Download PDF
ads:
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAS E EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS: BIOQUÍMICA TOXICOLÓGICA
RESPOSTAS METABÓLICAS E ENZIMÁTICAS EM JUNDIÁS
Rhamdia quelen (HEPTAPTERIDAE) E PIAVAS Leporinus
obtusidens (ANOSTOMIDAE) EXPOSTOS A HERBICIDAS
UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
TESE DE DOUTORADO
Denise dos Santos Miron
Santa Maria, RS, Brasil
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
RESPOSTAS METABÓLICAS E ENZIMÁTICAS EM JUNDIÁS
Rhamdia quelen (HEPTAPTERIDAE) E PIAVAS Leporinus
obtusidens (ANOSTOMIDAE) EXPOSTOS A HERBICIDAS
UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
por
Denise dos Santos Miron
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas: Bioquímica Toxicológica, da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para a obtenção do grau de
Doutor em Bioquímica Toxicológica
Orientadora: Profa. Dra. Vera Maria Morsch
Co-orientadora: Profa. Dra. Vânia Lucia Loro
Santa Maria, RS, Brasil
2009
ads:
3
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Tese de Doutorado
RESPOSTAS METABÓLICAS E ENZIMÁTICAS EM JUNDIÁS, Rhamdia quelen
(HEPTAPTERIDAE) E PIAVAS Leporinus obtusidens (ANOSTOMIDAE) EXPOSTOS
A HERBICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ
elaborada por
Denise dos Santos Miron
como requisito parcial para a obtenção do grau de
Doutora em Bioquímica Toxicológica
COMISSÃO EXAMINADORA:
____________________________________
Vera Maria Morsch
(Presidente/Orientador)
____________________________________
Leonardo José Gil de Barcellos, Dr. (UPF)
____________________________________
Nilda de Vargas Barbosa, Dra. (UFSM)
____________________________________
Juliano Ferreira, Dr. (UFSM)
____________________________________
Maribel A. Rubin, Dra. (UFSM)
Santa Maria, 15 de janeiro de 2009.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ...
... à minha filha, amor da minha vida Antonella Miron Nissola.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, por estar sempre junto a mim... nas decisões e nas conquistas. Por isso,
meu mais sincero agradecimento, o meu muito obrigado!
À Universidade Federal de Santa Maria, através do Departamento de Química,
pela oportunidade de desenvolver este trabalho.
A Profa. Dra. Vera Morsh, pela oportunidade, pelas sugestões e orientações
prestadas durante este período.
A todos professores que participaram da finalização desta Tese, integrando a
Comissão Examinadora deste trabalho.
À minha co-orientadora, Profa. Dra. Vânia L. Loro, pela confiança, dedicação e
orientações. Quando foi difícil... você acreditou em mim...lembrou-me de sorrir e lutar.
Espero que você saiba o alcance de suas ações...
A todos os colegas do Laboratório de Bioquímica Adaptativa de Peixes (Bibiana,
Lissandra, Milene, Charlene, Roberta,...) e funcionários que de uma maneira ou de
outra me ajudaram no desenvolvimento desta. Em especial, a Alexandra Pretto (Ale),
pela competência e presença indispensável para o desenvolvimento desta tese.
Existem momentos onde nossos corações parecem não entender a própria vida...
Nesses momentos quem valoriza nossos sorrisos e aplaudem nossos sucessos?
Família... A vocês,... Muito obrigado! Tenho a felicidade de comemorar mais esta
conquista de nossas vidas.
6
RESUMO
Tese de Doutorado
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica
Universidade Federal de Santa Maria
RESPOSTAS METABÓLICAS E ENZIMÁTICAS EM JUNDIÁS, Rhamdia quelen
(HEPTAPTERIDAE) E PIAVAS Leporinus obtusidens (ANOSTOMIDAE) EXPOSTOS
A HERBICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ
AUTORA: DENISE DOS SANTOS MIRON
ORIENTADORA: VERA MARIA MORSCH
CO-ORIENTADORA: VÂNIA LUCIA LORO
Data e local de defesa: Santa Maria, 15 de janeiro de 2009.
Neste estudo, investigaram-se os efeitos toxicológicos da exposição de peixes aos
herbicidas COLOCAR CLASSE clomazone (isoxazolidinonas- Gamit®), quinclorac
(quinolinas- Facet®) e metasulfuron metil (sulfoniluréia- Ally®), utilizados na lavoura
de arroz. Primeiramente, foram realizados experimentos com jundiás (Rhamdia
quelen) para estabelecer uma concentração média letal em 96 horas (CL
50
-96h) de
exposição aos herbicidas e determinar a atividade da AChE cerebral e muscular
nesses peixes. Em experimentos adicionais, jundiás foram expostos por 45 dias em
águas retiradas do cultivo do arroz após a aplicação dos herbicidas. Foram
determinados parâmetros de sobrevivência, crescimento e metabólicos (glicose,
lactato, glicogênio e proteína) nestes peixes. Piavas (Leporinus obtusidens) foram
submetidas à exposição (96 e 192 h) do clomazone na concentração utilizada na
lavoura de arroz (0,5 mg/L) e, em seguida a testes de recuperação (192 h) em água
livre deste herbicida. Foram avaliados parâmetros enzimáticos (AChE e CAT),
formação de TBARS, carbonilação de proteínas e alguns metabólicos (glicogênio,
lactato, glicose e proteína) em diferentes tecidos. Os resultados demonstraram que
os valores de CL
50
-96h para os jundiás nos herbicidas foram: 7,32 mg/L para o
clomazone, 395 mg/L para o quinclorac e para o metasulfuron metil este valor não foi
obtido, pois os peixes sobreviveram em concentração máxima de 1200 mg/L deste
herbicida. Nossos resultados revelaram que o clomazone é um potente inibidor da
atividade da AChE em jundiás, mostrando uma inibição de até 83% em cérebro e de
89% em músculo. No entanto, quinclorac e metasulfuron metil causaram aumento da
AChE cerebral (98 e 179%, respectivamente) e diminuição dessa atividade no
músculo (88 e 56%, respectivamente). Depois de 45 dias de exposição aos
herbicidas, os jundiás expostos ao quinclorac demonstraram diminuição de 4% nos
índices de sobrevivência. E, em água com clomazone e com quinclorac ocorreu
redução no crescimento dos peixes. No tecido hepático dos jundiás expostos ao
clomazone e quinclorac houve aumento de glicogênio, redução nos níveis de lactato.
No tecido muscular verificou-se um aumento do lactato. Em piavas expostas ao
clomazone (96 e 192 h) houve diminuição na atividade da AChE, em cérebro e em
coração dos peixes. A atividade da AChE muscular diminuiu depois de 192 h de
exposição. Em relação à recuperação da atividade da AChE em piavas, observou-se
que a inibição persistiu após 192 h em água livre de herbicida em cérebro, músculo e
olho. Os níveis de TBARS apresentaram-se aumentados em cérebro de piavas nos
períodos de exposição, enquanto em fígado e em músculo foi observado o aumento
depois de 192 h de exposição. Em relação ao período de recuperação, verificou-se
7
que os níveis de TBARS não retornaram aos valores iniciais, com exceção do fígado.
A exposição de piavas resultou num aumento na formação de carbonilação proteíca
em fígado, que não foi recuperado. No fígado, a diminuição da atividade da CAT está
relacionada com o aumento de TBARS hepático, demonstrando que este herbicida
induz dano oxidativo. Além disso, no presente estudo os níveis de glicogênio em
fígado e em rins de piavas expostas ao clomazone mostraram um aumento, enquanto
os valores de lactato, glicose e de proteína obtido para esses tecidos diminuíram. No
tecido muscular de piavas expostas por 96 h ao clomazone foi demonstrado um
aumento do glicogênio que após o período de recuperação retornou aos valores do
controle. Nesse mesmo tecido, essas piavas apresentaram um aumento de lactato, a
diminuição de glicose e de proteína, sendo que o lactato não foi recuperado. Estes
resultados indicam que após a exposição de piavas ao clomazone (96 e 192 h)
algumas mudanças enzimáticas e metabólicas não podem ser recuperadas, mesmo
submetendo os peixes ao tratamento em água livre de herbicida (192 h). Contudo, os
resultados obtidos no presente estudo demonstraram que a exposição de peixes a
herbicidas utilizados na lavoura de arroz irrigado afeta o sistema colinérgico, os
parâmetros metabólicos e oxidativos causando uma condição de estresse oxidativo.
Portanto, os parâmetros avaliados em jundiás e piavas podem ser recomendados
para o monitoramento de contaminação da água por clomazone, quinclorac e
metasulfuron metil.
Palavras-chave: herbicidas, clomazone, quinclorac, metasulfuron metil, jundiá, piavas,
CL
50
, metabolismo e enzimas.
8
ABSTRACT
Doctoral Thesis
Pos-Graduate Program in Toxicological Biochemistry
Universidade Federal de Santa Maria
METABOLIC AND ENZYMATIC RESPONSES ON SILVER CATFISH Rhamdia
Quelen (HEPTAPTERIDAE) AND PIAVAS Leporinus Obtusidens (ANOSTOMIDAE)
EXPOSURE TO HERBICIDES UTILIZED IN THE RICE FIELDS
AUTHOR: DENISE DOS SANTOS MIRON
ORIENTED BY: VERA MARIA MORSCH
CO-ORIENTED BY: VÂNIA LÚCIA LORO
Place and date: Santa Maria, January 15, 2009.
The effects of the toxic exposure of fish to the herbicides clomazone (isoxazolidinone-
Gamit®), quinclorac (quinoline-Facet®) and metsulfuron methyl (sulfonylurea-Ally®), used
in rice fields were investigated. Experiments were carried out with silver catfish (Rhamdia
quelen) to establish an average lethal concentration in 96 hours (LC
50 –
96 h) of exposure
to herbicides as well as to determine brain and muscle AChE activity in this specie. In
additional experiments, silver catfish were placed into water, for 45 days, taken from the
rice cultivation after the application of herbicides. Survival parameters as well as growth
and metabolic (glucose, lactate, glycogen and protein) were determined in this species.
Piava (Leporinus obtusidens) were exposed (96 and 192 h) to clomazone in the
concentration used for rice culture (0.5 mg/L) and recovery tests (192 h) in water free of
herbicide were performed. Enzymatic (AChE and CAT), formation of TBARS, protein
carbonylation and some metabolic parameters (glycogen, lactate, glucose and protein)
were evaluated in different tissues. Results showed that LC
50
-96 h values for silver catfish
were 7.32 mg/L for clomazone, 395 mg/L for quinclorac and no values were obtained for
metsulfuron methyl, the fish survived in maximum concentration of 1200 mg/L. Our
findings showed that clomazone is a potent inhibitor of AChE activity in silver catfish,
showing an inhibition up to 83% in brain and 89% in muscle. However, quinclorac and
metsulfuron methyl caused an increase of the brain AChE activity (98 and 179%,
respectively) and a decrease in the muscle AChE activity (88 and 56% respectively). After
45 days of quinclorac exposure, silver catfish showed a decrease of 4% in the survival
rates. In water with clomazone and quinclorac a reduction in the growth of fish was
observed. In the liver tissue of silver catfish exposed to clomazone and quinclorac a
glycogen increase and a reduction in the glucose and lactate levels were observed
9
indicating liver gluconeogenesis. In the muscle tissue, there was a decrease in the muscle
glycogen, with a lactate increase. There was a decrease in the AChE activity in brain and
heart of piava exposed to clomazone (96 and 192 h). AChE activity decreased in muscle
after 192 h of exposure. Regarding the recovery of the AChE activity in piava, the inhibition
persisted after 192 h in water free of herbicide in brain, muscle and eye. TBARS levels
were increased in the brain of piava during the exposure periods, whereas an increase in
liver and muscle was observed after 192 h of exposure. TBARS levels did not return to
controls values during the recovery period, except for liver. The exposure of piava resulted
in an increase in the formation of protein carbonyl in liver, which was not recovered. In
liver, the reduction in the CAT activity is related to the increase in liver TBARS, showing
that this herbicide causes oxidative damage. Furthermore, in this study the glycogen levels
in kidneys of piava exposed to clomazone showed an increase whereas lactate, glucose
and protein values to these tissues were decreased. In muscle tissue of piava exposed to
clomazone (96 h) was demonstrate a glycogen increased that after recovery returned to
the values of control. Muscle tissue of piavas also showed lactate increased, a decreased
glucose and protein, however lactate levels not were recovered. These results
demonstrate that after exposing piava to clomazone (96 and 192 h) some metabolic and
enzymatic changes could not be recovered, even exposing the fish to water free of
herbicide (192 h). The results of this study showed that the exposure of fish to herbicides
used in rice culture affects the cholinergic system, as well as the metabolic and oxidative
parameters causing a condition of oxidative stress. Therefore, the parameters evaluated in
piava and silver catfish may be recommended for the monitoring of water contamination by
clomazone, quinclorac and metsulfuron methyl.
10
LISTA DE FIGURAS
REVISÃO DE LITERATURA:
FIGURA 1- Exemplar de Jundiá (Rhamdia quelen) ................................................ 24
FIGURA 2- Exemplar de Piava (Leporinus obtusidens) .......................................... 25
FIGURA 3- Estrutura Química do Clomazone (Senseman, 2007) .......................... 26
FIGURA 4- Mecanismo de Ação do Clomazone em Plantas (Oliveira, 2001) .......... 27
FIGURA 5- Estrutura Química do Quinclorac (Senseman, 2007) ........................... 27
FIGURA 6- Estrutura Química do Metasulfuron Metil (Senseman, 2007) ............... 29
FIGURA 7- Mecanismo de Ação do Metasulfuron Metil em Plantas (Oliveira, 2001) 30
FIGURA 8- Sinapse Colinérgica (Adaptado de Soreq e Seidman, 2001) ............... 34
ARTIGO I:
FIGURA 1- Mortality of silver catfish exposed for 96 h to clomazone (a) and quinclorac
(b). Open circles indicate LC
50
, and circles indicate log-doses tested .................... 43
FIGURA 2- Effects on the AChE activity after 96-h exposure to 0 (control), 5, 10, and
20 mg/L of clomazone in the brain and muscle. AChE activity (μmol/AcSCh)/min/g
protein) is expressed as mean±SE (n = 3). Significant difference from control is
indicated: *P<0.05 ................................................................................................... 44
FIGURA 3- Effects on the AChE activity after 96 h exposure to 0 (control), 100, 375,
and 400 mg/L of quinclorac in the brain and muscle. AChE activity
(μmol/AcSCh)/min/g protein) is expressed as mean±SE (n=3). Significant difference
from control is indicated: *P<0.05 ........................................................................... 44
FIGURA 4- Effects on the AChE activity after 96-h exposure to 0 (control), 400, 800,
and 1200 mg/L of metsulfuron methyl in the brain and muscle. AChE activity
(μmol/AcSCh)/min/g protein) is expressed as mean±SE (n = 3). Significant difference
from control is indicated: *P<0.05 ........................................................................... 44
11
MANUSCRITO I:
FIGURA 1- Glucose and lactate (nmol mg
-1
protein) in the liver and muscle of silver
catfish (Rhamdia quelen) exposed 15 days at water from rice fields applied to the rice
fields. Seen as (GH) Glucose hepatic, (LH) Lactate hepatic, (GM) Glucose muscle and
(LM) Lactate muscle. Results are the means ± SD of then fish per group. (*) Indicates
significant difference from control group (P<0.05) .................................................. 60
FIGURE 2- Glucose and lactate (nmol mg
-1
protein) in the liver and muscle of silver
catfish (Rhamdia quelen) exposed 45 days at water from rice fields applied to the rice
fields. Seen as (GH) Glucose hepatic, (LH) Lactate hepatic, (GM) Glucose muscle and
(LM) Lactate muscle. Results are the means ± SD of then fish per group. (*) Indicates
significant difference from control group (P<0.05) .................................................. 61
ARTIGO II:
FIGURA 1- AChE activity (μmol AcSCh min
-1
mg
-1
protein) in brain, muscle, eye and
heart of Leporinus obtusidens after exposure to 0.5 mgL
-1
of clomazone (96h and
192h) and recovery (R - 192h). Data are reported as mean±SD (n = 15). *, Indicates
significant difference from control (P<0.05) ............................................................ 68
FIGURA 2- TBARS levels (nmol MDA mg
-1
protein) in brain, liver and muscle of
Leporinus obtusidens after exposure to 0.5 mgL
-1
of clomazone (96h and 192h) and
recovery (R - 192h). Data are reported as mean±SD (n = 15). * Indicates significant
difference between groups and control values (P<0.05) ......................................... 68
FIGURA 3- Protein carbonyl (nmol carbonyl mg
-1
protein) in liver of Leporinus
obtusidens after exposure to 0.5 mgL
-1
of clomazone (96h and 192h) and recovery (R
- 192h). Data are reported as mean±SD (n = 15). * Indicates significant difference
from control (P<0.05) .............................................................................................. 68
FIGURA 4- Catalase activity (μmol mg
-1
protein min
-1
) in liver of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mgL
-1
of clomazone (96h and 192h) and recovery (R - 192h).
Data are reported as mean±SD (n = 15). * Indicates significant difference from control
(P<0.05) .................................................................................................................. 68
12
MANUSCRITO II:
FIGURE 1- Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) in liver of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h).
Seen as (Control- GH) Glycogen hepatic control, (GH) Glycogen hepatic, (Control-
LH) Lactate hepatic control and (LH) Lactate hepatic. Results are the means ± SD of
then fish per group. (*) Indicates significant difference from control group (P<0.01).
Date are means ±SD (n=15); * Indicate a significant difference at P< 0.05 ............ 84
FIGURE 2- Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) in muscle of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h).
Seen as (Control- GM) Glycogen muscle control, (GH) Glycogen muscle, (Control-
LM) Lactate muscle control and (LM) Lactate muscle. Date are means ±SD (n=15); *
Indicate a significant difference at P< 0.05 ............................................................. 85
FIGURE 3- Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) in kidney of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h).
Seen as (Control- GK) Glycogen kidney control, (GK) Glycogen kidney, (Control- LK)
Lactate kidney control and (LK) Lactate kidney. Date are means ±SD (n=15); *
Indicate a significant difference at P< 0.05 ............................................................. 86
13
LISTA DE TABELAS
ARTIGO I:
TABELA 1- Lethal concentrations (96 h) and effect of different concentrations of
clomazone, quinclorac, and metsulfuron methyl on feeding behavior, activity, and
brain and muscle AChE activity in silver catfish fingerlings ..................................... 43
MANUSCRITO I:
TABELA 1- Concentration of herbicides applied to the rice fields as a function of time
................................................................................................................................. 62
TABELA 2- Weight, length, specific growth rate and biomass of silver catfish
(Rhamdia quelen) after 15, 30 and 45 days exposure to water from rice fields applied
to the rice fields ....................................................................................................... 63
TABELA 3- Glycogen (nmol/ mg protein), protein (mg/ mg tissue) in liver and muscle
tissues of silver catfish (Rhamdia quelen) after 15 ana 45 days exposure at water from
rice fields that received application of herbicides applied to the rice fields ............ 64
MANUSCRITO II:
TABELA 1- Changes in liver, muscle and kidney of Leporinus obtusidens exposed to
clomazone (96 and 192 h) and recovery period (192 h) ......................................... 87
14
LISTA DE ABREVIATURAS
ACh: acetilcolina
AChE: acetilcolinesterase
ALS: alanina aminotransferase
ATP: adenosina trifosfato
BuChE: butirilcolinesterase
CAT: catalase
CL
50
: concentração letal média
DNA: ácido desoxirribonucléico
EROs : espécies reativas de oxigênio
GPx: glutationa peroxidase
LPO: peroxidação lipídica
SOD: superóxido dismutase
TBARS: substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico
RNA: ácido ribonucléico
15
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 16
1.1 Objetivos ..................................................................................................... 20
1.2 Objetivo Geral .............................................................................................. 20
1.3 Objetivos Específicos .................................................................................. 20
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 22
2.1 Contaminação Ambiental ............................................................................. 22
2.2 Rizipiscicultura ............................................................................................. 23
2.3 Jundiá (Rhamdia quelen) ............................................................................. 23
2.4 Piava (Leporinus obtusidens) ...................................................................... 25
2.5 Herbicida Clomazone .................................................................................. 25
2.6 Herbicida Quinclorac ................................................................................... 27
2.7 Herbicida Metasulfuron Metil ....................................................................... 28
2.8 Concentração Média Letal (CL
50
) ................................................................ 30
2.9 Parâmetros de Crescimento ........................................................................ 32
2.10 A Atividade da Acetilcolinesterase ............................................................. 32
2.11 Intermediários Metabólicos ........................................................................ 34
2.12 Estresse Oxidativo e Defesa Antioxidante ................................................. 38
2.13 Capacidade de Recuperação ................................................................... 38
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 39
CAPÍTULO I ............................................................................................................ 40
CAPÍTULO II ........................................................................................................... 47
CAPÍTULO III .......................................................................................................... 65
CAPÍTULO IV ......................................................................................................... 71
4. DISCUSSÃO ....................................................................................................... 88
5. CONCLUSÕES ................................................................................................... 96
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 98
16
1. INTRODUÇÃO
Na atividade agrícola é indispensável à adoção de procedimentos de manejo
para obter-se o aumento da produtividade. O controle de plantas daninhas na lavoura
permite um maior rendimento da área plantada e geralmente é realizado através de
agroquímicos (IRGA, 2001). O uso de herbicidas requer a aplicação cuidadosa das
quantidades adequada bem como, exige cuidados quanto á época indicada para o
agroquímico. Cuidados relativos a estes fatores melhoram a qualidade nas colheitas
e, minimizam a possibilidade de intoxicações (humanas, de animais domésticos, etc.).
A quantidade de herbicidas nos recursos hídricos varia entre regiões e depende da
dosagem aplicada, das características químicas do produto e das condições
ambientais durante a aplicação (HUBER et al., 2000). Dependendo das
características físico-químicas, o resíduo do químico pode se ligar ao material
particulado em suspensão, se depositar no sedimento do fundo ou ser absorvido por
organismos, podendo então ser detoxificado ou acumulado. Além disso, pode ser
transportado no sistema aquático por difusão nas correntes de água ou nos
organismos aquáticos, ou até mesmo retornar à atmosfera por volatilização,
evidenciando uma interação contínua dos químicos entre sedimento e água,
influenciada pelo movimento da água, turbulência e temperatura (NIMMO, 1985).
Alguns poluentes em ambientes aquáticos podem afetar a saúde e a
sobrevivência dos peixes (DEZFULI et al., 2003). Entretanto, há poucos trabalhos
relacionados á toxicidade de herbicidas utilizados em cultura de arroz irrigado, e
poucos dados relacionados à curva dose-efeito dos herbicidas com as espécies
nativas. Os herbicidas clomazone (isoxazolidinona), quinclorac (quinolina) e
metasulfuron metil (sulfoniluréia) são registrados no Brasil para o controle de plantas
daninhas em diferentes culturas, como em lavouras arrozeiras, nas concentrações
17
finais de 0,7; 0,003 e 0,75 mg/L, respectivamente (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998,
2005). E, uma vez na água, o resíduo do agroquímico pode ser absorvido por
organismos, podendo então bioacumular-se ou sofrer detoxificação. Com relação aos
herbicidas de amplo uso em culturas de arroz irrigado no Rio Grande do Sul (RS), o
clomazone se apresenta como o menos tóxico para peixes quando comparado ao
quinclorac e ao metasulfuron metil (JONSSON et al., 1998). Testes de toxicidade em
peixes, feitos a partir da concentração média letal (CL
50
) permitem avaliar o potencial
deletério que algumas substâncias químicas podem exercer sobre organismos
aquáticos, em condições controladas de laboratório (RAND & PETROCELLI, 1985).
No peixe tetrarisca-negra (Hyphessobrycon scholzei) o valor da CL
50
-96 h para o
clomazone foi equivalente a 27,67 mg/L, enquanto a dose comercial normalmente
utilizada na lavoura é de 0,4 a 0,7 mg/L e, não houve evidências de alterações
significativas nos níveis de proteínas totais e de macro e microelementos nos tecidos
(JONSSON et al., 1998). No entanto, RESGALLA JUNIOR et al. (2002)
demonstraram que a exposição do clomazone sobre carpa comum (Cyprinus carpio)
oferece altos riscos ambientais, pois a diferença entre a CL
50
-96 h (13,94 mg/L) e a
concentração recomendada pelo fabricante estão próximas, indicando maior potencial
de risco no uso desse produto.
Vários parâmetros enzimáticos podem ser utilizados para avaliar a toxicidade
de herbicidas (FERNÁNDEZ-VEJA et al., 2002). Um destes é a medida da atividade
da acetilcolinesterase (AChE, EC 3.1.1.7), é uma enzima importante para o sistema
colinérgico. A medida da atividade da AChE tem sido utilizada como um indicador de
toxicidade causado pela exposição de compostos como organofosforados e
carbamatos em peixes (SANCHO et al., 2000). É descrito na literatura que a atividade
da AChE em peixes pode ser afetada também, por pesticidas de outras classes e por
18
esse motivo vem sendo amplamente utilizada como um indicador de efeitos tóxicos
(FERNÁNDEZ-VEGA et al., 2002; DUTTA & ARENDS, 2003; MIRON et al., 2005).
Algumas alterações fisiológicas devido à exposição de herbicidas também
podem ser analisadas através do estudo de parâmetros metabólicos em peixes (DAS
& MUKHERJEE, 2003). As mudanças no metabolismo de carboidratos de peixes
expostos a diferentes agrotóxicos, podem servir de bons indicadores secundários de
toxicidade (BEGUM, 2004). De acordo, foi constatado que a exposição de carpa
comum ao lindane (100 mg/L por 72 h) e de catfish indiano (Heteropneustes fossilis)
ao malation (8 mg/L por 96 h) aumenta significativamente o nível de glicose no
plasma e causa uma redução concomitante de glicogênio em músculo e em fígado
(GLUTH & HANKE, 1985; LAL et al., 1986). A exposição de jundiás ao herbicida 2,4-
D (ácido diclorofenoxiacético) (600 e 700 mg/L por 96 h) também causa alterações no
metabolismo de carboidratos, como aumento nos níveis de lactato muscular,
favorecendo o metabolismo anaeróbico (CATTANEO et al., 2008). SAHIB et al.
(1984) e FERNÁNDEZ-VEJA et al. (2002) sugerem que peixes expostos a
contaminantes podem alterar o conteúdo de proteína (hepática e muscular) indicando
uma resposta adaptativa fisiológica para compensar a condição de estresse ao tóxico.
Além disso, os poluentes podem provocar estresse oxidativo e levar a um
aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) em organismos
aquáticos (AHMAD et al., 2000; SEVGILER et al., 2004). Uma reação típica induzida
por EROs envolve a peroxidação de ácidos graxos poliinsaturados (LPO) que tem
sido observada em várias espécies de peixes. Estes apresentam vários sistemas
antioxidantes, tais como, as enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e
a glutationa peroxidase (GPx) (RADI et al., 1985). Assim, mudanças no conteúdo dos
antioxidantes podem também demonstrar a presença de contaminantes (AHMAD et
al., 2000).
19
Portanto, os peixes podem apresentar várias respostas à exposição de
agentes tóxicos, como herbicidas. Segundo ORUÇ & ÜNER (1999), mudanças
bioquímicas em peixes são influenciadas de acordo com a espécie exposta ao
herbicida, pelo tempo e também pela concentração de exposição. As respostas são
demonstradas através de testes de CL
50
(RAND & PETROCELLI, 1985), alterações
nos níveis de vários parâmetros enzimáticos, fisiológicos e metabólicos
(FERNÁNDEZ-VEJA et al., 2002). Segundo BEGUM (2004) algumas das alterações
causadas pela exposição a herbicidas podem ser revertidas. Considerando o exposto
acima, torna-se importante os estudos relacionados às respostas dos efeitos tóxicos
em peixes submetidos a um tratamento de recuperação e de detoxificação em água
sem adição de herbicida. Dessa forma é importante estabelecer subsídios para
auxiliar no cultivo de peixes nativos, como o jundiá (Rhamdia quelen) e a piava
(Leporinus obtusidens) já que são espécies promissoras no sistema de rizipiscicultura
devido à facilidade de cultivo e aceitação comercial. Além disso, o conhecimento dos
efeitos causado pela exposição ao clomazone, quinclorac e ao metasulfuron metil
proporcionará um maior embasamento no que diz respeito a aspectos relacionados a
respostas metabólicas, enzimáticas e, conseqüentemente de estresse oxidativo nas
espécies estudadas.
20
1.1 Objetivos
1.2 Objetivo Geral
O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos toxicológicos da exposição
de jundiás e piavas a três tipos de herbicidas utilizados na lavoura de arroz:
clomazone (isoxazolidinona- Gamit®), quinclorac (quinolina- Facet®) e metasulfuron
metil (sulfoniluréia- Ally®).
1.3 Objetivos Específicos
- Determinar a CL
50-
96 h para jundiás expostos aos herbicidas clomazone, quinclorac
e metasulfuron metil;
- Investigar os efeitos dos herbicidas sobre a atividade da enzima acetilcolinesterase
(AChE) em cérebro e em músculo de jundiás;
- Investigar os efeitos da água usada no cultivo do arroz após a aplicação do
clomazone, quinclorac e metasulfuron metil sobre a sobrevivência, crescimento e
parâmetros metabólicos (glicose, lactato, glicogênio e proteína) de jundiás;
- Verificar os efeitos causados pela exposição ao clomazone na concentração usada
na lavoura de arroz (0,5 mg/L), sobre AChE, TBARS, carbonilação de proteínas e
atividade da catalase (CAT) de piavas;
21
- Investigar os efeitos da exposição a 0,5 mg/L de clomazone sobre alguns
parâmetros metabólicos (glicogênio, lactato, glicose e proteínas totais) em fígado,
músculo e rim de piavas;
- Analisar se após a exposição do clomazone (96 e 192 h) as possíveis mudanças
(enzimáticas e metabólicas) podem ser recuperadas a níveis normais, submetendo os
as piavas ao tratamento em água livre de herbicida (192 h);
- Verificar se os parâmetros avaliados em jundiás e em piavas poderão ser
recomendados para o monitoramento de contaminação da água por herbicidas
utilizados nas lavouras de arroz irrigado.
22
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Contaminação Ambiental
No Brasil são cultivados anualmente 1,3 milhões de hectares com arroz irrigado
dos quais cerca de 950 mil (73%) estão no Rio Grande do Sul (RS) (AGRIANUAL,
2000). O arroz (Oryza sativa L.) é um dos cereais mais cultivados do mundo e,
considerado a base da alimentação de boa parte da população mundial. O controle
de plantas daninhas na cultura de arroz irrigado permite um maior rendimento da área
plantada e geralmente é realizado através do uso de agroquímicos, principalmente
herbicidas (IRGA, 2001). O sistema pré-geminado de arroz caracteriza-se pela
drenagem da área irrigada, efetuada após o período de semeadura, podendo
desencadear graves problemas ambientais com a liberação de herbicidas que estão
em suspensão na água de irrigação. Esta água liberada no meio ambiente pode
afetar vários organismos, principalmente os aquáticos, como os peixes. Estes podem
absorver através das brânquias e superfície do corpo essas substâncias tóxicas
(SEIM et al., 1997). Salienta-se que o uso sem controle de herbicidas em culturas
irrigadas, como as lavouras de arroz, pode afetar diretamente a vida dos organismos
expostos aos mesmos, ou indiretamente quando seus habitats são alterados,
afetando, por exemplo, a qualidade da água, que pode ser influenciada pelas
interações entre os seus componentes químicos e os componentes dos herbicidas.
Com isso, muitos parâmetros físicos e químicos, tais como: temperatura, pH, oxigênio
dissolvido, dureza e turbidez podem sofrer alterações. Mudanças nestes parâmetros,
que influenciam as condições biológicas do ecossistema aquático, podem alterar a
produtividade do cultivo, bem como as respostas fisiológicas dos peixes (ARANA,
1997).
23
2.2. Rizipiscicultura
O Brasil destaca-se pelo uso de vários herbicidas, destes diversos são indicados
para uso nas culturas de arroz irrigado (IRGA, 2001). A lavoura arrozeira irrigada tem
sido alvo de estudos voltados para os efeitos nocivos causados sobre a qualidade da
água. Porém, a procura por parte de técnicos e produtores de alternativas para a
redução de custos da lavoura arrozeira está motivando a combinação do sistema
peixe e arroz irrigado, ou seja, a rizipiscicultura. Esta proporciona a possibilidade de
manejo reduzindo o uso de maquinária, conservando o meio ambiente e, ainda
aumentando a renda do produtor atravéz da venda do peixe (EMATER, 1999). Na
rizipiscicultura podem-se reduzir os custos da lavoura, pois são utilizadas algumas
espécies de peixes que preparam o solo para os próximos cultivos do arroz irrigado,
reciclam a matéria orgânica e consomem sementes de espécies invasoras no solo,
contribuindo também para a redução de larvas de insetos e caramujos (EMATER,
2001). A partir do estudo dos efeitos de herbicidas em peixes associados às lavouras
pode-se minizar a possibilidade de contaminação da água e dos organismos pelos
produtos químicos. Assim, torna-se importante determinar os efeitos tóxicos em
peixes de interesse comercial como os jundiás (Rhamdia quelen) e piavas (Leporinus
obtusidens), os quais poderiam ser utilizado no consórcio arroz-piscicultura.
2.3. Jundiá (Ramdia quelen)
O jundiá, Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824; família Heptapteridae; ordem
Siluriforme) (Figura 1) é uma espécie de teleósteo nativa da região Sul da América do
Sul (GOMES et al., 2000). Sua coloração varia de marrom-avermelhado claro a cinza
ardósia. No Brasil, está presente na região da Depressão Central do Rio Grande do
Sul, entre outros locais (GUEDES, 1980). Na Argentina, é conhecido também como
bagre, bagre negro, bagre sapo e bagre sul-americano (GOMES et al., 2000). Esta
24
espécie tem preferência de viver em águas calmas, escondendo-se embaixo de
troncos e pedras. Têm hábitos noturnos e são considerados onívoros, alimentando-se
de invertebrados (crustáceos, insetos), restos vegetais e detritos orgânicos. Porém,
possui uma clara tendência a carnivoria (GUEDES, 1980; GOMES et al., 2000;
BALDISSEROTTO & RADUNZ NETO, 2004). Este peixe é considerado rústico, pois
suporta o intenso frio da região Sul do Brasil durante o inverno, bem como tem seu
crescimento potencializado durante o verão (BARCELLOS et al., 2003; SOSO et al.,
2007). Os alevinos são capazes de sobreviver a diversas alterações na água como
salinidade, pH, dureza, oxigênio e amônia (GOMES et al., 2000; MIRON et al., 2008).
De acordo com BARCELLOS et al. (2004), o jundiá quando cultivado a uma
densidade de 2 a 4 peixes/m
2
, pode alcançar 600 a 800 g em 8 meses de cultivo. As
fêmeas apresentam aproximadamente 66,5 cm e tem um tempo de vida de 21 anos;
os machos, atingem 52 cm e tem um tempo de vida de 11 anos. Devido às
características de sobrevivência desta espécie, ela se torna bastante favorável para
as práticas de aqüicultura que são bem freqüentes na região Sul do Brasil,
principalmente no Rio Grande do Sul (RS) (BARCELLOS et al., 2003; LAZZARI et al.,
2006). Além disso, esses peixes possuem uma carne de sabor agradável que é bem
aceita pelos consumidores (LAZZARI et al., 2006). Sendo assim, esta espécie
apresenta grande importância comercial e possui boas características para o cultivo
em nossa região.
FIGURA 1- Exemplar de Jundiá (Rhamdia quelen).
25
2.4. Piava (Leporinus obtusidens)
A piava, Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1836; família Anostomidae; ordem
Characiforme) (Figura 2) é uma espécie de teleósteo nativa da região Sul do Brasil e
bem aceita pelos consumidores. Além disso, as espécies do gênero Leporinus são
recomendadas para o policultivo e consorcionamento, inclusive para rizipiscicultura
(ANDRIAN et al., 1994; BALDISSEROTTO et al., 2005). Podem ser encontradas nas
Bacias do São Francisco, do Paraná e do Uruguai (ZANIBONI FILHO & SCHULZ,
2003). No baixo Rio Uruguai, é uma espécie de elevada importância comercial e
recreativa. A alimentação é diversificada em juvenis e adultos, destacando-se, as
sementes, organismos aquáticos, crustáceos e moluscos (FRACALOSSI et al., 2002).
Em geral, as espécies do gênero Leporinus aceitam prontamente a ração e o
alimento preparado desde as primeiras fases de vida. O período reprodutivo se
concentra nos meses de dezembro e janeiro, apresentando desova total. São
encontrados em ambientes de água limpa.
FIGURA 2- Exemplar de Piava (Leporinus obtusidens)
2.5. Herbicida Clomazone
O clomazone (2- [(2-clorobenzil)]-4,4-dimetil-1,2-oxazolidin-3-ona), pertencente
ao grupo químico das isoxazolidinona, é encontrado na forma comercial de
concentrado emulsionável 36 ou 50% (GAMIT
®
) e apresenta a estrutura abaixo
(Figura 3).
26
FIGURA 3- Estrutura Química do Clomazone (Senseman, 2007).
É um herbicida seletivo, utilizado em pré ou pós-emergência inicial no controle
de várias espécies daninhas na cultura do arroz irrigado no sul do Brasil (ANDRES &
MACHADO, 2004) e também nas culturas de soja, mandioca, cana-de-açúcar e
algodão. Este produto possui grande solubilidade em água (1100 mg/L) e meia vida
de 28 a 84 dias, dependendo do tipo de solo e do nível de matéria orgânica (COLBY
et al., 1989).
Herbicidas desse grupo atuam de maneira geral na síntese dos pigmentos
carotenóides e apresentam o mecanismo de ação abaixo (Figura 4). O bloqueio da
síntese desses pigmentos é o fenômeno responsável pelo surgimento do sintoma
característico de “albinismo”. O uso do clomazone nas plantas inibe a biossíntese de
carotenóides e a folhagem produzida é totalmente branca após o tratamento, isto
pode ser chamado de "crescimento albino” (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998). O
crescimento cessa e aparecem necroses. Este herbicida não inibe diretamente a
biossíntese de clorofila. A ocorrência da perda de clorofila resulta da destruição desta
pela luz (fotooxidação), ou talvez devido à falta de carotenóides indiretamente
causando a alteração da biossíntese normal de clorofila e do desenvolvimento do
cloroplasto (BRAMLEY & PALLET, 1993). Um papel importante dos carotenóides é o
de proteger a clorofila da fotooxidação. Normalmente a energia da forma reativa de
clorofila é dissipada através dos carotenóides. Quando os carotenóides não estão
27
presentes, estas clorofilas iniciam reações de degradação. No entanto, os herbicidas
que inibem a biossíntese de carotenóides não afetam os carotenóides pré-existentes.
Portanto os tecidos formados antes do tratamento não mostram os sintomas albinos
típicos (OLIVEIRA, 2001).
FIGURA 4- Mecanismo de Ação do Clomazone em Plantas (Oliveira, 2001).
2.6. Herbicida Quinclorac
O quinclorac (3, 7-dicloroquinolina-8- ácido carboxílico), um herbicida
pertencente ao grupo químico das quinolinas, é encontrado na forma comercial de
concentrado emulsionável 50% (FACET
®
) e apresenta a estrutura abaixo (Figura 5).
FIGURA 5- Estrutura Química do Quinclorac (Senseman, 2007).
28
Dentre os herbicidas seletivos utilizados na lavoura de arroz, o quinclorac,
mimetizador de auxina, reúne flexibilidade na aplicação (pré e pós-emergência),
eficiência de controle de Echinochloa spp., Digitaria spp. e Setaria spp., baixa
toxicidade ao homem e aos animais (GROSSMANN & KWIATKOWSKI, 2000). Este
produto possui solubilidade na água de 0,065 mg/L e meia vida de 21 dias na água
ou solo (ZANELLA et al., 2002). A ação inicial envolve o metabolismo de ácidos
nucléicos e a plasticidade da parede celular. Acredita-se que o herbicida quinclorac
possa causar a acidificação da parede celular através do estímulo da atividade da
bomba de prótons da ATPase, ligada à membrana celular. A redução no pH induz à
elongação celular pelo aumento da atividade de certas enzimas responsáveis pelo
afrouxamento celular. Baixas concentrações estimulam a RNA polimerase, resultando
em aumentos subseqüentes de RNA, DNA e biossíntese de proteínas. Aumentos
anormais nesses processos levam à síntese de auxinas e giberilinas, as quais
promoverão divisão e alongamento celular acelerado e desordenado nas partes
novas da planta, ativando seu metabolismo e levando ao seu esgotamento. Por outro
lado, em concentrações mais altas, esses herbicidas inibem a divisão celular e o
crescimento, geralmente nas regiões meristemáticas, que acumulam tanto
assimilados provenientes da fotossíntese quanto o herbicida transportado pelo
floema. Esses herbicidas estimulam a liberação de etileno que, em alguns casos,
pode produzir sintomas característicos de epinastia associados à exposição a esses
herbicidas (AHRENS, 1994).
2.7. Herbicida Metasulfuron Metil
O metasulfuron metil (methyl2-[[[(4-metoxi-6-methyl-1,3,5-triazine-2-)
amino]carbonyl]amino] sulfonyl-benzoate-), pertencente ao grupo químico das
29
sulfoniluréia, é encontrado na forma comercial de concentrado emulsionável 50%
(ALLY
®
) e apresenta a estrutura abaixo (Figura 6).
FIGURA 6- Estrutura Química do Metasulfuron Metil (Senseman, 2007).
Este composto é amplamente utilizado em lavouras de arroz no Sul do Brasil
contra gramíneas invasoras dessas culturas (ZANELLA et al., 2002). Metasulfuron
metil é uma nova classe de herbicida caracterizado pelo controle das plantas
daninhas em lavouras a baixas concentrações (2-75 g/ha) (ARUFE et al., 2004).
Segundo ZANELLA et al. (2002), o metasulfuron metil possui solubilidade na água de
9,5 mg/L e meia vida de 30 dias no solo ou, até de 30 a 120 dias (TREZZI et al.,
2001). Segundo OLIVEIRA (2001), os herbicidas inibidores da ALS (alanina
aminotransferase) foram responsáveis por 17% do mercado mundial de herbicidas
em 1994, mais do que qualquer outro grupo isoladamente. Uma grande variedade de
culturas é sensível às doses recomendadas de sulfuniluréias. Quando culturas são
plantadas em rotação com herbicidas desse grupo, a ocorrência de danos depende
da quantidade de herbicida persistente na estação seguinte, o que, por sua vez, é
influenciada pelo pH do solo, umidade e temperatura. A mesma cultura pode
responder de maneira diferente a um mesmo nível de resíduos de sulfuniluréias
dependendo de vários fatores ambientais e do solo. O mecanismo de ação desse
herbicida é a inibição da ALS, que é a enzima chave na rota de biossíntese de
aminoácidos valina, leucina e isoleucina (Figura 7). Após a absorção, esse herbicida
é rapidamente translocado para áreas de crescimento ativo (meristemas, ápices),
onde o crescimento é inibido em plantas suscetíveis. As plantas acabam morrendo
30
devido à incapacidade de produzir alguns aminoácidos essenciais de que necessita
(DURNER et al., 1991).
FIGURA 7- Mecanismo de Ação do Metasulfuron Metil em Plantas (Oliveira, 2001).
2.8. Concentração Letal Média (CL
50
)
A CL
50
-96h
é a concentração capaz de causar a mortalidade ou letalidade de
50% dos indivíduos até 96 horas após o início do teste de toxicidade. Estes testes
são recomendados para estudos preliminares a fim de estabelecer estimativas de
toxicidade das substâncias (SOLOMON, 1997). Os mesmos indicam que existe uma
variação entre os diferentes agroquímicos quanto a sua toxicidade (expressa pelos
valores de CL
50
), bem como quanto ao índice de segurança (estimado pela divisão da
CL
50
pela concentração provável utilizada na lavoura). Assim, quanto maior o valor do
índice, menor é o risco desse produto de causar efeito letal sobre os organismos
(RESGALLA JÚNIOR, 2002). Segundo SOLOMON (1997), índices de segurança
superiores a 20 demonstram produtos com menor risco de impacto ambiental. Assim,
o uso de CL
50
para testes de toxicidade permite avaliar o potencial deletério que
31
alguns químicos exercem sobre os organismos, sob condições controladas de
laboratório (RAND & PETROCELLI, 1985). A classe toxicológica de determinado
produto também se baseia na integração de suas características fisicoquímicas,
envolvendo sua persistência ou degradação (meia-vida, constantes de hidrólise,
fotólise e outros) e a sua capacidade de bioconcentração.
É importante que na avaliação da toxicidade dos agroquímicos sejam utilizadas
espécie bioindicadoras, como os peixes, que ocupam o topo da cadeia alimentar.
Estes testes permitem a identificação dos produtos químicos que apresentam
menores riscos de impacto ambiental e toxicidade, além de reconhecer aqueles que
poderiam ser utilizados nas lavouras de arroz consorciado com peixes. O efeito tóxico
pode variar conforme a espécie testada, de acordo com o tipo de agroquímico e
tempo de exposição. Por exemplo, avaliou-se a toxicidade aguda do clomazone
determinando a CL
50
-96 h para os alevinos de tetrarisca-negra (Hyphessobrycon
scholzei) onde o valor foi equivalente a 27,67 mg/L, enquanto em truta arco-íris
(Salmo gairdineri) foi de 19 mg/L (JONSSON et al., 1998; VECIL et al., 2002). Em
juvenis de carpa comum (Cyprinus carpio) a CL
50
-96 h foi de 19,52 mg/L a exposição
do clomazone; 6,65 mg/L ao quinclorac e 26 mg/L para a exposição ao metasulfuron
metil (RESGALLA JÚNIOR et al., 2002). Estudos de toxicidade da carpa comum
exposta ao cypremetrin demonstram valores para CL
50
-96 h de 0,004 a 0,0022 mg/L
e após 48 h de exposição o valor da CL
50
é de 0,006 mg/L
(DAVID et al., 2004).
Contudo, trabalhos recentes indicam que não há uma relação constante entre
concentração letal e a concentração segura para a sobrevivência ou crescimento. Ela
varia de espécie para espécie, podendo ser em torno de 3% da concentração letal
para catfish de canal (Ictalurus punctatus) e 12% para Pimephales promelas
(TOMASSO, 1994). Contudo, os valores de CL
50
- 96h são muito superiores às
32
concentrações estabelecidas para efeitos metabólicos ou sub-letais (RESGALLA
JÚNIOR, 2002).
2.9. Parâmetros de Crescimento
Xenobióticos encontrados no ambiente podem gerar toxicidade às populações
expostas e causar alterações no crescimento dos organismos. Os testes de
toxicidade são baseados na sobrevivência, crescimento e na reprodução de peixes
(SOSO et al., 2007). NIEVES-PUIGDOLLER et al. (2007) demonstraram que em
Atlantic salmon smolts expostos a níveis subletais do herbicida atrazina (0,1 mg/L)
apresentam distúrbios na osmorregulação, na alimentação e no crescimento.
ALVAREZ et al. (2005) mostraram que a exposição a 0,004 e 0,008 mg/L de atrazine
por 96h reduz o crescimento de larvas de Red drum (Sciaenops ocellatus). Em
adição, estudos tem evidenciado uma diminuição na população de rotíferos
(Brachionus sp.) alimentados com microalgas expostas ao triazine; demonstrando
que a população pode acumular poluente através da cadeia alimentar (RIOBOON et
al., 2007).
2.10 A Atividade da Acetilcolinesterase
As colinesterases são enzimas importantes na neurotransmissão colinérgica
central e periférica, além de exercerem funções como a detoxificação de xenobióticos
(ROEX et al., 2003). De acordo com suas propriedades catalíticas e especificidade a
substratos, sensibilidade a inibidores e distribuição tecidual, as colinesterases podem
ser classificadas em dois tipos principais: acetilcolinesterase (AChE; E.C. 3.1.1.7) e
butirilcolinesterase ou pseudocolinesterase (BuChE; E.C. 3.1.1.8) (MASSOULIÉ et al.,
1993). A AChE é distribuída por todo o corpo e hidrolisa preferencialmente ésteres
com grupamento acetil, como a acetilcolina (ACh) (DUTTA & ARENDS, 2003). A
33
enzima AChE é responsável por degradar o neurotransmissor ACh, regulando seus
níveis no sistema nervoso (central e periférico), nas junções neuromusculares e nas
fendas sinápticas (Figura 8). MENDEL & RUDNEY (1943), demonstraram que carpas
(Cyprinus carpio) possuem apenas AChE no cérebro. Outros trabalhos também
relataram AChE cerebral em várias espécies de peixes (GAAL, et al., 1980;
KOZLOVSKAYA et al., 1993; CHUIKO, 2000). A atividade da AChE cerebral pode ser
afetada por fatores como: a temperatura ambiental, a espécie, o ciclo reprodutivo, o
sexo e a idade (YI et al., 2007). Assim, esta enzima tem sido utilizada como um
indicador para diagnosticar o efeito da exposição de compostos como carbamatos e
organofosforados (CHUIKO, 2000; SANCHO et al., 2000; FERNÁNDEZ-VEJA et al.,
2002). Estes pesticidas, ao inibirem a atividade da AChE induzem o acúmulo do
neurotransmissor ACh, nas sinapses colinérgicas (central e periféricas) e junções
neuromusculares, levando a uma super-estimulação das células-alvo. Como
conseqüência, várias alterações motoras, como distúrbios na locomoção, no
equilíbrio, tremores, convulsões e até morte dos peixes (SAGLIO & TRIJASSE, 1998;
BRETAUD et al., 2000; SANCHO et al., 2000; FERNÁNDEZ-VEGA et al., 2002;
ROEX et al., 2003). Em geral, os peixes intoxicados com inseticidas
anticolinesterásicos mostram sinais de paralisia muscular, hiperatividade e perda de
equilíbrio (CERÓN et al., 1996). O carbofuran é um inseticida, nematicida e acaricida
utilizado mundialmente e está incluído no grupo dos carbamatos. Este é considerado
um inibidor da AChE e muito tóxico para peixes e mamíferos (BRETAUD et al., 2000;
ALVES et al., 2002). Além disso, estudos têm verificado que outras classes de
pesticidas podem também causar alterações na atividade da AChE em peixes
(BRETAUD et al., 2000, DUTTA & ARENDS, 2003; MIRON et al., 2005; GLUSCZAK
et al., 2006; MORAES et al., 2007). DUTTA & ARENDS (2003) observaram inibição
da atividade da AChE cerebral em Lepomis macrochirus expostos ao organoclorado
34
endosulfan. Assim, a medida da atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE) pode
ser utilizada como um parâmetro indicador para avaliar a toxicidade de pesticidas em
peixes.
Colina
+
acetato
ACh
FIGURA 8- Sinapse colinérgica (Adaptado de Soreq e Seidman, 2001).
Neurônio pós-sináptico
2.11. Intermediários Metabólicos
Diversas mudanças que ocorrem no metabolismo de peixes devido à exposição
a herbicidas estão sendo utilizadas para identificar o estresse gerado pela
contaminação ambiental devido à toxicidade do químico (JYOTHI & NARAYAN, 1999;
DAS & MUKHERJEE, 2003; BEGUM, 2004). Recentemente, tem sido demonstrado
que durante a exposição aos produtos químicos, a síntese e a degradação de
diferentes metabólitos podem ser ativadas diferentemente para suprir as
necessidades de energia dos peixes (AGUIAR, et al. 2004; SCOTT & SLOMAN,
2004; GLUSCZAK et al., 2007). Assim, os níveis de glicose, glicogênio, lactato e
proteína em diferentes tecidos de peixes expostos a herbicidas tem sido estudados
35
por vários autores (JYOTHI & NARAYAN, 1999; ORUÇ & ÜNER, 1999; SANCHO et
al., 2000; DAS & MUKHERJEE, 2003; BARCELLOS et al., 2004; CRESTANI et al.,
2006; GLUSCZAK et al., 2006,2007).
O fígado é considerado um órgão essencial nos processos de acumulação,
biotranformação e principalmente desintoxicação de toxinas químicas (SUAREZ &
MOMMSEN, 1987; PEIXOTO et al., 2006). Além disso, este desempenha papel
integrador entre os mecanismos energéticos do organismo, ajudando a regular as
taxas de glicose no sangue, estocando-a na forma de glicogênio. E, se o nível de
glicose no sangue diminui, este converte o glicogênio em glicose e devolve-o ao
sangue para que seja distribuído a todos os órgãos ou tecidos do organismo que
estejam necessitando. O glicogênio existe principalmente no fígado, mas este é
também presente no músculo. A exposição de jundiás ao herbicida clomazone
aumenta os níveis de glicogênio no fígado e diminui no músculo, demonstrando que
os peixes usam esta fonte de energia para compensar a situação de estresse à
exposição (CRESTANI et al., 2006). Assim, os peixes afetados por estresse
ambiental podem ter alterado os níveis de glicogênio, degradando-o, e ocasionando
grandes perdas dessa reserva de glicose. Isto reflete um mecanismo de
compensação fisiológica em resposta a exposição á químicos como agrotóxicos
(BIDINOTTO et al., 1997; JYOTHI & NARAYAN, 1999; ORUÇ & ÜNER, 1999;
BEGUM, 2004).
Além dos níveis de glicose e glicogênio as alterações metabólicas em peixes
expostos a herbicidas podem ser analisadas também nos níveis de lactato e proteína.
Através da gliconeogênese podem-se gerar moléculas de glicose a partir de outras
moléculas orgânicas como piruvato, lactato, glicerol e alguns aminoácidos (RAHAMI
& ABDOLLAHI, 2007). Então, ocasionalmente os peixes podem usar outros
precursores como o lactato, como uma fonte de energia (BEGUM &
36
VIJAYARAGHAVAN, 1999). Muitos pesticidas induzem condições de hipóxia tecidual
nos peixes, favorecendo o metabolismo anaeróbico para obtenção de energia (KNOX
et al., 1980; ORUÇ & ÜNER, 1999). Portanto, o aumento nos níveis de lactato
hepático, muscular e plasmático representa uma resposta rápida à necessidade de
energia através do metabolismo anaeróbico e, já foi observado em vários estudos
(BEGUM & VIJAYARAGHAVAN, 1999; CRESTANI et al., 2006; GLUSCZAK et al.,
2006; FONSECA et al., 2008). No geral, todas mudanças indicam desordens
metabólicas e são usadas como indicadores da toxicidade de herbicidas. Além disso,
uma grande parte do organismo dos peixes é formada por proteínas e estas também
podem ser utilizadas como o combustível preferido para fornecer a demanda de
energia durante uma situação de estresse (PEIXOTO et al., 2006). Nesse sentido, foi
observado que a exposição ao carbofuran causa uma diminuição no conteúdo
protéico hepático e muscular de Clarias batrachus (linn) (BEGUM, 2004). Assim, o
catabolismo de proteínas pode também indicar uma adaptação fisiológica dos peixes,
para compensar a condição de toxicidade gerada pela exposição ao produto químico
(SANCHO et al., 1998; VEJA et al., 2002).
2.12 Estresse Oxidativo e Defesa Antioxidante
As reações de oxidações são essenciais no metabolismo normal dos
organismos aeróbicos. Nas células aeróbicas, espécies reativas de oxigênio (EROs)
são produzidas durante o metabolismo oxidativo produzindo radicais livres, os quais
são produtos da redução parcial do oxigênio (BOVERIS & BERMÚDEZ, 1996). Estes
podem causar danos em componentes estruturais e funcionais das células, levando a
modificação ou perdas das funções celulares (VAL et al., 1996). Porém, essa
produção é equilibrada com uma produção equivalente de antioxidantes, que visa
neutralizar os efeitos deletérios dos Eros (AHMAD et al., 2000). As enzimas catalase
37
(CAT; EC, 1.11.1.6), superóxido dismutase (SOD) e Glutationa peroxidase (GPx) são
responsáveis pela proteção celular contra as EROs e, assim formam parte do sistema
antioxidante celular. Estas mostram maior atividade no fígado, órgão de
captação/transformação enzimática de EROs (LEMAIRE et al., 1994). As alterações
dessas enzimas em peixes podem ser usadas como indicadores de exposição aos
poluentes aquáticos (AHMAD et al., 2000; LI et al., 2003, MORAES et al., 2007).
Atualmente, várias classes de poluentes, entre eles os herbicidas, podem aumentar a
produção de EROs em diversos organismos aquáticos, como os peixes, ocasionando
assim uma situação de estresse oxidativo (WINSTON, 1991; AHMAD et al., 2000;
ÜNER et al., 2005). Com o aumento excessivo das EROs intracelulares, a
capacidade de atuação das defesas antioxidantes é prejudicada, ocorrendo um
desequilíbrio entre pró-oxidantes e antioxidantes (enzimático ou não enzimático).
Conseqüentemente, devido sobrecarga do mecanismo antioxidante, ocorre estresse
oxidativo (ÜNER et al., 2006). Em uma situação de estresse oxidativo pode ocorrer
ainda a peroxidação lipídica (LPO) que é observada pelo aumento de malondialdeído
(MDA) e a carbonização de proteínas que indica possíveis danos causados as
proteínas (PARVEZ & RAISUDDIN, 2005). A LPO e o aumento da carbonilação de
proteínas induzida por poluentes ambientais são algumas das principais causas de
doenças que ocorrem em peixes (LI et al., 2003; PARVEZ & RAISUDDIN, 2005).
Segundo, RADI et al. (1985), a formação de LPO induzida por poluentes tem sido
observada em espécies de peixes que apresentam vários sistemas antioxidantes,
entre eles as enzimas CAT e SOD. Assim, mudanças no conteúdo desses
parâmetros podem também refletir a presença de tóxicos (AHMAD et al., 2000).
38
2.13. Capacidade de Recuperação
As alternativas para minimizar o impacto dos herbicidas são várias.
Primeiramente é recomendada a utilização das doses mínimas na aplicação, o que
geralmente propicia uma redução de 30-50% em relação à dose máxima do
herbicida, mas pode chegar até 85% no caso do glifosato (IRGA, 2001). Também se
sugere manter estática a lâmina de água por um período mínimo de duas semanas
após a aplicação, o que pode proporcionar uma redução de 97% do clomazone
aplicado (NOLDIN, 2001), bem como construir adequadamente as taipas-ronda para
evitar extravasamento (MARCHESAN et al., 2007). Deste modo, estima-se que a
água da lavoura que for liberada para os rios e lagos apresentará uma quantidade
menor do agroquímico no ambiente. No entanto, é imprescindível obter informações
sobre os efeitos desses produtos químicos durante a exposição e sucessivamente
sobre um período de recuperação em água livre de produto químico, uma vez que as
alterações em peixes expostos a determinados químicos podem ser reversíveis, ou
menos prolongadas quando comparado a outros químicos (DEMBELÉ et al., 1999).
No entanto, o tempo de recuperação dos peixes depende de vários fatores, tais
como: o tipo, a concentração e o tempo de exposição ao pesticida e a espécie
testada (SANCHO et al, 2000; MIRON et al., 2005). O conteúdo de proteínas e o
glicogênio hepático, em peixes após a exposição ao carbofuran permanece
diminuídos em após três dias em água sem o inseticida. SANCHO et al. (1998)
observaram que a maioria das alterações metabólicas não persiste após o período de
recuperação de 8 dias. Estas informações são muito importantes para obter medidas
do potencial tóxico dos pesticidas, os quais quando aplicados em excesso ou de
maneira errônea, podem afetar o ecossistema aquático e exercer efeitos adversos em
outros organismos associados.
39
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados e discussão deste trabalho serão apresentados em dois artigos
científicos e dois manuscritos, distribuídos em quatro capítulos, como segue:
Capitulo I: Efeitos dos herbicidas clomazone, quinclorac e metasulfuron metil sobre
atividade da acetilcolinesterase de jundiás (Rhamdia quelen) (Heptapteridae).
Artigo I: Effects of the herbicides clomazone, quinclorac, and metsulfuron
methyl on acetylcholinesterase activity in the silver catfish (Rhamdia quelen)
(Heptapteridae).
Capítulo II: Sobrevivência, crescimento e parâmetros metabólicos de jundiás
(Rhamdia quelen) expostos a herbicidas usados no arroz.
Manuscrito I: Survival, growth and metabolic parameters of silver catfish
(Rhamdia quelen) exposed to herbicides used in rice fields.
Capítulo III: Efeitos bioquímicos do herbicida clomazone sobre piavas (Leporinus
obtusidens).
Artigo II: Biochemical effects of clomazone herbicide on piava (Leporinus
obtusidens).
Capítulo IV: Formulação comercial contendo clomazone afeta alguns parâmetros
metabólicos de piavas (Leporinus obtusidens).
Manuscrito II: Commercial formulation containing clomazone affects some
metabolic parameters in piava (Leporinus obtusidens).
40
CAPÍTULO I
ARTIGO I:
Effects of the herbicides clomazone, quinclorac, and metsulfuron methyl on
acetylcholinesterase activity in the silver catfish (Rhamdia quelen)
(Heptapteridae)
Denise dos Santos Miron, Márcia Crestani, Maria Rosa Schetinger, Vera Maria Morsch,
Bernardo Baldisserotto, Miguel Angel Tierno, Gilberto Moraes, Vania Lucia Pimentel Vieira
(Publicado na Revista Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 61, pp. 398-403, 2005)
41
42
43
44
45
46
47
CAPÍTULO II
MANUSCRITO I:
Survival, growth and metabolic parameters of silver catfish
(Rhamdia quelen) exposed to herbicides used in rice fields.
Denise dos Santos Miron, Bernardo Baldisserotto, Vânia Lucia Loro, Alexandra Pretto,
Bibiana Moraes, Sérgio Oliveira Machado, Enio Marchezan, Vera Maria Morsch
(Em fase de Redação)
48
Survival, growth and metabolic parameters of silver catfish (Rhamdia quelen)
exposed to herbicides used in rice fields
Miron, D. S.
2
; Baldisserotto, B.
3
; Loro, V. L.
1
; Moraes, B.
2
; Pretto, A.
2
; Machado, S.
O.
4
; Marchezan, E.
5
; and Morsch, V. M.
1*
.
1
Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 97105-
900 Santa Maria, RS, Brazil;
2
Programa de Pós-graduação em Bioquímica
Toxicológica, Santa Maria, Brazil;
3
Departamento de Fisiologia e Farmacologia,
(UFSM), Santa Maria, RS, Brazil;
4
Departamento de Defesa Fitossanitária, (UFSM),
Santa Maria, RS, Brazil;
5
Departamento de Fitotecnia, (UFSM), Santa Maria, RS,
Brazil.
.
Corresponding Author:
() Drª. Vera Maria Morsch.
Departamento de Química
Universidade Federal de Santa Maria
97105.900 - Santa Maria, RS, Brazil.
Phone: (55) 3220-8978
Fax: 55 (55) 3220-8240
49
Abstract
The objective of the present study was to investigate in silver catfish (Rhamdia
quelen) the effects of water drained from rice fields 21 days after receiving application
of the commercial formulation of the herbicides clomazone (0.5 mg L
-1
), quinclorac
(0.375 mg L
-1
) and metsulfuron methyl (0.002 mg L
-1
). The parameters analysed after
of exposure to herbicides were: growth specific (15, 30 and 45 days); biomass and
survival (45 days); some metabolic parameters (15 and 45 days). Metsulfuron methyl
was not detected in the water seven days after the application in the rice field, while
quinclorac and clomazone were detected even after 14 and 28 days. The fish exposed
to quinclorac exhibited 96 % survival, while those exposed to the other treatments
presented 100% survival. The exposure to clomazone and quinclorac showed in the
fish significantly lower weight, length and specific growth rate after 45 days, while
significantly lower biomass was observed only in those exposed to quinclorac.
Clomazone and quinclorac resulted in higher glycogen levels in the liver, but lower
glucose and lactate in the fish as compared to control. Fish exposed to metsulfuron
methyl also showed the same responses, but only after 15 days exposure. Lower
glycogen and glucose and higher lactate levels were detected in exposure to all
herbicides after 45 days. The results obtained conclude that water drained from rice
fields that received an application of clomazone and quinclorac may affect normal
growth and metabolism of fish, while metsulfuron methyl appears to be safe.
Apparently silver catfish showed a mechanism glycogen storage in the hepatic tissue
as strategies to support the increased metabolic demand due to detoxification of the
herbicides. In the muscle it seems to occur a stressful condition with increased lactate
levels, indicating clear energy degradation.
Keywords: clomazone; quinclorac; metsulfuron methyl; rice-fish culture; metabolic
response
50
1. Introduction
The pollution of natural waters is one of the most critical environmental issues.
Several hundreds pesticides of different chemical structure are used worldwide in
agriculture. These pesticides are considered to be essential for agricultural
development, but some of them can provoke serious environmental contamination,
principally in water (Zanella et al., 2000). Rice is one of the major cereal crops and is
grown predominantly in the tropics and subtropics. This culture has been expanded
largely by mechanization of farming, higher yielding varieties of rice, high levels of
fertilizer, and widespread use of herbicides (Fernando, 1993). The practice of fish-
culture in rice fields has had a checkered history dating back to 2000 years in China.
Fish culture as an integrated and concurrent activity with rice culture in the same field
is important for the rational utilization of limited land resources, as well as a
sustainable source of fish protein, additional income and employment generation
(Jamu and Costa-Pierce, 1995). Due to their widespread distribution and toxic nature,
herbicides may have a serious impact on the aquatic environment, and can also affect
aquaculture species indirectly through their toxicity to phytoplankton. The EEC
Directive 80/778 concerning water quality for human consumption established a
maximum concentration of 0.1 μgL
-1
for each individual herbicide. The sum of total
residual toxicants cannot exceed 0.5 μgL
-1
(Aguillar et al., 1997). Clomazone
(isooxazolidinone), quinclorac (quinoline) and metsulfuron methyl (sulfonylurea) are
post-emergence herbicides widely used in paddy rice fields in Southern Brazil, with
activity against weeds and aquatic gramineae (Jonsson et al., 1998). Clomazone is
currently used for weed control in the cultivation of soybeans, cotton, rice, sugar cane,
corn, tobacco, and various vegetable crops (Liu et al, 1996). This herbicide possesses
a residual effect lasting up to 120 days and is highly soluble in water (1.100 mg L
-1
),
with a consequent potential for groundwater contamination (Rodrigues and Almeida,
1998). Quinclorac is used in post-emergence application to control some broad leaves
weeds in rice and turfelds (Zanella et al., 2002). Metsulfuron methyl is an herbicide
characterized by weed control at very low use rates (2-75 g/ha- converter para µg/L)
(Arufe et al., 2004).
Contamination of the environment by herbicides may cause several behavioral
and disorders in freshwater ecosystems. Chemical when applied in excess, due great
distribution and toxic nature can impact the aquatic ecosystem and exert adverse
effect in organisms associates (Bowmer, 1987). Herbicides may slow down reflexes,
51
swimming, feeding, survival, growth, and metabolic system of fish (Hussein et al.,
1996; Oruç and Uner, 1999; Scott et al., 2004; Miron et al., 2005). Alterations caused
in fish by the toxic effects of herbicides can be recognized also with measurements of
proteins and carbohydrates (Begum, 2004).
The silver catfish, Rhamdia quelen (Quoy and Gaimard, 1824; Heptapteridae),
occurs from southern Mexico to central Argentina, and was chosen for this experiment
due to its ecological importance. The culture of this fish is also interesting because it
presents a good growth rate, high fertilization rate and hatchery and is acceptable on
the consumer market (Piaia et al., 1999). Studies were made to determine the best
water conditions to improve culture of this species (Zaions and Baldisserotto, 2000;
Gomes et al., 2001; Baldisserotto and Radunz Neto, 2004; Baldisserotto and Gomes,
2005). Thus, the aim of this study was to determine the effect of water from rice fields
with herbicides in silver catfish growth, survival and some metabolic parameters. The
understanding of these effects can indicate if the water removed from the rice fields
and discharged into the rivers could impair fish life.
2. Material and methods
2.1 Herbicides and rice culture
A permanent flooded irrigation (10 cm water depth) of the rice crop was started 15
days after emergence of the plants. The following herbicides were applied separately
to the rice crops: 0.5 mg L
-1
clomazone (2-(2-chlorophenyl)methyl-4,4-dimethyl-3-
isooxazolidinone, Gamit, 50 % purity), 0.375 mg L
-1
quinclorac (3, 7-dichloroquinoline-
8-carboxylic acid, Facet, 50% purity) and 0.002 mg L
-1
metsulfuron methyl (methyl2-
[[[(4-metoxi-6-methyl-1,3,5-triazine-2-)amino]carbonyl]amino] sulfonyl-benzoate –
sulfonylurea, Ally, 50 % purity). The water for the control group received the same
treatment, but no herbicide was applied to the rice culture. Each treatment had three
replicates.
2.2. Fish
Silver catfish juveniles (weight, 3.15 ± 0.03 g; length, 7.06 ± 0.05 cm) were obtained
from a local commercial fish culture and transported to the Fish Physiology
Laboratory, Universidade Federal of Santa Maria, Santa Maria, southern Brazil. Fish
were acclimated in 250 L tanks at a stocking density of 400 fish.m
-3
for 15 days. After
acclimation, the water of these tanks was replaced for water removed from rice culture
52
ponds 21 days after herbicide application. The water used for this experiment was
removed from the rice culture only 21 days after herbicide application because at this
period farmers start draining the water with the herbicides into nearby rivers. Each 250
L tank contained a small funnel coated with a plastic mesh and positioned on the
bottom. This funnel was connected to a tube and discharged water into a filter made of
acrylic wool over the surface of the box. Continuous aeration with an air pump (20 W)
promoted water circulation through this system, which was used to reduce water
turbidity. Silver catfish were exposed for 45 days to water drained from rice culture.
Each fish tank received the water from a different replicate of the rice culture, and
consequently, there were three replicates for each treatment. Fish were fed three
times a day (08:30, 12:00, and 17:30 h) with commercial feed (28 % CP, Supra,
Brazil) (5 % total biomass). Feces and pellet residues were removed at three days
intervals by suction, and around 20% water was replaced by water collected from the
rice culture at the same day. Water parameters were as follows: temperature 21 ± 1
o
C, pH 7.2 ± 0.02 units, dissolved oxygen 7.4 ± 0.03 mg L
-1
, non-ionized ammonia 0.7
± 0.01 μl L
-1
, alkalinity 45 ± 1.4 mg L
-1
CaCO
3
and hardness 20 ± 0.5 mg L
-1
CaCO
3
.
Photoperiod was 12 h light – 12 h dark, with luminosity of 0.6 lux (measured with a LI-
COR photometer model LI-185B), since dark environments reduce stress of silver
catfish (Piaia et al., 1999).
2.3 Fish samples
Samples of 15 juveniles were collected from each replicate at 15, 30, and 45 days
after the beginning of the experiment to measure weight and length. Specific growth
rate (SGR) was calculated for each collect by the method of Jørgensen and Jobling
(1993). At day 45 all surviving fish were collected to determine survival and biomass
(individual mean weight x number of surviving fish).
2.4 Metabolic evaluation
The sampled fish at 15 and 45 days were killed by punching the spinal cord. Liver and
muscle were excised and immediately frozen in liquid nitrogen and then stored at –20
°C for metabolic assay. For determination 50-100 mg of these tissues were dissolved
in an equal volume of 20 % TCA using a Potter-Elvehjem homogenizer. The acid
homogenate was centrifuged at 3000g for 10 min and supernatant was used for the
determinations of glucose and lactate. Glucose was estimated by the method of
DuBoie (1956) and lactate by the method of Harrower and Brown (1972). Protein was
53
determined by the method of Lowry et al. (1951) after alkaline digestion of the tissues
with KOH. Tissue glycogen was determined after ethanol isolation followed by acid
hydrolysis (Bidinotto and Moraes, 1997).
2.5. Water evaluation
Through the experimental period, water parameters were analyzed daily. The pH was
measured with a pHmeter Oakton, total ammonia nitrogen (NH
3
+ NH
4
+
) and non-
ionized ammonia nitrogen (N-NH
3
) was determined by the method as described by
Boyd and Tucker (1992) Temperature and dissolved oxygen were determined with an
YSI oxygen meter (model Y5512), alkalinity using a kit from Alfa Tecnoquímica
(Florianópolis, Brazil) and water hardness by the EDTA titrimetric method. The
herbicide concentration in the water was measured by high-performance liquid
chromatography (HPLC) according to Zanella et al. (2002).
2.6. Statistical analysis
The experimental design was fully randomized, with three replicates per treatment. All
data are expressed as mean ± standard deviation (SD), with the level of significance
at P < 0.05. Weight, length, specific growth rate, total biomass, and metabolic
parameters were analyzed by one-way ANOVA and the Tukey-Kramer test. Survival
was analyzed by the chi-square test (Instat Program version 2.05).
3. Results
Waters collected from the rice fields that received application of clomazone,
quinclorac and metsulfuron methyl showed similar water quality parameters compared
to control water: temperature (22.0 ± 0.6 ºC), dissolved oxygen (6.5 ± 0.1 mg L
-1
), pH
(7.3 ± 0.2 units), total ammonia (0.8 ± 0.2 mg L
-1
), total alkalinity (87 ± 0.1 mg L
-1
CaCO
3
), and water hardness (75 ± 0.1 mg L
-1
CaCO
3
). Herbicides concentration in
the water from the rice fields decreased as time went by. The decrease in metsulfuron
methyl concentration was gradual and after 14 days of application it was not detected
in the water. Quinclorac and clomazone presented the highest concentration decrease
between 7 and 14 days after application, and were not detected after 21 and 60 days,
respectively (Table 1).
After 45 days exposure to herbicides the fish exposed to quinclorac presented
4% mortality. After exposed to clomazone was showed significantly lower weight,
54
length and SGR in fish after 15 and 45 days as compared to the control group. Fish
exposed to quinclorac presented lower weight, length and biomass than the control
group after 45 days, while those exposed to metsulfuron methyl showed higher weight
and length 30 days, but at 45 days these values were not significantly different from
the control group (Table 2).
In tissue of hepatic of silver catfish exposed to clomazone, quinclorac and
metasulfuron methyl was observed glycogen increased and lactate decreased after 15
days, but after 45 days glycogen hepatic increased only in fish exposed to clomazone
and quinclorac herbicide. (Figure 1, 2 and Table 3). The levels of muscle glycogen
increased after 45 days in fish exposed to all herbicides tested (Table 3). After 45
days muscle glucose levels decrease and lactate levels were significantly higher in
fish exposed to all herbicides used compared to control fish (Figure 2). Hepatic and
muscle protein content was not affected significantly by the treatments (Table 3).
4. Discussion
Water parameters were maintained at optimum levels for silver catfish culture
(Baldisserotto and Radunz Neto, 2004). Environmental pollutants such as herbicides
are harmful to aquatic organisms and a great deal of research has been conducted to
understand the effects of toxicants on the survival. In the water of rice used in this
studied with addition of clomazone and metsulfuron methyl exhibit 100% survival level.
Silver catfish was more sensitive to quinclorac because noted influence in proportion
of survival that decreased 4 % as compared to control. In according Miron et al.
(2004), this result suggests that concentration of quinclorac applicator in culture rice
can have affect in fish, such as behavior or survival.
The lethal concentration (LC
50
-96 h) of the studied herbicides for silver catfish
is well above the initial concentration applied to the rice fields (mg L
-1
): 7.32 for
clomazone and 390 to 400 for quinclorac and to metsulfuron methyl it was not
obtained, since all silver catfish survived even to 1.200 (Miron et al., 2004). In addition,
in the present study the water collected from the rice fields 21 days after application
showed quinclorac and metsulfuron methyl levels below detection limit, and
clomazone concentration was 0.003 mg L
-1
. These results are in agreement with
Zanella et al. (2000) which demonstrated that analysis of water from the experimental
rice field show that clomazone is persistent at 28 days after application the
concentration was still the limit normally for environmental waters (0.001 to 0.003 mg
55
L
-1
). In constrast the quinclorac its half-life in water is 21 days and metsulfuron methyl
is 30 days in the soil (Barceló and Hennion, 2002).
Exposure to clomazone and quinclorac (but not metsulfuron methyl) impaired
growth of silver catfish. Miron et al. (2004) observed decreased feeding in silver
catfish exposed to clomazone (20 and 50 mg L
-1
), quinclorac (390 and 400 mg L
-1
),
but not in those exposed to metsulfuron methyl (up to 1.200 mg L
-1
). Some xenobiotic
that in environment can cause damage at population affect growth. Alvarez et al.,
(2005) showed that Red drum larvae (Sciaenops ocellatus) exposed to atrazine for 96
h (40 and 80 mg L
-1
) reduced growth rate and demonstrated an elevated rate of
energy utilization in total metabolic rate that could reduce the population by as much
as 24% of fish larvae.
Nieves-Puigdoller et al. (2007) demonstrated sublethal levels
of the herbicide atrazine (0.1 mg L
-1
) in laboratory conditions alter normal physiological
functions of Atlantic salmon smolts, cause osmoregulatory disturbance, reduction in
food intake and growth of the fish. Decreased food consumption and increased
lethargy were observed in Nile tilapia (Oreochromis niloticus) and catfish
(Chrysichthyes auratus) after exposure to 3 and 6 mg L
-1
atrazine (Hussein et al.,
1996).
The present findings demonstrate clearly a disrupted metabolism in silver
catfish exposed to the herbicides. In fish the site of glycogen synthesis and storage is
the liver, which is also the metabolic center for detoxification and a source of glucose
(Suarez and Mommsen, 1987; Moon, 1998). In the hepatic tissue our results showed
that fish maintained in water from the rice fields that received clomazone and
quinclorac presented higher glycogen, but lower lactate levels as compared to control
fish. Silver catfish exposed to metsulfuron methyl also showed these responses in
hepatic tissue, but only after 15 days, and values returned to control levels after this
period. We suggest that this is a strategy of the liver in response to an increased
metabolic demand for detoxification. Cattaneo et al. (2008), observed that silver
catfish exposed to 700 mg L
-1
at 2, 4-D for 96h also decreased hepatic glucose levels.
Silver catfish showed muscle metabolic changes when exposed to waters
originating from the rice fields treated with all herbicides. These changes may be due
to utilization of carbohydrates for energy production as a response to stress toxicity,
such hypoxia condition or hyperexcitability that the fish shows after exposure
herbicides (Gimeno et. al., 1995; Oruç and Üner, 1999). These metabolic disorders
could also be due to a fermentative strategy, with glycogen mobilization to muscle
lactate elevation indicated energy depletion by herbicide exposure. Some authors
56
usually describe this strategy for other fishes exposed to herbicides (Verma et al.,
1983; Gill et al., 1991; Jyothi and Narayan, 1999; Aguiar, 2000). In agreement with
Ferrando and Andreu-Moliner (1991), who reported a decrease muscle glycogen level
in eels (Anguilla anguilla), after sublethal exposure to lindane. Studies have shown
that the stress caused by herbicides is frequently followed by depletion modification of
muscle and this is one of the many consequences of oxidative stress in fish (Oruç and
Üner, 1999; Sayeed et al., 2003).
5. Conclusion
The results obtained in the present study allow concluding that exposure of silver
catfish to water from rice fields that received the recommended concentration of
clomazone and quinclorac for rice culture may affect its growth and metabolism even if
this species is exposed to the water 21 days after herbicide application. The exposed
fish showed a mechanism of mobilizing energy from glucose and storage glycogen in
the hepatic tissue, due to the increased metabolic demand of the detoxification. In
addition, the glycogen degradation and increased lactate levels in the muscle of fish
exposed to the studied herbicides indicate clear energy degradation in response to
this stressful condition. In addition, metsulfuron methyl appears safer for silver catfish
than clomazone and quinclorac. The studied parameters indicate that silver catfish
can be a bioindicator for herbicides contamination.
6. References
Aguiar, L. H. De, Corrêa, C. F. and Moraes, G. 2000. Efeitos do pesticida
organofosforado methyl paration (folidol 600) sobre o metabolismo e a atividade
de colinesterases do teleósteo de água doce, Brycon cephalus (matrinxã). In:
Ecotoxicologia. Perspectivas para o século XXI, V1, 270-279.
Aguilar, C., Borrull, F., Marcé, R.M. Determination of pesticides in environmental
waters by solid-phase extraction and gas chromatography with electron-capture
and mass spectrometry detection. Journal of Chromatography A, v.771, p. 222-231,
1997.
Alvarez, M.del C. and FUIMAN, L.A. 2005. Environmental levels of atrazine and its
degradation products impair survival skills and growth of red drum larvae. Aquat
Toxicol 74, 229-241.
Arufe, M.I.; Arellano, J.; Moreno, M.J.; Sarasquete, C. 2004. Toxicity of a commercial
herbicide containing terbutryn and trisulfuron to seabream (Sparus aurata L.) larvae: a
comparison with the Microtox test. Ecotoxicology and Environmental Safety 59, 209-
216.
57
Baldisserotto, B. and Radunz Neto, J. 2004. Criação de jundiá. Santa Maria:
Universidade Federal de Santa Maria, 2004, 232p.
Baldisserotto, B., Gomes, C. L. Espécies nativas para piscicultura no Brasil. In Tataje,
R. D., Filho, Z. E. (Eds.), Cultivo do gênero Leporinus, Editora UFSM, Santa Maria -
RS Brasil, p. 81-103, 2005.
Barceló, D. and Hennion, M.C., 2003. Pesticides and their degradation products:
characteristics, usage and environmental behaviour. In “Trace Determination of
Pesticides and Their Degradation Products in Water”. Techniques and Instrumentation
in Analytical Chemistry, v.19, Elsevier Science B, Amsterdam, pp.1-89.
Bidinotto P.M.; Moraes G.; Souza R.H.S. Hepatic glycogen and glucose in eight
tropical freshwater teleost fish: a procedure for field determinations of
microsamples. Bol. Tec. CEPTA 10: 53-60; 1997.
Begum, G., 2004. Carbofuran insecticide induced biochemical alterations in liver and
muscle tissues of the fish Clarias batrachus (linn) and recovery response. Aquat.
Toxicol. 66, 83-92.
Bowmer, K.H. Herbicides in surface waters. In: HUTSON, D.H.; ROBERTS, T.R.
Herbicides. New York: John Wiley, cap.9, p.271-355. 1987.
Boyd C.E. and Tucker C.S. Water quality and pond soil analyses for aquaculture. Auburn,
Alabama: Auburn University, p 183; 1992.
Cattaneo, R., Loro, V.L., Spanevello, R., Silveira, F.A., Luz, L., Miron, D.S., Fonseca,
M.B., Moraes, B.S., Clasen, B., 2008. Metabolic and histological parameters of
silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to commercial formulation of 2,4-
dichlorophenoxiacetic acid (2,4-D) herbicide. Pest. Biochem. Physiol., v.92, p. 133-
137, 2008.
DuBoie M.; Gillis K.A.; Hamilton J.K. Colorimetric method for determination of sugars
and related substances. Anal. Chem. 28: 350-358; 1956.
Fernando C.H. Rice field ecology and fish culture - an overview. Hydrobiologia 259:
91-113; 1993.
Ferrando M.D.; Andreu-Moliner, E. Effects of lindane on fish carbohydrate
metabolism. Ecotox Environ. Saf. 22: 17-23; 1991.
Gill, T., Pande, J., Tewari, H. 1991. In vivo and in vitro effects of cadmium on selected
enzymes in different organs of the fish Barbus conchonius (Rosy barb). Comp.
Biochem. Physiol, 100: 501-506.
Gimeno, L., Ferrando, M.D., Sanches, S., Gimeno, L.O., Andreu, E. Pesticide efffects on
eel metabolismo. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 31, p. 153-157, 1995.
Gomes, L.C., Golombieski, J.I., Chippari Gomes, A.R., Baldisserotto, B. Biologia do
Jundiá Rhamdia quelen (Teleostei, Pimelodidae). Ciência Rural, v.30, n.1, p.179-
185, 2000.
Harrower J.R. and Brown C.H. Blood lactic acid. A micromethod adapted to field
collection of microliter samples. J Applied Physiol. 32(5): 224-228; 1972.
Hussein, S.Y., El-nasser, M.A., Ahmed, S.M. 1996. Comparative studies on the effects
of the herbicide atrazine on freshwater fisn Oreochroinis niloticus and
Chrysichthyes auratus at Assiut. Egypt. Bull. Environ Contam Toxicol 57, 503-510.
Jørgensen E.H. and Jobling M. Feeding in darkness eliminates density-dependent
growth suppression in Artic charr. Aquac Intern. 1: 90-93; 1993.
Jyothi B. and Narayan G. Certain pesticide -induced carbohydrate metabolic
disorders in the serum of freshwater fish Clarias batrachius. Food and Chem.
Toxicol. 37: 417-421; 1999.
Jonsson C.M.; Maia A.H.N.; Ferreira C.J.A.; Ribeiro E.O. Risk assessment of the
herbicide clomazone in the aquatic life. Verh. International 26: 1724-1726; 1998.
Liu, S. Y., Shocken, M., Rosazza, J. P. N., J. Agric. Food Chem. 44, p. 313-319, 1996.
58
Lowry O.H.; Rosebrough N.J.; Farr A.L.; Randall R.J. Protein measurement with pholin
phenol reagent. Jour. Biol. Chem. 193: 265- 275; 1951.
Miron D.S., Silva L.V.F., Golombieski J.I., Machado S.L.O., Marchezan E., Baldisserotto B.
Lethal concentration of clomazone, metsulfuron-methyl, and quinclorac for silver
catfish, Rhamdia quelen, fingerlings. Ciência Rural. 34: 1465-1469; 2004.
Miron, M. Crestani, M.R. Schetinger, V.M. Morsch, B. Baldisserotto, M.A. Tierno, G.
Moraes and V.L.P. Vieira, Effects of the herbicides clomazone, quinclorac, and
metsulfuron methyl on acetylcholinesterase activity in the silver catfish
(Rhamdia quelen) (Heptapteridae). Ecotoxicology and Environmental Safety, v.61,
p.398-403, 2005.
Moon T.W. Glucagon: From hepatic binding to metabolism in teleost fish. Comp.
Biochem. Physiol. 21B: 27-34; 1998.
Nieves-Puigdoller, K., Bjornsson, B.T., Mccormick, S.D. 2007. Effects of hexazinone
and atrazine on the physiology and endocrinology of smolt development in
Atlantic salmon. Aquatic Toxicology 84, 27-37.
Oruç EO and Üner N. Effects of 2,4 Diamin on some parameters of protein and
carbohydrate metabolisms in the serum, muscle and liver of Cyprinus carpio.
Environ. Pollut. 105: 267-272; 1999.
Piaia R, Townsend CR, Baldisserotto B., 1999. Growth and survival of fingerlings of
catfish exposed to different photoperiods. Aquaculture International 7: 201-205.
Rodrigues B.N. and Almeida F.S. 1998. Guia de Herbicidas. Londrina p 648.
Sayeed, I., Parvez, S., Pandey, S., Bin-Hafeez, B., Rizwanul, H., Raisuddin, S., 2003.
Oxidative stress biomarkers of exposure to deltamethrin in freshwater fish,
Channa punctatus Bloch. Ecotoxicol. Environ. Saf. 56, 295-301.
Scott, G.R. and Sloman, K.A., 2004. The effects of environmental pollutants on
complex fish behaviour: integrating behavioural and physiological indicators of
toxicity. Aquat. Toxicol. 68, 369-392.
Suarez R.K. and Mommsen T.P., 1987. Gluconeogenesis in teleost fishes. Canadian
Journal Zoology. 65, 1869-1882.
Zaions , M. I., Baldisserotto, B. Na and K body levels and survival of fingerlings of
Rhamdia quelen (Siluriformes, Pimelodidae) exposed to acute changes of water
pH. Ciência Rural (Journal of the brazilian Association for the Advancement of
Science) 30 (6), 1041-1045, 2000.
Zanella R., Primel .G., Gonçalves F.F., Martins A.F., 2000. Development and validation
of a high-performance liquid chromatographic method for the determination of
clomazone residues in surface water. Journal of Chromatography 90A: 257-262.
Zanella, R., Primel, E.G., Machado, S.L.O., Marchezan, E., 2002. Monitoring of the
herbicide clomazone in environmental water samples by solid-phase extraction
and high-performance liquid chromatography with ultraviolet detection.
Chromatographia 55(9/10): 573-577.
59
Figure caption
Figure 1. Glucose and lactate (nmol mg
-1
protein) levels in the liver and muscle of
silver catfish (Rhamdia quelen) exposed 15 days at water from rice fields applied to
the rice fields. Seen as (GH) Hepatic glucose, (LH) Hepatic lactate, (GM) Muscle
glucose and (LM) Muscle lactate. Results are the means ± SD of ten fish per group. (*)
Indicates significant difference from control group (P<0.05).
Figure 2. Glucose and lactate (nmol mg
-1
protein) levels in the liver and muscle of
silver catfish (Rhamdia quelen) exposed 45 days at water from rice fields applied to
the rice fields. Seen as (GH) Hepatic glucose, (LH) Hepatic lactate, (GM) Muscle
glucose and (LM) Muscle lactate. Results are the means ± SD of ten fish per group. (*)
Indicates significant difference from control group (P<0.05).
60
Fig 1.
61
Fig 2.
62
Table 1. Concentration of herbicides applied to the rice fields as a function of time.
Herbicides (mg L
-1
)
Days Clomazone Quinclorac Metsulfuron-methyl
0
(nominal)
0.500 0.375 0.002
1 0.390 (0.342-0.430) 0.131(0.099-0.146) 0.0013
7 0.199 (0.081-0.323) 0.072 (0.040-0.126) 0.0014
14 0.006 (0.005-0.008) 0.003 (0.000-0.0047) nd
21 0.003 (0.002-0.004) nd nd
28 0.001 (0.001-0.002) nd nd
60 nd nd nd
Metsulfuron methyl, detection limit: 0.0005 mg L
-1
; nd: non detectable.
63
Table 2. Weight, length, specific growth rate, biomass and survival of silver catfish
(Rhamdia quelen) exposed to water from rice fields applied to the rice fields.
Herbicide (mg L
-1
)
Control
Clomazone
0.5
Quinclorac
0.375
Metsulfuron-
methyl
0.002
Weight (g)
Initial
3.15 ± 0.03 3.15 ± 0.03 3.15 ± 0.03 3.15 ± 0.03
15 days
4.77 ± 0.73 4.23 ± 0.17 4.57 ± 0.99 4.96 ± 0.49
30 days
7.09 ± 1.05 7.05 ± 0.76 6.96 ± 1.11 7.19 ± 1.18
45 days
12.38 ± 1.52 10.55 ± 3.22 9.89 ± 1.02 12.80 ± 3.22
Length (cm)
Initial
7.06 ± 0.05 7.06 ± 0.05 7.06 ± 0.05 7.06 ± 0.05
15 days
7.70 ± 0.46 7.50 ± 0.06
7.59 ± 0.21 7.72 ± 0.26
30 days
9.02 ± 0.28 9.07 ± 0.24 9.02 ± 0.46 9.70 ± 0.59
45 days
10.75 ± 0.31 10.09 ± 0.76
10.00 ± 0.29
10.57 ± 0.10
Specific growth rate (%/day)
15 days
2.77 ± 1.03 1.96 ± 0.17
2.48 ± 1.14
3.03 ± 0.64
30 days
1.32 ± 1.01 1.70 ± 0.46 1.40 ± 0.52 1.23± 0.59
45 days
1.23 ± 1.95 0.83± 0.30
0.78 ± 0.41
1.28± 0.29
Biomass (g)
45 days
1070 ± 69.38 1040 ±131.76 996 ± 53.00
1060 ± 289.73
Survival (%)
45 days 100 100 96* 100
Values are means ± SD (n=15). (
*
) Indicate significant difference from control group (P
0.05)
64
Table 3. Glycogen (nmol/ mg protein), protein (mg/ mg tissue) in liver and muscle
tissues of silver catfish (Rhamdia quelen) at water from rice fields that received
application of herbicides applied to the rice fields.
Values are means ±SD (n= 15). (*) Indicate significant difference from group (P
0.01)
Herbicide (mg L
-1
)
Control Clomazone
0.5
Quinclorac
0.375
Metsulfuron methyl
0.002
Liver
15 days
Glycogen
72.04 ± 0.17
101.65 ± 0.34
87.40 ± 0.11
92.54 ± 0.34
Protein
107 ± 0.003 112 ± 0.003 104 ± 0.003 109 ± 0.004
45 days
Glycogen
70.57 ± 0.17
99.89 ± 0.34
79.11± 0.34
75.77 ± 0.11
Protein
110 ± 0.003 115 ± 0.003
100.1 ±
0.003 120 ± 0.004
Muscle
15 days
Glycogen
5.27 ± 0.1 5.07 ± 0.1 5.04 ± 0.12 5.26 ± 0.15
Protein
74.1 ± 0.003 76 ± 0.003 74.4 ± 0.004 74 ± 0.005
45 da
y
s
Glycogen
0.75 ± 0.1
0.4 ± 0.1
0.48 ± 0.12
0.4 ± 0.15
Protein
72 ± 0.003 72 ± 0.003 75 ± 0.004 71 ± 0.005
65
CAPÍTULO III
ARTIGO II:
Biochemical effects of clomazone herbicide on piava
(Leporinus obtusidens).
Denise dos Santos Miron, Alexandra Pretto, Márcia Crestani, Lissandra Glusczak,
Maria Rosa Shettinger, Vânia Lucia Loro, Vera Maria Morsh
(Publicado na Revista Chemosphere, v. 74, pp. 1-5, 2008)
66
67
68
69
70
71
CAPÍTULO IV
MANUSCRITO II:
Commercial formulation containing clomazone affects some
metabolic parameters in piava (Leporinus obtusidens)
Denise dos Santos Miron, Vania Lucia Loro, Alexandra Pretto, Lissandra Glusczak,
Maria Rosa Schetinger, Bernardo Baldisserotto, Vera Maria Morsch
(Em fase de redação)
72
Commercial formulation containing clomazone affects some metabolic parameters in
piava (Leporinus obtusidens)
Denise dos Santos Miron
2
, Vania Lucia Loro
1
, Alexandra Pretto
2
, Lissandra Glusczak
2
,
Maria Rosa Chitolina Schetinger
1
, Bernardo Baldisserotto
3
,
Vera Maria Morsch
1,
1
Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 97105-900
Santa Maria, RS, Brazil.
2
Programa de Pós-graduação em Bioquímica Toxicológica,
Santa Maria, Brazil.
3
Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brazil.
Corresponding Author:
() Drª. Vera Maria Morsch.
Departamento de Química
Universidade Federal de Santa Maria
97105.900 - Santa Maria, RS, Brazil.
Phone: 55 –3220-9557
Fax: 55 (55) 3220-8240
73
Abstract
This study aimed to assess the effects of a commercial formula containing clomazone
(0.5 mg L
-1
), at the concentration used in paddy rice fields, on metabolic parameters in
piava (Leporinus obtusidens). The effects of this herbicide in piava was tested at 96 and
192 h of exposure and after a recovery of 192 h in clean water. Liver glycogen levels
increased at all periods tested. In muscle glycogen levels was reduced only at 96 h of
exposure. Glucose and protein levels showed a decrease in all tissues tested at both
periods of exposure, but only in the muscle this decrease persists after the recovery
period. Muscle ammonia levels decreased at all periods tested. Lactate content
decreased in liver and kidney tissues at all exposure periods and increased in the
muscle. Our results demonstrated a preference for the anaerobic pathway of energy
production specially on the muscle tissue, in piavas exposed to clomazone. Considering
the alterations observed in the parameters studied, this fish species could be a good
bioindicator of clomazone toxicity on water in areas located near agricultural fields.
Keywords: Piava (Leporinus obtusidens); Herbicide; Clomazone; Metabolism; Exposure;
Recovery
74
1. Introduction
Environmental contamination by chemicals used in agricultural activities has
become a problem of worldwide importance (Bretaud et al., 2000; Oruç et al., 2004).
Although pesticides are recognized as an economical way to control pests, their
indiscriminate use can be toxic to other species in the environment, including fish (Oruç
and Üner, 1999; Rao, 2006). The presence of pesticide in water can cause several
alterations in metabolic parameters of fish, which may indicate an adaptation of the
organism or may affect fish health (Begum, 2004).
Clomazone (isooxazolidinone) is a highly effective herbicide that is extensively
used for crop protection in rice fields (Jonsson et al., 1998). Primel et al. (2005) reported
that the analysis of samples from farms in the Southern Region of Brazil demonstrated it
to be the most used herbicide in irrigated rice fields in this region. Due to fish sensitivity to
contaminated water, changes in their metabolism frequently indicate responses to a
stress situation. Recently, investigations demonstrated that during exposure to chemicals,
the synthesis and degradation of metabolic can be induced differently to meet fish energy
needs (Aguiar, et al., 2004; Scott and Sloman, 2004; Glusczak et al., 2007). Glycogen is
mainly stored in the liver or in the hepatopancreas and its content varies among species.
It has been reported that carbohydrates stored in liver and muscles are the first used in
response to a stress condition (Vijayavel et al., 2006). According to Crestani et al. (2006),
findings in silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to clomazone suggested that
glycogen was stored in liver and muscular glycogen consumed demonstrating that the
fish used this energy source to compensate a stress situation.
The fish liver seems to be the central organ involved in the metabolism and,
together with the kidney, mostly responsible for glucose production. However, in the
occasional event of glucose unavailability, fish may use other precursors, such as lactate,
as a source of energy (Begum and Vijayaraghavan, 1999). These changes indicate
metabolic disorders and have been used as indicators of herbicide toxicity (Fonseca et
al., 2008). Moreover, as a large part of the fish organism is made up of proteins, proteins
may be the preferred fuel to supply the energy demand (Bhavan and Geraldine, 1997;
Peixoto et al., 2006). In this way, the exposure to carbofuran caused a decrease in
protein in the liver and muscle of Clarias batrachus (linn) (Begum, 2004). A reduction in
protein content indicates a physiological adaptability of fish, possibly to compensate the
stress generated by pesticide exposure (Vega et al., 2002).
75
Piava (Leporinus obtusidens), found in Southern Brazil, was chosen for this toxicity
test due to its ecological and commercial importance. Several studies have been carried
out to determine metabolic changes caused by herbicide contamination in fish species
(Begum, 2004; Crestani et al., 2006; Fonseca et al., 2008), but no studies on clomazone
toxicity have been performed for this native species. Thus, the purpose of this study was
to verify if an environmentally relevant concentration of a commercial clomazone formula
alter some metabolic parameters of L. obtusidens, in order to determine if this species
could be used as a bioindicator to determine herbicide toxicity in fish exposed to
contaminated water.
2. Material and methods
2.1. Fish
Piavas (Leporinus obtusidens) of both sexes with an average (weight of 8.0 ± 1.0
g; length of 6.0 ± 1.0 cm) were obtained from the Santa Maria Federal University (UFSM)
fish farm (RS, Brazil). The fish were acclimated to laboratory conditions for 15 days, in
tanks (250 L), in continuously aerated water in a static system and with a natural
photoperiod (12h light – 12h dark). All water parameters were checked every day and
determined according to Boyd and Tucker (1992) as follow: temperature 23 ± 2.0
o
C, pH
7.7 ± 0.2 units, dissolved oxygen 6.5 ± 1.0 mg L
-1
, non-ionized ammonia 0.007 ± 0.01 mg
L
-1
, nitrite 0.03 ± 0.01 mg L
-1
, alkalinity 66 ± 1.3 mg L
-1
CaCO
3
and hardness 20 ± 1.4 mg
L
-1
CaCO
3
. During the experimental period, fish were fed ad libitum two times a day (8:30
and 17:30 h) with commercial fish pellets (42% crude protein, Supra, Brazil). Fecal
remains and food residues were removed by suction every other day.
2.2. Experimental design
Clomazone herbicide used in this study was of commercial source (Gamit - 50%
purity) obtained from FMC Corporation (Philadelphia, USA). The concentration chose of
0.5 mg L
-1
was in accordance with the environmentally relevant concentration clomazone
used in rice fields (Rodrigues and Almeida, 1998). After the acclimation period, groups of
10 fish were transferred to glass boxes (45 L) and were controlled the water parameters.
The stock solutions were prepared by dissolving clomazone in water and added to the
experimental boxes. In each box 10 fish (in triplicate) were exposed for 96 h: 0.0 (control)
76
and 0.5 mg L
-1
with clomazone. In a second experiment, 10 fish by box (in triplicate) were
exposed to 0.0 (control) and 0.5 mg L
-1
clomazone for 192 h subsequently, 15 fish were
removed and transferred to clean water during 192 h. The concentration clomazone in
the experimental boxes was monitored every two days by high-performance liquid
chromatography (HPLC) (Zanella et al., 2002). Clomazone concentration in the water
after 48 h was approximately 90 % of the initial concentration (data not shown). The
water in the boxes was renewed every 48 h to maintain the concentration of clomazone
constant during the period of exposure. Water quality parameters during the treatment
period were the same as those for the acclimation period.
2.3. Analytical procedures
After exposure (96 and 192 h) and recovery period (192 h), fish was killed by
punching the spinal cord behind the opercula. Samples of liver, muscle and kidney tissue
were rapidly removed, washed in 150 mM saline solution, dried with filter paper, packed
in Teflon tubes and kept at -4°C for analyses of metabolic parameters. Glycogen was
determined according to Bidinotto et al., 1998. Protein analysis was determinate
according to Lowry et al., 1951. For lactate and glucose determination, tissues samples
were homogenized with 10 % trichloroacetic acid using a motor-driven teflon pestle and
centrifuged at 1000 x g for 10 min. Deproteinated supernatant was used for lactate
determination by Harrower and Brown, 1972. Glucose measured according to Duboie et
al. (1956) and total ammonia was determined according to Boyd and Tucker, 1992.
2.4. Statistical procedures
Statistical analyses were performed using a one-way analysis of variance
(ANOVA). Means were compared by Tukey test and expressed as mean ± standard
deviation (n = 15). The minimum significance level used was 95 % (P<0.05).
77
3. Results
As seen in Figure 1, was observed for all periods tested that the liver glycogen
concentration increase and reduction in hepatic lactate levels significantly. Fish exhibited
a decrease in protein and glucose levels in this tissue after both periods of exposure (96
and 192 h), which returned to control values after 192 h of recovery (Table 1).
Muscle tissue showed different clomazone-induced responses (Figure 2 and Table
1). Glycogen levels increased only after 96 h of exposure and this increase did not occur
at the other periods tested. The fish presented a significant increase in muscle lactate
levels for all periods tested, including the recovery period. After the exposure periods, fish
showed a reduction in muscle protein and glucose levels as seen in Table 1.
The influence of clomazone on biochemical changes in the kidney is shown in
Figure 3 and Table 1. Glycogen increased after of exposure periods. A significant
reduction in the lactate level was observed at all periods tested, including the recovery,
while glucose and protein decreased only at 96 and 192 h of exposure. Total ammonia
did not change at any experimental period (Table 1).
4. Discussion
This study clearly suggests a metabolic disruption in L. obtusidens exposed to a
commercial formula of clomazone. The increase in liver glycogen during exposure and
persisting after a recovery period in clean water shows the storage of an energy reserve.
On the contrary, the lactate level was found to be decrease, indicating liver
gluconeogenesis. In addition, hepatic glucose was reduced during exposure to
clomazone. Our results concerning liver metabolites are in accordance with studies in
which herbicide exposure resulted in glycogen synthesis and storage in the fish liver
(Crestani et al., 2006). According to other authors (Suarez and Mommsen, 1987; Peixoto
et al., 2006), the fish liver has been shown to be the main organ of accumulation,
biotransformation and detoxification of chemicals.
As fish white muscle constitutes more than 50 % of body mass, fish can use the
anaerobic process to obtain energy stores, such as glycogen (Knox et al., 1980). In the
present study, muscle glycogen was only decreased at 96 h of exposure and returned to
control values after the recovery period. Similar responses were observed in Cyprinus
carpio and R. quelen where muscle glycogen was reduced after exposure to 2,4- D
herbicide (Oruç and Üner, 1999; Cattaneo et al., 2008). In fact, fish species show
78
different metabolic responses to toxicity-induced stress and glycogen metabolism could
be specific to the tissue, species and time of exposure considered. Based on our results,
muscle glucose presented a reduction at 96 h of exposure to clomazone similar to that
observed for the glycogen level. This may indicate that in a period of stress generated by
herbicide toxicity, a rapid degradation of tissue glycogen is accompanied by the use of
glucose as a way of mobilizing energy.
These results show that clomazone induced metabolic disorders and a clear
response against energy depletion. The decrease in muscle glycogen and glucose
observed with a concurrent increase in lactate indicate a response against herbicide
toxicity. Similar findings was presented by Glusczak et al. (2007), in L. obtusidens
exposed to glyphosate herbicide and corroborate with the premise that metabolic
parameters in this fish species may be indicators of herbicide contamination. These
results are also in agreement with Begum and Vijayaraghavan (1999), who reported an
increase in lactate as a measure of anaerobic metabolism, which could indicate a
condition of stress in fish. Likewise, our studies demonstrated increased lactate levels as
a product of glycolysis, suggesting that exposure to clomazone caused a situation of
stress and demanded a great deal of energy from fish tissues.
The fish kidney is another important organ used to evaluate response to
clomazone. In this study, kidney glycogen levels showed an increase similar to that
obtained for liver glycogen levels. Both tissues are important for maintaining the body
water balance and toxic chemicals can temporarily or permanently disrupt their functions
(Miller, 2002; Oruç and Usta, 2006). In the present study, a reduction in kidney glycogen
after a recovery period in clean water probably indicates a compensatory response to an
herbicide-induced situation of stress. Thus, based on the present results, it can be
suggested that the glycogen stored in the kidney can be used to compensate or detoxify
in a situation of stress induced by herbicide exposure. Moreover, as the kidney receives
the post brachial blood flow, it is important in the detoxification or elimination of
contaminants in fish and can be a good site to evaluate toxicity in fish (Gallagher and Di
Giulio, 1992; Sancho et al., 1997; Üner et al., 2005).
5. Conclusion
It can be concluded that the metabolism was disrupted in piava (Leporinus
obtusidens) after exposure to a commercial formula of clomazone and that the effects
79
observed in fish depend of the exposure time considered. In addition, muscle tissue
showed a preference for the anaerobic pathway of energy production. There were some
similar patterns among tissues, as well as some differences, which were generally
consistent with differences in organ functions. The clomazone concentration used in this
study caused some metabolic disorders that persisted after a recovery period in clean
water. Therefore, this study with L. obtusidens provides information on the adverse
effects of clomazone and supports the theory that this fish species could be an early
bioindicator of toxicity in fish in areas located near agricultural fields.
References
Aguiar, L.H.; Moraes, G.; Avilez, I.M.; Altran, A.E.; Corrêa, C.F., 2004. Metabolical effects
of Folidol 600 of the neotropical freshwater fish matrixã, Brycon cephalus. Environ.
Res. 95, 224-230.
Begum, G., 2004. Carbofuran insecticide induced biochemical alterations in liver and
muscle tissues of the fish Clarias batrachus (linn) and recovery response. Aquat.
Toxicol. 66, 83-92.
Begum, G. and Vijayaraghavan, S., 1999. Effect of acute exposure of the
organophosphate insecticide rogor on some biochemical aspects of Clarias batrachus
(Linnaeus). Environ. Res. 80, 80-83.
Bhavan, P.S. and Geraldine, P. 1997. Alterations in Concentrations of Protein,
Carbohydrate, Glycogen, Free Sugar, and Lipid in the Prawn Macrobrachium
malcolmsonni on Exposure to Sublethal Concentrations of Endosulfan. 58, 89-101.
Bidinotto, P.M.; Moraes, G.; Souza, R.H.S., 1998. Hepatic glycogen and glucose in eight
tropical freshwater teleost fish: A procedure for field determinations of micro samples.
Boletim Técnico CEPTA, Pirassununga. 10, 53-60.
Boyd, C.E. and Tucker, C.S., 1992. Water quality and pond soil analyses for aquaculture.
Alabama Agricultural Experiment Station, Auburn University, Alabama, USA, p. 183.
Bretaud, S.; Toutant, J.P.; Saglio, P., 2000. Effects of carbofuran, diuron, and
nicosulfuron on acetylcholinesterase activity in goldfish (Carassius auratus).
Ecotoxicol. Environ. Saf. 47, 117-124.
Cattaneo, R., Loro, V.L., Spanevello, R., Silveira, F.A., Luz, L., Miron, D.S., Fonseca,
M.B., Moraes, B.S., Clasen, B., 2008. Metabolic and histological parameters of silver
80
catfish (Rhamdia quelen) exposed to commercial formulation of 2,4-
dichlorophenoxiacetic acid (2,4-D) herbicide. Pest. Biochem. Physiol., v.92, p. 133-
137, 2008.
Crestani, M., Menezes, C., Glusczak, L., Miron, dos S. D., Lazzari, R., Duarte, F. M.,
Morsch, M. V., Pippi, L. A., Vieira, P. V., 2006. Effects of clomazone hebicide on
hematological and some parameters of protein and carbohydrate metabolism of silver
catfish Rhamdia quelen. Ecotoxicol. Environ. Saf. 65, 48-55.
Crestani, M., Menezes, C., Glusczak, L., Miron, dos S.D., Spanevello, R., Silveira, A.,
Gonçalves, F.F., Zanella, R., Loro, L.V., 2007. Effect of clomazone herbicide on
biochemical and histological aspects of silver catfish (Rhamdia quelen) and recovery
pattern. Chemosph. 67, 2305-2311.
Das, B.K. and Mukherjee, S.C., 2003. Toxicity of cypermethrin in Labeo rohita fingerlings:
biochemical, enzymatic and haematological consequences. Comp. Biochem. Physiol.
134(C), 109-121.
Duboie, M.G.; Gilles, K.A.; Hamilton, J.K.; Roberts, P.A.; Smith, F., 1956. Colorimetric
method for determination of sugars and related substances. Anal. Chem. 28, 350-358.
Gallagher, F.P.; Di Giulio, R.T., 1992. A comparison of glutathione-dependent enzymes in
liver, gills and posterior kidney of channel catfish (Ictalurus punctatus). Comp.
Bichem. Physiol. 102, p. 543.
Glusczak, L., Miron, D.S., Crestani, M., Fonseca, M.B., Pedron, F.A., Duarte, F.M.,
Vieira, V.L.P., 2007. Effect of glyphosate herbicide on acetylcholinesterase activity
and metabolic and hematological parameters in piava (Leporinus obtusidens).
Ecotoxicol. Environ. Saf. 65, 237-241.
Harrower, J.R.; Brown, C.H., 1972. Blood lactic acid. A micromethod adaptable to field
collection of microliter sample. J. Appl. Phisiol. 32 (5), 224-228.
Jonsson, C.M.; Maia, A.H.N.; Ferreira, C.J.A.; Ribeiro, E.O., 1998. Risk assessment of
the herbicide clomazone in the aquatic life. Verh. Internat. Verein. Limnol. Stuttgart.
26, 1724-1726.
Jyothi, B. and Narayan, G., 1999. Certain pesticide-induced carbohydrate metabolic
disorders in the serum of freshwater fish Clarias batrachus (Linn.). Food Chem.
Toxicol. 37, 417-421.
Lowry, O.H.; Rosebrough, N.J.; Farr, A.L.; Randall, R.J., 1951. Folin Phenol Reagent. J.
Biol. Chem. 193, 265-275.
81
Miller, D.S., 2002. Xenobiotic export pumps, endothelin signaling and tubular
nephrotoxicants a case of molecular hijacking. J. Biochem. Mol. Toxicol. 16, 121-127.
Oruç, E.Ö. and Üner, N., 1998. Effects if Azinphosmethyl on Some Biochemical
Parameters in Blood, Muscle, and Liver Tissues of Cyprinus carpio (L.). Pest.
Biochem. Physiol. 62, 65-71.
Oruç, E.Ö. and Üner, N., 1999. Effects of 2,4 Diamin on some parameters of protein and
carbohydrate metabolisms in the serum, muscle and liver of Cyprinus carpio. Environ.
Pollut. 105, 267-272.
Oruç, E.Ö.; Sevgiler, Y.; Üner, N., 2004. Tissue-specific oxidative stress responses in fish
exposed to 2,4-D and azinphosmethyl. Comp. Biochem. Physiol. 137 (V), 43-51.
Peixoto, F., Alves-Fernandes, D., Santos, D., Fontaínhas-Fernandes., 2006.
Toxicological effects of oxyfluorfen on oxidative stress enzymes in tilapia Oreochromis
niloticus. Pest. Biochem. Physiol. 85, 91-96.
Primel, E.G.; Zanella, R.; Kurz, M.H.S.; Gonçalves F.F.; Machado, S.L.O; Marchezan, E.,
2005. Poluição das águas por herbicidas utilizados no cultivo do arroz irrigado na
região central do estado do Rio Grande do Sul, Brasil: predição teórica e
monitoramento. Quím. Nova. 28, 605-609.
Rao, 2006. Toxic effects of novel organophosphorus insecticide (RPR-V) on certain
biochemical parameters of euryhaline fish, Orechromis mossambicus. Pest.
Biochem.Physiol. 86, 78-84.
Rodrigues, N. R. and Almeida, F. S., 1998. Guia de Herbicidas, 4ª ed., 137-142.
Sancho, E.; Ferrando, M.D.; Andreu, E., 1997. Sublethal effects of na organophosphate
insecticide on the European eel, Anguilla anguilla. Ecotoxicol. Environ. Saf. 36, 57-65.
Sancho, E.; Cerón, J.J.; Ferrando, M.D., 2000. Cholinesterase activity and hematological
parameters as biomarkers of sublethal molinate exposure in Anguilla anguilla.
Ecotoxicol. Environ. Saf. 46, 81-86.
Scott, G.R. and Sloman, K.A., 2004. The effects of environmental pollutants on complex
fish behaviour: integrating behavioural and physiological indicators of toxicity. Aquat.
Toxicol. 68, 369-392.
Suarez R.K. and Mommsen T.P., 1987. Gluconeogenesis in teleost fishes. Canadian J.
Zool. 65, 1869-1882.
82
Üner, N; Oruç and E.; Sevgiler, Y., 2005. Oxidative stress-related and ATPase effects of
etoxazole in different tissues of Oreochromis niloticus. Environmental Toxicol.
Pharmacol. 20, 99-106.
Veja, F.C.; Sancho, E.; Ferrando, M.D.; Andreu, E., 2002. Thiobencarb-induce changes
in acetylcholinesterase activity of the fish Anguilla anguilla. Pest. Biochem. Physiol.
72, 55-63.
Zanella, R.; Primel, E.G.; Machado, S.L.O.; Gonçalves, F.F.; Marchezan, E., 2002.
Monitoring of the herbicide clomazone in environmental water samples by solid-phase
extraction and high-performance liquid chromatography with ultraviolet detection.
Chrom. 55, 573-577.
83
FIGURE CAPTIONS
Figure 1. Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) levels in liver of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h). Seen
as (Control- GH) Glycogen hepatic control, (GH) Glycogen hepatic, (Control- LH) Lactate
hepatic control and (LH) Lactate hepatic. Date are means ±SD (n=15); * Indicate a
significant difference at P< 0.05.
Figure 2. Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) levels in muscle of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h). Seen
as (Control- GM) Glycogen muscle control, (GM) Glycogen muscle, (Control- LM) Lactate
muscle control and (LM) Lactate muscle. Date are means ±SD (n=15); * Indicate a
significant difference at P< 0.05.
Figure 3. Glycogen and lactate (µmol g
-1
tissue) levels in kidney of Leporinus obtusidens
after exposure to 0.5 mg L
-1
of clomazone (96 and 192 h) and recovery (R- 192 h). Seen
as (Control- GK) Glycogen kidney control, (GK) Glycogen kidney, (Control- LK) Lactate
kidney control and (LK) Lactate kidney. Date are means ±SD (n=15); * Indicate a
significant difference at P< 0.05.
84
Fig 1.
85
Fig 2.
Control
-
GM
GM
Control
-
LM
LM
86
Fig 3.
Control
-
GK
GK
Control
-
LK
LK
87
Table 1
Changes in liver, muscle and kidney of Leporinus obtusidens exposed to clomazone
(96 and 192 h) and recovery period (192 h).
Exposure (h) Recovery (h)
96 192 192
Liver
Glucose
Control 18.04±0.44 18.08±0.35 17.80±0.40
0.5 mg L
-1
14.32±0.56* 14.27±0.48* 17.83±0.49
Protein
Control 67.98±6.75 68.79±1.35 69.04±6.33
0.5 mg L
-1
52.28±3.65*
51.41±4.43*
68.26±4.47
Muscle
Glucose
Control 1.43±0.07 1.42±0.02 1.41±0.02
0.5 mg L
-1
1.16±0.09* 1.01±0.08* 1.37±0.03*
Protein
Control 172.17±1.53 173.27±1.24 173.48±0.78
0.5 mg L
-1
166.73±1.64* 148.20±0.75* 146.98±4.93*
Ammonia
Control 0.16±0.006 0.18±0.002 0.14±0.005
0.5 mg L
-1
0.14±0.005* 0.14±0.001* 0.14±0.007
Kidney
Glucose
Control 2.91±0.07 2.92±0.05 2.92±0.02
0.5 mg L
-1
1.80±0.22* 1.59±0.13* 2.88±0.07
Protein
Control 173.02±7.05 174.05±4.24 173.50±2.78
0.5 mg L
-1
133.25±6.21* 137.35±6.48* 173.84±6.53
Ammonia
Control 0.07±0.01 0.07±0.008 0.07±0.01
0.5 mg L
-1
0.06±0.009 0.07±0.01 0.069±0.007
Glucose (μmol/g tissue); Protein (mg/g tissue) and Ammonia (μg/g tissue). Date are means ±
SD (n = 15). * Indicate a significant difference at P<0.05 compared to control group.
88
4. DISCUSSÃO
Neste estudo, os herbicidas clomazone, metasulfuron metil e quinclorac
usados na cultura da lavoura de arroz, induziram grandes variações de toxicidade,
em termos da CL
50
-96 h no peixe jundiá (Rhamdia quelen). Estes após a
exposição ao clomazone e ao quinclorac, apresentaram CL
50
de 7,32 mg/L e 395
mg/L, respectivamente. Entretanto, o Clomazone, para truta arco-íris (Salmo
gairdineri) e bluegil apresenta CL
50
-96 h de 19 e 34 mg/L, respectivamente
(VENCIL et al., 2002) e para o tetrarisca-negra (Hyphessobrycon scholzei) é de
27,3 mg/L (JONSSON et al., 1998). Segundo, RESGALLA JÚNIOR (2002), o
herbicida quinclorac (Cyprinus carpio) apresenta CL
50
-96 h de 6,65 mg/L para
carpa comum. Para o metasulfuron metil, a máxima concentração testada (1200
mg/L) para jundiás não causou mortalidade e, conseqüentemente parece menos
prejudicial para este peixe. Diferente, para truta arco-íris foi encontrado o valor de
CL
50
-96h de 150 mg/L (VENCIL et al., 2002).
A medida da AChE em diferentes tecidos de peixes vem sendo estudada
como um possível biomarcador para monitorar a exposição aos poluentes tais
como os herbicidas (FERNANDEZ-VEGA et al., 2002; DUTTA & ARENDS, 2003).
Na literatura existem relatos que a exposição de peixes aos herbicidas
thiobencarb e diazinon causa 75% de inibição da AChE no cérebro de enguias
européias (Anguilla anguilla) (CÉRON et al., 1996; FERNÁNDEZ-VEGA et al.,
2002). No músculo, a atividade da AChE encontra-se aumentada (65%) em piavas
(MORAES et al., 2007) e inibida (45%) em jundiás expostos ao clomazone
(CRESTANI et al., 2007). Nesse estudo nós observamos que, no grupo controle
89
dos peixes (jundiás e piavas) expostos a todos herbicidas testados, a atividade da
AChE cerebral foi mais elevada do que nos demais tecidos analisados.
Resultados semelhantes foram observados em outros estudos com jundiás
expostos ao clomazone (CRESTANI et al., 2007) e com piavas expostas ao
glifosato (GLUSCZAK et al., 2006). Entretanto, em goldfish (Carassius auratus), a
atividade da AChE muscular do grupo controle foi mais elevada do que no cérebro
(BRETAUD et al., 2000).
Nossos resultados revelaram que o clomazone é um potente inibidor da
atividade da AChE cerebral. Em jundiás expostos às concentrações testadas
deste herbicida, durante 96 h, a atividade AChE em cérebro foi inibida em 83%.
E, a exposição de piavas a 0,5 mg/L causou uma diminuição da AChE de (%) nos
períodos de exposição (96h e 192h) e de recuperação (192 h). Trabalhos de
CERÓN et al. (1996) e DUTTA & ARENDS (2003) também observaram a
diminuição da AChE cerebral em enguias européias (0,042 mg/L de diazinon) e
em Lepomis macrochirus (0,001 mg/L de endosulfan). Com relação a AChE
muscular nos jundiás expostos (96 h) ao metsulfuron-metil e ao quinclorac foi
observado um aumento da atividade da AChE. Esse efeito foi igualmente obtido
em outras espécies, tais como enguias européias expostas a 22 mg/L do
thiobencarb (FERNÁNDEZ-VEGA et al., 2002) e em goldfish expostos a 0,050
mg/L do carbofuran (BRETAUD, 2000). Além disso, nestes estudos foram
identificadas alterações, tais como, tremores, letargia e a natação errática. Porém,
em piavas nossos resultados demonstraram uma redução da AChE muscular
somente após 192h de exposição, a qual persistiu no período de recuperação. A
ativação ou a inibição de AChE podem influenciar a concentração da acetilcolina
e, conseqüentemente causar alterações no processo de neurotransmissão
colinérgica, podendo promover efeitos no comportamento dos peixes. Em nossos
testes de CL
50
-96h, os jundiás expostos aos diferentes herbicidas apresentaram
mudanças comportamentais, tais como a diminuição da alimentação e nado
errático nas concentrações do clomazone de 20 e 50 mg/L. Nas concentrações do
90
quinclorac de 390 e 400 mg/L, além de diminuir a ingestão de alimentos, os peixes
apresentaram letargia. Porém, os peixes expostos ao metasulfuron metil
mostraram o comportamento de alimentação normal e comportamento hiperativo.
Esses dados indicam que a atividade da AChE parece ser importante para a
localização da presa, fuga do predador (natação) e também para a orientação da
alimentação em peixes (DUTTA & ARENDS, 2003).
Em piavas, expostas ao clomazone, o nível da atividade da AChE de olhos
foi reduzido somente durante o período de recuperação, sugerindo a presença de
herbicida nesse tecido. SANCHO et al. (2000), relataram uma diminuição da
atividade da AChE em olho de enguias européias após 96 h de exposição ao
thiobencarb (0.22 mg/L) e após 1 semana da recuperação o mesmo efeito
inibitório foi observado. Os resultados para a atividade da AChE em olho podem
estar relacionados à alta atividade do nervo óptico e à quantidade de acetilcolina
(HARLIN, 1991; SANCHO et al., 2000). Uma inibição da atividade da AChE foi
demonstrada também em coração de piavas após 96h de exposição ao
clomazone. Porém, em relação à recuperação da atividade da AChE estudada em
piavas expostas ao clomazone, observou-se que esta continuou inibida após 192
h em água isenta de herbicida em cérebro, músculo e olho. No coração a
atividade não foi recuperada. Estes resultados revelaram que a atividade da AChE
em coração também pode ser um biomarcador sensível para avaliar a toxicidade
do clomazone em piavas. Em outros estudos a recuperação da AChE cerebral e
muscular foi demonstrada em jundiás expostos a este herbicida (CRESTANI et al.,
2007). Assim, levando em consideração os resultados obtidos por SANCHO et al.
(2000) sugere-se que a atividade da AChE pode ser reversível e é influenciada por
vários fatores, entre eles: a classe química do herbicida, a espécie exposta e o
tecido analisado. A medida da atividade da AChE é considerada um indicador de
toxicidade para herbicidas em peixes.
Os resíduos dos herbicidas usados nas lavouras de arroz irrigado podem
causar interação desses com a água e, assim evidenciar as alterações no meio
ambiente (NIMMO, 1985). Porém, segundo BALDISSEROTTO & RADUNZ NETO
(2004) os parâmetros de qualidade de água foram mantidos em níveis aceitáveis
91
para a cultura de peixes durante todas as exposições realizadas neste estudo. No
entanto, nosso trabalho demonstrou que jundiás expostos em águas coletadas de
lavouras de arroz irrigado (após 21 dias da aplicação de herbicidas) sofreram
efeitos na sobrevivência e crescimento. No aspecto da sobrevivência, este peixe
mostrou ser mais sensível a exposição na água da lavoura com quinclorac, pois
se observou uma diminuição de 4% na sobrevivência. Assim, este resultado
demonstrou que a concentração de quinclorac na cultura de arroz irrigado pode
afetar os índices de sobrevivência desses peixes.
No presente estudo foi observado que o tempo de degradação dos
herbicidas aplicados na cultura de arroz irrigado variou entre 7-28 dias nas águas
amostradas. Sendo que, o clomazone permaneceu detectável até 28 dias nas
águas de arroz, o quinclorac até 14 dias e o metasulfuron metil foi detectado
somente até 7 dias após a aplicação. De acordo, BARCELÓ & HENION (2003)
demonstraram que o clomazone possui grande solubilidade na água (1100 mg/L)
e pode permanecer detectável até 30 dias. Similarmente, LAVY (1998)
demonstrou resíduos do quinclorac até 36 dias após a aplicação no estado de
Arkansas (EUA). Outros herbicidas que permanecem por um período longo de
tempo em águas de uso no arroz irrigado foram imazetapir (30 dias), quinclorac e
bentazon (21 dias) (MARCOLIN et al., 2003). Por outro lado, propanil e
metsulfuron metil foram detectados somente entre 7 a 10 dias após sua aplicação
(MACHADO et al., 2003; REIMCHE et al., 2008). Considerando os dados obtidos
pode-se inferir que o herbicida clomazone é potencialmente mais tóxico, pois sua
persistência na água é maior. De acordo com dados obtidos em áreas próximas
as lavouras de arroz no Rio Grande do Sul, este herbicida foi detectado em 90%
das amostras coletadas. A exposição de jundiás tanto em água com clomazone
como com quinclorac resultou em redução no crescimento em nossos testes.
ALVAREZ et al. (2005) demostraram que larvas de Red drum (Sciaenops
ocellatus) expostos ao atrazine durante 96 h (40 e 80 μg l
-1
) tiveram uma redução
na taxa de crescimento, diminuindo a população de larvas desses peixes em
aproximadamente 24%. NIEVES-PUIGDOLLER et al. (2007) demonstraram que o
herbicida atrazine altera funções fisiológicas dos Atlantic salmon smolts, causando
92
distúrbios que reduzem a ingestão de alimentos e, assim diminuindo o
crescimento dos peixes. Consumo diminuído de alimento e letargia aumentada
foram observados na tilapia do Nilo (Oreochromis niloticus) e em catfish
(Chrysichthyes auratus) após a exposição a 0,3 e 0,6 mg/L ao atrazine (HUSSEIN
et al., 1996).
Neste estudo foram também observadas alterações no metabolismo de
jundiás expostos a águas coletadas da lavoura de arroz. O fígado, além de ser
considerado o centro metabólico para a desintoxicação é uma rica fonte de glicose
para os peixes (SUÁREZ & MOMMSEN, 1987; MOON, 1998). No tecido hepático
nossos resultados mostraram que os jundiás mantidos por 45 dias na água com
clomazone e quinclorac apresentaram um aumento de glicogênio, e redução nos
níveis da glicose e de lactato, indicando uma gliconeogênese hepática
aumentada. Já os jundiás expostos ao metasulfuron metil mostraram as mesmas
respostas hepáticas, mas somente em 15 dias de exposição retornando aos níveis
dos controles no final do período experimental. Resultados semelhantes foram
observados em nossos experimentos com piavas expostas ao clomazone durante
96 e 192h e durante o período de recuperação. Nossos resultados estão de
acordo com outros estudos (SUÁREZ & MOMMSEN, 1987; PEIXOTO et al., 2006;
CRESTANI et al., 2006; CATTANEO et al. (2008). Portanto, sugere-se que o
aumento de glicogênio no tecido hepático em jundiás e piavas tenha sido uma
estratégia de armazenamento de energia devido o aumento da demanda
metabólica para o processo de detoxificação desses herbicidas, uma vez que o
fígado de peixes é o principal órgão de acumulação, de biotransformação e de
desintoxicação dos produtos químicos.
Uma vez que o músculo dos peixes constitui mais de 50% da massa do
corpo, os peixes podem usar o processo anaeróbico para obter energia, através
da oxidação do glicogênio (KNOX et al., 1980). No tecido muscular de jundiás
expostos às águas do arroz contendo clomazone, quinclorac e metasulfuron metil
verificou-se uma diminuição do glicogênio muscular, com aumento concomitante
do lactato neste tecido. Semelhantemente, nossos resultados monstram uma
diminuição do glicogênio muscular e da glicose seguido do aumento de lactato,
93
em piavas expostas ao clomazone (96 h), porém o glicogênio retornou aos valores
do controle após o período da recuperação. Esses resultados podem indicar uma
situação de estresse, com hipóxia tecidual gerado pela toxicidade do herbicida.
Consequentemente, uma rápida degradação do glicogênio acompanhada do uso
de glicose pode ser uma maneira de mobilizar a energia necessária para tal
condição de estresse. Estas mudanças sugerem que a utilização de carboidratos
para a produção energética, possa ser uma resposta à toxicidade induzida pela
exposição ao herbicidas (GIMENO et al., 1995; ORUÇ & ÜNER, 1999;
VIJAYAVEL et al., 2006).
Resultados similares referentes ao tecido muscular foram apresentados por
GLUSCZAK et al., (2007), em piavas expostas ao glifosato. FERRANDO &
ANDREU-MOLINER (1991), também relataram uma diminuição do glicogênio
muscular em enguias européias (Anguila Anguila), após a exposição ao lindane.
ORUÇ & ÜNER (1999) e CATTANEO et al. (2008) observaram em Cyprinus
carpio e R. quelen a diminuição de glicogênio do músculo após a exposição ao
2,4–D. Em relação ao aumento de lactato, estes resultados estão de acordo
comos observados por BEGUM & VIJAYARAGHAVAN (1999), e esta resposta
parece ser uma medida do metabolismo anaeróbico, indicando uma condição do
esforço dos peixes. Do mesmo modo, nossos estudos demonstraram níveis
aumentados do lactato muscular, sugerindo que a exposição ao clomazone causa
uma situação de estresse, e também ocorre hipóxia tecidual com aumento da
demanda energética.
O rim dos peixes é um outro órgão importante que pode ser usado para
avaliar a toxicidade de herbicidas. Este órgão recebe a circulação sanguínea
branquial do corpo nos peixes e, assim é importante na desintoxicação, na
eliminação dos contaminadores. Portanto, no rim pode ser avaliado a toxicidade
de produtos químicos em peixes (GALLAGHER & DI GIULIO, 1992; SANCHO et
al., 1997; ÜNER et al., 2005). No presente estudo, os níveis do glicogênio em rins
de piavas expostas ao clomazone foram aumentados similar ao obtido para o
fígado. Entretanto, no período de recuperação ocorreu a redução nos níveis de
glicogênio. Esta resposta parece indicar uma compensação a uma situação do
94
estresse induzido pelo clomazone. Então, os tecidos hepático e renal analisados
no presente estudo demonstraram ser importantes para manter o balanço de água
do corpo e produtos químicos tóxicos que podem temporariamente ou
permanentemente interromper suas funções (MILLER, 2002; ÜNER et al., 2006).
De fato, as espécies de peixes mostram diferentes respostas metabólicas ao
estresse induzido por contaminantes e o metabolismo do glicogênio pode ser
especifico considerando a espécie, o tecido e o tempo de exposição do peixe.
As variações nas atividades de enzimas antioxidantes também podem ser
indicadores do estresse oxidativo causado por poluentes (AHMAD et al., 2000;
SAYEED et al., 2003). A peroxidação lipídica (formação de TBARS) é um dos
principais processos induzidos pelo estresse oxidativo decorrentes de herbicidas,
em peixes (AHMAD et al., 2004). Em nosso estudo, os níveis de TBARS estavam
aumentados no tecido do cérebro de piavas depois de 96 e 192 h de exposição.
Em fígado e músculo também foi observado este aumento, mas somente depois
de 192 h de exposição. Em relação ao período de recuperação, verificou-se que
em todos os tecidos os níveis de TBARS retornaram aos valores iniciais, com
exceção do fígado. De acordo, CRESTANI et al. (2007) também observaram
níveis de TBARS aumentados em cérebro e fígado de jundiás após a exposição
ao clomazone. Similarmente, ÜNER et al. (2006) observaram elevados níveis de
TBARS em músculo do Cyprinus carpio exposto ao diazinon. A elevação do LPO
observada no estudo sugere uma situação de estresse oxidativo, a qual pode
induzir a formação de radicais livres mediada pela exposição ao clomazone. A
recuperação dos níveis de TBARS pode indicar um mecanismo compensatório
através do sistema antioxidante, e uma tentativa de adaptar-se a condição de
estresse induzido pelo herbicida. Estudos recentes associam um aumento dos
níveis de TBARS com a inibição da AChE indicando estresse oxidativo induzido
pelos pesticidas (SEVGILER et al., 2005; ÜNER et al., 2006; ÜNER et al 2007;
ORUÇ & USTA, 2007). Similar a estes estudos, nossos resultados demonstraram
um aumento em níveis de TBARS e uma inibição da AChE para o cérebro e o
músculo de piavas depois de 192 h de exposição e de recuperação. Estes
resultados sugerem que radicais livres em tecidos de piavas poderia induzir
95
mudanças na hiperatividade colinérgica, a qual pode levar a inibição da AChE.
Alguns autores consideram que a inibição da AChE induz peroxidação lipídica que
por sua vez pode levar ao dano celular. Este pode ser um resultado de um
sistema antioxidante eficaz que funciona como uma resposta adaptável dos peixes
(YANG et al., 1996; ÜNER et al., 2006; ORUÇ & USTA, 2007).
Proteínas são um dos alvos para a elucidação dos efeitos de pesticidas em
diversas espécies. Recentemente, mostrou-se que estes podem induzir
modificações oxidativas em proteínas sendo isso, também, uma de muitas
conseqüências do estresse oxidativo nos peixes (SAYEED et al., 2003). Sabe-se
que o radical hidroxila (OH
-
) é altamente reativo, ou seja, é uma espécie reativa de
oxigênio que é formado em uma situação de estresse oxidativo e é considerado
responsável pela formação de grupos carbonilados nas proteínas (OLIVER, 1987).
Portanto, o ensaio de grupos carbonil em proteínas constitui-se em uma técnica
adequada para quantificar modificações oxidativas em proteínas. Neste estudo, a
exposição de piavas ao clomazone resultou num aumento na carbonilação de
proteína no fígado, demonstrando uma condição de estresse oxidativo. Vários
pesticidas (deltamethrin, endosulfan e paraquat) também causaram aumento de
proteínas carboniladas em tecidos hepáticos, renais e branquiais de Channa
punctata (Bloch) (PARVEZ &RAISUDDIN, 2005).
No fígado, a diminuição observada na atividade da enzima catalase (CAT)
em piavas expostas ao clomazone demonstra que este herbicida induz dano
oxidativo no fígado causando alterações nos sistemas dos antioxidantes. PANDEY
et al. (2001) observaram resultados similares quando expôs C. punctatus (Bloch)
ao endosulfan. CRESTANI et al. (2007) mostraram que o clomazone (0,5 ou 1,0
mg/ L) causa redução da CAT em fígado de jundiás. A exposição de deltamethin
causou uma diminuição na atividade da CAT em fígado, rins e brânquias de C.
punctatus (SAYEED et al., 2003). Este declínio na atividade da CAT poderia ser
devido à produção excessiva de O
2
como indicado por BRAINY et al. (1996). Os
resultados do presente estudo indicam que piavas resistem ao estresse oxidativo
durante a exposição ao clomazone.
96
5. CONCLUSÕES
-A CL
50
-96h estimada para jundiás expostos ao herbicida clomazone e quinclorac
foi equivalente a 7,32 (I.C. de 5,68 a 9,03 mg/L) e 395 mg/L (I.C. de 394 a 395,9
mg/L), respectivamente. Para jundiás expostos ao metasulfuron metil, a CL
50
-96h
não foi obtida, pois os peixes sobreviveram a máxima concentração testada (1200
mg/L). Assim, o clomazone apresenta maior potencial de risco de contaminação
para jundiás e, o quinclorac e o metasulfuron metil apresentam menor risco.
- Os herbicidas estudados neste trabalho afetaram a atividade da AChE em
cérebro e músculo de jundiás. O clomazone mostrou-se um potente inibidor em
ambos tecidos. Assim, pode-se inferir que a medida da atividade da AChE em
cérebro e músculo pode ser um biomarcador primário da toxicidade para a
exposição ao quinclorac e metasulfuron metil.
- Depois de 45 dias de exposição aos herbicidas, os jundiás foram mais sensíveis
à sobrevivência quando expostos a água da lavoura com quinclorac. O clomazone
e o quinclorac foram prejudiciais ao crescimento dos peixes. Os herbicidas
afetaram também os parâmetros metabólicos dos jundiás, que utilizaram uma
estratégia de armazenamento energético através das reservas de glicogênio
hepático para compensar a demanda do processo de detoxificação destes
produtos químicos.
- Nossos estudos com piavas revelaram que o clomazone inibe aproximadamente
50% da atividade da AChE cerebral, mesmo com uma concentração aproximada a
utilizada nas lavouras. A elevação dos níveis de TBARS em cérebro, fígado e
músculo de piavas sugerem uma situação de estresse oxidativo induzindo a
formação de radicais livres mediada pela exposição ao clomazone. No fígado a
formação de proteínas carboniladas mostrou uma condição de estresse oxidativo.
A diminuição hepática da atividade da enzima CAT demonstra que o clomazone
induz dano oxidativo no fígado e causa alterações no sistema antioxidante.
97
- As piavas demonstraram alterações metabólicas semelhantes aos jundiás
expostos ao clomazone. A soma dos resultados obtidos permite concluir que o
fígado estoca glicogênio para suprir a demanda energética frente à intoxicação. O
tecido muscular demonstrou mobilização de energia através de uma estratégia
anaeróbica, onde glicogênio e glicose são oxidados até lactato. O tecido muscular
responde a uma hipóxia tecidual gerada pela exposição de piavas ao clomazone.
- Após período de recuperação das piavas em água livre de clomazone, a
atividade da AChE permaneceu diminuída em cérebro, músculo e olho. A
elevação dos níveis de TBARS em cérebro e em músculo, bem como a formação
de proteínas carboniladas e a atividade da CAT em fígado não foram recuperadas.
A exposição ao clomazone também causou alterações metabólicas que não foram
recuperadas, tais como, aumento do glicogênio hepático e do lactato muscular.
Portanto, após a exposição de piavas ao clomazone algumas mudanças
enzimáticas e metabólicas não podem ser recuperadas, mesmo submetendo os
peixes ao tratamento em água livre de herbicida por 192 h.
- Os parâmetros avaliados em jundiás e piavas podem ser recomendados para o
monitoramento de contaminação de águas por clomazone, quinclorac e
metasulfuron metil, considerando as condições laboratoriais deste estudo.
98
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, L.H., Moraes, G., Avilez, I.M., Altran, A.E., Corrêa, C.F. Metabolical effects
of Folidol 600 of the neotropical freshwater fish matrixã, Brycon cephalus.
Environmental Research, v. 95, p. 224-230, 2004.
AGUILAR, C., Borrull, F., Marcé, R.M. Determination of pesticides in environmental
waters by solid-phase extraction and gas chromatography with electron-
capture and mass spectrometry detection. Journal of Chromatography A, v.771,
p. 222-231, 1997.
AGRIANUAL. Anuario da Agricultura Brasileira, FNP Consultoria & Comércio (Ed.),
Argos, 2000.
AHMAD, I., Hamid, T., Fatima, M., Chand H.S., Jain, S.K., Athar, M., Raisuddin, S.
Induction of hepatic antioxidants in freshwater catfish (Channa punctatus
bloch) is a biomarker of paper mill effluent exposure. Biochemistry and
Biophysical, Acta, v. 1523, p. 37-48, 2000.
AHMAD, I., Pacheco, M., Santos, M.A. Enzymatic and enzymatic antioxidants as an
adaptation to phagocytes induced damage in Anguilla anguilla L. following in
situ harbour water exposure. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 57, p.
290-295, 2004.
AHRENS, W.E. (Ed.) Herbicide Handbook, 7
a
ed. Champaign, IL: Weed Science
Society of America, 1994, 352p.
ALVAREZ, M.del C., Fuiman, L.A. Environmental levels of atrazine and its
degradation products impair survival skills and growth of red drum larvae.
Aquatic Toxicology, v. 74, p. 229-241, 2005.
99
ALVES, S.R.C., Severino, P.C., Ibbotson, D.P., DA Silva, A.Z., Lopes, F.R.A.S.,
Saens, L.A., Bainy, A.C.D. Effects of furadan in the brown mussel Perna perna
and in the angrove oyster Crassostrea rhizophorae. Mar. Environmental
Research, v. 54, p. 241-245, 2002.
ANDRES, A., Machado, S.L.O. Arroz irrigado no Sul do Brasil. Brasília, Embrapa,
2004.
ANDRIAN, I. de F., Dória, C. da C., Torrente, G., Ferreti, C.M.L. Espectro alimentar e
similaridade na composição de quatro espécies de Leporinus
(Characiformes, Anostomidae) do Rio Paraná, Brasil. Revista Unimar, v. 16, p.
97-106, 1994.
ARANA, L.V. Princípios químicos de qualidade da água em aquicultura. Editora da
UFSC, Florianópolis, 1997, p. 166.
ARUFE, M.I., Arellano, J., Moreno, M.J., Sarasquete, C. Toxicity of a commercial
herbicide containing terbutryn and trisulfuron to seabream (Sparus aurata L.)
larvae: a comparison with the Microtox test. Ecotoxicology and Environmental
Safety, v.59, p. 209-216, 2004.
BALDISSEROTTO, B., Radunz Neto. Criação de jundiá. Santa Maria: Universidade
Federal de Santa Maria, 2004, 232p.
BALDISSEROTTO, B., Gomes, C. L. Espécies nativas para piscicultura no Brasil.
In Tataje, R. D., Filho, Z. E. (Eds.), Cultivo do gênero Leporinus, Editora UFSM,
Santa Maria - RS Brasil, p. 81-103, 2005.
BARCELLOS, L.J.G., Kreutz, L.C., Rodrigues, L.B., Quevedo, R.M., Fioreze, I.,
Cericato, L., Soso, A.B., Fagundes, M., Lacerda, L.A., Terra, S. Haematological and
100
biochemical characteristics of male jundiá, Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard):
changes after acute stress. Aquaculture Research, v. 34, p. 1465-1469, 2003.
BARCELLOS, L.J.G., Kruetz, L.C., Quevedo, R.M., Fioreze, I., Cericato, A.B.S, Ritter,
F. Nursey rearing of jundiá, Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard) in cages:
cage type, stocking density and stress response to confinement. Aquaculture,
p. 383-394, 2004.
BARCELÓ, D., Hennion, M.C. Pesticides and their degradation products:
characteristics, usage and environmental behaviour. In “Trace Determination
of Pesticides and Their Degradation Products in Water”. Techniques and
Instrumentation in Analytical Chemistry, v.19, Elsevier Science B, Amsterdam, p.1-
89, 2003.
BEGUM, G., Vijayaraghavan, S. Effect of acute exposure of the organophosphate
insecticide rogor on some biochemical aspects of Clarias batrachus
(Linnaeus). Environmental Research, v. 80, p. 80-83, 1999.
BEGUM, G. Carbofuran insecticide induced biochemical alterations in liver and
muscle tissues of the fish Clarias batrachus (linn) and recovery response.
Aquatic Toxicology, v. 66, p. 83-92. , 2004.
BHAVAN, P.S., Geraldine, P. Alterations in Concentrations of Protein,
Carbohydrate, Glycogen, Free Sugar, and Lipid in the Prawn Macrobrachium
malcolmsonni on Exposure to Sublethal Concentrations of Endosulfan.
Chemosphere, v. 58, p. 89-101, 1997.
BIDINOTTO, P.M.; Souza, R.H.S., Moraes, G. Hepatic glycogen in eight tropical
freshwater teleost fish: A procedure for field determinants of microsamples. Boletim
Técnico CEPTA, Pirassununga, v. 10, p. 53-60, 1997.
101
BOVERIS, A., Bermúdez, M.J.N. Production of superoxide anion and hydrogen
peroxide in vertebrate tissues. In: Physiology and biochemistry of the fishes
of the Amazon. Manaus, p. 313-321, 1996.
BRAINY, C.D.A., Saito, E., Carvalho, S.M.P., Junqueira, B.C.V. Oxidative stress in
gill, erythrocytes, liver and kidney of Nile tilapia (Oreochromis niloticus) from
a polluted site. Aquatic Toxicology, v. 34, p. 151-162, 1996.
BRAMLEY, P.M., Pallet, K.E. Phytoene desaturase: a biochemical target of many
herbicides. Proc. Brighton Crop Protection Conference, Weed, p. 713-722, 1993.
BRETAUDT, S., Toutant, J.P., Saglio, P. Effects of carbofuran, diuron and
nicosulfuron on acetylcholinesterase activity in Goldfish (Carassius auratus).
Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 47, p. 117-124, 2000.
CATTANEO, R., Loro, V.L., Spanevello, R., Silveira, F.A., Luz, L., Miron, D.S.,
Fonseca, M.B., Moraes, B.S., Clasen, B. Metabolic and histological parameters
of silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to commercial formulation of 2,4-
dichlorophenoxiacetic acid (2,4-D) herbicide. Pesticide Biochemistry and
Physiology, v.92, p. 133-137, 2008.
CERÓN, J.J., Ferrando, M.D., Sancho, E., Panizo-Guttierrez, C., Andreu-Moliner.
Effects of diazinon exposure on cholinesterase activity in different tissues of
European eel (Anguilla anguilla). Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 35,
p. 222-225, 1996.
CHUIKO, G.M. Comparative study of acetylcholinesterase and
butyrilcholinesterase in brain and serum of several freshwater fish: specific
activities and in vitro inhibition by DDVP, an organophosphorus pesticide.
Comparative Biochemistry and Physiology Part C, v. 127, p. 233-242, 2000.
102
COLBY, S.R., Lym, R.G., Hill, E.R., Mc Avoy, W.J., Kitchen, L.M., Prasad, R.
Herbicide Handbook of the Weed Science Society of America. 6th ed. Illinois,
1989.
CRESTANI, M., Menezes, C., Glusczak, L., Miron, dos S. D., Lazzari, R., Duarte, F.
M., Morsch, M. V., Pippi, L. A., Vieira, P. V. Effects of clomazone hebicide on
hematological and some parameters of protein and carbohydrate metabolism
of silver catfish Rhamdia quelen. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 65,
p. 48-55, 2006.
CRESTANI, M., Menezes, C., Glusczak, L., Miron, dos S.D., Spanevello, R., Silveira,
A., Gonçalves, F.F., Zanella, R., Loro, L.V. Effect of clomazone herbicide on
biochemical and histological aspects of silver catfish (Rhamdia quelen) and
recovery pattern. Chemosphere, v. 67, p. 2305-2311, 2007.
DAS, B.K., Mukherjee, S.C. Toxicity of cypermethrin in Labeo rohita fingerlings:
biochemical, enzymatic and haematological consequences. Comparative
Biochemistry and Physiology (C), v. 134, p. 109-121, 2003.
DAVID , S . Mushigeri , R . Shivakumar , G . Philip .Response of Cyprinus carpio
(Linn) to sublethal concentration of cypermethrin: alterations in protein
metabolic profiles. Chemosphere, v. 56 , p. 347- 352, 2004.
DEMBÉLÉ, K., Haubruge, E., Gaspar, Ch. Recovery of acetylcholinesterase activiy
in the common carp (Cyprinus carpio L.) after inhibition by organophosphate
and carbamate compounds. Bulletin Environmental Contam. Toxicology, v. 62, p.
731-742, 1999.
DEZFULI, B.S., Giari, L., Simoni, E., Palazzi, D., Manera, M. Alteration of rodlet cells
in chub caused by the herbicide Stam® M-4 (Propanil). Journal Fish Biology,
v.63, p. 232-239, 2003.
103
DURNER, J., Gailus, V., Boger, P. New aspects on inhibition of plant acetolactate
synthase depend on flavin adenine dinucleotide. Plant Physiology, v 95,
p.1144-1149, 1991.
DUTTA, H.M., Arends, D.A. Effects of endosulfan on brain acetylcholinesterase
activity in juvenile bluegill sunfish. Environmental Researsch, v. 91, p. 157-162,
2003.
EMATER. Agricultura sustentável: rizipiscicultura. Manual Prático. Porto Alegre,
pp. 27, 1999.
EMATER. Rizipiscicultura: Manual Prático. Porto Alegre, pp. 27, 2001.
FERNÁNDEZ-VEGA, C., Sancho, E., Ferrando, M.D., Andreu, E. Thiobencarb-
induced changes in acetylcholinesterase activity of the fish Anguilla anguilla.
Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 72, p. 55-63, 2002.
FERRANDO, M.D., Andreu-Moliner, E. Effects of lindane on fish carbohydrate
metabolism. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 22, p. 17-23, 1991.
FONSECA, M.B., Glusczak, L., Moraes, B.S., Menezes, C.C., Pretto, A., Tierno, M.A.,
Zanella, R., Gonçalves, F.F., Loro, V.L. 2,4-D herbicide effects on
acetylcholinesterase activity and metabolic parameters of piava freshwater
fish (Leporinus obtusidens). Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 69, p.
416-420, 2008.
FRACALOSSI, D.M., Zaniboni F., E. ; Meurer, S. No rastro das espécies nativas.
Panorama da Aqüicultura, Rio de Janeiro, v. 12, n. 74, p. 43-49, 2002.
104
GAAL, J., HORVATH, Z., Eross, I. The effect of organophosphorus compounds on
the cholinesterase activity of one summer old carps. Aquaculture, v. 11, p. 117-
123, 1980.
GALLAGHER, F.P., Di Giulio, R.T. A comparison of glutathione-dependent
enzymes in liver, gills and posterior kidney of channel catfish (Ictalurus
punctatus). Comparative Bichemistry and Physiology, v. 102, p. 543, 1992.
GIMENO, L., Ferrando, M.D., Sanches, S., Gimeno, L.O., Andreu, E. Pesticide
efffects on eel metabolismo. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 31, p.
153-157, 1995.
GLUSCZAK, L., Miron, S.D., Crestani, M., Fonseca, B.M., Pedron, A.F, Duarte, F.M.,
Vieira, P.L.V. Effect of glyphosate herbicide on acetylcholinesterase activity
and metabolic and hematological parameters in piava (Leporinus obtusidens).
Ecotoxicology and Environmental Safety, v.65, p.237-241, 2006.
GLUSCZAK, L., Miron, D.S., Moraes, B.S., Simões, R.R., Schetinger, M.R.C., Morsch,
V.M., Loro, V.L. Acute effects of of glyphosate herbicide on metabolic and
enzymatic parameters of silver catfish (Rhamdia quelen). Comparative
Biochemistry Physiology, v. 146, p. 519-524, 2007.
GLUTH, G., Hanke, W. A comparison of physiological changes in carp, Cyprinus
carpio, induced by several pollutants at sublethal concentrations: the
dependency on exposure time. Ecotoxicology and Environmental Safety, v.9,
p.179-188, 1985.
GOMES, L.C., Golombieski, J.I., Chippari Gomes, A.R., Baldisserotto, B. Biologia do
Jundiá Rhamdia quelen (Teleostei, Pimelodidae). Ciência Rural, v.30, p.179-
185, 2000.
105
GROSSMANN, K. & KWIATKOWSKI, J. The mechanism of quinclorac selectivity in
grasses. Pesticide Biochemistry Physiology, v. 66, p. 83-91, 2000.
GUEDES, D.S. Contribuicao ao estudo da sistemática e alimentação de jundiás
(Rhamdia spp.) na região central do Rio Grande do Sul (Pisces, Pimelodidae).
99f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia)- Universidade Federal de Santa Maria,
Santa Maria, 1980.
HARLIN, K.S. Cholinesterase Activity in the Retina with Applications for Use in
Postmortem Diagnosis of Organophosphorus Insecticides Poisoning in
Animals. Thesis, Univ. Illinois, Urbana, 1991.
HUBERT, A., Bach, M., Frede, H.G. Pollution of surface waters with pesticides in
Germany: modeling non-point source inputs. Agriculture, Ecosystems and
Environment, v.80, p.191-204, 2000.
HUSSEIN, S.Y., El-Nasser, M.A., Ahmed, S.M. Comparative studies on the effects
of the herbicide atrazine on freshwater fisn Oreochroinis niloticus and
Chrysichthyes auratus at Assiut. Egypt. Bulletin Environmental Contam. Toxicology,
v. 57, p. 503-510, 1996.
IRGA. Instituto Rio Grandense do Arroz. Arroz irrigado: recomendações e técnicas
da pesquisa para o sul do Brasil. Circular técnica. Cachoeirinha, RS, pp. 128,
2001.
IRGA. Instituto Rio Grandense do Arroz. Dados de safra: série histórica da área
plantada, produção e rendimento. Circular técnica. Porto Alegre, RS, 2005.
JONSSON, C. M., Maia, A H. N., Ferreira, C. J. A., Ribeiro, E. O. Risk assessment of
the herbicide clomazone in the aquatic life. Verh. Internat. Verein. Limnol. 26,
1724-1726, 1998.
106
JUNIOR, O.J., Introdução ao controle químico. In: Rubem Silvério de Oliveira Jr.;
Jamil Constantin. (Org.). Plantas daninhas e seu manejo. Guaíba, RS: Livraria e
Editora Agropecuária, cap.7, 2001.
JYOTHI, B., Narayan, G. 1999. Certain pesticide -induced carbohydrate metabolic
disorders in the serum of freshwater fish Clarias batrachius. Food and
Chemical Toxicology, v. 37, p. 417-421.
KNOX, D.; Walton, M.J.; Cowey, C.B. Distribuition of enzymes of glycolysis and
gluconeogenesis in fish tissues. Marine Biology, v. 56, p. 7-10, 1980.
KOZLOVSKAYA, V.I.; Mayer, F.L., Menzikova, O.V. Cholinesterase of aquatic
animals. Rev. Environmental Contam. Toxicology, v.132, p.117-152, 1993.
LAL, B., Singh, A., Kumari, A., Sinha, N. Biochemical and haematological changes
following malathion treatment in the freshwater catfish, Heteropneustes
fossilis (Bloch). Environmental Pollution (A), v.42, p.151-156, 1986.
LAVY, T. L. Environmental implications of pesticides in rice production. In: Rice
Research Studies. Arkansas Agricultural Experimental Station. Fayetteville,
Arkansas, Série 460, p.63-71, 1998.
LAZZARI, R., Neto, J.R., Emanuelli, T., Pedron, F.de A., Costa, M.L., Losekann, M.E.,
Correia, V., Bochi, V.C. Diferentes fontes protéicas na alimentação do jundiá
(Rhamdia quelen). Ciência Rural, v.36, p. 240-246, 2006.
LEMAIRE, P., Matthews, A., Forlin, L. Stimulation of oxyradical prouction of
hepatic microsomes of flounder (Platichthys flesus) and perch (Perca
fluvialis) by model and pollutant xenobiotics. Archives of Environmental
Contamination and Toxicology, v. 26, p 191-200 1994.
107
LI, W., Yin, D., Zhou, Y., Hu, S., Wang, L. 3,4-Dichloroaniline-induced oxidative
stress in liver of crucian carp (Carassius auratus). Ecotoxicology and
Environmental Safety, v. 56, p. 251-255, 2003.
MACHADO, S. L. de O., Zanella, R., Marchezan, E., Primel, E. G., Gonçalves, F. F..
Villa, S. C. C. Maziero, H. Persistência de herbicidasna água de irrigação no
arroz irrigado. In: Congresso Brasileirode Arroz Irrigado, 3 e Reunião da Cultura
do Arroz Irrigado, Camboriu, SC. Anais Itajaí: EPAGRI, p.692-694, 2003.
MARCHESAN, E. Rice herbicide monitoring in two Brazilian rivers during the rice
growing season. Scientia Agricola, v. 64, p.131-137, 2007.
MARCOLIN, E. Persistência do herbicida imazethapyr na lâmina de água em três
sistemas de cultivo de arroz irrigado. In: III Congresso Brasileiro de Arroz
Irrigado/ XXV Reunião da Cultura do Arroz Irrigado, 2003. Balneário Camboriú, SC.
Anais Itajaí: Epagri, p.703-705. 2003.
MASSOULIÉ, J., Pezzementi, L.; Bon, S. Molecular and cellular biology of
cholinesterase. Prog. Neurobiology, v 41, p. 31-91, 1993.
MENDEL, B., Rudney, H. On the type of cholinesterase present in brain tissue.
Science, v. 98, p. 201-201, 1943.
MILLER, D.S. Xenobiotic export pumps, endothelin signaling and tubular
nephrotoxicants a case of molecular hijacking. Journal Biochemistry Mol.
Toxicology, v. 16, p. 121-127, 2002.
MIRON, M. Crestani, M.R. Schetinger, V.M. Morsch, B. Baldisserotto, M.A. Tierno, G.
Moraes and V.L.P. Vieira, Effects of the herbicides clomazone, quinclorac, and
metsulfuron methyl on acetylcholinesterase activity in the silver catfish
108
(Rhamdia quelen) (Heptapteridae). Ecotoxicology and Environmental Safety, v.
61, p. 398-403, 2005.
MIRON, D. S., Pretto, A., Crestani, M., Glusczak, L., Schetinger, M.R., Loro,
V.L.,Morsch, V.M. Biochemical Effects of Clomazone Herbicide on Piava
(Leporinus obtusidens). Chemosphere, v. 74, p. 1-5, 2008.
MOON, T. W. Glucagon: From hepatic binding to metabolism in teleost fish.
Comparative Biochemistry and Physiology B, v.121, p. 27-34, 1998.
MORAES, S.B., Loro, L.V., Glusczak, L., Pretto, A., Menezes, C., Marchezan, E.,
Machado, de O.S. Effects of four rice herbicides on some metabolic and
toxicology parameters of teleost fish (Leporinus obtusidens). Chemosphere, v.
68, p. 1597-1601, 2007.
NIEVES-PUIGDOLLER, K., Bjornsson, B.T., McCormick, S.D. Effects of hexazinone
and atrazine on the physiology and endocrinology of smolt development in
Atlantic salmon. Aquatic Toxicology, v. 84, p. 27-37, 2007.
NIMMO, D.R. Pesticides. In: Rand, G.M.; Petrocelli, S.R. Fundamentals of aquatic
toxicology: methods and applications. New York: Hemisphere, p. 335-373, 1985.
NOLDIN, J.A. Persistência do herbicida clomazone no solo e na água quando
aplicado na cultura do arroz irrigado, sistema pré-germinado. Planta Daninha, v.
19, p. 401-408, 2001.
OLIVER, C.N., 1987. Inactivation of enzymes and oxidative modification of
proteins by stimulated neutrophils. Archive Biochemistry Biophys. 253, 62.
109
ORUÇ, E.Ö., Üner, N. Effects of 2,4 Diamin on some parameters of protein and
carbohydrate metabolisms in the serum, muscle and liver of Cyprinus carpio.
Environmental Pollution, v. 105, p. 267-272, 1999.
ORUÇ, E.Ö., USTA D. Evaluation of oxidative stress responses and neurotoxicity
potencial of diazinon in different tissues of Cyprinus carpio. Envinmental
Toxicology and Pharmacology, v. 23, p. 48-55, 2007.
PANDEY, S., Ahmad, I., Parvez, S., Bin-Hafeez, B., Haque, R., Raisuddin, S. Effect of
endosulfan on antioxidants of freshwater fish Channa punctatus Bloch.: I.
Protection against lipid peroxidation in liver by copper preexposure. Archive
Environmental Contam. Toxicology, v. 41, p. 345, 2001.
PARVEZ, S., Raisuddin, S. Protein carbonyls: novel biomarkers of exposure to
oxidative stress-inducing pesticides in freshwater fish Channa punctata
(Bloch). Environmental Toxicology and Pharmacology , v. 20, p. 112-117, 2005.
PEIXOTO, F., Alves-Fernandes, D., Santos, D., Fontaínhas-Fernandes. Toxicological
effects of oxyfluorfen on oxidative stress enzymes in tilapia Oreochromis
niloticus. Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 85, p. 91-96, 2006.
RADI, A.A.R., Hai, D.Q., Matkovics, B., Gabrielak, T. Comparative antioxidant
enzyme study in freshwater fish with different types of feeding behavior.
Comparative Biochemistry and Physiology (C), v. 81, p. 395-399, 1985.
RAHAMI, R., ABDOLLAHI, M. A review on the mechanism involved in
hyperglycemia induced by organosphosphorus pesticides. Pesticide
Biochemistry and Physiology, v. 88, p. 115-121, 2007.
RAND, G.M., PETROCELLI, S.R. Introduction. In: Rand, G.M., Petrocelli, S.R. (Eds.),
Fundamentals of Aquatic Toxicology: Methods Applications. Hemisphere, London,
UK, p. 1-28, 1985.
110
REIMCHE, G.B. Persistência na água e influência de herbicidas utilizados na
lavoura arrozeira sobre a comunidade zooplanctônica de Cladocera,
Copepoda e Rotifera. Ciência Rural, v.38, n.1, p.7-13, 2008.
RESGALLA JÚNIOR, C. Toxicidade aguda de herbicidas e inseticidas utilizados
na cultura de arroz irrigado sobre juvenis de carpa (Cyprinus carpio).
Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, v. 12, p. 59-68, 2002.
RIOBOON, C., Prado, R., Herrero, C., Cid, A. Population grrowth study of the
rotifer Brachionus sp. Fed with triazine-exposed microalgae. Aquatic
Toxicologic, v. 83, p. 247-253, 2007.
RODRIGUES, N. R., Almeida, F. S. Guia de Herbicidas, 4ª ed., 137-142, 1998.
RODRIGUES, B.N., Almeida, F. S. Guia de Herbicidas, 5
a
ed. Londrina: IAPAR, 2005,
592p.
ROEX, E.W.M., Keijzers, R., Van Gestel, C.A.M. Acetylcholinesterase inhibition and
increased food consumption rate in the zebrafish, Danio rerio, after chronic
exposure to parathion. Aquatic Toxicology, v. 64, p. 451-460, 2003.
SAGLIO, P., Trijasse, S. Behavioral responses to atrazine and diuron in goldfish.
Archive Environmental Contam. Toxicology, v. 35, p. 484-491, 1998.
SAHIB, I.K.A., Sambasiva Rao, K.R.S., Ramana Rao, K.V. Effects of malathion on
protein synthethic potentioality of the tissues of the teleost, Tilapia
mostambica (Peters), as measured through incorporation of (14C) amino
acids. Toxicology Letters, v. 20, p. 63-67, 1984.
111
SANCHO, E., Ferrando, M.D., Andreu, E. Sublethal effects of an organophosphate
insecticide on the European eel, Anguilla anguilla. Ecotoxicol. Environ. Saf. 36,
57-65, 1997.
SANCHO, E.; Ferrando, M.D.; Fernández, C. et al. Liver energy metabolism of
Anguilla anguilla after exposure to fenitrothion. Ecotoxicology and
Environmental Safety, v. 41, p. 168-175, 1998.
SANCHO, E., Cerón, J.J., Ferrando, M.D. Cholinesterase activity and
hematological parameters as biomarkers of sublethal molinate exposure in
Anguilla anguilla. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 46, p. 81-86, 2000.
SAYEED, I., Parvez, S., Pandey, S., Bin-Hafeez, B., Rizwanul, H., Raisuddin, S.
Oxidative stress biomarkers of exposure to deltamethrin in freshwater fish,
Channa punctatus Bloch. Ecotoxicol Environ Saf 56, 295-301, 2003.
SCOTT, G.R., Sloman, K.A. The effects of environmental pollutants on complex
fish behaviour: integrating behavioural and physiological indicators of
toxicity. Aquatic Toxicology, v. 68, p. 369-392, 2004.
SEIM, W.K.; Boyd, C.E.; Diana, J.S. Environmental Considerations. In: EGNA, H.S.;
BOYD, C. E. Dynamics of Pond Aquaculture, CRC Press, New York, 1997, p. 163-
182.
SENSEMAN, S.A. Herbicide Handbook. Weed Science Society of America, Ninth
Edition, 2007, 458p.
SEVGILER, Y., Oruç, E. O., Üner, N. Evaluation of etoxazole toxicity in the liver of
Oreochromis niloticus. Pesticide Biochemistry Physiology, v. 78, p. 1-8, 2004.
112
SOLOMON, K.R. Advances in the evaluation of the toxicological risks of
herbicides to the environment. In: Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas
Daninhas, 21, Caxambu. Caxambu, MG: SBCPD, p. 163-172, 1997.
SOREQ, H., Seidman, S. Acetylcholinesterase-new roles for an old actor. Nature
Reviews Neuroscience, v. 2, p. 294-302, 2001.
SOSO, A.B., Barcellos, L.J.G., Ranzani-paiva, M.J., Kreutz, L.C., Quevedo, R.M.,
Anziliero, D., Lima, M., Silva, L.B., Ritter, F., Bedin, A.C., Finco, J.A. Chronic
exposure to sub-lethal concentration of glyphosate-basead herbicide alters
hormone profiles and effects reproduction of female jundiá (Rhamdia quelen).
Environental Toxicology and Pharmacology, v. 23, p. 308-313, 2007.
SUAREZ R.K.,Mommsen T.P. Gluconeogenesis in teleost fishes. Canadian Journal
Zoology, v. 65, p. 1869-1882, 1987.
TOMASSO, J.R. Toxicity of nitrogenous wastes to aquaculture animals. Reviews in
Fisheries Science, v.2, n.4, p. 291-314, 1994.
TREZZI, M.M., Kruse, N.D., Vidal, R.A., Inibidores de EPSPS. 1
a
ed.. In: Vidal, R.A.,
JR. Merotto, A., Herbicidologia, Porto Alegre, 2001. 152 p.
ÜNER, N., Oruç, E., Sevgiler,Y. Oxidative stress-related and ATPase effects of
etoxazole in different tissues of Oreochromis niloticus. Environmental
Toxicology Pharmacology, v. 20, p. 9–106, 2005.
ÜNER, N., Oruç, E.O , Sevgiler, Y., Sahin, N., Durmaz, H.,Usta, D. Effects of
diazinon on acetylcholinesterase activity and lipid peroxidation in the brain of
Oreochromis niloticus. Environmental Toxicology Pharmacology, v. 21, p. 241-
245, 2006.
113
VAL, A.L.; Val, V.M.A.; Randall, D.J. Physiology and biochemistry of the fishes of
the Amazon. Manaus, 1996, 420p.
VEJA, F.C., Sancho, E., Ferrando, M.D., Andreu, E. Thiobencarb-induce changes in
acetylcholinesterase activity of the fish Anguilla anguilla. Pesticide
Biochemistry and Physiology, v. 72, p. 55-63, 2002.
VENCIL, W.K., Armbrust, K., Hancock, H.G. Herbicide Handbook, 8
a
ed. Lawrence:
Weed Science Society of America, p. 103-107, 2002.
WINSTON, G.W. Oxidants and antioxidants in aquatic animals. Comparative
Biochemistry and Physiology, v. 100, n° ½, p. 173-176, 1991.
YANG, P.Z., Morrow, J., Aiping, W., Roberts, L.J., Dettbarn, W.D.,
Diisopropylphosphorofluoridade-induced muscle hyperactivity associated
with enhanced lipid peroxidation in vivo. Biochemistry Pharmacology, v.52, p.
357-361, 1996.
YI, X, Ding, H., Lu, H., Zhang, M., Jiang, W. Effects of long-term alachlor exposure
on hepatic antioxidant defense and detoxifying enzyme activities in crucian
carp (Carassius auratus). Chemosphere, v. 68, p. 1576-1581, 2007.
ZANELLA, R., Primel, E. G., Machado, S. L. O., Gonçalves, F. F., Marchezan, E.
Monitoring of the Herbicide Clomazone in Environmental Water Samples by
Solid-Phase Extraction and High-Performace Liquid Chromatography with
Ultraviolet Detection. Cromatographia, v. 55, p. 573-577, 2002.
ZANIBONI FILHO, E., Schulz, U. H. . Migratory Fishes of the Uruguay River. In:
Joachim Carolsfeld; Brian Harvey; Carmen Ross; Anton Baer. (Org.). Migratory
Fishes of the South America: Biology, Social Importance and Conservation Status.
Victoria, Canadá: World Fisheries Trust / IDRC / World Bank, p. 157-194, 2003.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo