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Ana Carolina Lourenço Amorim
Pitangueira (Eugenia uniflora L.):
Fitoquímica e Avaliação Farmacológica do
Óleo Essencial Bruto e Frações.
IQ/PGQO
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA
Pitangueira (Eugenia uniflora L.): Fitoquímica e Avaliação Farmacológica
do Óleo Essencial Bruto e Frações.
ANA CAROLINA LOURENÇO AMORIM
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Química Orgânica, como requisito visando à
obtenção do grau de Doutor em Ciências, junto
ao Instituto de Química da Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
Orientadora:
Dr.
a
Claudia Moraes de Rezende
Co-Orientadora:
Dr.
a
Ana Luísa Palhares de Miranda
Rio de Janeiro
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
AMORIM, Ana Carolina Lourenço
Pitangueira (Eugenia uniflora L.): Fitoquímica e Avaliação Farmacológica do Óleo
Essencial Bruto e Frações.
Rio de Janeiro, UFRJ, IQ, 2007
XI, 216 f.
TESE: Doutor em Ciências (Química Orgânica)
1. Eugenia uniflora L. 2. Furanosesquiterpeno 3. CGAR. 4. Óleo essencial 5.
Atividade antinoceptiva.
I. Universidade Federal do Rio de Janeiro
II. Título
A minha avó Clélia pelo amor incondicional e admiração;
Ao meu marido Wilton pelo laços de amor, paciência e compreensão;
Pelos meus pais de coração pela oportunidade e amor
Pelos meus pais pelo dom da vida e amor,
Dedico
AGRADECIMENTOS
A Deus e aos bons espíritos protetores.
A minha família cujo apoio, amor e incentivo foram de fundamental importância.
Ao meu esposo Wilton, ao amor, amizade, carinho e acima de tudo paciência.
A Dra. Claudia Resende pela dedicação, ensinamentos e amizade.
A Dra. Ana Luisa P. Miranda pelo auxílio nos ensaios farmacológicos e sua disposição
em ajudar.
Ao Prof. Dr. Ângelo C. Pinto por disponibilizar o seu laboratório e pelo convívio e
amizade.
Ao Dr. Kaiser pelas análises de Ressonância Magnética Nuclear.
Ao Ricardo Bezerra pelas análises no polarímetro e pelos auxílios imprescindíveis no
CGAR-EM.
Ao Laboratório do Dr. Joel Jones Junior e Dra. Flávia M. da Silva por disponibilizar o
polarímetro.
Ao CNPq pela concessão da Bolsa.
A Bárbara Zellner por disponibilizar o óleo essencial de Mirra e acima de tudo pela
amizade e carinho.
Aos professores e funcionários do Departamento de Química Orgânica.
A querida Paula Rocha, pelo auxílio nas coletas de material vegetal e a sua amizade.
Aos colegas do Laboratório 626-A, 621 e LASSBio.
Aos amigos Eduardo, Marluce, Silvia Oigman, Lílian, Adriana, Jorge, Rodolfo,
Zenildo, Anderson, Áurea, Priscila e Silvia Fontes.
Use o tostão que sobra
E que em nada te aproveita,
Dar sempre é exemplificar
a caridade perfeita!
Caridade é, muitas vezes,
Fazer-se sempre o menor,
Está na luz da Humildade
A caridade melhor.
Caridade é perdoar
A quem te causa uma dor
É converter todo o espinho
Numa braçada de flor.
Caridade, enfim, na Terra
É buscar a perfeição,
A perfeição de si mesmo
No templo do coração.
Casimiro Cunha (Psicografado por Francisco Cândido Xavier, 1938)
SUMÁRIO
p.
Lista de Figuras i
Lista de Tabelas iii
Lista de Gráficos v
Lista de Abreviaturas e siglas vi
Lista de Reagente, Equipamentos e Acessórios para o CG vii
Resumo viii
Abstract ix
1. INTRODUÇÃO 22
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24
2.1 Produtos naturais 24
2.2 Óleos essenciais 29
2.2.1 Aspectos gerais e importância econômica 29
2.2.2 Métodos de extração 35
I Hidrodestilação 35
II Destilação por arraste à vapor 35
III Extração por solventes 36
IV Prensagem ou expressão 36
V Extração por CO
2
supercrítico 36
VI Extração por microondas 37
VII Extração por água subcrítica contínua 38
2.2.3 Atividades biológicas 38
2.2.4 Sinergismo e antagonismo 49
2.3 Considerações gerais sobre terpenos 54
2.3.1 Classificação 54
2.3.2 Biossíntese 54
I Rota mevalonato 54
II Rota independente do mevalonato 57
III Fenilpropanóides 60
2.3.3 Biossíntese dos sesquiterpenos 61
2.3.4 Degradação de terpenos 63
2.3.5 Furanosesquiterpenos: ocorrência e atividades farmacológicas 67
2.4 Sitemática Vegetal 73
2.4.1 Família Myrtaceae 73
2.4.2 Eugenia uniflora L 73
I Descrição botânica 73
II Composição química 74
III Atividades farmacológicas 78
2.5 Mecanismo da dor e da inflamação 80
3. OBJETIVOS 83
3.1 Objetivos gerais 83
3.2 Objetivos específicos 83
4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL 84
4.1 Coleta do material vegetal 84
4.2 Secagem e envelhecimento 84
4.3 Extração do óleo essencial 85
4.4 Cromatografia em coluna aberta do óleo essencial 85
4.5 Isolamento do sesquiterpeno furanóide 86
4.6 Identificação dos óleos essenciais e do sesquiterpeno furanóide. 87
4.6.1 Cromatografia em fase gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CGAR-
EM).
87
4.6.2 Determinação do Índice de Retenção Linear (IRL) 87
4.6.3 Ressonância Magnética Nuclear - RMN 88
I Experimentos unidimensionais 88
II Experimentos bidimensionais 89
4.6.4 Cromatografia em camada delgada (CCD) 89
4.6.5 Rotação Específica dos Óleos Essenciais de Eugenia uniflora L. 89
4.7 Variação sazonal 89
4.8 Estimativa do teor do sesquiterpeno majoritário 90
4.9 Ensaios farmacológicos 90
4.9.1 Atividade analgésica 90
4.9.2 Atividade antiinflamatória 91
4.9.3 Avaliação estatística 91
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
92
5.1 Caracterização química e variação sazonal do óleo essencial
92
5.2 Secagem e envelhecimento do óleo essencial
108
5.3 Variação do rendimento do óleo essencial
115
5.4 Separação por CLC do óleo essencial da pitangueira
117
5.5 Isolamento do furanosesquiterpeno majoritário
121
5.6 Identificação do sesquiterpeno furanóide majoritário por RMN
126
5.7 Estimativa do teor de atractilona e do furanoeudesma-3-eno
135
5.8 Atividades farmacológicas
137
5.8.1 Atividade analgésica 137
5.8.2 Atividade antiinflamatória 143
6.
CONCLUSÕES
145
7.
ANEXOS
147
Anexo A – Espectros de Massa
147
Anexo B – Espectros de RMN
163
Anexo C – Espectro de Infravermelho
180
8.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
186
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Sesquiterpenos furanóides presentes na E. uniflora (Ogunwande et al., 2005) 23
Figura 02 Princípios ativos importantes isolados de produtos naturais 25
Figura 03 Exemplos de terpenóides presentes em óleos essenciais com função biológica conhecida 29
Figura 04 Monoterpenos de importância industrial 30
Figura 05 Substâncias isoladas de óleos essenciais com atividades farmacológicas relatadas 42
Figura 06 Monoterpenos que apresentam efeito sinérgico 50
Figura 07 Isobolograma descrevendo a interação zero entre a dose de A e B no mesmo nível de
atividade, por exemplo, LD
50
. A linha tracejada reta representa a dose isoefetiva (Nelson
& Kursar, 1999).
52
Figura 08 Isobolograma representando o sinergismo entre o composto A e B (Nelson & Kursar,
1999)
52
Figura 09 Isobolograma representando o antagonismo entre o composto A e B (Nelson & Kursar,
1999)
53
Figura 10 Biogênese dos terpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006) 56
Figura 11 Rota dos terpenos independente do mevalonato (Adaptado de Withers & Keasling, 2007) 58
Figura 12 Compostos envolvidos no estudo da engenharia biossintética 60
Figura 13 Biogênese de sesquiterpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006 e Sangwan et al., 2001) 61
Figura 14 Esqueletos de sesquiterpenos comuns (Dicionário de Produtos Naturais, 2004) 62
Figura 15 Rearranjos sofridos pelos Germacrenos 63
Figura 16 Sesquiterpenos formados pelo rearranjo de Cope 64
Figura 17 Sensibilidade de sesquiterpenos ao calor e a condições ácidas 64
Figura 18 Rearranjo do Germacreno D sob ação da sílica gel 65
Figura 19 Degradação de monoterpenos em alumina 65
Figura 20 Efeito da Temperatura na estabilidade de monoterpenos sob 30 minutos de aquecimento
em água (Adaptado de Yang et al., 2007).
66
Figura 21 Terpenos degradados no Tenax 67
Figura 22 Furanosesquiterpenos presentes em C. myrrha 68
Figura 23 Furanosesquiterpenos presentes em C. molmol 68
Figura 24 Furanosesquiterpenos encontrados nos gêneros Atractyloides e Curcuma 69
Figura 25 Sesquiterpenos furanóides encontrados no gênero Smyrnium 70
i
Figura 26 Sesquiterpenos furânicos encontrados nos gêneros Gnidia, Merremia, Lindera e
Neolitsea
71
Figura 27 Sesquiterpenos furânicos encontrados em espécies marinhas 72
Figura 28 Pitangueira (Eugenia uniflora L.) 74
Figura 29
Terpenos presentes no óleo essencial das folhas de E. uniflora 76
Figura 30 Compostos fenólicos, taninos e carotenóides encontrados na Pitangueira 77
Figura 31 Fluxograma da produção dos mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório
(Fonte: Lüllmann, 2000)
82
Figura 32 Acondicionamento das folhas secas da Pitangueira 84
Figura 33 Cromatograma total de íons do óleo essencial da pitangueira obtido no mês de Fevereiro 92
Figura 34 Rearranjo de Retro Diels Alder de sesquiterpenos furanóides 95
Figura 35
Rearranjo de Cope da germacrona em β-elemenona
95
Figura 36 Alguns sesquiterpenos caracterizados por CGAR-EM no óleo da E. uniflora L. 98
Figura 37 Terpenos presentes em diversas espécies vegetais 105
Figura 38 Cromatograma total de íons do óleo essencial das folhas secas (7 dias) da pitangueira. 108
Figura 39 Cromatograma total de íons das frações obtidas por CLC do óleo essencial da pitangueira 118
Figura 40 Frações de óleo de Pitangueira obtidas a partir de CLC empregando pentano como
eluente.
121
Figura 41 Cromatograma dos óleos de Mirra, Pitangueira e de ambos coeluídos com seus
respectivos espectros de massa correspondentes ao sesquiterpeno furanóide majoritário.
123
Figura 42 Cromatograma total de íons e espectro de massas do sesquiterpeno furanóide majoritário
da E. uniflora L.
124
Figura 43 Cromatografia em camada fina do óleo essencial de pitangueira (OEP), da fração obtida
por pentano por CLC impregnada por KOH (FP), do sesquiterpeno majoritário isolado
(FI) e do óleo essencial de mirra (OEM).
125
Figura 44 Numeração fornecida aos carbonos nos sesquiterpenos furanóides. 126
Figura 45 Espectro de RMN
13
C (75 MHz) e RMN
1
H (300 MHz) da mistura de sesquiterpenos. 128
Figura 46 Estrutura química e a numeração fornecida para a atractilona [145]. 130
Figura 47 Estrutura química e a numeração fornecida para o furanoeudesmano-3-eno [168]. 132
Figura 48 Estrutura do 1,2-diiidrotubipofurano [216] 134
ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Fármacos obtidos a partir de produtos naturais ou derivados, lançadas nos Estados
Unidos, Europa ou Japão entre os anos de 2000 e 2003.
26
Tabela 02 Espécies vegetais de importância para a Indústria e Comércio de óleos essenciais de
diferentes regiões geográficas.
31
Tabela 03 Exportação do d-Limoneno por ano/safra. 32
Tabela 04 Exportação de óleos essenciais no Brasil. 33
Tabela 05 Terpenóides com atividades biológicas comprovadas. 43
Tabela 06 Associações aprovadas entre óleos essenciais na comissão alemã de monografias. 50
Tabela 07 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira avaliados
em dois turnos durante o mês de fevereiro de 2006.
93
Tabela 08 Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de
Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de
Fevereiro de 2006.
97
Tabela 09 Teor de sesquiterpenos hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído
durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.
97
Tabela 10 Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide majoritário presente no óleo
essencial da E. uniflora, extraído no mês de fevereiro, durante os turnos diurno e
vespertino.
98
Tabela 11 Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Fevereiro de 2006. 98
Tabela 12 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira avaliados
durante o mês de junho de 2006.
99
Tabela 13 Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de
Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de junho
de 2006.
101
Tabela 14 Teor de sesquiterpenos do tipo hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga,
extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de
2006.
102
Tabela 15 Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide majoritário presente no óleo
essencial da E. uniflora, extraído no mês de junho, durante os turnos diurno e
vespertino.
102
iii
Tabela 16 Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Junho de 2006. 103
Tabela 17 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira cultivada
no CCS-UFRJ
106
Tabela 18 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos
de folhas secas durante o mês de junho de 2006
109
Tabela 19 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos
de folhas secas durante o mês de junho de 2006, durante 3 meses de armazenamento.
111
Tabela 20 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presente no óleo
essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
114
Tabela 21 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos hidroxilados presente no óleo essencial da
E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
114
Tabela 22 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da E.
uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
115
Tabela 23 Rendimento do Óleo Essencial de Pitanga extraído durante turnos diferentes e em
dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.
115
Tabela 24 Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas por 1 semana 116
Tabela 25 Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas envelhecidas 117
Tabela 26 Caracterização química por CGAR-EM das frações obtidas por CLC do óleo
essencial de Eugenia uniflora.
119
Tabela 27 Deslocamentos químicos de RMN
13
C (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1
(Majoritário) e do furanosesquiterpeno 2, do Curzereno, do Furanodieno
.
127
Tabela 28 Deslocamentos químicos de RMN
1
H (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e 2, do
Curzereno, do Furanodieno.
129
Tabela 29 Deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C do Furanosesquiterpeno 1 e da
Atractilona.
130
Tabela 30 Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para o
Furanosesquiterpeno 1.
131
Tabela 31 Deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C do Furanosesquiterpeno 2 e do
furanoeudesmano-3-eno [168].
133
Tabela 32 Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para o
Furanosesquiterpeno 2.
133
iv
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 Revistas indexadas com maior número de publicações na área de óleos
essenciais
34
Gráfico 02 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da
Pitangueira no mês de fevereiro
96
Gráfico 03 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da
Pitangueira no mês de junho
103
Gráfico 04 Comparação entre os grupos químicos presentes nos óleos essenciais da
pitangueira nos meses de fevereiro e junho
101
Gráfico 05 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da
Pitangueira obtido de folhas secas durante 1 semana
111
Gráfico 06 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da
Pitangueira obtido de folhas secas armazenadas durante 3 meses
113
Gráfico 07 Correlação entre as áreas absolutas dos sesquiterpenos furanóides
majoritários e suas concentrações
136
Gráfico 08 Atividade analgésica do óleo essencial da Pitangueira 137
Gráfico 09 Atividade analgésica das frações obtidas do óleo essencial da Pitangueira 138
Gráfico 10 Relação Dose Resposta do Óleo essencial da Pitangangueira e da fração de
pentano
139
Gráfico 11 Atividade analgésica do óleo essencial, fração pentano e produto isolado da
pitangueira a 100mg/kg
140
Gráfico 12 Atividade analgésica do óleo bruto obtido de folhas envelhecidas por 3 meses 142
Gráfico 13 Atividade analgésica do óleo essencial obtido do CCS 142
Gráfico 14 Avaliação da atividade antiinflamatória do óleo essencial bruto da
Pitangueira (200mg/Kg)
144
v
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
α-TNF α-Interferon
AA Ácido Araquidônico
CCD Cromatografia em camada delgada
CGAR-EM Cromatografia gasosa de alta resolução acoplada a espectrometria de massas
CG-EM Cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas
CLC Cromatografia líquida em coluna aberta
COX Ciclooxigenase
HD Hidrodestilação
HMG-CoA Hidróximetilglutaril-CoA sintetase
FPP Farnesilpirofosfato
GG-PP Geranilgeranilpirofosfato
IL Interleucina
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
IPP Isopentenilpirofosfato
IRL Índice de retenção linear
IspC Deoxi xilulose redutase
LOX Lipoxigenase
MAD
Microwave accelerated distillation
m/z Razão massa carga
NF- κB Fator nuclear κB
PA Pitangueira coletada no Bloco A do Instituto de Química da UFRJ
PH Pitangueira coletada no Bloco H do Centro de Ciência da Saúde da UFRJ
PGHS Prostaglandina endoperóxido sintase
PGE
2
Prostaglandina E
2
PLA
2
Fosfolipase A
2
RMN Ressonância magnética nuclear
SWE
Superheated water extraction
USPTO
United states patent and trademarks office’s
vi
LISTA DE REAGENTES, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS PARA CG
Evaporador rotatório com
sistema de resfriamento
Marconi Equipamentos e Calibração para
Laboratórios – MA120/ TECNAL – TE-184
Estufa Icamo – Modelo 3
Cromatógrafo a Gas Hewlett Packard 5890A
Espectrômetro de Massas Agilent 5973 Mass selective Detection
Coluna cromatográfica DB-1 J & W Scientific Inc. 30m X 0,25mmX0,25μm
Sistema de Resfriamento para
extração do óleo essencial
Modelo Themp-Term B250
Aparelho de Ponto de Fusão Mel Temp II- Laboratory Devices Inc. USA
Polarímetro Jasco DIP-370 Digital Polarimeter
Espectrofotômetro de
Infravermelho
Marca Shimadzu DR 8021
Equipamento de RMN Bruker 300MHz
Sílica Gel para CLC Merk – 70-230Mesh
Pentano Grau HPLC-Tedia
Diclorometano P.A- Tedia
Metanol P.A-Vetec
Hidróxido de Potássio Vetec
Ácido Fórmico Control
Hidróxido de Amônia Solução aquosa 28-30% - Tédia
Padrões de n-alcanos Aldrich
Tween 80 Isofar
Clorofórmio Deuterado Cambridge Isotope Laboratories Inc.
Hexano Tédia
Isopropanol Vetec
Ácido Sulfúrico Isofar
vii
RESUMO
Foram investigadas a composição química e atividade biológica do óleo essencial de E.
uniflora L.. Por CGAR-EM avaliou-se a interferência da sazonalidade no perfil químico do óleo
essencial extraído das folhas coletadas no Centro de Tecnologia da UFRJ, durante cinco dias dos
meses de fevereiro e junho, em diferentes turnos. Não houve diferença significativa na composição
química entre os meses avaliados e a média dos principais constituintes do óleo essencial foi:
espatulenol (5,0%), β-elemeno (3,7%), γ-elemeno (2,9%) e um sesquiterpeno furanóide (32,4%) com
IRL=1467 não identificado. Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada
uma extração do óleo essencial das folhas coletadas no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. A
porcentagem dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto para os óleos obtidos dos exemplares do CCS
foi maior que do CT.
Com o objetivo de determinar a estabilidade do óleo essencial da pitangueira foram analisados
os óleos de folhas secas por 1 semana e folhas secas armazenadas por 3 meses por CGAR-EM. Foi
observado diferenças no perfil químico apenas para as folhas envelhecidas, apresentando um
percentual maior de espatulenol (11,4%). A média do rendimento dos óleos essenciais obtidos de
folhas frescas foi de 0,73%, não havendo diferença significante entre os turnos. Quanto ao rendimento
dos óleos obtidos de folhas secas e envelhecidas, o teor médio foi de 1,6% e 0,98% respectivamente.
O isolamento do sesquiterpeno com IRL=1467 foi realizado por filtração com metanol a frio.
Foi caracterizado inicialmente por CGAR-EM com 95% de pureza, submetido a análises de RMN e
identificado como uma mistura de atractilona e seu isômero, furanoeudesmano-3-eno.
Foram avaliados a atividade analgésica e antiinflamatória do óleo essencial e frações da
pitangueira. O óleo essencial e a fração pentano, na dose de 200mg/kg, promoveram uma inibição
significativa do número de contorções (48,18% e 71,13%). Considerando a atividade analgésica do
óleo e da fração pentano foram realizados ensaios para a obtenção de curvas dose-resposta (50, 100,
200 e 500mg/kg). Os resultados indicaram um efeito analgésico dose-dependente. Visto que a
atractilona e o furanoeudesmano-3-eno estão presentes na fração pentano, foi realizado o ensaio
empregando os produtos isolados. Na dose de 100mg/kg a atividade pode ser atribuída aos
sesquiterpenos furanóides, em conseqüência da inibição do número de contorções (70,78%). O óleo
essencial da pitangueira não apresentou atividade antiinflamatória significativa, na dose de 200mg/kg,
empregando o ensaio de edema de orelha.
viii
ABSTRACT
The chemical composition and biological activity of E. unifora L. essential oil were
studied. Using HRGC-MS, the seasonal interference on the essential oil chemical profile was
investigated. Oils were extracted from leafs collected in Centro de Tecnologia / UFRJ Campus,
during five days, from February thru June, in different turns. No significant difference on the
chemical composition was observed between the evaluated months, and the average of the mainly
components was: spathulenol (5.0%), β-elemene, (3.7%), γ-elemene (2.9%) and a furanoid
sesquiterpene (32.4%) with LRI=1467 not identified. To evaluate the conformity of different
examples of pitangueira, another essential oil was obtained from leafs collected in Centro da
Saúde- UFRJ campus. Hydrocarbon sesquiterpenes from this oil were higher than from CT, due to
higher contents of β- e γ-elemenes and of compounds not identified which LRI were 1806 and
1929. To determine the stability of pitangueira essential oil leafs were dried for 1 week and also
stored for 3 months. No difference on the chemical profile of the oil obtained from leafs dried for 1
week was observed by HRGC-MS. The percentage of spathulenol from the oil extracted from old
leafs was in a higher amount (11.41%). The mean yield of the essential oils obtained from fresh
leafs, in different turns was 0.75%, and no significative difference was observed between them.
About the yield of the essential oils obtained from dried and old leafs, the mean value was 1.60%
and 0.98%, respectively. The major component of the oil (LRI=1467) was isolated after filtration
with cold methanol. The product showed 95% purity by HRGC-MS. By NMR analyses a mixture
of atractylone and an isomer furanoeudesman-3-ene was observed.
The analgesic and anti-inflammatory activities of the essential oil and fractions were
evaluated. In a dose of 200mg/kg of the essential oil and the pentane fraction showed a significant
inhibition on contortions number (48.18% and 71,13%). Considering the analgesic activity of the
crude essential oil and the pentane fraction other doses were tested (50, 100, 200 and 500 mg/kg)
and the results showed a dose-dependent analgesic effect. Since atractylone and furanoeudesman-
3-ene were the major compounds present in pentane fraction, the isolated product was tested. At
the dose of 100 mg/kg a reduction in writhing response of 70.78% was observed and this activity
could be associated to both compounds. The essential oil of pitangueira did not shown significant
anti-inflammatory activity, at proportion of 200mg/kg, applying the ear’s edema test.
ix
22
1. INTRODUÇÃO
A riqueza e diversidade da flora brasileira fazem do nosso País um laboratório natural
para a química de produtos naturais, desde o isolamento de substâncias até a sua produção e
comercialização. A área de Produtos Naturais é considerada um ponto de referência na
busca de protótipos de moléculas bioativas. Centros de pesquisa governamentais e privados
atuam envolvendo áreas distintas (Botânica, Química, Farmacologia e Biotecnologia) e
equipes multidisciplinares integradas e empregam técnicas modernas na busca de possíveis
fármacos.
Os óleos essenciais são de grande interesse não apenas no campo acadêmico, mas
também na área alimentícia, de fragrâncias, cosméticos e produtos farmacêuticos. Há
inúmeras pesquisas científicas envolvendo o estudo químico destes produtos e suas
atividades biológicas. Devido à complexidade da composição química destes óleos, a
avaliação da atividade biológica de substâncias isoladas ainda é pequena, assim como as
publicações em que se avalia a relação entre a estrutura química e a atividade destes
produtos. Vale ressaltar que não é incomum a associação do efeito farmacológico aos
componentes majoritários destes óleos que não são necessariamente os responsáveis pela
ação biológica observada. Neste contexto, é preciso considerar ainda a relação de
sinergismo ou antagonismo entre os componentes, observada em determinadas situações.
Em particular, uma das classes químicas presentes nos óleos essenciais com notáveis
atividades farmacológicas é a dos sesquiterpenos.
Dentre as espécies vegetais cujos óleos essenciais são ricos em sesquiterpenos e
apresentam crescente importância na indústria brasileira destaca-se a Eugenia uniflora L.,
pertencente a família Myrtaceae e popularmente conhecida como pitangueira. Apresenta-se
como uma árvore de distribuição bastante cosmopolita e muito apreciada em conseqüência
de seus frutos saborosos e folhas aromáticas muito empregadas em chás. Seu uso atual está
focado na indústria de cosméticos.
A composição química do óleo essencial da Pitangueira apresenta-se ainda confusa.
Publicações citam como componentes majoritários ora o isofuranogermacreno ou curzereno
[1], ora o furanodieno [2] (Ogunwande, et al., 2005).
23
O
H
O
[1]
[2]
Figura 01: Sesquiterpenos furanóides presentes na E. uniflora (Ogunwande et al., 2005)
É conhecida a dificuldade de identificação por CG-EM desta classe particular de
metabólitos, os sesquiterpenos furanóides. São grupos que sofrem alterações devido a
sensibilidade ao calor (rearranjo de Cope), ou ao emprego de determinados solventes.
Assim, a interpretação fornecida anteriormente pela literatura especializada a respeito do
componente principal da pitangueira ainda é controversa.
Considerando o apelo que a pitangueira traz, atualmente, não apenas no âmbito
científico, porém também para a indústria farmacêutica, é de grande importância estudar a
composição química deste óleo essencial, avaliar possíveis atividades biológicas atribuídas
à espécie, determinar a estabilidade do produto frente ao envelhecimento e realizar análises
da variação sazonal dos óleos.
24
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Produtos naturais
Sociedades antigas empregavam popularmente plantas medicinais na cura de
moléstias e geralmente a descoberta das atividades farmacológicas das plantas era obtida ao
acaso ou a partir da observação dos animais. O uso de plantas pelos indígenas e aborígines,
por exemplo, contribuíu muito para o desenvolvimento da medicina (Khine, 2006). Um
exemplo curioso do uso de plantas medicinais é o emprego de ervas alucinógenas em rituais
pagãos ou na preparação de poções consideradas mágicas (Barreiro, 2001).
Indícios arqueológicos de 4000 anos a.C. sugerem o emprego do ópio pelos
Sumérios, com a função soporífera, narcótica e analgésica. Este produto lactífero extraído
da papoula (Papaver soniferum) era bem conhecido pela cultura grega. Hipócrates
preconizou um grande número de estudos a cerca das propriedades dos vegetais na cura de
doenças.
Documentos egípcios citam o uso de folhas de salgueiro branco (Salix alba) como
agente febrífugo. Em 1825, a partir desta valiosa informação, os químicos isolaram de suas
cascas a salicina [3] que posteriormente foi convertida a ácido salicílico [4], com
conseqüente comprovação da eficácia do produto como um potente agente antipirético.
Para sobrepujar seu efeito adverso no trato gastrointestinal, a substância sofreu uma
acetilação, resultando na produção do ácido acetilsalicílico [5] (Aspirina
®
) e na sua
comercialização realizada inicialmente pela Bayer, na Alemanha (Hostettman, 2003).
Atualmente, a Aspirina
®
também é empregada em pacientes com riscos cardíacos ou
cerebrais, em função da diminuição da agregação plaquetária.
No século XIX, com o início da química farmacêutica, as plantas passaram a
representar uma fonte de substâncias para o desenvolvimento de medicamentos
(Hostettman, 2003). Em 1804, o constituinte majoritário da Papoula foi isolado, a morfina
[6] (referência ao Deus do sono, Morfeu), por Armand Séquin. Posteriormente, o
farmacêutico Wilhem Setürner demonstrou o potente efeito narcótico deste alcalóide ao
experimentá-lo em seu próprio cão.
Desde então, outros fármacos de categorias terapêuticas distintas foram descobertos
a partir de produtos naturais. A quinina [7], isolada das cascas de Cinchona spp. por
Pelletier e Caventou (1820); a atropina [8] , obtida a partir da espécie Atropa belladona
25
(Solanaceae) com efeito dilatador das pupilas; os glicosídeos cardiotônicos
(Digitoxigenina) [9] obtidos de espécies de Digitalis e que promovem a diminuição da
freqüência cardíaca e outros (Hostettman, 2003).
Na América do Sul, o curare usado em flechas por tribos indígenas amazônicas deu
origem a descoberta de um poderoso relaxante muscular. Seu princípio ativo, isolado em
1935 a partir de uma trepadeira (Chondondendron tomentosum Ruiz. et Pav.), inspirou o
desenvolvimento de bloqueadores ganglionares (Barreiro, 2001).
Outro sucesso no desenvolvimento de medicamentos obtidos de produtos naturais
foram os alcalóides indólicos diméricos vincristina [10] e a vimblastina [11]. Obtidos da
Catharantus rosea, esses fármacos atuam como poderosos agentes antineoplásicos
(Barreiro, 2001). Atualmente a vimblastina [11] é comercializada pela indústria Eli Lilly,
com o nome comercial de Velban
®
.
OH
O
Glc
OH
OH
COOH
OAc
[3]
[4]
[5]
HO
H
N
O
HO
[6]
N
H
3
CO
HO
N
H
H
H
[7]
N
O O
OH
[8]
OH
H
HO
O
O
[9]
N
H
N
HO
O
O
O
N
R
N
H
O
OH
O
O
O
[10] R= H
[
11
]
R= CHO
O
H
Figura 02: Princípios ativos importantes isolados de produtos naturais
26
De acordo com Butler (2004), medicamentos derivados de produtos de origem
natural (abrangendo não apenas os vegetais) estão bem representados, considerando os
fármacos legalizados e comercializados entre os anos de 2000-2003 (Tabela 01).
Tabela 01: Fármacos obtidos a partir de produtos naturais ou derivados, lançadas nos
Estados Unidos, Europa ou Japão entre os anos de 2000 e 2003.
Ano Nome Estrutura Química
de Partida
Companhia Efeito
Terapêutico
Produto natural
2000 Arteether
Artemotil
®
Artemisinina Artecef BV (Central
Drug Institute)
Antimalárico Semi-sintético, obtido da
Artemísia annua
2001 Ertapenem
Invans
®
Tienamicina Merck (AstraZeneca) Antibacteriano Sintético
Estrutura baseada na
tienamicina isolada do
Streptomyces cattleya
2001 Caspofungin
Cancidas
®
Pneumocandin B Merck (Merck) Antifúngico Semi-sintético
Isolado originalmente do
Glarea lozoyensis
2001 Telithromycin
Ketek
®
Eritromicina Aventis (Aventis) Antibacteriano Semi-sintético
Isolado da
Saccharopolyspora
erythraea
2001
Pimecrolimus Elidel
®
Ascomicina Novartis (Novartis) Dermatite
atópica
Semi-sintética
Isolado do Streptomyces
higroscopicus var.
ascomyceticus
2002 Galantamine
Remynil
®
Produto Natural Johnson & Johnson
(Medicina Tradicional
da Europa Oriental)
Doença de
Alzheimer
Sintético
Produto natural isolado da
planta Galanthus spp. e da
Narcissus spp.
2002 Micafungin
Funguard
®
FR901379 Fugisawa (Fugisawa) Antifúngico Semi-sintético
Isolado do Coleophoma
empetri
2002 Amrubicin
hydroclhoride
Calsed
®
Doxorubicina Sumitomo
(Sumitomo)
Anti-câncer Sintético
Derivado do Streptomyces
peuceticus
2002 Biapenem
Omegacin
®
Tienamicina Meiji Seika (Wyeth) Antibacteriano Sintético
Streptomyces cattleya
2002 Nitisinona
Orfadin
®
Leptospermona Rare Diseases
Therapeutics
(AstraZeneca)
Anti-
tirosinanemia
Sintético
Isolado da
Callistemon citrinus
2003 Miglustat
Zavesca
®
1-deoxi nojirimicina Actelion/Teva
(CellTech)
Doença de
Gaucher tipo 1
Sintético
Isolado do Streptomyces
trehalosaticus e de várias
plantas.
2003 Mychophenolate
sodium
Crestor
®
Mevastatina AstraZeneca
(Shionogi & Co)
Dislipidemia Sintético
Isolado da Penicillium
citrimum e P.
brevecompactum
2003 Pivastatin
Livalo
®
Mevastatina Sankyo/Kowa
(Kowa/Nissan
Chemical)
Dislipidemia Sintético
Isolado da Penicillium
citrimum e P.
brevecompactum
2003 Daptomycin
Cubicin
®
Produto Natural Cubist (Lilly) Antibacteriano Produto Natural obtido do
Streptomyces roseosporus
FONTE: Butler (2004)
27
Hoje, cerca de 80% da população mundial faz uso de plantas medicinais
(Hostettman & Marston, 2002). Aproximadamente 25% das prescrições de medicamentos
dispensadas nos Estados Unidos contêm extrato de plantas ou ingredientes ativos derivados
dos mesmos. Considerando um total de 520 novos fármacos aprovados para o emprego
comercial entre os anos de 1983 e 1994, 30 são produtos naturais novos e 127 são
modificações químicas de princípios ativos de origem natural (Khine, 2006).
A Alemanha é o maior incentivador das terapias naturais e em países como a
França, Bélgica, Suécia, Suíça, Japão e Estados Unidos enfatiza-se a fitoterapia. A China é
a campeã na utilização de medicamentos naturais, o uso da alopatia é recorrido apenas na
ausência de um substituto fitoterápico (Biesky, 2005).
Apesar do grande sucesso alcançado pela química de produtos naturais no
desenvolvimento de medicamentos, estima-se que apenas 5 a 15% das 250.000 espécies de
plantas terrestres existentes têm suas propriedades farmacológicas e composição química
investigadas. Considerando os insetos, organismos marinhos e microorganismos, este
percentual ainda é menor (Khine, 2006).
As práticas médicas populares no Brasil se estabeleceram em resposta ao sistema de
saúde público precário ou porque representam a única fonte de medicamentos em lugares
mais isolados ou distantes além da questão cultural. De acordo com Silva (2006), existe
uma extensa rede de praticantes, consumidores e comerciantes da medicina popular, em
todas as regiões brasileiras e classificadas em categorias tais como mateiros, raizeiros,
rezadores, parteiras e umbandistas. Vale ressaltar que a grande maioria do material vegetal
empregado medicinalmente e comercializado é desprovido de qualquer registro em órgão
governamental regulador.
As tradições populares no uso de plantas medicinais são práticas transmitidas de
geração em geração. Apresenta-se muito difundida em todas as regiões brasileiras. Sua
origem advém da cultura de grupos indígenas, imigrantes europeus e africanos que
chegaram ao país e estabeleceram, de acordo com a flora local, a prática do uso de espécies
vegetais nativas e exóticas, provenientes da imigração de portugueses e africanos (Silva,
2006). A partir do conhecimento popular de plantas medicinais é possível a investigação
científica, por meio de estudos químicos e farmacológicos, como estratégia na investigação
de medicamentos novos. A este estudo denomina-se etnofarmacologia, que consiste na
28
combinação das informações adquiridas em comunidades locais sobre o uso da flora
medicinal e o conhecimento científico dos agentes biologicamente ativos (Elisabetsky &
Costa-Campos, 1996).
Os instrumentos legais para a regulação de plantas medicinais encontram-se em
legislações gerais, não permitindo uma fiscalização adequada para as atividades de
extração, uso e comércio. Além disso, outros fatores propiciam para o agravamento do
problema, como por exemplo, a carência de profissionais especializados e de infra-estrutura
adequada. A Lei que rege o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos e
insumos farmacêuticos, regulamentando a venda destes produtos em farmácias e ervanários
é a 5.991 de 1973. Em 1995 foi emitida a portaria a SNVS (Secretaria Nacional de
Vigilância Sanitária) n° 19 que tornava obrigatório o registro das especiarias e ervas na
Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos – DINAL (Marques & Petrovick,
2001). Posteriormente, esta portaria foi revogada pela RDC n° 253 de 2005.
Na década de 90, mudanças normativas nas leis brasilieras foram realizadas
proibindo o uso de determinadas espécies, como o Confrei (Symphytum officinale),
identificado como hepatotóxico e o cambará (Lantana sp.) (Marques & Petrovick, 2001).
Até 1996 os produtos naturais podiam ser comercializados sem requerer estudos pré-
clínicos e de toxicidade, mas atualmente estes são exigidos pelas Secretarias de Saúde
Estaduais e Municipais, responsáveis pela vigilância sanitária destes medicamentos. Em
1998, a CONAFIT (Subcomissão Nacional de Assessoramento em Fitoterápicos) foi criada
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nomeando especialistas para garantir a
eficácia e segurança do uso dos fitoterápicos pela população. Este órgão estabeleceu uma
norma em 2000 (R.D.C N.17) onde é apresentado uma lista de medicamentos tradicionais
elaborados com base em literatura científica fidedigna, que posteriormente foi revogada
pela RDC n°48 de 2004 onde exige a reprodutibilidade dos fitoterápicos fabricados (Silva,
2006). Em 2006,
Atualmente, apesar dessas medidas regulamentadoras, ainda existe ausência de
controle da comercialização de plantas medicinais, permitindo a venda indiscriminada
destes produtos sem quaisquer fiscalizações da qualidade, da confiabilidade do efeito
terapêutico e da avaliação dos riscos e contra-indicações.
29
Os maiores extrativistas de espécies para fins medicinais encontram-se no estado do
Maranhão e a maioria dos produtores pertence ao Acre. São Paulo e Paraná destacam-se
por serem os maiores exportadores de plantas medicinais. No exterior, os Estados Unidos e
Alemanha são os maiores importadores de matérias primas brasileiras (Silva, 2006).
2.2 Óleos essenciais
2.2.1 Aspectos gerais e importância econômica
Os óleos essenciais ou etéreos são produtos derivados do metabolismo secundário
das plantas, constituídos por uma mistura líquida complexa de compostos orgânicos, com
valores de pressão de vapor elevados, apresentando solubilidade limitada em água e
solúveis em solventes orgânicos de natureza apolar (Tognolini, 2006; Simões & Spitzer,
2001).
São constituídos majoritariamente de derivados fenilpropanóides ou de terpenóides,
envolvendo classes químicas diversas como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas,
ácidos orgânicos, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos e lactonas (Vieira, 2004;
Simões & Spitzer, 2001).
Podem ser extraídos de diversas partes vegetais (raízes, folhas, flores, cascas e
frutos), desde espécies arbóreas como a hortelã-pimenta (Metha piperita L.) a árvores de
porte considerável como o eucalipto (Eucalyptus spp.). De acordo com a família botânica,
estes produtos secundários podem encontrar-se no interior de células vegetais
especializadas (Lauraceae, Piperaceae, Poaceae) ou em pêlos glandulares, denominados de
tricomas (Lamiaceae) ou ainda em bolsas lisígenas ou esquizolisígenas (Pinaceae,
Rutaceae) (Vieira, 2004; Simões & Spitzer, 2001).
Os óleos essenciais são produzidos nas plantas com importantes funções biológicas.
A atração de polinizadores, como é o caso da dama da noite (Cestrum calycinum Willd),
cujo aroma intenso e noturno atrai mariposas, principalmente as Esphingidae
(Lepidoptera); a proteção contra o estresse oxidativo e no controle da tolerância térmica
(Simões & Spitzer, 2001); o combate de herbívoros e insetos predadores, exemplificado
pela atividade inseticida do monoterpeno 1,2-epoxi-pulegona [12] presente na Lippia
stoechadiofolia e o efeito tóxico do mentol [13] e da mentona [14] no crescimento de
diversas larvas (Ferreira, 2001); defesa direta contra microorganismos, exemplificado pelo
30
sesquiterpeno furanóide (S)-8a,9-diidro-3,5,8a-trimetilnaftofurano-4(6H)-ona [15] presente
na espécie Commiphora abyssinica com atividade antifúngica e antibacteriana e a inibição
do desenvolvimento de outras espécies vegetais competidoras (efeito alelopático), muito
observada em espécies do gênero Eucalyptus, são algumas das principais funções atribuídas
a estes óleos (Harborne & .; Grayer, 1994; Simões & Spitzer, 2001; Devon & Scott, 1972).
O
OH
O
[12]
[13]
[14]
O
O
[15]
O
Figura 03: Exemplos de terpenóides presentes em óleos essenciais
com função biológica conhecida
As primeiras referências históricas do uso de óleos essenciais datam séculos antes
da Era Cristã. Os países orientais China, Japão e Índia, além das civilizações remotas como
o Egito e a Pérsia, apresentam registros históricos na metodologia de obtenção e no
emprego dos referidos produtos em banhos e em cosméticos (Vieira, 2004; Sangwan, et al.
2001).
Com a evolução dos conhecimentos técnicos sobre os óleos etéreos, iniciaram-se os
estudos de caracterização química, principalmente em conseqüência do enorme interesse
econômico (Vieira, 2004). Ervas e temperos riquíssimos em óleos eram e ainda são
empregados como ingredientes em alimentos (flavorizantes) e também como elementos
ativos em produtos de higiene e na perfumaria, além do emprego medicinal em função de
suas atividades farmacológicas específicas (Tognolini, 2006; Santos, et al. 2005).
No Brasil, a produção de óleo essencial iniciou-se no final da década de 20,
fundamentado no extrativismo de essências nativas, como por exemplo, o pau rosa (Aniba
rosaeodora Ducke). Sua exploração comercial na região amazônica, em função do óleo
essencial rico em um álcool monoterpênico, o linalol [16] (85-90%), advém do seu
emprego como precursor da produção do acetato de linalila [17], importante para a
indústria internacional de perfumes (Maia, 2000; Brito, 2006).
31
Figura 04: Monoterpenos de importância industrial.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a comercialização dos óleos aromáticos pelo
Brasil tornou-se mais organizada e introduziram-se outras culturas vegetais, tais como a
menta (Mentha sp.), a laranja (Citrus sp.), o eucalipto (Eucalyptus spp.), o patchouli
(Pogostemon beyneanum Benth.) entre outras. Este fato decorreu da grande demanda
imposta pelas indústrias do ocidente, privadas das tradicionais fontes de matéria prima em
virtude da desorganização do transporte e comércio causado pela Guerra. Assim,
consolidou-se a exportação produção dos óleos essenciais para o mercado externo e a partir
da década de 50, importantes empresas internacionais de cosméticos, produtos alimentícios,
farmacêuticos e de higiene instalaram-se no Brasil (Brito, 2006). Em 2001, as culturas
vegetais produtoras de óleos essenciais com maior importância mundial na indústria
apresentam-se destacadas na tabela a seguir.
Tabela 02: Espécies vegetais de importância para a Indústria e Comércio de óleos
essenciais de diferentes regiões geográficas.
Espécie Aromática Nome Família Componentes principais
Mentha arvensis Menta, hortelã Labiateae Mentol, acetato de mentila
Mentha piperita Menta, hortelã Labiateae Mentona, mentol e isomentona
Mentha spicata Menta, hortelã Labiateae Carvona e carveol
Cymbopogon winterianus Citronela Poaceae Citronelal, citronelol, geraniol e seus acetatos
Cymbopogon flexuosus Capim-limão Poaceae Citral e geraniol
Cymbopogon martinii Palma rosa Poaceae Geraniol e acetato de geranila
Eucalyptus sp. Eucalipto Mirtaceae Eugenol e metil eugenol
Rosa damacena Rosa Rosaceae Geraniol e “rose oxide”
Salvia offıcinalis Salvia Labiateae Cânfora e tujona
Artemisia annua Artemísia Compositeae “Artemísia ketone”
Ocimum basilicum Manjericão Labiateae “Chavicol” e Linalol
Pelargonium graveolens Gerânio Geraniaceae Geraniol, citronelol
Carum carvi Cominho Umbellifereae Limoneno, Carvona
Fonte: Sangwan, et. a.l (2001).
OH
OAc
[16]
[17]
[18]
32
Entre os óleos essenciais exportados pelo Brasil, os mais importantes são o de
laranja (Citrus sp.), de limão (Citrus limon), do eucalipto, do pau-rosa (Aniba roseaeodora
Ducke), da lima (Citrus latifolia) e do capim-limão [Cymbopogum citratus (D.C) Stapf]
(Barata, 2005). Vale ressaltar que o eucalipto sempre ocupou um lugar de destaque na área
de óleos essenciais. Estima-se que nossa produção atual seja de 1000 toneladas ao ano,
movimentando cerca de 4 milhões de dólares, perdendo apenas para a China, que produz
cerca de 3000 toneladas anualmente (Brito, 2006; Vieira, 2004). No nosso País o principal
estado produtor de óleos essenciais é São Paulo, em razão da atividade citrícola (Agrosoft,
2005). Aliás, a produção de laranjas permite não apenas a exportação do produto principal,
o suco da fruta, como também seus subprodutos, como os óleos essenciais e seu
constituinte principal, o d-limoneno [18]. Este terpeno é empregado pelas indústrias
farmacêutica e alimentícia, por exemplo, como flavorizante na fabricação de sabores
artificiais em doces, balas e gomas de mascar, além de ser empregado como solvente
(ABECITRUS, 2006). Na tabela 03 é possível vizualizar o volume exportado de d-
limoneno [18] de 1996 à 2006.
Tabela 03: Exportação do d-Limoneno por ano/safra
Ano/Safra Volume Exportado (toneladas)
1996/97 41,044
1997/98 34.314
1998/99 33.929
1999/00 35.560
2000/01 43.274
2001/02 30.335
2002/03 40.864
2003/04 34.445
2004/05 42.935
2005/06 34.534
Fonte: ABECITRUS, 2006
Em 2004, o Brasil estabeleceu-se em quarto lugar entre os principais exportadores
de óleos essenciais no mundo e ocupa a décima posição entre os importadores. Entre os
principais mercados de destino das exportações brasileiras no ano 2005 estão os Estados
Unidos (40%), Paises baixos (11%), o Reino Unido (6%), a França (4%), a Espanha (3%) e
33
a China (3%) (Santos, 2006). A tabela 04 mostra os volumes exportados de óleos essenciais
pelo Brasil.
Tabela 04: Exportação de óleos essenciais no Brasil
Ano/Safra Volume Exportado (toneladas)
1996/97 19.159
1997/98 24.454
1998/99 26.954
1999/00 18.575
2000/01 21.739
2001/02 20.790
2002/03 25.898
2003/04 19.698
2004/05 32.713
2005/06 29.081
Fonte: ABECITRUS, 2007
Santos et al. (2005) avaliaram as patentes oficializadas nos EUA (USPTO)
envolvendo o estudo dos óleos essenciais empregados em cosméticos e perfumaria, durante
os anos de 1980 a 2003. Concluiu-se que 30% das patentes referiam-se a atividades
protetoras da pele realizada pelos óleos, sejam contra a influência externa da luz solar, raios
X, materiais corrosivos, ou até mesmo a picadas de insetos, seguido de 15% de referências
em produtos de limpeza bucal e dentária. O estudo ainda revela o aumento crescente do
número de patentes nesta área, com o pico máximo em 2001, havendo um discreto
decréscimo até 2003.
Entre as publicações em torno de óleos essenciais, a maioria envolve a
caracterização química do óleo essencial bruto por CG-EM e avaliação de atividades
biológicas diversas, principalmente da ação antimicrobiana.
Fundamentado no site de buscas por publicações científicas, o Science Finder, e
apresentando como palavra-chave “essential oil”, sem janela de tempo determinada,
pesquizou-se quais revistas indexadas apresentam o maior número de artigos científicos
publicados na área de óleos essenciais. O Journal of Essential Oil Reasearch apresenta-se
com o maior número de publicações na área, seguido da Flavour and Fragrance Journal e
da Planta medica.
34
Gfico 01: Revistas Indexadas com maior número de publicações na área de Óleos Essenciais
2036
976
579
429
358
293
223
214
197
183
181
176
157
154
150
150
145
141
140
138
135
124
0 500 1000 1500 2000 2500
Journal of Essential Oil Research
Flavour and Fragrance Journal
Planta Medica
Journal of Agricultural and Food Chemist ry
Indian P erfumer
Faming Zhuanli Shenqing Gongkai Shuomingshu
Phytochemistry
Rivista Italiana EPPOS
Essenze, Derivati Agrumari
Journal of Essential Oil Bearing Plants
Fitoterapia
Phytochemistry (Elsevier)
Journal of Ethnopharmacology
Biochemical Systematics and Ecology
Journal of Medicinal and Aromatic Plant Sciences
Perfumery and Essential Oil Record
Rastitel'nye Resursy
Perfumer & Flavorist
Yakugaku Zasshi
Acta Horticulturae
Khimiya Prirodnykh Soedinenii
Pharmazie
Fonte: Science Finder (2007)
35
2.2.2 Métodos de extração
I. Hidrodestilação
Em estudos laboratoriais é o método convencional mais empregado na extração de
óleos essenciais. O processo envolve o aquecimento do material vegetal (fresco ou seco)
em água destilada. Os vapores produzidos são condensados e formam duas fases imiscíveis,
a aquosa (hidrolato) e a orgânica (óleo essencial). Neste procedimento emprega-se o
aparelho Clevenger, operarando em sistema aberto. O modelo deste extrator apresenta-se
descrito em Farmacopéias de diversos países e seu uso é de fácil manuseio (Santos, 1999;
Adio, 2005).
A metodologia apresenta baixo custo e é eficiente, comparando-se com outras
técnicas. Sefidkon et a.l (2006), ao estudar diversos métodos de extração do óleo essencial
de Satureja hortensis (Labiatae), percebeu um maior rendimento do referido produto
empregando a hidrodestilação (HD) comparando com a destilação por arraste a vapor.
Ammann et al. (1999) também obtiveram resultados favoráveis com a HD, comparando-se
as extrações por água superaquecida e com extração por fluido supercrítico (SFE),
empregando como material vegetal a menta (Mentha piperita).
Apesar de bastante popularizado e de baixo custo, a técnica apresenta a
desvantagem do grande período de extração (3 a 5 horas), comparado-a com a extração por
microondas, que ocorre em cerca de 30 minutos (Ferhat, 2006; Tigrine et al., 2006).
II Destilação por arraste a vapor
É amplamente empregada na obtenção de óleos voláteis em escala industrial. O
material vegetal fresco é depositado em um reservatório ou tanque de aço e sob ele é
incidido o vapor de água. O calor permite que o óleo essencial seja arrastado junto com o
vapor até chegar ao condensador. Posteriormente o material é condensado e obtém-se o
produto desejado juntamente com o hidrolato. Este método rende óleos com maior
qualidade e quantidade, além disso, a exposição do material vegetal ao vapor é menor,
reduzindo a deteriorização dos compostos químicos (Adio, 2005).
36
III Extração por solventes
Neste tipo de extração emprega-se preferencialmente os solventes éter etílico, éter
de petróleo, pentano, hexano, diclorometano ou clorofórmio. É uma metodologia pouco
específica, pois extrai não apenas compostos voláteis como também outros constituintes de
maior peso molecular tais como pigmentos, resinas e ceras.
A extração por solventes pode ser realizada a temperatura ambiente ou por
aquecimento, empregando-se aparelhagens específicas. Neste último, utiliza-se geralmente
o Soxhlet, procedimento analítico desenvolvido em 1879 onde o material vegetal sofre uma
percolação pelos vapores do solvente recondensados. Sua grande desvantagem é o uso de
grande quantidade de solventes, quando comparados com outras técnicas (Adio, 2005).
IV Prensagem ou expressão
Metodologia geralmente empregada para a extração de óleos essenciais de frutos
cítricos. O material é mecanicamente prensado e sob o material comprimido é colocada
água, certificando-se que todo o óleo e polpa foram capturados. Em seguida a emulsão
formada é separada por decantação ou com auxílio de uma centrífuga (Adio, 2005; Simões
& Spitzer, 2001).
V Enfloração
Método de extração empregado antigamente pela indústria para obtenção de óleos
essenciais presentes em flores. O material vegetal é depositado em uma camada de gordura,
sob temperatura ambiente, durante um determinado período de tempo. Posteriormente, as
pétalas esgotadas são substituídas por novas até ocorrer a total saturação da gordura. Em
seguida, esta sofre tratamento com álcool que é destilado a baixa temperatura obtendo-se o
produto desejado (Simões & Sptizer, 2001).
VI Extração por CO
2
Supercrítico
O processo de extração por CO
2
supercrítico é uma técnica eficiente na captura dos
óleos essenciais e também de outros constituintes. O procedimento consiste em depositar o
material vegetal em um reservatório de aço inoxidável, sob pressão, adicionando-se o CO
2
e
submetendo a uma determinada pressão e temperatura (31°C e 7.3 MPa) onde o gás torna-
37
se liquefeito. Neste estágio, o CO
2
atinge o estado supercrítico, com viscosidade análoga de
um gás, porém com a capacidade de dissolução semelhante à de um líquido, agindo como
solvente e permitindo a extração do produto a partir da planta. Posteriormente, o CO
2
retorna ao seu estado gasoso, resultando na obtenção do óleo essencial (Ammann et al.,
1999; Adio, 2005).
A técnica apresenta as seguintes vantagens: obtenção de um material com maior
grau de pureza, ausência da utilização de solvente e a utilização de temperaturas baixas,
minimizando a degradação térmica do óleo. Todavia, ainda apresenta-se como uma técnica
cara e tem sido observado que seu emprego permite alterações na constituição química do
óleo essencial por meio de reações de oxidação e polimerização (Huie, 2002; Galhiane et
al, 2006; Simões & Sptizer, 2001).
VII Extração por microondas
O uso da extração por microondas na extração de óleos essenciais foi descrita
primeiramente por Craveiro em 1989, empregando folhas frescas de Lippia sidoides. A
técnica fundamenta-se no aquecimento do material vegetal por meio de ondas
eletromagnéticas. Entre as vantagens tem-se o tempo reduzido de extração (cerca de 30
minutos), a ausência de contato com a fonte térmica e redução no uso de solventes
(Letellier & Budzinski, 1999). Apresenta como desvantagens o alto custo e a
impossibilidade de utilização de grande quantidade de material vegetal.
Percebe-se que a técnica de extração por microondas (MAD – Microwave
Accelerated Distillation) tem apresentado resultados promissores, como no caso de Ferhat
et al. (2006). Os pesquisadores compararam as técnicas MAD e HD empregando cascas de
espécies de Citrus e concluíram que o uso de ondas eletromagnéticas propiciou um
rendimento superior. Além disso, neste trabalho, a análise por microscopia eletrônica das
células das cascas do material vegetal, submetidas aos processos de extração supracitados,
indicou que a HD provocou danos significantes na superfície externa da casca. O mesmo
processo de destruição celular foi observado em pesquisas realizadas por Lucchesi (2007) e
Spiro & Chen (1995) na extração de óleos essenciais.
38
VIII Extração por água subcrítica
A extração por água subcrítica ou por água superaquecida (SWE) é uma técnica
relativamente nova, fundamentada no uso da água como elemento extrator, sendo
submetida a temperaturas entre 100 °C e 374 °C, atingindo o ponto crítico da água (221 bar
ou 22.4 MPa), porém com pressão suficientemente grande para mantê-la em estado líquido.
O uso deste procedimento analítico tem sido uma alternativa válida para a técnica
convencional de CO
2
supercrítico (Ayala & Castro, 2001; Fernández-Perez et al., 2000;
Ozel et al., 2003). Além disso, apresenta-se como uma tecnologia rápida e por
conseqüência com menor perda e degradação de compostos voláteis ou termolábeis
(Gámiz-Gracia & Castro, 2000; Jiménez-Carmona et al., 1999).
2.2.3 Atividades Biológicas
Na maioria das publicações envolvendo os óleos essenciais existe a caracterização
química do material bruto e o estudo de seus efeitos biológicos. A avaliação farmacológica
das substâncias obtidas a partir da separação e isolamento dos compostos é escassa, assim
como a relação entre a estrutura química e a ação destes compostos.
Lim et al. (2002) avaliaram o efeito do óleo essencial de Magnolia sieboldii na
inibição da Prostaglandina E
2
(PGE
2
) e na produção de óxido nítrico. Observou-se que o
óleo bruto foi ativo na concentração de 30μM e pela análise por CG-EM caracterizou-se
como compostos principais o β-selineno (18%) [19], α-terpineno (15%) [20] e β-mirceno
(13%) [21]. Quando os referidos terpenos foram avaliados isoladamente não houve
atividade significativa.
Siani et al. (1999) realizaram a avaliação da atividade antiinflamatória de cinco
espécies do gênero Protium. Nos ensaios farmacológicos determinou-se a inibição da
produção de óxido nítrico (NO), que apresenta papel regulador sobre os mediadores
químicos envolvidos na inflamação e realizou-se o ensaio de pleurisia onde se avalia o
número de leucócitos (macrófagos, eosinófilos) presentes na cavidade pleural de cobaias
após a indução da inflamamação por LPS (lipopolissacarídeo). A espécie P. heptaphyllum
apresentou como componentes majoritários o p-cimeno [22], o terpinoleno [23], o p-
cimeno-8-ol [24] e o dilapiol [25] e mostrou uma inibição significativa de NO (74%). Já a
39
espécie P. strumosum, cujos constituintes principais são os sesquiterpenos β-selineno [19] e
α-selineno [26], mostrou uma diminuição de 46% da produção de NO. A espécie P.
grandifolium, que foi capaz de inibir significativamente a acumulação de neutrófilos, é
constituída principalmente por dois sesquiterpenos conhecidos, o δ-cadineno [27] e o β-
cariofileno [28]. A espécie P. lewellyni apresentou em sua constituição química os
compostos limoneno [18] e β-cariofileno [28] e também se mostrou eficaz na redução do
número de neutrófilos e de eosinófilos. Em todas as situações atribuiu-se o efeito
terapêutico aos compostos com maior teor nos óleos. Assim como nestes casos, na espécie
B. gibraltaricum, a atividade antiinflamatória do óleo essencial foi também foi atribuída ao
componente principal, o δ-3-careno (33%) [29] (Ocete et al., 1989).
Outro sesquiterpeno com reconhecida ação biológica é o α-bisabolol [30], presente
no óleo essencial de camomila (Chamomilla sp.). De acordo com Barry & Kadir (1991),
este sesquiterpeno monocíclico insaturado apresenta comprovado efeito antiinflamatório.
Adicionalmente, Szöke et al. (2004) citam que a ação antiinflamatória da camomila deve-se
não apenas ao bisabolol, mas também ao camazuleno [31] e ao óxido de bisabolol [32].
Neste trabalho, compararam-se os óleos essenciais de diversas populações de espécies de
camomila, cultivada e selvagem, obtidos de suas flores, além de comparar os constituintes
majoritários dos óleos essenciais obtidos de flores, raízes e folhas.
As atividades analgésica, antiinflamatória e antimicrobiana estão entre mais
estudadas em óleos essenciais. Na pesquisa realizada por Hart et al. (2000), por exemplo,
avaliou-se o efeito inibidor do terpineno-4-ol [33] na produção de mediadores químicos
ativados por monócitos. O referido monoterpeno apresentou-se como um dos constituintes
majoritários da espécie nativa da Austrália Melaleuca alternifolia e foi capaz de suprimir
sua produção. Além disso, os autores afirmam que outros terpenos presentes na espécie,
como o α-pineno [34], α-terpineno [20], α-terpineol [35] e linalol [16], podem ter ação
direta ou indireta sobre a atividade antiinflamatória.
Dentre as espécies aromáticas com reconhecidas atividades biológicas, destacam-se
as do gênero Lippia. Pascual et al. (2000), por meio de uma revisão bibliográfica do
referido gênero, cita a utilização de diversas espécies utilizadas como medicamentos com
ação analgésica, antipirética e antiinflamatória, tais como, L. alba (Mill.) N. E. Brown, L.
dulcis Trevir., L. geminata H.G.K., L. graveolens H.B.K., L. javanica (N. L. Burm.)
40
Spreng., L. nodiflora (L.) Michx e L. triphylla L´Her. As espécies que apresentam atividade
farmacológica comprovada por estudos clínicos são: L. alba (Mill.) N. E. Brown, L.
geminata H.G.K. e L. citriodora (ort.) H. B.K.
Girão et al. (2003) observaram que o óleo essencial de Lippia sidoides Cham.que
apresenta como constituintes majoritários o timol [36], o β-cariofileno [28] e o p-cimeno
[22] e foi eficaz na redução do processo inflamatório em gengivites canina. Em outra
pesquisa utilizando-se a L. multiflora Moldenke, cuja constituição principal é p-cimeno
[22], timol [36] e timolacetato [37], observou-se sua ação analgésica e antipirética, porém
sem nenhum efeito antiinflamatório (Abena et al. 2003).
Outro gênero de plantas aromáticas com conhecida atividade antiinflamatória é a
Salvia. De acordo com Satta & Peana (1993), as espécies S. sclarea L. e S. desoleana A. et
P. mostraram bons níveis de inibição do edema de pata de rato, porém a composição
química destas espécies não foi descrita neste trabalho, provavelmente em função desta
espécie apresentar uma composição química bastante conhecida.
Óleos essenciais de eucalipto são utilizados com fins medicinais no Brasil para
inúmeras enfermidades, devido a sua ação analgésica, antitérmica e contra afecções do trato
respiratório, além de apresentarem atividade antiinflamatória. Os óleos essenciais de
Eucalyptus citriodora, E. tereticornis e E. globulus apresentam efeito analgésico central e
periférico, assim como atividade antiinflamatória dependente e independente de neutrófilos.
Acredita-se que a atividade biológica deve-se a presença de monoterpenos em sua
composição majoritária, tais como o eucaliptol (1,8 cineol) [38]. Vale ressaltar que este
último mostrou uma boa atividade antiinflamatória em processos asmáticos (Juergens et al.,
2003).
O monoterpeno 1-8 cineol [38] presente em espécies de eucalipto também está
presente no óleo essencial de Lavandula angustifolia Mill. Esta é reconhecidamente uma
erva aromática usada em perfumarias e em indústrias de cosméticos e também se emprega
como planta medicinal. Sharif et al. (2003) comprovaram a sua ação antiinflamatória e
associaram o efeito ao terpeno citado anteriormente, além do borneol [39] e da cânfora
[40].
Em revisão bibliográfica realizada por pesquisadores da Universidade Uppsala, na
Suécia, a respeito de produtos naturais com atividade biológica, destacou-se a espécie
41
vegetal Ipomoea pescaprae (L.) R. Sr. devido a comprovação de uma significante atividade
antiinflamatória, provavelmente mediada pela redução da biossíntese de prostaglandinas e
leucotrienos. Sua ação foi associada principalmente a dois componentes principais o
eugenol [41] e o 4-vinilguaiacol [42] (Sharif et al.2003).
De acordo com Román et al. (1989), o óleo essencial de Artemisis caerulescens
Subsp. Gallica também apresenta atividades antiinflamatória, analgésica e antipirética
quando administrada por via intraperitoneal em cobaias. O referido autor descreve como
componentes majoritários a tujona [43], cânfora [40], β-cariofileno [28], borneol [39], nerol
[43] e α-terpineol [35].
A atividade analgésica e antiinflamatória de óleos essenciais é bem estudada e por
isso algumas formulações farmacêuticas têm sido desenvolvidas empregando-os como
agente terapêutico. Como exemplo disso temos o Dermosport® e o SolutionCrio®,
amplamente empregados e na França, principalmente por fisioterapeutas, no combate de
dores e injúrias em articulações. Fazem parte de sua composição química óleos essenciais
de Bétula alba (Bétula), Melaleuca leucadendron (Cajeput), Cinnamomum camphora
(Cânfora), Syzygium aromaticum (Cravo da Índia), Eucalyptus globulus (Eucalipto),
Gaultheria procumbens (Wintergreen), Anthemis nobilis (Camomila Romana), Citrus
limonum (Limão), Cupressus sempervirens (Cipreste) e mentol [13] como agente adicional
(Faou et al., 2005).
No Brasil, a atividade antiinflamatória de Cordia verbenaceae (erva-baleeira)
culminou no primeiro fitomedicamento totalmente desenvolvido no país. Foram sete anos
de pesquisas científicas e ensaios farmacológicos, com um gasto de 15 milhões de dólares.
Os sesquiterpenos ativos da fórmula do Acheflan® são o α-humuleno [44] e o β-cariofileno
[28] (Geraque, 2006).
Um exemplo de crescente desenvolvimento é a avaliação da permeabilidade de
terpenos ou de óleos essenciais na pele, bem como o estudo do aumento da absorção de
medicamentos associados aos óleos essenciais. Estes vêm se apresentando como
excipientes que causam distúrbios reversíveis no extrato córneo, permitindo maior
penetração pela epiderme devido à característica lipofílica e de baixo peso molecular (Cal,
2006). Neste contexto, Fang et al. (2003), avaliaram o efeito do óleo essencial de Alpinia
oxyphylla no aumento da permeabilidade da pele na absorção de um antiinflamatório
42
tópico, a indometacina. O estudo envolveu o emprego de duas frações do óleo, a de baixa
polaridade (AO-1) e de alta polaridade (AO-2). Ambas apresentaram efeito significativo,
porém a última apresentou-se mais efetiva.
A área de maior número de publicações em óleos essenciais é a de atividade
antimicrobiana. Numerosos óleos têm sido testados in vitro e in vivo possuindo potencial
para serem empregados como agentes antimicóticos, sejam sozinhos ou utilizados em
associações com terapias antifúngicas convencionais (Harris
a
, 2002).
[19] [20]
[21]
[22]
[23]
OH
[24]
O
O
MeO
OMe
[25]
[26]
H
H
H
[27]
HH
[28]
[29]
OH
[30] [31]
H
HO
O
[32]
OH
[33]
[34]
OH
[35]
OH
[36]
OAc
[37]
O
[38]
[39]
O
OH
[40]
OMe
[41]
MeO
OH
[42]
OH
[43]
E
E
E
[44]
Figura 05: Substâncias isoladas de óleos essenciais com atividades farmacológicas relatadas
A tabela a seguir mostra exemplos de compostos comuns presentes na composição
química de óleos essenciais e as atividades farmacológicas comprovadas.
43
Tabela 05: Terpenóides com atividades biológicas comprovadas
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
Ácido deidrocóstico [45]
COOH
Inula viscosa(Eac)
Inibição da Fosfolipase A
2
(PLA
2
)
Inibição do acetato de tetradecanoil forbol (TPA)
Hernandéz et al. 2005
Álcool perílico e derivados [46]
OH
Síntese Atividade antitumoral
Crowell et al., 1994
Elegbede et. al, 2003
α-bisabolol [30]
OH
Comercial
Sem informação
Sem informação
Aumento da absorção dérmica de medicamentos
Atividade antifúngica
Inibição da 5-Lipooxigenase
Barry & Kadir, 1991
Pauli, 2006
Baylac & Racine,2003
τ-cadinol [47]
OH
H
H
Commiphora guidottii Chiov(EAcOEt) Efeito relaxante muscular Claeson et al.,1991
Capsidiol [48]
OH
CH
3
CH
3
HO
Nicotiana silvestris Inibição da síntese de Prostaglandinas Nasiri, 1993
β-cariofileno [28]
Bupleurum fruticescens(OE e C)
Comercial
Syzygium aromaticum
Sem infomação
Efeito antiinflamatório
Efeito citoprotetor gástrico
Efeito anestésico
Inibição da 5-Lipooxigenase
Martin et al.,1993
Tamble et. al, 1996
Ghelardini et al., 2001
Baylac & Racine, 2003
1,8-cineol [38] Eucalyptus sp.(C) Efeito antiinflamatório Juergens et al., 2003
Cedrol [49]
H
OH
H
Comercial Atividade Sedativa Kagawa et al., 2002
44
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
Curcumenol [50]
O
OH
H
Zedoariae rhizoma (SI)
Curcuma zedoaria (SI)
Efeito inibidor do α-interferon (α-TNF)
Efeito hepatoprotetor e antitumoral
Matsuda et.al, 1998
Morikawa
a
et al., 2002
Curdiona [51]
O
O
H
Zedoariae rhizoma (SI)
Curcuma zedoaria (SI)
Efeito inibidor do α-TNF
Efeito hepatoprotetor e antitumoral
Matsuda et.al, 1998
Morikawa
a
et al., 2002
(4R,4aS,6R)-decahidro-4,4a-dimetil-6-(1-propen-2-il)naftalen-1-ol [52]
OH
Alpinia Oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de Óxido Nítrico (NO) Morikawa
b
et al., 2002
Dehidrocurdiona [53]
O
O
Curcuma zedoaria Atividade antitumoral Morikawa
a
et.al., 2002
1,4-dihidróxi-germacra-5E-10(14)-dieno [54]
OH
OH
Achillea pannonica Efeito antiinflamatório Sosa et al., 2001
α-dictiopterol [55]
OH
H
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de Óxido Nítrico Matsuda et al., 2000
Elemol [56]
H
OH
Mentha sp. Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1998
(7S)-4β,5α-epoxigermacra-1(10)E-en-2 β,6 β-diol[57]
OH
OH
OH
HO
Santolina chamaecyparissus (EDc) Inibição da atividade de PLA
2
Sala et al., 2000
45
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
Espatulenol [58]
HO
H
Laurus nobilis (EMeOH)
Santolina chamaecyparissus (EDc)
Inibição fraca de NO
Inibição da atividade de PLA
2
Matsuda et al., 2000
Sala et al., 2000
α-eudesmol [59]
OH
H
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000
β-eudesmol [60]
OH
H
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000
γ-eudesmol [61]
OH
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000
Eugenol [41]
OH
OCH
3
Comercial Atividade inseticida Price & Berry, 2006
Germacra-4(15),5,10(14)-trieno-1β-ol [62]
OH
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000
Germacrona [63]
O
Zedoariae rhizoma (SI)
Curcuma zedoaria (SI)
Efeito inibidor do TNF
Efeito antitumoral
Matsuda et.al, 1998
Morikawa
a
et al., 2002
Germacreno D [64]
Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase Baylac & Racine, 2003
46
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
Glutinona [65]
O
O OH
OH
Jasonia glutinosa (SI) Inibição da Tromboxana B
2
Benito et al., 2002
α-humuleno [44]
Abies balsamea (OE e C) Atividade antitumoral Legault et al., 2003
Isociperol [66]
HO
Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawa
b
et al., 2002
d-Limoneno [18] Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase
Baylac & Racine, 2003
Linalol[16]
Sem informação
Comercial
Comercial
Efeito antiinflamatório do Linalol e de seu
acetato
Efeito antinoceptivo
Inibidor do Óxido nítrico
Peana et al.,2002
Peana et al.,2003
Peana et al., 2006
Litseaverticilol B [67]
O
OH
H
Litsea verticillata (EMeOH) Atividade anti-HIV Zhang et al., 2003
Neocurdiona [68]
O
O
H
Zedoariae rhizoma (SI)
Curcuma zedoaria (SI)
Efeito inibidor do TNF
Efeito hepatoprotetor e antitumoral
Matsuda et.al, 1998
Morikawa
a
et al., 2002
(Z)-nerolidol [69]
OH
Z
Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase Baylac & Racine, 2003
Nootkatone [70]
O
Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de Óxido Nítrico Morikawa
b
et al., 2002
Oplopanone [71]
H
OH
O
Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000
47
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
Oxifilenodiol B [72]
O
OH
HO
Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawa
b
et al., 2002
Oxifilenona A [73]
HO
OHO
Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawa
b
et al., 2002
Oxifilol A [74]
OH
Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawa
b
et al., 2002
(+) p- ment-1-eno [75]
Comercial Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1997
Selina-11-eno-4α-ol [76]
OH
Alpinia Oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawa
b
et al., 2002
β-sesquifelandreno [77]
H
Zingiber officinale (EHex) Efeito antirinoviral Denyer et al. 1994
Poligodial [78]
CHO
CHO
Drymis winteri (EHA) Atividade antialérgica e antiinflamatória
Sayah et al., 1998
Cunha et al., 2001
α-terpineno [79]
Comercial Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1997
48
NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA
γ-terpineno [80]
Sem informação Inibição da 5-lipooxigenase Baylac & Racine, 2003
Terpinen-4-ol [33] Melaleuca alternifólia (C)
Inibidor do α-TNF
Inibidor da Interleucina 1β, IL-8, IL-10
Inibição da Prostaglandina E
2
(PGE
2
)
Hart et al., 2000
β-turmerona [81]
O
Curcuma zedoaria Inibidor da PGE
2
e do NO Hong et al., 2002
Viridiflorol [82]
OH
H
H
Mentha sp. Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1998
Zerumbona [83]
O
E
E
E
Zingiber zerumbet
Diminuição dos níveis de IL-1β, TNF-α, PGE
2
Murakami 2003
C: comercial; SI: sem informação; EAc: extrato obtido da acetona;EDc: extrato obtido de diclorometano EHex: extrato hexânico; EHA: extrato hidroalcoólico;
EMeOH: extrato metanólico.
49
2.2.4 Sinergismo e antagonismo
As pesquisas em óleos essenciais geralmente relacionam a atividade farmacológica
aos componentes majoritários que não são necessariamente os providos de função
terapêutica. Para exemplificar esta afirmativa, temos a pesquisa realizada por Lim et al.
(2002) onde se avaliou o efeito do óleo essencial de Magnolia sieboldii na inibição da
Prostaglandina E
2
(PGE
2
) e na produção de óxido nítrico. Observou-se que o óleo bruto foi
ativo na concentração de 30μM e apresentou efeito dose-resposta dependente. Pela análise
por CG-EM caracterizou-se como compostos principais o β-selineno (18%) [19], α-
terpineno (15%) [20] e β-mirceno (13%) [21]. Quando os referidos terpenos foram avaliados
isoladamente não houve atividade significativa, contudo ao aumentar-se a concentração dos
compostos até a concentração de 100μM, houve o efeito inibitório apenas do α-terpineno
[20]. Assim, além de provável efeito sinérgico existente entre os elementos presentes no
óleo bruto, houve uma maior atividade do monoterpeno não majoritário.
O sinergismo representa uma forma de interação entre diferentes compostos ativos
que potencializam seus efeitos biológicos. O antagonismo representa o efeito contrário ao
sinergismo, ou seja, quando dois elementos ativos ou mais se integram e sua ação biológica
é diminuída (Williamson et al., 2006; Harris
b
, 2002).
O sinergismo pode ser aditivo, quando o efeito das substâncias administradas
simultaneamente é igual a soma dos efeitos das substâncias administradas isoladamente; ou
potencializador quando o efeito global é superior ao esperado, ou seja, quando o efeito das
substâncias administradas simultaneamente é maior que a soma dos efeitos das substâncias
administradas isoladamente (Wepierre, 1981).
Na medicina chinesa e ayurvédica o uso de ervas em combinação é comum e
desenvolveu-se a partir da observação individual dos pacientes e no uso empírico. Na
Europa os fitoterápicos são empregados em associações, na Alemanha, por exemplo,
existem monografias que aprovam determinadas combinações de ervas e óleos essenciais,
fundamentado em evidências do efeito sinérgico e na segurança do produto (Harris
b
, 2002).
50
Tabela 06: Associações aprovadas entre óleos essenciais na comissão alemã de monografias.
Fonte: Harris
b
, 2002.
O sinergismo pode ocorrer entre componentes de um mesmo óleo essencial, como
mostrado no trabalho de Onawumni et al. (1984), que avaliaram a atividade antibacteriana
do óleo essencial de Cymbopogons citratus. Os constituintes majoritários ativos neral [84] e
citral [85] apresentaram atividade potencializada pelo mirceno [86]. Singh et al. (1993)
também observaram o efeito sinérgico na espécie Citrus sinensis. Neste trabalho o óleo
essencial bruto apresentou maior atividade antifúngica que seus componentes majoritários
isolados.
Em outra pesquisa o óleo volátil de Salvia lavandulaefolia apresentou maior efeito
anticolinesterásico e sua atividade foi atribuída aos seus constituintes isolados, o 1,8-cineol
[38], o α-pineno [34] e o β-pineno [87] (Savelev et al., 2003).
O
H
[84]
OMe
OMe
[85]
[86]
[87]
OH
[88]
Figura 06: Monoterpenos que apresentam efeito sinérgico
Óleos de diferentes espécies vegetais podem ser combinados e potencializar seus
efeitos terapêuticos, como no caso do fitoterápico Enteroplant®. Este medicamento é uma
Óleo essencial Indicação Via de administração
Anis, fennel e alcaravia Dispepsia gástrica Via Oral
Alcaravia e fennel Dispepsia gástrica Via Oral
Hortelã e alcaravia Dispepsia gástrica Via Oral
Hortelã, alcaravia e fennel Dispepsia gástrica Via Oral
Hortelã e fennel
Dispepsia gástrica Via Oral
Eucalipto e pine needle
Resfriado relacionado a Doenças
Respiratórias
Inalação e Uso externo
Cânfora [40], Eucalipto e tupertina Catarro no trato respiratório
Dores reumáticas não inflamatórias
Inalação e Uso externo
51
associação dos óleos essenciais de menta (90 mg) e de alcaravia (50mg) e apresenta eficaz
redução de dores gástricas (Harris
b
, 2002).
Publicações envolvendo a combinação de óleos essenciais ou de terpenos com
medicamentos sintéticos de eficácia terapêutica comprovada apresentam destaque. Betoni et
al. (2006) avaliaram a eficácia de 13 fármacos antimicrobianos associadas a 8 extratos de
plantas aromáticas contra o Staphylococcus aureus e o efeito sinérgico foi confirmado para
todos os produtos vegetais. As espécies empregadas foram a goiaba (Psidium guava), o
guaco (Mikania glomerata), o cravo da índia (Syzygium aromaticum), o alho (Allium
sativum), o capim limão (Cymbopogon citratus), o gengibre (Zingiber offiicinale), a
carqueja (Baccharis trimera) e a menta (Mentha piperita).
Do mesmo modo, Shin & Kang (2003) confirmaram a potencialização do óleo
essencial de Agastache rugosa na atividade antifúngica do Cetoconazol contra um raro
fungo patogênico humano causador de micoses fatais em pacientes imunodeprimidos, o
Blastoschizomyces capitatus.
Adicionalmente, o sinergismo foi avaliado por Periago et al. (2001). Em uma
concentração de 0.3 mmol/L de carvacrol [90] e de timol [36] não foi observado efeito
antibacteriano contra o Bacillus cereus, porém quando os fenóis foram associados com a
Nisina
1
houve uma inibição no crescimento micelial maior do que quando o medicamento
foi aplicado sozinho. Em outro estudo, a associação do 5-fluorouracil [5-fluoropirimidina-
2,4(1H,3H)-diona], antitumoral empregado no tratamento quimioterápico de câncer de colo,
associado com o geraniol reduziu em 53% o volume celular contra 26% de diminuição
obtida pelo monoterpeno aplicado isoladamente (Carnesecchi, 2004).
De acordo com Berenbaum (1989), para que o efeito sinérgico entre componentes
biologicamente ativos sejam matematicamente comprovados, é fundamental que algum
tratamento ou cálculo estatístico seja realizado e não apenas atribuições subjetivas. Existem
alguns modelos que devem ser empregados para a comprovação da interação, como o
método isobolográfico. Este método foi desenvolvido por Loewe (1921) e consiste em
analisar se os efeitos dose-dependente de dois compostos em uma mistura são mais ou
menos efetivos que a atividade esperada de sua combinação (Luszczki & Czuczwar, 2003;
1
Proteína produzida pela Lactococcus lactis subsp. Lactis, empregada como antibiótico e eficaz
contra diversas bactérias gram-positivas (Periago et al., 2001)
52
Tallarida, 2006). É representado por um gráfico ou isobolograma. Quando não há interação
entre os dois compostos (A e B) ou a combinação dos dois apresenta o mesmo efeito que A
e B sozinhos, o efeito é aditivo e sua dose é chamada de isoefetiva (Kruse et al., 2006). A
representação gráfica é uma linha reta ilustrada na figura 07. Quando os dados adquiridos
são plotados em torno da linha diz-se que existe uma interação zero.
Figura 07: Isobolograma descrevendo a interação zero entre a dose de A e B
no mesmo nível de atividade, por exemplo, LD
50
. A linha tracejada
reta representa a dose isoefetiva (Nelson & Kursar, 1999).
Quando os valores de uma particular combinação de A e B estão dispostos abaixo da
linha que representa a interação zero, existe o efeito sinérgico (Figura 08). Neste caso os
agentes em combinação são mais efetivos que o esperado.
Figura 08: Isobolograma representando o sinergismo entre
o composto A e B (Nelson & Kursar, 1999).
No antagonismo o gráfico é definido como uma curva côncava e os dados
apresentam-se plotados acima da linha (Figura 09).
53
Figura 09: Isobolograma representando o antagonismo entre
o composto A e B (Nelson & Kursar, 1999).
O efeito de aditividade de Loewe também é representado por equações.
Considerando d
A
e d
B
as doses ou concentrações de A e B e D
A
e D
B
as doses de A e B que
são isoefetivas com a combinação, produzindo um efeito específico, como a LD
50
, temos a
fórmula d
a
/ D
a
+ d
b
/ D
b
= 1. Se a soma das parcelas é igual a um, não existe interação ou o
efeito é aditivo. O resultado apresentando um valor superior a 1 há o antagonismo, ou seja a
equação descreve a necessidade das doses dos agentes (d
A
e/ou d
B
) serem maiores para
produzir o efeito esperado. Caso a soma seja menor que 1 existe o efeito sinérgico
(Berenbaum,1989).
Outros métodos também são empregados para descrever a interação entre duas
substâncias como por exemplo: o efeito de adição, onde emprega-se a análise de variância
para corroborar os resultados. Quando a soma dos efeitos dos constituintes isolados ou
frações apresenta valor igual ou menor ao efeito biológico da mistura há sinergismo de
adição (efeito zero) e quando o valor é maior há sinergismo potencializador. (Collen , 1988;
Berenbaum, 1989); o método de multiplicação avalia o efeito farmacológico das
substâncias a serem analisadas antes e depois de sua associação. Caso haja sinergismo, a
resposta da dose da mistura apresenta-se igual ou menor que o produto da multiplicação de
seus efeitos isolados. Assim temos E (d
A,
d
B
) = E (d
A
)x (d
B
) (Berenbaum,1989); o método do
diagrama de Gaddum onde compara-se o efeito da combinação dos agentes com suas
atividades isoladas descritas em um diagrama.
54
2.3 Considerações gerais sobre terpenos
Os terpenos apresentam-se como a maior família de produtos naturais originárias de
plantas com cerca de 30.000 compostos conhecidos (Dubey et al., 2003 e Adio, 2005). São
também denominados de isoprenóides, por serem constituídos de blocos monoméricos
designados de isopreno ou 2-metil-1,3-butadieno. O esqueleto carbônico desses compostos
é construído pela união entre esses monômeros seguindo uma regra conhecida, a Regra do
Isopreno, sugerida inicialmente por Wallach (1887) e posteriormente reformulada por
Ruzicka et al. (1953).
Há 40 anos uma das hipóteses para a produção de terpenos pelas plantas era que a
biossíntese se processava como um mecanismo para livrar-se do excesso de carbono. Essa
proposição foi abandonada e diversos terpenóides foram identificados (Withers & Keasling,
2007). Todos os vegetais produzem os isoprenóides desde os elementos primários para sua
sobrevivência, como a ubiquinona (respiração), os carotenóides (fotossíntese) e as
giberelinas (crescimento e desenvolvimento) a produtos secundários (monoterpenos,
sesquiterpenos, diterpenos e triterpenos) importantes para a sobrevivência do vegetal
(Rodríguez-Concepción, 2006).
2.3.1 Classificação
Os terpenóides são classificados de acordo com o número de unidades de isopreno.
Hemiterpenos C
5
são constituídos de 1 unidade de isopreno, monoterpenos C
10
(2 unidades
de isopreno), sesquiterpenos C
15
(3 unidades de isopreno), diterpenos C
20
(4 unidades de
isopreno), sesterpenos C
25
(5 unidade de isopreno), triterpenos C
30
(6 unidades de isopreno)
e tetraterpenos C
40
(8 unidades de isopreno) (Dubey et al., 2003; Santos, 2001).
A porção isopropila é definida como cabeça e o grupo etil é caracterizado como
cauda. Em mono, sesqui, di e sesterpenos as unidades de isoprenos são ligadas entre
cabeça-cauda. Em contrapartida, os tri e tetraterpenos são conectados por duas caudas
(Breitmaier, 2006). As prenil transferases são responsáveis pelo aumento da cadeia
carbônica dos precursores poliprenil difosfatos, discutidos a seguir.
2.3.2 Biossíntese
I Rota do mevalonato
55
Inicialmente duas moléculas de acetil coenzima A (precursor biogenético dos
terpenos), catalizadas pela acetoacetil-CoA tiolase, reagem segundo o mecanismo de
condensação de Claisen formando o acetoacetil-CoA. Em seguida, ocorre uma condensação
aldólica entre a acetoacetil-CoA e outra molécula de acetil CoA, esta reação é catalizada
pela hidróximetilglutaril-CoA sintetase (HMG-CoA) e culmina na produção de β-hidróxi-β-
metilglutaril-CoA. Esta por sua vez sofre uma redução enzimática pelo diidronicotinamida
adenina dinucleotideo (NADPH + H
+
), gerando o ácido mevalônico (Breitmaier, 2006).
Vale ressaltar que o conhecimento na biossíntese deste grupo de metabólitos permitiu o
desenvolvimento, por exemplo, das estatinas, medicamentos com potente atividade
anticolesterêmica, inibidoras da HMG-CoA sintetase ou redutase (Withers & Keasling,
2007).
Em uma etapa seguinte, o ácido mevalônico é fosforilado e convertido em
difosfomevalonato que posteriormente é descarboxilado e desidratado formando o
isopentenilpirofosfato ou isopentenildifosfato (IPP). As enzimas envolvidas neste processo
são a ERG12 mevalonato quinase (MK), ERG8 fosfomevalonato quiinase (PMK) e a
ERG19 mevalonato pirofosfato descarboxilase (MPD). A seguir o IPP sofre isomerização
em γ,γ-dimetilalilpirofosfato (DMAPP) por meio da isopentenil difosfato isomerase (Idi)
(Keasling, 2007). A partir da formação destes isômeros, as preniltransferases catalizam o
aumento da cadeia carbônica, pela adição cabeça-cauda, formando os difosfatos
poliprenílicos que serão os precursores do geranilpirofosfato (GPP), do farnesilpirofosfato
(FPP) e do geranilgeranilpirofosfato (GG-PP).
Assim, para haver a formação dos monoterpenos, o grupo eletrofílico metilênico
presente no DMAPP reage com o grupo nucleofílico do IPP para a formação do
geranilpirofosfato (GPP) (Tesso, 2005).
O geranilgeranilpirofosfato (GG-PP) emerge da ligação entre a cabeça do IPP
(agente nucleofílico) e a cauda eletrofílica do farnesilpirofosfato (FPP). A formação dos
sesquiterpenos envolve a união do IPP ao GG-PP e por fim a produção dos triterpenos é
realizada pela conecção das caudas de duas moléculas de FPP. A figura 10 ilustra a
seqüência de etapas envolvidas na produção dos terpenos (Breitmaier, 2006; Tholl, 2006).
56
Figura 10: Biogênese dos terpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006)
57
II Rota independente do mevalonato
Até a década de 90 acreditava-se que os terpenos eram biossintetizados apenas pela
rota do ácido mevalônico (Hecht et al., 2001; Sangwan et al., 2001). Rohmer et al. (1999), a
partir de estudos inovadores, demonstraram a presença de uma rota alternativa dos
isoprenóides que não originavam da acetilCoA. Posteriomente, Rohdich et al. (2003)
elucidram completamente a rota biossintética que partia da 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato
(DXP).
A rota biossintética se inicia pelo piruvato (ácido pirúvico) e a tiamina-difosfatase.
Ao combinarem-se formam um complexo que posteriormente é descarboxilado gerando o
hidroxietiltiaminapirofosfato, este por sua vez reage com gliceraldeído-3-fosfato, auxiliado
pela enzima 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato sintetase (DXS) para produzir o 1-deoxi-D-
xilulose-5-fosfato (DXP) (Adio, 2005).
O DXP é transformado em 2-C-metil-D-eritrose-4-fosfato (MEP), catalizada pela
deoxixilulose redutase (IspC). Posteriormente o MEP e a citidina 5’-trifosfato reagem,
auxiliados pela IspD (4-difosfocitidil-2-C-metileritritol sintase), formando a 4-difosfocitidil-
2C-metileritritol que é fosforilado pela IspE (4-difosfocitidil-2-C-metil-D-eritrol sintetase).
O produto desta reação, 4-difsfocitidil-2C-metil-D-eritrol-2-fosfato, é ciclizado pela IspF
(2C-metil-D-eritritol-2,4-ciclodifosfato sintase) formando a 2C- metil-D-eritro 2,4-
ciclodifosfato. Finalmente as duas últimas etapas envolvem a formação do IPP e do
DMAPP, catalizadas pela IspG (1-hidroxi-2-metil-2-(E)-butenil 4-difosfato sintetase) e
IspH (acetoacetil-CoA- tiolase)( Withers & Keasling, 2007).
A figura 11 ilustra as reações envolvidas.
58
Figura 11: Rota dos terpenos independente do mevalonato (Adaptado de Withers &
Keasling, 2007).
59
Uma área mais recente no desenvolvimento de fármacos que usa a modificação
estrutural de terpenos é a bioengenharia metabólica, onde há o redirecionamento das rotas
biossintéticas usando a manipulação genética. A produção de isoprenóides emprega
hospedeiros nativos ou hospedeiros heterólogos (Khosla & Keasling, 2003).
No primeiro caso, a biotecnologia é focada na produção dos metabólitos de interesse
por meio de cultura de células de plantas (Withers & Keasling, 2007). Lange & Croteau
(1999) desenvolveram uma metodologia para aumentar o teor de óleo essencial da espécie
Mentha piperita. Foi descoberto o gene responsável pela codificação da IspC (1-deoxi-D-
xilulose-5-fosfatoreductoisomerase) e o aumento de sua expressão culminou em maiores
teores de óleo (cerca de 50%). Aubourg et al. (2002) identificaram 40 enzimas envolvidas
na síntese de terpenos na espécie Arabidopsis thaliana e posteriormente foram identificados
os genes responsáveis pela produção dos compostos. Estes genes foram clonados e
funcionalmente expressos para elevar os teores de dois diterpenos, o (-) kaureno [89] e o
ácido kaurenóico [90] (Fleet et al., 2003).
Os hospedeiros heterólogos apresentam pouca ou nenhuma capacidade natural de
produzir terpenos, porém, com a manipulação genética, há a introdução de novos genes
obtidos de hospedeiros naturais com consequente desenvolvimento de compostos desejados.
Os mais conhecidos e empregados são a Escherichia coli, Saccharomyces cerevisiae e
Arabidopsis thaliana (Withers & Keasling, 2007).
Um grande avanço na bioengenharia de metabólitos é a produção de compostos com
efeitos biológicos conhecidos, como o Taxol®. Este produto, quimicamente denominado de
paclitaxel [91], é muito empregado na quimioterapia e apresenta uma rota biossintética
longa e complexa que é iniciada pela conversão do GGPP em um precursor do Taxol®,
catalizada pela enzima taxadieno sintase. Três grupos diferentes de pequisadores
empregaram hospedeiros heterólogos distintos A. thaliana, E. coli e S. cereviseae (Huang et
al., 2001; Besumbes et al., 2004 e Dejong et al., 2006, respectivamente) para produzir o
terpeno e todos obtiveram sucesso.
Outro interessante caso é a pesquisa envolvendo a espécie vegetal Artemiísia annua.
A partir dela é extraído uma sesquiterpenolactona, a artemisina [92], empregada no combate
da malária (Martin et al., 1993; Bouwmeester, 2006; Wu et al., 2006; Liu et al. 2006). Seu
60
precursor biossintético o amorfa-4,11-dieno [93] já foi identificado e produzido a partir de
um hospedeiro heterólogo, o E. coli por Mercke et al. (2000).
H
H
[89]
H
H
COOH
[90]
OAc
OH
O
AcO
HPhOCO
O
O
O
Ph
NH
Ph
O
OH
[91]
O
O
H
3
C
H
H
3
C
O
CH
3
H
H
O
O
H
H
[92]
[93]
Figura 12: Compostos envolvidos no estudo da engenharia biossintética
III Fenilpropanóides
Os derivados de fenilpropanóides são compostos cujo esqueleto carbônico derivam
da fenilalanina (sintetizado via ácido chiquímico). Diversos compostos derivados de
fenilpropanóides são encontrados em óleos essenciais de espécies vegetais, como por
exemplo: eugenol, cinamato de metila, elemicina, chavicol, dilapiol, anetol, estragol, apiol e
outros (Sangwan et al., 2001).
A rota biossintética dos derivados de fenilpropanóides inicia-se pela condensação
aldólica de dois metabólitos da glicose, o fosfoenolpiruvato e a eritrose-4-fosfato, formando
o ácido chiquímico. Este é metabolizado para gerar o corismato que é o precursor
biogenético da fenilalanina. Posteriormente, por ação da enzima fenilalanina amonialiase
(PAL), a fenilalanina perde uma molécula de amônia e origina o ácido cinâmico. Este último
origina a maioria dos compostos classificados como fenilpropanóides, compostos
aromáticos com uma cadeia lateral de três átomos de carbono ligadas diretamente ao anel
(Simões & Sptizer, 2001).
61
2.3.3 Biossíntese dos sesquiterpenos
O precursor da biossíntese dos sesquiterpenos é o farnesilpirofosfato (FPP) que ao
sofrer diversas ciclizações promove a formação de vários esqueletos carbônicos. A
biossíntese se inicia com a remoção do ânion pirofosfato do FPP e a formação dos carbênios
por auxílio de enzimas terpeno sintetase (Sangwan et al. 2001; Withers & Keasling, 2007).
Acredita-se que a biogênese dos terpenos cíclicos e policíclicos envolva íons
carbênios não clássicos como intermediários da reação. Como esperado, rearranjos são
freqüentes, como por exemplo, a substituição 1,2-metila (Rearranjo de Wagner-Meerwein) e
as reações sigmatrópicas (Rearranjo de Cope). A figura 13 demonstra algumas
possibilidades de ciclização para a formação de sesquiterpenos (Breitmaier, 2006).
Figura 13: Biogênese de sesquiterpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006 e Sangwan et al. 2001).
62
Os principais esqueletos de sesquiterpenos encontrados na natureza incluem os
bisabolanos, elemanos, germacranos, humulanos, cariofilanos, eudesmanos, guaianos e
cedranos. Exemplos destes esqueletos estão ilustrados na figura 14.
Figura 14: Esqueletos de sesquiterpenos comuns (Dicionário de Produtos Naturais, 2004).
63
2.3.4 Degradação dos terpenos
Um dos problemas no estudo de terpenos presentes em óleos essenciais fundamenta-
se na sua degradação quando submetidos a altas temperaturas. Isto deve ser cuidadosamente
observado na cromatografia em fase gasosa, que é a ferramenta analítica mais empregada
em sua identificação.
Existem alguns exemplos de modificação estrutural de terpenos reportados na
literatura. A germacrona [63] é capaz de rearranjar formando a β-elemenona [96] por meio
do rearranjo de Cope (Sorm, 1971). Outros produtos de degradação térmica são o β-ilangeno
[97] e o α-amorfeno [98] que são rearranjados a partir do Germacreno D [65] e do α-
ilangeno [99], respectivamente (Melching et al., 1997) (figura 15).
Figura 15: Rearranjos sofridos pelos Germacrenos
O edicariol [100], pertencente à classe dos germacrenos, pode rearranjar em elemol
[56] por meio do rearranjo de Cope (Sorm, 1971), assim como a linderalactona [101] em
isolinderalactona [102] (Gopalan & Magnus, 1984) e o curzereno [1] que se modifica
estruturalmente em furanodieno [2] sob altas temperaturas (figura 16).
64
Figura 16: Sesquiterpenos formados pelo rearranjo de Cope
A facilidade em alterar a estrutura química dos germacranos também foi citada por
Kraker et al. (1998). Estes autores descrevem o rearranjo de Cope do Germacreno A [103]
em β-elemeno [104] e afirmam que em condições ácidas fracas existe a possibilidade de
ciclização em selina-4,11-dieno [105], α e β-selineno [19, 26]. Hackl et al. (2004) também
descreve a formação do iso β-elemeno [104] a partir do isogermacreno A [106] (figura 17).
Figura 17: Sensibilidade de sesquiterpenos ao calor e a condições ácidas.
65
Sorm (1971) citou a possibilidade de transformação do Germacreno D [64], sob a
ação da silica gel, em α-cadineno [107], γ-cadineno [108], α-amorfeno [109], β-bourboneno
[110], γ-muuroleno [111] e em α-muuroleno [112] (figura 18).
Figura 18: Rearranjo do Germacreno D sob ação da sílica gel
Nigan & Levi (1968) estudaram os efeitos da alumina em terpenos e verificaram sua
degradação. O óxido de limoneno [113] é isomerizado em álcoois α e β insaturados, além
das cetonas correspondentes. Este monoterpeno é capaz de rearranjar em cis e trans-carveol
[114 e 115], álcool perílico [46] e em cis e trans-dihidrocarvona [116 e 117]. O óxido de α-
pineno [118] é isomerizado em cis e trans pinocarveol [119, 120] e cis e trans - pinocarvona
[121, 122] (figura 19).
Figura 19: Degradação de monoterpenos em alumina.
66
Yang et al. (2007) estudaram a degradação de monoterpenos em diferentes
temperaturas, empregando a extração por água subcrítica e concluíram que durante 30
minutos de extração sob uma temperatura de 100°C os terpenos de α-pineno [34], limoneno
[18], cânfora [40], citronelol [123] e carvacrol [124] já apresentavam degradação(figura 20).
Figura 20: Efeito da Temperatura na estabilidade de monoterpenos sob 30 minutos
de aquecimento em água (Adaptado de Yang et al., 2007).
Decomposição de terpenos em cartuchos de Tenax também já foi descrito na
literatura. Calogirou et al. (1996) investigaram o efeito do ozônio atmosférico e do referido
material adsorvente na estrutura química de alguns terpenos. Os monoterpenos saturados
1,8-cineol [38], cânfora [40] e canfeno [125] não apresentaram degradação e os insaturados
β-pineno [89], mirtenal [126], α-pineno [34], sabineno [127] e citronelal [128] foram pouco
degradados. Os terpenos com duas ou mais insaturações como o d-limoneno [18], citral [87],
linalol [16], β-ocimeno [129], terpinoleno [23], α-terpineno [20] e β-cariofileno [28]
apresentaram degradações significantes (figura 21).
67
OH
OH
O
H
[125]
[126]
[127]
[128] [129]
Figura 21: Terpenos degradados no Tenax
2.3.5 Furanosesquiterpenos: ocorrência e atividade farmacológica
Os sesquiterpenos furanóides apresentam ampla distribuição na natureza e já foram
isolados de diferentes fontes naturais (Blay et al., 1996). O gênero Commiphora
(Burseraceae), por exemplo, apresenta diversos furanosesquiterpenos. Da resina da mirra
(Commiphora myrrha) são reportados o curzereno [1], furanoeudesma-1,3-dieno [130],
1,10-(15)-furanodieno-6-ona [131], o lindestreno [132], curzerenona [133], furanodieno-6-
ona [134], diidropirocurzerenona [135], 3-metóxi-10(15)-diidrofuranodieno-6-ona [136], 3-
metóxifuranoguaia-9-eno-8-ona [137], 2-metóxi-4,5-diidrofuranodieno-6-ona [138] e 3-
metóxi-10-metilenofuranogermacra-1-eno-6-ona [139] (Hanus, 2005). Este último também
foi encontrado em C. sphaerocarpa (Dekebo, 2002) (figura 22).
68
Figura 22: Furanosesquiterpenos presentes em C. myrrha
Outra espécie de mirra, a C. molmol, apresenta em seu óleo essencial diversos
terpenos furanóides como o furanodieno-6-ona [134], curzerenona [133], 2-
metóxifuranoguaia-9-eno-8-ona [140], 2-metóxifuranodieno [141], 4,5-diidrofuranodieno-6-
ona [142] entre outros (figura 23). Aliás, esta espécie é a mirra mais comercializada
industrialmente e é nativa da Arábia, Somália e Iêmen (Hanus, 2005).
O
H
3
CO
[141]
O
H
3
CO
[140]
O
O
[142]
Figura 23: Furanosesquiterpenos presentes em C. molmol
69
Tipton et al. (2003) observaram o efeito inibidor do óleo de mirra na produção da
interleucina-1β, mediador químico relacionado com a inflamação. Apesar do seu efeito
terapêutico, foi reportado por Saeed & Sabir (2004) o efeito irritante de alguns constituintes
desse produto.
Sesquiterpenos furanóides são encontrados tamm no gênero Atractyloides
(Compositae). As espécies desse gênero são empregadas pela medicina tradicional chinesa
para diversas enfermidades como desordens estomacais e digestivas, contra resfriados e
gripes e também para combater diarréias. Dos rizomas da espécie A. lancea (Thunb.) D. C.,
foram isolados o atractilenolídeo II [143] e III [144], a atractilona [145] e o ostol [146]. Os
dois últimos apresentaram efeito inibidor moderado contra a 5-lipooxigenase (Resch et al.,
1998). Dos rizomas da A. japonica, empregada na medicina popular devido ao seu efeito
sudorífero, foram identificados o atractilenolídeo III [143] e a atractilona [145]. Esta foi
ativa na inibição do Na
+
, K
+
-ATPase explicando o efeito diurético provocado por esta
substância (Satoh et al., 1996; Gavagnin, et al., 2003).
Dos tubérculos da Curcuma zedoaria (Zingiberaceae), foram encontrados o
curzereno [1], epicurzerenona [147], furanodieno [2], furanodienona [148] e zederona [149]
(Hikino et al., 1968, Hikino et al., 1970, Morikawa
a
et al., 2002; Mau et al., 2003; Yang et
al., 2005). Quanto aos efeitos terapêuticos da espécie, comprovou-se sua atividade
hepatoprotetora e o furanodieno [2] apresentou inibição de tumores em camundongos sob
uma dose de 50mg/Kg (Morikawa
a
et al., 2002). Além disso, outro terpenóide presente na
espécie, a furanodienona [148], apresentou efeito vasorelaxador em um ensaio de órgão
isolado (Sasaki et al., 2003) (figura 24).
O
O
[148]
O
O
R
[143] R= H
[144] R=OH
O
H
[145]
O OH
3
CO
[146]
O
O
O
[149]
[147]
O
O
Figura 24: Furanosesquiterpenos encontrados nos gêneros Atractyloides e Curcuma.
70
Da Smyrnium perfoliatum (Umbelliferae) foram identificados os terpenos
linderazuleno [150], 1β-acetoxifurano-4(15)-eudesmeno [151], 1β-acetoxifuranoeudesmano-
3-eno [152] e o glecomafurano [153] (figura 25). Os três últimos também foram encontrados
na S. olustrasum (Mölleken
a
et al., 1998; Mölleken
b
et al., 1998; Ulubelen & Öksüz, 1983).
O
O
[150]
O
O
OAc
OAc
H
O
O
[151]
[152]
[153]
Figura 25: Sesquiterpenos furanóides encontrados no gênero Smyrnium
Outras espécies vegetais com relatos sobre sesquiterpenos furanóides são a Gnidia
latifolia Gilg.(Thymelaeaceae) apresentando a gnididiona [154] (Kupchan et al., 1977); a
Merremia kentrocaulos (Convolvulaceae) onde foi identificados as merrekentronas A, B, C,
e D [155158] (Jenett-Siems et al., 2001); Lindera strychnifolia Vill, cuja constituição está
presente o curzereno [1] , o lindestreno [132], o linderóxido [159] e o isolinderóxido [160]
(Ishii et al., 1967); a Neolitsea parvigemma (Lauraceae) apresentando em seu extrato
metanólico o neolitrano [161] , a deacetilzeilanidina [162], a zeilanicina [163], a zeilanidina
[164], a linderalactona [101] e o pseudoneolinderano [165] (figura 26). Vale ressaltar que os
dois últimos apresentaram significante atividade antiinflamatória em uma pesquisa realizada
por Chen et al. (2005).
71
O
O
O
H
[154]
O
O
O
R
[155] R=CH
3
[156] R=CH
2
OH
O
O
O
O
[157]
O
O
O
[158]
O
O
O
[159]
O
O
O
O
O
[160]
O
O
O
O
OR
[161] R= OAc
[162] R= OH
O
O
O
O
OAc
[163]
O
O
OH
OAc
O
O
O
[164]
Figura 26: Sesquiterpenos furânicos encontrados nos gêneros
Gnidia, Merremia, Lindera e Neolitsea
Os furanosesquiterpenóides são também muito comuns em produtos naturais
marinhos. Da espécie Tubipora musica L. foi isolado o furanodieno [2], o tubipofurano
[166] e o 15-acetoxitubipofurano [167]. Vale ressaltar que este último apresenta
ictiotoxicidade e atividade antitumoral (Iguchi et al., 1986; Ojida et al., 1994).
Em espécies de Gorgônias também é comum a presença de furanosesquiterpenóides.
A espécie Dasystenella acanthina apresenta além do furanodieno [2], a atractilona [145] e
seu isômero correspondente o furanoeudesmano-3-eno [168]; da Bebryce grandicalyx foi
isolado o bebriazuleno [169] (Aknin et al., 1998); de Echinogorgia praelonga o terpeno
equinofurano [170] (Yim et al., 2003); e da espécie Phylum Cnidaria, foi isolado
furanodieno [2], sericenina [171], neosericenina [172] e isosericenina [173], primeiramente
isoladas na planta Neolitsea sericea (Izac et al., 1982).
No trabalho de Grace et al. (1994), isolou-se o ácido (1´E, 5´Z)-2-(2´,6´-dimetilocta-
1,5,7-trienil)-furano-4-carboxílico [174], a partir de corais marinhos do gênero Sinularia,
com significante atividade in vitro contra fosfolipase A
2
.
72
Do extrato metanólico de um fungo saprótico Chromodoris funerea encontrado em
associações com a esponja Dysidea herbaceae, foram isolados os furanosesquiterpenos
furodisinina [175] e o furodisina [176] (Carté et al., 1986). Aliás, é bastante comum esta
classe de substâncias no gênero Dysidea (Scheuer, 1978). D. herbaceae, por exemplo,
apresenta em sua composição química o sesquiterpeno 2-hidróxi-9,11-dimetil-10-metileno-
3-oxatriciclo [7.3.1.0
2,6
] tridecano-5-eno-4-ona [177] (Sera et al., 1999) cuja estrutura
química é semelhante ao nakafuran 9 [178] encontrada por McPhail et al. (2000) na esponja
Dysidea sp. As estruturas de alguns sesquiterpenos furânicos encontram-se ilustradas na
figura 27.
O
O
H
H
[168]
[166]
O
[170]
O
[169]
O
H
3
CO
2
C
[171]
O
H
3
CO
2
C
[172]
H
3
CO
2
C
O
[173]
O
O
[175]
[176]
O
O
HO
[177]
O
[178]
O
H
[167]
AcO
O
HOOC
[174]
Figura 27: Sesquiterpenos furânicos encontrados em espécies marinhas.
73
2.4 Sistemática vegetal
2.4.1 Família Myrtaceae
A família Myrtaceae é constituída de 130 gêneros e cerca de 3.000 espécies. É
representada principalmente por plantas arbustivas ou arbóreas. Nas Américas, espécies
frutíferas como o jambo (Eugenia jambolana), goiaba (Psidium guajava), jaboticaba (Plinia
trunciflora), cerejeira (E. involucrata) são importantes representantes. Além dessas espécies,
outra de grande importância econômica é o Eucalyptus, nativo da Austrália e cultivado em
larga escala nos trópicos (Wikipédia, 2007).
2.4.2 Gênero Eugenia
O gênero Eugenia é considerado o maior gênero de árvores e arbustos da família
Myrtaceae e compreende cerca de 2000 espécies. Este grupo ocorre em climas tropicais e
subtropicais e também nos trópicos da Ásia, África e Austrália (Wikipédia, 2007). Dentro
deste grupo destacamos a espécie E. uniflora, vulgarmente conhecida como pitangueira.
2.4.2 Eugenia uniflora
I Descrição botânica
E. uniflora é uma árvore de pequeno porte, de 6 a 12 metros, com folhas opostas e
nervuras marginais apresentando aspecto ovalado lanceolado, de ápice aguda ou obtusa com
margem inteira de 2,0 a 6,0 cm de comprimento e 1,0 a 2,5 cm de largura. São glabras e
membranosas apresentando a face abaxial um pouco mais clara e opaca. Suas flores são
solitárias ou em grupos de 2 ou 3 membros nas axilas da extremidade dos ramos brancas ou
amarelo-pálidas. Os frutos apresentam-se como uma drupa globosa achatada e sulcada,
glabra, brilhante, vermelha, de polpa carnosa e comestível, apresentando uma ou duas
sementes (Lorenzi, 1992).
74
Figura 28: Pitangueira (Eugenia uniflora L.) (Lorenzi, 1992)
Apresenta diversas sinonímias botânicas dentre elas: E. michelli Lam., E. costata
Camb., Eugenia indica Mich., Stenocalix michelli (Lam) O. Berg., S. brunneus O. Berg, S.
affinis O. Berg, S. strigousus O. Berg, S. impuctatus O. Berg, S. glaber O. Berg, S. lucidus
O. Berg, S. dasyblastus O. Berg, Pinia rubra L., Pinia penducalata L. e Myrtus brasiliana
L (Lorenzi, 1992).
Quanto à distribuição geográfica, é uma espécie encontrada principalmente nas
regiões tropicais. No Brasil pode ser encontrada em Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Pio Corrêa,
1984).
A pitangueira é apreciada pelos seus frutos apresentarem sabor agridoce. O chá de
suas folhas serem empregados na medicina popular como antitérmico, hipotensor, antigota,
estomáquico e hipoglicemiante (Auricchio & Bacchi, 2003).
II Composição química
Existem diversos trabalhos relatando a composição química do óleo essencial obtido
das folhas da pitangueira. Weyerstahl et al. (1988) identificaram por CG-EM e RMN
1
H e
13
C como componentes majoritários do óleo de E. uniflora o furanodieno [2] (24%) que de
acordo com os autores coelui com o curzereno [1] além de formar atractilona citada como
produto de isomerização. Vale ressaltar que os dados de RMN unidimensionais do
curzereno não foram apresentados no artigo. Outros sesquiterpenos também foram
identificados como o germacreno B [179] (5.8%), β-elemeno [104] (3,5%), selina-1,3,7
(11)-trieno-8-ona [180] (17%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (14%).
75
No Brasil, Morais et al. (1996) identificaram por CG-EM e pelo IRL, além dos
compostos supracitados o 4-acetoxi-germacra-1,8(11)-dieno-9-ona [182]. O selina-
1,3,5(11)-trieno-8-ona [181] e o óxido de selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona foram identificados
também por RMN
13
C. A porcentagem dos terpenos foi muito diferente do encontrado por
Weyerstahl, o selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona [180], por exemplo apresentou-se como
constituinte majoritário com 48,5% do óleo bruto. No Nordeste brasileiro, encontrou-se na
composição do óleo essencial, os sesquiterpenos majoritários selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona
[180] (48,52%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (17,33%) (Morais et al.,
1996; Auricchio & Bacchi, 2003). Em contrapartida, Maia et al. (1999), estudaram por CG-
EM o óleo essencial das folhas e ramos de E. uniflora coletados no estado do Pará e
identificaram como compostos majoritários o germacrona [63] (32,8%) e curzereno [1]
(30,0%). Melo (2005) caracterizou os componentes majoritários do óleo essencial das folhas
da pitangueira o curzereno [1] e furanodieno [2] (42,2%), o β-elemeno [104] (5.9%), e o
espatulenol [58] (3,8%). As análises foram realizadas por CGAR-EM.
Onayade et al., (1999) identificaram por CG-EM no óleo essencial das folhas da E.
uniflora os sesquiterpenos germacreno A [103], germacreno D [65], selina-1,3,7 (11)-trieno-
8-ona [180], selina-11-eno-4α-ol [77], viridiflorol [82],óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-
ona [181] e o 4-acetóxigermacra-1,8 (11)-trieno-8-ona [182]. Além disso, foi avaliado o
efeito do armazenamento em congelador do óleo essencial de pitangueira. Observou-se que
o óleo obtido das folhas frescas apresentaram 25,5% de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [180]
enquanto que o óleo armazenado sob refrigeração apresentou 10,9%.
Em outra pesquisa, El-Shabrawy (1995) empregando a CG-EM, identificou no óleo
essencial das folhas da pitangueira a selina-1,3,7(11)trieno-8-ona [180] (20,33%),
furanodieno [2] (16,52%), óxido de selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona [181] (10,53%), selina-11-
eno-4α-ol (6,23%) [77] e o espatulenol [58] (4,39%). Henriques et al. (1993) também
estudaram por CG-EM o óleo essencial das folhas da E. uniflora e identificaram como
constituinte majoritário o nerolidol [69] com 25,2% de teor. Este sesquiterpeno também foi
encontrado por Ubiergo et al. (1987) no óleo essencial da pitangueira cultivada na
Argentina, com teor de 10,5%. Além deste, outros compostos foram identificados
empregando a CG-EM: limoneno [18] (10,4%), verbenona [183] (5,0%), carvona [184]
(14,4%) e a pulegona [185] (11,4%),. Viana et al., (1971) identificaram o β-pineno [89],
76
limoneno [18], pulegona [185] e cânfora [40] no óleo essencial das folhas da pitangueira
secas à sombra. Rucker et al. (1971) e Weyerstahl et al. (1988) isolaram do óleo essencial
da pitangueira o furanodieno [2] empregando a metodologia de filtração por metanol à frio.
A identificação foi realizada por CG-EM e por RMN
1
H e
13
C.
Na Nigéria, observou-se que a constituição química do óleo essencial da pitangueira
apresentou como componente principal o curzereno [2] (19,7%) seguido da selina-1,3,7
(11)-trieno-8-ona [180] (17,8%), atractilona [145] (16,9%) e furanodieno [2] (9,6%).
Adicionalmente, os autores extraíram também o óleo essencial dos frutos da referida espécie
e encontraram os terpenos germacrona [63] (27,5%), selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [180]
(19,2%), curzereno [1] (11,3%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (11,0%)
como majoritários (Ogunwande et al., 2005). Oliveira et al. (2006) encontraram compostos
bem diferentes no óleo volátil dos frutos como o β-pineno [89] (9.3%), o β-ocimeno [129]
(15,4%), β-elemeno [104] (1,3%) e o curzereno [1] (0,7%). Pino et al. (2003) identificaram
no óleo essencial da pitanga o curzereno [1] (38,9%) e o bergapteno [186] (16,2%). Rucker
et al. (1971) isolou dos óleos dos frutos da pitangueira o furanoelemeno [1], o germacreno B
(179) e o selina-4(14),7(11)-dieno (187). Nestes estudos empregou-se a CG-EM para a
identificação dos compostos.
H
[180]
O
H
O
[181]
O
AcO
E
E
[179]
[182]
O
[183]
O
[184]
O
[185]
O
O
O
OMe
[186]
H
[187]
Figura 29: Terpenos presentes no óleo essencial das folhas de E. uniflora
Outros compostos da pitangueira foram identificados. Lee et al. (1997) isolaram a
partir do extrato em acetona os taninos eugeniflorina D
2
[188] e eugeniflorina D
1
[189] e os
compostos fenólicos oenoteina B [190] e galocatequina [191]. Mais recentemente, Lee et al.
(2000) isolaram os radicais fenólicos galoil [192] e valoneoil [193]. Dos frutos da
77
pitangueira identificaram-se as antocianinas cianidina-3-O-β-glicopiranosideo [194] e o
delfinidina-3-O-β- glicopiranosídeo [195] (Einbond et al., 2004) e carotenóides como o
Licopeno [196], γ-caroteno [197], β-criptoxantina [198], ξ-caroteno [199] e o fitoflueno
[200] (figura 30).
Figura 30: Compostos fenólicos, taninos e carotenóides encontrados na pitangueira.
78
III Atividades farmacológicas
Popularmente a pitangueira é empregada em infusões ou em decocções para a
diminuição do açúcar no sangue, contra dores reumáticas, como diurético, no combate de
distúrbios estomacais, na diminuição da febre e como antiinflamatório (Ogunwande et al.,
2005).
A inibição da enzima xantina oxidase pelo extrato hidroalcoólico da E. uniflora foi
estudado por Schmeda-Hirschmann et al. (1987). Esta enzima é responsável por catalisar a
oxidação da xantina em hipoxantina que por sua vez transforma-se em ácido úrico e,
consequëntemente acredita-se que a infusão do vegetal seja medicinalmente útil no
tratamento da gota. Os autores atribuem o efeito aos flavonóides presentes no extrato; além
disso, a pesquisa avaliou a toxicidade aguda e subaguda do produto e os resultados
mostraram a ausência de efeito tóxico.
Arai et al. (1999) avaliaram frações obtidas do extrato etanólico das folhas da
pitangueira (70%), e sua atividade hipoglicêmica e hipotrigliceridêmica. Duas frações
promoveram a diminuição dos níveis de açúcar e do teor de triglicerídeos sanguíneos.
Praticamente todas as frações foram capazes de inibir a atividade da maltase e sucrase.
Outra pesquisa envolvendo a avaliação dos níveis de lipídeos sanguíneos foi realizada por
Ferro et al. (1988). Os autores verificaram que o extrato hidroalcoólico das folhas da
Pitanguera foi capaz de diminuir teor de triglicerideos e de VLDL (Very Low Density
Lipids) no sangue de macacos após 2 semanas de tratamento, empregando uma dieta rica em
colesterol.
Souza et al. (2004) relataram que o extrato metanólico da pitangueira apresentou-se
ativo contra o Staphylococcus aureaus, Bacillus subtilis e Micrococcus luteus. O óleo
essencial das folhas e frutos desta espécie também foi avaliado quanto ao efeito antifúngico
e antibacteriano, e apresentaram inibição significativa contra a Pseudomonas aeruginosa e
Trichophyton mantagrophytes (Adebajo et al., 1989). A metodologia empregada em ambos
os casos foi a de difusão por ágar. De modo semelhante, Ogunwande et al. (2005) estudaram
o efeito antibacteriano dos óleos voláteis dos frutos e folhas da pitangueira e perceberam
uma inibição significativa no crescimento do S. aureus e B. cereus respectivamente. O efeito
citotóxico também foi pesquisado pelos autores e os materiais vegetais apresentaram
79
resultados excelentes, inibindo completamente o crescimento de células mamárias humanas
tumorais.
Holetz et al. (2002) avaliaram o efeito antifúngico de diversas plantas empregadas
pela medicina popular no tratamento de infecções bacterianas e fúngicas e concluíram que a
pitangueira apresentou uma diminuição significativa no crescimento micelial das espécies
Cândida krusei e C. tropicalis.
A atividade vasorelaxante do extrato hidroalcóolico bruto e das frações da E.
uniflora também foi confirmada por meio do ensaio de órgão isolado em ratos. Percebeu-se
uma ação do extrato mediada pelo óxido nítrico e o desaparecimento da atividade com o
fracionamento do produto bruto (Wazlawik et al., 1997). Consolini & Sarubbio (2002),
avaliando o extrato aquoso da espécie, observaram o efeito hipotensor em ratos e sugeriram
que os compostos presentes na pitangueira diminuem a pressão intraventricular através do
bloqueio irreversível dos canais de cálcio. Adicionalmente, Consolini, et al. (1999)
comprovaram o efeito vasodilator e hipotensivo do extrato aquoso obtido das folhas da E.
uniflora e citam que a atividade pode ser em conseqüência do bloqueio dos canais de cálcio
ou da ativação dos canais de potássio ou ainda do efeito da inibição da enzima
fosfodiesterase.
O efeito antioxidante dos extratos metanólicos da E. uniflora revelou-se bastante
expressivo. Foram realizados ensaios de peroxidação lipídica induzida por Fé
2+
/Ascorbato e
por CCl
4
/NADPH, com IC
50
de 6,9 e 6,2 μg/ mL, respectivamente; na redução do
superóxido induzido pela enzima hipoxantina com IC
50
de 7,7 μg/ mL; na redução do DPPH
(2,2-difenil-1-picrilhidrazil) com um IC
50
de 9,1 μg/ mL (Velásquez et al., 2003).
Almeida et al., (1995) estudaram a atividade antidiarréica do extrato aquoso obtido
das folhas da pitangueira a partir da avaliação da absorção intestinal de água. Os resultados
mostram que o extrato foi capaz de atuar em todas as porções intestinais com exceção do
jejuno.
Lee et al. (2000) observaram o efeito antiviral de taninos e compostos fenólicos
obtidos da E. uniflora e observaram que a eugeniflorina D
2
[185] e eugeniflorina D
1
[185]
foram capazes de inibir a enzima DNA polimerase do vírus Epstein-Barr.
80
2.5 Mecanismo da dor e da inflamação
A inflamação é uma reação de defesa do organismo desencadeada por agentes
físicos, químicos ou biológicos (bactérias, vírus ou parasitas) e apresenta cinco sinais
clássicos: calor, rubor, dor, tumor e perda da funcionalidade do tecido (Schmitz & Bacher,
2005). A vermelhidão e o aumento da temperatura local resultam do aumento do fluxo
sanguíneo e em conseqüência da maior permeabilidade vascular. Em função disto, fibras
nervosas são comprimidas e por sua vez sensibilizadas e estimuladas caracterizando o que
conhecemos como dor (Calixto et al., 2003).
O processo inflamatório consiste na resposta orgânica diante de uma injúria tissular
ou infecção e envolve uma ação coordenada entre o tecido lesionado e o sistema
imunológico. Acumulam-se no local da agressão substâncias biologicamente ativas, como as
prostaglandinas, tromboxanos e outros mediadores químicos, que também favorecem o
estímulo doloroso, sensibilizando os receptores da dor ou nociceptores (Kummer & Coelho,
2002).
Um grupo importante de mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório é
o dos eicosanóides, produzidos a partir do ácido araquidônico (AA). O AA apresenta um
papel regulador chave na fisiologia celular e é liberado a partir de fosfolipídeos de
membrana, com o auxílio da enzima Fosfolipase A
2
.
O ácido araquidônico ao ser liberado por estímulos (físicos, químicos ou biológicos)
é convertido nas prostaglandinas G
2
e H
2
, pelo auxílio enzima prostaglandina endoperóxido
sintase (PGHS) citosólica, também denominada de ciclooxigenase (COX) (Kummer &
Coelho, 2002; Helliwell, 2006).
O termo ciclooxigenase deve-se ao seu mecanismo de ação que consiste na formação
de endoperóxidos (peróxidos bicíclicos) a partir da oxigenação dos ácidos graxos
poliinsaturados. A enzima COX apresenta duas isoformas denominadas de COX-1 e COX-
2. A COX-1 é a isoforma fisiologicamente constitutiva, atuando como citoprotetora gástrica
e mantenedora da homeostase renal e plaquetária e a COX-2 dita indutiva, ou seja, sendo
produzida apenas em situações de trauma tecidual ou nos processos inflamatórios. A partir
desta descoberta surgiram os medicamentos inibidores seletivos da COX-2, que permitiram
81
a diminuição ou ausência dos efeitos colaterais indesejáveis, como os distúrbios
gastrointestinais, advindos do bloqueio inespecífico da ciclooxigenase. Atualmente foi
estabelecido que a isoforma 2 está presente em tecidos e que exista uma terceira isoforma
desta enzima, intitulada COX-3 (Kummer & Coelho, 2002).
A enzima PGHS apresenta dois sítios catalíticos, o sítio ciclooxigenase que
convertem o AA em PGG
2
e o sítio peroxidase que é responsável em produzir as PGH
2
. Esta
é convertida pelas isomerases tissulares específicas em diversos prostanóides como as
prostaglandinas e as tromboxanas (Helliwell et al., 2006).
As lipooxigenases constituem outra classe de enzimas que metabolizam ácido
araquidônico produzindo outros mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório,
os leucotrienos, estes atuam como fator quimiotático, permitindo que as células envolvidas
na inflamação (neutrófilos) cheguem ao local com mais facilidade, em função do aumento
da permeabilidade vascular (Lüllmann et al., 2000).
Outro mediador importante é o óxido nítrico, que está presente em processos
fisiológicos e patológicos, tais como vasodilatação e inflamação crônica, o que implica no
estudo de sua atividade para determinação dos efeitos antiinflamatórios de compostos
(Matsuda et al., 2000), assim como o Fator nuclear-κB (NF- κB) que é um elemento de
transcrição que ativa genes envolvidos no processo inflamatório (Kwok et al., 2001).
82
Figura 31: Mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório (Fonte: Lüllmann,
2000).
83
3 OBJETIVOS
3.1 Gerais
Estudar a composição química do óleo essencial extraído das folhas da pitangueira
(E. uniflora L.) e sua atividade biológica, levando em consideração efeitos de sazonalidade e
envelhecimento.
3.2 Específicos
Caracterizar por Cromatografia em Fase Gasosa acoplada a Espectrometria
de Massas, associada aos índices lineares de retenção, o óleo essencial de E.
uniflora L..
Separar o óleo essencial da pitangueira, em grupos químicos, empregando
cromatografia em coluna com sílica impregnada por KOH.
Isolar o constituinte majoritário do óleo essencial da E. uniflora L. e elucidar
sua estrutura química
Avaliar o efeito da sazonalidade na composição química do óleo essencial da
pitangueira.
Avaliar a interferência ou não da secagem das folhas na composição química
do óleo essencial da E. uniflora L..
Caracterizar o óleo essencial da E. uniflora L. extraído a partir de folhas
envelhecidas por CGAR-EM
Estudar o efeito analgésico do óleo essencial da pitangueira, assim como suas
frações e seu constituinte majoritário.
Avaliar o efeito antiinflamatório do óleo essencial da pitangueira.
84
4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
4.1 Coleta do material vegetal
As folhas da pitangueira foram coletadas no Bloco A do Instituto de Química (IQ) da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os períodos diurno (7:30 às 8:30) e
vespertino (12:30 às 13:30) entre os anos de 2004-2006.
Folhas de E. uniflora de outra localidade foram coletadas (Bloco H do Centro de
Ciências as Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro), nos períodos Diurno (7:30 às
8:30) e Vespertino (12:30 às 13:30), durante o mês de Dezembro de 2006. Para facilitar a
descrição das análises designou-se o símbolo PA para amostras coletadas no bloco A do
Instituto de Química e a PH para aquelas extraídas a partir de pitangueiras do bloco H do
Centro de Ciências da Saúde.
4.2 Secagem e envelhecimento
A secagem das folhas de E. uniflora L. foi realizada com as folhas dispostas em
papel absorvente, em ambiente sob refrigeração com ar-condicionado (T=20°C), no
Laboratório de Aromas da UFRJ (626A - IQ), durante sete dias para posterior extração do
óleo. As amostras vegetais empregadas para a secagem foram a do mês de junho (PA) e
dezembro (PH).
Para a avaliação do envelhecimento, as folhas secas após o período de sete dias
foram acondicionadas em plásticos e guardadas por um período de três meses (figura 32). O
material foi mantido sobre a bancada, sem incidência direta de luz, sob temperatura
ambiente no Laboratório de Aromas da UFRJ. Decorrido o tempo descrito, o óleo volátil foi
extraído do material vegetal.
Figura 32: Acondicionamento das folhas secas da pitangueira
85
4.3 Extração do óleo essencial
O óleo essencial foi extraído por hidrodestilação empregando o aparelho Clevenger
adaptado a um condensador com um sistema de resfriamento (5
0
C) e controlador de fluxo
modelo Themp-Term B250. As folhas frescas ou secas foram picadas com auxílio de tesoura
e colocadas em um balão de fundo redondo junto com a água destilada. Após 3 horas de
extração retirou-se o óleo junto com o hidrolato e transferiu-se a mistura para um funil de
separação. Adicionou-se diclorometano (Tédia – P.A) à mistura e a fase orgânica foi
separada e evaporada em um evaporador rotatório (Marconi Equipamentos e Calibração
para Laboratórios – MA120). Os rendimentos estão apresentados na tabela 07 (página 115).
O óleo de mirra (C. myrrha) foi obtido comercialmente (Ökoshop Reagen) da
Alemanha e cedido gentilmente pela Msc. Bárbara Zellner. O estudo do óleo foi realizado
por apresentar características químicas similares ao óleo da pitangueira.
4.4 Cromatografia em coluna aberta do óleo essencial
Os óleos essenciais da pitangueira (270 mg) foi submetidos a cromatografia em uma
coluna empacotada com sílica gel 60 (Merck 70-230 Mesh), impregnada com KOH,
seguindo a metodologia de Veiga Junior (2004) modificada. Nesta técnica empregou-se
20mL de uma solução aquosa de KOH 5% em 30g de sílica gel, com posterior secagem em
estufa a 110°C, durante 3 horas. A coluna cromatográfica foi eluída com pentano,
diclorometano e metanol. A última fração foi totalmente evaporada e nela adicionou-se
40mL água destilada. Posteriormente a solução foi acidificada até o pH 4 e foi adicionado de
100mL de diclorometano. Finalmente, a fase orgânica foi separada por meio de um funil de
decantação e evaporada em evaporador rotario. Uma alíquota da fração orgânica foi
derivatizada com diazometano (Veiga Junior, 2004) para posterior análise por CGAR-EM
descrita no item 4.7.1.
Realizou-se outra CLC, com o objetivo de isolamento do composto majoritário
(sesquiterpeno furanóide) onde a partir da coluna de sílica gel impregnada com KOH
retirou-se 10 frações. A partir de 1,57g de óleo obteve-se 4 frações de pentano e de
diclorometano e 2 frações metanólicas.
86
4.5 Isolamento do sesquiterpeno furanóide majoritário
Com o intuito de isolar o componente majoritário do óleo essencial empregou-se a
metodologia realizada por Hikino et al. (1968) no isolamento de furanosesquiterpenos da
espécie Curcuma zedoaria. A metodologia consistiu no resfriamento do óleo essencial de E.
uniflora L. por cerca de 2 meses em um congelador e posteriormente realizou-se sua
filtração com metanol a frio (0
o
C).
4.5.1 Atractilona [145]
Sólido Branco; Rf=0,6 (clorofórmio:isopropanol 8:2); RMN
1
H (300MHz, CDCl
3
) δ:
1,54-1,72 (4H, m); 2,05-2,19 (2H, m); 2,33-2,35 (1H, t, J=2,33Hz); 2,39-2,41 (2H, t, J=2,13
Hz); 2,47 (2H, s); 7,1, 1H, s); 1,99 (3H, d, J=1,1 Hz); 0,8 (3H, s); Sistema AB: 4,74-4,75
(1H, d, J=1,63 Hz) e 4,90-4,91 (1H, d, 1,63 Hz). RMN
13
C (300MHz, CDCl
3
) δ: 8,25; 17,64;
20,97; 23,60; 36,72; 37,40; 39,37; 42,02; 45,81; 116,23; 107,36; 119,66; 137,01; 149,49;
149,90. EM (IE 70eV) m/z (%): 216(M
+
,11), 201(8), 187(2), 159(5), 148(33), 133(9),
119(6), 108(100), 91(14), 79(14), 65(5), 55(4), 53(3). IV da mistura de isômeros (KBr):
3052 , 2967 , 2931 , 2893 , 1508 , 1444 , 1454 , 1425 , 1133 , 1078 , 1024 , 752 , 758 cm
-1
.
4.5.2 Furanoeudesmano-3-eno [168]
Sólido Branco; Rf=0,6 (clorofórmio: isopropanol 8:2); RMN
1
H (300MHz, CDCl
3
) δ:
1,54-1,72 (2H, m); 2,05-2,19 (2H, m); 5,48 (1H, br s); 2,25-2,27 (1H, m); 2,58-2,60 (1H, dd,
J=4,53, 15,0 Hz); 2,66-2,68 (1H, dd, J=4,53, 15,0 Hz); 2,47 (2H, s); 7,1 (1H, s); 1,99 (3H, d,
J=1,1 Hz); 0,87 (3H, s); 1,76 (3H, d, 1,1 Hz). RMN
13
C (300MHz, CDCl
3
) δ: 37,23; 22,89;
121,98; 134,51; 43,97; 21,42; 117,24; 150,39; 38,77; 33,28; 119,66; 137,01; 8,25; 16,67;
21,36. EM (IE 70eV) m/z (%): 216(M
+
,11), 201(8), 187(2), 159(5), 148(33), 133(9), 119(6),
108(100), 91(14), 79(14), 65(5), 55(4), 53(3). IV da mistura de isômeros (KBr): 3052 , 2967
, 2931 , 2893 , 1508 , 1444 , 1454 , 1425 , 1133 , 1078 , 1024 , 752 , 758 cm
-1
.
87
4.6 Identificação dos óleos essenciais e do sesquiterpeno furanóide majoritário.
4.6.1 Cromatografia em fase gasosa de alta resolução acoplada a Espectrometria de
Massas (CGAR-EM)
Empregou a CGAR-EM para a separação e caracterização química dos componentes
presentes no óleo essencial bruto da pitangueira, suas frações e seu produto isolado. Todas
as análises foram realizadas empregando-se a mesma programação do forno cromatográfico
e mesmas concentrações.
Empregou-se uma coluna capilar cromatográfica DB-1 (30m x 0.25mm x 0.25μm) e
2mg de cada amostra foram solubilizadas em 1mL de diclorometano e injetados 2μL de
solução a partir da técnica de agulha aquecida. A corrida cromatográfica iniciou-se em 80
o
C, mantendo-se a esta temperatura por 4 minutos e aumentando-se gradativamente a 2 °C
por minuto até a temperatura de 240 °C. Posteriormente houve um aumento de 5 °C até
atingir a temperatura máxima de 270 °C, permanecendo em isoterma por 5 minutos. O modo
de injeção foi sem divisão de fluxo e a temperatura do injetor e da linha de transferência
foram de 270 e 290°C, respectivamente. O gás de arraste empregado foi o Hélio (1.0 psi) e o
tempo de não detecção do solvente foi de 4 minutos. Os espectros de massa foram obtidos
na faixa de 50 a 800 Da e as espectrotecas empregadas foram a Wiley 275 (G1034C Versão
C0300-Hewlett-Packard 1984-1994) e a Nist (Versão 2.0 – FairCom Corporation 1984-
2002). Além disso, os espectros foram analisados com base no livro “Identification of
essential oil components by gas chromatography/mass spectrometry” de Adams (1995). Para
o cálculo da abundância dos picos dos fragmentogramas empregou-se o programa AMDIS-
Automated Mass Spectral Deconvolution System DTRA/Nist 2002 (Versão 2.1).
4.6.2 Determinação do Índice de Retenção Linear (IRL)
Para a determinação do Índice de Retenção Linear uma mistura de n-alcanos (C
12
a
C
25
) foi analisada por CGAR-EM nas mesmas condições cromatográficas mencionadas no
item anterior. O cálculo empregado apresenta-se ilustrado pela fórmula a seguir:
88
Tr
A
= tempo de retenção do analito
Tr
N
= tempo de retenção do alcano com N carbonos
Tr
N+1
= tempo de retenção do alcano com n carbonos (n = N+1)
4.6.3 Ressonância Magnética Nuclear-RMN
A espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear é uma técnica que permite
elucidar estruturalmente compostos a partir de absorções de radiação eletromagnéticas
característica, em função dos núcleos da molécula. Neste trabalho tanto experimentos
unidimensionais como bidimensionais foram realizados na amostra do sesquiterpeno
furanóide majoritário. Para as análises empregou-se clorofórmio deuterado no momento da
análise para evitar a degradação da amostra.
I - Experimentos unidimensionais
Os experimentos unidimensionais incluem RMN
1
H e
13
C. A ressonância magnética
nuclear de hidrogênio nos permite obter informações do número de diferentes tipos de
hidrogênio (ambientes químicos distintos), cujas áreas de absorção, calculadas pelas
integrações dos picos, correspondem ao número de hidrogênios. Além disso, o espectro de
RMN
1
H nos informa sobre os prótons não equivalentes vizinhos, por meio do fenômeno
denominado de acoplamento de spin, que é o acoplamento indireto dos spins dos
hidrogênios através dos elétrons de ligação. Quanto a RMN
13
C, não há o acoplamento spin-
spin, em função do núcleo magneticamente ativo
13
C não apresentar abundância natural
grande (1,1% de
12
C). A multiplicidade dos sinais de carbono é determinada pelo
experimento DEPT (Distortionless Enhancement by Polarization Transfer). Neste
experimento são aplicados três pulsos diferentes de hidrogênio (45°, 90° e 135°) e é
percebido sinais de intesidade diferente de acordo com o número de hidrogênio ligado ao
carbono.
89
II - Experimentos bidimensionais
O experimento
1
H-
1
H COSY (Correlation Spectroscopy) realizado indica quais os
pares de núcleos estão sendo correlacionados. As mais comuns correlações observadas nos
espectro de COSY são os acoplamentos em
2
J (geminal),
3
J (vicinal) e
4
J (alílico e em W).
Nos experimentos de HETCOR (Heteronuclear chemical shift correlation)
correlacionam-se os núcleos de carbono com os de hidrogênio. Neste tipo incluem os
acoplamentos entre
1
H e
13
C que participam da mesma ligação química (HMQC -
Heteronuclear Multiple Quantum Coherence) e HMQC (Heteronuclear Multiple Bond
Correlation), onde são observados acoplamentos de longa distância (
2
J e
3
J ).
4.6.4 Cromatografia em Camada Delgada-CCD
Os óleos essenciais de mirra e pitangueira, fração pentano (item 4.4) e produto
isolado foram cromatografados empregando clorofórmio e isopropanol (8:2). O revelador
empregado foi solução alcoólica 10% de ácido sulfúrico com posterior aquecimento em
placa quente.
4.6.5 Rotação Específica dos Óleos Essenciais de Eugenia uniflora L.
Foram calculadas a rotação específica dos óleos essenciais obtidos de folhas frescas e
envelhecidas (3 meses). Solubilizou-se os óleos em diclorometano (solução de 1%),
empregando-se uma célula de 3,5cm x 50mm, a 25°C e realizou-se 10 repetições de cada
óleo.
4.7 Variação sazonal
As folhas da pitangueira foram coletadas no Bloco A do Instituto de Química (IQ) da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os períodos Diurno (7:30 às 8:30) e
Vespertino (12:30 às 13:30) durante os meses de fevereiro e junho de 2006.
A composição química dos óleos foi analisada por CGAR-EM nas condições
descritas no item 4.6.1. A variação sazonal foi avaliada entre diferentes meses (fevereiro e
junho), dias (cinco dias consecutivos) e turnos (matutino e vespertino). Realizam-se
comparações entre os teores de sesquiterpenos furanóides, hidrocarbonetos, hidroxilados e
90
carbonilados. Os dados foram analisados estatisticamente e empregou-se o teste t-student. O
programa utilizado foi o Biostat 2.0.
4.8 Estimativa do teor do sesquiterpeno majoritário
A linearidade caracteriza-se pela capacidade da metodologia em fornecer resultados
diretamente proporcionais à concentração da substância em exame, especificamente o
constituinte majoritário furanosesquiterpeno, neste caso. Para isto foi correlacionado o sinal
medido (área do pico) e a concentração do composto a ser quantificado e essa relação
matemática foi expressa por uma curva analítica descrita pela equação y=ax+b (onde y é o
sinal medido, a e b são os coeficientes angular e linear respectivamente e x é a concentração
da espécie a ser quantificada).
Neste trabalho empregou-se o furanosesquiterpeno isolado, em três concentrações
diferentes 1, 2 e 3 mg em 1 mL de diclorometano e injetados 2μL nas condições
cromatográficas anteriormente citadas. As amostras foram analisadas por CGAR-EM e os
dados comparados com as amostras de óleos brutos obtidos do exemplar PA.
4.9 Ensaios farmacológicos
Todos os animais empregados nos ensaios farmacológicos foram obtidos do Biotério
do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio) supervisionado
pela Professora Dr
a
Ana Luísa P. de Miranda e foram realizados dentro das boas normas de
emprego de animais em pesquisa.
4.9.1 Atividade analgésica
Para o ensaio da atividade antinoceptiva empregou-se grupos de 8 camundongos
albinos, em jejum, de ambos os sexos e administração oral foi realizada por gavagem de
acordo com o peso do animal (0,1 mL/ 20g). Os óleos brutos da pitangueira foram
administrados nas doses de 50, 100, 200 e 500 mg/Kg, assim como a fração pentano obtida
por CLC descrita no item 4.4. As frações eluídas com diclorometano e metanol foram
administradas na dose de 200mg/Kg e o sesquiterpeno majoritário isolado (item 4.5) foi
empregado na dose de 100mg/Kg .O veículo empregado para a solubilização dos óleos e
frações foi uma solução de etanol, tween 80
®
e água (1:1:10).
91
Após 1 hora da administração dos produtos aplicou-se por via intraperitoneal o
agente indutor da dor, o ácido acético (0,1N; 0,1 mL/ 10g) aguardando-se 10 minutos para a
contagem do número de contorções abdominais realizadas em um período de 20min
(Whittle, 1964). O grupo controle foi aquele constituído pela administração do veículo. Para
avaliar se o veículo empregado não apresentava efeito ao animal, comparou-se seus
resultados com outro veículo, comumente empregado em ensaios farmacológicos, a solução
aquosa de goma arábica à 5%. Não houve diferença estatística significante entre eles.
4.9.2 Atividade antiinflamatória
A atividade antiinflamatória foi avaliada pelo ensaio de edema de orelha induzido
por TPA (12-O-tetra-decanoylphorbol 13-acetate) (Opas et al., 1985 & Young et al., 1989).
Empregou-se a dose de 200mg/Kg (v.o.) de óleo bruto, solubilizados em etanol:tween:água
(1:1:10). Após 1 hora da administração do óleo, foram aplicados nas orelhas direitas 20 μL
(face interna e externa) de TPA (2µg/orelha), solubilizado em acetona, e nas orelhas
esquerdas acetona (controle). O grupo controle foi aquele constituído pela administração do
veículo. Após 6 horas, os animais foram sacrificados e as orelhas cortadas e pesadas para
avaliação do efeito farmacológico.
4.9.3 Avaliação estatística
Os resultados dos ensaios farmacológicos foram tratados estatisticamente
empregando o teste t-student. O software utilizado para o cálculo foi o BioStat 2.0.
92
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Caracterização química e variação sazonal do óleo essencial
O óleo essencial da pitangueira foi caracterizado quimicamente por CGAR-EM e o
fragmentograma correspondente ao óleo essencial extraído no mês de fevereiro apresenta-se
ilustrado na figura 33.
Figura 33: Cromatograma total de íons do óleo essencial da pitangueira obtido no mês de
Fevereiro.
Os óleos apresentaram cor amarelo-claro, aroma agradável, aspecto límpido e a média
dos desvios de luz polarizada foi de [α]
25
=1,98+0,4. Na tabela 07 encontra-se o resultado da
caracterização química realizada dos óleos essenciais, extraídos da pitangueira no mês de
fevereiro, durante os turnos matutino e vespertino, mostrando as porcentagens relativas dos
compostos. A análise foi fundamentada nas bibliotecas eletrônicas citadas no item 4.6.1,
considerando a probabilidade acima de 90%, além da comparação dos espectros de massa
com o Adams (1995). Os espectros de massa correspondentes aos óleos analisados
encontram-se no Anexo 01. Os compostos mais abundantes, considerando a porcentagem de
área relativa foram o furanosesquiterpeno em IRL=1467, espatulenol [58], β-elemeno [104],
γ-elemeno [201], globulol [202], os furanosesquiterpenos em IRL=1606 e IRL=1828 e os
compostos não identificados em (IRL=1737) e (IRL=1836). O sesquiterpeno majoritário
(IRL=1467) apresentou variação percentual de 17.97% (amostra PA
B
manhã) a 50.97%
(amostra PA
A
tarde) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de 32%.
D
10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
2000000
2200000
2400000
2600000
2800000
3000000
3200000
Tempo-->
Abundância
TIC: 15MPIT.D
10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
2000000
2200000
2400000
2600000
2800000
3000000
3200000
Tempo-->
Abundância
TIC: 15MPIT.D
10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
2000000
2200000
2400000
2600000
2800000
3000000
3200000
Tempo-->
Abundância
TIC: 15MPIT.D
93
Tabela 07: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira
avaliados em dois turnos durante o mês de fevereiro de 2006.
Área (%)
Amostra
PA
A
PA
B
PA
C
PA
D
PA
E
IRL
TR
Grupo
Químico
Composto
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde
1202 8,92 HC N.I - - - - - 0,34 0,23 0,18 - -
1319 14,26
HC
δ-elemeno [203]
0,57 0,68 0,82 0,64 0,58 0,62 0,55 0,56 0,43 0,72
1372 16,90
HC
β-elemeno [104]
4,12 3,10 4,74 4,24 4,25 4,18 3,34 3,60 3,29 4,28
1393 18.09
HC
β-cariofileno [28]
2,08 1,41 2,77 1,51 1,42 1,49 1,41 1,48 1,21 1,75
1410 19,02
HC
γ-elemeno [201]
2,96 3,35 4,17 1,98 1,87 2,39 3,07 2,73 1,90 3,24
1413 19,15 HC N.I - - 0,48 - - 0,23 - 0,29 - 0,23
1431 20,16 HC Aromadendreno [204] 0,51 0,33 1,21 0,58 0,50 0,49 0,35 0,63 0,51 0,59
1449 21,12
HC
γ-selineno [205]
0,62 0,63 0,83 0,42 0,52 0,47 0,52 0,90 0,54 0,52
1452 21.32 HC N.I - - 0,43 - - - - - - -
1455 21,46
HC
β-selineno [19]
0,99 0,54 0,88 0,86 0,97 0,90 0,90 1,28 0,93 0,90
1467 22,12 SF Furanosesquiterpeno 36,45 57.97 17,97 24,69 33,37 25,47 41,33 25,54 29,28 27,8
1469 22,24 HC Ledeno [206] 1,41 - 2,64 1,07 1,0 1,10 - 1,67 1,72 1,26
1473 22,48 SF Furanosesquiterpeno 0,54 1,24 0,53 0,43 0,59 0,40 0,57 0,48 0,55 0,43
1494 23,62
HC
δ-cadineno [27]
- - - - - - - 0,27 - -
1502 24,04 HC N.I - - 0,57 - - - 0,28 0,49 - -
1510 24,52 HC Selina-3,7(11)dieno [207] - - 0,83 - - - - 0,53 - -
1521 25,11 HC Germacreno B [179] 0,96 0,78 0,93 0,39 0,59 0,44 0,40 0,47 0,63 0,39
1525 25,35 HC N.I - 0,35 0,92 0,73 0,71 0,50 0,46 0,85 0,77 0,61
1529 25,59 OH Palustrol [208] - - 0,83 0,51 0,59 - - 0,52 0,54 0,43
1535 25,92 OH Espatulenol [58] 5,09 3,44 8,60 7,06 6,63 5,81 3,54 3,46 5,72 6,58
1538 26,08 SF Óxido de Cariofileno [209] 1,35 0,70 2,12 1,80 2,19 1,48 1,06 1,34 1,52 1,33
1544 26,41 OH Globulol [202] 2,05 1,68 4,66 2,97 3,05 2,21 1,81 2,76 3,11 2,58
1550 26,74 OH Viridiflorol [82] 1,55 1,14 2,69 1,92 1,97 1,54 1,26 1,68 2,00 1,68
1554 26,96 OH N.I 0,62 0,52 1,45 0,79 0,82 0,69 0,57 1,13 0,96 0,78
1559 27,22
SC
β−elemenona [96]
- - - - - - - - - 0,44
1560 27,33 OH N.I 1,11 0,93 1,93 1,24 1,40 1,14 1,09 1,82 1,49 0,93
1569 27,82 HC N.I - - 0,82 - - - - 0,54 - -
1572 27,98 OH N.I - - - - - - - 0,45 - -
1580 28,44 HC N.I - - 0,74 - - - - 0,37 - 0,25
1582 28,53 SI N.I - - - 0,57 - - 0,33 0,50 0,62 -
1585 28,69 HC N.I - - 0,91 0,37 0,66 0,35 - 0,36 0,91 0,40
1586 28,79 HC N.I - - - 0,64 - 0,79 0,82 - - 0,66
1593 29,15 OH Isoespatulenol [210] 0,73 0,67 1,20 0,79 0,73 0,70 0,52 0,81 0,73 0,80
1599 29,49 OH N.I - 0,54 0,95 0,68 0,64 0,66 0,49 0,64 0,70 0,59
1602 29,67 OH N.I - - 0,42 - - - - 0,33 - 0,25
1605 29,84 OH N.I - - - 2,19 - - - - 2,41 1,99
1606 29,86 SF Furanosesquiterpeno 1,93 2,12 2,27 - 2,25 2,11 2,52 3,38 - -
1610 30,09
OH
τ-muurolol [211]
- 0,48 0,93 0,67 0,72 0,59 0,53 0,68 0,78 0,53
1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,22 1,70 1,21 1,43 1,16 1,71 1,99 2,67 1,17 1,17
1625 30,92 HC N.I - - - - - - - 0,36 - -
1630 31,17 HC N.I 2,57 1,46 1,43 2,49 2,70 3,09 2,18 1,96 2,46 1,60
1641 31,76 HC N.I 2,71 - 1,82 2,75 2,42 3,32 3,40 2,18 3,13 2,20
1642 31,83 SF Furanosesquiterpeno 1,89 4,32 - - - - - - - -
1644 31,96 OH N.I - - 0,77 - - - - 0,73 0,68 0,52
1653 32,45 HC N.I - - 0,61 - - 0,59 - - - -
1660 32,84 OH N.I - - 0,43 0,42 0,48 0,59 0,44 0,75 0,63 0,59
1670 33,35 OH N.I 1,04 0,53 1,37 0,90 0,93 0,55 0,92 1,05 1,19 1,16
1676 33,70 HC N.I 0,89 0,15 1,78 0,70 0,41 0,37 - 0,18 0,99 0,82
1678 33,83 HC N.I - - - 0,70 - 0,84 - 0,25 0,72 0,62
1688 34,35 OH N.I - 0,29 - 1,01 - - 0,71 - - -
1705 35,27 OH N.I 1,82 0,32 1,10 1,68 1,11 0,98 1,54 0,80 1,71 1,77
1709 35,47 OH N.I 1,01 - 1,07 1,18 0,86 1,84 0,86 0,68 1,14 0,99
1715 35,80 OH N.I - - 1,09 0,93 0,74 1,06 0,85 0,72 1,03 0,82
1737 36,97 OH N.I 3,67 2,10 2,64 4,93 4,87 0,94 3,91 3,35 4,11 3,51
1747 37,48 OH N.I 0,65 0,34 - 0,54 - - 0,44 0,42 1,10 0,40
1751 37,72 OH N.I - - - - - - - 0,54 - -
1765 38,43 OH N.I - - 1,09 0,62 - - - - 0,76 0,65
1767 38,56 SI N.I - - - - - - - 0,54 - -
1774 38,94 OH N.I - - - - - - - - - 0,37
94
Área (%)
Amostra
PA
A
PA
B
PA
C
PA
D
PA
E
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manh
ã
Tarde Manhã Tarde
1779 39,20 OH N.I - - - - - - - 0,59 - -
1796 40,09 OH N.I 0,87 0,37 1,07 2,28 2,07 0,45 2,19 2,23 1,08 2,16
1800 40,31 OH N.I 1,58 0,71 2,52 1,31 0,69 4,76 0,62 0,63 1,62 1,66
1808 40,70 SI N.I 0,88 - 0,57 0,68 0,46 0,68 0,58 0,60 0,57 0,68
1828 41,69 SF Furanosesquiterpeno 3,73 0,91 2,11 2,99 2,24 0,44 2,75 3,09 2,49 3,05
1836 42,05 OH N.I 4,78 1,50 2,93 4,95 4,32 1,21 4,37 5,00 3,91 5,10
1853 42,98 OH N.I 0,87 - 0,33 0,85 0,40 1,30 0,71 0,45 0,56 0,79
1878 44,24 OH N.I 1,43 0,41 0,38 1,48 2,42 0,91 1,06 1,22 1,56 1,12
1893 45,01 OH N.I - - - - 0,52 0,65 - 0,29 0,42 0,30
1921 46,32 OH N.I 0,38 - 0,63 0,34 0,50 3,26 0,67 0,49 0,27 0,52
1930 46,77 OH N.I - - - - - - 0,37 0,30 - 0,35
1957 48,06 OH N.I - - - - - - - 0,26 - -
1965 48,41 OH N.I - - - - - - - 0,32 - 0,63
1995 49,85 SF Furanosesquiterpeno - - - 0,79 - - 0,56 0,55 - 0,69
2137 57,63 OH N.I - - - 1,04 0,71 4,90 - - 1,13 0,88
2157 58,67 OH N.I - - - 1,12 1,04 1,02 0,59 0,75 0,99 0,73
2171 59,41 OH N.I - - - 1,12 0,89 1,79 - 0,82 1,05 0,81
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 20,39 12,78 29,59 20,07 18,60 22,50 17,91 22,13 20,14 21,04
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 47,11 68,96 26,21 31,70 41,80 31.61 50,22 35,90 35,90 35,13
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 27,85 15,97 41,25 42,08 38,00 38,75 28,29 34,77 38,89 38,99
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - - - - - - - 0,44
TOTAL 96,23 97,71 97,62 95,10 98,86 93,54 97,33 94,44 96,12 95,84
*
PA
A-E
: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ.
**
Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados;
SC: sesquiterpenos carbonilados.
O β-elemeno [104] (IRL=1372) encontrado no óleo essencial obtido das folhas da
pitangueira foi encontrado também por Weyerstahl et al. (1998) e Melo (2005), assim como
o espatulenol [58] (IRL=1535) foi observado nas pesquisas realizadas por El-Shabrawy
(1995) e Melo (2005). Quanto ao sesquiterpeno furanóide majoritário (IRL=1467) não foi
possível sua identificação por meio da espectroteca e nem pela análise de seu espectro de
massas. Com base na literatura, o óleo essencial das folhas da pitangueira apresenta em sua
constituição os furanosesquiterpenos curzereno [1] (Morais et al., 1996; Maia et al., 1999;
Ogunwande et al., 2005), furanodieno [2] (El-Shabrawy, 1995; Ogunwande et al., 2005) e
atractilona [145] (Ogunwande et al., 2005). Comparando os espectros de massa do
furanosesquiterpeno (IRL=1467) com os espectros de massa do furanodieno [2], curzereno
[1] e atratilona [145], todos apresentam os mesmos fragmentos e com o pico base em m/z
108, referente ao rearranjo por Retro Diels Alder (Figura 34).
95
Figura 34: Rearranjo de Retro Diels Alder de sesquiterpenos furanóides
A presença da β-elemenona na amostra PA
E
(tarde) provavelmente refere-se a
degradação térmica, em função da alta temperatura do injetor (270°C), como discutido no
item 2.3.4. A germacrona [63] é capaz de rearranjar formando a β-elemenona [96] (figura
35) por meio do rearranjo de Cope (Sorm, 1971).
Figura 35: Rearranjo de Cope da germacrona em β-elemenona
Os terpenos foram classificados em quatro grupos químicos: hidrocarbonetos,
oxigenados hidroxilados, oxigenados furanóides e oxigenados carbonilados. Os compostos
que não foram identificados pela espectroteca foram classificados de acordo com a análise
de seus espectros de massa (Anexo 1). Assim, os constituintes que apresentaram íon
96
correspondente a perda de metila [M-15] e/ou perda de H
2
O [M-18] foram caracterizados
como sendo do tipo hidroxilado, aqueles que não continham perda de hidroxila e
apresentavam íon correspondente [M-15] foram classificados como hidrocarboneto. Os íons
que apresentaram o pico base em m/z 108 foram caracterizados como furanóides. Além
disso, foi considerado o tempo de retenção dos compostos. Os terpenos mais oxigenados,
com maior número de insaturações apresentam maior tempo de retenção em função de
afinidade com a fase estacionária e devido ao peso molecular.
Quanto a porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo da pitangueira,
nas amostras PA
A
(Manhã e Tarde) apresentaram os maiores teores de sesquiterpenos
furanóides (Gráfico 02). Os sesquiterpenos do tipo hidrocarbonetos e os oxigenados
hidroxilados não foram regulares em todos os óleos e os que apresentaram maior
discrepância foram as amostras PA
A
e PA
C
do turno da tarde, com 12,78% e 17,91% para os
sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, 15,97 % e 28,29% para os sesquiterpenos
hidroxilados, respectivamente (Tabela 07).
0
10
20
30
40
50
60
70
Exemplares
PAA M PAA T PAB M PAB T PAC M PAC T PAD M PAD T PAE M PAE T
Teor (%)
Gráfico 02: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial
da Pitangueira nos de fevereiro
Sesquiterpenos
Hidrocarbonetos
Sesquiterpenos
Oxigenados
Furanoides
Sesquiterpenos
Oxigenados
Hidroxilados
Sesquiterpenos
Oxigenados
Carbonilados
Quanto ao teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, não foi observado
diferença estatística entre os turnos avaliados. A variação da porcentagem deste grupo foi
semelhante entre os turnos vespertino (21,75%) e diurno (22,91%). A média do teor de
sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto para o período da tarde (19,04
+ 4,22) foi menor do
que o período da manhã (20,80 +
4,76), em função do teor baixo na amostra PA
A
(Tarde).
97
Tabela 08: Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de
Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de
2006.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto
Amostra Manhã Tarde
PA
A
20,39 12,78
PA
B
29,59 20,07
PAc 18,60 22,50
PA
D
17,91 22,13
PA
E
20,14 21,04
Média 20,80+4,76
*
19,04+4,22
*
CV 22,91% 21,75%
Erro Padrão 2,13 1,89
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= 0,49, gl= 8, p> 0,5)
As áreas relativas aos sesquiterpenos hidroxilados do período da manhã e da tarde
também não apresentaram diferença estatística e a maior variação do teor deste grupo foi no
período da tarde, em função de baixos teores deste sesquiterpenos na amostra PA
A
.
Tabela 09: Teor de sesquiterpenos hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga,
extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno hidroxilados
Amostra Manhã Tarde
PA
A
27,85 15,97
PA
B
41,25 42,08
PAc 38,00 38,75
PA
D
28,29 34,77
PA
E
38,89 38,99
Média 34,40+6,43
*
33,40+10,67
*
CV 18,68% 31,94%
Erro Padrão 2,87 4,77
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= 0,17, gl= 8, p> 0,5)
Nos diferentes turnos avaliados não houve diferença significativa no teor do
sesquiterpeno furanóide (Tabela 10). O grupo da tarde apresentou maior variabilidade em
função do primeiro exemplar, com um valor discrepante em relação aos outros dias. Não foi
observado nenhum fator que pudesse favorecer a sua produção, como umidade,
luminosidade ou pluviosidade, baseado nos dados do Instituto Nacional de Metereologia
(INMET) (Tabela 11).
98
Tabela 10: Porcentagem relativa do grupo de sesquiterpenos furanóides presente no óleo
essencial da E. uniflora,extraído no mês de fevereiro, durante os turnos diurno e vespertino.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide
Amostra Manhã Tarde
PA
A
47,11 68,96
PA
B
26,21 31,70
PA
C
41,80 31,61
PA
D
50,22 35,90
PA
E
35,90 35,13
Média 39,80+ 9,63 40,00+15,78
CV 24,19% 39,45%
Erro Padrão 4,30 7,06
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,074, gl= 8, p< 0,5)
Tabela 11: Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Fevereiro de 2006.
Exemplar
Temperatura
máxima (°C)
Temperatura
mínima (°C)
Precipitação
(mm)
PA
A
35 19.8 0
PA
B
33.4 20.8 0
PA
C
33.6 21.2 2
PA
D
28.2 21.2 31
PA
E
27.2 22.6 7.8
Fonte:Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
http://www.agritempo.gov.br/agroclima/pesquisaWeb?uf=RJ
As estruturas químicas dos compostos caracterizados do óleo essencial da pitangueira
encontram-se na figura 36.
HO
H
O
[201]
[206]
[207]
[209]
[210]
[204]
[205]
HO
[208]
HO
H
[211]
H
H
H
H
[203]
H
OH
[202]
Figura 36: Alguns sesquiterpenos caracterizados por CGAR-EM no óleo da E. uniflora L.
99
Na tabela 12 encontra-se a caracterização química realizada dos óleos essenciais
extraídos da pitangueira no mês de junho, durante os turnos matutino e vespertino,
mostrando as porcentagens relativas dos compostos. Os fragmentogramas correspondentes
encontram-se no Anexo 01 e a caracterização química foi realizada de modo semelhante ao
realizado com o óleo extraído em fevereiro.
Tabela 12: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira
avaliados durante o mês de junho de 2006.
Área (%)
Amostra
*
PA
F
PA
G
PA
H
PA
I
PA
J
IRL
TR
**
Grupo
Químico
Composto
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde
1202 8,94 HC N.I - - - - - - - 0,23 0,34 -
1317 14,14 HC N.I 0,89 - - - 0,83 - - - - -
1319 14,27 HC
δ-elemeno [203]
- - - 0,51 - 0,54 0,54 0,54 0,63 0,72
1369 16,84 HC
β-elemeno[104]
4,12 2,04 2,92 3,54 3,73 3,89 3,57 3,40 4,02 4,02
1392 18,03 HC
β-cariofileno[28]
2,17 0,94 1,66 1,56 1,91 1,46 1,35 1,33 1,15 1,54
1409 18,96 HC
γ-elemeno[201]
4,51 2,81 2,86 2,97 4,36 2,88 2,03 2,27 2,97 3,11
1413 19,15 HC N.I - - 0,61 - - - 0,41 - - 0,46
1430 20,09 HC Aromadendreno [204] 0,62 - 0,43 0,43 0,48 - 0,43 0,39 0,35 0,64
1447 21,05 HC
γ-selineno [205]
0,57 - 0,63 - 0,52 - 0,55 0,39 - 0,56
1453 21,37 HC
β-selineno [19]
0,83 0,79 2,04 0,89 0,83 0,94 1,43 0,80 - 1,09
1466 22,09 SF Furanosesquiterpeno 27,86 34,65 36,42 29,83 36,68 36,41 30,62 31,35 38,62 26,22
1469 22,25 HC Ledeno [206] 1,63 - 1,70 1,11 - - 1,32 0,88 1,00 1,57
1472 22,42 SF Furanosesquiterpeno 0,42 0,40 0,46 0,38 0,46 0,39 0,37 0,39 0,45 0,37
1493 23,55 HC
δ-cadineno [27]
- - - - 0,20 - - - - -
1500 23,97 HC N.I - - 0,55 - 0,28 - 0,37 - - 0,33
1519 25,03 HC Germacreno B [179] 0,71 0,42 - 0,52 0,47 - 0,38 0,46 - 0,43
1524 25,29 HC N.I 0,96 0,49 0,56 0,69 0,46 - 0,73 0,48 0,62 0,76
1528 25,51 OH Palustrol [208] 0,67 - - - 0,36 - - - - 0,47
1534 25,85 OH Espatulenol [58] 5,03 3,38 3,43 5,31 4,12 4,24 4,22 4,68 4,03 5,14
1537 26,00 SF Óxido de cariofileno [209] 1,10 0,73 1,20 1,20 0,90 1,19 1,37 1,05 0,91 1,06
1543 26,33 OH Globulol [202] 5,23 2,69 2,62 2,73 2,64 2,02 2,42 2,21 2,14 3,25
1549 26,67 OH Viridiflorol [82] 3,23 1,79 1,66 1,89 1,71 1,40 1,55 1,55 1,70 2,14
1554 26,99 OH N.I 1,57 0,80 0,72 0,74 0,81 0,59 0,77 0,63 0,67 0,92
1561 27,35 OH N.I 2,39 1,45 1,10 1,28 1,31 1,04 1,23 1,04 0,99 1,43
1570 27,88 OH N.I - - - - 0,39 - - - 0,72 0,51
1579 28,36 HC N.I - - - - 0,37 - - - - -
1580 28,45 HC N.I 0,76 - - - 0,32 - - 0,24 - 0,42
1582 28,55 SI N.I 0,51 0,80 - - - - - 0,33 - 0,33
1584 28,63 HC N.I - - - - 0,81 - - - - -
1585 28,73 HC N.I - 0,85 - - - 1,00 0,61 0,46 - 0,81
1593 29,17 OH Isoespatulenol [210] 1,07 0,98 1,42 1,14 0,96 1,01 1,31 0,99 0,58 1,24
1598 29,49 OH N.I 1,01 0,76 0,59 0,81 0,71 - 0,72 0,68 0,70 0,84
1600 29,58 OH N.I - - - - 0,26 - - - - -
1605 29,84 OH N.I 2,71 2,81 2,74 2,27 2,10 2,43 2,24 2,05 2,38 1,96
1610 30,10 OH
τ-muurolol [211]
1,03 0,80 0,56 0,79 0,69 0,60 0,68 0,64 0,65 0,78
1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,20 1,51 1,66 1,49 1,50 1,66 1,50 1,48 1,54 1,00
1622 30,74 HC N.I - - - - - - 0,45 - - 0,38
1630 31,16 HC N.I 0,76 1,65 1,16 2,11 0,86 2,91 2,26 2,21 2,46 0,93
1641 31,76 HC N.I 1,41 2,18 1,26 2,40 1,39 3,09 2,65 2,64 2,78 1,43
1644 31,97 OH N.I 1,05 0,75 - 0,73 0,64 0,57 0,60 0,56 0,64 0,66
1653 32,46 HC N.I - - - - - - - - 0,56 -
1660 32,83 OH N.I 0,27 0,39 - 0,58 0,37 - - 0,44 - -
1665 33,11 OH N.I - 0,64 - 1,25 - - 0,47 0,47 - -
1670 33,38 OH N.I 0,87 0,91 1,22 - 1,05 0,98 1,17 1,05 0,97 1,35
100
Área (%)
Amostra
PA
F
PA
G
PA
H
PA
I
PA
J
IRL
TR
Grupo
Químico
Composto
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde
1677 33,76 HC N.I 2,47 1,98 - 0,69 1,52 - 0,14 0,67 - 1,63
1679 33,87 HC N.I 0,50 - - - - - - 0,58 - -
1681 33,94 OH N.I - - - - - 1,02 - - 1,29 -
1689 34,38 OH N.I - 0,51 0,49 - 0,35 0,70 0,56 0,83 1,15 0,41
1705 35,27 OH N.I 1,07 1,31 - 1,39 0,83 1,10 0,98 1,53 1,70 0,71
1710 35,51 OH N.I 1,32 1,15 0,80 1,14 0,97 0,89 0,81 1,03 1,18 0,88
1715 35,81 OH N.I 0,95 0,83 0,72 0,93 0,83 0,72 0,90 0,89 - 1,05
1737 36,95 OH N.I 2,21 2,61 3,06 3,58 2,96 4,53 3,78 3,80 3,77 3,89
1748 37,56 OH N.I - 0,93 - 0,56 0,79 0,83 - 0,79 1,12 0,66
1766 38,47 OH N.I 1,45 1,19 - 1,21 1,04 - - 0,46 - 1,17
1793 39,93 OH N.I - 0,68 - - 1,68 0,90 - - 1,31 -
1797 40,11 OH N.I 1,17 1,46 2,13 2,04 2,81 1,86 2,30 2,08 1,45 2,08
1802 40,41 OH N.I 4,05 3,09 1,02 3,02 0,57 0,62 1,08 1,53 0,73 3,07
1809 40,73 OH N.I - 0,76 0,88 0,92 - - 0,83 0,67 - 0,84
1827 41,67 SF Furanosesquiterpeno 1,85 4,19 5,15 3,84 2,83 3,94 5,12 3,74 3,19 3,26
1836 42,10 OH N.I 3,31 5,31 7,79 6,14 4,43 6,51 7,24 6,27 4,40 5,22
1843 42,48 OH N.I - - - - 0,51 - 0,59 - - -
1846 42,61 OH N.I - - 0,78 - 0,44 - - - - -
1854 43,04 OH N.I - 0,54 - 0,75 - 0,69 - 0,62 0,94 -
1860 43,33 OH N.I - - 1,00 - - - - - - -
1880 44,32 OH N.I - 0,79 1,05 1,36 - 1,54 1,25 1,28 1,14 0,72
1894 45,06 OH N.I - - - - - - - 0,27 - -
1922 46,37 OH N.I - - - - - - - 0,30 0,69 -
1924 46,50 OH N.I 1,41 1,19 - 0,88 0,92 0,71 0,36 0,52 - 0,94
1931 46,84 OH N.I - 0,37 - - 0,24 0,46 - 0,37 0,48 -
1965 48,41 OH N.I - 0,37 - - - - - 0,42 - -
1996 49,91 OH N.I - 0,78 0,97 - - - - 0,72 - -
2138 57,70 OH N.I 1,08 0,98 - 1,60 0,77 - 0,63 0,73 - 1,76
2158 58,76 OH N.I - 0,55 0,82 0,76 - 0,81 1,34 0,67 - 0,58
2173 59,51 OH N.I - - 1,14 - - 0,88 1,62 0,86 - -
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 22,91 14,20 16,38 17,42 19,34 16,71 19,08 17,97 16,88 20,83
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 32,43 41,48 44,89 36,74 42,37 43,59 38,98 38,01 44,71 31,91
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 44,15 43,55 38,71 45,80 38,26 39,65 41,65 43,63 37,52 44,67
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - - - - - - - -
TOTAL 100 100 99,98 99,96 99,97 99,95 99,71 99,94 99,11 97,74
*
PA
F-J
: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ
**
Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC:
sesquiterpenos carbonilados.
Igualmente ao encontrado nos óleos do mês de fevereiro, os compostos mais
abundantes em junho foram o furanosesquiterpeno não identificado (IRL=1467), espatulenol
[58], β-elemeno [104], γ-elemeno [201], globulol [202], os furanosesquiterpenos não
identificados (IRL=1605) e (IRL=1828) e os compostos não identificados (IRL=1737) e
(IRL=1836). O composto majoritário apresentou variação percentual de 26,22 (exemplar
PA
J
tarde) a 36,68% (exemplar PA
H
manhã) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de
32,87%. Vale ressaltar que o furanosesquiterpeno majoritário (IRL=1467) é citado pela
literatura como sendo o curzereno [1] e o furanodieno [2] que apresentam índices de
retenção linear diferentes, IRL=1496 e IRL=1687 (Adams, 1995; Ogunwand et al., 2005).
101
Quanto a porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo da pitangueira,
os exemplares PA
G
(Manhã) e PA
J
(Manhã) apresentaram os maiores teores de
sesquiterpenos furanóides (Gráfico 03). Os sesquiterpenos do tipo hidrocarbonetos e os
oxigenados hidroxilados apresentaram variação de 16,38 a 22,91 e 37,52 a 45,80 %
respectivamente.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Teor (%)
PAF M PAF T PAG M PAG T PAH M PAH T PAI M PAI T PAJ M PAJ T
Exemplar
Gráfico 03: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo
essencial da Pitangueira nos de junho
Sesquiterpenos
Hidrocarbonetos
Sesquiterpenos
Oxigenados
Furanoides
Sesquiterpenos
Oxigenados
Hidroxilados
Sesquiterpenos
Oxi
g
enados
Quanto ao teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, não foi observado
diferença estatística entre os turnos avaliados (Tabela 13). A variação da porcentagem deste
grupo foi maior no turno matutino (13,64%) do que no período vespertino (12,90%).
Tabela 13: Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de
Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de junho de 2006.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto
Amostra Manhã Tarde
PA
F
22,91 14,20
PA
G
16,38 17,42
PA
H
19,34 16,71
PA
I
19,08 17,97
PA
J
16,88 20,83
Média 18,40+2,51
*
16,80+2,17
*
CV 13,64% 12,90%
Erro Padrão 1,12 0,97
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t=-1,07, gl= 8, p> 0,5)
102
As áreas relativas aos sesquiterpenos hidroxilados do período da manhã e da tarde
também não apresentaram diferença estatística e a maior variação do teor deste grupo foi no
período da manhã, semelhantemente ao encontrado nos sesquiterpenos do tipo
hidrocarboneto (Tabela 14).
Tabela 14: Teor de sesquiterpenos do tipo hidroxilados presentes no óleo essencial de
Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Junho de 2006.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno hidroxilados
Amostra Manhã Tarde
PA
F
44,15 43,55
PA
G
38,71 45,80
PA
H
38,26 39,65
PA
I
41,65 43,63
PA
J
37,52 44,67
Média 39,60+2,88
*
42,80+2,28
*
CV 7,28% 5,33%
Erro Padrão 1,29 1,02
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= -1,94, gl= 8, p> 0,5)
Nos diferentes turnos avaliados não houve diferença significativa no teor de
sesquiterpenos furanóides (Tabela 15). O grupo da tarde apresentou uma média inferior a do
turno diurno. Não foi observado nenhum fator que pudesse favorecer a sua produção, como
umidade, temperatura ou pluviosidade (Tabela 16).
Tabela 15: Porcentagem relativa do grupo de sesquiterpenos furanóides presente no óleo
essencial da E. uniflora, extraído no mês de junho, durante os turnos diurno e vespertino.
Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide
Amostra
Manhã Tarde
PA
H
32,43 41,48
PA
I
44,89 36,74
PA
J
42,37 43,59
PA
L
38,98 38,01
PA
M
44,71 31,91
Média 40,00+5,10
*
37,80+4,66
*
CV 12,75% 12,32%
Erro Padrão 2,28 2,08
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,074, gl= 8, p< 0,5)
103
Tabela 16: Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Junho de 2006.
Exemplar
Temperatura
máxima (°C)
Temperatura
mínima (°C)
Precipitação
(mm)
PA
F
25,2 15 0
PA
G
26,2 19,2 0
PA
H
27,2 18,6 0
PA
I
27,6 9 0
PA
J
27 14 0
Fonte:Instituto Nacional de Meteorologia(INMET)
http://www.agritempo.gov.br/agroclima/pesquisaWeb?uf=RJ
Comparando-se os óleos obtidos das folhas frescas coletadas nos meses de fevereiro
e junho não houve diferença significante na caracterização química como pode ser
observado no gráfico 04.
0 1020304050
Teor médio (%)
Sesquiterpenos
hidrocarbonetos
Sesquiterpenos
hidroxilados
Sesquiterpenos
furanóides
Sesquiterpenos
Carbonilados
Gráfico 04: Comparação entre os
g
rupos químicos presentes nos
óleos essenciais da pitangueira nos meses de fevereiro e junho
Junho
Fevereiro
Apesar de ser comum a variabilidade química em função da época de coleta, as
análises por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira demonstraram que o perfil
químico apresenta-se estatísticamente semelhante, considerando os exemplares coletados
nos meses de fevereiro e junho. Angelopoulou et al., (2002) perceberam variações no óleo
essencial, por CG-EM, de Cistus monspeliensis quando coletados em diferentes turnos
104
(6:00/12:00/18:00/0:00 horas) e épocas do ano (fevereiro, maio, agosto e novembro). O
óxido de cariofileno [209] esteve presente no mês de agosto, com porcentagem relativa de
0,5%, 3,83%, 25,8%, 6,41% (6:00, 12:00, 18:00 e 0:00 h respectivamente) e no mês de
novembro, com teor médio de 0,41% (12:00 h). Em contrapartida, nos meses de fevereiro e
maio o óxido de cariofileno [209] não foi encontrado.
Lopes et al., (1997) ao analisarem os óleos essenciais de Virola surinamensis
(Myristicaceae) por CG-EM, em diferentes turnos (6:00, 12:00, 18:00 e 21:00 h) e em meses
distintos (fevereiro, junho e outubro), observaram diferenças marcantes. O limoneno [18] no
mês de fevereiro apresentou teores de 19,29%, 12,59%, 11,87% e 19,85% (6:00, 12:00,
18:00 e 21:00 respectivamente), em junho a porcentagem relativa deste monoterpeno foi
maior (26,67%, 22,92%, 23,72%, 25,49%) e em outubro os teores de limoneno [18] foram
menores (10,42%, 10,11%, 10,37%, 10,64%). Outros terpenos apresentaram variações
marcantes como o α-pineno [34] (com maiores teores no mês de junho e menores em
fevereiro) e cariofileno [28] (com maior porcentagem em outubro). Em outra pesquisa,
Randrianalijaona et al. (2005) avaliaram óleos essenciais de Lantana camara
(Verbenaceae), espécie nativa de Madagascar, em três épocas diferentes: na estação chuvosa
ou verão (dezembro à março), seca (setembro à novembro) e intermediária (abril à julho).
Os autores perceberam diferenças na porcentagem relativa dos compostos presentes nos
exemplares, como por exemplo, o β-cariofileno [28] (20,62%, 15,84% e 21,29% no verão,
estação seca e intermediária respectivamente), o ar-curcumeno [50] (1,52%, 2,05% e
2,40%), β-bisaboleno [213] (7,32%, 4,81%, 8,96%), a davanona [214] (13,64%, 16,92% e
12,15%) e o sabineno [215] (11,37%, 8,84% e 9,92%) (figura 39).
Em algumas pesquisas há o relato da importância da fenologia na diferenciação da
composição química dos óleos essenciais. Hudaib et al. (2002) ao analisarem por CG-EM
óleos essenciais de Thymus vulgaris L. (Lamiaceae) em diferentes épocas do ano, junho
(durante a floração), em julho (após a floração) e em dezembro, perceberam alterações nos
teores de diversos compostos, como por exemplo, o p-cimeno [22] (21,57%, 14,95% e
32,18%), timol [36] (35,83%, 51,17%, 19,38%) e o β-cariofileno [28] (3,50%, 3,97% e
3,15%). Chericoni et al. (2004) analisaram óleos essenciais da Artemisia verlotiorum
(Asteraceae) e perceberam que durante o período da floração (setembro) o 1,8-cineol [38]
(32,2%), a cânfora [40] e a β-tujona [216].
105
Para a E. uniflora a floração ocorre durante os meses de agosto à novembro e os
frutos amadurecem entre outubro e janeiro. Apesar da coleta de material vegetal em
fevereiro ter sido logo após a frutificação, podendo ainda ser observado alguns frutos na
árvore, não houve diferença significativa no perfil químico entre os dois meses avaliados.
Pául et al. (2001) concluíram que as variações de teores de terpenos presentes no
óleo essencial de Santolina rosmarinifolia L. ssp. rosmarinifolia (Asteraceae), não
dependiam das condições climáticas e que alguns constituintes como o β-felandreno [217]
(figura 37), limoneno [18] e o 1,8-cineol [38] foram influenciados pela temperatura (os
maiores teores foram detectados em períodos de menos temperatura). Alguns constituintes
apresentaram-se diretamente influenciados pela precipitação, como o 4-terpinenol [33] e β-
eudesmol [60].
O
O
[214]
[213]
[215] [217]
O
[216]
Figura 37: Terpenos presentes em diversas espécies vegetais
Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada uma
extração de seu óleo essencial empregando material vegetal coletado em outro local (Centro
de Ciências da Saúde-CCS da UFRJ). Os resultados das análises por CGAR-EM encontram-
se ilustrados na tabela 17.
106
Tabela 17: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira
cultivada no CCS-UFRJ.
Área (%)
*
Amostra
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
PH
A
PH
B
PH
C
PH
D
1310 13,79 HC N.I 0.18 - - -
1319 14,23 HC N.I 2.58 23,0 2,38 1,96
1362 16,49 HC N.I 0.44 0,40 0,49 0,36
1372 16,98 HC
β-elemeno [104]
5.62 5,12 6,05 4,44
1394 18,13 HC
β-cariofileno [28]
1.47 1,07 1,19 0,87
1404 18,66 HC Germacreno D [64] 0.51 0,41 0,50 0,38
1413 19,14 HC
γ-elemeno [201]
7.21 6,29 6,53 5,30
1418 19,42 HC N.I 0.22 - 0,20 -
1424 19,79 HC N.I 0.31 - 0,25 -
1432 20,18 HC Aromadendreno [204] 0.33 0,25 0,21 -
1452 21,28 HC
β-cubebeno [218]
2.91 2,29 2,89 2,05
1455 21,49 HC
β-selineno [19]
0.61 0,35 0,52 0,33
1472 22,39 SF Furanosesquiterpeno 38.72 37,00 38,59 34,25
1476 22,61 HC Ledeno [206] 0.85 - - -
1479 22,82 SF Furanosesquiterpeno 0.41 0,58 0,84 0,65
1480 22,84 SI N.I - - 0,34 0,22
1495 23,68 HC
δ-cadineno [27]
0.61 0,31 0,57 0,35
1503 24,09 OH N.I 0.25 - 0,20 -
1506 24,30 HC
α-gurjuneno [219]
0.29 - 0,23 -
1511 24,56 HC Selina-3,7(11)dieno [207] 0.28 - 0,21 -
1522 25,15 HC Germacreno B [179] 0.89 0,80 0,67 0,40
1526 25,39 HC N.I 0.17 - - -
1529 25,59 OH Palustrol [208] 0.17 - - -
1534 25,86 OH Espatulenol [58] 0.45 0,57 0,36 0,27
1544 26,39 OH Globulol [202] 0.99 0,75 0,60 0,50
1550 26,74 OH Viridiflorol [82] 0.76 0,64 0,47 0,40
1554 26,96 OH N.I 0.52 0,29 0,37 -
1559 27,26 SC β-elemenona [96] 1.23 0,80 0,77 0,74
1569 27,83 OH N.I 0.20 - - -
1582 28,55 SI N.I 0.53 0,31 0,41 0,34
1585 28,71 HC N.I 0.47 0,56 0,72 0,46
1599 29,50 OH Isoespatulenol [210] 0.39 0,33 0,35 0,21
1605 29,81 OH N.I - 1,33 1,61 0,32
1606 29,88 SF Furanosesquiterpeno 1.89 - - 1,22
1610 30,11 OH
τ-muurolol [211]
0.33 0,30 0,31 0,29
1614 30,31 SF Furanosesquiterpeno 1.70 0,87 1,27 0,64
1629 31,13 HC N.I 0.31 0,28 0,22 0,16
1642 31,86 SF Furanosesquiterpeno 1.73 1,42 1,39 1,00
1665 33,08 OH N.I 0.36 0,45 0,32 0,47
1676 33,70 HC N.I 0.34 0,32 0,22 0,23
1678 33,83 SF Furanosesquiterpeno 0.32 0,34 0,31 0,28
1688 34,35 OH N.I 0.17 - - -
1691 34,53 OH N.I 0.16 - - -
1709 35,49 OH N.I 0.25 0,28 0,27 0,28
1715 35,79 SF Furanosesquiterpeno 0.31 0,46 0,37 0,56
1729 36,55 OH N.I - - - 0,20
1736 36,89 OH N.I 0.31 0,37 0,35 0,30
1748 37,53 OH N.I - 0,28 0,27 0,30
1765 38,45 OH N.I 0.69 0,90 0,58 0,81
1787 39,60 OH N.I 0.42 0,57 0,33 0,60
1806 40,61 OH N.I 9.88 14,84 11,04 16,56
1824 41,50 OH N.I 1.06 1,45 1,42 1,63
107
Área (%)
*
Amostra
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
PH
A
PH
B
PH
C
PH
D
1833 41,94 OH N.I 0.16 0,22 0,21 0,25
1851 42,85 OH N.I 0.12 - 0,24 0,29
1889 44,77 OH N.I 0.26 0,34 0,34 0,56
1916 46,08 OH N.I - - - 0,27
1929 46,69 OH N.I 7.30 11,19 9,69 14,65
1939 47,18 OH N.I 1.11 1,71 1,51 2,33
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos
26,60 20,75 24,05 17,29
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides
43,38 40,67 42,77 38,60
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados
26,11 36,81 30,84 41,49
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados
1,23 0,8 0,77 0,74
TOTAL
97,85 99,34 99,18 98,68
*
PH
A-D
: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco H do Centro de Ciências da Saúde
UFRJ
**
Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC:
sesquiterpenos carbonilados.
Os óleos obtidos do Centro de Ciências da Saúde – CCS ( amostras PH)
apresentaram algumas variações qualitativas em comparação com as amostras Centro de
Tecnologia –CT (amostras PA). Quanto aos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto houve
uma maior porcentagem nas amostras PH, principalmente em função do β e γ elemeno e dos
compostos cujo IRL são 1806 e 1929. Os sesquiterpenos hidroxilados e os sesquiterpenos
furanóides não houve variação significativa. Estes apresentaram teor médio de 41,35%.
Apesar de ter sido coletado em local diferente, as características ambientais, como
clima, umidade, pluviosidade, latitude e altitude são praticamente idênticas, visto que o
perímetro entre os diferentes exemplares é próximo. Mesmo assim, foi possível observar
diferenças na composição química na espécie.
Azevedo et al. (2002) caracterizou quimicamente por CG-EM o óleo essencial de
Hyptis suaveolensis coletadas em diferentes regiões do cerrado brasileiro. Três exemplares
coletados na mesma altitude, latitude e longitude (524 m, 14° 30’ 30’ e 49° 7’ 25’’)
apresentaram diferenças marcantes na composição química, como por exemplo, o 1,8-cineol
[38] (10,52%, 4,20% e 5,17%), o espatulenol [58] (10,81%, 18,24% e 18,45%) e o óxido de
cariofileno [209] (4,71%, 8,61% e 11,43%). Em relação aos grupos químicos os autores
observaram uma variação de 20,35% à 38,93% de monoterpenos hidrocarbonetos, 2,23% à
16,08% de monoterpenos oxigenados, 10,33% à 19,64% de sesquiterpenos hidrocarbonetos.
Entre os sesquiterpenos oxigenados não houve grande variação (42,27 à 43,26). Quanto aos
108
outros exemplares, obtidos de altitudes, latitude e longitudes diferentes pode-se observar que
as espécies coletadas em altitudes maiores (810m) apresentavam menores teores de
sesquiterpenos oxigenados (17,35%).
Em contrapartida, Sefidkon et al. (2004) não observaram relação entre teores de
terpenos oxigenados e altas altitudes ao analisar óleos essenciais de Saturja sahendica por
CG-EM. Os teores de timol [36] para as mesmas variedades da referida espécie foram de
27,5%, 30,2% e 32,7% nas altitudes de 2315m, 2047m e 2105m respectivamente.
5.2 Secagem e envelhecimento do óleo essencial
As espécies vegetais comercializadas passam por um processo de secagem após a
colheita objetivando-se minimizar a ação enzimática e o desenvolvimento de
microorganismos mantendo a qualidade do produto (Barbosa et al., 2006). Diante disso está
a importância em avaliar-se se o processo de secagem do material compromete a qualidade
do óleo essencial da pitangueira.
A figura 38 mostra o fragmentograma do óleo essencial da pitagueira obtido das
folhas secas por sete dias. O perfil cromatográfico apresentou-se semelhante ao óleo
essencial da E. uniflora obtido das folhas frescas.
Figura 38: Cromatograma total de íons do óleo essencial das folhas secas (7 dias) da
pitangueira.
109
Na tabela 18 encontra-se o resultado da caracterização química realizada dos óleos
essenciais extraídos da pitangueira no mês de junho, das folhas secas durante sete dias,
mostrando as porcentagens relativas dos compostos. Os espectros de massa correspondentes
encontram-se no Anexo 01. Os resultados mostram que a sua constituição química é
semelhante aos obtidos a partir de material vegetal fresco e os compostos com maior
percentual no óleo foram os mesmos.
Tabela 18: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da
pitangueira extraídos de folhas secas durante o mês de junho de 2006.
Área (%)
*
Amostra
IRL IRL
**
Grupo
Químico
Composto
PA
L
PA
M
PA
N
PA
O
1202 8,94 HC
Ν.Ι
- 0,30 - 0,30
1318 14,20 HC
Ν.Ι
- - - 0,51
1319 14,26 HC
δ-elemeno [203]
0,66 0,62 0,72 -
1362 16,46 HC N.I 0,19 - - -
1370 16,91 HC
β-elemeno [104]
3,43 3,37 4,13 3,45
1394 18,10 HC
β-cariofileno [28]
2,00 1,63 2,17 1,48
1403 18,62 HC N.I 0,20 - - -
1411 19,04 HC
γ-elemeno [201]
4,11 3,60 3,91 2,53
1413 19,16 HC N.I 0,26 - - -
1425 19,79 HC
α-humuleno [220]
0,22 - - -
1431 20,16 HC Aromadendreno [204] 0,64 0,39 0,72 0,43
1449 21,12 HC
γ-selineno [205]
0,56 0,44 0,52 0,39
1451 21,27 OH N.I - - 0,37 -
1455 21,45 HC
β-selineno [19]
1,09 0,72 0,53 0,80
1467 22,15 SF Furanosesquiterpeno 26,22 35,90 19,91 28,26
1469 22,26 HC Ledeno [206] 1,57 - 1,52 0,96
1474 22,48 SF Furanosesquiterpeno 0,37 0,42 0,38 0,37
1494 23,62 HC
δ-cadineno [27]
0,29 - - -
1502 24,04 OH N.I 0,33 - 0,34 -
1510 24,52 HC Selina-3,7(11)dieno [207] 0,08 - - -
1521 25,11 HC Germacreno B [179] 0,71 0,64 0,28 0,42
1525 25,37 HC N.I 0,82 0,54 0,58 0,70
1530 25,60 OH Palustrol [208] 0,51 0,29 - 0,40
1536 25,97 OH Espatulenol [58] 4,91 4,13 6,57 5,29
1539 26,10 SF Óxido de cariofileno [209] 1,02 0,89 1,57 1,33
1545 26,46 OH Globulol [202] 3,82 2,12 3,95 2,70
1551 26,79 OH Viridiflorol [82] 2,47 1,57 2,57 1,92
1554 26,98 OH N.I 1,21 0,65 1,19 0,81
1561 27,35 OH N.I 1,97 1,09 1,81 1,32
1569 27,83 OH N.I 0,41 - 0,27 -
1572 27,97 OH N.I 0,78 - 0,50 -
1579 28,36 OH N.I - - 0,44 -
1580 28,45 HC N.I 0,63 - 0,37 0,63
1582 28,54 SI N.I 0,42 0,56 0,49 0,50
1585 28,72 HC N.I 1,06 1,00 - 0,59
1593 29,18 OH Isoespatulenol [210] 1,24 0,77 1,06 0,82
1599 29,50 OH N.I 0,84 0,69 0,35 0,77
1602 29,68 OH N.I 0,36 - - -
1605 29,85 SF Furanosesquiterpeno 2,36 2,32 2,23 2,25
1610 30,10 OH
τ-muurolol [211]
0,95 0,64 0,97 1,26
1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,07 1,39 0,90 0,78
1622 30,74 OH N.I 0,39 - - -
1625 30,93 HC N.I 0,37 - - -
1630 31,17 HC N.I 1,01 1,92 1,26 1,96
110
Área (%)
*
Amostra
IRL IRL Composto
PA
L
PA
M
PA
N
PA
O
1641 31,77 HC N.I 1,50 2,62 1,66 2,15
1644 31,98 OH N.I 0,94 0,69 0,94 0,80
1653 32,46 HC N.I 0,30 0,49 0,55 0,53
1660 32,84 HC N.I 0,39 0,41 0,57 0,54
1665 33,08 OH N.I 0,50 0,50 - -
1670 33,39 OH N.I 1,10 0,84 1,30 1,10
1677 33,76 HC N.I 2,01 1,42 2,06 0,92
1679 33,88 HC N.I 0,44 - 0,52 -
1688 34,36 OH N.I 0,28 0,44 - 0,49
1705 35,28 OH N.I 0,71 0,99 0,85 1,06
1710 35,52 OH N.I 1,04 0,95 1,29 1,09
1715 35,82 OH N.I 0,88 0,64 1,06 0,77
1737 36,95 OH N.I 1,97 3,21 2,74 4,45
1748 37,54 OH N.I 0,58 1,26 0,45 1,10
1755 37,93 SF Furanosesquiterpeno - 0,27 - -
1766 38,47 OH N.I 1,48 0,96 1,94 0,95
1771 38,75 OH N.I - - 0,36 -
1787 39,60 OH N.I 0,40 0,41 - -
1793 39,91 OH N.I 0,51 1,25 0,40 0,84
1797 40,13 OH N.I 0,87 1,02 1,25 1,67
1803 40,42 OH N.I 3,50 2,55 4,56 2,38
1808 40,71 OH N.I 0,45 0,51 0,60 0,77
1823 41,47 OH N.I 0,33 - 0,35 -
1828 41,68 SF Furanosesquiterpeno 2,07 2,58 1,95 3,05
1836 42,12 OH N.I 3,33 3,48 3,52 5,06
1853 42,99 OH N.I 0,27 0,64 0,52 0,71
1879 44,27 OH N.I 0,54 0,79 0,78 1,16
1892 44,96 OH N.I - - - 0,25
1920 46,27 OH N.I - - - 0,37
1925 46,51 OH N.I 1,40 0,98 1,68 0,58
1931 46,81 OH N.I 0,24 0,37 - 0,41
1996 49,91 SF Furanosesquiterpeno 0,44 0,59 - 0,63
2095 55,40 OH N.I - - 0,35 -
2139 57,75 OH N.I 1,03 0,54 2,07 1,00
2212 61,57 OH N.I 0,23 - 0,43 -
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos
24,54 20,11 22,07 19,29
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides
33,55 44,36 26,94 36,67
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados
41,83 35,53 47,83 41,81
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados
- - - -
TOTAL
99,92 100 96,84 97,77
*
PA
L-O
: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ
**
Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC:
sesquiterpenos carbonilados.
O composto majoritário apresentou variação percentual de 19,91 (amostra PA
N
) a
35,90% (amostra PA
M
) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de 27,57%. Em relação
aos grupos químicos, o gráfico 05 mostra que o teor de sesquiterpenos furanóides
ultrapassou a porcentagem de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto em todas as amostras.
Além disso, observa-se uma relação inversamente proporcional entre os grupos de
sesquiterpenos furanóides e hidroxilados.
111
0
10
20
30
40
50
Teor(%)
PAA L PAA M PAA N PAA O
Exemplares
Gfico 05: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial
da Pitangueira obtido de folhas secas durante 1 semana
Sesquit erpenos
Hidrocarbonet os
Sesquit erpenos
Oxigenados
Furanoides
Sesquit erpenos
Oxigenados
Hidroxilados
Sesquit erpenos
Oxigenados
Carbonilados
O resultado da composição química dos óleos essenciais extraídos de folhas secas
armazenadas por 3 meses encontra-se na tabela 19. O aroma das folhas foi modificado com
o processo de secagem do material, o material vegetal adquiriu notas marinhas (aroma
semelhante a maresia e a peixe). A análise por CGAR-EM não possibilitou a identificação
da possível modificação química responsável pela mudança nas características
organolépticas.
Tabela 19: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da
pitangueira extraídos de folhas secas durante o mês de junho de 2006, durante 3 meses de
armazenamento.
Área (%)
*
Amostra
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
PA
P
PA
Q
PA
R
PA
S
1318 14,20 HC
Ν.Ι
1.03
1,34 0,85 0,58
1362 16,47 HC
Ν.Ι
-
- 0,21 -
1371 16,93 HC
β-elemeno [104] 3.22
4,35 3,10 2,60
1394 18,14 HC
β-cariofileno [28] 2.61
3,54 2,57 1,97
1411 19,07 HC
γ-elemeno [201] 3.94
5,11 3,51 3,30
1425 19,83 HC
α-humuleno [220] 0.56
0,58 0,53 0,37
1432 20,19 HC Aromadendreno [204] 0.87 1,21 0,86 0,76
1449 21,14 HC
γ-selineno [205] 0.27
0,36 0,30 0,23
1455 21,47 HC
β-selineno [19] 1.08
1,17 1,12 0,98
1472 22,40 SF Furanosesquiterpeno 43.77 52,11 43,50 39,30
1476 22,62 SF Furanosesquiterpeno 0.79 0,64 0,87 0,46
1495 23,66 HC
δ-cadineno [27] 0.14
- 0,23 -
1502 24,07 OH
Ν.Ι
0.44
0,39 0,47 0,44
1511 24,56 HC Selina-3,7(11)dieno [206] 0.22 - 0,25 0,32
1521 25,13 HC Germacreno B [179] 0.38 0,60 0,96 0,25
1525 25,37 HC N.I 0.22 - 0,25 0,26
1539 26,15 OH Espatulenol [58] 11.09 9,78 11,60 13,18
1541 26,26 OH N.I - 0,56 - -
1543 26,36 OH N.I 0.81 - 0,76 0,75
1545 26,48 OH Globulol [201] 0.70 0,72 0,79 0,92
1551 26,79 OH Viridiflorol [82] 0.80 0,66 0,70 0,93
1556 27,09 OH N.I 0.60 - 0,50 0,68
112
Área (%)
*
Amostra
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
PA
P
PA
Q
PA
R
PA
S
1559 27,27 SC
β−elemenona [96] 1.29
0,94 - 0,68
1561 27,36 OH N.I - - 0,96 0,74
1569 27,84 OH N.I - - - 0,49
1572 27,96 OH N.I - - - 0,35
1581 28,47 HC N.I 0.33 - 0,23 0,39
1586 28,78 HC N.I 2.03 1,38 1,79 2,36
1594 29,24 OH Isoespatulenol [210] 1.68 1,16 1,51 1,81
1598 29,43 OH N.I 0.56 - 0,45 0,61
1603 29,70 OH N.I - - - 0,51
1607 29,93 SF Furanosesquiterpeno 2.25 2,00 2,23 2,45
1614 30,32 SF Furanosesquiterpeno 2.22 1,82 2,39 2,17
1618 30,53 HC N.I 0.66 - 0,56 0,76
1623 30,79 OH N.I 0.78 0,28 0,76 0,81
1626 30,98 HC N.I 1.42 0,46 1,00 1,16
1629 31,15 HC N.I - - - 0,57
1643 31,88 SF Furanosesquiterpeno 1.96 1,87 3,97 2,06
1653 32,44 HC N.I 0.47 - 0,41 0,56
1660 32,82 HC N.I 0.37 - 0,32 0,47
1663 32,98 HC N.I 0.53 - 0,27 0,58
1670 33,38 OH N.I 1.35 0,84 1,30 1,55
1677 33,73 HC N.I 0.75 0,56 0,82 0,88
1689 34,38 OH N.I 0.89 0,70 0,80 1,06
1709 35,50 OH N.I 0.86 0,80 0,85 -
1715 35,80 OH N.I 0.81 0,63 0,74 -
1736 36,90 OH N.I 0.72 0,77 0,64 -
1748 37,56 OH N.I 0.46 0,48 0,45 0,45
1765 38,44 OH N.I 0.44 0,42 0,53 0,53
1786 39,55 OH N.I - - 0,27 0,27
1792 39,88 OH N.I - - 0,28 0,28
1801 40,32 OH N.I 0.69 0,76 0,93 0,93
1822 41,40 OH N.I 0.77 0,55 0,71 0,71
1833 41,95 OH N.I 0.43 - - -
1924 46,46 OH N.I 0.36 0,43 0,36 0,36
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 21,10 20,66 20,14 18,78
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 50.99 58.44 52.96 46.44
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 25,24 19,93 26,36 27,85
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados 1.29 0.94 - 0.68
TOTAL 98.62 99.97 99,46 94,83
*
PA
P-S
: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ
**
Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC:
sesquiterpenos carbonilados.
Os resultados mostram que a constituição química dos óleos obtidos de folhas
envelhecidas modificou-se em relação às folhas frescas e secas por 1 semana. Alguns
sesquiterpenos não foram detectados como o δ-elemeno [203], o ledeno [206], o palustrol
[208], o τ-muurolol [211], o furanosesquiterpeno com IRL=1996 e o óxido de cariofileno
[209]. Uma possível explicação seria a evaporação de alguns destes constituintes, levando as
alterações observadas.
Pode-se observar menor porcentagem do composto cujo IRL=1736 e um maior teor
do sesquiterpeno hidroxilado espatulenol nestes óleos, com um percentual médio de 11,41
113
%. Provavelmente este sesquiterpeno hidroxilado apresenta-se com maior percentual em
conseqüência do processo de oxidação dos terpenos presentes nas folhas.
Além disso, a β-elemenona [96], provável produto de rearranjo da germacrona [63],
em conseqüência da alta temperatura do injetor (270°C), esteve presente em quase todos os
exemplares, com exceção do PA
R
e o α-humuleno [220] ausente nas amostras anteriores, foi
detectado nos óleos extraídos de folhas envelhecidas.
O percentual do sesquiterpeno furanóide foi maior do que os outros exemplares
avaliados, variando de 39,30 à 52,11 e com uma média de 44,67%. Quanto aos grupos
químicos, os furanóides foram os mais abundantes, em função do alto teor do composto em
IRL=1472 e os sesquiterpenos hidroxilados apresentaram o menor percentual, levando a
considerar uma possível correlação entre estes grupos.. Os resultados estão ilustrados no
Gráfico 06.
0
10
20
30
40
50
60
Teor(%)
PAA P PAA Q PAA R PAA S
Exemplares
Gráfico 06: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da
Pitangueira obtido de folhas secas armazenadas durante 3 meses
Sesquiterpenos
Hidrocarbonetos
Sesquiterpenos
Oxigenados
Furanoides
Sesquiterpenos
Oxigenados
Hidroxilados
Sesquiterpenos
Oxigenados
Carbonilados
O aspecto físico dos óleos obtidos de folhas envelhecidas foi bem diferente dos óleos
extraídos de folhas frescas. O aroma do óleo adquiriu notas marinhas e a cor apresentou-se
amarelo-escuro e o [α]
25
= 0,94+0,49, diferente do óleo essencial obtido de material fresco,
com cores amarelo claro, aroma agradável e [α]
25
= 1,98+0,40. Arabhosseini et al. (2007)
descrevem processo semelhante de modificação da cor do óleo essencial de Artemisia
dracunculus L. na secagem e no armazenamento das folhas. Os autores afirmam que durante
esse processo ocorre a decomposição de ingredientes ativos que favorecem a mudança das
D
D
114
características originais do produto. Após 30 dias de armazenamento de folhas secas a 60°C
e a 90°C já ocorrem modificações na cor do produto. Determinou-se 45°C a melhor
condição para secagem, permitindo uma qualidade semelhante ao do óleo obtido de folhas
frescas.
Como o aspecto do óleo, sabor, odor e cor são parâmetros fundamentais para serem
apreciados por consumidores, o envelhecimento do material vegetal por 3 meses não
mostrou resultados satisfatórios.
Na tabela 20 encontra-se a comparação dos valores dos sesquiterpenos
hidrocarbonetos entre os óleos obtidos de folhas secas por 1 semana e de folhas
envelhecidas. Pode-se inferir que não houve uma diferença estatística entre os teores.
Tabela 20: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presente no óleo
essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto
Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas
PA
L
24,54 PA
P
21,10
PA
M
20,11 PA
Q
20,66
PA
N
22,07 PA
R
20,14
PA
O
19,29 PA
S
18,78
Média 21,25+2,21
*
Média 19,75+1,26
*
CV 10,43% CV 6,37%
Erro Padrão 1,10 Erro Padrão 0,63
*
Os valores apresentam diferença estatística (t= 1,18 gl= 6, p< 0,5)
Em relação aos sesquiterpenos hidroxilados, houve diferença estatística significante.
Os resultados estão apresentados na tabela 21.
Tabela 21: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos hidroxilados presente no óleo essencial
da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidroxilados
Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas
PA
L
41,83 PA
P
25,24
PA
M
35,53 PA
Q
19,93
PA
N
47,83 PA
R
26,36
PA
O
41,81 PA
S
27,85
Média 41,00+4,90
*
Média 24,25+3,60
*
CV 11,95% CV 14,82%
Erro Padrão 2,45 Erro Padrão 1,80
*
Os valores apresentam diferença estatística (t= 5,51 gl= 6, p< 0,5)
115
De maneira semelhante aos sesquiterpenos anteriores, os valores dos furanóides
também apresentaram diferença estatística. Os resultados estão dispostos na tabela 22.
Tabela 22: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da
E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.
Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo furanóide
Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas
PA
L
33,55 PA
P
50,99
PA
M
44,36 PA
Q
58,44
PA
N
26,94 PA
R
52,96
PA
O
36,67 PA
S
46,44
Média 34,75+7,45
*
Média 51,50+5,00
*
CV 21,45% CV 9,71%
Erro Padrão 3,73 Erro Padrão 2,50
*
Os valores apresentam diferença estatística (t= -11,59 gl= 6, p< 0,5).
5.3 Variação do rendimento do óleo essencial
Os rendimentos obtidos dos óleos essenciais de Eugenia uniflora L. do mês de
fevereiro estão apresentados na Tabela 23. De acordo com os resultados apresentados a
variação do rendimento dos óleos essenciais foi de 0,4 à 1,1%, apresentando uma média de
0,73%. O exemplar PA
D
apresentou os maiores rendimentos observados durante a semana.
Tabela 23: Rendimento do Óleo Essencial de Pitanga extraído durante turnos diferentes e
em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.
RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eugenia Uniflora L. (%)
Amostra Manhã Tarde
PA
A
0,615 0,473
PA
B
0,456 0,971
PAc 0,797 1,089
PA
D
1,105 0,826
PA
E
0,603 0,4024
Média 0,71+0,28
*
0,75+0,30
*
CV 34,82% 40,27%
Erro Padrão 0,11 0,13
*
Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,211, gl= 8, p> 0,5)
A partir dos resultados pode-se inferir que a diferença entre as médias dos dois
grupos avaliados não foi grande suficiente para ser significativamente diferente, ou seja, o
rendimento do óleo essencial de pitanga em fevereiro não varia com diferentes turnos
(diurno/ vespertino).
116
Simões & Sptizer (2001) citam que o ambiente (temperatura, umidade relativa,
exposição ao sol) onde o vegetal desenvolve-se exerce influência direta sobre a composição
química e teor de óleo essencial produzido. Os autores recomendam a coleta de material
vegetal na manhã ou à noite para garantir maiores teores de óleo. Porém para a pitangueira,
os resultados demonstraram que o rendimento de óleo esssencial é indiferente ao período de
coleta, provavelmente porque para a referida espécie, as estruturas celulares responsáveis
pela estocagem dos óleos essenciais não são superficiais e apresentam-se em cavidade
denominadas esquizolisígenas (Farmacopéia Brasileira, 2003).
Comparando-se com outras publicações em óleos essenciais de pitangueira, o
rendimento obtido a partir de exemplares cultivados no Campus da UFRJ apresentou teor
superior, com exceção a pesquisa realizada por Weyerstahl et al. (1988) que obtiveram
rendimento de 1% a partir de exemplares cultivados na Nigéria. Morais et al. (1996) a partir
de espécies do nordeste brasileiro (Ceará), obtiveram rendimento de 0,74% e Galhiane et
al.(2006) alcançaram teores de 0,42% ao extraírem óleo essencial de pitagueira cultivada em
São Paulo.
Quanto ao rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas
durante sete dias, o teor apresentou-se superior ao das folhas frescas, provavelmente em
função da perda de água. Os valores encontram-se ilustrados na tabela 24. A média da
porcentagem relativa dos óleos de folhas secas por 1 semana foi de 1,60% enquanto que
para as folhas frescas o teor médio foi de 0,73%.
Tabela 24: Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas por 1 semana
Rendimento do Óleo Essencial de Eugenia Uniflora L.
Amostra Teor (%)
PA
L
1,49
PA
M
1,85
PA
N
1,75
PA
O
1,32
Média 1,60+0,24
*
CV 24,46%
Erro Padrão 3,0
Galhiane et al., (2006) realizou a secagem por 1 semana das folhas de pitangueira e
observaram um rendimento de 0,43, inferior ao encontrado. Os autores realizaram a
117
secagem sob temperatura ambiente com posterior trituração por moinho das folhas.
Provavelmente por esse motivo houve perda em rendimento de óleo.
O rendimento médio do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas armazenadas
por 3 meses foi 0,98%, como pode-se observar na tabela 25. Pode-se perceber que ao longo
dos três meses houve uma perda em rendimento do óleo essencial.
Tabela 25: Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas envelhecidas
Rendimento do Óleo Essencial de Eugenia Uniflora L.
Amostra Teor (%)
PA
P
0,92
PA
Q
1,20
PA
R
1,28
PA
S
0,96
Média 0,98+0,35
*
CV 12,30%
Erro Padrão 3,0
5.4 Separação por CLC do óleo essencial da pitangueira
A separação cromatográfica do óleo essencial da pitangueira, empregando a técnica
de sílica gel impregnada com KOH foi realizada com o intuito de separar em três frações
(pentano, diclorometano e metanol) grupos químicos distintos: uma fração rica em
hidrocarbonetos, outra em oxigenados e a última em possíveis ácidos orgânicos, Esta
metodologia foi inicialmente desenvolvida por McCarthy & Duthie (1962) e adaptado pelo
grupo de pesquisa do Prof. Angelo Pinto, no Laboratório de Produtos Naturais da UFRJ, e
foi eficaz na separação em grupos de terpenos para o óleo-resina de copaíba.
As frações separadas por CLC (sílica impregnada com KOH) foram empregadas em
ensaios farmacológicos (item 5.9) e seus efeitos comparados de acordo com a sua
constituição química. O fracionamento de 270 mg de óleo essencial de E. uniflora, por meio
da coluna de sílica gel impregnada por KOH, permitiu a separação de 147,67 mg da fração
eluída por pentano, 70,52 mg da fração obtida por diclorometano e 23,08 mg da fração
metanólica, mostrando uma recuperação de 89,36% de material. Os fragmentogramas
correspondentes as frações apresentam-se na figura 39 e os espectros de massas encontram-
se no Anexo 01.
118
Figura 39: Cromatograma total de íons das frações obtidas por CLC do óleo essencial da
pitangueira
Os resultados das análises por CGAR-EM das três frações obtidas do óleo essencial da E.
uniflora encontram-se descritos na tabela 26.
119
Tabela 26: Caracterização química por CGAR-EM das frações obtidas por CLC do
óleo essencial de Eugenia uniflora.
Área (%)
IRL TR
*
Grupo
Químico
Composto
Fração Pentano Fração Diclorometano Fração Metanólica
1202 8,95 HC N.I 0.06 - -
1320 14,31 HC
δ-elemeno [203]
0.88 - -
1363 16,52 HC N.I 0.18 - -
1373 17,04 HC
β-elemeno [104]
3.80 - -
1395 18,20 HC
β-cariofileno [28]
1.78 - -
1414 19,18 HC N.I 3.84 - -
1415 19,28 HC Aromadendreno [204] 0.24 - -
1432 20,23 HC Aloaromadendreno [216] 0.61 - -
1450 21,21 HC
γ-selineno [205]
0.29 - -
1453 21,37 HC N.I - - 0,75
1455 21,49 HC
β-selineno [19]
0.86 - -
1476 22,62 SF Furanosesquiterpeno 28.56 2,06 -
1478 22,72 HC Ledeno [206] 0,38 - -
1480 22,82 SF Furanosesquiterpeno 0,66 - -
1482 22,93 HC Furanosesquiterpeno 0,38 - -
1523 25,21 HC Germacreno B [179] 0.51 - -
1527 25,47 HC
α-selineno [26]
0.44 - -
1531 25,69 OH Palustrol [207] 0.41 - -
1540 26,16 OH Espatulenol [58] 3.57 0,64 0,95
1541 26,25 SF Óxido de Cariofileno[209] 0.56 - -
1548 26,61 OH Globulol [202] 2.22 - -
1553 26,94 OH Viridiflorol [82] 1.76 - -
1557 27,12 OH N.I 0.89 - -
1562 27,40 OH N.I 0.74 - -
1563 27,49 OH N.I 0.81 - -
1582 28,53 HC N.I 0.42 - -
1589 28,96 OH N.I 0.54 - -
1595 29,28 OH Isoespatulenol [210] 0.84 - -
1601 29,60 OH N.I 0.41 - -
1609 30,03 SF Furanosesquiterpeno 2.38 - -
1613 30,27 OH N.I 0.67 - -
1616 30,43 SF Furanosesquiterpeno 1.74 - -
1632 31,30 HC N.I 1.08 1,35 0,62
1639 31,70 HC N.I - 1,44 -
1644 31,93 HC N.I 1.78 0,57 -
1647 32,10 OH
(+)-Selin-7(11)-en-4α-ol [215]
0.64 - -
1653 32,47 HC N.I - 0,73 -
1659 32,79 HC N.I - 1,79 4,91
1666 33,17 OH N.I 0.55 - -
1671 33,45 OH N.I 0.76 - 0,48
1680 33,92 OH N.I - 0,61 0,67
1682 34,04 OH N.I - 0,66 -
1685 34,20 OH N.I - 0,87 0,97
1689 34,42 OH N.I 0.49 - -
1696 34,79 OH N.I - 0,74 0,42
1708 35,41 OH N.I 1,25 - -
1711 35,58 OH N.I 0,54 - 0,79
1717 35,89 OH N.I 0,63 - -
1739 37,04 OH N.I 1,20 15,94 6,20
1741 37,15 OH N.I - 0,99 1,17
1746 37,46 OH N.I - 0,70 -
1749 37,61 OH N.I 0,44 - -
1769 38,67 OH N.I - 1,11 -
1771 38,77 OH N.I - 1,22 -
1778 39,15 OH N.I - - 1,48
1785 39,52 OH N.I - - 1,49
1798 40,15 OH N.I 1,70 1,80 0,52
1799 40,26 OH N.I - - 0,52
1803 40,43 OH N.I 0,45 - -
1822 41,39 OH N.I - - 2,04
1826 41,82 SF Furanosesquiterpeno 2.15 0,75 -
120
Área (%)
IRL TR
**
Grupo
Químico
Composto
Fração Pentano Fração Diclorometano Fração Metanólica
1830 41,94 OH N.I - 0,75 1,12
1836 42,11 OH N.I - - 1,45
1845 42,54 OH N.I 6,06 - -
1850 42,83 OH N.I - - 0,56
1852 42,92 OH N.I - 0.84 -
1856 43,11 OH N.I - 0.68 -
1864 43,51 OH N.I - - 0,98
1868 4372 OH N.I - - 0,84
1880 44,29 OH N.I - 4.43 3,31
1893 45,01 OH N.I - - 2,98
1916 46,10 OH N.I - - 0,56
1920 46,31 OH N.I - 2.01 1,16
1930 46,75 OH N.I - 1.69 1,51
1936 47,03 OH N.I - 1.41 2,09
1938 47,16 OH N.I - 0.63 -
1941 47,27 OH N.I - - 1,49
1963 48,33 OH N.I - 1.69 -
1970 48,66 OH N.I - - 7,79
1994 49,82 SF Furanosesquiterpeno - 2.06 -
2004 50,30 OH N.I - - 0,53
2040 52,34 OH N.I - - 3,15
2051 52,91 OH N.I - - 3,07
2058 53,33 OH N.I - 1.78 0,91
2062 53,53 OH N.I - - 0,53
2082 54,67 OH N.I - 1.04 -
2084 54,81 OH N.I - - 0,73
2087 54,98 OH N.I - 0.99 0,77
2137 57,64 OH N.I - 1.91 -
2149 58,26 OH N.I - 1.10 1,41
2157 58,67 OH N.I - 3.96 5,80
2164 59,04 OH N.I - 1.46 1,67
2172 59,48 OH N.I - 9.23 2,98
2204 61,18 OH N.I - 0.64 0,87
2242 63,17 OH N.I - 1.54 3,23
2281 65,23 OH N.I - 0.85 1,64
2298 66,11 OH N.I - 2.78 3,48
2318 67,20 OH N.I - 1.81 -
Sesquiterpenos Hidrocarbonetos
17,15 5,88 6,28
Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides
36,43 4,87 -
Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados
27,57 68,5 74,31
Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados
- - -
TOTAL
81,15 79,25 80,59
*
Grupos químicos:HC=hidrocarbonetos; SF: furanóides; OH:hidroxilados; SC: carbonilados
A eluição com o pentano permitiu a extração de praticamente todo o percentual de
compostos furanóides presentes no óleo (36,43%) e de sesquiterpenos do tipo
hidrocarboneto (17,15%). Os terpenos hidroxilados foram extraídos principalmente pelo
emprego do diclorometano (68,5 %) e metanol (74,31%). A técnica permitiu a separação de
uma fração enriquecida em sesquiterpenos furanóides, contudo a presença de picos não
detectados no óleo bruto nas frações obtidas por diclorometano e metanol caracteriza uma
degradação do material. Outras técnicas foram empregadas, como a cromatografia em
coluna aberta empregando sílica gel comum e sílica gel impregnada com nitrato de prata
121
(Guerrero et al., 2000), sem obter sucesso na separação dos furanóides. Esta última inclusive
promoveu a degradação do material.
5.5 Isolamento do furanosesquiterpeno majoritário
No intuito de isolar-se o composto majoritário foi realizada outra CLC com maior
fracionamento do óleo essencial. Os resultados apresentaram-se ineficientes. A figura 40
ilustra as 4 frações obtidas empregando-se como eluente o pentano, onde foi detectado o
composto furanóide.
Figura 40: Frações de óleo de pitangueira obtidas a partir de CLC
empregando pentano como eluente
122
Na tentativa de identificar-se o composto majoritário empregou-se a coinjeção com
um óleo cuja composição química é bem descrita na literatura e por apresentar
características químicas similares ao óleo da pitangueira, o óleo-resina de mirra.
Os cromatogramas a seguir mostram que os furanosesquiterpenos da mirra e do óleo
essencial da Eugenia uniflora foram eluídos no mesmo tempo de retenção. Os compostos
apresentam fragmentogramas semelhantes, com um pico base em m/z 108, característico de
fragmento obtido pelo rearranjo retro-Diels-Alder. A figura 41 apresenta os cromatogramas
e espectro de massas correspondentes do sesquiterpeno furanóide.
123
Figura 41: Cromatograma total de íons dos óleos de Mirra, pitangueira e de ambos coeluídos
com seus respectivos espectros de massa correspondentes ao sesquiterpeno furanóide
majoritário.
O tratamento do óleo essencial de Eugenia uniflora com o emprego de metanol à
frio possibilitou o isolamento do sesquiterpeno furanóide majoritário (IRL=1467), com 95%
de pureza (calculado por CGAR-EM), como podemos observar no fragmentograma seguinte
(figura 42). A partir de 141 mg de óleo essencial da pitangueira obteve-se 35 mg de produto,
124
ou seja, um rendimento de 25%. O espectro de massas correspondente ao sesquiterpeno
furanóide majoritário é semelhante ao anteriomente mostrado (figura 42). O mesmo
procedimento foi realizado para o óleo de mirra, mas a metodologia não foi satisfatória no
isolamento do sesquiterpeno majoritário. Recentemente a técnica de isolamento por metanol
a frio também foi utilizada por Baldovini et al. (2000), no isolamento do furanodieno [2] e
furanoelemeno [1] do óleo de Smyrnium olustrasum.
Figura 42: Fragmentograma e espectro de massas do sesquiterpeno furanóide majoritário da
E. uniflora L.
O produto isolado apresentou-se como um sólido de cor branca que pode ser
cristalizado (cristal incolor) ao solubilizar-se com metanol e evaporar-se sob temperatura
ambiente. Tanto o sólido branco quanto o cristal apresentaram o mesmo Rf (0,6) (figura 43)
e mesmo ponto de fusão 60°C+ 1°C.
125
Figura 43: Cromatografia em camada fina do óleo essencial de pitangueira
(OEP), da fração obtida por pentano por CLC impregnada por KOH (FP), do
sesquiterpeno majoritário isolado (FI) e do óleo essencial de mirra (OEM).
126
5.6 Identificação do sesquiterpeno furanóide majoritário por RMN
Apesar do cromatograma total de íons do sesquiterpeno furanóide apresentar apenas
um pico (figura 42), com IRL=1467, com 95% de pureza, a partir dos resultados de RMN
pode-se inferir que há mais de um sesquiterpeno na amostra e que apresentam tempos de
retenção semelhantes, havendo assim uma coeluição. Os sinais foram separados entre
sesquiterpeno furanóide 1 e 2 a partir da análise das integrações dos hidrogênios, pois foi
observada uma relação de 2:1.
Em função dos relatos da literatura que citam o curzereno [1] e furanodieno [2]
como os constituintes majoritários da pitangueira foram comparados os deslocamentos
químicos dos sesquiterpenos furanóides isolados (IRL=1467) com os valores conhecidos
dos furanosesquiterpenos curzereno [1] e furanodieno [2]. A figura 44 mostra a numeração
dos carbonos dos furanosesquiterpenos curzereno e furanodieno.
O
1
10
9
8
7
6
5
4
3
2
13
14
15
12
[2]
[1]
9
O
1
2
3
4
5
6
7
8
10
13
14
15
12
11
11
Figura 44: Numeração fornecida aos carbonos nos sesquiterpenos furanóides.
Os deslocamentos químicos de RMN
13
C do sesquiterpeno furanóide majoritário
(IRL=1467) estão apresentados na tabela 27. Os resultados mostram 27 sinais de carbonos,
entre os quais três são comuns entre os dois compostos. Os sinais coincidentes referem-se
aos carbonos olefínicos C
11
, C
12
e a metila C
13
do
anel furânico
e apresentam-se em destaque
na tabela 27. Os valores são similares aos outros sesquiterpenos que apresentam o mesmo
anel em sua estrutura (Blay et al., 1996). O deslocamento químico alto do C
12
, C
11
, C
7
e C
8
ocorrem em consequência da presença do oxigênio que favorece a desblindagem dos
carbonos próximos. Vale ressaltar que os valores do deslocamento químico destes carbonos
apresentam similaridade com os encontrados para o curzereno [1] e furanodieno [2]. Os
deslocamentos dos carbonos metilênicos em C
9
também são semelhantes aos
furanosesquiterpenos em questão.
127
Tabela 27: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (75MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e do
furanosesquiterpeno 2, do Curzereno
*
, do Furanodieno
*
.
Carbono
δ-C
Furanosesquiterpeno1
δ-C
Furanosesquiterpeno2
δ-C
Curzereno [1]
δ-C
Furanodieno [2]
1 20.97 t
37,23 t 147.15 d 129.02 d
2 23.6 t 22,89 t 110.97 t 24.35 t
3 39.37 t 121,98 t 112.72 t 26.83 t
4 149.49 s 134,51 s 147.22 s 128.83 s
5 45,81 d 43.97 d 50.06 d 127.61 d
6 37.4 t 21,42 t 24.20 t 39.43 t
7 116.23 s 117,24 s 116.61 s 118.88 s
8 149.9 s 150,39 s 149.55 s 149.72 s
9 42,02 t 38,77 t 36.11 t 40.92 t
10 36.72 s 33,28 s 40.12 s 134.34 s
11
119.66 s 119.66 s 119.28 s 121.88 s
12
137.01 d 137.01 d 137.18 d 135.98 d
13 8.25 q 8,25 q
8.10 q 8.88 q
14 17.64 q 16,67 q 24.47 q 16.45 q
15 107.36 t 21,36 q 19.50 q 16.19 q
*
Baldovini et al., 2000
+
A multiplicidade foi determinada pelo espectro de DEPT 135.
Entre os sinais do sesquiterpeno furanóide 1, cinco são correspondentes a carbonos
quaternários, seis à carbonos metilênicos e dois para carbonos metínicos e metilas. O
furanosesquiterpeno 2, por sua vez, apresenta quatro sinais correspondentes a carbono
quaternário, metilênico e metínico e três sinais de metilas. Comparando-se o valor total do
número de carbonos do curzereno e do furanodieno, dez sinais corresponderiam a carbono
quaternário, oito à grupos metilênicos, seis a carbonos metínico e metilas. Portanto, os
sesquiterpenos furanóides majoritários presentes no óleo essencial da pitangueira não são os
comumente relatados na literatura. Na figura 45 encontra-se os espectros de RMN
1
H e
13
C
da mistura de sesquiterpenos furanóides.
128
Figura 45: Espectro de RMN
13
C (75 MHz) e RMN
1
H (300 MHZ) da mistura de sesquiterpenos.
Descarta-se que o curzereno [1] e o furanodieno [2] estejam presentes no produto
isolado do óleo essencial no exemplar da Eugenia uniflora (cultivada no Campus da UFRJ)
também pelos deslocamentos distintos, como por exemplo, o C
1
. Na mistura de
furanosesquiterpenos, não há carbono metínico com freqüência próxima de δ 147,15
129
(Curzereno [1]), além disso, seis sinais correspondem as metilas na mistura entre curzereno
[1] e furanodieno [2] enquanto que na mistura isolada a partir do óleo existem cinco sinais,
com dois deles apresentando o mesmo deslocamento químico (C
13
= 8,25 ppm). Outro ponto
em discordância são os sinais dos carbonos metilênicos C
2
e C
3
do curzereno [1]. Entre os
sinais da mistura de sesquiterpenos desconhecidos, existe apenas um com freqüência alta em
δ 107,36. Os resultados de RMN
1
H estão apresentados na tabela 28.
Tabela 28: Deslocamentos químicos de RMN
1
H (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e 2,
do Curzereno
*
, do Furanodieno
**
.
*
Hikino et al., 1970
**
Dekebo et al., 2002
O sesquiterpeno furanóide 1, cuja fórmula molecular C
15
H
20
O foi determinada pela
análise por CGAR-EM (Item 5.1) exibe no espectro de RMN de hidrogênio um multipleto
entre 1,54 a 1,72 ppm e um multipleto entre 2,05 a 2,19 ppm, correspondentes aos
hidrogênios metilênicos H
1
e H
2
e aos hidrogênios metilênicos de H
3
, respectivamente. Entre
2,33-2,35 ppm um tripleto indica a presença de um hidrogênio desblindado (H
5
),
provavelmente pela presença de um sistema de elétrons π ou por um elemento
Hidrogênio
δ-H (m, J em HZ)
Furanosesquiterpeno 1
δ-H (m, J em HZ)
Furanosesquiterpeno 2
δ-H (m, J em HZ)
Curzereno
δ-H (m, J em HZ)
Furanodieno
1 1,54-1,72; 2H; m 5,84; 1H; dd; J=18 e 11Hz 4,64; 1H; m
2
1,54-1,72, 4H, m
2,05-2,19; 2H; m
4,91; 1H; dd; J=18 e 1Hz
4,88; 1H; dd; J=11 e 1Hz
2,13; 2H; m
3 2.05-2.19, 2H, m 5,48; 1H; br s
4,73; 1H; d; J=1Hz
4,77; 1H; d; J=1Hz
H-3a 2,24; 1H; m
H-3b 1,79; 1H; m
4 - - - -
5 2.33-2.35, 1H, t, J=2,33Hz 2,25-2,27; 1H, m 2,0-2,9; 1H; m 4,74; 1H; t; J=7 Hz
6 2,39-2,41, 2H, t, J=2.33Hz
2,58-2,60; 1H; d, J=4,53 e 15,0Hz
2,66-2,68; 1H; d, J=4,53 e 15,0Hz
2,0-2,9; 2H; m 3,08; 2H; d; J=7 Hz
7 - - - -
8 - - - -
9 2.47, 2H, s 2,47; 2H; s 2,0-2,9; 2H; m
2H AB
δ
A
=3,54 J=16
δ
B
=3,43 J=16
10 - - - -
11 - - - -
12 7,1, 1H, s 7,1; 1H; s 6,94; 1H; br s 7,07; 1H; s
13 1.99;3H; d, J=1,1Hz 1.99;3H; d, J=1,1Hz 1,86; 3H; d; J= 1,5 e 1,86Hz 1,92; 3H; br s
14 0,80; 3H; s 0,87; 3H; s 1,03; 3H; s 1,27; 3H; br s
15
4,74-4,75; 1H; d; J=1.63Hz
4,90-4,91; 1H; d; J=1,63 Hz
1,76; 3H; d; 1,1Hz
1,70; 3H; br s 1,60; 3H; br s
130
eletronegativo (oxigênio), com um acoplamento com H
6
(δ=2,41, 2H)
em J=2,33 Hz. Esse
sistema é característico de hidrogênio de junção de anel entre terpenos bicíclicos.
O simpleto em 2,47 ppm é um grupo metilênico não olefínico desblindado e é
encontrado para ambos os furanosesquiterpenos desconhecidos. Nos dois isômeros o
simpleto em 7,1 ppm, característico de olefina é encontrado e é pertencente ao H
12
do anel
furânico. Os sinais em 0,80 ppm e 1,99 ppm correspondem as metilas H
14
e H
13.
. Por fim os
dubletos em δ4,74 a 4,75 e em δ4,9 a 4,91 correspondem a um sistema AB com um J=1,63
Hz. Comparando os dados de RMN
1
H e
13
C do furanosesquiterpeno 1 e da atractilona [145]
(figura 45) pode-se perceber que apresentam dados semelhantes. Os resultados dos espectros
de RMN
1
H e
13
C obtidos de outras literaturas e do furanosesquiterpeno 1 estão apresentados
na tabela 29.
Tabela 29: Deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C do Furanosesquiterpeno 1 e da
Atractilona.
*
Bagal et al., 2004.
O
H
[145]
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Figura 46: Estrutura química e a numeração fornecida para a atractilona [145].
Hidrogênio
δ-H (m, J em HZ)
Furanosesquiterpeno 1
δ-H (m, J em HZ)
Atractilona
*
Carbono
δ-C
Furanosesquiterpeno 1
δ-C
Atractilona
*
1 1 20.90 t
20.9 t
2
1,54-1,72; 4H; m 1,44-173; 4H; m
2
23.60 t 23.5 t
3 2,05-2,19; 2H; m
2,10-2,15; 1H; m
2,06; 1H; td; 13.0; 5.0 Hz
3
39.37 t 39.3 t
4 - - 4 149.49 s 149.4 s
5 2.33-2.35, 1H, t, J=2,33Hz 2,26-2,35; 1H; m 5 45,81 d 45.7 d
6 2,39-2,41, 2H, t, J=2.33Hz 2,37-2,46; 2H; m 6 37.40 t 37.3 s
7 - - 7 116.23 s 116.1 s
8 - - 8 149.90 s 149.8 s
9 2,47; 2H; s
2,41; 1H; dd; 16.0; 5.0Hz
2,37-2,46; 1H; m
9 42,02 t 41.9 t
10 - - 10 36.72 s 36.6 s
11 - - 11 119.66 s 119.5 s
12 7,1; 1H; s 7,07; 1H; s 12 137.01 d 136.9 d
13 1,99; 3H; d; 1,1Hz 1,97; 3H; s 13 8.25 q 8.1 q
14 0,80; 3H; s 0,77; 3H 14 17.64 q 17.5 q
15
4,74-4,75; 1H; d; J=1.63Hz
4;90-4;91; 1H; d; J=1,63 Hz
4,72; 1H; s
4,88; 1H; s
15
107.36 t 107.2 t
131
Os valores das correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC para a
atractilona [145] isolada estão apresentados na tabela 30.
Tabela 30: Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados
para o Furanosesquiterpeno 1.
H-H
δH-δH
C-H (J
1
)
δC-δH (J
1
)
C-H
(longa distância)
δC-δH
(longa distância)
H
1
- H
3
1,54-2,05 C
1
-H
1
20,97-1.65 C
1
-H
14
20,97-0,80
H
1
-H
14
1,54-0,80 C
2
-H
2a
23,60-1.65 C
1
-H
5
20,97-2,26
H
1
-H
9
1,53-2,47 C
2
-H
2b
23,60-1.65 C
2
-H
5
23,60-2,26
H
2
- H
5
1,54-2,05 C
3
-H
3
39,37-2,05 C
3
-H
14
38,77-0,80
H
2
-H
14
1,54-0,80 C
5
-H
5
45,81-2,33 C
4
-H
3
149,49-2.05
H
2
-H
9
1,53-2,47 C
6
-H
6
37,40-2,40 C
4-
H
12
149,49-7,10
H
3
-H
2
2.05-1.53 C
9
-H
9a
42,02-1,54 C
5
-H
1
45,81-1,70
H
3
-H
5
2,05-233 C
12
-H
12
137,01-7,07 C
7
-H
9
116,23-2,47
H
6
-H
13
2.40-1.96 C
13
-H
13
8,25-1,96 C
7
-H
13
116,23-1,99
H
9
-H
14
2.47-0.80 C
14
-H
14
17,64-0,80 C
8
-H
9
149,9-2,47
H
12
-H
13
7.07-1.96 C
15
-H
15a
107,36-4,71 C
9
-H
14
42,02-0,80
H
15a
-H
15b
4,71-4,87 C
15
-H
15b
107,36-4,87 C
10
-H
15a
36,72-4,74
C
10
-H
15b
36,72-4,90
C
11
-H
13
119,56-1,99
C
12
-H
13
137,01-1,99
O espectro de COSY revela as seguintes correlações: entre os hidrogênios
metilênicos H
1
e o hidrogênio em H
3;
entre os hidrogênios metilênicos H
1
e H
9
; entre os
hidrogênios H
3
e o hidrogênio H
5
da junção de anel, provavelmente devido a proximidade
entre os átomos; os hidrogênios da metila (H
13
) correlacionando com o hidrogênio olefínico
(H
12
) . Os resultados do HMQC e HMBC foram também condizentes a estrutura da
atractilona [145]. Observou-se no espectro de H-C a longa distância, por exemplo, a
correlação dos hidrogênios da metila (H
14
) com o C
1
em
3
J; os carbonos C
7
e C
8
com os H
9a
e H
9b
(
3
J e
2
J respectivamente); e entre o C
10
e os hidrogênios metilênicos exocíclicos H
15
.
Quanto ao furanosesquiterpeno 2, o espectro de
13
C revela a presença de quatro
sinais correspondentes a carbono quaternário (δ=134,51, δ=150,39, δ=33,28, δ=119,66) a
carbono metilênico (δ=37,23, δ=22,89, δ=21,42, δ=38,77) e a carbonos metínicos
(δ=121,98, δ=117,24, δ=43,97, δ=137,01) e três sinais referentes a metilas (δ=8,25, δ=21,36
e δ=16,67). Os carbonos C
8
, C
9
, C
10
, C
11
, C
12
e C
13
referem-se ao anel furano e condizem
com os valores de outros sesquiterpenos furanóides.
132
O espectro de hidrogênio revela multipletos entre δ1,54-1,72 (H
1
) e δ2,04-2,19 (H
2
)
característicos de hidrogênios sp
3
. Um multipleto em δ2,33-2,35 (J=4,53Hz) corresponde a
um hidrogênio metínico (H
5
) desblindado provavelmente próximo a uma ligação π ou um
grupo eletronegativo. Entre δ2,58-2,68 dois dd indicam a presença de hidrogênios sp
3
diastereotópicos, correspondentes ao H
6
. Em δ=2,47 ppm o simpleto corresponde a
hidrogênios sp
3
, deblindados e sem outros núcleos próximos para haver o acoplamento,
constituindo assim os hidrogênios em H
9
. Em 5,48 ppm, a existência de um sinal alargado, é
característico de hidrogênio de olefina e os outros picos correspondem aos hidrogênios do
anel furânico e a três metilas. Com base nas informações a estrutura proposta para o segundo
sesquiterpeno furanóide é o furanoeudesmano-3-eno [168] (figura 46), já relatado na
literatura como sendo o isômero correspondente a atractilona [145], por rearranjo de Cope.
Os dados de RMN
1
H e
13
C obtidos de outras literaturas e os correspondentes ao
furanosesquiterpeno 2 estão apresentados na tabela 31.
O
H
[
1
6
8
]
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Figura 47: Estrutura do furanoeudesmano-3-eno [168]
133
Tabela 31: Deslocamentos químicos de RMN
1
H e
13
C do Furanosesquiterpeno 2 e do
furanoeudesma-3-eno [168]
*
.
*
Gavagnin et al. (2003).
Os espectros de COSY, HMQC e HMBC para o furanoeudesma-3-eno estão na tabela 32.
Tabela 32: Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados
para os Furanosesquiterpeno 2.
H-H
δH-δH
C-H (J
1
)
δC-δH (J
1
)
C-H
(longa distância)
δC-δH
(longa distância)
H
1
-H
2
1,54-2,04 C
1
-H
1
37,23-1,54 C
1
-H
14
37,23-1,76
H
1
-H
9
1,54-2,47 C
2
-H
2
22,89-2,04 C
2
-H
1
22,89-1,54
H
1
-H
14
1,54-0,87 C
3
-H
3
121,98-5,49 C
3
-H
1
121,89-1,54
H
2
-H
9
2,04-2,47 C
5
-H
5
43,97-2,33 C
3
-H
15
121,98-1,76
H
2
-H
15
2,04-1,99 C
6
-H
6a
21,42-2,59 C
4
-H
15
134,51-1,76
H
3
-H
15
5,48-1,99 C
6
-H
6b
21,42-2,67 C
5
-H
1
43,97-1,54
H
3
-H
2
5,48-2,04 C
9
-H
9a
38,77-2,47 C
5
-H
6a
43,97-2,59
H
5
-H
6a
2,25-2,59 C
12
-H
12
137.01-7,1 C
5
-H
6b
43,97-2,67
H
5
-H
6b
2,25-2,67 C
13
-H
13
8,25-1,99 C
5
-H
14
43,97-0,87
H
6a-
H
9
2,59-2,47 C
14
-H
14
16,67-0,87 C
5
-H
15
43,97-1,76
H
6a
-H
13
2,59-1,99 C
15
-H
15
21,36-1,76 C
7
-H
6a
117,24-2,59
H
6b-
H
9
2,67-2,47 C
7
-H
6b
117,24-2,67
H
6b
-H
13
2,67-1,99 C
7
-H
12
117,24-7,10
H
9
-H
5
2,47-2,25 C
7
-H
13
117,24-1,99
H
12
-H
13
7,07-1,99 C
8
-H
6a
149,9-2,59
H
13
- H
6a
1,99-2,59 C
8
-H
6b
149,9-2,67
H
13
- H
6b
1,99-2,67 C
8
-H
12
149,9-7,10
H
14
- H
2
0,87-1,54 C
9
-H
14
38,77-0,87
H
14
- H
9
0,87-2,47 C
11
-H
13
119,66-1,99
C
12
-H
13
137,01-1,99
C
14
-H
1
16,67-1,54
C
14
-H
5
16,67-2,33
C
15
-H
9
21,36-2,47
Hidrogênio
δ-H (m, J em HZ)
Furanosesquiterpeno 2
δ-H (m, J em HZ)
Furanoeudesmano-3-eno
Carbono
δ-C
Furanosesquiterpeno 2
δ-C
Furanoeudesma-3-eno
1 1,54-1,72; 2H; m 1,55; 2H; m 1 37,23 t 37.5 t
2 2,05-2,19; 2H; m 2,01-2,16; 2H; m 2 22,89 t 23.2 t
3 5,48; 1H; br s 5,44; 1H; m 3 121,98 d 122.2 d
4 - - 4 134,51 s 134.9 s
5 2,25-2,27; 1H; m 2,18; 1H; m 5 43.97 d 44.3 d
6
2,58-2,60; 1H; d; J=4,53 e 15,0Hz
2,66-2,68; 1H; d; J=4,53 e 15,0Hz
1,97; 1H; m
2,61; 1H; dd; 15,4Hz
6 21,42 t
21.7 t
7 - - 7 117,24 s 117.7 s
8 - - 8 150,39 s 150.6 s
9 2,47; 2H; s 2,34; 2H; bs 9 38,77 t 39.0 t
10 - - 10 33,28 s 33.5 s
11 - - 11 119.66 s 120.1 s
12 7,1; 1H; s 7,05; 1H; bs 12 137.01 d 137.2 d
13 1,99; 3H; d; 1,1Hz 1,94; 3H; d; 1 Hz 13 8,25 q 8.2 q
14 0,87; 3H; s 0,82; 3H; s 14 16,67 q 16.6 q
15 1,76; 3H; d; 1,1Hz 1,72; 3H; d; 1 Hz 15 21,36 q 21.4 q
134
O espectro de COSY apresenta correlações entre os hidrogênios metilênicos H
1
e os
hidrogênios H
2
, H
9
e H
14
(CH
3
); entre os hidrogênios metilênicos H
6
e os hidrogênios
metilênicos H
9
e os hidrogênios correspondentes a metila (H
13
). No anel furânico observa-se
a correlação entre o hidrogênio metínico H
12
e a os hidrogênios da metila (H
13
), esta por sua
vez apresenta sinal referente a correlação entre os hidrogênios metilênicos em H
6
. Assim
como o COSY, os espectros de HMQC e HMBC estão de acordo com a estrutura proposta.
No espectro de correlação entre H-C a longa distância aparece sinais correspondentes a
2
J,
como o carbono de ponte de ligação entre os anéis C
5
e os hidrogênios metilênicos H
H6a
e
H
H6b
, sinais
3
J, exemplificado pela correlação entre o C
1
e os hidrogênios da metila (H
14
) e
pelo carbono C
8
do anel furânico e o hidrogênio metilênico H
12
.
Quanto a estereroquímica do sesquiterpeno furanóide 2, a junção trans entre os anéis
A e B pode ser confirmada a partir do deslocamento químico menor do C
14
(16,67ppm) em
comparação com o valor do isômero sintético cis, 1,2-dihidrotubipofurano [216] (figura 47).
Alem disso, os valores do deslocamento químico dos carbonos metilênicos C
1
, C
2
, C
6
e C
9
(δ 37,23; δ 22,89; δ21,42; 38,77) são diferentes do isômero cis (δ 23,2; δ 24,5; 29,8; 35,1)
(Cardona et al., 1994).
O
H
[216]
Figura 48: Estrutura do 1,2-dihidrotubipofurano [216]
135
5.7 Estimativa do teor de atractilona e do furanoeudesma-3-eno
Com o objetivo de estimar a concentração da atractilona [145] e do
furanoeudesmano-3-eno [168] do óleo essencial de pitangueira, foi realizado uma
quantificação parcial dos sesquiterpenos furanóides.
De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com a ICH
(International Coference on Harmonization) a construção de uma curva analítica padrão
deve ser realizada com pelo menos cinco pontos experimentais, não incluindo o ponto zero e
para cada injeção devem ser feitas três repetições. Assim, os experimentos realizados no
presente trabalho podem ser considerados apenas como estimativas (Ribani et al., 2004).
Para correlacionar a área ou sinal medido do pico com a real concentração da
substância é realizado um cálculo matemático expresso por uma curva analítica ou padrão
descrita pela equação y=ax+b (onde y é o sinal medido, a e b são os coeficientes angular e
linear, respectivamente, e x é a concentração da espécie a ser quantificada). Além dos
coeficientes de regressão, é possível calcular a partir dos pontos experimentais, o coeficiente
de correlação r
2
, este parâmetro permite avaliar a qualidade da curva obtida (Soares et al.,
2001; Ribani et al., 2004).
Empregou-se a padronização externa, utilizando-se o produto isolado (mistura de
isômeros atractilona e furanoeudesmano) como padrões. Comparou-se a área absoluta dos
sesquiterpenos furanóides (IRL=1467) com as amostras de óleos essenciais obtidas nos
meses de fevereiro e junho. Injetou-se três diferentes concentrações (1, 2 e 3mg/mL), sob as
mesmas condições cromatográficas.
Considerando o grau de pureza do produto puro isolado de 95%, as injeções da
mistura de isômeros (atractilona e furanoeudesmano) realizadas apresentaram um
coeficiente de correlação de 0,95. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização, e Qualidade Industrial) recomenda um coeficiente de correlação maior que
0,90 como evidência de ajuste ideal dos dados para linha da regressão. Os coeficientes
angular e linear calculados foram de 0,083 e 1,31 respectivamente. As áreas absolutas das
injeções em três diferentes concentrações (1, 2, e 3mg/mL) estão ilustradas no gráfico 07.
136
Susbtituindo os valores na equação pelas áreas absolutas encontradas para a mistura
de isômeros nos óleos essenciais extraídos a partir de folhas frescas de fevereiro pode-se
inferir que a variação de seus teores no produto bruto é de 18,40% a 35,40%, com uma
média de 24,19%. Para o mês de junho a variação de atractilona e do seu isômero
furanoeudesmano-3-eno é de 15,50% a 32,50%, com uma média de 22,53%.
137
5.8 Atividades farmacológicas
As atividades analgésica e antiinflamatória do óleo essencial de pitangueira e frações
foram investigadas em função de relatos na literatura citando o emprego na medicina popular
da Eugenia uniflora L. como antifebrífugo, na diminuição da inflamação, contra desordens
estomacais, no tratamento de bronquite e outras (Ogunwande et al., 2005; Weyerstahl et al.,
1988; Consolini et al., 2002). Considerando ser uma espécie amplamente empregada pela
indústria farmacêutica, buscou-se verificar por meio de ensaios farmacológicos preliminares
os efeitos terapêuticos atribuídos à espécie.
5.8.1 Atividade analgésica
O resultado da atividade analgésica do óleo bruto da pitangueira, na dose de
200mg/kg, está apresentado no gráfico 08. Podemos observar que o óleo bruto apresentou
uma atividade analgésica significativa, inibindo o número de contorções em 48,2%, quando
comparado com o grupo controle.
71.875
37.25*
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Número de contorçõe
s
Controle Óleo Essencial (200mg/kg)
Gráfico 08: Atividade analgésica do óleo essencial da pitangueira
* Diferença significativa com p< 0,05, t=5,78
138
Considerando a significante atividade analgésica apresentada pelo óleo essencial da
pitangueira, realizou-se seu fracionamento, por meio da técnica de sílica impregnada por
KOH descrita no item 4.4, com o intuito de determinar qual a fração ou composto
responsável pela atividade observada. As frações isoladas foram obtidas pelos eluentes
pentano, diclorometano e metanol. A fração pentano apresentou em sua composição
sesquiterpenos furanóides incluindo a atractilona [145] e o furanoeudesmano-3-eno [168] e
sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, enquanto que as frações obtidas a partir de
diclorometano e metanol apresentaram principalmente hidroxilados em sua composição. Os
resultados da avaliação da atividade analgésica das frações, na dose de 200mg/kg, estão
apresentados no gráfico 09.
71.88
20.75*
68.62 68.88
0
10
20
30
40
50
60
70
80
mero de contoões
Controle fração pentano
(200mg/kg)
fração
diclorometano
(200mg/kg)
fração metanólica
(200mg/kg)
Gráfico 09: Atividade analgésica das frações obtidas do óleo
essencial da pitangueira
*
Diferença significante com p< 0,05, t=2,64
Dentre as frações avaliadas, a obtida a partir do pentano foi a que apresentou
atividade analgésica significante, com 71,13% de inibição do número de contorções.
Schapoval et al. (1994) estudaram a atividade analgésica do infuso e decocto de
folhas frescas e secas de pitangueira (extrato aquoso) e não observaram atividade
significativa empregando uma dose de 300mg/kg. Provavelmente os compostos detentores
de atividade analgésica da pitangueira não foram extraídos pelo procedimento de infusão e
139
decocção das folhas, considerando as polaridades distintas entre os extratos aquosos e o óleo
essencial.
São reconhecidos os efeitos de sinergismo e antagonismo entre os compostos
presentes nos óleos essenciais. Diversas publicações citam os efeitos farmacológicos e as
interações entre os terpenos e fenilpropanóides existentes nesta matriz complexa, como foi
discutido anteriormente (item 2.2.4). Assim foi realizada uma análise a partir do método de
adição, para verificação da existência ou não de efeito sinérgico na atividade analgésica do
óleo essencial e frações da pitangueira.
Empregando o referido método, caso a atividade das frações fosse isoefetiva, o efeito
do óleo bruto deveria ser igual à média dos efeitos das frações isoladas. Considerando que a
média da inibição observada para as frações foi de 26,6% e menor do que a obtida para o
óleo essencial bruto (48,2%), pode-se sugerir a existência de um efeito sinérgico entre os
componentes presentes no óleo.
Visando determinar a potência analgésica do óleo bruto e da fração foram realizados
ensaios para a obtenção de curvas dose-resposta, com as doses de 50, 100, 200 e 500mg/kg.
Os resultados estão apresentados no gráfico 10.
Gráfico 10: Relação dose resposta do óleo essencial de
pitanga e da fração de pentano
0
20
40
60
80
Dose (m g/Kg)
Média das Contorções
Óleo Bruto
60.125 57.5 37.25 7.5
Fr Pentano
51 53.125 20.75 18
50 mg/kg 100mg/kg 200 mg/kg 500 mg/kg
140
As curvas para ambos, óleo e fração pentano, indicam um efeito analgésico dose-
dependente. Pode-se observar que a fração pentano apresentou uma maior inibição das
contorções em doses menores. As DI
50
aproximadas, calculadas a partir destes resultados
através de uma análise de regressão não-linear, foram de 218,6 mg/kg e 176,7 mg/kg para o
óleo bruto e fração pentano, respectivamente, indicando que a fração pentano é mais potente
que o óleo essencial bruto.
Considerando que os sesquiterpenos furanóides atractilona [145] e seu isômero
furanoeudesmano-3-eno [168] estão presentes na fração mais ativa, foi realizado o ensaio
dos compostos isolados para confirmar a atividade. Os resultados estão apresentados no
gráfico 11.
71.875
57.5*a
53.12*b
21,00*c
0
10
20
30
40
50
60
70
80
mero de contorções
Controle Óleo Bruto Fração
pentano
Produtos
isolados
Gráfico 11: Atividade anal
g
ésica do óleo essencial, fração
pentano e produto isolado da pitangueira a 100mg/kg
a
Diferença significativa com *p< 0,05, t=-1,96
b
Diferença significativa com *p< 0,05, t=2,94
c
Diferença significativa com *p< 0,05, t=2,67
Os dados permitem inferir que a atividade é atribuída aos sesquiterpenos furanóides
isolados, a atractilona [145] e ao furanoeudesmano-3-eno [168] em consequência da inibição
do número de contorções (70,78%) promovida pelos produtos isolados na dose de
100mg/Kg.
141
Não existem relatos na literatura a respeito da atividade analgésica da atractilona
[145] e do furanoeudesmano-3-eno [168]. Resultados correlatos de Dolara et al. (1996)
comprovaram os efeitos analgésicos de dois sesquiterpenos furanóides isolados da mirra (C.
molmol), o curzereno [2] e o furanoeudesmano-1,3-dieno [132], empregando o ensaio de
placa quente (modelo experimental de avaliação de efeito analgésico central) e de contorção
abdominal.
Lesburg et al. (1997) citam que os efeitos analgésicos relatados da mirra ocorrem em
conseqüência da interação com receptores opióides dos sesquiterpenos furanóides curzereno
[1] e furanoeudesma-1,3-dieno [132].
Considerando que as plantas medicinais, na grande maioria, são comercializadas em
ervanários ou drogarias sob a forma de folhas secas, embaladas em sacos plásticos, realizou-
se a secagem e armazenamento durante 3 meses das folhas de pitangueira para observar se o
processo de envelhecimento promovia alterações na composição química e na atividade
analgésica. Quanto a composição química, discutida no item 5.2, pode-se perceber diferenças
marcantes, como por exemplo, a ausência do δ-elemeno [203], o ledeno [206], o palustrol
[208], o τ-muurolol [211], do furanosesquiterpeno com IRL=1996 e do óxido de cariofileno
[209], a diminuição da porcentagem relativa do composto não identificado em IRL=1996 e
maiores teores de espatulenol (11,41%)
Quanto a atividade do óleo envelhecido, os resultados estão apresentados no gráfico
12. Pode-se perceber uma redução do efeito analgésico do óleo essencial obtido de folhas
armazenadas por 3 meses.
142
71.875
37.5*a 44.125*b
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Número de contorções
Controle Óleo Bruto Óleo envelhecido
Gráfico 12: Atividade anal
g
ésica do óleo bruto obtido de folhas
envelhecidas por 3 meses
a
Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,78
b
Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,69
Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada uma
extração de seu óleo essencial empregando material vegetal coletado em outro local (Centro
de Ciências da Saúde-CCS da UFRJ). Os resultados da atividade analgésica dos óleos
obtidos do CCS encontram-se no gráfico seguinte.
71.875
30.37*a
37.5*b
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Número de contorções
Controle Óleo Bruto CCS Óleo Bruto CT
Gráfico 13: Atividade analgésica do óleo essencial obtido do
CCS
a
Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,78
b
Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,28
143
Os dados permitem inferir que não houve diferença estatística entre as atividades
analgésicas dos óleos entre os exemplares obtidos de diferentes localidades. Apesar dos
exemplares obtidos do Centro de Tecnologia-CT apresentarem teores de sesquiterpenos
hidrocarbonetos e de hidroxilados diferentes dos exemplares obtidos do Centro de Ciências
da Saúde-CCS não houve alteração significativa no efeito farmacológico, provavelmente
porque não são estes os responsáveis pela atividade, e sim os sesquiterpenos furanóides,
atractilona [145] e furanoeudesmano-3-eno [168].
5.8.2 Atividade antiinflamatória
Considerando os relatos na literatura a respeito da atividade antiinflamatória da E.
uniflora e da atividade dos sesquiterpenos furanóides, foi realizado o ensaio de edema de
orelha de camundongos induzido por TPA para o estudo da atividade antiinflamatória.
A mirra (Commiphora myrrha) reconhecida por apresentar em sua constituição
diversos sesquiterpenos furanóides como, por exemplo, o curzereno [1], furanoeudesma-1,3-
dieno [130], 1,10-(15)-furanodieno-6-ona [131], o lindestreno [132], curzerenona [133], tem
sua atividade relatada em diversas publicações (Hanus, 2005). Baylac & Racine (2003), por
exemplo, observaram atividade antiinflamatória do óleo de mirra empregando o ensaio de
inibição da enzima 5-lipoxigenase.
Outros terpenos pertencentes a esta classe de compostos, os sequiterpenos furanóides,
apresentam atividade antiinflamatória comprovada. O pseudoneolinderano [165], extraídos
da Neolitsea parvigemma (Lauraceae) apresentou atividade antiinflamatória, empregando os
ensaios de inibição do ânion superóxido produzidos por neutrófilos (Chen et al., 2005).
Os resultados da avaliação da atividade antiinflamatória do óleo essencial da
pitangueira estão apresentados no gráfico 14.
144
119.4
115.3
0
20
40
60
80
100
120
Volume do edema de
orelha (g)
Óleo de Pitanga Controle
Gráfico 14: Avaliação da atividade antiinflamatória do óleo
essencial bruto da pitangueira (200mg/Kg)
Não houve diferença estatística entre os volumes de edema de orelha dos
camundongos tratados com o óleo essencial e o controle, apesar da atractilona [145] ter
apresentado in vitro efeito inibidor moderado da 5-lipooxigenase na pesquisa realizada por
Resch et al. (1998).
Os metabólitos enzimáticos de COX e LOX são sintetizados nas respostas de edema
de orelha induzidas tanto por AA quanto por TPA, mas se diferem consideravelmente
quanto ao perfil biosintético dos mediadores formados. Geralmente, considera-se que o
edema de orelha induzido por AA é mais dependente da formação de prostaglandinas (PGs)
e o edema induzido por TPA dependente da formação de leucotrieno B4 (LTB4), isto é, da
via da 5-LOX (Sanchéz & Moreno, 1999; Lloret & Moreno, 1995; Opas et al, 1985). A
indometacina, um antiinflamatório não-esteroidal capaz de inibir a formação de
prostaglandinas de forma não-seletiva, inibe o edema de orelha induzido por AA em 75,4%
(resultado não mostrado), porém não é capaz de inibir o edema induzido por TPA.
Dessa forma, a não observância de efeito antiinflamatório no modelo empregado não
nos permite afirmar que o óleo essencial de pitangueira seja desprovido desta atividade, pois
este pode estar atuando por mecanismos diferentes e não exclusivamente pela inibição de 5-
lipoxigenase. O estudo desta atividade em modelos envolvendo uma maior participação de
mediadores como as PGs deverá ser investigado.
145
6. CONCLUSÕES
A caracterização química do óleo essencial da Eugenia uniflora L. por CGAR-EM
obtida de diferentes meses (fevereiro e junho) e turnos (matutino e vespertino) permitiu
avaliar o efeito da sazonalidade nesta espécie. Observou-se a não interferência da época de
coleta no perfil químico. Os constituintes majoritários no óleo essencial da pitagueira foram
o β-elemeno, γ-elemeno, globulol, ledeno, β-cariofileno, além dos sesquiterpenos furanóides
em IRL=1467. A coleta de material vegetal de outra localidade permitiu observar que em
exemplares cultivados em praticamente um mesmo ambiente promove alterações no perfil
químico do óleo essencial da pitangueira.
Foi realizada uma avaliação do efeito da secagem e do armazenamento do material
vegetal na caracterização química do óleo essencial da pitangueira. A secagem por 1
semana, sob temperatura controlada e sem incidência direta de luz, permitiu a retirada da
água, diminuindo a possibilidade de possíveis contaminantes, sem provocar alterações
significativas no perfil químico.
É conhecido que as plantas medicinais comercializadas em ervanários ou em
farmácias naturais, geralmente são acondicionadas em sacos plásticos e na maioria sem uma
identificação que determine seu prazo de validade. Assim, este trabalho também avaliou o
efeito da armazenagem das folhas secas e armazenadas, durante um período de 3 meses.
Pôde-se perceber que este procedimento propiciou modificações marcantes no óleo essencial
da pitangueira, não apenas quimicamente, como tamm nas características organolépticas
como cor e odor. Considerando que a aceitação de um produto medicinal, como por
exemplo, dos óleos essenciais, depende também do aroma agradável e do aspecto límpido, o
acondicionamento das folhas de pitangueira não é recomendado.
A partir do isolamento e da identificação química por RMN identificou-se como
constituintes majoritários presentes no óleo essencial da pitangueira a atractilona e seu
isômero correspondente o furanoeudesmano-3-eno, diferentemente do que é relatado na
literatura. Estudos anteriores apresentam como constituinte principal da E. uniflora o
furanodieno, que sofre rearranjo térmico em curzereno. Portanto é importante que seja
realizada uma reavaliação do real constituinte químico em espécies estudadas anteriormente,
de diferentes localidades, considerando possíveis quimiotipos ou erros na identificação
química.
146
Avaliar os óleos essenciais empregando apenas a biblioteca eletrônica, sem avaliar a
fragmentação, tempo de retenção e o emprego de padrões, pode levar a uma identicação
falha dos terpenos, isto porque são metabólitos bastante complexos, que facilmente sofrem
rearranjos, oxidações e degradações por sensibilidade a calor ou luz. Além disso, observou a
partir desta pesquisa que diferentes furanosesquiterpenos, sob as mesmas condições
cromatográficas apresentaram o mesmo tempo de retenção, sendo difícil a identificação
fidedigna do composto.
Baseado no conhecimento do uso tradicional da espécie para o tratamento de febres e
dores foi avaliada a atividade analgésica e antiinflamatória do óleo essencial e frações da
pitangueira. O óleo essencial bruto da pitangueira promoveu uma inibição significativa do
número de contorções (48,18%) e devido apresentar esta atividade analgésica realizou-se
uma avaliação de quais os constituintes estariam envolvidos na inibição da dor. A atividade
analgésica do óleo essencial da pitangueira pôde ser atribuída aos compostos majoritários
isolados, a atractilona e o furanoeudesmano-3-eno, com uma inibição do número de
contorções (70,78%) na dose de 100mg/kg. Além disso, foi avaliado se os óleos obtidos por
envelhecimento das folhas e de outra localidade mantinham o efeito analgésico. Para ambos
os casos não houve diferença significativa comparando-se com os óleos obtidos de folhas
frescas.
A partir desta pesquisa pôde-se percerber um efeito sinérgico potencializador na
atividade analgésica do óleo essencial e frações, visto que a média do número de contorção
das frações foi de 26,61%, menor do que a porcentagem do óleo essencial bruto (48,18%).
Quanto à atividade antiinflamatória, não houve inibição significativa no modelo de edema de
orelha induzido por TPA.
147
7. ANEXOS
Anexo A – Espectros de Massa
Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira do mês de fevereiro
IRL TR Composto Fragmentos
1202 8,92 N.I 148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10)
1319 14,26
δ-elemeno [191]
204(M
+
, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8)
1372 16,90
β-elemeno [106]
204(M
+
,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34)
1393 18.09
β-cariofileno [28]
204(M
+
,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31)
1410 19,02
γ-elemeno [192]
204(M
+
,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18)
1413 19,15 N.I 204(M
+
,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18)
1431 20,16 Aromadendreno [193] 204(M
+
,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39)
1449 21,12
γ-selineno [194]
204(M
+
,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25)
1452 21.32 N.I 204(M
+
,23)189(13)173(7)161(35)147(25)133(24)119(38)105(100)93(51)91(48)79(44)67(18)55(17)
1455 21,46
β-selineno [19]
204(M
+
,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37)
1467 22,12 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1469 22,24 Ledeno [195] 216(M
+
,1)204(27)189(35)175(20)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)107(100)105(93)93(80)91(74)79(48)
1473 22,48 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24)
1494 23,62
δ-cadineno [27]
204(M
+
,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12)
1502 24,04 N.I 204(M
+
,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37)
1510 24,52 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M
+
,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28)
1521 25,11 Germacreno B [180] 204(M
+
,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29)
1525 25,35 N.I 204(M
+
,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71)
1529 25,59 Palustrol [197] 222(M
+
,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45)
1535 25,92 Espatulenol [58] 220(M
+
,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36)
1538 26,08 Óxido de Cariofileno [198] 220(M
+
,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44)
1544 26,41 Globulol [190] 222(M
+
,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53)
1550 26,74 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42)
1554 26,96 N.I 222(M
+
,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17)
1559 27,22
β−elemenona [96]
218(M
+
,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18)
1560 27,33 N.I 222(M
+
,1)220(5)204(5)189(7)185(2)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19)
1569 27,82 N.I 222(M
+
,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61)
1572 27,98 N.I 222(M
+
,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40)
1580 28,44 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1582 28,53 N.I 218(M
+
,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37)
1585 28,69 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
148
IRL TR Composto Fragmentos
1586 28,79 N.I 220(M
+
,4)205(3)187(3)179(2)161(9)145(6)135(9)124(100)123(44)119(14)105 (14)91(17)77(14)67(12)55(9)
1593 29,15 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30)
1599 29,49 N.I 222(M
+
,2)220(8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28)
1602 29,67 N.I 220(M
+
,26)204(23)202(6)187(12)176(31)161(100)149(30)135(45)119(72)105(65)93(68)91(61)79(55)77(43)67(30)55(37)
1605 29,84 N.I 222(M
+
,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45)
1606 29,86 Furanosesquiterpeno 222(M
+
,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45)
1610 30,09
τ-muurolol [211]
222(M
+
,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21)
1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1625 30,92 N.I 220(M
+
,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43)
1630 31,17 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1641 31,76 N.I 232(M
+
,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17)
1642 31,83 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9)
1644 31,96 N.I 222(M
+
,48)220(54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51)
1653 32,45 N.I 232(M
+
,1)215(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4)
1660 32,84 N.I 220(M
+
,12)205(13)202(12)177(14)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)55(33)
1670 33,35 N.I 232(M
+
,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40)
1676 33,70 N.I 218(M
+
,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27)
1678 33,83 N.I 220(M
+
,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53)
1688 34,35 N.I 248(M
+
,5)232(33)219(22)205(25)189(22)177(20)173(22)161(35)145(38)133(57)105(82)91(100)79(56)67(39)55(37)
1705 35,27 N.I 232(M
+
,35)220(35)217(16)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45)
1709 35,47 N.I 248(M
+
,2)232(35)220(35)214(35)189(57)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45)
1715 35,80 N.I 232(M
+
,38)220(69)204(6)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)55(64)
1737 36,97 N.I 230(M
+
,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39)
1747 37,48 N.I 230(M
+
,1)214(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4)
1751 37,72 N.I 248(M
+
,36)230(6)215(7)201(8)187(18)172(32)163(52)147(43)133(57)125(100)119(40)105(55)91(60)77(41)67(35)55(40)
1765 38,43 N.I 230(M
+
,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10)
1767 38,56 N.I 232(M
+
,17)218(12)199(14)187(12)173(29)167(63)159(31)145(49)133(29)124(75)115(23)105(54)91(74)79(61)68(100)55(47)
1774 38,94 N.I 232(M
+
,29)217(27)214(22)189(27)161(56)159(49)145(36)133(34)124(100)119(44)109(67)105(54)91(74)77(52)55(37)
1779 39,20 N.I 264(M
+
,5)249(4)230(27)209(14)181(40)173(90)163(61)145(58)135(43)123(97)121(100)115(33)105(82)91(81)79(63)67(98)
1796 40,09 N.I 232(M
+
,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33)
1800 40,31 N.I 232(M
+
,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4)
1808 40,70 N.I 232(M
+
,100)217(9)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32)
1828 41,69 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)
1836 42,05 N.I 232(M
+
,10)217(13)199(6)190(7)176(11)161(18)149(17)135(28)135(28)121(100)107(63)93(44)91(56)77(30)67(25)53(27)
1853 42,98 N.I 248(M
+
,13)230(8)215(7)205(6)197(6)187(9)172(37)159(100)149(39)123(38)115(24)105(24)91(38)77(26)65(15)55(21)
1878 44,24 N.I 248(M
+
,5)230(11)215(15)202(12)187(16)162(24)147(19)135(32)123(32)107(100)91(71)79(32)69(40)67(45)55(30)53(31)
149
IRL TR Composto Fragmentos
1893 45,01 N.I 248(M
+
,9)246(7)231(5)215(7)207(5)203(12)200(8)173(16)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33)
1921 46,32 N.I 248(M
+
,13)230(41)215(51)201(20)187(19)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)53(18)
1930 46,77 N.I 248(M
+
,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)55(17)53(18)
1957 48,06 N.I 248(M
+
,7)232(100)217(43)203(12)187(14)176(13)161(21)147(30)133(22)124(58)115(16)107(53)91(68)79(46)67(26)53(28)
1965 48,41 N.I 250(M
+
,71)232(83)217(84)199(71)175(73)159(44)147(64)133(52)121(63)108(100)107(86)91(96)79(77)67(41)53(46)
1995 49,85 Furanosesquiterpeno 250(M
+
,100)230(4)217(7)215(6)189(10)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)55(30)
2137 57,63 N.I 248(M
+
,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)81(25)67(31)55(53)
2157 58,67 N.I 246(M
+
,100)228(29)213(99)203(39)189(75)175(64)161(44)145(48)138(47)128(25)109(47)105(39)91(76)77(51)67(27)53(47)
2171 59,41 N.I 248(M
+
,100)230(33)215(20)205(16)189(16)178(56)159(37)145(31)133(72)119(45)105(60)91(74)77(49)67(27)55(44)
150
Espectro de massa dos óleos essenciais da pitangueira do mês de junho.
IRL TR Composto Fragmentos
1202 8,94 N.I 148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10)
1317 14,14 N.I 207(M
+
,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11)
1319 14,27
δ-elemeno [191]
204(M
+
, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8)
1369 16,84
β-elemeno[106]
204(M
+
,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34)
1392 18,03
β-cariofileno[28]
204(M
+
,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31)
1409 18,96
γ-elemeno[192]
204(M
+
,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18)
1413 19,15 N.I 204(M
+
,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45)
1430 20,09 Aromadendreno [193] 204(M
+
,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39)
1447 21,05
γ-selineno [194]
204(M
+
,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25)
1453 21,37
β-selineno [19]
204(M
+
,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37)
1466 22,09 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1469 22,25 Ledeno [195] 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1472 22,42 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24)
1493 23,55
δ-cadineno [27]
204(M
+
,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12)
1500 23,97 N.I 204(M
+
,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37)
1519 25,03 Germacreno B [180] 204(M
+
,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29)
1524 25,29 N.I 204(M
+
,59)189(100)175(10)161(66)147(56)133(46)123(50)121(49)109(61)93(71)81(85)73(48)59(57)55(49)
1528 25,51 Palustrol [197] 222(M
+
,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45)
1534 25,85 Espatulenol [58] 220(M
+
,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36)
1537 26,00 Óxido de cariofileno [198] 220(M
+
,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44)
1543 26,33 Globulol [190] 222(M
+
,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53)
1549 26,67 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42)
1554 26,99 N.I 222(M
+
,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17)
1561 27,35 N.I 222(M
+
,1)220(5)204(5)189(7)185(2)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19)
1570 27,88 N.I 222(M
+
,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40)
1579 28,36 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1580 28,45 N.I 218(M
+
,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37)
1582 28,55 N.I 218(M
+
,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37)
1584 28,63 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
1585 28,73 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
1593 29,17 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30)
1598 29,49 N.I 222(M
+
,2)220(8)204(51)189(14)175(5)161(91)147(17)134(19)121(75)105(56)95(100)91(48)79(50)71(33)55(27)
1600 29,58 N.I 220(M
+
,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28)
151
IRL TR Composto Fragmentos
1605 29,84 N.I 222(M
+
,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45)
1610 30,10
τ-muurolol [211]
222(M
+
,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21)
1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1622 30,74 N.I 220(M
+
,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47)
1630 31,16 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1641 31,76 N.I 232(M
+
,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17)
1644 31,97 N.I 222(M
+
,54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51)
1653 32,46 N.I 230(M
+
,23)220(8)207(10)187(9)172(24)159(100)145(68)133(26)119(62)107(52)91(63)83(34)77(40)67(38)55(36)
1660 32,83 N.I 220(M
+
,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)55(33)
1665 33,11 N.I 220(M
+
,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41)
1670 33,38 N.I 232(M
+
,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40)
1677 33,76 N.I 218(M
+
,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27)
1679 33,87 N.I 220(M
+
,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53)
1681 33,94 N.I 220(M
+
,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53)
1689 34,38 N.I 248(M
+
,5)232(33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17)
1705 35,27 N.I 232(M
+
,35)220(35)217(16)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45)
1710 35,51 N.I 248(M
+
,2)232(38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)55(64)
1715 35,81 N.I 232(M
+
,38)220(69)204(6)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)55(64)
1737 36,95 N.I 230(M
+
,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39)
1748 37,56 N.I 230(M
+
,1)214(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4)
1766 38,47 N.I 230(M
+
,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10)
1793 39,93 N.I 230(M
+
,22)215(25)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16)
1797 40,11 N.I 232(M
+
,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33)
1802 40,41 N.I 232(M
+
,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4)
1809 40,73 N.I 232(M
+
,100)217(9)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32)
1827 41,67 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)
1836 42,10 N.I 232(M
+
,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30)
1843 42,48 N.I 232(M
+
,20)217(4)210(14)199(7)187(8)175(7)159(12)149(38)135(71)122(74)107(100)91(54)77(36)67(41)53(27)
1846 42,61 N.I 232(M
+
,23)217(6)210(13)195(4)187(7)175(8)164(17)149(33)135(71)122(94)107(100)91(50)77(31)67(29)55(23)
1854 43,04 N.I 248(M
+
,37)230(9)215(10)201(9)187(14)172(98)159(43)149(100)145(43)135(57)123(93)119(48)105(43)91(73)77(50)67(30)
1860 43,33 N.I 230(M
+
,14)215(7)203(15)187(13)180(43)175(19)163(49)151(100)147(27)135(34)126(25)119(30)107(98)91(73)79(36)67(37)
1880 44,32 N.I 250(M
+
,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32)
1894 45,06 N.I 248(M
+
,9)246(7)231(5)215(7)207(5)203(12)200(8)173(16)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33)
1922 46,37 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
1924 46,50 N.I 250(M
+
,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32)
1931 46,84 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
152
IRL TR Composto Fragmentos
1965 48,41 N.I 250(M
+
,71)232(83)217(84)199(71)175(73)159(44)147(64)133(52)121(63)108(100)107(86)91(96)79(77)67(41)53(46)
1996 49,91 N.I 250(M
+
,100)230(4)217(7)215(6)189(10)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)55(30)
2138 57,70 N.I 248(M
+
,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)81(25)67(31)55(53)
2158 58,76 N.I 246(M
+
,100)228(29)213(99)203(39)189(75)175(64)161(44)145(48)138(47)128(25)109(47)105(39)91(76)77(51)67(27)53(47)
2173 59,51 N.I 248(M
+
,100)230(33)215(20)205(16)189(16)178(56)159(37)145(31)133(72)119(45)105(60)91(74)77(49)67(27)55(44)
153
Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira dos exemplares do CCS
IRL TR Composto Fragmentos
1310 13,79 N.I 207(M
+
,2)189(8)175(1)161(18)147(6)136(21)121(100)107(46)93(66)91(34)79(32)67(18)55(13)
1319 14,23 N.I 207(M
+
,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11)
1362 16,49 N.I 204(M
+
,2)189(27)175(6)161(44)147(21)133(26)121(39)107(50)93(100)81(92)79(59)67(55)55(30)
1372 16,98
β-elemeno [106]
204(M
+
,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34)
1394 18,13
β-cariofileno [28]
204(M
+
,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31)
1404 18,66 Germacreno D [64] 204(M
+
,12)189(11)175(2)161(100)147(13)133(24)121(53)105(57)93(61)79(33)67(24)55(19)
1413 19,14
γ-elemeno [192]
204(M
+
,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45)
1418 19,42 N.I 204(M
+
,7)189(16)161(24)147(13)133(23)121(100)107(45)93(64)91(59)79(28)67(27)53(18)
1424 19,79 N.I 204(M
+
,14)189(8)175(2)161(58)147(19)133(16)121(28)105(35)93(100)91(46)79(31)67(21)53(15)
1432 20,18 Aromadendreno [193] 204(M
+
,40)189(28)175(7)161(86)147(60)133(68)119(59)105(90)93(75)91(100)79(76)69(45)55(37)
1452 21,28
β-cubebeno [202]
204(M
+
,15)189(3)161(100)147(7)133(19)119(34)105(54)91(47)81(31)77(24)67(12)55(13)
1455 21,49
β-selineno [19]
204(M
+
,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37)
1472 22,39 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1476 22,61 Ledeno [195] 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1479 22,82 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24)
1480 22,84 N.I 216(M
+
,6)204(53)189(30)173(3)161(100)148(21)134(49)119(68)108(52)105(72)91(60)79(42)67(20)
1495 23,68
δ-cadineno [27]
204(M
+
,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12)
1503 24,09 N.I 204(M
+
,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37)
1506 24,30
α-gurjuneno [203]
204(M
+
,100)189(98)175(10)161(69)147(23)133(53)119(55)105(53)91(48)79(23)67(14)55(18)
1511 24,56 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M
+
,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28)
1522 25,15 Germacreno B [180] 204(M
+
,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29)
1526 25,39 N.I 204(M
+
,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71)
1529 25,59 Palustrol [197] 222(M
+
,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45)
1534 25,86 Espatulenol [58] 220(M
+
,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36)
1544 26,39 Globulol [190] 222(M
+
,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53)
1550 26,74 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42)
1554 26,96 N.I 222(M
+
,3)204(5)189(4)175(2)63(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17)
1559 27,26 β-elemenona [96] 218(M
+
,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18)
1569 27,83 N.I 222(M
+
,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61)
1582 28,55 N.I 204(M
+
,41)189(34)179(7)161(100)147(23)133(22)121(59)105(59)93(48)79(47)69(30)55(27)
1585 28,71 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
1599 29,50 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28)
1605 29,81 N.I 222(M
+
,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45)
1606 29,88 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1610 30,11
τ-muurolol [211]
222(M
+
,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21)
154
IRL TR Composto Fragmentos
1614 30,31 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1629 31,13 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1642 31,86 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9)
1665 33,08 N.I 220(M
+
,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41)
1676 33,70 N.I 218(M
+
,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27)
1678 33,83 Furanosesquiterpeno 220(M
+
,88)202(8)187(13)177(4)159(22)149(26)138(35)124(38)108(100)96(37)93(77)83(40)67(44)55(45)
1688 34,35 N.I 248(M
+
,5)232(33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17)
1691 34,53 N.I 232(M
+
,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)67(42)55(45)
1709 35,49 N.I 232(M
+
,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)67(42)55(45)
1715 35,79 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,100)220(16)199(21)187(10)175(28)159(29)145(37)135(31)119(43)115(17)109(77)108(100)91(56)79(44)
1729 36,55 N.I 230(M
+
,60)215(75)213(100)197(41)187(47)173(53)159(93)145(92)128(35)115(38)105(31)91(51)77(26)65(14)
1736 36,89 N.I 230(M
+
,14)220(16)202(17)187(25)174(16)159(33)145(23)135(28)119(35)107(50)97(100)91(61)84(39)79(55)67(35)
1748 37,53 N.I 232(M
+
,2)214(1)202(3)199(4)187(6)172(22)159(100)147(18)145(15)128(6)115(11)105(6)91(11)79(6)65(3)53(3)
1765 38,45 N.I 230(M
+
,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10)
1787 39,60 Furanosesquiterpeno 230(M
+
,60)215(22)197(29)187(65)172(100)159(31)145(37)128(18)115(23)108(97)91(39)77(38)65(17)55(18)
1806 40,61 N.I 232(M
+
,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4)
1824 41,50 N.I 232(M
+
,1)219(1)212(1)202(11)187(22)173(7)159(100)145(23)131(25)117(18)105(26)91(27)79(15)67(16)
1833 41,94 N.I 232(M
+
,10)217(13)199(6)190(7)176(11)161(18)149(17)135(28)135(28)121(100)107(63)93(44)91(56)77(30)67(25)53(27)
1851 42,85 N.I 232(M
+
,2)219(7)202(59)187(100)173(23)163(23)159(66)145(46)131(32)119(35)105(41)91(38)77(19)55(23)
1889 44,77 N.I 230(M
+
,1)214(23)199(87)186(48)172(100)159(20)145(12)128(12)115(14)105(6)91(14)77(14)67(10)57(7)
1916 46,08 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
1929 46,69 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
1939 47,18 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
155
Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos de folhas secas por 1 semana.
IRL TR Composto Fragmentos
1202 8,94
Ν.Ι
148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10)
1318 14,20
Ν.Ι
207(M
+
,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11)
1319 14,26
δ-elemeno [191]
204(M
+
, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8)
1362 16,46 N.I 207(M
+
,5)189(19)175(3)161(39)147(15)133(19)123(34)107(42)93(72)81(100)67(48)55(29)
1370 16,91
β-elemeno [106]
204(M
+
,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34)
1394 18,10
β-cariofileno [28]
204(M
+
,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31)
1403 18,62 N.I 204(M
+
,13)189(20)175(3)161(83)147(16)133(43)121(100)105(70)93(96)91(61)79(45)67(37)55(30)
1411 19,04
γ-elemeno [192]
204(M
+
,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18)
1413 19,16 N.I 204(M
+
,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45)
1425 19,79
α-humuleno [202]
204(M
+
,7)189(5)175(1)161(6)147(21)133(6)121(31)105(17)93(100)80(34)67(13)53(11)
1431 20,16 Aromadendreno [193] 204(M
+
,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39)
1449 21,12
γ-selineno [194]
204(M
+
,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25)
1451 21,27 N.I 204(M
+
,23)189(13)173(7)161(35)147(25)133(24)119(38)105(100)93(51)91(48)79(44)67(18)55(17)
1455 21,45
β-selineno [19]
204(M
+
,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37)
1467 22,15 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1469 22,26 Ledeno [195] 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1474 22,48 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24)
1494 23,62
δ-cadineno [27]
204(M
+
,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12)
1502 24,04 N.I 204(M
+
,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37)
1510 24,52 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M
+
,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28)
1521 25,11 Germacreno B [180] 204(M
+
,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29)
1525 25,37 N.I 204(M
+
,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71)
1530 25,60 Palustrol [197] 222(M
+
,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45)
1536 25,97 Espatulenol [58] 220(M
+
,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36)
1539 26,10 Óxido de cariofileno [198] 220(M
+
,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44)
1545 26,46 Globulol [190] 222(M
+
,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53)
1551 26,79 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42)
1554 26,98 N.I 222(M
+
,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17)
1561 27,35 N.I 220(M
+
,5),204(5)189(7)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19)
1569 27,83 N.I 222(M
+
,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61)
1572 27,97 N.I 222(M
+
,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40)
1579 28,36 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1580 28,45 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1582 28,54 N.I 218(M
+
,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37)
156
IRL TR Composto Fragmentos
1585 28,72 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
1593 29,18 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30)
1599 29,50 N.I 222(M
+
,4)204(51)189(14)175(5)161(91)147(17)134(19)121(75)105(56)95(100)91(48)79(50)71(33)55(27)
1602 29,68 N.I 220(M
+
,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28)
1605 29,85 Furanosesquiterpeno 222(M
+
,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45)
1610 30,10
τ-muurolol [211]
222(M
+
,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21)
1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1622 30,74 N.I 220(M
+
,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47)
1625 30,93 N.I 220(M
+
,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43)
1630 31,17 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1641 31,77 N.I 232(M
+
,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17)
1644 31,98 N.I 220(M
+
,54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51)
1653 32,46 N.I 220(M
+
,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)
1660 32,84 N.I 220(M
+
,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)
1665 33,08 N.I 220(M
+
,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41)
1670 33,39 N.I 232(M
+
,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40)
1677 33,76 N.I 218(M
+
,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27)
1679 33,88 N.I 220(M
+
,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53)
1688 34,36 N.I 232(M
+
,33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17)
1705 35,28 N.I 232(M
+
,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45)
1710 35,52 N.I 232(M
+
,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)
1715 35,82 N.I 232(M
+
,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)
1737 36,95 N.I 230(M
+
,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39)
1748 37,54 N.I 232(M
+
,1)215(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4)
1755 37,93 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,72)217(11)199(15)189(19)175(21)159(36)147(73)133(35)119(54)108(100)95(31)91(64)79(45)67(20)55(30)
1766 38,47 N.I 230(M
+
,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10)
1771 38,75 N.I 246(M
+
,8)232(14)231(5)220(19)203(19)187(29)162(71)147(97)133(56)119(82)107(85)91(100)79(66)79(47)59(56)
1787 39,60 N.I 248(M
+
,2)230(18)215(8)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16)
1793 39,91 N.I 248(M
+
,3)232(18)217(7)207(7)190(17)161(46)147(31)135(45)122(79)107(100)93(65)91(72)77(46)67(42)53(35)
1797 40,13 N.I 232(M
+
,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33)
1803 40,42 N.I 232(M
+
,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4)
1808 40,71 N.I 232(M
+
,100)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32)
1823 41,47 N.I 262(M
+
,20)246(2)232(3)212(8)202(11)187(20)173(12)159(100)145(33)131(25)119(28)105(37)91(43)77(23)67(24)
1828 41,68 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)
1836 42,12 N.I 232(M
+
,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30)
1853 42,99 N.I 248(M
+
,34)230(8)215(7)205(6)197(6)187(9)172(52)159(95)149(100)123(93)115(24)105(24)91(68)77(26)65(15)55(21)
157
IRL TR Composto Fragmentos
1879 44,27 N.I 250(M
+
,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32)
1892 44,96 N.I 248(M
+
,9)246(7)231(5)215(7)203(12)200(8)185(11)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33)
1920 46,27 N.I 248(M
+
,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)53(18)
1925 46,51 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
1931 46,81 N.I 248(M
+
,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)105(22)91(38)77(28)65(15)55(17)53(18)
1996 49,91 Furanosesquiterpeno 250(M
+
,100)230(4)217(7)215(6)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)67(21)55(30)
2095 55,40 N.I 244(M
+
,55)226(18)216(22)201(54)187(44)173(61)162(99)161(100)145(55)131(33)115(37)105(39)91(84)77(55)53(44)
2139 57,75 N.I 248(M
+
,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)67(31)55(53)
2212 61,57 N.I 246(M
+
,91)228(97)213(100)200(33)189(42)173(16)161(32)145(21)12(20)115(29)109(31)105(31)91(72)77(42)53(38)
158
Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos de folhas secas envelhecidas por 3 meses
IRL TR Composto Fragmentos
1318 14,20
Ν.Ι
207(M
+
,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11)
1362 16,47
Ν.Ι
207(M
+
,5)189(19)175(3)161(39)147(15)133(19)123(34)107(42)93(72)81(100)67(48)55(29)
1371 16,93
β-elemeno [106]
204(M
+
,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34)
1394 18,14
β-cariofileno [28]
204(M
+
,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31)
1411 19,07
γ-elemeno [192]
204(M
+
,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18)
1425 19,83
α-humuleno [202]
204(M
+
,7)189(5)175(1)161(6)147(21)133(6)121(31)105(17)93(100)80(34)67(13)53(11)
1432 20,19 Aromadendreno [193] 204(M
+
,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39)
1449 21,14
γ-selineno [194]
204(M
+
,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25)
1455 21,47
β-selineno [19]
204(M
+
,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37)
1472 22,40 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3)
1476 22,62 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24)
1495 23,66
δ-cadineno [27]
204(M
+
,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12)
1502 24,07
Ν.Ι
204(M
+
,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37)
1511 24,56 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M
+
,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28)
1521 25,13 Germacreno B [180] 204(M
+
,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29)
1525 25,37 N.I 204(M
+
,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71)
1539 26,15 Espatulenol [58] 220(M
+
,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36)
1541 26,26 N.I 220(M
+
,5)202(46)187(59)177(19)159(66)147(56)131(43)119(89)105(82)93(94)91(100)79(71)67(37)55(35)
1543 26,36 N.I 220(M
+
,8)202(58)187(67)177(17)162(43)159(78)147(51)131(53)119(82)105(77)91(100)79(67)69(41)55(41)
1545 26,48 Globulol [190] 222(M
+
,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53)
1551 26,79 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42)
1556 27,09 N.I 236(M
+
,3)218(8)202(15)187(18)177(17)163(26)159(49)145(31)132(94)120(84)107(100)91(88)79(80)69(68)55(43)
1559 27,27
β−elemenona [96]
218(M
+
,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18)
1561 27,36 N.I 220(M
+
,5),204(5)189(7)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19)
1569 27,84 N.I 222(M
+
,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61)
1572 27,96 N.I 222(M
+
,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40)
1581 28,47 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1586 28,78 N.I 220(M
+
,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)
1594 29,24 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30)
1598 29,43 N.I 220(M
+
,60)202(29)187(71)177(22)159(100)145(60)133(59)131(79)119(79)105(89)91(97)79(62)67(42)55(50)
1603 29,70 N.I 220(M
+
,11)216(11)202(11)187(18)176(14)162(57)159(100)147(39)131(25)119(49)105(71)91(65)79(48)67(22)59(81)
1607 29,93 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
159
IRL TR Composto Fragmentos
1614 30,32 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,100)201(42)187(10)173(12)159(32)145(60)131(14)115(12)108(68)93(39)77(23)65(10)53(9)
1618 30,53 N.I 220(M
+
,7)205(38)189(36)177(11)164(26)147(30)135(52)121(100)107(57)105(57)93(82)91(82)79(58)67(31)55(32)
1623 30,79 N.I 220(M
+
,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47)
1626 30,98 N.I 220(M
+
,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43)
1629 31,15 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1643 31,88 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9)
1653 32,44 N.I 230(M
+
,23)220(8)207(10)187(9)172(24)159(100)145(68)133(26)119(62)107(52)91(63)83(34)77(40)67(38)55(36)
1660 32,82 N.I 220(M
+
,25)202(18)187(34)173(10)159(50)145(64)133(100)119(55)105(71)93(89)79(46)67(30)55(37)
1663 32,98 N.I 220(M
+
,27)205(24)187(30)177(16)159(67)145(48)133(74)119(69)107(80)93(100)91(94)79(67)67(51)55(57)
1670 33,38 N.I 232(M
+
,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40)
1677 33,73 N.I 218(M
+
,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27)
1689 34,38 N.I 230(M
+
,10)219(26)205(25)189(15)177(33)161(45)159(59)147(44)145(48)133(63)121(96)105(86)91(100)79(80)55(58)
1709 35,50 N.I 232(M
+
,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45)
1715 35,80 N.I 232(M
+
,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)55(64)
1736 36,90 N.I 230(M
+
,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39)
1748 37,56 N.I 232(M
+
,2)214(1)202(3)199(4)187(6)172(22)159(100)147(18)145(15)128(6)115(11)105(6)91(11)79(6)65(3)53(3)
1765 38,44 N.I 230(M
+
,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10)
1786 39,55 N.I 248(M
+
,2)230(18)215(8)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16)
1792 39,88 N.I 248(M
+
,3)232(18)217(7)207(7)190(17)161(46)147(31)135(45)122(79)107(100)93(65)91(72)77(46)67(42)53(35)
1801 40,32 N.I 212(M
+
,100)197(83)183(22)169(15)165(16)153(18)141(8)128(9)115(9)105(5)91(11)76(5)63(4)51(3)
1822 41,40 N.I 212(M
+
,100)197(83)183(22)169(15)165(16)153(18)141(8)128(9)115(9)105(5)91(11)76(5)63(4)51(3)
1833 41,95 N.I 232(M
+
,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30)
1924 46,46 N.I 214(M
+
,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)
160
Espectro de massa das frações obtidas por CLC do óleo essencial de Eugenia uniflora.
IRL TR Composto Fragmentos
1202 8,95 N.I 148(M
+
,100)145(9)133(34)129(3)119(38)115(11)105(82)103(12)91(25)77(19)72(4)63(7)51(9)
1320 14,31
δ-elemeno
207(M
+
,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11)
1363 16,52 N.I 204(M
+
,5)189(12)175(2)161(40)147(13)133(17)123(45)107(28)105(26)93(62)81(100)80(50)79(50)77(27)67(34)55(22)
1373 17,04
β-elemeno
204(M
+
,2)189(30)175(8)161(34)147(51)133(34)121(46)107(66)93(100)91(45)81(92)79(59)77(31)68(64)67(64)65(13)55(31)
1395 18,20
β-cariofileno
204(M
+
,8)189(20)175(11)161(38)147(30)133(90)121(31)120(47)119(40)107(48)105(60)93(100)91(86)81(41)79(76)69(73)
1414 19,18 N.I 204(M
+
,7)189(15)175(2)161(24)147(12)133(23)121(100)119(32)107(45)93(66)91(37)81(23)79(30)77(24)67(28)53(19)
1415 19,28 Aromadendreno 204(M
+
,43)189(41)161(97)147(38)133(67)121(64)119(68)107(74)105(88)95(35)93(85)91(100)81(54)79(77)77(43)69(50)
1432 20,23 Aloaromadendreno 204(M
+
,33)189(27)175(9)161(86)147(49)133(67)119(57)107(68)105(86)93(72)91(100)81(54)79(71)77(43)69(48)67(41)
1450 21,21
γ-selineno
204(M
+
,57)189(100)175(4)161(84)147(33)133(76)119(48)105(70)95(21)91(71)81(36)79(42)77(33)79(42)67(23)55(23)
1453 21,37 N.I 207(M
+
,10)177(16)159(14)147(51)131(39)119(36)108(73)91(100)77(58)67(20)55(22)
1455 21,49
β-selineno
204(M
+
,56)189(54)175(24)161(57)147(49)133(55)121(68)119(50)107(88)105(100)95(42)93(91)91(72)81(59)79(79)67(59)
1476 22,62 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)173(4)159(5)133(9)115(6)108(100)91(14)79(15)77(12)65(5)53(4)
1478 22,72 Ledeno 216(M
+
,2)204(33)189(47)175(21)161(69)147(28)135(45)133(43)119(58)107(100)105(95)96(26)93(83)91(78)81(43)79(52)
1480 22,82 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,11)201(8)187(2)173(4)159(5)148(30)133(14)115(6)108(100)91(14)79(15)77(12)65(5)53(4)
1482 22,93 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
1523 25,21 Germacreno B 204(M
+
,7)189(15)175(2)161(24)147(12)133(23)121(100)119(32)107(45)93(66)91(37)81(23)79(30)77(24)67(28)53(19)
1527 25,47
α-selineno
204(M
+
,57)189(100)175(10)161(72)149(46)133(38)125(52)109(58)93(65)81(83)67(47)59(62)
1531 25,69 Palustrol 222(M
+
,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45)
1540 26,16 Espatulenol 220(M
+
,6)205(80)187(33)177(21)159(68)147(48)131(43)119(84)105(74)93(87)91(100)79(88)69(56)67(51)55(48)
1541 26,25 Óxido de Cariofileno 220(M
+
,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44)
1548 26,61 Globulol 222(M
+
, 8)204(38)189(49)175(17)161(91)147(38)135(46)122(70)109(100)93(77)81(81)69(79)55(57)
1553 26,94 Viridiflorol [82] 222(M
+
,2)204(27)189(44)175(9)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)
1557 27,12 N.I 222(M
+
,4)204(5)189(3)163(97)149(24)135(12)121(20)107(100)95(23)93(38)81(38)67(21)59(47)
1562 27,40 N.I 222(M
+
, 1)218(20)204(3)203(5)189(3)175(8)161(9)149(35)135(84)121(82)107(100)93(50)79(25)67(46)53(17)
1563 27,49 N.I 220(M
+
,4)204(11)189(17)175(5)161(32)149(100)135(26)122(66)109(79)107(73)93(83)81(84)69(52)59(48)
1582 28,53 N.I 220(M
+
,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22)
1589 28,96 N.I 232(M
+
,16)220(1)214(1)204(5)190(6)179(6)161(11)148(4)133(4)124(100)119(13)109(14)91(14)77(10)67(9)55(8)
1595 29,28 Isoespatulenol [210] 220(M
+
,24)205(28)187(23)177(13)162(55)147(48)133(35)128(7)119(100)105(70)96(32)93(80)91(80)79(41)67(31)55(24)
1601 29,60 N.I 222(M
+
,4)204(57)189(13)179(5)164(28)161(87)149(8)134(13)127(4)121(75)115(3)105(40)95(100)85(4)79(38)71(29)58(22)
1609 30,03 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,60)201(11)189(9)173(7)145(16)135(15)121(21)108(100)91(23)79(26)67(13)55(12)
1613 30,27 N.I 222(M
+
,3)204(41)189(8)179(4)161(40)157(11)149(10)137(19)121(85)115(4)105(34)95(100)79(34)71(26)55(18)
1616 30,43 Furanosesquiterpeno 216(M
+
,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)
161
IRL TR Composto Fragmentos
1632 31,30 N.I 232(M
+
,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17)
1639 31,70 N.I 232(M
+
,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17)
1644 31,93 N.I 232(M
+
,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(82)93(100)77(27)53(17)
1647 32,10
(+)-Selin-7(11)-en-4α-ol
222(M
+
,56)204(53)189(100)175(9)161(57)147(27)135(56)121(43)105(43)93(49)81(68)67(38)55(39)
1653 32,47 N.I 230(M
+
18)215(5)207(14)187(5)172(22)159(100)145(61)133(19)123(9)119(38)107(22)91(36)83(26)77(21)67(15)55(21)
1659 32,79 N.I 220(M
+
,19)205(43)187(28)177(34)162(94)147(73)135(51)121(78)119(77)107(84)91(83)93(100)79(73)67(49)55(52)
1666 33,17 N.I 207(M
+
,7)203(20)189(12)175(17)158(26)150(58)145(27)135(56)121(100)107(90)91(83)79(54)67(40)53(40)
1671 33,45 N.I 220(M
+
,67)205(31)202(31)187(43)177(13)162(100)159(48)149(68)147(68)131(36)121(81)119(86)97(43)91(75)79(47)67(49)
1680 33,92 N.I 220(M
+
,8)207(20)205(12)192(57)179(38)161(30)147(38)135(40)127(48)119(58)107(100)91(93)79(61)67(59)53(41)
1682 34,04 N.I 230(M
+
,15)215(31)205(35)187(31)177(35)162(79)147(53)133(48)119(74)107(100)93(81)91(85)79(78)67(63)55(57)
1685 34,20 N.I 234(M
+
,5)216(6)207(17)205(15)192(25)177(29)159(37)147(40)138(45)121(63)107(85)105(85)91(100)93(77)91(68)67(48)55(44)
1689 34,42 N.I 248(M
+
,4)233(8)216(16)205(24)189(20)177(46)159(39)145(60)133(61)121(100)105(81)91(76)79(53)67(37)55(42)
1696 34,79 N.I 221(M
+
,31)207(24)195(33)162(80)147(92)135(42)123(57)105(85)91(99)73(100)67(47)55(78)
1708 35,41 N.I 232(M
+
,29)217(16)199(22)189(37)174(90)159(100)145(66)131(42)115(33)105(46)95(23)91(68)77(38)65(20)55(21)
1711 35,58 N.I 248(M
+
,4)232(14)220(69)214(17)205(9)199(28)187(20)177(30)159(100)145(37)135(46)119(39)105(53)97(50)91(69)79(53)67(45)
1717 35,89 N.I 232(M
+
,24)220(77)202(9)187(21)177(100)163(19)159(69)145(24)135(61)123(69)107(42)91(61)81(60)67(41)55(42)
1739 37,04 N.I 230(M
+
,25)215(34)202(29)187(53)174(36)159(51)145(35)134(44)119(51)107(96)91(100)79(56)67(55)53(42)
1741 37,15 N.I 230(M
+
,5)220(11)205(16)187(21)179(27)161(34)147(27)135(32)123(100)115(15)109(68)95(74)81(75)69(47)55(75)
1746 37,46 N.I 230(M
+
,2)215(1)207(3)201(5)192(18)183(3)173(33)159(100)149(42)143(24)134(66)119(32)105(46)91(69)77(39)67(15)55(26)
1749 37,61 N.I 232(M
+
,6)214(4)202(13)199(13)194(9)187(27)174(25)159(94)147(38)13(39)119(100)108(69)105(72)91(75)79(48)
1769 38,67 N.I 248(M
+
,54)230(20)215(7)205(100)187(42)173(35)159(55)147(81)133(41)123(96)105(71)95(50)91(88)72(72)67(32)55(40)
1771 38,77 N.I 220(M
+
,36)205(36)187(43)175(29)162(66)147(88)133(50)122(100)107(89)91(79)79(64)67(53)55(52)
1778 39,15 N.I 264(M
+
,19)249(13)231(4)219(7)207(10)175(9)167(20)149(18)139(37)125(100)107(62)91(30)84(61)79(29)67(66)55(49)
1785 39,52 N.I 205(M
+
,10)187(12)177(12)159(28)148(26)133(25)123(31)115(14)105(35)95(26)91(45)79(31)69(100)67(32)55(30)
1798 40,15 N.I 232(M
+
,5)217(11)203(10)190(17)176(21)161(42)149(30)135(50)121(100)107(67)93(60)91(73)79(42)77(38)67(32)53(37)
1799 40,26 N.I 232(M
+
,25)217(16)199(13)189(11)176(21)161(28)148(26)135(41)121(100)107(74)96(21)91(73)77(38)67(32)53(37)
1803 40,43 N.I 232(M
+
,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4)
1822 41,39 N.I 232(M
+
,10)217(6)207(10)189(6)173(9)153(16)135(21)121(26)109(100)91(41)77(33)69(51)68(50)55(30)
1830 41,82 Furanosesquiterpeno 232(M
+
,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)
1826 41,94 N.I 232(M
+
,6)217(13)203(10)187(8)176(11)161(18)135(28)121(100)115(11)107(65)91(61)77(35)67(28)53(30)
1836 42,11 N.I 232(M
+
,8)217(6)207(11)191(7)177(11)159(9)149(13)136(18)121(22)109(100)91(32)79(25)69(52)55(24)
1845 42,54 N.I 232(M
+
,13)217(14)199(14)187(7)176(10)161(18)149(17)135(26)121(100)107(59)91(52)77(29)67(24)53(27)
1850 42,83 N.I 244(M
+
,65)229(15)215(41)207(25)187(100)173(33)159(57)145(30)128(53)115(48)105(40)91(54)79(40)69(36)55(40)
1852 42,92 N.I 248(M
+
,12)230(10)215(12)205(6)197(6)187(12)172(52)163(37)159(100)149(43)123(34)105(34)91(44)73(32)55(25)
1856 43,11 N.I 238(M
+
,70)220(19)205(26)202(32)187(64)176(69)159(87)147(62)135(100)121(87)107(82)93(98)91(93)79(79)67(59)55(90)
1864 43,51 N.I 232(M
+
,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)
162
IRL TR Composto Fragmentos
1868 4372 N.I 232(M
+
,13)217(14)199(14)187(7)176(10)161(18)149(17)135(26)121(100)107(59)91(52)77(29)67(24)53(27)
1880 44,29 N.I 230(M
+
,10)215(12)205(11)189(19)175(13)162(32)147(22)135(23)123(31)107(100)91(67)77(33)69(43)53(29)
1893 45,01 N.I 248(M
+
,37)215(19)200(36)185(36)173(52)159(65)145(75)133(44)121(100)105(69)95(50)91(95)77(69)67(51)55(61)
1916 46,10 N.I 246(M
+
,5)228(4)217(3)207(14)189(13)175(9)161(20)137(15)125(100)107(37)91(31)79(23)69(36)55(35)
1920 46,31 N.I 248(M
+
,17)230(43)215(64)201(26)187(23)177(40)172(100)159(31)145(21)131(16)132(12)115(15)105(23)91(44)77(26)
1930 46,75 N.I 264(M
+
,26)248(16)215(6)203(6)187(11)177(23)172(100)163(26)145(18)135(24)123(64)105(23)95(37)91(35)77(26)55(23)
1936 47,03 N.I 248(M
+
,13)230(43)215(100)209(26)201(13)187(16)174(21)162(85)145(21)134(21)123(35)115(21)105(40)91(58)77(42)71(18)
1938 47,16 N.I 230(M
+
,28)215(100)201(15)187(18)174(32)164(57)145(31)135(27)125(87)107(54)91(74)83(63)69(47)55(71)
1941 47,27 N.I 236(M
+
,4)244(3)230(13)213(30)185(16)171(17)157(18)145(17)129(54)115(34)107(36)91(37)83(51)73(100)69(63)55(86)
1963 48,33 N.I 250(M
+
,100)232(17)217(15)199(89)188(30)175(56)159(37)147(50)133(28)124(34)115(20)108(98)95(28)91(43)79(36)69(26)
1970 48,66 N.I 264(M
+
,1)246(9)219(18)203(12)185(9)166(12)159(20)159(21)133(22)121(82)115(15)105(61)91(84)84(100)71(83)55(53)
1994 49,82 Furanosesquiterpeno 250(M
+
,92)234(12)199(20)189(13)175(30)159(42)145(31)131(30)123(31)115(16)108(100)99(11)91(58)77(40)69(27)55(37)
2004 50,30 N.I 248(M
+
,15)230(23)215(26)203(24)187(24)175(33)161(32)147(68)133(30)121(100)107(92)91(93)79(61)55(71)
2040 52,34 N.I 238(M
+
,1)246(4)187(33)173(24)161(36)152(24)145(36)135(32)121(51)107(100)91(94)77(57)67(44)55(60)
2051 52,91 N.I 244(M
+
,3)229(6)205(16)189(22)175(20)161(40)145(28)133(51)115(23)107(96)95(50)91(100)84(54)77(51)67(40)55(62)
2058 53,33 N.I 248(M
+
,18)233(36)217(17)207(15)191(30)175(29)161(44)149(27)135(38)119(38)107(61)95(46)91(96)84(100)79(50)55(59)
2062 53,53 N.I 248(M
+
,39)233(20)215(16)203(18)187(18)175(100)163(76)147(24)134(28)119(31)107(46)91(87)79(48)55(70)
2082 54,67 N.I 248(M
+
,27)232(36)217(20)207(47)191(44)175(51)161(52)147(62)133(52)119(82)109(63)95(60)91(100)77(68)67(47)55(57)
2084 54,81 N.I 248(M
+
,49)233(20)215(18)207(32)189(27)175(99)163(75)147(42)135(45)212(48)105(71)65(55)91(100)79(66)55(57)
2087 54,98 N.I 248(M
+
,26)230(73)215(23)207(24)190(48)172(92)159(48)145(72)137(38)123(46)115(31)105(67)91(100)77(67)67(36)53(63)
2137 57,64 N.I 248(M
+
,59)230(7)215(10)203(9)187(10)174(10)159(8)148(11)137(100)125(58)119(12)112(43)109(44)105(10)91(21)67(25)
2149 58,26 N.I 246(M
+
,78)231(19)213(65)207(19)199(29)185(45)174(30)162(70)161(66)147(28)137(65)115(34)109(66)91(100)77(64)67(53)
2157 58,67 N.I 246(M
+
,100)228(84)213(92)200(33)185(33)174(17)162(31)143(19)131(19)117(29)105(29)91(71)77(41)67(22)53(31)
2164 59,04 N.I 246(M
+
,56)231(58)213(18)202(100)187(35)174(44)159(61)145(24)131(31)115(68)105(41)91(70)77(41)67(30)55(4
2172 59,48 N.I 248(M
+
,100)230(27)215(18)204(13)187(11)178(58)159(31)145(24)133(61)119(36)105(48)91(58)77(37)71(25)53(35)
2204 61,18 N.I 248(M
+
,59)230(49)215(22)207(47)191(88)175(37)161(72)147(76)133(63)125(69)105(60)91(100)81(99)67(61)55(70)
2242 63,17 N.I 262(M
+
,16)244(15)201(27)189(27)176(27)162(100)147(21)135(35)117(35)105(32)95(31)91(56)83(31)77(28)69(29)55(45)
2281 65,23 N.I 264(M
+
,28)246(45)228(51)207(29)189(79)173(83)162(99)147(45)138(73)117(46)109(53)91(100)85(77)77(59)67(41)55(63)
2298 66,11 N.I 264(M
+
,29)248(27)228(34)213(31)200(22)188(59)173(54)162(100)147(40)135(57)117(38)105(47)95(43)91(86)77(51)55(67)
2318 67,20 N.I 266(M
+
,100)248(11)230(13)215(16)207(21)190(28)175(33)165(62)147(41)133(29)119(43)107(43)91(54)81(38)71(40)55(58)
163
Anexo B – Espectros de RMN
Espectro de RMN
13
C da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 75MHz)
164
Espectro de RMN
1
H da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 300MHz)
165
Espectro de DEPT 135 da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 75 MHz)
166
Espectro de
1
H-
1
H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 300MHz)
167
Espectro de
1
H-
1
H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 300MHz)
168
Espectro de
1
H-
1
H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
– 300MHz)
169
Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
170
Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
171
Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
172
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
173
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
174
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
175
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
176
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
177
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
178
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
179
Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl
3
1
H 300MHz,
13
C 75MHz)
180
Anexo C - Espectro de Infravermelho
181
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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