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Köhler, Schmidt e Laar (2003), desenvolveram uma célula-teste localizada na cidade
de Neubrandenburg (Alemanha), a qual possuía três tipos de coberturas: cobertura
verde, cobertura com pedregulho e cobertura com terra sem vegetação. Após a
medição, em um dia crítico, as temperaturas superficiais externas eram de 27°C,
36°C e 29°C para as coberturas verde, com pedregulho e sem vegetação
respectivamente.
Liu (2003), realizou uma pesquisa similar à anterior, mas com um período de 660
dias de medição para verificar se os componentes da cobertura verde sofriam
alterações físicas que prejudicassem seu desempenho térmico. Após 219 dias e nos
últimos 18 dias, a temperatura máxima da superfície externa da cobertura comum
era de 60°C e a da cobertura verde de 30°C, permitindo concluir que o tempo não
alterou a eficiência da cobertura ajardinada.
Morais e Roriz (2003), realizaram uma pesquisa, na qual mediram as temperaturas
internas em dois tipos de guaritas de edifícios: uma com laje comum e outra com laje
ajardinada. Após os resultados, concluiu-se que ao longo do dia, as temperaturas
superficiais da laje comum acumulam 65,2 graus-hora de calor acima das
temperaturas do ar, enquanto a cobertura verde acumula menos de 40 % deste
valor. Além deste aspecto, nos horários mais quentes do dia a cobertura verde
contribui para a refrigeração do ambiente, pois sua temperatura superficial
permanece abaixo da temperatura do ar desde as 9 até as 18 horas. A maior
diferença, 3,3ºC, acontece ao meio-dia, quando a temperatura superficial fica em
23,0ºC e a temperatura do ar chega a 26,3 ºC.
Devido à maior amplitude provocada pela laje comum, no início da manhã (entre 5 e
8h), suas temperaturas superficiais são ligeiramente menores que as da cobertura
verde. Por outro lado, às 16h a superfície inferior da laje comum atinge 3,7 ºC acima
da temperatura do ar e esta diferença continua aumentando praticamente até o final
do dia, atingindo às 21h o valor máximo de 4,4 ºC.
Theodosiou (2003), estudou a performance de uma cobertura verde como técnica de
resfriamento passivo no período de verão e concluiu que as condições climáticas
mostram uma importante influência no desempenho de telhados verdes como
técnica de resfriamento. Apesar dos parâmetros serem estudados separadamente,
uma aproximação menos real, mostrou que a umidade relativa é o fator climático
mais importante, não apenas para essa cobertura, mas para todas as técnicas
relacionadas à evaporação. O ambiente seco realça a evapotranspiração e as
capacidades de refrigeração. A velocidade do vento tem o mesmo efeito, embora
nem tão forte quanto a umidade relativa, e com altos valores remove o vapor da
folhagem e leva ao aumento da evapotranspiração.