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os gases considerados medicinais, e como tal são drogas, como para qualquer
droga, na utilização desses gases, como no caso do oxigênio, alguns cuidados
devem ser tomados (BERGERON e BIZJAK, 1999; SANTOS et al., 1999).
Assim, segundo Scanlan et al., (2000), deve ser selecionada uma “dosagem”
apropriada, a resposta de sua aplicação deve ser monitorizada e a terapia deve
ser alterada de acordo com a necessidade. Alguns dos perigos da
oxigenioterapia são citados por Atkinson e Murray (1989), Bergeron e Bizjak
(1999), Scanlan et al., (2000) e White Martins (2001):
* No adulto, a exposição a concentrações de oxigênio elevadas (80 a
100%) associa-se ao desenvolvimento de complicações respiratórias. Os
alvéolos pulmonares não toleram concentrações altas de oxigênio durante
períodos prolongados, e podem começar a apresentar edema, hemorragia e
necrose.
* A membrana dos capilares alveolares tornam-se propensas a sofrerem
lesões devido às elevadas concentrações de oxigênio.
* Concentrações altas de oxigênio, no recém-nascido prematuro,
associam-se à destruição do crescimento do nervo óptico e lesão dos capilares
da retina, causando graus variáveis de perda da visão e cegueira.
* O ar respirado com oxigênio em altas concentrações, o nitrogênio tem
sua concentração grandemente reduzida, a ponto de que, se a maior parte do
oxigênio inspirado se difunde no sangue, não resta outro gás para manter os
alvéolos abertos, estes começam a fechar-se e, dificultando sua expansão
durante a inspiração ocorrendo a atelectasia.
* Efeitos colaterais: anorexia, náusea, irritação da córnea e do cristalino, e
anemia causada pelo aumento da destruição das hemácias. Em pressões