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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E
SISTEMAS (PPGEPS)
NÍVEL MESTRADO
EDUARDO SCHERER RÜCKER
DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO TENTATIVO PARA A MELHORIA DA
ACURACIDADE DE DADOS DE UM SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS
CÁRNEOS
São Leopoldo
2009
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EDUARDO SCHERER RÜCKER
DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO TENTATIVO PARA A MELHORIA DA
ACURACIDADE DE DADOS DE UM SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS
CÁRNEOS
Dissertação apresentada como requisito parcial
para a obtenção do título de Mestre pelo
Programa de Pós-graduação em Engenharia de
Produção e Sistemas da Universidade do Vale
do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Orientador: Prof. Dr. Luís Henrique Rodrigues
São Leopoldo
2009
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Ficha catalográfica
Catalogação na Publicação:
Bibliotecária Carla Inês Costa dos Santos - CRB 10/973
R912d Rücker, Eduardo Scherer
Desenvolvimento de um método tentativo para a melhoria
da acuracidade de dados de um sistema de programação da
produção: um estudo de caso em uma empresa do setor de
alimentos carneos / por Eduardo Scherer Rücker. 2009.
324 f.: il.
Dissertação (mestrado) -- Universidade do Vale do Rio dos
Sinos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e
Sistemas, 2009.
“Orientação: Profº. Drº. Luis Henrique Rodrigues, Ciências
Econômicas”.
1. .Produção Sistema de programação. 2. Dados de
produção Acuracidade. 3. .Programação da produção
Indústria cárnea. I. Título.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Eduardo Scherer Rücker
DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO TENTATIVO PARA A MELHORIA DA
ACURACIDADE DE DADOS DE UM SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE ALIMENTOS
CÁRNEOS
Dissertação apresentada à Universidade do
Vale do Rio dos Sinos Unisinos, como
requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Engenharia de Produção e Sistemas.
Aprovado em 27 de fevereiro de 2009.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Guilherme Luis Roehe Vaccaro UNISINOS
Prof. Dr. Ricardo Augusto Cassel UNISINOS
Prof. Dr. Antônio Carlos Gastaud Maçada UFRGS
Prof. Dr. Luís Henrique Rodrigues (Orientador)
Visto e permitida a impressão.
São Leopoldo,
Prof. Dr. Guilherme Luis Roehe Vaccaro
Coordenador Executivo PPG em
Engenharia de Produção e Sistemas
AGRADECIMENTOS
Impossível ter concebido a realização deste sonho sem o apoio dos meus pais e do
meu irmão. Muito obrigado!
Aos meus avós, que sempre rezaram por mim.
À Kelly, por ter compreendido a importância do mestrado e me apoiado. Eu te amo!
À UNISINOS, pela bolsa concedida, certamente um dos maiores incentivos, o qual
viabilizou este sonho.
Ao Professor Dr. Luís Henrique Rodrigues, meus sinceros agradecimentos pelo
incentivo para fazer o mestrado, pela confiança depositada, prestativa orientação e amizade.
Espero poder um dia retribuir todas as coisas boas que aprendi contigo durante as aulas e as
conversas sobre a dissertação.
Ao Professor Dr. Guilherme Vaccaro, pelo incentivo em fazer o mestrado, auxílio para
a disciplina de estatística, pela participação na banca e disposição para conversar sobre os
anseios de um mestrando.
Ao Professor Dr. Ricardo Cassel, pela participação na banca e por ter oportunizado a
experiência de assistir às aulas da sua disciplina de Simulação do mestrado quando eu ainda
estava na graduação. Podes ter certeza de que aquela vivência também me motivou para
cursar o mestrado.
Ao Professor Dr. Antônio Carlos Gastaud Maçada, por receber-me de braços abertos
na UFRGS para que falasse sobre a minha pesquisa, pelas contribuições ao trabalho e por ter
aceitado o convite para participar da banca de defesa da dissertação.
Ao Daniel Berlitz, Ricardo Scherer e Osmar Herzer, por terem me dado uma força na
empresa.
A todas as pessoas que participaram do projeto onde desenvolvi a dissertação. Este
trabalho é também fruto das contribuições, questionamentos ou simples conversas junto aos
membros da equipe de projeto, aos usuários-chave e a outras pessoas da empresa, além dos
consultores e analistas de sistemas da ferramenta de programação da produção pesquisada.
Meus agradecimentos a: Maria Cristina, Rafael, Dudu, Luís Afonso, Thiago, Andréa,
Christianne (Santinha), Adri, Júlio, Luciano, Cristiano e Carlos; Graciela, Rudi, Hélio,
6
Denise, Caetano, Paulo Ricardo, Otávio, Edenilson, Marcão, Émerson Luís, Ju, Alex Vagner
e Émerson Rodrigo; Néia, Pri, Duda, Fran, Carol, Afrânio, Xepa, Paulo Rodrigo, Maria e
Toni; LHR, Vaccaro, Diego, Felipe, Jonatas, JP, Fabian, Carlinhos e Maurício.
Ao Daniel Lacerda, Eduardo Milanez, Felipe Menezes, Flávio Kato e Lucas
Mörschbächer, pelo apoio.
A todos os professores do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e
Sistemas (PPGEPS), pelo excelente ambiente de aprendizado e pela relação fraterna com os
alunos.
Aos meus colegas da turma 2007: foi muito bom conviver com vocês!
Às meninas da secretaria da pós-graduação, muito obrigado pela atenção dispensada.
Ao José Cesar e Helena, pela receptividade na GD, e ao Kato, pelo “bate-papo
qualificado de dados”.
Ao Danilo, pelas caronas durante a época de aulas.
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo o desenvolvimento de um método tentativo para a
melhoria da acuracidade dos dados de um sistema específico de programação da produção
para a indústria cárnea. A proposição baseou-se no projeto de implementação da referida
ferramenta na Empresa Alfa, a qual produz alimentos a base de frangos, perus e suínos. O
método de pesquisa utilizado foi um estudo de caso, por meio do qual se relatou e se analisou
a influência da acuracidade dos dados sobre as informações geradas pelo sistema durante o
projeto. O desenvolvimento do método proposto baseou-se no referencial teórico sobre
programação da produção, qualidade de dados e qualidade de informações; nas percepções do
autor acerca da participação do mesmo no projeto onde se aplicou o estudo de caso; e nas
contribuições de especialistas na temática do trabalho. A partir disso, estruturou-se o método
tentativo por meio de processos e subprocessos, hierarquização que possibilitou a execução
dos objetivos de cada processo em relação à acuracidade dos dados por etapas (subprocessos).
Ao final do trabalho, concluiu-se que a proposta ofereceu uma relevante contribuição para a
discussão da qualidade de dados na programação da produção de alimentos cárneos.
Palavras-chave: Acuracidade de dados. Qualidade de dados. Qualidade de informações.
Programação da produção. Indústria cárnea.
ABSTRACT
This study aims to develop a tentative method for improving the data accuracy of a specific
production scheduling software for the meat industry. The proposition was based on the
project phase of the implementation of a tool in Empresa Alfa, which produces food based on
chickens, turkeys and porks. The research method used was a case study, by means of which
it is reported and analyzed the influence of data accuracy on the information generated by the
system during the project. The development of the proposed method was based on the
theoretical framework on production scheduling, data quality and information quality, the
author's perceptions about the same project which was applied in the case study and the
contributions of experts in the thematic of the work. From this, the tentative method was
structured by means of processes and subprocesses, hierarchy that enabled the implementation
of the objectives of each process regarding the data accuracy in stages (subprocesses). At the
end of the study, the autor concluded that the proposal offered a significant contribution to the
discussion of data quality in the production scheduling of meat foods.
Keywords: Data accuracy. Data quality. Information quality. Production scheduling. Meat
food industry.
LISTA DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS
FIGURA 1 Estrutura sistêmica para uma compreensão inicial do problema da qualidade de
dados no caso pesquisado .........................................................................................................20
FIGURA 2 Desenho esquemático sobre o conflito entre a programação manual de produção
e a gerada por um sistema, e o posicionamento do método proposto.......................................22
FIGURA 3 Dados de saída do sistema de PPCPM (fonte: Klippel, Antunes e Pellegrin,
2005).........................................................................................................................................29
FIGURA 4 Analogia entre a manufatura de produtos e a geração de dados (fonte: adaptado
de Wang, Storey e Firth, 1995).................................................................................................35
QUADRO 1 Componentes da pesquisa da qualidade de dados (fonte: adaptado de TDQM,
2008).........................................................................................................................................43
FIGURA 5 Ciclo do TDQM (fonte: adaptado de Wang, 1998). ...........................................44
QUADRO 2 Processo de construção de teoria através de estudos de caso (fonte: adaptado de
Eisenhardt, 1989)......................................................................................................................50
FIGURA 6 Estrutura da cadeia de frangos e perus................................................................53
FIGURA 7 Método de trabalho .............................................................................................55
FIGURA 8 Exemplo de estrutura de produto de um frango..................................................63
FIGURA 9 Exemplo de estrutura de produto de um formulado. ..........................................64
FIGURA 10 Gráfico de Gantt do projeto de implementação do sistema de seqüenciamento
da produção...............................................................................................................................65
FIGURA 11 Exemplo de uma estrutura de um produto formulado fictício com os roteiros de
produção ...................................................................................................................................71
FIGURA 12 Exemplo de uma estrutura de produto fictícia de um frango vivo de 1.400 g..72
FIGURA 13 Representação do fluxo dos grupos de dados de acordo com a função dos
mesmos no sistema ...................................................................................................................73
FIGURA 14 Representatividade de cada grupo de dados sobre o peso total das tabelas do
sistema de seqüenciamento da produção ..................................................................................74
TABELA 1 Exemplo de uma curva de peso fictícia de um frango vivo de 1.400 g.............75
FIGURA 15 Exemplo de parte de uma árvore de cortes de frango .......................................77
FIGURA 16 Exemplo de uma árvore de formulação ............................................................78
10
FIGURA 17 Gráfico de Gantt do período em que foram utilizados procedimentos para a
acuracidade de dados no sistema de sistema de seqüenciamento da produção ........................82
GRÁFICO 1 Indicador de abate total global.........................................................................88
GRÁFICO 2 Indicador de produção total global...................................................................89
GRÁFICO 3 Indicador de resíduo total global......................................................................89
GRÁFICO 4 Indicador de percentual de pedidos programados em relação ao total de
pedidos pendentes.....................................................................................................................91
FIGURA 18 Resumo dos passos sugeridos para a análise dos dados na fase 4 ....................92
TABELA 2 Exemplo da programação do produto A a partir de três árvores de cortes ........94
GRÁFICO 5 Indicador de percentual de pedidos programados em relação ao total de
pedidos pendentes durante a fase 4...........................................................................................95
GRÁFICO 6 Indicador de percentual de pedidos programados no prazo em relação ao total
de pedidos pendentes durante a fase 4......................................................................................96
FIGURA 19 Estrutura simbólica do balanço de massas........................................................97
FIGURA 20 Resumo dos passos para a análise e melhoria da programação de cortes na fase
5 ................................................................................................................................................99
FIGURA 21 Resumo dos passos para a análise e melhoria da programação de formulados na
fase 5.........................................................................................................................................99
QUADRO 3 Matriz de indicadores desenvolvida para a fase 5 ..........................................101
GRÁFICO 7 Indicador de atendimento de seqüencias ME no prazo na fase 5...................102
GRÁFICO 8 Indicador de atendimento da demanda MI na fase 5......................................102
GRÁFICO 9 Indicador de aderência do abate empurrado na fase 5 ...................................103
GRÁFICO 10 Indicador de variabilidade do abate puxado na fase 5 .................................104
GRÁFICO 11 Indicador de programação de pedidos..........................................................107
GRÁFICO 12 Indicador de atendimento de pedidos no prazo ............................................107
FIGURA 22 O fluxo dos dados e o foco do método ...........................................................110
FIGURA 23 Árvore de pré-requisitos de dados para a geração de uma programação
coerente...................................................................................................................................113
FIGURA 24 Processos do método proposto........................................................................117
FIGURA 25 Subprocessos do método proposto..................................................................118
FIGURA 26 Hierarquia dos componentes do fluxo dos subprocessos................................120
QUADRO 4 Legenda dos componentes dos fluxos do método ..........................................121
FIGURA 27 Codificação padrão das atividades e testes dos subprocessos do método
proposto ..................................................................................................................................122
11
FIGURA 28 Fluxograma do Subprocesso 1.1.....................................................................123
FIGURA 29 Fluxograma do Subprocesso 1.2.....................................................................125
FIGURA 30 Fluxograma do Subprocesso 1.3.....................................................................126
QUADRO 5 Indicadores do método proposto.....................................................................130
FIGURA 31 Fluxograma do Subprocesso 1.4.....................................................................131
QUADRO 6 Parâmetros e objetivos dos subprocessos do Processo 2................................137
FIGURA 32 Fluxograma do Subprocesso 2.1.....................................................................139
FIGURA 33 Fluxograma do Subprocesso 2.2.....................................................................144
FIGURA 34 Fluxograma do Subprocesso 2.3.....................................................................148
FIGURA 35 Fluxograma do Subprocesso 2.4.....................................................................152
FIGURA 36 Fluxograma do Subprocesso 2.5.....................................................................156
FIGURA 37 Fluxograma do Subprocesso 2.6.....................................................................160
FIGURA 38 Fluxograma do Subprocesso 2.7.....................................................................163
FIGURA 39 Fluxograma do Subprocesso 2.8.....................................................................168
FIGURA 40 Fluxograma do Subprocesso 2.9.....................................................................171
FIGURA 41 Fluxograma do Subprocesso 2.10...................................................................175
FIGURA 42 Fluxograma do Subprocesso 2.11...................................................................177
FIGURA 43 Fluxograma do Subprocesso 2.12...................................................................179
FIGURA 44 Fluxograma do Subprocesso 2.13...................................................................181
FIGURA 45 Fluxograma do Subprocesso 2.14...................................................................184
FIGURA 46 Fluxograma do Subprocesso 2.15...................................................................186
LISTA DE SIGLAS
ERP: sigla para Enterprise Resource Planning, refere-se aos sistemas integrados de
gestão.
ME: mercado externo.
MI: mercado interno.
P&D: Pesquisa e Desenvolvimento.
SIF: Serviço de Inspeção Federal, órgão governamental brasileiro que fiscaliza a
produção de alimentos de origem animal.
TI: Tecnologia da Informação.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................15
1.1 Justificativa .........................................................................................................................17
1.2 Questão de pesquisa............................................................................................................23
1.3 Objetivos.............................................................................................................................23
1.3.1 Objetivo geral..................................................................................................................24
1.3.2 Objetivos específicos .......................................................................................................24
1.4 Delimitações da pesquisa....................................................................................................24
1.5 Estrutura do trabalho...........................................................................................................27
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..............................................................................................28
2.1 Programação da Produção ..................................................................................................28
2.1.1 Conceitos básicos de PCPM ............................................................................................28
2.1.2 O problema do seqüenciamento da produção..................................................................29
2.1.3 Os dados nos sistemas de seqüenciamento da produção .................................................30
2.2 Gerenciamento de dados e informações .............................................................................32
2.2.1 Dados versus informações e outros delineamentos.........................................................33
2.2.2 O estudo da qualidade de dados.......................................................................................34
2.2.3 A dimensão acuracidade no conceito de qualidade de dados ..........................................37
2.3 Métodos para a qualificação de dados ................................................................................37
2.3.1 Abordagens estatísticas....................................................................................................39
2.3.2 Abordagens tecnológicas .................................................................................................39
2.3.3 Abordagens gerenciais .....................................................................................................40
2.3.4 Abordagens mistas...........................................................................................................43
2.4 Considerações finais sobre o capítulo.................................................................................45
3 MÉTODO.............................................................................................................................47
3.1 Método de pesquisa ............................................................................................................47
3.1.1 Desenvolvimento de teorias a partir de estudos de caso..................................................49
3.2 Método de trabalho .............................................................................................................53
4 ESTUDO DE CASO............................................................................................................61
4.1 Sistemas produtivos da Empresa Alfa ................................................................................61
4.2 A implementação do sistema de programação da produção...............................................64
4.2.1 Mapeamento dos processos de atendimento de pedido ...................................................66
4.2.2 Especificação conceitual..................................................................................................66
4.2.3 Redesenho de processos ..................................................................................................67
4.2.4 Levantamento de requisitos de dados ..............................................................................67
4.2.5 Coleta de dados e desenvolvimento da ferramenta..........................................................67
4.2.6 Disponibilização para uso e testes ...................................................................................68
4.2.7 Treinamento de usuários..................................................................................................68
4.2.8 Testes dos usuários..........................................................................................................69
4.2.9 Homologação...................................................................................................................69
4.3 O sistema de programação da produção .............................................................................70
4.4 A estruturação dos dados no sistema ..................................................................................72
14
4.4.1 Visão geral e conceitos sobre os dados............................................................................72
4.4.2 Detalhamento dos dados do sistema ................................................................................79
4.4.2.1 Dados cadastrais ...........................................................................................................79
4.4.2.2 Dados de abates ............................................................................................................79
4.4.2.3 Dados industriais ..........................................................................................................80
4.4.2.4 Dados comerciais ..........................................................................................................80
4.4.2.5 Dados logísticos............................................................................................................80
4.5 Procedimentos utilizados para a acuracidade dos dados no estudo de caso .......................81
4.5.1 Fase 1 População de dados...........................................................................................82
4.5.2 Fase 2 – Correção de erros triviais ..................................................................................83
4.5.3 Fase 3 Os primeiros passos em direção a um método para a correção dos dados........86
4.5.4 Fase 4 A intensificação de esforços junto às fábricas e a formalização de um
procedimento para a acuracidade dos dados.............................................................................92
4.5.5 Fase 5 Extensão do projeto ...........................................................................................98
4.6 Resumo e avaliação dos procedimentos adotados ............................................................104
5 PROPOSIÇÃO DE UM MÉTODO TENTATIVO PARA A MELHORIA DA
ACURACIDADE DE DADOS EM UM SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO DA
PRODUÇÃO PARA A INDÚSTRIA CÁRNEA................................................................109
5.1 Pressupostos e estratégias para o desenvolvimento do método e para a melhoria da
acuracidade de dados ..............................................................................................................109
5.2 Método tentativo para a melhoria da acuracidade dos dados ...........................................116
5.2.1 Processo 1 Preparação de dados .................................................................................122
5.2.1.1 Subprocesso 1.1 Especificação de dados.................................................................122
5.2.1.2 Subprocesso 1.2 Estruturação de dados...................................................................123
5.2.1.3 Subprocesso 1.3 – Auto-validação de dados ..............................................................125
5.2.1.4 Subprocesso 1.4 Testes de importação de dados .....................................................131
5.2.2 Processo 2 População e melhoria da acuracidade de dados .......................................132
5.2.2.1 Subprocesso 2.1 Dados cadastrais e estoques de produtos......................................138
5.2.2.2 Subprocesso 2.2 Pedidos fictícios de formulados....................................................140
5.2.2.3 Subprocesso 2.3 Capacidades finitas de formulados...............................................145
5.2.2.4 Subprocesso 2.4 Suprimentos de formulados..........................................................150
5.2.2.5 Subprocesso 2.5 Capacidades reais de estoques (teste formulados)........................154
5.2.2.6 Subprocesso 2.6 – Formulados global........................................................................157
5.2.2.7 Subprocesso 2.7 Pedidos fictícios de cortes............................................................161
5.2.2.8 Subprocesso 2.8 Capacidades finitas de cortes........................................................165
5.2.2.9 Subprocesso 2.9 Suprimentos de cortes...................................................................169
5.2.2.10 Subprocesso 2.10 Cortes global.............................................................................172
5.2.2.11 Subprocesso 2.11 Balanceamento de cortes e formulados (sem abates) ...............175
5.2.2.12 Subprocesso 2.12 Balanceamento de cortes e formulados (com abates)...............178
5.2.2.13 Subprocesso 2.13 Capacidades finitas de cortes e formulados..............................180
5.2.2.14 Subprocesso 2.14 Suprimentos de cortes e formulados.........................................182
5.2.2.15 Subprocesso 2.15 Cortes e formulados global.......................................................184
5.3 Fatores Críticos de Sucesso para a aplicação do método tentativo ..................................187
5.4 Considerações finais do capítulo ......................................................................................191
6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ...............193
6.1 Conclusão .........................................................................................................................193
6.2 Recomendações para trabalhos futuros ............................................................................195
1 INTRODUÇÃO
Em um contexto de competição entre as empresas em nível mundial, a capacidade de
as organizações agirem perante um ambiente de negócios de constante mudança exige que a
tomada de decisão seja qualificada. Diante deste cenário, a informação é um dos fatores que
adquirem importância em função de representarem o insumo para o processo de escolha de
alternativas de ação. Para que se obtenha um diferencial competitivo perante esta tendência, o
investimento em sistemas de informação contribui para que a tomada de decisão seja rápida e
qualificada. Neste sentido, como forma de atender aos cada vez mais exigentes mercados
consumidores, as indústrias de manufatura dependem de informações qualificadas a respeito
da programação de produção. A operacionalização de sistemas de informação para este fim
nas organizações depende da disponibilidade de dados cuja acuracidade reflita a realidade da
empresa.
A agroindústria brasileira, especialmente as empresas produtoras de alimentos a base
de carnes (frigoríficos e fábricas de produtos industrializados), vem passando por um
momento que a credenciou para competir com os maiores players (empresas) deste mercado.
Particularmente no que tange ao mercado de carnes, o Brasil ocupa uma posição de destaque:
dentro do panorama mundial de exportações de produtos a base de frango, o País foi o maior
exportador no período de 2004 a 2007 (ABEF, 2008).
A complexidade da cadeia produtiva do ramo de carnes, tendo em vista a diversidade
dos membros da mesma, aliada à necessidade de melhor atender aos clientes, exige das
empresas a capacidade de produzirem seus produtos dentro de padrões de qualidade e dos
prazos estipulados pelos clientes. Para que esta situação seja sustentável do ponto de vista
financeiro e em longo prazo, as firmas necessitam investir nos parques fabris e adotar
estratégias que as auxiliem na alocação dos recursos materiais e humanos na área de
manufatura. Dentro deste contexto, a sincronização dos processos produtivos de frigoríficos e
de fábricas de industrializados pode ser suportada por sistemas de informação capazes de
potencializar o processo de tomada de decisão.
A implementação de sistemas de seqüenciamento da produção em empresas de
alimentos cárneos permite que as peculiaridades inerentes ao ambiente produtivo destas
firmas sejam consideradas nas decisões de aprazamento de pedidos. Em função disso, estas
16
características contribuem para que o sistema seja validado junto aos usuários, pois estes
compreendem que possuem uma ferramenta direcionada para a realidade que conhecem.
Independentemente da organização, estes sistemas auxiliam na geração de planos de
produção que possam ser utilizados para a programação das operações de manufatura, pois
são respeitadas as restrições das fábricas a partir de dados coletados nas linhas de produção.
Além disso, este tipo de sistema representa um avanço sobre técnicas manuais ou semi-
automatizadas de programação (quando se utilizam planilhas eletrônicas, por exemplo). Em
suma, um sistema dessa natureza é desenvolvido por meio de heurísticas que possibilitam a
geração de informações de forma ágil e independente de critérios subjetivos.
Os sistemas de seqüenciamento da produção demandam a disponibilidade de dados
sobre a empresa, especialmente aqueles relacionados à área de produção, como a capacidade
instalada, por exemplo. Para que o sistema represente a realidade da programação da
produção, o mesmo deve ser alimentado com dados de entrada coerentes com os pressupostos
utilizados pela empresa na geração dos planos de produção (cortes e industrializados).
A utilização dos dados coletados em ambientes de manufatura revela-se importante em
função dos impactos que a qualidade dos mesmos pode exercer. Caso os dados não sejam
alimentados corretamente no sistema (seja por sub ou superestimação ou então por diferirem
da natureza do dado esperado), os resultados da ferramenta (programação sugerida, por
exemplo) não estarão de acordo com a realidade da área de manufatura. Em uma fábrica, os
efeitos da utilização de planos de produção incoerentes com a realidade comprometem a
gestão da mesma, podendo acarretar problemas irreversíveis como o atraso de pedidos. Já no
âmbito da empresa como um todo, as conseqüências podem ser ainda maiores. Exemplos
disso são os problemas de fluxo de caixa em função da compra desnecessária de embalagens e
a redução do faturamento pela perda de clientes quando da ocorrência de atrasos de entrega
dos pedidos.
Após a etapa de população dos dados no sistema (inserção no banco de dados), a
qualidade destes pode influenciar na ocorrência de problemas nas informações geradas pelo
sistema, como um programa de produção que não condiga com a realidade da firma. Em
outras palavras, entende-se que a qualidade das informações geradas pelo sistema possa ser
uma conseqüência da qualidade dos dados de entrada. Diante disso, são necessárias atividades
de limpeza dos dados e de análises criteriosas sobre as causas de eventuais problemas
relacionados aos mesmos. Entretanto, não se pode atribuir à qualidade dos dados a
exclusividade pelos resultados de um sistema de informação. Os fatores que também
17
influenciam neste quesito são a qualidade do sistema utilizado (algoritmo) e a qualidade da
modelagem do negócio dentro do sistema.
A atividade de melhoria de dados em ambientes de manufatura possui um desafio, o
qual implica na necessidade de se qualificar um determinado volume de caracteres não
estruturados e voláteis (ou seja, dispersos, em constante mudança e inseridos de acordo com
diferentes critérios de modelagem). Dentro do escopo da qualificação de dados, este desafio
pode ser superado no momento em que se avaliarem os impactos das atividades de
refinamento de dados. Com isso, possibilita-se a avaliação das tarefas que contribuem para a
melhoria dos dados e também das tarefas cuja contribuição para o processo não seja relevante.
A partir destes pressupostos e da participação do autor do presente trabalho na
implementação de um sistema de seqüenciamento da produção em uma empresa de alimentos
cárneos, o presente estudo versou sobre a acuracidade dos dados de entrada do referido
sistema. O desenvolvimento do trabalho teve como objetivo a proposição de um método
tentativo para a melhoria da acuracidade dos dados da referida ferramenta. A estruturação da
abordagem foi delineada sob a forma de processos e subprocessos, conforme será visto no
trabalho. Já a pesquisa foi realizada sobre um estudo empírico da etapa de projeto (pré-
homologação), portanto todas as considerações, bem como o método proposto, estiveram
condicionadas a este fator. Para fins de preservação da empresa pesquisada, a referência à
mesma se deu sob o nome “Empresa Alfa”.
1.1 Justificativa
Do ponto de vista do estudo da qualidade de dados, Sheth, Wood e Kashyap (1994)
reconhecem o problema em um artigo, mencionando aspectos como a ocorrência de
inconsistências entre os dados armazenados dentro de uma mesma base; os dados duplicados
ou redundâncias (as quais são desnecessárias, pois impactam na qualidade dos resultados de
um sistema e no tempo de execução ou de reposta para o usuário); e os erros intrínsecos ao
dado (discrepâncias entre o dado armazenado e dado real). Olson (2002) e Redman (2004)
referem-se à influência da qualidade de dados sobre a tomada de decisão, e o segundo
sustenta que o armazenamento de dados pelas empresas e órgãos governamentais aumenta em
descompasso com as preocupações em torno da acuracidade.
18
Conforme uma pesquisa desenvolvida por Torres (1999), dentre as dificuldades
encontradas na implementação de um sistema de programação fina da produção, os problemas
relacionados à qualidade dos dados levaram à realização de trabalhos de correção e de
adequação de dados. O referido autor também ressalta que a inexatidão dos dados
comprometeu a geração dos planos detalhados de produção (TORRES, 1999). Goldratt (1991)
e Bonjour, Baptiste e Larchvèque (1997) também tratam da temática da qualidade de dados
dentro do seqüenciamento da produção. Já Loshin (2001) ressalta que as ferramentas de
qualidade de dados concentram-se na limpeza de dados de nomes e endereços.
A programação de produção cumpre uma função estratégica nas organizações em
função de traduzir para o ambiente produtivo as demandas do mercado consumidor
estabelecidas pela área de vendas. Daoud e Maçada (2005) sustentam que as atividades do
PCP impactam na produtividade das empresas, o que reflete na competitividade das
organizações. As informações geradas pela programação de produção desdobram-se para
outras áreas de uma empresa, sendo utilizadas, por exemplo, para a avaliação da necessidade
de investimentos, para a estimativa de fluxo de caixa e para o dimensionamento da logística
de transportes.
Analisando-se a cadeia de produção da indústria cárnea avícola e de suínos, a estrutura
de produção verticalizada demanda a existência de informações qualificadas, pois as decisões
da empresa focal (neste caso, de suas fábricas) podem impactar nos elos da cadeia. Ainda,
ressalta-se que este ramo da indústria lida com matéria-prima viva e alimentos para o
consumo humano, além de possuir processos produtivos convergentes e divergentes. Estes
aspectos evidenciam a importância do processo de tomada de decisão quanto à programação
de produção, sendo mais bem explorados abaixo:
matéria-prima viva: em torno de um dia antes do abate das aves e dos suínos, os
criadores responsáveis pelos aviários e pocilgas, respectivamente, iniciam um
processo diferenciado de manejo dos animais, como a cessão no consumo de ração.
Em função desta e de outras limitações, torna-se um delicado problema alterar a
programação de abate neste período de tempo (a não ser que os animais sejam
vendidos), tendo em vista que os mesmos já estão alojados nas granjas;
pericibilidade dos produtos: os produtos cortados e os industrializados para venda,
além daqueles utilizados para a fabricação de produtos elaborados (chamados de
matérias-primas), possuem prazo de validade para o consumo humano. Com isso, a
19
produção da fábrica precisa ser seqüenciada de maneira que não ocorram riscos
para a saúde dos consumidores; e
natureza dos processos produtivos: os frigoríficos e as fábricas de produtos
elaborados são caracterizados por sistemas produtivos divergentes e convergentes,
respectivamente. Nos frigoríficos, um frango vivo abatido gera resíduos e produtos
compulsórios (penas, sangue, vísceras e miúdos, dentre outros) e ainda alguns
produtos alternativos (cortado ou inteiro, por exemplo). Esta segunda denominação
refere-se às opções de produção de um determinado produto. No caso de uma
carcaça de frango, a mesma pode ser utilizada para se produzir frango inteiro ou
produtos cortados (peito, coxa e asa). Ou seja, neste caso não existe um caráter de
compulsoriedade atrelada à “desmontagem” do animal como ocorre com os
resíduos. Já no caso dos produtos elaborados, estes devem ser “montados” com
base na disponibilidade de matérias-primas e de condimento, desde que obedeça a
um padrão de formulação (especificação das proporcionalidades de cada insumo na
composição do produto).
Os fatores elencados acima contribuem para se reconhecer o papel da função de
programação da produção para as empresas do ramo cárneo. Considerando-se que fez parte do
escopo deste trabalho um estudo empírico sobre a etapa de projeto de um sistema de
seqüenciamento da produção, uniram-se a importância do PCP e a necessidade de melhoria de
dados na ferramenta.
O impacto da qualidade de dados em sistemas de programação da produção pode ser
compreendido por meio de uma analogia com o modelo entrada-transformação-saída de
processos. Tal como em um sistema produtivo, onde as matérias-primas passam por um
processo de manufatura no qual, ao final do mesmo, adquirem forma e valor econômico,
dados são utilizados para a geração de informações. Como esta é, portanto, conseqüência do
primeiro, uma decisão será prejudicada quando se basear em informações geradas a partir de
dados errados. Portanto, o refinamento dos dados necessários para a programação da
produção vai ao encontro da qualificação da tomada de decisão, tendo em vista o impacto que
as entradas do sistema exercem sobre os dados de saída (resultados) do mesmo. A partir das
informações geradas pela ferramenta, os desdobramentos das mesmas podem conter riscos
para a organização em função da qualidade dos dados utilizados.
20
A pesquisa deste trabalho partiu do pressuposto de que os dados constituíram-se como
um fator cuja complexidade impactou diretamente na implementação de um sistema de
seqüenciamento da produção em uma empresa da área de alimentos cárneos. Uma explicação
para este argumento e para a motivação pelo estudo relaciona-se com as dificuldades
encontradas durante o projeto do qual o autor deste estudo participou. Concomitantemente a
isso, ressalta-se a importância da discussão da qualidade de dados nas organizações, conforme
se mencionou nos parágrafos anteriores.
Com base nos pressupostos levantados até este ponto do estudo acerca do assunto e do
caso pesquisado, desenvolveu-se uma estrutura sistêmica (Figura 1) que evidencia a
importância do tema em função do impacto que a qualidade de dados exerce sobre a tomada
de decisão. Para se interpretar a Figura 1, os sinais positivos indicam relação direta entre dois
eventos.
FIGURA 1 Estrutura sistêmica para uma compreensão inicial do problema da qualidade de dados no caso
pesquisado
Na Figura 1, quanto menor for a qualidade dos dados, pior será a qualidade das
informações geradas pelo sistema de programação da produção. Conseqüentemente, menor
será a credibilidade da ferramenta, o que poderá levar ao desuso da mesma e à falta de
manutenção dos dados, tornando-os obsoletos (portanto inacurados). Neste caso, o enlace
reforçador dos eventos (simbolizado pela letra “R” na estrutura sistêmica) indica que o
problema tenderá ao colapso exponencial, fazendo-se com que se torne inviável a utilização
do sistema de seqüenciamento da produção. Contudo, quanto mais iniciativas houver no
21
sentido da melhoria da qualidade dos dados, o ciclo vicioso será alterado quanto mais ações
de melhoria, maiores serão a qualidade dos dados, das informações e das decisões, bem como
maior também será a credibilidade do sistema. Verifica-se, com isso, que as ações para a
melhoria dos dados são um ponto de alavancagem para limitar o ciclo vicioso que levaria ao
fracasso da implementação do sistema.
A organização estudada, antes de passar pelo processo de implementação do sistema
de seqüenciamento da produção, balizava parte das suas decisões de programação em
processos manuais, geralmente feitos em planilhas eletrônicas. Ainda, os dados eram
descentralizados e utilizados com base em distintos critérios distintos, dependendo do
departamento que tratava os dados. A partir da utilização de um novo sistema de programação
da produção, os dados passaram a ser centralizados e formalizados em um banco de dados,
evitando-se, assim, dados dispersos e calculados por diferentes métodos dentro da empresa.
A situação descrita no parágrafo anterior pode ser mais bem entendida por meio da
Figura 2, onde se apresentam as discrepâncias que surgem quando empresas passam da
programação manual de produção para o uso de uma ferramenta para este fim. No método
manual de seqüenciamento, o usuário modela a realidade em computador (geralmente em
planilhas eletrônicas), utilizando critérios locais (específicos para uma fábrica, por exemplo) e
empíricos, não necessariamente alinhado com as práticas de outras unidades fabris da mesma
organização.
Por outro lado, em função do uso de um sistema, a mesma realidade passa a ser
interpretada sob a forma de uma linguagem padrão, quando os dados coletados pelos analistas
de programação da produção passaram a ser armazenados na base de dados da ferramenta. Os
mesmos dados que antes eram tratados de forma descentralizada e mantidos na memória das
pessoas passam a ser compartilhados em uma base de dados e assim, os efeitos da
programação de produção de cada fábrica impactam no seqüenciamento das outras plantas.
A partir disso, o sistema passa a gerar programas de produção que, quando
comparados com os planos que eram elaborados no método antigo, possuíam diferenças. Esta
situação leva a um conflito entre as visões antiga e nova, como também deflagra um processo
de análise das informações geradas pelo sistema para que se entendam as causas das
inconsistências observadas. A partir dessa constatação, surge a necessidade de se detectar e
corrigir erros na base de dados do sistema para que as informações geradas pelo mesmo sejam
coerentes com a realidade.
22
FIGURA 2 Desenho esquemático sobre o conflito entre a programação manual de produção e a gerada por um
sistema, e o posicionamento do método proposto
Na Figura 2 também se identifica o momento em que o método que se propõe neste
estudo deveria ser inserido no processo de qualificação dos dados do sistema de
seqüenciamento da produção. A utilização de um método desta natureza combate os
problemas gerados pelos erros existentes em uma base de dados. No que diz respeito à
dificuldade em abordar o problema da qualidade de dados em organizações, Bair et al (2004)
sentenciam:
“Enquanto que a qualidade de dados é um dos mais importantes aspectos dos
esforços de gestão sobre dados de uma empresa, pode também tornar-se um dos
mais frustrantes. Particularmente para organizações com grandes volumes de dados
ou dados extremamente complexos, pode ser difícil saber por onde começar na
correção dos erros de dados” (BAIR et al, 2004, p. 3).
O método proposto neste trabalho foi desenvolvido com o intuito de contribuir para o
refinamento dos dados que são coletados na realidade e inseridos posteriormente no banco de
23
dados do sistema de programação da produção. Dessa forma, cria-se um canal entre a
disponibilidade dos dados coletados na realidade e a população do banco do sistema. Esta
ligação constitui-se de uma espécie de “filtro” para que os dados sejam populados
adequadamente e com a acuracidade necessária na base da ferramenta. Já o estabelecimento
de um rigor metodológico, mesmo que se restrinja à etapa de projeto, contribui para a
economia de tempo na análise dos resultados do sistema.
A geração de teoria (método) a partir de um estudo empírico único pode ser explicada
a partir da oportunidade de vivência durante toda a etapa de projeto do sistema de
seqüenciamento da produção. Neste aspecto, a riqueza de detalhes, a qual é uma característica
de qualquer estudo de caso, conferiu ao método desenvolvido uma validade interna
importante.
1.2 Questão de pesquisa
A partir das considerações expostas anteriormente, o presente estudo procurou
responder à seguinte questão: como deveria ser a estrutura de um método para a melhoria da
acuracidade de dados de um sistema de programação da produção em uma empresa do setor
de alimentos cárneos?
1.3 Objetivos
Para responder à pergunta que se faz para esta pesquisa, foram elaborados um objetivo
geral e três objetivos específicos para que a investigação fosse desenvolvida, conforme se
apresenta nas duas próximas partes deste capítulo.
24
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo geral deste estudo foi o de desenvolver um método tentativo para a
melhoria da acuracidade dos dados de entrada de um sistema específico de programação da
produção em uma empresa do setor de alimentos cárneos.
1.3.2 Objetivos específicos
realizar um estudo de caso sobre a etapa de projeto da implementação de um
sistema de seqüenciamento da produção;
definir e detalhar os processos e subprocessos do método proposto para a melhoria
da acuracidade dos dados; e
identificar as questões gerenciais necessárias para a aplicação do método proposto.
1.4 Delimitações da pesquisa
O presente trabalho, no âmbito do objetivo geral de pesquisa e dos objetivos
específicos, delimitou-se, por um lado, por fatores considerados necessários ao entendimento
da situação problema e aos desdobramentos dos métodos de pesquisa e de trabalho; e, por
outro lado, por aspectos considerados fora do escopo desta dissertação. Ambas as
delimitações são delineadas nos parágrafos que seguem.
Os conceitos das terminologias “qualidade” e “qualificação” de dados são abordados
neste trabalho de uma forma conjunta em função de a qualificação representar a ação sobre a
qualidade. Wang (1995) sustenta que a qualidade de dados possui algumas dimensões, as
quais são necessárias para a compreensão, a pesquisa e desenvolvimento de métodos acerca
do assunto dentre estas dimensões, o autor destaca a acuracidade como sendo aquela que
melhor define a qualidade de um dado. Bonjour, Baptiste e Larchvèque (1997) e Winkler
(2004) corroboram com este argumento, pois a acuracidade representa o grau de
25
conformidade de um dado em relação à realidade na qual está inserido. Favaretto (2007, p.
346) também compreende a qualidade de um dado sob esta ótica, afirmando que “em um
senso comum, a dimensão acuracidade é apontada como a própria qualidade do dado”. A
partir disso e do entendimento do autor deste estudo em relação ao foco da pesquisa dentro do
caso que se pesquisou, a qualidade de um dado será considerada diretamente proporcional à
acuracidade do mesmo.
O desenvolvimento da pesquisa deu-se por meio de um estudo empírico sobre a etapa
de projeto da implementação de um sistema de seqüenciamento da produção em uma indústria
de alimentos cárneos. Apesar de o termo “projeto” parecer remeter ao conceito de
Gerenciamento de Projetos, este trabalho não estará atrelado ao referido tema, o qual
contempla as decisões e os desdobramentos de escopo, prazo e custo. Complementarmente,
não se pretende discutir os critérios utilizados na definição do planejamento do projeto.
A aplicação da pesquisa, no que diz respeito à utilização de um sistema específico de
seqüenciamento da produção, não buscou comparar a qualidade das informações geradas pela
ferramenta com o método até então utilizado para a programação de produção. Apesar de
terem sido elencados alguns benefícios da utilização de sistemas de seqüenciamento da
produção neste capítulo, além da influência da qualidade do sistema sobre a qualidade das
informações geradas, as observações fazem parte das percepções do autor deste trabalho
acerca do problema de pesquisa. Logo, não será objeto deste trabalho a comprovação da
hipótese acerca das vantagens do novo sistema em relação à solução anteriormente aplicada
na programação de produção.
Com relação à utilização dos termos “seqüenciamento” e “programação” da produção,
ambos foram considerados como sinônimos. Além disso, não se mencionou no trabalho a
programação de materiais, pois se consideraram os materiais diretos do produto (embalagens
e condimentos) como partes integrantes do seqüenciamento (ou programação) da produção.
O método proposto neste trabalho, em função de ter sido validado junto a especialistas
na temática da pesquisa, poderá ser replicado para outras realidades, desde que se considere o
mesmo sistema de programação da produção e o ramo de alimentos cárneos. Em outras
palavras, o método desenvolvido não é genérico a ponto de contemplar qualquer ramo
industrial ou ferramenta de seqüenciamento da produção.
Entretanto, o estudo oferece contribuições para o problema da qualificação de dados
para a programação de produção. Dentre elas, ressalta-se a proposição de índices de controle e
26
de indicadores para a sinalização dos impactos da acuracidade dos dados, bem como de
técnicas de análise e solução de problemas. O uso de medições não é uma opção que se limita
a uma ou outra abordagem, e sim uma forma universal de avaliação de resultados no tempo e
no espaço. Ou seja, esta iniciativa não ficará necessariamente restrita aos limites do trabalho,
podendo as medições propostas servir como alternativa para outros estudos dentro da temática
da qualidade de dados.
A elaboração do método não poderá ser confundida com a modelagem de banco de
dados (estruturação do mesmo), dado que este contempla aspectos tecnológicos, o que está
fora do escopo deste trabalho. Ainda, o método desenvolvido não passou por uma etapa de
testes, porém a validade do mesmo foi submetida à avaliação de experts no tema deste
trabalho, cujas contribuições foram utilizadas na elaboração do método.
A partir do exposto acima, entende-se que a acuracidade dos dados é um fator que
influencia na geração de informações por um sistema computadorizado. Este estudo partiu do
pressuposto de que os dados do sistema de seqüenciamento pesquisado foram previamente
coletados de acordo com critérios que a empresa julgou importantes (amostragem estatística,
leitores óticos, entre outros). Assim, coube ao método proposto o estabelecimento de uma
abordagem capaz de qualificar os dados da realidade (sinalizando para eventuais problemas,
quando for o caso) com isso, o método não indica o quanto o dado está impreciso, e sim se
está prejudicando os resultados do sistema.
Como já mencionado neste estudo, a qualidade das informações geradas pelo sistema
depende da qualidade da ferramenta (algoritmo
1
), da modelagem empregada e dos dados de
entrada. Do ponto de vista da modelagem, entende-se que uma vez desenvolvido o modelo de
uma forma que o mesmo seja coerente com a realidade da empresa, não existem perspectivas
quanto a mudanças com mais freqüência que aquelas verificadas nos dados de entrada, pois
estes são suscetíveis à dinâmica de mudanças do ambiente de manufatura. Com isso,
manutenções na base de dados tornam-se mais freqüentes que os ajustes no modelo à medida
que melhoram os resultados do sistema, os quais são influenciados pela qualidade dos dados.
Por fim, as questões políticas envolvidas na gestão sobre os dados não foram
consideradas pelo fato de desvirtuarem do objetivo deste estudo. O papel do método não
deverá ser o de identificar as causas dos problemas de dados nos espectros político e cultural
1
Em sistemas de informação, trata-se de um procedimento computacional composto por uma seqüência finita de
instruções que recebe um ou mais valores (entrada) e produz um ou mais valores (saída).
27
(em função de motivação de funcionários, dentre outros), mas auxiliar na identificação dos
problemas e na sugestão de alternativas de solução para os mesmos.
1.5 Estrutura do trabalho
O presente trabalho foi estruturado em 6 capítulos, conforme se descreve nos
próximos parágrafos.
O capítulo 1 (introdução) apresentou o tema e o problema de pesquisa, como também
os objetivos geral e específicos. A contextualização do tema e a delimitação do trabalho são
feitas sob a ótica da importância e da relevância do assunto a ser pesquisado.
O capítulo 2 (referencial teórico) foi desenvolvido com o intuito de reunir os conceitos
que o autor deste trabalho julgou necessários para o entendimento do tema. Ainda, este
capítulo serviu para que fossem analisadas as referências que poderiam ser utilizadas para a
proposição do método para a melhoria da acuracidade de dados.
O capítulo 3 versa sobre o método de pesquisa a ser utilizado neste estudo, o qual foi
necessário para nortear a coleta e a análise de dados, além de discutir elementos necessários
para a proposição do método para a melhoria da acuracidade de dados. Neste capítulo também
se expõe o método de trabalho, o qual se utilizou do método de pesquisa e dos objetivos
gerais do estudo para propor os passos para a execução da pesquisa.
No capítulo 4 descreve-se o caso pesquisado, no qual se relatou com maior precisão o
problema de pesquisa e as atividades realizadas.
No capítulo 5, a partir das constatações evidenciadas no caso pesquisado, no
conhecimento adquirido pelo pesquisador e nas contribuições de experts na temática do
estudo, propõe-se um método tentativo para a melhoria da acuracidade de dados do sistema
pesquisado.
Por fim, no capítulo 6, são feitas as conclusões do trabalho, bem como sugeridas
recomendações para pesquisas futuras.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
As referências utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho estão concentradas em
dois grupos temáticos, os quais estão relacionados aos conceitos de programação da produção
e de qualidade de dados e de informações. O uso da teoria disponível foi útil para que as
análises e proposições do estudo fossem balizadas por pressupostos teóricos e contribuíssem
para a validação interna da pesquisa.
2.1 Programação da Produção
Esta seção apresenta os conceitos básicos sobre Programação e Controle da Produção
e dos Materiais (PCPM), sendo que se enfatiza a programação em detrimento do controle,
pois este componente do conceito não faz parte do escopo da pesquisa. Ainda, descrevem-se
fundamentos sobre o seqüenciamento da produção.
2.1.1 Conceitos básicos de PCPM
A função de Programação e Controle da Produção e dos Materiais (PCPM)
desempenha uma das tarefas mais complexas em uma organização, mais especificamente na
gestão da produção (SLACK, CHAMBERS e JOHNSTON, 2002). Pedroso e Corrêa (1996)
sustentam que isso acontece em função do volume de variáveis necessárias para o processo de
PCPM, dentre outros aspectos.
A operacionalização do PCPM é estudada por Klippel, Antunes e Pellegrin (2005). Os
autores sugerem uma representação simbólica das etapas do processo global (Figura 3), o qual
contempla também a função de planejamento (que não faz parte do escopo do estudo). As
referidas etapas correspondem a 4 questões, cujas respostas auxiliam no desdobramento das
atividades fabris para o planejamento e o seqüenciamento das operações.
29
FIGURA 3 Dados de saída do sistema de PPCPM (fonte: Klippel, Antunes e Pellegrin, 2005)
Conforme pode ser visualizado na Figura 3, o processo gera definições básicas para a
área de manufatura, tanto do ponto de vista dos planos de produção quanto da gestão de
materiais. Dentro do processo de PPCPM, existem os chamados circuitos do planejamento, da
programação e do controle, os quais orientam a tomada de decisão no médio prazo, no curto
prazo e no acompanhamento da aderência de produção, respectivamente (KLIPPEL,
ANTUNES E PELLEGRIN, 2005). A estes diferentes níveis da informação dá-se o nome de
planejamento hierárquico da produção (PEDROSO E CORRÊA, 2006).
O planejamento corresponde à definição global dos planos de produção e de compras
de matérias-primas, de forma agregada, tendo por base uma previsão de vendas e/ou os
pedidos confirmados informados pela área comercial da empresa. Para que este plano seja
desdobrado para a realidade de um sistema produtivo, o circuito de programação engloba a
sincronização da produção e a necessidade de materiais. Nesta etapa, as informações são mais
detalhadas e geradas a partir da estrutura de materiais que cada produto necessita. A partir da
realização da produção e do consumo de materiais, o controle é necessário para que seja feita
a comparação entre aquilo que se programou e a produção realizada. Com base nos dados
apontados nesta etapa, faz-se a reprogramação das operações para o próximo grão de
programação (turno ou dia, por exemplo).
2.1.2 O problema do seqüenciamento da produção
O seqüenciamento da produção, a fim de gerar programas factíveis para a área de
manufatura, deve reconhecer os recursos produtivos que restringem a capacidade de uma
30
fábrica. Para o entendimento desta questão, é necessário delinear os conceitos de gargalos e
recursos com restrição de capacidade (ou CCR Constrained Capacity Resources). Gargalo é
qualquer recurso cuja capacidade seja inferior à demanda alocada no mesmo, enquanto que o
CCR, apesar de possuir uma capacidade superior à demanda, quando não seqüenciado de uma
forma adequada pode tornar-se um gargalo (Rodrigues, 1994). Estes dois tipos de restrições,
conforme Rodrigues (1994, p. 34), “são as maiores barreiras para a manufatura sincronizada”.
A geração de programas de produção baseia-se nas estruturas de produto e de roteiros.
Nas indústrias cárneas, o seqüenciamento da produção depara-se com uma característica
marcante destas empresas: as estruturas de convergência e de divergência dos produtos.
Portanto, além dos gargalos do sistema produtivo, a programação deve considerar as
alternativas de cortes (desmontagem) e de formulações (montagem) dos produtos. Já as
necessidades de materiais são calculadas com base na estrutura de produto, influenciando
sobre as decisões de seqüenciamento dependendo da disponibilidade dos suprimentos em
estoque ou das datas de recebimento confirmadas (ordens de compra).
2.1.3 Os dados nos sistemas de seqüenciamento da produção
A implementação de sistemas de seqüenciamento da produção, a fim de atender aos
requisitos definidos no escopo do projeto, necessita gerar informações confiáveis acerca do
sistema produtivo da organização. Goldratt (1991, p. 107) corrobora com esta afirmação e
ressalta a importância de sistemas de programação: “se quisermos ter respostas confiáveis às
perguntas gerenciais, temos que solucionar o problema da programação confiável.
Programação é, definitivamente, um dos blocos básicos de um sistema de informação”.
Conforme já destacado neste trabalho, a qualidade dos dados coletados em ambientes
produtivos para que os mesmos sejam utilizados em sistemas de seqüenciamento da produção
adquire importância. Do ponto de vista dos requisitos básicos para a programação de
produção, dentre os quais parte é modelada sob a forma de dados em sistemas, Rodrigues
(1994) sugere que os elementos abaixo sejam considerados:
estrutura de banco de dados;
horizonte de seqüenciamento;
31
reprogramação;
capacidades produtivas;
time buckets (“baldes de tempo”); e
sentido da programação.
A estrutura de banco de dados contém o Bill of Material (BoM, do inglês estrutura de
material), o qual possui o cadastro de clientes; o cadastro de materiais (embalagens, por
exemplo); o lead time de compra dos materiais; os componentes necessários para a
manufatura de cada produto; o cadastro de recursos produtivos; os calendários de atividades;
os roteiros de produção; os estoques em processo e os acabados; e a lista de pedidos.
Os dados de clientes, materiais e lead time de ressuprimento fazem parte dos cadastros
de um sistema. A lista dos produtos também poderia ser inserida neste agrupamento. Estes
dados cumprem fundamental função em um sistema de programação de produção, tendo em
vista que os demais dados dependem destes para serem estruturados. Um exemplo disso é a
lista dos componentes necessários para a produção de um produto. Para que este seja
produzido, existe uma relação de dependência em relação a determinados insumos, sem os
quais é impossível finalizar (ou mesmo começar a fabricar) o produto. Na indústria cárnea,
uma salsicha tem em sua estrutura carnes e condimentos (ingredientes), os quais são
misturados para que o produto final seja gerado.
Os recursos produtivos representam as restrições de produção, as quais se constituem
de fatores limitantes da capacidade de uma fábrica. No momento em que os recursos são
vinculados a um produto e se definem os tempos de processamento dos itens de produção,
além do cadastro de calendários para os recursos, estabelece-se um roteiro de produção. Os
calendários referem-se à disponibilidade de tempo dos recursos. Quando os roteiros são
atrelados à estrutura de um produto, têm-se as redes de atividades (task net).
Os estoques em processo devem ser utilizados para as decisões de programação da
produção porque necessitam de apenas parte do processamento para serem finalizados, não
sendo necessário produzir um novo produto novamente. Já os estoques de itens acabados
servem para que seja feita a programação dos pedidos, os quais constam na lista de pedidos.
O horizonte de seqüenciamento é o intervalo de tempo que será considerado para as
rodadas de programação. Rodrigues (1994) indica que a escolha do horizonte de programação
pode também afetar a qualidade da informação. Conforme se aumenta o período de tempo,
32
maiores serão as chances de se identificarem potenciais problemas no futuro. Um exemplo
desse tipo de situação é a identificação antecipada de falta de capacidade para o atendimento
de demandas futuras (em função de sazonalidades de mercado, por exemplo). Entretanto, o
aumento do período de tempo pode prejudicar a programação em função da probabilidade de
erros nas previsões de vendas serem maior. Com isso, deve-se fazer um trade-off (escolha em
que os benefícios compensem as desvantagens) na opção pelo tamanho do período de
seqüenciamento.
A reprogramação refere-se ao processo de geração de planos de produção atualizados,
pois os dados de entrada do sistema são novamente submetidos ao seqüenciamento. Estes
dados podem ser novos pedidos, a redução dos estoques e a redução da capacidade produtiva,
dentre outros.
Os sistemas de seqüenciamento podem considerar as capacidades finitas ou infinitas
do sistema produtivo. A primeira opção impede que os planos de produção apresentem
volumes superiores à capacidade máxima dos recursos da empresa. Já a segunda opção ignora
o limite que a primeira estabelece.
Os chamados baldes de tempo referem-se à granularidade do tempo relativa à forma
por meio da qual se pretende visualizar as informações do sistema (por turno de produção ou
por dia, por exemplo).
O processo de seqüenciamento das operações em função dos recursos produtivos pode
ser backward ou forward. A primeira abordagem (do inglês, mover-se para trás) seqüencia as
atividades a partir do prazo final dos pedidos, desdobrando a programação do último recurso
para o primeiro. A segunda abordagem (do inglês, mover-se para frente) considera ou o
primeiro dia do horizonte de programação ou a data mais próxima deste dia (desde que tenha
disponibilidade). Neste caso, as operações são seqüenciadas ao longo do tempo até que se
obtenha uma estimativa da data em que um pedido será atendido.
2.2 Gerenciamento de dados e informações
O problema da qualidade de dados em ambientes de manufatura implica inicialmente
na pesquisa sobre os conceitos relacionados ao tema, além dos estudos desenvolvidos na área.
33
Nesta seção, comparam-se algumas terminologias e apresenta-se o caráter de estudos sobre a
qualidade de dados.
2.2.1 Dados versus informações e outros delineamentos
A discussão sobre o conceito e a utilização de dados e de informações em ambientes
corporativos pode ser encontrada no livro “A Síndrome do Palheiro”, de Eliyahu M. Goldratt
(GOLDRATT, 1991). O autor justifica a abordagem sustentando que inexiste uma definição
de escopo amplo para os dois termos e que o tratamento inadequado de dados e de
informações oferece riscos para as organizações. Goldratt (1991, p. 3) inicia sua obra fazendo
uma afirmação que resume o eixo de discussão do livro: “estamos afogados em oceanos de
dados; todavia, parece que raramente temos informação suficiente”.
Após refletir sobre as possíveis interpretações para dados e informações, o autor
define primeiramente o dado como “qualquer gama de caracteres que descreva algo sobre
nossa realidade” (GOLDRATT, 1991, p. 74). Em outras palavras, atributos ou características
de determinadas situações ou objetos poderiam ser enquadrados como dados.
Avançando-se neste raciocínio, Goldratt sustenta que a informação seria a resposta a
uma pergunta formulada (GOLDRATT, 1991). O autor argumenta que toda informação faz
parte de um processo de tomada de decisão no qual a informação é a saída e o dado a entrada.
Neste momento, verifica-se que se oferece uma contribuição para a diferenciação entre os
conceitos de dado e de informação a interpretação das terminologias, bem como o escopo
das mesmas, não é estático, e sim dependente do momento (tempo e espaço) e da ação de um
sujeito (busca ou necessidade de informações). Como forma de exemplificar esta situação
utiliza-se uma pergunta sugerida pelo autor (Goldratt, 1991, p. 74): “qual é o melhor caminho
para se chegar a Atlanta hoje?”. Neste caso, a indicação do número do vôo para o referido
destino seria uma informação, sendo uma resposta adequada para a pergunta feita. Se a
mesma pergunta tivesse sido respondida com uma lista de todos os vôos para Atlanta, a
necessidade de se saber o “melhor caminho” não seria atendida. Neste caso, o catálogo de
vôos seria um dado para quem fez a pergunta; no entanto, para a pessoa que buscou responder
à pergunta, o mesmo catálogo de vôos seria uma informação, tendo em vista que era
necessário conhecer as opções de vôos para então sugerir o melhor vôo.
34
Existem autores que reconhecem o dado como sendo um estágio anterior à
informação. A utilização dos dados é assim definida por Jack Olson: “dado é o combustível
que utilizamos para tomar decisões” (OLSON, 2003, p. 3). Já Wang, Ziad e Lee (2002)
comentam que gestores intuitivamente diferenciam ambos os conceitos definindo a
informação como um dado processado.
O esforço despendido na atividade de coleta dos dados que são utilizados em sistemas
de informação pode desvirtuar o foco do processo de tomada de decisão (GOLDRATT,
1991). No caso da captura de dados, existem dois riscos inerentes: o tempo necessário e a
imprecisão dos dados. Goldratt (1991) entende que a visão distorcida sobre os dados advém
da inexistência de critérios estruturados para o processo de decisão. Isso influencia
negativamente na geração de informações qualificadas ao final do processo de decisão. No
que diz respeito ao impacto dos dados exigidos sobre as saídas, a qualificação dos mesmos é
uma atividade fundamental.
2.2.2 O estudo da qualidade de dados
O tema da qualidade de dados possui uma estreita ligação com a qualidade da
informação, tendo em vista a já mencionada derivação das informações a partir dos dados na
seção anterior. O conceito de qualidade de dado é amplamente difundido na literatura como
adequação ao uso, ou seja, ela só faz sentido se vai ao encontro do atendimento de uma
necessidade (TAYI e BALLOU, 1998; HELFERT, 2001; LEE et al, 2006). De forma
complementar, Redman (2004, p. 2) sustenta que a qualidade de dados relaciona-se em “obter
o dado certo e correto, no lugar correto e no momento certo para realizar uma tarefa”.
Dentre os estudos nestas áreas, houve contribuições variadas. Em função disso, Wang,
Storey e Firth (1995) desenvolveram um estudo no qual se propôs um framework a partir da
literatura que explorava a pesquisa sobre a qualidade de dados. Inicialmente, os autores
propõem uma analogia entre a manufatura de produtos e a geração de dados (Figura 5).
Na Figura 5 verifica-se que o que os autores tratam como a “produção de dados”
poderia ser também compreendida como a geração de informações. Esta lógica corrobora com
aquilo que Goldratt (1991) defende: a função de um sistema de informação é a de realizar um
processo de dedução dos dados de entrada para que sejam geradas informações na saída do
35
processamento. A partir disso, é possível compreender o impacto da precisão dos dados
utilizados para o processo de tomada de decisão. A existência de erros na entrada do processo,
como também os problemas de integração de sistemas ou até nos bancos de dados, faz com
que as saídas do processamento não estejam de acordo com o esperado.
FIGURA 4 Analogia entre a manufatura de produtos e a geração de dados (fonte: adaptado de Wang, Storey e
Firth, 1995).
Dentre os estudos que Wang, Storey e Firth (1995) destacam na literatura sobre a
qualidade de dados, cada qual propôs diferentes dimensões (ou categorizações), porém
similares em suas essências, neste campo de estudo. Dentre os termos utilizados, destacam-se
a acuracidade (accuracy), a completeza (completeness), a consistência (consistency) e o grau
de atualização (timeliness) dos dados, os quais são mais bem detalhados abaixo:
acuracidade: refere-se ao nível de conformidade de um dado em relação ao seu
valor no mundo real. Um exemplo de inacuracidade seria a capacidade de uma
máquina em um banco de dados cadastrada como 1.000 peças/h, mas que, na
realidade, pode processar até 1.500 peças/h;
completeza: refere-se à razão entre os dados existentes e os necessários. Um
exemplo disso é a tabela de estoques em um banco de dados. Se nem todas as
unidades de armazenagem aparecer na tabela, os dados estão incompletos, logo a
completeza é baixa;
consistência: ocorre quando a representação do dado é a mesma em diferentes
fontes. Um exemplo de dados consistentes é o CEP (Código de Endereçamento
36
Postal) de uma correspondência referir-se ao CEP do local de destino da mesma
correspondência; e
grau de atualização: refere-se a quanto o dado reflete o seu valor atual na fonte de
onde é coletado em relação ao momento no qual deveria ter sido atualizado. Um
exemplo de dado desatualizado é um lote de produção de um produto continuar
aparecendo no sistema de estoque, mas que, na verdade, já foi expedido para o
cliente final.
O estudo da qualidade de dados aparece sob diversos nomes na literatura, tais como
Data Cleaning ou Data Cleansing (Limpeza de Dados) e Data Quality (Qualidade de Dados),
dentre outros. Apesar disso, todas as abordagens têm em comum o foco para a melhoria dos
dados, a qual envolve, por exemplo, atividades de remoção de dados que estejam errados ou
que sejam desnecessários, bem como a correção dos mesmos. Estas atividades contribuem
para a geração de informações coerentes com a realidade e confiáveis, tornando a tomada de
decisão mais qualificada.
Maletic e Marcus (2000) ressaltam que o Data Cleansing pressupõe a utilização de
recursos computacionais para a qualificação de dados, o que torna esta técnica uma solução de
alto custo, especialmente nos casos de tratamento de grandes volumes de dados. O Data
Cleansing pode ser aplicado dentro do escopo de projetos de Data Warehousing
(armazenagem de dados), de Data Mining (mineração de dados) e de gestão da qualidade de
dados, como o Total Data Quality Management (MALETIC e MARCUS, 2000).
Nos estudos desenvolvidos por Winkler (2003) e Karr, Sanil e Banks (2006), os
autores mencionam os efeitos causados por dados errados e algumas ações no sentido de
identificar e eliminar os erros. Dentre os problemas apontados pelos autores, destacam-se os
dados duplicados, os dados faltantes e as informações inconsistentes (aquelas que não
necessariamente estão erradas, mas que, quando comparadas com um dado complementar,
tornam-se potenciais erros).
Em bancos de dados de sistemas de informação, os testes de integridade referencial
auxiliam na detecção de erros nos dados armazenados. A integridade referencial garante que o
relacionamento dos dados das tabelas que fazem parte de um banco de dados seja respeitado.
Um exemplo disso é um banco de dados que possui uma tabela para o cadastro de clientes e
outra para os pedidos. Com a integridade referencial, não será permitida a inclusão de um
pedido no banco de dados se o cliente do mesmo não estiver previamente cadastrado.
37
Entretanto, de acordo com Maletic e Marcus (2000, p. 4), “enquanto que a análise de
integridade de dados pode desmascarar um número de possíveis erros em uma lista de dados,
o mesmo não ocorre para o direcionamento aos erros que são mais complexos”. Neste caso,
surge a necessidade de se realizarem análises profundas sobre os dados utilizados em um
sistema de informação.
2.2.3 A dimensão acuracidade no conceito de qualidade de dados
A dimensão acuracidade acaba confundindo-se com a qualidade de dados em função
de a mesma representar o nível de conformidade do mesmo em relação ao seu valor no mundo
real. Se um dado estiver correto, será confiável para a tomada de decisão, logo a qualidade do
mesmo, que poderia ser avaliada sob outras dimensões, acaba sendo avaliada conforme a
acuracidade do dado. Olson (2002) acrescenta ao conceito de acuracidade a forma e o
conteúdo de um dado
2
, além de apontar algumas das causas da inacuracidade de dados:
valores errados inseridos em um banco de dados ou em um relatório;
erros feitos por pessoas que não dão a devida atenção ao manuseio com os dados;
telas ou formulários confusos ou contraditórios;
procedimentos que permitem que os dados não sejam inseridos ou não sejam
cadastrados no prazo-limite;
procedimentos que promovam a inserção de dados errados; e
bancos de dados mal-estruturados.
2.3 Métodos para a qualificação de dados
Conforme tratado neste capítulo, na seção que versava sobre a evolução do estudo da
qualidade de dados, metodologias foram sendo desenvolvidas ao longo do tempo em função
2
A forma refere-se ao formato do dado (uma data em dd/mm/aaaa, por exemplo). Já o conteúdo representa o
dado em si (a data de 31/12/2009 seria um exemplo disso, respeitando um formato pré-estabelecido).
38
da necessidade de se tratar os dados com o devido foco. Conforme Wang, Storey e Firth
(1995, p. 637), “é necessário que se estude a ligação existente entre a fraca qualidade de dados
e os procedimentos utilizados para se detectar e eliminar problemas”. Este argumento reforça
a necessidade da existência de métodos que auxiliem na qualificação de dados como forma de
impedir que os mesmos prejudiquem as informações geradas para o processo de tomada de
decisão. No âmbito desta discussão, vale ressaltar que os métodos podem compreender tanto
procedimentos de identificação, análise e correção de dados como também procedimentos
para mensuração dos dados neste sentido, a proposição de indicadores contribui para a
qualificação de dados.
Nas três primeiras seções que seguem, apresentam-se estudos que possuem uma
relação direta com a temática da qualidade de dados, especialmente no que tange a métodos
que possam ser utilizados na busca pela melhoria de dados. Em função das diferentes
perspectivas de compreensão e de solução do tema, corroborando com Karr, Sanil e Banks
(2006), os estudos foram divididos em abordagens estatísticas, tecnológicas e de gestão da
qualidade de dados.
Considera-se uma abordagem como sendo estatística quando esta privilegia a
utilização de conhecimentos estatísticos para a validação, análise e controle de dados. A
abordagem tecnológica, por sua vez, congrega os métodos que fazem uso de recursos de
Tecnologia da Informação. Por fim, a perspectiva de gestão engloba atividades de cunho
estratégico para a melhoria de dados, além de premissas como as regras de negócio entre os
processos de geração e “consumo” dos dados. Na abordagem de gestão, desenvolvem-se
também indicadores e atividades de limpeza para a qualificação dos dados. É importante
ressaltar que esta divisão se constitui de uma forma de visualização do problema sob
diferentes vertentes de pesquisa. Além disso, os critérios utilizados para esta classificação
basearam-se nas características predominantes das referências pesquisadas. Portanto, admite-
se que um mesmo método pode se situar conceitualmente dentro de duas ou mais abordagens,
dependendo-se de qual característica se analisa.
Já na quarta e última seção, onde se discutem os métodos para a qualificação de dados,
a partir das pesquisas realizadas e da interpretação do autor deste trabalho, são feitas algumas
considerações onde se busca estabelecer uma síntese das referências e um paralelo entre as
abordagens propostas.
39
2.3.1 Abordagens estatísticas
Em um estudo desenvolvido por Maletic e Marcus (2000), dentre 4 métodos genéricos
de Data Cleansing, o método estatístico para a qualificação de dados identifica dados errados
ou faltantes através dos valores da média e do desvio padrão. Karr, Sanil e Banks (2006)
também mencionam em um artigo a aplicação de medidas de tendência central (média, moda
e mediana) ou de dispersão (desvio padrão, dentre outras).
Pinho (2001) e Pinheiro (2002) defendem o uso das técnicas de Controle Estatístico de
Processo (CEP) de forma associada a bancos de dados. No que diz respeito à qualidade de
dados, Pinheiro (2002, p. 1) sustenta que “a exploração estatística dos dados fornece um
substrato capaz de apontar possíveis erros”. O método é aplicado através do uso das chamadas
cartas de controle, dentre outras possibilidades, pelas quais se acompanha, por exemplo, o
comportamento dos dados perante o resultado de uma métrica e os níveis mínimo e máximo
aceitáveis da mesma.
2.3.2 Abordagens tecnológicas
Sheth, Wood e Kashyap (1994) propuseram em um estudo o desenvolvimento de um
protótipo de um sistema com o uso de uma linguagem de programação que contribuiria para a
validação e a limpeza dos dados. Já Maletic e Marcus (2000) sugerem dois métodos:
clustering, o qual auxilia na identificação de padrões de comportamento dos dados dentro de
grupos de dados; e pattern-based, que identifica os dados que estejam fora dos padrões
existentes em uma base de dados.
O desenvolvimento de scripts SQL (Structured Query Language ou Linguagem de
consulta estruturada) para a identificação de erros, a construção de interfaces de sistemas
adequadas para que os dados não sejam inseridos erroneamente e restrições que garantam a
integridade de um banco de dados são sugeridos por Karr, Sanil e Banks (2006). Dentro das
proposições, a última delas é também discutida por Winkler (2004), o qual propõe a
identificação de erros por meio do desenvolvimento de regras de negócio (ou restrições de
integridade). Olson (2002) também discute o emprego destas regras, sugerindo a aplicação de
40
validações para que se encontrem erros de dados. Um exemplo da aplicação desta técnica é a
verificação de situações nas quais a data de entrega solicitada por um cliente fosse inferior à
data da colocação (criação) de um pedido.
2.3.3 Abordagens gerenciais
Dentro do escopo da perspectiva de gestão da qualidade de dados, as questões centrais
de discussão são a medição da qualidade do dado (indicadores) e a utilização de
procedimentos de análise para a identificação de correção de erros de dados. Em outras
palavras, estas abordagens englobam a definição de estratégias ou de programas para a
qualidade dos mesmos.
As contribuições do processo de descobrimento de conhecimento em bancos de dados
(ou KDD, do inglês Knowledge Discovery in Database) são abordadas por Bortolazza (2006).
Dentro do escopo do processo de KDD, no qual se destaca o Data Mining (do inglês,
mineração de dados), a etapa de preparação de dados caracteriza-se por estruturar os dados
dentro de um formato pré-estabelecido (BORTOLAZZA, 2006).
Olson (2002) sugere a realização de comparações entre os dados armazenados no
banco de dados e a realidade. No caso de um sistema de seqüenciamento da produção, um
exemplo dessa proposta seria a comparação entre o plano sugerido pelo sistema para um
determinado período e a produção realizada ou projetada (planejada) no mesmo horizonte de
tempo.
O processo de identificação e correção de dados junto às “fontes poluidoras” é
discutido por Thomas Redman, o qual defende uma postura preventiva e integradora em
relação à qualidade de dados (REDMAN, 2004). O autor ressalta que problemas com a
qualidade de dados ocorrem em função de inexistirem integrações adequadas entre diversos
bancos de dados em determinadas situações (devido ao fato de cada usuário ser responsável
por um tipo de informação, o mesmo administra localmente os dados que utiliza). Esta
situação contribui também para a inexistência de um padrão de qualidade nos dados dos
sistemas, o que prejudica a análise de informações pelos usuários.
Redman (2008) também aborda a importância da adoção de indicadores que sinalizem
para a qualidade dos dados. O principal indicador deve relacionar o número de registros
41
errados em um banco de dados sobre o número total de registros. Entretanto, o indicador
proposto não contribui para uma análise sistêmica do problema, ou seja, não se avalia o
impacto da qualidade dos dados sobre as informações que são geradas a partir deles.
Segundo Redman (1996; 2008), os planos para a gestão sobre os dados deveriam
seguir os seguintes critérios:
as ações devem ser feitas sobre os dados mais importantes para uma empresa. São
considerados importantes os dados que sejam críticos para a estratégia de negócio
de uma organização;
os planos devem ser direcionados para que os desejos dos clientes da empresa
sejam atendidos, considerando-se tanto clientes internos quanto externos à
organização;
os ganhos ou melhorias advindos da gestão sobre os dados devem ser sustentáveis,
ou seja, deve ser feito um trabalho de prevenção para que os problemas não
reapareçam nas mesmas fontes que já sofreram intervenções; e
deve haver uma definição clara das responsabilidades na execução dos planos de
melhoria dos dados.
A utilização de um indicador de inacuracidade de dados é proposta por Bonjour,
Baptiste e Larchvèque (1997). Os autores entendem que se deve utilizar a medida do desvio
padrão das inacuracidades para que se verifiquem mais facilmente os problemas, pois a média
das inacuracidades pode “esconder” os defeitos. Este indicador relaciona a diferença entre o
valor real (correto) de um dado e o valor armazenado em uma base de dados em relação ao
dado armazenado.
O tratamento da qualidade de dados em ambientes de manufatura, especificamente
com relação à estrutura de materiais dos produtos (Bill of Materials), é explorado por
Clement, Coldrick e Sari (1992). A melhoria da acuracidade e da completeza dos dados
deveria ser realizada por meio de auditorias sobre a estrutura de materiais, no próprio
processo produtivo. Os autores sugerem 4 maneiras para se buscar a melhoria dos dados,
sendo que cada qual possui vantagens e desvantagens, fato que deve ser ponderado na escolha
das mesmas:
escolher os principais produtos que estejam sendo produzidos, por meio da
aplicação do Princípio de Pareto, segundo o qual 80% dos efeitos são causado por
42
20% das causas. Amostras de produtos deveriam ser selecionadas para que fossem
verificados quais materiais haviam sido utilizados na produção de cada item
escolhido. A análise deveria confrontar os materiais que deveriam estar sendo
utilizados no produto, a estrutura de material definida na ficha técnica do item e os
materiais que efetivamente estivessem sendo usados na manufatura do produto;
auditar as solicitações de materiais no chão-de-fábrica, confrontando-as com o
volume de produção e os itens programados;
desmontar um item recém-produzido, procurando identificar falta ou excesso de
materiais e de quantidades; e
permitir que funcionários considerados especialistas no chão-de-fábrica possam
auditar o processo em tempo real.
Como forma de priorizar as análises de dados, Bonjour, Baptiste e Larchvèque (1997)
relacionam a importância de se medir a qualidade dos recursos-gargalo, em detrimento
daqueles que não exercem influência sobre o desempenho de um sistema produtivo. Dentro
deste contexto, aborda-se a relação entre a granularidade dos dados e a tomada de decisão
sobre os mesmos.
A granularidade corresponde ao grau de detalhamento dos dados. Um exemplo disso é
o tratamento dado ao tempo total de processamento de uma máquina (o que poderia incluir
setup preparação e o processamento em si). Se o valor do tempo total puder ser
considerado em detrimento dos tempos parciais, sugere-se utilizar a primeira opção, pois
reduz a necessidade de manutenção dos dados (BONJOUR, BAPTISTE e LARCHEVÈQUE,
1997).
No que diz respeito ao trade-off entre a inacuracidade dos dados e o grau de
detalhamento desejado, Bonjour, Baptiste e Larchvèque (1997) defendem que dados
reconhecidamente inacurados e que, ao mesmo tempo, não exerçam impacto sobre a tomada
de decisão, sejam desconsiderados. No exemplo citado pelos autores, se o setup tiver mais de
10% de inacuracidade e corresponder a menos de 10% do tempo total de processamento de
uma máquina, o mesmo pode ser desconsiderado. Trata-se de um método para a priorização
das análises dos dados, na qual se reduz a necessidade de manutenção da base de dados a
partir de diversas fontes.
43
2.3.4 Abordagens mistas
A pesquisa na área da qualidade de dados motivou a criação, dentro do Massachusetts
Institute of Technology (MIT), do Total Data Quality Management (TDQM), um projeto que
partiu da necessidade da Indústria por altos índices de qualidade de dados (TDQM, 2008). O
programa foi desenvolvido com o intuito de construir fundamentos teóricos e métodos que
pudessem contribuir para a melhoria da qualidade de dados (TDQM, 2008). O escopo das
pesquisas do TDQM divide-se em três componentes, os quais são detalhados no Quadro 1.
Componente Características
Definição da qualidade
do dado
A pesquisa do tema ampara-se no estudo das dimensões do
conceito. Aspectos como a mensuração da qualidade dos dados
e o suporte de algoritmos para a identificação de erros são
estudados neste componente.
Análise do impacto da
qualidade de dados nas
organizações
As atividades envolvem a comparação entre a qualidade dos
dados e alguns parâmetros-chave identificados em uma
empresa, tais como a satisfação do consumidor.
Melhoria da qualidade
de dados
O terceiro componente compreende métodos para a melhoria
de dados, os quais se dividem em 4 categorias:
redesenho de processos: simplificação e racionalização de
processos para que se minimizem as oportunidades de
ocorrência de erros de dados;
motivação para a qualidade de dados: lida com recompensas
e benefícios aos colaboradores a fim de sensibilizá-los
quanto ao manuseio dos dados;
uso de novas tecnologias: técnicas automatizadas de captura
de dados e de comunicação entre sistemas;
tecnologias de interpretação de dados: auxiliam os
colaboradores na captura dos dados e implicam no
redesenho de processos.
QUADRO 1 Componentes da pesquisa da qualidade de dados (fonte: adaptado de TDQM, 2008).
No Quadro 1 é possível compreender a maneira como o TDQM lida com a questão da
qualidade de dados, pois os componentes propostos direcionam para uma visão sistemática do
problema. Um aspecto a ser destacado é que uma das dimensões tratadas pelo TDQM é a
44
acuracidade, elemento considerado neste trabalho como fundamental para o conceito de
qualidade de dados.
A metodologia do TDQM inspira-se no Ciclo de Deming da Gestão da Qualidade
Total. De forma similar ao PDCA, em vez das conhecidas etapas de Plan, Do, Check e Act
(planejar, executar, controlar e agir, respectivamente), o ciclo do TDQM contempla as
atividades de Definir, Medir, Analisar e Melhorar. A proposta do TDQM é apresentada na
Figura 5.
FIGURA 5 Ciclo do TDQM (fonte: adaptado de Wang, 1998).
A etapa “Definir” do ciclo do TDQM refere-se à identificação das dimensões da
qualidade de dados que serão consideradas em um projeto, bem como os requisitos de dados
para cada dimensão. Posteriormente, na fase “Medir” são desenvolvidas as métricas para a
avaliação da qualidade dos dados. A partir dos resultados dos indicadores, no componente
“Analisar” devem-se identificar as causas dos erros nos dados. Por fim, a etapa “Melhorar”
caracteriza-se pela correção dos dados errados, bem como pela melhoria de outros dados.
De forma similar ao TDQM, Larry English (1999) desenvolveu o Total Quality data
Management, ou TQdM, o qual foi inspirado nos princípios da Gestão da Qualidade Total. O
autor sustenta que o TQdM não é um programa, nem um processo de medição e limpeza de
dados trata-se de uma metodologia que integra crenças, princípios e métodos em torno da
melhoria de processos de negócio e de desenvolvimento de sistemas com foco para dados e
informações. Assim como Clement, Coldrick e Sari (1992), English defende a mudança nos
45
processos de uma organização quando identificados erros de dados que sejam provocados
pela falta de processos padronizados.
A metodologia desenvolvida por English divide-se em processos, os quais
contemplam a avaliação das especificações e arquitetura de dados; a medição da qualidade
das informações (utilizando cartas de controle para a identificação de dados fora do padrão
estabelecido); e a limpeza e melhoria dos dados. Na limpeza de dados, destaca-se a utilização
das validações, as quais avaliam o nível de conformidade dos dados em relação às regras de
negócio de uma organização.
A abordagem sobre a qualidade de dados proposta por David Loshin (2001) baseia-se
em uma série de iniciativas, não havendo uma que se sobressaia perante as outras. O autor
direciona sua abordagem para os seguintes itens:
arquitetura do banco de dados;
uso do Controle Estatístico de Processo (CEP) para identificação de dados que
estejam fora dos limites estabelecidos;
análise da causa-raiz dos erros de dados, a qual deve ser suportada pela utilização
do Princípio de Pareto;
definição de validações baseadas nas regras de negócio da organização;
uso de métricas para a avaliação da qualidade dos dados; e
data cleaning.
2.4 Considerações finais sobre o capítulo
A partir dos estudos analisados, verificou-se que alguns possuíam um viés tecnológico
associado para a adoção de soluções acerca do problema da qualidade de dados. Mesmo nos
artigos que sugerem o uso da estatística, há uma tendência para o tratamento do processo de
identificação e correção de dados em função do desenvolvimento de tecnologias de validação
dos mesmos. Em outras referências pesquisadas, ainda que algumas não ofereçam
contribuição direta para o presente estudo, verificou-se que as mesmas contribuem para a
discussão em torno do desenvolvimento de métodos para o processo de qualificação de dados.
46
No que diz respeito à qualificação de dados em ambientes de manufatura e,
especificamente no caso deste trabalho, em sistemas de seqüenciamento da produção,
verificou-se que poucos dos estudos encontrados exploram de forma direta o problema sobre
estas áreas ou sistemas. Salvas as pesquisas de Bonjour, Baptiste e Larchvèque (1997) e
Favaretto (2007), o restante não direcionou o tema para a área de manufatura de forma direta.
Apesar disso, no desenvolvimento do método proposto neste trabalho, os elementos
norteadores dos estudos analisados foram utilizados de forma complementar às observações
do estudo de caso.
3 MÉTODO
O método deste trabalho foi subdividido em duas seções: o método de pesquisa e o
método de trabalho. A primeira seção versa sobre a estratégia e as técnicas de pesquisa que
foram empregadas para o delineamento do estudo. Neste momento, contextualiza-se a
estruturação da pesquisa em torno de referências que tratam sobre a geração de teoria sobre
estudos de caso. Em um segundo momento, descreve-se no capítulo a unidade-caso e o
método de trabalho, o qual se encarregou de detalhar os passos objetivos realizados para se
atingirem os objetivos deste estudo com o apoio do método de pesquisa.
3.1 Método de pesquisa
A realização deste estudo foi motivada a partir da necessidade da melhoria da
acuracidade dos dados de um sistema de seqüenciamento da produção. Este problema foi
identificado durante a participação do autor deste trabalho, juntamente de outros profissionais,
em um projeto de implementação de uma ferramenta de programação da produção.
Inicialmente, para que fosse possível definir o método de pesquisa que seria utilizado no
trabalho, analisou-se o problema do ponto de vista dos níveis de classificação de uma
pesquisa, conforme Gil (2002):
abordagem do problema;
objetivos do estudo; e
procedimentos técnicos.
Dentro do escopo da abordagem do problema, Gil (2002) divide a pesquisa entre
quantitativa e qualitativa. A primeira considera que todas as características de um objeto de
estudo possam ser mensuradas, o que implica em utilizar técnicas estatísticas para a avaliação
(como média e desvio-padrão, por exemplo). Já a pesquisa qualitativa caracteriza-se por
admitir, diferentemente da quantitativa, que a subjetividade é inerente ao processo de análise
de um fenômeno. Durante o caso pesquisado, adotou-se predominantemente a abordagem
qualitativa, porém houve avaliações do ponto de vista quantitativo. A parte qualitativa esteve
48
relacionada, por exemplo, com a análise dos eventos que influenciaram no andamento do
projeto pesquisado (como a participação dos usuários do sistema). Já o lado quantitativo foi
desenvolvido por meio da análise dos indicadores utilizados no caso, bem como por meio da
criação de medições para os dados de entrada e os resultados da ferramenta de programação
de produção no método proposto.
Do ponto de vista dos objetivos do estudo, a pesquisa aproximou-se de um estudo
exploratório, o qual se caracteriza por possibilitar maior familiaridade do pesquisador junto ao
problema que se analisa. Neste trabalho, o fato de o autor ter participado da implementação do
sistema pesquisado, além de ter realizado entrevistas para a coleta de dados, corroborou para
que a pesquisa pudesse ser considerada de cunho exploratório.
Ao terceiro nível de classificação da pesquisa (procedimentos técnicos), agregaram as
contribuições de Yin (2005). Este autor sugere recorrer-se à análise de três condições:
a) o tipo de questão de pesquisa proposta;
b) a extensão de controle que o pesquisador tem sobre eventos comportamentais
atuais; e
c) o grau de enfoque em acontecimentos contemporâneos em oposição a
acontecimentos históricos.
De acordo com uma classificação derivada destas três condições e explorada por Yin
(Yin, 2005), o presente estudo aproxima-se, do ponto de vista da questão de pesquisa, a um
experimento, a uma pesquisa histórica e a um estudo de caso. Estes três procedimentos de
pesquisa possuem em comum o fato de questionarem “como” ou “por que” determinados
fenômenos se desenvolvem. Isso pode ser explicado pelo fato de a questão de pesquisa deste
trabalho estar atrelada à identificação da maneira pela qual se poderia estruturar um método
para a melhoria da acuracidade dos dados de um sistema. Avançando-se no conceito dos
procedimentos, os experimentos caracterizam-se pelo controle sobre os eventos (experiências)
realizados na pesquisa; ou seja, interage-se e altera-se o meio que se estuda, o que não é o
caso deste estudo. Já a pesquisa histórica focaliza fenômenos ocorridos no passado, tal como
o estudo de caso, porém não-contemporâneos, aspecto que vai de encontro ao propósito deste
trabalho.
Em função disso e da intenção de se estudar profundamente um problema em
particular, decidiu-se utilizar o método de pesquisa do estudo de caso. Ainda, cabe ressaltar
que a pesquisa baseou-se em um projeto ocorrido no passado, porém dentro de uma
49
problemática contemporânea e com acesso às fontes primárias de dados, ou seja, sobre o
objeto de estudo e as pessoas que nele trabalharam.
Além do estudo de caso, dos experimentos e da pesquisa histórica, outros métodos de
pesquisa foram avaliados para que se optasse por aquele que melhor se enquadrasse ao estudo.
Dentre os métodos analisados, não se optou pela Pesquisa-ação pelo fato de esta pressupor a
aplicação prática da pesquisa, onde a interação do pesquisador junto a uma equipe de trabalho
permitiria a realização de uma intervenção sobre o objeto de estudo. Já o método conhecido
por Design Research não foi escolhido porque pressupõe a criação de um artefato ao final do
estudo (novo método, produto ou serviço, dentre outras possibilidades) a partir de uma idéia
inicial de projeto. Como o presente estudo baseou-se em uma experiência do passado que não
foi desenvolvida com a finalidade de se realizar uma pesquisa a partir da concepção de um
artefato, o Design Research seria menos recomendado que o estudo de caso.
3.1.1 Desenvolvimento de teorias a partir de estudos de caso
O presente estudo, como já mencionado, buscou desenvolver um método para a
melhoria da acuracidade dos dados de entrada de um sistema de seqüenciamento da produção
a partir de um estudo empírico em uma empresa produtora de alimentos cárneos. A utilização
de estudos de caso para o desenvolvimento de teorias é discutida na literatura e, em função
dessa necessidade, foram utilizadas as contribuições dos estudos de Eisenhardt (1989), Dyer
Jr e Wilkins (1991) e Yin (2005).
Eisenhardt (1989) propõe um guia para o processo de construção de teoria por meio de
estudos de caso conforme abaixo:
Passo Atividade
Passos iniciais Definição da questão de pesquisa e dos constructos para que se
defina o foco do trabalho e se obtenha melhor conhecimento sobre as
métricas do constructo.
Seleção de casos Escolher casos relacionados ao tema da pesquisa do ponto de vista da
teoria a ser explorada, não de uma forma aleatória.
Coleta de dados A escolha de métodos múltiplos de coleta de dados fortalece os
conhecimentos básicos da teoria através da triangulação de
evidências. Neste sentido, a triangulação de pesquisadores contribui
para a existência de diferentes perspectivas de análise. Do ponto de
50
vista do tipo de dados a ser coletado, a combinação de dados
quantitativos e qualitativos promove uma visão sinérgica das
evidências do caso.
Pesquisa de campo O desenvolvimento simultâneo da coleta e da análise de dados
potencializa as análises e permite que se identifiquem oportunidades
de ajustes na etapa de coleta de dados. No caso de temas emergentes
e casos únicos, métodos mais flexíveis de pesquisa de campo
auxiliam o pesquisador em suas tarefas.
Análise de dados A análise de dados, quando realizada sob a ótica de um caso,
propicia familiaridade com os dados. Já a pesquisa através de dois
ou mais casos com a utilização de diversas técnicas de análise faz os
pesquisadores compreenderem o caso além das impressões iniciais e
observarem as evidências a partir de óticas múltiplas.
Definição de hipóteses O estabelecimento da relação das evidências de cada constructo
delineia a definição sobre o constructo, bem como a validade e a
possibilidade de mensurá-lo. Em pesquisas de casos múltiplos, a
replicação das hipóteses entre os casos explora o potencial da teoria
que se desenvolve.
Uso da literatura existente O estudo da literatura, tanto aquela que se aproxima ao tema da
pesquisa quanto aquela que possui pressupostos divergentes ou
opostos à primeira, auxilia na melhoria do nível teórico do estudo.
Isso contribui para a validação da pesquisa, dos constructos e do
escopo de generalização da teoria.
Consolidação final O estudo profundo dos casos aliado ao rigor metodológico em
função da teoria pesquisada deve chegar a um ponto em que as
melhorias marginais se tornam pequenas.
QUADRO 2 Processo de construção de teoria através de estudos de caso (fonte: adaptado de Eisenhardt,
1989).
A partir do exposto no Quadro 2 e das demais idéias de Eisenhardt em seu artigo
(Eisenhardt, 1989), pode-se verificar que a autora privilegia estudos de caso baseados em
dados qualitativos em detrimento de critérios estatísticos para a seleção dos casos
(amostragens). Estes, por sua vez, devem ser auxiliados pela coleta e análise de dados a partir
de múltiplas evidências e dos constructos estabelecidos na etapa de projeto. Como forma de
desenvolver uma teoria genérica, a literatura sobre o tema da pesquisa deve ser esgotada a
ponto de as diferentes óticas acerca do assunto serem analisadas.
As proposições de Eisenhardt são analisadas e também criticadas por Dyer Jr e
Wilkins (1991). Estes autores entendem que Eisenhardt, apesar de acertadamente testar
hipóteses baseada em ricos dados qualitativos, foca em demasiado suas proposições acerca do
desenvolvimento de constructos e a possibilidade de mensuração dos mesmos. Dyer Jr e
51
Wilkins (1991) entendem que Eisenhardt parece relegar a um segundo plano a exploração do
contexto e a riqueza do conhecimento existente em cada caso.
Dyer e Wilkins (1991) também criticam Eisenhardt quanto ao argumento da autora em
relação ao número de estudos de caso necessários para se gerar uma teoria complexa e com
bases empíricas convincentes. De acordo com a autora, “não existe um número ideal de casos
um número entre 4 a 10 casos normalmente funciona bem” (EISENHARDT, 1989, p. 545).
Examinando-se o artigo de Eisenhardt, verifica-se que a autora defende o perfil de
pesquisa profunda e focada do estudo de caso. Por outro lado, a menção ao uso de 4 a 10
casos para se formular teorias não necessariamente depende disso. No que diz respeito à
escolha de casos para se desenvolver uma teoria, Yin (2005) admite que se discute o potencial
da utilização do estudo de caso para se gerar teoria. O autor entende que isso advém de os
críticos compararem essa possibilidade às pesquisas realizadas com base em levantamentos
amostrais (Surveys, por exemplo), nos quais as conclusões constituem-se de generalizações
estatísticas sobre a população (ou universo) de dados. Contudo, conforme o autor, “os estudos
de caso (da mesma forma que os experimentos) baseiam-se em generalizações analíticas”
(YIN, 2005, p. 58). Nestas, o conhecimento gerado a partir das conclusões do estudo contribui
para uma dimensão teórica mais abrangente. Dyer Jr e Wilkins (1991) corroboram para este
argumento, sustentando que a geração de teoria está vinculada à capacidade de o pesquisador
compreender a dinâmica do caso escolhido de uma forma contextualizada e redigir suas
impressões de maneira inteligível para o leitor.
O método da construção de teoria a partir de estudos de caso é também analisado por
Sylvia Roesch (ROESCH, 2007). A autora entende que a combinação das evidências de um
caso possibilita a formulação de uma análise que seja desdobrada para bases teóricas mais
amplas em relação à realidade pesquisada.
Diante das contribuições expostas, parte delas foi utilizada durante o processo de
desenvolvimento do método para a melhoria da acuracidade dos dados proposto neste estudo,
conforme será detalhado nos próximos parágrafos. Inicialmente, a seleção de uma experiência
em torno da implementação de um sistema de seqüenciamento da produção e das ações de
melhoria da qualidade dos dados do mesmo marcou a definição do caso que seria pesquisado.
Do ponto de vista da teoria, a análise de uma experiência passada sobre a qualidade de dados
poderia contribuir para o referencial sobre este tema, tendo em vista que não se identificaram
na referência pesquisada situações que envolvessem a função de programação da produção. A
partir disso, a consolidação da questão de pesquisa estabeleceu o desafio da estruturação de
52
um método, o qual foi suportado pelo estabelecimento de um objetivo geral e de três objetivos
específicos que direcionaram o foco do estudo.
A pesquisa realizada neste estudo contemplou a análise pormenorizada da
implementação de um sistema de seqüenciamento da produção na Empresa Alfa, como
também as contribuições de especialistas na temática do estudo. Este aspecto reforça a
questão da triangulação de evidências, a qual reflete na familiaridade com os dados coletados.
A utilização de informações existentes na organização pesquisada, das impressões do autor
deste trabalho e das avaliações feitas por especialistas puderam ser confrontadas, de maneira
que se extrapolassem os limites entre as três fontes. O uso de técnicas flexíveis de coleta de
dados, como a observação participante, permitiu que a pesquisa de campo fosse moldada
conforme o estudo avançava. O descarte de determinados dados, bem como a captura de
outros que se fizeram necessários, ocorreu durante este processo.
A seleção de um caso único, objeto deste estudo, utilizou como critério a situação
oportunizada pelo projeto de implementação de um sistema. As características do mesmo o
tornaram singular, tendo em vista que não se identificaram nas referências pesquisadas
estudos empíricos profundos sobre a qualidade de dados no processo de programação da
produção, conforme mencionado neste capítulo. Este aspecto possibilitou adotar-se para o
desenvolvimento do método proposto uma abordagem direcionada à acuracidade de dados no
sistema pesquisado.
Durante a realização do estudo de caso, ao mesmo tempo em que se relatava a
experiência, procurou-se analisar as situações vislumbradas, tais como: o impacto da
intensificação dos esforços de qualificação dos dados junto aos usuários-chave da ferramenta;
e o comportamento dos indicadores criados para a mensuração dos resultados do sistema. A
realização dessas análises concomitantemente com o relato da experiência passada
possibilitou que a familiaridade com o caso se tornasse maior, dado que se passou a
compreender problemas não explorados durante a implementação do sistema.
O uso da literatura fez parte do processo de consolidação do método proposto ao final
do estudo, tendo em vista que se agregaram elementos previamente testados e analisados. Este
fator, aliado às contribuições dos experts na temática do estudo, contribuiu para aprofundar o
rigor metodológico da proposta.
53
3.2 Método de trabalho
Nesta seção, aborda-se o papel da unidade-caso escolhida para a pesquisa, bem como
se explora o conteúdo de cada uma das etapas do método de trabalho. Com relação a estas
fases, o detalhamento das mesmas possibilita a compreensão da seqüência das atividades
realizadas no âmbito da pesquisa.
Conforme já mencionado no trabalho, a pesquisa foi desenvolvida em uma empresa da
área de alimentos cárneos. Esta firma abate e processa carnes de frango, peru e suíno,
exportando em torno de 80% da sua produção. A estrutura da organização é verticalizada e
contempla granjas, incubatórios, milhares de produtores integrados, fábricas de ração,
abatedouros e filiais de venda no Brasil. A empresa trabalha com linhas de produtos
temperados e in natura fabricados a partir do corte de aves e de suínos, além de produtos
industrializados (empanados e embutidos) feitos a base das carnes dos referidos animais.
A unidade-caso selecionada para o estudo foi a programação da produção. Para se
contextualizar o papel desta função na indústria cárnea, sugere-se visualizar a Figura 6, a qual
retrata a cadeia resumida de frangos e de perus. Nesta representação, não constam os suínos,
porém a cadeia do mesmo é similar a das aves (exceto pelos incubatórios), além do fato de a
programação de produção inserir-se no mesmo elo: os abatedouros e as fábricas de produtos
elaborados.
FIGURA 6 Estrutura da cadeia de frangos e perus.
54
A cadeia avícola tem início com as chamadas avós, aves que passam previamente por
cruzamentos para a melhoria genética das mesmas. As avós geram as matrizes reprodutoras,
cuja função é gerar ovos que serão posteriormente incubados e de onde nascerão pintos ou
peruzinhos para corte, como são chamadas as aves utilizadas para o abate. Depois de
nascerem, os animais são levados para as granjas de produtores integrados, a partir dos quais
as aves são transportadas para o abatedouro. Das granjas de avós até os integrados, passando
pelos aviários das matrizes reprodutoras, é de fundamental importância o papel das fábricas
de ração, as quais produzem o alimento dos animais. Durante o abate das aves no frigorífico,
são gerados produtos para venda e matérias-primas para a utilização na produção de
elaborados.
No fluxo resumido da cadeia de frangos e perus apresentado na Figura 6, a
programação de produção insere-se a partir do momento em que se estima o número
necessário das aves para o abate. Para que este processo tenha início, contudo, é necessário
levantar, junto à área Comercial, os pedidos existentes, os quais deverão ser entregues aos
clientes. A partir disso, são calculadas as necessidades de produção e de abates. No momento
em que estes dados são conhecidos, parte-se para o desdobramento do plano global de
produção para as fábricas, o que depende de fatores como a capacidade instalada, a
disponibilidade de matéria-prima e a existência de embalagens e condimentos em estoque,
dentre outros. Além da verificação dos estoques, caso for necessário deverá iniciar-se um
processo de compra dos insumos faltantes, o que impactará em áreas como a de suprimentos.
Este detalhamento permite inferir sobre a influência das definições da programação da
produção sobre outras áreas de uma empresa. A partir das necessidades do mercado
consumidor, desdobram-se ações no sentido da operacionalização das demandas, o que reflete
nas atividades das demais áreas de uma organização.
A partir da seleção e detalhamento da unidade-caso, o desenvolvimento da pesquisa
foi estruturado por 7 passos objetivos, os quais constituíram o método de trabalho. Na Figura
7, apresentam-se as etapas e a ordem com que as mesmas foram executadas no estudo.
55
FIGURA 7 Método de trabalho
Inicialmente, definiu-se neste trabalho a questão de pesquisa do mesmo, a qual foi
antecedida pela contextualização do problema da acuracidade de dados em um sistema de
seqüenciamento da produção. A questão de pesquisa direcionou para o foco do estudo, o qual
se relaciona com a aplicação de um método.
O segundo passo do método de trabalho caracterizou-se pelo resgate das referências
pesquisadas sobre programação da produção, conceitos sobre dados e informações, e métodos
para a qualificação de dados. Nesta etapa, dentre todas as fontes pesquisadas, procurou-se
selecionar e discutir aquelas que oferecessem contribuição para o desenvolvimento da
pesquisa. Dentre os temas selecionados para a elaboração do método ao final deste trabalho,
buscaram-se questões relacionadas à Engenharia de Produção e à Gestão de dados e de
informações. No primeiro, destacam-se os conceitos inerentes aos processos produtivos, os
quais são fundamentais para a programação de produção, tais como os gargalos e os CCRs, os
roteiros, os tempos de processo e as estruturas de produto, dentre outros. Já com relação à
gestão de dados e de informações, verificou-se a importância da adoção de métodos para a
qualificação de dados, os quais contemplam medições e técnicas de identificação e de
correção de erros, dentre outros aspectos.
Após a revisão bibliográfica, a aplicação do estudo de caso concentrou-se na busca de
informações sobre o projeto de implementação do sistema de programação da produção, bem
56
como pelo posterior relato das atividades realizadas. Os dados coletados para a pesquisa
foram obtidos sobre as fontes primárias, pois o autor deste estudo participou da equipe de
implementação da ferramenta de seqüenciamento da produção estudada.
A coleta de dados foi auxiliada por uma pesquisa qualitativa em torno das atividades
de qualificação de dados realizadas na empresa pesquisada. Dentro dessa análise, foi
evidenciada a utilização de indicadores para a mensuração dos resultados do sistema, os quais
foram influenciados pela acuracidade dos dados. Com isso, conferiu-se à pesquisa um teor
quantitativo devido à medição das informações.
A partir das fontes de evidência sugeridas por Yin (2005) e das intenções do
pesquisador em torno do estudo, definiram-se as seguintes fontes para a coleta dos dados:
observação participante, documentos e diários. O primeiro dos instrumentos de coleta foi
viabilizado com o acompanhamento presencial do autor da pesquisa junto aos membros da
equipe de projeto do sistema de programação da produção. O caráter das observações foi
aberto, pois o pesquisador possuía permissão para a realização da pesquisa no ambiente da
Empresa Alfa, além do fato de a mesma ter sido do conhecimento dos colaboradores. Dentre
os membros da equipe de projeto, pelo lado da Empresa Alfa havia gestores, profissionais das
áreas industrial, comercial e de Tecnologia da Informação, além dos usuários-chave da
ferramenta de seqüenciamento da produção. Na equipe de projeto, contou-se também com
consultores de negócio e analistas de sistemas da empresa que desenvolveu o sistema de
programação da produção.
A segunda fonte de evidência utilizada (documentos) necessitou ser empregada para
que fossem resgatadas informações que estavam armazenadas em meios impressos ou
eletrônicos. São exemplos desta fonte as mensagens eletrônicas (emails), as atas de reuniões,
os relatórios da empresa que desenvolveu o sistema, os manuais da ferramenta (interface e
operacionalização) e os manuais dos procedimentos de identificação e solução de problemas
de dados elaborado pela equipe de projeto.
Outro instrumento de coleta de dados utilizado durante a aplicação do estudo de caso
foi o resgate de diários do projeto. Com eles, foi possível analisar o histórico da
implementação do sistema, o que possibilitou identificar, por exemplo, os eventos que
influenciaram no comportamento dos indicadores criados para as informações geradas pela
ferramenta.
57
De posse dos dados coletados, o relato do caso contemplou os seguintes passos, na
ordem em que aparecem:
a contextualização dos sistemas produtivos da Empresa Alfa, do processo de
decisão pelo investimento em um sistema de seqüenciamento da produção e das
etapas da implementação da ferramenta;
as características da ferramenta pesquisada;
a estruturação dos dados de entrada do sistema no mesmo, bem como conceitos
específicos utilizados na ferramenta para designar determinados dados ou estruturas
de dados; e
os procedimentos adotados para a identificação e correção de erros de dados
durante a etapa de testes do sistema.
O quarto passo do método de trabalho caracterizou-se pela análise do método
empregado no caso para a melhoria da acuracidade dos dados inseridos no sistema de
seqüenciamento da produção. A análise de evidências foi amparada pelos dados coletados na
pesquisa e pelas percepções do autor sobre a realidade da Empresa Alfa. Esta atividade
sucedeu o relato dos procedimentos utilizados no método e responsabilizou-se por uma
análise crítica que possibilitou identificar pontos de alavancagem para a qualificação dos
dados.
As ponderações feitas durante o trabalho foram categorizadas em tabelas, quadros ou
gráficos para que os atributos dos dados fossem melhor compreendidos.
Com base na experiência adquirida durante o caso e no referencial pesquisado sobre
qualidade de dados e de informações, elaborou-se na quinta etapa uma versão inicial do
método tentativo. Nela, contemplou-se a definição dos pressupostos e das estratégias de
desenvolvimento do método; o detalhamento dos processos e subprocessos do mesmo; e o
estabelecimento dos Fatores Críticos de Sucesso para a aplicação do método.
Neste estágio, a proposta não possuía validade, pois não havia sido submetida a
qualquer tipo de teste ou avaliação. Tratava-se, tão somente, de uma iniciativa que buscava
propor uma abordagem estruturada para a melhoria da acuracidade dos dados em um sistema
de programação da produção. Para que esta proposição inicial fosse validada, submeteu-se a
mesma, na sexta etapa do método de trabalho, à avaliação de especialistas na temática da
pesquisa. Desse modo, sugestões de melhorias foram agregadas à proposta, o que contribuiu
58
para a validação da mesma. É importante ressaltar que as contribuições dos especialistas não
foram consideradas como parte da etapa de coleta de dados da pesquisa, tendo em vista que a
validação do método corresponde à análise do estudo de caso.
Consideraram-se como experts pessoas que possuíssem reconhecido conhecimento
prático ou titulação acadêmica nas áreas de PCP (especialmente da indústria cárnea), de
qualidade de dados e de informações, e de processos de negócios. A seguir, apresentam-se
breves currículos dos 6 especialistas que participaram da validação do método proposto:
Expert 1: Bacharel em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi e Pós-
graduado em Governança de TI pelo Instituto Mauá de Tecnologia. Experiência
como consultor e em cargos de gerência e diretoria em empresas de TI. Atualmente
é Diretor de Produtos de Qualidade de Dados de uma empresa brasileira que
desenvolve sistemas para este fim;
Expert 2: Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de Caxias do
Sul e experiência de 9 anos nas áreas de PCP de duas empresas do ramo cárneo,
tendo ocupado o cargo de gerência corporativa em ambas. Coordenou a
implementação de um sistema de planejamento agregado e otimizado de produção e
vendas e de uma ferramenta de programação da produção, ambos para a indústria
cárnea;
Expert 3: Bacharel em Engenharia de Produção pela Universidade do Vale do Rio
dos Sinos (UNISINOS) e mestrando do Programa de Pós-graduação em Engenharia
de Produção e Sistemas, na mesma instituição. Atua desde o ano de 2003 na área de
programação de produção e vendas da área de carnes, tendo trabalhado em três
empresas do ramo no Brasil. Durante este período, participou da implementação de
um sistema de planejamento agregado e otimizado de produção e vendas e
atualmente coordena a equipe de gestão de demanda de uma empresa brasileira da
área de alimentos cárneos. Nesta função, utiliza um sistema de planejamento de
produção e vendas;
Expert 4: Bacharel em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Mestre em Engenharia de Produção e
Sistemas pela mesma instituição. Professor dos cursos de Administração de
Empresas, Ciências Contábeis, Gestão da Produção e Pós-graduão na Feevale.
Professor do curso de graduação tecnológica em Logística na Unisinos. Experiência
59
empresarial e de consultoria em Gestão de Sistemas Produtivos e da Qualidade,
implantação de Sistemas de Planejamento e Programação da Produção e em
projetos de Modelagem, Otimização e Pensamento Sistêmico em empresas dos
ramos avícola, metal-mecânico, petrolífero e automotivo;
Expert 5: Bacharel em Engenharia Mecânica-Aeronáutica pelo ITA e Mestre em
Engenharia Elétrica pela UNICAMP. Tem 15 anos de experiência no
desenvolvimento de sistemas de apoio à decisão para a otimização de processos
decisórios de Cadeias de Fornecimento (Supply Chain Management). É sócio-
quotista de uma empresa de referência no Brasil no desenvolvimento e implantação
de sistemas de programação da produção para a indústria cárnea; e
Expert 6: Bacharel em Administração de Empresas pela Instituição Educacional
São Judas Tadeu e Mestre em Administração pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS). Atualmente cursa o Doutorado em Engenharia de Produção
pela COPPE/UFRJ. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em
Administração da Produção, atuando principalmente nos seguintes temas:
Engenharia de Processos de Negócios, Teoria das Restrições, Custos, Estratégia.
Possui publicações em periódicos e congressos científicos além de capítulos de
livro.
Depois de selecionados os especialistas, foram agendadas reuniões de validação do
método proposto com cada um. Antes da realização dos encontros, porém, enviou-se para os
experts os pressupostos, as estratégias, os Fatores Críticos de Sucesso e os fluxogramas das
etapas do método. Desta forma, adiantou-se o assunto das reuniões, possibilitando aos
profissionais a análise da proposta e a elaboração de uma lista prévia de dúvidas, críticas e
sugestões. Por conta disso, a coleta dos dados durante os encontros deu-se por meio da
realização de entrevistas focadas e semi-estruturadas. Isso significa que os encontros
caracterizaram-se pela espontaneidade e informalidade, por terem sido objetivos quanto ao
período de tempo dispensado e pelo caráter aberto dos tópicos colocados. Durante as reuniões,
trataram-se 4 temas:
a abordagem do método: solicitou-se para que os experts avaliassem a proposta sob
um ponto de vista macro (viabilidade e importância da mesma), bem como os
fatores que o método deveria levar em consideração;
60
a forma pela qual o método foi estruturado (processos e subprocessos), bem como o
formato dos fluxogramas;
a consistência do método quanto aos testes sugeridos, índices de controle,
indicadores, validações e processos de análise; e
os dados considerados: solicitou-se para que os especialistas comentassem sobre os
dados necessários para a programação da produção para a indústria cárnea, e se
estavam contemplados no método.
Por fim, a sétima etapa do método de trabalho contemplou o refinamento do método
proposto a partir das contribuições dos experts, gerando-se o documento final da proposta.
4 ESTUDO DE CASO
Neste capítulo, explora-se o desenvolvimento e análise do estudo de caso sobre a etapa
de projeto da implementação de um sistema de seqüenciamento da produção na Empresa
Alfa. A estruturação do capítulo permite que seja compreendido o contexto no qual se
desenvolveu o projeto do sistema, passando pelas especificações e atributos do mesmo, além
da estruturação dos dados coletados na ferramenta. Ainda, direcionam-se neste capítulo o
relato e as análises dos procedimentos utilizados para o problema da acuracidade dos dados
no sistema.
Inicialmente, abordam-se neste capítulo as características da Empresa Alfa,
principalmente no que tange aos sistemas produtivos e à estrutura de produto característicos
de indústrias de alimentos cárneos. Na seção 2, resgata-se o fator que levou a Empresa Alfa a
investir em um sistema de seqüenciamento da produção, como também se relata o histórico do
caso, o qual contempla as atividades de cada etapa do projeto para a implementação do
sistema.
Na terceira seção do capítulo, são abordadas as características do sistema, as quais
foram implementadas considerando-se os requisitos mínimos de um sistema de
seqüenciamento da produção e as características do negócio da Empresa Alfa. Já a quarta
seção traz conceitos utilizados no sistema relacionados à estrutura de dados, bem como os
fluxos e o relacionamento de dados.
A quinta e a sexta seções do capítulo dedicam-se, respectivamente, ao detalhamento
do método empregado para a acuracidade dos dados no sistema e à análise das atividades
desenvolvidas em torno da falta de qualidade dos dados no caso pesquisado. Por fim, a sétima
seção resgata de forma sucinta os assuntos abordados no capítulo.
4.1 Sistemas produtivos da Empresa Alfa
A empresa pesquisada possuía dois tipos de sistemas produtivos nas suas fábricas: um
era caracterizado pela divergência dos processos produtivos (plantas do tipo “V”), enquanto
62
que o outro pela convergência das operações de manufatura (plantas do tipo “A”)
3
, conforme
mencionado no capítulo 1. A estrutura de produto dos sistemas divergentes de fabricação em
um abatedouro é simbolicamente apresentada na Figura 8. Um frango, ao ser abatido, gera
compulsoriamente uma série de itens em função da “desmontagem” da ave são retirados da
ave as penas, o sangue e as vísceras (os quais são enviados para a fábrica de subprodutos, que
produz óleo e farinha animais); a cabeça (também enviada para subprodutos); os pés (que
podem ir para subprodutos ou serem vendidos); e a carcaça com miúdos, também chamada de
broiler (carcaça com fígado, moela e coração).
Uma observação pertinente em relação à estrutura representada na Figura 8 diz
respeito aos itens compulsórios e alternativos das partes do frango: há produtos que sempre
serão produzidos a partir desta ave (como os pés, por exemplo), logo existe um percentual do
peso do frango (chamado de rendimento) que será destinado para a produção de um corte. Por
outro lado, de uma carcaça com miúdos é possível vendê-la como broiler ou então retirar os
miúdos para que sejam vendidos separadamente os seguintes itens: carcaça sem miúdos
(também chamada de griller), fígado, coração e moela. Esta situação apresenta o conceito de
cortes alternativos em outras palavras, existe uma decisão a ser feita (e não uma
compulsoriedade) entre produzir um ou outro (ou um pouco de cada). Logo, o conceito de
rendimento não é aplicado nos produtos alternativos.
O suíno e o peru possuem uma estrutura de desmembramento praticamente igual à do
frango, à exceção dos tipos de cortes, miúdos e rendimentos. Porém, em sua essência, a
estrutura é a mesma. De uma ave ou suíno vivo, retiram-se as partes do mesmo a cada estágio
do processo de maneira que sejam obtidos os cortes desejados.
Já os produtos cárneos elaborados (Figura 9) são “montados” com base em uma
formulação definida pela área de P&D, a qual estabelece as quantidades e os percentuais de
cada componente da fórmula em relação a uma batelada
4
padrão do produto final. O conceito
de itens compulsórios e alternativos é também aplicado nos produtos elaborados. Para se
produzir um formulado cárneo, é necessário que se utilizem compulsoriamente carnes e
condimentos, ou seja, não se pode fazer um produto que contenha um ou outro item.
3
O primeiro sistema (divergente) é encontrado nos frigoríficos (também chamados de abatedouros), no qual as
aves ou suínos vivos são “desmontados” do início para o final do processo. Ou seja, os animais são
transformados em um montante de produtos acabados (prontos para serem comercializados) ou então destinados
para o consumo interno nas fábricas de industrializados. Estas plantas, por sua vez, são enquadradas nos sistemas
produtivos de montagem (processos convergentes), pois as matérias-primas (carnes) e os condimentos
convergem para um único ponto em outras palavras, ambos os grupos de componentes são utilizados para a
fabricação do produto final (também conhecido como elaborado ou formulado).
63
FIGURA 8 Exemplo de estrutura de produto de um frango.
A Figura 9 apresenta um exemplo de uma lingüiça. Na estrutura do produto, é possível
verificar que a matéria-prima “Recorte de coxa de frango”, apesar de ser compulsória, possui
dois produtos alternativos ou seja, são oferecidas opções para que a condição de se utilizar a
referida MP seja atendida.
A contextualização dos sistemas produtivos da Empresa Alfa nesta seção permitiu que
se explorasse a dinâmica envolvida na programação da produção de cortes e de formulados. A
complexidade resultante das atividades do PCP desta organização, bem como a necessidade
4
Quantidade de um ou mais insumos utilizada em um ciclo de processamento.
64
de melhoria do seqüenciamento da produção, corroborou para que empresa investisse na
compra de um sistema. A elaboração manual dos planos de produção estava suscetível a
critérios empíricos e localizados, sem uma visão global das inter-relações (e respectivos
impactos) das decisões sobre os planos de produção.
FIGURA 9 Exemplo de estrutura de produto de um formulado.
4.2 A implementação do sistema de programação da produção
A Empresa Alfa desenvolveu um projeto de redesenho de processos no qual se
identificaram alguns processos críticos para a organização, dentre os quais o de atendimento
de pedidos. Os objetivos de desempenho para este macro-processo foram assim definidos:
voltar a empresa para o mercado (produção puxada); melhorar a capacidade de entrega dos
pedidos aos clientes conforme o acordado; e reduzir o “custo de atendimento” dos pedidos.
Diante desses objetivos, a Empresa Alfa decidiu investir em um sistema de
seqüenciamento da produção, onde o mesmo deveria auxiliar a organização a atender os
pedidos no prazo acordado com os clientes. Para tanto, o sistema sincronizaria a produção da
empresa, alocando os volumes para cada uma das fábricas, considerando restrições produtivas
e de suprimentos, por exemplo. Esta sincronização possibilitaria à empresa obter uma visão
futura da alocação de pedidos como forma de se antever possíveis atrasos na entrega. A partir
65
da definição desses requisitos, uma empresa de consultoria foi contratada para que fosse feito
o desenvolvimento do sistema de seqüenciamento da produção para a Empresa Alfa.
A implementação do sistema de seqüenciamento da produção contemplou uma série
de etapas, cujas atividades foram coordenadas por uma equipe de projeto composta por dois
grupos: o dos profissionais da Empresa Alfa e o dos consultores da empresa responsável pelo
desenvolvimento do sistema. Até o momento em que os usuários do sistema foram
incorporados ao projeto (treinamento), o primeiro grupo era composto por 9 pessoas, dentre as
quais havia o gerente e o champion do projeto, analistas de negócio da área de Tecnologia da
Informação e analistas de processo industrial. Com o início dos treinamentos dos usuários e
dos testes destes colaboradores no sistema, a equipe passou a ser composta por 25 pessoas. Já
o segundo grupo (empresa de consultoria) possuía 9 pessoas, dentre as quais havia o quality
assurance, o gerente de projeto, consultores de negócio e analistas de sistema. Ambas as
equipes reuniam-se presencialmente ao menos uma vez por semana, além de manterem
contato telefônico e por e-mail diariamente.
A fim de se compreender o escopo do projeto, são detalhadas nesta seção as etapas do
projeto. Antes, apresenta-se o cronograma do projeto em um Gráfico de Gantt (Figura 10).
Meses
Etapas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Mapeamento
Especificação conceitual
Redesenho de processos
Requisitos de dados
Coleta de dados e desenvolvimento
da ferramenta
Disponibilização para uso e testes
Treinamento de usuários
Testes dos usuários
Homologação
FIGURA 10 Gráfico de Gantt do projeto de implementação do sistema de seqüenciamento da produção
66
4.2.1 Mapeamento dos processos de atendimento de pedido
A primeira etapa do projeto teve como objetivos o estudo e a formalização dos
processos de alocação de pedidos e previsões de demanda e de programação e controle da
produção empregados pela Empresa Alfa, colhidos a partir das percepções dos profissionais
da organização. Dessa forma, foi possível identificar as interações desses processos por meio
das seguintes áreas da empresa: Comercial, P&D, Logística, PCP corporativo (situado na
matriz da empresa), PCPs das fábricas, Fomento e Suprimentos.
4.2.2 Especificação conceitual
A etapa de especificação conceitual caracterizou-se pela definição e detalhamento do
escopo e das atribuições do sistema de seqüenciamento da produção a partir das informações
obtidas por meio do mapeamento de processos de programação e controle da produção
realizado na primeira etapa do projeto. Em outras palavras, buscou-se identificar as
expectativas em relação à ferramenta pela Empresa Alfa, definindo aquilo que o sistema
deveria e aquilo que o mesmo não precisaria contemplar, como também avaliar riscos e
benefícios da utilização do sistema.
A partir das discussões em torno dos objetivos da etapa de especificação conceitual,
foram feitas definições a respeito dos requisitos do sistema: conceitos gerais e pressupostos
(função e delimitações do escopo do sistema); indicadores de priorização (lógica adotada pelo
sistema para seqüenciar os pedidos); horizonte e grão de seqüenciamento (período de
programação e nível de detalhamento da programação, respectivamente), dados necessários
(estruturas de produto, calendários, roteiros de produção, transportes e suprimentos, dentre
outros); relatórios; interação com o usuário (definição dos principais “grupos” de usuários e
suas responsabilidades).
67
4.2.3 Redesenho de processos
A etapa de redesenho de processos foi realizada para que as rotinas de programação de
produção identificadas na primeira etapa do projeto (mapeamento dos processos de
programação realizados pela Empresa Alfa) fossem analisadas do ponto de vista da
operacionalização do sistema de seqüenciamento da produção. Dessa forma, foram definidos
os processos globais, a integração entre os mesmos, as atividades necessárias durante o uso da
ferramenta e os responsáveis pela manutenção dos dados em cada atividade.
4.2.4 Levantamento de requisitos de dados
A quarta etapa do projeto do sistema de seqüenciamento da produção caracterizou-se
pelo detalhamento dos dados que seriam necessários para o pleno funcionamento da
ferramenta, bem como pela análise dos fluxos de dados entre sistemas da Empresa Alfa e o
sistema de PCP. Os dados poderiam ser ora importados para a ferramenta ora inseridos
manualmente na interface do sistema. Na primeira situação, a importação seria feita por meio
de templates
5
(sendo o processo iniciado por intervenção humana) ou a partir da integração
com outros sistemas da Empresa Alfa.
4.2.5 Coleta de dados e desenvolvimento da ferramenta
As etapas de coleta de dados e de desenvolvimento da ferramenta ocorreram
simultaneamente. Enquanto que uma equipe da Empresa Alfa dedicou-se à coleta dos dados
necessários para o sistema (dados industriais e transportes, dentre outros), a empresa de
consultoria desenvolveu o algoritmo de seqüenciamento e a interface da ferramenta.
O processo de captura dos dados no ambiente da Empresa Alfa também contemplou o
preenchimento de templates de parte dos dados coletados (em planilhas eletrônicas) e a
avaliação dos sistemas corporativos da organização para obtenção da outra parte dos dados.
5
Templates são modelos de documento (arquivo) nos quais se preenchem dados.
68
Esta avaliação foi feita para que fosse possível exportar os dados automática e regularmente
para o sistema de programação da produção.
4.2.6 Disponibilização para uso e testes
Ao final da quinta etapa do projeto, disponibilizou-se para a equipe de projeto da
Empresa Alfa a primeira versão do sistema de seqüenciamento da produção. Inicialmente,
houve uma maior atuação da área de TI para a instalação da ferramenta e teste da estrutura de
hardware (servidor, rede, memória RAM dos computadores, dentre outros). Finalizadas as
verificações, iniciou-se a carga de dados (população) no banco de dados do sistema, a qual foi
feita mediante a utilização de templates e por meio da integração com outros sistemas da
Empresa Alfa (a qual foi suportada por um processo automático).
Após a população dos dados no sistema de seqüenciamento da produção, os membros
da equipe de projeto iniciaram um período de testes da ferramenta. Neste período, realizaram-
se atividades de limpeza e de correção de dados no sistema, cujos problemas foram
diagnosticados por meio de duas situações: as validações de dados do sistema e a comparação
dos programas de produção gerados pelo sistema com a realidade da empresa. Ainda, houve
situações nas quais foi necessário solicitar melhorias do algoritmo do sistema.
Esta etapa e as duas precedentes (requisitos e coleta de dados) representam o
verdadeiro foco deste estudo, tendo em vista a especificação, o manuseio e a correção dos
dados necessários para o sistema de programação da produção. Conforme será detalhado no
relato do estudo de caso, a acuracidade dos dados exerceu um impacto na qualidade das
informações geradas pelo sistema pesquisado. A partir disso, tornou-se necessário
desenvolver ações no sentido de identificar e corrigir os erros de dados.
4.2.7 Treinamento de usuários
O projeto de implantação do sistema de seqüenciamento da produção passou por um
momento no qual a equipe de projeto não conseguia avançar satisfatoriamente na qualificação
de dados e na análise das informações geradas pelo sistema. O grupo de profissionais não
69
possuía sensibilidade nas avaliações nem certeza da acurácia dos dados, apesar de os mesmos
terem sido coletados junto aos mantenedores (fornecedores) dos dados.
A partir desta constatação, decidiu-se envolver os futuros usuários do sistema no
projeto, principalmente aqueles que seriam os principais usuários da ferramenta: os
profissionais das áreas de PCP corporativo e do PCP das fábricas. Esse processo por realizado
por meio de treinamentos nos quais se procurou qualificar mais pessoas para trabalharem nos
testes da ferramenta para que ela fosse validada e posteriormente implantada.
4.2.8 Testes dos usuários
O período de testes (ou validações) dos PCPs concentrou-se na qualificação dos dados
no sistema de seqüenciamento da produção. Esta etapa foi similar na sua essência com a sexta
etapa do projeto (testes na equipe de projeto), porém com a diferença que as correções,
limpezas e análises de dados foram mais intensivas e profundas por parte dos principais
usuários da ferramenta.
4.2.9 Homologação
Ao final do período de testes dos principais usuários da ferramenta, situação na qual a
acurácia dos dados permitia uma maior confiabilidade sobre as informações geradas pelo
sistema, havia condições para que a ferramenta fosse implantada. Paralelamente a esta
definição, outros usuários foram sendo integrados ao projeto de maneira que os processos
estabelecidos na etapa de redesenho de processos fossem respeitados. Garantidas essas
questões, implementou-se o sistema.
70
4.3 O sistema de programação da produção
O sistema implementado na Empresa Alfa foi dotado de uma heurística própria de
seqüenciamento (não otimizante), a qual foi definida junto aos representantes da área de PCP
na equipe de projeto. O objetivo estabelecido para o sistema foi o de que deveria haver uma
prioridade para a programação de pedidos para o mercado externo, tendo em vista que a
Empresa Alfa exportava em torno de 80% da sua produção. Esta prioridade seria uma
ponderação de fatores como a data solicitada pelo cliente, um índice de priorização (definido
pela área de PCP em função de acordos comerciais, dentre outros), o valor financeiro do
pedido, o número de dias de atraso do mesmo e o volume dos produtos do pedido em atraso.
A estruturação do sistema do ponto de vista das necessidades de informação do
mesmo contemplou o desenvolvimento de três módulos: programação, acompanhamento de
pedidos e aprazamento. O módulo de programação englobava os planos de produção por
fábrica, as necessidades de matérias-primas, as sugestões de compra e de consumo de
suprimentos, as transferências entre unidades e a ocupação dos recursos produtivos.
O módulo de acompanhamento de pedidos consistia na visualização do status dos
mesmos conforme a etapa na qual se encontravam (aprovado ou não pela área de PCP
corporativo, por exemplo); dos pedidos atrasados; e das aderências (data de entrega solicitada
pelo cliente em comparação com a data de expedição do pedido). Por fim, o módulo de
aprazamento caracterizava-se por permitir a visualização das cotações de entrega das
consultas feitas pelos clientes. Este processo era realizado antes da confirmação (ou não) do
pedido, pois a data sugerida pelo sistema era submetida à avaliação da área de PCP
corporativo e do cliente.
Na Figura 11, apresenta-se a tela de estrutura de produtos formulados desenvolvida no
sistema de programação da produção (as chamadas árvores de formulação). Nesta figura,
verifica-se que os conceitos apresentados na seção 4.1 em relação aos sistemas produtivos da
Empresa Alfa são aplicados para uma salsicha resfriada. O produto final (código 2009) é feito
a partir da mistura dos componentes S1002 (matérias-primas para salsicha resfriada) e S1005
(ingredientes para salsicha resfriada), sendo que cada um destes possui um percentual de
formulação o primeiro equivale a 90% do produto final, enquanto que o segundo, 10%.
Além disso, os roteiros foram desenvolvidos como redes de atividades integradas à estrutura
71
de produto, sendo possível cadastrar os recursos produtivos no ponto onde os mesmos são
consumidos. No exemplo da Figura 11, os recursos “Estufa” e “Embalagem final” são
utilizados na geração do produto em processo S1001 (massa de salsicha), sendo que, no
roteiro, o segundo sucede o primeiro, conforme se visualiza na coluna “Ordem”. Já as
capacidades dos recursos também podem ser visualizadas na Figura 11. No caso da “Estufa”,
a mesma tem capacidade de processamento de 2 bateladas/hora e lotes mínimos e máximos de
batelada de 500 e 1.000 kg, respectivamente.
FIGURA 11 Exemplo de uma estrutura de um produto formulado fictício com os roteiros de produção
Já na Figura 12 apresenta-se outra tela do sistema de seqüenciamento da produção, a
qual contempla a estrutura de produto de desmontagem (chamada de árvore de cortes). No
exemplo apresentado, visualizam-se as partes compulsórias de um frango vivo de 1.400
gramas.
72
FIGURA 12 Exemplo de uma estrutura de produto fictícia de um frango vivo de 1.400 g
4.4 A estruturação dos dados no sistema
Os objetivos desta seção são os de estabelecer uma visão global e integrada dos dados
utilizados para o funcionamento do sistema de seqüenciamento da produção (sob uma ótica
agregada a partir função dos mesmos), bem como descrever conceitos importantes dentro do
escopo do sistema.
4.4.1 Visão geral e conceitos sobre os dados
Conforme mencionado na introdução da seção 4.4, o objetivo desta parte do estudo é
apresentar os dados sob um ponto de vista agregado. Ou seja, não será detalhado cada dado
necessário para o sistema, mas se abordarão os chamados grupos de dados. Com isso,
possibilita-se compreender de uma forma global a função dos dados na ferramenta de
programação da produção. Além disso, esta seção dedica-se a explorar conceitos que são
empregados no sistema e inerentes à indústria cárnea.
A Figura 13 apresenta uma visão global dos grupos de dados que são coletados para
serem atualizados no banco de dados da ferramenta. Dentre os 5 grupos de dados
73
estabelecidos, os cadastrais, além de serem inseridos na base do sistema, possuem um
relacionamento com os demais grupos de dados, tendo em vista que a inserção destes no
banco depende da existência daqueles. Uma vez que todos estes dados estejam populados na
base, o sistema os utiliza no processo de rodada, o qual gera informações para a tomada de
decisão.
FIGURA 13 Representação do fluxo dos grupos de dados de acordo com a função dos mesmos no sistema
Em termos gerais, para se ter uma idéia da quantidade de variáveis e de dados de
entrada, como também do volume das tabelas na base do sistema de programação da
produção, elaboraram-se uma lista e uma figura, respectivamente, para a visualização de
ambas as estatísticas. Abaixo se apresentam algumas variáveis e outros dados de entrada:
número de unidades produtivas modeladas: 13;
número de árvores de cortes (faixas de peso): 49;
número de produtos do tipo corte (finais e matérias-primas): 1.023;
número de árvores de formulação: 287; e
número de produtos finais formulados: 211.
74
Do ponto de vista do volume de dados nas tabelas do banco do sistema de
seqüenciamento da produção, na Figura 14 é possível visualizar a representatividade de cada
grupo de dados sobre o tamanho total, em megabytes (MB), das tabelas do banco de dados. É
importante ressaltar que não estão computados os pesos das tabelas de resultado do sistema, e
sim apenas das tabelas que recebem dados importados por templates ou integração de
sistemas.
FIGURA 14 Representatividade de cada grupo de dados sobre o peso total das tabelas do sistema de
seqüenciamento da produção
Algumas observações se fazem necessárias em relação a determinados termos
utilizados no sistema para as estruturas de dados, pois serão recorrentemente mencionados a
partir desta seção. Estas terminologias são as escalas de abates, as curvas de peso, as árvores
de cortes e as árvores de formulação, as quais são detalhadas nos próximos parágrafos.
As escalas de abates são os dados referentes ao número de aves ou de suínos, por
gramatura (peso) do animal vivo, que se pretende abater em um abatedouro e em uma
determinada data e turno de trabalho. Os abates são os dados de entrada para o processo de
“desmontagem” de uma ave ou suíno para que o sistema possa programar os produtos finais
para venda ou então as matérias-primas para produtos elaborados. É importante ressaltar que
as escalas de abates são detalhadas por faixas de peso vivo, tendo em vista as seguintes
peculiaridades:
existem produtos que podem ser produzidos somente a partir de algumas
gramaturas de vivo. Por exemplo, uma asa de frango de 25 gramas não poderá ser
produzida a partir do abate de frangos vivos com peso superior a 1.200 gramas; e
75
dependendo-se da faixa de peso vivo, os rendimentos das partes da ave e do suíno
podem ser diferentes entre uma gramatura e outra.
Dentro do grupo de dados de abates, as curvas de peso (ou distribuições de abate)
representam a distribuição estatística do peso médio de um animal vivo. Quando se
programam as escalas de abates, os produtos finais e as matérias-primas, estima-se o volume,
em kg, necessário do animal desejado. A partir disso, dependendo-se da capacidade das
fábricas e da disponibilidade de animais nas granjas (peso médio unitário e número de
animais), solicita-se a coleta daqueles que terão o peso médio no dia do abate conforme a
necessidade. No entanto, pelo fato de a indústria cárnea lidar com matéria-prima viva, não se
pode considerar que todos os animais chegarão ao dia do abate com o mesmo peso vivo; no
caso de uma granja cujo peso médio do frango vivo seja de 1.400 g, por exemplo, pode haver
frangos de 900 g até 1.900 g. Logo, a partir do cálculo do peso médio projetado dos animais,
projetam-se os volumes conforme a curva de peso, a qual é calculada por amostragem nas
granjas. A Tabela 1 auxilia no entendimento do conceito de curva de peso.
TABELA 1 Exemplo de uma curva de peso fictícia de um frango vivo de 1.400 g
Animal
Peso
médio
Faixas da
curva de
peso
% das faixas
sobre o peso
médio
Frango 1.400 g 900 g 0,52%
Frango 1.400 g 1.000 g 1,73%
Frango 1.400 g 1.100 g 5,21%
Frango 1.400 g 1.200 g 11,70%
Frango 1.400 g 1.300 g 16,22%
Frango 1.400 g 1.400 g 22,98%
Frango 1.400 g 1.500 g 16,02%
Frango 1.400 g 1.600 g 11,50%
Frango 1.400 g 1.700 g 7,86%
Frango 1.400 g 1.800 g 4,40%
Frango 1.400 g 1.900 g 1,86%
Total 100,00%
Fonte: autor.
As outras terminologias existentes no sistema de seqüenciamento da produção
relacionam-se com a estrutura de produto a “desmontagem” das aves e suínos e a
76
“montagem” das carnes e componentes para a produção de elaborados são denominadas
árvores de cortes e árvores de formulação, respectivamente. As chamadas árvores de cortes
são uma representação gráfica da estrutura em que uma ave ou suíno são desmembrados até
chegar aos produtos finais ou matérias-primas, o que é similar à Figura 8, na primeira seção
deste capítulo. Já as árvores de formulação são análogas às árvores de cortes, com a diferença
que tratam as estruturas referentes aos produtos elaborados e possuem o percentual da
formulação na árvore.
Conforme mencionado, ambas as estruturas possuem componentes em comum. Dentre
estes, são detalhados abaixo os significados e funções dos rendimentos, dos produtos-pai, dos
produtos-filho, dos produtos intermediários, dos roteiros de produção e dos percentuais de
formulação de um produto elaborado:
os rendimentos são utilizados nas árvores de cortes para determinar o percentual de
um corte compulsório de uma ave ou de um suíno. Já nos produtos formulados, os
rendimentos são utilizados tanto em itens alternativos quanto em produtos
compulsórios o objetivo é representar as perdas ou ganhos de peso de um produto
durante o processo, tendo em vista que um elaborado pode passar por processos de
fritura e cozimento, por exemplo;
os conceitos de “pai” e “filho” são aplicados nas árvores de cortes e de formulações
para facilitar a referência a uma parte da estrutura de produto. Exemplo: uma
carcaça de frango sem miúdos que será utilizada para gerar cortes pode ser
considerada “mãe” do peito, da coxa, da asa e do resíduo de dorso. Estes, por sua
vez, são considerados “filhos” da carcaça sem miúdos, como também podem ser
considerados “pais” dos produtos que originam (o peito pode ser considerado “pai”
do peito sem osso e do peito com osso);
os produtos intermediários são aqueles que foram criados especificamente em
função da construção das árvores ou seja, fazem parte da modelagem utilizada no
sistema de seqüenciamento da produção. Logo, estes produtos não são vendidos
nem utilizados como matérias-primas eles servem apenas para facilitar a
modelagem das árvores. Na Figura 15, o nodo “Carcaça para griller ou corte” é um
produto intermediário. Já na Figura 16, o nodo “Carnes” é igualmente um produto
intermediário;
77
no sistema de seqüenciamento da produção, os recursos foram modelados dentro
das árvores, de maneira que a seqüência das operações respeitasse o ponto onde os
mesmos são utilizados no processo produtivo (e conseqüentemente na estrutura do
produto); e
os percentuais de uma formulação são utilizados para definir as proporções de cada
componente da fórmula em relação a uma batelada do produto final. Vale ressaltar
que o percentual da formulação não pode ser confundido com o rendimento de uma
formulação.
Para que os conceitos acima sejam mais bem assimilados, apresentam-se nas Figuras
15 e 16 dois exemplos: um de árvore de corte de frango e outro de árvore de formulação de
uma lingüiça.
FIGURA 15 Exemplo de parte de uma árvore de cortes de frango
A aplicação dos rendimentos nas árvores de cortes e de formulação, conforme já
mencionado, tem o mesmo princípio: destinação da “massa cárnea” nos nodos compulsórios.
A única diferença é que os rendimentos servem para “desmontar” as árvores de cortes,
78
enquanto que, nas árvores de formulações, os mesmos servem para sinalizar a existência de
perda ou ganho de massa no nodo. No caso da Figura 16, o recorte resfriado de coxa de
frango tem rendimento de 80%. Isso significa que, do total da carne utilizada no início do
processo (entrada na máquina moedora), 80% da massa é utilizada ou seja, existe perda de
20%.
FIGURA 16 Exemplo de uma árvore de formulação
O rendimento nas árvores de cortes e o percentual da formulação nas árvores de
produtos elaborados devem ser calculados em relação ao produto pai, logo se utiliza uma base
100% em cada nodo (nível ou ramo) das árvores. Na árvore de cortes apresentada na Figura
15, a soma dos rendimentos dos miúdos e da carcaça para corte ou griller é igual a 100%. Em
79
um nível abaixo, os componentes da carcaça para corte também somam 100%. A mesma
situação ocorre na árvore de formulação da Figura 16 em cada nível no qual existem filhos
compulsórios, a soma dos percentuais dos mesmos em relação ao produto pai é igual a 100%.
4.4.2 Detalhamento dos dados do sistema
Após descrever o volume dos dados inseridos na base do sistema e os conceitos
utilizados na ferramenta, retoma-se nas próximas seções o detalhamento dos grupos de dados.
4.4.2.1 Dados cadastrais
Os dados cadastrais agregam todos os dados que são utilizados para a estruturação ou
modelagem de outros grupos de dados. Em outras palavras, são considerados básicos para o
funcionamento do sistema. Abaixo são elencados exemplos de situações nas quais os dados
cadastrais são utilizados por outros grupos de dados:
um pedido pode ser composto pelos dados de país, cliente e produto desejado; e
uma árvore de formulação é composta por produtos intermediários, matérias-
primas, produtos finais e ingredientes.
4.4.2.2 Dados de abates
O grupo de abates é composto pelos dados relacionados aos animais que serão
utilizados para a geração dos produtos finais ou matérias-primas por meio das árvores de
cortes. Dentre esses dados, as escalas de abate e as curvas de peso já foram previamente
detalhadas neste capítulo. O terceiro elemento do grupo (limites de abates) é utilizado
somente no período do horizonte de programação não coberto pela escala de abate, no qual os
volumes de abate são sugeridos pelo sistema. Os limites de abates são definidos por meio de
volumes mínimos e máximos (em unidades), por fábrica e faixa de peso vivo, dentro dos
quais a empresa deseja que o sistema programe o abate dos animais. Esta definição pode ser
80
necessária para que se respeite o plano de alojamentos de animais nas granjas definido pela
organização.
4.4.2.3 Dados industriais
O grupo dos dados industriais representa os dados que são coletados na área produtiva
da empresa e que estejam relacionados aos produtos e matérias-primas. Com isso, dados de
árvores de cortes e de formulação, recursos produtivos e calendários (dentre outros) fazem
parte do grupo.
4.4.2.4 Dados comerciais
O grupo de dados comerciais engloba os dados relacionados aos volumes de pedidos
confirmados e à previsão de demanda, por mercado e produto. A função destes dados é a de
direcionar as decisões do sistema de PCP para a programação dos produtos finais nas fábricas,
bem como das matérias-primas, pois estas são demandadas conforme a necessidade de
produção de formulados.
No caso dos pedidos confirmados, devem ser atendidas as datas de entrega acordadas
para os mesmos junto aos clientes. As previsões de demanda possuem menor prioridade em
relação aos pedidos, pois representam uma tendência de venda, servindo apenas para
direcionar as decisões do sistema nos casos em que não houver pedidos para um produto ou
quando os pedidos já tiverem sido alocados no horizonte de programação. Ou seja, se “sobrar
massa” dos abates dos animais após atender aos pedidos, a mesma deverá ser alocada para os
produtos que possuam previsão de demanda.
4.4.2.5 Dados logísticos
Os dados logísticos são compostos pelo cadastro dos dados que estejam relacionados
ao transporte de produtos e à armazenagem de suprimentos e produtos. No caso dos
transportes, são considerados os tempos e permissões de transferência de produtos entre
fábricas, unidades de armazenagem e pontos de embarque (porto seco, porto marítimo,
81
aeroporto, dentre outros). Já os dados relacionados à armazenagem contemplam os estoques
de produtos e de suprimentos nas fábricas, bem como as capacidades de estocagem dos
produtos.
4.5 Procedimentos utilizados para a acuracidade dos dados no estudo de caso
Esta seção detalha os passos dados no sentido de melhorar a acuracidade dos dados no
sistema de seqüenciamento da produção. Antes, porém, é feito um breve relato das atividades
desenvolvidas durante o período compreendido entre a sexta etapa do projeto de
implementação da ferramenta (relatada na seção 4.2.6) e a pré-implementação do sistema.
Esta fase final do projeto consumiu em torno de 75% do mesmo, aspecto que reforça a
necessidade de se discutir os procedimentos adotados para a acuracidade dos dados.
O início do manuseio do sistema iniciou com a população dos dados no sistema, sendo
que alguns já haviam sido coletados na empresa, enquanto que outros seriam importados para
a base em um momento mais adequado. Com os dados devidamente populados na base de
dados, prosseguiu-se para a análise das chamadas validações, mecanismo implementado na
ferramenta para que fosse possível identificar erros de dados.
As atividades realizadas em torno da análise das validações permitiram que erros
triviais pudessem ser corrigidos, porém chegou-se em um momento onde a complexidade dos
problemas exigia uma análise mais estruturada e profunda dos mesmos. Em função disso,
elaborou-se um procedimento padrão para a identificação dos erros de dados.
A iniciativa de desenvolver um procedimento contribuiu para a melhoria da
acuracidade dos dados, bem como facilitou as atividades da equipe de projeto. Porém, tal
como ocorreu na fase final da análise dos erros de validação, verificou-se que eram
necessárias ações efetivas no processo de identificação e correção de dados no sistema.
Decidiu-se, a partir disso, treinar os usuários-chave da ferramenta para que houvesse
multiplicação do conhecimento sobre a ferramenta e, conseqüentemente, maiores avanços na
acuracidade dos dados.
A sinergia de esforços entre a equipe de projeto e os principais usuários do sistema
permitiu que fossem obtidos progressos na melhoria dos dados. O procedimento para a
82
acuracidade dos dados foi sendo aprimorado, enquanto que profissionais da Empresa Alfa
passaram a “apropriar-se” da ferramenta, até que se decidiu implementar o sistema de
seqüenciamento da produção.
O relato sobre as atividades do período em que se adotaram procedimentos para a
acuracidade dos dados no sistema de seqüenciamento da produção foi dividido em 5 etapas, as
quais são detalhadas nas próximas seções. Na Figura 17, apresenta-se um Gráfico de Gantt
por meio do qual é possível visualizar a duração de cada fase.
Semanas
Etapas
Fase 1 - População de dados
Fase 2 - Correção de erros triviais
Fase 3 - Os primeiros passos em direção a
um método para a acuracidade dos dados
Fase 4 -
fábricas
Fase 5 - Extensão do projeto
9 10 18 201913 14 15 16 1711 126 7 81 2 3 4 5
FIGURA 17 Gráfico de Gantt do período em que foram utilizados procedimentos para a acuracidade de dados
no sistema de sistema de seqüenciamento da produção
4.5.1 Fase 1 População de dados
Após a disponibilização da ferramenta para que a mesma fosse testada pela equipe de
projeto da Empresa Alfa, iniciou-se a população do banco de dados do sistema com os dados
coletados na organização. Nesta etapa, por ter sido a carga inicial da ferramenta, houve a
importação de todos os dados de entrada. É importante destacar que, ao final deste processo,
as importações subseqüentes de dados não seria tão elevada quanto a carga inicial, pois as
alterações necessárias seriam atualizadas por meio da integração com outros sistemas da
Empresa Alfa; pela importação de templates com novos dados ou para atualização dos já
existentes; ou ainda pela edição manual na interface da ferramenta de seqüenciamento da
produção.
Inicialmente, a empresa de consultoria responsável pelo desenvolvimento do sistema
passou orientações a respeito do processo de população de dados para a equipe de projeto:
83
como importar dados para as tabelas do sistema;
quais tabelas deveriam ser populadas em função de serem pré-requisito para a
ferramenta rodar;
quais tabelas não precisavam ser populadas (pelo fato de receberem resultados do
sistema); e
quais eram as precedências entre as tabelas, de maneira que o processo de
importação de dados para a base considerasse estes pré-requisitos.
Diante destas orientações e, como forma de adiantar os trabalhos em torno dos testes
da ferramenta, não se esperou pela disponibilização de todos os dados necessários para o
sistema aqueles que não eram pré-requisito para o funcionamento do sistema, mas que
influenciariam nos resultados do mesmo, seriam atualizados em um segundo momento.
No processo de população da base, houve dificuldades para importar os dados, tendo
em vista os seguintes problemas:
interpretações erradas por parte da equipe de projeto a respeito dos templates das
tabelas; e
dificuldade de preenchimento dos templates, dado o volume de dados coletados e a
necessidade de respeitarem-se os relacionamentos entre as tabelas.
Conforme relatado nesta seção, a fase de população de dados caracterizou-se pelo
manuseio dos mesmos para que fosse feita a carga inicial da base do sistema. Ocorreram
dificuldades durante o processo, as quais foram sendo sanadas até que se iniciaram as
validações de dados e as respectivas correções.
4.5.2 Fase 2 Correção de erros triviais
A segunda fase do período de identificação e correção dos erros de dados caracterizou-
se predominantemente pela análise de erros triviais. Houve também a descoberta de falhas nas
cargas de dados de suprimentos e de produtos para a ferramenta de PCP e a geração de
pedidos fictícios como forma expor-se outros erros.
84
Os erros triviais foram assim denominados porque os problemas relacionados tinham
uma complexidade de solução considerada baixa. Ou seja, uma vez identificados os
problemas, não foram encontradas dificuldades para solucioná-los. É importante mencionar,
neste caso, o papel das validações. O sistema de seqüenciamento da produção foi dotado de
um mecanismo de validação dos dados, por meio do qual era possível identificar
determinados tipos de erros. Dependendo-se da característica do problema diagnosticado, não
era possível prosseguir no processo de testes de rodadas do sistema (geração dos programas
de produção). Logo, os diferentes tipos de erros identificados nas validações impediam
quaisquer tentativas de análises preliminares das informações que a ferramenta poderia gerar.
Abaixo se listam três situações e respectivos exemplos de erros triviais:
produto cadastrado em árvore possuía atributo de origem diferente da origem da
árvore: um produto de origem frango (coração, por exemplo) estava cadastrado em
uma árvore de cortes de suínos;
produto intermediário sem filho: em uma árvore de cortes, a massa proveniente do
abate de um animal não possuía destino, dado que um produto intermediário não
possuía filhos (produto final ou matéria-prima); e
produto intermediário não habilitado na permissão de produção: esta situação
impedia que a massa abatida fosse empurrada na direção dos produtos finais ou
MPs.
A geração de pedidos fictícios foi uma idéia que surgiu a partir da redução dos erros
triviais conforme estes foram sendo corrigidos. O objetivo desta ação foi o de forçar a
ocorrência de erros de dados, expondo-os de forma a serem mais facilmente identificados e
corrigidos. O meio utilizado para operacionalizar esta idéia foi gerar pedidos com quantidade
igual a 1 kg (um quilo) para todos os produtos de todas as árvores de cortes e de formulações
de todas as fábricas. Com isso, foi possível identificar outros erros triviais, além de problemas
um pouco mais difíceis de serem encontrados nas estruturas de produto.
A partir da análise das validações do sistema, os problemas relacionados à acuracidade
dos dados foram resumidos conforme a lista abaixo:
árvores: houve casos nos quais a árvore não estava relacionada a uma fábrica, além
de situações nas quais havia rendimentos não preenchidos;
85
atributos de produto: havia itens com dados incompletos
6
;
atributos de uma unidade produtiva: havia erros de permissão de estocagem, nos
quais uma unidade que possuía estoque tinha o atributo de permissão desabilitado; e
recursos: houve casos de recursos com batelada mínima maior que a máxima, por
exemplo
7
.
A lista acima apresenta dois tipos de erros: dados faltantes e dados incoerentes.
Consideram-se dados faltantes aqueles que deveriam estar cadastrados mas não estavam, seja
pela necessidade do caractere em si ou por uma questão de relacionamento de dados. Um
exemplo disso é uma árvore de cortes não habilitada. Neste caso, o sistema não irá considerá-
la para programar a produção e, até aqui, não existem problemas (não é necessário que o dado
de “permissão de produção” da árvore de cortes esteja preenchido). Porém, se existir um
produto que tenha pedido e esteja cadastrado somente nesta árvore, as validações sinalizarão
para a ocorrência de erros de dados. Logo, a falta deste dado caracteriza um erro. Já os dados
incoerentes são aqueles em que o dado está preenchido, porém não respeita um dos três itens a
seguir:
formato: se o formato de um campo que contém datas no banco de dados for
“aaaa/mm/dd” (ano/mês/dia) e a base for atualizada com o formato “dd/mm/aaaa”
(dia/mês/ano), o dado é incoerente;
natureza: um recurso produtivo está cadastrado como do tipo “unitário”, porém os
campos atualizados na base são referentes a um recurso “batelada”; e
caractere: quando o dado correto deveria ser 20 e está 13000.
Conforme mencionado no início desta seção, verificou-se também nesta fase a
existência de problemas nas cargas de suprimentos e de produtos (integração de sistemas da
Empresa Alfa com a ferramenta de PCP). Os dados de estoques de embalagens, condimentos,
matérias-primas e produtos finais não representavam a realidade da empresa por um lado,
faltavam itens, e, por outro, apareciam códigos com saldo positivo que, na verdade, não
6
Foram identificados casos em que um produto que era exportado possuía atributo “vendável” no sistema,
porém os demais atributos não estavam preenchidos, como “transferível” e “estocável”.
7
Uma batelada refere-se a um lote de produção no qual, por exemplo, um determinado volume de uma massa
composta por carnes e ingredientes é submetido a um ciclo de processamento. Um exemplo de um recurso do
tipo batelada é uma estufa, que é onde as salsichas são cozidas. No sistema de programação da produção
pesquisado, havia a possibilidade de determinar as bateladas mínimas e máximas desejadas (dado de entrada),
sendo que a ferramenta deveria seqüenciar a produção dentro destes dois limites. Logo, no erro constatado
(mínimo de batelada maior que o máximo), havia uma incoerência, pois esta situação não existe.
86
estavam no estoque contábil nem no estoque físico. Este tipo de erro não pôde ser
diagnosticado por meio de validações, tendo em vista que não existe uma regra que consiga
detectar esta situação. A única solução teria sido comparar os estoques conforme constavam
nos sistemas da Empresa Alfa com os dados de estoque na ferramenta de seqüenciamento da
produção.
Analisando-se as atividades desenvolvidas na fase 2, verifica-se que houve avanços na
identificação e correção de erros de dados; no entanto, havia outros problemas cujo
diagnóstico parecia ser impossível. Além disso, por mais que tenham sido encontradas
oportunidades de melhoria e ações estivessem sendo tomadas neste sentido, a visão era de que
a programação gerada pelo sistema não era satisfatória.
Ao final da fase 2, portanto, as iniciativas para a melhoria da acuracidade dos dados no
sistema de PCP não surtiam efeito, dada a complexidade dos problemas. Os erros já não eram
mais triviais nem se identificavam outros pontos de alavancagem para o problema. Com isso,
a equipe de projeto atuava permanentemente no monitoramento das validações do sistema e
na busca por outras técnicas para a identificação e correção dos erros. Em outras palavras,
havia dúvidas sobre onde estavam os problemas.
4.5.3 Fase 3 Os primeiros passos em direção a um método para a correção dos dados
Após a realização de reuniões acerca das atividades da equipe de projeto quanto aos
rumos do mesmo, chegou-se à conclusão de que deveriam ser criados procedimentos de
análise, identificação e correção de erros de dados. Esta alternativa contribuiria para uma
padronização nas análises (rigor metodológico) e daria maior segurança aos membros da
equipe de projeto. Havia um consenso de que as idéias e atividades desenvolvidas na fase 2,
apesar de terem avançado na questão da correção de erros dados, estavam sendo avaliadas
com base em critérios subjetivos não se tinha uma noção real e objetiva do status do projeto
(qual tinha sido a evolução e quão próximo do final estava o mesmo).
Uma iniciativa que contribuiu neste sentido foi a criação de métricas para informações
geradas pelo sistema, as quais eram consideradas básicas para o negócio da empresa: volumes
de abates, de produção e de pedidos. A equipe de projeto passou a acompanhar os indicadores
87
criados e, a partir das constatações perante a evolução dos mesmos, direcionou as ações de
melhoria nos dados.
Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam, respectivamente, a evolução dos indicadores de
abates, de produção total e de resíduos por meio de gráficos. O indicador de resíduos foi
desenvolvido a partir dos testes preliminares das métricas de abates e de produção total, nos
quais se verificou que havia produtos sendo programados que não eram estocáveis nem
vendáveis ou seja, não tinham um destino. Nestes gráficos (e nos demais que serão
apresentados nas fases 4 e 5), ressaltam-se pontos que podem representar dois tipos de
situações: primeira, os eventos a partir dos quais se identificou uma melhoria no resultado de
um indicador (os quais foram sucedidos por ações de correção de erros de dados e de bugs
8
no
sistema); e, segunda, os eventos que foram marcados pela tendência de piora no desempenho
de um indicador.
O significado dos indicadores apresentados nos Gráficos 1, 2 e 3, bem como o método
de cálculo dos mesmos são detalhados a seguir:
abate total: considera o volume total, em kg, das quantidades programadas
sugeridas pelo sistema de cada ave e suíno vezes o peso unitário dos animais;
produção total: considera o volume total, em kg, dos produtos que são gerados por
meio das árvores de cortes e de formulados; e
resíduo total: considera o volume total, em kg, dos produtos programados que não
são estocáveis. Os resíduos indicam a existência de erros de dados neste atributo
dos produtos.
Os indicadores criados consideravam todo o horizonte de programação (três meses),
ou seja, não foi feito um acompanhamento em granularidades menores (semana ou dia). Da
mesma forma, não se criaram os indicadores separados por fábrica. A idéia, inicialmente, foi
visualizar o comportamento das métricas em uma dimensão global.
8
Erro no funcionamento de um sistema.
88
GRÁFICO 1 Indicador de abate total global
No indicador de abate total global (Gráfico 1), escolheram-se três inflexões no
comportamento da medição para se fazer a análise do mesmo. No ponto 1, identificou-se que
havia recursos produtivos saturados ou próximos deste nível (com ocupação de 95 a 100%). A
ação tomada sobre esta situação foi identificar, primeiramente, quais recursos estavam
saturados. Em um segundo momento, analisou-se a disponibilidade de cada recurso (tempo,
em horas, que o mesmo possuía para programar a produção). Neste ponto, foram encontrados
erros nos calendários dos recursos (horários de início e fim de turno, tempos de parada
programada e quantidade do recurso), os quais foram corrigidos.
No ponto 2, verificou-se que havia erros nas árvores de cortes em que a soma dos
rendimentos dos filhos compulsórios de um nodo eram diferentes de 100%. Isso fazia com
que a necessidade de abate calculada pelo sistema fosse subestimada. Além disso,
encontraram-se casos nos quais os produtos intermediários de uma árvore de cortes não
estavam habilitados para programação, fazendo-se com que a massa não “percorresse” as
árvores. Asões feitas sobre estes casos foram, primeiro, identificar em quais animais a
programação de abates estava aquém da meta. Em um segundo momento, escolheram-se as
árvores das aves e suínos que possuíam problemas para que fossem corrigidos os erros.
O ponto 3 caracterizou-se pelo início da existência de erros nos percentuais de
formulação, os quais ocorreram a partir da realização de atividades de revisão das árvores.
Diante da redução no resultado do indicador, verificou-se ao longo das análises feitas que a
composição de ingredientes nas formulações estava superestimada (acima de 100%),
89
enquanto que o total de matéria-prima subestimado (inferior a 100%). Com isso, a
necessidade de carnes reduzia, o que limitava a programação de abates.
GRÁFICO 2 Indicador de produção total global
No indicador de produção total global (Gráfico 2), o comportamento do mesmo
refletiu os resultados alcançados na medição da programação de abates (Gráfico 1). Por conta
disso, as causas dos problemas verificados neste indicador foram as mesmas no de produção,
com a diferença de também terem sido encontrados erros na habilitação de produtos
intermediários de árvores de formulação.
GRÁFICO 3 Indicador de resíduo total global
90
Já o indicador de resíduos (Gráfico 3) teve a meta alcançada no terceiro dia da
medição do mesmo. No ponto 1, verificou-se que havia produtos que estavam sendo
programados corretamente, porém não eram estocáveis. Com isso, não havia destinação para
os itens, o que fazia com que o os mesmos se tornassem resíduos no sistema. A ação tomada
sobre este caso foi analisar cada produto que se enquadrava no conceito de resíduo,
procedendo-se para a correção dos dados.
Paralelamente aos três indicadores criados, foi feita uma análise conjunta dos abates e
da produção total em relação à programação de pedidos. Isso foi necessário porque se
verificou que a complexidade dos problemas exigia processos de solução de problemas que
considerassem mais de um fator concomitantemente. Neste caso, a análise contribuiria para a
melhoria dos dados das estruturas de produto e de roteiros, e vice-versa.
Para que o acompanhamento do indicador de pedidos pudesse ser feito, foi necessário
iniciar o processo de carga, a cada rodada do sistema de seqüenciamento da produção, dos
volumes pendentes dos pedidos “reais” da Empresa Alfa na ferramenta (consideraram-se
apenas os saldos dos pedidos para evitar que o sistema programasse desnecessariamente
produtos ou quantidades já entregues ao cliente). É importante ressaltar que, até então,
testava-se o sistema de seqüenciamento da produção sem os pedidos “reais” da Empresa Alfa
porque se procurou isolar esta variável para que o processo de análise e identificação de erros
se tornasse mais fácil.
O Gráfico 4 apresenta a evolução do primeiro indicador relacionado à programação de
pedidos, o qual considerava o percentual de pedidos programados sobre o total de pedidos
pendentes. O indicador era calculado mediante a divisão da quantidade total, em kg, de massa
destinada para pedidos sobre a massa total de pedidos, também em kg. É válido ressaltar que
o denominador considerava todos os pedidos pendentes e outros pedidos desde que tivessem a
data de embarque acordada com o cliente menor ou igual à última data do horizonte de
programação. Ou seja, como o sistema considerava três meses “rolantes” de horizonte (“hoje”
mais 90 dias), pedidos cuja data de embarque não estivesse compreendida neste período não
eram considerados no cálculo. Esta decisão foi tomada, também, porque os pedidos da
Empresa Alfa possuíam uma média de atraso de 30 dias, logo o sistema de seqüenciamento da
produção priorizava estes pedidos em detrimento de outros que pudessem ser antecipados.
91
GRÁFICO 4 Indicador de percentual de pedidos programados em relação ao total de pedidos pendentes
Nos pontos 1 e 2 do indicador de pedidos, os eventos que caracterizaram as situações
foram a existência de erros nos calendários dos recursos (afetando a disponibilidade dos
mesmos), de recursos sem calendário e erros nos rendimentos das árvores de cortes e de
formulação. Além disso, identificaram-se pedidos que já haviam sido entregues ao cliente,
mas que não tinham sido encerrados no sistema corporativo da Empresa Alfa. Logo, a
ferramenta de seqüenciamento da produção programava produções desnecessárias, ocupando
espaço de outros pedidos. Já no ponto 3 identificou-se um bug no sistema que estava
impedindo a alocação da programação de produção para uma parcela dos pedidos.
O acompanhamento do indicador de pedido possibilitou o direcionamento das
correções de erros de dados, predominantemente, para as árvores de cortes e de formulações,
os calendários dos recursos e os pedidos. Como os pedidos “reais” estavam sendo carregados
para o sistema, sabia-se que produtos não estavam sendo programados adequadamente. Neste
processo de melhoria, as validações do sistema de seqüenciamento da produção também
contribuíram para a identificação de erros de dados. Os problemas encontrados resumiram-se
conforme as situações abaixo descritas:
pedido cujo país de destino não aceitava o registro de Serviço de Inspeção Federal
de qualquer uma das fábricas da Empresa Alfa;
pedido com quantidade negativa;
produto pai com filhos alternativos e compulsórios;
92
produto constava em um pedido, porém tinha atributo informando que era não-
vendável; e
formatos inválidos de dados no banco: data de entrega de pedidos e data do lote de
produção no estoque e estoque em trânsito.
4.5.4 Fase 4 A intensificação de esforços junto às fábricas e a formalização de um
procedimento para a acuracidade dos dados
A utilização de procedimentos durante a fase 3 contribuiu para a melhoria da
acuracidade dos dados no sistema, porém chegou-se em um ponto onde as dificuldades
voltaram a aparecer ou seja, os procedimentos criados já não conseguiam ter um efeito tão
satisfatório quanto no início da aplicação dos mesmos. A partir disso, decidiu-se aprimorar os
procedimentos existentes e intensificar os esforços por meio da multiplicação do
conhecimento acerca da ferramenta. Isso motivou a realização do primeiro treinamento para
aqueles que seriam os principais usuários do mesmo quando implementado (profissionais das
áreas de PCP corporativo e PCP de cada fábrica). Nesta oportunidade, os usuários foram
conscientizados sobre a importância da participação deles na intensificação da análise e
melhoria dos dados no sistema. Ainda, foram avisados de que seriam cobrados pela evolução
dos indicadores e pelo engajamento no processo de análises de dados.
Durante o treinamento, repassou-se para os usuários o procedimento que deveria ser
seguido durante as análises de dados no sistema para que os indicadores propostos evoluíssem
no sentido das metas estabelecidas. A Figura 18 apresenta os passos sugeridos:
FIGURA 18 Resumo dos passos sugeridos para a análise dos dados na fase 4
93
Os passos apresentados na Figura 18 foram estruturados de maneira que as
inconsistências verificadas na programação sugerida pelo sistema fossem endereçadas para a
melhoria das árvores de cortes e de formulação. Decidiu-se direcionar os esforços neste
sentido por dois motivos: primeiro, as estruturas de “montagem” e de “desmontagem” dos
produtos representam o canal no qual os dados de pedidos e de abates (entrada) são
processados para que sejam gerados planos de produção (saída). Existem outros dados que
influenciam na programação de produção, como os logísticos e cadastrais; porém, é a
estrutura de produto, aliada aos recursos, que regula a conversão dos insumos em produto
final. Segundo, a intensificação da análise de dados pelos PCPs das fábricas contribuiria para
que se avançasse na correção dos erros, pois estes profissionais conheciam detalhadamente os
dados e as especificidades de cada planta industrial.
O passo 1 sugeria que o processo de análise se iniciasse pela comparação entre a
programação sugerida pelo sistema e a produção realizada (ou projetada) em um mesmo
horizonte (por exemplo, a programação total de 5 dias úteis). Diante de todos os produtos
analisados, no passo 2 deveriam ser identificados aqueles que fossem representativos para a
empresa, como forma de priorizar a análise. Os critérios utilizados poderiam ser os seguintes,
dentre outros:
volume programado diferente do realizado ou projetado;
produto faz parte dos itens mais importantes para a empresa; e
produto é compulsório de diversos outros produtos.
A partir da escolha do produto a ser analisado, no passo 3 sugeria-se que fossem
identificadas as árvores a partir das quais o produto estivesse sendo programado ou aquelas
nas quais o produto estivesse cadastrado (caso o item não estivesse sendo programado). No
primeiro caso, dever-se-ia verificar de quais árvores o produto era programado. A Tabela 2
apresenta um exemplo desta situação para o produto A, o qual está sendo programado em três
árvores de cortes distintas.
A partir da Tabela 2, verifica-se que 75% da programação do produto A está sendo
feita por meio da árvore de cortes do frango vivo de 1.600 g na fábrica 2. De posse desta
informação, o usuário priorizaria a análise do referido produto nesta árvore no passo 4 do
procedimento sugerido. Ainda no passo 3, caso um produto não estivesse sendo programado
pelo sistema, deveriam ser identificadas as árvores que possuíssem o item cadastrado. Neste
momento, uma vez identificadas as árvores nas quais o produto estivesse inserido, proceder-
94
se-ia para a escolha das mesmas (passo 4). No caso do produto que não estivesse sendo
programado, a escolha recairia sobre a árvore cujo peso vivo do animal fosse compatível com
o histórico ou projeção de produção do produto em questão.
TABELA 2 Exemplo da programação do produto A a partir de três árvores de cortes
Produto
Fábrica
Árvore de
cortes
Programação
do produto
(kg)
% sobre o
total
1 Frango 1.400 g 5.000 15,63
2 Frango 1.600 g 24.000 75,00
A
1 Frango 2.000 g 3.000 9,38
Total 32.000 100,00
Fonte: autor.
Uma vez escolhidas a fábrica e uma árvore da mesma, deveriam ser analisadas, caso o
produto não estivesse sendo programado, as habilitações do mesmo em relação à fábrica e à
árvore. Depois de realizada esta verificação e a correção (ou não) dos dados, seria feita uma
análise detalhada da situação, conforme a ordem que segue:
1. programação de abate da árvore em análise: analisar a coerência com o histórico ou
projeção;
2. rendimentos e formulações: verificar os percentuais cadastrados do início da árvore
até o ponto no qual se encontra o produto que se deseja analisar;
3. ocupação de recursos: identificar aqueles que estejam saturados (ocupação igual a
100%) ou próximos deste nível (principalmente para os recursos do tipo batelada);
4. calendário do recurso: analisar os dados de horas disponíveis (início e fim do turno
para cada dia, horas extras por dia e turno e tempo de paradas programadas) e de
quantidade do recurso;
5. programação do recurso: verificar que produtos estão consumindo o recurso. Dentre
esses, aqueles que não passam pelo recurso devem ser corrigidos.
Dentro do escopo do procedimento sugerido, contemplavam-se também os indicadores
de pedidos. Já as métricas de abate e de produção, que foram utilizadas na fase 3 dos
procedimentos de análise e correção de dados, deixaram de ser utilizadas na fase 4. Esta
95
decisão foi tomada porque se entendeu que, por meio da análise dos pedidos, os dados de
abate e de produção seriam naturalmente explorados.
No início da fase 4, propôs-se uma mudança na mensuração dos indicadores de pedido
em vez de considerar massa (kg), passou-se a medir o indicador com base no número de
seqüências, tendo em vista que esta era a métrica utilizada pela Empresa Alfa. Um pedido
poderia possuir uma ou mais seqüências, que correspondiam ao fracionamento do pedido
total. Dessa forma, conforme a produção finalizava lotes do pedido, as seqüências eram
carregadas para o cliente. Os Gráficos 5 e 6 apresentam gráficos referentes à programação de
pedidos (indicador que já havia sido utilizado na fase 3) e à alocação de pedidos no prazo,
respectivamente.
O indicador apresentado no Gráfico 5 é o mesmo que foi utilizado durante a fase 3 do
procedimento de análise e correção de dados. Verifica-se pelo gráfico a evolução do
indicador, o qual considerava o percentual de pedidos programados sobre o total de pedidos
pendentes (lembrando que o denominador considerava somente os pedidos cobertos pelo
horizonte “rolante” de programação do sistema, o qual passou de três para cinco meses na
fase 4). Na fase 3, este indicador teve uma evolução de 18 para 60%. Já na fase 4, o mesmo
iniciou com uma queda para 50% (fruto da mudança do indicador de kg para número de
seqüências), porém aumentou até o final desta fase para 96%, que era um índice próximo da
meta de 100%.
GRÁFICO 5 Indicador de percentual de pedidos programados em relação ao total de pedidos pendentes
durante a fase 4
96
No ponto 1 do indicador de pedidos programados, foram novamente encontrados erros
nas formulações, tal como na fase 3. Isso ocorreu porque a revisão das árvores de produtos
elaborados iniciada na etapa anterior prosseguiu na fase 4. Especificamente em relação ao
ponto 1, os eventos que marcaram a redução no desempenho do indicador foram os seguintes:
havia matérias-primas que estavam cadastradas em árvores de formulação, mas que
não constavam em árvores de cortes; e
havia nodos compulsórios em árvores de cortes e de formulação que, na realidade,
deveriam ser alternativos, e vice-versa.
No ponto 2, verificou-se que havia calendários que não contemplavam as horas extras
de um recurso. Além deste evento, havia recursos cadastrados erroneamente em roteiros de
produção. Com isso, o recurso saturava, sendo que os produtos que o consumiam não
poderiam estar cadastrados para o mesmo.
Já no ponto 3 identificaram-se dois problemas, os quais são listados abaixo:
havia produtos com baixos tempos de processo em relação ao valor real, o que fazia
com que a programação desses produtos saturasse os recursos de forma incoerente
com a realidade; e
havia produtos que constavam em pedidos, mas que não estavam cadastrados em
todas as árvores necessárias. Com isso, reduziam-se as chances de o sistema
programar os produtos.
GRÁFICO 6 Indicador de percentual de pedidos programados no prazo em relação ao total de pedidos
pendentes durante a fase 4
97
No Gráfico 6, visualiza-se o indicador criado na fase 4, o qual era similar ao
representado no Gráfico 5, com a diferença que representava as seqüências atendidas no
prazo. O índice era calculado mediante a divisão da quantidade total, em número de
seqüências, que o sistema programou no prazo sobre o número total de seqüências. Os
eventos que marcaram os pontos assinalados no Gráfico 6 também foram impactados pelos
erros identificados no indicador apresentado no Gráfico 5, tendo em vista que o atendimento
de seqüências no prazo é uma conseqüência da programação de pedidos.
Durante a fase 4, uma atividade que contribuiu para a busca pela melhoria das
informações geradas pelo sistema foi a análise da programação de produção do ponto de vista
das famílias de produtos. Esta tarefa não estava contemplada no método proposto no início da
fase 4, porém foi útil para a obtenção de uma visão ampla dos volumes sugeridos pela
ferramenta em comparação com a análise de um produto isoladamente.
Outra atividade desempenhada na fase 4 foi o desenvolvimento e a análise do
chamado balanço de massas, o qual se fundamenta no princípio de conservação de massa. Na
aplicação deste conceito para a análise das informações do PCP de uma indústria cárnea, as
entradas devem igualar-se às saídas, ambas em massa cárnea. A Figura 19 apresenta uma
estruturação simbólica do balanço de massas, o qual foi desenvolvido considerando-se todo o
horizonte de seqüenciamento, a fim de que fosse possível obter uma visão ampla da alocação
dos produtos.
ENTRADAS SAÍDAS
- Estoque inicial
- Estoque em trânsito
- Compras
- Programação
- Apontamento de
produção
- Alocação para pedidos
- Alocação para previsão
de demanda
- Alocação para formulação
- Estoque final
- Estoque em trânsito
- Resíduos
FIGURA 19 Estrutura simbólica do balanço de massas
As atividades desenvolvidas durante a fase 4, apesar de a meta do indicador de
pedidos no prazo não ter sido atingida, permitiram concluir que os avanços foram
98
satisfatórios. A adoção de um procedimento estruturado para a identificação de erros de dados
(o qual foi também suportado por indicadores) e a intensificação da análise pelos usuários
contribuíram para que se chegasse a um melhor nível das informações geradas pelo sistema.
4.5.5 Fase 5 Extensão do projeto
Os avanços verificados na fase 4 estiveram relacionados à melhoria da informação
gerada pelo sistema de seqüenciamento da produção sob o ponto de vista global da Empresa
Alfa (volumes totais do horizonte de programação, independentemente da fábrica). Por outro
lado, as informações relativas a grãos menores de programação (turno, dia ou mês), aos
planos de produção por fábrica e à programação de formulados ainda não eram satisfatórias.
Em outras palavras, era necessário que se trabalhasse sobre refinamentos no mix de produção
gerado pelo sistema. A partir disso, foram tomadas três ações:
aprimoramento dos passos para a identificação e a correção de dados estabelecidos
na fase 4;
direcionamento das análises para a realidade de cada brica;
intensificação das análises ainda maior em comparação com a fase 4. Na fase 5,
cerca de 50% dos usuários passou a dedicar-se em tempo integral para o projeto, ao
passo que os outros tinham uma agenda semanal de trabalho no sistema a ser
cumprida; e
criação de outros indicadores (atendimento de demanda MI e programação de
abates).
O aprimoramento dos passos desenvolvidos na fase 4 contemplou dois aspectos: (1) os
passos foram divididos em dois fluxos um para produtos do tipo corte e outro para análise
de produtos formulados; e (2) não era necessário iniciar a análise a partir dos produtos cuja
programação fosse incoerente com a realidade, como na fase 4. Como a acuracidade das
estruturas de produto foi melhorada ao longo das três primeiras etapas, a programação de
abates permitia que o mix de produção fosse avaliado a partir da massa dos animais vivos.
As Figuras 20 e 21 apresentam o resumo dos passos para a análise da programação e
melhoria da acuracidade de dados para cortes e formulados.
99
FIGURA 20 Resumo dos passos para a análise e melhoria da programação de cortes na fase 5
A visualização das Figuras 20 e 21 permite concluir que os passos sugeridos para
cortes e formulados diferem apenas no início dos mesmos enquanto que, para cortes,
sugere-se analisar a programação de abates, nos formulados deve-se comparar a necessidade
de matéria-prima (em função dos pedidos e da estrutura de produto) com a alocação de MP. O
detalhamento desses passos no sentido de identificar erros de dados está nos Apêndices A e B,
sendo o primeiro para cortes e o segundo para formulados.
FIGURA 21 Resumo dos passos para a análise e melhoria da programação de formulados na fase 5
Nos passos 1 e 2 do fluxo de cortes, a análise de abates era feita para o grão turno e o
grão semana. O primeiro termo refere-se ao período do horizonte no qual o abate é empurrado
pela escala de abate (10 dias úteis); em outras palavras, é o número de animais por peso,
fábrica, data e turno que a empresa projetou para abater. Neste caso, as informações de saída
100
do sistema são igualmente detalhadas por peso do animal, fábrica, data e turno (considerando
10 dias úteis). Já o grão semana referia-se ao período no qual o sistema de seqüenciamento da
produção sugeria tanto a programação de abates quanto a de produtos finais e matérias-primas
ou seja, o abate não era empurrado, e sim puxado pelos pedidos e necessidades de MP. Este
período contemplava 95 dias úteis e gerava planos de produção consolidados por semana,
portanto não havia o mesmo grau de detalhamento do grão turno.
O passo 1 do fluxo de formulados, por sua vez, sugeria a comparação entre as
necessidades e a alocação de MP para produtos formulados. As necessidades eram calculadas
com base nos pedidos e previsão de demanda dos produtos elaborados, como também na
estrutura das árvores de formulação, que possuíam os percentuais necessários de cada MP e os
ganhos e perdas de massa decorrentes do processo produtivo (rendimentos). Já a alocação
refere-se à utilização da programação de matéria-prima para a geração dos planos de produção
de produtos formulados.
O restante dos passos para cortes e formulados era essencialmente o mesmo. Depois
de avaliados os abates ou as necessidades versus a alocação de matéria-prima, procedia-se
para a análise da regularidade da programação. Este passo visava verificar se os volumes
totais de programação por fábrica, data e turno estivessem sendo gerados. A conferência
deveria ser feita mais no sentido de verificar se havia informações, pois foram encontrados
casos nos quais não havia programação em determinados turnos de algumas fábricas.
No penúltimo passo, sugeria-se a análise da programação de produção por família de
produto, pois desta forma seria possível identificar possíveis erros relacionados a um grupo de
itens. Apenas depois de realizado este passo, seguia-se para a última etapa da análise das
informações: o mix de produção. Nesta etapa, deveria ser feito um processo fino de análise e
identificação de erros para produtos específicos.
Além da definição dos passos descritos nos últimos parágrafos, criou-se uma matriz de
indicadores (Quadro 3), a qual possuía métricas anteriormente empregadas na fase 4, bem
como outros índices criados especificamente para a fase 5. A referida matriz foi concebida
para gerir os indicadores globais e locais (por fábrica) da Empresa Alfa. O quadro foi
separado entre dois grupos de indicadores: primeiro, os de atendimento de pedidos ME
(mercado externo) e de atendimento de demanda; e, segundo, os de aderência de abates.
101
Grupo
indicadores
Indicador Cálculo Horizonte
1A
Atendimento de
seqüências ME
no prazo
Número de seqüências
programadas no prazo dividido pelo
número total de seqüências dentro
do horizonte para produtos do
mercado externo.
5 meses
Atendimento
de pedidos
ME e
atendimento
de
demanda
1B
Atendimento da
demanda MI
Desvio padrão das aderências entre
o programado pelo sistema e
histórico de produção por família de
produtos do mercado interno.
1 mês
2A
Aderência do
abate no grão
turno (abate
empurrado)
Número de animais programado
pelo sistema dividido pelo número
de animais programado na
realidade.
10 dias
úteis
Aderência
de abates
2B
Variabilidade do
abate
programado no
grão semana
(abate puxado)
Desvio padrão do número de
cabeças programado pelo sistema.
95 dias
úteis
QUADRO 3 Matriz de indicadores desenvolvida para a fase 5
Os resultados globais obtidos nos indicadores apresentados no Quadro 3 podem ser
visualizados nos Gráficos 7, 8, 9 e 10. Nos próximos parágrafos, também se analisam os
resultados alcançados em cada indicador.
O indicador 1A iniciou a fase 5 com 20% das seqüências programadas no prazo.
Houve uma evolução durante esta fase que o fez chegar a 38% ao final da mesma, índice,
porém, inferior à meta de 60%. No ponto 1 sinalizado no Gráfico 7, identificaram-se erros de
validades de produção havia pedidos com zero meses de validade, o que significava que o
sistema poderia utilizar apenas os lotes de produção do mês “atual” para programar um
pedido. A partir disso, realizou-se um trabalho de correção dos dados, o que surtiu efeito com
a melhoria do indicador no dia 92 da fase 5.
No ponto 1, também houve a correção de um bug no sistema, o qual afetava a
programação de abates. No ponto 2 do indicador 1A, verificou-se que os problemas com os
saldos pendentes de seqüências já carregadas persistiam. Este evento marcou a queda no
indicador para o patamar verificado no dia 97. Já no ponto 3, a identificação e gradual
correção dos erros nos roteiros de produção permitiram que o indicador evoluísse
positivamente até o dia 106 da fase 5.
102
GRÁFICO 7 Indicador de atendimento de seqüencias ME no prazo na fase 5
O indicador 1B, apresentado no Gráfico 8, manteve-se a maior parte do tempo
constante e próximo da meta de 34%. No ponto 1, houve um evento que marcou a melhoria
do indicador: identificou-se um bug no sistema, o qual não alocava a produção para a
demanda conforme o esperado. Já no ponto 2 duas situações resultaram na queda do
indicador: (1) os dados de demanda do mercado interno estavam errados; e (2) a modelagem
das árvores de formulação das fábricas de empanados não refletia a realidade.
GRÁFICO 8 Indicador de atendimento da demanda MI na fase 5
No Gráfico 9, verifica-se que o indicador 2A manteve-se em 77% do período com um
índice médio de 95%, o que demonstrou a estabilidade e a proximidade do mesmo em relação
à meta (100%) durante a fase 5. No ponto 1, identificou-se uma necessidade de customização
do sistema para que o mesmo considerasse particularidades da programação de produção duas
unidades produtivas. Ainda, havia duas unidades com erros nos calendários de recursos, e
103
outras duas fábricas com erros nos dados de escala de abate. No ponto 2, verificou-se que
havia erros nos tempos de processo da maior fábrica da Empresa Alfa (em termos de volume
de produção). Já no ponto 3 identificaram-se erros em rendimentos de árvores de cortes.
GRÁFICO 9 Indicador de aderência do abate empurrado na fase 5
O indicador 2B, conforme se visualiza no Gráfico 10, iniciou a fase 5 com um índice
de 9%, o que era praticamente a meta estabelecida (8%). Durante esta etapa, houve oscilações
e, no final, o indicador ficou em 25%, aquém da meta desejada. No ponto 1, verificou-se que
a programação de abates de um frigorífico em especial estava sendo responsável pelo
aumento da variabilidade, o que foi corrigido mediante uma customização do sistema no dia
87. No ponto 2, os erros mencionados na análise do indicador 2A também influenciaram
(erros nos tempos de processo da maior fábrica da Empresa Alfa). Nos pontos 3 e 4, a
existência de erros no cadastro dos limites de abates três frigoríficos (estavam
superestimados) culminou no aumento da programação de abates e, conseqüentemente, no
aumento da variabilidade.
104
GRÁFICO 10 Indicador de variabilidade do abate puxado na fase 5
Durante as atividades realizadas na fase 5, houve dificuldades na análise e
identificação de erros de dados dos produtos formulados. Contudo, diagnosticou-se que uma
das causas do problema referia-se à programação de matéria-prima nas fábricas fornecedoras
deste insumo. A partir disso, analisaram-se as árvores de cortes e de formulação, além dos
estoques iniciais que eram carregados para o sistema de seqüenciamento da produção. Nestes,
verificou-se que havia estoque físico nas fábricas, porém o mesmo não aparecia na carga de
estoques para a ferramenta de seqüenciamento da produção. Após investigar, descobriu-se que
os estoques estavam sendo registrados em uma tela do sistema de controle de estoques da
Empresa Alfa de onde o sistema de programação da produção não importava dados.
Ao final da fase 5, realizou-se pela primeira vez no projeto a análise dos pedidos e
seqüências do ponto de vista das datas programadas pelo sistema de seqüenciamento da
produção. Esta atividade foi feita pela área de PCP corporativo, na qual foi possível comparar
as seqüências programadas pelo método manual com as seqüências programadas pelo
sistema.
A fase 5 caracterizou-se por ajustes finos nos dados do sistema de seqüenciamento da
produção, bem como pela intensiva participação dos usuários de todas as fábricas. Apesar
deste esforço, nenhum dos indicadores alcançou a meta desejada, apesar de o 1B, o 2A e o 2B
terem sido considerados satisfatórios. Por outro lado, como essas métricas foram criadas
somente na fase 5, não havia condições de avaliar a evolução das mesmas em relação a outras
etapas do projeto. Em função da necessidade de utilização do sistema pela Empresa Alfa,
além do fato de o projeto ter atrasado (o que fez aumentarem as pressões por parte da diretoria
da organização), decidiu-se homologar o sistema ao final da fase 5.
4.6 Resumo e avaliação dos procedimentos adotados
Apesar de não ter sido utilizado um procedimento propriamente dito durante as
primeiras fases em que se identificaram e corrigiram erros de dados, houve uma seqüência de
atividades que, mesmo não estruturadas, buscaram melhorar os dados do sistema de
105
seqüenciamento da produção. De uma forma geral, as fontes dos erros de dados encontrados
estavam relacionadas a dois grupos de problemas, conforme abaixo:
integração de sistemas: a importação de dados de outros sistemas da Empresa Alfa
não havia sido mapeada adequadamente. Com isso, determinados dados não
refletiam a realidade quando atualizados no sistema de seqüenciamento da
produção; e
influência humana: os dados eram impactados direta ou indiretamente no sistema
de seqüenciamento da produção pelos erros dos usuários. A relação direta se dava
quando os dados eram inseridos na interface do sistema ou importados por meio de
templates com erros. Já a relação indireta ocorria por meio de erros em outras
ferramentas da Empresa Alfa, as quais exportavam dados para o sistema de PCP.
Um exemplo deste segundo fator foi a inacuracidade de estoques de produtos ou de
suprimentos identificada durante o caso.
Neste sentido, com o advento da utilização de um sistema, a necessidade de dados
acurados expôs uma situação até então inexistente na Empresa Alfa. Havia dados que jamais
haviam sido levantados pela área de PCP. Já a acuracidade dos mesmos não era exigida pelo
fato de que, com a programação manual e descentralizada, os erros de uma fábrica não
influenciavam em outras. A partir do sistema de PCP, os erros de dados de uma fábrica
passaram a impactar em outras.
Outro fator relacionado à acuracidade dos dados diz respeito às diferentes visões
criadas sobre os cálculos de rendimentos e de percentuais de formulação em uma árvore a
estrutura de produto do sistema era diferente da maneira como as fábricas tratavam estes
dados. Além disso, houve dificuldades na interpretação da função dos calendários para os
recursos, bem como na compreensão de quais dados inserir no sistema. Este segundo aspecto
diz respeito à diferença entre os dados reais e os objetivos (metas). O correto seria que
somente os dados reais (tempo de processo real de uma máquina, por exemplo) fossem
inseridos no sistema. Porém, havia usuários que, devido à cultura de cobrança de metas pelas
chefias, imaginavam que os dados utilizados no sistema deveriam ser as metas estabelecidas
para as fábricas.
A adoção de procedimentos para a melhoria da acuracidade de dados contribuiu para a
estruturação das atividades dos usuários e da equipe de projeto, bem como direcionou as
ações para a correção de erros. Na fase 2, quando ainda não havia um procedimento
106
estabelecido, as ações limitaram-se a corrigir erros triviais. Além disso, após a correção destes
erros, não se sabia o que fazer para melhorar a acuracidade dos dados.
Já a fase 3 caracterizou-se pelo embrião daquele que se transformaria, na fase 4, no
procedimento estruturado de análise e correção de dados. Na fase 3, a equipe de projeto teve o
mérito de criar indicadores e uma lista de verificação dos dados do sistema. No que diz
respeito às métricas criadas, as informações geradas pelo sistema passaram a ser avaliadas
conforme as atividades de melhoria da acuracidade dos dados eram realizadas. Outro aspecto
importante na fase 3 foi a carga dos pedidos reais da Empresa Alfa, o que aproximou as
informações geradas pelo sistema à realidade da organização, como também facilitou o
processo de análise dos dados.
A multiplicação do conhecimento sobre a ferramenta de seqüenciamento da produção
possibilitada na fase 4 foi uma iniciativa tão importante quanto o aprimoramento do
procedimento de melhoria da acuracidade dos dados. A intensificação de esforços
potencializou o processo de análise, o que contribuiu para a melhoria dos indicadores criados.
A fase 5 não apresentou uma evolução tão significativa quanto a fase 4. Ainda,
identificou-se um problema na carga dos dados de estoques, e o PCP corporativo analisou a
programação de pedidos. Esta segunda atividade deveria ter ocorrido no momento que a carga
de pedidos “reais” foi feita (fase 3), pois a validação destes dados contribuiria para a correção
de erros nos pedidos. Por outro lado, a criação de outros indicadores, como também os
desdobramentos dos mesmos para as fábricas, foi importante para analisar as informações sob
outra ótica e oportunizar aos usuários a avaliação dos resultados das plantas nas quais
trabalhavam. Ao final da fase 5, é possível fazer uma análise dos indicadores de programação
de pedidos e de atendimento de seqüencias no prazo em função da importância dos mesmos e
do fato de terem sido aplicados durante duas ou mais fases. Os Gráficos 11 e 12 apresentam
estes indicadores.
No gráfico do indicador de programação de pedidos, os pontos assinalados dizem
respeito aos seguintes eventos:
ponto 1: identificação de erros de calendários, recursos cadastrados em árvores sem
calendário associado, erros nos rendimentos de árvores de cortes e de formulação, e
pedidos carregados e não encerrados pela área Comercial;
ponto 2: bug no sistema de programação da produção;
107
GRÁFICO 11 Indicador de programação de pedidos
ponto 3: erros de rendimento e percentual de formulação nas árvores de produtos
elaborados, matérias-primas cadastradas em estruturas de produtos formulados
ausentes em árvores de cortes, e produtos que deveriam ser alternativos cadastrados
como compulsórios (e vice-versa);
ponto 4: ausência de horas extras em calendários e recursos cadastrados em roteiros
nos quais não poderiam estar presentes; e
ponto 5: recursos com baixos tempos de processo em relação à realidade e produtos
que não constavam em todas as árvores possíveis.
Já no indicador de atendimento de pedidos no prazo (Gráfico 12), foram sinalizados 5
pontos no gráfico do mesmo, sendo que os dois primeiros dizem respeito aos eventos 4 e 5,
respectivamente, identificados na análise da programação de pedidos (Gráfico 11).
GRÁFICO 12 Indicador de atendimento de pedidos no prazo
108
Abaixo se elencam os eventos dos três últimos pontos do Gráfico 12:
ponto 3: validades máximas de produção aceitas pelo cliente zeradas e bug no
sistema de seqüenciamento da produção;
ponto 4: recorrência do problema dos pedidos carregados e não encerrados pela
área Comercial; e
ponto 5: erros nos roteiros de produção.
Com relação à efetividade das ações realizadas em todas as fases para a correção dos
erros de dados, entende-se que houve 4 pontos de alavancagem para a melhoria da
acuracidade dos mesmos, os quais são listados abaixo:
validação e refinamento da estrutura de produto e roteiros;
validação e refinamento dos calendários dos recursos;
multiplicação do conhecimento sobre a ferramenta e intensificação de esforços
junto aos usuários; e
criação de indicadores para as informações geradas pelo sistema.
5 PROPOSIÇÃO DE UM MÉTODO TENTATIVO PARA A MELHORIA DA
ACURACIDADE DE DADOS EM UM SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO DA
PRODUÇÃO PARA A INDÚSTRIA CÁRNEA
Neste capítulo, propõe-se um método tentativo que estabelece um roteiro para o
tratamento da acuracidade dos dados de um sistema de seqüenciamento da produção
desenvolvido para a indústria cárnea. Por método tentativo entende-se como uma proposta
que busca definir uma abordagem estruturada para a análise de um objeto. O desenvolvimento
do método contemplou os seguintes aspectos: conceitos inerentes ao objetivo do estudo
(programação da produção aplicada à indústria cárnea, além de qualidade de dados e de
informações); elementos identificados por meio da experiência relatada no estudo de caso na
Empresa Alfa; e as contribuições de experts na temática da pesquisa, conforme detalhado no
Capítulo 3 e no Apêndice C.
Inicialmente, identificam-se neste capítulo os pressupostos para o desenvolvimento do
método e as estratégias utilizadas para a elaboração do mesmo no sentido da atuação sobre a
melhoria da acuracidade de dados. Na segunda seção, foram detalhados os passos do método
tentativo, aos quais foram incorporadas as sugestões dos experts consultados. A terceira parte
do capítulo apresenta os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) para a aplicação do método
proposto, os quais possuem uma abordagem do ponto de vista gerencial e da estrutura
necessária. Por fim, resgatam-se de forma sucinta na quarta seção os assuntos tratados no
capítulo.
5.1 Pressupostos e estratégias para o desenvolvimento do método e para a melhoria da
acuracidade de dados
O desenvolvimento do método proposto para a melhoria da acuracidade dos dados
passou pela definição de pressupostos e de estratégias para o mesmo. Os pressupostos
referem-se ao escopo do método em função das características do negócio da indústria cárnea
e ao papel dos dados no sistema de seqüenciamento da produção. Já as estratégias constituem-
110
se das ações no sentido da efetivação dos pressupostos, ou seja, dos elementos utilizados para
o desenvolvimento do método.
A Figura 22 apresenta o problema dos dados no caso pesquisado, no qual se visualiza
o fluxo de dados entre a realidade da empresa, as fontes primárias de armazenamento de
dados e o sistema de seqüenciamento da produção. Além disso, a figura delineia os pontos
onde o método proposto se insere.
FIGURA 22 O fluxo dos dados e o foco do método
Na Figura 22, é possível verificar que os dados coletados na realidade da empresa são
inseridos em bases de dados e em templates, os quais, por sua vez, servem como um elo entre
a realidade o banco de dados do sistema. O método desenvolvido parte do pressuposto de que
os caminhos intermediários entre os locais onde os dados são originalmente gerados ou
coletados e os templates ou bases de dados corporativas não possuem problemas de
integração. Por isso, os templates e os sistemas corporativos serão considerados como as
próprias fontes primárias logo, a identificação de erros dos dados importados para a base do
sistema de seqüenciamento da produção deverá basear-se nestas duas fontes.
111
No momento em que os dados de entrada necessários para a ferramenta de
programação da produção são inseridos nas bases corporativas ou nos templates, a transição
dos dados para o sistema é feita por meio de um processo de integração (importação). Neste
ponto, por mais que os dados estejam acurados, se houver problemas no referido processo o
banco do sistema de programação da produção não refletirá a realidade.
Entre os meios digitais nos quais os dados são armazenados (fontes primárias) e a
inserção dos mesmos no banco do sistema, reside o foco do método proposto neste estudo: a
acuracidade dos dados. Estes são importados para a base do sistema de programação da
produção, a partir do qual o seqüenciador gera planos de produção. Entre a realidade da
empresa e as informações geradas pelo sistema, pode existir uma discrepância, pois os planos
sugeridos talvez não sejam coerentes com a realidade. A partir disso, a acuracidade dos dados
é um dos pontos nos quais se podem realizar melhorias que tornarão a programação do
sistema mais próxima do mundo real os outros seriam a integração de sistemas (do ponto de
vista do desenvolvimento das mesmas) e o algoritmo do seqüenciador, os quais não são
tratados neste trabalho.
As proposições feitas para o método foram desenvolvidas independentemente do
esforço tecnológico necessário para a implementação das mesmas. Em outras palavras, o
método não possui um viés tecnológico, pois o objetivo foi o de elaborar uma abordagem
estruturada para a acuracidade dos dados, sem detalhar a maneira pela qual as inteligências de
busca de erros de dados seriam construídas. Por outro lado, dentre os pressupostos
tecnológicos, parte-se do princípio de que os erros de importação dos dados para o sistema
possam ocorrer por apenas um motivo: erro no template (nos dados ou no nome do arquivo).
Quanto ao mecanismo de importação do sistema de seqüenciamento da produção, assume-se o
mesmo estaria livre de erros.
Outro pressuposto tecnológico diz respeito à existência de mecanismos de
identificação de erros de dados após a importação dos mesmos para o sistema (os chamados
logs). Estes se referem a mecanismos automáticos de verificação de erros de importação em
relação à estrutura do banco de dados. Baseado neste critério, os logs devem contemplar as
seguintes situações:
nome do template não consta no schema banco de dados: a ação sugerida é verificar
se o arquivo do template foi nomeado corretamente;
112
formato do arquivo do template incompatível com o banco. Exemplo: o template
foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: ocorre quando o formato de
um dado preenchido em um template diferir do formato especificado no banco de
dados para o referido atributo; e
integridade referencial: contempla tanto o não preenchimento de um dado em um
campo obrigatório (chave) quanto erros no relacionamento entre entidades
9
.
Uma premissa inerente ao método é de que os dados errados, quando identificados,
sempre serão corrigidos adequadamente, não sendo possível que os mesmos percam a sua
acuracidade. Esta afirmação não possui relação com novos dados que forem inseridos ao
longo dos testes do método (um novo produto, por exemplo). Caso estes estiverem errados e
forem identificados, entrarão normalmente no fluxo, sendo também submetidos às validações
(checagens automáticas de identificação de erros e potenciais erros de dados).
Em todas as fases do método proposto, as validações serão sempre cumulativas,
sucedidas por testes de verificação da existência de erros. Se confirmados, os dados deverão
ser corrigidos na fonte primária, e uma nova carga do template que continha os erros deverá
ser feita.
No que diz respeito ao tratamento dos erros de dados, o foco do estudo estará atrelado,
na verdade, aos defeitos dos mesmos. Fazendo-se uma analogia com os conceitos de erro e de
defeito do Controle da Qualidade Zero Defeito (CQZD) proposto por Shingo (1996), defeito é
uma conseqüência do erro, o qual é a real causa geradora de problemas no processo produtivo.
Outra analogia possível entre erro e defeito é entre processo e produto, respectivamente.
Enquanto que o primeiro deve ser melhorado para que se previnam futuros problemas, o
segundo, caso não seja produzido adequadamente, gerará uma perda, não valendo à pena,
portanto, atuar corretivamente no processo. Portanto, o termo “erro” utilizado neste estudo
deverá ser considerado como defeito, dado que a melhoria da acuracidade dos dados não se
dará nos processos que os geram, de forma preventiva.
A ordem com que os dados devem ser tratados para que o sistema seja capaz de gerar
planos de produção coerentes com a realidade pode ser adotada por meio da consideração da
inter-relação entre os dados do sistema. A Figura 26 apresenta uma árvore de pré-requisitos de
9
Na linguagem de bancos de dados, entidades referem-se às tabelas que armazenam informações.
113
dados, a qual estabelece os relacionamentos entre os principais dados do sistema (aqueles que
mais influenciam na programação da produção).
A árvore apresentada na Figura 23 foi desenvolvida para se interpretar a necessidade
de o sistema de seqüenciamento da produção gerar uma programação coerente com a
realidade. Para que isso seja possível, 5 pré-requisitos devem ser atendidos: os pedidos devem
ser programados, e os estoques de produtos finais, as limitações de estocagens, as restrições
de produção e as necessidades de embalagens necessitam estar adequadamente populados na
base de dados. Independentemente das últimas 4 condições mencionadas, a programação de
pedidos pode ser gerada, desde que exista uma programação de abates. Neste ponto, a massa
gerada a partir da “desmontagem” dos animais é empurrada no sentido da geração dos
produtos finais e das matérias-primas (que serão utilizadas para a programação de
formulados), atendendo desta forma aos pedidos. Portanto, os abates são “puxados” pela
existência de pedidos e depois “empurrados” no sentido da programação dos produtos.
FIGURA 23 Árvore de pré-requisitos de dados para a geração de uma programação coerente
114
A geração da programação de abates depende da existência concomitante dos
cadastros de estruturas de produto dos cortes (cada raiz representando uma faixa de peso
vivo), de curvas de peso e dos pedidos ou previsão de demanda. Os abates não
necessariamente dependem das árvores de formulação, pois a massa que é destinada para a
programação de matérias-primas pode ser utilizada para a produção de cortes vendáveis.
Logo, a programação de matérias-primas e as estruturas de produtos formulados não são pré-
requisitos para a programação de abates. Por outro lado, para que os pedidos sejam
programados, é necessário que estas condições estejam preenchidas.
Os pressupostos definidos nos parágrafos anteriores serviram de base para o
desenvolvimento da estratégia do método proposto, a qual é composta por 7 elementos:
prevenção;
parcimônia;
nível de complexidade da modelagem dos dados;
exposição dos dados;
validações;
medições (índices de controle e indicadores); e
priorização das análises.
A prevenção refere-se ao estabelecimento dos requisitos dos dados que devem ser
populados na base do sistema, para que o preenchimento de templates e a integração de dados
com outros sistemas não contenham erros. Além disso, o desenvolvimento de logs que
indiquem a ocorrência de erros de importação de dados para a base do sistema de PCP
contribui para que a mesma não tenha dados faltantes.
O Princípio da Parcimônia, o qual sugere a simplicidade como critério para o estudo e
ação sobre um fenômeno, contribuiu para o desenvolvimento do método em relação à
seqüência de atividades do mesmo. Nas atividades de população da base de dados, deve-se
iniciar pelo processo de importação, validação e de correção de erros dos dados básicos para o
sistema (aqueles que são pré-requisito para os demais cadastros). Ao final disso, adota-se este
mesmo procedimento para os demais dados necessários para o sistema, obedecendo-se a
critérios de precedência e aos resultados verificados nas métricas. Esta estratégia facilita o
115
processo de identificação de erros, tendo em vista que os grupos de dados serão tratados aos
poucos, de forma incremental (inclusive testando-se fábrica por fábrica). Dentro do escopo da
parcimônia, ressalta-se a possibilidade de os testes do método serem realizados de forma
paralela, somente nos casos em que os passos de um subprocesso forem aplicados da mesma
maneira para diferentes fábricas. Apesar de, no fluxo, o início dos testes de uma unidade
depender da finalização de uma fábrica predecessora, nada impede que o paralelismo seja
adotado nestes casos.
O nível de complexidade (detalhamento) da modelagem de dados influencia no
volume necessário dos mesmos e também na manutenção dos dados. O método deve
corroborar para que se adote a simplicidade na modelagem das estruturas de produto e de
roteiros (redes de atividades), pois quanto mais detalhada for a modelagem, maiores serão as
chances de existirem dados errados (ou de os resultados não alcançarem as metas desejadas).
Outro aspecto relacionado ao nível de detalhamento da modelagem diz respeito à real
necessidade disso talvez nem seja preciso construir estruturas volumosas, considerando-se o
trade-off benefício versus esforço de modelagem.
10
Os incrementos de modelagem, caso
necessário, devem ser feitos ao longo da aplicação do método, de forma que sejam alcançados
os resultados desejados.
A exposição dos dados possibilita simular situações anormais para que se forcem os
erros de dados, ou seja, para que os mesmos venham à tona mais facilmente. A população de
estoques fictícios de matérias-primas para que seja possível realizar rodadas no sistema com
produtos formulados é um exemplo desta estratégia.
Existem erros de dados cujo padrão de comportamento é passível de ser identificado
por meio de regras, as quais são as chamadas validações. Estes mecanismos de identificação
automática de erros devem ser rodados regularmente e sempre antes das rodadas do sistema,
pois desta forma se garante que os tipos de erros mapeados estarão corrigidos antes de o
sistema gerar os resultados. Com relação às validações, existe uma delimitação importante:
parte-se do pressuposto de que não serão criadas novas validações durante as atividades de
identificação e de correção de erros, pois as sugeridas deverão contemplar todas as situações
de erro.
10
A modelagem de recursos que não sejam gargalo ou CCRs é um exemplo desta estratégia, pois o esforço
necessário para coletar e manter estes dados no sistema não trará benefícios do ponto de vista dos resultados.
Outro exemplo é a modelagem dos produtos cujos volumes não são considerados no processo de PCP, que,
portanto, não precisam ser detalhados (pulmão e sangue, dentre outros).
116
As métricas são utilizadas para avaliar a acuracidade dos dados inseridos no sistema,
bem como os resultados das rodadas do seqüenciador. Em outras palavras, a existência de um
mecanismo de controle permite que se analise a qualidade das informações geradas pelo
sistema. Dois exemplos de itens de controle podem ser utilizados para uma melhor
compreensão do papel dos mesmos: um feito antes das rodadas e outro feito depois. O
primeiro exemplo refere-se à variabilidade dos tempos de processo dos recursos produtivos, a
qual é calculada utilizando-se o desvio-padrão. Neste caso, possibilita-se encontrar tempos
sub ou superestimados. O segundo exemplo diz respeito à programação de pedidos no prazo:
dependendo-se da acuracidade dos cadastros de estrutura de produto, o volume destinado para
o atendimento de pedidos (programado pelo sistema) poderá ficar abaixo da meta existente na
empresa.
Por fim, a sétima estratégia estabelece uma noção de priorização (Princípio de Pareto)
na análise dos índices de controle e dos indicadores no caso de as metas não terem sido
atingidas, é necessário realizar um processo de verificação, no qual é possível identificar erros
de dados. Nesta avaliação, é necessário priorizar a análise, primeiramente, sobre os piores
resultados; em um segundo momento, devem ser analisadas as causas potenciais dos
problemas, sendo que as mais prováveis deverão ser testadas antes das menos prováveis. Esta
lógica contribuirá para a agilidade na busca pela melhoria dos resultados do sistema,
aproximando-o da realidade da empresa.
5.2 Método tentativo para a melhoria da acuracidade dos dados
Nesta seção, apresenta-se o método proposto para a melhoria da acuracidade de dados
de um sistema de seqüenciamento da produção desenvolvido para a indústria cárnea. Antes de
esta versão ter sido consolidada, uma proposta inicial (original) do método foi submetida à
avaliação de especialistas na temática do estudo. A partir da etapa de validação, parte das
críticas e contribuições feitas pelos experts à proposta foi incorporada à mesma, o que
resultou na elaboração da versão revisada do método. Os temas tratados na entrevista semi-
estruturada realizada junto aos especialistas constam no capítulo 3 (método). Já os
comentários dos mesmos quanto à proposta inicial constam no Apêndice C.
117
O método proposto foi estruturado por meio de processos e subprocessos, pois desta
maneira foi possível ordenar as atividades do mesmo de forma seqüencial (seguindo o
Princípio da Parcimônia). Considerou-se como processo um agrupamento de tarefas que,
juntas, representassem um marco para a aplicação do método. No caso do método proposto,
definiu-se que deveria existir três marcos: o da preparação dos dados, o da população e
melhoria da acuracidade dos dados e outro de homologação (Figura 24), os quais são
detalhados em seções distintas ao longo deste capítulo.
Um processo pode ser constituído por um conjunto de subprocessos, os quais
dependem da seguinte condição para existirem: entregar um “produto” ao final da execução
do subprocesso (exemplo: árvores de cortes validadas). Já o critério utilizado para a definição
do número de subprocessos considerou a existência de atividades cujas finalidades eram
similares (no caso do Processo 1), enquanto que, para o Processo 2, o critério foi o número de
variáveis que se desejava testar em etapas separadas (parcimônia).
Um subprocesso é constituído por atividades ou testes, as quais detalham os fluxos no
sentido da operacionalização dos subprocessos aos quais estejam vinculados. Esta
hierarquização da estrutura do método possibilitou que o nível de detalhamento do mesmo se
tornasse menos complexo, sendo possível o cumprimento dos objetivos de cada processo e
subprocesso por etapas.
FIGURA 24 Processos do método proposto
O Processo de Homologação do sistema, apesar de fazer parte do método, não é
detalhado neste trabalho, tendo em vista que a proposta contempla apenas a etapa de projeto
da implementação do sistema de programação da produção pesquisado. Este processo está
definido dentro do escopo do método para que fosse possível compreender em que momento
o mesmo finalizava. Utiliza-se o termo homologação do sistema porque, dado que se parte do
pressuposto de que a qualidade do algoritmo fosse adequada, a homologação dos dados seria
concomitante com a do sistema.
118
Diante da apresentação dos processos do método e da explicação sobre a função dos
subprocessos, apresenta-se na Figura 25 uma visão geral da proposta e mais ampla em relação
à Figura 24. Verifica-se na Figura 25 que o Processo 1 possui 4 subprocessos, sendo que,
apenas ao final da execução do último, inicia-se o primeiro subprocesso do Processo 2.
FIGURA 25 Subprocessos do método proposto
Os passos de cada subprocesso podem ser compostos por atividades e testes. Uma
atividade pode possuir três elementos distintos, sendo que cada qual possui uma função. São
eles: tarefas, validações e medições. As tarefas referem-se à descrição detalhada de uma
atividade, tais como a função da atividade e as ações que devem ser tomadas na mesma.
As validações são verificações feitas sobre os dados populados no banco do sistema de
programação da produção, nas quais se compara cada caso com as regras de negócio da
empresa. Caso uma situação não esteja de acordo com essas regras (ou possa representar um
problema, dependendo da situação), será gerada uma mensagem informando que o dado
verificado pode possuir problemas. É importante ressaltar que, no método proposto, parte-se
do pressuposto de que todas as validações são automáticas, ou seja, geradas pelo próprio
sistema de seqüenciamento da produção.
Uma validação pode ser classificada como erro ou alerta o primeiro refere a uma
situação que vai de encontro às regras de negócio, sendo prejudicial para a qualidade das
119
informações que serão geradas pelo sistema. Já o segundo termo indica uma situação de risco
potencial, ou seja, não sem tem certeza se configura um erro, porém deve ser analisada para
que se confirme (ou não) um problema.
A terceira função possível de uma atividade (medições) divide-se em índices de
controle (ICs) e indicadores. O primeiro é utilizado para mensurar os dados de entrada
independentemente da realização de uma rodada do sistema. Os ICs podem ser calculados,
por exemplo, por meio de medidas tendência central (média) ou de dispersão (desvio-padrão),
sendo possível acompanhar a evolução dos mesmos (e das situações de erro) com o apoio de
gráficos de controle. Os ICs podem indicar erros e também contribuir para a identificação de
oportunidades de melhorias nos dados. Um exemplo disso é o cálculo do desvio padrão dos
tempos de processo, em kg/h, de um recurso. Se o desvio for maior que o limite máximo
aceitável, deverá ser verificado se existem erros. Caso um problema seja confirmado, a
análise do mesmo em uma estrutura de produto poderá contribuir para a melhoria de outros
dados da árvore.
O segundo tipo de medição proposto no método (indicadores) caracteriza-se pela
mensuração das informações geradas pelo sistema de programação da produção após as
rodadas do mesmo. Em outras palavras, os indicadores atuam sobre os resultados do sistema,
e não diretamente nos dados de entrada. A vantagem é que erros na informação gerada pelo
sistema poderão indicar problemas nos dados de entrada. De forma similar às validações e aos
ICs, quando as metas dos indicadores não forem atingidas, deverá ser feito um processo de
análise. Após isso, os dados errados deverão ser corrigidos, e as oportunidades de melhoria
identificadas deverão ser implementadas, ambos na fonte primária dos dados. Finaliza esta
etapa, as tabelas onde os dados foram editados devem ser novamente importadas para o
sistema.
Ambas as medições propostas (índices de controle e indicadores) deverão possuir uma
meta para que seja possível avaliar os resultados das mesmas. As metas poderão derivar-se de
resultados do histórico da empresa, ou então da realidade da organização (no caso em que a
medição tenha uma correspondente na realidade).
Após detalhar as três funções que uma atividade possui, retoma-se o outro elemento
que, ao lado das atividades, materializa os passos de cada subprocesso. Os testes possuem
uma função auxiliar, pois representam os nodos de decisão no fluxo, sendo graficamente
representados por losangos. Para fins de entendimento dos componentes do detalhamento dos
120
subprocessos dentro de uma hierarquia, sugere-se a visualização da Figura 26, na qual se
apresentam todos os elementos apresentados neste e nos parágrafos anteriores.
FIGURA 26 Hierarquia dos componentes do fluxo dos subprocessos
Depois de contextualizados os componentes dos subprocessos, apresentam-se os
símbolos utilizados no desenvolvimento dos fluxos do método, cuja legenda pode ser
visualizada no Quadro 4.
Símbolo Nome Aplicação
Conector de
atividade ou
teste
Interliga todos os símbolos no processo, exceto
na ligação das fontes externas ao fluxo (bases
de dados e documentos), a qual é simbolizada
por uma seta tracejada.
Conector
interno
Possui a mesma função de um conector de
atividade ou teste, com a diferença que serve
para interligar atividades cuja distância entre
as mesmas faça com que o conector de
atividade ou teste não seja recomendável. O
interior do conector é preenchido apenas por
letras, sendo que as mesmas não se repetem
para duas ou mais referências.
Conector de
processo
É utilizado para simbolizar a conexão entre dois
subprocessos. Quando um conector de
atividade ou teste sair de um conector de
processo, significa que este representa um
subprocesso anterior. Por outro lado, quando
um conector de atividade ou teste chegar a
um conector de processo, este representa o
próximo subprocesso.
121
Atividade É utilizado para designar as atividades do fluxo.
Teste É utilizado para designar os testes do fluxo.
Conector de
página
É utilizado para sinalizar a continuação de um
subprocesso em outra página. A numeração
utilizada será a da página deste estudo na
qual o subprocesso tem continuidade.
Conector de
fontes
externas
É utilizado para a ligação das fontes externas
(bases de dados ou documentos) às atividades
ou testes.
'DGRV
Base de
dados
Refere-se a bancos de dados ou meios
impressos de onde são importados ou
coletados, respectivamente, os dados
utilizados nos testes.
Documento
Refere-se a qualquer informação impressa em
formato de texto ou um relatório proveniente
do sistema de programação da produção.
Obs.: os meios impressos que possuírem dados
que serão coletados para o sistema de
programação da produção não fazem parte
desta definição.
Ferramenta
de sistema
Refere-se a qualquer mecanismo ou
ferramenta desenvolvida com recursos de
tecnologia da informação.
QUADRO 4 Legenda dos componentes dos fluxos do método
Como pôde ser visualizado no Quadro 4, foram atribuídos para as atividades e testes
códigos identificadores, os quais serão úteis na descrição dos subprocessos. A referida
identificação utiliza uma codificação padrão, a qual é dividida em 6 caracteres, conforme
visualiza-se na Figura AA.
122
FIGURA 27 Codificação padrão das atividades e testes dos subprocessos do método proposto
A partir da compreensão de todas as informações relatadas até o momento nesta seção,
faz-se necessário abordar a estrutura e o conteúdo dos subprocessos. Nas próximas seções do
capítulo, detalham-se os fluxos e descrevem-se brevemente as atividades e testes dos mesmos.
O detalhamento fino dos componentes dos subprocessos é apresentado do Apêndice D1 até o
Apêndice D19.
5.2.1 Processo 1 – Preparação de dados
No Processo 1, predominam atividades e testes preparatórios para a utilização dos
dados no sistema de programação da produção. Nesta fase, definem-se inicialmente o modelo
conceitual e os requisitos dos dados. Posteriormente, no Subprocesso 1.2, verifica-se a
disponibilidade e coletam-se os dados necessários para o sistema no ambiente da empresa e
estruturam-se as integrações entre sistemas e os templates. No Subprocesso 1.3, são definidas
as auto-validações que deverão ser geradas automaticamente pelo sistema. Ao final, no
Subprocesso 1.4, detalham-se os testes de integração de sistemas e de importação de dados.
5.2.1.1 Subprocesso 1.1 – Especificação de dados
O objetivo do Subprocesso 1.1 é especificar os dados necessários para o sistema de
programação da produção. Na Figura 28, visualiza-se o fluxograma desta fase do método
proposto. A primeira atividade refere-se à definição do modelo conceitual para os dados
123
(P1S1A1), a qual trata de aspectos como o nível de detalhamento desejado dos dados, tanto do
ponto de vista do horizonte de programação quanto da modelagem de estruturas de produto.
Posteriormente, a outra atividade do Subprocesso (P1S1A2) identifica os dados necessários
para o sistema, bem como as condições para a utilização dos mesmos, como formato e
freqüência de atualizações (de hora em hora, diária, dentre outras).
FIGURA 28 Fluxograma do Subprocesso 1.1
5.2.1.2 Subprocesso 1.2 – Estruturação de dados
O Subprocesso 1.2 caracteriza-se pelo mapeamento e seleção dos dados necessários no
ambiente corporativo, bem como pela preparação dos mesmos para as integrações entre
sistemas ou nos templates. A partir da definição dos requisitos de dados realizada na fase
anterior, o Subprocesso 1.2 inicia-se, conforme a Figura 29, pela verificação se todos os dados
necessários para o sistema existem na empresa (teste P1S2T1), seja em meio digital ou
impresso. Se a resposta for “Sim”, deve-se verificar se os dados estão disponíveis em bases de
dados corporativas (P1S2T3). Considera-se como tal um banco que atenda às seguintes
condições:
o dado requerido é armazenado de forma centralizada, ou seja, não existem outros
sistemas paralelos;
o banco deve fazer parte da estrutura de Sistemas de Gerenciamento de Bancos de
Dados (SGBD) da empresa
o banco deve ser regularmente atualizado; e
124
o banco possibilita a exportação de cargas de dados para o sistema de PCP, sem a
necessidade de prepará-los manualmente antes de importá-los.
Com base nestes critérios, portanto, não são consideradas como bases de dados
corporativas quaisquer aplicações independentes e descentralizadas (também chamadas de
sistemas com banco de dados embarcado). Os bancos de dados desenvolvidos para usuários
domésticos são exemplos das referidas bases.
Caso os dados necessários estejam disponíveis em bases de dados corporativas, os
mesmos devem ser ajustados nos arquivos das cargas que serão importadas diretamente para o
sistema de programação da produção (P1S2A4). Nesta atividade, verificam-se questões
relacionadas ao formato dos dados e a unidades de medida (número, texto, quilo, tonelada,
dentre outros). Com isso, verifica-se a necessidade de se fazer uma conversão dos dados antes
de os mesmos serem importados para a base do sistema. Se, no teste anterior à atividade
P1S2A4, os dados existirem na empresa, porém não estiverem disponíveis em bases de dados
corporativas, deve-se verificar a possibilidade de os dados serem cadastrados em algum
sistema (P1S2T4). Se isso for possível, os dados deverão ser cadastrados (P1S2A5) e
posteriormente ajustados nos arquivos de integração com o sistema de programação da
produção (P1S2A4). Caso contrário, deverão ser preenchidos templates com os dados
disponíveis (P1S2A3).
Retornando-se ao teste P1S2T1, se houver dados que inexistam na empresa, deve-se
verificar se será possível obtê-los (teste P1S2T2). Caso isso não puder ser feito, será
necessário providenciar alterações no escopo do sistema (P1S2A1), o que refletirá na
reavaliação dos requisitos de dados. Por outro lado, caso seja possível obter os dados
faltantes, deverá ser feito um processo de coleta de dados (P1S2A2). Após esta atividade,
deve-se verificar se existe a possibilidade de os dados serem armazenados em sistemas
corporativos. Se a resposta for “Sim”, deverá ser feito um processo de cadastro dos dados em
uma base (P1S2A5), o qual será sucedido pelo ajuste dos dados nos arquivos de integração de
sistemas (P1S2A4). Caso contrário, deverão ser preenchidos templates com os dados
coletados (P1S2A3).
Uma observação se faz necessária em relação ao terceiro teste do Subprocesso 1.2
(P1S2T3) caso a resposta ao mesmo seja “Sim”. O método proposto não entrará no mérito dos
critérios de escolha de uma fonte de dados caso existirem mais de duas para um mesmo
atributo.
125
FIGURA 29 Fluxograma do Subprocesso 1.2
5.2.1.3 Subprocesso 1.3 – Auto-validação de dados
No Subprocesso 1.3, após o mapeamento, seleção e obtenção dos dados necessários
para o sistema de programação da produção, especificam-se as rotinas automáticas de
validação dos dados, as quais contemplam os seguintes itens:
mecanismos de identificação de erros na importação dos dados para o sistema;
validações dos dados quanto às regras de negócio da empresa; e
índices de controle e indicadores para a mensuração dos dados de entrada e dos
resultados do sistema, respectivamente.
126
FIGURA 30 Fluxograma do Subprocesso 1.3
Os três componentes do Subprocesso 1.3 estão representados em atividades distintas
no fluxograma do mesmo, conforme a Figura 30. Além disso, cada atividade gera um
“produto” ao final da execução da mesma, o qual será utilizado como entrada para a execução
de atividades no Subprocesso 1.4 e no decorrer das etapas do Processo 2. Devido à
importância dos indicadores como sinalizadores dos resultados do sistema de programação da
produção, apresenta-se no Quadro 5 a relação destas medições.
127
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
1
Programação de
pedidos fictícios (global)
Permite verificar se os dados populados até
esta etapa possuem uma acuracidade que
garanta a programação dos pedidos.
%
Soma dos pedidos programados,
em kg, dividida pelo total de
pedidos, em kg.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
2
Programação de
pedidos (global)
Permite verificar se os dados populados até
esta etapa possuem uma acuracidade que
garanta a programação dos pedidos.
%
Soma de pedidos programados,
em kg, dividida pelo total de
pedidos residuais
1
, em kg.
1
Referem-
se aos pedidos cuja data
de embarque seja menor ou igual
à última data do horizonte de
programação do sistema.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
3
Programação de
demanda líquida
2
(global)
2
Refere-se à soma das
diferenças entre a
demanda total e os
pedidos, em kg, de cada
produto.
Permite verificar se os dados populados até
esta etapa possuem uma acuracidade que
garanta a programação da demanda
líquida. A análise decorrente deste indicador
possibilita uma análise por produto, já que o
indicador nº 2 mensura a programação de
pedidos.
%
Soma da alocação para
demanda, em kg, dividida pelo
total de demanda líquida, em kg.
Idem ao indicador
2.
4
Aderência da
programação (global
por fábrica)
Contribui para a comparação dos volumes
programados pelo sistema em relação à
projeção de produção. A partir dos
resultados, é possível também avaliar a
acuracidade dos dados de pedidos e de
previsão de demanda.
%
[1 - (soma dos desvios absolutos do
programado pelo sistema em
relação à projeção de produção,
em kg)] dividido pelo total
projetado, em kg, por fábrica.
Idem ao indicador
2.
5
Aderência da
programação (por
fábrica e família de
produto)
Idem ao indicador 4, com a diferença que
permite visualizar a aderência para cada
família de produto, facilitando o processo de
identificação de erros de dados.
%
Idem ao indicador4, porém
discriminado por família de
produto.
Idem ao indicador
2.
128
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
6
Projeção de
consumo versus
necessidade de MPs
Este indicador permite
identificar 2 tipos de
problemas: (1) erros nos
pedidos ou demandas; e
(2) erros nas árvores.
%
[1 - (Soma dos desvios absolutos entre o volume total de
consumo projetado, em kg, de cada MP e o volume total
necessário
3
da MP, em kg) dividida pelo total do consumo
projetado].
3
É o percentual da MP sobre o produto final vezes o total
de pedidos e demanda líquida do produto final.
Idem ao indicador
nº 2.
7
Projeção de
consumo versus
necessidade de
suprimentos
A quantidade necessária
de suprimentos influencia
nas compras e projeções
de consumo dos
mesmos,
bem como no
aprazamento de
pedidos.
%
[1 - (Soma dos desvios absolutos entre a projeção de
consumo de cada suprimento e a necessidade
4
do
material) dividida pelo total do consumo projetado].
4
É o percentual do ingrediente sobre o produto final vezes
a programação do produto que utiliza o condimento mais
a quantidade de embalagem na estrutura vezes a
programação do produto utiliza este material.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
8
Ocupação média de
estoques
As limitações de estoques
influenciam na
programação da
produção.
%
Média da programação de estoques, em número de
pallets
5
, dividida pela capacidade real de estoque, em
número de pallets.
5
Programação de estoques de cada produto, em kg,
dividida pelo peso do pallet de cada produto.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
9
Pedidos
programados no
prazo
Permite verificar se os
dados populados até
esta etapa possuem uma
acuracidade que
garanta a programação
dos pedidos no prazo.
%
Soma de pedidos programados no prazo, em kg, dividida
pelo total de pedidos residuais
6
, em kg.
6
Referem-se aos pedidos cuja data de embarque seja
menor ou igual à última data do horizonte de
programação do sistema.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
129
10
Aderência de abates
por tipo de animal
(global, abate
empurrado e
puxado)
Avaliar a coerência do
volume programado de
abate.
%
Volume total programado de abates, em kg, dividido pelo
volume projetado de abates, em kg, por tipo de animal
(frango, peru, suíno, dentre outros).
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico. O
indicador deve ser
analisado
conjuntamente
com o de nº 11.
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
11
Rendimento de
cortes por tipo de
animal (global)
Avaliar a coerência do volume
programado de cortes em relação
ao volume abatido.
%
Volume total programado de cortes, em kg,
dividido pelo volume programado de abates, em
kg, por tipo de animal (frango, peru, suíno, dentre
outros).
Sugere-se
acompanhar a
evolução a cada
rodada por meio
de um gráfico.
12
Volume de resíduos
(global)
7
7
P
rodutos finais que
não são estocáveis
Possibilita a identificação de erros no
atributo de estocagem de um
produto. O resultado deve ser
sempre zero, salvo se o produto for
realmente um resíduo.
kg
Volume total programado de cortes, em kg,
menos o total programado de produtos
estocáveis, em kg.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
13
Aderência de
abate empurrado
(global, por tipo de
animal)
Permite avaliar a programação da
escala de abate global, a qual
influencia na programação no início
do horizonte.
%
Número de animais programados no período do
abate empurrado dividido pelo número de
animais da escala de abate, por tipo de animal.
Idem ao indicador
12.
14
Aderência de
abate empurrado
(por fábrica e tipo
de animal)
Idem ao indicador 13, porém permite
avaliar a programação para cada
fábrica.
%
Idem ao indicador 13, porém por fábrica e tipo de
animal.
Idem ao indicador
12.
130
15
Aderência de
abate puxado
(global, por tipo de
animal)
Permite avaliar a programação de
abate sugerida pelo sistema, a qual
influencia na programação do final
do período do abate empurrado até
o último dia do horizonte.
%
Número de animais programados no período do
abate puxado dividido pelo número de animais
da projetados para o mesmo período, por tipo de
animal.
Idem ao indicador
12.
16
Aderência de
abate puxado (por
fábrica e tipo de
animal)
Idem ao indicador 15, porém permite
avaliar a programação para cada
fábrica.
%
Idem ao indicador 15, porém por fábrica e tipo de
animal.
Idem ao indicador
12.
17
Alocação versus
necessidade de
MPs
Este indicador permite identificar 2
tipos de problemas: (1) erros nos
pedidos ou demandas; e (2) erros
nas árvores.
%
[1 - (Soma dos desvios absolutos entre o volume
total, em kg, de cada MP consumida em
formulação e o volume total necessário
8
da MP,
em kg) dividido pelo total consumido]
8
É o percentual da MP sobre o produto final vezes
o total de pedidos e demanda líquida do produto
final.
Sugere-se
acompanhar o
indicador a cada
rodada e
juntamente com o
indicador7.
18
Aderência da
programação de
produção (global)
Permite avaliar a programação de
produção global.
%
[1 - (Soma dos desvios absolutos do programado
pelo sistema em relação à projeção de
produção, em kg) dividida pelo total projetado,
em kg]
Sugere-se o
acompanhamento
do indicador a
cada rodada.
QUADRO 5 Indicadores do método proposto
131
5.2.1.4 Subprocesso 1.4 – Testes de importação de dados
A última etapa do Processo 1 caracteriza-se pela realização de testes de importação
dos dados preenchidos em templates ou dos ajustados nas cargas automáticas de integração
entre sistemas. Na Figura 31, verifica-se que a atividade P1S4A1 é marcada pelo teste de
integração, sendo apoiada pelos logs de erros de importação criados no Subprocesso 1.3.
FIGURA 31 Fluxograma do Subprocesso 1.4
Posteriormente, realiza-se o teste P1S4T1, o qual verifica se houve problemas no
processo. Se houver, as correções necessárias deverão ser feitas, retornando-se novamente ao
teste inicial. Caso contrário, excluem-se todos os dados do sistema (P1S4A6) para que se
132
encaminhe ao Subprocesso 2.1, desde que os testes com os templates também tenham sido
realizados satisfatoriamente.
Nos testes de importação dos templates, são realizadas atividades similares e feitos os
mesmos testes em relação à integração de sistemas. Caso ocorram problemas neste processo,
o que é verificado no teste P1S4T2, deve-se corrigir o problema. Senão, encaminha-se para a
exclusão dos dados da base do sistema, a fim de que se possa iniciar o Subprocesso 2.1.
5.2.2 Processo 2População e melhoria da acuracidade de dados
Ao final do primeiro processo, o Processo 2 estabelece os passos para a carga e a
melhoria da acuracidade dos dados no sistema de programação da produção. O objetivo desta
etapa é o de efetivar os elementos definidos no Processo 1 para que as informações geradas
pelo sistema de PCP reflitam a realidade da empresa, o que será avaliado com o apoio de
medições.
Adotou-se para o desenvolvimento dos passos do Processo 2 o Princípio da
Parcimônia, o qual sugere a simplicidade como critério para o estudo e a ação sobre um
fenômeno. O desdobramento deste princípio na estruturação dos subprocessos foi efetivado
por meio do estabelecimento de uma seqüencia de testes ao longo dos quais são
incrementados novos dados e realizadas novas verificações. Isso contribui para a redução da
complexidade das análises caso todos os dados fossem populados de uma vez só no sistema.
Com isso, expõem-se possíveis erros e possibilita-se mais facilidade na identificação e
solução de problemas, a qual é também apoiada pelos logs, validações e métricas automáticos
definidos no Processo 1.
A maioria dos subprocessos, conforme será possível verificar no detalhamento, utiliza
os mesmos passos para que o objetivo do Processo 2 seja atingido. A ordem em que essas
etapas são aplicadas no método, bem como a descrição das mesmas, é elencada abaixo:
preenchimento de templates: os dados populados em cada subprocesso são
importados mediante a utilização de templates;
importações dos dados para o sistema: no fluxo do método, a ordem em que o
preenchimento dos templates aparece (da esquerda para a direita) deve ser seguida,
133
pois se obedece a critérios de precedência entre os dados. Dessa forma, previne-se
parte dos erros de integridade referencial;
verificação de erros na importação (teste) e correção dos mesmos, caso forem
identificados: após a importação dos templates, devem-se gerar os mecanismos de
identificação de erros (logs) especificados no Processo 1;
validação dos dados inseridos no banco do sistema: em todos os subprocessos, a
validação possui o mesmo nome para a atividade (“Validar os dados do banco”),
pois não se trata de atividades diferentes todas as validações das regras de
negócio são aplicadas do início ao final do método;
verificação de erros de validação (teste) e correção dos mesmos, caso forem
identificados: após a geração das validações, deve-se verificar se existem situações
de erros de dados, as quais deverão ser automaticamente comunicadas por meio de
mensagens de erro ou alerta;
geração de índices de controle: em todos os subprocessos, a validação possui o
mesmo nome para a atividade (“Gerar os índices de controle”). Diferentemente das
validações, nem todos os ICs deverão ser gerados em todos os subprocessos. A
indicação de quais índices deverão ser utilizados está detalhada do Apêndice D5 ao
D19;
verificação da conformidade dos resultados dos ICs em relação às metas (teste) e
correção dos mesmos, caso necessário: após gerar os índices de controle, deve-se
verificar se as metas foram alcançadas. Se não foram, deve-se identificar e corrigir
os erros de dados;
rodada do sistema: corresponde ao processo de geração de resultados pela
ferramenta de programação de produção;
geração dos indicadores: idem aos índices de controle, com a diferença que são
gerados sempre após as rodadas do sistema; e
verificação da conformidade dos resultados dos indicadores em relação às metas
(teste) e correção dos mesmos, caso necessário: idem aos índices de controle.
Dentre os pontos dos fluxos nos quais será possível identificar erros, existem 4 que
contribuem para isso e são comuns à maioria dos subprocessos: a verificação dos erros de
importação, a validação dos dados e a geração de índices de controle e de indicadores.
134
Existem ainda outros testes específicos para determinados subprocessos, como o cálculo da
disponibilidade dos recursos.
O Quadro 5 apresenta os subprocessos do Processo 2, por meio do qual se visualiza a
utilização dos principais parâmetros ao longo dos subprocessos, além dos objetivos de cada
etapa. Verifica-se que, no referido quadro, existem 7 parâmetros para os testes dos
subprocessos. O primeiro deles (árvores) diz respeito à escolha, dentre os dois tipos de
produtos cárneos (cortes e formulados), da estrutura que será submetida ao método. Já o
termo “Fábricas” refere-se à opção de testar as fábricas separadamente ou todas juntas. O
parâmetro “Abates” engloba as escalas, as curvas de peso e os limites mínimos e máximos de
abates. Os roteiros contemplam a inclusão de recursos, calendários e tempos de processo nos
testes. Os suprimentos contemplam o uso dos lead times e lotes mínimos de ressuprimento, as
compras de embalagens e ingredientes, os estoques iniciais e as estruturas de embalagens
(necessidades por produto). Os estoques iniciais englobam a consideração de todos os
produtos da empresa que estejam armazenados, seja nas fábricas ou em poder de terceiros.
Por fim, os limites de estocagens dizem respeito ao uso das capacidades reais de estoques nos
testes.
No Quadro 5 é também possível verificar que, após o tratamento dos dados cadastrais,
inicia-se uma seqüência de testes com produtos formulados, apenas. Em um segundo
momento, são testados somente os cortes e, ao final, ambas as estruturas de produto são
submetidas simultaneamente a validações, métricas, testes e análises. A opção pela realização
dos testes das árvores de formulados antes dos cortes não é uma condição necessária os
cortes poderiam ser testados primeiramente. Outra observação se faz necessária: nada impede
que os subprocessos nos quais os testes são feitos por fábrica (separadamente), todas sejam
testadas simultaneamente, desde que exista uma estrutura apropriada para tanto (sistemas e
pessoas dedicadas para cada fábrica).
135
Nome do Subprocesso
Árvore
Fábricas
Abates
Pedidos
Roteiros
Supri-
mentos
Estoques
iniciais
Limites de
estocagens
Objetivos
2.1
Dados cadastrais e
estoques
- - - - - - - -
Garantir que os dados considerados
básicos para a estruturação dos demais
dados no sistema estejam populados e
livres de erros.
2.2
Pedidos fictícios de
formulados
Formu-
lações
Por
fábrica
- Fictícios
Não Não Não Não
Verificar se as estruturas dos produtos de
cada fábrica testada possuem uma
acuracidade mínima que possibilite a
programação de pelo menos um volume
irrisório de produção.
2.3
Capacidades finitas
de formulados
Formu-
lações
Por
fábrica
- Reais Sim Não Sim Não
Verificar se os roteiros de cada fábrica
testada possuem uma acuracidade que
possibilite a programação dos pedidos e
demandas reais.
2.4
Suprimentos de
formulados
Formu-
lações
Por
fábrica
- Reais Sim Sim Sim Não
Verificar se os suprimentos de cada fábrica
testada possuem uma acuracidade que
possibilite a programação dos pedidos e
demandas reais.
2.5
Capacidades reais de
estoques (teste
formulados)
Formu-
lações
Por
fábrica
- Reais Sim Sim Sim Sim
Verificar o impacto da inclusão das
capacidades reais de estoques na
programação da produção e na projeção
de estoques futuros, validando também os
dados de transportes entre unidades.
2.6 Formulados global
Formu-
lações
Todas
juntas
- Reais Sim Sim Sim Sim
Verificar a programação de produtos que
possam ser produzidos em mais de uma
fábrica.
2.7
Pedidos fictícios de
cortes
Cortes
Por
fábrica
Não Fictícios
Não Não Não Não
Verificar se as estruturas dos produtos de
cada fábrica testada possuem uma
acuracidade mínima que possibilite a
programação de pelo menos um volume
irrisório de produção.
2.8
Capacidades finitas
de cortes
Cortes
Por
fábrica
Sim Reais Sim Não Sim Não
Verificar se os roteiros de cada fábrica
testada possuem uma acuracidade que
possibilite a programação dos pedidos e
136
demandas reais.
2.9 Suprimentos de cortes Cortes
Por
fábrica
Sim Reais Sim Sim Sim Não
Verificar se os suprimentos de cada fábrica
testada possuem uma acuracidade que
possibilite a programação dos pedidos e
demandas reais.
2.10
Cortes global Cortes
Todas
juntas
Sim Reais Sim Sim Sim Não
Verificar a programação de produtos que
possam ser produzidos em mais de uma
fábrica.
Nome do
Subprocesso
Árvore
Fábricas
Abates
Pedidos
Roteiros
Supri-
mentos
Estoques
iniciais
Limites de
estocagens
Objetivos
2.11
Balanceamento
entre cortes e
formulados (sem
abates)
Ambas
Todas
juntas
Não Reais Não Não Sim Não
Avaliar a programação de cortes
concomitantemente com a de
formulados, sem qualquer
restrição, e verificar o
balanceamento entre as
necessidades de carne para
produto final e para MP.
2.12
Balanceamento
entre cortes e
formulados (com
abates)
Ambas
Todas
juntas
Sim Reais Não Não Sim Não
Avaliar a programação de cortes
concomitantemente com a de
formulados, com a introdução dos
abates, e verificar o
balanceamento entre as
necessidades de carne para
produto final e para MP.
2.13
Capacidades finitas
de cortes e
formulados
Ambas
Todas
juntas
Sim Reais Sim Não Sim Não
Avaliar a programação de cortes
concomitantemente com a de
formulados, com a introdução dos
roteiros, e verificar o
balanceamento entre as
necessidades de carne para
produto final e para MP.
137
2.14
Suprimentos de
cortes e formulados
Ambas
Todas
juntas
Sim Reais Sim Sim Sim Não
Avaliar a programação de cortes
concomitantemente com a de
formulados, com a introdução dos
suprimentos, e verificar o
balanceamento entre as
necessidades de carne para
produto final e para MP.
2.15
Cortes e formulados
global
Ambas
Todas
juntas
Sim Reais Sim Sim Sim Sim
Avaliar a programação de cortes
concomitantemente com a de
formulados, com a introdução das
capacidades reais de estoques, e
verificar o balanceamento entre
as necessidades de carne para
produto final e para MP.
QUADRO 6 Parâmetros e objetivos dos subprocessos do Processo 2
138
5.2.2.1 Subprocesso 2.1 Dados cadastrais e estoques de produtos
O Subprocesso 2.1 caracteriza-se pela primeira população de dados no sistema. Os
dados cadastrais são aqueles utilizados para a modelagem de estruturas de produto, por
exemplo. Ou seja, são básicos para o sistema, sendo que parte deles independe de outros
dados para que sejam populados. São exemplos destes dados as seguintes entidades: países
(código e descrição), produtos (código, descrição e atributos), clientes (código e descrição),
permissão de produção de um produto para as fábricas (código do produto e código da
fábrica) e permissão dos SIFs para os países (código do SIF e código do país).
O objetivo do Subprocesso 2.1 é o de garantir que os dados considerados básicos para
a estruturação dos demais dados no sistema estejam populados e livres de erros. Na Figura 32,
verifica-se que as atividades do Subprocesso 2.1 têm início somente após a conclusão do
subprocesso anterior (1.5). Logo após, importam-se as cargas de dados (atividades P2S1A1,
P2S1A2 e P2S1A3). Posteriormente, realiza-se o primeiro teste (P2S1T1), o qual verifica a
existência de erros na importação dos dados e apóia-se na geração automática de logs caso
existam inconsistências. Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro para cada
tipo de problema que pode ser identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template do cadastro
de países foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template das
habilitações de SIF por país foi importado em formato “.xls”, porém o banco de
dados aceita somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna tempo” do
template de tempos de transferências entre unidades foi preenchida por números
decimais, porém o banco não reconhece este tipo de formato para o referido campo;
e
integridade referencial: na carga das permissões de transferência entre unidades,
havia uma unidade inexistente no cadastro de unidades.
139
6XESURFHVVR
,PSRUWDURV
GDGRVFDGDVWUDLV
3 6 $
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
9DOLGDURVGDGRVGREDQFR
3 6 $
1
&RUULJLURVGDGRV
3 6 $
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
6
1
1
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
+RXYHHUURVQDV
LPSRUWDo}HV"
3 6 7
([LVWHPHUURV
GHGDGRV "
6XESURFHVVR
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
([FOXLURVHVWRTXHV
GHSURGXWRV
3 6 $
,PSRUWDURVHVWRTXHV
GHSURGXWRV
3 6 $
,PSRUWDUDVFDSDFLGDGHV
UHDLVGHHVWRTXHV
3 6 $
([FOXLUDVFDSDFLGDGHV
UHDLVGHHVWRTXHV
3 6 $
'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
FIGURA 32 Fluxograma do Subprocesso 2.1
Se houver erros neste ponto do subprocesso, é necessário que se corrijam os dados na
fonte primária (P2S1A4) e se faça uma nova carga dos templates que continham os erros; caso
140
contrário, prossegue-se para a validação dos dados (P2S1A5), cuja finalidade é submeter os
dados populados na base às regras de negócio da empresa. Abaixo são listados dois exemplos
de validações características desta etapa:
produto apresenta prazo de validade zerado: esta situação representa um erro, pois
todo produto cárneo é perecível; e
fábrica não possui permissão de transferência de produtos: toda fábrica deve
transferir produtos para outras unidades, armazéns ou pontos de embarque.
O teste P2S1T2 verifica, após a rodada das validações, a existência de dados que não
estejam de acordo com as regras de negócio. Se houver erros, os mesmos deverão ser
corrigidos na fonte primária (P2S1A6), sendo necessária uma nova importação do template
que armazena o dado. Caso contrário, prossegue-se para a geração dos índices de controle
(P2S1A7). Os ICs do Subprocesso 2.1 mensuram o número médio e a variabilidade dos
prazos de validade por tipo de produto (MPs resfriadas e congeladas, e produtos finais
resfriados e congelados), a consistência entre os pesos dos pallets e o estoque de produtos, e
os limites mínimos e máximos dos tempos de transferência entre unidades. No caso das MPs,
o número de dias de validade impacta na programação de produtos formulados, enquanto que,
no caso dos produtos finais, este dado influencia na entrega dos pedidos, tendo em vista que
os clientes podem exigir produtos com determinado tempo de vida útil transcorrido.
Após a comparação dos resultados das métricas em relação às metas estabelecidas
(P2S1T3), caso estas não sejam atendidas, devem-se identificar os erros e corrigi-los na fonte
primária (P2S1A8). Por outro lado, se as metas forem atingidas, devem-se excluir os dados de
estoques e capacidades reais de estoques de produtos (P2S1A9 e P2S1A10, respectivamente)
e prosseguir-se para o Subprocesso 2.2.
5.2.2.2 Subprocesso 2.2 Pedidos fictícios de formulados
Após finalizar o Subprocesso 2.1, iniciam-se os testes com as estruturas de produtos
formulados sem os roteiros produtivos, submetendo uma fábrica de cada vez. Nesta etapa, não
são consideradas as limitações de suprimentos nem a capacidade de estocagem e a
disponibilidade de MP. Além disso, Subprocesso 2.2 tem como premissa a geração de pedidos
fictícios (de 1 kg) para todos os produtos que possuam árvore de formulação cadastrada na
fábrica onde o teste será realizado. A opção pela utilização de pedidos fictícios partiu da
141
necessidade de se testar todos os produtos de uma unidade produtiva, já que, se fossem
colocados os pedidos e previsões de demanda “reais” desde o início, não seria possível testar
todos os produtos (considerando-se que talvez nem todos os produtos da fábrica possuam
pedidos ou previsão na realidade).
O objetivo do Subprocesso 2.2 é verificar se as estruturas dos produtos de cada fábrica
testada possuem uma acuracidade mínima que possibilite a programação de pelo menos um
volume irrisório de produção. Com isso, garante-se que os “caminhos” das árvores estão
corretamente cadastrados e também habilitados na fábrica em análise.
Para que a programação dos pedidos fictícios seja forçadamente feita em cada fábrica,
o estoque inicial de produtos não é carregado, caso contrário o sistema utilizaria o mesmo
para o atendimento dos pedidos. Outro aspecto importante neste subprocesso, como também
nos demais que testam fábrica por fábrica, é que se isolam as unidades produtivas, evitando-se
que, caso o teste fosse feito com todas as plantas simultaneamente, uma fábrica programasse o
produto do pedido e acabasse escondendo erros de dados de outras.
A importação dos estoques fictícios de MPs contribui para que a disponibilidade de
matérias-primas não seja um fator limitante para a programação dos produtos formulados.
Esta estratégia foi adotada porque as árvores de cortes e as compras de MPs de terceiros, que
são as fontes fornecedoras de MP no mundo real, não foram populadas neste subprocesso. De
forma parecida com os estoques fictícios de MPs, o cadastro de capacidades elevadas de
armazenagem e dos lead times e lotes mínimos de ressuprimento zerados objetivam fazer com
que estes fatores não limitem a programação de produção. No caso dos suprimentos, mesmo
que as necessidades de embalagens para cada quilo de produto não tenham sido importadas,
os ingredientes estão presentes nas árvores, por fazerem parte da massa do produto final.
Logo, para que os mesmos não impossibilitassem a programação dos pedidos, zeraram-se os
tempos e lotes de ressuprimento.
A Figura 33 apresenta o fluxograma do Subprocesso 2.2, o qual se inicia pelo
preenchimento dos 5 templates dos dados mencionados nos parágrafos anteriores, além dos
dados cadastrais (atividades P2S2A1 até P2S2A6). É importante ressaltar que os dados
cadastrais deverão ser importados em todos os subprocessos do Processo 2, pois assim
garante-se que atualizações de cadastros sejam consideradas (evitando-se que os dados se
tornem obsoletos). Após esta etapa, importam-se as cargas de dados (P2S2A7) para o sistema,
ao final da qual se sucede o teste de verificação de erros na importação dos templates
142
(P2S2T1). Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro para cada tipo de
problema que pode ser identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template dos estoques
fictícios foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template dos pedidos
fictícios foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita somente
“.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna “percentual de
formulação” do template de árvores de formulação foi preenchida por números
negativos, porém o banco não reconhece este tipo de formato para o referido
campo; e
integridade referencial: na carga das capacidades elevadas de estoques, havia um
produto cujo código inexistia no cadastro de produtos.
Se forem identificados erros nesta etapa, é necessário que se corrijam os dados na
fonte primária (P2S2A8); caso contrário, prossegue-se para a validação dos dados (P2S2A9),
a qual verifica a ocorrência de situações em que os dados não respeitem as regras de negócio
da empresa. Em relação ao subprocesso anterior (dados cadastrais e estoques de produtos),
outros tipos de erros são mapeados pelas validações, já que, no Subprocesso 2.2, populam-se
5 cargas de dados que inexistiam no antecessor. Abaixo são listados dois exemplos de
validações características desta etapa:
produto pai possui filhos alternativos e compulsórios: uma árvore jamais poderá ter
filhos alternativos e compulsórios do mesmo pai, pois a situação é conflitante no
conceito destes termosenquanto os alternativos não possuem rendimento em uma
árvore de cortes ou percentual de formulação em uma árvore de formulação, os
compulsórios são exatamente o contrário; e
o SIF da fábrica não está habilitado para o país do pedido, porém pelo menos um
dos produtos do pedido está cadastrado em alguma árvore da fábrica: esta validação
é do tipo alerta, pois não necessariamente existem erros neste caso. Se o SIF da
fábrica não estiver habilitado para o país destino do pedido (no mundo real), não há
erros. Por outro lado, pode estar faltando a habilitação do SIF da fábrica para o país
de destino do pedido, o que configuraria um erro.
143
144
FIGURA 33 Fluxograma do Subprocesso 2.2
Caso existirem erros de validação, os quais são verificados no teste P2S2T2, os
mesmos deverão ser corrigidos na fonte primária (P2S2A10), e uma nova importação dos
templates que continham os dados errados deverá ser feita (voltando-se à atividade P2S2A7).
Quando verificar-se que inexistem erros de validação no teste P2S2T2, prossegue-se no fluxo
para que sejam gerados os índices de controle (P2S2A11). Nesta etapa, não há novos ICs,
porém deverão ser gerados todos os índices criados até este subprocesso. A partir disso, os
resultados dos ICs devem ser confrontados com as metas estipuladas para cada um,
verificando se todas foram atingidas (P2S2T3).
Se nem todos os ICs alcançaram a meta, deve-se identificar e corrigir os erros de
dados na fonte primária (P2S2A12). Caso as metas tenham sido atingidas, prossegue-se no
fluxo para que seja feita a rodada do sistema (P2S2A13). Ao final desta, os resultados da
ferramenta devem ser submetidos aos indicadores (P2S2A14), sendo que a única métrica
deste subprocesso tem como foco a programação dos pedidos fictícios. A partir dos resultados
apresentados no indicador, deve-se fazer a checagem do teste P2S2T4.
Caso a meta em relação à programação dos pedidos não tenha sido alcançada, se
existirem problemas nos dados, os mesmos deverão ser corrigidos na fonte primária
(P2S2A15). Um exemplo de um erro seria o caminho da árvore até o produto final possuir
itens que não estivessem habilitados para a fábrica em análise. A ação sobre o problema
deveria ser a correção do dado na fonte primária (dados cadastrais). Outro exemplo seria a
145
identificação de produtos finais formulados que não serão mais produzidos na fábrica em
análise. Neste caso, a árvore do produto poderia ser excluída da fonte primária.
A partir da correção dos erros, os templates cujos dados foram editados devem ser
reimportados para o sistema (P2S2A7), voltando-se ao fluxo já mencionado nesta seção. Por
outro lado, se as metas forem atingidas, devem ser excluídos os pedidos fictícios e as árvores
de formulação da fábrica testada (atividades P2S2A16 e P2S2A17). Executadas as exclusões
dos dados, deve-se partir para o teste P2S2T5, o qual verifica se todas as fábricas já foram
testadas. Caso negativo, deve-se voltar para as atividades iniciais do fluxo (preenchimento dos
templates), fazendo-se os mesmos procedimentos que os utilizados para a última fábrica. No
caso de todas as unidades produtivas já terem sido testadas, finaliza-se o Subprocesso 2.2,
prosseguindo-se para o Subprocesso 2.3.
5.2.2.3 Subprocesso 2.3Capacidades finitas de formulados
Após a realização dos testes sobre os produtos de todas as fábricas de formulados com
o apoio de pedidos fictícios, o Subprocesso 2.3 utiliza os dados corrigidos até o final da etapa
anterior, com a diferença da adição de novos dados e a substituição de outros. Os roteiros
produtivos, os estoques iniciais de produtos e as compras de produtos finais são agregados ao
subprocesso, enquanto que os pedidos fictícios são substituídos pelos pedidos e previsões de
demanda reais de formulados.
Nesta etapa, os roteiros passam a ser considerados porque uma condição foi atendida
no subprocesso anterior: a garantia de que todas as árvores de formulação estão livres de erros
que possam impedir a programação da produção. Além disso, o fato de os roteiros serem
limitantes da produção faz direcionar o método no sentido da visualização da programação de
produção em bases próximas da realidade, o que será mensurado por meio dos ICs. Os
estoques iniciais de produtos e as compras de produtos finais também contribuem para esta
visualização. O objetivo do Subprocesso 2.3, portanto, é o de verificar se as estruturas de
produto de cada fábrica, agora complementadas pela população dos roteiros na base do
sistema, são capazes de programar todos os pedidos e previsões de demanda dentro do
horizonte de seqüenciamento.
No Subprocesso 2.3, mantém-se a estratégia dos estoques fictícios de MPs, das
capacidades elevadas de estoques e dos lead times e lotes mínimos de suprimentos zerados,
146
pois desta forma estas variáveis não influenciarão nos resultados, sendo possível testar os
roteiros produtivos. A realização dos testes por fábrica (uma de cada vez) também é mantida
porque, caso o teste fosse feito para todas as fábricas de formulados juntas, o sistema
escolheria uma delas para atender um pedido, por exemplo, e não se saberia se esta escolha
teria sido feita por causa de erros nos roteiros de uma fábrica.
A importação dos pedidos reais para o sistema deve possuir somente pedidos cujos
saldos pendentes de embarque sejam maiores que zero. Ou seja, somente os pedidos que ainda
não foram completamente entregues aos clientes deverão ser populados na base de dados.
as previsões de demanda devem ser importadas porque são responsáveis por "cobrir" os
pedidos na falta destes (nem todos os produtos possuem pedidos para todo o horizonte de
programação).
No Subprocesso 2.3, não se mede nos indicadores o índice de atendimento de pedidos
no prazo. Isso é explicado pelo fato de os testes serem feitos por fábrica, separadamente.
Neste caso, como no mundo real os pedidos não são necessariamente atendidos somente por
uma fábrica, os testes não comportariam a utilização deste indicador de aderência.
A partir desta introdução acerca das características e dos objetivos do Subprocesso 2.3,
apresenta-se o fluxograma desta etapa, o qual é pode ser visualizado na Figura 34. Após a
conclusão do Subprocesso 2.2, inicia-se a preparação dos dados cadastrais e o preenchimento
dos templates de árvores de formulação com os roteiros de produção de uma fábrica, dos
pedidos e demandas reais que possuem produtos da mesma unidade, dos estoques iniciais de
produtos formulados e das compras de produtos finais (respectivamente, as atividades
P2S3A1, P2S3A2, P2S3A3, P2S3A4 e P2S3A5).
Os templates são importados (P2S3A6) e posteriormente submetidos ao teste referente
à importação (P2S3T1). Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro para cada
tipo de problema que pode ser identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das compras
de produtos finais foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template dos estoques
iniciais foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita somente
“.csv”;
147
148
FIGURA 34 Fluxograma do Subprocesso 2.3
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna “quantidade” do
template dos pedidos e demandas reais foi preenchida por números negativos,
porém o banco não reconhece este tipo de formato para o referido campo; e
integridade referencial: na carga das árvores de formulação com os roteiros, havia
um recurso cujo código inexistia no cadastro de recursos.
Caso existirem erros na importação, os mesmos devem ser corrigidos na fonte
primária (P2S3A7); senão, inicia-se o processo de validação dos dados do banco (P2S3A8), a
partir dos quais também será possível verificar se existem problemas nos dados. Abaixo são
listados dois exemplos de validações características desta etapa:
recurso possui quantidade por hora igual a zero em um produto de uma árvore de
formulação: o tempo de processo zerado de um recurso faria com que o sistema
ignorasse a utilização do mesmo na programação da produção; e
produto consta em pedido e nenhuma das árvores nas quais está cadastrado está
habilitada: mesmo que o produto esteja cadastrado em alguma árvore, esta deve
149
estar habilitada em pelo menos uma fábrica, caso contrário o produto não será
programado.
O segundo teste do subprocesso avalia a ocorrência de erros de dados nas validações
(P2S3T2), os quais deverão ser corrigidos (se existirem erros). Caso contrário, geram-se os
índices de controle na atividade P2S3A10, sendo que, nesta etapa, não existem novos ICs. No
entanto, devido ao caráter cumulativo de parte das métricas ao longo dos subprocessos,
deverão ser gerados todos os ICs criados em etapas anteriores. Da mesma forma que nos
subprocessos já explorados, os resultados dos índices de controle são confrontados com as
metas estabelecidas para os mesmos (P2S3T3). Se existirem problemas nos dados, os mesmos
deverão ser corrigidos (P2S3A11).
Uma atividade foi criada especificamente para os subprocessos nos quais se os roteiros
produtivos fazem parte dos testes, pois, mesmo com as validações criadas para os calendários,
nada impede que a disponibilidade de um recurso seja sub ou superestimada. Na atividade
P2S3A12, deve ser medido de forma automática pelo sistema o número de horas, por dia e
turno de trabalho de um período semanal, que está cadastrado para um recurso. Assim,
evitam-se futuros problemas com um recurso que seja gargalo e possibilite a programação de
certos produtos além de um nível que seja factível na realidade, por exemplo. Uma
observação deve ser feita em relação ao cálculo das disponibilidades: existe um pressuposto
de que, ao final da correção das mesmas, não seja necessário continuar medindo-as enquanto
estiverem sendo testadas as estruturas de formulações. Ou seja, uma vez corrigidas, as
disponibilidades de recursos de árvores de formulados não serão novamente validadas em
etapas subseqüentes, a não ser quando se iniciarem os testes com as árvores de cortes.
Após a geração do tempo disponível dos recursos, o teste P2S3T4 verifica se as
disponibilidades calculadas para cada recurso da fábrica em análise estão corretas. Caso não
estiverem, os calendários deverão ser corrigidos (P2S3A13), sendo necessária uma nova
importação da tabela que contenha estes dados. Se não houver problemas nas
disponibilidades, prossegue-se no fluxo para a rodada do sistema (P2S3A14).
Após a esta atividade, devem ser gerados os indicadores (P2S3A15), os quais
mensuram a programação dos pedidos e da previsão de demanda líquida
11
, a necessidade de
11
A demanda líquida refere-se à diferença entre a demanda total e os pedidos, em kg, de um produto, desde que
ela seja maior que o volume de pedidos. É importante que a demanda reflita a real previsão de vendas da
empresa, caso contrário o sistema programará produtos desnecessariamente.
150
MPs
12
e a aderência da programação
13
. Caso as metas não sejam atendidas, inicia-se um
processo de identificação e de correção de erros (P2S3A16). Um exemplo de erro neste caso
seria a demanda de um produto estar cadastrada com volumes acima da real previsão de
venda. Com isso, o sistema programará desnecessariamente a produção. A correção sobre este
erro deve ser feita na fonte primária, sendo necessário reimportar o template para o sistema.
Se as metas forem atingidas, prossegue-se para os passos finais do Subprocesso 2.3, o
qual contempla a exclusão dos dados de árvores e roteiros, pedidos e demandas, e os estoques
iniciais de produtos e as compras de produtos finais (atividades P2S3A17, P2S3A18,
P2S3A19 e P2S3A20, respectivamente). Executadas estas ações, verifica-se no teste P2S3T6
se todas as fábricas já foram testadas. Caso negativo, uma nova fábrica deverá ser testada,
voltando-se ao início do Subprocesso 2.3 (atividades P2S3A1 até a P2S3A5). Se todas as
unidades já tiverem sido testadas, finaliza-se o subprocesso e inicia-se o seguinte.
Uma observação se faz necessária em relação aos dados de estoques de produtos e de
compras de produtos finais: os mesmos poderiam ser mantidos na base do sistema, pois serão
utilizados no próximo subprocesso. No entanto, os dados podem ter se tornado obsoletos até o
final do Subprocesso 2.3, por isso uma nova e atualizada carga destes dados deverá ser feita
no Subprocesso 2.4. Esta lógica será mantida para todos os subprocessos, portanto esta
observação não será feita nos demais.
5.2.2.4 Subprocesso 2.4 Suprimentos de formulados
No Subprocesso 2.4, são mantidos os dados utilizados na etapa anterior e as definições
sobre os mesmos, com a diferença que são incorporados a estrutura de embalagens de cada
produto formulado e os estoques e restrições de suprimentos (lead time e lote mínimo de
ressuprimento). A estrutura de ingredientes não é importada porque a mesma já se encontra
nas árvores formulação, tendo em vista que os condimentos fazem parte da massa dos
produtos formulados.
12
A necessidade de matérias-primas é calculada a partir da aplicação dos rendimentos e percentuais de
formulação sobre o volume de pedidos e demandas. A acuracidade deste cálculo é medida por meio de um
comparativo com a quantidade planejada de MPs pela empresa, em um mesmo horizonte (1 mês, por exemplo).
Assim, será possível verificar se os percentuais das MPs nas árvores de formulação estão corretos. Conforme
mencionado no detalhamento do Subprocesso 2.3, os cálculos de aderência de produção não são feitos porque os
testes ainda não são multi-fábrica. No caso do indicador de necessidade de MPs, no entanto, sugere-se ponderar
a análise do mesmo perante o volume programado dos produtos finais que utilizam cada MP que será analisada.
13
A aderência da programação compara os volumes programados pelo sistema em relação à projeção
(planejamento) da empresa por família de produto.
151
6XESURFHVVR
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
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3 6 $
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3 6 $
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3 6 $
6
1
3 6 7
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LPSRUWDo}HV"
3 6 7
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GHGDGRV"
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3 6 $
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3 6 $
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3 6 $
3 6 7
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1
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3 6 $
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3 6 $
6
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGRV
HVWRTXHVLQLFLDLV
GHVXSULPHQWRV
GDIiEULFD
HVFROKLGD
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
SURGXWRV
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
GDV
FRPSUDVGH
SURGXWRV
ILQDLV
3 6 $
3iJ
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
(
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDV
FRPSUDVGH
VXSULPHQ
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3 6 $
3UHSDUDU
DFDUJDGH
GDGRV
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3 6 $
'DGRV 'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
152
FIGURA 35 Fluxograma do Subprocesso 2.4
Estes dados são populados somente nesta etapa porque a utilização de suprimentos é
definida para cada quilograma de produto. Logo, caso as árvores de formulação não
estivessem validadas, não seria possível realizar um teste adequado para os suprimentos.
Além disso, o fato de a programação do sistema já contemplar antes mesmo do Subprocesso 4
as limitações dos roteiros produtivos permite que os suprimentos sejam testados em bases
próximas da realidade.
Conforme mencionado, mantêm-se a nesta etapa a mesma estratégia utilizada no
Subprocesso 2.3, como o acompanhamento da programação dos pedidos (independentemente
se atendidos no prazo) e a opção por testar fábrica por fábrica, por exemplo. Na Figura 35,
apresenta-se o fluxograma do Subprocesso 2.4. Após o término do Subprocesso 2.3,
preenchem-se os mesmos templates utilizados nesta etapa (atividades P2S4A1 a P2S4A3,
P2S4A7 e P2S4A9), com a diferença que outros três são utilizados (P2S4A4 a P2S4A6).
Os templates são importados para o sistema de programação da produção, sendo que
após este processo se realiza o primeiro teste do Subprocesso 2.4, o qual verifica a ocorrência
de erros na importação (P2S4T1). Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro
para cada tipo de problema que pode ser identificado neste passo:
153
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das estruturas
de embalagens foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template das compras
de suprimentos foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita
somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna código de
suprimento” do template das árvores de formulação foi preenchida por códigos
alfanuméricos, porém o banco não reconhece este tipo de formato para o referido
campo; e
integridade referencial: na carga dos estoques iniciais de suprimentos, havia um
código de ingrediente inexistente no cadastro de suprimentos.
Caso existirem erros de importação, os mesmos deverão ser corrigidos na fonte
primária (P2S4A11), e uma nova importação dos dados será necessária, voltando-se aos
passos iniciais do fluxo. Depois deste passo, da mesma forma que no Subprocesso 2.3, os
dados inseridos no banco do sistema de programação da produção são submetidos às
validações das regras de negócio da empresa (P2S4A12). Abaixo são listados dois exemplos
de validações características desta etapa:
produto possui suprimento com quantidade zerada na estrutura de embalagens: se
uma embalagem tiver quantidade igual a zero na estrutura de um produto, a mesma
não será considerada na programação da produção; e
suprimento cadastrado na lista de compras tem data de entrega estimada no
passado: esta situação não representa necessariamente um erro (é um alerta), pois a
entrega do material pode estar atrasada. No entanto, a compra não será utilizada
pelo sistema na programação da produção, o que refletirá na qualidade das
informações geradas pelo mesmo.
Caso existam erros nos dados após a geração das validações, os mesmos devem ser
corrigidos na fonte primária (P2S4A13); senão, os índices de controle deverão ser gerados.
Igualmente às validações, verifica-se o atendimento das metas (P2S4T3). Existindo
problemas, os mesmos deverão ser corrigidos (P2S4A15). Um exemplo de um erro
diagnosticado por meio da análise de um IC seria uma embalagem possuir uma quantidade
necessária errada e elevada. Isso faria com que o sistema calculasse, durante a rodada de
154
programação, embalagens além do necessário considerando-se os pedidos e previsões de
demanda.
Na inexistência de erros quando as metas dos ICs não foram alcançadas, prossegue-se
para a rodada do sistema, ao final da qual se geram os indicadores (P2S4A16). Neste
subprocesso, não foram criadas novas métricas, porém deve-se continuar utilizando todos os
indicadores criados nos subprocessos anteriores. O que poderia ser avaliado em termos de
métricas após a rodada seria o comparativo entre o consumo necessário de suprimentos
calculado pelo sistema e a projeção de consumo da empresa. Porém, assim como explicado no
Subprocesso 2.3 em relação ao índice de aderência da programação do sistema, o fato de o
teste ser realizado para cada fábrica separadamente impede que o indicador contribua para a
análise das estruturas de suprimentos. Esta questão somente poderá ser verificada no
Subprocesso 2.6, o qual testa todas as fábricas de formulados juntas.
Caso as metas dos indicadores não forem atingidas, deverá ser feito um processo de
identificação e de correção de erros (P2S4A18). Se as metas forem atingidas, deve-se
proceder para a exclusão dos dados utilizados no Subprocesso 2.4 (atividades P2S4A19 a
P2S4A26) e posteriormente para a checagem final se todas as fábricas já foram testadas
(P2S4T5). Se a resposta for “Não”, deve-se voltar para o início do subprocesso
(preenchimento dos templates); caso contrário, as capacidades elevadas de estoques devem
ser excluídas, pois o Subprocesso 2.5 dedica-se ao teste com as capacidades reais de estoques.
5.2.2.5 Subprocesso 2.5 Capacidades reais de estoques (teste formulados)
Após a realização dos testes das estruturas de formulados submetidas às estruturas de
embalagens e à habilitação dos lead times e lotes mínimos de ressuprimento, realizam-se no
Subprocesso 2.5 os testes referentes às limitações de estocagens. O objetivo desta etapa é
verificar o impacto da inclusão das capacidades reais de estoques na programação da
produção e na projeção de estoques futuros, validando também os dados de transportes entre
unidades. Este último item deve ser analisado porque, na falta de capacidade de estoque de
uma fábrica, por exemplo, os produtos poderiam ser enviados para entrepostos de
armazenagem. Na Figura 36, visualiza-se o fluxograma do Subprocesso 2.5, o qual é
praticamente igual ao Subprocesso 2.4, com a diferença da consideração das limitações de
estoques.
155
156
FIGURA 36 Fluxograma do Subprocesso 2.5
O subprocesso inicia pelo preenchimento dos templates (atividades P2S5A1 até
P2S5A10), passando posteriormente pela importação dos dados e teste de erros neste
procedimento (P2S5T1). Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro para cada
tipo de problema que pode ser identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das
capacidades reais de estoques foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template dos pedidos
e demandas reais foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita
somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna “data de embarque
do template dos pedidos foi preenchida por datas no formato DDMMAAAA (dia-
mês-ano), porém o banco reconhece apenas o formato AAAAMMDD (ano-mês-
dia) para o referido campo; e
integridade referencial: na carga dos roteiros, havia um código de turno inexistente
no cadastro de turnos de trabalho.
157
Confirmada a inexistência de problemas nas importações, prossegue-se para a
validação dos dados com base nas regras de negócio da empresa (P2S5A13). No Subprocesso
2.5, não existem validações que sejam características desta etapa, porém pode-se utilizar um
exemplo das validações de roteiros: recurso sem calendário associado está cadastrado em uma
árvore. Um recurso não é obrigado a possuir um calendário vinculado. Porém, no momento
em que é cadastrado em uma árvore, deve possuir um calendário, caso contrário o sistema não
considerará o recurso na programação da produção.
Após esta atividade, novamente se realiza um teste (P2S5T2), porém desta vez para a
verificação de erros de dados no banco do sistema. Quando não houver mais erros na base,
geram-se os índices de controle (P2S5A15). Neste subprocesso, não existem novos ICs,
porém devem-se utilizar todos os outros que foram criados até as etapas anteriores.
Confirmada a inexistência de erros, o sistema deverá ser rodado (P2S5A17). A partir disso,
poderão ser avaliados os resultados do sistema por meio dos indicadores (P2S5A18), dentre
os quais serão utilizadas métricas criadas em outros subprocessos, além do indicador para a
ocupação de estoques.
Após a geração dos indicadores, verifica-se se as metas foram atingidas (P2S5T4). Se
a resposta for “Não”, será necessário realizar um processo de identificação e de correção de
erros (P2S5A19). Um exemplo de um erro neste subprocesso seria no cadastro de permissão
de transferências de produtos entre unidades e pontos de embarque. Caso isso não estiver
habilitado, o estoque disponível na unidade não será utilizado para atender determinados
pedidos, fazendo com que o estoque aumente e impeça que o sistema programe a produção a
partir de um ponto, pois a produção não poderá ser armazenada.
Se as metas dos indicadores forem atingidas, deve-se proceder para a exclusão dos
dados utilizados no Subprocesso 2.5 (atividades P2S5A20 a P2S5A28). Após esta ação, deve-
se verificar se todas as fábricas foram testadas. Caso nem todas as unidades tenham sido
submetidas, será necessário reiniciar o fluxo com uma nova fábrica. Se não, procede-se para o
Subprocesso 2.6.
5.2.2.6 Subprocesso 2.6 Formulados global
No Subprocesso 2.6, são feitos testes com todas as fábricas de formulados ao mesmo
tempo e todos os dados importados para o sistema até o subprocesso anterior. Nesta etapa,
158
contemplam-se situações ainda mais próximas da realidade, nas quais, por exemplo, produtos
que sejam produzidos em mais de uma fábrica possam ser programados pelo sistema
considerando-se esta possibilidade. Em função disso e também da população dos dados
necessários para a geração de uma programação próxima do mundo real, viabiliza-se nesta
fase a avaliação de indicadores que até então não estavam sendo gerados:
atendimento de pedidos no prazo;
acuracidade da necessidade de matérias-primas; e
acuracidade da necessidade de suprimentos.
Na Figura 37, apresenta-se o fluxograma do Subprocesso 2.6, o qual tem início com o
preenchimento dos templates. Igualmente aos subprocessos anteriores, procede-se para a
realização de testes de importação, validação da base de dados, geração de índices de controle
e de indicadores, além das correções de erros ou melhorias nos dados.
Após o preenchimento dos templates, é realizada a importação dos dados (P2S6A11),
a qual é posteriormente submetida ao teste de verificação de problemas (P2S6T1). Abaixo são
relacionados exemplos de mensagens de erro para cada tipo de problema que pode ser
identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das compras
de suprimentos foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template das compras
de produtos finais foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita
somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna data inicial da
demanda” do template das demandas foi preenchida por datas no formato
AAAAAMMDD (ano-mês-dia, porém com 5 dígitos no ano), sendo que o banco
reconhece o formato AAAAMMDD (ano-mês-dia) para o referido campo; e
integridade referencial: na carga das árvores de formulação, havia um código de
produto pai inexistente no cadastro de produtos.
159
6XESURFHVVR
,PSRUWDURVWHPSODWHV
3 6 $
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
9DOLGDURVGDGRVGREDQFR
3 6 $
1
&RUULJLURVGDGRV
3 6 $
6
1
3 6 7
+RXYHHUURVQDV
LPSRUWDo}HV"
3 6 7
([LVWHPHUURV
GHGDGRV "
5RGDURVLVWHPD
3 6 $
*HUDURVLQGLFDGRUHV
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
FDSDFLGDGHV
UHDLVGH
HVWRTXHVGH
WRGDVDV
IiEULFDVGH
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWH
GDViUYRUHV
GH
IRUPXODomR
GHWRGDVDV
IiEULFDVFRP
RVURWHLURV
3 6 $
3UHHQFKHU
RWHPSODWH
GRV
SHGLGRVH
GHPDQGDV
UHDLVGH
WRGRVRV
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
HVWUXWXUDVGH
HPEDODJHQV
GHWRGDVDV
IiEULFDVGH
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGRV
OHDG WLPHVH
ORWHV
PtQLPRV
UHDLVGH
VXSULPHQWRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
VXSULPHQWRVGH
WRGDVDV
IiEULFDVGH
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWH
GRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
SURGXWRV
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHU
R
GDV
FRPSUDV
GH
SURGXWRV
ILQDLV
3 6 $
3iJ
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDV
FRPSUDV
GHVXSUL
PHQWRV
3 6 $
3UHSDUDUD
FDUJDGH
GDGRV
FDGDVWUDLV
3 6 $
'DGRV
'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
160
FIGURA 37 Fluxograma do Subprocesso 2.6
Caso sejam identificados erros, realizam-se a correção dos mesmos, sendo necessário
reimportar os templates. Por outro lado, se não forem encontrados erros após a importação
dos dados, inicia-se a validação do banco de dados (P2S6A13), a qual também é submetida a
um teste para verificar se existem erros de dados (P2S6T2). Neste ponto do fluxo, não existem
novas validações, porém, devido ao caráter cumulativo das mesmas, deve-se verificar a
existência de situações que não respeitem as regras de negócio estabelecidas.
Verificada a inexistência de erros, procede-se para a geração dos índices de controle
(P2S6A15). Neste ponto, são apenas mantidos os mesmos ICs de subprocessos anteriores. Se
for confirmada a inexistência de erros, deve-se executar uma rodada do sistema (P2S6A17), a
qual será sucedida pela geração dos indicadores.
Os resultados deverão ser comparados com a meta de cada métrica (P2S6T4) se for
confirmada a existência de erros, deve-se analisar cada situação e corrigir os erros (P2S6A19).
Quando todas as metas forem alcançadas, aproxima-se do final do Subprocesso 2.6, faltando
apenas a exclusão de todos os dados que foram populados na base do sistema para a
realização dos testes (atividades P2S6A20 a P2S6A29). No momento em que estas ações
forem executadas, finalizam-se todos os testes nos quais foram tratados apenas produtos
formulados e encaminha-se para o início dos subprocessos dos cortes.
161
5.2.2.7 Subprocesso 2.7 – Pedidos fictícios de cortes
Finalizado o teste com todas as fábricas de produtos formulados juntas, o Subprocesso
2.7 marca o início dos testes para cortes. Em termos da estruturação dos fluxos, dos dados
utilizados e dos objetivos propostos, esta etapa é análoga ao Subprocesso 2.2, portanto
existem pontos em comum entre ambos. O Subprocesso 2.7 também tem como premissa a
geração de pedidos fictícios (de 1 kg) para todos os produtos que estejam cadastrados nas
árvores de cortes de cada fábrica que for testada. Dessa forma, possibilita-se testar todos os
produtos de uma unidade produtiva, independentemente se, no mundo real, os mesmos
possuam pedidos ou previsões de demanda.
O objetivo do Subprocesso 2.7 é verificar se as árvores de cortes de cada fábrica
testada são capazes de possibilitar ao menos a programação de um volume irrisório de
produção. Com isso, garante-se que os “caminhos” das árvores estarão corretamente
cadastrados e também habilitados na fábrica em análise.
As escalas e os limites mínimos e máximos de abates não são testados no Subprocesso
2.7 porque os pedidos reais ainda não estão sendo utilizados, logo não é necessário utilizar os
abates reais para a programação dos pedidos fictícios. Com isso, ficará a cargo do sistema a
sugestão do abate que será necessária para atender às necessidades de 1 kg para cada produto.
Já os estoques iniciais também não fazem parte desta etapa, pois, assim como no Subprocesso
2.2, poderia correr-se o risco de os pedidos serem atendidos pelos estoques, o que
inviabilizaria o teste forçado de todos os cortes.
A Figura 38 apresenta o fluxograma do Subprocesso 2.7. Esta etapa do método inicia-
se com o preenchimento dos templates das árvores de cortes sem os roteiros de produção, das
curvas de peso, dos pedidos fictícios para todos os produtos habilitados nas árvores e das
capacidades elevadas de estoques (atividades P2S7A1 até P2S7A5). Em um segundo
momento, os dados são importados para o sistema (P2S7A6), e ao finalizar a importação o
sistema gera os logs que fazem a verificação automática de erros neste processo. Abaixo são
relacionados exemplos de mensagens de erro para cada tipo de problema que pode ser
identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das curvas de
peso foi preenchido de forma errada;
162
163
FIGURA 38 Fluxograma do Subprocesso 2.7
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template das
capacidades elevadas de estoques foi importado em formato “.xls”, porém o banco
de dados aceita somente “.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna “percentual da
curva” do template das curvas de peso foi preenchida por números com formato
americano (vírgulas no lugar de ponto, e vice-versa), sendo que o banco reconhece
apenas o formato brasileiro para o referido campo; e
integridade referencial: na carga das árvores de cortes, havia um código de raiz de
corte inexistente no cadastro de produtos.
Caso ocorram erros neste processo, o que é verificado no teste P2S7T1, devem-se
identificar e corrigir os problemas na fonte primária (P2S7A7), além de reimportar os
templates para a ferramenta, realizando-se novamente as atividades a partir deste ponto. Caso
inexistirem erros na importação dos templates, devem-se gerar as validações dos dados da
base do sistema (P2S7A8). Abaixo são listados dois exemplos de validações características
desta etapa:
classe do produto diferente da classe da raiz de cortes na qual o mesmo está
cadastrado: esta situação representa um erro, tendo em vista que, em uma árvore de
cortes, não podem coexistir produtos de classes diferentes (cortes e formulados); e
produto presente em uma árvore de cortes possui filhos cuja soma dos rendimentos
é diferente de 100: esta situação é classificada como um alerta, pois pode ser um
164
erro ou uma situação normal, dependendo-se de cada caso verificado. Se a soma
dos rendimentos for menor que 100%, dependendo-se da modelagem da estrutura
de produto, a diferença talvez represente um resíduo que não será utilizado no
processo produtivo nem vendido, logo o mesmo nem deve ser cadastrado na árvore.
No caso de a soma ser maior que 100%, é possível que alguns produtos adquiram
massa durante o processo.
Se identificar-se que existem erros de dados após serem rodadas as validações (teste
P2S7T2), os mesmos deverão ser corrigidos na fonte primária (P2S7A9), sendo necessário
que os templates sejam novamente importados para o sistema. Caso inexistirem problemas
nos dados, devem ser gerados os índices de controle (P2S7A10). Dentre os ICs, um deles
calcula a média dos pesos das raízes que fazem parte de uma curva de peso, comparando-se
estes dados com o peso da “raiz-mãe” da curva. Erros nestes dados fazem com que a
programação de abates e, conseqüentemente, a de produção sejam prejudicadas.
No teste P2S7T3, verifica-se se as metas foram alcançadas. Se a resposta for “Não”,
será necessário realizar um processo de identificação e de correção de erros (P2S7A11). Caso
as metas tenham sido alcançadas, o sistema deverá ser rodado e, ao final do processo, os
indicadores deverão ser gerados (P2S7A13) para que os resultados dos mesmos sejam
confrontados com as metas estipuladas (P2S7T4). Se nem todas as métricas alcançarem as
metas, deverá ser feito um processo de identificação e de correção de erros (P2S7A14). Um
exemplo de um erro neste ponto seria a ausência de um ou mais produtos intermediários de
uma árvore de cortes, o que faz com que o sistema não consiga “empurrar” a massa no sentido
da geração dos produtos que possuem pedidos. A correção deste erro deve ser feita no
cadastro de permissão de produção, no qual os códigos com problemas devem estar
vinculados à fábrica da raiz de corte em análise.
Caso todas as metas estabelecidas para os indicadores forem atendidas, aproxima-se
do final do Subprocesso 2.7, faltando apenas excluir as árvores de cortes e os pedidos fictícios
da fábrica testada (P2S7A15 e P2S7A16) e verificar se todas as unidades produtivas de cortes
já foram submetidas ao subprocesso (P2S7T5). Se a resposta for “Não”, uma nova fábrica
deverá ser testada, iniciando-se novamente o subprocesso para que outra unidade produtiva
seja submetida ao mesmo. Caso todas as fábricas tenham passado pelo fluxo, encerra-se o
Subprocesso 2.7 e inicia-se o Subprocesso 2.8.
165
5.2.2.8 Subprocesso 2.8Capacidades finitas de cortes
O Subprocesso 2.8 caracteriza-se principalmente pela população dos pedidos e
previsões de demanda reais, dos roteiros de produção e de novo um elemento, até então não
utilizado nas etapas anteriores: os abates (escalas, curvas de peso e limites mínimos e
máximos). Logo, em sua essência, este subprocesso é análogo ao Subprocesso 2.3
(capacidades finitas de formulados), existindo apenas duas diferenças entre ambos: nas
matérias-primas e nos abates no primeiro caso, as árvores de cortes não dependem das MPs
para a geração dos produtos finais de cortes, portanto não serão utilizados estoques fictícios
de MPs nos testes que envolvam os cortes. Com relação aos abates, a utilização dos dados
referentes a escalas, curvas de peso e limites possibilita, juntamente dos roteiros e pedidos e
previsões de demanda reais, que se direcione a programação do sistema para bases similares
ao mundo real. Além destes argumentos, as considerações feitas na introdução do
Subprocesso 2.3 são aplicáveis nesta etapa do método, inclusive para a utilização dos dados
de compras de produtos finais e de estoques de cortes, além da capacidade elevada de
estoques.
Na Figura 39, visualiza-se o fluxograma definido para a execução do Subprocesso 2.8.
Inicialmente, preenchem os templates de árvores de cortes, curvas de peso, escalas de abate e
pedidos e demandas reais de cortes dos produtos da fábrica escolhida, além dos estoques
iniciais de produtos e as compras de cortes finais (atividades P2S8A1 até P2S8A7).
Posteriormente, os dados são importados para o sistema de programação da produção. Ao
final da importação, realiza-se o primeiro teste do fluxo: a verificação de erros durante o
referido procedimento (P2S8T1). Abaixo são relacionados exemplos de mensagens de erro
para cada tipo de problema que pode ser identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das árvores
de cortes foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template das escalas
de abate foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados aceita somente
“.csv”;
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna quantidade do
template de estoques foi preenchida por números com pontos como separadores de
dígitos, porém o banco não reconhece este tipo de formato para o referido campo; e
166
integridade referencial: na carga de pedidos, havia um pedido cujo país de destino
não constava no cadastro de países.
Caso tenham sido encontrados erros na importação dos dados, a correção dos mesmos
deverá ser feita na fonte primária dos dados (P2S8A9) e uma nova importação do template
que possui erros será necessária. Após confirmar a inexistência de erros de importação,
prossegue-se para a validação das regras de negócio na atividade P2S8A10. Abaixo são
listados três exemplos de validações características desta etapa:
o SIF da fábrica está habilitado para o cliente do pedido, porém não está habilitado
para o país do cliente. Esta validação abrange duas situações: (1) o SIF da fábrica
talvez não possa fabricar produtos para o cliente, logo existiria um erro neste
cadastro; (2) a não habilitação do SIF da fábrica para o país destino do pedido pode
estar errada;
recurso possui horários sobrepostos entre dois ou mais turnos de trabalho em um
mesmo dia: os horários de término de um turno e de início do turno subseqüente
não podem estar sobrepostos. Exemplo: o horário de término do turno 1 não pode
ser maior que o horário de início do turno 2, em um mesmo dia; e
raiz de corte possui escala de abate cadastrada, porém não possui conteúdo
(detalhamento da árvore): se uma raiz de corte possui escala de abate, é
imprescindível que possua uma estrutura por meio da qual consiga gerar a massa
necessária para atender pedidos, demandas e MPs. Neste caso, é importante avaliar
se a raiz é abatida na realidade, pois a escala de abate cadastrada pode estar errada.
Se forem diagnosticados erros de dados após a geração das validações, devem-se
corrigir os mesmos na fonte primária (P2S8A11) e realizar uma nova importação do template
que contenha os dados com problema. No momento em que não houver erros de validação, os
índices de controle devem ser gerados (P2S8A12). Neste ponto do fluxo, não existem novos
ICs, porém, devido ao caráter cumulativo dos mesmos, deve-se verificar se as metas foram
atingidas (teste P2S8T3). Se as metas não forem alcançadas, deve-se iniciar um processo de
identificação e de correção de erros (P2S8A13).
O fato de a inclusão dos roteiros produtivos ser feita no Subprocesso 2.8 implica na
necessidade de se medirem as disponibilidades dos recursos (P2S8A14), atividade que, assim
como no Subprocesso 2.3, será feita apenas uma vez para cada tipo de produto (cortes e
formulados).
167
168
FIGURA 39 Fluxograma do Subprocesso 2.8
O teste P2S8T4 sugere a verificação da acuracidade das disponibilidades calculadas;
caso existam erros, os calendários deverão ser corrigidos na fonte primária (P2S8A15), e uma
nova carga do template que contém estes dados será necessária. Se as disponibilidades
estiverem corretas, procede-se para a rodada do sistema, cujos resultados poderão ser
avaliados por meio dos indicadores ao final da mesma (P2S8A17).
No Subprocesso 2.8, agregam-se os indicadores de abates, de volume de produção de
cortes e de resíduos. Nos abates, mensura-se aderência global (apenas separada por tipo de
animal). Quanto aos volumes de cortes, este indicador refere-se ao volume programado de
produtos e MPs, cuja meta deverá ser coerente com a meta definida para os abates, tendo em
vista que os cortes são decorrentes dos abates.
Quanto aos volumes de cortes, este indicador refere-se ao volume programado de
produtos e MPs, cuja meta deverá ser coerente com a definida para os abates, tendo em vista
que os cortes são decorrentes daqueles. Já o indicador de resíduos deverá apresentar o volume
programado de produtos que não possam ser estocáveis, o que constitui um erro.
169
Após comparar os resultados com as metas estabelecidas (P2S8T5), caso as mesmas
não tenham sido alcançadas, assim como nos ICs, deve-se realizar um processo de
identificação e de correção de erros (P2S8A18). Quando todas as metas forem atingidas,
devem-se excluir da base todos os dados populados no início do subprocesso e verificar se
todas as fábricas foram testadas (P2S8T6). Caso existirem fábricas pendentes, será necessário
escolher outra unidade produtiva e reiniciar o Subprocesso 2.8. Se não houver mais fábricas
para serem testadas, finaliza-se o referido subprocesso.
5.2.2.9 Subprocesso 2.9 Suprimentos de cortes
Finalizados os testes em torno da inclusão dos roteiros produtivos nas árvores de
cortes de cada fábrica separadamente, o Subprocesso 2.9 caracteriza-se pelo incremento dos
suprimentos de cortes, mantendo-se os outros dados populados até o subprocesso anterior.
Esta etapa é análoga ao Subprocesso 2.4, no qual se realizou o mesmo teste, porém para as
árvores de formulação de cada fábrica. Além disso, este subprocesso adota os mesmos
objetivos e pressupostos que o 2.4. O teste com suprimentos no Subprocesso 2.9 agrega os
seguintes dados: estruturas de embalagens dos produtos (não entram aqui condimentos, dado
que apenas um produto formulado possui este tipo de material), lead time e lotes mínimos
reais de ressuprimento, estoques iniciais de embalagens de cada fábrica e as compras de
suprimentos (recebimentos futuros dos materiais).
Na Figura 40, apresenta-se o fluxograma do Subprocesso 2.9, o qual inicia pela carga
de uma série de templates (atividades P2S9A1 a P2S9A11). Posteriormente, os dados são
importados para o sistema de programação da produção, procedimento que é sucedido pelo
primeiro teste do fluxo, o qual verifica se houve problemas nas importações (P2S9T1) com o
apoio de logs que devem ser gerados automaticamente pela ferramenta. Abaixo são
relacionados exemplos de mensagens de erro para cada tipo de problema que pode ser
identificado neste passo:
nome do template não consta no banco de dados: o nome do template das curvas de
peso foi preenchido de forma errada;
formato do arquivo do template incompatível com o banco: o template dos estoques
iniciais de suprimentos foi importado em formato “.xls”, porém o banco de dados
aceita somente “.csv”;
170
6XESURFHVVR
,PSRUWDURVWHPSODWHV
3 6 $
6
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3 6 7
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1
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3 6 $
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UHDLVGH
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3 6 $
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HVWRTXHV
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3 6 $
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDV
FRPSUDV
GHFRUWHV
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3 6 $
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDVFXUYDV
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GDIiEULFD
HVFROKLGD
3 6 $
3UHHQFKHU
RWHPSODWH
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IiEULFD
HVFROKLGD
3 6 $
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WHPSODWH
GRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
VXSULPHQWRV
GDIiEULFD
HVFROKLGD
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
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6
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GH
VXSULPHQ
WRV
3 6 $
3UHSDUDU
DFDUJDGH
GDGRV
FDGDVWUDLV
3 6 $
'DGRV
'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
171
FIGURA 40 Fluxograma do Subprocesso 2.9
formato dos dados incompatível com a base de dados: a coluna data do
recebimento do material” do template das compras de suprimentos foi preenchida
por datas no formato AAAAMMMDD (ano-mês-dia, porém com 3 dígitos no mês),
sendo que o banco reconhece somente o formato AAAAMMDD (ano-mês-dia, com
2 dígitos no mês) para o referido campo; e
integridade referencial: na carga das estruturas de suprimentos, havia um código de
embalagem que não constava no cadastro de suprimentos.
Caso forem identificados erros neste passo, devem-se identificar e corrigir os
problemas na fonte primária (P2S9A13), sendo também necessário reimportar os templates
para a ferramenta. Se não houver erros na importação dos templates, devem-se gerar as
validações dos dados (P2S9A14). As duas únicas validações características desta etapa foram
desdobradas no Subprocesso 2.4, as quais contemplam situações em que um produto possui
embalagem com quantidade zerada em sua estrutura, como também suprimentos na lista de
compras com de entrega no passado.
Após a geração das validações, o teste P2S9T2 verifica a ocorrência de situações que
não respeitem as regras de negócio estabelecidas. Caso forem encontrados erros, os dados
devem ser corrigidos na fonte primária, além de ser necessária uma nova importação dos
templates após a correção. Por outro lado, se inexistirem problemas, os índices de controle
172
devem ser gerados (P2S9A16). Neste ponto do Subprocesso 2.9, não existem novos ICs que
mensurem questões específicas desta etapa. Porém, devido ao caráter cumulativo dos
mesmos, os ICs utilizados em todos os subprocessos anteriores devem ser aplicados para que
se teste a acuracidade dos dados. Posteriormente, o teste P2S9T3 verifica se as metas
definidas para os ICs foram atingidas. Se a resposta for “Não”, será necessário realizar um
processo de identificação e de correção de erros (P2S9A17).
Após a confirmação da inexistência de erros de importação e de validação, além de as
metas dos ICs terem sido atingidas, o sistema deve ser rodado (P2S9A18). As informações
geradas pelo sistema quanto à programação de pedidos, de produção e de necessidade de
suprimentos devem ser acompanhadas por meio dos indicadores (P2S9A19) e comparadas
com as metas (P2S9T4). Caso estas não tenham sido atingidas, novamente realiza-se um
processo de identificação e de correção de erros de dados (P2S9A20). Quando todas as metas
dos indicadores forem alcançadas, procede-se para a exclusão de todos os dados inseridos no
banco do sistema neste subprocesso (atividades P2S9A21 a P2S9A30). Desse modo, outras
fábricas poderão ser testadas ou, caso todas tenham sido submetidas ao Subprocesso 2.9,
encaminha-se para o teste com todas as fábricas de cortes juntas (Subprocesso 2.10).
5.2.2.10 Subprocesso 2.10 – Cortes global
No Subprocesso 2.10, é feito o mesmo teste da etapa anterior (suprimentos de cortes),
com a diferença que, nesta, são testadas todas as fábricas de cortes finais e MPs juntas.
Diferentemente dos subprocessos de produtos formulados (2.2 ao 2.6), não se aplicaram, antes
do teste global, as capacidades reais de estoques. Isso é explicado pelo fato de as MPs não
terem um “destino” a massa empurrada pelos abates fará com que pedidos e previsões de
demanda sejam atendidos, porém o excedente (que seria utilizado para a programação de
matérias-primas) ficará no estoque, não tendo um destino.
Considerando-se a utilização de todos os dados de cortes populados e corrigidos até o
subprocesso anterior e o teste de todas as fábricas juntas, contemplam-se situações ainda mais
próximas da realidade nesta etapa. Da mesma forma que no Subprocesso 2.6, produtos que
sejam produzidos em mais de uma fábrica podem ser programados pelo sistema
considerando-se esta possibilidade. Com isso, viabiliza-se nesta fase o acompanhamento do
indicador de atendimento de pedidos no prazo.
173
O fluxograma do Subprocesso 2.10 é detalhado na Figura 41. Como este subprocesso
é idêntico ao anterior, com a diferença do tratamento de todas as fábricas de cortes ao mesmo
tempo, as atividades e testes são similares. Verifica-se que, primeiramente, preenchem-se os
templates dos dados que serão submetidos aos testes desta etapa (atividades P2S10A1 a
P2S10A11).
Em um segundo momento, importam-se as cargas de dados para o sistema, passo que é
sucedido pela verificação de erros de importação (teste P2S10T1). Os mesmos exemplos de
mensagens de erro relatados no Subprocesso 2.9 aplicam-se neste passo: nome do template
preenchido de forma errada, formato do arquivo e dos dados importados incompatíveis com o
banco, e problemas de integridade referencial. Caso identificarem-se erros neste processo, os
mesmos deverão ser corrigidos na fonte primária (P2S10A13), e uma nova importação dos
templates que continham os problemas será necessária. Se não houver erros, procede-se para a
execução das validações dos dados do banco (atividade P2S10A14). Neste momento, as
situações que não estiverem de acordo com as regras de negócio da empresa deverão ter o
mesmo tratamento dado aos erros de importação.
Na atividade P2S10A16, após confirmar-se a inexistência de erros de validação,
geram-se os índices de controle. Da mesma forma que no Subprocesso 2.9, apesar de não
existirem novos índices na fase dos cortes globais, deve-se manter o controle sobre os ICs
criados em subprocessos anteriores. Se as metas dos ICs não forem atingidas (teste P2S10T3),
deverá verificar-se a existência de erros de dados, bem como ser deflagrado um processo de
correção dos mesmos (P2S10A17). Após a correção dos dados e a confirmação de que
inexistem erros, deve-se rodar o sistema (P2S10A18), atividade que é sucedida pela geração
dos indicadores. O resultado dos mesmos deve ser comparado com as metas estipuladas para
cada um (P2S10T4), sendo que, caso nem todas as metas sejam atendidas, deve-se identificar
e corrigir os erros de dados; senão, prossegue-se no fluxo para a exclusão de todos os dados
populados no Subprocesso 2.10, para que se encaminhe à próxima fase do processo 2.
174
6XESURFHVVR
,PSRUWDURVWHPSODWHV
3 6 $
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
9DOLGDURVGDGRVGREDQFR
3 6 $
1
&RUULJLURVGDGRV
3 6 $
6
1
3 6 7
+RXYHHUURVQDV
LPSRUWDo}HV"
3 6 7
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GHGDGRV"
5RGDURVLVWHPD
3 6 $
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
*HUDURVLQGLFDGRUHV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
HVWUXWXUDVGH
HPEDODJHQV
GHWRGDVDV
IiEULFDV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWH
GRVOHDG
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ORWHV
PtQLPRV
UHDLVGH
VXSULPHQWRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWH
GDViUYRUHV
GHFRUWHV
FRPRV
URWHLURVGH
WRGDVDV
IiEULFDV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGH
WRGRVRV
SHGLGRVH
GHPDQGDV
UHDLVGH
FRUWHV
3 6 $
3UHHQFKHU
RWHPSODWH
GRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
FRUWHV
3 6 $
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDV
FRPSUDV
GHFRUWHV
ILQDLV
3 6 $
3UHHQFKHU
RWHPSODWH
GDVFXUYDV
GHSHVRGH
WRGDVDV
IiEULFDV
3 6 $
3UHHQFKHU
RWHPSODWH
GDVHVFDODV
HRVOLPLWHV
GHDEDWHV
GHWRGDVDV
IiEULFDV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWH
GRV
HVWRTXHV
LQLFLDLVGH
VXSULPHQWRV
GHWRGDVDV
IiEULFDV
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
3iJ
6
3UHHQFKHU
WHPSODWH
GDV
FRPSUDV
GH
VXSULPHQ
WRV
3 6 $
3UHSDUDU
DFDUJDGH
GDGRV
FDGDVWUDLV
3 6 $
'DGRV 'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
175
FIGURA 41 Fluxograma do Subprocesso 2.10
5.2.2.11 Subprocesso 2.11 – Balanceamento de cortes e formulados (sem abates)
O Subprocesso 2.11 marca o início de um novo grupo de testes, os quais consideram
os dados de todas as fábricas e dos dois tipos de produtos (cortes e formulados) ao mesmo
tempo. A partir desta etapa, portanto, possibilita-se avaliar a programação de pedidos que
possuam produtos cortes e formulados, podendo estes ser programados em mais de uma
fábrica. Com isso, os indicadores de atendimento de pedidos no prazo e de aderência da
programação de produção e de suprimentos poderão ser acompanhados, bem como poderá ser
avaliado o balanceamento entre matérias-primas e produtos finais de cortes, já que as
restrições de MP passam a ser consideradas.
Nesta etapa do método, são considerados os pedidos e previsões de demanda reais,
além dos estoques iniciais de produtos finais e em processo. Os demais (abates, roteiros,
suprimentos e limitações de estoques) serão gradativamente inseridos nos próximos
subprocessos. Uma observação se faz necessária especificamente em relação aos abates: como
um dos objetivos desta etapa é analisar o balanceamento entre a programação de cortes para
pedido e matéria-prima, não se utilizarão as escalas nem os limites mínimos e máximos de
abate, para que o próprio sistema decida o volume necessário que consiga atender à
programação. Desta forma, isolam-se apenas os pedidos e previsões de demanda nos testes
deste subprocesso.
Um esclarecimento se faz necessário também em relação ao indicador de necessidade
versus programação e alocação de matéria-prima (balanceamento): no caso de uma MP
176
possuir irmãs alternativas em árvores de formulação, o cálculo de necessidade acaba ficando
duplicado para determinados produtos, pois, no exemplo citado, qualquer uma das duas MPs
poderia atender à necessidade de programação do produto final formulado. Logo, a análise
das matérias-primas por código deve ser feita de forma ponderada, pois o indicador pode,
inclusive, mascarar problemas. Uma forma para reduzir o efeito disso é analisar a métrica por
meio das famílias de matérias-primas.
Após esta introdução a respeito das características e dos objetivos do Subprocesso
2.11, apresenta-se na Figura 42 o fluxograma do referido subprocesso. Inicialmente,
preenchem-se os templates de dados cadastrais, das árvores de cortes sem os roteiros, das
curvas de peso, dos pedidos e previsões de demanda reais e dos estoques iniciais e compras de
produtos (atividades P2S11A1 a P2S11A6).
Posteriormente, os dados são importados para o sistema, atividade que é sucedida pelo
teste de verificação de erros de importação (P2S11T1). Deste subprocesso até o último (2.15),
não serão listados os exemplos de erros de importação, dado que todos os templates
preenchidos a partir desta fase já foram explorados em subprocessos anteriores.
Caso verificar-se no teste P2S11T1 que existem erros de importação, deve-se proceder
para a correção dos mesmos; se não houver problemas, prossegue-se para a atividade de
validação dos dados (P2S11A9). No Subprocesso 2.11, em função do teste conjunto de
árvores de cortes e de formulação, são aplicáveis novas validações. Abaixo são listados dois
exemplos de validações características desta etapa:
matéria-prima usada em formulação não está cadastrada em uma árvore de cortes:
esta validação é um alerta, pois uma MP que esteja cadastrada em uma formulação
não necessariamente estará sempre sendo produzida. Por outro lado, é importante
que se verifique cada situação apontada pela validação para que se identifiquem e
corrijam erros de dados;
matéria-prima usada em formulação não possui habilitação de consumo em uma
fábrica que produza formulados: esta validação também é um alerta e poderia ser
explicada pela mesma razão do primeiro exemplo citado.
177
6XESURFHVVR
,PSRUWDURVWHPSODWHV
3 6 $
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
9DOLGDURVGDGRVGREDQFR
3 6 $
1
&RUULJLURVGDGRV
3 6 $
6
1
3 6 7
+RXYHHUURVQDV
LPSRUWDo}HV"
3 6 7
([LVWHPHUURV
GHGDGRV"
5RGDURVLVWHPD
3 6 $
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
*HUDURVLQGLFDGRUHV
3 6 $
3UHHQFKHURWHPSODWHGDV
iUYRUHVGHFRUWHVHGH
IRUPXODomRGHWRGDVDVIiEULFDV
VHPRVURWHLURVGHSURGXomR
3 6 $
3UHHQFKHURWHPSODWHGH
WRGRVRVSHGLGRVH
GHPDQGDVUHDLVGHFRUWHV
HGHIRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHURWHPSODWH
GRVHVWRTXHVLQLFLDLV
GHWRGRVRVSURGXWRV
H03V
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
FRPSUDVGHWRGRV
RVSURGXWRVH03V
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
FXUYDVGHSHVRGH
WRGDVDVIiEULFDV
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6XESURFHVVR
([FOXLUWRGRVRVSHGLGRVH
GHPDQGDVUHDLVGHFRUWHV
HGHIRUPXODGRV
3 6 $
([FOXLURVHVWRTXHV
LQLFLDLVGHWRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
([FOXLUDVFRPSUDV
GHWRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
([FOXLUDVFXUYDV
GHSHVRGHWRGDV
DVIiEULFDV
3 6 $
([FOXLUDViUYRUHVGH
FRUWHVHGHIRUPXODomR
GHWRGDVDVIiEULFDV
3 6 $
6
6
3UHSDUDUD
FDUJDGH
GDGRV
FDGDVWUDLV
3 6 $
'DGRV
'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
FIGURA 42 Fluxograma do Subprocesso 2.11
178
Após a geração das validações, o teste P2S11T2 verifica se existem situações que não
estejam de acordo com as regras de negócio definidas. Caso houver erros, os mesmos deverão
ser corrigidos (P2S11A10); se não existirem problemas nos dados, deve ser feita a geração
dos índices de controle (P2S11A11). No subprocesso 2.11, não existem novos ICs que
mensurem questões específicas desta etapa. Por outro lado, todos os ICs criados em
subprocessos anteriores continuam sendo gerados e acompanhados. O teste P2S11T3 verifica
a conformidade das medições com as metas estabelecidas. Caso as mesmas não forem
atingidas, devem-se identificar e corrigir os erros; caso contrário, o sistema deverá ser rodado
(P2S11A13). Os resultados deste processo devem ser avaliados com o apoio de indicadores.
Nesta etapa do método, medições de outros subprocessos são utilizadas, além de um novo
indicador o de alocação versus necessidade de matérias-primas. Com isso, possibilita
verificar se todo o volume necessário de todas as MPs para a programação de pedidos e
previsões de demanda de formulados está sendo alocado a estes produtos.
Caso as metas dos indicadores gerados não alcancem as metas desejadas (P2S11T4),
realiza-se um processo de identificação e de correção de erros nos dados; senão, encaminha-se
para o final do Subprocesso 2.11, no qual se realizam as exclusões de todos os dados
utilizados nos testes da referida etapa (atividades P2S11A16 a P2S11A20).
5.2.2.12 Subprocesso 2.12 – Balanceamento de cortes e formulados (com abates)
Após a realização dos primeiros testes com árvores de cortes e de formulação de todas
as fábricas de forma simultânea, o Subprocesso 2.12 dá continuidade a isso, tendo como
principal objetivo a avaliação dos indicadores após a importação das escalas e limites de
abates. Com isso, deseja-se verificar a influência do abate empurrado (no caso das escalas e
dos limites mínimos) sobre a programação de pedidos, a aderência de produção e o
balanceamento de produtos finais e matérias-primas.
Na Figura 43, visualiza-se o fluxograma do Subprocesso 2.12, no qual se utilizam os
mesmos dados da etapa anterior, com a diferença do preenchimento e importação dos
templates de abates e das curvas de peso (atividades P2S12A1 a P2S12A7). No teste
P2S12T1, verifica-se a ocorrência de erros de importação, os quais, se confirmados, devem
ser corrigidos; caso contrário, prossegue-se no fluxo para a geração das validações das regras
de negócio (P2S12A10).
179
6XESURFHVVR
,PSRUWDURVWHPSODWHV
3 6 $
6
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
9DOLGDURVGDGRVGREDQFR
3 6 $
1
&RUULJLURVGDGRV
3 6 $
6
1
3 6 7
+RXYHHUURVQDV
LPSRUWDo}HV"
3 6 7
([LVWHPHUURV
GHGDGRV"
5RGDURVLVWHPD
3 6 $
*HUDURVtQGLFHVGHFRQWUROH
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
6
*HUDURVLQGLFDGRUHV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGHWRGRVRV
SHGLGRVHGHPDQGDV
UHDLVGHFRUWHVHGH
IRUPXODGRV
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGRV
HVWRTXHVLQLFLDLV
GHWRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
FRPSUDVGH
WRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
,GHQWLILFDUH
FRUULJLURVHUURV
3 6 $
3 6 7
$VPHWDVIRUDP
DWLQJLGDV"
1
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
HVFDODVHOLPLWHV
GHDEDWHVGH
WRGDVDVIiEULFDV
3 6 $
3UHHQFKHURWHPSODWH
GDViUYRUHVGHFRUWHVH
GHIRUPXODomRGHWRGDV
DVIiEULFDV VHPRV
URWHLURVGHSURGXomR
3 6 $
3UHHQFKHUR
WHPSODWHGDV
FXUYDVGH
SHVRGHWRGDV
DVIiEULFDV
3 6 $
6XESURFHVVR
([FOXLUDViUYRUHVGH
FRUWHVHGHIRUPXODomR
GHWRGDVDVIiEULFDV
3 6 $
([FOXLUWRGRVRVSHGLGRV
HGHPDQGDVUHDLVGH
FRUWHVHGHIRUPXODGRV
3 6 $
([FOXLURVHVWRTXHV
LQLFLDLVGHWRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
([FOXLUDVFRPSUDV
GHWRGRVRV
SURGXWRVH03V
3 6 $
([FOXLUDVHVFDODVH
RVOLPLWHVGHDEDWHV
GHWRGDVDVIiEULFDV
3 6 $
([FOXLUDVFXUYDV
GHSHVRGHWRGDV
DVIiEULFDV
3 6 $
6
6
3UHSDUDUD
FDUJDGH
GDGRV
FDGDVWUDLV
3 6 $
'DGRV
'DGRV
/RJVGH
HUURV
9DOLGDo}HV
,&V
,QGLFDGRUHV
5HODWyULRV
GRVLVWHPD
FIGURA 43 Fluxograma do Subprocesso 2.12
180
Neste ponto do método, existe uma validação do tipo alerta que é útil para a
identificação de erros no cadastro de matérias-primas quando são feitos testes com as escalas
de abates. A mensagem gerada pela validação informa se existem MPs que estejam
cadastradas em árvores de formulação, porém as árvores de cortes onde estão habilitadas não
possuem escala de abate. Assim, permite-se que situações de erros na escala de abate ou
mesmo nas árvores possam ser identificadas.
O teste P2S12T2 avalia se existem erros de validação. Caso isso for confirmado, os
dados devem ser corrigidos na fonte primária; senão, geram-se os índices de controle
(P2S12A12). Neste ponto do Subprocesso 2.12, inexistem novos ICs, porém todos os outros
criados nos demais subprocessos devem ser utilizados. Se nem todas as metas dos ICs forem
atingidas, o que é checado no teste P2S12T3, deve-se analisar cada caso para que se
identifiquem e se corrijam erros de dados. Caso contrário, o sistema deverá ser rodado
(P2S12A14), e os resultados gerados pelo mesmo submetidos aos indicadores propostos.
Da mesma forma que na avaliação dos ICs, se houver metas não alcançadas, devem-se
identificar os erros de dados e corrigi-los (P2S12A16). Caso contrário, o Subprocesso 2.12
chega ao seu final, faltando apenas a exclusão de todos os dados populados nesta fase do
método (atividades P2S12A17 a P2S12A22).
5.2.2.13 Subprocesso 2.13 – Capacidades finitas de cortes e formulados
No Subprocesso 2.13, a fim de manter-se o propósito de testar os dados de forma
incremental, são adicionados os roteiros produtivos (recursos, calendários e tempos de
processo). Nesta fase do método, é possível medir o atendimento de pedidos no prazo, dado
que os roteiros estabelecem limites para a programação da produção. Assim como nos
subprocessos 2.3 e 2.8, nos quais se realizam testes com as capacidades finitas de formulados
e cortes, respectivamente, os roteiros são agregados neste momento pelo seguinte motivo: nos
Subprocessos 2.11 e 2.12, testou-se a destinação da massa cárnea proveniente dos abates e das
compras de MPs para a programação de formulados e cortes. Logo, garantiu-se para esta
etapa a acuracidade dos dados de árvores de cortes e de formulação.
A Figura 44 apresenta o fluxograma do Subprocesso 2.13. Inicialmente, preenchem-se
os templates dos dados que serão considerados nos testes (atividades P2S13A1 a P2S13A7),
etapa que será sucedida pela importação dos arquivos para o banco.
181
FIGURA 44 Fluxograma do Subprocesso 2.13
182
O teste P2S13T1 verifica a ocorrência de erros neste processo caso houver
problemas, os mesmos devem ser corrigidos, sendo necessária uma nova importação dos
templates que continham os dados errados. Senão, prossegue-se no fluxo para a geração das
validações (P2S13A10). Se forem encontrados erros de dados, deve-se corrigi-los na fonte
primária. Caso contrário, submete-se a base de dados aos índices de controle (P2S13A12).
Neste ponto do Subprocesso 2.13, não existem novos ICs, sendo necessário, no entanto,
manter-se o acompanhamento dos já existentes. Após esta atividade, o teste P2S13T3 verifica
a conformidade dos dados em relação às metas estabelecidas. Caso nem todas as metas sejam
alcançadas, devem-se identificar os erros de dados e corrigi-los. Senão, o sistema deve ser
rodado (P2S13A14).
Após a rodada, os resultados gerados pelo sistema são submetidos aos indicadores
criados com a finalidade de mensurar a adequação das informações às metas estabelecidas
(P2S13T4).
Caso as metas não tenham sido atingidas, realiza-se um processo de análise e de
correção de erros de dados (P2S13A16). No momento em que todas as metas forem atingidas,
prossegue-se para o final do Subprocesso 2.13, o qual contempla a exclusão de todos os dados
utilizados (P2S13A17 a P2S13A22).
5.2.2.14 Subprocesso 2.14 – Suprimentos de cortes e formulados
O penúltimo subprocesso do método proposto caracteriza-se pela habilitação das
restrições dos suprimentos utilizados no cortes e formulados. Nesta etapa, aplicam-se os
mesmos índices de controle e indicadores da etapa anterior, porém com a introdução de dados
que aproximam a programação gerada pelo sistema à realidade da produção. Estes dados
referem-se aos estoques iniciais, às compras e à habilitação dos lead times e lotes mínimos
reais de suprimentos, bem como às necessidades de embalagens por produto.
Na Figura 45, apresenta-se o fluxograma do Subprocesso 2.14, o qual tem início com
o preenchimento dos templates dos dados que devem ser utilizados nos testes (atividades
P2S14A1 a P2S14A11). Posteriormente, importam-se os arquivos para o sistema de
programação da produção e verifica-se a ocorrência de erros neste processo (teste P2S14T1).
Caso houver problemas, deve-se proceder para a identificação e correção dos erros de dados.
Senão, geram-se as validações do banco (P2S14A14).
183
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FIGURA 45 Fluxograma do Subprocesso 2.14
Após esta atividade, verifica-se no teste P2S14T2 se existem situações que não
estejam de acordo com as regras de negócio estabelecidas. Se forem encontrados erros nos
dados, os mesmos deverão ser corrigidos na fonte primária. Caso contrário, prossegue-se no
fluxo para a geração dos índices de controle (P2S14A16), os quais, conforme mencionado na
introdução desta seção, não possuem novidades. Apesar disso, os resultados dos ICs criados
em subprocessos anteriores devem ser avaliados (P2S14T3) para que se identifiquem e
corrijam erros (se os mesmos existirem).
No momento em que as metas dos ICs forem alcançadas, o sistema deve ser rodado
(P2S14A18). Após esta atividade, geram-se os indicadores de resultado da ferramenta de
programação da produção (P2S14A19), os quais devem ser confrontados com as metas
definidas. Caso nem todos os indicadores atingirem as suas metas, deverá ser feito um
processo de identificação e de correção de erros de dados (P2S14A20). Senão, prossegue-se
para o final do Subprocesso 2.14, no qual são excluídos todos os dados utilizados nos testes
desta fase (P2S14A21 a P2S14A31), inclusive as capacidades elevadas de estoques, tendo em
vista que no próximo subprocesso são testadas as limitações de estocagem.
5.2.2.15 Subprocesso 2.15 – Cortes e formulados global
O último subprocesso do método proposto para a melhoria da acuracidade dos dados
de um sistema de programação da produção caracteriza-se por testar todos os parâmetros
utilizados nos demais subprocessos de forma simultânea. Além disso, introduzem-se no
Subprocesso 2.15 as capacidades reais de estoques. A consideração destes dados auxiliará na
185
avaliação do balanceamento entre pedidos e demandas, bem como da própria programação de
estoques, sendo que o principal indicador deste subprocesso será a ocupação de estocagem.
O fluxograma das atividades e testes do Subprocesso 2.15 é apresentado na Figura 46.
Como em todas as outras fases do Processo 2, preenchem-se os templates dos dados que serão
submetidos às validações e aos índices de controle e indicadores (P2S15A1 a P2S15A12).
Após estas atividades, realiza-se a importação dos dados para o banco do sistema, a qual é
sucedida pelo teste P2S15T1, o qual verifica se houve erros no procedimento. Se houver
problemas, os mesmos deverão ser solucionados. Caso contrário, as validações do sistema
deverão ser rodadas (P2S15A15) para que se identifiquem situações que não estejam de
acordo com as regras de negócio estabelecidas. Se houver casos que se enquadrarem nesta
condição, os dados deverão ser corrigidos; caso contrário, prossegue-se no fluxo para a
geração dos índices de controle (P2S15A17).
Caso as metas dos ICs não forem atingidas, o que é verificado pelo teste P2S15T3,
procede-se para a identificação e correção de erros os dados (P2S15A18). Já no caso de as
metas de todos os ICs terem sido alcançadas, deve-se rodar o sistema (P2S15A19), cujos
resultados devem medidos por meio de indicadores. Estes, por sua vez, são comparados no
teste P2S15T4 com as metas estabelecidas para cada um. Caso nem todas as metas forem
atingidas, realiza-se um processo de análise no qual se identifiquem e corrijam os erros de
dados (P2S15A21). Por outro lado, no momento em que as metas de todos os indicadores
forem alcançadas, homologa-se o sistema de programação da produção.
186
FIGURA 46 Fluxograma do Subprocesso 2.15
187
5.3 Fatores Críticos de Sucesso para a aplicação do método tentativo
Após a definição dos pressupostos e das estratégias para o desenvolvimento do método
tentativo, bem como o detalhamento das etapas da proposta, são relacionados nesta seção os
Fatores Críticos de Sucesso (FCS) para a aplicação do método. O delineamento destes
elementos estabelece as condições gerenciais necessárias e de estrutura de sistemas para a
utilização do método em processos de implementação da ferramenta de programação da
produção pesquisada. Portanto, os FCS não contemplam as atividades pós-homologação do
sistema, as quais englobam a manutenção dos dados. A seguir, detalham-se todos os Fatores
Críticos de Sucesso elencados, os quais foram abordados em ordem de importância, sendo os
primeiros aqueles que deveriam ter maior atenção em projetos de implementação do sistema
pesquisado.
A função do gerente de projeto é de fundamental importância para o sucesso da
aplicação do método. Dele devem partir iniciativas que busquem assegurar o rigor
metodológico da proposta, caso contrário as demais ações e FCS não surtirão efeito. Portanto,
considera-se a figura e a pró-atividade do gerente de projeto, senão a mais importante, uma
das que mais influenciam no sucesso da aplicação do método. Existem três questões que
resumem as atribuições deste profissional: garantir o apoio do patrocinador do projeto, a
gestão de uma equipe de projeto e a governança sobre os dados. Nestas atribuições,
englobam-se as seguintes tarefas:
alinhamento das atividades junto ao patrocinador do projeto;
planejamento da execução do método;
estruturação e motivação de uma equipe de projeto;
conscientização dos futuros usuários-chave do sistema quanto à necessidade de os
dados serem acurados;
a mudança de processos de negócio para que os mesmos atendam ao fluxo de dados
necessário para o sistema; e
realização de reuniões regulares com a equipe de projeto e os usuários-chave para
acompanhar o status das atividades desenvolvidas e os resultados dos indicadores
propostos no método.
188
O apoio do patrocinador do projeto deve ser garantido para que os profissionais que
participam da implementação do sistema compreendam as expectativas da empresa, a
importância das atividades e se motivem para o sucesso da ferramenta. Neste sentido, é
importante que o gerente de projeto alinhe junto ao patrocinador o status das tarefas
executadas e os resultados alcançados. Em outras palavras, o profissional deve possuir um
canal de comunicação com o patrocinador para que se promovam as mudanças necessárias
com o apoio dos colaboradores que compõem a equipe de projeto.
Dentre as incumbências do gerente de projeto, ressalta-se a necessidade de os
subprocessos sugeridos pelo método possuírem um planejamento que garanta a alocação dos
recursos materiais e humanos necessários. Assim, evita-se a perda de tempo na transição entre
os subprocessos ou mesmo durante a execução dos mesmos.
No que diz respeito à formação de uma equipe de projeto, é necessária a participação
de pessoas capacitadas, que possuam reconhecido conhecimento sobre a programação de
produção da empresa. Além disso, estes profissionais devem dedicar-se ao projeto conforme o
acordado antes de os mesmos entrarem na equipe. Este acordo é importante para que se
garanta a alocação das pessoas às atividades. Neste sentido, as chefias dos membros que
forem “emprestados” para o projeto devem ser sensibilizadas para que os profissionais
possam se dedicar exclusivamente ao projeto.
Já o ambiente de projeto no qual as atividades da equipe serão desenvolvidas deve ser
provido de uma estrutura na qual seja possível realizar os testes no sistema de forma
adequada. Essa estrutura deve contemplar tanto um local adequado quanto a disponibilidade
de ferramentas de sistema e de equipamentos de informática dotados da tecnologia necessária
para o pleno andamento das atividades. Este fator revela-se importante na medida em que
pode agilizar os testes no sistema de programação da produção, reduzindo o tempo de
execução das tarefas.
Dentre as principais incumbências do gerente de projeto, resta delinear o
estabelecimento de uma governança sobre os dados. O escopo desta iniciativa deve
contemplar um conjunto de ações em torno da conscientização de usuários do sistema, da
mudança de processos de negócio, da gestão de indicadores e da realização de reuniões para
acompanhamento do status do projeto.
A conscientização dos futuros usuários-chave do sistema em relação à necessidade
da manutenção de uma base de dados acurada deve ser feita a partir do momento em que estes
189
profissionais passarem a fazer parte da equipe de projeto. De forma complementar, as pessoas
deverão conhecer os impactos que a acuracidade dos dados pode ter sobre a qualidade das
informações geradas pelo sistema de seqüenciamento da produção. Dentre estes impactos,
poderão ser ressaltados os de menor escala (como a alteração do mix de uma família produto
cujo volume seja irrisório no dia-a-dia) até aqueles que influenciarão nas decisões de outras
áreas que dependerão das informações do sistema. Exemplos dessa situação são a compra
desnecessária de embalagens, o atraso na entrega de pedidos e a alteração na programação de
produção de outras fábricas quando houver erros nas formulações de produtos cujas matérias-
primas sejam produzidas nas referidas unidades.
A partir do envolvimento dos usuários no projeto, é necessário que se definam as
responsabilidades de cada um. Estas funções deverão estar relacionadas ao compromisso
com a manutenção dos dados inseridos no sistema durante a etapa de projeto, bem como com
a identificação e solução de problemas. Paralelamente a esta definição, deve-se criar o papel
do guardião dos dados, ou administrador da qualidade de dados, conforme denominam Wang,
Kon e Madnick (1993). Os pré-requisitos para esta função deveria ser o reconhecido
conhecimento sobre o sistema (para que possa prestar suporte aos usuários) e a capacidade de
identificar pontos de alavancagem para a melhoria dos dados do sistema. Este profissional
cumpriria uma função de auditoria dos dados, conforme sugerem Dasu e Johnson (2003),
além de acompanhar os índices de controle e os resultados dos indicadores propostos pelo
método. Em vez de preocupar-se com a rotina de manutenção dos dados do sistema e a
programação gerada pelo mesmo, este profissional deveria aprimorar os dados e treinar os
usuários.
No escopo da governança sobre os dados, deve constar a liderança (negociação) do
gerente de projeto em torno da mudança de processos de negócio junto a áreas da empresa
que sejam responsáveis pelos dados que serão utilizados no sistema de PCP. Ambas as partes
(gerente e áreas) deverão agir no sentido da discussão das mudanças e na padronização das
rotinas no momento em que forem efetivadas as alterações.
O terceiro e o quarto itens da governança sobre os dados referem-se à garantia da
aplicação dos indicadores propostos no método, bem como a realização de reuniões para
verificar o status das atividades realizadas e os resultados dos indicadores em relação às
metas. Com relação às medições, é necessário que o gerente de projeto divulgue claramente as
metas para todos os usuários, atribuindo responsáveis e prazos de execução para os casos em
que os indicadores não atingirem as metas.
190
Durante as reuniões, devem ser compartilhados os erros de dados encontrados pelos
usuários e as respectivas ações tomadas para a correção dos mesmos. Dessa forma, gera-se
aprendizagem de modo que se forneçam subsídios para a identificação de futuras
oportunidades de melhoria nos dados. A formalização das discussões deve ser feita por meio
do estabelecimento de planos de ação, os quais deverão ser cobrados pelo gerente de projeto
junto aos responsáveis no prazo estipulado.
Após tratar sobre as atribuições relacionadas ao gerente de projeto, são relacionados a
partir deste ponto outros Fatores Críticos de Sucesso. Parte dos FCS a serem discutidos
também depende da gestão do gerente de projeto, porém em menor grau em relação aos
aspectos mencionados nos parágrafos anteriores.
A multiplicação do conhecimento sobre o sistema igualmente contribui para a
aplicação do método, relacionando-se intrinsecamente à capacitação dos usuários e ao
incentivo para que os colaboradores desenvolvam atividades na ferramenta. O fator
conhecimento pode ser desenvolvido por meio da realização de treinamentos e da
disponibilização de material de apoio (manuais), enquanto que o fator incentivo pode ser
explorado por meio da motivação dos usuários (e não somente vindo do gerente de projeto,
como também dos gestores cujas áreas serão afetadas pelo sistema). Esta mobilização permite
a criação de um ambiente de aprendizagem no qual possa haver troca de experiências e o
estabelecimento de uma visão compartilhada sobre o sistema. Neste contexto, deve-se
ressaltar a importância da acuracidade dos dados para a ferramenta.
Do ponto de vista da aplicação do método nos casos em que houver a possibilidade de
realizar atividades por mais de um grupo de usuários (como nos subprocessos que testam
fábrica por fábrica, por exemplo), o paralelismo é válido para agilizar a execução dos testes.
Dessa forma, reduz-se o tempo despendido na execução do método.
A infra-estrutura de Tecnologia da Informação influencia na fidedignidade dos
dados em função das integrações entre bases de dados corporativas (ERP, por exemplo) e o
sistema de seqüenciamento da produção. Os dados populados na base devem estar de acordo
com a fonte de onde são importados, bem como estar no local e no momento corretos
(conforme a especificação). Neste ínterim, o desenvolvimento de mensagens automáticas que
informem a ocorrência de falhas nas cargas de dados (os chamados logs) auxilia na detecção
de erros no processo de população da base de dados do sistema de PCP.
191
Por fim, outro fator crítico de sucesso diz respeito à disponibilidade, na ferramenta de
seqüenciamento da produção, de uma inteligência de identificação de erros de dados na
base. Existem erros cujo padrão de comportamento é passível de ser filtrado por meio deste
tipo de mecanismo, o que facilita o processo de identificação de problemas pelo usuário.
5.4 Considerações finais do capítulo
O capítulo 5 caracterizou-se pelo delineamento do método proposto para a melhoria da
acuracidade dos dados do sistema de seqüenciamento da produção pesquisado. Dentre os
picos abordados no capítulo, contemplaram-se a definição dos pressupostos e das estratégias
para o desenvolvimento da proposta, a apresentação do método tentativo e o estabelecimento
dos Fatores Críticos de Sucesso para a implementação do mesmo.
A definição dos pressupostos possibilitou que se elencassem as delimitações do
método e as premissas inerentes ao desenvolvimento do mesmo. A partir disso, apresentaram-
se as 7 estratégias utilizadas para a efetivação dos pressupostos (prevenção, parcimônia, nível
de complexidade da modelagem dos dados, exposição dos dados, validações, medições e a
lógica de priorização das análises).
Depois de definidos os pressupostos e estratégias, apresentou-se o método proposto, o
qual foi estruturado sob a forma de processos e subprocessos, hierarquização que possibilitou
a divisão dos agrupamentos de atividades testes em torno de rotinas de identificação e de
correção de erros dos dados. As contribuições obtidas por meio das entrevistas realizadas com
experts na temática do estudo foram incorporadas ao método, sendo que as sugestões feitas
são detalhadas no Apêndice C. Do ponto de vista da aplicação dos conceitos explorados no
referencial teórico, foram selecionados para o desenvolvimento do método aqueles referentes
a:
estruturas de dados necessária para um sistema de programação da produção;
escolha do nível de detalhamento da modelagem dos dados;
medidas estatísticas de dispersão;
definição das regras de negócio;
192
identificação das fontes dos erros, utilizando o Princípio de Pareto;
indicadores de resultado; e
abordagem metodológica por processos.
Por fim, os Fatores Críticos de Sucesso estabeleceram os requisitos necessários para a
aplicação bem sucedida do método proposto, os quais possuíam questões gerenciais e de
estrutura física e de sistemas. Dentre os aspectos gerenciais, destacaram-se a função do
gerente de projeto e a estruturação de um processo de governança sobre os dados. Já a
estrutura evidenciou a importância do apoio da área de Tecnologia da Informação e da
existência de um local adequado para as atividades da equipe de projeto.
6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Neste capitulo, encaminham-se a conclusão e as recomendações para futuras pesquisas
deste estudo. A primeira é composta por inferências do autor a respeito dos resultados do
trabalho. Já as recomendações constituem-se de idéias que não fizeram parte do escopo da
pesquisa ou que surgiram durante o desenvolvimento do estudo.
6.1 Conclusão
A discussão acerca da temática da qualidade de dados oportunizada por este estudo
expôs a importância do tratamento de erros de dados, como também o impacto deste tipo de
problema nas informações necessárias para a tomada de decisão sobre a programação de
produção. O caso relatado da Empresa Alfa possibilitou que se analisasse uma experiência
real da implementação de um sistema que foi impactada pela qualidade dos dados inseridos na
ferramenta. O efeito deste problema materializou-se através do atraso do projeto do sistema
de programação de produção. Além disso, a inexistência de um rigor metodológico nas fases
iniciais dos testes da ferramenta fez com que se perdesse tempo tentando-se identificar os
erros sem um foco definido. Ao passo que os resultados gerados pelo sistema não eram
confiáveis, a credibilidade do mesmo era questionada, o que prejudicava a sustentabilidade do
projeto. Este encadeamento de eventos reforçadores partiu dos erros nos dados de entrada da
ferramenta, o que demonstra o risco a que se submeteu a implementação do projeto.
Diante da percepção do comportamento destes eventos, procurou-se neste trabalho
fortalecer a importância da etapa de projeto para o tratamento dos erros de dados. Os
problemas decorrentes das inacuracidades impossibilitaram a utilização do sistema no prazo
planejado, logo devem-se direcionar os esforços para que ações sejam tomadas de forma
adequada sobre os erros.
A partir da constatação do problema da acuracidade dos dados e, principalmente, da
magnitude do mesmo, acredita-se que o método proposto seja uma forma de adotar-se um
posicionamento metodológico perante os dados. Antes mesmo da coleta dos dados, as
194
atividades de definição do modelo conceitual e de requisitos de dados contribuem para a
prevenção de futuros erros, tais como templates preenchidos de forma errada. Posteriormente,
a estruturação dos dados, a definição dos mecanismos de auto-validação e os testes de
importação de dados valorizam o processo de preparação dos dados.
O trabalhou não se limitou ao desenvolvimento do método em si, como também
contemplou o detalhamento dos pressupostos e das estratégias do mesmo, além dos Fatores
Críticos de Sucesso. Enquanto que os primeiros aspectos referiram-se a uma etapa anterior ao
desenvolvimento do método, os FCS possibilitaram que se estabelecessem os requisitos
necessários para a aplicação do mesmo. Desta forma, forneceu-se ao método uma consistência
para que possa ser testado em outros casos que envolvam a implementação do mesmo sistema
utilizado nesta pesquisa.
Apesar de reconhecer-se que todos os itens relatados anteriormente são importantes às
conclusões do estudo, entende-se que as maiores contribuições deste trabalho residem nas
seguintes questões:
a adoção do Princípio da Parcimônia na estruturação do método;
a criação de medições específicas para os dados de entrada e os de saída do sistema,
sendo que estes remetiam para a qualidade dos dados de entrada; e
o direcionamento da discussão da acuracidade de dados para o ambiente de
manufatura, mais especificamente a programação da produção.
O emprego do Princípio da Parcimônia durante o processo de população e melhoria da
acuracidade dos dados permitiu que se tratassem paulatinamente, e em uma seqüência lógica,
os dados necessários para o sistema. Dentre as referências pesquisadas na área da qualidade
de dados e de informações, não se identificaram casos em que este princípio foi aplicado. A
vantagem da parcimônia no método proposto é a possibilidade de se isolarem determinados
fatores durante a execução dos subprocessos. Assim, torna-se menos complexa a busca por
erros de dados.
A segunda contribuição do estudo diz respeito ao desenvolvimento de medições para
os dados de entrada do sistema (índices de controle) e também para os resultados gerados pela
ferramenta (indicadores). Apesar de terem sido identificadas referências que discutissem a
utilização de medições, o método tem como mérito a utilização uma lógica de priorização das
análises apoiando as medições. Isso possibilita que os ICs ou indicadores cujas metas não
sejam atingidas passem por uma análise que auxilia na identificação dos erros de dados. De
195
forma complementar, o uso associado das medições e da análise das mesmas evita que se
procure melhorar a acuracidade de todos os dados do sistema até que os resultados sejam
satisfatórios, tendo em vista as prioridades que se sugerem adotar durante o processo de
análise.
Por fim, o terceiro mérito do trabalho relaciona-se com a estruturação de uma
abordagem voltada especificamente para a programação de produção de alimentos cárneos.
Dentre todas as referências pesquisadas, não se identificou um método propriamente dito que
direcionasse a temática da qualidade de dados para a área de manufatura. Este argumento
corrobora com a opinião de David Loshin (2001), o qual entende que as ferramentas de
qualidade de dados possuem uma tendência de tratar a limpeza de erros nos dados de nomes e
endereços.
6.2 Recomendações para trabalhos futuros
Nesta seção do último capítulo do trabalho, são elencadas sugestões de pesquisas que
poderão ser realizadas a partir de questões não exploradas por estarem fora do escopo ou por
terem sido identificadas ao longo do estudo. As recomendações para trabalhos futuros
compreendem testes do método proposto, o desenvolvimento de abordagens similares em
múltiplos casos, o tratamento dos dados após a homologação do sistema, a aplicação de
fundamentos tecnológicos e a avaliação dos dados de programação da produção sob outras
dimensões da qualidade de dados.
A realização de testes com o método proposto em outras organizações do ramo de
alimentos cárneos, desde que se utilizando do mesmo sistema de programação da produção,
contribuiria para uma validação ainda maior do método. Em uma situação desse tipo, seria
verificada a consistência da proposta metodológica, o que poderia refletir na melhoria do
método.
Uma alternativa parecida para a recomendação feita no parágrafo anterior seria a
aplicação de estudos de casos múltiplos em empresas do mesmo setor (indústria cárnea).
Nesta opção, a utilização do mesmo sistema de seqüenciamento utilizado neste trabalho não
seria um pré-requisito. Dessa forma, com as contribuições das diferentes experiências de
196
empresas cárneas e dos diferentes sistemas considerados, poderia ser desenvolvido um
modelo de referência para a melhoria da acuracidade dos dados de programação da produção
da indústria cárnea, independentemente da ferramenta.
Diferentemente do foco deste estudo, o qual contemplou apenas a etapa de projeto da
implementação de um sistema de seqüenciamento da produção, poderia ser criado um método
que considerasse o período pós-homologação da ferramenta. Ou seja, o foco de uma proposta
desse tipo sairia do ambiente de projeto e entraria para o processo de manutenção dos dados
no dia-a-dia. Neste caso, seriam considerados os dados de realização de pedidos (aquilo que
foi entregue ao cliente) e os de produção realizada, por exemplo, os quais servem para que o
sistema recalcule as programações futuras em função de inaderências ao plano.
Uma abordagem que traria benefícios para a prevenção dos erros de dados seria a
atuação sobre os processos que geram os dados, tratando-se, portanto, o erro, e não o defeito.
Esta possibilidade contribuiria para tornar os processos confiáveis e sustentáveis do ponto de
vista da qualidade dos dados. Um estudo desse porte poderia contemplar questões como as
fontes geradoras dos dados (critérios de coleta e de geração dos dados) e os fluxos de dados
entre a armazenagem, a transmissão e a recepção dos mesmos pelo sistema de programação
da produção.
O desenvolvimento de abordagens tecnológicas que visassem a construção de
inteligências de identificação de erros contribuiria para a melhoria da acuracidade dos dados,
como também possivelmente para a redução do tempo necessário em relação ao método
proposto, por exemplo. Neste caso, deveria ser avaliado o trade-off entre os custos
decorrentes deste tipo de customização e os benefícios do mesmo.
Por fim, outra possibilidade de pesquisa seria a avaliação das demais dimensões da
qualidade de dados (além da acuracidade), conforme classificação do TDQM. Um trabalho
deste porte poderia desenvolver um indicador que representasse todas as dimensões, ou seja,
que fosse capaz de mensurar a verdadeira qualidade de um dado.
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APÊNDICE ADetalhamento do método de análise para identificação de erros de
dados para cortes na fase 5 do estudo de caso
202
1. Análise da programação de abates
1.1 Análise do grão turno
Abrir o relatório de programação de abates empurrados.
Se não houver programação de abates em nenhum dos dias do grão turno:
o Existe um produto intermediário sem filho em todas as árvores?
o Um recurso que está cadastrado em todas as árvores não tem calendário?
Se o abate programado for igual à escala de abate, deve-se partir para o item 1.2 ou
para o item 2.
Se o abate programado for maior que a escala de abate, há algum problema no
software.
Se não houver escala nem programação de abate (ou seja, não existem dados em um
determinado dia), provavelmente não foram importados adequadamente os dados de
escala de abate. As possíveis causas para este problema são listadas abaixo:
o Planilha onde os dados são digitados.
o Houve algum erro no arquivo gerador do template de abate.
o A raiz (tipo de animal) não está habilitada no arquivo gerador do template de
abate.
o A raiz (tipo de animal) não está cadastrada no Cadastro de Produtos.
Se a escala de abate estiver errada, as possíveis causas são as seguintes:
o Os dados não foram atualizados na planilha.
o Os dados não foram atualizados no sistema de programação da produção.
o Houve algum erro no arquivo (macro) gerador do template de abate.
Se o abate programado for menor que a escala de abate, deve-se escolher o dia e
turno em que ocorreu o problema e partir para a análise das potenciais causas
conforme quadro abaixo:
Causa potencial O que e como analisar
1 Peso cadastrado para
a raiz
§ Tela de Cadastro de Produtos.
§ Verificar se o peso cadastrado para a raiz está correto.
2 Ocupação global de
recursos
§ Abrir o relatório de ocupação de recursos.
§ Verificar se existem recursos com Ocupação Total >= 99% no
dia em que se constatou o problema e no dia posterior. O dia
posterior deve ser analisado nos casos das unidades em que
existem recursos que não são ocupados no mesmo dia do
abate.
§ Se houver recursos com ocupação total >= 99%, devem-se
identificar o(s) recurso(s), o(s) dia(s) e o(s) turno(s).
§ Verificar se as horas disponíveis no turno estão corretas
(ocupadas + ociosas). Se não estiverem, analisar os
calendários.
§ O recurso 100% tem calendário para o número de turnos que
203
trabalha? Ou seja, se o recurso trabalha no 1° e no 2° T, há
calendários cadastrados para ambos os turnos?
§ Sábados de abate ou de produção estão cadastrados nas
exceções de calendário?
§ Se o problema não for este, analisar o relatório da
programação dos produtos que passam por um recurso ver
instruções na causa nº 3.
§ Se mesmo após analisar-se este relatório não for identificado
o problema, sugere-se fazer uma tabela comparativa entre
escala e capacidade de abate (ver exemplo mais abaixo).
3 Produtos que passam
por um recurso
§ Abrir o relatório de ocupação de recursos.
§ Se um ou poucos produtos ocupam boa parte do recurso
(80%, por exemplo), pode ser que a capacidade destes
produtos esteja mal dimensionada nas árvores de cortes.
§ O contrário também é verdadeiro: se um produto que é
bastante produzido e ocupa muito pouco do recurso, é sinal de
que a capacidade está mal dimensionada.
§ Nesta análise, podem também ser identificados produtos que
estão passando pelo recurso 100%, mas que, na realidade, não
utilizam o recurso. Isso não pode acontecer.
Se não houver abate programado (ou seja, se há apenas a escala preenchida), as
causas podem ser as seguintes:
o O código da raiz não está na tela Uso das Árvores de Cortes.
o A validade da raiz expirou no dia programado em que se constatou o problema
(ver na tela Uso das Árvores de Cortes).
o Existe um produto intermediário sem filho em algumas árvores (nodo órfão).
o Um recurso que está cadastrado em algumas árvores não tem calendário.
Se houver abate programado sem existir escala de abate: não pode acontecer. É erro
do software.
Em último caso, sugere-se comparar os dados de escala de abate, capacidade de
abate, capacidade de corte, etc conforme abaixo:
o No exemplo acima, se as horas necessárias forem menores que as horas
disponíveis, o problema não está na ocupação do recurso Abate, e sim em outros
recursos.
Turno Ave Peso Escala Kg total Rdto kg/h hs neces hs disp
1 Peru macho 14,50 6.475 93.888 88,00% 16.588 4,98
1 Peru macho 16,00 1.612 25.792 88,00% 19.448 1,17
6,15 8,80
204
1.2 Análise do grão semana
Regularidade na programação:
o Abrir o relatório de programação sugerida de abates
o Verificar se há abate programado para todas as semanas.
o Verificar se há muita variabilidade entre os abates programados semana a
semana.
2. Analisar a regularidade da programação de produtos finais e MPs
Utilizar a planilha “Programação aberta por código”.
Programação diária por turno coerente com a realidade E o abate programado? Se não
estiver, provavelmente se trata de um problema de rendimentos e recursos.
Programação todos os dias úteis do grão turno (inclusive sábados, quando houver)? Se
isso não ocorrer devem ser analisados os calendários, a escala de abate (já analisada no
passo 1)
No grão turno, há programação em dias de fim de semana que não possuem abate
programado ou disponibilidade de recursos para produção de cortes ou inteiros? Se isso
ocorrer, verificar calendários.
3. Analisar a programação de produtos finais e MPs por subclasse França
Utilizar a planilha “Programação unidade-grupo-classe-subclasse”.
Comparar com a realidade E o abate programado.
Caso não estiver coerente, verificar a ocupação de recursos, calendários e os
rendimentos nas árvores (o passo 4 detalha melhor estes itens).
4. Analisar o mix programado (lista de todos os códigos finais e MPs)
Abrir o relatório de programação da produção por produto.
4.1 Quando um produto específico NÃO está sendo programado
O produto está habilitado no Cadastro de Produtos?
O produto consta em alguma árvore de cortes? Ir em Produtos e Processos, Estrutura de
produtos e roteiros, Uso das árvores de cortes e utilizar a Pesquisa Avançada.
A raiz de abate de onde sai o produto está sendo programada? Para mais detalhes, ir para
o item 4.2.
O produto está habilitado para ser produzido na fábrica em análise? Ir em
Relacionamentos e Permissões, Permissão de Produção.
O produto tem pedido ME? Caso afirmativo:
ü O SIF da fábrica está habilitado para o país do pedido? Ir em Relacionamentos e
Permissões, SIFs aceitos por país.
ü Existe alguma restrição de clientes ao SIF da fábrica? Ir em Relacionamentos e
Permissões, SIFs aceitos / negados por cliente.
205
O produto tem demanda? Ir em Relatórios e abrir o relatório de previsão de demanda
por mercado.
Todos os recursos da fábrica (e não somente os recursos do produto em análise) têm
calendário em todos os turnos nos quais a fábrica trabalha? Deve-se acessar a tela
“Calendários das fábricas” para analisar. É necessária também uma análise mais
profunda nestes casos, pois pode acontecer de a descrição dos calendários ser de 1° e de
2° T, porém as respectivas faixas de horário não o são.
Existe algum problema no “caminho” até o produto dentro da árvore? O problema pode
estar relacionado à habilitação do produto intermediário, ao recurso ou ao calendário
deste e à existência de nodos órfãos (pais intermediários sem filhos).
4.2 Quando a quantidade programada de MUITOS produtos estiver ABAIXO do
normal
Pode ser problema de rendimentos nas árvores verificar o relatório de programação da
“desmontagem” dos animais. Ali é possível verificar se há rendimentos errados. Outra
possibilidade é acessar diretamente a árvore.
Pode ser problema de recursos. Neste caso, sugerem-se os passos abaixo:
Abrir o relatório de ocupação de recursos.
Filtrar o campo “Ocupação total %” (é última coluna do relatório) onde o número seja
igual a 100. Com isso, serão identificados quais recursos estão com a capacidade máxima
atingida, ou seja, são gargalos em uma determinada data e turno.
A partir dos recursos 100%, abrir o relatório de programação de produção por recurso.
Analisar que produtos estão passando pelos recursos 100%. Algumas análises
interessantes podem ser feitas:
ü Se um ou poucos produtos ocupam boa parte do recurso (80%, por exemplo), pode
ser que a capacidade destes produtos esteja mal dimensionada nas árvores de cortes.
ü O contrário também é verdadeiro: se um produto que é bastante produzido e ocupa
muito pouco do recurso, é sinal de que a capacidade está mal dimensionada.
ü Nesta análise, podem também ser identificados produtos que estão passando pelo
recurso 100%, mas que, na realidade, não utilizam o recurso. Isso não pode
acontecer.
ü Todos os recursos têm calendário?
ü Todos os recursos 100% têm calendário para o número de turnos que trabalham? Ou
seja, se o recurso trabalha no 1° e no 2° T, há calendários cadastrados para ambos os
turnos?
ü Sábados de abate ou de produção estão cadastrados nas exceções de calendário?
A vantagem desta análise é que ela é mais global, então muitos problemas podem acabar
sendo resolvidos de uma vez só.
4.3 Quando a quantidade programada DE UM PRODUTO for ABAIXO do normal
Alternativa 1:
Abrir o relatório de ocupação de recursos.
206
Filtrar o campo “Ocupação total %” (é última coluna do relatório) onde o número seja
igual a 100. Com isso, serão identificados quais recursos estão com a capacidade máxima
atingida, ou seja, são gargalos em uma determinada data e turno.
A partir dos recursos 100%, abrir o relatório dos recursos que são consumidos por um
produto.
Filtrar o produto que se deseja analisar.
Verificar se algum dos recursos por onde o produto passa está 100% no relatório 14 no
dia e turno que se está analisando.
A partir da identificação dos recursos 100%, as mesmas análises interessantes expostas
acima podem ser feitas.
Alternativa 2:
Abrir o relatório “Atividades da árvore de cortes”, que consta nos Relatórios de Dados
Cadastrais.
Filtrar o produto que se deseja.
Verificar se as capacidades vinculadas ao produto estão corretas ou se falta algum
recurso que pode vir a ser gargalo de produção.
Alternativa 3:
Verificar em quais árvores o produto passa.
Verificar nestas árvores se as capacidades vinculadas ao produto estão corretas.
Verificar se os recursos que podem vir a ser gargalo estão vinculados ao produto. Ou
seja, falta alguma coisa?
4.4 Quando a quantidade programada de um produto for ACIMA do normal
Abrir o relatório “Atividades da árvore de cortes”, que consta nos Relatórios de Dados
Cadastrais.
Filtrar o produto que se deseja.
Verificar se as capacidades vinculadas ao produto estão superdimensionadas.
5. Analisar a programação de transferências de MPs e de produtos finais
Abrir o relatório de programação de transferências entre unidades.
Analisar as transferências de e para a unidade que se analisa.
Caso forem encontradas transferências incoerentes, devem-se verificar as permissões de
transferência de produtos entre unidades.
APÊNDICE B Detalhamento do método de análise para identificação de erros de
dados para formulados na fase 5 do estudo de caso
208
1. Analisar necessidade X programação X média realizada
Esta análise permite comparar a necessidade de MPs a partir de pedidos e demandas versus
a programação sugerida pelo Schedulare versus a média realizada pela empresa. Trata-se de
uma análise global das MPs.
a) Unidade origem pode não estar abatendo o volume normalmente feito.
b) Demanda pode estar errada (necessidade muito elevada ou baixa em relação à
realidade).
c) Caso necessário, verificar lista dos produtos finais que utilizam a referida MP e as
quantidades de demanda e pedido de cada um.
d) Erro nos mínimos e máximos da formulação.
e) Rendimentos na árvore origem. Isso pode ser confirmado analisando-se a programação
dos "grupos" de MPs (recorte de peito, etc).
f) Uma maneira de confirmar se os rendimentos das MPs estão baixos é verificar se os
irmãos alternativos ou compulsórios da MP estão tendo os pedidos atendidos.
g) Ocupação de recursos na árvore origem.
h) Ocupação de recursos na árvore destino.
2. Analisar a regularidade da programação de produtos finais e MPs
a) Utilizar a planilha “Programação aberta por código”.
b) Programação diária por turno coerente c/ a realidade E os itens do passo 1?
c) Programação todos os dias úteis do grão turno (inclusive sábados, quando houver)? Se
isso não ocorrer devem ser analisados os calendários ou as transferências da unidade
origem.
d) No grão turno, há programação em dias de fim de semana que não possuem
disponibilidade de recursos para produção? Isso não pode ocorrer.
3. Analisar a programação por subclasse França
a) Utilizar planilha “Programação unidade-grupo-classe-subclasse”.
b) Caso não estiver coerente, verificar a ocupação de recursos, calendários e os
rendimentos nas árvores (o passo 4 detalha melhor estes itens).
4. Analisar o mix programado (lista de todos os códigos finais)
Abrir os relatórios de programação da produção de produtos finais e por pai-filho.
4.5 Quando um produto específico NÃO está sendo programado
a) O produto está habilitado no Cadastro de Produtos?
b) O produto consta em alguma árvore de formulações? Ir em Produtos e Processos,
Estrutura de produtos e roteiros, Uso das árvores de formulações e utilizar a Pesquisa
Avançada.
209
c) A raiz de abate de onde sai a MP está sendo programada? Para mais detalhes, ir para o
item 4.2.
d) O produto formulado está habilitado para ser produzido na fábrica em análise? Ir em
Relacionamentos e Permissões, Permissão de Produção.
e) As MPs estão habilitadas para serem programadas na fábrica origem?
f) As MPs estão habilitadas para serem transferidas da fábrica origem para a fábrica
destino?
g) O produto tem pedido ME? Caso afirmativo:
ü O SIF da fábrica está habilitado para o país do pedido? Ir em Relacionamentos e
Permissões, SIFs aceitos por país.
ü Existe alguma restrição de clientes ao SIF da fábrica? Ir em Relacionamentos e
Permissões, SIFs aceitos / negados por cliente.
h) O produto formulado tem demanda? Ir em Relatórios e abrir o relatório de previsão de
demanda por mercado.
i) Todos os recursos da fábrica (e não somente os recursos do produto em análise) têm
calendário em todos os turnos nos quais a fábrica trabalha? Deve-se acessar a tela
“Calendários das fábricas” para analisar. É necessária também uma análise mais
profunda nestes casos, pois pode acontecer de a descrição dos calendários ser de 1° e
de 2° T, porém as respectivas faixas de horário não o são.
j) Existe algum problema no “caminho” até o produto dentro da árvore? O problema
pode estar relacionado à habilitação do produto intermediário, ao recurso ou ao
calendário deste e à existência de nodos órfãos (pais intermediários sem filhos).
4.6 Quando a quantidade programada de MUITOS produtos estiver ABAIXO do
normal
a) Pode ser problema de rendimentos nas árvores verificar o relatório de programação
que mostra a “montagem” dos produtos formulados. Ali é possível verificar se há
rendimentos errados. Outra possibilidade é acessar diretamente a árvore.
b) Pode ser problema de recursos. Neste caso, sugerem-se os passos abaixo:
c) Abrir o relatório de ocupação de recursos.
d) Filtrar o campo “Ocupação total %” (é última coluna do relatório) onde o número seja
igual a 100. Com isso, serão identificados quais recursos estão com a capacidade
máxima atingida, ou seja, são gargalos em uma determinada data e turno.
e) A partir dos recursos 100%, abrir o relatório de programação da produção por recurso.
f) Analisar que produtos estão passando pelos recursos 100%. Algumas análises
interessantes podem ser feitas:
ü Se um ou poucos produtos ocupam boa parte do recurso (80%, por exemplo), pode
ser que a capacidade destes produtos esteja mal dimensionada nas árvores.
ü O contrário também é verdadeiro: se um produto que é bastante produzido e ocupa
muito pouco do recurso, é sinal de que a capacidade está mal dimensionada.
ü Nesta análise, podem também ser identificados produtos que estão passando pelo
recurso 100%, mas que, na realidade, não utilizam o recurso. Isso não pode
acontecer.
ü Todos os recursos têm calendário?
ü Todos os recursos 100% têm calendário para o número de turnos que trabalham? Ou
seja, se o recurso trabalha no 1° e no 2° T, há calendários cadastrados para ambos os
turnos?
210
ü Sábados de produção estão cadastrados nas exceções de calendário?
g) A vantagem desta análise é que ela é mais global, então muitos problemas podem
acabar sendo resolvidos de uma vez só.
4.7 Quando a quantidade programada DE UM PRODUTO for ABAIXO do normal
Alternativa 1:
a) Abrir o relatório de ocupação de recursos.
b) Filtrar o campo “Ocupação total %” (é última coluna do relatório) onde o número seja
igual a 100. Com isso, serão identificados quais recursos estão com a capacidade
máxima atingida, ou seja, são gargalos em uma determinada data e turno.
c) A partir dos recursos 100%, abrir o relatório da programação dos produtos que
consomem um recurso.
d) Filtrar o produto que se deseja analisar.
e) Verificar se algum dos recursos por onde o produto passa está 100% no relatório 14 no
dia e turno que se está analisando.
f) A partir da identificação dos recursos 100%, as mesmas análises interessantes expostas
acima podem ser feitas.
Alternativa 2:
a) Abrir o relatório “Atividades da árvore de formulações”, que consta nos Relatórios de
Dados Cadastrais.
b) Filtrar o produto que se deseja.
c) Verificar se as capacidades vinculadas ao produto estão corretas ou se falta algum
recurso que pode vir a ser gargalo de produção.
Alternativa 3:
a) Verificar em quais árvores o produto passa.
b) Verificar nestas árvores se as capacidades vinculadas ao produto estão corretas.
c) Verificar se os recursos que podem vir a ser gargalo estão vinculados ao produto. Ou
seja, falta alguma coisa?
4.8 Quando a quantidade programada de um produto for ACIMA do normal
a) Abrir o relatório “Atividades da árvore de formulações”, que consta nos Relatórios de
Dados Cadastrais.
b) Filtrar o produto que se deseja.
c) Verificar se as capacidades vinculadas ao produto estão superdimensionadas.
5. Programação de transferência dos produtos finais
a) Abrir o relatório de programação de transferências entre unidades.
211
b) Caso forem encontradas transferências incoerentes, devem-se verificar as permissões
de transferência de produtos entre unidades.
APÊNDICE CResumo das observações feitas pelos experts durante as reuniões de
validação da proposta inicial do método
213
Nos parágrafos que seguem, é feito um resgate das discussões feitas junto aos experts
entrevistados, as quais foram agregadas ao método tentativo para a melhoria da acuracidade
dos dados de um sistema de programação da produção. Neste detalhamento, não é feita
distinção entre os respondentes, o que possibilitou agregar as observações em comum em
torno dos temas tratados.
A abordagem do método foi considerada por todos os especialistas como uma forma
de estabelecer um rigor metodológico passível de ser aplicado. Durante a discussão sobre a
abordagem geral do método, surgiram duas questões: quais foram os critérios utilizados para a
criação dos subprocessos e como se garantiria que os processos geradores dos dados eram
confiáveis. Na primeira questão, concordou-se com os especialistas em relação à crítica feita.
De fato, não estavam claros quais haviam sido os critérios usados para a definição dos
subprocessos. A partir disso, gerou-se uma contribuição ao trabalho, a qual foi efetivada.
A segunda questão levantada com relação à abordagem do método foi com relação à
sustentabilidade dos processos de geração dos dados. Como o método dedicava-se a
identificar e corrigir os dados errados na fonte primária, levantou-se a hipótese de que, caso o
processo gerador possuísse erros, o problema poderia voltar a ocorrer. A partir disso,
argumentou-se que a melhoria de processos de negócio (a qual envolve as transformações do
dado no chamado ciclo de vida do dado), estava fora do escopo do método.
No que diz respeito ao formato do método, sugeriu-se que fossem padronizadas as
partes integrantes dos fluxogramas, bem como fazer uma legenda para as mesmas. Além
disso, sugeriu-se a colocação de uma figura que possibilitasse obter uma visão geral sobre os
processos e subprocessos. Ambas as colocações feitas pelos experts foram acatadas e
implementadas no método.
No Processo de Preparação de Dados, comentou-se que deveria haver atividades de
definição das regras de negócio, as quais seriam utilizadas para a estruturação das validações.
Ainda, sugeriu-se estruturar o Processo 1 por subprocessos, já que, além das validações,
deveriam ser feitas a estruturação dos dados, a definição dos índices de controle e dos
indicadores e o desenvolvimento dos logs de identificação automática de erros de dados. No
caso da estruturação dos dados, uma sugestão foi colocada em relação aos dados faltantes
poderia ser incluído no fluxograma um teste que verificasse se estes dados, se fossem ser
coletados, pudessem ser cadastrados em algum sistema corporativo. Assim, os dados não
214
precisariam ser preenchidos em templates, e sim importados por meio da integração de
sistemas.
No Processo 2, críticas foram feitas pelo fato de os termos “índice de controle” e
“indicador”, além de não terem sido especificados quanto à função de cada um, estavam
sendo usados como sinônimos. Sugeriu-se, a partir disso, que se considerasse como índice de
controle as medições dos dados de entrada do sistema, enquanto que os resultados da
ferramenta (dados de saída) deveriam ser considerados como “indicadores”. Ainda, sugeriu-se
que as metas de ambas as medições deveriam ser definidas juntamente com a definição de
quais seriam os ICs e indicadores utilizados (Processo 1).
Quanto aos dados necessários para a programação de produção de uma empresa de
alimentos cárneos, todos os experts que conheciam este ramo de negócios concordaram que
todos os dados considerados estavam contemplados no método.
APÊNDICE D1 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 1.1
216
P1S1A1
Definir o modelo conceitual para os dados
Nível de detalhamento dos dados necessários: devem-se definir quais dados serão considerados. Exemplo: todas as fábricas da empresa
serão cadastradas no sistema? No caso dos recursos produtivos, sugere-se cadastrar apenas aqueles que sejam gargalos ou CCRs
produtivos, evitando-se a coleta e manutenção de dados desnecessários.
Produtos a serem modelados: nem todos os produtos da empresa deverão ser ter suas estruturas de produto cadastradas no sistema.
Sugere-se fazer um levantamento do histórico de produção que contemple todas as sazonalidades da empresa (1 ano, por exemplo). A
partir desta lista, deverão ser selecionados os produtos que serão modelados no sistema de programação da produção.
Modelagem de árvores de cortes e de formulação e das curvas de peso: avaliar o custo x benefício do detalhamento destes dados
(Princípio da parcimônia). Quanto mais detalhados forem, maior será a necessidade de manutenção dos dados, além de dificultar o
processo de identificação de erros. Sugere-se iniciar os testes na ferramenta com um número reduzido de raízes de cortes em relação à
realidade, desde que seja utilizada uma amostra significativa das faixas de peso vivo abatidas na empresa. Outra sugestão diz respeito às
árvores: no início dos testes, elas devem simples. A partir dos resultados dos índices de controle propostos, outras raízes poderão ser
adicionadas, bem como a modelagem poderá ser incrementada.
Horizonte e grão de programação: deve-se definir o período de tempo que deverá estar coberto pelo sistema, bem como o nível de
detalhamento desejado para as informações do sistema. Esta definição influencia, por exemplo, no detalhamento dos dados de pedidos,
de árvores e de recursos.
P1S1A2
Estabelecer os requisitos de dados para o sistema
Identificar todos os dados necessários para o sistema. Exemplo: dentre os dados da entidade estoques, poderão ser necessários os
atributos de código da unidade de armazenagem e do registro do lote de produção, dentre outros.
Definir os requisitos de qualidade para os atributos: formato, freqüência necessária das atualizações, dentre outros.
APÊNDICE D2 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 1.2
218
P1S2T1
Os dados necessários existem na empresa?
1. Uma vez definidos os requisitos dos dados necessários para o funcionamento do sistema, deve-se verificar se todos os dados mapeados
estão disponíveis em algum meio eletrônico ou impresso.
2. Se a resposta for “Sim”, deve-se identificar a origem dos dados (local onde os mesmos estão armazenados). Caso a resposta for “Não”,
deve-se verificar se é possível obter os dados faltantes.
P1S2T3
Os dados estão disponíveis em bases de dados corporativas?
1. Uma vez identificada a origem dos dados, deve-se verificar se os mesmos estão armazenados em alguma base de dados corporativa.
Obs.: considera-se como base de dados corporativa qualquer banco de dados que armazene o dado requerido, que faça parte da
estrutura de Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD) da empresa, que seja regularmente atualizado e que possibilite a
exportação de cargas de dados para o sistema de PCP, sem a necessidade de prepará-los manualmente antes de importá-los.
2. Deve-se verificar se todos os dados de uma entidade estão disponíveis. Exemplo: uma vez definido que a carga de estoques deve possuir
os atributos de código da unidade de armazenagem e de registro do lote de produção, deve-se verificar se todos os dados de ambos
encontram-se nas bases de dados (todas as unidades de armazenagem e todos os lotes de produção).
3. Caso a resposta à atividade for “Sim”, deve-se ajustar os dados nos arquivos de integração com o sistema. Se a resposta for “Não”, os
dados deverão ser coletados para que seja feita a importação manual dos mesmos por meio de templates.
P1S2A4
Ajustar os dados nos arquivos de integração com o sistema
Formato dos dados e unidades de medida (número, texto, quilo, tonelada, dentre outros): verificar se será necessário fazer algum tipo de
conversão dos dados antes de os mesmos serem importados para a base do sistema.
P1S2T2
É possível obter os dados faltantes?
1. Caso nem todos os dados necessários para o sistema estejam disponíveis em algum meio eletrônico ou impresso, deve-se verificar se será
possível coletá-los.
2. Se a resposta for “Sim”, deve-se iniciar a coleta dos dados faltantes. Caso a resposta seja “Não”, deverá ser feita uma reavaliação do
escopo do sistema, tendo em vista que não será possível obter todos os dados especificados na atividade de requisitos de dados.
P1S2A2
Coletar os dados
A coleta de dados resume-se em capturar no ambiente da empresa os dados que foram especificados na atividade de requisitos de dados
e que não existem em um meio eletrônico ou impresso ou que jamais foram utilizados na organização.
P1S2T4
Os dados serão cadastrados em sistemas corporativos?
219
Caso os dados necessários não estiverem disponíveis em bases de dados corporativas ou forem coletados os dados após verificar que é
possível obter os dados faltantes, deve-se verificar a possibilidade de os dados serem inseridos em algum sistema corporativo. Desta forma,
independe-se do preenchimento dos templates, atividade que pode levar a erros de preenchimento dos dado
s. Além disso, uma vantagem
de armazenar os dados em um sistema corporativo é a possibilidade de desenvolver um processo de integração automática, sem
intervenção humana, entre este sistema e a ferramenta de programação da produção.
P1S2A5
Cadastrar os dados em um sistema corporativo
Caso decidir-se cadastrar em um sistema corporativo os dados faltantes ou aqueles que não estão disponíveis em bases de dados
corporativas, deve-se efetivar o cadastro dos dados em um sistema corporativo.
P1S2A1
Providenciar alterações no escopo do sistema
Caso não seja possível obter os dados faltantes, será necessário suprimir os mesmos da especificação do sistema, ou então procurar por
alternativas em relação aos dados que possam gerar os resultados desejados no sistema.
P1S2A3
Preencher os templates
Reunir os dados coletados e preencher os templates de acordo com as definições da atividade de especificação de dados.
APÊNDICE D3 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 1.3
221
P1S3A1
Desenvolver mecanismo automático de identificação de erros de importação de dados para o sistema
O desenvolvimento do mecanismo de identificação de erros deverá contemplar a geração de logs que informem onde foi o erro, conforme
as possíveis situações abaixo:
nome do template não consta no banco de dados;
formato do arquivo do template incompatível com o banco;
formato dos dados incompatível com a base de dados; e
integridade referencial.
Além disso, mesmo que os erros acima não ocorram, os logs deverão gerar outras informações, como o número de registros importados.
Desta forma, será possível identificar situações nas quais possa ter havido falha na geração dos arquivos de importação ou no
preenchimento dos templates. Um exemplo disso seria um número esperado de registros da carga de estoques entre 2.000 e 2.500 linhas,
enquanto que, na realidade, o arquivo possuía 300 linhas.
Outras funcionalidades dos logs deverão ser as de auxiliar no controle da freqüência e do horário das cargas de dados. A freqüência diz
respeito ao número de vezes por dia (por exemplo) que uma atualização dos dados é feita, sendo que isso deverá ser comparado com o
que foi especificado na atividade de Requisitos de Dados (Subprocesso 1.1). Nesta mesma lógica, o horário das cargas deverá ser
comparado com o especificado.
P1S3A2
Definir as regras de negócio
As regras de negócios são particularidades específicas da empresa, compreendendo condições que devem ser cumpridas.
Neste caso, deverão ser mapeadas apenas as regras cujo padrão de comportamento seja passível de ser validado por regras dentro do
sistema de programação da produção. Exemplo: um produto que possua pedidos deve obrigatoriamente ser vendável. Esta regra é válida
para todos os produtos, não existindo exceções.
Além disso, a importância das regras de negócio deverá ser avaliada pela empresa (deve-se fazer um trade-off entre o tempo e/ou
orçamento disponível e a necessidade de acuracidade de dados).
P1S3A3
Desenvolver validações automáticas dos dados com base nas regras de negócio
A partir da definição das regras de negócio que deverão ser testadas pelo sistema de programação da produção, inicia-se o
desenvolvimento de mecanismos automáticos de validação das mesmas.
P1S3A4
Definir índices de controle e indicadores para a avaliação dos dados
Paralelamente à definição das regras de negócio, desenvolvimento de validações e dos logs, devem-se definir quais índices de controle e
indicadores deverão ser aplicados durante o processo de implementação do sistema até a homologação do mesmo, bem como as metas
dos mesmos.
222
Os ICs são utilizados para mensurar os dados de entrada independentemente da realização de uma rodada do sistema. Os índices de
controle podem ser calculados, por exemplo, por meio de medidas tendência central (média) ou de dispersão (desvio-padrão), sendo
possível acompanhar a evolução dos mesmos (e das situações de erro) com o apoio de gráficos de controle. Os ICs podem indicar erros e
também contribuir para a identificação de oportunidades de melhorias nos dados. Um exemplo disso é o cálculo do desvio padrão dos
tempos de processo, em kg/h, de um recurso. Se o desvio for maior que o limite máximo aceitável, deverá ser verificado se existem erros.
Caso um problema seja confirmado, a análise do mesmo em uma estrutura de produto poderá contribuir para a melhoria de outros dados
da árvore.
Os indicadores caracterizam-se pela mensuração das informações geradas pelo sistema de programação da produção após as rodadas
do mesmo. Em outras palavras, os indica
dores atuam sobre os resultados do sistema, e não diretamente nos dados de entrada. A vantagem
é que erros na informação gerada pelo sistema poderão indicar problemas nos dados de entrada.
APÊNDICE D4 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 1.4
224
P1S4A1
Realizar testes de integração entre sistemas e do mecanismo de identificação de erros importação
1. Importar todos os dados que serão inseridos no banco por meio da integração de sistemas.
2. Verificar se a concatenação / ordenação de cargas de dados está sendo respeitada. Este aspecto refere-se ao relacionamento
(precedência) entre as tabelas da base de dados do sistema. Exemplo: os dados de clientes devem ser importados antes dos pedidos.
3. Verificar os logs gerados após a importação.
P1S4T1
Os testes foram bem sucedidos? (após a realização dos testes de integração entre sistemas)
Após a realização dos testes de integração entre sistemas, deve-se verificar se houve problemas. Caso a resposta à atividade for “Sim”,
deve-se partir para a atividade P1S4A2. Se a resposta forNão”, devem-se excluir todos os dados do banco, desde que o teste P1S4T2
tenha
sido bem sucedido
P1S4A2
Identificar a causa do problema e corrigi-lo
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
carga teve problemas.
2. Identificada a carga, deve-se verificar se existem erros na geração da mesma. Se este tipo de erro não estiver ocorrendo, o mecanismo
de integração de sistemas deve ser avaliado. Caso contrário, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P1S4A3
Importar os templates para o sistema
Os templates preenchidos no subprocesso anterior deverão ser importados para que se realizem os testes de importação (geração dos
logs).
P1S4A4
Testar os mecanismos identificação de erros de importação
1. Importar todos os dados que serão inseridos no banco por meio de templates.
2. Verificar se a concatenação / ordenação de cargas de dados está sendo respeitada. Este aspecto refere-se ao relacionamento
(precedência) entre as tabelas da base de dados do sistema. Exemplo: os dados de clientes devem ser importados antes dos pedidos.
3. Verificar os logs gerados após a importação.
P1S4T2
Os testes foram bem sucedidos? (após testar o mecanismo de importação de dados)
Após a realização dos testes de importação dos templates, deve-se verificar se houve problemas. Caso a resposta à atividade for “Sim”,
deve-se partir para a atividade P1S4A5. Se a resposta for “Não”, devem-se excluir todos os dados do banco, desde que o teste P1S4T
1 tenha
sido bem sucedido.
P1S4A5
Identificar a causa do problema e corrigi-lo
225
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template teve problemas.
2. Identificado o template, deve-se verificar se existem erros no mesmo. Se este tipo de erro não estiver ocorrendo, o mecanismo de
integração de sistemas deve ser avaliado. Caso contrário, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária (template).
P1S4A6
Excluir todos os dados da base do sistema
Após a realização, com sucesso, dos testes de importação de dados para o sistema, o conteúdo de todas as tabelas do mesmo deve ser
deletado para que se inicie o Subprocesso 2.1.
APÊNDICE D5 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.1
227
P2S1A1
Importar os dados cadastrais
Importar os dados de cadastro de fábricas, unidades de armazenagem, clientes, países, SIFs, produtos, suprimentos, meios de transporte,
pontos de embarque, mercados, habilitações de SIFs por país, habilitações de SIFs por cliente, permissões de produtos nas fábricas,
permissões e tempos de transporte entre fábricas, permissões e tempos de transporte entre fábricas e unidades de armazenagem,
permissões e tempos de transporte entre fábricas e pontos de embarque, e permissões e tempos de transporte entre unidades de
armazenagem e pontos de embarque.
P2S1A2
Importar os estoques de produtos
Importar os estoques iniciais de produtos para que sejam avaliados os dados de volume em estoque e do peso do pallet na atividade
P2S1A7.
P2S1A3
Importar as capacidades reais de estoques
Importar as capacidades reais de estoques de produtos para que sejam avaliados os dados de volume em estoque e do peso do pallet na
atividade P2S1A7.
P2S1T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Processo de Preparação de Dados.
Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S1A4
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S1A5
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
1 Erro
Produto é vendável e não é
estocável
Todo produto vendável, ao ser finalizado, é estocado para que seja posteriormente entregue
ao cliente.
2 Erro
Produto é transferível e não é
estocável
Todo produto, ao ser transportado de um local para outro, deverá ser armazenado.
3 Erro
Produto é estocável e não é
transferível
Todo produto que for estocável necessita ser transferido entre fábricas, armazéns e pontos de
embarque.
4 Erro
Produto apresenta prazo de
validade zerado
Todo produto cárneo é perecível, logo deve possuir um prazo de validade.
228
5 Erro
Fábrica não possui permissão de
transferência de produtos
Toda fábrica deve transferir produtos para outras unidades ou armazéns ou pontos de
embarque.
6 Erro
Fábrica possui permissão de
transferência, porém não consta
no cadastro de transportes entre
unidades
Idem à validação 5.
7 Erro
Produto sem permissão de
transferência está habilitado em
fábrica não estocadora
Se a fábrica não pode estocar produtos, os produtos produzidos na mesma deverão ser
transportados para outro lugar. Neste caso, deve haver permissão de transferência para o
produto.
8 Erro
Produto sem habilitação de
transferência consta no cadastro
de permissões de transferências
entre fábricas
Esta validação abrange duas situações:
1) Se o produto não pode ser transportado, a presença do mesmo nas permissões de
transferências entre unidades está errada.
2) Se o produto pode ser transferido entre unidades, a habilitação para transferência deverá
ser corrigida.
9 Erro Datas inválidas Exemplo: 20101312 (quando o formato do campo data for AAAAMMDD ano-mês-dia).
10 Erro Datas sobrepostas
Exemplo: um SIF foi desabilitado para um país qualquer a partir do dia 20/05/2008. Caso o SIF
for reabilitado para o destino, a data inicial da nova habilitação não poderá ser inferior à
data da desabilitação anterior.
11 Erro Datas inconsistentes
Exemplo: existe um registro de habilitação de SIF por país com data inicial maior que a data
final.
12 Alerta
Suprimento possui lead-time de
ressuprimento igual a zero
Um suprimento com tempo de ressuprimento igual a zero significa que o material estará
sempre disponível no estoque (ou seja, é ilimitado).
P2S1T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle dos dados cadastrais. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S1A6
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S1A7
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
P2S1A7
Gerar os índices de controle
229
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
1
Limites mínimo e máximo
do prazo de validade de
MPs resfriadas
O prazo de validade deve ser respeitado na
programação de cortes e de formulados. As
matérias-primas resfriadas possuem uma
média menor de dias de validade em relação
às MPs congeladas.
Dias
mero de dias de validade
de cada matéria-prima
resfriada.
Sugere-se
acompanhar a
cada rodada a
evolução do
indicador por meio
de gráficos de
controle.
2
Limites mínimo e máximo
do prazo de validade de
MPs congeladas
O prazo de validade deve ser respeitado na
programação de cortes e de formulados. As
matérias-primas congeladas possuem uma
média maior de dias de validade em relação
às MPs resfriadas.
Dias
Número de dias de validade
de cada matéria-prima
congelada.
Idem ao IC nº 1
3
Limites mínimo e máximo
d
o prazo de validade de
produtos finais resfriados
O prazo de validade deve ser respeitado na
programação de cortes e de formulados. Os
produtos finais resfriados possuem uma média
menor de dias de validade em relação aos
congelados.
Dias
Número de dias de validade
de cada produto final
resfriado.
Idem ao IC nº 1
4
Limites mínimo e máximo
do prazo de validade de
produtos finais
congelados
O prazo de validade deve ser respeitado na
programação de cortes e de formulados. Os
produtos finais congeladas possuem uma
média maior de dias de validade em relação
aos resfriados.
Dias
Número de dias de validade
de cada produto final
congelado.
Idem ao IC nº 1
5
Limites mínimo e máximo
do lead time de
ressuprimento
O lead-time de ressuprimento influencia no
aprazamento de pedidos.
Dias
Lead time de cada
suprimento.
Idem ao IC nº 1
6
Limites mínimo e máximo
do lote mínimo de
ressuprimento
O lote mínimo de ressuprimento influencia no
aprazamento de pedidos.
Depende
do
material
Lote mínimo de cada
suprimento.
Idem ao IC nº 1
7
Limites mínimo e máximo
dos tempos de
transferência entre
unidades, armazéns e
pontos de embarque
O tempo de transferência influencia no
aprazamento de pedidos.
Dias
Tempos de transferência
entre unidades, armazéns e
pontos de embarque.
Idem ao IC nº 1
230
8
Consistência entre o
cadastro de peso de
pallet e os estoques
iniciais
O peso do pallet influencia na programação
de estoques, enquanto que o estoque inicial
no aprazamento de pedidos.
Pallets
Comparar a quantidade
teórica de pallets¹ em
estoque com a capacidade
real de estoques (em número
de pallets) em cada local
onde houver estoque inicial.
¹ Soma das divisões do
estoque inicial de cada
produto em cada fábrica ou
unidade de estocagem pelo
peso unitário do pallet do
produto.
Sugere-se
acompanhar o
indicador por meio
de um gráfico antes
de cada rodada do
sistema.
P2S1T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S1A8
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S1A9
Excluir os estoques de produtos
Uma vez atingidas as metas de todos os índices de controle, é necessário excluir os dados de estoques de produtos. Este procedimento
deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de programação de produção.
P2S1A10
Excluir as capacidades reais de estoques
Uma vez atingidas as metas de todos os índices de controle, é necessário excluir os dados de capacidades reais de estoques de produtos.
Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de programação de produção.
APÊNDICE D6 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.2
232
P2S2A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S2A2
Preencher o template das árvores de formulação de uma fábrica sem os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores previamente coletados no Processo de Preparação de Dados, de apenas
uma fábrica e desconsiderando os roteiros produtivos.
P2S2A3
Preencher o template dos estoques fictícios para todas as MPs
O template deve ser preenchido com todos os códigos de matérias-primas que são utilizados na empresa, para todos os dias do horizonte,
em volumes elevados.
Obs.: considera-se elevada uma quantidade que jamais seria consumida em um dia de produção.
P2S2A4
Preencher o template com pedidos fictícios para os produtos formulados da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de scripts para a geração dos pedidos fictícios, com as seguintes condições:
Apenas produtos formulados da fábrica escolhida devem ser ter pedidos fictícios.
A quantidade dos pedidos deve ser de 1 kg.
Todos os pedidos devem possuir o mesmo cliente e país.
O SIF da fábrica deve estar habilitado, tanto na realidade quanto no sistema, para o cliente e o país escolhidos.
P2S2A5
Preencher o template das capacidades elevadas de estoques
O template deve ser preenchido com capacidades elevadas de estoques para todas as fábricas e unidades de armazenagem.
Obs.: considera-se elevada uma capacidade que jamais seria utilizada.
P2S2A6
Preencher o template com os lead times e os lotes mínimos de suprimentos zerados
O template deve ser preenchido por todos os suprimentos (embalagens e condimentos), porém com os dados de lead time e de lote
mínimo de compra zerados.
P2S2A7
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S2T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
233
partir para a validação dos dados do banco.
P2S2A8
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S2A9
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S2A9
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
13 Alerta
Produtos irmãos em uma árvore de formulação
pertencem a famílias de produto distintas
Um produto formulado não necessariamente deve possuir matérias-primas que
pertençam à mesma família de produto entre si, porém é importante alertar
para estes casos.
14 Erro
Fábrica não está habilitada para estocar
produtos, mas existe estoque para a mesma.
Esta validação abrange duas situações:
1) A fábrica talvez possa estocar produtos, logo a habilitação para estocagem
é que pode estar errada.
2) Se a fábrica tiver estoques cadastrados, mas realmente não possuir
habilitação para estocar, a carga de estoques foi feita para a fábrica errada.
15 Erro Produto em estoque não é estocável
Esta validação abrange duas situações:
1) Se o produto for estocável, existe erro na permissão de estocagem.
2) Se o produto realmente não for estocável, existe erro na carga de estoques.
16 Erro
Produto pai possui filhos alternativos e
compulsórios
Uma árvore jamais poderá ter filhos alternativos e compulsórios do mesmo pai,
pois a situação é conflitante no conceito destes termos: enquanto os alternativos
não possuem rendimento em uma árvore de cortes ou percentual de
formulação em uma árvore de formulação, os compulsórios são exatamente o
contrário.
17 Erro
Produto presente em uma árvore possui
rendimento zerado
Em uma árvore de cortes, um rendimento zerado significa que a massa do
produto pai não será desmembrada para o filho. Já em uma árvore de
formulação, a situação é inversa - a massa do produto filho não será utilizada
para a geração do produto pai.
234
18 Erro
Produto compulsório presente em uma árvore
de formulação possui percentual da
formulação zerado
Esta validação abrange duas situações:
1) Se o produto for realmente compulsório, existe erro no percentual de
formulação, pois isso fará com que a massa gerada do componente não seja
utilizada na programação do formulado.
2) Se o produto não for compulsório, deve ser transformado em alternativo.
19 Erro
Produto presente em uma árvore de
formulação possui filhos cuja soma dos
percentuais de formulação é diferente de 100
Uma árvore de formulação representa a montagem de um produto, logo não é
possível que a soma dos percentuais de formulação dos componentes da
mesma seja diferente de 100.
20 Alerta
Produto não consta em nenhuma árvore de
cortes ou de formulação
Um produto não necessariamente deve constar em uma árvore, pois pode estar
desativado por não ter previsão de ser produzido, por exemplo.
21 Erro
Produto consta em pedido, porém não está
habilitado em nenhuma fábrica
Todo produto que constar em pedidos deve estar habilitado em pelo menos
uma fábrica, caso contrário o mesmo não será programado.
22 Erro
Produto possui pedido, porém não consta em
nenhuma árvore de cortes ou de formulação
Todo produto que constar em pedidos deve estar cadastrado em pelo menos
uma árvore, caso contrário o mesmo não será programado.
23 Erro
Produto consta em pedido e nenhuma das
árvores nas quais está cadastrado está
habilitada
Mesmo que o produto esteja cadastrado em alguma árvore, esta deve estar
habilitada em pelo menos uma fábrica, caso contrário o produto não se
programado.
24 Erro
Produto consta em pedido e está habilitado
em pelo menos uma fábrica, porém não
consta em árvores que estejam vinculadas às
fábricas nas quais está habilitado.
Mesmo que o produto esteja cadastrado em alguma árvore e em alguma
fábrica, pelo menos uma das árvores deve estar habilitada para uma das
fábricas nas quais o produto esteja habilitado.
25 Erro
Produto formulado não possui componentes
(formulação)
Um produto formulado, pelo fato de ser "montado", deve possuir componentes
na sua árvore, caso contrário será impossível programar a produção do produto.
26 Erro Produto possui pedido, porém não é vendável
Esta validação abrange duas situações:
1) Se o produto realmente tiver pedidos, o atributo para venda deve ser
corrigido.
2) Caso o produto não for realmente vendável, o pedido está errado.
27 Alerta
O SIF da fábrica não está habilitado para o
país do pedido, porém pelo menos um dos
produtos do pedido está cadastrado em
alguma árvore da fábrica
Esta validação abrange duas situações:
1) Se o SIF da fábrica realmente não estiver habilitado para o país destino do
pedido, não há erros neste caso.
2) A habilitação do SIF da fábrica para o país destino do pedido pode estar
errada.
235
28 Alerta
O SIF da fábrica não está habilitado para o
cliente do pedido, porém está habilitado para
o país do cliente
Esta validação abrange duas situações:
1) O SIF da fábrica talvez realmente possa fabricar produtos para o cliente, logo
existiria um erro de cadastro.
2) A habilitação do SIF da fábrica para o país destino do pedido pode estar
errada.
29 Alerta
O SIF da fábrica está habilitado para o cliente
do pedido, porém não está habilitado para o
país do cliente
Esta validação abrange duas situações:
1) O SIF da fábrica talvez não possa fabricar produtos para o cliente, logo
existiria um erro neste cadastro.
2) A habilitação do SIF da fábrica para o país destino do pedido pode estar
errada.
30 Alerta
Validade máxima de produção permitida no
embarque é nula.
Se a validade máxima for zero, o sistema programará o atendimento do pedido
com lotes de produção cujas datas de fabricação sejam até 1 mês menores que
a data de embarque. Exemplo: um pedido com data de embarque para
13/03/2009 não poderia ser programado com lotes de produção inferiores a
13/02/2009. Quanto menor for a validade máxima de produção aceita na data
de embarque, menor será faixa de tolerância com a qual o sistema deverá lidar
para programar a produção.
31 Alerta
Produto possui demanda, mas não possui
pedidos
Este caso pode ser um indicativo de que o cadastro de demanda esteja
faltando ou que o pedido tenha sido colocado no produto errado.
32 Alerta
Produto possui pedidos, mas não possui
demanda
Este caso pode ser um indicativo de que o cadastro de demanda esteja
faltando ou que o pedido tenha sido colocado no produto errado.
33 Alerta
Árvore possui produto intermediário sem filhos
Dependendo-se da modelagem feita em uma árvore, esta situação pode não
configurar um problema, porém é importante verificar cada caso, pois uma
árvore geralmente chega ao nível do produto folha (ou seja, gera um produto
final ou MP).
34 Erro
Árvore de formulação possui suprimento do
tipo embalagem
Uma árvore de formulação deve possuir apenas os componentes que
contribuam para a geração da massa para o produto fin
al. Logo, a embalagem
não faz parte deste processamento.
35 Alerta
País não possui SIF produtor vinculado
Nem todo país necessita possuir relação com algum SIF, porém se um pedido for
colocado para um país que não permite a exportação de um SIF produtor não
habilitado ao referido país, o sistema não programará o pedido.
36 Alerta
SIF não apresenta país vinculado
Nem todo SIF necessita estar habilitado para algum país, porém, se um pedido
for colocado para um país que não permite a exportação do referido SIF, o
sistema não programará o pedido.
236
37 Erro
Fábrica está habilitada para estocar, porém
não possui capacidade de estocagem
cadastrada
Esta validação abrange duas situações:
1) A fábrica talvez não possa estocar produtos, logo a permissão para
estocagem é que pode estar errada.
2) Se a fábrica pode estocar produtos, mas não possui capacidade de
estocagem cadastrada, o sistema desconsiderará a possibilidade de programar
a produção para o estoque.
P2S2T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
rodada do sistema. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S2A10
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S2A11
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 4 e o 7.
P2S2T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S2A12
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S2A13
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
237
analisados.
P2S2A14
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
P2S2A14
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
1
Programação de
pedidos fictícios
(global)
Permite verificar se os dados
populados até esta etapa possuem
uma acuracidade que garanta a
programação dos pedidos.
%
Soma dos pedidos
programados, em kg,
dividida pelo total de
pedidos, em kg.
Sugere-se acompanhar a evolução do
indicador a cada rodada por meio de um
gráfico.
P2S2T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S2A15
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se iniciar um processo de identificação de erros e de oportunidades de melhoria, o qual é detalhado para
cada índice de controle.
Indicador 1 Programação de pedidos fictícios (global)
1. Gerar uma listagem de todos os pedidos, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada no pedido e o volume programado do
pedido.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume alocado e o solicitado em pedidos, priorizando a
análise das maiores diferenças.
3. Para cada pedido escolhido, analisar as seguintes situações:
3.1 Verificar se as quantidades solicitadas para os produtos do pedido estão corretas.
3.2 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais do pedido estão habilitados para a
fábrica na qual a árvore está vinculada.
238
3.3 Verificar se foi populada uma quantidade suficiente de estoque fictício de MP para atender a todos os pedidos de todos os produtos
que consta no pedido em análise.
3.4 Se os estoques fictícios de MPs não estiverem cadastrados na mesma fábrica que está sendo testada:
a) Verificar se existe permissão de transferência da fábrica na qual o estoque foi cadastrado para a fábrica em análise.
b) Verificar se existe permissão de transferência de todas as MPs para a fábrica em análise.
c) Verificar se o tempo de transferência entre as fábricas é coerente com a realidade.
3.5 Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos do pedido em análise estão corretos.
P2S2A16
Excluir as árvores de formulação da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os dados de árvores de formulação. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S2A17
Excluir os pedidos fictícios da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os dados de pedidos fictícios. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S2T5
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
deve-se prosseguir para o Subprocesso 2.3. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D7 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.3
240
P2S3A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S3A2
Preencher o template das árvores de formulação de uma fábrica com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, desta vez considerando os recursos produtivos e seus
respectivos calendários e tempos de processo.
P2S3A3
Preencher o template dos pedidos e demandas reais dos produtos formulados da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S3A4
Preencher o template dos estoques iniciais dos produtos finais formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades
produtivas ou armazéns.
P2S3A5
Preencher o template das compras de produtos finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras estejam armazenadas,
com a condição de
que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S3A6
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S3T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, deve-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S3A7
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
241
P2S3A8
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S3A8
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
38
Erro
Recurso do tipo posição fixa possui
quantidade por posição igual a zero
A tempos de processo
zerada de um recurso faria com que o sistema ignorasse a utilização
do recurso na programação da produção.
39
Erro
Recurso do tipo batelada possui
quantidade por hora igual a zero
A tempos de processo
zerada de um recurso faria com que o sistema ignorasse a utilização
do recurso na programação da produção.
40
Erro
Recurso do tipo batelada possui
mínimo de batelada maior que o
máximo
A tempos de processo
zerada de um recurso faria com que o sistema ignorasse a utilização
do recurso na programação da produção.
41
Erro
Recurso do tipo unitário possui
quantidade por hora igual a zero
A tempos de processo
zerada de um recurso faria com que o sistema ignorasse a utilização
do recurso na programação da produção.
42
Alerta
Recurso possui diferentes quantidades
entre os dias da semana em um
mesmo turno de trabalho
Um recurso não deve necessariamente possuir a mesma quantidade durante todos os dias
da semana em um mesmo turno de trabalho, porém é importante analisar cada caso
para verificar se existem erros.
43
Alerta
Recurso possui diferentes quantidades
entre os turnos de trabalho de um
mesmo dia da semana
Um recurso não deve necessariamente possuir a mesma quantidade entre os turnos de
trabalho de um mesmo dia da semana, porém é importante analisar cada caso para
verificar se existem erros.
44
Alerta
Recurso possui diferentes tempos de
parada programada entre os dias da
semana em um mesmo turno de
trabalho
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos tempos de parada programada
durante todos os dias da semana em um mesmo turno de trabalho, porém é importante
analisar cada caso para verificar se existem erros.
45
Alerta
Recurso possui diferentes tempos de
parada programada entre os turnos
de trabalho de um mesmo dia da
semana
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos tempos de parada programada
entre os turnos de trabalho de um mesmo dia da semana, porém é importante analisar
cada caso para verificar se existem erros.
46
Alerta
Recurso possui diferentes tempos de
hora-extra entre os dias da semana
em um mesmo turno de trabalho
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos tempos de hora-extra durante
todos os dias da semana em um mesmo turno de trabalho, porém é importante analisar
cada caso para verificar se existem erros.
47
Alerta
Recurso possui diferentes tempos de
hora-extra entre os turnos de trabalho
de um mesmo dia da semana
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos tempos de hora-extra entre os
turnos de trabalho de um mesmo dia da semana, porém é importante analisar cada caso
para verificar se existem erros.
242
48
Alerta
Recurso possui diferentes horários de
início de turno entre os dias da
semana em um mesmo turno de
trabalho
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos horários de início de turno entre
os dias da semana em um mesmo turno de trabalho, porém é importante analisar cada
caso para verificar se existem erros.
49
Alerta
Recurso possui diferentes horários de
término de turno entre os dias da
semana em um mesmo turno de
trabalho
Um recurso não deve necessariamente possuir os mesmos horários de término de turno
entre os dias da semana em um mesmo turno de trabalho, porém é importante analisar
cada caso para verificar se existem erros.
50
Erro
Recurso possui horários sobrepostos
entre dois ou mais turnos de trabalho
em um mesmo dia
Os horários de término de um turno e de início do turno subseqüente não podem estar
sobrepostos. Exemplo: o término do turno 1 não pode ser maior que o início do turno 2, em
um mesmo dia.
51
Alerta
Árvore de cortes possui nodo com
recurso cadastrado mais de uma vez
O cadastro de um recurso duas ou mais vezes no roteiro de um mesmo nodo de uma
árvore pode ser um erro, como também uma modelagem normal.
52
Alerta
Árvore de formulação possui recurso
cadastrado mais de uma vez
O cadastro de um recurso duas ou mais vezes no roteiro de um mesmo nodo de uma
árvore pode ser um erro, como também uma modelagem normal.
53
Alerta
Produto consta em árvore de corte,
não possui filhos e não possui recurso
cadastrado
Um produto que não possui filhos geralmente é o produto final. Deve-se verificar se existe o
consumo de recursos pelo produto.
54
Alerta
Nodo em árvore possui roteiro cujos
recursos têm um número diferente de
turnos disponíveis
A existência de recursos com um número diferente de turnos em um mesmo roteiro pode
prejudicar a programação da produção, pois os recursos que possuírem menos turnos
talvez não conseguirão comportar a necessidade de programação e acabarão limitando
os outros recursos.
55
Erro
Recurso sem calendário empregado
em nodo
Um recurso não necessita possuir um calendário vinculado. Porém, no momento em que é
cadastrado em uma árvore, deve possuir um calendário, caso contrário o sistema não
considerará o recurso na programação da produção.
P2S3T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S3A9
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S3A10
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
243
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os ICs 1 ao 4 e o 7.
P2S3A10
Gerar os índices de controle
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
9
Limites mínimos e máximos do desvio-
padrão dos tempos de processo dos
recursos cadastrados em árvores de
formulação (por fábrica e família de
produto)
Os tempos de processo
dos recursos
influenciam diretamente na
programação da produção, pois
representam a capacidade
produtiva.
kg/h
Desvio-padrão dos
tempos de processo
de cada recurso, por
fábrica e família de
produto
Sugere-se acompanhar a
cada rodada a evolução do
IC por meio de gráficos de
controle.
P2S3T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S3A11
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S3A12
Medir as disponibilidades dos recursos
O sistema de programação da produção deverá calcular automaticamente as disponibilidades dos recursos da fábrica por turno.
O cálculo
deve ser feito da seguinte maneira, para cada recurso e turno: (hora final - hora inicial) + horas-extras - paradas programadas.
244
P2S3T4
As disponibilidades estão corretas?
As disponibilidades calculadas na atividade anterior devem ser confrontadas com a realidade para se verificar se os dados estão corretos.
Caso a resposta seja “Sim”, deve-se prosseguir para a rodada do sistema. No caso de a resposta for “Não”, será preciso corrigir os
calendários.
P2S3A13
Corrigir os calendários
Os erros identificados na atividade anterior deverão ser corrigidos na fonte primária.
P2S3A14
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S3A15
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não se utiliza o indicador nº 1 criado no Subprocesso 2.2, e sim apenas novas medições propostas neste subprocesso.
P2S3A15
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
2
Programação de pedidos
(global)
Permite verificar se os dados
populados até esta etapa possuem
uma acuracidade que garanta a
programação dos pedidos.
%
Soma de pedidos programados, em kg,
dividida pelo total de pedidos
residuais¹, em kg.
¹ Referem-se aos pedidos cuja data de
embarque seja menor ou igual à última
data do horizonte de programação do
sistema.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio de
um gráfico.
245
3
Programação de
demanda líquida² (global)
² Refere-se à soma das
diferenças entre a
demanda total e os
pedidos, em kg, de cada
produto.
Permite verificar se os dados
populados até esta etapa possuem
uma acuracidade que garanta a
programação da demanda líquida.
A análise decorrente deste indicador
possibilita uma análise por produto,
já que o indicador 2 mensura a
programação de pedidos.
%
Soma da alocação para demanda, em
kg, dividida pelo total de demanda
líquida, em kg.
Idem ao indicador
2.
4
Aderência da
programação (global por
fábrica)
Contribui para a comparação dos
volumes programados pelo sistema
em relação à projeção de
produção. A partir dos resultados, é
possível também avaliar a
acuracidade dos dados de pedidos
e de previsão de demanda.
%
[1 - (soma dos desvios absolutos do
programado pelo sistema em rela
ção à
projeção de produção, em kg)]
dividido pelo total projetado, em kg,
por fábrica.
Idem ao indicador
2.
5
Aderência da
programação (por fábrica
e família de produto)
Idem ao indicador 4, com a
diferença que permite visualizar a
aderência para cada família de
produto, facilitando o processo de
identificação de erros de dados.
%
Idem ao indicador4, porém
discriminado por família de produto.
Idem ao indicador
2.
6
Projeção de consumo
versus necessidade de MPs
(aberto por MP)
Este indicador permite identificar 2
tipos de problemas: (1) erros nos
pedidos ou demandas; e (2) erros
nas árvores.
%
[1 - (
Soma dos desvios absolutos entre o
volume total de consumo projetado,
em kg, de cada MP e o volume total
necessário³ da MP, em kg
) dividida pelo
total do consumo projetado].
³ É o percentual da MP sobre o produto
final vezes o total de pedidos e
demanda líquida do produto final.
Idem ao indicador
2.
P2S3T5
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S3A16
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
246
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada um.
Indicador 2 Programação de pedidos (global)
1. Gerar uma listagem de todos os pedidos, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada no pedido e o volume programado do
pedido.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume alocado e o solicitado em pedidos, priorizando a
análise das maiores diferenças.
3. Para cada pedido escolhido, analisar as seguintes situações:
3.1 Verificar se as quantidades solicitadas para os produtos do pedido estão corretas.
3.2 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais do pedido estão habilitados para a
fábrica na qual a árvore está vinculada.
3.3 Verificar se foi populada uma quantidade suficiente de estoque fictício de MP para atender a todos os pedidos de todos os produtos
que consta no pedido em análise.
3.4 Se os estoques fictícios de MPs não estiverem cadastrados na mesma fábrica que está sendo testada:
a) Verificar se existe permissão de transferência da fábrica na qual o estoque foi cadastrado para a fábrica em análise.
b) Verificar se existe permissão de transferência de todas as MPs para a fábrica em análise.
c) Verificar se o tempo de transferência entre as fábricas é coerente com a realidade.
d) Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos do pedido em análise estão corretos.
Indicador 3 Programação de demanda líquida (global)
1. Gerar uma listagem de todos os produtos que possuam demanda cadastrada, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada e o
volume programado.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume alocado para a demanda líquida e a
demanda líquida
solicitada, priorizando a análise a partir das maiores diferenças.
3. Para cada produto escolhido, analisar as seguintes situações:
3.1 Verificar se as quantidades da demanda líquida estão corretas.
3.2 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais do pedido estão habilitados para a
fábrica na qual a árvore está vinculada.
3.3 Verificar se foi populada uma quantidade suficiente de estoque fictício de MP para atender a todos os pedidos de todos os produtos
que consta no pedido em análise.
3.4 Se os estoques fictícios de MPs não estiverem cadastrados na mesma fábrica que está sendo testada:
a) Verificar se existe permissão de transferência da fábrica na qual o estoque foi cadastrado para a fábrica em análise.
b) Verificar se existe permissão de transferência de todas as MPs para a fábrica em análise.
3.5 Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos em análise estão corretos.
247
Indicador 4 Aderência da programação (por fábrica)
Indicador 5 Aderência da programação (por fábrica e família de produto)
O indicador 4 serve para se ter uma visão geral da programação dos produtos da fábrica. Portanto, independentemente do resultado
deste indicador, deve-se sempre analisá-lo conjuntamente com a aderência por família de produtos (indicador 5). Este indicador, por sua
vez, possibilita analisar a programação total dos produtos, e não somente o volume alocado para pedido e demanda líquida, como feito
nos indicadores 2 e 3. Abaixo são listadas outras análises possíveis por meio dos indicadores 4 e 5:
Produtos programados mais ou menos que o necessário ou normal. Isso pode ocorrer quando há produtos quem possuem pedidos ou
demanda cujas quantidades estejam erradas. Neste caso, se o sistema tenha conseguido programar os produtos, não teriam sido
geradas diferenças nos indicadores 2 e 3, porém no indicador 5 isso será identificado.
Produtos não programados por não possuírem pedidos nem demanda cadastrados, mas que deveriam ter.
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes projetados de produção e a programação sugerida pelo sistema, por
família de produto.
2. Classificar a lista pela ordem crescente das aderências, priorizando a análise a partir destas, somente para as famílias de produto que não
alcançaram a meta.
3. Para cada família de produto a ser analisada, deve-se gerar a lista dos produtos que fazem parte da família.
4. De posse da lista aberta da família de produtos, analisar as seguintes questões:
4.1 Verificar se todos os produtos realmente fazem parte da família. Caso não fizerem parte, devem ser cadastrados na família correta.
4.2 Verificar se to
dos os produtos programados podem ser produzidos na fábrica em análise (mesmo que não tenham sido projetados). Se
houver produtos que não puderem ser programados na fábrica, os mesmos deverão ser excluídos das árvores e da permissão de
produção na fábrica em análise.
4.3 Verificar se existem produtos que estejam previstos na projeção, mas que não estão sendo programados. Se houver produtos nesta
situação, os mesmos devem ser incluídos nas árvores de cortes e na permitidos na fábrica em análise, desde que existam pedidos ou
demandas para os mesmos.
5. Após verificar as situações do item 4, devem-
se analisar as seguintes situações para cada produto cuja aderência não tenha alcançado a
meta da família:
5.1 Verificar se as quantidades de pedidos e demanda do produto estão corretas.
5.2 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais do pedido estão habilitados para a
fábrica na qual a árvore está vinculada.
5.3 Verificar se foi populada uma quantidade suficiente de estoque fictício de MP para atender a todos os pedidos de todos os produtos
que consta no pedido em análise.
5.4 Se os estoques fictícios de MPs não estiverem cadastrados na mesma fábrica que está sendo testada:
a) Verificar se existe permissão de transferência da fábrica na qual o estoque foi cadastrado para a fábrica em análise.
b) Verificar se existe permissão de transferência de todas as MPs para a fábrica em análise.
5.5 Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos do pedido em análise estão corretos.
248
Complemento à análise dos indicadores 2 a 5:
1. Quando verificar-se que a quantidade programada de um ou mais produtos estiver abaixo do normal, deve-se proceder para a análise
abaixo:
1.1 Escolher um produto para análise.
1.2 Verificar quais recursos estão cadastrados na árvore do produto.
1.3 Verificar se os tempos de processo dos recursos e as ordens nos roteiros estão subdimensionadas.
1.4 Se o recurso possuir recurso alternativo na realidade, deve-se verificar se ambos estão cadastrados e se as ordens dos recursos nos
roteiros é a mesma.
1.5 Abrir o relatório de ocupação de recursos.
1.6 Filtrar os recursos em análise.
1.7 Depois de filtrados somente os recursos de interesse, sugere-se analisar uma faixa de ocupação de recursos (de 80 a 100%, por
exemplo), pois, no caso de recursos do tipo batelada, a produção de um lote a mais em um turno de produção poderia ser impedida
caso a ocupação do recurso se tornasse superior a 100%. Como este tipo de situação não pode acontecer em um sistema de
seqüenciamento da produção que considera as capacidades finitas dos recursos, a análise de uma faixa de ocupação de recursos
contribui para a identificação dos recursos que estejam limitando a programação da produção.
1.8 Identificar as datas e turnos nos quais os recursos apresentam ocupação dentro da faixa escolhida.
1.9 Abrir o relatório de programação da produção por recurso.
1.10 Para cada recurso escolhido, verificar as seguintes situações:
a) Quais produtos estão utilizando (consumindo) o recurso. Se houver produtos que na realidade não utilizam o recurso, deve-se
excluir o recurso do roteiro destes produtos nas árvores.
b)
Coerência da ocupação do recurso. Exemplo: se um ou poucos produtos ocuparem a maior parte do recurso (75%, por exemplo),
é possível que os tempos de processo destes produtos estejam mal dimensionadas. Neste caso, é necessário entrar nas árvores de
todos os produtos e analisar os tempos de processo e as ordens dos recursos nos roteiros, bem como verificar a existência de
recursos alternativos cadastrados de forma errada.
Indicador 6 - Projeção de consumo versus necessidade de MPs (aberto por MP)
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes necessários de MPs e as quantidades projetadas para o consumo de
formulações, por MP.
2. Classificar a lista pela ordem crescente das aderências, priorizando a análise a partir destas, somente para as MPs que não alcançaram a
meta.
3. Para cada MP escolhida para análise, caso o volume projetado e o necessário forem diferentes, devem-se verificar as seguintes situações:
3.1 Verificar se o volume projetado está errado.
3.2 Verificar em quais árvores de formulação a MP está cadastrada.
3.3 Dentre as árvores identificadas, verificar se a MP realmente faz parte da estrutura de produto.
3.4 Verificar se as quantidades de pedidos e demanda dos produtos cujas árvores possuem a MP cadastrada estão corretas.
3.5 Verificar se foi populada uma quantidade suficiente de estoque fictício de MP.
249
3.6 Se os estoques fictícios de MPs não estiverem cadastrados na mesma fábrica que está sendo testada:
a) Verificar se existe permissão de transferência da fábrica na qual o estoque foi cadastrado para a fábrica em análise.
b) Verificar se existe permissão de transferência de todas as MPs para a fábrica em análise.
3.7 Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos do pedido em análise estão corretos.
3.8 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais que possuem a MP em análise estão
habilitados para a fábrica na qual a árvore está vinculada.
Obs.: o indicador 6 deve ser analisado com critério, pois a existência de MPs alternativas em uma formulação faz com que o cálculo de
necessidade seja "dobrado". Ou seja, nem todos os resultados que não alcançarem a meta necessariamente serão erros, pois as MPs
alternativas podem ser compensadas umas pelas outras na programação dos formulados.
P2S3A17
Excluir as árvores de formulação com os roteiros de produção da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os dados de árvores de formulação
com os
roteiros de produção. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de
seqüenciamento de produção.
P2S3A18
Excluir os pedidos e demandas reais dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os dados de pedidos e demandas reais.
Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S3A19
Excluir os estoques iniciais de produtos finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de produtos finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S3A20
Excluir as compras de produtos finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de produtos finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
Atividade
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
deve-se prosseguir para o Subprocesso 2.4. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D8 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.4
251
P2S4A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S4A2
Preencher o template das árvores de formulação de uma fábrica com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S4A3
Preencher o template dos pedidos e demandas reais dos produtos formulados da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S4A4
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados na fábrica escolhida sejam considerados.
P2S4A5
Preencher o template das estruturas de embalagens da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as estruturas de embalagens estejam armazenadas,
com a condição de que apenas as estruturas de embalagens de produtos formulados da fábrica escolhida sejam consideradas.
P2S4A6
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados na fábrica que está sendo testada.
P2S4A7
Preencher o template dos estoques iniciais dos produtos finais formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades
produtivas ou armazéns.
P2S4A8
Preencher o template das compras de produtos finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S4A9
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
252
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para a fábrica escolhida sejam considerados.
P2S4A10
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S4T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Proce
sso de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S4A11
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S4A12
Validar os dados do banco
Nesta etapa, existem duas novas validações. Apesar disso, como as validações são cumulativas, a estrutura de dados será também
validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S4A12
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
56
Erro
Produto possui suprimento com
quantidade zerada na estrutura de
embalagens
Se uma embalagem tiver quantidade igual a zero na estrutura de um produto, a mesma
não será considerada na programação da produção.
57
Alerta
Suprimento cadastrado na lista de
compras tem data de entrega
estimada no passado
Esta situação não representa necessariamente um erro, pois a entrega do material pode
estar atrasada. No entanto, a entrega não será utilizada pelo sistema na programação da
produção, o que refletirá na qualidade das informações geradas pelo mesmo.
P2S4T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S4A13
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
253
P2S4A14
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e o 9.
P2S4A14
Gerar os índices de controle
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
10
Limites mínimo e máximo
da quantidade na
estrutura de embalagens
A quantidade necessária de
embalagens por produto influencia
nas compras e projeções de
consumo do suprimento, bem como
no aprazamento de pedidos.
Depen
de do
material
Quantidade de embalagens na
estrutura das mesmas para os produtos.
Sugere-se
acompanhar a cada
rodada a evolução
do IC por meio de
gráficos de controle.
P2S4T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S4A15
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S4A16
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S4A17
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
254
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 6.
P2S4A17
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo
Acompanhament
o
7
Projeção de
consumo
versus
necessidade
de
suprimentos
A quantidade necessária de
suprimentos influencia nas
compras e projeções de
consumo dos mesmos, bem
como no aprazamento de
pedidos.
%
[1 - (Soma dos desvios absolutos entre a projeção de consumo
de cada suprimento e a necessidade¹ do material) dividida
pelo total do consumo projetado].
³ É o percentual do ingrediente sobre o produto final vezes a
programação do produto que utiliza o condimento mais a
quantidade de embalagem na estrutura vezes a programação
do produto utiliza este material.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do
indicador a cada
rodada por meio
de um gráfico.
P2S4T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S4A18
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada medição.
Indicador 7 Projeção de consumo versus necessidade de suprimentos
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar as quantidades necessárias e as projetadas de suprimentos, por material.
2. Classificar a lista pela ordem crescente das aderências, priorizando a análise a partir destas, somente para os suprimentos que não
alcançaram a meta.
3. Para cada suprimento escolhido para análise, devem-se verificar as seguintes situações:
3.1 Verificar se as metas dos indicadores de pedidos e de previsão de demanda estão sendo alcançadas.
3.2 Verificar se o estoque inicial do suprimento está correto.
255
3.3 Verificar se o volume projetado do suprimento está errado.
3.4 Verificar em quais árvores de formulação o ingrediente está cadastrado e em quais produtos a embalagem está vinculada.
P2S4A19
Excluir as árvores de formulação com os roteiros de produção da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as árvores de formulação com os roteiros
de produção. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S4A20
Excluir os pedidos e demandas reais dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os pedidos e demandas reais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S4A21
Excluir os estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S4A22
Excluir as estruturas de embalagens da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as estruturas de embalagens. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S4A23
Excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos reais de
suprimentos. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S4A24
Excluir os estoques iniciais de produtos finais formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de produtos finais
formulados. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S4A25
Excluir as compras de produtos finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de produtos finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
256
P2S4A26
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S4T5
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
devem-se excluir as capacidades elevadas de estoques. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
P2S4A27
Excluir as capacidades elevadas de estoques de produtos
Após todas as fábricas terem sido testadas, devem-se excluir as capacidades elevadas de estoques para que se testem as limitações de
estoque no Subprocesso 2.5.
APÊNDICE D9 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.5
258
P2S5A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S5A2
Preencher o template das árvores de formulação de uma fábrica com os roteiros
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S5A3
Preencher o template dos pedidos e demandas reais dos produtos formulados da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S5A4
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados na fábrica escolhida sejam considerados.
P2S5A5
Preencher o template das estruturas de embalagens da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas as estruturas de embalagens de produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S5A6
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados na fábrica que está sendo testada.
P2S5A7
Preencher o template dos estoques iniciais dos produtos finais formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades
produtivas ou armazéns.
P2S5A8
Preencher o template das compras de produtos finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas produtos formulados da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S5A9
Preencher o template das capacidades reais de estoques da fábrica
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as capacidades reais de estoques estejam
259
armazenadas, com a condição de que apenas as capacidades da fábrica escolhida sejam consideradas.
P2S5A10
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para a fábrica escolhida sejam considerados.
P2S5A11
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S5T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S5A12
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S5A13
Validar os dados do banco
Nesta etapa, não existem novas validações. Apesar disso, como as validações são cumulativas, a estrutura de dados será validada pelas
validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S5T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S5A14
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S5A15
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
260
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 10.
P2S5T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S5A16
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S5A17
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S5A18
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 7.
P2S5A18
Gerar os indicadores
Descrição
Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
8
Ocupação
média de
estoques
As limitações de
estoques influenciam na
programação da
produção.
%
Média da programação de estoques, em número de pallets¹,
dividida pela capacidade real de estoque, em número de pallets.
¹ Programação de estoques de cada produto, em kg, dividida pelo
peso do pallet de cada produto.
Sugere-se acompanhar
a evolução do
indicador a cada
rodada por meio de um
gráfico.
P2S5T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
261
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S5A19
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
Indicador 8 Ocupação média de estoques
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os produtos e os respectivos volumes programados para o estoque ao longo do
horizonte.
2. Selecionar os estoques programados no último dia do horizonte.
3. Classificar a lista pela ordem decrescente dos volumes programados em estoque.
4. Para cada produto escolhido para análise, devem-se verificar as seguintes situações:
4.1 Verificar se o estoque inicial do produto está correto.
4.2 Verificar se os pedidos e demandas estão sendo atendidos.
4.3 Verificar as permissões e os tempos de transporte para os pontos de embarque.
P2S5A20
Excluir as árvores de formulação com os roteiros de produção da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as árvores de formulação com os roteiros
de produção. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S5A21
Excluir os pedidos e demandas reais dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os pedidos e demandas reais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S5A22
Excluir os estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S5A23
Excluir as estruturas de embalagens da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as estruturas de embalagens. Este
262
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S5A24
Excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos reais de
suprimentos. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S5A25
Excluir os estoques iniciais de produtos finais formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de produtos finais
formulados. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S5A26
Excluir as compras de produtos finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de produtos finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S5A27
Excluir as capacidades reais de estoques da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as capacidades reais de estoques da
fábrica testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de
seqüenciamento de produção.
P2S5A28
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S5T5
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
devem-se prosseguir para o Subprocesso 2.6. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D10 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.6
264
P2S6A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S6A2
Preencher o template das árvores de formulação de todas as fábricas com os roteiros
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S6A3
Preencher o template dos pedidos e demandas reais de todos os formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas produtos formulados sejam considerados.
P2S6A4
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos de todas as fábricas de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados nas fábricas de formulados sejam considerados.
P2S6A5
Preencher o template das estruturas de embalagens de todas as fábricas de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas as estruturas de embalagens de produtos formulados sejam consideradas.
P2S6A6
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados nas fábricas de formulados.
P2S6A7
Preencher o template dos estoques iniciais de produtos finais formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas produtos formulados sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades produtivas ou armazéns.
P2S6A8
Preencher o template das compras de produtos finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas produtos formulados sejam considerados.
P2S6A9
Preencher o template das capacidades reais de estoques de todas as fábricas de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as capacidades reais de estoques estejam
armazenadas, com a condição de que apenas as capacidades das fábricas de formulados sejam consideradas.
265
P2S6A10
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para as fábricas de formulados sejam considerados.
P2S6A11
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S6T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Processo de Preparação de Dados. Se
forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S6A12
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S6A13
Validar os dados do banco
Nesta etapa, não existem novas validações. Apesar disso, como as validações são cumulativas, a estrutura de dados será validada pelas
validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S6T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S6A14
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S6A15
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 10.
266
P2S6T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S6A16
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S6A17
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S6A18
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 8.
P2S6A18
Gerar os indicadores
Descrição
Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
9
Pedidos
programad
os no prazo
Permite verificar se os
dados populados até
esta etapa possuem
uma acuracidade que
garanta a
programação dos
pedidos no prazo.
%
Soma de pedidos programados no prazo, em kg, dividida pelo total
de pedidos residuais¹, em kg.
¹ Referem-se aos pedidos cuja data de embarque seja menor ou
igual à última data do horizonte de programação do sistema.
Sugere-se acompanhar
a evolução do
indicador a cada
rodada por meio de um
gráfico.
P2S6T4
As metas foram atingidas?
267
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S6A19
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
Indicador 9 Pedidos programados no prazo
1. Verificar quanto tempo está sendo necessário para que os pedidos que já entram atrasados sejam programados, pois eles podem estar
ocupando a massa que poderia estar sendo utilizada na programação de outros pedidos.
2. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar quais pedidos não foram programados no prazo.
3. Ordenar a lista pela ordem decrescente dos atrasos.
4. Para cada pedido escolhido para análise, devem-se verificar as seguintes situações:
4.1 Verificar se o estoque inicial dos produtos condiz com a realidade (datas dos lotes de produção, SIF produtor e volumes).
4.2 Verificar a existência de lotes de produção no estoque cujo SIF não esteja habilitado para o país ou o cliente do pedido. Se houver,
será necessário verificar se deveria existir a habilitação.
4.3 Verificar se os meses de validade do pedido estão corretos.
4.4 Verificar se as datas de embarque estão corretas.
4.5 Verificar se os produtos do pedido estão habilitados e cadastrados nas árvores de todas as fábricas cujos SIFs estejam habilitados para
o país de destino e o cliente do pedido.
4.6 Verificar se os SIFs das fábricas nas quais os produtos possuem árvore de formulação estão habilitados para o país de destino e o
cliente.
P2S6A20
Excluir as árvores de formulação e os roteiros de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores de formulação com os roteiros de produção. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A21
Excluir os pedidos e demandas reais de todos os formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A22
Excluir os estoques iniciais de suprimentos de todas as fábricas de formulados
268
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A23
Excluir as estruturas de embalagens de todas as fábricas de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as estruturas de embalagens
. Este procedimento deve ser realizado
por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A24
Excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A25
Excluir os estoques iniciais de produtos finais formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de produtos finais formulados. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A26
Excluir as compras de produtos finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de produtos finais. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A27
Excluir as capacidades reais de estoques de todas as fábricas de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as capacidades reais de estoques. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A28
Excluir os estoques fictícios de MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques fictícios de matérias-primas. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S6A29
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de suprimentos. Este procedimento deve ser realizado
por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
Quando esta atividade for finalizada, deve-se iniciar o Subprocesso 2.7.
269
APÊNDICE D11 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.7
271
P2S7A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S7A2
Preencher o template das árvores de cortes de uma fábrica sem os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores previamente coletados no Processo de Preparação de Dados,
desconsiderando os recursos produtivos e seus respectivos calendários e tempos de processo.
P2S7A3
Preencher o template das curvas de peso de uma fábrica
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso de cada árvore previamente coletados no
Processo de Preparação
de Dados.
P2S7A4
Preencher o template com pedidos fictícios para todos os cortes da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de scripts para a geração dos pedidos fictícios, com as seguintes condições:
Apenas produtos do tipo corte da fábrica escolhida devem ser ter pedidos fictícios.
A quantidade dos pedidos deve ser de 1 kg.
Todos os pedidos devem possuir o mesmo cliente e país.
O SIF da fábrica deve estar habilitado, tanto na realidade quanto no sistema, para o cliente e o país escolhidos.
P2S7A5
Preencher o template das capacidades elevadas de estoques
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas de abates estejam
armazenadas.
P2S7A6
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S7T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S7A7
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
272
P2S7A8
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S7A8
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
58 Alerta
Raiz de cortes de uma fábrica não
possui curva de peso associada
Dependendo-se do nível de detalhamento adotado para a modelagem das árvores de
cortes, as curvas de peso poderão não ser utilizadas. No entanto, é necessário analisar cada
situação indicada pela validação para verificar se existem erros.
59 Alerta
Raiz de cortes não está habilitada
em nenhuma fábrica
Uma raiz de cortes (ou faixa de peso vivo) não necessariamente deve estar habilitada em
alguma fábrica, porém é necessário analisar cada situação indicada pela validação para
verificar se existem erros.
60 Erro
O somatório dos percentuais da
curva de peso de uma raiz de
cortes é diferente de 100%
As curvas de peso, uma vez cadastradas, indicam qual será a divisão da faixa de peso
"mãe" para as demais faixas que fazem parte dela. Portanto, toda a massa de abates
gerada pela raiz mãe deverá ser completamente alocada para as outras faixas de peso.
61 Erro
Raiz de corte possui escala de
abate cadastrada, porém não
possui conteúdo (detalhamento da
árvore)
Se uma raiz de corte possui escala de abate, é imprescindível que possua uma estrutura por
meio da qual consiga gerar a massa necessária para atender pedidos, demandas e MPs.
Neste caso, é importante também avaliar se a raiz é abatida na realidade, pois a escala de
abate cadastrada é que pode estar errada.
62 Alerta
Produto possui pedido ou
demanda, porém nenhuma árvore
de cortes na qual está cadastrado
possui escala de abate
A escala de abate não é uma condição necessária para que um produto que possua
pedido ou demanda seja programado, porém a ausência da mesma pode indicar erros de
dados.
63 Alerta
Produto possui pedido ou
demanda, porém nenhuma árvore
de cortes na qual está cadastrado
possui escala nem limite de abates
Para que um produto que possua pedido ou demanda seja programado, é desejável que
pelo menos uma raiz de cortes possua escala ou limites de abates, caso contrário o sistema
decidirá pelo volume que achar mais conveniente.
64 Alerta
Fábrica pode cortar e não pode
formular, porém não possui escala
de abate
Uma fábrica que possa cortar e não possa formular produtos, se não estiver em operação
(por exemplo), não necessariamente precisa possuir escala de abate, porém é necessário
analisar cada situação indicada na validação para verificar se existem erros.
65 Erro
A classe do produto é diferente da
classe da raiz de cortes na qual
está cadastrado.
Um produto pode ser de classe "corte" ou "formulado". Em uma árvore de cortes, não
podem coexistir produtos de classes diferentes.
273
66 Erro
A origem do produto é diferente da
origem da raiz de cortes na qual
está cadastrado.
A origem está relacionada à espécie do animal.
Exemplo da validação: produto de origem "Suíno" consta em árvore de cortes de origem
"Frango".
67 Erro
Produtos irmãos em uma árvore de
cortes pertencem a famílias de
produto distintas
Em uma árvore de cortes, não podem coexistir produtos que sejam irmãos e cujas famílias
sejam distintas. Exemplo: se dois produtos irmãos pertençam às famílias "Coxa de frango" e
"Peito de frango", existem erros de dados.
68 Alerta
Produto presente em uma árvore
de cortes possui filhos cuja soma
dos rendimentos é diferente de 100
Os rendimentos de produtos irmãos não necessariamente devem somar 100%. Existem duas
situações possíveis:
1) Se a soma for menor que 100%, dependendo-se da modelagem da estrutura de produto,
a diferença talvez seja um resíduo que não será utilizado no processo produtivo nem
vendido.
2) Se a soma for maior que 100%, é possível que alguns filhos adquiram massa durante o
processo.
P2S7T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S7A9
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S7A10
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os ICs 1 ao 4 e o 7.
P2S7A10
Gerar os índices de controle
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
11
Peso médio das raízes da
curva de peso de cada
raiz-mãe
Auxiliar na identificação das raízes
que não fazem parte da curva de
peso.
Kg
Média dos pesos das raízes cadastradas
na curva de peso de cada raiz-mãe.
Sugere-se
acompanhar a
evolução do IC por
meio de gráficos de
controle.
274
12
Variabilidade dos pesos
das raízes da curva de
peso de cada raiz-mãe
Idem ao IC nº 11. Kg
Desvio-padrão dos pesos das raízes
cadastradas na curva de peso de
cada raiz-mãe.
Idem ao IC nº 11.
13
Peso ponderado das raízes
da curva de peso de
cada raiz-mãe
Identifica percentuais errados na
curva de peso.
kg
Soma das multiplicações dos pesos
unitários, em kg, de cada faixa de peso
em uma curva pelo respectivo
percentual sobre a raiz-mãe
Idem ao IC nº 11.
P2S7T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S7A11
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S7A12
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S7A13
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos indicadores, porém deverá ser mantido o indicador 1.
P2S7T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S7A14
Identificar e corrigir os erros
275
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
P2S7A15
Excluir as árvores de cortes da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as árvores de cortes da fábrica testada.
Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S7A16
Excluir os pedidos fictícios dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os pedidos fictícios da fábrica testada. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S7T5
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
devem-se prosseguir para o Subprocesso 2.8. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D12 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.8
277
P2S8A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S8A2
Preencher o template das árvores de cortes de uma fábrica com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, desta vez considerando os recursos produtivos e seus
respectivos calendários e tempos de processo.
P2S8A3
Preencher o template das curvas de peso de uma fábrica
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S8A4
Preencher o template das escalas e limites de abates da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S8A5
Preencher o template dos pedidos e demandas reais de cortes da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S8A6
Preencher o template dos estoques iniciais de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades produtivas ou
armazéns.
P2S8A7
Preencher o template das compras de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S8A8
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S8T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Processo de Preparação de
Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
278
partir para a validação dos dados do banco.
P2S8A9
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S8A10
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S8T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S8A11
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S8A12
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os ICs 1 ao 4, 7, 9 e 11 ao 13.
P2S8A12
Gerar os índices de controle
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
14
Limites mínimos e máximos do desvio-
padrão dos tempos de processo dos
recursos cadastrados em árvores de
cortes (por fábrica, árvore e família de
produto)
Os tempos de processo dos recursos
influenciam diretamente na programação
da produção, pois representam a
capacidade produtiva.
kg/h
Desvio-padrão dos
tempos de processo
de cada recurso, por
fábrica, árvore e
família de produto.
Sugere-se
acompanhar a
cada rodada a
evolução do IC por
meio de gráficos de
controle.
P2S8T3
As metas foram atingidas?
279
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S8A13
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S8A14
Medir as disponibilidades dos recursos
O sistema de programação da produção deverá calcular automaticamente as disponibilidades dos recursos
da fábrica por turno. O cálculo
deve ser feito da seguinte maneira, para cada recurso e turno: (hora final - hora inicial) + horas-extras - paradas programadas.
P2S8T4
As disponibilidades estão corretas?
As disponibilidades calculadas na atividade anterior devem ser confrontadas com a realidade para se verificar se os dados estão corretos.
Caso a resposta seja “Sim”, deve-se prosseguir para a rodada do sistema. No caso de a resposta for “Não”, será preciso corrigir os
calendários.
P2S8A15
Corrigir os calendários
Os erros identificados na atividade anterior deverão ser corrigidos na fonte primária.
P2S8A16
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S8A17
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 5.
P2S8A17
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
280
10
Aderência de abates por
tipo de animal (global,
abate empurrado e
puxado)
Avaliar a coerência do volume
programado de abate.
%
Volume total programado de abates,
em kg, dividido pelo volume projetado
de abates, em kg, por tipo de animal
(frango, peru, suíno, dentre outros).
Sugere-se acompanhar
a evolução do
indicador a cada
rodada por meio de um
gráfico. O indicador
deve ser analisado
conjuntamente com o
de nº 11.
11
Rendimento de cortes por
tipo de animal (global)
Avaliar a coerência do volume
programado de cortes em relação
ao volume abatido.
%
Volume total programado de cortes,
em kg, dividido pelo volume
programado de abates, em kg, por
tipo de animal (frango, peru, suíno,
dentre outros).
Sugere-se acompanhar
a evolução do
indicador a cada
rodada por meio de um
gráfico. O indicador
deve ser analisado
conjuntamente com o
de 10.
12
Volume de resíduos
(global)¹
¹ Refere-
se à programação
de produtos finais que não
sejam estocáveis
Possibilita a identificação de erros no
atributo de estocagem de um
produto. O resultado deste indicador
deve ser sempre zero, salvo se o
produto for realmente um resíduo.
kg
Volume total programado de cortes,
em kg, menos o total programado de
produtos estocáveis, em kg.
Sugere-se acompanhar
a evolução do
indicador a cada
rodada por meio de um
gráfico.
13
Aderência de abate
empurrado (global, por
tipo de animal)
Permite avaliar a programação da
escala de abate global, a qual
influencia na programação no início
do horizonte.
%
Número de animais programados no
período do abate empurrado dividido
pelo número de animais da escala de
abate, por tipo de animal.
Idem ao indicador 12.
14
Aderência de abate
empurrado (por fábrica e
tipo de animal)
Idem ao indicador 13
, porém permite
avaliar a programação para cada
fábrica.
%
Idem ao indicador 13, porém por
fábrica e tipo de animal.
Idem ao indicador 12.
15
Aderência de abate
puxado (global, por tipo
de animal)
Permite avaliar a programação de
abate sugerida pelo sistema, a qual
influencia na programação do final
do período do abate empurrado até
o último dia do horizonte.
%
Número de animais programados no
período do abate puxado dividido
pelo número de animais da projetados
para o mesmo período, por tipo de
animal.
Idem ao indicador 12.
16
Aderência de abate
puxado (por fábrica e tipo
de animal)
Idem ao indicador 15, porém permite
avaliar a programação para cada
fábrica.
%
Idem ao indicador 15, porém por
fábrica e tipo de animal.
Idem ao indicador 12.
281
P2S8T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S8A18
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
Nesta atividade, além do detalhamento da análise dos novos indicadores (10 ao 16), são feitas adaptações à análise dos indicadores 2 a 5
em função de estarem sendo considerados produtos do tipo corte.
Indicador 2 Programação de pedidos (global)
1. Gerar uma listagem de todos os pedidos, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada no pedido e o volume programado do
pedido.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume alocado e o solicitado em pedidos, priorizando a
análise das maiores diferenças.
3. Para cada pedido escolhido, analisar as seguintes situações:
3.1 Verificar se as quantidades solicitadas para os produtos do pedido estão corretas.
3.2 Verificar se os produtos do pedido estão cadastrados em todas as árvores de cortes possíveis a partir das quais podem ser
programados.
3.3 Verificar se todos os produtos (inclusive os intermediários) que compõem as árvores estão habilitados para a fábrica na qual a árvore
está vinculada.
3.4 Analisar o “caminho” das árvores, do início para o final das mesmas, até se chegar aos produtos do pedido, priorizando as seguintes
questões:
a) Alternativos e compulsórios: verificar se as definições destes cadastros realmente estão corretas nas árvores, pois a utilização por
engano de um ou de outro pode desviar a massa abatida para os produtos errados.
b) Rendimentos de produtos compulsórios: aqui se sugere maior atenção dos pontos da árvore que estejam mais próximos do início
da mesma (ou seja, próximos da raiz). Quanto mais erros houver a montante de uma árvore, maiores serão os impactos negativos
a jusante (próximo dos produtos finais ou MPs), influenciando nos resultados do sistema.
Indicador 3 Programação de demanda líquida (global)
282
1. Gerar uma listagem de todos os produtos que possuam demanda cadastrada, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada e o
volume programado.
2.
Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume alocado para a demanda líquida e a demanda líquida
solicitada, priorizando a análise a partir das maiores diferenças.
3. Para cada produto escolhido, realizar a mesma análise do indicador 2 (a partir do item 3), porém direcionando-se para a demanda
líquida.
Indicador 4 Aderência da programação (global por fábrica)
Indicador 5 Aderência da programação (por fábrica e família de produto)
O indicador 4 serve para se ter uma visão geral da programação dos produtos da fábrica. Portanto, independentemente do resultado
deste indicador, deve-se sempre analisá-lo conjuntamente com a aderência por família de produtos (indicador 5). Este, por sua vez,
possibilita analisar a programação total dos produtos, e não somente o volume alocado para pedido e demanda líquida, como feito nos
indicadores 2 e 3. Abaixo são listadas outras análises possíveis por meio dos indicadores 4 e 5:
Produtos programados mais ou menos que o necessário ou normal. Isso pode ocorrer quando há produtos quem possuem pedidos ou
demanda cujas quantidades estejam erradas. Neste caso, se o sistema tenha conseguido programar os produtos, não teriam sido
geradas diferenças nos indicadores 2 e 3, porém no indicador 5 isso será identificado.
Produtos não programados por não possuírem pedidos nem demanda cadastrados, mas que deveriam ter.
Produtos que normalmente são produzidos em uma fábrica, mas que não estão cadastrados em todas as árvores da mesma.
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes projetados de produção e a programação sugerida pelo sistema, por
família de produto.
2. Classificar a lista pela ordem crescente das aderências, priorizando a análise a partir destas, somente para as famílias de produto que não
alcançaram a meta.
3. Para cada família de produto a ser analisada, deve-se gerar a lista dos produtos que fazem parte da família.
4. De posse da lista aberta da família de produtos, analisar as seguintes questões:
4.1 Verificar se todos os produtos realmente fazem parte da família. Caso não fizerem parte, devem ser cadastrados na família correta.
4.2 Verificar se todos os produtos programados podem ser produzidos
na fábrica em análise (mesmo que não tenham sido projetados). Se
houver produtos que não puderem ser programados na fábrica, os mesmos deverão ser excluídos das árvores e da permissão de
produção na fábrica em análise.
4.3 Verificar se existem produtos que estejam previstos na projeção, mas que não estão sendo programados. Se houver produtos nesta
situação, os mesmos devem ser incluídos nas árvores de cortes e na permitidos na fábrica em análise, desde que existam pedidos ou
demandas para os mesmos.
5. Após, deve-se realizar a mesma análise do IC 2 (a partir do item 3), porém do ponto de vista dos produtos cujas aderências não tenham
alcançado a meta da família.
Indicador 2 Programação de pedidos (global)
283
Indicador 3 Programação de demanda líquida (global)
Indicador 4 Aderência da programação (global)
Indicador 5 Aderência da programação (por família de produto)
1. Quando verificar-se que a quantidade programada de um ou mais produtos estiver abaixo do normal, deve-se proceder para a análise
abaixo:
1.1 Escolher um produto para análise.
1.2 Verificar quais recursos estão cadastrados na árvore do produto.
1.3 Verificar se os tempos de processo dos recursos e as ordens nos roteiros estão subdimensionadas.
1.4 Se o recurso possuir recurso alternativo na realidade, deve-se verificar se ambos estão cadastrados e se as ordens dos recursos nos
roteiros é a mesma.
1.5 Abrir o relatório de ocupação de recursos.
1.6 Filtrar os recursos em análise.
1.7 Depois de filtrados somente os recursos de interesse, sugere-se analisar uma faixa de ocupação de recursos (de 80 a 100%, por
exemplo), pois, no caso de recursos do tipo batelada, a produção de um lote a mais em um turno de produção poderia ser impedida
caso a ocupação do recurso se tornasse superior a 100%. Como este tipo de situação não pode acontecer em um sistema de
seqüenciamento da produção que considera as capacidades finitas dos recursos, a análise de uma faixa de ocupação de recursos
contribui para a identificação dos recursos que estejam limitando a programação da produção.
1.8 Identificar as datas e turnos nos quais os recursos apresentam ocupação dentro da faixa escolhida.
1.9 Abrir o relatório de programação da produção por recurso.
1.10 Para cada recurso escolhido, verificar as seguintes situações:
a) Quais produtos estão utilizando (consumindo) o recurso. Se houver produtos que na realidade não utilizam o recurso, deve-se
excluir o recurso do roteiro destes produtos nas árvores.
b) Coerência da ocupação do recurso. Exemplo: se um ou poucos produtos ocuparem a maior parte do recurso (75%, por
exemplo), é possível que os tempos de processo destes produtos estejam mal dimensionadas. Neste caso, é necessário entrar
em todas as árvores que possuem os produtos e analisar os tempos de processo e as ordens dos recursos nos roteiros, bem como
verificar a existência de recursos alternativos cadastrados de forma errada.
2. Quando verificar-se que a quantidade programada de um ou mais produtos estiver acima do normal, deve-se proceder para a análise
abaixo:
2.1 Escolher um produto para análise.
2.2 Verificar se o “caminho” da árvore
até se chegar ao produto está correto (modelagem de compulsórios e alternativos, e rendimentos).
Este passo é importante para identificar situações nas quais a massa está sendo empurrada de forma errada para um nodo que possui
recursos.
2.3 Verificar quais recursos estão cadastrados na árvore do produto.
2.4 Verificar se os tempos de processo dos recursos e as ordens nos roteiros estão superestimadas.
2.5 Se o recurso possuir recurso alternativo na realidade, deve-se verificar se ambos estão cadastrados e se as ordens dos recursos nos
284
roteiros é a mesma.
2.6 Abrir o relatório de programação da produção por recurso.
2.7 Filtrar os recursos em análise.
2.8 Escolher aleatoriamente uma data e um turno de programação.
2.9 Para cada recurso escolhido, verificar as seguintes situações:
a) Quais produtos estão utilizando (consumindo) o recurso. Se houver produtos que na realidade não utilizam o recurso, deve-se
excluir o recurso do roteiro destes produtos nas árvores.
b) Coerência da ocupação do recurso. Exemplo: se um ou poucos produtos ocuparem a menor parte do recurso (25%, por
exemplo), é possível que os tempos de processo destes produtos estejam subdimensionadas. Neste caso, é necessário entrar em
todas as árvores que possuem os produtos e analisar os tempos de processo e as ordens dos recursos nos roteiros, bem como
verificar a existência de recursos alternativos cadastrados de forma errada.
Indicador 10 Aderência de abates por tipo de animal (global, abate empurrado e puxado)
Indicador 13 Aderência de abate empurrado (global, por tipo de animal)
Indicador 14 Aderência de abate empurrado (por fábrica e tipo de animal)
Indicador 15 Aderência de abate puxado (global, por tipo de animal)
Indicador 16 Aderência de abate puxado (por fábrica e tipo de animal)
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes projetados e os programados de abate, por tipo de animal e raiz de corte.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre os volumes projetados e os programados, priorizando a análise
das maiores diferenças.
3. Para cada fábrica, animal e raiz de cortes escolhidos, verificar se o volume projetado está coerente com a realidade. Caso não estiver,
devem-se avaliar os dados utilizados para o cálculo do volume projetado: número de animais e pesos unitários das mesmas.
4. Se o volume projetado da fábrica, animal e raiz de corte escolhidos estiver coerente, analisar as seguintes situações:
4.1 Verificar se a árvore de cortes em análise está habilitada para a fábrica.
4.2 Verificar se o peso unitário da raiz de cortes está correto.
4.3 Verificar se a escala de abate da raiz de corte está correta.
4.4 Verificar se todos os produtos (inclusive os intermediários) que compõem a árvore escolhida estão habilitados para a fábrica em
análise.
4.5 Realizar o processo de análise dos indicadores 2 e 3.
Indicador 11 Rendimento de cortes por tipo de animal (global)
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes da programação de cortes e da programação de abates, por tipo de
animal.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre os volumes projetados e os programados, priorizando a análise
das maiores diferenças.
3. Para o animal escolhido, verificar se todos os produtos (inclusive os intermediários) que compõem as árvores do mesmo estão permitidos
285
para a fábrica na qual as árvores estão habilitadas.
4. Analisar o “caminho” das árvores do animal escolhido, do início para o final das mesmas, até chegar-se nos produtos folha, priorizando as
seguintes questões:
4.1 Alternativos e compulsórios: verificar se as definições destes cadastros realmente estão corretas nas árvores, pois a utilização por
engano de um ou de outro pode desviar a massa abatida para os produtos errados.
4.2 Rendimentos de produtos compulsórios: aqui se sugere maior atenção dos pontos da árvore que estejam mais próximos do início da
mesma (ou seja, próximos da raiz). Quanto mais erros houver a montante de uma árvore, maiores serão os impactos negativos a
jusante (próximo dos produtos finais ou MPs), influenciando nos resultados do sistema.
Indicador 12 Volume de resíduos (global)
1. Gerar uma listagem dos resíduos.
2. Verificar se os produtos programados como resíduos são estocáveis na realidade. Se forem, o atributo de estocagem deverá ser corrigido.
Caso contrário, o resíduo será considerado normal.
P2S8A19
Excluir as árvores de cortes e os roteiros de produção da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as árvores de cortes e os roteiros de
produção da fábrica testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de
seqüenciamento de produção.
P2S8A20
Excluir as curvas de peso da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as curvas de peso da fábrica testada. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S8A21
Excluir as escalas e limites de abates da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as escalas e limites de abates da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S8A22
Excluir os pedidos e demandas reais dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os pedidos e demandas reais da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S8A23
Excluir os estoques iniciais de cortes finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de cortes finais. Este
286
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S8A24
Excluir as compras de cortes finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de cortes finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S8T6
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
devem-se prosseguir para o Subprocesso 2.9. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D13 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.9
288
P2S9A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S9A2
Preencher o template das árvores de cortes de uma fábrica com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S9A3
Preencher o template das curvas de peso de uma fábrica
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S9A4
Preencher o template das escalas e limites de abates da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S9A5
Preencher o template dos pedidos e demandas reais de cortes da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S9A6
Preencher o template das estruturas de embalagens da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as estruturas de embalagens estejam armazenadas,
com a condição de que apenas as estruturas de embalagens de cortes da fábrica escolhida sejam consideradas.
P2S9A7
Preencher o template dos estoques iniciais de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados, mesmo que estejam estocados em outras unidades produtivas ou
armazéns.
P2S9A8
Preencher o template das compras de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas cortes da fábrica escolhida sejam considerados.
P2S9A9
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados na fábrica que está sendo testada.
289
P2S9A10
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados na fábrica escolhida sejam considerados.
P2S9A11
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para a fábrica escolhida sejam considerados.
P2S9A12
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S9T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S9A13
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S9A14
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S9T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S9A15
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
290
P2S9A16
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S9T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S9A17
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S9A18
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados da fábrica escolhida sejam
analisados.
P2S9A19
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos indicadores, porém deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 5, 7 e 10 ao 16.
P2S9T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S9A20
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
291
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
P2S9A21
Excluir as árvores de cortes e os roteiros de produção da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as árvores de cortes e os roteiros de
produção da fábrica testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de
seqüenciamento de produção.
P2S9A22
Excluir as curvas de peso da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as curvas de peso da fábrica testada. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S9A23
Excluir as escalas e limites de abates da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as escalas e limites de abates da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S9A24
Excluir os pedidos e demandas reais dos produtos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os pedidos e demandas reais da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S9A25
Excluir as estruturas de embalagens da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as estruturas de embalagens da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S9A26
Excluir os estoques iniciais de cortes finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de cortes finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S9A27
Excluir as compras de cortes finais
292
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de cortes finais. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S9A28
Excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos reais de
suprimentos. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento
de produção.
P2S9A29
Excluir os estoques iniciais de suprimentos da fábrica testada
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos da
fábrica testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de
seqüenciamento de produção.
P2S9A30
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as compras de suprimentos da fábrica
testada. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S9T5
Todas as fábricas foram testadas?
Após a exclusão dos dados da última fábrica testada, deve-se verificar se todas as fábricas já foram testadas. Caso a resposta seja “Sim”,
devem-se prosseguir para o Subprocesso 2.10. No caso de a resposta for “Não”, uma nova fábrica deverá ser testada.
APÊNDICE D14 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.10
294
P2S10A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S10A2
Preencher o template das árvores de cortes com os roteiros de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S10A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S10A4
Preencher o template das escalas e os limites de abates de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S10A5
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que apenas cortes sejam considerados.
P2S10A6
Preencher o template das estruturas de embalagens de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as estruturas de embalagens estejam armazenadas,
com a condição de que apenas as estruturas de embalagens de cortes sejam consideradas.
P2S10A7
Preencher o template dos estoques iniciais de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas cortes sejam considerados.
P2S10A8
Preencher o template das compras de cortes finais
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que apenas cortes sejam considerados.
P2S10A9
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os dados reais de todos os suprimentos que sejam usados em todas as fábricas de cortes.
295
P2S10A10
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados nas fábricas de cortes sejam considerados.
P2S10A11
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para as fábricas de cortes sejam considerados.
P2S10A12
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S10T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs criados no Processo de Prepa
ração de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S10A13
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S10A14
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S10T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S10A15
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S10A16
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
296
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S10T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S10A17
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S10A18
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S10A19
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos indicadores, porém deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 5, 7 e 9 ao 16.
P2S10T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S10A20
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
Em função dos testes com cortes, é necessária uma atualização do indicador 9.
297
Indicador 9 Pedidos programados no prazo
1. Gerar uma listagem de todos os pedidos, na qual seja possível visualizar a quantidade solicitada e o volume programado no prazo de
cada pedido.
2. Classificar a lista pela ordem decrescente das diferenças absolutas entre o volume atendido no prazo e o solicitado em pedidos,
priorizando a análise das maiores diferenças.
3. Para cada pedido escolhido, analisar as seguintes situações:
3.1 Verificar se os produtos estão cadastrados em todas as fábricas e árvores de cortes nas quais deveriam estar.
3.2 Verificar, dentre todas as fábricas nas quais os produtos podem ser produzidos, quais possuem habilitação para o país de destino e
para o cliente. Deve-se verificar se todas as habilitações estão corretamente preenchidas.
3.3 Verificar se o tempo máximo de aproveitamento dos lotes de produção para a entrega no prazo está correto.
3.4 Verificar se o estoque inicial dos produtos condiz com a realidade (datas dos lotes de produção, SIF produtor e volumes).
3.5 Verificar a existência de lotes de produção no estoque cujo SIF não esteja habilitado para o país ou o cliente do pedido. Se houver,
será necessário verificar se deveria existir a habilitação.
P2S10A21
Excluir as árvores de cortes e os roteiros de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores de cortes e os roteiros de produção de todas as
fábricas. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
produção.
P2S10A22
Excluir as curvas de peso de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as curvas de peso de todas as fábricas. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A23
Excluir as escalas e limites de abates de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as escalas e limites de abates de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A24
Excluir os pedidos e demandas reais de cortes
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais de cortes. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A25
Excluir as estruturas de embalagens de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores para a fábrica testada, é necessário excluir as estruturas de embalagens de todas as
fábricas. Este procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de
298
produção.
P2S10A26
Excluir os estoques iniciais de cortes finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de cortes finais. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A27
Excluir as compras de cortes finais
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de cortes finais. Este procedimento deve ser realizado
por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A28
Excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos reais de suprimentos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A29
Excluir os estoques iniciais de suprimentos de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S10A30
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de suprimentos de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
APÊNDICE D15 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.11
300
P2S11A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S11A2
Preencher o template das árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas, sem os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, desconsiderando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S11A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S11A4
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que todos os produtos sejam considerados.
P2S11A5
Preencher o template dos estoques iniciais de todos os produtos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que todos os produtos sejam considerados.
P2S11A6
Preencher o template das compras de todos os produtos e MPs
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que todos os produtos e MPs sejam considerados.
P2S11A7
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S11T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S11A8
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
301
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S11A9
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S11A9
Validar os dados do banco
Tipo Descrição da validação Função / Importância
69 Alerta
Produto em estoque possui lote de
produção com data de fabricação
maior que a data "atual"
Um produto não pode ter sido fabricado no futuro, salvo se o caso for de um estoque
fictício.
70 Alerta
Matéria-prima usada em
formulação não possui permissão
de transferência para a fábrica que
está habilitada para programar a
formulação
Se uma matéria-prima está cadastrada em uma formulação e não possui permissão
transferência de qualquer fábrica para a unidade de produção na qual a formulação é
produzida, é preciso verificar se a MP realmente é utilizada na fábrica destino. Caso
negativo, é preciso verificar se outras fábricas possuem a habilitação de transferência da
MP para a programação do mesmo formulado.
71 Alerta
Matéria-prima usada em
formulação está cadastrada em
árvore que não possui escala de
abate
Se uma matéria-
prima está cadastrada em uma formulação e uma das árvores na qual está
habilitada para produção não possui escala de abate, é preciso verificar se existe um erro
na árvore de formulação ou se a escala de abate deveria estar preenchida. Se não houver
erros, deve-se verificar se a formulação possui MPs alternativas.
72 Alerta
Matéria-prima usada em
formulação não possui habilitação
de consumo em uma fábrica de
formulação
Uma matéria-prima cadastrada em uma árvore de formulação não necessariamente deve
estar habilitada para consumo na fábrica na qual a árvore está habilitada. Por outro lado,
esta validação possibilita identificar erros se a condição anterior não for atendida.
73 Alerta
Matéria-prima usada em
formulação não está cadastrada
em uma árvore de cortes
Não necessariamente deve constar.
P2S11T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S11A10
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S11A11
Gerar os índices de controle
302
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S11T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S11A12
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S11A13
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S11A14
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 7 e 9 ao 16.
P2S11A14
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
17
Alocação versus
necessidade de
MPs
Este indicador permite
identificar 2 tipos de
problemas: (1) erros nos
pedidos ou demandas; e (2)
erros nas árvores.
%
Soma dos desvios absolutos entre o volume
total, em kg, de cada MP consumida em
formulação e o volume total necessário³ da
MP, em kg.
³ É o percentual da MP sobre o produto final
vezes o t
otal de pedidos e demanda líquida do
produto final.
Sugere-se o acompanhamento
do
indicador a cada rodada e a
análise conjunta com o indicador
7.
303
P2S11T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S11A15
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
Indicador 17 Alocação versus necessidade de MPs
1. Gerar uma listagem na qual seja possível visualizar os volumes necessários de MPs e as quantidades alocadas para a programação de
formulações, por MP.
2. Classificar a lista pela ordem crescente das aderências, priorizando a análise a partir destas, somente para as MPs que não alcançaram a
meta.
3. Para cada MP escolhida para análise, caso o percentual de alocação for maior que o de necessidade, deve-se solicitar a correção do
algoritmo do sistema, dado que, como os formulados são “montados”, o sistema jamais poderá programar mais produtos que o
necessário, conseqüentemente jamais alocando mais MP em formulação que o necessário.
4. Para cada MP escolhida para análise, caso o percentual de alocação for menor que o de necessidade, devem-se verificar as seguintes
situações:
4.1 Verificar em quais árvores de formulação a MP está cadastrada.
4.2 Dentre as árvores identificadas, verificar se a MP realmente faz parte da estrutura de produto.
4.3 Verificar se as quantidades de pedidos e demanda dos produtos cujas árvores possuem a MP cadastrada estão corretas.
4.4 Verificar se as permissões de transferência da MP entre as fábricas estão correta.
4.5 Verificar se os percentuais de formulação e os rendimentos dos produtos do pedido em análise estão corretos.
4.6 Verificar se todas as MPs e produtos intermediários que compõem as árvores dos produtos finais que possuem a MP em análise estão
habilitados para a fábrica na qual a árvore está vinculada.
P2S11A16
Excluir as árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S11A17
Excluir as curvas de peso de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as curvas de peso de todas as fábricas. Este procedimento deve
304
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S11A18
Excluir todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S11A19
Excluir os estoques iniciais de todos os produtos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de todos os produtos. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S11A20
Excluir as compras de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de todos os produtos e MPs. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
APÊNDICE D16 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.12
306
P2S12A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S12A2
Preencher o template das árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas, sem os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, desconsiderando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S12A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S12A4
Preencher o template das escalas e os limites de abates de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S12A5
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que todos os produtos sejam considerados.
P2S12A6
Preencher o template dos estoques iniciais de todos os produtos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que todos os produtos sejam considerados.
P2S12A7
Preencher o template das compras de todos os produtos e MPs
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que todos os produtos e MPs sejam considerados.
P2S12A8
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S12T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
307
P2S12A9
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S12A10
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S12T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S12A11
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S12A12
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S12T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S12A13
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
308
P2S12A14
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S12A15
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 7 e 9 ao 17.
P2S12A15
Gerar os indicadores
Descrição Função / Importância
Unidade
métrica
Método de cálculo Acompanhamento
18
Aderência da
programação
de produção
(global)
Permite avaliar a
programação de produção
global.
%
Soma dos desvios absolutos do programado pelo
sistema em relação à projeção de produção, em
kg, dividida pelo total projetado, em kg, em um
mesmo horizonte de tempo.
Sugere-se
o acompanhamento
do indicador a cada rodada.
P2S12T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S12A16
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
P2S12A17
Excluir as árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S12A18
Excluir as curvas de peso de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as curvas de peso de todas as fábricas. Este procedimento deve
309
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S12A19
Excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S12A20
Excluir todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S12A21
Excluir os estoques iniciais de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de todos os produtos. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S12A22
Excluir as compras de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de todos os produtos e MPs. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
APÊNDICE D17 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.13
311
P2S13A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S13A2
Preencher o template das árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas, com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S13A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S13A4
Preencher o template das escalas e os limites de abates de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S13A5
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que todos os produtos sejam considerados.
P2S13A6
Preencher o template dos estoques iniciais de todos os produtos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que todos os produtos sejam considerados.
P2S13A7
Preencher o template das compras de todos os produtos e MPs
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que todos os produtos e MPs sejam considerados.
P2S13A8
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S13T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
312
P2S13A9
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S13A10
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S13T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S13A11
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S13A12
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S13T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S13A13
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
313
P2S13A14
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S13A15
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 7 e 9 ao 18.
P2S13T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S13A16
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
P2S13A17
Excluir as árvores e os roteiros de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores e os roteiros de todas as fábricas. Este procedimento
deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S13A18
Excluir as curvas de peso de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as curvas de peso de todas as fábricas. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S13A19
Excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
314
P2S13A20
Excluir todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S13A21
Excluir os estoques iniciais de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de todos os produtos. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S13A22
Excluir as compras de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de todos os produtos e MPs. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
APÊNDICE D18 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.14
316
P2S14A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S14A2
Preencher o template das árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas, com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S14A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S14A4
Preencher o template das escalas e os limites de abates de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S14A5
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que todos os produtos sejam considerados.
P2S14A6
Preencher o template dos estoques iniciais de todos os produtos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que todos os produtos sejam considerados.
P2S14A7
Preencher o template das compras de todos os produtos e MPs
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que todos os produtos e MPs sejam considerados.
P2S14A8
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados nas fábricas de cortes e de formulados sejam considerados.
P2S14A9
Preencher o template das estruturas de embalagens da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as estruturas de embalagens estejam armazenadas,
com a condição de que as estruturas de embalagens de todas as fábricas sejam consideradas.
317
P2S14A10
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados nas fábricas.
P2S14A11
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para as fábricas de cortes e de formulados sejam
considerados.
P2S14A12
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S14T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S14A13
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S14A14
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S14T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
P2S14A15
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S14A16
Gerar os índices de controle
318
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 7 e 9 ao 14.
P2S14T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S14A17
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S14A18
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S14A19
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 7 e 9 ao 18.
P2S14T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S14A20
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada medição.
319
P2S14A21
Excluir as árvores e os roteiros de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as árvores e os roteiros de todas as fábricas. Este procedimento
deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A22
Excluir as curvas de peso de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as curvas de peso de todas as fábricas. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A23
Excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as escalas e os limites de abates de todas as fábricas. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A24
Excluir todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A25
Excluir os estoques iniciais de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de todos os produtos. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A26
Excluir as compras de todos os produtos e MPs
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de todos os produtos e MPs. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A27
Excluir os estoques iniciais de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os estoques iniciais de suprimentos. Este procedimento deve ser
realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A28
Excluir as estruturas de embalagens de todos os produtos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as estruturas de embalagens de todos os produtos. Este
procedimento deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A29
Excluir os lead times e lotes mínimos de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir os lead times e lotes mínimos de suprimentos. Este procedimento
320
deve ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A30
Excluir as compras de suprimentos
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as compras de suprimentos. Este procedimento deve ser realizado
por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
P2S14A31
Excluir as capacidades elevadas de estoques
Uma vez atingidas as metas de todos os indicadores, é necessário excluir as capacidades elevadas de estoques. Este procedimento deve
ser realizado por meio de um script de exclusão no banco de dados do sistema de seqüenciamento de produção.
APÊNDICE D19 – Detalhamento fino das atividades e testes do Subprocesso 2.15
322
P2S15A1
Preparar a carga de dados cadastrais
A carga de dados cadastrais atualizada e corrigida deve ser preparada para ser importada para o sistema de programação da produção.
P2S15A2
Preencher o template das árvores de cortes e de formulação de todas as fábricas, com os roteiros de produção
O template deve ser preenchido utilizando os dados de árvores atualizados, considerando os recursos produtivos e seus respectivos
calendários e tempos de processo.
P2S15A3
Preencher o template das curvas de peso de todas as fábricas
O template deve ser preenchido utilizando os dados de curvas de peso atualizados.
P2S15A4
Preencher o template das escalas e os limites de abates de todas as fábricas
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados ou meio eletrônico onde as escalas e limites de abates
estejam armazenados.
P2S15A5
Preencher o template de todos os pedidos e demandas reais de cortes e de formulados
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os pedidos e demandas estejam armazenados, com a
condição de que todos os produtos sejam considerados.
P2S15A6
Preencher o template dos estoques iniciais de todos os produtos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que todos os produtos sejam considerados.
P2S15A7
Preencher o template das compras de todos os produtos e MPs
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de produto estejam armazenadas, com a
condição de que todos os produtos e MPs sejam considerados.
P2S15A8
Preencher o template dos estoques iniciais de suprimentos da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde os estoques estejam armazenados, com a condição
de que apenas suprimentos estocados nas fábricas de cortes e de formulados sejam considerados.
P2S15A9
Preencher o template das estruturas de embalagens da fábrica escolhida
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as estruturas de embalagens estejam armazenadas,
com a condição de que as estruturas de embalagens de todas as fábricas sejam consideradas.
323
P2S15A10
Preencher o template dos lead times e lotes mínimos reais de suprimentos
O template deve ser preenchido com todos os suprimentos que sejam utilizados nas fábricas.
P2S15A11
Preencher o template das compras de suprimentos
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as compras de suprimentos (recebimentos futuros)
estejam armazenadas, com a condição de que apenas suprimentos comprados para as fábricas de cortes e de formulados sejam
considerados.
P2S15A12
Preencher template das capacidades reais de estoques
O template deve ser preenchido com o auxílio de relatórios da base de dados onde as capacidades reais de estoques estejam
armazenadas, com a condição de que as capacidades de todas as fábricas e unidades de armazenagem sejam consideradas.
P2S15A13
Importar os templates
Os templates preenchidos nas atividades precedentes deverão ser importados para o sistema de seqüenciamento da produção.
P2S15T1
Houve erros nas importações?
Após a importação dos dados, devem-se analisar as mensagens geradas pelos logs
criados no Processo de Preparação de Dados. Se forem
constatados erros no processo de importação, devem-se identificar e corrigir os problemas. Caso a resposta à atividade for “Não”, deve-se
partir para a validação dos dados do banco.
P2S15A14
Identificar e corrigir os erros
1. Ao constatar-se que houve erros de importação para o sistema de seqüenciamento da produção, deve-se primeiramente identificar qual
template ou carga teve problemas.
2. Identificado o template ou carga de dados, deve-se identificar o erro e corrigir a fonte primária.
P2S15A15
Validar os dados do banco
As validações são cumulativas, logo a estrutura de dados será também validada pelas validações sugeridas em etapas anteriores.
P2S15T2
Existem erros de dados?
Uma vez validados os dados, deve-se verificar a existência de erros nos mesmos. Caso a resposta seja “Não”, deve-se prosseguir para a
geração dos índices de controle. No caso de a resposta for “Sim”, será preciso corrigi-los.
324
P2S15A16
Corrigir os dados
Uma vez confirmada a existência de erros de dados, deve-se proceder para a correção dos mesmos nas fontes primárias.
P2S15A17
Gerar os índices de controle
Os índices de controle deverão possuir metas para que seja avaliada a acuracidade dos dados. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, não existem novos ICs, porém deverão ser mantidos os ICs 1 ao 14.
P2S15T3
As metas foram atingidas?
Os resultados dos índices de controle deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não
atingidas, deverá proceder-se para a identificação dos erros. Se as metas de todos os índices de controle foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
P2S15A18
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os índices de controle que não atingiram as metas.
2. Identificados os índices, deve-se verificar onde está o erro.
3. Encontrado o erro, deve-se corrigi-lo na fonte primária.
P2S15A19
Rodar o sistema
Quando as metas de todos os ICs forem atingidas, o sistema deverá ser rodado para que os resultados sejam analisados.
P2S15A20
Gerar os indicadores
Os indicadores deverão possuir metas para que sejam avaliados os resultados da rodada do sistema. As metas deverão ser derivadas de
históricos da empresa, ou então de objetivos de desempenho baseados em medições similares existentes na realidade.
Neste ponto, deverão ser mantidos os indicadores 2 ao 18.
P2S15T4
As metas foram atingidas?
Os resultados dos indicadores deverão ser confrontados com as metas estabelecidas para cada um. Caso houver metas não atingidas,
deverá proceder-se para a identificação e correção de erros de dados. Se as metas de todos os indicadores foram atingidas, deve-se
prosseguir para a próxima atividade.
325
P2S15A21
Identificar e corrigir os erros
Uma vez que as metas não tenham sido alcançadas, os passos abaixo devem ser realizados:
1. Identificar os indicadores que não atingiram as metas.
2. Identificados os indicadores, deve-se iniciar um processo de identificação e correção de erros, o qual é detalhado para cada
medição.
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