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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
ERIK ACEIRO ANTONIO
DESENVOLVIMENTO DE UM WEBLAB PARA ESTUDO E
CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS WDM
São Paulo
2008
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ERIK ACEIRO ANTONIO
DESENVOLVIMENTO DE UM WEBLAB PARA ESTUDO E
CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS WDM
Dissertação apresentada à Universidade Presbiteriana
Mackenzie, como requisito parcial para a obtenção do
título de Mestre em Engenharia Elétrica.
Orientador: Dr. Sérgio Szpigel
Co-Orientador: Dr. Eunézio Antonio de Souza
São Paulo
2008
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"Não conhecemos a regra do jogo; tudo que podemos
fazer é observar o jogo. É claro que, se o observarmos
por um bom tempo, acabaremos captando algumas das
regras. As regras do jogo são o que queremos dizer
por física fundamental."
Richard P. Feynman.
"Dedico este trabalho à minha querida esposa."
AGRADECIMENTOS
À minha esposa e eterna amiga, que com toda sua magnitude de carinho,
sustentou minhas dificuldades e me amparou em momentos difíceis.
Aos meus queridos pais.
Ao meu irmão Douglas, que com seu companherismo e conselhos de Físico
trouxeram preciosas contribuições para este trabalho.
Ao meu orientador e grande amigo Dr. Sérgio Szpigel, minha eterna
gratidão, por ter contribuído com seus ensinamentos, valiosa paciência,
acompanhamento constante e incentivo (quatro anos) que me levaram a
concluir essa empreitada.
Ao Dr. Eunézio Antonio de Souza (Thoróh) pelos comentários e sugestões
no decorrer do exame de qualificação e término do trabalho.
Ao Prof. Dr. Eduardo Landulfo (IPEN) que sempre foi prestativo para este
projeto e forneceu sugestões preciosas no exame de qualificação.
Ao Vagner e ao Prof. Dr. Hugo do Laboratório de Comunicações Ópticas
(Unicamp) que sempre foram prestativos para este projeto.
Ao meu amigo Corrales e sua família que sempre me motivaram e contri-
buiram para as descontrações (pizza) de final de semana :).
Um agradecimento especial aos meus amigos Alexandre, Lúcia e Jackson,
pela paciência e companherismo.
A todos os meus amigos do Laboratório de Fotônica do Mackenzie.
RESUMO
O advento da Internet e o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC’s) geraram novos espaços para a comunicação e colaboração entre grupos de pessoas loca-
lizadas emregiõesgeograficamente distintas. A associação da tecnologia Web com a automação
e controle de instrumentos por computador tornou possível o desenvolvimento dos chamados
Laboratórios Remotos ou WebLabs - ambientes distribuídos que permitem o acesso e controle
remoto de experimentos através de uma rede de comunicação ou da Internet em tempo real e
com sensação de presença. Neste trabalho, foi desenvolvido um WebLab para estudo e caracte-
rização de um sistema WDM (Wave Division Multiplexing), destinado a apoiar e complementar
atividades em cursos de Comunicações Ópticas presenciais e a distância. Foram desenvolvi-
dos drivers e interfaces gráficas de usuário (GUI’s) com o software LabVIEW para o controle
e aquisição de dados dos instrumentos utilizados em um experimento remoto de medida das
características básicas de um sistema WDM. Também foi desenvolvido um aplicativo com o
software VPI que permite simular a medida da Taxa de Erro de Bit (BER) do sistema. Este tra-
balho é parte das atividades relacionadas à participação do Laboratório de Fotônica Mackenzie
no Projeto KyaTera do Programa TIDIA da FAPESP.
Palavras-chave: Automação. WebLabs. WDM. BER. Simulação. VPI.
ABSTRACT
The advent of the Internet and the development of Information and Communication Techno-
logies (ICT’s) generated new spaces for communication and collaboration between groups of
people in geographically distinct regions. The association of Web technology with instrument
automation and control by computer has made possible the development of the so called Re-
mote Laboratories or WebLabs - distributed environments that allow to access and control ex-
periments remotely through a network or the Internet in real time and with the sensation of
presence. In this work, a WebLab was developed for the study and caracterization of a WDM
(Wave Division Multiplexing) system, aiming to support and complement activities in face-
to-face and distance courses on Optical Communications. Drivers and graphic user interfaces
(GUI’s) were developed with the software LabVIEW for control and data acquisition of ins-
truments used in a remote experiment to measure the basic features of a WDM system. An
application was also developed with the software VPI for the numerical simulation of Bit Error
Rate (BER) measurements. This work is part of the activities related to the participation of the
Mackenzie Photonics Laboratory in the KyaTera Project of FAPESP’s TIDIA Program.
Keywords: Automation. WebLabs. WDM. BER. Simulation. VPI.
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Exemplo de Fluxograma. . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 6
Figura 2.2 Exemplo de Front Panel do LabVIEW. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . 7
Figura 2.3 Exemplo de Block Diagram do LabVIEW. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 8
Figura 2.4 Outro exemplo de Block Diagram do LabVIEW. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . 8
Figura 3.1 Estrutura do WebLab. . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . 12
Figura 3.2 Arquitetura Cliente/Servidor Dupla. . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 13
Figura 3.3 Diagrama OOHDM do WebLab. . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 16
Figura 3.4 Diagrama de Pacotes do WebLab. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 17
Figura 3.5 Diagrama de Classes do WebLab. . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . 18
Figura 3.6 Diagrama de Colaboração do Módulo WebLab. . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . 19
Figura 3.7 Diagrama de Atividades do Módulo WebLab. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . 20
Figura 3.8 Diagrama de Casos de Uso - Geral. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . 20
Figura 3.9 Diagrama de Casos de Uso do Módulo WebLab - Administrador. . . .. . 21
Figura 3.10 Tela utilizada pelo Administrador para incluir a URL dos recursos . . . . 21
Figura 3.11 Diagrama de Casos de Uso do Módulo WebLab - Professor. .. . . . . . .. 22
Figura 3.12 Tela Descrição do usuário Professor. .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . 23
Figura 3.13 Tela Agendamento do usuário Professor. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 23
Figura 3.14 Tela Experimento do usuário Professor. . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 3.15 Tela Relatório do usuário Professor. . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 24
Figura 3.16 Diagrama de Casos de uso do Módulo WebLab - Aluno .. . . . . . . . . . .. . 25
Figura 3.17 Tela Descrição do usuário Aluno. . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . 25
Figura 3.18 Tela Experimento do usuário Aluno. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . 26
Figura 3.19 Tela Relatório do usuário Aluno. . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 26
Figura 3.20 SubVI para a WebCam. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . 27
Figura 3.21 VI independente para a WebCam. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. 28
Figura 3.22 Aplicação JMF para transmissão de vídeo. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 29
Figura 4.1 Sistema WDM de n-canais. .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . 31
Figura 4.2 Laser DFB . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . 34
Figura 4.3 Modulação Direta . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . 35
Figura 4.4 Modulação Externa . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . 36
Figura 4.5 Formatos de modulação típicas: RZ e NRZ ... . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 36
Figura 4.6 Propagação da luz na fibra óptica . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 37
Figura 4.7 Cortes longitudinais de fibras ópticas .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . 38
Figura 4.8 Modos de propagação em uma fibra óptica . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 39
Figura 4.9 Curva de atenuação em uma fibra óptica . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 41
Figura 4.10 Dispersão Cromática em uma fibra óptica . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . 43
Figura 4.11 EDFA . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 4.12 Níveis de energia no EDFA . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . 46
Figura 4.13 Fotodiodo PIN . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 48
Figura 4.14 Fotodiodo Avalanche. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 49
Figura 4.15 Cavidade Fabry-Perot . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . 50
Figura 4.16 Grade de Bragg (FBG) . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 51
Figura 4.17 Filtro Sintonizável Acusto-Óptico (AOTF) . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 52
Figura 4.18 Grade de Guias de Onda Ordenados (AWG) .. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. 52
Figura 4.19 Interferômetro de Mach-Zehnder (MZI) . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 53
Figura 4.20 Filtros de Filme Fino (TFF) . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. 54
Figura 4.21 Filtros de Filme Fino integrados para demultiplexar um sinal .. . . . . . . . 54
Figura 4.22 Optical Add/Drop MUX (OADM) . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 55
Figura 4.23 Acoplador 2X2 . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . 56
Figura 4.24 Circulador .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . 56
Figura 4.25 Isolador . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 57
Figura 4.26 Sistema WDM e seu parâmetros .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. 58
Figura 4.27 Comprimento de onda de pico . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . 59
Figura 4.28 Banda Passante . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . 60
Figura 4.29 Modelo Gaussiano para o ruído . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 63
Figura 4.30 Relação entre Q-factor e BER . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. 65
Figura 4.31 Formação do Diagrama de Olho . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 66
Figura 4.32 Diagrama de Olho obtido com um Osciloscópio . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . 66
Figura 4.33 Geração de um Diagrama de Olho . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 67
Figura 5.1 Estrutura do VPI . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 68
Figura 5.2 Parâmetro global - TimeWindow. . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 70
Figura 5.3 Estrutura do aplicativo em VPI para simulação da Taxa BER. . . . . .. . . 71
Figura 5.4 BER x Potência do Laser (Largura dos lasers de 50 MHz): (a) Taxa de
Bits 1 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Taxa de Bits 1 Gbps / Canal de 1550 nm; (c)
Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1550
nm. .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 74
Figura 5.5 BER x Potência do Laser (Largura dos lasers de 1 GHz): (a) Taxa de
Bits 1 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Taxa de Bits 1 Gbps / Canal de 1550 nm; (c)
Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1550
nm. .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 75
Figura 5.6 BER x Largura do Laser (Taxa de Bits 1 Gbps): (a) Potência de 0,1 mW
/ Canal de 1310 nm ; (b) Potência de 0,1 mW / Canal de 1550 nm; (c) Potência de
0,065 mW / Canal de 1310 nm; (d) Potência de 0,065 mW / Canal de 1550 nm. . . . 78
Figura 5.7 BER x Largura do Laser (Taxa de Bits 10 Gbps): (a) Potência de 0,1
mW / Canal de 1310 nm ; (b) Potência de 0,1 mW / Canal de 1550 nm; (c) Potência
de 0,065 mW / Canal de 1310 nm; (d) Potência de 0,065 mW / Canal de 1550 nm. 79
Figura 5.8 BER x Potência Recebida (Enlace de 50 km, Largura dos lasers de 50
MHz e Potência dos lasers de 1,2 mW): (a) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal
de 1310 nm ; (b) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de
bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal
de 1550 nm. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 82
Figura 5.9 BER x Potência Recebida (Enlace de 50 km, Largura dos lasers de 1
GHz e Potência dos lasers de 1,2 mW): (a) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal
de 1310 nm ; (b) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de
bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal
de 1550 nm. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 83
Figura 5.10 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz
com atenuações de 0, 3 e 6 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 0,5
e 1 Gbps. . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . 85
Figura 5.11 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz
com atenuações de 0, 3 e 6 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 2,5, 5 e
10 Gbps. . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 86
Figura 5.12 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz
com atenuações de 6,5, 9,5 e 12,5 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de
0,25, 0,5 e 1 Gbps. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . 87
Figura 5.13 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1GHz
com atenuações de 6,5, 9,5 e 12,5 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de
2,5, 5 e 10 Gbps. .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 88
Figura 5.14 BER x Comprimento (Largura dos lasers de 50 MHz): (a) Potência 0,05
mW/Taxa de Bits de 0,25 a 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Potência 0,05 mW/-
Taxa de Bits de 0,25 a 1,25Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Potência 0,035 mW/Taxa
de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Potência 0,035 mW/Taxa de Bits
de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . 91
Figura 5.15 BER x Comprimento (Largura dos Lasers de 1 GHz): (a) Potência 0,05
mW/Taxa de Bits de 0,25 a 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Potência 0,05 mW/-
Taxa de Bits de 0,25 a 1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Potência 0,05 mW/Taxa
de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1310 nm; (d) Potência 0,05 mW/Taxa de Bits
de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . 92
Figura 5.16 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz
com comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 0,5 e 1 Gbps. . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 94
Figura 5.17 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz
com comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 2,5, 5 e 10 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 95
Figura 5.18 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz
com comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 0,5 e 1 Gbps. . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 96
Figura 5.19 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz
com comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 2,5, 5 e 10 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 97
Figura 5.20 BER x Taxa de Bits (Largura dos lasers de 50 MHz até 1,05 GHz): (a)
Enlace de 50 km / 0,25 mW de Potência / Canal de 1310 nm ; (b) Enlace de 50 km
/ 0,25 mW de Potência / Canal de 1550 nm; (c) Enlace de 10 km / 0,035 mW de
Potência / Canal de 1310 nm; (d) Enlace de 10 km / 0,035 mW de Potência / Canal
de 1550 nm. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 99
Figura 5.21 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm para enlace de 10 km com
larguras do laser de 50 MHz, 0.55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 5,0 e 12,5 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 101
Figura 5.22 Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm para enlace de 50 km com
larguras do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 5,0 e 12,5 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 102
Figura 5.23 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm para enlace de 10 km com
larguras do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 5,0 e 12,5 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 103
Figura 5.24 Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm para enlace de 50 km com
larguras do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits
(vertical) de 0,25, 5,0 e 12,5 Gbps. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 104
Figura 5.25 DDS para simulação do sistema WDM de dois canais. . . . . . . .. . . . . . . 105
Figura 6.1 Diagrama da Montagem Experimental utilizada para a Caracterização
de um Sistema WDM de Dois Canais. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 106
Figura 6.2 Foto da Montagem Experimental utilizada para a Caracterização de um
Sistema WDM de Dois Canais. .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 106
Figura 6.3 Modulação analógica direta da corrente dos lasers com sinais senoidais
LF. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 108
Figura 6.4 Características dos Lasers (Curva L-I). . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .110
Figura 6.5 Espectro do Laser 1310 nm. .. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . ..112
Figura 6.6 Espectro do Laser 1550 nm. .. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . ..112
Figura 6.7 Curva de Ganho e Modos (1310 nm). . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 113
Figura 6.8 Curva de Ganho e Modos (1550 nm). . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 113
Figura 6.9 Modulação Direta do Laser de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com
V = 375 mV (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . . . . .. . . . . . .. . . 115
Figura 6.10 Modulação Direta do Laser de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com
V = 375 mV (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . . . . .. . . . . . .. . . 116
Figura 6.11 Modulação Direta do Laser de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com
f = 150 kHz (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . .. . . . . . . . . . . . . . 117
Figura 6.12 Modulação Direta do Laser de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com
f = 150 kHz (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . .. . . . . . . . . . . . . . 118
Figura 6.13 Curvas de Resposta em Freqüência: (a) Laser de 1310 nm (b) Laser de
1550 nm. . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . .119
Figura 6.14 Espectro do sinal óptico transmitido: canal de 1310 nm . . . . . . . . . .. . . .121
Figura 6.15 Espectro do sinal óptico transmitido: canal de 1550 nm . . . . . . . . . .. . . .121
Figura 6.16 Canal de Transmissão de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com V =
375 mV (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . 123
Figura 6.17 Canal de Transmissão de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com V =
375 mV (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . 124
Figura 6.18 Canal de Transmissão de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com f =
150 kHz (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 125
Figura 6.19 Canal de Transmissão de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com f =
150 kHz (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros. . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 126
Figura 6.20 Curvas de Resposta em Freqüência: (a) Canal de 1310 nm (b) Canal de
1550 nm. . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 127
Figura 7.1 Interface para o controle e aquisição de dados do Gerador de Sinais. . 129
Figura 7.2 Sub-VI do Gerador de Sinais. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . 130
Figura 7.3 Interface para o controle da Chave Óptica. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. 131
Figura 7.4 Sub-VI da Chave Óptica. .. . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . 131
Figura 7.5 Interface para o controle e aquisição de dados do Osciloscópio. . .. . . . 132
Figura 7.6 Sub-VI do Osciloscópio. . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . .133
Figura 7.7 Interface para o controle e aquisição de dados do OSA. . . .. . . . . . .. . . 134
Figura 7.8 Sub-VI do OSA. .. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . 134
Figura 7.9 Guia Análise dos Canais. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 136
Figura 7.10 Guia Curva de Resposta em Freqüência - Modo Manual. . . . . . . .. . . . . 137
Figura 7.11 Guia Curva de Resposta em Freqüência - Modo Automático. . .. . . . . . 138
Figura 7.12 Arquitetura do Sistema desenvolvido para o WebLab com o software
LabVIEW . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . 139
Figura 7.13 Transições da Estrutura Máquina de Estados implementada para o We-
bLab. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 140
Figura 7.14 Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Pro-
dutor para Consumidor. .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 141
Figura 7.15 Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Con-
sumidor para Produtor. . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 142
Figura 7.16 Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Pro-
dutor para Consumidor (Auto Scale do Osciloscópio). . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 143
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Tipos de variáveis internas do LabVIEW. .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 10
Tabela 2.2 Tipos de interfaces eletrônicas disponíveis para controle de instrumen-
tos. . . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . 10
Tabela 4.1 Comparativo entre amplificadores ópticos. ... . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . 47
Tabela 5.1 Parâmetros globais típicos de uma simulação com o VPI. . . . . . . .. . . . 70
Tabela 5.2 Parâmetros da fibra óptica utilizados na simulação. . . . .. . . . . . .. . . . . . 71
Tabela 5.3 Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Potência do
Laser para vários Comprimentos. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 73
Tabela 5.4 Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Largura do
Laser para vários Comprimentos. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . 77
Tabela 5.5 Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Potência Re-
cebida (ROP) para várias Taxas de Bits. . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . 81
Tabela 5.6 Parâmetros utilizados na simulação: BER em função do Comprimento
da Fibra para várias Taxas de Bits. . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . 90
Tabela 5.7 Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Taxa de Bits
para várias Larguras. . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . 98
Tabela 6.1 Parâmetros dos Lasers. .. . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. . . . . 111
Tabela 6.2 Larguras de Banda para os lasers de 1310 nm e 1550 nm. .. . . .. . . . . . 120
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DAQ Data AcQuisition board.
EAD Educação à Distância.
EDFA Erbium Doped Fiber Amplifier.
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
GPIB General Purpose Interface Bus.
GUI Graphic User Interface.
HTTP HyperText Transfer Protocol.
IV-LAB InteractiveVirtual-LAB.
LMS Learning Management System.
MIT Massachussets Institute of Technology.
MOODLE Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment.
NI National Instruments.
ODBC Open DataBase Connectivity.
OSA Optical Spectrum Analyser.
PHP um acrônimo recursivo para "PHP: Hypertext Preprocessor".
RN Resource Name.
RS-232C Recommended Standard 232C.
SNR Signal-to-Noise Ratio.
SOAP Simple Object Access Protocol.
XML Extensible Markup Language.
TIC’s Tecnologias da Informação e Comunicação.
TIDIA Tecnologia da Informação para o Desenvolvimento da Internet Avançda.
USB Universal Serial Bus.
VI Virtual Instruments.
VISA Virtual Instrument Software Architeture.
VMEbus eXtensions for Instrumentation.
VPI Virtual Photonics Instruments.
WDM Wavelength Division Multiplexing.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ... . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . .. 1
2 AUTOMAÇÃO DE EXPERIMENTOS COM O PROGRAMA LABVIEW . ... . .. 5
2.1 LabVIEW: Programa de Instrumentação e Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Controle e Aquisição de Dados de Instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 ESTRUTURA GERAL DO WEBLAB.. . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . 12
3.1 Arquitetura Cliente / Servidor Dupla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Integração do WebLab a um Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem . . . . . . . . 14
3.2.1 Atividades e Ações do Módulo WebLab. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2.2 Usuário Administrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.3 Usuário Professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.2.4 Usuário Aluno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.2.5 Transmissão de Áudio e Vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4 SISTEMAS WDM PARA COMUNICAÇÕES ÓPTICAS.. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... 30
4.1 Componentes para Sistemas WDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.1.1 Transmissores Ópticos: LED’s e Lasers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.1.2 Moduladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1.3 Fibras Ópticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.1.4 Amplificadores Ópticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.1.5 Receptores Ópticos: Fotodetetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
4.1.6 Multiplexadores e Demultiplexadores Ópticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.1.7 Acopladores, Circuladores e Isoladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.2 Caracterização de Sistemas WDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.2.1 Parâmetros Básicos e Especificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.2.2 Taxa de Erro de Bit (Bit Error Rate - BER) e Fator de Qualidade (Q-factor) . . . 62
4.2.3 Diagrama de Olho e Análise das Formas de Onda dos Sinais Ópticos . . . . . . . . 65
5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAISCOM O SOFTWARE
VPI.. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . . 68
5.1 Taxa de Erro de Bit (BER) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
5.1.1 BER em função da Potência do Laser para vários Comprimentos . . . . . . . . . . . . 72
5.1.2 BER em função da Largura do Laser para vários Comprimentos . . . . . . . . . . . . 76
5.1.3 BER em função da Potência Recebida para várias Taxas de Bits. . . . . . . . . . . . . 80
5.1.4 BER em função do Comprimento da Fibra para várias Taxas De Bits . . . . . . . . 89
5.1.5 BER em função da Taxa de Bits para várias Larguras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
5.2 Dynamic Data Sheet (DDS) e VPIplayer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105
6 EXPERIMENTOPARA CARACTERIZAÇÃO DEUMSISTEMA WDM DEDOIS
CANAIS .. . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . 106
6.1 Descrição da Montagem Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106
6.2 Caracterização do Lasers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
6.2.1 Curvas L-I e Espectros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .110
6.2.2 Modulação Direta de Corrente com Sinais Senoidais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
6.2.3 Curva de Resposta em Freqüência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
6.3 Caracterização dos Canais de Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
6.3.1 Espectros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
6.3.2 Modulação Direta de Corrente com Sinais Senoidais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
6.3.3 Curva de Resposta em Freqüência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
7 INSTRUMENTOS VIRTUAIS .. . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . 128
7.1 Drivers e GUI’s para Controle e Aquisição de Dados dos Instrumentos . . . . . . . . . .128
7.1.1 Gerador de Sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
7.1.2 Chave Óptica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
7.1.3 Osciloscópio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132
7.1.4 Analisador de Espectro Óptico (OSA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
7.2 Interface Gráfica de Usuário para Realização do Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
7.3 Arquitetura do Sistema Desenvolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139
8 CONCLUSÃO .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . 145
Referências Bibliográficas.. . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . ... . .. . . .. . ... . .. . . 147
1
1 INTRODUÇÃO
O advento da Internet e o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comuni-
cação (TIC’s) geraram novos espaços para a comunicação e colaboração entre grupos de pes-
soas localizadas em regiões geograficamente distintas MOECKEL (2000). Nesse cenário, tem
sido desenvolvida uma grande variedade de sistemas baseados na tecnologia Web que integram
ferramentas de groupware e recursos de comunicação síncrona e assíncrona.
No âmbito educacional, uma das características mais importantes da tecnologia Web é
a possibilidade de utilizar recursos de comunicação on-line bidirecional para o desenvolvimento
de atividades de ensino-aprendizagem colaborativas. A comunicação on-line pode ocorrer atra-
vés de interações síncronas (que exigem a conexão simultânea dos participantes) utilizando-se
recursos como chat, áudio-conferência e vídeo-conferência ou interações assíncronas (que não
exigem a conexão simultânea dos participantes) utilizando-se recursos como e-mail, lista de
discussão e fórum virtual.
Esses recursos conectam professores e estudantes fora da sala de aula, eliminando as
barreiras de espaço e tempo presentes no ensino presencial tradicional. Nesse sentido, a Web
passou a incorporar as chamadas Redes de Aprendizagem (Learning Networks) HARASIM et
al. (1995), possibilitando a criação de ambientes colaborativos de ensino-aprendizagem em que
ocorre intensa interação entre alunos e professores no processo de aquisição e construção do
conhecimento (PALLOFF; PRATT, 1999).
2
As Redes de Aprendizagem podem ser utilizadas basicamente de três modos:
Modo Auxiliar - Os recursos da tecnologia Web são utilizados como ferramenta opcional,
para apoio e melhoria de cursos presenciais.
Modo Misto - Os recursos da tecnologia Web são utilizados como parte integrante das
atividades educacionais. É o modo correspondente aos cursos híbridos (parte presencial
e parte a distância).
Modo Totalmente On-line - Todas as atividades são desenvolvidas à distância. É o modo
correspondente à Educação a Distância (EAD).
Com a utilização crescente das TIC´s para apoiar e complementar as atividades reali-
zadas em sala de aula, as fronteiras entre o ensino presencial e a Educação a Distância (EAD)
têm se tornado cada vez mais indefinidas. Os sistemas educacionais híbridos ou bi-modais, ba-
seados na combinação de atividades presenciais e à distância através de tecnologias interativas
inovadoras, têm sido considerados como os mais promissores para o ensino em todos os níveis.
Uma tecnologia que tem sido explorada recentemente com o objetivo de ampliar os
níveis de interatividade em ambientes virtuais de ensino-aprendizagem resulta da associação
entre a tecnologia Web e a automação de instrumentos por computador. Essa tecnologia tor-
nou possível o desenvolvimento dos chamados Laboratórios Remotos ou WebLabs - ambientes
distribuídos que permitem o acesso e controle remoto via Internet de experimentos reais com a
sensação de presença (NEDIC et al., 2003). Vários trabalhos relacionados à automação e con-
trole remoto de experimentos através da Internet têm sido desenvolvidos, muitos com foco em
aplicações educacionais direcionadas a cursos na área de Ciências Exatas (TELELABS PRO-
JECT, 2006).
Entre os laboratórios remotos existentes destacam-se: o MIT Microelectronics Weblab
(ALAMO et al., 2002; HARWARD, 2004; HARDISON et al., 2004) e o iLabs (MIT, 2006), do
Massachussets Institute of Technology (MIT); o laboratório remoto do Departamento de Enge-
nharia Elétrica da Universidade de Cingapura (CHEN et al., 1999); o AIM (Automated Internet
3
Measurement) (FJELDLY et al., 1999; SHEN et al., 1999); o laboratório remoto do Departa-
mento de Automação e Controle da Universidade de Galati (CHICULITA; FRANGU, 2002); o
laboratório remoto do Instituto de Tecnologia de Lausane (LATCHMAN et al., 1999; GILLET
et al., 2002); o IV-LAB (Interactive Virtual-LAB) da Universidade de Massachusetts, Amherst
(HUA; GANZ, 2003); o laboratório de simulação na área de fotônica do Departamento de Ele-
trônica e Telecomunicações da Universidade de Tecnologia de Kosice (TURÁN; OVSENÍK,
1999).
O trabalho apresentado aqui integra-se às atividades relacionadas à participação do
Laboratório de Fotônica Mackenzie no Projeto KyaTera do Programa TIDIA (Tecnologia da
Informação para o Desenvolvimento da Internet Avançada) da FAPESP. O KyaTera é um pro-
jeto cooperativo cujo objetivo é implantar uma rede de fibras ópticas para pesquisa, desenvolvi-
mento e demonstração de tecnologias para aplicações da Internet Avançada (TIDIA, 2008). Os
laboratórios e grupos de pesquisa participantes estão interconectados através de duas redes:
Rede Experimental: Rede que interliga todos os laboratórios participantes do KyaTera
por meio de fibras ópticas apagadas que chegam diretamente ao interior dos laboratórios
(Fiber-To-The-Lab), possibilitando a realização de experimentos colaborativos e distri-
buídos de transmissão óptica e de redes sob condições reais.
Rede Estável: Rede baseada no protocolo Ethernet/IP (oferecendo uma taxa de trans-
missão mínima de 1 Gbps) que interliga todos os laboratórios participantes do KyaTera
atravésde uma malha óptica dedicada de fibras monomodo, cujo objetivo é fornecer servi-
ços para promover a pesquisa colaborativa, tais como videoconferência de alta definição,
VoIP, acesso à Internet 2, etc.
4
Neste trabalho foi implementado um WebLab para o estudo das características bási-
cas de um sistema WDM para comunicações ópticas . Foram desenvolvidos drivers e interfaces
gráficas de usuáriocom o softwareLabVIEW para o controle e aquisição de dados de instrumen-
tos utilizados em um experimento remoto de medida das características básicas de um sistema
WDM (Wave Division Multiplexing). Também foi desenvolvido um aplicativo com o software
VPItransmissionMaker que permite simular a medida da Taxa de Erro de Bit do sistema.
A dissertação foi organizada da segunte forma. No Capítulo 2 são apresentadas as
principais características do software LabVIEW e das interfaces eletrônicas para controle e
aquisição de dados de instrumentos utilizadas na automação de experimentos. No Capítulo 3 é
apresentada a estrutura geral dos WebLabs desenvolvidos pelo grupo do Laboratório de Fotô-
nica Mackenzie, a qual inclui um aplicativo para integração dos WebLabs a ambientes virtuais
de ensino-aprendizagem implementados na plataforma MOODLE. Este capítulo inclui também
a descrição de um componente baseado em JMF (Java Media Framework) desenvolvido pelo
grupo para transmissão de áudio e vídeo, que permite avisualização dos experimentos em tempo
real e a realização de vídeo-conferências. No Capítulo 4 são descritas as principais característi-
cas dos sistemas WDM e seus componentes, bem como os parâmetros e técnicas utilizados para
caracterizar sua operação e desempenho. No Capítulo 5 são descritas as principais característi-
cas do software VPItransmissionMaker e são apresentados os resultados obtidos utilizando-se
o mesmo em simulações da medida da Taxa de Erro de Bit (BER) de um sistema WDM de dois
canais (1310 nm e 1550 nm). No Capítulo 6 é descrita a montagem experimental utilizada para
a medida das características básicas de um sistema WDM de dois canais (1310 nm e 1550 nm).
No Capítulo 7 são descritos os Instrumentos Virtuais (VI’s) desenvolvidos com o software Lab-
VIEW para a execução remota do experimento: drivers e interfaces gráficas de usuário (GUI’s)
para controle e aquisição de dados dos instrumentos utilizados. No Capítulo 8 são apresentadas
as conclusões.
5
2 AUTOMAÇÃO DE EXPERIMENTOS COM O
PROGRAMA LABVIEW
Neste capítulo são apresentadas as principais características do programa de instru-
mentação e análise LabVIEW da National Instruments (NI) e das interfacesde controle e aquisi-
ção de dados de instrumentos utilizados para a automação e execução de experimentos remotos
através da Internet.
2.1 LabVIEW: Programa de Instrumentação e Análise
O programa LabVIEW da NI, adotado como padrão para os WebLabs do Projeto Kya-
Tera, é um poderoso software de instrumentação e análise, baseado na linguagem de programa-
ção gráfica G. Os recursos do LabVIEW são utilizados da mesma forma que em um Dataflow
Diagram (Diagrama de Fluxo de Dados) (NI, 2005b), possibilitando maior eficiência na au-
tomação em relação a outras linguagens compiladas ou interpretadas disponíveis, tais como
C/C++, Java, Perl entre outras (REGAZZI et al., 2002).
A Figura (2.1) apresenta a visão na forma de um Flowchart (Fluxograma) de lingua-
gens que possuem como ponto central em seu desenvolvimento um conjunto de algoritmos
sequênciais ou paralelos que interagem através de métodos, rotinas e chamadas (NI, 2005b) em
contrapartida ao desenvolvimento orientado a fluxo do LabVIEW .
6
Figura 2.1: Exemplo de Fluxograma (STEPHEN et al., 2006) e DFD (SANDRILA, 2006).
Dessa forma, o LabVIEW integra de maneira prática em um único sistema, ferramen-
tas capazes de realizar controle de instrumentos, aquisição de dados, análise e apresentação de
resultados. Além disso, o software suporta os principais protocolos de comunicação das dife-
rentes interfaces: RS-232, RS-485, GPIB (IEEE 488), Ethernet, USB (Universal Serial Bus),
VXI (VMEbus eXtensions for Instrumentation), FireWire 400 (IEEE 1394), FireWire 800 (IEEE
1394-B), DAQ (Data AcQuisition board), além de incluir funções de manipulação de referên-
cias VISA (Virtual Instrument Software Architeture) (NI, 2005a; REGAZZI et al., 2002). Os
aplicativos para controle de instrumentos e aquisição de dados do experimento criados com o
LabVIEW são chamados Instrumentos Virtuais (Virtual Instruments - VI’s).
7
O processo de desenvolvimento de aplicações eficientes com o LabVIEW , sobretudo
quando se tratada automação desistemas mais complexos, deve atender a três princípios básicos
de boas práticas de programação (NI, 2005b):
Escalável (Scalable) Facilidade para adicionar mais funcionalidades na aplicação sem a
necessidade de se redesenhar completamente a mesma;
Legível (Readable) Facilidade para ler e compreender o propósito geral do sistema;
Mantenível (Maintainable) Facilidade para modificar o código de um primeiro desevol-
vedor ou qualquer outro sem afetar o objetivo do código original.
A interface gráfica fornecida pelo software LabVIEW é conhecida como Front Panel,
pois simula a aparência e a operação dos instrumentos reais. O processamento relativo ao Front
Panel é implementada no Diagram Block, onde são conectados (wired) os componentes gráficos
a todas as funcionalidades e processamentos necessários.
Como ilustração, nas Figuras (2.2, 2.3 e 2.4) são mostrados respectivamente o Panel
Frontal e os Diagramas de Blocos de uma aplicação para a ordenação de 10 números utilizando
o algoritmo Bubble Sort (NI, 2006).
Figura 2.2: Exemplo de Front Panel do LabVIEW.
8
Figura 2.3: Exemplo de Block Diagram do LabVIEW.
Figura 2.4: Outro exemplo de Block Diagram do LabVIEW.
Nesse exemplo, é criada uma estrutura de eventos baseada no User Interface Event
Handler Design Pattern (NI, 2005b). Com esse Design Pattern , a interação entre o usuário
e o LabVIEW torna-se mais flexível. Portanto, à medida que o usuário aciona um dos botões
existentes, um evento interno ao LabVIEW é criado. O loop mantém as ações (1.Generate),
(2.Sort) e (3.Quit) em espera até que um evento de Value Change seja criado.
Podemos inserir outros VI’s dentro de um Diagrama de Blocos através do uso de
SubVI’s. Um SubVI comporta-se como uma função, retornando valores para o Painel Fron-
tal, ou como um procedimento, realizando apenas algum tipo de processamento.
Outra característica importante do Diagrama de Blocos é o tipo de informação que
podemos representar. Os blocos são interligados por "fios"(wires), cujas formas e cores indicam
que tipo de informação será utilizada.
9
As diferentes formas de um fio típico são:
Fino - Escalar;
Grosso - Matriz de uma dimensão;
Duplo - Matriz de duas dimensões.
Por meio do código de cores, podemos identificar a que tipo de variável um fio corres-
ponde:
Azul - Inteiro;
Laranja - Real (Float Point);
Rosa - String;
Verde - Booleana;
Marrom - Cluster numérico ou forma de onda;
Verde Escuro - Caminho (Path) ou ponteiro de endereço (Refnum).
Da mesma forma que outras linguagens tipificadas, como C, C++ ou Java, o LabVIEW
possue seus próprios tipos básicos de variáveis internas Tabela (2.1). Além desses tipos básicos,
um tipo especial encontrado no LabVIEW é o conjunto de dados, (Clusters). No Diagrama de
Blocos, os Clusters formam uma estrutura ou registro que facilita a passagem de parâmetros
entre os blocos. Dessa forma, os Clusters permitem a portabilidade, usabilidade e uma maneira
rápida de se realizar manutenção no código. Nesse sentido, a modelagem das aplicações em
termos de Clusters é altamente recomendada pela NI NI (2005b).
10
Tipo Tamanho (bits)
Single(SGL) 8
Double(DBL) 16
Extended(EXT) 32
Complex single(CSG) 8
Complex double(CDB) 16
Complex extended(CXT) 32
I8 8
I16 16
I32 32
U8 8
U16 16
U32 32
Tabela 2.1: Tipos de variáveis internas do LabVIEW.
2.2 Controle e Aquisição de Dados de Instrumentos
O controle de instrumentos com o LabVIEW é realizado via portas ou interfaces ele-
trônicas de comunicação. Tipicamente, essas interfaces possuem uma maneira padronizada de
realizar a comunicação entre o computador e os dispositivos. Tal comunicação fornece um pro-
tocolo acessível a cada tipo de aplicação existente. A Tabela (2.2) apresenta uma relação das
principais interfaces utilizadas (REGAZZI et al., 2002).
Interface Formato Disp. Dist. (m) Tx. (bits/s)
RS-232 EIA/TIA-232 assíncrono serial 2 15-30 20K
RS-485 EIA/TIA-485 assíncrono serial 32 1200 10M
IrDA assíncrono serial infrared 2 2 115K
USB(v1.1) assíncrono serial 127 12M
USB(v2.0) assíncrono serial 127 48M
FireWire 400 serial 64 5 400M
FireWire 800 serial 00 100 800M-3200M
IEEE-488.2 GPIB paralelo 15 20 1M
Ethernet serial 1024 110 10M-10M
Paralela IEEE-1284 paralela 2/8 3-10 1M
Spread spectrum
IEEE-802.M serial 112 32000 144K
Tabela 2.2: Tipos de interfaces eletrônicas disponíveis para controle de instrumentos.
11
Além dos protocolos convencionais de comunicação, existem soluções híbridas dis-
ponibilizadas pela NI, como um cabo GPIB-USB-HS (REGAZZI et al., 2002) que permite
controlar um instrumento com interface GPIB através de uma interface de controle USB. Isso
possibilita uma maior flexibilidade para controlar o instrumento, com taxa de transmissão de
dados entre 1,8 MB/s e 7,2 MB/s.
Uma outra forma de comunicação é a partir de placas DAQ. As placas DAQ’s fornecem
comunicação por meio de sinais analógicos ou digitais em equipamentos que não possuem
conexões de controle como GPIB, USB, etc. Uma placa DAQ pode gerenciar diversos sinais
simultaneamente, sendo cada sinal associado a um canal da placa.
12
3 ESTRUTURA GERAL DO WEBLAB
Os principais requisitos para um laboratório remoto podem ser agrupados em quatro
elementos essenciais: equipamento, interface de controle do servidor, ambiente e software cli-
ente CHICULITA e FRANGU (2002). Na Figura (3.1) é mostrada a estrutura básica do sistema
desenvolvido no Laboratório de Fotônica Mackenzie para a implementação de WebLabs (JU-
NIOR., 2006; FILHO, 2007; SZPIGEL et al., 2007b, 2006b, 2006a, 2007a, 2007), baseada em
um ambiente distribuído que permite a automação local dos instrumentos e o acesso e controle
remoto de experimentos através da Internet em tempo real e com sensação de presença.
Figura 3.1: Estrutura do WebLab.
Para a automação do experimento, os instrumentos são conectados a um computador
localizado no laboratório, denominado Servidor Local. A conexão é feita por meio de cabos
e placas de interface GPIB (General Purpose Interface Bus), USB ou Ethernet, variando de
acordo com o equipamento. O controle e a aquisição de dados dos instrumentos são implemen-
tados através de drivers desenvolvidos com o programa de instrumentação e análise LabVIEW,
instalado no Servidor Local.
13
Um computador denominado Servidor Web, responsável pelo acesso e controle remoto
do experimento via Internet, é o intermediário entre o Cliente e o Servidor Local, possibilitando
gerenciamento do acesso dos usuários ao experimento. Um dispositivo de interconexão de redes
(Hub/Switch) é utilizado para conectar o Servidor Local ao Servidor Web, bem como a estações
locais que podem ser eventualmente utilizadas para a monitoração do sistema.
Completando o sistema desenvolvido, utiliza-se uma câmera digital (WebCam) conec-
tada ao Servidor Local para a transmissão de áudio e vídeo à GUI (Graphical User Interface),
permitindo a visualização em tempo real dos instrumentos e a comunicação on-line entre os
usuários através de vídeo-conferência.
3.1 Arquitetura Cliente / Servidor Dupla
O controle remoto do experimento é implementado utilizando-se uma arquitetura Cli-
ente/Servidor dupla (CHEN et al., 1999), representada na Figura (3.2), envolvendo aplicativos
de interface que possibilitam a comunicação entre o Servidor Local e o Servidor Web e entre
este e os computadores clientes.
Figura 3.2: Arquitetura Cliente/Servidor Dupla.
Nessa arquitetura, a comunicação entre os computadores Clientes e o Servidor Local
que controla os instrumentos do experimento é mediada pelo Servidor Web, via um conjunto de
aplicativos e programas de interface, denominado Middleware.
14
Para controlar remotamente o experimento, os usuários utilizam uma Interface Gráfica
de Usuário (GUI) executada em uma página Web acessada através do navegador (Browser). Para
a execução do VI nos computadores Clientes é necessária a instalação do aplicativo LabVIEW
Runtime Engine. Essa GUI também pode ser implementada utilizando-se aplicativos baseados
na tecnologia Web (Active-X, CGI (Common Gateway Interface), Java e AJAX, entre outras).
3.2 Integração do WebLab a um Ambiente Virtual de Ensino-
Aprendizagem
Os ambientes virtuais de ensino-aprendizagem consistem basicamente de um Sistema
de Gerenciamento de Aprendizagem (Learning Management System - LMS) ou Sistema de Ge-
renciamento de Cursos (Course Management System - CMS) ao qual são incorporados materiais
didáticos e aplicativos hipermídia interativos. O Sistema de Gerenciamento é um conjunto in-
tegrado de programas para a autenticação e gerenciamento de usuários, recursos para autoria
e gerenciamento de conteúdos hipermídia, ferramentas de comunicação on-line e instrumentos
para acompanhamento e avaliação das atividades.
No sistema desenvolvido no Laboratório de Fotônica Mackenzie, os WebLabs são inte-
grados a um ambiente virtual de ensino-aprendizagem implementado com o software MOODLE
(MOODLE, 2005), viabilizando a sua utilização no contexto de cursos on-line ou em atividades
de apoio a cursos presenciais. O MOODLE é um CMS desenvolvido colaborativamente por
uma comunidade virtual e distribuído gratuitamente sob os termos do GNU Public License. É
baseado em PHP, multiplataforma, e possui bancos de dados abertos como camada de persistên-
cia, entre eles PostgreSQL e MySQL. Uma das principais razões para a escolha do MOODLE é
que sua estrutura modular e flexível permite que o desenvolvimento e integração de novos apli-
cativos sejam realizados de forma bastante simples. Além disso, o sistema foi projetado para
suportar uma abordagem pedagógica social-construtivista (DOUGIAMAS; TAYLOR, 2003),
constituindo uma plataforma eficiente para o desenvolvimento de atividades de aprendizagem
colaborativa.
15
A integração do WebLab ao ambiente virtual de ensino-aprendizagem é implemen-
tada através de um novo módulo de atividades adicionado ao ambiente MOODLE, denominado
Módulo WebLab, desenvolvido pelo grupo do Laboratório e Fotônica Mackenzie utilizando-se
scripts PHP e componentes do próprio ambiente MOODLE (JUNIOR., 2006; FILHO, 2007).
Seguindo o padrão do MOODLE, as funcionalidades do Módulo WebLab são executadas de
forma diferenciada por três tipos de usuários: Administrador, Professor e Aluno. A estrutura
desse módulo é representada pelo diagrama OOHDM (Object-Oriented Hypermedia Design
Method), Diagrama de Pacotes e Diagrama de Classes exibidos respectivamente nas Figuras
(3.3, 3.4 e 3.5).
Na Figura (3.3) são apresentadas as respectivas associações dinâmicas entre os eventos
disparados pelo usuário e a função executada pelo módulo. Essa estrutura de eventos mostra
como o Módulo WebLab foi organizado de forma que o usuário tenha um conjunto de objetos
necessários para a sua orientação e controle espacial no módulo.
Com o objetivo de fornecer uma melhor visualização da implantação do sistema, a
Figura (3.4) mostra a utilização do MOODLE como um sistema com 3 camadas (Moodlelib,
Weblib e Datalib). Tais camadas formam as bases para uma possível adoção do modelo MVC
(Model View Controller), permitindo assim uma melhor abordagem para o desenvolvimento
bem como a descentralização de recursos específicos. A Figura (3.5) apresenta o relaciona-
mento adotado para o Módulo WebLab. Para sua implementação, foi utilizado o padrão Bridge
(GAMMA et al., 2000). Assim, consegue-se via a classe WebLabBase a representação bá-
sica para a apresentação dos diversos tipos de visualizações. Dependendo do tipo de seleção
do usuário, as classes WebLabSlots, WebLabConfig, WebLabExperiment e WebLabReport são
instanciadas e vinculadas ao tipo atual de visualização.
16
Figura 3.3: Diagrama OOHDM do WebLab.
17
Figura 3.4: Diagrama de Pacotes do WebLab.
18
Figura 3.5: Diagrama de Classes do WebLab.
19
Em tal esquema, optou-se por manter a associação entre as classes especializadas den-
tro do arquivo view.php. Essa associação pode ser melhor observada através de um diagrama de
colaboração apresentado na Figura (3.6).
Figura 3.6: Diagrama de Colaboração do Módulo WebLab.
Como mostrado acima, a base para a troca de mensagens entre as classes é a classe
view. A classe view realiza a instanciação da visualização escolhida pelo usuário. Além disso
a classe também pode realizar a operação save_state para registrar uma sessão/estado atual
do Módulo WebLab. O trecho de código mostrado abaixo mostra que para um parâmetro
desejado (formode), a importação da classe ocorre (Linha 1). Os tipos permitidos são con-
fig,experiment,report e slots. Na (Linha 2) ocorre a associação com o tipo especificado e na
(Linha 4) é criado o objeto weblabinstance. As Linhas (5-8) registram/visualizam a sessão.
1 require_once ( ) ;
2 $weblabclass = ;
3 $weblab>formode=$formode ;
4 $weblabinstance = new $weblabclass ($cm>id , $weblab , $cm , $course ) ;
5 i f ( $weblabinstance >s a v e _ s t a t e ( ) )
6 $weblabinstance >view ( ) ;
7 else
8 err o r ( ) ;
20
3.2.1 Atividades e Ações do Módulo WebLab
Com o objetivo de gerenciar o experimento para três tipos diferentes de usuários, o
Módulo WebLab desenvolvido possui três ações principais: Adicionar Módulo, Configurar Ex-
perimento e Realizar Experimento. A Figura (3.7) apresenta as principais atividades de cada
usuário do MOODLE.
Figura 3.7: Diagrama de Atividades do Módulo WebLab.
A Figura (3.8) mostra as principais ações de cada usuário.
Figura 3.8: Diagrama de Casos de Uso - Geral.
21
3.2.2 Usuário Administrador
O usuário Administrador é o responsável pela ativação do Módulo WebLab no ambi-
ente MOODLE. Sua função principal é cadastrar os experimentos remotos e outros recursos
utilizados. As ações do Aministrador são mostradas no Diagrama de Caso de Uso da Figura
(3.9) e a Figura (3.10) mostra a tela utilizada para executar essas ações.
Figura 3.9: Diagrama de Casos de Uso do Módulo WebLab - Administrador.
Figura 3.10: Tela utilizada pelo Administrador para incluir a URL dos recursos
22
A ação de ativação do WebLab define a disponibilidade do Módulo WebLab dentro
do ambiente MOODLE. O Administrador deve ativar o módulo para que o usuário Professor
possa criar uma atividade vinculada ao mesmo. Além disso, o Administrador é o responsável
por cadastrar e configurar cada experimento remoto dentro do módulo, definindo um nome,
endereço IP do VI do WebLab e da WebCam.
3.2.3 Usuário Professor
O usuário Professor é o responsável pela criação, configuração e gerenciamento de
atividades envolvendo o uso do WebLab.
Figura 3.11: Diagrama de Casos de Uso do Módulo WebLab - Professor.
Ao inserir uma nova atividade, o Professor deverá configurar as características da
mesma: nome, sumário, descrição e objetivos. Também é possível anexar um arquivo ele-
trônico contendo, por exemplo, um tutorial com uma descrição detalhada da atividade ou um
roteiro para realização do experimento. Essas ações são mostradas no Diagrama de Casos de
Uso da Figura (3.11) e na Figura (3.12) é mostrada a tela Descrição carregada após sua seleção.
23
Figura 3.12: Tela Descrição do usuário Professor.
O Professor também deverá criar os slots de execução do experimento, possibilitando
que cada aluno reserve um horário para fazer as suas medidas. A Figura (3.13) mostra a tela
Agendamento, nela o Professor configura os slots de execução.
Figura 3.13: Tela Agendamento do usuário Professor.
O Professor também seleciona o experimento que será executado na atividade a partir
de uma lista de experimentos cadastrados previamente pelo Administrador (Figura 3.14).
24
Figura 3.14: Tela Experimento do usuário Professor.
Caso o experimento possua uma Webcam associada, o Professor poderá definir se de-
seja disponibilizá-la durante a realização do experimento ou não.
Na última etapa, o Professor realiza a configuração para o envio de um relatório de
execução do experimento pelos alunos, indicando uma data e horário inicial, bem como uma
data e horário final (Figura 3.15).
Figura 3.15: Tela Relatório do usuário Professor.
25
3.2.4 Usuário Aluno
O Aluno é um usuário que acessa a atividade do WebLab. As ações do usuário Aluno
são mostradas no Diagrama de Casos de Uso da Figura (3.16). Quando o Aluno efetua o log-in,
é apresentada uma tela com a descrição da atividade, conforme mostra a Figura (3.17).
Figura 3.16: Diagrama de Casos de uso do Módulo WebLab - Aluno
Figura 3.17: Tela Descrição do usuário Aluno.
26
Posteriormente, o Aluno reserva um slot de execução de experimento. Na data e horá-
rio correspondentes ao slot reservado, o Aluno poderá acessar os VI´s e controlar remotamente
o experimento. Após o agendamento, os links Experimento e Webcam estarão ativos apenas
durante o período correspondente ao slot reservado (Figura 3.18).
Figura 3.18: Tela Experimento do usuário Aluno.
Após a execução do experimento, o Aluno poderá elaborar o relatório de atividades e
submetê-lo ao professor (Figura 3.19).
Figura 3.19: Tela Relatório do usuário Aluno.
27
3.2.5 Transmissão de Áudio e Vídeo
Na primeira versão do sistema desenvolvido no Laboratório de Fotônica Mackenzie
para WebLabs, a transmissão de vídeo para o monitoramento dos experimentos remotos foi
implementada através de um aplicativo desenvolvido em LabVIEW , utilizado-se um driver
genérico para comunicação através de interface USB da Logitech (TREVELYAN, 2004). Na
Figura (3.20) é mostrado o SubVI desenvolvido para a WebCam.
Figura 3.20: SubVI para a WebCam.
Inicialmente, é feita a abertura do streaming de vídeo através do SubVI INIT da Web-
cam, definindo o tamanho da janela em pixels (largura = 320 e altura = 240). Posteriormente,
é definido o modo de operação da WebCamatravés do SubVI GRAB, o qual indica que será
capturada uma imagem da mesma. Em seguida, a imagem é capturada pela SubVI PICTURE e
a imagem é apresentada no VI da WebCam.
Para disponibilizar um aplicativo desenvolvido em LabVIEW na Internet, utiliza-se o
recurso Web Publish do LabVIEW . Uma das características dessa publicação, é que o servidor
Web do LabVIEW analisa a conexão existente entre o servidor e o cliente, adaptando a taxa
de atualização da interface no computador do usuário com a finalidade de não sobrecarregar a
conexão.
28
No aspecto relacionado à QoS (Quality of Service), verifica-se que, devido a essa ca-
racterística, a utilização de um monitoramento através de vídeo em LabVIEW não é uma so-
lução ideal, uma vez que, para não comprometer a conexão do usuário com o experimento, o
servidor Web do LabVIEW diminui a taxa de atualização do vídeo. Uma primeira solução en-
contrada para esse problema foi desvincular a interface de vídeo da interface do experimento,
obtendo uma solução que depende de dois aplicativos distintos. Na Figura (3.21) é mostrada
uma imagem do VI utilizado para transmissão de vídeo dessa forma.
Figura 3.21: VI independente para a WebCam.
Com o objetivo de melhorar QoS, posteriormente foi implementada uma outra solução
para a transmissão de vídeo, utilizando uma aplicação baseada no framework JMF (Java Media
Framework) adaptativo para o ambiente MOODLE (ANTONIO et al., 2005; FILHO, 2007). O
JMF é uma API que fornece grande versatilidade para manipular mídias com base no tempo,
como áudio e vídeo, e assim integrá-las nas aplicações Java (SCHULZRINNE et al., 1998).
Além disso, ela unifica o processamento da mídia com a arquitetura de transmissão de mensa-
gens utilizando protocolos que controlam o acesso, o processamento e a entrega, em tempo, da
mídia.
29
Além da transmissão, o JMF suporta a captura e o armazenamento de áudio e vídeo,
bem como o controle do tipo da mídia que está sendo apresentada/capturada. Muitos padrões
de mídias são suportados por este framework, como por exemplo AIFF, AU, AVI, MPEG, WAV,
entre outros. Na Figura (3.22) é mostrada uma imagem da aplicação JMF desenvolvida para a
transmissão de vídeo.
Figura 3.22: Aplicação JMF para transmissão de vídeo.
30
4 SISTEMAS WDM PARA COMUNICAÇÕES
ÓPTICAS
O crescimento exponencial do tráfego nas redes de comunicação, devido principal-
mente à expansão dos serviços da Internet, tem gerado a demanda por sistemas de comunicação
com alta capacidade de transmissão através de distâncias cada vez maiores (LOPES, 2006).
Para atender tal demanda, uma grande variedade de tecnologias de comunicação óp-
tica tem sido desenvolvida, tais como a Multiplexação Óptica por Divisão de Tempo (Optical
Time Division Multiplexing - OTDM) e a Multiplexação por Divisão de Comprimento de Onda
(Wavelenght Division Multiplexing - WDM), possibilitando superar as limitações de velocidade
de transmissão e largura de banda impostas por dispositivos eletrônicos (RAMASWAMI; SI-
VARAJAN, 2002). Outras tecnologias que têm impulsionado o desenvolvimento de sistemas
de comunicação óptica que operam a taxas de bit e potências de transmissão cada vez mais
altas são os lasers sintonizáveis e os amplificadores ópticos, como os de fibra dopada com Érbio
(Erbium-Doped Fiber Amplifier - EDFA).
A multiplexação WDM é uma das alternativas tecnológicas mais amplamente empre-
gadas para incrementar a capacidade de transmissão dos sistemas de comunicação óptica (RA-
MASWAMI; SIVARAJAN, 2002). Diferentemente dos sistemas OTDM, nos quais os sinais
correspondentes aos vários canais de dados são multiplexados no domínio do tempo e trans-
mitidos através da modulação de uma única fonte óptica (ou canal óptico), os sistemas WDM
utilizam a multiplexação de vários comprimentos de onda, cada um transmitindo o sinal de um
determinado canal através da fibra óptica. Dessa forma, os sistemas WDM fornecem o equiva-
lente a múltiplas linhas de transmissão em uma única fibra óptica, através do envio simultâneo
31
de sinais independentes em diferentes comprimentos de onda. Quando o espaçamento entre os
comprimentos de onda é pequeno (0,8nm) o sistema é chamado DWDM (Dense Wavelenght
Division Multiplexing), comportando um número maior de canais. Quando o espaçamento é
grande ( 20nm) o sistema é chamado CWDM (Coarse Wavelenght Division Multiplexing),
comportando um número menor de canais. Nesses sistemas de comunicação, o tipo e modelo
de protocolo utilizados em enlaces (Ethernet, SONET/SDH ou ATM) são considerados como
elementos de baixo nível, permitindo assim uma melhor abstração e independência entre os
protocolos do nível óptico utilizado (RAMASWAMI; SIVARAJAN, 2002).
Na Figura (4.1) é apresentada a estrutura básica de um sistema WDM de n-canais.
Figura 4.1: Sistema WDM de n-canais.
Na entrada, os sinais ópticos gerados por lasers de diferentes comprimentos de onda
(λ
1
,λ
2
.. .λ
n
) são modulados pelas fontes de informação correspondentes a cada canal de trans-
missão. Esses sinais ópticos modulados são, então, multiplexados no domínio da freqüência
ou do comprimento de onda por meio de um dispositivo multiplexador (MUX) e transmitidos
simultaneamente através do enlace de fibra óptica, mantendo-se as características físicas de
cada componente. Na saída, os sinais ópticos são separados por meio de um dispositivo de-
multiplexador (DEMUX) e recebidos por fotodetetores, recuperando-se, assim, as informações
transmitidas por cada canal.
No que se segue, será apresentada uma descrição mais detalhada dos componentes
de um sistema WDM, bem como dos parâmetros e técnicas utilizados para caracterizar sua
operação e desempenho(ANTONY; GUMASTE, 2002; ALWAYN, 2004; AGRAWAL, 2001).
32
4.1 Componentes para Sistemas WDM
Os principais componentes de um sistema WDM são:
Transmissores Ópticos: LED’s e Lasers
Moduladores
Fibras Ópticas
Amplificadores Ópticos
Receptores Ópticos: Fotodetetores
Multiplexadores e Demultiplexadores
Acopladores, Circuladores e Isoladores
4.1.1 Transmissores Ópticos: LED’s e Lasers
Os transmissores ópticos são os componentes do sistema de comunicação óptica res-
ponsáveis por converter os sinais elétricos correspondentes aos canais em sinais ópticos que
serão acoplados à fibra óptica. As características das fontes ópticas utilizadas em sistemas
de comunicação óptica constituem um aspecto importante a ser considerado, sendo frequente-
mente um fator limitante com relação à performance dos enlaces ópticos. De modo geral, esses
componentes devem ser compactos, monocromáticos (pequena largura espectral), estáveis e
duráveis.
Existem dois tipos básicos de fontes ópticas utilizadas em sistemas de comunicação
óptica: os Diodos Emissores de Luz (Light-Emition Diodes - LED’s) e os Lasers (Light Ampli-
fication by Stimulated Emission of Radiation).
Os LED’s consistem em junções p-n polarizadas diretamente que geram luz por emis-
são espontânea e suas principais características são: emissão incoerente com elevada largura
33
espectral (entre 30 nm e 60 nm), baixa capacidade de modulação (freqüência máxima de modu-
lação típica de 100 MHz), resposta lenta e divergência angular elevada que gera dificuldade para
acoplamento em fibras ópticas (eficiência de acoplamento máxima de 1 %). Geralmente são uti-
lizados em links de comunicação que usam fibra multimodo e operam a taxas de transmissão
menores que 10 Gbps.
Os Lasers são dispositivos que geram luz através de um mecanismo denominado inver-
são de população. Suas principais características são: emissão coerente com pequena largura
espectral (menor que 1 nm), alta potência, pequena divergência angular que permite melhor
acoplamento em fibras ópticas (eficiência de acoplamento máxima entre 30 % e 50 %) e me-
lhor tempo de resposta (tunability) em altas freqüências (até 40 GHz). Nesse sentido, são mais
adequados para aplicação em links de longa distância e que utilizam fibras monomodo, prin-
cipalmente os sistemas WDM. Os Lasers utilizados em sistemas de comunicação óptica são
basicamente de dois tipos: os Lasers de Fibra Óptica e os Lasers de Semicondutor (Diodos
Laser), sendo estes últimos os mais utilizados.
O funcionamento dos Lasers de Semicondutor é baseado nas propriedades ópticas das
junções p-n. Quando uma corrente elétrica atravessa a junção p-n, elétrons livres absorvem
quanta de energia E, sofrendo transição do estado fundamental para um estado excitado. Após
um certo intervalo de tempo, esses elétrons excitados voltam ao estado fundamental, emitindo
a energia absorvida na forma de fótons de energia E = hν, onde h é a constante de Planck e
ν é a frequência da radiação emitida. Essa oscilação aleatória de elétrons, passando do nível
de energia fundamental para um nível excitado com a emissão subsequente de radiação, é cha-
mada Emissão Espontânea, no sentido de que os fótons emitidos apresentam uma distribuição
aleatória de fase e freqüência. A radiação produzida por Emissão Espontânea não é adequada
para sistemas de comunicação óptica, uma vez que apresenta baixa potência e espectro largo.
Quando os elétrons em estados excitados interagem com fótons externos, decaem do
estado excitado para o estado fundamental, emitindo fótons com a mesma freqüência e fase
dos fótons externos. Esse tipo de emissão é chamado Emissão Estimulada, uma vez que a
34
transição do nível excitado para o nível mais baixo é provocada pelo fóton externo. Para manter
a Emissão Estimulada, é necessário estabelecer uma inversão de população, na qual o número
de elétrons no estado excitado é maior do que o número de elétrons no estado fundamental. Se
não houver inversão de população, a Emissão Espontânea ocorrerá predominantemente. Uma
forma possível de obter inversão de população é através de processos de bombeio envolvendo
múltiplos níveis de energia. O ponto de transição, no qual a Emissão Estimulada passa a ser
dominate, é chamado limiar de laser (laser threshold).
Uma vez estabelecida a inversão de população, o sistema apresenta um ganho óptico
devido à interação de fótons com os elétrons excitados. Colocando a junção p-n dentro de uma
cavidade que consiste em paredes refletoras, um processo de realimentação óptica é estabele-
cido. Esse processo amplifica o sinal óptico exponencialmente, gerando um feixe de radiação
laser de alta potência em uma determinada freqüência controlada.
Existem vários tipos de Lasers de Semicondutor que são utilizados em sistemas de
comunicação óptica, tais como Distributed Feedback Lasers (DFB), Distributed Bragg Reflec-
tor Lasers (DBR), Fabry-Perot Lasers (FP), Vertical Cavity Surface Emitting Lasers (VCSEL),
além de lasers sintonizáveis (mecanicamente ou por controle de temperatura) que fornecem
comprimentos de onda dentro de um dado intervalo. Na Figura (4.2) (ANTONY; GUMASTE,
2002) é mostrado o esquema de um laser DFB.
Figura 4.2: Laser DFB (ANTONY; GUMASTE, 2002).
35
4.1.2 Moduladores
A modulação em sistemas de comunicação pode ser definida como sendo a sobreposi-
ção de um fluxo de dados sobre a portadora do sinal, através da alteração de um dos parâmetros
da portadora com respeito à mudança no fluxo de dados. O objetivo da modulação é permitir o
transporte dos dados de forma eficiente e com um mínimo de erros.
Em sistemas de comunicação óptica, os dados são modulados sobre o sinal óptico
gerado por um Laser Diodo, fazendo-se com que a potência óptica (ou a fase) dependa da
seqüência binária do fluxo de dados. Duas técnicas são geralmente empregadas para realizar a
modulação: Modulação Direta e Modulação Externa.
Na Modulação Direta Figura (4.3) (ANTONY; GUMASTE, 2002), a corrente forne-
cida pelo driver do laser varia de acordo com o fluxo de dados. Isso faz com que a potência
óptica de saída seja proporcional ao fluxo de dados binários, produzindo uma série de pulsos
ópticos isomorfos que são então acoplados à fibra óptica. A Modulação Direta apresenta várias
desvantagens e limitações a altas taxas de transmissão de dados (maiores que 2.5 Gbps) e lon-
gas distâncias, devido ao excesso de chirp (variação da freqüência do sinal óptico com o tempo
devida à instabilidade do laser) e efeitos não-lineares - especialmente Auto-Modulação de Fase
(Self-Phase Modulation - SPM).
Figura 4.3: Modulação Direta (ANTONY; GUMASTE, 2002).
Na Modulação Externa Figura (4.4) (ANTONY; GUMASTE, 2002), a potência de
saída do laser é geralmente modulada em uma cavidade externa. A Modulação Externa evita
36
os efeitos não-lineares e o excesso de chirp. Cavidades Fabry-Perot(FP) ou Interferômetros de
Mach-Zehnder (Mach-Zehnder Interferometers- MZI’s) são bons candidatos para esse tipo de
aplicação.
Figura 4.4: Modulação Externa (ANTONY; GUMASTE, 2002).
A modulação em sistemas de comunicação óptica é tipicamente implementada através
de chaveamento ON/OFF (On-Off Keying - OOK) da fonte óptica. O fluxo de dados aparece
como uma sequência de pulsos, com um nível de potência máximo representando um sinal
lógico 1 e um nível de potência mínimo representando o sinal lógico 0. O problema dessa
técnica é o tempo necessário para chavear o laser entre os níveis de potência. Existem dois
formatos de OOK (Figura 4.5) (ANTONY; GUMASTE, 2002): return to zero (RZ) e Non-
Return to Zero (NRZ).
Figura 4.5: Formatos de modulação típicas: RZ e NRZ (ANTONY; GUMASTE, 2002).
37
No formato RZ, o nível de potência para o bit 1 retorna a zero na metade do período
do pulso, enquanto para o bit 0 o nível de potência é mantido constantemente igual a zero. No
formato NRZ, por outro lado, os níveis de potência correspondentes aos bits 1 e 0 são mantidos
respectivamente no máximo e mínimo durante seus períodos completos. A vantagem do NRZ
é que ocupa a metade da largura de banda do RZ, sendo o formato preferido para sistemas
WDM. No entanto, longos períodos de bits 1 resultam em um bloco de alta potência, criando
dificuldades para o receptor decodificar o sinal e gerando efeitos não-lineares indesejáveis.
4.1.3 Fibras Ópticas
As fibras ópticas são os componentes responsáveis pela transmissão dos sinais ópticos
que carregam as informações, fornecidos pelos LED’s ou Diodos Laser.
As fibras ópticas são guias de onda cilíndricos compostos por um fino núcleo de sílica
envolto por uma casca com índice de refração ligeiramente menor que o núcleo. Além do
núcleo e da casca, a fibra possue um revestimento para proteção contra impactos. Essa estrutura
possibilita o confinamento e propagação do feixe óptico no núcleo através do efeito de reflexão
interna total (Figura 4.6) (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
Figura 4.6: Propagação da luz na fibra óptica (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
38
O ângulo crítico de reflexão total é dado por
Θ
c
= ArcCos(n
2
/n
1
), (4.1)
onde n
1
e n
2
são respectivamente os índices de refração no núcleo e da casca.
Outro parâmetro que caracteriza uma fibra é a variação do índice de refração entre o
núcleo e a casca, dado por:
δ =
n
1
n
2
n
1
. (4.2)
Na Figura (4.7) (ANTONY; GUMASTE, 2002) são mostradas representações esque-
máticas dos cortes longitudinais de fibras ópticas com perfil de índice degrau e gradual.
Figura 4.7: Cortes longitudinais de fibras ópticas (ANTONY; GUMASTE, 2002).
39
Existem duas categorias gerais de fibras ópticas utilizadas em sistemas de comunicação
óptica: Fibras Monomodo e Fibras Multimodo. Nas fibras multimodo, vários modos podem se
propagar simultaneamente, enquanto nas fibras monomodo apenas um modo de propagação é
permitido (Figura 4.8) (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
Figura 4.8: Modos de propagação em uma fibra óptica (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
Os modos de propagação em uma fibra óptica são obtidos através da solução das Equa-
ções de Onda de Maxwell para os campos elétrico e magnético em um guia de ondas cilíndrico.
A partir dessa solução, obtém-se a frequência normalizada, V (ou parâmetro V), que define o
número de modos suportados pela fibra. A Equação (4.3) apresenta esse resultado:
V =
2π
λ
a(n
1
2
n
2
2
)
1
2
. (4.3)
Na Equação (4.3), a é o raio do núcleo, n
1
e n
2
são respectivamente os índices de
refração no núcleo e da casca e λ é o comprimento de onda da luz acoplada na fibra.
Quanto maior o valor de V, maior o número de modos suportados pela fibra. Para
V < 2, 405 a fibra será monomodo. O principal fator que define o valor de V é o raio do núcleo,
a. Para λ = 1550nm, o raio do núcleo das fibras monomodo varia entre 2 e 4 µm e o das fibras
multimodo entre 25 e 30 µm. O raio da casca, b, geralmente varia entre 50 e 60 µm para ambas
as fibras.
40
Perdas nas Fibras Ópticas
Vários efeitos podem afetar a propagação daluz em fibras ópticas, degradando os sinais
ópticos e limitando as distâncias de transmissão. Esses efeitos dependem de vários fatores,
particularmente das características da fibra óptica, e podem ser agrupados em três categorias
básicas: Atenuação, Dispersão e Não-linearidades.
Atenuação
A atenuação em fibras ópticas corresponde à perda de potência do sinal óptico à medida
que se propaga na fibra e é causada por fatores intrínsecos, como espalhamento Rayleigh
e absorção por impurezas ou imperfeições no vidro durante a fabricação, e fatores ex-
trínsecos, como tensões e deformações causadas por forças externas (microbending ou
macrobending).
Os principais fatores que determinam a atenuação em uma fibra óptica são o comprimento
da fibra e o comprimento de onda da luz. A atenuação em uma fibra é medida em termos
do coeficiente de atenuação, dado por:
Γ =
10
z
[log(
P
out
P
in
)](dBm/Km), (4.4)
onde P
out
e P
in
são respectivamente as potências de entrada e saída em watts (W) e z é
o comprimento da fibra. Em termos das potências em dB, o coeficiente de atenuação é
dado por
Γ =
P
in
P
out
z
. (4.5)
41
A Figura (4.9) (CISCO SYSTEM, INC., 2000) mostra uma curva de atenuação típica.
Figura 4.9: Curva de atenuação em uma fibra óptica (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
Os processos de fabricação de fibras ópticas evoluíram bastante. Com a redução dos
picos de absorção por íons, de modo a obter um espectro de absorção mais plano, tornou-
se possível a exploração de uma faixa de comprimentos de onda bem mais extensa. Os
sistemas de comunicação óptica WDM operam atualmente em quatro janelas ou bandas,
onde a atenuação é menor:
- Banda S (Short wavelenght): 1460 - 1530 nm.
- Banda C (Conventional): 1530 - 1565 nm.
- Banda L (Long wavelenght): 1565 - 1625 nm.
- Banda U (Ultralong wavelenght): 1625 - 1675 nm.
42
Dispersão
A dispersão corresponde ao alargamento dos pulsos ópticos à medida que se propagam
na fibra. Esse alargamento resulta em distorção do sinal, limitando a largura de banda da
fibra. Dois tipos de dispersão geralmente afetam os sistemas WDM: Dispersão Cromática
e Dispersão dos Modos de Polarização (Polarization Mode Dispersion - PMD).
A Dispersão Cromática ocorre devido às diferenças de velocidade de propagação na fibra
entre as componentes espectrais do pulso. Esse efeito é chamado Dispersão da Velocidade
de Grupo (Group Velocity Dispersion - GVD) e aumenta com o quadrado da taxa de bits.
Em fibras monomodo, a Dispersão Cromática tem duas componentes: Dispersão Material
e Dispersão do Guia de Onda.
A Dispersão Material ocorre quando diferentes comprimentos de onda propagam-se a
diferentes velocidades, chegando ao final da fibra em instantes diferentes. Isso resulta em
um alargamento do pulso.
A Dispersão do Guia de Onda ocorre devido à diferença de índice de refração entre o
núcleo e a casca. Essa diferença resulta em um índice de refração efetivo que varia com
o comprimento de onda. Componentes de pequeno comprimento de onda permanecem
confinadas no núcleo, de modo que o índice de refração efetivo é muito próximo do índice
de refração do núcleo. Componentes de comprimento de onda intemediários penetram
ligeiramente na casca, de modo que o índice de refração efetivo diminue. Componentes
de comprimento de onda grande penetram bastante na casca, de modo que o índice de
refração efetivo é muito próximo do índice de refração da casca. Esse efeito introduz
um atraso na propagação das componentes de comprimento de onda maior em relação às
componentes de comprimento de onda menor.
43
A Figura (4.10) (CISCO SYSTEM, INC., 2000) mostra uma curva de dispersão cromática
típica.
Figura 4.10: Dispersão Cromática em uma fibra óptica (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
A PMD, importante a taxas de bit maiores que 5 Gbps, ocorre devido a assimetrias na
geometria cilíndrica da fibra resultantes do processo de fabricação, que introduzem pe-
quenas diferenças entre os índices de refração de diferentes componentes de polarização.
Devido a esse efeito, chamado Birrefringência, diferentes componentes de polarização
propagam-se com velocidades diferentes, resultando em um alargamento do pulso óptico.
Não-linearidades
Os principais efeitos não-lineares em fibras ópticas são devidos ao índice de refração
não-linear e podem ser divididos em duas categorias principais. A primeira categoria in-
clui dois efeitos não-lineares relacionados à interação da luz com fônons: Espalhamento
Raman Estimulado (Stimulated Raman Scattering - SRS) e Espalhamento Brillouin Es-
timulado (Stimulated Brillouin Scattering - SBS). A segunda categoria inclui fenômenos
relacionados ao Efeito Kerr óptico, que ocorre devido à dependência do índice de refração
com a intensidade óptica. Os principais efeitos nessa categoria são a Auto-Modulação de
Fase (Self-Phase Modulation - SPM), a Modulação de Fase Cruzada (Cross-Phase Mo-
dulation - XPM) e a Mistura de Quatro Ondas (Four-Wave Mixing - FWM).
44
Outros efeitos não-lineares associados a essa categoria são a Instabilidade Modulacional
(Modulational Instability - MI) e a Formação de Sólitons (Sóliton Formation - SF). Uma
vez que dependem da potência do sinal óptico, os efeitos não-lineares tornam-se impor-
tantes para sistemas de comunicação óptica que operam a altas taxas de bit e potências de
transmissão.
Tipos de Fibras
O International Telecommunication Union (ITU), grupo internacional responsável pela
padronização de sistemas de telecomunicações, classifica e define os seguintes tipos de fibra
óptica (HEATHER et al., 2004):
Multimode Fiber with a 50-Micron Core (ITU-T G.651): fibra multimodo com diâmetro
nominal do núcleo e da casca respectivamente iguais a 50 e 125 microns.
Nondispersion Shifted Fiber (ITU-T G.652): fibra monomodo padrão (mais comumente
utilizada), com dispersão zero em 1310 nm.
Dispersion Shifted Fiber (ITU-T G.653): fibra monomodo, com dispersão zero em 1550
nm.
1550-nm Loss-Minimized Fiber (ITU-T G.654): caso especial de fibra monomodo padrão,
com baixa perda na região de 1500 a 1600 nm.
Nonzero Dispersion Shifted Fiber (NZDSF) (ITU-T G.655): fibra monomodo cuja disper-
são cromática é diferente de zero na banda C, reduzindo os efeitos não-lineares.
45
4.1.4 Amplificadores Ópticos
Os amplificadores ópticos são dispositivos utilizados para amplificar o sinal, compen-
sando as perdas devidas à atenuação. Funcionalmente, os amplificadores ópticos são idênticos
aos amplificadores elétricos e repetidores, com a diferença de que a amplificação é realizada
inteiramente no domínio óptico. Os amplificadores ópticos funcionam de forma semelhante aos
Lasers: a amplificação do sinal de entrada é obtida por emissão estimulada, através um processo
de bombeio elétrico ou óptico em um meio com ganho.
Existem tres tipos básicos de amplificadores ópticos:
Amplificador de Fibra Dopada com Érbio (Erbium Doped Fiber Amplifier - EDFA):
O EDFA é um amplificador óptico, funcional na banda C, no qual o meio com ganho
consiste em alguns metros de fibra óptica dopada com íons de Érbio, um elemento do
tipo terra-rara. Na Figura (4.11) (CISCO SYSTEM, INC., 2000) é mostrado um diagrama
simplificado de um EDFA.
Figura 4.11: Erbium Doped Fiber Amplifier - EDFA (CISCO SYSTEM, INC., 2000)
.
46
Na Figura (4.12) (NIIT et al., 2001) é mostrado um esquema do funcionamento do EDFA.
Figura 4.12: Níveis de energia e funcionamento do EDFA (NIIT et al., 2001).
O sinal óptico a ser amplificado é injetado em uma fibra dopada com Érbio, na qual é
aplicado um sinal de bombeio contínuo em 980 ou 1480 nm. Esse sinal de bombeio faz
com que elétrons no nível de energia fundamental N
1
passem para um nível excitado de
energia N
3
. Esses elétrons excitados decaem rapidamente para um nível meta-estável de
energia N
2
. O sinal óptico injetado estimula os elétrons no nível N
2
a decairem para o
nível N
1
, emitindo fótons de comprimento de onda da ordem de 1550 nm. Dessa forma,
o sinal óptico injetado é amplificado.
Amplificador Raman (Raman Amplifier - RA):
O RA é um amplificador óptico cujo funcionamento é baseado no efeito não-linear de-
nominado Espalhamento Raman Estimulado (SRS), mencionado anteriormente. A am-
plificação Raman ocorre quando um sinal de bombeio de comprimento de onda menor
propaga-se em uma fibra, criando uma onda de espectro largo (onda de Stokes) que trans-
fere energia e amplifica múltiplos canais por interação entre fônons ópticos. O espectro
de ganho para a amplificação Raman é bastante largo (150 to 200 nm), cobrindo as bandas
de operação S, C, L e U.
47
Amplificador Óptico a Semicondutor (Semiconductor Optical Amplifier - SOA):
Lasers de Semicondutor podem ser utilizados como amplificadores ópticos removendo-
se o feedback da cavidade ressonante. Isso é feito substituindo as extremidades do laser
por revestimentos anti-refletores. Devido a severas limitações, como elevado crosstalk e
baixa potência de saída, o SOA é atualmente pouco utilizado.
A Tabela (4.1) mostra uma comparação entre os três tipos de amplificadores ópticos.
Parâmetro EDFA Raman SOA
Ganho 30 dB 20-25 dB 10-20 dB
Potência de Saída Alta Alta Baixa
Potência de Entrada Moderado Alta Alta
Cross-talk Baixo Baixo Muito Alto
Tendência de Ganho Alto Baixo Alto
Aplicação Metro long haul long haul short haul, canal simples, conversos
Tabela 4.1: Comparativo entre amplificadores ópticos.
4.1.5 Receptores Ópticos: Fotodetetores
A função dos receptores ópticos é decodificar e interpretar o sinal, gerando um fluxo
de dados elétrico proporcional ao sinal óptico recebido. O componente principal de um receptor
óptico é o fotodetetor, que converte um sinal de potência óptica em corrente elétrica. Os fotode-
tetores precisam satisfazer características rigorosas para terem um bom desempenho, tais como
boa responsividade para uma grande faixa de comprimentos de onda utilizados para transmis-
são (geralmente nas regiões de 850 nm, 1300 nm ou 1550 nm), baixo rúido, baixa sensibilidade
a variações de temperatura, baixo custo e longo tempo de vida. Embora existam vários tipos
de fotodetetores disponíveis, em sistemas de comunicação óptica são utilizados exclusivamente
fotodetetores baseados em semicondutores (Fotodiodos). Os Fotodiodos mais comuns são os
Fotodiodos PIN e os Fotodiodos de Avalanche (Avalanche Photo Diodes - APD), devido ao seu
tamanho pequeno, resposta rápida, alta foto-sensibilidade e baixo custo.
48
Fotodiodo PIN
O Fotodiodo PIN é uma extensão do diodo de junção p-n, no qual é inserido um material
intrínseco ligeiramente dopado na junção, aumentando a largura de sua região de deple-
ção. A Figura (4.13) (ALWAYN, 2004) mostra uma visão geral do funcionamento de um
Fotodiodo PIN.
Figura 4.13: Fotodiodo PIN (ALWAYN, 2004).
Fotodiodo de Avalanche
Quando a luz é absorvida por um Fotodiodo PIN, apenas um par elétron-buraco é gerado
por fóton. A sensibilidade do detetor pode ser aumentada se mais elétrons forem gera-
dos, de modo que seja necessária uma potência menor. Se um campo elétrico intenso
for aplicado aos elétrons gerados, mais elétrons serão excitados da banda de valência
para a banda de condução, resultando na geração de mais pares elétron-buraco. Esses
pares elétron-buraco secundários por sua vez podem geram outros pares, num processo
multiplicativo chamado Efeito Avalanche.
49
A Figura (4.14) (ANTONY; GUMASTE, 2002) mostra um esquema geral de um Fotodi-
odo de Avalanche.
Figura 4.14: Fotodiodo Avalanche (ANTONY; GUMASTE, 2002).
4.1.6 Multiplexadores e Demultiplexadores Ópticos
O Multiplexador Óptico combina os múltiplos comprimentos de onda provenientes de
várias fibras em um sinal de entrada único a ser transmitido por uma única fibra óptica. Na outra
extremidade do sistema, o Demultiplexador Óptico separa novamente o sinal recebido em suas
componentes de comprimento de onda, acoplando-as a fibras individuais. Vários dispositivos e
tecnologias são utilizados na Multiplexação/Demultiplexação:
Cavidade Fabry-Perot (FP)
Uma cavidade FP é um dispositivo utilizado na demultiplexação que permite sintonizar
um determinado comprimento de onda. Consiste de duas superfícies refletoras separadas
por um meio refrativo e funciona como uma cavidade ressonante.
50
A Figura (4.15) (ALWAYN, 2004) apresenta o esquema da cavidade ressomante (FP).
Figura 4.15: Cavidade Fabry-Perot (FP) (ALWAYN, 2004).
A refletividade das duas superfícies refletoras é função do comprimento de onda de ope-
ração e pode ser ajustada para sintonizar diferentes comprimentos de onda de ressonân-
cia. O comprimento de onda de ressonância também pode ser ajustado aplicando-se
uma voltagem a um transdutor que muda a distância entre as superfícies refletoras, alte-
rando o comprimento da cavidade. Um cavidade típica para sistemas WDM é construída
utilizando-se um gap de ar entre as superfícies polidas de duas fibras ópticas.
Grade de Bragg (Fiber Bragg Grating - FBG)
A Grade de Bragg é um dispositivo utilizado em sistemas WDM como filtro seletor de
comprimentos de onda. Consiste de um pequeno trecho de fibra no qual foram criadas
perturbações periódicas no índice de refração por exposição à radiação ultravioleta, con-
forme esquematizado na Figura (4.16) (NIIT et al., 2001).
51
Figura 4.16: Grade de Bragg (FBG) (NIIT et al., 2001).
Quando um sinal com várias componentes de comprimentos de onda diferentes propaga-
se através dessa perturbação, uma única componente é refletida para trás, cujo compri-
mento de onda corresponde ao chamado Comprimento de Onda de Bragg, dado por
λ
B
= 2nτ, (4.6)
onde n é o índice de refração do núcleo da fibra e τ é o período da perturbação ou grade.
Filtro Acusto-Óptico Sintonizável (Acousto-Optical Tunable Filter - AOTF)
O AOTF é um filtro dinamicamente sintonizável que facilita a adição/extração de ca-
nais, podendo ser utilizado em aplicações de roteamento e demultiplexação em sistemas
WDM. Seu funcionamento é baseado na geração de uma série de ondas ultrasônicas no
interior de um guia de ondas de cristal de LiNbO
3
, de modo que é criada uma grade acús-
tica dinâmica. As ondas ultrasônicas são geradas aplicando-se um sinal RF no cristal,
conforme mostra a Figura (4.17) (NIIT et al., 2001).
52
Figura 4.17: Filtro Sintonizável Acusto-Óptico (AOTF) (NIIT et al., 2001).
Grade de Guias de Onda Ordenados (Arrayed Waveguide Grating- AWG)
O AWG é um dispositivo que consiste de múltiplos guias de onda de diferentes com-
primentos convergindo no mesmo ponto. Os sinais atravessam cada um desses guias de
onda, percorrendo distâncias diferentes, tal que no ponto de convergência ocorre interfe-
rência construtiva ou destrutiva dependendo da diferença de fase entre os sinais. Portanto,
o AWG pode ser utilizado para multiplexar e demultiplexar o sinal em fase. Na direção
de transmissão, o AWG combina comprimentos de onda de vários guias em um guia
de saída, funcionando como multiplexador. Na direção oposta, o AWG separa os com-
primentos de onda individuais do sinal composto, funcionando como demultiplexador
(Figura 4.18) (NIIT et al., 2001).
Figura 4.18: Grade de Guias de Onda Ordenados (AWG) (NIIT et al., 2001).
53
Interferômetro de Mach-Zehnder (Mach-Zehnder Interfefometer - MZI)
O MZI é um dispositivo que consiste da junção de dois acopladores passivos 2X2. Os
acopladores são conectados a dois braços de tal forma que os sinais em cada braço inter-
ferem um com o outro duas vezes, conforme mostra a Figura (4.19) (NIIT et al., 2001).
Figura 4.19: Interferômetro de Mach-Zehnder (MZI) (NIIT et al., 2001).
Os acopladores são balanceados de forma que a potência de entrada seja igualmente di-
vidida entre os dois braços. O primeiro acoplador divide o sinal em dois. A diferença de
fase entre os dois sinais que se propagam pode ser ajustada variando-se o comprimento
dos braços. Dessa forma, os sinais interferem construtivamente ou destrutivamente no
segundo acoplador, bloqueando um determinado comprimento de onda.
Filtros de Filme Fino (Thin Film Filters - TFF)
O TFF é um dispositivo utilizado para multiplexar ou demultiplexar sinais ópticos. Seu
funcionamento é semelhante ao dos filtros de cavidade, no sentido que uma cavidade
ressonante seleciona os comprimentos de onda permitidos. No TFF, a cavidade é formada
por filmes finos com interfaces que agem como refletores, conforme esquematizado na
Figura (4.20) (NIIT et al., 2001).
54
Figura 4.20: Filtros de Filme Fino (TFF) (NIIT et al., 2001).
Vários desses componentes podem ser integrados de modo a demultiplexar um sinal,
conforme mostra a Figura (4.21) (ALWAYN, 2004).
Figura 4.21: Filtros de Filme Fino integrados para demultiplexar um sinal (ALWAYN, 2004).
55
Optical Add/Drop MUX (OADM)
O OADM é um dispositivo de chaveamento óptico utilizado em sistemas WDM para
adicionar/remover um ou mais comprimentos de onda do sinal óptico em algum ponto
entre o multiplexador e o demultiplexador, sem que haja a necessidade de conversão
do domínio óptico para o elétrico. Na Figura (4.22) (CISCO SYSTEM, INC., 2000) é
mostrado um esquema do funcionamento de um OADM.
Figura 4.22: Optical Add/Drop MUX (OADM) (CISCO SYSTEM, INC., 2000).
4.1.7 Acopladores, Circuladores e Isoladores
Os acopladores são dispositivos ópticos passivos bidirecionais utilizados para combi-
nar ou separar sinais em sistemas de comunicação óptica. O princípio de funcionamento de um
acoplador consiste em fundir os núcleos de N fibras de entrada aos núcleos de M fibras de saída,
de modo a criar um dispositivo de transferência de potência óptica. Na Figura (4.23) (NIIT et
al., 2001)é mostrado o esquema de um acoplador 2X2.
56
Figura 4.23: Acoplador 2X2 (NIIT et al., 2001).
Um Circulador é um dispositivo de múltiplas portas que permite a propagação de sinais
ópticos em certas direções com base na porta de origem do sinal. O Circulador tipicamente
possue três portas, conforme mostra a Figura (4.24) (ANTONY; GUMASTE, 2002).
Figura 4.24: Circulador (ANTONY; GUMASTE, 2002).
O sinal que entra pela porta 1 é direcionado para a porta 2, enquanto o sinal que entra
pela porta 2 é direcionado para a porta 3. Assim, o Circulador opera essencialmente como
um isolador que permite apenas propagação unidirecional, separando comprimentos de onda
através de divisores de feixe (beam splitters) de polarização.
57
O Isolador é um dispositivo que permite apenas a passagem de sinais ópticos em um
determinado estado de polarização (State of Polarization - SOP). O Isolador consiste de po-
larizadores e Rotacionadores de Faraday, conforme mostra a Figura (4.25) (ANTONY; GU-
MASTE, 2002).
Figura 4.25: Isolador (ANTONY; GUMASTE, 2002).
4.2 Caracterização de Sistemas WDM
Um sistema WDM típico compreende vários componentes passivos (fibras ópticas,
multiplexadores, demultiplexadores, filtros, acopladores, etc.) e ativos (lasers, detetores, am-
plificadores) que operam em conjunto para formar um sistema completo de comunicação por
fibras ópticas. Cada um desses componentes deve ser caracterizado e testado individualmente,
de modo a garantir a operação do sistema como um todo sem degradação do desempenho.
Após a caracterização e teste dos componentes individuais, devem ser realizados testes
do sistema como um todo, tais como a determinação da Taxa de Erro de Bit (Bit Error Rate
- BER e da Razão Sinal/Ruído Óptica (Optical Signal to Noise Ratio - OSNR) e a análise do
espectro e do Diagrama de Olho. Na Figura (4.26) (ANTONY; GUMASTE, 2002) é mostrado
um sistema WDM típico, juntamente com as principais características e parâmetros que devem
ser testados.
58
Figura 4.26: Sistema WDM e seu parâmetros (ANTONY; GUMASTE, 2002).
Nas seções seguintes serão apresentados os principais parâmetros utilizados para ca-
racterizar os componentes ópticos passivos de um sistema WDM e algumas das técnicas geral-
mente utilizadas para caracterizar o desempenho do sistema como um todo.
59
4.2.1 Parâmetros Básicos e Especificações
O principais parâmetros utilizados para caracterizar os componentes ópticos passivos
de um sistema WDM são:
Comprimentos de Onda Nominais
São os comprimentos de onda correspondentes a cada canal de transmissão do sistema.
Geralmente adota-se o padrão definido pelo ITU (ITU Grid).
Comprimento de Onda de Referência
O comprimento de onda de referência (λ
r
) ou freqüência de referência (f
r
) é definido
como sendo o valor posicionado no centro da banda de operação (S, C, L e U), a partir do
qual distribuem-se os diversos comprimentos de onda nominais.
Espaçamento entre Canais
O espaçamento entre os canais é definido como sendo o intervalo aproximado entre dois
canais adjacentes, geralmente dado em termos do comprimento de onda λ (nm) ou da
freqüência f (GHz).
Comprimento de Onda de Pico
É o comprimento de onda medido na saída de um dispositivo óptico com o mínimo de
perda entre o sinal de entrada e o sinal de saída (Figura 4.27) (ANTONY; GUMASTE,
2002).
Figura 4.27: Comprimento de onda de pico (ANTONY; GUMASTE, 2002).
60
Comprimento de Onda Central Médio
É o valor médio do comprimento de onda medido entre as extremidades de uma banda
(definidas pelos comprimentos de onda 1 dB abaixo do pico). No caso ideal, o com-
primento de onda de referência e o comprimento de onda central médio devem ser os
mesmos.
Largura de Banda (Bandwidth)
É o valor da largura de um filtro para um nível específico abaixo do pico máximo.
Banda Passante (Passband)
É o ponto de referência acima do qual as medidas ópticas são feitas. Refere-se à largura
de banda operacional disponível e é sempre determinada em relação aos comprimentos
de onda definidos pelo padrão ITU. Se uma banda passante é especificada como P, então
a largura de banda operacional é determinada por λ
c
P e λ
c
+ P, conforme mostra a
Figura (4.28) (ANTONY; GUMASTE, 2002).
Figura 4.28: Banda Passante (ANTONY; GUMASTE, 2002).
Forma de Banda Passante (Passband Shape)
É a forma da resposta espectral dentro da banda passante. Os três tipos de resposta mais
conhecidos são resposta plana, resposta Gaussiana e resposta Lorentziana.
61
Perda por Inserção (Insertion Loss)
É a diferença entre a potência de entrada e a potência de saída do dispositivo sob teste
para cada canal, expressa em dB.
Crosstalk
O crosstalk especifica a potência tranferida a um canal pelos canais adjacentes (ambos
os canais à direita e à esquerda). Existem duas formas de crosstalk em sistemas WDM:
interchannel crosstalk e intrachannel crosstalk , que podem ocorrer em diversos com-
ponentes ópticos como filtros, multiplexadores, demultiplexadores, amplificadores e na
própria fibra através de efeitos não-lineares (RAMASWAMI; SIVARAJAN, 2002).
Perda por Retorno (Return Loss)
É dada pela razão entre a potência incidente e a potência refletida, podendo depender do
comprimento de onda.
Perda por Excesso (Excess Loss)
É a razão entre a potência de entrada e a potência total de saída do dispositivo sob teste,
expressa em dB.
62
4.2.2 Taxa de Erro de Bit (Bit Error Rate - BER) e Fator de Qualidade
(Q-factor)
Quando um sinal se propaga através de um enlace óptico, efeitos como a atenuação,
a dispersão, não-linearidades e ruídos introduzidos na deteção provocam distorções que degra-
dam a qualidade da transmissão. O teste mais fundamental para avaliar o desempenho de um
sistema de comunicação óptica consiste em determinar a probabilidade de que um bit não seja
transmitido corretamente, denominada Taxa de Erro de Bit (Bit Error Rate - BER).
A BER é definida como a razão entre o número de bits errados recebidos, n, e o número
total de bits transmitidos, m:
BER =
n
m
. (4.7)
Para os sistemas de comunicação atuais, considera-se aceitável uma BER na faixa de
10
9
a 10
15
, ou seja, 1 bit errado em 10
9
a 10
15
bits transmitidos (RAMASWAMI; SIVARA-
JAN, 2002).
Analiticamente, a BER pode ser calculada assumindo-se que o ruído associado à re-
cepção de um sinal binário tenha um comportamento estatístico (AGRAWAL, 2001; LOPES,
2006), sendo dada por
BER = p(1)P(0|1) + p(0)P(1|0), (4.8)
onde p(1) e p(0) são respectivamente as probabilidades de se receber os bits 1 e 0 e P(0|1) e
P(1|0) são respectivamente as probabilidades condicionais de se interpretar (receber) um bit 0
dado que foi transmitido um bit 1 e a probabilidade de se interpretar (receber) um bit 1 dado
que foi transmitido um bit 0.
63
Considerando-se que as probabilidades de ocorrência de 0 e 1 são iguais (eventos eqüi-
prováveis), a Eq. (4.9) resulta em:
BER =
1
2
[P(0|1) + P(1|0)]. (4.9)
Assumindo um modelo em que o ruído introduzido no sinal transmitido obedece uma
distribuição de probabilidades gaussiana Figura (4.29) (LOPES, 2006), com valores médios e
variâncias para os níveis lógicos 1 e 0 dados respectivamente por (µ
1
, σ
2
1
) e (µ
0
, σ
2
0
), a BER
pode ser obtida a partir da seguinte expressão
BER =
1
4
[erfc(
µ
1
y
d
2σ
1
) + er fc(
y
d
µ
0
2σ
0
)], (4.10)
onde y
d
representa um valor limiar utilizado como referência na decisão para interpretar o bit
recebido como 0 ou 1 (decision threshold) e erfc(x) é a Função Erro Complementar, definida
por
erfc(x) =
2
π
x
exp(y
2
)dy. (4.11)
Figura 4.29: Modelo Gaussiano para o ruído (LOPES, 2006).
64
A partir da relação (4.10), nota-se que deve haver um valor ótimo do limiar y
d
para o
qual a BER é minimizada. Essa condição é obtida considerando-se as probabilidades de erro
P(0|1) e P(1|0) iguais, tal que:
µ
1
y
d
σ
1
=
y
d
µ
0
σ
0
Q, (4.12)
onde o parâmetro Q, definido dessa forma, é denominado Fator de Qualidade do sinal (Q-
factor).
A partir da Eq. (4.12), o valor otimizado de y
d
é dado por
y
d
=
σ
0
µ
1
σ
1
µ
0
σ
0
+ σ
1
. (4.13)
Utilizando-se as Eqs. (4.12) e (4.13), obtém-se o Fator de Qualidade Q:
Q =
µ
1
µ
0
σ
0
+ σ
1
. (4.14)
Quando todos os bits possuem o mesmo nível de ruído, tem-se σ
0
= σ
1
, de modo que
y
dm
=
1
2
(µ
1
µ
0
). (4.15)
A Eq. (4.15) mostra que nessa situação o valor de limiar encontra-se no ponto médio
entre os valores dos níveis 0 e 1. Nessas condições, é possível aproximar os valores da BER
utilizando a expressão
BER =
1
2
erfc(
Q
2
)
=
exp
Q
2
2
Q
2π
. (4.16)
A Figura (4.30) (ANTONY; GUMASTE, 2002) mostra a relação entre o Fator de Qua-
lidade, Q, e a taxa BER. Como pode-se observar, quanto maior o valor de Q menor será o valor
da BER.
65
Figura 4.30: Relação entre Q-factor e BER (ANTONY; GUMASTE, 2002).
4.2.3 Diagrama de Olho e Análise das Formasde Onda dos Sinais Ópticos
O Diagrama de Olho é uma técnica experimental utilizada para analisar a qualidade de
sinais em um sistema de comunicações por fibras ópticas. Esse método vem sendo utilizado
há bastante tempo para avaliar o desempenho de sistemas de transmissão eletrônicos.
O Diagrama do Olho é gerado experimentalmente utilizando-se um osciloscópio, atra-
vés da superposição no domínio do tempo de várias seqüências de bits. Como exemplo, con-
sideremos todas as 8 possibilidades para uma sequência de 3-bits (2
3
= 8): 000, 001, 010,
011,100,101,110 e 111. Se todas as combinações forem superpostas e exibidas em um os-
ciloscópio, será obtido um Diagrama de Olho como o mostrado a Figura (4.31) (ANTONY;
GUMASTE, 2002).
66
Figura 4.31: Formação do Diagrama de Olho (ANTONY; GUMASTE, 2002).
A Figura (4.32) (ANTONY; GUMASTE, 2002) mostra um Diagrama de Olho típico
de um sinal óptico.
Figura 4.32: Diagrama de Olho obtido com um Osciloscópio (ANTONY; GUMASTE, 2002).
67
A abertura na vertical (altura) mostra a capacidade entre distinguir entre um bit 1 e
um bit 0. A abertura na horizontal (largura) fornece o período de tempo durante o qual pode-
se fazer a amostragem do sinal sem qualquer erro. A análise do Diagrama de Olho fornece
também informações sobre a distorção do sinal, tempo de subida do pulso (rise time), jitter e
permite obter parâmetros como a taxa de extinção e o Fator de Qualidade (Q-factor). Quanto
mais largo e aberto o Diagrama de Olho obtido para um sistema, melhor o seu desempenho.
Uma montagem experimental básica utilizada para gerar o Diagrama de Olho é mostrada na
Figura (4.33) (ANTONY; GUMASTE, 2002). Um gerador PRBS (Pseudo-Random Binary
Sequence) é utilizado para gerar dados com a finalidade de testar o dispositivo. O PRBS pode
gerar padrões de dados de 2
N
x1 bits (valores típicos de N são 7, 9, 13 e 31). Após alcançar o
limite, a sequência de bits é repetida.
Figura 4.33: Geração de um Diagrama de Olho (ANTONY; GUMASTE, 2002).
68
5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS
CANAIS COM O SOFTWARE VPI
O software VPI foi originalmente introduzido em 1998 e era conhecido como PDA
(Photonic Design Automation). O VPI atualmente agrega os elementos do PDA como um
conjunto de elementos (desenvolvimento de metodologias, ferramentas de software e serviços)
que norteiam a engenharia de redes ópticas (VPI, 2007a). A necessidade de baixo custo e
um maior shakeout dos enlaces de comunicações levaram ao uso de simulações nos diferentes
níveis de um enlace óptico.
Algumas das vantagens diretas na implementação de simulações são: base para a cria-
ção de processos, familiaridade com as próximas gerações de componentes (sem a necessidade
de aquisição imediata) e geração de conhecimento nos processos desenvolvidos.
A Figura (5.1) apresenta a estrutura geral do software VPI.
Figura 5.1: Estrutura geral do software VPI (VPI, 2007a).
69
Na camada inferior do VPI encontra-se o VPItransmissionMaker, responsável pela
análise de links de comunicações ópticas. Nessa camada, o VPI permite selecionar o tipo e o
formato do sinal e estabelecer um trade-off entre a rapidez da simulação e a precisão, podendo
esta ser otimizada dependendo da aplicação e do fenômeno estudado.
A base do VPItransmissionMaker para a realização das simulações é construída sobre
um conjunto de sofisticados modelos matemáticos e numéricos, os quais seguem uma filosofia
Black Box e modular. Os efeitos físicos fornecidos por esses modelos são determinados através
de parâmetros globais e locais de cada modelo.
Uma simulação com o VPI estabelece três elementos principais de monitoramento e
controle: Universo (Universe), Galáxia (Galaxy) e Estrela (Star). Uma Estrela é a menor uni-
dade (componente) dentro de uma simulação, não podendo ser alterada. Uma Galáxia é uma
unidade (módulo) constituída de várias Estrelas e outras Galáxias. Finalmente, um Universo
agrega todas as Galáxias e Estrelas. Dessa forma, o VPI permite a comunicação/compartilha-
mento de informações entre as Galáxias e as Estrelas. Essa abordagem leva o desenvolvimento
da simulação a um paradigma de programação baseado na programação estruturada. Cada um
desses objetos permite ajustar seus parâmetros de forma global ou apenas localmente ao objeto.
Os principais parâmetros do VPI são:
TimeWindow: configura o período de tempo para representar um bloco de dados (tama-
nho da palavra); esse parâmetro ajusta a resolução do espectro e a precisão da BER.
SampleRateDefault: utilizado em todos os módulos como taxa de amostragem; no en-
tanto, diferentes taxas de amostragem podem ser configuradas em cada módulo pelo pa-
râmetro SampleRate.
SampleModeCenterFrequency: configura a freqüência central global para todos os ca-
nais.
BitRateDefault: utilizado em todos os módulos como taxa de bits; no entanto, diferentes
taxas de bits podem ser configuradas em cada módulo pelo parâmetro BitRate.
70
Como exemplo, a Figura (5.2) apresenta o parâmetro global - TimeWindow.
Figura 5.2: Parâmetro global - TimeWindow (VPI, 2007a).
A escolha adequada desses parâmetros influencia diretamente o desempenho da simu-
lação e até se a mesma vai ser executada ou não. Algumas regras simples são:
SampleRateDefault x TimeWindow: deve ser uma potência de dois, 2
n
BitRateDefault x TimeWindow: deve ser uma potência de dois, 2
m
Uma forma de definir esses parâmetros adequadamente consiste em escolher inicial-
mente a Taxa de Bits (BitRate) do sistema a ser simulado. A próxima etapa consiste em escolher
quantos blocos de dados serão amostrados a essa Taxa de Bits e, em seguida, qual é o tamanho
da palavra utilizada (TimeWindow). A Tabela (5.1) resume esses parâmetros.
Sistema BitRate SampleRate TimeWindow Amostras/Bloco
2,5 Gbp/s único canal NRZ 2,5e9 8 * 2,5e9 64 / 2,5e9 512
16 * 2,5e9 512 / 2,5e9 8192
32 * 2,5e9 1024 / 2,5e9 32768
10 Gbp/s único canal NRZ 10e9 8 * 2,5e9 64 / 2,5e9 512
16 * 2,5e9 512 / 2,5e9 8192
32 * 2,5e9 1024 / 2,5e9 32768
Tabela 5.1: Parâmetros globais típicos de uma simulação com o VPI.
71
5.1 Taxa de Erro de Bit (BER)
Com o intuito de ganhar maior familiaridade com a montagem do sistema WDM de
dois canais (1310 nm e 1550 nm) utilizada no experimento remoto implementado, foram reali-
zadas simulações da medida da BER do sistema.
Todas as simulações foram realizadas utilizando-se modulação externa dos lasers e os
parâmetros para a fibra óptica mostrados na Tabela (5.2):
Canal (nm) Coeficiente de Atenuação (dBm/km) Coeficiente de Dispersão (ps/nm.km)
1310 0,35 0,22
1550 0 17,38
Tabela 5.2: Parâmetros da fibra óptica utilizados na simulação.
A Figura (5.3) mostra a estrutura do aplicativo desenvolvido com o VPI para a simula-
ção da BER do sistema.
Figura 5.3: Estrutura do aplicativo em VPI para simulação da Taxa BER.
72
5.1.1 BER em função da Potência do Laser para vários Comprimentos
Esta simulação foi realizada com o objetivo de investigar o comportamento da BER
para cada canal com relação à variação da potência fornecida pelos lasers para diferentes
comprimentos da fibra óptica. Nas Figuras (5.4) e (5.5) são mostrados os resultados obtidos
utilizando-se respectivamente valores para a largura dos lasers iguais a 50 MHz e 1 GHz em
ambos os canais.
Observando a Figura (5.4) verifica-se para ambos os canais que a BER diminui à me-
dida que a potência dos lasers aumenta. Esse resultado era esperado, uma vez que o aumento
da potência do laser corresponde a um aumento do valor médio do nível de potência para o bit
1, de modo que melhora a capacidade do sistema de distinguir entre o bit 0 e o bit 1. Nota-se
ainda que para uma dada potência e comprimento da fibra, o desempenho do canal de 1550 nm
é significativamente melhor do que o do canal de 1310 nm. Esse resultado pode ser explicado
considerando-se que o canal de 1310 nm apresenta uma atenuação maior do que o canal de 1550
nm. Verifica-se também que os valores da BER aumentam quando a Taxa de Bits passa de 1
Gbps para 10 Gbps.
Comparando as Figuras (5.4) e (5.5) verifica-se que a BER aumenta significativamente
quando a largura dos lasers passa de 50 MHz para 1 GHz para ambos os canais operando a
taxa de bits igual a 1 Gbps. Quando a taxa de bits é igual a 10 Gbps esse aumento é menor,
indicando que o desempenho do sistema já está limitado pela taxa de bits. Nota-se também que
para largura do laser igual a 1 GHz as curvas tendem a um patamar mínimo à medida que a
potência aumenta, denominado BER-floor. Esse efeito é mais pronunciado para 1550 nm.
73
É importante observar que a análise das curvas obtidas permite determinar a potência
óptica mínima do laser necessária à operação do sistema com um nível de BER mínimo espe-
cificado para um determinado comprimento da fibra óptica. Geralmente, essa potência mínima
é determinada com base no canal de menor desempenho. Por exemplo, no caso de um sistema
operando com lasers de largura 50 MHz, taxa de bits 1 Gbps e comprimento da fibra 10 km,
para obter-se um nível de BER mínimo de referência igual a 10
10
é necessário utilizar uma
potência mínima igual a -15 dBm. Esse valor é determinado com base no canal de 1310 nm, o
qual apresenta a maior perda.
A Tabela (5.3) mostra os valores utilizados para os parâmetros principais.
Parâmetros Valores
Largura do Laser 1310 nm 50 MHz e 1 GHz
Largura do Laser 1550 nm 50 MHz e 1 GHz
Potência Laser 0,01 mW até 0,5 mW (55 pontos)
Taxa de Bit 1 Gbps e 10 Gbps
Atenuação de Entrada 1310 nm 0 dBm
Atenuação de Entrada 1550 nm 0 dBm
Comprimento da Fibra 10 até 50 km (5 curvas)
Perda por Inserção 1,3 dBm
Atenuação da Fibra 1310nm 0,35 dBm/km
Atenuação da FIbra 1550nm 0,22 dBm/km
Dispersão 1310 nm 0 ps/nm.km
Dispersão 1550 nm 17,38.10
6
ps/nm.km
Tabela 5.3: Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Potência do Laser para
vários Comprimentos.
74
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.4: BER x Potência do Laser (Largura dos lasers de 50 MHz): (a) Taxa de Bits 1 Gbps
/ Canal de 1310 nm ; (b) Taxa de Bits 1 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de Bits 10 Gbps /
Canal de 1310 nm; (d) Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1550 nm.
75
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.5: BER x Potência do Laser (Largura dos lasers de 1 GHz): (a) Taxa de Bits 1 Gbps
/ Canal de 1310 nm ; (b) Taxa de Bits 1 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de Bits 10 Gbps /
Canal de 1310 nm; (d) Taxa de Bits 10 Gbps / Canal de 1550 nm.
76
5.1.2 BER em função da Largura do Laser para vários Comprimentos
Esta simulação foi realizada com o objetivo de investigar o comportamento da BER
para cada canal com relação à variação da largura dos lasers para diferentes comprimentos
da fibra óptica. Nas Figuras (5.6) e (5.7) são mostrados os resultados obtidos utilizando-se
respectivamente valores para a taxa de bits dos lasers iguais a 1 Gbps e 10 Gbps em ambos os
canais.
Observando a Figura (5.6) verifica-se para ambos os canais que a BER aumenta à
medida que a largura dos lasers aumenta. Esse resultado era esperado, uma vez que o aumento
da largura do laser produz uma maior superposição de bits, modo que piora a capacidade do
sistema de distinguir entre bits 0 e 1 sucessivos. Esse efeito é mais pronunciado para fibras de
comprimento menor. Como no caso anterior, verifica-se que o desempenho do canal de 1550
nm é significativamente melhor do que o do canal de 1310 nm e, conforme esperado, que os
valores da BER aumentam quando a potência dos lasers passa de 0,1 mW para 0,065 mW.
Comparando as Figuras (5.6) e (5.7) verifica-se que a influência da largura sobre a BER
diminui para ambos os canais quando a taxa de bits passa de 1 Gbps para 10 Gbps, indicando
novamente que o desempenho do sistema já está limitado pela taxa de bits. Verifica-se que, esse
efeito é mais pronunciado para o canal de 1310 nm.
77
Os resultados das simulações 5.1.1 e 5.1.2 mostram que, para as situações analisadas,
a atenuação é um fator mais importante do que a dispersão no que se refere à limitação do
desempenho do sistema, uma vez que a BER é sempre maior no canal de 1310 nm para o qual o
coeficiente de atenuação na fibra (0,35 dBm/km) é maior do que para o canal de 1550 nm (0,22
dBm/km). Isso ocorre embora o coeficiente de dispersão na fibra seja menor para o canal de
1310 nm (0 ps/nm.km) do que para o canal de 1550 nm (17 ps/nm.km).
A Tabela (5.4) mostra os valores utilizados para os parâmetros principais.
Parâmetros Valores
Largura do Laser 1310 nm 50 MHz até 1 GHz (55 pontos)
Largura do Laser 1550 nm 50 MHz até 1 GHz (55 pontos)
Potência Laser 0,1 mW e 0,065 mW
Taxa de Bit 1 Gbps e 10 Gbps
Atenuação de Entrada 1310 nm 0 dBm
Atenuação de Entrada 1550 nm 0 dBm
Comprimento da Fibra 10 até 50 km (5 curvas)
Perda por Inserção 1,3 dBm
Atenuação da Fibra 1310nm 0,35 dBm/km
Atenuação da FIbra 1550nm 0,22 dBm/km
Dispersão 1310 nm 0 ps/nm.km
Dispersão 1550 nm 17,38.10
6
ps/nm.km
Tabela 5.4: Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Largura do Laser para
vários Comprimentos.
78
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.6: BER x Largura do Laser (Taxa de Bits 1 Gbps): (a) Potência de 0,1 mW / Canal de
1310 nm ; (b) Potência de 0,1 mW / Canal de 1550 nm; (c) Potência de 0,065 mW / Canal de
1310 nm; (d) Potência de 0,065 mW / Canal de 1550 nm.
79
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.7: BER x Largura do Laser (Taxa de Bits 10 Gbps): (a) Potência de 0,1 mW / Canal
de 1310 nm ; (b) Potência de 0,1 mW / Canal de 1550 nm; (c) Potência de 0,065 mW / Canal
de 1310 nm; (d) Potência de 0,065 mW / Canal de 1550 nm.
80
5.1.3 BER em função da Potência Recebida para várias Taxas de Bits
Esta simulação foi realizada com o objetivo de investigar o comportamento da BER
para cada canal com relação à variação da potência recebida (ROP - Received Optic Power)
para diferentes taxas de bits. Nas Figuras (5.8) e (5.9) são mostrados os resultados obtidos
utilizando-se respectivamente valores para a largura dos lasers iguais a 50 MHz e 1 GHz em
ambos os canais.
Observando a Figura (5.8) verifica-se que para ambos os canais a BER diminui à me-
dida que a potência recebida aumenta. Nota-se também que, mantendo fixo o valor da potência
recebida, a BER não varia significativamente com a taxa de bits na faixa de 0,25 a 1,25 Gbps.
Na faixa de 2,5 a 12,5 Gbps a BER aumenta com a taxa de bits, sendo esse efeito mais
pronunciado para o canal de 1550 nm. Nesse caso, o desempenho do canal de 1310 torna-se
melhor do que o do canal de 1550 nm à medida que aumenta a taxa de bits.
Comparando as Figuras (5.8) e (5.9) verifica-se que, mantendo a potência recebida
fixa, a BER diminui com a taxa de bits na faixa de 0,25 a 1,25 Gbps quando a largura dos lasers
passa de 50 MHz para 1 GHz para ambos os canais. Na faixa de 2,5 a 12,5 Gbps a BER aumenta
com a taxa de bits, sendo esse efeito mais pronunciado para o canal de 1550 nm. É importante
notar que para o canal de 1310 nm ocorre um cruzamento das curvas correspondentes a taxas
de bits de 2,5 e 5,0 Gbps. Esses resultados permitem antecipar a existência de um ponto de
mínimo na curva BER x Taxa de bits, cuja posição deve depender da largura dos lasers.
81
A Tabela (5.5) mostra os valores utilizados para os parâmetros principais.
Parâmetros Valores
Largura do Laser 1310 nm 50 MHz e 1 GHz
Largura do Laser 1550 nm 50 MHz e 1 GHz
Potência Laser 1,2 mW
Taxa de Bit 0,25 até 1,25 Gbps (5 curvas)
2,5 até 12,5 Gbps (5 curvas)
Atenuação de Entrada 1310 nm 0 até 6 dBm (55 pontos)
Atenuação de Entrada 1550 nm 6,5 até 12,5 dBm (55 pontos)
Comprimento da Fibra 50 km
Perda por Inserção 1,3 dBm
Atenuação da Fibra 1310nm 0,35 dBm/km
Atenuação da FIbra 1550nm 0,22 dBm/km
Dispersão 1310 nm 0 ps/nm.km
Dispersão 1550 nm 17,38.10
6
ps/nm.km
Tabela 5.5: Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Potência Recebida (ROP)
para várias Taxas de Bits.
82
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.8: BER x Potência Recebida (Enlace de 50 km, Largura dos lasers de 50 MHz e
Potência dos lasers de 1,2 mW): (a) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b)
Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal
de 1310 nm; (d) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm.
83
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.9: BER x Potência Recebida (Enlace de 50 km, Largura dos lasers de 1 GHz e Potência
dos lasers de 1,2 mW): (a) Taxa de bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Taxa de
bits 0,25 até 1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal de 1310
nm; (d) Taxa de bits 2,5 até 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm.
84
As Figuras (5.10) e (5.11) mostram os Diagramas de Olho para o sinal óptico de saída
correspondente ao canal de 1310 nm com largura do laser igual a 1 GHz para várias atenuações
(menor atenuação corresponde a maior potência recebida), respectivamente para Taxas de Bits
de 0,25, 0,5 e 1 Gbps e Taxas de Bits de 2,5, 5 e 10 Gbps. A partir da Figura (5.10) verifica-se
que, conforme esperado, para largura do laser igual a 1 GHz o desempenho do canal de 1310
nm melhora à medida que aumenta a taxa de bits na faixa de 0,25 a 1 Gbps. Nota-se também
que o desempenho piora à medida que aumenta a atenuação (diminui a potência recebida).
Observando a Figura (5.11) verifica-se que, conforme esperado, para largura do laser
igual a 1 GHz o desempenho do canal de 1310 nm piora à medida que aumenta a taxa de bits
na faixa de 2,5 a 10 Gbps. Como no caso anterior, o desempenho piora à medida que aumenta
a atenuação (diminui a potência recebida).
Nas Figuras (5.12) e (5.13) são mostrados os Diagramas de Olho para o sinal óptico
de saída correspondente ao canal de 1550 nm com largura do laser igual a 1 GHz para várias
atenuações, respectivamente para Taxas de Bits de 0,25, 0,5 e 1 Gbps e Taxas de Bits de 2,5, 5
e 10 Gbps. Observa-se um comportamento semelhante ao do canal de 1310 nm.
Nota-se também, conforme esperado, que para taxas de bits na faixa de 2,5 a 10 Gbps,
o desempenho do canal de 1550 nm é mais sensível à variação da taxa de bits e menos sensível
à variação da potência recebida em comparação com o desempenho do canal de 1310.
85
0,25 Gbps 0,5 Gbps 1 Gbps
Figura 5.10: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz com
atenuações de 0, 3 e 6 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 0,5 e 1 Gbps.
86
2,5 Gbps 5 Gbps 10 Gbps
Figura 5.11: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz com
atenuações de 0, 3 e 6 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 2,5, 5 e 10 Gbps.
87
0,25 Gbps 0,5 Gbps 1 Gbps
Figura 5.12: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz com
atenuações de 6,5, 9,5 e 12,5 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 0,5 e 1 Gbps.
88
2,5 Gbps 5 Gbps 10 Gbps
Figura 5.13: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1GHz com atenu-
ações de 6,5, 9,5 e 12,5 dBm (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 2,5, 5 e 10 Gbps.
89
5.1.4 BER em função do Comprimento da Fibra para várias Taxas De
Bits
Esta simulação foi realizada com o objetivo de investigar o comportamento da BER
para cada canal com relação à variação do comprimento da fibra óptica para diferentes taxas de
bits. Nas Figuras (5.14) e (5.15) são mostrados os resultados obtidos utilizando-se respectiva-
mente valores para a largura dos lasers iguais a 50 MHz e 1 GHz em ambos os canais.
Observando a Figura (5.14) verifica-se para ambos os canais que a BER aumenta à
medida que o comprimento da fibra aumenta. Nota-se também que, mantendo fixo o valor do
comprimento, a BER não varia significativamente com a taxa de bits na faixa de 0,25 a 1,25
Gbps. Na faixa de 2,5 a 12,5 Gbps a BER aumenta com a taxa de bits para ambos os canais,
sendo esse efeito novamente mais pronunciado para o canal de 1550 nm, embora o desempenho
do canal de 1550 mantenha-se sempre melhor do que o do canal de 1310 nm.
Comparando as Figuras (5.14) e (5.15) verifica-se que, mantendo o comprimento da
fibra fixo, a BER diminui com a taxa de bits na faixa de 0,25 a 1,25 Gbps quando a largura dos
lasers passa de 50 MHz para 1 GHz para ambos os canais. Na faixa de 2,5 a 12,5 Gbps a BER
não varia significativamente com a taxa de bits para o canal de 1310 nm e aumenta com a taxa
de bits para o canal de 1550 nm. Nota-se novamente a ocorrência de um cruzamento das curvas
correspondentes a taxas de bits de 2,5 e 5,0 Gbps, desta vez para o canal de 1550 nm, indicando
a existência de um ponto de mínimo na curva BER x Taxa de bits, cuja posição deve depender
do comprimento da fibra.
90
A Tabela (5.6) mostra os valores utilizados para os parâmetros principais.
Parâmetros Valores
Largura do Laser 1310 nm 50 MHz e 1 GHz
Largura do Laser 1550 nm 50 MHz e 1 GHz
Potência Laser 0,05 mW e 0,035 mW
Taxa de Bit 0,25 Gbps até 1,25 Gbps (5 curvas)
2,5 Gbps até 12,5 Gbps (5 curvas)
Atenuação de Entrada 1310 nm 0 dBm
Atenuação de Entrada 1550 nm 0 dBm
Comprimento da Fibra 10 até 50 km (55 pontos)
Perda por Inserção 1,3 dBm
Atenuação da Fibra 1310nm 0,35 dBm/km
Atenuação da FIbra 1550nm 0,22 dBm/km
Dispersão 1310 nm 0 ps/nm.km
Dispersão 1550 nm 17,38.10
6
ps/nm.km
Tabela 5.6: Parâmetros utilizados na simulação: BER em função do Comprimento da Fibra para
várias Taxas de Bits.
91
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.14: BER x Comprimento (Largura dos lasers de 50 MHz): (a) Potência 0,05 mW/Taxa
de Bits de 0,25 a 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Potência 0,05 mW/Taxa de Bits de 0,25 a
1,25Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Potência 0,035 mW/Taxa de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal
de 1310 nm; (d) Potência 0,035 mW/Taxa de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm.
92
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.15: BER x Comprimento (Largura dos Lasers de 1 GHz): (a) Potência 0,05 mW/Taxa
de Bits de 0,25 a 1,25 Gbps / Canal de 1310 nm ; (b) Potência 0,05 mW/Taxa de Bits de 0,25 a
1,25 Gbps / Canal de 1550 nm; (c) Potência 0,05 mW/Taxa de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal
de 1310 nm; (d) Potência 0,05 mW/Taxa de Bits de 2,5 a 12,5 Gbps / Canal de 1550 nm.
93
Nas Figuras (5.16) e (5.17) são mostrados os Diagramas de Olho para o sinal óptico
de saída correspondente ao canal de 1310 nm com largura do laser igual a 1 GHz para vários
comprimentos da fibra óptica, respectivamente para Taxas de Bits de 0,25, 0,5 e 1 Gbps e Taxas
de Bits de 2,5, 5 e 10 Gbps.
Observando a Figura (5.16) verifica-se que, conforme esperado, para largura do laser
igual a 1 GHz o desempenho do canal de 1310 nm melhora à medida que aumenta a taxa de bits
na faixa de 0,25 a 1 Gbps. Nota-se também que o desempenho piora significativamente à medida
que aumenta o comprimento da fibra, com o olho fechando-se totalmente para comprimento
igual a 100 km. A partir da Figura (5.17) verifica-se que, conforme esperado, para largura do
laser igual a 1 GHz o desempenho do canal de 1310 nm não varia significativamente com a taxa
de bits na faixa de 2,5 a 10 Gbps. Como no caso anterior, o desempenho piora à medida que
aumenta o comprimento da fibra.
Os Diagramas de Olho (Figuras 5.18 e 5.19), mostram o sinal óptico de saída corres-
pondente ao canal de 1550 nm com largura do laser igual a 1 GHz para vários comprimentos da
fibra óptica, para Taxas de Bits de 0,25, 0,5 e 1 Gbps e Taxas de Bits de 2,5, 5 e 10 Gbps.
Observa-se que na faixa de 0,25 a 1 Gbps o comportamento do canal de 1550 nm é
semelhante ao do canal de 1310 nm, embora um pouco menos sensível à variação da taxa de
bits. Na faixa de 2,5 a 10 Gbps o desempenho piora à medida que aumenta a taxa de bits e/ou
aumenta o comprimento da fibra.
94
0,25 Gbps 0,5 Gbps 1 Gbps
Figura 5.16: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz com
comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25,
0,5 e 1 Gbps.
95
2,5 Gbps 5 Gbps 10 Gbps
Figura 5.17: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm / Largura do laser 1 GHz com
comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 2,5, 5
e 10 Gbps.
96
0,25 Gbps 0,5 Gbps 1 Gbps
Figura 5.18: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz com
comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25,
0,5 e 1 Gbps.
97
2,5 Gbps 5 Gbps 10 Gbps
Figura 5.19: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm / Largura do laser 1 GHz com
comprimentos de fibra iguais a 10, 50 e 100 km (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 2,5, 5
e 10 Gbps.
98
5.1.5 BER em função da Taxa de Bits para várias Larguras
Esta simulação foi realizada com o objetivo de investigar o comportamento da BER
para cada canal com relação à variação da Taxa de Bits para diferentes larguras dos lasers. Na
Figura (5.20) são mostrados os resultados obtidos.
Observando a Figura (5.20) verifica-se para ambos os canais que, conforme indicado
pelos resultados das simulações 5.1.3 e 5.1.4, inicialmente a BER diminui à medida que a taxa
de bits aumenta, atingindo um valor mínimo a partir do qual passa a aumentar. O valor desse
mínimo aumenta com a largura do laser e diminui com o comprimento da fibra, situando-se no
caso das simulações realizada entre 1 a 5 Gbps. A Tabela (5.7) mostra os parâmetros utilizados.
Parâmetros Valores
Largura do Laser 1310 nm 50 MHz até 1,05 GHz
Largura do Laser 1550 nm 50 MHz até 1,05 GHz
Potência Laser 0,035 mW para 10 km e 0,25 mW para 50 km
Taxa de Bit 0,25 Gbps até 12,5 Gbps (5 curvas)
Atenuação de Entrada 1310 nm 0 dBm
Atenuação de Entrada 1550 nm 0 dBm
Comprimento da Fibra 10 e 50 km
Perda por Inserção 1,3 dBm
Atenuação da Fibra 1310nm 0,35 dBm/km
Atenuação da FIbra 1550nm 0,22 dBm/km
Dispersão 1310 nm 0 ps/nm.km
Dispersão 1550 nm 17,38.10
6
ps/nm.km
Tabela 5.7: Parâmetros utilizados na simulação: BER em função da Taxa de Bits para várias
Larguras.
99
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5.20: BER x Taxa de Bits (Largura dos lasers de 50 MHz até 1,05 GHz): (a) Enlace de
50 km / 0,25 mW de Potência / Canal de 1310 nm ; (b) Enlace de 50 km / 0,25 mW de Potência
/ Canal de 1550 nm; (c) Enlace de 10 km / 0,035 mW de Potência / Canal de 1310 nm; (d)
Enlace de 10 km / 0,035 mW de Potência / Canal de 1550 nm.
100
Nas Figuras (5.21) e (5.22) são mostrados os Diagramas de Olho para o sinal óptico
de saída correspondente ao canal de 1310 nm para várias taxas de bits e larguras do laser,
respectivamente para valores do comprimento da fibra de 10 km e 50 km. Observa-se que,
conforme esperado, a partir da largura do laser igual a 0,55 MHz o desempenho de ambos os
canais melhora quando a taxa de bits passa de 0,25 a 5 Gbps e piora novamente quando a taxa
de bits passa para 12,5 Gbps.
Nas Figuras (5.23) e (5.24) são mostrados os Diagramas de Olho para o sinal óptico
de saída correspondente ao canal de 1550 nm para várias taxas de bits e larguras do laser,
respectivamente para comprimentos de fibra de 10 km e 50 km.
101
0,25 Gbps 5,0 Gbps 12,5 Gbps
Figura 5.21: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm para enlace de 10 km com larguras
do laser de 50 MHz, 0.55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 5,0 e
12,5 Gbps.
102
0,25 Gbps 5,0 Gbps 12,5 Gbps
Figura 5.22: Diagramas de Olho para o Canal de 1310 nm para enlace de 50 km com larguras
do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 5,0 e
12,5 Gbps.
103
0,25 Gbps 5,0 Gbps 12,5 Gbps
Figura 5.23: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm para enlace de 10 km com larguras
do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 5,0 e
12,5 Gbps.
104
0,25 Gbps 5,0 Gbps 12,5 Gbps
Figura 5.24: Diagramas de Olho para o Canal de 1550 nm para enlace de 50 km com larguras
do laser de 50 MHz, 0,55 GHz e 1,05 GHz (horizontal) e Taxas de Bits (vertical) de 0,25, 5,0 e
12,5 Gbps.
105
5.2 Dynamic Data Sheet (DDS) e VPIplayer
O VPIplayer é um software gratuito e distribuído livremente que permite executar si-
mulações em fotônica em qualquer computador com plataforma Windows (VPI, 2007b). Os
aplicativos, denominados dynamicDataSheet (DDS), são gerados salvando-se simulações cria-
das com o VPItransmissionMaker no formato VPIplayer.
Analogamente aos aplicativos criados com o VPItransmissionMaker, os DDS contêm
parâmetros para manipulação/configuração, processam ma simulação e exibem resultados em
interfaces correspondentes a osciloscópios, analisadores de espectros (OSA), histogramas, es-
feras de Poincaré e gráficos XY.
A Figura (5.25) apresenta o DDS gerado a partir do aplicativo utilizado para simulação
do sistema WDM de dois canais descrito anteriormente.
Figura 5.25: DDS para simulação do sistema WDM de dois canais.
Este DDS pode ser incorporado ao ambiente virtual de ensino-aprendizagem, de modo
que os estudantes possam acessá-lo durante a realização de atividades envolvendo o WebLab.
106
6 EXPERIMENTO PARA CARACTERIZAÇÃO DE UM
SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS
6.1 Descrição da Montagem Experimental
As Figuras (6.1 e 6.2) mostram respectivamente um diagrama e uma fotografia da
montagem experimental utilizada para a implementação do WebLab.
Figura 6.1: Diagrama da Montagem Experimental utilizada para a Caracterização de um Sis-
tema WDM de Dois Canais.
Figura 6.2: Foto da Montagem Experimental utilizada para a Caracterização de um Sistema
WDM de Dois Canais.
107
São utilizados dois Diodos Laser com comprimentos de onda λ
1
= 1310 nm e λ
2
=
1550 nm. Os sinais de entrada são acoplados utilizando-se um acoplador WDM 1310/1550 nm
(MUX). Após a multiplexação, o sinal composto propaga-se através de uma fibra óptica mono-
modo e é demultiplexado por um segundo acoplador WDM (DEMUX). Após a demultiplexa-
ção, os sinais de saída componentes são enviados a uma chave óptica 2 X 8, permitindo analisar
os espectros e formas de onda correspondentes a cada canal utilizando-se respectivamente um
Analisador de Espectro Óptico (Optical Spectral Analyser - OSA) e um Osciloscópio.
Com o objetivo de analisar o comportamento do sistema WDM e seus efeitos inerentes
à multiplexação/demultiplexação, os lasers são modulados diretamente com sinais analógicos
de diferentes amplitudes e freqüências a partir de uma portadora fornecida por um Gerador de
Sinais que produz sinais de modulação senoidais na banda LF (Low Frequence). Os sinais de
modulação são adicionados ao sinal DC (bias) fornecido pelos drivers de corrente do laser, de
modo que a potência óptica de saída é dada por:
P(t) = P
0
[1+ m sin(ωt)] (6.1)
onde P
0
é a potência óptica de saída do laser sem modulação, ω é a freqüência de modulação e
m é o fator de modulação, definido por
m =
I
I
B
(6.2)
onde I
B
= I
op
I
th
é o ponto de bias, sendo I
op
a corrente de operação (DC) e I
th
a corrente
de limiar (threshold), e I é a amplitude da corrente de modulação (a partir do ponto de bias),
conforme mostra a Figura 6.3.
108
Figura 6.3: Modulação analógica direta da corrente dos lasers com sinais senoidais LF.
Utilizando essa montagem, foram realizadas as seguintes medidas:
Determinação das Curvas L-I e Espectros dos Lasers de 1310 nm e 1550 nm.
Análise das formas de onda e espectros dos sinais ópticos de entrada e saída com modu-
lação analógica direta de corrente.
Determinação das Curvas de Resposta em Freqüência.
Os equipamentos utilizados são descritos a seguir.
Lasers: São utilizados dois Diodos Laser tipo Fabry-Perot, operando na faixa de 1310 nm
e 1550 nm, da NEWPORT Modelos LD-1310-31B e LD-1550-21B. A corrente máxima
permitida é de 25,5 mA, com threshold nominal de 11 mA.
Driver de Corrente: Foram utilizados dois Drivers de Corrente da NEWPORT Modelo
500. Os Drivers fornecem uma entrada BNC MOD/External Input para a modulação da
corrente. O intervalo de correntes pode ser ajustado nas escalas de 0 a 50 mA (função
de transferência igual a 5 mA/V) ou de 0 a 100 mA (função de transferência igual a 10
109
mA/V). O modo de operação com relação à modulação da corrente é configurado pelas
chaves I (”Corrente Constante”) ou P (”Potência Óptica Constante”). A largura de banda
de operação do Laser é configurada por uma chave na parte traseira do Driver.
Gerador de Sinais: Foi utilizado um gerador de sinais da ROHDE&SCHWARZ Mo-
delo SML 01, equipado com porta serial RS-232 e IEEE 488.1 (GPIB). Os padrões (si-
nais) produzidos são formas de onda senoidais de freqüências LF (Low Frequence) e RF
(ROHDE&SCHWARZ, 2007) na faixa de freqüências de 9 kHz a 1.1 GHz.
Acopladores WDM: São utilizados dois acopladores de fibra fundida WDM 1310/1550
nm da OPTOLINK com fibra padrão ITU-T G652, perda por inserção média de 1,3 dBm
e largura de banda de 20 nm (OPTOLINK, 2007).
Fibra Óptica: Foi utilizada uma fibra óptica mono-modo padrão de 3,5 km.
Chave Óptica: Foi utilizada uma chave ótpica 2x8 da ANRITSU (ANRITSU, 2007) Mo-
delo MN9672A com suporte a GPIB, USB e Ethernet.
Fotodetector: Foi utilizado um fotodetector do tipo PIN da NEWPORT (NEWPORT,
2007) Modelo 818-BB-21 com freqüência de operação 0,3 até 1,1 µm.
OSA: Foi utilizado um analisador de espectro óptico da AGILENT Modelo HP 86142A,
que trabalha com uma faixa de comprimento de onda de 600 nm a 1700 nm, com uma
resolução de largura de banda de 0,06 nm, potência máxima de 3 dBm e possui interfaces
de controle GPIB e Ethernet (AGILENT, 2004).
Osciloscópio: Foi utilizado um osciloscópio da AGILENT Modelo DSO 6104A de lar-
gura de banda de 1 GHz, taxa de amostragem máxima de 4GHz/s e 4-canais DSO (Digital
Storage Oscilloscope). Além disso, possui portas USB, LAN e GPIB para impressão, có-
pia de segurança, compartilhamento de recursos via rede e instrumentação remota (AGI-
LENT, 2005).
110
6.2 Caracterização do Lasers
Esta seção apresenta três conjuntos de medidas realizadas para a caracterização dos
lasers de 1310 nm e 1550 nm utilizados na geração dos sinais de entrada no sistema WDM
de dois canais: (1) Determinação das Curvas Características (L-I) e Espectros; (2) Análise
das formas de onda e espectros com modulação direta; (3) Curva de Resposta em Freqüência.
Essas medidas têm como objetivo possibilitar a análise do desempenho do sistema, através da
comparação entre os resultados obtidos para os sinais de entrada e os resultados correspondentes
obtidos para os canais de transmissão.
6.2.1 Curvas L-I e Espectros
Para se definir as características de operação de um laser é comum utilizar a Curva L-I
(Potência Óptica de Saída x Corrente). Na Figura 6.4 são mostradas as curvas L-I obtidas para
os lasers utilizados.
Figura 6.4: Curvas Características dos Lasers (L-I).
111
Na Tabela 6.1 são mostrados os valores da corrente de threshold (I
th
) e corrente má-
xima (I
max
) obtidos a partir da curva L-I para cada laser, bem como os valores da correntes de
operação (I
op
) fixados para a execução dos experimentos remotos.
Diodo Laser (nm) I
th
(mA) I
max
(mA) I
op
(mA)
1550 10 38 21,3
1310 10 28 17,5
Tabela 6.1: Parâmetros dos Lasers.
Os valores de I
th
=10 mA indica o limiar de separação entre as regiões de emissão
espontânea e emissão estimulada dos lasers. Os valores I
max
=38 mA para o canal de 1550
nm e I
max
=28 mA para o canal de 1310 nm correspondem ao limite de resposta devido ao
aquecimento da junção PN. As correntes de operações foram fixadas em I
op
=21,3 mA para o
canal de 1550 nm e I
op
=17,5 mA para o canal de 1310 nm, uma vez que os drivers de corrente
utilizados não possuem interface para o controle remoto. Em ambos os casos a potência óptica
de saída obtida é 1 mW. É importante observar que os valores fixados para as correntes
de operação de cada laser situam-se próximos ao centros das respectivas regiões lineares de
operação, permitindo utilizar sinais de modulação com maior amplitude I.
As Figuras (6.5 e 6.6) mostram respectivamente os espectros dos sinais ópticos de
saída dos lasers de 1310 nm e 1550 nm obtidos com o OSA e as Figuras (6.7 e 6.8) mostram
respectivamente as Curvas de Ganho e Modos correspondentes.
112
Figura 6.5: Espectro do Laser 1310 nm.
Figura 6.6: Espectro do Laser 1550 nm.
113
Figura 6.7: Curva de Ganho e Modos (1310 nm).
Figura 6.8: Curva de Ganho e Modos (1550 nm).
114
6.2.2 Modulação Direta de Corrente com Sinais Senoidais
Nas Figuras (6.9 e 6.10) são mostradas as formas de onda e espectros respectivamente
para os lasers de 1310 nm e 1550 nm modulados diretamente com um sinais senoidais de am-
plitude V = 375 mV (I = 1,875 mA) e diferentes freqüências de modulação.
Observa-se que a potência óptica pico-a-pico, P
picoapico
, diminui à medida que au-
menta a freqüência de modulação. Além disso, ocorre uma defasagem entre o sinal de mo-
dulação e o sinal óptico, que aumenta com a freqüência de modulação. À parte a diminuição
de potência, não se observa alteração significativa dos espectros de ambos os lasers quando a
freqüência de modulação aumenta.
Nas Figuras (6.11 e 6.12) são mostradas as formas de onda e espectros respectivamente
para os lasers de 1310 nm e 1550 nm modulados diretamente com sinais senoidais de freqüência
150 kHz e diferentes amplitudes de modulação.
À parte o aumento esperado da potência óptica pico-a-pico, não se observa distorção
nas formas de onda e/ou alteração significativa nos espectros de ambos os lasers à medida que
a amplitude de modulação aumenta, uma vez que para essas amplitudes os valores máximo e
mínimo da corrente situam-se na região linear de operação.
115
10 kHz 150 kHz 300 kHz
(a)
(b)
Figura 6.9: Modulação Direta do Laser de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com V = 375mV
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
116
10 kHz 150 kHz 300 kHz
(a)
(b)
Figura 6.10: Modulação Direta do Laser de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com V =
375 mV (verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
117
100 mV 250 mV 300 mV
(a)
(b)
Figura 6.11: Modulação Direta do Laser de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com f = 150 kHz
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
118
100 mV 250 mV 300 mV
(a)
(b)
Figura 6.12: Modulação Direta do Laser de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com f = 150 kHz
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
119
6.2.3 Curva de Resposta em Freqüência
A medida da potência óptica P
picoapico
em função da freqüência de modulação
(Curva de Resposta em Freqüência) permite analisar quantitativamente a resposta em freqüência
de um laser com modulação direta de corrente.
Nas Figuras (6.13a e 6.13b) são mostradas as Curvas de Resposta em Freqüência res-
pectivamente para os lasers de 1310 nm e 1550 nm, obtidas para tres valores diferentes de
corrente de operação I
op
= 17,5 mA, 20 mA e 25 mA. Para ambos os canais, a amplitude de
modulação foi fixada em V = 250 mV (I = 1,25 mA) e a freqüência de modulação variada
no intervalo de 10 kHz a 300 kHz.
(a) (b)
Figura 6.13: Curvas de Resposta em Freqüência: (a) Laser de 1310 nm (b) Laser de 1550 nm.
A partir da Curva de Resposta em Freqüência, pode-se determinar a largura de banda
de modulação, definida como sendo o intervalo de freqüência de modulação f para o qual a
potência óptica P
picoapico
não varia mais do que 3 dBm (equivalente a um fator 2). Na Tabela
6.2 são mostradas as larguras de banda para os lasers utilizados, obtidas para as correntes de
operação I
op
= 17,5 mA,20 mA e 25 mA.
120
Observa-se que a largura de banda f aumenta com a corrente de operação I
op
para
ambos os lasers.
I
op
(mA) f (kHz): 1310 nm (mA) f (kHz): 1550 nm (mA)
17,5 235 225
20,0 275 275
25,0 290 290
Tabela 6.2: Larguras de Banda para os lasers de 1310 nm e 1550 nm.
121
6.3 Caracterização dos Canais de Transmissão
Este conjunto de medidas, realizadas remotamente, permitiu caracterizar os canais de
transmissão (sinais na saída do DEMUX após a propagação através da fibra óptica). Os valores
das correntes de operação para os lasers foram fixados em I
1310
=17,5 mA e I
1550
=21,3 mA.
6.3.1 Espectros
As Figuras (6.14 e 6.15) mostram os espectros dos sinais ópticos DC (sem modulação)
para ambos os canais de transmissão.
Figura 6.14: Espectro do sinal óptico transmitido: canal de 1310 nm
Figura 6.15: Espectro do sinal óptico transmitido: canal de 1550 nm
122
A não ser pela atenuação em ambos os canais, não se observa alteração significativa
dos espectros em relação aos obtidos para os sinais de entrada.
6.3.2 Modulação Direta de Corrente com Sinais Senoidais
Nas Figuras (6.16 e 6.17) são mostradas as formas de onda e espectros respectivamente
para os canais de transmissão de 1310 nm e 1550 nm, obtidas com sinais de entrada modulados
diretamente utilizando sinaissenoidais de amplitude V = 375mV (I = 1,875mA)e diferentes
freqüências de modulação.
Analogamente ao que ocorre para os sinais de entrada, observa-se que a potência óptica
P
picoapicodos
sinais transmitidos, diminui à medida que aumenta a freqüência de modulação.
Com relação ao espectro, observa-se a diminuição esperada da potência. Além disso, nota-se
um pequeno alargamento do espectro do sinal transmitido de 1550 nm à medida que aumenta a
freqüência de modulação, o que não ocorre para o sinal transmitido de 1310 nm. Essa diferença
pode ser explicada considerando-se que o canal de 1550 nm a dispersão na fibra óptica é de
17,38.10
6
ps/(nm.km) enquanto que para o canal de 1310 nm a dispersão é aproximadamente
nula.
Nas Figuras (6.18 e 6.19) são mostradas as formas de onda e espectros respectivamente
para os canais de transmissão de 1310 nm e 1550 nm, obtidas com sinais de entrada modula-
dos diretamente utilizando sinais senoidais de freqüência 150 kHz e diferentes amplitudes de
modulação.
Nesse caso, uma vez que a freqüência de modulação é mantida fixa, a única alteração
é o aumento já esperado da potência óptica em ambos os canais.
123
10 kHz 150 kHz 300 kHz
(a)
(b)
Figura 6.16: Canal de Transmissão de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com V = 375 mV
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
124
10 kHz 150 kHz 300 kHz
(a)
(b)
Figura 6.17: Canal de Transmissão de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com V = 375 mV
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
125
100 mV 250 mV 375 mV
(a)
(b)
Figura 6.18: Canal de Transmissão de 1310 nm: (a) Sinal de Modulação com f = 150 kHz
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
126
100 mV 250 mV 375 mV
(a)
(b)
Figura 6.19: Canal de Transmissão de 1550 nm: (a) Sinal de Modulação com f = 150 kHz
(verde) e Formas de Onda (violeta); (b) Espectros.
127
6.3.3 Curva de Resposta em Freqüência
Na Figura 6.20 são mostradas as Curvas de Resposta em Freqüência para os canais de
1310 nm e 1550 nm, com correntes de operação fixadas respectivamente em I
1310
=17,5 mA e
I
1550
=21,3 mA. Para ambos os canais, a amplitude de modulação foi fixada em V = 250 mV
(I = 1, 25 mA) e a freqüência de modulação variada no intervalo de 10 kHz a 300 kHz.
(a) (b)
Figura 6.20: Curvas de Resposta em Freqüência: (a) Canal de 1310 nm (b) Canal de 1550 nm.
A partir das Curvas de Resposta em Freqüência, foram determinadas as larguras de
banda de modulação para os canais de 1310 nm e 1550 nm, obtendo-se respectivamente os
valores f
1310
280 kHz e f
1550
300 kHz. Observa-se que ocorre em ambos os canais um
pequeno aumento da largura de banda com relação aos valores obtidos para os sinais de entrada
correspondentes, indicando uma queda de desempenho do sistema devida principalmente aos
efeitos de atenuação e dispersão na fibra óptica.
128
7 INSTRUMENTOS VIRTUAIS
Neste capítulo são descritos os Instrumentos Virtuais (VI’s) desenvolvidos com o soft-
ware LabVIEW para a medida remota das características básicas de um sistema WDM de dois
canais (1310 nm e 1550 nm): drivers e interfaces gráficas de usuário (GUI’s) para controle e
aquisição de dados dos instrumentos utilizados. Também é apresentada e discutida a arquite-
tura do sistema desenvolvido com o software LabVIEW para o WebLab, que permite otimizar
o processo de automação e execução remota do experimento.
7.1 Drivers e GUI’s para Controle e Aquisição de Dados dos Ins-
trumentos
Foram desenvolvidos drivers e GUI’s para o controle e aquisição de dados dos seguin-
tes instrumentos:
Gerador de Sinais - ROHDE&SCHWARZ Modelo SML 01
Chave Óptica - ANRITSU Modelo MN9672A
Osciloscópio - AGILENT Modelo DSO 6104A
Analisador de Espectro Óptico (OSA) - AGILENT Modelo 86142A
O desenvolvimento desses VI’s foi realizado em três fases distintas: (1) Teste de comu-
nicação com o equipamento; (2) Desenvolvimento da Interface de Controle (Front Panel); (3)
Integração da Interface de Controle (Front Panel) com os comandos em LabVIEW (Diagram
Block).
129
Na fase (1) é estabelecida a identificação do dispositivo via o barramento de comuni-
cação (GPIB, USB, ETHERNET) utilizando-se o aplicativo (Measure and Instruments) da NI.
Nesta fase, mensagens VISA de escrita/leitura são utilizadas para testar o equipamento.
Na fase (2), que pode ser definida como "peso-leve", é construído o Painel Frontal
(Front Panel) dos instrumentos. Nesta fase são utilizados (Clusters) de comandos (leitura/es-
crita), de modo a permitir uma melhor modularização do código na fase de integração. Final-
mente, na fase (3) é implementada a integração dos comandos dos instrumentos às GUI’s.
7.1.1 Gerador de Sinais
Na Figura (7.1) é mostrada a interface desenvolvida para o controle e aquisição de
dados do Gerador de Sinais.
Figura 7.1: Interface para o controle e aquisição de dados do Gerador de Sinais.
Nessa interface são apresentados dois tipos de painéis. O painel da direita permite que
o usuário selecione os parâmetros do Gerador: Status (On/Off), Amplitude e Freqüência de
modulação.
130
Os parâmetros de Amplitude (1 a 10 V) e Freqüência (10 kHz a 1 MHz) podem ser se-
lecionados inserindo-se diretamente os valores numéricos ou utilizando-se o knob. As unidades
de Amplitude (mV, V) e de Freqüência (H, kHz) são selecionadas a partir do menu drop-down.
No painel da esquerda são apresentados os valores atualizados dos parâmetros de ope-
ração do Gerador.
Conforme mostrado na Figura (7.2), o driver do Gerador de Sinais foi componentizado
em um Sub-VI.
Figura 7.2: Sub-VI do Gerador de Sinais.
Os parâmetros de entrada Set/Get (Sml) controlam as operações de escrita (Set) ou
leitura (Get) do equipamento. Os valores que se deseja alterar no equipamento são informados
pelo parâmetro Controls (Signal Generator). Um Cluster de erro pode ser passado para o
equipamento a partir da entrada error in.
131
7.1.2 Chave Óptica
Na Figura (7.3) é mostrada a interface desenvolvida para o controle da Chave Óptica.
Figura 7.3: Interface para o controle da Chave Óptica.
O usuário seleciona o canal de entrada desejado para a medida através do botão COM.
Cada entrada está associada a um dos Lasers (COM1=Laser de 1310nm e COM2=Laser de
1550 nm). A legenda do lado direito exibe o canal selecionado. O canal de saída é selecionado
através dos botões ("< ou ">”). Conforme mostrado na Figura (7.4), o driver da Chave Óptica
foi componentizado em um Sub-VI.
Figura 7.4: Sub-VI da Chave Óptica.
Os parâmetros de entrada ctr - IN controlam as operações de escrita no equipamento.
Os valores alterados no equipamento retornam no cluster de saída ctr - OUT.
132
7.1.3 Osciloscópio
Na Figura (7.5) é mostrada a interface desenvolvida para o controle e aquisição de
dados do Osciloscópio.
Figura 7.5: Interface para o controle e aquisição de dados do Osciloscópio.
O usuário deve selecionar a opção Run Control para iniciar a aquisição de dados ou a
opção Auto Scale, que inicializa automaticamente a aquisição de dados e configura o trigger do
Osciloscópio para o canal do gerador. O botão Trigger permite que o usuário selecione outro
canal para realizar o trigger.
Os controles analógicos permitem que o usuário selecione o canal a ser visualizado.
O canal 1 é destinado à entrada LF/BNC do Gerador de Sinal e o canal 2 é destinado ao sinal
óptico modulado na saída do Fotodetector (PIN). Para cada canal, os parâmetros de Vertical
Range e Vertical off-set podem ser selecionados inserindo-se diretamente os valores númericos
ou através dos knobs.
133
Conforme mostado na Figura (7.6), o driver do Osciloscópio foi componentizado em
um Sub-VI.
Figura 7.6: Sub-VI do Osciloscópio.
Os parâmetros de entrada Set/Get (Sml) controlam as operações de escrita (Set) ou
leitura (Get) do equipamento. Os valores que se deseja alterar no equipamento são informados
pelo parâmetro Cluster Front Panel (in). O parâmetro Command indica o comando que se deseja
executar no driver. Os comandos válidos são: Auto Scale, Trigger, Channel, Vertical Range e
Vertical Off-Set. Esse parâmetro foi utilizado em função da existência de Race Condition nas
operações de leitura e escrita dos Clusters de entrada e saída. Alternativamente, um cluster de
erro pode ser passado para o equipamento a partir da entrada error in.
134
7.1.4 Analisador de Espectro Óptico (OSA)
Na Figura (7.7) é mostrada a interface desenvolvida para controle do OSA.
Figura 7.7: Interface para o controle e aquisição de dados do OSA.
O usuário tem a possibilidade de iniciar a aquisição de dados a partir do botão (Aqui-
sition On/Off), selecionar o comprimento de onda central, os valores de span das diversas com-
ponentes do sinal óptico, alterar os valores do modo/escala de operação (log ou linear) e exibir
a aquisição correspondente ao comprimento de onda central ajustado.
Conforme mostrado na Figura (7.8), o driver do OSA foi componentizado em um
Sub-VI.
Figura 7.8: Sub-VI do OSA.
135
Os parâmetros de entrada Set/Get (OSA) controlam as operações de escrita (Set) ou
leitura (Get) do equipamento. Os valores que se deseja alterar no equipamento são informa-
dos pelo parâmetro Cluster Span/Center WL. O parâmetro Atenuador (dBm) indica o valor de
atenuação que será somado/subtraído ao sinal do OSA. O parâmetro Mode indica o modo de
operação (Linear ou Log). Durante processamento, o Sub-VI apresenta o resultado no indica-
dor Cluster Front Panel OSA. Valores de máximos e mínimos são atribuídos respectivamente
em Xmim,Ymim, Xmax e Ymax. Alternativamente, um Cluster de erro pode ser passado para o
equipamento a partir da entrada error in.
136
7.2 InterfaceGráfica de Usuário para Realização do Experimento.
A interface gráfica de usuário (GUI) para a realização do experimento é dividida em
duas guias: Análise dos Canais e Curva de Resposta em Freqüência.
A guia Análise dos Canais, mostrada na Figura (7.9), é utilizada para analisar quali-
tativamente as formas de onda e os espectros dos sinais ópticos transmitidos correspondentes a
cada canal (1310 ou 1550 nm), utilizando respectivamente o Osciloscópio ou o OSA.
Figura 7.9: Guia Análise dos Canais.
O usuário seleciona a freqüência e a amplitude do sinal de modulação a ser fornecido
pelo Gerador de Sinais, bem como o canal de entrada (1310 ou 1550 nm) e o canal de saída
(OSA ou Osciloscópio) utilizando o controle da Chave Óptica. Para iniciar a medida, o usuário
pressiona o botão Medir. No canto superior direito é exibida a forma de onda (Osciloscópio) ou
o espectro (OSA) do sinal óptico transmitido e no canto inferior direito é exibido um diagrama
indicando o status dos componentes durante a medida (indicadores em verde).
137
A guia Curva de Resposta em Freqüência é utilizada para medir a potência dos sinais
ópticos transmitidos correspondentes a cada canal (1310 ou 1550 nm) em função da freqüência
de modulação para uma dada amplitude de modulação, utilizando o Osciloscópio.
O usuário pode selecionar dois modos de operação: Manual ou Automático. No modo
Manual, o usuário executa as medidas uma por vez, selecionando um a um os valores de
freqüência de modulação a ser fornecido pelo Gerador de Sinais. No modo Automático, o usuá-
rio define previamente um intervalo de freqüências de modulação (valor inicial e valor final) e
o valor do incremento (passo). Ao clicar no botão Iniciar Medida esses valores são inseridos na
tabela e as medidas são executadas automaticamente em seqüência.
Nas Figuras (7.10) e (7.11) são mostradas respectivamente as interfaces corresponden-
tes ao modos Manual e Automático.
Figura 7.10: Guia Curva de Resposta em Freqüência - Modo Manual.
138
Figura 7.11: Guia Curva de Resposta em Freqüência - Modo Automático.
Em ambas as interfaces, no canto superior direito é exibida a forma de onda do sinal
(Osciloscópio) e no canto inferior direito é exibida a curva de resposta em freqüência obtida.
139
7.3 Arquitetura do Sistema Desenvolvido
O sistema desenvolvido com o software LabVIEW para o WebLab descrito neste tra-
balho utiliza uma arquitetura baseada na combinação de dois tipos de Design Patterns da NI:
o State Machine Diagram e o Producer/Consumer (Events). Essa arquitetura reflete um mo-
delo recorrente da Teoria de Sistemas Operacionais (TANENBAUN; WOODHULL, 1997) e de
problemas computacionais que lidam com Race Conditions (CARR et al., 2005).
Conforme esquematizado na Figura (7.12), o sistema integra duas estruturas distintas e
interligadas que operam em conjunto: Máquina de Estados e Produtor/Consumidor (Eventos).
O fluxo de dados entre as duas estruturas é estabelecido por meio de mensagens tipificadas em
Clusters/Controls.
Figura 7.12: Arquitetura do Sistema desenvolvido para o WebLab com o software LabVIEW .
A estrutura Máquina de Estados permite separar regras triviais - tais como inicializa-
ção, agrupamento de variáveis (botões, controles de edição e outros objetos visuais), configura-
ção das telas (GUI’s) de intrumentos e medidas - das operações de processamento e tratamento
de eventos do sistema.
140
A Figura (7.13) apresenta as principais transições da estrutura Máquina de Estados
implementada para o WebLab descrito neste trabalho.
Figura 7.13: Transições da Estrutura Máquina de Estados implementada para o WebLab.
À medida que transições válidas (reconhecidas) ocorrem, a Máquina de Estados evolui
para um novo grupo de processamentos. Cada grupo de processamento/tarefa é representado
por t
i
, onde i,0 <= i <= 7. Cada transição válida é dada pelos rótulos das setas de orientação
entre os balões (Initialize Variable, GUI, Manual Meansure, Remote Means, Setup OSA, Setup
OSC., Setup Switch, Setup Generator). A Máquina de Estados pre dois tipos de terminado-
res (estados finalizadores): Init (balão verde) e Stop (balão vermelho). Cada transição default
mantém o processamento dentro do looping de eventos do processo local.
A estrutura Produtor/Consumidor (Eventos) permite a separação entre o tratamento de
eventos da interface e a alta taxa de processamento de instrumentos como o OSA e o Oscilos-
cópio.
141
A Figura (7.14) mostra um exemplo de Diagrama de Blocos correspondente à estrutura
Produtor/Consumidor (Eventos) implementada neste trabalho.
Figura 7.14: Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Produtor para
Consumidor.
A parte superior do diagrama é um laço do tipo while, no qual o produtor recebe
e produz uma mensagem a partir de uma FILA previamente criada. Uma FILA é utilizada
em função da necessidade do produtor poder tratar um número arbitrário de eventos. Dessa
forma, o primeiro laço fica esperando um evento ocorrer e, à medida que um evento ocorre,
um sinal é inserido na FILA e propagado para o laço consumidor. Como a FILA é uma região
compartilhada entre os dois laços, apenas um dos laços pode ler/escrever a cada operação. No
exemplo exibido na figura é passado um dado do tipo String, mas qualquer tipo de dado pode
ser passado.
142
Com o objetivo de minimizar o número de laços no Diagrama de Blocos e fornecer
um feedback para o processo produtor, o laço inferior (consumidor) foi ajustado para propagar
uma mensagem para o processo produtor. Essa mensagem é recuperada a partir do evento User
Event no laço produtor. Esse comportamento é apresentado na Figura (7.15).
Figura 7.15: Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Consumidor para
Produtor.
Uma vez recuperada a mensagem no primeiro laço, um if pode ser utilizado para es-
colher a ação a ser executada e, se for o caso, disparar uma nova mensagem (inserir na FILA).
143
A Figura (7.16) mostra um trecho do código relativo à estrutura Produtor/Consumidor
(Eventos) para o comando de Auto Scale do Osciloscópio.
Figura 7.16: Estrutura Produtor/Consumidor (Eventos): Troca de Mensagens Produtor para
Consumidor (Auto Scale do Osciloscópio).
O laço produtor possui uma estrutura do tipo stack sequence para definir a ordem de
operação. A primeira etapa na seqüência é configurar as FGV’s (Function Global Variables)
"Set Pan" e "OSC", ambas variáveis do tipo semáforo que são utilizadas para evitar Race Condi-
tion. A primeira, "Set Pan" , habilita ou não a escrita na variável que representa o Front Panel do
Osciloscópio. A segunda, "OSC" , interrompe o laço de aquisição do Osciloscópio caso esteja
em operação. Os controles do Front Panel (Auto Scale e Run Control) são ajustado para as op-
ções True e False na segunda etapa. A última fase de execução é montar (bundle) os comandos
Start Osciloscope e Auto Scale em um Cluster e inserir na FILA para o consumidor processar
os dois comandos. Ao receber o cluster com os dois comandos, o consumidor desmonta (un-
bundle) o conteúdo da FILA, verifica o tipo de comando recebido e atualiza o equipamento.
144
É importante notar que os valores no display do Osciloscópio são atualizados apenas após o
consumidor disparar um evento do tipo Running para o produtor.
A utilização da arquitetura descrita acima possibilitou o desenvolvimento de um sis-
tema para o WebLab que apresenta boas práticas de programação (Escalável, Legível e Mante-
nível), além do tratamento rápido de eventos e/ou alta taxa de processamento entre um grande
número de instrumentos, permitindo otimizar o processo de automação e execução remota do
experimento.
145
8 CONCLUSÃO
Neste trabalho foi desenvolvido um WebLab para o estudo e caracterização de um sis-
tema WDM de dois canais (1310 nm e 1550 nm), destinado a apoiar e complementar atividades
em cursos de Comunicações Ópticas presenciais e a distância. O WebLab é integrado a um
ambiente virtual de ensino-aprendizagem implementado com o software MOODLE, através de
um novo módulo de atividades, denominado Módulo WebLab, desenvolvido pelo grupo do La-
boratório e Fotônica Mackenzie utilizando-se scripts PHP e componentes do próprio ambiente
MOODLE.
Visando ganhar maior familiaridade com a montagem do sistema WDM de dois ca-
nais (1310 nm e 1550 nm) utilizada no experimento remoto implementado, foram realizadas
simulações da medida da BER do sistema utilizando-se o software VPI. Essas simulações per-
mitiram analisar a influência dos parâmetros e características do sistema com relação à qua-
lidade dos sinais transmitidos, através da medida da Taxa de Erro de Bits (BER). A partir do
aplicativo de simulação desenvolvido com o software VPI, foi gerado um dynamicDataSheet
(DDS) utilizando-se o software VPIplayer. Esse aplicativo foi incorporado ao ambiente virtual
de ensino-aprendizagem, permitindo a realização de simulações mesmo por usuários que não
possuem o software VPI instalado em seus computadores.
Para a realização dos experimentos remotos foram desenvolvidos drivers e interfaces
gráficas de usuário (GUI’s) com o software LabVIEW , utilizando-se uma arquitetura baseada
na combinação de dois tipos de Design Patterns da NI: o State Machine Diagram e o Produ-
cer/Consumer (Events). Essa arquitetura possibilitou o desenvolvimento de um sistema para
o WebLab que permite a separação entre o tratamento de eventos da interface e a alta taxa
146
de processamento de instrumentos como o OSA e o Osciloscópio, otimizando o processo de
automação e execução remota do experimento.
Foram realizadas medidas locais para a caracterização dos lasers utilizados no sistema
e medidas remotas para análise qualitativa das formas de onda e espectros dos sinais ópticos
transmitidos com modulação analógica direta de corrente dos lasers e para determinação das
Curvas de Resposta em Freqüência em cada canal. A principal difuculdade encontrada refere-
se à limitação de opções dos equipamentos utilizados. Futuramente pretende-se incorporar
equipamentos mais sofisticados, possibilitando uma caracterização mais completa do sistema.
147
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