capacidade de otimizar os efeitos benéficos das interações que ocorrem entre os componentes
arbóreos e a banana, aproveitando ao máximo o rendimento da área, diminuindo o uso de
agroquímicos, reduzindo a contaminação dos recursos d’água e solos, e a perda da
biodiversidade (Nair, 1989).
2.4.1. Aspectos gerais do mercado de banana
De acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação), a Índia é o maior produtor mundial de banana, enquanto o Brasil ocupa o 2º
lugar, com cerca de 9% do que é produzido mundialmente. A bananicultura ocorre em todos
os estados brasileiros e é prática comum entre os agricultores familiares (FAO, 2007).
O brasileiro consome 7 kg de banana/ano, segundo os dados da última 'Pesquisa de
Orçamento Familiar' (POF) 2002/2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2003). Também segundo a FAO, entre os anos de 1992 e 2002, a produção de banana
brasileira, em milhões de toneladas, sofreu pouca variação. O Brasil, nos últimos dez anos
manteve uma produção média de 5,7 milhões de toneladas ao ano, havendo um decréscimo na
produção entre 1996 e 2000. Avaliando os dados do IBGE (2001), entre os anos de 1940 e
13
2001, a produção brasileira de banana sofreu um aumento espetacular na década passada,
principalmente entre os anos de 1998 e 2001.
Quanto à produtividade, no Brasil foi de 12,5 Mg. ha
-1
, enquanto a Costa Rica teve
uma produtividade de 46,6 Mg. ha
-1
e o Equador de 32,7 Mg. ha
-1
(FAO, 2004).
No Brasil, as três regiões de destaque no cultivo de bananas são o Nordeste, Sudeste e
Norte (IBGE, 2002). O Estado que concentrou a maior produção de banana foi São Paulo,
com 18% da produção nacional, com produção destinada aos principais centros consumidores
brasileiros, com destaque, a capital paulista.
A Região Nordeste é a principal região geográfica produtora de banana do Brasil,
representando 34% da produção nacional. Esta posição se deve ao estado da Bahia, segundo
maior estado produtor de banana depois de São Paulo, com 12% da produção total. A
produção nordestina está mais focada na produção da variedade “pacovan” e atende
principalmente as capitais nordestinas, exceto o sul da Bahia, onde se encontra um pólo forte
de produção de prata anã e no Estado do Rio Grande do Norte, onde se encontra um pólo forte
de produção de nanica voltada para a exportação, principalmente para o mercado europeu
(Furlaneto et al., 2005).
O Rio de Janeiro ocupa o 9° lugar nacional em área colhida de banana (24.295 ha) e o
13° em quantidade produzida (160.916 ton) de acordo com dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2004). Entretanto, se considerarmos os dados do
Acompanhamento Sistemático da Produção Agrícola ASPA, referentes a 2005 (Emater-Rio,
2005), verifica-se que houve uma diminuição da área plantada em 14% (20.892,2 ha), porém,
ocorreu um acréscimo de 8,1% na quantidade produzida (173.995,7 ton). Destacam-se os
municípios de Mangaratiba, Itaguaí, Trajano de Morais, Paracambi, Seropédica, Macaé,
Cachoeiras de Macacu e Rio de Janeiro (Emater-Rio, 2005).
A cultura tem grande importância social, pois além da geração de empregos e ser uma
das culturas mais plantadas no país, é uma importante fonte de alimento. Além disso, 99% da
fruta produzida é consumida no mercado interno, fazendo parte do hábito alimentar da
população. A bananicultura ocupa grande quantidade de mão-de-obra, embora seja explorada,
na maioria das vezes, de forma extrativista. Os produtores fluminenses, em grande parte,
empregam mão-de-obra familiar e revelam deficiências em relação ao emprego de tecnologia.
A falta de assistência é outro problema, que tem acarretado baixa produtividade.
As principais variedades plantadas no Brasil são do grupo Prata e Nanicão. Os
principais gargalos, segundo Nascente (2003), são a alta incidência de pragas e doenças
(moleque, nematóides, Mal-do-Panamá, Sigatoka Negra e Sigatoka Amarela), baixo nível de
tecnologia utilizado na produção e na pós-colheita e falta de capacitação dos agentes da
cadeia produtiva.
No Estado do Rio de Janeiro, há grande diversidade de material genético cultivado,
embora predomine o plantio das variedades do tipo Prata, devido não só à adaptação
climática, mas também à preferência dos consumidores.
A banana é caracterizada por ser um produto perecível, tornando importante que sua
comercialização seja rápida, racional e com cuidados para reduzir as perdas e, ainda, para que
o produto chegue ao seu destino em boas condições. A qualidade da fruta é essencial não
apenas para a exportação, mas também para o mercado interno, pois muitos supermercados já
diferenciam os preços de produtos perecíveis, caso das frutas, através da marca e, obviamente,
da qualidade (Anuário Estatístico, 1998).
A estrutura de comercialização da banana no Brasil, de acordo com Fagundes &
Yamanishi (2001), consiste, quase sempre, na participação direta do produtor e do comprador,
sendo que as Centrais de Abastecimento (CEASA’s) centralizam a distribuição dos produtos
nas capitais dos Estados.
14
Em termos de origem da banana comercializada no Estado do Rio de Janeiro, 87,27%
são provenientes de outros Estados, destacando-se o Estado de Minas Gerais, responsável por
mais de 40% do abastecimento do mercado interno do Rio de Janeiro (CEASA-RJ, 2006). O
percentual comercializado com procedência do Estado do Rio de Janeiro é de 13%, com um
total de 456.000 toneladas de produtos (CEASA-RJ, 2006).
Segundo Fagundes & Yamanishi (2001), a quantidade de banana ofertada no país é
grande; no entanto, a qualidade do produto, em determinados locais, ainda é baixa,
contribuindo para que o preço, principalmente para o produtor, seja baixo. A baixa qualidade
da banana e a adoção de estruturas precárias de produção e comercialização são consideradas
entraves à exportação da fruta pelo país.
2.4.2. O cultivo e nutrição da bananeira (Musa sp.)
A bananeira (Musa sp.) é uma frutífera pertencente à família Musaceae, cultivada em
diversos países de clima tropical. Seus frutos apresentam boa aceitação pelos consumidores,
sendo altamente energéticos e contendo quantidades consideráveis de vitaminas e minerais
(Medina et al., 1995). As cultivares de banana comestíveis originaram-se no continente
asiático, existindo relatos sobre sua chegada na Europa por volta do século X D.C, e os
portugueses levaram mudas de bananeira da costa oeste africana para a América do Sul no
início do século XVI D.C. (Morton, 1987).
Trata-se de uma planta herbácea, com tronco curto e subterrâneo denominado rizoma,
onde se inserem raízes adventícias e fibrosas. O pseudocaule é formado pela união das
bainhas foliares, apresentando na sua extremidade folhas longas e largas. Sua inflorescência
possui conjunto de flores que quando reunidas formam uma penca, com um número variável
de frutos. Durante seu desenvolvimento ocorre a formação de rebentos (perfilhos) na base da
planta, permitindo a renovação do bananal (Dantas et al., 1997).
A diversidade genética encontrada no gênero Musa permitiu a formação de vários
cultivares de bananeira, cuja seleção favorece a expressão de características como aumento da
produtividade e resistência a pragas e doenças (Alves, 1990). A bananeira é classificada em
grupos genômicos (combinações variadas de genomas das espécies Musa acuminata e Musa
balbisiana) e subgrupos (complexo de cultivares oriundos de um único clone, através de
mutação (Alves et al., 1995). De acordo com esses autores, as cultivares mais usadas no
Brasil pertencem aos grupos genômicos AAA (subgrupo Cavendish) e AAB (subgrupos Prata
e Terra).
A bananeira é propagada vegetativamente, por meio de mudas desenvolvidas a partir
de gemas do rizoma. A escolha de mudas de boa qualidade constitui um fator fundamental
para o sucesso da implantação do bananal (Souza et al., 1997). Mais recentemente, as técnicas
de cultura de tecidos têm favorecido a obtenção de material livre de vírus e outros patógenos
transmissíveis pelos métodos de propagação convencionais (Marciani-Bendezú et al., 1988).
A cultivar Prata Ken, lançada no Nordeste com o nome de Pacovan Ken é um
tetraplóide AAAB, obtida pelo cruzamento entre o diplóide M53 (AA) com a cultivar
Pacovan (AAB), pertencente ao subgrupo prata. A cultivar foi obtida na Embrapa Mandioca e
Fruticultura, avaliada e selecionada como resistente a Sigatoka-amarela e ao Mal-do-panamá.
Na Embrapa Amazônia Ocidental, foi avaliada e selecionada para resistência a Sigatoka-negra
(Gasparotto et al., 2001). É uma cultivar que produz frutos cujo formato e sabor assemelham-
se em muito com frutos das cultivares do subgrupo prata (Gasparotto et al., 2001).
A bananeira é uma planta de crescimento rápido e que necessita para seu
desenvolvimento e produção que o solo apresente altos teores de nutrientes disponíveis. Esses
podem ser fornecidos, em parte, pelo solo e pela própria ciclagem no sistema solo-planta
(Soto, 1992).
15
Em cultivos de alto rendimento (70 Mg. ha
-1
ano
-1
) e para as condições da América
Central, López & Espinosa (1995) estimaram que a quantidade de nutrientes exportada com
os frutos seria superior a 400 kg ha
-1
ano
-1
de K, 125 de N e 15 de P. Esses autores destacaram
que a manutenção de rendimentos elevados ao longo do tempo depende da reposição dos
nutrientes exportados.
A absorção e exportação de nutrientes pela cultura (frutos+engaço) foram objetos de
estimativa em vários trabalhos, entretanto, há grande variação entre os valores determinados
pelos diversos autores. Fatores como variedade, manejo da cultura, condições edafoclimáticas
e métodos de amostragem empregados em cada trabalho têm muito efeito sobre os resultados
obtidos. Na literatura, há unanimidade em relação à importância da nutrição nitrogenada e
potássica para a bananeira. O N tem papel fundamental no crescimento e desenvolvimento da
cultura, determinando em grande parte o porte da planta e o rendimento de frutos. O
suprimento de N normalmente não atende as necessidades nutricionais das bananeiras, mesmo
nos solos férteis cultivados com bananeira na América Central; em quantidade acumulada na
biomassa, o N só é superado pelo K, que é considerado o elemento-chave da nutrição das
bananeiras, interferindo diretamente na fotossíntese, translocação de fotossintetizados, no
equilíbrio hídrico da planta e frutos, entre outras funções. A deficiência de K afeta a qualidade
e quantidade de frutos, bem como a resistência das plantas a estresses bióticos (pragas e
doenças) e abióticos (frio e seca) (López & Espinosa, 1995).
A preocupação com a sustentabilidade dos cultivos de bananeira, pelo menos em
relação à fertilidade do solo, é antiga. A grande acumulação de K na biomassa das plantas e a
exportação desse nutriente pelos frutos implicam que, mesmo em solos com boas reservas de
K, sejam necessárias adubações potássicas em doses elevadas, sem as quais o rendimento da
cultura declinará rapidamente (Uexküll, 1985).
Trabalhos pioneiros de pesquisa em adubação de bananeira para as condições de
cultivo de São Paulo foram realizados por Cunha & Fraga Jr. (1963). Na década de 40, esses
autores encontraram extensos bananais no litoral norte paulista que haviam sido abandonados
por apresentarem produção muito baixa devido, entre outras causas, ao esgotamento das
reservas de nutrientes essenciais do solo. Baseados em um conjunto de experimentos,
detectaram respostas mais significativas à aplicação de potássio, seguidas por respostas, em
menor magnitude, ao nitrogênio. Gallo et al. (1972) destacaram a importância do manejo
cuidadoso da fertilidade do solo como condição para manutenção de rendimentos elevados
desta fruteira ao longo do tempo. Ao compararem a adubação comumente aplicada à cultura
com as quantidades de nutrientes absorvidos e exportados, estes autores constataram que todo
o potássio adicionado seria removido pelos cachos. Já naquela época, os autores acreditavam
que a sustentabilidade da produção estaria ameaçada na hipótese de o pseudocaule vir a ser
aproveitado pela indústria como matéria prima para a extração de fibras, sem a adequada
reposição dos nutrientes.
Saes (1995), em um trabalho com ‘Nanicão’ no Vale do Ribeira (SP), mesmo
aplicando potássio regularmente, detectou diminuição no teor de K de 2,3 mmolc dm
-3
(amostragem inicial) para 0,8 mmolc dm
-3
e 0,6 mmolc dm
-3
, respectivamente. Estes
resultados são indicadores de que a perenidade dos cultivos de bananeira pode ser
comprometida em conseqüência do esgotamento acelerado das reservas de nutrientes do solo.
No caso do N, a aplicação de doses acima das exigidas pela planta representa não só
desperdício, como também pode causar a produção de cachos menores e com problemas de
enchimento dos frutos, apesar da aparência sadia das plantas (Robinson, 1996). A queda de
frutos das pencas já amadurecidas “finger drop” tem sido associada à nutrição desbalanceada
de N. Esse problema de pós-colheita é comum em áreas tropicais, na estação úmida e com
baixo suprimento de potássio. O excesso de N pode também retardar a frutificação,
16
produzindo cachos com pencas muito espaçadas e alta suscetibilidade aos danos decorrentes
do manuseio e transporte (Robinson, 1996).
A manutenção de área foliar ativa por mais tempo é uma luta constante para os
produtores de banana, sendo que a primeira preocupação é com o controle de doenças
foliares. Entretanto, Teixeira et al. (2001), observaram que mesmo com controle adequado da
Sigatoka-amarela, a senescência das folhas em bananeiras, entre a época da emissão da
inflorescência e a colheita dos cachos, é acelerada em condições de desequilíbrio nutricional
de N e K além da falta de água. Em contrapartida, a adubação potássica favorece a
manutenção de folhas ativas, especialmente sob condições de sequeiro.
O equilíbrio entre os cátions e teores adequados de K e N disponíveis no solo são,
segundo Delvaux (1995), as condições químicas mais importantes para o cultivo de
bananeiras visando a obtenção de altos rendimentos produtivos.
Embora haja um crescente aumento de trabalhos científicos realizados com diversos
arranjos, observou-se que trabalhos científicos relacionados ao cultivo de bananeiras em
faixas consorciadas com leguminosas arbóreas, considerando as informações coletadas na
literatura, são escassas, especialmente nas condições brasileiras. Desta forma, espera-se que
este estudo, além de ser uma fonte de informação científica seja também uma fonte de
inspiração para futuros trabalhos com Sistemas Agroflorestais.
17
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização e Caracterização Edafoclimática da Área Experimental
O experimento foi implantado em área pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), no Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia (CNPAB),
localizado no município de Seropédica (coordenadas 22º 45' S e 43º 42' W e altitude de 33m),
estado do Rio de Janeiro, Brasil.
O solo no qual o experimento foi implantado é um Argissolo Vermelho Amarelo. Na
Tabela 1 encontram-se os resultados de análise química de amostras de solo coletadas nas
profundidades de 0-20 e 20-40 cm de profundidade, realizada em abril de 2004, por ocasião
da implantação do experimento.
Nas Figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 encontram-se representadas as médias mensais de
temperatura, precipitações pluviométricas, umidade relativa e evaporação total ocorridas entre
os anos de 2004 a 2007, no município de Seropédica, RJ, sendo os dados coletados na Estação
Experimental da Pesagro em Seropédica, RJ.
Tabela 1. Análise da fertilidade do solo da área experimental, realizada em abril de 2004.
Bloco/profundidade
pH
Al
+3
Ca
+2
+Mg
+2
Ca
+2
Mg
+2
P
disponível
K
+
cmol
c
/dm
3
Mg/dm
3
I
-
0
-
20
5,3
0,0
3,0
2,2
0,8
4
61
I
-
20
-
40
5,1
0,2
2,6
1,5
1,1
3
23
II
-
0
-
20
5,1
0,2
3,8
2,5
1,3
8
61
II
-
20
-
40
4,9
0,3
2,8
1,7
1,1
3
20
III
-
0
-
20
5,2
0,1
3,8
2,6
1,2
6
56
III
-
20
-
40
5,0
0,3
2,8
1,8
1,0
3
28
IV
-
0
-
20
5,1
0,2
3,4
2,4
1,0
3
46
IV
-
20
-
40
4,8
0,3
2,5
1,8
0,7
3
45
18
0
5
10
15
20
25
30
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Temperatura (
0
C)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Pluviosidade (mm)
Fig. 1. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2004.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Umidade Relativa (%)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Evaporação (mm)
Fig. 2. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2004.
0
5
10
15
20
25
30
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Temperatura (
0
C)
0
50
100
150
200
250
Pluviosidade (mm)
Fig. 3. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2005.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Umidade Relativa (%)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Evaporação (mm)
Fig. 4. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2005.
0
5
10
15
20
25
30
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Temperatura (0C)
0
50
100
150
200
250
300
Pluviosidade (mm)
Fig. 5. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2006.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Umidade (%)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Evaporação (mm
)
Fig. 6. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2006.
0
5
10
15
20
25
30
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Temperatura (0C)
0
50
100
150
200
250
Pluviosidade (mm)
Fig. 7. Temperatura e Precipitação Pluviométrica ano de 2007.
Temperatura Precipitação Pluviométrica
64
66
68
70
72
74
76
78
80
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Meses
Umidade (%)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Evaporação (mm
)
Fig. 8. Umidade relativa e Evaporação Total no ano de 2007.
Umidade Evaporação
19
3.2. Delineamento Experimental
A implantação do SAF ocorreu em abril do ano de 2004. Antes do plantio das espécies
foram realizadas uma aração e a marcação de 20 parcelas com dimensões de 9 x 9m cada,
totalizando 1620 m
2
de área experimental. O delineamento experimental adotado foi de blocos
casualizados com 5 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos constituíram-se de aléias de
leguminosas dispostas nas entrelinhas de bananeiras (Musa sp.) e de açaizeiros (Euterpe
oleraceae) e foram: Acácia angustíssima (Acacia angustissima); Gliricidia (Gliricidia
sepium); Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides); além de um tratamento que constou de
vegetação espontânea com adubação nitrogenada das bananeiras e vegetação espontânea. A
vegetação espontânea é formada pelo capim colonião (Panicum maximum), representados na
figura 9.
As mudas das bananeiras foram transplantadas em outubro de 2005, no espaçamento
de 3 x 3m, correspondendo a 16 plantas de bananeira por parcela, num total de 400 plantas na
área experimental. Para aferição das análises foram utilizadas na área útil, quatro plantas de
bananeira por parcela. Em novembro de 2006 foi plantada a espécie florestal Mogno africano
(Kaya senegalensis), no centro das aléias de leguminosas, correspondendo a um indivíduo por
parcela (Figura 10).
No plantio do açaí e das leguminosas foi feita uma adubação com 100g de fosfato de
rocha (30 kg/ha P
2
O
5
) e 10 g de FTE-BR12 na cova de cada cultura. No plantio das
bananeiras foi realizada adubação com 5 kg de esterco bovino por cova (120 kg N total/ha),
sendo esta adubação repetida três meses após o plantio, mantendo-se a mesma dose e tendo
sido realizada em cobertura. Em agosto de 2006, foi realizada a adubação de cobertura com
300g de termofosfato (130 kg/ha P
2
O
5
) e 50 g de sulfato de potássio (60 kg/ha K
2
O) em todos
os tratamentos, e de 45 g de uréia (50 kg/ha N) apenas nas parcelas referentes ao tratamento
com N sintético, baseando-se na análise do solo e na recomendação de adubação para a
cultura da bananeira no estado do Rio de Janeiro (Almeida et al., 1988).
20
Adubação nitrogenada
Gliricidia sepium
Vegetação espontânea
Pueraria p
haseoloides
Acacia angustíssima
Adubação nitrogenada
Vegetação espontânea
Pueraria phaseoloides
Acacia angustíssima
Gliricidia sepium
Adubação nitrogenada
Pueraria phaseoloides
Acacia angustíssima
Gliricidia sepium
Vegetação espontânea
Vegetação es
pontânea
Adubação nitrogenada
Acacia angusíssima
Pueraria phaseoloides
Gliricidia sepium
Legenda:
Bananeira Musa sp.
Açaí - Euterpe oleraceae
Leguminosas arbóreas - Gliricidia sepium ou Acacia angustissima
Leguminosa herbácea Pueraria phaseoloides
Vegetação espontânea
Figura 9. Representação esquemática do SAF implantado no Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia.
BLOCO I BLOCO II BLOCO III BLOCO IV
21
9 m
3 m
Legenda:
Bananeira - Musa sp.
Açaizeiro - Euterpe oleraceae
Leguminosas
Mogno africano - Kaya senegalensis
Figura 10. Dimensões da parcela experimental do SAF implantado no Campo Experimental
da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ.
3.3. Determinação da Produção de Biomassa Seca das Folhas e Análise Química de
Tecido das Espécies Vegetais
As leguminosas arbóreas foram podadas na altura de 1m do solo, separando-se folhas
e galhos. O kudzu tropical e a vegetação espontânea foram roçados em uma área de 1 m
2
,
delimitada com auxílio de um quadro de PVC com dimensões de 1m x 1m. Sub amostras da
biomassa fresca foram coletadas, secas em estufa de ventilação forçada de ar, à 65
o
C, para
determinação da biomassa seca. As amostras foram processadas em moinho tipo Willey
(peneira de 2mm), e encaminhadas ao laboratório para determinação de N, P, K, Ca e Mg.
3.4. Taxa de Decomposição “in situ” dos Resíduos Vegetais da Parte Aérea das Espécies
Vegetais
A avaliação da decomposição dos resíduos vegetais foi iniciada após o corte da parte
aérea da plantas, nos anos de 2005 e 2006. Logo após o corte, foram retiradas amostras para a
determinação da biomassa seca e fresca e dos teores de N, P, K, Ca e Mg. A avaliação da
decomposição dos resíduos vegetais foi realizada acondicionando-se 50 g de material fresco
9 m
3 m
Área útil= 9m
2
Acacia angustissima
Pueraria phaseoloides
Gliricidia sepium
22
em sacolas confeccionadas com tela plástica (“litterbags”) com abertura de malha de 4 mm,
permitindo assim a passagem de microrganismos e alguns invertebrados.
As sacolas foram dispostas na superfície do solo e as taxas de decomposição e
liberação de nutrientes foram monitoradas através de coletas realizadas aos 0, 5, 10, 15, 20,
25, 30, 40, 60 e 75 dias após a instalação no campo. Em cada data de coleta a quantidade
remanescente das sacolas foi levada ao laboratório e retiradas as partículas de solo. Após esta
etapa, foram acondicionados em sacos de papel, e levados à estufa de ventilação forçada de
ar, a 65
o
C, até o material alcançar massa constante para determinação de massa seca.
O material seco foi processado em moinho do tipo Willey (abertura de peneira de 20
mesh). Foi então realizada a análise de N de acordo com o método preconizado por Bremner
& Mulvaney (1982). P e K foram determinados a partir da digestão nítrico-perclórica
(Bataglia et al., 1983). A determinação do P foi feita por colorimetria através da formação da
cor azul do complexo fosfato - molibdato em presença de ácido ascórbico, e do K por
espectrofometria de absorção atômica (Embrapa, 1997). As determinações de Ca e Mg foram
feitas por espectrofotometria de absorção atômica (Bataglia et al., 1983).
A decomposição dos resíduos e liberação de nutrientes seguiu o modelo exponencial
simples utilizado por Rezende et al. (1999):
X=X
0
e
-kt
Onde X é a quantidade de matéria seca ou nutriente remanescente após um período de tempo
t, em dias; X
0
é a quantidade de matéria seca ou nutriente inicial; e k é uma constante de
decomposição. A constante de decomposição ou valor k é calculada através da seguinte
equação:
k= -ln (X/ X
0
)/t
O tempo de meia vida expressa o período de tempo necessário para que a metade dos resíduos
se decomponha ou para que metade dos nutrientes contidos nesses resíduos seja liberada. De
acordo com Rezende et al. (1999), é possível calcular os tempos de meia vida através da
equação:
t
1/2
= ln(2)/k
onde t
1/2
é o tempo de meia vida da matéria seca ou nutriente.
3.5. Estimativa da Fixação Biológica de N
2
(FBN)
A técnica da abundância natural do
15
N baseia-se na hipótese de que o N do solo é
levemente enriquecido em
15
N em comparação ao N
2
do ar (Shearer & Kohl, 1986), sendo que
o N da atmosfera possui 99,6337% de átomos de
14
N e 0,3663% de átomos de
15
N (Junk &
Svec, 1958, citados por Alves, 1996).
Nas transformações que o nitrogênio sofre no sistema solo-planta,
(mineralização/imobilização; nitrificação/desnitrificação), pode-se observar pequenas
variações na composição isotópica (
14
N e
15
N) no solo e nas plantas. Estas variações são
muito pequenas, então, convencionou-se que cada unidade de delta
15
N seria a abundância
natural dividida por mil, ou seja, 0,0003663 átomos % de
15
N em excesso.
As espécies capazes de obter do ar a maior parte do nitrogênio necessário para sua
nutrição apresentarão valores de δ
15
N bem próximos a zero, uma vez que a maior parte virá
do N do ar que por sua vez é o padrão da técnica, e possui 0,3663 % de
15
N, ou seja, zero
unidade de delta
15
N em excesso. E, as plantas não fixadoras crescendo no mesmo solo terão
23
valores de δ
15
N mais elevados e próximos aos do solo, uma vez que toda ou a maior parte do
N necessário para o seu desenvolvimento será derivado do solo.
Na ocasião dos cortes das leguminosas espécies não leguminosas foram coletadas nas
parcelas para serem utilizadas como testemunhas para a quantificação da FBN. São elas a
tiririca (Cyperus rotundus), açaí (Euterpe oleracea); serralha (Emilia sp.) capim colonião,
(Panicum maximum); eucalipto grandis (E. grandis), eucalipto citriodora (E. citriodora). Para
o cálculo da quantificação da FBN utilizou-se um valor médio de B igual a 1,00, para todas
as leguminosas, baseando-se nos dados apresentados por Boddey et al. (2000) para diversos
tipos de leguminosas de cobertura na região tropical.
FBN% = (δ
15
Ncontrole - δ
15
Nfixadora) x 100
(δ
15
Ncontrole B)
3.6. Determinação da Atividade e Diversidade da Fauna do Solo
Para avaliar a atividade e a diversidade da macrofauna edáfica e epígea, foram
instaladas armadilhas do tipo pitfall (Moldenke, 1984) e TSBF (Tropical Soil Biology and
Fertility) (Anderson & Ingram, 1993), antes da instalação da cultura da banana e durante o
seu ciclo. Em cada parcela foram dispostas duas armadilhas situadas diagonalmente na área
útil da parcela. Após a coleta, as armadilhas foram levadas ao laboratório para a triagem da
macrofauna capturada e identificação em nível dos grandes grupos taxonômicos. As
alterações da comunidade da fauna epígea nos diferentes sistemas foram avaliadas utilizando-
se o índice V de Wardle & Parkinson (1991). A fórmula utilizada para este índice foi:
V = 2d M -1
d M + d SM
Onde: V= índice de mudança; d= densidade; M=com o manejo; SM=sem o manejo
A vegetação espontânea foi considerada a área sem manejo, enquanto os tratamentos
com as diferentes leguminosas foram considerados como parte integrante do sistema de
manejo.
Tabela 2. Categorias de inibição e estimulação dos grupos da fauna de solo em resposta
ao manejo (modificado de Wardle, 1995).
Categoria
Índice V
Inibição Extrema (IE)
V<
-
0,67
Inibição Moderada (IM)
-
0,33
> V >
-
0,67
Inibição Leve (IL)
-
0,05 > V >
-
0,33
Sem Alteração (SA)
-
0,05 < V < 0,05
Estimulação Leve (EL)
0,05 < V < 0,33
Estimulação Moderada (EM)
0,33 < V < 0,67
Estimulação Extrema (EE)
V> 0,67
O Índice de Diversidade de Shannon (H) leva em consideração a riqueza das espécies
e sua abundância relativa, sendo definido por:
H=Spi. log pi
24
em que pi = ni/N; ni = valor de importância de cada espécie ou grupo; N = total dos valores de
importância.
Os dados relativos ao número de indivíduos por metro quadrado e o respectivo erro-
padrão da média foram obtidos a partir da média dos grupos, em cada tratamento.
A riqueza total (RT) é definida como número de grupos taxonômicos, encontrados em
cada tratamento. A riqueza média (RM) representa o número médio de grupos da fauna
coletados por amostra, em cada tratamento.
O método proposto pelo programa TSBF (Tropical Soil Biology and Fertility) descrito
por Anderson & Ingram (1993) consiste em delimitar blocos de solo para captura da fauna do
solo. Foi utilizado 1 bloco de solo por parcela, totalizando 20 blocos de 25cm x 25cm x 30cm
de profundidade. A serapilheira foi removida e os blocos foram divididos em três camadas: 0-
10 cm; 10-20 cm e 20-30 cm. Posteriormente, o solo foi triado manualmente para retirada,
quantificação e identificação dos macroinvertebrados.
3.7. Determinação da Comunidade de Plantas Espontâneas
A amostragem para determinação das espécies de plantas espontâneas foi realizada em
três pontos da área útil de cada parcela, com o auxílio de um quadro de PVC, com dimensão
de 1,0 x 1,0m. As ervas espontâneas foram cortadas próximas ao solo e classificadas
conforme a espécie.
3.8. Tratos Culturais
Não foi observada a ocorrência de doenças na cultura da banana, entretanto, em
relação às pragas, especificamente a formiga cortadeira, foi utilizado o inseticida Mirex-S,
cujo controle foi insatisfatório prejudicando o desenvolvimento das mudas de açaí. Houve
vários replantios de mudas, provocando a desuniformidade no ‘stand’ de plantas,
inviabilizando as aferições previstas na cultura do açaí.
3.9. Determinação dos Atributos Físicos do Solo
Apesar de não um dos focos principais do presente estudo, avaliou-se a variabilidade
espacial da textura, da densidade de partículas e do conteúdo de água no solo da área
experimental, em um levantamento realizado durante a disciplina de Física dos Solos,
oferecida no Curso de Pós-graduação em Agronomia-Ciência do Solo.
As amostras de solo foram coletadas no dia 08 de agosto de 2005 em uma grade
regular de 5 x 5 m, totalizando 99 pontos de amostragem, na camada de 0,0 0,10 m. As
análises da umidade gravimétrica do solo (g g
-1
), da textura (g kg
-1
) e da densidade de
partículas do solo (kg dm
-3
) foram realizadas no Laboratório de Física do Solo da UFRRJ de
acordo com EMBRAPA (1997). A umidade do solo foi apresentada em porcentagem.
3.10. Análise Estatística
Nos dados referentes à decomposição de nutrientes, as curvas de liberação de matéria
seca e as equações matemáticas foram obtidas através do Excel.
Para avaliação da fauna do solo e comunidade de ervas espontâneas utilizou-se o
método multivariado denominado Análise dos Componentes Principais (ACP). Na
interpretação dos resultados da ACP, além dos escores dos dois primeiros componentes
principais (Y
1
e Y
2
), também foram utilizados os valores de coeficientes de correlação linear
entre as variáveis originais e os dois componentes. Utilizou-se do programa Canoco (Ter
Braak & Smilauer, 2002) para a realização da ACP.
25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Atributos Físicos e Fertilidade do Solo, Durante a Condução do Experimento no
Campo, em 2005 e 2007
Destaca-se inicialmente que é necessário compreender como os atributos físicos
interferem no desenvolvimento das culturas, bem como sua variação no espaço, visto que eles
desempenham importante papel dentre as propriedades do solo (Warrick & Nielsen, 1980).
Para a caracterização de solos, a textura e a densidade de partículas são consideradas
elementos de grande importância na tomada de decisão, na identificação e na classificação,
pois se constituem numa das características físicas mais estáveis do solo (Eguchi et al., 2002).
Por outro lado, a textura influencia na retenção de água, onde as forças de adsorção
dependem, basicamente, da espessura do filme de água que recobre as partículas, a qual varia
de acordo com sua superfície específica. Assim, a retenção de água é maior em solos argilosos
e com alto teor de matéria orgânica (Silva et al., 2005). O balanço de água no solo também
está relacionado com a sua cobertura. Cintra (1988), constatou que a manutenção da cobertura
vegetal sobre o solo proporciona uma maior conservação da umidade quando comparado com
o solo sem cobertura.
Na Figura 11 são apresentados os mapas de isolinhas para a distribuição espacial da
areia e da umidade na área de estudo, juntamente com os tratamentos. Observou-se que, de
modo geral, a variabilidade do teor de areia foi relativamente pequena (4g kg
-1
). Os
tratamentos que apresentaram teores mais elevados de areia tendem a ter menores teores de
umidade no solo em função da menor quantidade de argila. A densidade de partículas será
mais baixa nas áreas com valores mais elevados de areia. Áreas com teores mais elevados de
areia possuem poros maiores e a água é drenada rapidamente.
Os tratamentos dispostos sobre áreas mais homogêneas podem apresentar melhor
desempenho que os tratamentos dispostos sobre áreas com maior gradiente de variação. A
umidade do solo possui valores mais elevados nas áreas com os tratamentos onde não havia
vegetação espontânea, sendo composta por capim colonião. Nos demais tratamentos a
umidade assume valores mais baixos. A baixa umidade na camada estudada (0,0 0,10 m)
pode ser atribuídos à ação direta dos fatores climáticos sobre o solo (Siqueira & Vieira, 2005).
Os resultados da análise da fertilidade do solo são apresentados na Tabela 3.
Observou-se que, após os três anos de cultivo na área experimental houve um decréscimo
geral nos teores de nutrientes, com exceção para o Al
+++
. Esse fator foi, provavelmente,
decorrente da extração dos nutrientes por parte das culturas que compõem o SAF. A
deposição de matéria orgânica, via podas da parte aérea das leguminosas, talvez não tenha
sido suficiente para repor os elementos extraídos por estas mesmas culturas. O tempo de
deposição também pode não ter sido suficiente para elevar a quantidade de nutrientes do solo.
No processo de ciclagem dos nutrientes, os elementos depositados no solo foram reutilizados
para o crescimento, manutenção e produção das culturas ali presentes.
26
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Distância X, m
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Distância Y, m
68 69 70 71 72
Areia (g. kg
-1
)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Distância X, m
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Distância Y, m
5 6 7 8 9
Umidade (%)
Figura 11. Mapa de isolinhas para areia e umidade, e a distribuição dos tratamentos na área
de estudo: T1-Acácia angustíssima (Acacia angustissima), T2-Gliricídia (Gliricidia
sepium), T3-Kudzu tropical (Pueraria phaseoloides), T4-vegetação espontânea,
composta basicamente por capim colonião (Panicum maximum) e T5-vegetação
espontânea com adubação nitrogenada.
Tabela 3. Análise da fertilidade do solo da área experimental, realizada em outubro de
2007.
Bloco/profundidade
pH
Al
+3
Ca
+2
+Mg
+2
Ca
+2
Mg
+2
P
disponível
K
+
cmol
c
/dm
3
Mg/dm
3
I
-
0
-
20
5,0
0,4
2,5
2,0
0,5
9
52
I
-
20
-
40
5,0
0,5
2,1
1,7
0,5
0
30
II
-
0
-
20
5,1
0,2
2,7
2,0
0,7
4
48
II
-
20
-
40
5,0
0,6
2,2
1,7
0,5
0
31
III
-
0
-
20
5,0
0,3
2,6
2,0
0,6
3
48
III
-
20
-
40
5,0
0,4
2,0
1,5
0,5
1
39
IV
-
0
-
20
5,0
0,3
3,0
1,9
0,7
3
70
IV
-
20
-
40
5,0
0,4
2,0
1,5
0,5
1
39
T2
T3
T1
T4
T5
T4
T2
T1
T3
T5
T2
T1
T3
T5
T4
T1 T3 T4
T2
T5
T2
T3
T1
T4
T5
T4
T2
T1
T3
T5
T2
T1
T3
T5
T4
T1
T3
T4
T2
T5
27
4.2. Produção de Biomassa e Liberação de Nutrientes da Parte Aérea das três
Leguminosas e Vegetação Espontânea
Os dados relativos à produção de biomassa e liberação de nutrientes encontram-se nas
Tabelas 4 e 5. O maior acúmulo de biomassa ocorreu no ano de 2005, quando foi realizada a
primeira poda após um ano da implantação do experimento. No ano seguinte foram feitas três
podas, nos meses de março, junho e outubro. A poda realizada no mês de março mostrou
valores maiores que nos outros meses, possivelmente por ter sido realizada no final da estação
chuvosa, favorecendo assim o maior acúmulo de massa verde nas leguminosas.
Na primeira poda realizada em maio de 2005, a Acácia angustíssima e o kudzu
tropical (Pueraria phaseoloides) apresentaram maiores produções de biomassa seca, 9,5 e
10,8 Mg. ha
-1
, respectivamente (Tabela 4), quando comparadas com a gliricidia (Gliricidia
sepium) e a vegetação espontânea, na mesma época.
Na poda realizada em março de 2006, as leguminosas Acácia angustíssima, gliricidia e
kudzu tropical apresentaram maiores valores de biomassa fresca, 9,75; 15,5 e 16,5 Mg. ha
-1
respectivamente, quando comparadas com a vegetação espontânea (Tabela 5). No mês de
junho, os valores de biomassa não diferiram entre as leguminosas e vegetação espontânea. Já
no mês de outubro o kudzu tropical se destacou com maiores valores de biomassa fresca e
seca, 23,30 e 7,32 Mg. ha
-1
respectivamente (Tabela 5).
Em relação à composição química dos resíduos vegetais da parte aérea, a avaliação
realizada no ano de 2005 mostrou que as leguminosas apresentaram maiores teores de N e Ca
(Tabela 4). Como não houve grandes variações em relação aos teores de C, os valores
calculados para a relação C:N foram conseqüentemente maiores para a vegetação espontânea,
composta basicamente por capim colonião (Panicum maximum).
Segundo Espíndola (2001), o aporte da biomassa e a decomposição dos resíduos das
leguminosas pode ser uma fonte de carbono e nutrientes para a biota do solo e posteriormente
para as plantas, destacando a importância da sincronização entre a liberação de nutrientes
pelas plantas em consórcio e sua demanda pelas culturas principais. Esses nutrientes são
liberados pela decomposição dos resíduos das árvores, por meio das podas. Kang et al. (1990)
enfatizam que repetidas aplicações desse material aumentariam o conteúdo de matéria
orgânica do solo e o sistema radicular profundo das árvores seria capaz de extrair nutrientes
de camadas profundas do solo, deixando-os ao alcance para o crescimento das culturas através
da ciclagem.
A gliricídia é uma leguminosa arbórea, resistente à seca, que vem sendo cultivada
como fonte de forragem e lenha em propriedades rurais. Em razão de sua alta capacidade de
fixar nitrogênio atmosférico (Bala et al., 2003) e de produzir biomassa, em condições de baixa
disponibilidade hídrica. É uma planta que pode ser capaz de melhorar a fertilidade do solo e
de aumentar a produtividade das culturas agrícolas associadas, quando usada como adubo-
verde (Barreto & Fernandes, 2001), por isso, essa espécie pode ser ideal para o cultivo em
aléias (Palm et al., 2001; Vanlauwe et al., 2005).
Barreto & Fernandes (2001), num estudo nos tabuleiros costeiros de Sergipe,
relataram a grande contribuição da gliricídia para o cultivo em aléias, em função da
produtividade de biomassa seca (de 5,8 Mg ha
-1
, na média de quatro anos) e de alta riqueza
nutricional, contribuindo com 160 kg ha
-1
por ano de nitrogênio para o sistema. Essa
leguminosa, assim como a acácia angustíssima, além de demonstrar uma expressiva produção
de biomassa possui também uma extraordinária capacidade de rebrota.
A acácia angustíssima, por tratar-se de uma leguminosa que apresenta rápido
crescimento, associada às elevadas taxas de sobrevivência (Locatelli et al., 1992; Costa et al.,
1998), bem como a altos teores de N, tem despertado o interesse para uso em sistemas silvo
pastoris.
28
A capacidade de produção de resíduos da parte aérea de cada espécie modifica-se com
a fase de desenvolvimento da planta ou do ecossistema florestal, supondo-se o aumento na
produção de serapilheira em função do aumento da idade da floresta, até que atinja a
maturidade ou clímax (Gonzalez & Gallardo, 1986).
Andrade (1997) avaliou povoamentos homogêneos de Mimosa caesalpiniifolia,
Acacia mangium e Acacia holosericea com quatro anos de idade, em Seropédica, RJ e
demonstrou uma produção anual de 9 a 10 Mg. ha
-1
de serapilheira.
Em relação aos teores de nutrientes, Silva et al. (2007) observaram valores de teores
de N semelhantes aos apresentados na tabela 4, para acácia angustíssima e gliricidia, 4,14 % e
2,93 %, respectivamente, em um estudo realizado em Seropédica, RJ. Esses mesmos autores
elaboraram um banco de dados, disponível em www.cnpab.embrapa.br/adubacao_verde,
correlacionando a composição química e a velocidade de decomposição de plantas para
adubação verde. Acessando-se esse mesmo banco de dados observa-se que os valores dos
teores de nitrogênio para acácia angustíssima variaram entre 2,6 % e 3,83% (Rodrigues et al.,
1999; Cattanio, 2002; Costa et al., 2004; Silva et al., 2004); para gliricidia os valores de N
estão entre 2,5% e 3,85% (Costa, 1998; Silva et al., 2004 e Bianchi et al., 2005), e para o
kudzu tropical estão entre 2,48 % e 3,68% (Calegari et al., 1992; Urquiaga & Zapata, 2000;
Martins et al., 2003; Ribeiro et al., 1999 e Espíndola et al., 1997), esses dados concordam com
os valores de nitrogênio obtidos no presente estudo, 3,50%, 3,05% e 2,95% para acácia
angustíssima, gliricidia e kudzu tropical, respectivamente (Tabela 4).
Caldeira et al. (2000), num estudo com acácia-negra (Acacia mearnsii) observaram um
alto teor de N nas folhas, que pode ser justificado pela capacidade que a mesma possui, como
espécie leguminosa, de fixar N
2
e pelo efeito sinérgico da ação das bactérias diazotróficas e
micorrizas (Franco et al., 1992). Segundo Auer & Silva (1992), a acácia-negra, em solos
tropicais, pode fixar até 200kg de N ha ano
-1
.
Já a gliricídia e a canafístula apresentaram os valores de acúmulo de N em torno de 89
kg. ha
-1
em um experimento com adição de P e de 74 kg. ha
-1
no experimento sem adição de
P, realizado por Queiroz et al. (2007).
Pouca informação foi encontrada sobre A. Angustissima sendo usado dentro dos
sistemas agrícolas em florestas nativas. Em Nova Guiné, ensaios foram realizados utilizando
A. Angustissima num sistema de intercalado com batata doce. Acacia angustissima supriu
suficientemente o N, P, K para a cultura, mas, devido ao rápido crescimento da cultura
sombreada, inibiu o rendimento do tubérculo (Brook et al., 1993). Esse efeito também foi
observado sobre o crescimento vegetativo da bananeira no presente estudo.
Durante outros ensaios, seu potencial como fonte de matéria orgânica tem sido
questionado, devido à presença de compostos secundários que ligam o N e resultam em baixa
qualidade (decomposição lenta). Isso pode significar ter mais efeitos residuais que poderiam
beneficiar a cultura subseqüente, ou seja, uma boa fonte de N para ajudar a construir a matéria
orgânica no solo (Dzowela, 1994; Mafongoya et al., 1997). Estes benefícios em longo prazo
poderiam superar o baixo retorno inicial de nutrientes ao solo ao longo de vários anos. A lenta
decomposição das podas pode ter valor para suprimir crescimento de plantas daninhas em
culturas associadas.
A produção de biomassa das leguminosas Acacia angustissima e Gliricidia sepium,
tanto quanto da Pueraria phaseoloides foi variável de um ano para outro e por vezes, superior
ao relatado em outras pesquisas, demonstrando que essas espécies podem responder muito
diversamente aos diferentes tipos de manejo e às diferentes condições edafoclimáticas.
29
Tabela 4. Produção de biomassa seca, relação C/N e teores de nutrientes, das folhas três
diferentes leguminosas e vegetação espontânea em um SAF, por ocasião da estação
seca, em maio de 2005, no município de Seropédica/RJ.
Espécie Biomassa
Seca
(Mg.ha
-1
)
C/N
Folhas
Cálcio Magnésio Fósforo Potássio C N
g/kg
Acacia angustissima 9,5 a 11,2 c 10,71 b 2,65 c 1,57 a 11,37 b 52,70 a 35,00 a
Gliricidia sepium 5,8 b 15,7 bc 16,91 a 5,77 a 3,08 a 16,75 a 50,43 b 30,90 a
Pueraria
phaseoloides
10,8 a
(1)
20,0 b 13,33 b 3,82 b 1,44 a 12,62 b 51,36 a 29,50 a
Vegetação
espontânea
(2)
3,8 b 40,0 a 5,12 c 3,25 bc 3,07 a 20,62 a 49,58 b 10,50 b
(
1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
(2)
Formada por capim colonião (panicum maximum)
Tabela 5. Produção de biomassa fresca e seca das folhas de três diferentes leguminosas e
vegetação espontânea em um SAF, por ocasião da estação chuvosa, nos meses de
março, junho e outubro de 2006, no município de Seropédica/RJ.
Espécies Biomassa Fresca (Mg. ha
-
1
) Biomassa Seca (Mg. ha
-
1
)
Março junho outubro total março junho outubro
Total
Acacia angustissima 9,75 ab
6,00 a 6,67 b 22,42 b 4,05 a 2,16 a 2,59 b 8,80 b
Gliricidia sepium 16,50 a 4,30 a 2,70 b 23,50 b 4,53 a 0,90 a 0,65 b 6,08 b
Pueraria phaseoloides 15,50 a
(1)
6,12 a 23,30 a 44,92 a 4,83 a 1,94 a 7,32 a 14,09 a
Vegetação
espontânea
(2)
5,00 b 7,34 a 3,76 b 16,10 c 1,29 b 1,90 a 0,97 b 4,16 b
(
1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
(2)
Formada por capim colonião (panicum maximum)
Quanto aos tempos de meia vida e às constantes de decomposição, observou-se que a
decomposição dos resíduos foi ligeiramente mais lenta durante a estação seca (Tabela 6 e
Figura 12), devido, provavelmente, às condições climáticas associadas a menores
precipitações pluviométricas durante esse período.
Na estação seca a gliricidia apresentou menor tempo de meia vida e a acácia
angustíssima o maior tempo, também observado na estação chuvosa, presumindo-se que estas
leguminosas arbóreas diferenciam-se quanto à decomposição dos resíduos de suas respectivas
biomassas (Tabela 6). Os valores para o kudzu tropical e vegetação espontânea foram
intermediários, variando apenas entre a estação seca e chuvosa.
A extração de nutrientes dos solos tropicais é bastante influenciada pelo regime
hídrico do solo, devido ao efeito que a água exerce na decomposição da matéria orgânica e no
transporte de nutrientes para a superfície das raízes. Além da precipitação total, a distribuição
das chuvas ao longo do ano também influencia a taxa de deposição, verificando-se com
freqüência, uma maior taxa de deposição no período seco (Swamy & Proctor, 1994). Proctor
(1983) adverte que além dos fatores ambientais inesperados, que podem interferir na precisão
dos resultados de queda de resíduos da parte aérea, a falta de uma metodologia padronizada
também acarreta diferenças nesses valores, dificultando a comparação entre ecossistemas.
Segundo Correia & Andrade (1999), alguns trabalhos consideram apenas as folhas
para avaliar o aporte da serapilheira, enquanto outros incluem folhas, estruturas reprodutivas e
galhos finos, ou galhos grossos e troncos, restos de animais e fezes, que dificulta a
comparação dos experimentos. Desse modo, Anderson & Ingram (1993) sugeriram, com o
30
objetivo de padronizar estes estudos, considerar como componentes da serapilheira as
seguintes frações: folhas, galhos com diâmetro menor que 2 cm, estruturas reprodutivas
(flores e frutos) e refugo (fragmentos menores que 5 mm).
Tabela 6. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de matéria seca e
tempos de meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação seca, e
chuvosa, nos anos de 2005 e 2006, respectivamente, Seropédica/RJ.
Espécies
Parâmetros da equação de decomposição
k
(dia
–1
)
t
½
(1)
(dias)
r
2
Estação Seca
Acacia
angustissima
0,007
93
0,66
Gliricidia sepium
0,029
24
0,86
Pueraria phaseoloides
0,020
34
0,87
Vegetação espontânea
0,013
50
0,73
Estação chuvosa
Acacia angustissima
0,012
53
0,61
Gliricidia sepium
0,048
14
0,76
Pueraria phaseoloides
0,029
23
0,75
Vegetação espontânea
0,034
20
0,76
(1)
t
½
= tempo de meia vida
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Matéria seca remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 12. Liberação de matéria seca dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005.
31
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Matéria seca remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 13. Liberação de matéria seca dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
Considerando-se o tempo de meia vida obtido na época seca, a liberação de N, P e K
foi equivalente, exceto para Ca e Mg, que foram liberados após (Tabela 7). A partir dos
valores k, estabeleceu-se a seguinte ordem de liberação:
K > P> N > Mg > Ca
Os três principais indicadores utilizados para medir a decomposição da camada da
serapilheira são a respiração do solo, o valor k, relacionado à quantidade de material que cai
do dossel e a que está depositada sobre o solo (serapilheira), e as avaliações diretas, através
das medidas da perda de massa em “litterbags” para o estudo da decomposição (Anderson &
Swift, 1983).
Algumas críticas são atribuídas ao uso do valor k em ecossistemas que não atingiram o
equilíbrio entre o material depositado e o material decomposto (Anderson & Swift, 1983),
podendo causar uma grande amplitude entre os diversos materiais testados em diferentes
condições edafoclimáticas.
A velocidade de liberação de nutrientes dos resíduos culturais durante o processo de
decomposição depende da localização e da forma em que esses nutrientes se encontram no
tecido vegetal. O potássio, que se encontra em componentes não estruturais e na forma iônica
no vacúolo das células das plantas (Marschner, 1995), é rapidamente lixiviado logo após o
manejo das plantas de cobertura, com pequena dependência dos processos microbianos.
No caso do fósforo, cuja maior parte encontra-se na planta, associada a componentes
orgânicos do tecido vegetal (Marschner, 1995), sua liberação está intimamente ligada ao
processo de decomposição pelos microrganismos do solo.
Os principais fatores que afetam a taxa de mineralização dos compostos orgânicos são
as condições edafoclimáticas (temperatura, umidade, pH, teores de O
2
e de nutrientes no solo)
e a qualidade do substrato (Paul & Clark, 1996).
32
A rápida liberação de K confirma os resultados de Da Ros (1993) e Schomberg &
Steiner (1999), e pode ser atribuída ao fato de o K ser um elemento que não está associado a
nenhum componente estrutural do tecido vegetal (Marschner, 1995). Schomberg & Steiner
(1999) observaram que, com precipitações elevadas, houve maior liberação de K nas
leguminosas do que nas gramíneas. Segundo esses autores, mecanismos físicos (chuva) e
químicos (qualidade do resíduo) estão envolvidos na liberação do nutriente e que, em razão da
elevada taxa de liberação de K dos resíduos culturais, parte dele poderá ser perdido no solo
pela lixiviação. Nesse sentido, o K talvez seja o elemento cuja redução do prazo de
implantação das culturas em sucessão seja mais importante para minimizar as suas perdas.
Ao contrário do que se observou para K, detectou-se longos tempos de meia vida para
Ca (Tabela 7). A lenta liberação desse nutriente deve-se, provavelmente ao fato do Ca ser um
dos constituintes da lamela média da parede celular (Taiz & Zeiger, 1991), formando um dos
componentes mais recalcitrantes dos tecidos vegetais (Figura 17).
Considerando-se a época seca, a gliricidia obteve os menores tempos de meia vida em
todos os nutrientes estudados, e a vegetação espontânea, os maiores tempos de meia vida para
nitrogênio, cálcio e magnésio (Tabela 7).
Na liberação de fósforo e potássio, observou-se menores valores para acácia
angustíssima e kudzu tropical (Tabela 7). O nitrogênio apresenta um ciclo dinâmico, ou seja,
esse nutriente tem uma grande mobilidade no solo, enquanto o fósforo, que forma compostos
menos solúveis em água, se move de modo mais lento de um compartimento para outro; desse
modo, o P mostrou valores intermediários de velocidade de decomposição nas espécies
avaliadas (Figura 15). Essa diferença entre as constantes de decomposição está associada ao
modo como cada um desses materiais responde as condições edafoclimáticas e a ação da
macrofauna do solo.
Considerando-se a avaliação realizada na época seca, os tempos de meia vida da
liberação dos nutrientes foi menor em todas as espécies estudadas, quando comparadas com a
época chuvosa (Tabela 8). A gliricidia novamente demonstrou os menores tempos de meia
vida para todos os nutrientes estudados (Tabela 8).
Silva et al. (2006), em um estudo comparativo entre a composição química e a
velocidade de decomposição e liberação de nitrogênio de folhas de dez espécies florestais,
observaram também menores tempos de meia vida na decomposição de massa seca para
gliricidia e eritrina (Erythrina poeppigiana), 21 e 19 dias, respectivamente e liberação de
nitrogênio, com tempo de meia vida 15 dias para ambas as espécies, quando comparadas com
Acacia auriculiformis, Acacia holosericea, Albizia guachapele, Abizia saman, Brachiaria
decumbens, Inga semialata, Mimosa caesalpiniifolia e Syzygium cumini.
Demonstrou também a grande amplitude nas velocidades de decomposição das
diferentes espécies, onde os valores referentes ao tempo de meia vida variaram de menos de
vinte dias, no caso da Erytrhina poeppigiana a mais de 200, no caso de Inga semialata (Silva,
et al., 2006).
Paulino et al. (2006) realizaram um estudo com gliricidia em Campos dos Goytacazes
e concluíram que a dinâmica de decomposição dos resíduos de gliricidia é elevada,
apresentando uma liberação de nutrientes mais rápida inicialmente, e tendendo ao decaimento
com o tempo.
A sincronização entre a demanda e a oferta de nutrientes em Sistemas Agroflorestais é
um dos grandes desafios na condução dessa atividade. A gliricidia demonstrou ser uma
leguminosa com maiores taxas de decomposição da biomassa seca e também na liberação de
nutrientes, quando comparada com a acácia angustíssima, kudzu tropical e vegetação
espontânea. Por outro lado, os menores valores de taxa de decomposição apresentados pela
acácia angustíssima podem ser interessantes, dependendo da cultura a ser consorciada com
33
essa arbórea, a liberação mais lenta dos nutrientes poderá favorecer a médio e longo prazo o
desenvolvimento da cultura consorciada.
Tabela 7. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de N, P, K, Ca e Mg e
respectivos tempos de meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação
seca, de três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica/RJ, 2005.
Espécies
Nutriente
k (dia
1
)
t
½
(1)
(dias)
r
2
Acacia angustissima
N
0,016
43
0,76
Gliricidia sepium
N
0,032
21
0,91
Pueraria phaseoloides
N
0,015
44
0,79
Vegetação espontânea
N
0,014
58
0,69
Acacia angustissi
ma
P
0,027
25
0,65
Gliricidia sepium
P
0,042
16
0,79
Pueraria phaseoloides
P
0,026
25
0,81
Vegetação espontânea
P
0,035
19
0,91
Acacia angustissima
K
0,040
14
0,82
Gliricidia sepium
K
0,064
10
0,85
Pueraria phaseoloides
K
0,046
15
0,86
Vegetação esp
ontânea
K
0,051
13
0,80
Acacia angustissima
Ca
0,019
35
0,76
Gliricidia sepium
Ca
0,030
22
0,83
Pueraria phaseoloides
Ca
0,015
45
0,75
Vegetação espontânea
Ca
0,012
54
0,72
Acacia angustissima
Mg
0,023
29
0,82
Gliricidia sepium
Mg
0,415
16
0,86
Puer
aria phaseoloides
Mg
0,019
35
0,78
Vegetação espontânea
Mg
0,016
43
0,77
(1)
t
½
= tempo de meia vida.
34
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
N remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 14. Liberação de nitrogênio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
P remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 15. Liberação de fósforo dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no município
de Seropédica/RJ, 2005.
35
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
K remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 16. Liberação de potássio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Ca remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 17. Liberação de cálcio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no município
de Seropédica/RJ, 2005.
36
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Mg remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 18. Liberação de magnésio dos resíduos vegetais ao longo da estação seca, no
município de Seropédica/RJ, 2005.
Tabela 8. Parâmetros da equação X = X
0
e
-kt
ajustada aos valores de N, P, K, Ca e Mg e
respectivos tempos de meia vida por ocasião dos cortes realizados durante a estação
chuvosa, de três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica/RJ,
2006.
Espécies
Nutriente
k (dia
1
)
t
½
(1)
(dias)
r
2
Acacia a
ngustissima
N
0,030
23
0,89
Gliricidia sepium
N
0,052
13
0,68
Pueraria phaseoloides
N
0,033
20
0,73
Vegetação espontânea
N
0,025
26
0,66
Acacia angustissima
P
0,028
24
0,86
Gliricidia sepium
P
0,055
12
0,64
Pueraria phaseoloides
P
0,005
25
0,72
Vege
tação espontânea
P
0,014
18
0,72
Acacia angustissima
K
0,042
16
0,82
Gliricidia sepium
K
0,083
8
0,85
Pueraria phaseoloides
K
0,054
12
0,85
Vegetação espontânea
K
0,058
11
0,72
Acacia angustissima
Ca
0,011
60
ND
(2)
Gliricidia sepium
Ca
0,063
11
0,8
5
Pueraria phaseoloides
Ca
0,030
22
0,72
Vegetação espontânea
Ca
0,032
21
0,70
Acacia angustissima
Mg
0,018
37
0,76
Gliricidia sepium
Mg
0,063
11
0,77
Pueraria phaseoloides
Mg
0,029
23
0,73
Vegetação espontânea
Mg
0,036
19
0,72
(1)
t
½
= tempo de meia vida.
(2)
ND = dados não ajustados ao modelo exponencial simples de acordo com análise
de regressão (p<0,05).
37
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
N remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 19. Liberação de nitrogênio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
P remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 20. Liberação de fósforo dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
38
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
K remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 21. Liberação de potássio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Ca remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 22. Liberação de cálcio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
39
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Dias após o corte
Mg remanescente (%)
Gliricidia Cudzu tropical Angustíssima Vegetação espontânea
Figura 23. Liberação de magnésio dos resíduos vegetais ao longo da estação chuvosa, no
município de Seropédica/RJ, 2006.
4.3. Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN)
O cultivo de leguminosas, em geral, tende a elevar o teor de matéria orgânica do solo e
reduzir a necessidade de fertilização com N. Normalmente, as leguminosas contêm em seus
tecidos de 2,0 a 2,8% de N. Assim, uma produção em torno de 10 toneladas de matéria seca
por hectare, significaria uma contribuição em N da ordem de 200 a 280 kg ha
-1
ano
-1
, sendo de
60 a 80% provenientes da FBN (Urquiaga et al., 1997).
Todavia, um dos principais problemas na quantificação da transferência de N em
consórcios entre leguminosas e não-leguminosas, reside na pequena quantidade de N-
transferido, quando comparada com aquela oriunda de outras fontes (Jensen, 1995). Desta
forma, resultados de pesquisas sobre a quantificação da transferência de N tem demonstrado
valores variáveis, desde nulo a até mais de 80% (Broadbent et al., 1982).
Para se avaliar a FBN através do método da abundância natural, parte-se da premissa
que as leguminosas, que obtêm o N
2
para sua nutrição, apresentarão valores de δ
15
N próximos
à zero, sendo que a maior parte virá do N do ar que por sua vez e possui 0,3663 % de
15
N, ou
seja, zero unidade de delta
15
N em excesso. As plantas não fixadoras crescendo no mesmo
solo terão valores de δ
15
N mais elevados e próximos aos do solo, uma vez que toda ou a
maior parte do N necessário para o seu desenvolvimento será derivado do solo.
No presente estudo, os valores de d
15
N das leguminosas foram semelhantes aos das
testemunhas não fixadoras, possivelmente devido à presença de N remanescente no solo. Esse
N pode ter sido procedente da adição de estercos e também de trabalho sobre a utilização de
leguminosas como coberturas vivas em experimentos anteriores, os quais devem ter inibido a
FBN (Tabela 9).
Pelos valores de d
15
N das leguminosas, quando comparadas com os das testemunhas
não fixadoras, supõe-se que embora a FBN possa ter sido inibida, os valores de nitrogênio
adicionado ao solo, provenientes das leguminosas, foram expressivos (Tabela 10).
40
Tabela 9. Capacidade de fixação de N calculada para kudzu tropical (Pueraria
phaseoloides), gliricidia (Gliricidia sepium) e acácia angustíssima (Acacia
angustissima) utilizando-se usando três diferentes espécies não fixadoras como
referência para cada leguminosa, Seropédica, 2007.
% FBN
Espécies
Testemunhas
Pueraria phaseo
loides
(1)
Cyperus rotundus
(2)
Emilia sp.
Panicum maximum
Médias
3,36
±
7,53 13,20
±
8,73 32,22
±
12,17 16,26
±
6,21
Gliricidia sepium
Eucalyptus grandis
Eucalyptus citriodora
Euterpe oleraceae
21,09
±
7,45 7,22
±
17,97 13,31
±
5,24 13,87
±
6,31
Acac
ia angustíssima
Eucalyptus grandis
Eucalyptus citriodora
Euterpe oleraceae
8,23
±
4,51 9,31
±
18,64 28,38
±
10,52 14,12
±
7,02
(1)
d
15
N leguminosas = Pueraria phaseoloides -+7,10±0,86; Gliricidia sepium - +4,88±0,17; Acacia angustíssima
- +4,54±0,28;
(2)
d
15
N testemunhas = Cyperus rotundus - +7,21±0,54; Emilia sp. - +8,01±0,33; Panicum maximum -
+10,85±1,5;
Eucalyptus grandis - +5,85±0,68; Eucalyptus citriodora - +6,03±1,54; Euterpe oleraceae - +5,57±0,26;
Eucalyptus grandis -+4,94±0,53; Eucalyptus citriodora - +5,52±1,04; Euterpe oleraceae - +6,70±1,22.
Tabela 10. Biomassa seca, %N e N total das leguminosas e vegetação espontânea.
E
spécie
Biomassa Seca
(Mg.ha
-
1
)
N
(
%
)
N total
(kg.ha
-
1
)
Acacia angustissima
10,8 a
(1)
3,50 a
378,0
Pueraria phaseoloides
9,5 a
2,95 a
280,0
Gliricidia sepium
5,8 b
3,09 a
180,0
Vegetação espontânea
3,8 b
1,05 b
40,0
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem
entre si pelo teste de scott knott ao nível de 5% de probabilidade.
4.4. Determinação da Fauna de Solo
A fauna do solo exerce um papel importante na decomposição da matéria orgânica e
conseqüentemente na disponibilidade de nutrientes para o sistema.
Na avaliação utilizando-se as armadilhas do tipo pitfall, foi coletado o maior número
de indivíduos por armadilha dia
-1
(416 ind/arm/dia
-1
), na área com kudzu tropical, seguido
pela gliricidia, vegetação espontânea e acácia angustíssima, embora não tenha havido
diferença estatística entre os tratamentos (Tabela 11).
O grupo formicidae foi o mais abundante em todos os sistemas, representando 74%
nas parcelas com kudzu tropical, 59 % em acácia angustíssima, 69 % em gliricidia e 58 % em
vegetação espontânea (Figura 24). Outros grupos com grande ocorrência foram: ácaros, cuja
maior atividade foi encontrada na área com kudzu, colêmbolos, com maior atividade na
vegetação espontânea e diplópodes, também com maior atividade no kudzu.
41
As parcelas com kudzu tropical apresentaram o maior valor para o índice de Shannon,
embora não tenha havido diferença estatística em nenhum dos parâmetros estudados, sugere-
se que com este tipo de cobertura há um incremento da fauna epígea do solo (Tabela 11).
As parcelas com acácia angustíssima apresentaram maior riqueza total (19 grupos),
também observado por Leitão-Lima & Teixeira (2002), num estudo da macrofauna do solo
em capoeiras naturais e enriquecidas com leguminosas arbóreas, no município de Igarapé-
Açu, no estado do Pará.
As formigas são um importante componente da biodiversidade tropical e dos sistemas
agrícolas. Elas compreendem uma larga fração de biomassa animal e são os mais importantes
predadores em sistemas agroflorestais (Delabie et al., 2007). Ecologicamente, elas podem
indicar a capacidade de resiliência em ecossistemas alterados.
A aplicação do índice V mostrou que a fauna de solo como um todo foi estimulada
pelo plantio do kudzu tropical, não demonstrando alteração em relação à vegetação
espontânea e nas áreas sob gliricidia e acácia angustíssima (Tabela 11).
Em relação à composição da comunidade da fauna de solo, observou-se que alguns
grupos característicos da fauna residente do solo, ocorreram exclusivamente na área com
leguminosas, tais como: larvas de Coleoptera, Diplopoda e Symphyla.
Quanto à funcionalidade dos grupos de fauna, as coberturas vegetais não se
diferenciaram, apresentando organismos saprófagos, predadores e que exercem
simultaneamente estas duas funções. O único grupo que esteve presente e que tem, também,
como hábito alimentar a fitofagia foi o Collembola, encontrado em todas as coberturas
vegetais (Figura 24).
Tabela 11. Resultados da Atividade (Ind/arm/dia), Índice de Shannon (IS), Índice V (V)
e Riquezas Total (RT) e Média (RM), dos grupos da macrofauna do solo.
Espécies
Ind/Arm./dia
I. S.
V
RT
RM
Acacia angustissima 194 + 10 2,31 -0,082 (SA)
(2)
19 13,5 a
(1)
Gliricidia sepium 251 + 9 2,25 0,045 (SA) 17 14,2 a
Pueraria phaseoloides 416 + 14 1,81 0,290 (EL) 17 13,0 a
Vegetação espontânea 229 + 13 2,10 - 17 12,5 a
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre
si pelo teste de scott knott ao nível de 5% de probabilidade.
(2)
IE- Inibição extrema, IM- Inibição moderada, IL- Inibição leve, SA- Sem alteração, EL- Estimulação leve,
EM- Estimulação moderada, EE- Estimulação extrema.
Na Tabela 12 são apresentados os dados referentes ao número de indivíduos coletados
através da técnica TSBF, nas profundidades de 0-10 cm; 10-20 cm e 20-30 cm. Os maiores
valores de números de indivíduos se concentraram nas camadas de 0-10 cm e 10-20 cm, nos
tratamentos com acácia angustíssima e kudzu tropical.
As espécies de superfície do solo vivem sob resíduos orgânicos, movimentam-se com
agilidade, apresentam acuidade visual, sensores desenvolvidos e corpo pigmentado. Esta
fauna é afetada pela cobertura vegetal e pelas práticas culturais. Podem penetrar no solo
através de rachaduras ou de cavidades naturais. As espécies-praga alimentam-se de sementes,
de plantas na região do colo ou da coroa, e, algumas vezes, da parte aérea. Nesse ambiente,
ocorrem os predadores, os parasitóides, os decompositores de material orgânico e se
estabelecem os mais importantes eventos relacionados ao controle natural das populações de
espécies-praga (Gassen, 1999).
42
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Acari
Formicidae
Collembola
Diplopoda
Grupos da macrofauna
Indivíduos/armadilha/dia
Angustíssima Cudzu Gliricidia Vegetação espontânea
Figura 24. Percentual de indivíduos coletados por armadilha/dia, do tipo Pitfall.
Num estudo sobre a distribuição vertical de grupos de fauna de solo, Leitão-Lima &
Teixeira (2002) verificaram, nas parcelas com Acacia mangium, as maiores porcentagens da
mesofauna na camada de 0 a 5 cm do solo: 72,18%, 67,11%, 78,85% e 72,22%, dos grupos
Acari, Collembola, Protura e Symphyla, respectivamente. Assim como em Inga edulis,
também houve predomínio da fauna na camada 0 a 5cm para Acari, Collembola e,
principalmente, Symphyla.
Quando se aplicou o índice V, o resultado mostrou estimulação extrema (EE) da fauna
edáfica nos tratamentos 0-10 cm e 10 -20 cm, quando comparada com a vegetação espontânea
(Tabela 13). No caso da gliricidia, observou-se que na camada de 0-10 cm houve inibição da
quantidade de indivíduos, o que pode ser explicado por a gliricidia apresentar compostos
tóxicos, suas raízes são utilizadas como veneno para roedores e atividade nematicida (Parrota,
1992; Coimbra et al., 2006).
Por outro lado, dois fatores podem ter interferido na colonização da fauna de solo sob
o porte herbáceo do kudzu, as condições microclimáticas da interface serapilheira-solo,
promovendo um aumento no número de indivíduos e a qualidade da serapilheira depositada
pela acácia angustíssima.
Os grupos de fauna de solo que mais ocorreram na camada de 0-10 cm estão
apresentados na Tabela 15. Na Análise de Componentes Principais (ACP) os três primeiros
componentes principais foram responsáveis por 67,8% da informação contida no conjunto das
oito variáveis originais com respectivas contribuições de 28,4%; 20,9 e 18,6% para Y1, Y2 e
Y3 (Tabela 14).
Houve diferenças entre a composição da macrofauna do solo nas parcelas sob acácia
angustíssima e kudzu tropical, das parcelas com gliricídia e vegetação espontânea (Figura 25).
Os grupos que mais ocorreram na camada de 0 a 10 cm foram diplopoda, isopoda,
isoptera, oligochaeta, formicidae e gastropoda, associando-se a presença desses grupos a
acácia angustíssima e ao kudzu tropical (Figura 25). Nesta mesma camada, a presença de
casulos de minhoca e larvas de coleoptera foi observada mais nas parcelas com gliricídia e
vegetação espontânea (Figura 25). Diplopoda e isopoda foram os que mais ocorreram nas
áreas com acácia angustíssima e kudzu, o que pode ser observado através dos altos valores de
coeficientes de correlação (Tabela 15).
43
Os animais da macrofauna do solo apresentam diâmetro corporal entre 2 e 20 mm e
podem pertencer a quase todas as ordens encontradas na mesofauna, excetuando-se Acari,
Collembola, Protura e Diplura e incluindo Annelida e Coleoptera. São animais de grande
mobilidade que exercem importante papel no transporte de materiais, tanto para confecção de
ninhos e tocas, quanto para construção de galerias que alcançam profundidades variáveis no
solo. Suas principais funções são: a fragmentação do resíduo vegetal e sua redistribuição, a
predação de outros invertebrados e a contribuição direta na estruturação do solo (Swift et al.,
1979).
Além da classificação com base nas dimensões corporais, a fauna do solo pode,
também, ser classificada com base em aspectos funcionais. Os saprófagos (Blattodea,
Dermaptera, Diplopoda, Diplura, Isopoda, Psocoptera e Symphyla) caracterizam-se por se
alimentarem diretamente dos resíduos de plantas, fragmentando-os; os predadores (Araneae,
Chilopoda, Pseudoscorpionida e Hymenoptera) alimentam-se de outros organismos; as larvas
de insetos (larvas de Diptera, Coleoptera, Lepidoptera e Neuroptera), os grupos Coleoptera,
Collembola e Thysanoptera e os insetos sociais (Formicidae e Isoptera) podem ser tanto
saprófagos como predadores. Os grupos Diptera, Homoptera, Heteroptera e Trichoptera são
classificados como não-edáficos e sem funcionalidade conhecida (Correia et al., 1995).
A degradação da serapilheira é um processo contínuo, podendo ter início antes mesmo
do material atingir o solo, podendo abrigar, ainda na própria árvore, microrganismos e insetos
que iniciam o processo de decomposição, as folhas também liberam carboidratos, ácidos
orgânicos, aminoácidos e nutrientes, que podem ser lixiviados, sofrer intemperismo pela
ruptura mecânica dos detritos e a ação biológica, que seria a fragmentação gradual e oxidação
dos detritos pelos organismos vivos (Correia & Andrade, 1999).
Correia & Oliveira (2000) observaram que nos ecossistemas florestais naturais existe
uma abundante comunidade de artrópodes, sendo a macrofauna dominada por insetos sociais
(formigas e cupins) e a mesofauna por ácaros e colêmbolos. Neste tipo de ecossistema 50%
ou mais da fauna está associada à serapilheira, já que o principal aporte é proveniente da parte
aérea. Em ecossistemas tipo savana, como as pastagens, por apresentarem maior aporte de
matéria orgânica pelas raízes, a comunidade é dominada por grupos endógeos, como as
minhocas. Os plantios arbóreos monoespecíficos possuem densidades totais inferiores aos
ecossistemas florestais nativos, que representa uma menor diversidade da fauna de solo.
Os grupos de fauna diplopodas e isopodas vivem na matéria orgânica e na parte
superior do solo e segundo David (1999), o seu papel na reciclagem de nutrientes é
provavelmente o mais importante. Estes grupos são caracterizados pela atividade saprofítica,
Ashwini et al. (2006) afirmam que a decomposição da matéria orgânica e a liberação de
nutrientes ocorrem pela sinergia da microflora saprofítica e os invertebrados, em particular os
diplópodes.
Hashimoto et al. (2004) atribuem aos diplópodes, grande influência sobre a
decomposição da matéria orgânica devido ao seu tamanho corporal e biomassa, embora estes
autores afirmem não existir estudos quantitativos sobre o consumo de serapilheira e o
movimento da matéria orgânica, promovida por estes indivíduos.
A palatabilidade da serapilheira por diplópodes foi correlacionada com conteúdos de
carboidratos e nitrogênio, e níveis de umidade (Sakwa, 1974).
44
Tabela 12. Atividade (Ind/arm/dia) dos grupos da macrofauna do solo, coletados através
do método TSBF, Seropédica, RJ.
Espécies
Ind/Arm./dia
Profundidade (cm)
0
-
10
10
-
20
20
-
30
Acacia angustissima 3584 +53 2480+20 80+ 1,0
Gliricidia sepium 272+ 4 352+ 3 160+ 1,0
Pueraria phaseoloides 2032 +17 2624+40 112+ 0,6
Vegetação espontânea 672+ 8 176+ 2 320+ 3,0
Tabela 13. Índice V (V) dos grupos da macrofauna do solo.
Espécies
I.V.
Profundidade (cm)
0
-
10
10
-
20
20
-
30
Acacia angustissima 0,68 (EE) 0,87 (EE) -0,86 (IE)
Gliricidia sepium -0,42 (IM) 0,33 (EM) -0,86 (IE)
Pueraria phaseoloides 0,50 (EM) 0,87 (EE) -0,90 (IE)
Vegetação espontânea
(2)
IE- Inibição extrema, IM- Inibição moderada, IL- Inibição leve, SA- Sem alteração, EL- Estimulação leve,
EM- Estimulação moderada, EE- Es timulação extrema.
Tabela 14. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 0-10 cm
em estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais (%
variância e % variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem a
ordenação decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
Espécies
Y
1
Ordem
Y
2
Ordem
Acacia angustissima 0,350 2 0,101 2
Gliricidia sepium -0,584 4 -0,210 3
Pueraria phaseoloides 0,352 1 -0,531 4
Vegetação espontânea -0,117 3 0,640 1
Variância (%) 28,4 20,9
Variância acumulada (%)
28,4 49,3
45
Tabela 15. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
), na camada de 0-10 cm.
Grupos de fauna
Y
1
Y
2
Casulos de minhoca
-
0,29
0,81
Diplopod
a
0,86
0,27
Formicidae
0,43
0,44
Gastropoda
0,27
-
0,33
Isopoda
0,68
0,20
Isoptera
0,53
0,32
Larvas de coleóptera
-
0,47
0,68
Oligochaeta
0,48
-
0,18
Figura 25. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: larvas
de coleóptera (LC), casulos de minhoca (CM), Formicidae (Fo), Isoptera (It),
Diplopoda (Di), Isopoda (Ip), Oligochaeta (Ol), Gastropoda (Ga) para gliricidia (GL),
Acácia angustíssima (AC), vegetação espontânea (VE) e kudzu tropical (KD), na
camada de 0-10 cm de solo.
Na Tabela 17, estão apresentados os dados referentes à ACP para a camada de 10-20
cm. Os três primeiros componentes principais foram responsáveis por 68% da informação
com respectivas contribuições de 31,0%; 20,8% e 16,4% para Y
1
,Y
2
e Y
3
. Nesta camada a
acácia angustíssima se destacou dos demais tratamentos, observando-se maiores quantidades
de formicidae, diplopoda, archaeognatha, casulo de minhoca e oligochaeta (Figura 26).
Casulos de minhoca e archaeognatha foram os grupos que mais ocorreram nas parcelas com
acácia angustíssima (Tabela 18).
Y
1
Y
2
46
Analisar a composição e importância de determinados grupos funcionais da
comunidade talvez seja a abordagem que mais contribua para a compreensão da capacidade
reguladora da fauna de solo nos ecossistemas. Essa funcionalidade pode estar relacionada
apenas à atividade alimentar, no caso de grupos tróficos (Linden et al., 1994) ou relacionar o
tipo de alimento com a localização no perfil do solo (Faber, 1991; Lavelle et al., 1992).
A comunidade de invertebrados de solo pode sofrer a influência de uma
heterogeneidade vertical, já que o solo é um ambiente estratificado, com um gama de
diferentes microhabitats no litter e no perfil do solo, e portanto com um grande número de
grupos funcionais associados (Lavelle et al., 1992). A heterogeneidade pode ser também
horizontal, gerada por um mosaico de condições microclimáticas e de qualidade de recursos,
geralmente associadas a uma maior complexidade da vegetação. Um aspecto importante é que
a própria ação da fauna do solo cria uma série de novos recursos tanto tróficos, quanto
espaciais (Swift et al., 1979).
As minhocas podem responder de maneira diferenciada à aplicação de coberturas, de
acordo com os hábitos das diferentes espécies. As que habitam a superfície serão sem dúvida
alguma, positivamente afetadas pelo uso de coberturas, enquanto as que se localizam mais
profundamente no perfil responderão mais favoravelmente à incorporação dos resíduos ao
solo (Fraser, 1994).
Tabela 16. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 10-20
cm em estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais
(% variância e % variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem
a ordenação decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.
Espécies
Y
1
Ordem
Y
2
Ordem
Acacia angustissima 0.631 1 0,696 1
Gliricidia sepium -0.046 2 -0,515 4
Pueraria phaseoloides -0.147 3 0,053 2
Vegetação espontânea -0.438 4 -0,234 3
Variância (%)
31,0
20,8
Variância acumulada (%)
31,0
51,8
Tabela 17. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
) na camada de 10-20 cm.
Grupos de fauna
Y
1
Y
2
Archaeognatha
0,80
0,26
Casulo de minhoca
0,86
-
0,01
Coleóptera
-
0,11
-
0,57
Diplopoda
0,67
0
,27
Formicidae
0,19
0,68
Isoptera
-
0,31
0,64
Larvas de coleóptera
0,21
-
0,19
Oligochaeta
0,66
-
0,51
47
Figura 26. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: casulos
de minhoca (CM), Formicidae (Fo), Isoptera (It), Diplopoda (Di), Oligochaeta (Ol),
Gastropoda (Ga), Archaeognatha (Ar) e Coleóptera (Co), para gliricidia (GL), Acácia
angustíssima (AC), vegetação espontânea (VE) e kudzu tropical (KD), na camada de
10-20 cm de solo.
Na camada de 20 a 30 cm houve um decréscimo do número total de indivíduos
(Tabela 18) quando comparadas com as camadas de 0-10 cm e 10-20 cm. Na Análise dos
Componentes Principais, os três primeiros componentes foram responsáveis por 79,5% da
informação com respectivas contribuições de 35,7%, 22,9% e 20,9% para Y
1
,Y
2
e Y
3
(Tabela
19).
Nesta camada a acácia angustíssima, a gliricidia e o kudzu tropical apresentaram
maiores valores do número de indivíduos da fauna do solo, especialmente larvas de
coleóptera, formicidae e casulos de minhoca (Figura 27), e os grupos que mais ocorreram
foram formicidae e casulos de minhoca (Tabela 19).
48
Tabela 18. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para a camada de 20-30
cm em estudo e a porcentagem da informação retida pelos componentes principais
(% variância e % variância acumulada). Os valores entre parênteses correspondem
a ordenação decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.
Espécies
Y
1
Ordem
Y
2
Ordem
Acacia angustissima -0,3087 3 0,0389 2
Gliricidia sepium 0,3155 2 0,1563 1
Pueraria phaseoloides 0,5304 1 0,0084 3
Vegetação espontânea -0,5372 4 -0,2037 4
Variância (%)
35,7
22,9
Variância acumulada (%)
35,7
58,6
Tabela 19. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
), na camada de 20-30 cm de solo.
Grupos de fauna
Y
1
Y
2
Casulos de minhoca
0,85
0,26
Diplopoda
0,38
-
0,36
Formicidae
0,65
0,63
Larvas de coleóptera
-
0,47
0,50
Oligochaeta
0,49
-
0,53
Figura 27. Análise de componentes principais (ACP) das variáveis da fauna do solo: larvas
de coleóptera (LC), formicidae (Fo), casulos de minhoca (CM), Diplopoda (Di) e
Oligochaeta (Ol) para os tratamentos gliricidia, acácia angustíssima, kudzu tropical e
vegetação espontânea, na camada de 20-30 cm de solo.
49
4.5. Avaliação da Comunidade de Ervas Espontâneas
Na Tabela 20 são apresentadas as espécies de ervas espontâneas que ocorreram na área
experimental. Os valores da Análise dos Componentes Principais são apresentados na tabela
21, os três primeiros componentes foram responsáveis por 48,5% da informação, com
respectivas contribuições de 21,2%; 14,5 e 12,8% para Y
1
,Y
2
e Y
3
.
Na Figura 28 são mostradas a ervas espontâneas que ocorreram nos tratamentos com
kudzu tropical e vegetação espontânea, que foram: Capim colonião (Panicum maximum),
serralha (Emilia sp), guanxuma (Malvastrum coromandelianum), capim pé de galinha
(Chloris sp.), fazendeiro (Galinsoga parviflora) e dormideira (Mimosa pudica L.).
Já nas parcelas com gliricidia e acácia angustíssima observou-se a ocorrência de
coloninho (Echinochloa colonum (L.) Link), quebra pedra (Phyllanthus niruri L.), amendoim
forrageiro (Arachis pintoi), tiririca (Cyperus sp), kudzu tropical (Pueraria phaseoloides),
picão roxo (Ageratum conyzoides), carrapicho (Cyathula prostrata), vassourinha (Sida
carpinifolia), trapoeraba (Commelina benghalensis L.), melão de São Caetano (Momosdica
charantia L.) e indigófera (Indigofera sp.).
Nos tratamentos com kudzu tropical e vegetação espontânea, as ervas espontâneas que
ocorreram em maior quantidade foram capim colonião (Panicum maximum) e serralha (Emilia
sp.) (Tabela 22).
Nas parcelas com gliricidia e acácia angustíssima houve uma maior diversidade de
ervas espontâneas, menor ocorrência e a supressão do capim colonião, causado provavelmente
pelo sombreamento promovido leguminosas arbóreas, assim como nos tratamentos com
kudzu tropical, as ervas foram suprimidas pelo porte herbáceo dessa leguminosa.
A vegetação espontânea era composta basicamente por capim colonião (Panicum
maximum), conhecido como um problema nas áreas de produção agrícola devido a sua
capacidade de rebrote e agressividade, o difícil controle requer maior utilização de mão de
obra e uso de herbicidas.
A total erradicação das ervas espontâneas como forma de manejo nos sistemas
agrícolas tem sido foco de freqüentes discussões relacionadas à sustentabilidade do sistema de
produção. A infestação crescente de ervas espontâneas nos sistemas agrícolas causa prejuízos
às lavouras, com decréscimos acentuados da produtividade, quer pela competição direta por
fatores de produção, quer pelos compostos alelopáticos liberados no meio (Almeida, 1988;
Akobundu, 1989; Martins & Pitelli, 1994).
Nos monocultivos, até o estabelecimento da cultura, sobram espaços que são
facilitados pela ocupação de ervas espontâneas, o que não ocorre nos SAF, onde a área é
intensamente ocupada por arranjos de espécies diferentes que exercem maior pressão de
controle sobre essas plantas (Sousa, 1995).
Os tipos de associações e formas de arranjos de culturas nos sistemas agroflorestais
influenciam a densidade, freqüência e acúmulo de biomassa das ervas espontâneas, podendo
também minimizar a competição e otimizar a produção das áreas cultivadas (Schulz et al.,
1994). De acordo com Jimenez-Ávila (1979), Nestel (1992) e Beer et al. (2003), a
arborização, promovendo restrição à incidência de radiação solar, inibe a infestação e altera a
composição da população das ervas espontâneas.
Nos SAF as ervas espontâneas podem atuar como indicadoras que ajudam a identificar
os locais onde existe entrada de luz em excesso, falta ou excesso de umidade, ou baixa
fertilidade. Desse modo, deve-se, portanto, ajustar um manejo adequado para cada uma dessas
situações identificadas. As gramíneas pioneiras podem estar indicando pontos de entrada de
luz acima do normal no bananal.
Silva et al. (2006), verificaram em cafezais mantidos a pleno sol e à sombra, as
espécies com maiores densidades e freqüências foram Brachiaria brizanta, Panicum
50
maximum, Commelina benghalensis e Sida cordifolia, maiores índices de freqüência e
densidade foram observados para as espécies classificadas como monocotiledôneas
(Brachiaria brizanta e Panicum maximum).
Eiszner et al. (1995) observaram na Nicarágua, uma menor incidência de ervas
espontâneas cafezais arborizados com mamoeiros e pinha. Nesse estudo a sombra promovida
pelas plantas de mamoeiro, além de reduzir a incidência das ervas espontâneas, minimizaram
os efeitos negativos da elevada incidência de radiação solar.
A menor densidade de espécies classificadas como dicotiledôneas pode estar associada
ao efeito competitivo da maior produção de biomassa pelas plantas monocotiledôneas, o que
propiciaria maior cobertura de solo, dificultando assim a emergência de outras ervas
espontâneas (Souza et al., 2003).
Algumas ervas espontâneas são consideradas benéficas, que costumam crescer em
áreas de solos mais equilibrados e com certo nível de sombreamento, Vivan (2000) cita
algumas como a Erechtites valerianaefolia, Comelina spp. e Piper gaudichaudianum.
Tabela 20. Principais espécies de ervas espontâneas ocorrentes e suas respectivas
famílias (Lorenzi, 1982) em um SAF no campo experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2005.
NOME COMUM
NOME CIENTÍFICO
FAMÍLIA
Colonião Panicum maximum GRAMINAEAE
Coloninho Echinochloa colonum (L.) Link GRAMINAEAE
Trapoeraba Commelina benghalensis L. COMMELINACEAE
Tiririca Cyperus sp CYPERACEAE
Amendoim forrageiro
Arachis pintoi
LEGUMINOSAE
Fazendeiro Galinsoga parviflora Cav. COMPOSITAE
Serralha Emilia sp COMPOSITAE
Indigófera Indigofera sp LEGUMINOSAE
Picão roxo
Ageratum conyzoides
COMPOSITAE
Carrapicho Cyathula prostrata
AMARANTHACEAE
Vassourinha Sida carpinifolia MALVACEAE
Cudzu tropical Pueraria phaseoloides LEGUMINOSAE
Quebra pedra Phyllanthus niruri L. EUPHORBIACEAE
Pé de galinha Chloris sp. GRAMINAEAE
Melão de São Caetano
Momosdica charantia
L CUCURBITÁCEA
Dormideira
Mimosa pudica
L LEGUMINOSAE
Guanxuma
Malvastrum coromandelianum
MALVACEAE
51
Tabela 21. Valores dos dois componentes principais (Y
1
e Y
2
) para os as ervas
espontâneas em estudo e, ainda, porcentagem da informação retida pelos
componentes principais (% variância e % variância acumulada). Os valores entre
parênteses correspondem a ordenação decrescente dos tratamentos para Y
1
e Y
2
.
Espécies
Y
1
Ordem
Y
2
Ordem
Acacia angustissima -0,9368 4 -0,1696 3
Gliricidia sepium -0,656 3 -0,8882 4
Pueraria phaseoloides 0,1324 2 1,1976 1
Vegetação espontânea 1,4604 1 -0,1398 2
Variância (%)
21,2
14,5
Variância acumulada (%)
21,2
35,7
Tabela 22. Coeficientes de correlação linear entre as variáveis e os dois primeiros
componentes principais (Y
1
e Y
2
).
Espécies
Nome científico
Y
1
Y
2
Colonião (CL)
Panicum maximum
0,92
0,09
Coloninho (CN)
Echinochloa colonum (L.) Link
-
0,77
-
0,10
Trapoeraba (TR)
Commelina benghalensis L.
-
0,01
-
0,65
Tiririca (TI)
Cyperus sp
-
0,38
-
0,02
Fazendeiro (FA)
Galinsoga parviflora Cav
0,45
-
0,66
Amendoim forrageiro (AM)
Arachis pintoi
-
0,41
-
0,50
Botãozinho (BO)
NI
(1)
0,48
-
0,25
Serralha (SE)
Emilia sp.
0,68
-
0,11
Indigófera
(IN)
Indigofera sp
-
0,03
0,64
Picão Roxo (BR)
Ageratum conyzoides
-
0,48
0,16
Carrapicho (CA)
Cyathula prostrata
-
0,32
0,34
Vassourinha (VA)
Sida carpinifolia
-
0,16
-
0,43
Kudzu tropical (KD)
Pueraria phaseoloides
-
0,44
0,01
Quebra pedra (QP)
Phyllanthus niruri L.
-
0,56
-
0,48
Capim pé de galinha (PG)
Chloris sp.
0,31
0,03
Melão de São Caetano (MC)
Momosdica charantia L
-
0,14
0,57
Dormideira (DO)
Mimosa pudica L
0,10
0,24
Guanxuma (GU)
Malvastrum coromandelianum
0,33
0,10
NI
(1)
Espécie não identificada
52
Figura 28. Análise de componentes principais (ACP) da vegetação espontânea: Panicum
maximum (CL); Echinochloa colonum (L.) Link (CN); Commelina benghalensis L.
(TR); Cyperus sp. (TI); Galinsoga parviflora Cav (FA); Arachis pintoi (AM);
Botãozinho (BO); Emilia sp. (SE); Indigofera sp. (IN); Ageratum conyzoides (BO);
Cyathula prostrata (CA); Sida carpinifolia (VA); Pueraria phaseoloides (KD);
Phyllanthus niruri L. (QP); Chloris sp. (PG); Momosdica charantia L (MC); Mimosa
pudica L (DO); Malvastrum coromandelianum (GU) para os tratamentos Gliricidia
sepium (GL); Acacia angustíssima (AC), vegetação espontânea (VE) e Pueraria
phaseoloides (KD).
4.6. Componentes da Produção da Bananeira
O desenvolvimento vegetativo da bananeira medido aos 5 e 11 meses após o
transplantio foi negativamente influenciado pela presença das leguminosas arbóreas, na altura
média do pseudo caule, no tratamento sob acácia angustíssima e o diâmetro médio do
pseudocaule, nos tratamentos sob acácia angustíssima e gliricidia, foram menores do que os
demais tratamentos aos 5 meses e tendência semelhante foi detectada aos 11 meses, porém,
com menor intensidade pela gliricídia (Tabela 23). Esse desenvolvimento pode ter sido
afetado por fatores como competição por nutrientes e água e, possivelmente um
sombreamento dessas leguminosas arbóreas sobre a cultura da banana.
Ao longo do experimento foi observado que a alta densidade de plantio das
leguminosas arbóreas, no inicio da implantação do SAF, pode ter sido determinante em um
efeito competitivo que teve impacto direto no desenvolvimento inicial das bananeiras.
Outro aspecto relevante que determinou o menor desenvolvimento inicial das
bananeiras pode ter sido o teor de umidade do solo. Notou-se que a distribuição de umidade
na área experimental variou nos diferentes tratamentos, mostrando-se mais elevado nas áreas
com cobertura viva formada pela vegetação (Figura 11). Notou-se também expressivo
53
declínio da taxa de precipitação pluviométrica, nos anos de 2005 e 2006 em relação ao de
2004 (Figuras 4 e 6) o que pode também ter contribuído para os resultados observados.
A pluviosidade é de importância primordial para o desenvolvimento da bananeira, que
é exigente em relação ao consumo de água, devido a necessidade de alto índice de hidratação
dos tecidos das plantas. As taxas de precipitação em torno de 1900 mm, com boa distribuição
das chuvas no decorrer do ano, propiciam condições de alta produtividade e qualidade dos
frutos (Nascente, 2003).
O início da colheita dos frutos não foi influenciado pela espécie de cobertura vegetal
(Tabela 24), todavia, aos 20 meses após o transplantio, a proporção de cachos colhidos na
presença de gliricídia foi menor do que nos demais tratamentos.
Em relação ao comprimento e diâmetro médios dos frutos de bananeiras, não foram
detectadas diferenças em decorrência dos tratamentos (Tabela 25). De forma semelhante a
produtividade e o peso médio dos cachos, peso das pencas, número de frutos por cacho e
número de pencas por cacho (Tabela 26) também não foram influenciados pelos tratamentos,
indicando que a presença das leguminosas arbóreas não acarretou prejuízo aos atributos da
produção no início do 1
0
ciclo produtivo das bananeiras.
Segundo Gasparotto et al. (2001) as principais características fitotécnicas da cultivar
Prata Ken incluem o tempo por ocasião do 1
0
ciclo, o número de dias do plantio ao
florescimento (26 meses), peso médio dos cachos (20 kg), número médio de pencas por cacho
(7,3) e peso médio de pencas (18,5).
Embora os parâmetros fitotécnicos encontrados no presente estudo, tenham se
configurado aquém do que foi preconizado para a cultivar Prata Ken (Gasparotto et al., 2001),
a produtividade das bananeiras foi, em média de 13,0 Mg. ha
-1
, equivalente à produtividade
média brasileira de 12,5 Mg. ha
-1
(FAO, 2002). Também foi semelhante aos resultados
encontrados por Espíndola (2006), com a cultivar nanicão, ao avaliar o estudo de leguminosas
herbáceas como coberturas vivas de solo.
A bananeira é uma planta bastante exigente em nutrientes, principalmente potássio, e
em ordem de importância o nitrogênio, cálcio, magnésio, enxofre e o fósforo (Nascente,
2003).
A decomposição e liberação de nutrientes por parte das leguminosas testadas
demonstraram maior liberação de K seguida de N e P, o que pode vir a ser benéfico para as
bananeiras a médio e longo prazos.
Tabela 23. Altura e diâmetro do pseudocaule de bananeiras consorciadas com três
diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica, 2007.
Espécie
Altura
(m)
Diâmetro do
pseudocaule
(cm)
Altura (m)
Diâmetro
do
pseudocaule (cm)
5 meses após o plantio
11 meses após o plantio
Acacia angustissima 1,15 b
(1)
7,50 c 1,80 b 15,90 c
Gliricidia sepium 2,40 a 14,31 b 2,85 ab 27,70 b
Pueraria phaseoloides 2,60 a 24,50 a 3,85 a 38,05 a
Vegetação espontâne
a
2,35 a
23,30 a
3,40 a
33,80 ab
Adubação nitrogenada
2,40 a
24,34 a
3,25 ab
30,35 b
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre
si pelo teste de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
54
Tabela 24. Proporção de cachos colhidos e época de colheita observados em bananeiras
consorciadas com três diferentes leguminosas e vegetação espontânea, Seropédica,
2007.
Espécie
Época de colheita
(meses após transplantio)
Proporção de c
achos
colhidos
(%)
Acacia angustissima
18 a
(1)
56 a
Gliricidia sepium
20 a
37 b
Pueraria phaseoloides
18 a
56 a
Vegetação espontânea
19 a
62 a
Adubação nitrogenada
19 a
50 a
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre
si pelo teste de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 25. Comprimento e diâmetro médio dos frutos observados em bananeiras
consorciadas com três diferentes leguminosas, vegetação espontânea Seropédica,
2007.
Es
pécie
Comprimento da banana
(cm)
Diâmetro da banana
(cm)
Acacia angusti
ssima
18,17 a
(1)
14,47 a
Gliricidia sepium
16,35 a
14,23 a
Pueraria phaseoloides
16,98
a
14,02 a
Vegetação espontânea
17,25 a
14,00 a
Adubação nitrogenada
17,17 a
14,24 a
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre
si pelo teste de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 26. Produtividade do cacho, peso do cacho, peso das pencas, número de frutos
por cacho e número de pencas por cacho observados em bananeiras consorciadas
com três diferentes leguminosas, vegetação espontânea Seropédica, 2007.
Espécie
Produtividade
Peso do
cacho
Peso das
pencas
Frutos
por cacho
Pencas por
cacho
Mg.
-
1
(kg)
Acacia angustissima 14 a
(1)
13 a 2 a 70 a 5 a
Gliricidia sepium 13,5 a 12 a 2 a 78 a 5 a
Pueraria phaseoloides 12 a 10 a 2 a 70 a 5 a
Vegetação espontânea 12 a 11 a 2 a 60 a 5 a
Adubação nitrogenada 13 a 12 a 2 a 70 a 5 a
(1)
Os valores representam médias de 4 repetições; médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem entre
si pelo teste de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
55
5. CONCLUSÕES
As leguminosas e a vegetação espontânea possuem diferentes padrões de
decomposição dos resíduos;
Todas as espécies avaliadas apresentam rápida liberação de K e lenta liberação de Ca;
As altas taxas de produção de biomassa da Gliricidia sepium e da A. angustissima
podem favorecer em longo prazo o aumento da fertilidade do solo e a disponibilidade de
nutrientes para as culturas intercalares;
O tempo de meia vida curto para Gliricidia sepium pode favorecer as culturas
intercalares;
Ajustes no manejo de podas e nas densidades de consórcios com leguminosas arbóreas
devem ser realizados para evitar possíveis competições com a cultura de interesse
agronômico;
A Gliricidia sepium inibiu a atividade da macrofauna do solo na camada de 0-10 cm;
Os maiores valores de números de indivíduos da macrofauna do solo se concentraram
nas camadas de 0-10 cm e 10-20 cm, nos tratamentos com A. angustissima e Pueraria
phaseoloides;
As leguminosas arbóreas Gliricidia sepium e A. angustissima e a herbácea Pueraria
phaseoloides favoreceram a supressão de ervas espontâneas;
O desenvolvimento vegetativo da bananeira foi inibido nas áreas cultivadas sob aléias
de Gliricidia sepium e A. angustissima ;
Não houve diferenças entre os tratamentos testados sobre a produção da bananeira.
56
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo prévio da área a ser manejada e um critério minucioso na elaboração do
arranjo agroflorestal são imprescindíveis para minimizar as adversidades que podem ocorrer
ao longo da linha de pesquisa com SAF. A gama de informações que se pretende coletar, sem
excluir as informações que vão surgindo ao longo do tempo, também devem ser bem
definidas, pois o volume de informações a que se pode chegar é grande, e assim, corre-se o
risco de subestimar um ou outro aspecto. Por ser um sistema dinâmico envolvendo múltiplas
variáveis, o tempo também é um fator extremamente importante, principalmente quando se
tratar de culturas perenes. Ou a interação entre estas e culturas anuais, pois isto pode acarretar
subestimativa das respostas que poderiam advir com o tempo.
A lógica do SAF é certamente viável na dimensão ambiental, todavia, tornam-se
necessários trabalhos envolvendo desenhos de forma a se detectar benefícios nas dimensões
social e econômica.
Em unidades de produção de base familiar os SAF podem ser geradores de segurança,
pela em face de possibilidade de gerar produtos diversificados, em decorrência da
multiplicidade possível de culturas.
Destaca-se, também, que no trabalho de pesquisa com SAF é desejável que, cada vez
mais, seja realizado de forma participativa, pois a soma e a troca dos saberes é, sem dúvida, o
maior ganho que se pode adquirir.
57
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AKOBUNDU, I. O. Weed science in integrated pest management. In: LINGMAN, G. C.;
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Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2006. v. 1. p. 1-4.
74
8. ANEXOS
Figura 29. Parcelas de Acacia angustissima, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005.
Figura 30. Parcelas de Pueraria phaseoloides, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
75
Figura 31. Parcelas com vegetação espontânea, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
Figura 32. Parcelas com Gliricidia sepium, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005.
76
Figura 33. Poda da Acacia angustissima e confecção de “litter bags”, Campo Experimental
da Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
Figura 34. Poda da Gliricidia sepium e confecção de “litter bags”, Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
77
Figura 35. Roçada do Pueraria phaseoloides e confecção de “litter bags”, Campo
Experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
Figura 36. Armadilhas do Tipo Pitfall, Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia,
Seropédica/RJ, 2005.
78
Figura 37. Blocos “TSBF” para coleta de fauna de solo, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica/RJ, 2005.
Figura 38. Bananeiras sob as aléias de Gliricidia sepium, Campo Experimental da Embrapa
Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2006.
79
Figura 39. Bananeira consorciadas com Pueraria phaseoloides, Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2006.
Figura 40. Bananeiras sob as aléias de Acacia angustissima, Campo Experimental da
Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2006.
80
Figura 41. Bananeira em produção nas parcelas com Pueraria phaseoloides, Campo
Experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, 2007.
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