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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR NILTON LINS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA URBANA
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE
ANÁLISE COMPARATIVA DO USO DE OXIGÊNIO ÚMIDO E SECO EM
VÍTIMAS DE TRAUMA ATENDIDAS PELO SAMU 192 MANAUS
CHEILA MARIA LINS BENTES
ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Henrique Rocha Aride
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Biologia Urbana, do
Centro Universitário Nilton Lins, para
obtenção do título de Mestre em Biologia
Urbana.
MANAUS
2008
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2
FICHA CATALOGRÁFICA
B419a Bentes, Cheila Maria Lins.
Análise comparativa do uso de oxigênio úmido
e seco em vítimas de trauma atendidas pelo SAMU 192 Manaus. /
Cheila Maria Lins Bentes. – Manaus: [s.n.], 2008.
00f.: il.; 30 cm.
Dissertação ao programa (Pós-graduação em Biologia
Urbana). Centro Universitário Nilton Lins.
1. Samu. 2. Oxigênio. 3. Trauma. I. Título. II. Centro
Universitário Nilton Lins.
CDU 543.632.44-052:616-001(811.3)
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3



Ao meu esposo Marcos, pelo amor,
carinho, dedicação e, principalmete, por
acreditar nos meus sonhos; a meus
filhos: Raquel, Henrique e Isabelle, que
sonharam junto comigo e participaram
ativamente desta conquista; aos meus
pais que foram e sempre serão
exemplos de persistência e luta; aos
meus colegas do SAMU, pelo apoio na
coleta dos dados e pelas informações
prestadas.
4
Agradeço a Deus, autor e consumador
de minha fé; A meus professores,
exemplos de empenho e competência;
ao laboratório LACEN, pelo excelente
trabalho prestado na análise dos
materiais; ao meu querido Prof. Dr.
Paulo Aride, pelas orientações claras e
precisas, pelo carinho e interresse
demonstrado durante todas as fases da
pesquisa; aos meus colegas de classe,
esta vitória é nossa.
5
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Richard H. Carmona
6
RESUMO
O pré-hospitalar tem por finalidade direcionar e qualificar o resgate das
vítimas através de protocolos de atendimentos. O programa SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência) 192, instituído no Brasil, desenvolve suas
atividades seguindo os protocolos mundiais de urgência e emergência. Um
destes de suma importância é o de oxigenoterapia, por causa do seu valor vital
para manutenção da vida. A administração de oxigênio úmido ou seco, em
dispositivos suplementar de baixo ou alto fluxo, é realizado segundo orientações
do médico regulador através da telemedicina ou do protocolo de oxigenoterapia.
O programa SAMU 192 Manaus utiliza em seu protocolo oxigênio a seco em vez
de úmido. Realizado um estudo comparativo, exploratório, analítico, descritivo,
do uso do oxigênio úmido ou seco, de baixo ou alto fluxo com os seguintes
dispositivos suplementar: cateter nasal, máscara de não reinalação e
ressuscitador manual, em vítimas de traumas atendidas nas ambulâncias de
suporte básico do SAMU 192 Manaus, no período de cinco meses. A coleta de
dados foi realizada em formulário específico, preenchido com informações
contidas na ficha de atendimento. Foi realizada: análise laboratorial de amostras
da água destilada estéril utilizada nos umidificadores simples de bolha, num
período de 12 horas, nas ambulâncias de suporte básico das bases Sul e Leste;
custo financeiro do tipo de oxigênio utilizado. Após analise dos dados, foi
sugerido um protocolo de oxigenoterapia com oxigênio a seco.
Palavras-chave:
SAMU – oxigênio – trauma – protocolo.
7
ABSTRACT
The objective of prehospital is give quality to the rescue of victims through
protocols of care. The program SAMU (Office of the Emergency Care Mobile)
192, set in Brazil, develops its activities following the protocols of global urgency
and emergency. One of the important protocols is to the oxygen, because of its
value vital to maintaining life. The administration of oxygen wet or dry, with
additional devices at low or high flow, is conducted according to medical
regulatory guidelines through telemedicine or the protocol of oxygen. The
program SAMU 192 Manaus uses oxygen in its protocol to dry wet instead.
Directed a comparative study, explorer, analytical, descriptive, the use of oxygen
wet or dry, low or high flow with the following additional provisions: nasal
catheter, mask to not reinhale and hand’s ressuscitate in victims of trauma seen
in ambulances support Basics of SAMU 192 Manaus, in the period of five
months. Data collection was performed in specific form, filled with information in
the form of care. Laboratory analysis of samples of distilled water used in sterile
humid simple bubble in a period of 12 hours in ambulances from basic support of
the bases south and east; financial cost of the type of oxygen used. After
examining the data, suggested a protocols of oxygen with oxygen to dry.
Key-words:
SAMU – oxygen – trauma – protocol
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL
11
1.1 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 11
1.2 Ambulância 12
1.3 SAMU 192 Manaus 14
1.4 Trauma 15
1.5 Oxigenoterapia 17
1.6 Sistema respiratório 20
1.7 Umidificação de gases 22
1.8 Dispositivos para uso de oxigenoterapia 23
OBJETIVOS 26
Geral 26
Específicos 26
1. INTRODUÇÃO 27
2. MATERIAL E MÉTODOS 28
2.1 Local de estudo 28
2.2 Tipo de estudo 28
2.3 Coleta de dados 28
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 32
4. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES 44
5. CONCLUSÃO 47
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48
9
7. APÊNDICES
A
8. ANEXOS C
10
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - Tipos de ocorrências – outubro de 2007
33
GRÁFICO 2 - Tipos de ocorrências – novembro de 2007_____ _______34
GRÁFICO 3 - Oxigenoterapia – outubro de 2007 37
GRÁFICO 4 - Oxigenoterapia – novembro de 2007 37
GRÁFICO 5 - Dispositivos suplementar – outubro de 2007 38
GRÁFICO 6 - Dispositivos suplementar – novembro de 2007 39
GRÁFICO 7 - Acidentes de percurso 41
GRÁFICO 8 - Atendimento em trauma 42
GRÁFICO 9 - Quantitativo de vítimas atendidas 42
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – Atendimento do mês de outubro de 2007 33
QUADRO 2 – Atendimento no mês de novembro de 2007 34
QUADRO 3 – Oxigenoterapia – tempo de uso 36
QUADRO 4 – Dispositivos suplementar 39
11
INTRODUÇÃO GERAL
1.1 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192
No fim do século XVIII, o Barão Dominick Jean Larrey, cirurgião-chefe
militar de Napoleão, reconheceu a necessidade de um pronto atendimento pré-
hospitalar. Ele desenvolveu uma “ambulância voadora”, puxada a cavalo, para
retirar rapidamente homens feridos do campo de batalha e adotou a premissa de
que os homens que trabalhavam nessas ambulâncias deveriam ter treinamento
em cuidados médicos para dar assistência no local e no transporte desses
pacientes (BRASIL, 2006; NAEMT, 2004; METROPOLITANA II, 2005).
No Brasil, a partir de 1893, o Senado da jovem República Brasileira
aprova a Lei que pretendia estabelecer o socorro médico de urgência na via
pública, sendo encomendadas da Europa várias ambulâncias
(METROPOLITANA II, 2005). Freira (2001) menciona o início do atendimento
pré-hospitalar no Brasil em 1989, no Estado de São Paulo.
A Política Nacional da Atenção às Urgências, trata do assunto em duas
Portarias (BRASIL, 2004; BRASIL, 2006; MOURA, 2003);
GM n.° 2.048, de 5 de novembro de 2002 Considera-se como nível de
pré-hospitalar móvel na aérea de urgência, o atendimento que procura chegar
precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza
clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar ao
sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento e / ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde.
12
GM n.° 1.864, de 29 de setembro de 2003 Institui o componente pré-
hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio
da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e
regiões de todo o território brasileiro: SAMU 192.
O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência de natureza,
clínica, obstétrica, cirúrgica, pediátrica, traumas e de psiquiatria em qualquer
lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após
chamada gratuita, para o telefone 192 (BRASIL, 2004; BRASIL, 2006).
O atendimento pré-hospitalar compreende três etapas: atendimento na
cena do acidente, transporte e chegada ao hospital.
Citado por Freire (2001), um
dos objetivos a serem atingidos no atendimento inicial qualificado é estabilizar as
condições respiratórias e hemodinâmicas, aumentando a sobrevida e prevenido
as possíveis seqüelas.
1.2 Ambulância
Define-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário)
que se destine exclusivamente ao transporte de enfermo (BRASIL, 2004;
FREIRE, 2001; MOURA, 2003; OLIVEIRA et al., 2004; SIATE/CBPR, 2006).
Portaria GM n.° 1.864, em seu parágrafo 3.°, institui que: As ambulâncias
serão adquiridas na proporção de um veículo de suporte básico à vida para cada
grupo de 100.000 a 150.000 habitantes, e de um veículo de suporte avançado à
vida para cada 400.000 a 450.000 por habitantes (BRASIL, 2004; MOURA,
2003). Classificadas conforme a Política Nacional de Atenção às Urgências
(BRASIL, 2004; BRASIL, 2006; MOURA, 2003), em:
Tipo A – Ambulância de Transporte.
13
Tipo B Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte
inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecida e ao atendimento pré-
hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com
potencial de necessitar de intervenção médica no local e / ou durante transporte
até o serviço de destino.
Tipo C – Ambulância de Resgate.
Tipo D – Ambulância de Suporte Avançado.
Tipo E – Aeronave de Transporte Médico.
Tipo F – Embarcação de Transporte Médico.
As ambulâncias de Suporte Básico (Tipo B) deverão dispor, no nimo,
dos seguintes materiais e equipamentos ou similares com eficácia equivalente
(BRASIL, 2004; FREIRE, 2001; 2004; PREFEITURA DE MANAUS, 2005;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRIPIRI, 2006; SIATE/CBPR, 2006):
- Sinalizador óptico e acústico;
- Equipamentos de radiocomunicação fixo e móvel;
- Maca articulada e com rodas;
- Suporte para soro;
- Instalação de rede de oxigênio com cilindro, válvula, manômetro em
local de fácil visualização e régua com dupla saída;
- Oxigênio com régua tripla (a - alimentação do respirador; b -
fluxômetro e umidificador de oxigênio e c - aspirador tipo Venturi);
- Manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação;
- Cilindro de oxigênio portátil com válvula;
- Maleta de urgência contendo: estetoscópio adulto e infantil,
ressuscitador manual adulto / infantil, cânulas orofaríngeas de
tamanhos variados, luvas descartáveis, tesoura reta com ponta romba,
esparadrapo, esfigmomanômetro adulto / infantil, ataduras de 15 cm,
compressas cirúrgicas estéreis, pacotes de gaze estéril, protetores
14
para queimados e eviscerados, cateteres para oxigenação e aspiração
de vários tamanhos;
- Maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas, clamps umbilicais, estilete
estéril para corte do cordão, saco plástico para placenta, cobertor,
compressas cirúrgicas e gazes estéreis, braceletes de identificação;
- Prancha curta e longa para imobilização de coluna;
- Talas para imobilização de membros e conjunto de colares cervicais;
- Colete imobilizador dorsal;
- Frascos de soro fisiológico e ringer lactato;
- Bandagens triangulares;
- Cobertores; coletes refletivos para a tripulação;
- Lanterna de mão;
- Óculos, máscaras e aventais de proteção e maletas com medicações
a serem definidas em protocolos, pelos serviços.
As ambulâncias Tipo B, devem ser tripuladas por dois profissionais,
sendo um o motorista e um cnico ou auxiliar de enfermagem (BRASIL, 2004;
BRASIL, 2006).
1.3 SAMU 192 Manaus
A área de abrangência do SAMU 192 Manaus é a área geográfica do
Município de Manaus rea urbana e rural), ou seja, 11.401.068 Km
2
,
onde a
prestação de serviços de urgência pré-hospitalar compreenderá a população
estimada em 2005 de 1.644.688 habitantes.
O serviço é constituído de uma central SAMU 192 e sete bases
descentralizadas, distribuídas nos 04 (quatro) distritos da área urbana de
Manaus. Es estruturado e funcionando com o seguinte quantitativo: 23
ambulâncias (18 de suporte básico e 5 de suporte avançado) e 02 ambulanchas:
15
uma para atender as comunidades situadas às margens do Rio Negro e outra do
Rio Solimões (PREFEITURA DE MANAUS, 2005).
1.4 Trauma
Freire (2001) cita que a palavra “trauma” vem do grego trauma (plural:
traumatos, traumas) significando, “ferida”. Freire (2001) e o PHTLS -
Prehospital Trauma Life Support (NAEMT, 2004), definem trauma como um
evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou de
barreiras físicas ao fluxo normal de energia e para SBAIT (2007) e Mantovani
(2007), trauma é uma doença, um problema de saúde pública.
O corpo requer elementos básicos, tais como oxigênio e calor, para
produzir a energia interna necessária para funcionar adequadamente. Se
surgem condições que impedem o corpo de usar esses elementos necessários,
o resultado pode ser um trauma (NAEMT, 2006).
Trauma é a causa de morte mais comum entre as idades de 01 a 44 anos
(COIMBRA et al., 1998; MANTOVANI, 2007). Aproximadamente 80% das
mortes em adolescentes e 60% na infância são decorrentes de trauma, sendo
ainda a sétima causa de óbito no idoso (FREIRE, 2001; FERRARI, 2006).
O TLSN Trauma Life Support for Nurses (USP, 2002) cita os seguintes
fatores de risco do trauma:
Idade – homens de 15 a 24 anos com o pico entre 20 e 24 anos.
Sexo – o risco para os homens é 2,5 maior do que entre as
mulheres.
Raça / Renda – negra / baixa renda.
Meio ambiente – rural X urbano.
Abuso de substâncias.
16
Estresse.
Conforme a SBAIT (2007), no Brasil em 2004, ocorreram cerca de 150 mil
mortes decorrentes de trauma e um custo econômico superior a nove bilhões
anualmente; Oliveira et al., (2004) relata uma estimativa de quatro a cinco
vítimas com seqüelas permanentes para cada óbito.
A incidência de trauma aumenta a cada ano, mês e dia em face do
crescimento populacional, do aumento do número de veículos e da exposição ao
risco. O trânsito no Brasil mata oito vezes mais do que nos EUA, cinco vezes
mais do que no Japão e na Inglaterra, três vezes mais do que na França e
Alemanha, estatística mencionada por Freire (2001) e confirmada por Mantovani
(2007). Um dado alarmante é o aumento de acidentes com veículos de duas
rodas, onde 40 a 50% de cada dez acidentados evoluem ao óbito (FERRARI,
2006).
A estatística realizada pela Prefeitura de Manaus (2005), mostra uma
análise de mortalidade geral em Manaus, constastando-se as cinco principais
causas de morte: doenças do aparelho circulatório, afecções mal definidas,
neoplasias, causas externas e doenças do aparelho respiratório. No estudo
destacou-se a proporção elevada de óbitos nas faixas etárias entre 15 a 49
anos, decorrentes principalmente de causas externas (trauma) e violência.
Cuidados pré-hospitalares podem melhorar apenas um pouco a sobrevida
de pacientes oncológicos. No entanto em vítimas de trauma, os cuidados pré-
hospitalares podem fazer a diferença entre a vida e morte; entre uma seqüela
temporária, grave e permanente; ou entre uma vida produtiva e uma destituída
de bem-estar (NAEMT, 2004).
17
O trauma segundo NAEMT (2006), pode comprometer a capacidade de o
sistema respiratório fornecer oxigênio e eliminar dióxido de carbono das
seguintes formas:
1. A hipoventilação; resultante da falta de estímulo de centro
respiratório, por depressão neurológica.
2. A hipoventilação; causada por obstrução das vias aérea
superiores ou inferiores.
3. A hipoventilação; devido à diminuição da expansão pulmonar.
4. A hipóxia; decorrente da diminuição da difusão de oxigênio
através da membrana alvéolo-capilar.
5. A hipóxia; relacionado à diminuição do fluxo sangüíneo para os
alvéolos.
6. A hipóxia; devido à incapacidade do ar de chegar aos capilares,
geralmente porque os alvéolos estão repletos de líquidos ou
detritos.
7. A hipóxia; podendo ocorrer em nível celular por hipofluxo
sangüíneo para os tecidos.
No atendimento pré-hospitalar, recomenda-se o seguinte: todo o
traumatizado deve receber suporte ventilatório apropriado com oxigênio
suplementar, para corrigir ou reverter completamente a hipóxia (FREIRE, 2001;
NAEMT, 2004; OLIVEIRA et al., 2004; SANTOS et al., 1999; SIATE/CBPR,
2006).
1.5 Oxigenoterapia
Em 1798, com a criação por Thomas Beddoes, a ”PNEUMATIC
INSTITUITION”, tem-se o relato da administração de oxigênio pela primeira vez
como tratamento terapêutico. No século XX, durante a primeira guerra mundial,
J.S. Haldane, de Oxford, resgata o uso do oxigênio tratando pacientes
18
intoxicados por gases, dando início a utilização em larga escala desse gás na
medicina (PINTO et al., 2006).
O nome oxigênio veio do grego: oxi = ácido e geno, da raiz = gerar,
denominado por Lavoisier em 1774 (WIKIPÉDIA, 2006). As propriedades físico-
químicas citadas por Sackeim e Lehmam (2001) e White Martins (2001) são:
Gás inodoro, incolor e insípido (temperatura ambiente); peso molecular de
31,998; densidade de 1,43 g/L; formúla O
2
; quase 50% do peso da crosta
terrestre.
Para Freire (2001), o oxigênio é tóxico quando utilizado em altas
concentrações por períodos prolongados, mas no ambiente extra-hospitalar, não
se limita a FiO
2
(Fração de oxigênio inspirado), pois a prioridade é a oxigenação
do paciente. Bergeron e Bizjak (1999) orientam a não utilizar oxigênio não
umidificado em pacientes por período superior a 20 minutos devido sua toxidade
e complicações.
A intervenção mais comum para melhorar as trocas gasosas entre os
alvéolos e o sangue é a oxigenioterapia que consiste em aumentar a
concentração do oxigênio no ar inspirado (ATKINSON e MURRAY, 1989). O
objetivo geral desta intervenção é manter a oxigenação tecidual adequada, ao
mesmo tempo em que minimiza o trabalho cardiopulmonar. Os objetivos clínicos
específicos da oxigenioterapia são descritos por Scanlan et al., (2000) como:
1. Corrigir a hipoxemia aguda suspeita ou comprovada;
2. Reduzir os sintomas associados à hipoxemia crônica e;
3. Reduzir a carga de trabalho que a hipoxemia impõe no sistema
cardiopulmonar.
A oxigenioterapia é um processo indicado em todos os pacientes
politraumatizados sempre na mais alta concentração possível. Entretanto, como
19
os gases considerados medicinais, e como tal são drogas, como para qualquer
droga, na utilização desses gases, como no caso do oxigênio, alguns cuidados
devem ser tomados (BERGERON e BIZJAK, 1999; SANTOS et al., 1999).
Assim, segundo Scanlan et al., (2000), deve ser selecionada uma “dosagem”
apropriada, a resposta de sua aplicação deve ser monitorizada e a terapia deve
ser alterada de acordo com a necessidade. Alguns dos perigos da
oxigenioterapia são citados por Atkinson e Murray (1989), Bergeron e Bizjak
(1999), Scanlan et al., (2000) e White Martins (2001):
* No adulto, a exposição a concentrações de oxigênio elevadas (80 a
100%) associa-se ao desenvolvimento de complicações respiratórias. Os
alvéolos pulmonares não toleram concentrações altas de oxigênio durante
períodos prolongados, e podem começar a apresentar edema, hemorragia e
necrose.
* A membrana dos capilares alveolares tornam-se propensas a sofrerem
lesões devido às elevadas concentrações de oxigênio.
* Concentrações altas de oxigênio, no recém-nascido prematuro,
associam-se à destruição do crescimento do nervo óptico e lesão dos capilares
da retina, causando graus variáveis de perda da visão e cegueira.
* O ar respirado com oxigênio em altas concentrações, o nitrogênio tem
sua concentração grandemente reduzida, a ponto de que, se a maior parte do
oxigênio inspirado se difunde no sangue, não resta outro gás para manter os
alvéolos abertos, estes começam a fechar-se e, dificultando sua expansão
durante a inspiração ocorrendo a atelectasia.
* Efeitos colaterais: anorexia, náusea, irritação da córnea e do cristalino, e
anemia causada pelo aumento da destruição das hemácias. Em pressões
20
hiperbáricas, o oxigênio pode causar intoxicação do sistema nervoso central e
convulsões.
É importante lembrar que, nunca se deve restringir a suplementação de
oxigênio a um paciente hipóxico, pois, embora os efeitos tóxicos das FiO
2
(Fração de oxigênio inspirado), elevadas posam ser sérios, a alternativa é a
morte certa decorrente da hipóxia tecidual (SCANLAN et al., 2000).
1.6 Sistema respiratório
A cada inspiração, o ar entra nos pulmões. Quando o ar atmosférico
chega aos alvéolos, o oxigênio se difunde dos alvéolos, através da membrana
alvéolo-capilar, para as hemácias transportá-lo até as células para gerar energia
(COIMBRA et al., 1998).
O objetivo da respiração descrito por Guyton e Hall (2002) é fornecer
oxigênio as células e remover o dióxido de carbono através da ventilação
pulmonar, difusão do oxigênio, transporte de oxigênio e regulação da respiração.
De acordo com o PHTLS (NAEMT, 2006) a freqüência ventilatória é
dividida em cinco níveis:
1. Apnéia. O paciente não está respirando.
2. Lenta. Pode indicar isquemia do cérebro. Se a freqüência ventilatória
caiu a 12 ventilações por minutos ou menos (bradipnéia), o socorrista
deve assistir a ventilação ou assumir totalmente a ventilação do
paciente com uma scara facial associada a um balão dotado de
válvula unidirecional. Deve incluir oxigênio suplementar com uma
concentração mínima de 85% (FiO
2
- Fração de oxigênio do ar
inspirado - 0,85 ou maior).
21
3. Normal. Se a freqüência respiratória encontra-se entre 12 e 20
respirações por minutos (eupnéia, uma freqüência normal para um
adulto), o socorrista deve observar o paciente com atenção. Embora o
paciente aparente estabilidade, oxigênio suplementar deve ser
considerado.
4. Rápida. Se a freqüência está entre 20 e 30 incursões por minuto
(taquipnéia). Freqüência ventilatória aumentada e acúmulo
progressivo de dióxido de carbono (CO
2
) no sangue ou diminuição do
nível de oxigênio sangüíneo (O
2
). Uma freqüência pida indica que
não há aporte suficiente de oxigênio no tecido. Com a falta de oxigênio
inicia-se o metabolismo anaeróbio e conseqüentemente aumento no
CO
2.
A administração de oxigênio suplementar com concentração de
85% ou maior (FiO
2
de 0,85 ou maior), é indicada para este paciente,
no mínimo até que seu estado geral seja determinado.
5. Muito rápida. Uma freqüência ventilatória acima de 30 ventilações por
minuto (taquipnéia grave) indica hipóxia, metabolismo anaeróbio, ou
ambos, com resultante acidose. O socorrista deve imediatamente
iniciar ventilação assistida com máscara facial associada a um balão
dotado de válvula unidirecional com oxigênio suplementar com
concentração de 85% ou maior (FiO
2
de 0,85 ou maior).
A oxigenação cerebral e a oferta de oxigênio para os demais órgãos,
proporcionada pelo controle adequado das vias aéreas e da ventilação,
continuam sendo um dos aspectos mais importantes do atendimento pré-
hospitalar segundo Freire (2001) e NAEMT (2004). Desta forma a incapacidade
de o sistema respiratório fornecer oxigênio às células, ou de as células usarem o
oxigênio fornecido, pode levar rapidamente à morte. A falha em eliminar o
dióxido de carbono pode levar ao coma e a morte (BERGERON e BIZJAK,
1999).
22
1.7 Umidificação de gases
A umidificação envolve a adição de vapor de água e, algumas vezes, de
calor ao gás inspirado. O principal objetivo da umidificação é a manutenção das
condições fisiológicas normais das vias aéreas inferiores, pois níveis adequados
de calor e de umidade auxiliam a manter o funcionamento normal do sistema de
transporte mucociliar (SCANLAN et al., 2000). Segundo o autor a administração
de gases medicinais a seco em fluxos superiores a 4 L/min, causa uma perda
imediata de calor e de água nas vias superiores e, se prolongada, produz dano
estrutural.
Quando o paciente inspira ar pouco úmido ou frio e seco, a tendência é
haver um ressecamento das secreções do trato respiratório, tornando-as mais
viscosas (espessas). Um grau maior de viscosidade das secreções provoca
maior dificuldade dessas secreções serem transportadas pelo movimento
transportador efetuado pelos cílios da faringe, pois sua atividade ciliar é reduzida
(ATKINSON e MURRAY, 1989; BERGERON e BIZJAK, 1999; SCANLAN et al.,
2000).
O bom funcionamento de um umidificador é regido por três variáveis: (1)
temperatura, (2) área da superfície e (3) tempo de contato, Scanlan et al.,
(2000). O mesmo autor refere a existência de três tipos principais de
umidificadores, definidos, sobretudo pelo método de exposição do gás ao vapor
de água: o umidificador de bolha, o umidificador passover e o trocador de calor e
de umidade.
O umidificador de bolha rompe uma corrente gasosa submersa na água
em pequenas bolhas. Os umidificadores de bolha simples e os não aquecidos
(equipamento utilizado na ambulância de suporte básico) comumente são
utilizados com os sistemas de liberação oronasal de oxigênio, com o objetivo de
23
aumentar o conteúdo de vapor de água do gás aos níveis ambientes
(SIATE/CBPR, 2006; SCANLAN et al., 2000).
Em fluxos elevados, alguns umidificadores de bolha podem produzir
microaerossóis. Embora não visíveis a olho nu, essas suspensões de gotículas
de água podem transmitir bactérias patogênicas do reservatório do umidificador
para o paciente (SCANLAN et al., 2000).
1.8 Dispositivos para uso de oxigenoterapia
Os dispositivos comumente utilizados para oxigenioterapia o
(ATKINSON e MURRAY, 1989; BERGERON e BIZJAK, 1999; OLIVEIRA et al.,
2004; SANTOS et al., 1999; SCANLAN et al., 2000):
1. Aparelhos de fluxo reduzido ou fluxo baixo - fornecem oxigênio
suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 L/min ou menos. Como
o fluxo inspiratório do adulto normal é superior a 8 L/min, o oxigênio fornecido
por um dispositivo de baixo fluxo é sempre diluído com ar, resultando numa
fração de oxigênio inspirado, baixa e variável. Pertence a este grupo, a cânula
nasal, o cateter nasal e o cateter transtraqueal.
Suas desvantagens incluem os fluxos inexatos, os vazamentos e
obstruções do sistema, o deslocamento do dispositivo e irritação cutânea.
2. Os sistemas com reservatório - incorporam um mecanismo de coleta e
armazenamento de oxigênio entre as inspirações do paciente. O paciente utiliza
esse suprimento de reserva sempre que seu fluxo inspiratório for superior ao
fluxo de oxigênio que entra no dispositivo.
Podemos incluir as cânulas com reservatório, as máscaras com
reservatório e os circuitos de não reinalação com reservatório.
24
Os problemas encontrados incluem; o deslocamento do dispositivo, os
vazamentos e obstruções do sistema, o ajuste inadequado do fluxo e a irritação
cutânea.
3. Aparelhos de fluxo elevado ou fluxo alto - fornecem uma determinada
concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório
máximo do paciente. Conseguido com um sistema de arrastamento de ar ou de
mistura.
Os aparelhos de fluxo elevado compreendem; a máscara de ar (máscara
de Venturi), a máscara sem reinalação, e a máscara de reinalação parcial.
A American Heart Association (AHA, 2002), preconiza os seguintes
dispositivos utilizados na administração de oxigênio suplementar:
1. Cânula nasal: dispositivo inicial podendo fornecer até 44% de
oxigênio. Sistema de baixo fluxo, no qual o volume corrente se mistura
com ar ambiente. A concentração de ar inspirado depende da
velocidade do fluxo através da cânula e do volume corrente do
paciente. Aumentando o fluxo de oxigênio em 1 L/min (iniciando com 1
L/min) poder-se-á aumentar a concentração de oxigênio inspirado em
aproximadamente 4%:
2. Máscara facial: até 60% de oxigênio pode ser fornecido através de
uma entrada de oxigênio de 6 a 10 L/min.
3. Máscara facial com reservatório de oxigênio: fornece 90% a 100% de
oxigênio. O fluxo constante de oxigênio é fornecido por um
reservatório acoplado à máscara. O aumento de 1 litro por minuto no
fluxo superior a 6 L/min aumentará a concentração de oxigênio
inspirado em 10%.
25
A qualidade e a oportunidade com que o socorrista atende as vias aéreas
no local afeta diretamente a evolução do paciente ao longo prazo e a duração da
sua permanência hospitalar (NAEMT, 2006).
O atendimento primário em vítimas de trauma é primordial, principalmente
nas primeiras horas após o evento ocorrido. O SAMU (Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência) realiza este atendimento primário no local ocorrido o
acidente traumático e transporta o paciente conforme seus protocolos, visando:
evitar, amenizar ou diminuir as prováveis seqüelas que poderão tomar maiores
proporções num atendimento incorreto.
O SAMU possui vários protocolos de atendimentos a serem seguido, um
deles é a utilização da oxigenoterapia quando se faz necessário em paciente
politraumatizado, transportado em suas unidades de suporte básico (USBs) e
avançado (USA), com a finalidade de prevenir, reverter ou amenizar a hipóxia
sofrida pelo organismo durante e / ou após o mecanismo do trauma. Nesse
protocolo usa-se o oxigênio úmido com baixo ou alto fluxo, instalado em um
dispositivo de oxigênio suplementar sob orientação médica.
Em Manaus, padronizou-se a utilização, nas ambulâncias de suporte
básico (USBs), oxigênio a seco, com baixo ou alto fluxo em dispositivos de
oxigênio suplementar (cateter nasal, máscara com bolsa reservatória e
reanimador manual de silicone - ambú).
Sendo este protocolo um dos mais importantes no atendimento pré-
hospitalar ao traumatizado, realizou-se este estudo comparativo, exploratório,
analítico e descritivo da utilização do oxigênio úmido e a seco, com alto e baixo
fluxo com dispositivos suplementar em vítimas de trauma transportadas pelas
USBs (Unidades de Suporte Básico) no Programa SAMU 192 Manaus, como
dissertação.
26
OBJETIVOS
Geral
Comparar as vantagens e desvantagens do protocolo de oxigênio úmido
e a seco em vítimas de trauma transportadas pelas ambulâncias de suporte
básico do Programa SAMU 192 Manaus, visando adaptar o equipamento que
melhor se adequar à melhoria do atendimento.
Específicos
- Descrever, o protocolo de oxigenoterapia utilizado pelo Programa SAMU
192 – Manaus;
- Verificar se este protocolo oferece maior ou menor risco de
complicações à vítima atendida pelo programa;
- Demonstrar os benefícios, se houver, da utilização do oxigênio a seco
nas ambulâncias de suporte básico do Programa SAMU 192 - Manaus;
- Realizar análise laboratorial semanal da água destilada estéril utilizada
nos umidificadores de bolha simples não aquecido nas USBs (Unidade de
Suporte Básico), para avaliar a ocorrência de microrganismos patogênicos, que
possam vir a causar danos aos pacientes.
27
1. INTRODUÇÃO
O oxigênio é um gás incolor, inodoro, ocupando 21% do ar que
respiramos. Foi utilizado em larga escala a partir da primeira guerra mundial,
para tratar pacientes intoxicados por gases nocivos. Desta época em diante a
oxigenoterapia torna-se a intervenção mais comum em pacientes atendidos nas
urgências e emergências.
Nosso corpo necessita de um suplemento diário de oxigênio. Se houver
incapacidade do sistema respiratório em oferecer a demanda necessária, o
acúmulo de dióxido de carbono no corpo poderá levar ao coma e a morte.
A equipe de profissionais do Programa SAMU 192 Manaus, adotou a
utilização em seus atendimentos quando necessário, o oxigênio a seco. Fatores
como o transporte, possibilidades de contaminação da água dos umidificadores
e acidentes de percursos com o uso do oxigênio umidificado, levaram a direção
do Programa optar por este protocolo.
O estudo fundamentou-se na necessidade de fornecer ao paciente
traumatizado, atendido pela unidades de suporte básico do Programa SAMU
192 Manaus um serviço de qualidade, com rapidez e segurança, para evitar
possíveis danos ou seqüelas provocadas pelo uso da oxigenoterapia.
28
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Local de estudo
O estudo foi realizado em Manaus, observando-se a rotina de serviço do
Programa SAMU 192 Manaus. O serviço conta com a utilização de 18 (dezoito)
ambulâncias de suporte básico nas 24 horas de atendimento.
2.2 Tipo de estudo
Estudo exploratório, analítico, comparativo e descritivo.
2.3 Coleta de dados
Realizado em quatro etapas:
2.3.1 Primeira etapa: Protocolo
Descrição do protocolo de oxigenoterapia: oxigênio úmido
I. Material permanente utilizado: Cilindro de oxigênio tipo PP1 (uma
unidade) e PP2 (duas unidades); manômetro, mangueira e fluxômetro
para oxigênio; umidificador simples de bolha não aquecido; conexão
de silicone; dispositivo suplementar de oxigênio de baixo ou alto fluxo
preconizado pelo Programa SAMU 192.
Material de consumo: água destilada, oxigênio com pureza de 99% e
dispositivo suplementar de oxigênio descartável.
II. Indicação da vítima: Todo o paciente que apresente comprometimento
na oxigenação. Seguindo o protocolo normatizado e as dúvidas
29
surgidas durante o atendimento sendo esclarecidas pelo médico
regulador, após avaliação através da telemedicina.
III. Cuidados relacionados ao uso:
Os cilindros de oxigênio das ambulâncias devem ser checados em
relação à quantidade de oxigênio e trocados no almoxarifado ao
ficarem vazios e ou se houver necessidade. Sua duração é
proporcional ao uso.
O manômetro, mangueira e fluxômetro para oxigênio, são limpas com
um pano seco a cada 12 horas e observado se há vazamentos.
O umidificador simples de bolha não aquecido é trocado a cada 12
horas e encaminhado ao Centro de Material e Esterilização (CME)
para limpeza e desinfecção. Em caso de contaminação ou danificação
do frasco, deverá ocorrer troca imediata.
As conexões de silicone devem ser trocadas após cada uso e
encaminhadas ao CME.
A água destilada deve ser trocada a cada 12 horas e identificado no
umidificador a data, hora e assinatura do funcionário, para prevenção
de infecção por microorganismos patogênicos aos pacientes. A
quantidade de água destilada utilizada em cada umidificador varia do
nível mínimo de 60ml ao máximo de 110ml conforme identificação
gravada no próprio umidificador.
Descrição do protocolo de oxigenoterapia: oxigênio seco
I. Material permanente utilizado: Cilindro de oxigênio tipo PP1 (uma
unidade) e PP2 (duas unidades); manômetro, mangueira e fluxômetro
para oxigênio; conexão de silicone; dispositivo suplementar de
oxigênio de baixo ou alto fluxo preconizado pelo Programa SAMU 192.
II. Material de consumo: oxigênio com pureza de 99%.
30
III. Indicação da vítima de trauma: Todo o paciente que apresente
comprometimento na oxigenação. Seguindo o protocolo normatizado e
as dúvidas surgidas durante o atendimento sendo esclarecidas pelo
médico regulador, após avaliação através da telemedicina.
IV. Cuidados relacionados ao uso:
Os cilindros de oxigênio das ambulâncias devem ser checados em
relação à quantidade de oxigênio e trocados no almoxarifado ao
ficarem vazios e ou se houver necessidade. Sua duração é
proporcional ao uso.
O manômetro, mangueira e fluxômetro para oxigênio, são limpas com
um pano seco a cada 12 horas e observado se há vazamentos.
As conexões de silicone devem ser trocadas após cada uso e
encaminhadas ao CME.
2.3.2 Segunda etapa: Coleta de dados das fichas de atendimento
A pesquisa foi conduzida nas sete bases descentralizadas do SAMU192
Manaus, distribuídas de acordo com as zonas da cidade. Foram selecionadas
fichas de atendimentos das vítimas de trauma que utilizaram o protocolo de
oxigenoterapia com autorização da coordenação.
Padronizou-se as bases Sul e Leste o uso do protocolo de oxigenoterapia
com oxigênio umidificado e as demais com oxigênio seco. Estas duas bases
foram escolhidas pelo número de atendimentos.
2.3.3 Terceira etapa
Realizou-se coleta de amostragem da água destilada em uso nas 12
horas, dos umidificadores de oxigênio da régua tripla e do cilindro de oxigênio
portátil das ambulâncias de suporte básico das bases Sul e Leste. Estas
31
amostras foram encaminhas ao Laboratório Central – LACEN, para análise.
Foram coletadas oito amostras, duas de cada ambulância.
2.3.4 Quarta etapa
Analise do custo financeiro de cada protocolo utilizado.
32
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Realizado treinamento com os funcionários de nível médio de
enfermagem, no mês de agosto de 2007, visando o preenchimento da ficha de
atendimento.
As fichas de atendimento das USBs sofreram pequenas modificações
para adequação ao protocolo, clareza nos dados de atendimento e facilidade de
preenchimento dos importantes registros de enfermagem. Tais modificações
foram proveitosas e facilitaram a coleta dos dados.
No mês de setembro de 2007 os treinamentos realizados foram
direcionados ao uso de oxigenoterapia nas ambulâncias de suporte básico e
seus dispositivos padronizados pelo Programa SAMU 192 Manaus. Público alvo:
tripulação das USBs, (motoristas e nível médio de enfermagem) onde houve a
presença de mais de 80% dos profissionais conforme lista de freqüência. Nas
bases Sul e Leste houve uma conscientização e orientação dos profissionais de
enfermagem das USBs sobre o uso de oxigênio úmido.
As coletas dos dados das fichas de atendimento foram realizadas nos
meses de outubro e novembro de 2007. Neste período o Programa SAMU 192
Manaus, atendeu um quantitativo mensal de:
- Outubro, 4345 ocorrências;
- Novembro, 4092 ocorrências.
No mês de outubro, conforme quadro 1 e gráfico 1 a seguir, veremos a
distribuição dos atendimentos realizados e classificados por natureza da
urgência e emergência.
33
QUADRO 1 - Atendimento do mês de outubro de 2007

TIPOS DE OCORRÊNCIAS
ATENDIMENTO %
Causas Externas (Trauma)
1267 29%
Cirúrgico
46 1%
Clínico Adulto
2255 52%
Gineco-obstétrico
307 7%
Pediátrico 274 6%
Psiquiátrico
196 5%
Gráfico 1: Tipos de ocorrências – outubro de 2007
Tipos de Ocorrências - Outubro de
2007
29%
1%
52%
7%
6%
5%
Causas Externas Cirúrgico
Clínico Adulto Gineco-obstétrico
Pediátrico Psiquiátrico
34
Em novembro de 2007, tivemos os seguintes atendimentos às
vítimas que sofreram agravo a saúde, descritos no quadro2 e gráfico 2:
QUADRO 2 – Atendimento no mês de novembro de 2007

TIPOS DE OCORRÊNCIAS
ATENDIMENTO %
Causas Externas (Trauma)
1230 30%
Cirúrgico
29 1%
Clínico Adulto
2111 51%
Gineco-obstétrico
293 7%
Pediátrico
236 6%
Psiquiátrico
193 5%
Gráfico 2: Tipos de ocorrências – novembro de 2007
Tipos de Ocorrências - Novembro de
2007
30%
1%
51%
7%
6%
5%
Causas Externas Cirúrgico
Clínico Adulto Gineco-obstétrico
Pediátrico Psiquiátrico
35
O impresso utilizado para coleta dos dados continha as seguintes
informações:
1. Numeração - Cada ficha catalogada recebeu uma numeração em ordem
crescente.
2. Identificação – número da ficha de atendimento e data.
3. Base - para sabermos qual o protocolo de oxigênio utilizado. USB - cada
ambulância tem uma numeração fixa. As fichas de atendimentos são
protocoladas para arquivamento atyravés da identificação da ambulância.
4. Instalação de oxigênio descriminando se úmido ou seco.
5. Horário início e término da oxigenoterapia. O tempo de uso deste gás
medicinal é de suma importância, devido às complicações e toxidade por
seu uso prolongado.
Bergeron e Bizjak (1999) orientam que não se deve utilizar oxigênio não
umidificado em pacientes por período superior a 20 minutos.
A contagem do período ficou estabelecido: início, momento em que a
equipe sai do local da cena com a vítima e término, chegada a Instituição de
Saúde.
Este é o período em que a vítima, se for o caso, estará recebendo
oxigenoterapia umidificada ou não. Ao chegar a Instituição de Saúde é realizada
a troca dos materiais da ambulância para os do setor onde a vítima será
atendida. Todas as Instituições de Saúde utilizam somente oxigênio umidificado.
Com a informação do tempo de uso de oxigenoterapia em vítimas de
trauma, poderemos verificar se o translado da vítima do local de atendimento até
a Instituição de Saúde encontra-se dentro dos limites de segurança previsto pela
literatura de exposição da vítima aos danos causados pela utilização de
oxigenoterapia a seco.
36
Catalogados 130 fichas de atendimentos de vítimas de trauma que
utilizaram oxigenoterapia no mês de outubro de 2007. No mês de novembro de
2007, foram catalogadas 98 fichas de atendimentos em vítimas de trauma, onde
houve administração do oxigênio, totalizando 228 fichas de atendimentos, sendo
190 (83,2%) dos atendimentos realizados no período de 20 minutos e 38
(16,8%) acima de 21 minutos, assim distribuído (quadro 3 e gráfico 3 e 4):
QUADRO 3 – Oxigenoterapia – tempo de uso

MÊS / ANO
Outubro – 2007
Novembro - 2007
Tipo de O2 administrado
Tempo de uso
Úmido Seco Úmido Seco
TOTAL
Até 5 min.
08 12 04 09 33
6 a 10 min.
26 17 07 28 78
11 a 15 min.
11 15 14 13 53
16 a 20 min.
04 12 01 09 26
21 min.
07 18 05 08 38
TOTAL
56 74 31 67

37
Gráfico 3: Oxigenoterapia – outubro de 2007
Gráfico 4: Oxigenoterapia – novembro de 2007
38
6. Dispositivo utilizado o programa optou pela padronização de três
dispositivos suplementar para oxigenoterapia: cateter nasal (dispositivo
de baixo fluxo), máscara de não reinalação e ressuscitador manual
(dispositivo de alto fluxo). A American Heart Association (AHA, 2002) e
Bergeron e Bizjak (1999) citam os dispositivos suplementar de
oxigenoterapia, suas possíveis complicações, indicações, vantagens e
desvantagens. O mais utilizado no período foi o cateter nasal baixo
fluxo. Utilizado em 69% das vítimas atendidas no mês de outubro e 60%
no mês de novembro. Sem relato de acidentes com este dispositivo.
Descrito nos gráficos 5 e 6 e quadro 4.
Gráfico 5: Dispositivos suplementar – outubro de 2007
39
Gráfico 6: Dispositivos suplementar – novembro de 2007
QUADRO 4 – Dispositivos suplementar

Dispositivo
Outubro Novembro Total
Cateter Nasal
98 57 155
Máscara de não Reinalação
42 36 78
Ressuscitador Manual
01 00 01
Não Identificado
02 02 04
Total
143 95 238
7. Fluxo – dependendo do dispositivo teremos o fluxo baixo ou alto de
oxigênio inalado pela vítima. Quanto maior o fluxo, maior a probabilidade
de acidentes, complicações e danos a vítima.
40
8. Acidente durante o transporte relacionado ao uso de oxigenoterapia. Em
caso positivo a descrição do acidente.
As bases Centro-Sul, Norte, Santa Etelvina, Oeste e Centro-oeste,
padronizaram o protocolo de oxigênio seco, não houve relato nas fichas
de atendimento de acidente durante o transporte das vítimas em uso
deste protocolo.
Nas bases Sul e Leste, durante quatro meses, utilizaram-se oxigênio
úmido. Na base Sul houve, no mês de outubro de 2007, quatro relatos de
acidente durante o transporte com vítimas de trauma (relatório do
funcionário anexado a ficha de atendimento). Utilizou-se pela equipe nos
quatro relatos um dispositivo de alto fluxo – a máscara de não reinalação.
Todos os incidentes relatados mencionam a sufocação do paciente por
água, vindo através da conexão de silicone até o dispositivo. O frasco do
umidificador com água destilada estéril encontrava-se em seu nível
próximo ao limite mínimo. Esta água é formada pela interação do oxigênio
em alto fluxo com a água destilada no frasco do umidificador simples de
bolha não aquecido.
No mês de novembro não registro de acidentes. Na base Leste nos
meses de outubro e novembro não registro de acidentes durante o
percurso. Ver gráfico 7 abaixo.
41
Gráfico 7: Acidentes de percurso
9. Tipo de trauma – classificação das causas externas.
10. Atendimentos em trauma nos meses de outubro e novembro de 2007. O
gráfico 8 demonstra o total de atendimentos realizados e o gráfico 9 o
quantitativo de vítimas onde se administrou oxigenoterapia, fazendo uma
comparação entre o oxigênio umidificado e o seco.
42
Gráfico 8: Atendimento em trauma
Gráfico 9: Quantitativo de vítimas atendidas
43
Coleta e análise laboratorial da água
Análise laboratorial - coletado no mês de Setembro duas amostras das
USB’s da base Sul e Leste no total de 4 ambulâncias e oito amostragem de
água destilada utilizada nos umidificadores e encaminhados ao LACEN com
resultados negativos para Coliformes totais, Coliformes termotolerantes,
pesquisas de Estafilococos Aureus e Contagem de Bactérias Heterotróficas pelo
método de cromogenia, conforme documentação na Coordenação Geral do
Programa e em anexo.
Custo mensal do uso dos protocolos
A diferença do custo entre os protocolos estar em utilizar água destilada
estéril nos umidificadores. Cada ambulância possui duas fontes de saída do gás
medicinal, utilizando dois frascos de umidificador, totalizando um consumo
médio de 1 frasco de água estéril de 250ml nas 24 horas por ambulância. A
média de água destilada utilizada nos umidificadores no nível mínimo é 60 ml e
no máximo de 200 ml.
44
4. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
O serviço pré-hospitalar móvel realizado pelo SAMU 192 em Manaus,
atendeu um quantitativo de 4345 ocorrências no mês de outubro e 4092 no mês
de novembro de 2007, destas: 1267 (29%) em outubro e 1230 (30%) no mês de
novembro foram relacionados como Trauma – causa externa.
Foram selecionadas 130 fichas em outubro e 98 em novembro de 2007,
de vítimas atendidas pelo SAMU 192, com trauma e utilização de oxigênio úmido
ou seco, totalizando 228 fichas de atendimento catalogadas para análise e
comparação dos dados coletados.
Ao confrontarmos estes dados com a literatura consideramos:
* Begeron e Bizjak (1999), alerta para o uso de oxigênio a seco não ser
superior a 20 min. pelos danos causados ao paciente. Citados por Scanlan et al.
(2000), danos estes compreendidos do resecamento das mucosas das vias
aéreas até danos estruturais. Nas 228 fichas de atendimento catologadas
tivemos, 190 (83,2%) atendimentos dentro dos limites considerados seguros,
não superior a 20 min de oxigenoterapia e 38 (16,8%) acima de 21 min.
* Recomendamos a padronização dos dispositivos complementar de
oxigenoterapia para melhorar o atendimento ao paciente e facilitar a atividade
desenvolvida pelo profisional de saúde (socorrista).
* Padronizado três dispositivos suplementar de oxigênio: cateter nasal
(baixo fluxo), máscara de não reinalação e ressuscitador manual (alto fluxo).
* A oxigenoterapia em vítimas de trauma é indicado por Begeron e Bizjak
(1999) na mais alta concentração possível para corrigir ou reverter
completamente a hipóxia, confirmado por Freire (2001).
45
* A American Heart Association (AHA, 2000) relaciona os dispositivos
suplementar de oxigênio, sua possíveis indicaçõs e complicações. Ao
analisarmos as 228 catalogados tivemos 63% das vítimas atendidas utilizando o
cateter nasal e sem relatório de acidente no translado comparado com 36,5%
máscara de não reinalação e 0,5% do ressuscitador manual dispositivos de alto
fluxo com relato de 4 acidentes de percuso.
* Consideramos a análise laboratorial da água destilada estéril utilizada
nos umidificadores de bolhas simples não aquecidos, realizado pelo Laboratório
Central (LACEN), resultados negativos para os microrganismos patogênicos
pesquisados conforme analise em anexo. Scanlan et al. (2000) alerta para a
possibilidade através das muicrogotículas formadas pela umidificação do gás
transportarem microrganismos patogênicos do reservatório do umidificador para
o paciente.
Dificuldades Surgidas
1. Autorização das autoridades competentes para realização da pesquisas.
2. A ficha de atendimento utilizada pelo Programa precisou sofrer pequenas
alterações. Em anexo a ficha sem alterações e a atual.
3. Com a mudança da ficha de atendimento, tornou-se necessário
treinamento com todos os funcionários de nível médio da enfermagem
para preenchimento correto do novo impresso. Mesmo após o
treinamento, algumas fichas vinham incompletas sendo necessária a
solicitação ao funcionário responsável pelo Banco de Dados do Programa
que acessasse estes dados na ficha preenchida pela Regulação Médica,
mas algumas ficaram incompletas.
4. O Programa no seu inicio utilizava o protocolo de oxigenoterapia úmido e
devido ao acidente de percurso com a água do umidificador a
coordenação decidiu optar pelo uso de oxigênio a seco, sem descrever
como seria este protocolo. A Portaria GM n. 2.048 que regulamenta o pré-
46
hospitalar, orienta o uso de oxigênio úmido, na descrição dos materiais de
uso obrigatório nas ambulâncias de suporte básico.
5. Como todas as bases utilizam oxigênio seco, tivemos que justificar
novamente a solicitação de água destilada estéril em frasco de 250 ml,
para uso nas bases Sul e Leste, pois este material de consumo não
constava mais na padronização de materiais da farmácia do programa.
6. Horário para treinamento dos funcionários que tripulam as ambulâncias
de suporte básico motoristas, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Tivemos a colaboração de funcionário da White Martins e da equipe do
Núcleo de Educação Permanente do Programa. Foram abordados os
seguintes temas:
A importância dos gases medicinais com ênfase no oxigênio, sua
utilização, preparo, cuidados e perigos no uso incorreto deste gás; breve
histórico do uso de oxigênio como gás medicinal e suas complicações; a
importância do oxigênio em pacientes traumatizados; dispositivos
suplementar, cateter nasal, máscara de não reinalação com bolsa
reservatória e o ressuscitador manual (ambú); as vantagens e
desvantagem dos dispositivos e procedimento de limpeza e desinfecção;
protocolo de oxigenoterapia a seco.
Nas bases sul e leste: protocolo de oxigênio úmido e importância do
registro na ficha de atendimento. Tivemos cerca de 80% do pessoal
treinado em quatro turmas de aproximadamente 50 alunos.
7. Acesso às fichas de atendimento: mesmo com o treinamento, muitas
vinham incompletas, sendo necessário treinamento específico nas bases
com os funcionários que tinham dificuldades no preenchimento das
fichas.
47
5. CONCLUSÃO
O SAMU 192 Manaus torna-se a cada dia, uma instituição muito bem
conceituado pela população. Seus procedimentos e métodos são bem vistos
pelas instituições de saúde do município. Qualquer mudança nos procedimentos
do SAMU 192, com certeza refletino atendimento dos diversos órgãos que
tratam da urgência e emergência na cidade de Manaus.
A sugestão da mudança no procedimento do uso de oxigênio (a seco no
lugar do úmido) pode trazer grandes benefícios, tanto para o paciente como para
aqueles que lidam diretamente com as vítimas.
Sugerimos o protocolo de oxigenoterapia a seco, pois podemos constatar
que uma média de 83% das vítimas de trauma transportadas pelas USB não
ultrapassam o tempo de segurança previsto pela literatura que é 20 min.
(BEGERON E BIZJAK, 1999). Não houve acidentes registrados e sem
necessidade de se padronizar água destilada.
O uso do dispositivo de alto fluxo com gás umidificado resultou em
acidentes de percurso em comparação com os de baixo fluxo onde não houve
relato. Na análise da água não ocorreu nenhum achado importante,
demonstrando a responsabilidade das equipes em realizar as trocas dos
materiais conforme protocolo.
O oxigênio é um gás medicinal vital e seu uso correto traz benefícios à
vítima.
48
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHA, American Heart Association. SAVC: Suporte Avançado de Vida em
Cardiologia. Manual para provedores. Fundação Interamericana do Coração. Rio
de Janeiro: ACINDES 2002.
Atkinson LD, Muray ME. Fundamentos de enfermagem. Introdução ao processo
de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A; 1989.
Bergeron JD, Bizjak G. Primeiros socorros. São Paulo: Atheneu; 1999.
BRASIL. Política Nacional de Atenção às Urgências, SAMU 192. Ministério da
Saúde. 3ª ed. 2006. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2004.
BRASIL. Regulação Médica das Urgências. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde; 2006.
COIMBRA et al. Emergências traumáticas e não traumáticas. São Paulo:
Atheneu; 1998.
Freire E. Trauma: a doença dos séculos. São Paulo: Editora Atheneu; 2001.
Furaste PA. Normas técnicas para o trabalho científico. Explicitação das normas
da ABNT. 13 ed. Porto Alegre: s.n., 2004.
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Janeiro:Guanabara Koogan AS; 2002.
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Departamento de Cirurgia da FCM – UNICAMP. Disponível em:
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Moura IR. Seminário da Política Nacional de Atenção Integral às Urgências.
Brasília; 2003.
49
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on Trauma of The American College of Surgeons. PHTLS Atendimento pré-
hospitalar ao traumatizado: Básico e avançado. 5° ed. São Paulo: Elsevier;
2004.
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