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resistência característica para suportar uma carga mínima de 0,7 kN, fato observado pela
grande quebra durante a movimentação de operários e peso do concreto no momento da
concretagem.
As lajotas de concreto, de maneira geral, atendem às prescrições da NBR 14859-
1:2002, porém possuem peso específico aparente superior às cerâmicas, que devem ser
considerados no cálculo, e custos maiores comparadas às cerâmicas.
O blocos em EPS geralmente atendem às prescrições normativas, possuem peso
específico aparente entre 13 daN/m
3
e 25 daN/m
3
, em função da densidade requerida (tipo P1
- 13 a 16 daN/m
3
, tipo P2 - 16 a 20 daN/ m
3
e tipo P3 - 20 a 25 daN/ m
3
), que geram alívios
no peso próprio da laje (blocos + vigotas + capa) da ordem de 20% para altura total da laje
com 12 cm (h
e
=8cm + 4cm de capa), se comparadas às lajes com lajotas cerâmicas. Possuem
o inconveniente de necessitarem do uso de aditivo aderente no chapisco e fixação de telas
galvanizadas nos blocos na face inferior da laje, para aumentar a aderência do chapisco e
reboco nos blocos de EPS. Para as lajotas cerâmicas, isto não é necessário, e pode-se executar
o chapisco e reboco da forma usual. Em relação às lajotas cerâmicas e de concreto, os blocos
de EPS possuem o maior custo.
A adoção do modelo de grelhas equivalentes para análise das lajes unidirecionais,
como vigas isoladas com seção “T”, possibilita a obtenção do momento fletor máximo em
cada nervura, de modo a serem dimensionadas por grupos de nervuras com esforços
próximos. As tabelas prontas, utilizadas para uma análise inicial, apresentam armaduras iguais
para todas as vigotas da mesma laje, a partir do momento fletor máximo, direcionando a um
consumo maior de armadura.
A consideração da não continuidade das lajes nervuradas treliçadas unidirecionais,
sendo calculadas como lajes simplesmente apoiadas, desprezando-se os benefícios da
continuidade, é prática comum, embora inúmeras discussões favoráveis e desfavoráveis
estejam presentes no meio técnico.
As normas não estabelecem uma prescrição, logo, recomenda-se por experiências
negativas observadas nos canteiros de obras, a não consideração para edificações de pequeno
porte. Entre os motivos, o mais discutido é o posicionamento das armaduras negativas nas
regiões de continuidade, que dificilmente são garantidas em função da movimentação de
operários durante a concretagem. Na sua maioria, estes não possuem treinamento necessário,
e o posicionamento destas armaduras é feito de forma irregular, com uso insuficiente de
dispositivos - como caranguejos - que auxiliam o correto posicionamento.